78
Andre Sburdelini Arthur Pereira Neto Danilo Cisotto INSPE<;:AO, MANUTEN<;:AO E RECUPERA<;:AO DE MARQUISES E SACADAS Trabalho de Conclusao de Curso. aprcscnlado ao CUl'SO de P6s-graduayao em Pntologia IHIS Obrns Civis da Faculdade de Ciencias Exalas c de Tccnologia da Univcrsidadc Tuiuli do Parana. como rcquisito parcial para a obtcIl9fio do titulo de Espccialista. Orient ad or: Msc. Luis Cesar S. De Luca CURITIBA 2008

Andre Sburdelini Arthur Pereira Neto Danilo Cisotto …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/INSPACAO-MANUTENCAO-E-RECU… · DE MARQUISES E SACADAS ... As pessoas amadas, e amigas de

  • Upload
    voque

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Andre Sburdelini

Arthur Pereira Neto

Danilo Cisotto

INSPEltAO MANUTENltAO E RECUPERAltAO

DE MARQUISES E SACADAS

Trabalho de Conclusao de Curso aprcscnlado ao

CUlSO de P6s-graduayao em Pntologia IHIS Obrns

Civis da Faculdade de Ciencias Exalas c de

Tccnologia da Univcrsidadc Tuiuli do Parana

como rcquisito parcial para a obtcIl9fio do titulo de

Espccialista

Orient ad or Msc Luis Cesar S De Luca

CURITIBA

2008

III

TERMO DE APROVAtAO

Andre Sbardelini

Arthur Pereira Neto

Danilo Cisotto

INSPEtAO MANUTENtAO E RECUPERAtAO

DE MARQUISES E SACADAS

ESlc trabalho de conclusao roi julgado e aprovado para a oben~iio do titulo de Especialista em Patologias naObms Civis 110 Curso de Pos-Graduruao Espccia1iza~ao em Patologias nas Obras Civis dn Univcrsidadc Tuiulido Parana

Curitiba 14 de Agosto de 2008

Curso de P6s-Graduayltlo Espccializayao em Patologias nas Obras Civis

Univcrsidade Tuiuti do Parami

Universidade Tuiuti do Parana - Departamento de Engenharia Civil

IV

DEDICATORIA

Oedicamas este trohalIo a nossas Jamilias aD 110SS0 mais novo amigo 0

professor e JIeslre Luis Cesar S De Luca e fOda a cOl11unicace acacbnicQ cledicoda

aDdesenvovimelllo e evotucio da tecnoagia

IVlesJllo que elf (Jule peo vale da

sombra da marIe nora lemerei

pois tenho Deus 00 meu lado

v

SaIllo 23~

AGRADECIMENTOS

Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia

Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias

Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo

As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS

RESUMO

I INTRODUltAO

11 OBJETIVO GERAL

12 OBJETIVOS ESPECincos

13 JUSTIFICATIVA

104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E

MARQUISES EM BALANCO

221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90

23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM

SACADAS E MARQUISES

231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice

Daher

232 Acidentcs estruturais com marquises

233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do

Rio de Ianeiro 13

3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO

31 ERROS DE PROJETO

32 ERROS DE EXECUCAO

VI

IX

XI

XII

XIII

4

10

14

14

16

VII

321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16

322 Esconlmcnto incorrelo 18

33 CORROsAo NAS NMADURAS 19

331 Tipos de corr05ao 20

332 Corrosao das armaduras per cloretos 21

333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22

334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23

34 FISSURACAO 24

35 SOBRECARGA 27

4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30

41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30

411 Dados cadastrais da edificacao 30

412 Infon1Uu6cs gerais 31

413 Planta de situacao da marquise au sacada 31

414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais

de uma marquise ou sacada 32

415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34

416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35

417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs

Il1ccanicas c corrosao 35

418 Dcterll1inacaodas alturas relativas

419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas

41 10 Aval iaao do teor de cloretos

4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de

SCll1ipilhas

41 12 Avaliacaoda carbonatacao

4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em

runcaode cargas existentes

42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS

36

3737

3840

41

42

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

III

TERMO DE APROVAtAO

Andre Sbardelini

Arthur Pereira Neto

Danilo Cisotto

INSPEtAO MANUTENtAO E RECUPERAtAO

DE MARQUISES E SACADAS

ESlc trabalho de conclusao roi julgado e aprovado para a oben~iio do titulo de Especialista em Patologias naObms Civis 110 Curso de Pos-Graduruao Espccia1iza~ao em Patologias nas Obras Civis dn Univcrsidadc Tuiulido Parana

Curitiba 14 de Agosto de 2008

Curso de P6s-Graduayltlo Espccializayao em Patologias nas Obras Civis

Univcrsidade Tuiuti do Parami

Universidade Tuiuti do Parana - Departamento de Engenharia Civil

IV

DEDICATORIA

Oedicamas este trohalIo a nossas Jamilias aD 110SS0 mais novo amigo 0

professor e JIeslre Luis Cesar S De Luca e fOda a cOl11unicace acacbnicQ cledicoda

aDdesenvovimelllo e evotucio da tecnoagia

IVlesJllo que elf (Jule peo vale da

sombra da marIe nora lemerei

pois tenho Deus 00 meu lado

v

SaIllo 23~

AGRADECIMENTOS

Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia

Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias

Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo

As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS

RESUMO

I INTRODUltAO

11 OBJETIVO GERAL

12 OBJETIVOS ESPECincos

13 JUSTIFICATIVA

104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E

MARQUISES EM BALANCO

221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90

23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM

SACADAS E MARQUISES

231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice

Daher

232 Acidentcs estruturais com marquises

233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do

Rio de Ianeiro 13

3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO

31 ERROS DE PROJETO

32 ERROS DE EXECUCAO

VI

IX

XI

XII

XIII

4

10

14

14

16

VII

321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16

322 Esconlmcnto incorrelo 18

33 CORROsAo NAS NMADURAS 19

331 Tipos de corr05ao 20

332 Corrosao das armaduras per cloretos 21

333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22

334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23

34 FISSURACAO 24

35 SOBRECARGA 27

4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30

41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30

411 Dados cadastrais da edificacao 30

412 Infon1Uu6cs gerais 31

413 Planta de situacao da marquise au sacada 31

414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais

de uma marquise ou sacada 32

415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34

416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35

417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs

Il1ccanicas c corrosao 35

418 Dcterll1inacaodas alturas relativas

419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas

41 10 Aval iaao do teor de cloretos

4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de

SCll1ipilhas

41 12 Avaliacaoda carbonatacao

4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em

runcaode cargas existentes

42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS

36

3737

3840

41

42

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

IV

DEDICATORIA

Oedicamas este trohalIo a nossas Jamilias aD 110SS0 mais novo amigo 0

professor e JIeslre Luis Cesar S De Luca e fOda a cOl11unicace acacbnicQ cledicoda

aDdesenvovimelllo e evotucio da tecnoagia

IVlesJllo que elf (Jule peo vale da

sombra da marIe nora lemerei

pois tenho Deus 00 meu lado

v

SaIllo 23~

AGRADECIMENTOS

Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia

Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias

Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo

As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS

RESUMO

I INTRODUltAO

11 OBJETIVO GERAL

12 OBJETIVOS ESPECincos

13 JUSTIFICATIVA

104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E

MARQUISES EM BALANCO

221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90

23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM

SACADAS E MARQUISES

231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice

Daher

232 Acidentcs estruturais com marquises

233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do

Rio de Ianeiro 13

3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO

31 ERROS DE PROJETO

32 ERROS DE EXECUCAO

VI

IX

XI

XII

XIII

4

10

14

14

16

VII

321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16

322 Esconlmcnto incorrelo 18

33 CORROsAo NAS NMADURAS 19

331 Tipos de corr05ao 20

332 Corrosao das armaduras per cloretos 21

333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22

334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23

34 FISSURACAO 24

35 SOBRECARGA 27

4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30

41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30

411 Dados cadastrais da edificacao 30

412 Infon1Uu6cs gerais 31

413 Planta de situacao da marquise au sacada 31

414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais

de uma marquise ou sacada 32

415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34

416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35

417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs

Il1ccanicas c corrosao 35

418 Dcterll1inacaodas alturas relativas

419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas

41 10 Aval iaao do teor de cloretos

4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de

SCll1ipilhas

41 12 Avaliacaoda carbonatacao

4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em

runcaode cargas existentes

42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS

36

3737

3840

41

42

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

v

SaIllo 23~

AGRADECIMENTOS

Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia

Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias

Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo

As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS

RESUMO

I INTRODUltAO

11 OBJETIVO GERAL

12 OBJETIVOS ESPECincos

13 JUSTIFICATIVA

104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E

MARQUISES EM BALANCO

221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90

23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM

SACADAS E MARQUISES

231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice

Daher

232 Acidentcs estruturais com marquises

233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do

Rio de Ianeiro 13

3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO

31 ERROS DE PROJETO

32 ERROS DE EXECUCAO

VI

IX

XI

XII

XIII

4

10

14

14

16

VII

321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16

322 Esconlmcnto incorrelo 18

33 CORROsAo NAS NMADURAS 19

331 Tipos de corr05ao 20

332 Corrosao das armaduras per cloretos 21

333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22

334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23

34 FISSURACAO 24

35 SOBRECARGA 27

4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30

41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30

411 Dados cadastrais da edificacao 30

412 Infon1Uu6cs gerais 31

413 Planta de situacao da marquise au sacada 31

414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais

de uma marquise ou sacada 32

415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34

416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35

417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs

Il1ccanicas c corrosao 35

418 Dcterll1inacaodas alturas relativas

419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas

41 10 Aval iaao do teor de cloretos

4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de

SCll1ipilhas

41 12 Avaliacaoda carbonatacao

4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em

runcaode cargas existentes

42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS

36

3737

3840

41

42

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS

RESUMO

I INTRODUltAO

11 OBJETIVO GERAL

12 OBJETIVOS ESPECincos

13 JUSTIFICATIVA

104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E

MARQUISES EM BALANCO

221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90

23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM

SACADAS E MARQUISES

231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice

Daher

232 Acidentcs estruturais com marquises

233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do

Rio de Ianeiro 13

3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO

31 ERROS DE PROJETO

32 ERROS DE EXECUCAO

VI

IX

XI

XII

XIII

4

10

14

14

16

VII

321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16

322 Esconlmcnto incorrelo 18

33 CORROsAo NAS NMADURAS 19

331 Tipos de corr05ao 20

332 Corrosao das armaduras per cloretos 21

333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22

334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23

34 FISSURACAO 24

35 SOBRECARGA 27

4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30

41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30

411 Dados cadastrais da edificacao 30

412 Infon1Uu6cs gerais 31

413 Planta de situacao da marquise au sacada 31

414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais

de uma marquise ou sacada 32

415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34

416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35

417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs

Il1ccanicas c corrosao 35

418 Dcterll1inacaodas alturas relativas

419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas

41 10 Aval iaao do teor de cloretos

4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de

SCll1ipilhas

41 12 Avaliacaoda carbonatacao

4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em

runcaode cargas existentes

42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS

36

3737

3840

41

42

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

VII

321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16

322 Esconlmcnto incorrelo 18

33 CORROsAo NAS NMADURAS 19

331 Tipos de corr05ao 20

332 Corrosao das armaduras per cloretos 21

333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22

334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23

34 FISSURACAO 24

35 SOBRECARGA 27

4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30

41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30

411 Dados cadastrais da edificacao 30

412 Infon1Uu6cs gerais 31

413 Planta de situacao da marquise au sacada 31

414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais

de uma marquise ou sacada 32

415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34

416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35

417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs

Il1ccanicas c corrosao 35

418 Dcterll1inacaodas alturas relativas

419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas

41 10 Aval iaao do teor de cloretos

4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de

SCll1ipilhas

41 12 Avaliacaoda carbonatacao

4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em

runcaode cargas existentes

42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS

36

3737

3840

41

42

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

VIII

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES

E SACAOAS 42

51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42

511 Dcmolicao da estrutura 43

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS

ARMADURAS 43

521 Inibidores de corrosao 43

522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45

53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45

531 A tccnica de injecao de fissuras 46

532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47

533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA

ESTRUTURA 48

55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49

551 Poiimcilto 49

552 LavagcI11

56 REFORltO ESTRUTURAL

50

52

561 Refono estrutural em lajes em balanyo

562 Refono de viga submetida a toryao

53

55

6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS

TRABALHOS 57

61 Consideracoes linais

61 Rccomcndmoes para novos trabalhos

57

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

IX

LlSTA DE FIGURAS

Figura Pg

11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural

(RAUBER 2005)

22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6

_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte

engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS

e GROCHOSKI 2007)

24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)

25 Fachada do Edificio Anita Daher

26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio

27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste

28 Marquise da UEL apas 0 colapso

31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes

(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994

9

9

10

II

15

32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17

33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17

34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI

2007) 18

35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS

c GROCHOSKI 2007) 19

2036 Processo de corrosao

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)

38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas

sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)

39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO

2007)

41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES

2007)

42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)

43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise

(JORDYe MENDES 2007)

44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD

e MENDES 2007)

45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY

e MENDES 2007)

46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos

47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de

marquise (JORDY c MENDES 2007)

48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO

2006)

51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)

52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)

53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)

54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)

55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)

56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)

57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

X

24

27

29

31

32

33

33

34

34

36

40

47

4850

54

54

55

56

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

L1STA DE TABELAS

Tabcla

Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas

similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas

XI

Pg

II

49

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

ABCI

ASTM

Ca(OHJ

CESA

CO

CREA

1-1

HO

HS

IIT

MPa

NBRpH

q

RAA

RJ

SO

UELV

LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS

Associacao Brasilcira de Cimento Portland

American Society lor Testing and Waterials

ion de calcio

Hidr6xido de cilcio

Centro de ESlUdos Sociais Aplicados

Gas carbonico

Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia

Carga horizontal

Oxida de hidrogenio (agua)

Gas 5ul(Jdrico

Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Mega Pascal

fon de sodio

Norma Brasileira

Potencial hidrogenionico

Carga acidcntal

Reacao ilcali-agrcgado

Rio de Janeiro

Dioxido de cnxofre

Universidade EstaduaI de Londrin3

Carga vertical minima

XII

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

XIII

RESUMO

Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao

Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

I INTRODUltAO

A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises

onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs

patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT

aplicado em cada caso

E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos

Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando

dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim

levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste

Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais

de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem

dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado

nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do

incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial

Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se

inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em

sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao

de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ

(2003) e Souza e Ferrari (2007)

E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro

de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada

caso

11 OI3JETIVO GERAL

bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C

colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao

aplidtveis a cada caso

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS

bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de

sacadas e marquises c suns respcctivas causas

bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas

bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e

sacadas

bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das

palologias assim como resistencia das marquises e sacadas

bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e

sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs

13 JUSTIFICATIVA

Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente

marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de

lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de

vidas

Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em

apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0

concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos

cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno

Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso

utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it

tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores

que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro

na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura

Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de

Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos

Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande

cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste

caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser

reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle

proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise

apos 0 colapso

Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)

Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura

12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve

fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As

causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter

sido a sobrecarga na sacada

Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e

mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias

aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos

preventivos aplicavcis a cada caso

14PROCEDIMENTO METODOL6GICO

NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos

a seguir de mancira sinttWca

bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)

bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos

rcccntclllcnle

bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes

patol6gicas em sacadas e marquises

bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas

bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a

rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados

problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas

21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES

Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1

apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da

editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais

podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo

consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em

Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas

lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis

aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as

solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados

Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo

adequado (RAUBER 2005)

(a) (b)

Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral

(RAUBER 2005)

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr

(I b) Sa bullada em bol(lntO

com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam

Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)

HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo

estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de

intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado

estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm

balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a

2001)

A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises

a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas

(a) (b)

Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente

engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c

GROCHOSKI 2007)

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

SIOADE llt 7 ~ff ~

22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I

BALANltO ~~

As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all

scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs

Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll

longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em

transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c

apoiadas elll tirantcs

Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes

transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura

configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de

hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser

condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)

o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com

as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um

material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc

lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra

(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte

estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao

c na sua utiliz3Cuo

Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar

economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc

necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca

221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco

Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a

sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI

considerados os scguintes carregamcntos

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)

ollde

bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso

bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)

bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)

23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E

MARQUISES

231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher

o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro

Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando

com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores

Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das

sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0

servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11

situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que

gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A

Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher

Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao

entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26

figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

10

o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao

it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas

estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico

f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle

232 Acidcntes cstnllurais com marquises

a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3

Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se

refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da

marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais

cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na

cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais

Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de

ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com

o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it

especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais

Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il

somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou

f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

II

de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga

significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a

marquise ap6s 0 colapso

Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso

b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil

A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c

eSlruturas simi lares no Brasil

Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares

no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

sobrccargadoidoa 3 III

impcnncahilizlbcS

Anodo

Acidcntc balanlto

Compo doIdadda

Idika~oAgClltcscllusadorcsVilimllS ripo Estrlllural

Corrosilodc

Erl1hrcurio- ItJ 1990 ND 1 monoLujcsobrcviga

cngastda

Ed TcnllinusmiddotRJ 1992I mMlo2 Lajl ~obr viga

NDICridos ngaslada

annadurnagrladflND

porcohrimcolO

insulicicrll

Corro~io das

arnlllduras

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

12

Tabela 1 (conl) Lcvantamcnto de casos de desabamento de marquise e cstruturas

simi lares no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)

Dimcnsionam~nlO

lcst3urmlc Lltljcsohrc incorrdoc1992 37 anos 11nhllllll rm

Tiiuca1U viga cng[~lada c()rros1udc

armadlllils

Pr~diodltlLajccngashlda

ern pandcdc CorroluucBANDEltN - 199J gt50ums nonhuma ND

a1vcnaria nrmaUlJrlSRN

maci~l

Exccssodcligua

por t~Lllade

Ed TUIlfCS- drcnagcllIc19)5 ND I t~rido Lljccllgaslada 2111

IU sohncarglldc

Ilttniroltlpoiadll

sohrca Ilmrquisc

iIal

IXlsidoll31llcntoda

nrmaduraII()spilal

lIlunicipalnogalia

1(1)6 4Ranos nlnhuma Lajccngastada sobncargadcvido 24 IIIBama Riheiro

asmcssivas- RJ

culladasdc

inlpormcahiliza~lo

supcrpostas

Iiold (llac 1 mor1oc2200 66allos Nlodec1arado ND

IlA fcridos

Ed MCorroslodc

IIllortoc720nl ND Nilodcc1arado armadunLsc ND

I)middotAlmcida fcridosohrccarga

r-middotId

btGnllllilic 200-1 2middot1aliOS IIcnhuml Lajc cllg~lada posiciollamClIUda NDarllla(iuranegalivi

AnlilcalrodoExcessodcagua

CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac

Sill

-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic

rmaduras

Bar Parada

Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc

NlnuccJarado NDIltJ

Iridos armaduras

CorroSllodc

110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4

fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m

obrccarga

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro

No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc

a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida

apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da

Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros

e arquitetos

De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a

transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs

superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do

que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando

presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs

Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio

Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior

rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia

de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas

cSlrllturais

Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg

2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e

acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre

logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das

I11csmasmiddotmiddot

De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em

vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da

administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel

cm Copacabana

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

14

3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO

Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os

principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e

marquises

Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas

sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar

(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a

elaboracao do projcto de exccwao

Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as

caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e

mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de

qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade

Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)

Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que

tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a

sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela

lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para

protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c

quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11

carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll

colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO

31 ERROS DE PROlETO

Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo

Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso

Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a

ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os

autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

15

participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata

de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao

EXECU(AORAPIDA

5

OUTROS

4

15

MATERIAlS

46

CONCEPltAOE PROJETO

22EXECUltAO

Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989

apud Melhado 1994

Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis

pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto

geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os

problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004

DAIHA2004)

bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os

exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados

bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das

combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc

surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico

elc)

bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

16

bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais

podcm licar predispostas a patologias de corrosao

bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os

dcmais projetos civis~

bull especilicacao inadequada de matcriais

bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura

(congestionamcnto )

bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis

bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)

bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento

bull falta de contrale cia lissuraltao e

bull faha de controle das deformacocs

Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das

estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em

conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc

dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras

Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral

mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo

qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura

que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a

cxecu~ao

32 ERROS DE EXECUcAo

321 Dispasicao incorrela das annaduras

Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm

uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e

conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga

Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

17

o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao

obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)

como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes

originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por

cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc

COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de

balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c

PACI-lA2000)

fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _

r

I-j-- I

Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)

IllHuhUlfUdui1

Iosil)((111111

Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

18

322 Escoramcnto incorrcto

Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise

Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos

atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima

1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar

COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra

Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos

diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse

modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais

correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc

toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e

GROCI-IOSKI2007)

Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc

resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada

lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos

(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da

ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas

como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto

(cstonos nao dimcnsionados)

Egtcilln do momenta 113)

Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI

2007)

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

19

E~C3Odo momento 111 I

Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e

GROCHOSK12007)

33 CORROSAO NAS ARMADURAS

o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da

protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura

Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam

clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs

agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)

Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao

quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

20

alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo

mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do

metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05

metlurgia

1111l1ermS metaiscOIo~fio

Figura 36 Proccsso de corrosiio

331 Tiros de corrosao

A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua

morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c

elclroquimica

A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a

presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de

oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente

lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se

cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera

Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a

fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta

1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao

de natureza cletloquill1ica

Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso

resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de

potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou

se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado

Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das

regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do

eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao

annadura pode tcr (IS seguintcs rannas

bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando

liea exposta ao mcio agressivo

bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a

forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105

bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do

metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de

traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc

bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina

podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos

mcdillicos c

fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do

hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura

propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura

A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a

cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio

corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a

ruplma da armadura

332 Corrosao das armaduras par c1orctos

AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio

das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs

agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode

umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos

como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

22

Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO

livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO

combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do

clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra

combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ

2002)

Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto

normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0

lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo

podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento

As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em

torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr

cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode

aguas salobras

Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor

de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il

massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no

concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto

A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de

concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto

deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos

de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua

composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido

333 Corrosao das armaduras par carbonatacao

Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para

o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das

reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

23

Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao

o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que

o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)

Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da

alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm

com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])

resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20

Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra

com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso

acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao

(FREIRE 2005)

334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio

A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a

dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao

associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados

Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se

atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou

lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado

teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de

manchas de oxidos na sllperncie de concreto

Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes

cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de

aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a

dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de

material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas

A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0

fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

24

o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc

claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada

porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos

de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman

Morris 2003)

34 FISSURAltAO

As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas

caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao

causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais

correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao

e cia prorundidadc das meslllas

Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros

passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua

c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas

as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de

detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos

trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)

( )(1)- nu

~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h

Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

25

a) Deficicncias de projelo

As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas

assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que

eSlao submctidas

Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em

situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos

quadros cle lissuralYaode alguma importancia

b) Conlra~ao phistica

Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as

lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg

com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)

c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt

A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento

ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras

ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto

As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo

das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na

formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto

Gomes el al (2003)

d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos

Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode

acarretar cm

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

26

bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda

de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio

bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao

adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao

cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao

previstas 0 que leva a lissuracao

e) Rctracao plflstica do concreto

Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto

pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao

Dal Molin (1988)

f) Reacoes cxpansivas

As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun

gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)

g) Outras causas

I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como

bull Retralao lcrmica

bull Retrayao hidnllllica

bull Deformidade excessiva do concreto annado

bull Movilllentacao higrosc6pica

bull Atllacao de sobrccargas

bull Ilccalque de fundacao

bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao

bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

27

bull Dcsagrega~ao do concreto

bull Carbol1ala~ao do concreto

bull Dcsgaste do concreto

bull Outras causas

35 SOI3RECARGA

A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de

sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade

COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c

GROCI-IOSKI 2007)

Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao

prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que

atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes

das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e

MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm

esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas

Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a

tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio

vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll

sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc

o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38

Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre

lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

28

o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla

marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10

superposlas totalizando 56 CITI

ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos

casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital

Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro

De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada

para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c

sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao

podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de

be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada

Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em

marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de

eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua

fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no

Rio de Janeiro em 1995

Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre

estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada

podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura

do painel

Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga

vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento

incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros

impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode

derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga

de painel publicitario

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

29

Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)

Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0

carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e

Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto

provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e

Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises

da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias

aprescntados a seguir

Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de

dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e

cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de

enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)

A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso

mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio

de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por

conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

30

4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES

Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises

baseado em Illctodosiil existcntes

41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES

Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no

Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de

mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises

cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao

prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise

(SOUZA e rERRARI 2007)

o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado

ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)

Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)

411 Dados cadastrais da edificacao

Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais

sao

bull Nome da cdilicacao

bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)

bull Endcreco

bull Data da construcao

bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra

bull Agrcssividade do ambiclltc

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

31

412 Infonna~6es gerais

Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como

bull Idcntiticayao da construtora

bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados

sabre a inspe~ao da marquise)

bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise

bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto

bull Caracterizay30 da edificay30

bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao

bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)

413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada

A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e

aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser

idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na

planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal

Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES

2007)

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

32

414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada

Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom

o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo

tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em

seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola

das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al

2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais

A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em

descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42

SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)

_---1-v~yEtJampAlO TIICOI

I

lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll

Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)

Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de

concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso

utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al

(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a

area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo

um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes

H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho

Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da

unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo

que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll

armazenados para utilizacrao posterior

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

33

Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas

Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao

se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c

levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c

cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de

armadura em viga de marquise

Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c

MENDES 2007)

Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto

devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para

erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)

Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c

MENDES 2007)

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

34

=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ

VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO

Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c

MENDES 2007)

415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao

Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que

podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou

entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma

sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente

cenlmico Clambcm as juntas destes

Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas

pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao

dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per

sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110

mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas

Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

35

416 Ensaio de esclcrometria no concreto

Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a

dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do

concreto endurecido

Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque

aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-

sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na

marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc

mcdicao a media pondernda destes valores obtidos

Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de

adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do

genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos

quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia

existciltc

Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na

Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de

saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de

calculo de armacao

417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao

Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras

expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao

resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

36

Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l

pt)~j~11 ill

bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t

Blnacb1r1IIIIU111J1olt

1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o

Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise

(JORDY e MENDES 2007)

418 DClcfminaltao das alturas relativas

Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando

primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a

dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm

avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao

acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao

Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo

da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0

opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de

nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a

disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3

Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo

da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de

rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise

Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a

rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0

tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-

se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos

deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

37

Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0

nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira

(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia

que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia

ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes

procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao

da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll

sacada

419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas

Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as

difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia

Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na

marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior

Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a

cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte

analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura

4110 Avalialtao do leor de c1orelos

Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de

ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma

concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de

concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem

ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar

Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao

das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111

cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

38

Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto

como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como

a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica

que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado

com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de

clorctos no concreto

A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H

dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c

do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale

salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento

Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo

Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico

eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao

do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981

apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)

ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por

deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em

lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido

depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao

longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)

41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas

A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser

rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para

dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas

armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par

potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas

parliclliaridadcs

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

39

a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera

aprcscntar despiacamclltos ou trincas

bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das

estruturas

bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-

sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham

caido na vespera

A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria

cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it

mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de

corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-

pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as

carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm

cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a

medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal

nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf

ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os

poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados

individuaimcilte

Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua

reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do

concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110

gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle

determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do

concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao

por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser

reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e

de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

40

4112 A valiayao da carbonataltuo

Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de

carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de

fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao

Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da

111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados

rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar

Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a

(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam

rapidamcnte

Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de

concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais

minutos ate ser alterada a sua cor

Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de

milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media

aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso

Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos

podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de

Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro

Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO

2006)

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

41

4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes

Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr

scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais

carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais

posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de

dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)

42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS

Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas

dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc

considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0

desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser

comociamentc inspecionlveis

Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar

pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que

scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes

C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

42

5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E

SACA()AS

Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de

marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser

cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica

Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada

COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e

diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as

soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de

marquise au sacada em anltilisc

Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda

de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites

considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia

estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou

acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura

A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para

rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou

aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da

cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)

51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO

Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de

concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma

decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas

inlcrvencoes como

bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura

bull Reparo cstrutural

bull Rcforco cstrutural

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

43

bull Dcmolicao da estrutura

A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura

cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos

eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes

a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da

marquise Ollsaeada

511 Dcmolicao da estrutura

Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou

reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja

demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro

lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao

ou de mclhoralllento

I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados

normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios

lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para

tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)

52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS

521 Inibidares de corrosao

Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de

protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de

cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo

Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em

argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em

regioes litonineas all areas industriais

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

44

As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO

restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura

de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico

(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al

1997 apud LI MA e1al 2001)

Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados

comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos

principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de

corr05ao sao

illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo

Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima

c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos

carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos

bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais

proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons

inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel

bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de

rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides

aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia

Nitrito de calcio

o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as

propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0

nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions

complexos com as ions agressivos

Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age

quimic3mente de Ires maneiras

bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

45

bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a

c3mada de passivaltao e

bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo

en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs

522 Emcndas nas annaduras corroidas

Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas

arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0

comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a

barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0

trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc

53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO

A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os

agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media

profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)

Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente

Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo

de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade

(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar

relonos estrllturais

No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser

executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a

recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle

protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica

da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao

mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto

No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os

bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

46

nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser

utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica

531 A Hcnica de injecao de fissuras

E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para

restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de

subs(incias prcsentcs no meio exlcrno

Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes

passos

bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia

ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c

300 mm

bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar

comprimido e posterior aspirayao

bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao

atraves dos quais serHOinjctados os produtos

bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola

epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro

bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla

aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1

indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos

bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo

semprc COI11pressiJo crcscente escolhendo-se normaimcnle C0l110primciros

pont os aqucies situados em colas mais baixas

A Figura 51 Illostra um cxelllplo de aplica~ao da tecilica de inje~ao de fissuras

A lissllra passuia abertura de I mm mas para facilitar a injeao roi fcita lIlll furo de

141111110 material utilizado loi a resina epoxidica

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

47

Figura 51 Excmplo da tecnica de injeCYJode tissuras (SALES 2005)

532 A lecnica de scJagem de fissuras

A tecnica de seJagcm de fissuras e ulilizada para a veda(fao dos bordos das

fissuras ativas com material deformavel 0 tratamcnto depende do tamanho cia fissura

porem e necessaria um material resiSlente mecaniC3mcntc e quimicmncnle e ainda

aderente ao concreto Para tissuras ate 30 lllm faz-se 0 enchimenlo cia fenda com grout

c depois e realizada a selagem das bordas com resina ep6xi (SALES 2005)

Para j-issuras acima de 30 mm a selagem passa a ser encarada como 5C fossc

uma vcdayao de uma junta de movimcnto e que prcvc a insenao de um cordito em

poiiestireno extrudado para apoio e isolamcnto do se1ante do fundo cia fenda (GOMES

el a 2003)

533 Costura das fissuras (grampeamcnto)

A costura das fissuras (grampcamemo) c indicada quando a aje de concreto

possuir deficiencias isoladas de capacidade de resistencia a trayao Este metodo

funciona como uma armadura adiciona a ajc

As elapas de execuyao da tecnica de costura de fissuras sao (Gomes el 01

2003)

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

48

bull scmprc que possivel dese-arregamcnto da eSlrutura pais 0 proeessa em questao

nao dcixa de ser Lim rdofyo

bull cxecll~ao de ber~os na supe-rHcic do concreto para asscntamcnto das barras de

costura inc1uindo sc a opcao for ancoragem mccanica a cxecwao de furacao

no concreto para 8marracao das extremidadcs dos grampos

bull sc a opcao for eSla injccao cia fenda com fesinas epoxfdicas Oll cimenticias

fazclldo a sclagem a um nivel inrcrior ao berca executa do

bull colocacao dos gral11pos c complcmcntacao dos beryos execuiados com 0 mesmo

adcsivo utilizado para sclagclll

bull as rendas clevelll ser costuradas nos dais lados das pcltas sc for 0 casa de sc

cstar lidando com pc-cras tracionadas

A rigura 52 Illostra Ll111esquema Ifpieo do grampcamento de uma laje

Figura 52 Esquema tirico do grampeamenlo de uma laje

54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA ESTRUTURA

A atu3ltao de sobrecargas em lajes de marquises e sacadas C J11uilOcomum

como 0 descrito no Capitulo 35 destc trabalho A Tabcla 2 apresenla as principais

sobrccargas c as atitudcs a serem lomacias aos respectivos casos Deve salientar que

quando cstas sobrecargas agem na estrutura as cstruturas devcm ser analisadas para

vcrificar se houvc algum problema na cstrutura scja de Lrincas Oll corrosao ou a ate

um serio problema estrutural

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

Tabela 2 Sobrecargas c alt6es a serem tomadas

49

Sobrccarga A~ao a ser tomada

ACllll1Ulo de aglla - sistema de

drcnagcm subdimensionadoRefazcr 0 sistema de drcilagem

ACll1llUlo de agua - obstrwao do

sistema de drcilagem

Sistemas de impcrmeabilizacrao

sobreposlos

Limpeza do sistema de drenagem

Retirada dos sistemas de

impermcabiJizacrao e instalacrlio de lim

uilico sistema

Equipamentos instalados

(ar-condicionado Ictreiros etc)

Pessoas utilizando indevidamente as

estruturas

Retirada dcstcs eqllipamentos au reforcro

da cstrutura

Retirada destas pessoas e veri tica((ao da

estrulura

55 INTERVENltOES NA SUPERr-iciE DE CONCRETO

551 Polimento

Quando a superficic do concreto estlti Illuito aspera dcvido a problcmas

executivos ou ao desgasle de utilizacrao 0 polimento da superlkie e neccssario tanto

em marquises como em sacadas

No caso das marquises 0 polimcnto se faz necessaria para deixar a supcrl1cic

lisa hi nas sacadas 0 polimenlo pode ser necessario para garantir lim dcscmpenho do

sistema de revestimcnto

Para polir a sllperficie do concreto normalmcnte sao utilizadas lixadeiras

portaLcis Oll politrizes A Figura 53 apresenla lima superticic antes e depois do

poiimcnlo

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

50

rigllra 53 Sliperl1cie antes c depois do poiimcnto (ABREU 2007)

552 Lavagcm

Gomes el al (2003) aprcscnla varios tiros de lavagens da superficie de

concreto aplicadas aos varios casos principalmcnte na rccupera50 de marquises as

quais estao dcscrilas abaixo

bull Pela aplicaltao de sol1ll6esicidas A lavagcl11de superficies por solw6es acidas

lem pOlobjelivo a rcmoryao de linlas fcrrugem graxas carbonatos residuos c

manchas de cimcnto Preliminarmente a superficic cleve ser abundanlemcntc

11101hadapara prevenir a pcnetra9ao do flcido no concreto saclia Apos tal

proccdimento pode-sc aplicar a solucao de acido muriatico (acido cloridrico

comerciaI) e agua na proponao de I 6 A lavagcm final deve scr abundantc

primciramcnte com a utiliza~ao de uma solu~ao neutralizadora de amenia em

agua (I 4) e depois com jatos de (igua natural

bull Com jaLOs dc agua A lavagem pela aplica~ao de jatos de agua sob pressclo

control ada e largamcnle urilizada como tecnica de limpeza c prepara~ao do

substrata para a fUlura recep~ao do material de reparaltao da lajc

bull JaLOsdc areia Pode scr considerada como a principal tarefa na preparalt3o das

superncies para a rccep~ao dos materiais de recupera~ao scndo utilizada

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

51

posleriormcnte aos trnbalhos de corte e apicoamcnto do concreto A aplicacao

do jaLO de arcia pode scr suticicnle tambem para garantir a retirada de lodos os

residuos de cOlTosao do concrcLO e das barms da armadura

bull Escov~uao manual Uma tccnica a ser aplicada exclusivamente C111 pequcnas

superficies c muito parlicularmcnte no caso de pequenas cxtensocs de barras

de aco que estejam com evidcncia de corrosao au mesmo que simplesmclltc

carecam de limpcza para implemenlacao de suas capacidadcs adcrentes Em

quaqucr situacao depois desle trabalho dcvcr-sc-i passar a aplicacao de

limpcz3 por jatos de ar comprimido sabre as supcrlicics tratadas

bull ApicOClmcnto E a retirada cia camacta mais extern a do concreto nonnalmcnte

com 0 intuito de potencializawla para a complcmenta~ao com lima camada

adicional de revestimcnto em concreto ou argal11ltlssa para aumento da

espessura de cobrimcnto das annaduras Assim as espessuras de apicoamento

sao em geml de ale 10 mm 0 apicoamento pode ser realizado mecanicamcntc

atraves do uso de martelos pneumaticos ou eletricos e manualmente COIll a

utiliza~fia de ponteiros A estes trabalhas deve scguir-se a limpcza pela

aplicacao de jalOs de ar comprimido au de f1gua

bull Saturacao Trata-sc de um proccsso exclusivamcllte prcparatorio de superl1cies

e que visa garal1tir melhor aderencia das mcsmas aos concertos au as

argamassas de base cimcnticia que sabre clas scrao aplicadas 0 tcmpo de

s3tllracao deve scr em media de 12 horas

bull Corte 0 corte pode ser delinido como sendo a rCl11ocao profunda de concreto

degradado Tal tarefa lem COIllO azao de eliminar qualqllcr proccsso nocivo aboa saude das armaduras Issim 0 corte de concreto jLlstiticawsc scmpre que

houver corrosao do aCo das annadllras jfl implantada Oll C0111 possibilidade de

vir a acontecer como no caso de concreto segregado e deve garantir nao 56 a

remocao integral do concreto degradado C0l110 tambcm a futura imersao das

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

52

barras em l11cio alcalino Para tanto 0 corte dcvcra if alcm das armarluras em

profundidadc pelo menos superior a dais em 0 equipamcnlo tradicional

utilizado no corte do concreto e 0 martelo demolidor (de 6 a 10 kg) COIll

ponteiro tcrminando em panla viva Ap6s os trabalhos de corte

ncccssariamcnte a limpeza incluira jatos de arcia ar comprimido e agua ncsta

seqUencia

56 REFORltO ESTRUTURAL

o proccdilllcnto de rclorcoeSlrutural visa aumen tar a resislcncia dos clemen LOS

cstruturais cnvolvidos e utiliza-se 0 menor nllll1cro passivel de intervenc6cs A escolha

rcforcocstrutural dcpcnde do diagnostico da patoiogia Faz-sc entao necessaria lim

projclo de rcforco infofmando materiais e metodologia dos trabalhos a scguir ja se

pressllpondo que os trahalhos de recuperaiY3osao inaplicaveis au fDram aplicados Sem

resultados satisfat6rias

o refona cstrulural pade scr nceesslria cm decarrcncia de inul1lcros Calores

crros de projeto all execu~ao deLCrioraiYaoresuhante do cnvelhecimento natural da

aciiode agenles agrcssivos ou devido a acidcntes C0l110 choques e incendio mudanca

no tipo de utilizuao original Oll atravcs do aumento dos carregamentos incidentes ou

por aitenloes na geometria (SOUTO FILHO 2002)

Segundo Hohz (2007) os procedimentos neccss(irios para instalacao de reforco

sao

bull diagnosticar 0 problcma adotando-se mcdidas emcrgenciais quando necessario

bull analisar a viabilidade de aplicaciio de reforco

bull invcstigar 0 est ado cia estrlltura com 0 auxflio cle ensaios nao dcstrutivos

considcrando-se sua rigidcz e rcdistribuicaa de cargas

bull selccionar a material c a melhar tecnica a SCI utilizada

bull claborar lim projeto dctalhado

bull executar 0 projelO com rigoroso conlrole de quaJidade

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

53

Os dleulas de rellmo sao realizados seguinda a NBR 6118 (2003) Deve-so

tomar atencao especial it aderencia entre concreto original e 0 concreto de rcforco para

que nilo haja problemas de funcionalidade concomitantc Ainda vale salientar quc no

caso de pilarcs e vigas devem ser considerados os cstados iniciais de ten sao e

delormaltao ja no caso de lajes sao menos significaLivos pois parcela da carga

permanente em rclaltao it cnrga total e normalmcntc mcnor do que nos casos de pilarcs

c vigas

561 Refono estrulural cmlajes em balanlto

Gomes el al (2003) sugerc que 0 refono pode ser cfeLuado atraves do aumento

do J1l1l11erode annaduras casos em que se pretendc adequar all ampliar a capacidade

rcsistente da pcca au C0l110recuperacao quando por corrosao geralmenle as barras

existentes pcrdcm parte de sua secao original e necessitam de complementaltao para

que as condiltoes de scguranca c de descmpcnho sejam rcstabelecidas Esse reforco

pode scr real izado devido

bull rciorco das armacluras negativas em que sc faz inicialmcntc as Lrabalhos de

ranhura na laje scguido de limpeza colocando as novas barras na posicao

necessiria Entao aplica-sc resina cpoxi e rccobrem-se as barras com

argamassa de base mineral ou grout depcndendo da necessidade ou nao de a

estrutura cntrar rapidamcntc em scrviyo c utilizando 0 artificio da contra-nexa

antes do fecha1llcnlo das ranhuras para que a cara seja transfcrida a nova

armadura

rcforyo das ar1lladuras positivas que para sua execucao retira-sc 0

revestimento apicoa-se tad a a face inferior da laje coloca1ll-se as novas

armaduras em posiltao (prcfercncialmenLc Leias soldadas) fixadas com grampos

c aramcs au pinos aplicados com pistol as c recobrem-se as armaduras usando-

se epaxi c argamassa de base mineral ou grout au entao concreto au argamassa

projetada confonne citados nos lapicos anteriores

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

54

Nas Jajes em balan~o como marquises c sacadas os refonos COlllU111cnte

ulilizados sao devidos a esfor~os de nexiio Segundo Piancaslelli (2004) 0 reror~o il

Ilexao das cslruturas em balanyo de marquises c sacadas padem seT obtidas pelo

acrescimo de annadura na zona de tTavaa COIllO moSlra a Figura 54

Asrefo~o ou

Aslelocado

~~lsoriginal

rigura 54 Rctor~o l1aparle superior da laie (adaplada de PIANCASTELLI 2004)

OutTa solwao para os momentos negativos (que lracionam a (~Ice superior da

Jaje) e 0 refofCo da estrutura de marquise au sacada pelo acrescimo cia sCyao de

concreto da zona comprimicia

Ainda segundo Piancastelli (2004) uma soJUIao alternativa para rcforco da

rcgiao de momentos ncgalivos pode seT obtida atraves da abcrtura de sulcos c

posterior fixaltao cia annadura COIll argam3ssa poiimerica au de resina mais ponte de

aderencia como mostra a Figura 55

sllleo 4AescuifiC20f_io) 1

sItrOI~O

l~ltCornAA

Figura 55 Rcror~o por embulimenlo na armadura (PIANCASTELLI 2004)

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

55

Adilaquoflode chapas e perfis metltlicos

Quando sc trata de adicionar capacidade rcsistente uma oplaquoao muito eficienle e

de nlpida execu~ao recomendada principalmcnte para silUaltocs que requerem

cmergencia ou nao permitem grandcs aheracoes na geometria das pcltase a de rcforlto

exterior por colagem - ou chumbamcnto - de chapas metalicas com a ajuda de resinas

injeladas (GOMES el al 2003)

A colagcm de chapas metalicas ao concreto rcquer a utiliza9ao de resinas com

altas capacidades de adcrencia e resistcncia 111ccanicaA supcrl1cic de chapa mctilica

que ficara em contato com a resina tambcm deve scr objcto de cuidadoso tratamento

para que possa potcncializar 0 maximo de capacidadc adcrcntc (GOMES el a 2003)

562 Rcfono de viga submetida a tor~iio

o rcfono a torcao e normalmcnlc oblido com 0 acrescimo de estribos e de

barras longitudinais impiicando num encamisamento total cia pclta reforltada De

forma diferente do cisalhamcnto 0 reforlto a lonao exige que as armaduras

longituciinais scjam ancoradas no pilar Isso pode ser feita par colagem com adcsivos

cSlrullirais (PIANCASTELLI 2004)

A Figura 56 apresenta um exemplo de rcfono da viga submctida a torcao

dobras in locoabertw bullpl

estribo delefoI1o

concreto autoadensimiddotel ou

projetado

Figura 56 Exetnplo de relor~o da viga submelida j lorao (PIANCASTELLI 2004)

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

56

Tambem se pode executar artilicios estruturais capazes de reduzir au anular 0

momento de tonao que cxige 0 refono Siio varios os artificios estrulurais que padem

SCI cxccutados variando com 0 caSD eSludado Obviamentc a l11alcrializaYaodesscs

artiflcios implica em intervcn~oes as vezcs semelhanles as de refor~o mas de maior

facilidadc execuLiva (PIANCASTELLI 2004) A Figura 57 apresenLa excmplo de um

desses artificios eSlruturais ondc se executa um contra-peso na estrulura

Antes Depois

Figura 57 Artificio estrutural para climinar au reduzir 0 esfono de tonao em vigas

(PIANCASTELLI 2004)

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

57

6 CONSIDERACOES FINAlS E RECOMENDACOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

61 Considermoes finais

Primciramentc colocu-se C01110 fator relevante a conccp~uo c projcto de

marquises C sacaclas pais se sabc que a maior parte dos problemas estrulurais sao

originados nesta fase Dcvc-se fazer tim projeto COIll criteria rigoroso pais eslas

cstruturas em balanco comportall1-sc dilcrcntemente de outras c sao mais passiveis a

problemas estruturais

o projelo (detalhamcnto) e execuciio das armaduras devcm SCI realizadas com

criterios extrcmamente rigorosos pais no caso de dctalhamcnto 0 bom adensamcnto

do concreto em especial 0 cobrimento dcpcnde diretamcnte de bons aJ~lstamenlOs dus

armaduras vcrticais e horizontais Alcll1 dissa 0 detalhamento insuficicnte au errado

pode levar a estrutura a ter manifestacoes patol6gicas

o cscoramento das cstruturas cm balanco deve ser realizado com llluilO

cuidado A fonna mais concta de sc rcalizar 0 escOlamcnto de lima marquisc ou

sacada em balanco e illtroduzir apoios ao longo de toda a sua extellsao com escoras

desde sua cXlrcmidade ate 0 engasLc A retirada dos escoramen lOSno tempo certo cleve

ser realizada da extrcmidade ao engaslC

Para cvitar a corrosao das armaduras do is fatores sao relevantes 0 concreto da

cslrulura lem que ter lUll cobrimcnto adequado e uma impermeabilizacao em perfcilO

cslado para que nao haja penelracao de agua c agentes agressivos No projeto de

marquises dcvcm-sc evitar gran des balmwos e 110projeto de sacadas develll-se evitar

balancos projctando as sacadas internamcntc it pr~jecao do cdiOcio Oll COI11apenas

lima parte avancando em balanco em relaltao a projecao da fachada Tambem devcm

ser considcrados todos as carregamentos c combinacocs dest~lvonlveis que atUi1rao e

poderao atuar na cstrlltura alelTIdisso nao pode-sc csquecer dos carrcgalllcntos (carga

acidclltal carga horizontal e vertical minima)

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

58

Outra motivQ para haver crilerios rigorosos no projcto e execlIltao dcstas

estruturas e que as estruturas CIll balan~o tendem a solrer ruptura brusca tipo fnigil

scm aviso

Portanlo lim projcto rigorosQ lima boa execucao e manulencocs peri6dicas

podclll-se evilar tragcdias e tambem geTar economia quando comparada com uma

rerorma cmcrgcncial Assim Lorna-se neccssilrio invcstir em vistorias e rcraros para

obler-sc scguranlta

A ABECE (Associacao Brasileira de Engenharia e Consultoria ESlnilural)

CJ1violi110 dia 28 de junho de 2007 ao vereador Domingos Dissei - vicc-prcsidente cia

Comissao de Politica Urbana Metropolilana e Mcio Ambientc da Camara Municipal

de Sao Paulo - lima minuta de projcto de lei que pretcnde tornar obrigat6ria a vistoria

tccnica estrutural para a avaliacao das condiyoes de uso c manutcncao de marquises c

sacadas construidas em lOdos os cdifieios da cidadc

62 Recomcndacao para novos trabalhos

Como sugesHio para futuros trabalhos vale apena eilar um eSludo importante a

scr realizado a indc descobrir qual e a clicacia de normas e rcgulltllllenlacrocs

cxistcilles quanta a inspecao e manulencao de sacadas e marquises pois com 0

aparccimcnlo de rccentes colapsos dc marquises c sacadas e de extrcma imporlltincia a

inspecao Iccnica dcslas principalmcnle de marquises As edilicacoes eonsidcradas

vel has COI11 mais de 30 allOS tendcm a ser mais susceptivcis a problemas cstrulurais

c estas anomalias se m10 inspecionadas podem levar a eslrutura a ruina

Alcm disso e importantc a adcquacao de lima norma para inspccao de

marquises como acao prcvel1liva de acidcntcs sendo instrumento essencial para a

garanlia de durabilidade da constrtuao com a finalidade de registrar danas c

anomalias e de avaliar a imparlancia que os mcsmos possam tel do ponto de vista do

comportamcnto e da scguranca estrutural

Inlllllcros sJo as edificios nas metr6polcs que solrem ou sofrcrao de algum tipo

de manilcstacao patol6gicltl durante a sua vida luil Tais l11anifcsta~oes sao geralmente

oriundas de projctos inadequados au impralic3vcis do Cll1prego de melodos

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

59

deficicntes de cxecucyao de cargas exccssivas e das condi~6es de exposiltao e

incxistencia de manutenltao prcvenliva

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

60

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU I V Preparaqiio de superficie Polimento e Jresamento Revista PI Ano l

nO 3 Silo Paulo 2007

AL-AMOUDI OSB MASLEI-IUDDTN M The effeci of chloride ond slifille ions

on reilforcell1enl corrosion Cement and Concrete Research Elsevier Science (eel)

V23 p 139-146 1993

ALENCAR Fernando A marquise pagou 0 palO lAB - Instituto dos arquilelOs do

Brasil Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em httpwVwiabrjorgbrI200703a-

marquise-pagou-o-pato Acesso em 30 maL 2008

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS Siondard lesl melhod

lor water soluble chloride in mortar and concrete C 1218M In Annual Books of

ASTM v 0402 1999

ASSOCIAcAo BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT Projelo de

es(ruturas de concreto - procedimcnto NBR 6118 Rio de Janeiro 2003 ISOp

__ Concreto endurecido - Avaliaciio cia dureza superficial peo esccromero de

rejexiio NBR 7584 Rio de Janeiro 1995 9p

__ ~Cargas para a Colcala de Eslruluras de Ediicaoes NBR 612080 Rio de

Janeiro 1980

__ Impenneabilizarcio - selercio e plojelo NBR 9575 Rio de Janeiro 2003 12p

BASSET J ef al Analise inorgdnica quantilafiva Guanabara dois S A 1981

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

61

CAMACHO Jefferson S Estudo das lajes Aposlila do curso de concreto annado

UNESP IIha Sol1eira-SP 2004

CALDAS Daniel R Tralamellio de jissuros em concreto atraves da tecllica de

injeqao avoliocao de estuco de caso Trabalho de conclusao de cursa PUC-RS Porto

Alegre 2007 35 p

CASA D AaUA Delectando a Corrosiio no Concreto Armada e Protendido 2008

DisponivcJ em httpwwwcasadaguacombrdicas _ver_dicaaspc=39265894450

Aeesso em 10 jun de 2008

DAIHA Karla C Esuco cia agressividacle Oll1bienlal nos eslrllluras de concreto

armaco Trabalho de conclusao de curso UNIFACS - Salvador 2004

DAL R Marcia Eeilos da adiltiio de cal hidratada em concretos com altos leOes de

adirtio minerolno penelrariio de cloretos e no sohucio aquosa dos poros de concreto

Disserlalao (Mestrado em Engenharia Civil) UFSM Santa Maria 2002

DAL MOLIN D C C Fissuras em estruturas de concreto armada - AI1c1lisedas

manijesfcuoes fipicas e levanamenos de casas ocorridos no RS UFRGS Porto

Alegre 1988 220 p

DELAGRA VE A PIGEON M MARCHAND I ef 01 Influence of chloride ions

al1d pH level all he durability of high peliormonce ceme11l pastes Cement and

Concrete Research Ed Elsevier Science V26 No5 p 749-760 1996

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DER-SP Trafamento de

flssuras Sao Paulo 2006 9p

DUO lTO Fernando CorrosQo de armadulGs em concreto - ESfUdo de Caso Foz

do Iglla~lI 2006

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

62

FORTES LR CorrosQo da armadllra do concreto armada e sua avaiariio pca

lecnica 0 pOlencial de elcrodo Disserta~5o (Mestrado em Engcnharia Civil) -

Universidade Federal do Ceara Fortaeza 1995 228p

FREIRE Karla R R AvaliaCGo do descmpenlio de inibidores de corrosiio em

armoduras de concreto Disserta~ao de mestrado UFPR Curitiba 2005

GONltALVES Adilson L Marquises e Sacadas Duplipensarnet 2006 Disponivel

em httpvwwduplipensarnclartigos2006-Q Imarquises-e-sacadashtmi Acesso

em 10 maio 2008

GENTIL Vicente Corrosiio 4 cd Rio de Janeiro LTC Edilora 2003

GOMES Abdias Magalhaes et al Proposta de norma para inspelt(lode marquise XII

COB REAP - Congresso Brasileiro de Avaiiayoes e Pericias Bela Horizonte 2003

GOLDFARD Carina Policia indicia oilo par queda de marquise em Copacabana

Globocom Rio de Janeiro 2007 Disponivcl em http glglobo comNoticias

IRioO MUL 145336-560600html Acesso em 5 de jun de 2008

HASPARYK N P Invesfigaiio de concrelos aelados pela rear-ilo6lcali-agregado e

corocferizmilo avol1(ada do gel exsudado Tesc (DoulOrado em engenharia) UFRGS

Porto Alegre 2005 326 p

I-IELEBA S F WElL T G Corrosion proTecTion vfmarine concrete Advancements

in concrete materials v 2 Proceedings S n t p 131-1320 San Diego 1991

HELENE Paulo RL Corlosiio em arlnaduras para concreto armado Sao Paulo

Editora Pini ~ Inslituto de pesquisas Tecnol6gicas IPT 1986

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

63

HELENE Paulo RL Conlole de quaidade no inchlstria da c0l1s1rll~iiocivil IPT -

Teenologia de edilieac6e5 Silo Paulo PINI 1988

HOLTZ Julio Jeronimo Refono cI Torriio de Vigas de Concreto Annado com

Comp6sitos de Fibras de Carbona Tese de Doutorado - Departamento de Engcnharia

Civil Pontificia Univcrsidadc Cat61ica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2007 280p

HUSNI R JBENITZ A MANZELLlA MACCHI c CHARREAU 0RISETTO L

LUCO L GUITELMAN N MORRIS W Manual de rcparo prote~ao e refono de eslruluras

de concreto - CYREL 2003

JORDY J C MENDES L C Analise e procedill1entos canstrWivos de marquises

com proposlas de reclIperorcioeSlrlllllral UFF - Niter6i 2007

JUNQUEIRA Andre L Proibiciio da cOl1slnuiio de marquises no Rio de Janeiro

Portal Universo Juridico Rio de Janeiro 2007 Disponivci em

hl lpllwwwujcombrpubl icacoesdoutrinasdefaul Laspaction=doutri naamp iddoutrina=

4162 Ice550 em 29 maio 2008

LIMA R C HELENE P R L LIMA M O AvaliGloo do ~ficiel1cia de illihidores

de corrosiio em reparo de eslruura de concreto Boletim Tccnico USP - Sao Paulo

2001

LIMt J M PACHA J R S Palgia das estrWlIras de concreto armado com if

ell[ase a eclImiddotOoUFPA - Belem 2000

LONDRIX 0 POwl do cidade Londrina 2006 Di5ponivel em

hltpJwwwlonclrixcomnoticiasphpid=19222 Accsso em 10 maio 2008

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

64

MAEDER U A new class oj corrosion inhibitorsor leilforced COJcrefe InTHIRD

CANMETIACI INTERNATIONAL CONFERENCE SP - 163 S1 Andrews by-the-

Sea Canada 1996

MArrJE Alysson Palologia em ponIes rodovidrias UFSC - Florianopolis 2002

MEDEIROS M I-I F de GROCHOSKI M Marquises par que algulIlas caem

Revista Concreto e Constru~oes - IBRACON n 46 pg 95-1032007

MELHADO Silvio B Qualidade do projeto no constrwcio de edificios aplicaciio ao

coso das empresas de incorporateio e cOf1slrwiio Tese de doutorado USP - Sao

Paulo 1994

MEHTA r MONTEIRO P COllcrelo ESlrutura Propriedades e Maleriais I cd

Sao Paulo Pini 1994 580p

MOTTEU 1-1CNUDDE M La gesliol1 de fa qualile duranl 10 consfruction aeliol1

menee en Belgiqlle par Ie camite Qualite dans fa Construction in CIB

TRIENNIAL CONGRESS II Paris 1989

MUNHOZ F A da C Efeilo de adiloes olivas l1a lIliligaroo das reaoes dlcali-

agregado e tilcali-silicato Disserlac50 (Mcstrado) USP Sao Paulo 2007

NOBREGA A C V SILVA D J Estuco de inibidoles de corroscio recomendados

para concreto 220 CONBRASCORR - Congrcsso Brasileiro de Corrosao 2002

SJBBJG f A Verficaqao da existencia de reaciio acali-agregado no concreto da

UHE de Mascarelllias Dissertailo de mestrado 2003 119 p

PEREIRA LFL C CINCOTTO M A Delerll1illaroo de clorelos elll concrelo de

cill1emos Portand il~(luencia do tipo de cill1enlo (Boletim Tecnico da EscoJa

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

65

Politccnica da USP Departamento de Engcnharia de Construltao Civil BTPCC294)

EPUSP Sao Paulo 200 I 19 p

PEREIRA E R Sacodo de predio em area l10bre desaba em Cllriliba Falha On-line

Sao Paulo 2007 Disponivci em htlplwVwlfolhauolcombrfolhacolidiano

uh95u 133675shtml

PIANCASTELLI Elvio Mosci PalOogia e lerapia das eslrUlllras Ur-MG Bela

Horizontc2004

POLITO Giulliano Corroscio em eslJulwos de concreto armado Causas

meCQl1iSIIlOS prevem(lo e recupera(lo Tee UFMG 2006

PROCEQ Prmeler 5+ PROCEQ Schwerzenbach - Sui~a 2008 Disponivcl e111

httptVVvproceqcomprodutostestc-de-concretodctcccao-de-vergalhaoprofOinetcr-

5h11111L=6Acesso c1112de jun de 2008

RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em

alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005

RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007

SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de

aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005

SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em

vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio

DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002

SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de

Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007

66

SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios

residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel

em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun

2008

TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e

Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008

TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de

il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon

arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0

Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997

VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007