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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia
ANÁLISE DESCRITIVA DE POSTURA E MOVIMENTOS CORPORAIS DURANTE A ATIVIDADE DE
CARREGAMENTO DE CAIXA EM SUPERMERCADO
Bragança Paulista
2010
FERNANDA FRANCO DE OLIVEIRA PATRÍCIA GRIPPA
ANÁLISE DESCRITIVA DE POSTURA E MOVIMENTOS CORPORAIS DURANTE A ATIVIDADE DE
CARREGAMENTO DE CAIXA EM SUPERMERCADO
Bragança Paulista 2010
FERNANDA FRANCO DE OLIVEIRA PATRÍCIA GRIPPA
ANÁLISE DESCRITIVA DE POSTURA E MOVIMENTOS CORPORAIS DURANTE A ATIVIDADE DE
CARREGAMENTO DE CAIXA EM SUPERMERCADO
Banca Examinadora:
Prof.ª D.ra Rosimeire Simprini Padula (Orientadora) (Universidade São Francisco)
Prof.ª M.ª Carolina Camargo de Oliveira (Examinadora) (Universidade São Francisco)
Prof.ª D.ra Nathália Andreatti Aiello (Examinadora) (Universidade São Francisco)
Aos nossos pais que nos ensinaram à
importância do conhecimento e são os
principais responsáveis pela nossa
realização profissional.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus que permaneceu ao nosso lado não permitindo que
desanimássemos, mostrando-nos sempre o melhor caminho.
Aos nossos pais por todo o carinho e paciência, por compreender as
ausências e os momentos de estresse.
Aos nossos namorados por enxugarem nossas lágrimas e oferecem um
momento de conforto.
Aos amigos que fizemos durante esta jornada, que compartilharam conosco
os momentos de tristezas e também de alegrias.
Aos membros da banca examinadora, Prof.ª Nathália e Prof.ª Carolina, que
tão gentilmente aceitaram participar e colaborar com este estudo.
Um agradecimento especial à nossa orientadora Rosimeire Simprini Padula,
pela orientação, dedicação, paciência e incentivo no desenvolvimento deste
trabalho.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para que este
trabalho fosse realizado.
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis.”
José de Alencar
RESUMO
A natureza do trabalho está mudando de uma sociedade manufatureira para uma sociedade distribuidora. Embora equipamentos para levantar e tecnologia para ajudar nesses trabalhos estejam progressivamente mais disponíveis nas indústrias, o setor de serviços está crescendo rapidamente em países industrializados e países em processo de industrialização. Portanto, centros de distribuição e serviços de entrega representam novas exigências para os trabalhadores e envolvem uma quantidade expressiva de manuseio e carregamentos. O presente trabalho tem como objetivo analisar as atividades de manuseio de cargas, verificando as posturas adotadas pelos trabalhadores de um supermercado durante realização da atividade, bem como as características das caixas utilizadas. Para o desenvolvimento do estudo foi aplicada uma ficha para caracterização dos sujeitos e as atividades foram registradas através de filmagem e fotografia para posterior análise das posturas adotadas durante o carregamento/transporte manual de caixas. Participaram do estudo 08 voluntários de ambos os gêneros que realizavam atividade de carregamento/transporte manual de caixas em um supermercado. Os resultados obtidos indicaram uma predominância do sexo masculino na realização da atividade. As caixas manuseadas apresentaram variações nas dimensões em todos os modelos. Foram observadas as variações de posicionamento de ombros, cotovelos, punhos, tronco e joelhos, assim como as variações de acoplamento mãos/caixa. A análise das posturas realizadas pelos trabalhadores sugere que durante a atividade de manuseio de cargas os trabalhadores estão vulneráveis a lesões musculoesqueléticas e, portanto abre possibilidades para que sejam realizados novos estudos para análise de riscos ocupacionais e posteriormente para implantação de programas de prevenção. Palavras-chave: ergonomia. fisioterapia preventiva. saúde do trabalhador.
ABSTRACT
The nature of work is changing from a manufacturing society to a distributing company. While equipment and technology to help lift these works are increasingly available in the industries, the service sector is growing rapidly in industrialized and industrializing countries. Therefore, distribution centers and delivery services represent new requirements for workers and involve a significant amount of handling and loading. This paper aims to analyze the activities of cargo handling, checking the postures adopted by workers of a supermarket while performing the activity, as well as the characteristics of the boxes used. To develop the study was applied to a form to characterize the subjects and activities were recorded by filming and photography for analysis of the postures used during loading / transport manual boxes. The study included 08 volunteers of both genders working out loading / manual transport of boxes in a supermarket. The results indicated a predominance of males in that activity. The boxes were handled size changes on all models. We observed the changes in positioning of the shoulders, elbows, wrists, knees and trunk, as well as variations in coupling hands per box. The analysis of attitudes held by workers suggests that during the activity of cargo handling workers are vulnerable to musculoskeletal injuries, and therefore opens up opportunities to undertake further studies to analyze the occupational hazards and then to implement prevention programs.
Keywords: ergonomics. preventive therapy. occupational health.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9
2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 13
2.1 Objetivos Gerais ............................................................................................................ 13
2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 13
3 MÉTODO .......................................................................................................................... 14
3.1 População e Amostra ..................................................................................................... 14
3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão .................................................................................... 14
3.3 Materiais e Equipamentos .............................................................................................. 14
3.4 Procedimentos ............................................................................................................... 15
3.5 Análise de Dados ........................................................................................................... 16
4 RESULTADOS ................................................................................................................. 17
5 DISCUSSÃO. ................................................................................................................... 24
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 26
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ................................................................................... 28
ANEXOS ............................................................................................................................. 30
9
1 INTRODUÇÃO
Uma variedade de tarefas de manuseio, tais como levantamento, sustentação,
carregamento, empurrar e puxar, têm sido associadas com as disfunções
musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho (BIGOS et al., 1986; STRAKER, 1999;
CIRIELLO et al., 1999). O que se observa é que as tarefas de manuseio afetam
principalmente os membros superiores e tronco. Vários parecem ser os fatores que
possibilitam a ocorrência das lesões durante o manuseio, dentre os quais, o peso e o tipo da
carga (STRAKER, 1999), que influenciam a sobrecarga no tronco (KEYSERLING et al.,
1992), também o formato do objeto que influi na preensão e consequentemente na força
empregada durante atividade de manuseio (LIDA, 2005).
Ao analisarem atividades de manuseio de cargas a partir de relatórios industriais
enviados de diferentes localidades de todos os EUA, entre 1981 a 1993, Ciriello et al. (1999)
identificaram que as atividades de levantamento e abaixamento da carga foram as mais
frequentes, contabilizando 39,9% e 29,5%, respectivamente, e que 15,7% das tarefas
analisadas eram de carregamento.
As atividades de carregamento de carga, ocorrem em menores proporções segundo
relato de Ciriello et al. (1999), entretanto, durante tarefas ocupacionais pode impor riscos
extras à coluna vertebral, devido aos movimentos combinados do tronco e a massa dos
objetos.
Os movimentos do tronco e a força empregada têm sido quantificadas, em atividades
de manuseio, por meio de equações de predição e modelos multivariados (KUMAR, 1995;
MARRAS et al., 1995; FATHALLAH et al., 1998). Contudo, tarefas de carregamento,
empurrar e puxar não podem ser analisados através de métodos convencionais, tal como a
equação de NIOSH, o que leva a uma lacuna considerável na análise de risco (CIRIELLO et
al., 1999).
Essas análises têm trazido um melhor entendimento dos níveis de exposição física
associados com riscos de dores na coluna lombar, particularmente em situações
envolvendo, levantar, abaixar ou mover (carregamento/transporte) cargas. Contudo, nenhum
estudo foi encontrado na literatura sobre movimento do tronco durante o carregamento de
carga, ou outras características envolvidas em atividades de carregamento/ transporte
manual de cargas. O que comumente observa-se são estudos que avaliam movimentos do
tronco durante a caminhada normal (FATHALLAH et al., 1998).
No Brasil também não foram encontrados estudos que mencionam análise dos riscos
de atividades de carregamento, ou outros estudos relevantes sobre o tema até 1999 quando
10
foi publicado estudo de Reyes et al., que analisaram a influência das disfunções
musculoesqueléticas no manuseio de peso em operárias saudáveis e portadoras de
disfunções musculoesqueléticas em membros superiores, em situações reais e
posteriormente, em situações simuladas. As operárias realizaram uma atividade de
manuseio (carregamento de carga) entre três alturas distintas, sendo utilizados para isso
pesos de 1,0 e 5,0 Kg.
Os resultados obtidos no estudo de Reyes et al. (1999) identificaram que os
trabalhadores sintomáticos, diferentemente dos assintomáticos, ao manusear as cargas
mais pesadas, apoiavam-nas contra o corpo (abdômen), mudando com isso a configuração
postural. Essa configuração gerava hiperlordose lombar, aumentando o risco à coluna
vertebral. Os autores confrontaram este evento com mecanismos compensatórios à dor e a
redução da força muscular nos membros superiores para minimizar o déficit de força devido
às disfunções.
Existem vários estudos que relacionaram a diminuição da distância corpo-carga,
como sendo fator redutor da sobrecarga na coluna vertebral (JAGER et al., 2000) e outros
que identificaram a utilização de estratégias de inclinação da carga para promover uma
maior vantagem biomecânica (AUTHIER et al.,1996; GAGNON, 1997). Contudo o apoio da
carga no tronco até 1999 era ainda uma condição inédita na literatura.
A partir desta nova condição de apoio da carga no tronco, encontrada por Reyes et
al. (1999), Padula e Gil Coury (2002) desenvolveram um dispositivo para mensurar o apoio
de cargas no tronco, durante estudo simulado de carregamento de carga. O estudo
possibilitou quantificar as forças e alterações que esses apoios poderiam produzir na
postura corporal.
Padula e Gil Coury (2002) identificaram um novo aspecto nas pesquisas sobre
carregamento de cargas, demonstrando diferença nas estratégias de transporte da carga
entre indivíduos sintomáticos e assintomáticos, confirmaram por observação visual, que os
trabalhadores sintomáticos apoiaram, por meio de medição de forças, mais carga no tronco,
enquanto que os assintomáticos não.
Padula e Gil Coury (2003) ampliaram o entendimento sobre as atividades de
carregamento de carga, quando analisaram indivíduos sintomáticos e assintomáticos
manuseando cargas entre superfícies de diferentes alturas. O resultado obtido foi que os
movimentos de flexão anterior do tronco ocorreram preferencialmente durante atividade de
carregamento da carga para superfície baixa e os movimentos de extensão quando do
manuseio para superfícies altas.
Esses movimentos foram hipotetizados como uma “antecipação” ao movimento final
do manuseio, pois isso acontecia durante o trajeto, isto é, antes do individuo chegar e parar
11
em frente ao suporte, indicando uma tendência preparatória para o movimento final
(PADULA; GIL COURY, 2003).
Os estudos sobre manuseio possuem poucos relatos sobre os tipos de preensão
utilizados durante o transporte de cargas, e quanta força é utilizada para segurar objetos tipo
caixa. Os poucos estudos existentes sobre forças de preensão foram realizados em caixas
com alças (STRAKER, 1999). Contudo, esse tipo de caixa representa uma minoria entre as
utilizadas por trabalhadores em situações ocupacionais (DRURY et al., 1982).
Então, novos estudos foram realizados para melhor integrar as informações da força
de preensão em relação às outras faces da caixa e compreender como a variação da força
influenciava os movimentos do tronco durante as atividades de carregamento.
Padula, Souza e Gil Coury (2006), analisaram atividades simuladas de carregamento
de carga, para poderem identificar os tipos mais comuns de pega e os locais de contato
mão/caixa. Os três tipos de preensão, descritos, com índices de ocorrências crescentes,
foram denominados: látero-posterior, látero-inferior, látero-lateral. Além dos tipos de pega
adotadas, os autores demonstraram que as massas das caixas manuseadas (5 e 10 kg)
influenciaram o tipo de pega adotada, mas não as amplitudes de movimento do punho,
influenciadas pelas alturas em que a carga foi manuseada.
Para então quantificar as forças de preensão Padula, Souza e Gil Coury (2006)
desenvolveram um novo dispositivo para avaliar as forças empregadas durante o
carregamento de carga. Desta vez, a caixa que apresentava variação da massa de 7, 10 e
15 kg, foi instrumentada com cinco células, nas suas faces anterior, inferiores e laterais
direita e esquerda. O estudo simulado permitiu novas descobertas sobre a distribuição das
forças de preensão durante o carregamento/transporte de carga.
As estratégias de movimento durante o carregamento de cargas não foram
influenciadas pelas superfícies para as quais as cargas foram transportadas. Dependendo
da altura das superfícies, altas ou baixas, mais tempo foi gasto nas posturas de tronco
extendida e fletida, respectivamente. Embora a antecipação dos movimentos finais
expusesse o tronco a posturas não neutras, suas amplitudes foram relativamente pequenas
e ocorreram no sentido de facilitar as tarefas finais (PADULA; SOUZA; GIL COURY, 2006).
Esses estudos contribuíram em parte para identificar características e estratégias de
manuseio, mais especificamente em atividades de carregamento de carga. Todavia ainda
não são suficientes para evitar ou minimizar os riscos de lesões musculoesqueléticas na
coluna e membros superiores, ou mesmo para auxiliar no redesenho do layout dos locais de
trabalho.
Segundo Marras (2000) a natureza do trabalho está mudando de uma sociedade
manufatureira para uma sociedade distribuidora. Embora equipamentos para levantar e
12
tecnologia para ajudar nesses trabalhos estejam progressivamente mais disponíveis nas
indústrias, o setor de serviços está crescendo rapidamente em países industrializados e
países em processo de industrialização. Portanto, centros de distribuição e serviços de
entrega representam novas exigências para os trabalhadores e envolvem uma quantidade
expressiva de manuseios e carregamentos.
Desta forma, estudos sobre estratégias de carregamento de carga em situações
reais de trabalho fornecerão diretrizes para tarefas mais seguras.
13
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar as atividades de carregamento de cargas, verificando as posturas adotadas
pelos trabalhadores de um supermercado durante realização da atividade, bem como as
características das caixas utilizadas.
2.2 Objetivos Específicos
Identificar as atividades de trabalho em que os trabalhadores realizam
carregamento/transporte de carga
Caracterizar a população do estudo
Identificar as características da caixa, tais como interface (tipos de alça, altura e
orientação), peso, dimensões
Identificar os locais de acoplamento das mãos na caixa
Verificar as posturas adotadas durante o manuseio
14
3 MÉTODO
3.1 População e Amostra
Participaram do estudo, oito voluntários de ambos os gêneros, com idade média de
28,25 (±11,38) anos, estatura média de 1,69 (± 0,08) metros e a massa corporal média de
72,25 (± 12,54) Kg.
A amostra do estudo foi obtida após a observação do ambiente de trabalho e das
funções exercidas pelos trabalhadores, sendo selecionados, apenas os trabalhadores que
realizavam atividade de carregamento/transporte manual de caixas por período de tempo
superior a 50% do total de execução das tarefas diárias, em uma empresa do ramo
supermercadista na cidade de Socorro – SP.
3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram incluídos no estudo trabalhadores com e sem sintomas musculoesqueléticos
em membros superiores, tronco e joelho e que realizassem transporte manual de caixas que
obedecessem as seguintes características: a distância de carregamento/transporte das
caixas deveria ser superior a quatro passos, em linha reta ou não; e o
carregamento/transporte das caixas deveria ser realizado individualmente, sem auxilio de
outros trabalhadores.
Não participaram do estudo trabalhadores portadores de necessidades especiais e
trabalhadores que realizavam transporte de caixas diferentemente dos citados nos critérios
de inclusão.
3.3 Materiais e Equipamentos
Neste estudo foram utilizados: Uma ficha para caracterização dos voluntários (Anexo
1); uma ficha para caracterização da atividade (Anexo 2); uma filmadora digital Vivitar –
15
modelo nº DVR-518BK; uma máquina fotográfica digital Mitsuca – modelo nº DC 7325BR;
uma balança digital Wiso – modelo W801; uma fita métrica.
3.4 Procedimentos
Os responsáveis da empresa selecionada foram contatados para manifestarem o
aceite em participar da pesquisa (anexo 3). Em seguida, os pesquisadores, observaram as
atividades de carregamento/transporte das caixas e definiram as tarefas a serem
analisadas.
A observação das atividades foi realizada de 16 à 26 de agosto de 2010, sendo
verificadas todas as atividades em que os funcionários realizavam carregamento/transporte
manual de caixas. As tarefas selecionadas foram as de reposição de mercadorias e de
entregas de compras a domicílio, sendo analisados os funcionários que realizaram as
atividades de acordo com os critérios de inclusão, totalizando oito indivíduos.
Para participarem, os sujeitos foram informados sobre os objetivos e os
procedimentos da pesquisa, além da liberdade de retirar-se a qualquer momento da mesma,
assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os colaboradores que aceitaram
participar como voluntários (anexo 4). Para cada voluntário foram fornecidas duas cópias,
sendo que uma cópia permaneceu com o voluntário pesquisado e a outra cópia com os
pesquisadores. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
São Francisco (Protocolo CAAE: 0326.0.000.142-10).
A próxima etapa foi a realização da entrevista com os voluntários para coleta de
dados pessoais. Em seguida os indivíduos foram medidos e pesados, para então finalizar
com a avaliação das posturas corporais adotadas durante o carregamento das caixas e
identificação das características das caixas manuseadas.
Foram realizados registros fotográficos e filmagem com o objetivo de obter maior
precisão dos dados colhidos, usando as imagens como meio de garantia para uma
reprodução fiel das posturas e condições de trabalho durante a realização da atividade dos
participantes. Foram analisados até três diferentes manuseios para cada voluntário, porém
nem todos os indivíduos carregaram três caixas distintas.
Para obtenção dos registros fotográficos e filmagem, os funcionários foram
orientados a realizar suas atividades habitualmente, em deslocamento ou não, sendo que,
um dos pesquisadores fotografou as atividades, enquanto o outro registrou através de
16
filmagem. Após o carregamento das caixas foram verificadas as características dos objetos
manuseados, bem como a altura de retirada e colocação dos mesmos.
Cada indivíduo foi acompanhado por um dia e, quando necessário, os pesquisadores
solicitaram nova visita para efetuarem os registros das atividades. Todos os procedimentos
foram realizados entre 09 de agosto e 04 de outubro de 2010. Os dados foram coletados
duas vezes por semana, no período vespertino.
3.5 Análise de Dados
Após a realização das observações e do preenchimento das fichas, foi realizada a
análise das filmagens e fotografias. Os dados obtidos foram analisados e tabulados no
programa Excel, comparados por meio de gráficos e expressos em relação à média e desvio
padrão.
17
4 RESULTADOS
A idade média dos voluntários do estudo foi de 28,25 (±11,38) anos, com estatura
média de 1,69 (± 0,08) metros e massa corporal média de 72,25 (± 12,54) Kg.
Quanto ao gênero, 6 (75%) indivíduos são do sexo masculino e 2 (25%) do sexo
feminino. Na questão lateralidade todos os indivíduos apresentam dominância manual
direita. Nenhum trabalhador relatou ocorrência de sintomas musculoesqueléticos.
GRÁFICO 1 – Porcentagem de indivíduos por gênero
O Gráfico 1 apresenta a variação de gênero dos voluntários do estudo; verifica-se a
predominância do sexo masculino entre os indivíduos.
Quanto às dimensões das caixas manuseadas a altura média foi de 26,97 (± 11,17)
cm, a largura média foi de 40,44 (± 5,43) cm, a profundidade apresentou média de 28 (±
5,13), com massa média de 13,16 (± 6,46) Kg.
A altura da superfície de retirada das caixas apresentou uma média de 98,33 (±
29,80) cm, e a altura da superfície de colocação das caixas apresentou uma média de 14,66
(± 25,26) cm.
Em relação à variação dos objetos manuseados foram identificados 18 tipos
diferentes de caixas, portanto, os oito voluntários realizaram um total de 18 carregamentos,
25%
75%
Gênero
Feminino Masculino
18
sendo que apenas um tipo de caixa possuía alças embutidas e era fabricado em material
plástico. As outras caixas não possuíam alças e apresentavam-se fabricadas em papel. Os
tipos de caixas não se repetiram em nenhuma situação.
GRÁFICO 2 – Porcentagem do manuseio das caixas
Verifica-se no Gráfico 2, os manuseios das caixas realizados pelos voluntários do
estudo. De acordo com os critérios do estudo foram analisados até três diferentes
manuseios para cada voluntário. Observa-se no Gráfico 2, que 50% (n=4) dos voluntários
realizaram até 3 manuseios, portanto carregaram 3 tipos distintos de caixa, já que as
mesmas não se repetiram, 25% (n=2) dos voluntários realizaram até 2 manuseios
diferentes e outros 25% (n=2) realizaram apenas 1 manuseio.
25%
25%
50%
Manuseio das Caixas
1 manuseio 2 manuseios 3 manuseios
19
GRÁFICO 3 – Porcentagem do acoplamento mãos/caixa
O Gráfico 3 apresenta o acoplamento das mãos na caixa durante o trajeto. Observa-
se que do total de carregamentos, 44,4% foram realizados com acoplamento de ambos os
membros superiores, 38,9% dos carregamentos foram realizados com acoplamento de
membro superior direito (MSD) e 16,7% dos carregamentos foram realizados utilizando-se
do acoplamento de membro superior esquerdo (MSE). No presente estudo houve a
prevalência do tipo de acoplamento com assimetria de membros superiores e foram
observados diferentes tipos de preensão não encontrados na literatura.
44,4%
38,9%
16,7%
Acoplamento mãos/caixa
Bilateral MSD MSE
20
Durante a observação das atividades de transporte/carregamento das caixas não foi
verificada nenhuma postura mantida dos joelhos, sendo que nenhum indivíduo apresentou
alterações na marcha. As outras variações de posturas adotadas durante a atividade em
questão serão apresentadas a seguir.
GRÁFICO 4 – Porcentagem de posição do tronco durante a atividade de carregamento
O Gráfico 4 apresenta a variação da posição do tronco durante o carregamento das
caixas. Verifica-se que há o predomínio da posição do tronco ereto com 72,2%, seguida da
posição inclinado à esquerda com 16,7% e inclinado à direita com 11,1%. As posições de
tronco extendido, fletido maior e menor que 30º e rodado, não foram observadas durante os
carregamentos.
72,2%
0,0% 0,0% 0,0%
11,1%16,7%
0,0%
Ereto Extendido Fletido <30°
Fletido >30°
Inclinado D Inclinado E Rodado
Posição do Tronco
21
GRÁFICO 5 – Porcentagem das posições de ombro direito e esquerdo durante o transporte das caixas
O Gráfico 5 evidencia as posições de ombro adotadas durante o transporte das
caixas. Observa-se que a posição menor que 20° foi predominante no membro superior
esquerdo (55,6%), em relação ao membro superior direito (33,3%). Referente ao
posicionamento de ombro acima de 90°, houve predomínio do membro superior direito e não
foi observado no membro superior esquerdo. Na posição entre 20° e 45° ambos membros
apresentaram 33,3% e entre 45° e 90° o membro superior esquerdo apresentou 11,1% e o
direito apresentou 5,6% das posturas analisadas.
33,3% 33,3%
5,6%
27,8%
55,6%
33,3%
11,1%
0,0%
< 20° entre 20 e 45° entre 45 e 90° acima de 90°
Posição do Ombro
MSD MSE
22
GRÁFICO 6 – Porcentagem das posturas do cotovelo direito e esquerdo durante o carregamento
O gráfico 6 indica que a posição de cotovelo acima de 100° não foi realizada por
qualquer indivíduo. Verificou-se predomínio da postura entre 60 e 100° para ambos os
membros superiores, sendo que o membro superior direito apresentou 88,9% e o membro
superior esquerdo apresentou 94,4,% das posturas analisadas.
Gráfico 7 – Porcentagem das posturas de punho observadas durante o carregamento
11,1%
88,9%
0,0%5,6%
94,4%
0,0%
entre 0 e 60° entre 60 e 100° > 100°
Posição do Cotovelo
MSD MSE
77,8%
5,6%
16,7%
77,8%
5,6%
16,7%
posição neutra entre 0 e 15° > 15°
Posição do Punho
MSD MSE
23
Verificou-se através do Gráfico 7 que ambos membros apresentaram valores iguais
para as posições de punho, havendo a prevalência da posição neutra com 77,8% seguida
da amplitude maior que 15º com 16,7% e com apenas 5,6% aparece a amplitude entre 0 e
15º.
Ocorreu desvio ulnar durante o transporte das caixas em 5 das 18 posturas
realizadas. Não foi observada ocorrência de desvio radial.
24
5 DISCUSSÃO
Grande parte dos traumas musculares nos trabalhadores são causados por
manuseio de cargas. Aproximadamente 60% dos problemas musculares ocorrem devido ao
levantamento de carga e 20% empurrando e/ou puxando (LIDA, 2005).
De acordo com o formato do objeto, os indivíduos podem realizar posturas distintas e
adotar diferentes tipos de preensão o que pode levar ao surgimento de lesões
musculoesqueléticas (PADULA; SOUZA; GIL COURY, 2006).
No presente estudo foi realizada uma análise observacional em situação real de
trabalho, ao contrário do que ocorreu na maioria da literatura consultada, que realizaram
estudos simulados, com cargas de massa e dimensões pré-definidas.
Ao analisar a altura das superfícies de retirada e colocação das caixas, foram obtidas
as médias de 98,33 cm e 14,66 cm, respectivamente. Em seu estudo, Oliveira et al. (2007),
verificaram que o uso de superfícies altas podem levar a um aumento do risco para lesão da
articulação do ombro, explicando em parte, a ocorrência deste tipo de lesão entre
trabalhadores que carregam carga.
Quando relacionamos com a superfície de colocação, que neste estudo foi baixa,
Authier, Gagnon e Lortie (1996) concluíram que as amplitudes de flexão e abdução de
ombro realizadas durante o manuseio diminuem quando comparadas às superfícies altas,
podendo influenciar no posicionamento do tronco.
O oferecimento de alças nas caixas pelas indústrias tem como objetivo minimizar a
carga nos músculos e articulações e facilitar a realização da tarefa, porém, em situações
reais de trabalho, os indivíduos não utilizam as alças habitualmente e ainda realizam
posturas assimétricas de membros superiores (OLIVEIRA, 2008). No presente estudo foi
observado que a maioria das posturas adotadas foram assimétricas (55,6%), independente
das caixas possuírem alças ou não.
No estudo realizado por Padula, Souza e Gil Coury (2006) em que foram observados
tipos de preensão em manuseios de cargas onde os indivíduos realizaram manuseio com
simetria do membro superior, foram encontrados 3 tipos de preensão, sendo preensão
látero-lateral, látero-inferior e látero-posterior. No presente estudo 44,4% dos carregamentos
foram realizados com simetria do membro superior sendo observado que houve a realização
da preensão látero-inferior em todos os casos. O restante dos carregamentos foram
realizados com apoio unilateral.
25
Com relação ao posicionamento do tronco neste estudo, foi realizada uma análise
durante o transporte da carga observando-se o predomínio da postura ereta, porém de
acordo com o item 5, anexo 2, foram excluídas a retirada e colocação das caixas, não sendo
possível relacionar com a literatura, pois tratam-se de estudos realizados sem deslocamento
dos indivíduos. Contudo, no estudo de Carregaro e Gil Coury (2007) foi observado o
posicionamento do tronco apenas durante as tarefas de levantamento e abaixamento,
verificando-se que as maiores alterações posturais ocorrem durante o abaixamento.
Quanto ao posicionamento do ombro observou-se predominância nas posturas
menores que 20° somando flexão e abdução. No estudo realizado por Oliveira et al. (2007),
em que foi comparada a posição dos membros superiores durante manuseio de cargas para
diferentes alturas, foi verificado que nas transferências envolvendo superfícies baixas, a
variação das amplitudes de ombro foi de 46 a 53° de flexão e de 25 a 30° de abdução.
No posicionamento do cotovelo nenhum voluntário realizou posturas acima de 100°,
havendo predomínio das posturas entre 60 e 100° em ambos os membros superiores. Não
foram encontrados estudos que realizam comparações das variações das posturas do
cotovelo em manuseios de caixas.
Em relação ao posicionamento do punho, assim como no estudo de Padula, Souza e
Gil Coury (2006), a massa da caixa não influenciou na sua amplitude. As porcentagens de
amplitude do punho mostradas no gráfico 7, foram iguais para ambos os membros em todas
as situações de carregamento avaliadas neste estudo.
Foi observado que 77,8% das posturas de punho adotadas pelos trabalhadores foi
em posição neutra, assim como no estudo de Padula, Souza e Gil Coury (2006). Ligamentos
e outras estruturas do punho são tensionados e comprimidos quando realizadas amplitudes
extremas, por isso a importância da manutenção da posição neutra para prevenir lesões.
(KAPANDJI, 1990 apud Padula, Souza e Gil Coury, 2006).
Ocorreu desvio ulnar durante o transporte das caixas em 5 das 18 posturas
observadas. Não foi observada ocorrência de desvio radial, ao contrário do que observaram
em seu estudo Padula, Souza e Gil Coury (2006) quando verificaram uma permanência de
maior porcentagem do tempo em desvio radial.
26
6 CONCLUSÃO
Os resultados indicam que diferentes tipos de caixa influenciam nas estratégias de
carregamento e nas posturas adotadas durante o transporte das mesmas. Durante os
manuseios foi encontrada grande variação dos tipos de preensão e posicionamento,
sugerindo que as dimensões e massa dos objetos manuseados podem influenciar nas
posturas adotadas, ocasionando sobrecarga nos membros superiores e tronco.
Neste estudo não foram encontradas variações no posicionamento dos joelhos,
porém há a necessidade de novos estudos que avaliem os membros inferiores durante o
transporte de cargas.
Através do que foi relatado, sugere-se que programas para prevenção de doenças
ocupacionais relacionadas ao transporte manual de cargas, deveriam incluir a etapa de
observação e análise das atividades, para que seja possível orientar quanto às posturas
adequadas, prevenindo lesões.
27
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não foram encontrados estudos descritos em literatura relacionados à análise de
carregamento de caixas em ambiente de supermercado. A maioria dos estudos encontrados
referem-se a situações simuladas com atividades pré-estabelecidas e apresentam valores
fixos como em relação ao peso das caixas, levantamento e abaixamento das caixas com
alturas pré definidas, não caracterizando estudos de situações reais de trabalho.
Estes estudos são importantes para verificação das posturas adotadas para que
quando da avaliação de situações reais tenha-se parâmetros para embasamento das
informações encontradas.
A análise das posturas realizadas pelos voluntários em situações reais sugere que
durante a atividade de manuseio de cargas os trabalhadores estão vulneráveis a lesões
musculoesqueléticas e, portanto abre possibilidades para que sejam realizados novos
estudos para análise de riscos ocupacionais e posteriormente para implantação de
programas de prevenção.
28
REFERÊNCIAS
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29
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30
ANEXO 1
CURSO DE FISIOTERAPIA Campus Bragança Paulista
Ficha de Caracterização dos Sujeitos Data: ____/____/____
Nome:________________________________________________________
Gênero: ______________________________________________________
Data de nascimento: ____/____/____
Escolaridade:__________________________________________________
Indústria:______________ Cargo:___________ Setor: _________________
Tarefas diárias (% tempo):________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________
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ANEXO 2
CURSO DE FISIOTERAPIA Campus Bragança Paulista
Ficha de Caracterização da Atividade IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHADOR:__________________________________
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:__________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
____________________________________________________
1) Dimensões da caixa (cm)
Modelo 1: Altura __________ ; Largura ________; Profundidade ____________
Alças: não ( ) sim ( ) Interface: ____________________________________
Modelo 2: Altura __________ ; Largura ________; Profundidade ____________
Alças: não ( ) sim ( ) Interface: ____________________________________
Modelo 3: Altura __________ ; Largura ________; Profundidade ____________
Alças: não ( ) sim ( ) Interface: ____________________________________
2) Massa da caixa (kg)
Modelo 1: __________; Modelo 2: ___________; Modelo 3: ___________ 3) Descrição acoplamento das mãos/caixa
Modelo 1: __________________________________________________________
Modelo 2: __________________________________________________________
Modelo 3: __________________________________________________________
32
Considerações: ______________________________________________________
Ex. mudanças de acoplamento durante o trajeto. 4) Altura das superfícies de colocação e retirada da carga (cm)
Condição 1 – inicial ________ final_________
Condição 2 – inicial ________ final_________
Condição 3 – inicial ________ final_________
5) Posturas Corporais durante o trajeto. Exclui-se a colocação e retirada da caixa
POSIÇÃO DO TRONCO
Condição 1
a) Ereto( ); Fletido < 30º( ); Fletido >30º( ); Rodado( ); Inclinado( ); Extendido( )
Considerações:______________________________________________________
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto/apoio de carga no tronco.
Condição 2
a) Ereto( ); Fletido < 30º( ); Fletido >30º( ); Rodado( ); Inclinado( ); Extendido( )
Considerações:______________________________________________________
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto/apoio de carga no tronco.
Condição 3
a) Ereto( ); Fletido < 30º( ); Fletido >30º( ); Rodado( ); Inclinado( ); Extendido( )
Considerações:______________________________________________________
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto/apoio de carga no tronco.
POSIÇÃO MMSS
Condição 1
Ombro - < 20º ( ); entre 20º e 45º ( ); entre 45º e 90º ( ); acima de 90º ( )
Cotovelo - entre 60º e 100º ( ); entre 0º e 60º ( ); acima de 100º ( )
Punho - entre 0º e 15º ( ); > 15º ( ); Desvio - sim ( ) não ( )
Considerações: ______________________________________________________
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto.
Condição 2
Ombro - < 20º ( ); entre 20º e 45º ( ); entre 45º e 90º ( ); acima de 90º ( )
Cotovelo - entre 60º e 100º ( ); entre 0º e 60º ( ); acima de 100º ( )
Punho - entre 0º e 15º ( ); > 15º ( ); Desvio - sim ( ) não ( )
Considerações: ______________________________________________________
33
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto.
Condição 3
Ombro - < 20º ( ); entre 20º e 45º ( ); entre 45º e 90º ( ); acima de 90º ( )
Cotovelo - entre 60º e 100º ( ); entre 0º e 60º ( ); acima de 100º ( )
Punho - entre 0º e 15º ( ); > 15º ( ); Desvio - sim ( ) não ( )
Considerações: ______________________________________________________
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto.
POSIÇÃO JOELHO
Condição 1
Estendidos ( ); Fletidos < 20º ( ); Fletidos > 20º ( )
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto.
Condição 2
Estendidos ( ); Fletidos < 20º ( ); Fletidos > 20º ( )
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto
Condição 3
Estendidos ( ); Fletidos < 20º ( ); Fletidos > 20º ( )
Ex. mudanças da postura, movimentos durante o trajeto
34
ANEXO 3
CURSO DE FISIOTERAPIA Campus Bragança Paulista
A/C Diretor de Recursos Humanos Prezado Sr (a) Vimos por meio desta, solicitar a permissão para realizar análises por meio de
observação visual e filmagem de tarefas de trabalho que envolvem manuseio de
carga.
As condições de análise envolvem peso e medidas das cargas manuseadas e as
posturas adquiridas durante a atividade.
Comprometemo-nos a manter em sigilo todas as informações referentes a nome
da empresa, nome do funcionário e imagens que possam identificá-la.
Sem mais Atenciosamente _____________________________________ Fernanda Franco de Oliveira Aluna de graduação do Curso de Fisioterapia _____________________________________ Patrícia Grippa Aluna de graduação do Curso de Fisioterapia
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ANEXO 4
CÔMITE DE ÉTICA EM PESQUISA – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
ANÁLISE DESCRITIVA DE POSTURA E MOVIMENTOS CORPORAIS DURANTE
A ATIVIDADE DE CARREGAMENTO DE CAIXA EM SUPERMERCADO
Responsáveis:
O abaixo-assinado (nome, idade, RG, endereço) declara que é de livre e espontânea vontade que está participando como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, de responsabilidade dos pesquisadores. O abaixo-assinado está ciente que: I. O objetivo do estudo é analisar as atividades de carregamento de cargas, verificando as posturas adotadas pelos trabalhadores de um supermercado durante realização da atividade, bem como as características das caixas utilizadas. II. Durante o estudo, deverá informar às tarefas que realiza na empresa, bem como
idade, gênero, escolaridade, entre outros fatores. III. A participação neste estudo não acarretará nenhum benefício terapêutico, mas também não implicará em nenhum risco para os voluntários. IV. Obteve todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a participação do referido ensaio clínico. V. Está livre para interromper a participação do estudo a qualquer momento, não havendo nenhum empecilho, para tal. VI. Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, não havendo identificação do voluntário por ocasião da exposição e/ou publicação dos mesmos. VII. Poderá contactar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou reclamações em relação ao estudo (fone 011 2454-8981). VIII. Poderá contactar a responsável pelo estudo, Rosimeire Simprini Padula, sempre que necessário através dos telefones: 011 4034-8813 / 011 4402-2506 ou
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através de correspondência pelo endereço: Av. Atibaia, 235, Apto 4, Atibaia Jardim, CEP: 12946-770, Atibaia , São Paulo. IX. Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em poder do voluntário e outra com o pesquisador responsável. Socorro, de de 2010
Nome do Voluntário Assinatura do Voluntário Nome dos responsáveis pelo estudo e assinatura