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  • 8/3/2019 Analise_modelos

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    CENTRO UNIVERSITRIO DE JOO PESSOACOORDENAO DO CURSO DE ODONTOLOGIA

    ORTODONTIA I

    ANLISE DE MODELOS

    1 - Dentadura permanente:

    Mede-se, inicialmente, o espao presente (EP), ou seja, o continente sseodisponvel para a acomodao dos dentes. Essa medio pode ser feita dediversas maneiras, sendo duas as mais utilizadas:

    1. Fio de lato: acomoda-se um segmento de fio de lato .005 ou .006

    sobre a arcada dentria, da mesial do primeiro molar permanente de umlado mesial do primeiro molar permanente do outro lado,acompanhando o traado da arcada que seria ideal para aquelepaciente. Retifica-se ento o fio de lato e mede-se seu comprimento.Note que os dentes que os dentes que esto fora da linha de oclusono so acompanhados.

    2. Compasso de ponta seca: medimos, com esse instrumento, a distnciaentre a mesial do primeiro molar permanente e a mesial do canino, deum lado, anotando essa medida em um carto prprio. Note que amesial do canino no coincide, necessariamente, com a distal do incisivo

    lateral. Medimos ento da mesial do canino at a linha mdia,transferimos para o carto, medimos da linha mdia at a mesial docanino do outro lado, transferimos e, finalmente, medimos da mesial docanino at a mesial do primeiro molar permanente.

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    medida, em milmetros, do comprimento do fio de lato ou da soma dasmedidas do compasso, chamamos ESPAO PRESENTE, ou EP.

    Mede-se, ento, o ESPAO REQUERIDO, que a soma das medidas msio-distais de todos os incisivos, caninos e pr-molares. Medimos os dentes, umpor um, com o compasso de ponta seca e transferimos essas medidas para ocarto.

    A Discrepncia de Modelo (DM) se dar pela frmula: DM=EP-ERNote que se o Espao Presente for menor do que o Espao Requerido, a DMser negativa. Podemos dizer ento que o paciente tem falta de espao nessaarcada. Se a DM for positiva, sinal de que o paciente tem excesso deespao, portanto, apresenta diastemas entre os dentes.

    2 - Dentadura mista:

    O mtodo de medio do Espao Presente idntico ao utilizado na dentadura

    permanente. Porm, como a medio do Espao Requerido diferente,registramos trs setores: posterior direito (Pd), anterior (a) e posterior esquerdo(Pe). Muito fcil: da mesial do primeiro molar permanente direito at a mesialdo canino decduo direito = EPPd. A soma das medidas de mesial do canino linha mdia do lado direito com a mesma medida do lado esquerdo o EPa eda mesial do canino decduo esquerdo at a mesial do primeiro molarpermanente do mesmo lado o EPPe. Note que o canino decduo nos serveapenas como uma referncia para a medio do EP.

    Na dentadura mista no se medem os dentes decduos. Como algunspermanentes ainda no erupcionaram (normalmente os caninos e pr-

    molares), devemos utilizar algum mtodo para predizer seu tamanho, caso

    Comeamos a transferir a partir da marcavertical e vamos somando as marcas at ofinal. Depois, medimos tudo.

    Comeamos a transferir a partir da marca

    vertical e vamos somando as marcas at ofinal. Depois, medimos tudo.

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    contrrio no h como medir o Espao requerido. Existem diversos mtodospara essa previso, citamos aqui trs deles:

    1. Mtodo radiogrfico:a. Tomamos uma radiografia periapical (tcnica do cone longo) da

    regio de caninos e pr-molares. Medimos os dentes, um a um,na radiografia. Medimos tambm, na radiografia, um denteerupcionado, normalmente o primeiro molar superior.

    b. Medimos, no modelo, o dente erupcionado que foi medido naradiografia. Teremos ento trs medidas: O dente que noerupcionou na radiografia (Drx), o dente erupcionado naradiografia (Erx) e o dente erupcionado no modelo, uma medidareal (E). Falta-nos a medida real do dente no erupcionado (D).Utilizamos ento a frmula:

    Obtemos, assim, a medida de cada um dos dentes permanentesainda no erupcionados. A soma dos pr-molares e do canino dolado direito ser o ERPd. Os incisivos esto, normalmente,erupcionados nessa fase, medimos seu tamanho msio-distal nomodelo para obtermos o ERa e a soma do canino e dos pr-molares do lado esquerdo ser o ERPe. Esse mtodo o maispreciso, porm exige a obteno de um modelo e duas tomadasradiogrficas em cada arcada, o que dificulta um pouco suaexecuo.

    2. Anlise de Moyers:Baseia-se em um mtodo estatstico, onde se pode predizer o valor dasoma das medidas msio-distais do canino e dos pr-molares noerupcionados atravs de sua relao com a soma das medidas msio-distais dos incisivos inferiores (ERAi), j erupcionados. Assim,Moyers apresenta a tabela a, onde encontramos a medida dos caninose pr-molares superiores, e a tabela b onde encontramos a medida dosinferiores. Em ambas, jogamos a soma dos incisivos inferiores. Assim,localizamos na primeira linha a soma das medidas dos incisivosinferiores (ERAi) e, na coluna abaixo desta, as probabilidades de

    medidas para canino e pr-molares de um lado (ERPe ou ERPd).Usamos o mesmo valor, encontrado na tabela, para ERPd e ERPd.

    ATENO: NUNCA JOGUE NA TABELA A MEDIDA DOS INCISIVOSSUPERIORES, SEMPRE A DOS INFERIORES, MESMO QUE ESTEJAPROCURANDO O ESPAO PRESENTE POSTERIOR SUPERIOR!

    D = Drx . E

    Erx

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    TABELA DE MOYERS PARA PREDIO DE TAMANHO DENTR

    A Tabela de probabilidades para predizer a soma das larguras de 3-4-5 a partir de 2-1 1-2ARCO SUPERIOR

    21-12 19,5 20,0 20,5 21,0 21,5 22,0 22,5 23,0 23,5 24,0 24,5 25,0 25,5 26,0 26,5 27,0 27,5 95% 21,6 21,8 22,1 22,4 22,7 22,9 23,2 23,5 23,8 21,0 24,3 24,6 24,9 25,1 25,4 25,7 26,0 85% 21,0 21,3 21,5 21,8 22,1 22,4 22,6 22,9 23,2 23,5 23,7 24,0 24,3 24,6 24,8 25,1 25,4 75% 20,6 20,9 21,2 21,5 21,8 22,0 22,3 22,6 22,9 23,1 23,4 23,7 24,0 24,2 24,5 24,8 25,0 65% 20,4 20,6 20,9 21,1 21,5 21,8 22,0 22,3 22,6 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0 24,2 24,5 24,8 50% 20,0 20,3 20,6 20,8 21,1 21,4 21,7 21,9 22,2 22,5 22,8 23,0 23,3 23,6 23,9 24,1 24,4 35% 19,6 19,9 20,2 20,5 20,8 21,0 21,3 21,6 21,9 22,1 22,4 22,7 23,0 23,2 23,5 23,8 24,1 25% 19,4 19,7 19,9 20,2 20,5 20,8 21,0 21,3 21,6 21,9 22,1 22,4 22,7 23,0 23,2 23,5 23,8 15% 19,0 19,6 19,6 19,9 20,2 20,4 20,7 21,0 21,3 21,5 21,8 22,1 22,4 22,6 22,9 23,2 23,4 5% 18,5 18,8 19,0 19,3 19,6 19,9 21,1 20,4 20,7 21,0 21,2 21,5 21,8 22,1 22,3 22,6 22,9

    B Tabela de probabilidades para predizer a soma das larguras de 3-4-5 a partir de 2-1 1-2ARCO INFERIOR

    21-12 19,5 20,0 20,5 21,0 21,5 22,0 22,5 23,0 23,5 24,0 24,5 25,0 25,5 26,0 26,5 27,0 27,5 95% 21,1 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,1 24,4 24,7 25,0 25,3 25,6 25,8 85% 20,5 20,8 21,1 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,0 24,3 24,6 24,9 25,2 75% 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0 24,3 24,6 24,8 65% 19,8 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0 24,8 24,6 50% 19,4 19,7 20,0 20,3 20,6 20,9 21,2 21,5 21,8 22,1 22,4 22,7 28,0 23,3 23,6 23,9 24,2 35% 19,0 19,3 19,6 19,9 20,2 20,5 20,8 21,1 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 25% 18,7 19,0 19,3 19,6 19,9 20,2 20,5 20,8 21,1 21,4 21,7 22,0 22,8 22,6 22,9 23,2 23,5 15% 18,4 18,7 19,0 19,3 19,6 19,8 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 5% 17,7 18,0 18,3 18,6 18,9 19,2 19,5 19,8 20,4 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 Adaptado de Moyers, R.E., Ortodontia. 3a. ed., 1979, Guanabara Koogan.

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    3. Anlise de Tanaka-Johnston

    Tem como objetivo calcular a discrepncia de modelo nas dentadurasmistas.

    Procedimento:

    Esta anlise tambm se baseia na somatria dos dimetrosmesio-distais dos incisivos inferiores, porm no necessita de tabelas ouradiografias.

    Frmula:

    X = largura dos caninos e pr-molaresY = Largura dos 4 incisivosA = Constante para o arco inferiorB = Constante para o arco superior.

    Valor da Constante A75% = 10,5 mm85% = 11,0 mm

    Valor da Constante B75% = 11,0 mm85% = 11,5 mm

    Exemplo:

    X = (23/2 + A) x 2X = (11,5 + 10,5) x 2X = (22,0) x 2X = 44

    Vantagem:O clculo efetuado sem tabela ou radiografias, medindo-se

    apenas a largura dos incisivos inferiores, e ao ser comparada anlisede Moyers, as diferenas so insignificantes.

    X=(Y/2 + A ou B) x 2

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    Bibliografia Bsica:

    INTERLANDI S. Ortodontia Bases para a Iniciao So Paulo 4. ed.Editora Artes Mdicas. p. 451-476. 1999.JARABAK JR, FIZZELL JA. Techinique and treatment with light-wire

    edgewise appliances. 2.ed. Mosby Co. v.1, 1972.McNAMARA JR., J.A. A method of cephalometric evaluation Amer.J.Orthodont. Dentofac. Orthop. St. Louis v.86, n.6, p.449-69, Dec. 1984.STEINER, C. C. Cephalometrics in clinical practice. Angle Orthod. Appleton v.29, p. 8-29, 1959.TWEED, C.H. Was the development of the diagnostic facial triangle as anaccurate analysis based on fact or fancy? Am J Orthod, St. Louis v.48, n.11,p.823-40, Nov. 1962.

    Bibliografia Complementar:

    JANSON, G. R. P. Estudo longitudinal e comparativo do crescimentofacial - dos 13 aos 18 anos de idade em jovens brasileiros leucodermas,utilizando a anlise de McNamara JR. Bauru, 1990. 120p. Tese (Doutorado) Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de So Paulo.STEINER, C. C. Cefalometrics for you and me. Am. J. Orthod. St. Louis v. 39,n. 10, p.729-55, Oct. 1955.