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ANÁLISE DA LOGÍSTICA REVERSA DE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS (COMPUTADORES) COM BASE NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Marcelo Almeida (UNB) [email protected] ADRIANA PORTUGAL PENNA (UNB) [email protected] MILTON JONAS MONTEIRO (UNB) [email protected] Simone Borges Simao Monteiro (UNB) [email protected] Martha M V O C Rodrigues (UNB) [email protected] Um dos desafios da sociedade do século XXI é enfrentar a dicotomia - consumo em massa versus sustentabilidade ambiental. Para amenizar o impacto degradante dos produtos ao meio ambiente, em particular dos produtos de pós-consumo, as sociedaades têm desenvolvido várias legislações e conceitos de responsabilidade empresarial, para adequação do crescimento econômico às variáveis ambientais. Alinhado a essas tendências, instituiu-se no Brasil a Lei nº 12.305/2010, que passou a regular a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instrumento normativo que contemplou a logística reversa, como um recurso para promoção do desenvolvimento econômico e social. Diante da instituição da PNRS, suas implicações e do impacto que os equipamentos eletroeletrônicos representam ao meio ambiente, em razão de suas características, como o alto grau de obsolecência e a clara tendência a descartabilidade, propõe-se com este estudo exploratório, apresentar uma proposta de estruturação da cadeia logística reversa, aplicável aos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE). Para atender os objetivos propostos, utilizou-se como estratégia de pesquisa o levantamento bibliográfico, permitindo identificar a situação do país com relação à logística reversa em resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e, como técnica para coleta de dados a análise documental da própria lei e consultas aos acervos científicos. Palavras-chaves: Legislação Ambiental, Logística Reversa, Equipamentos Eletroeletrônicos. XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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ANÁLISE DA LOGÍSTICA REVERSA DE

RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS

ELETROELETRÔNICOS

(COMPUTADORES) COM BASE NA

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

Marcelo Almeida (UNB)

[email protected]

ADRIANA PORTUGAL PENNA (UNB)

[email protected]

MILTON JONAS MONTEIRO (UNB)

[email protected]

Simone Borges Simao Monteiro (UNB)

[email protected]

Martha M V O C Rodrigues (UNB)

[email protected]

Um dos desafios da sociedade do século XXI é enfrentar a dicotomia -

consumo em massa versus sustentabilidade ambiental. Para amenizar

o impacto degradante dos produtos ao meio ambiente, em particular

dos produtos de pós-consumo, as sociedaades têm desenvolvido várias

legislações e conceitos de responsabilidade empresarial, para

adequação do crescimento econômico às variáveis ambientais.

Alinhado a essas tendências, instituiu-se no Brasil a Lei nº

12.305/2010, que passou a regular a Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS), instrumento normativo que contemplou a logística

reversa, como um recurso para promoção do desenvolvimento

econômico e social. Diante da instituição da PNRS, suas implicações e

do impacto que os equipamentos eletroeletrônicos representam ao

meio ambiente, em razão de suas características, como o alto grau de

obsolecência e a clara tendência a descartabilidade, propõe-se com

este estudo exploratório, apresentar uma proposta de estruturação da

cadeia logística reversa, aplicável aos Resíduos de Equipamentos

Elétricos e Eletrônicos (REEE). Para atender os objetivos propostos,

utilizou-se como estratégia de pesquisa o levantamento bibliográfico,

permitindo identificar a situação do país com relação à logística

reversa em resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e, como técnica

para coleta de dados a análise documental da própria lei e consultas

aos acervos científicos.

Palavras-chaves: Legislação Ambiental, Logística Reversa,

Equipamentos Eletroeletrônicos.

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

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1. Introdução

Com o advento da sustentabilidade ambiental, a logística reversa ganha importância em

diversas áreas de pesquisa e desperta a atenção da sociedade e dos governos. Destacam-se

como iniciativas a reciclagem de produtos pós-uso e a criação de legislação que impõe às

empresas uma destinação correta dos produtos especiais, como é o caso dos Resíduos de

Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE).

Uma tendência desse posicionamento é o crescimento de leis e normas voltadas à regulação

do descarte de materiais nocivos ao meio ambiente, como as iniciativas e diretrizes ambientais

da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 401, de 2008, que

regula o descarte de pilhas e baterias, representando um avanço para a legislação de

responsabilidade ambiental. Outro exemplo de instrumento normativo com repercussão

nacional é a Lei nº 12.305/2010, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) no Brasil.

As empresas que participam do processo reverso no Brasil pertencem desde o setor

automobilístico, até o de exploração do petróleo, dentre outros. Estas empresas, porém, não

têm dado prioridade às políticas de retorno e de proteção ao meio ambiente, sendo que as que

fazem uso desta estratégia, geralmente atuam apenas com serviços de pós-venda, como o

retorno de produtos defeituosos (MARTINS e SILVA, 2006).

Acosta e Padula (2008) salientam que há um número acelerado de inovações no mercado de

produtos de informática. Isso gera alto grau de obsolecência e a clara tendência à

descartabilidade, seja por moda, status ou tecnologia. Taboada e Cavallazzi et al. (2010)

destacam que criou-se um verdadeiro círculo vicioso: quanto mais compra-se, mais a indústria

quer participação no mercado, assim oferece mais produtos, aumentando a expectativa de

consumo. Para manterem-se no mercado, as empresas encorajam consumidores a comprar

novos produtos. Os produtos, por consequência, têm seus ciclos de vida encurtados

provocando o aumento de descartes. A Tabela 1 apresenta uma breve representatividade do

crescimento da escala de produção de computadores, dentre outros ítens, para os quais em

razão de suas especificidades há necessidade de estruturação de uma cadeia logística reversa

própria para garantia de sustentabilidade na cadeia de suprimentos.

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Fonte: Leite (2009).

Tabela 1 - Aumento da produtividade de bens e serviços no Brasil, entre os anos de 1994 e 2006

A logística, enquanto ciência vem evoluindo com inovações originadas em pesquisas

científicas e demandas pela sociedade, como qualquer outra ciência. Essa evolução também é

impulsionada pela concorrência das empresas que atuam na área de logística e pelo

dinamismo do mercado que conduz as empresas aos novos desafios voltados para definir ou

consolidar suas participações (HU; SHEU & HUANG, 2002).

Nos Estados Unidos, os custos de logística reversa representam aproximadamente um por

cento do PIB total. Portanto, a logística reversa torna-se parte integrante das ações

empresariais, dos processos produtivos dos diversos setores da economia, que resulta em

novas receitas e posição competitiva para todos os envolvidos na cadeia produtiva (HU;

SHEU & HUANG, 2002).

2. Metodologia

Este trabalho apresenta uma proposta de estruturação da cadeia logística reversa, aplicável aos

Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE), coerentes com a Lei nº

12.305/2010, visto que o problema surge a partir do seguinte questionamento: Como

organizar a estrutura da cadeia logística reversa de resíduos de equipamentos elétricos e

eletrônicos às exigências estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos?

A PNRS define a logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e

social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar

a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final adequada.

Diante da instituição da PNRS, suas implicações e do impacto que os equipamentos

eletroeletrônicos representam ao meio ambiente, em razão de suas características, entende-se

que o tema representa uma oportunidade para a pesquisa científica. Para ilustrar a realidade,

pode-se destacar a chegada dos tablets, no início de 2010, oportunidade em que foi lançado o

Ipad pela Apple, considerada como um marco da geração pós-PC. Rodrigues, Günther e

Vilela (2008) ressaltam que inexiste gestão desses resíduos de pós-consumo no Brasil.

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O estudo exploratório é concernente a um item específico da Lei nº 12.305/2010 que trata da

logística reversa. Utilizou-se como estratégia de pesquisa o levantamento bibliográfico,

permitindo identificar a situação do Brasil com relação à logística reversa em resíduos de

equipamentos eletroeletrônicos. Utilizou-se como técnica para coleta de dados a análise

documental da própria lei, consultas a acervos científicos, livros e internet.

A figura 1 descreve a trajetória da pesquisa estruturada em 3 etapas: abordagem teórica da

legislação ambiental aplicável aos Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos e à logística

reversa de pós-consumo de produtos tecnológicos no Brasil; os resultados que consistiu em

uma proposta de adequação da cadeia logística reversa aplicável aos computadores e

consonante com a legislação ambiental, e por fim, as considerações finais.

Figura 1 - Diagrama metodológico

3. Legislação ambiental aplicável aos REEE

Um dos desafios da sociedade do século XXI é enfrentar a dicotomia - consumo em massa

versus sustentabilidade ambiental. Pesquisas realizadas têm comprovado, principalmente, nos

países de primeiro mundo, que o aumento da velocidade de descarte de produtos de utilidade

após seu primeiro uso provoca um desequilíbrio entre as quantidades descartadas e as

reaproveitadas, gerando um volume considerável de produtos de pós-consumo. Um dos mais

graves problemas ambientais urbanos é a dificuldade de disposição dos bens não mais

reaproveitáveis, caracterizados como “lixo”. Essas quantidades tornam-se visíveis em aterros

sanitários, locais abandonados, rios ou córregos, ficando pouco visíveis quando são

depositados em mares ou quando são simplesmente enterrados para posterior solução. Esses

fatores vêm transformando-se em um dos principais motivos para a criação e implementação

de canais reversos logísticos eficazes, o que caracteriza melhor sustentabilidade na cadeia de

suprimentos.

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Para amenizar o impacto degradante dos produtos ao meio ambiente, as sociedades têm

desenvolvido várias legislações e conceitos de responsabilidade empresarial, para adequar o

crescimento econômico às variáveis ambientais. O conceito de desenvolvimento sustentável,

cujo objetivo é o crescimento econômico com o mínimo de impactos ambientais, tem sido

utilizado, com o sentido de atender as necessidades do presente, sem comprometer as

gerações futuras no atendimento às suas necessidades.

Nesse contexto, cresce no Brasil e no mundo, legislações que regulamentam o retorno de

produtos, tanto daqueles que ainda não foram usados, ou com pouco uso, quanto daqueles que

já foram usados e precisam ter a destinação adequada. Legislações sobre as condições de

retorno e de responsabilidades dos agentes da cadeia de suprimentos em relação ao cliente

final, sob a denominação de legislações de proteção ao consumidor, atuam no sentido de

obrigar os agentes destas cadeias a organizar retornos por meio da Logística Reversa. Neste

artigo será destacada a Lei nº 12.305/2010.

Essas legislações envolvem diferentes aspectos do ciclo de vida útil de um produto, que vai

desde a fabricação, uso de matérias-primas até sua disposição final. As mesmas,

regulamentam a produção e o uso de “selos verdes” para identificar produtos ‘amigáveis’ ao

meio ambiente, como os produtos de pós-consumo que podem ou não ser depositados em

aterros sanitários, bem como o uso de produtos como matérias-primas secundárias.

Entre as legislações no cenário mundial, uma das mais significativas é a diretriz Waste,

Electrical and Electronic Equipment de 2002 da União Européia, que gerou a diretriz

ambiental Restriction on the use of Hazardous Substances. Esta, estabelece as quotas de

recuperação de produtos e redução na quantidade de lixo eletrônico que chega aos aterros,

bem como regulamenta as diversas fases da logística reversa, além de propor a diminuição da

quantidade de produtos tóxicos e metais pesados presentes nos produtos eletroeletrônicos em

geral. (WEEE, 2004) e (ROHS, 2004).

No segmento industrial, existem setores à frente no processo de logística reversa. A cadeia

reversa dos metais em geral, apresenta excelentes níveis de reintegração de seus materiais ao

ciclo produtivo, enquanto a cadeia reversa de plásticos, por exemplo, mesmo com tecnologia

de reciclagem acessível, encontra dificuldade para se estruturar. Alguns produtos como o aço,

ferro e alumínio são exemplos que justificam, de forma econômica, o canal de distribuição

reverso de produtos de pós-consumo, pois representam cerca de 32% da cadeia produtiva

direta de um computador, conforme levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas

para o Meio Ambiente – PNUMA representado na Tabela 2.

Fonte: Leite (2009).

Tabela 2 - Composição de resíduos de computadores

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Segundo a Lei nº 12.305/2010, existe responsabilidade compartilhada para estruturar e

implementar sistemas de logística reversa, o que representa uma oportunidade, conforme

tipificado no Art.33 do mencionado dispositivo legal:

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,

mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma

independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos

sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

............................................................................................................................

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

............................................................................................................................

§ 3o Sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou regulamento,

em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS, ou em acordos

setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor

empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes dos produtos a que se referem os incisos II, III, V e VI ou dos

produtos e embalagens a que se referem os incisos I e IV do caput e o § 1o

tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e

operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, consoante

ao estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas:

I - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados;

II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis;

............................................................................................................................

Ainda sobre os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, a Associação Brasileira de

Normas Técnicas – ABNT trata da classificação de Resíduos Sólidos por meio da Norma

Brasileira de Referência (NBR) nº 10.004. O Anexo I, da referida resolução, estabelece como

equipamentos informáticos pessoais: (i) Computadores pessoais (CPU, mouse, monitor e

teclado incluídos); (ii) Computadores portáteis - laptops (CPU, mouse, monitor e teclado

incluídos); (iii) Computadores portáteis (notebook) e (iv) Computadores portáteis (notepad).

O Decreto nº 7.404/2010 foi regulamentado para apoiar a estruturação e implementação da

PNRS, por meio da articulação dos órgãos e entidades governamentais, de modo a possibilitar

o cumprimento das determinações e metas previstas na Lei nº 12.305/2010. Uma das

principais deliberações do Grupo Técnico de Assessoramento foi a criação de cinco Grupos

Temáticos, sendo um deles voltado para Eletroeletrônico. Este Grupo tem por objetivo

promover ampla discussão sobre modelos de logística reversa, com a participação dos setores

público e privado, ligados à cadeia produtiva e ao processamento de resíduos ligado ao tema,

a fim de subsidiar aquele Grupo Técnico nas tomadas de decisões. Este assunto ficou sob a

coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com pragmatismo, o decreto deposita confiança nos atores das cadeias produtivas diretas e

reversas na implantação da logística reversa. Os projetos e as operações envolvidas no

processo reverso terão desde fabricantes, passando pelos consumidores, chegando até os

prestadores de serviço de captação, transporte e remanufatura, além das consultorias

necessárias em cada projeto.

Um dos principais aspectos de um programa de implantação de Logística Reversa é a

definição de produtos e embalagens objeto; participação dos diversos elos da cadeia produtiva

inclusive do consumidor; informações necessárias ao longo dos processos; coletas,

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armazenamento, transportes, reaproveitamentos e destinações finais; e penalizações, entre

outros detalhamentos. O sistema “Regulamento expedido por decreto do Poder Público” é

uma iniciativa do governo e os “Termos de Compromisso” são acordos específicos que

podem ser considerados casos de exceções de acordos setoriais.

Outra demonstração de prioridade do assunto para o Governo Federal, coerente com a visão

estratégica de crescimento do país, foi o lançamento de um Programa para o ciclo

orçamentário do Plano Plurianual 2012 - 2015 voltado aos Resíduos Sólidos.

4. Logística Reversa

A logística era uma atividade que apresentava pouca importância no meio empresarial até

meados do século XX. Porém, a necessidade de atuar em mercados distantes, o aumento da

competitividade, novos sistemas de gestão e o redesenho constante dos processos, tornou a

logística um diferencial significativo e um fator de sucesso no meio empresarial. Ela ganhou

uma nova dimensão e envolveu a integração de todas as atividades ao longo da cadeia

produtiva: da geração de matérias-primas à entrega do produto ao cliente final, interligando

todos os atores rede de produção. Sendo assim, deixou de ter um enfoque operacional para

adquirir um caráter estratégico nas organizações.

Segundo o Conselho de Administração Logística (Council of Logistics Management – CLM),

cuja missão é divulgar e promover o intercâmbio de conceitos e idéias afins, o conceito

aplicado às empresas pode ser definido como:

Logística Empresarial é o processo de planejamento, implementação e

controle de fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias-

primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas,

desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender

aos requisitos dos clientes (BALLOU, 2001, p.21).

O desenvolvimento e a importância da logística empresarial tornaram-se evidentes a partir da

década de 1990, com o aumento das importações devido às mudanças econômicas ocorridas

no país. Novos padrões surgiram gradativamente no mercado, e com isso, a busca de novas

práticas para diferenciarem-se dos concorrentes exigiu que as empresas brasileiras se

tornassem mais eficientes para amenizar as perdas em relação aos produtos e serviços de

empresas estrangeiras. A estabilização da moeda – o real gerou aumento nas transações

empresariais, percepção dos valores de estoque envolvidos, operadores logísticos

internacionais no Brasil e privatizações realizadas nas áreas de ferrovias, portuária e

hidroviária.

Segundo Leite (2009):

A logística reversa é uma área da logística empresarial que planeja, opera e

controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos

bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócio ou ao ciclo

produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor

de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem

corporativa, entre outros.

No entanto, a logística reversa tem sido estudada e implementada em empresas somente na

última década, principalmente em virtude do aumento das quantidades e variedades de

produtos que vão para o mercado e da redução do ciclo de vida dos produtos em geral, que

ampliam a tendência ao descarte dos materiais que não tem mais uso. (LEITE, 2009).

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A cadeia reversa inicia-se na coleta dos produtos junto aos clientes em diferentes elos da

cadeia de suprimento, seguindo-se a fase de inspeção ou testes realizada no local da coleta ou

no centro de consolidação de recebimentos. Em seguida, a decisão de destino a ser dada ao

produto retornado, que apresenta diversas possibilidades hierárquicas de recaptura de valor. A

Figura 2 ilustra os canais utilizados na Logística Reversa.

Fonte: Leite (2009).

Figura 2- Canais de distribuição diretos e reversos

Alguns aspectos condicionam os processos e recursos utilizados no gerenciamento dos fluxos

reversos como: interesse econômico na recaptura; quantidades; tipo de produto; localização

das fontes de pós-consumo; sistemas de informação; imprevisibilidade de retorno financeiro,

faz com que o retorno destes produtos, geralmente heterogêneo em sua natureza, qualidade,

forma e embalagem, tenha relações entre peso x volume e preço x peso geralmente baixas.

Além disso, as fontes de coleta, dispersas, necessitam de consolidação para o adensamento de

carga. Enfim, condições que exige gerenciamento especializado (LEITE, 2009).

A inclusão da Logística Reversa em capítulos específicos da Lei nº 12.305/2010 demonstra a

importância dada à operacionalização e equacionamento logístico deste retorno, revelando

complexidade e tornando-a parte integrante dos diversos Planos de Resíduos a serem editados

pelas diversas esferas governamentais e empresas envolvidas na geração dos mesmos.

Leite (2009) define as duas categorias de canais de distribuição reversos, os de pós-consumo e

os de pós-venda. O primeiro diz respeito aos bens industriais descartados pela sociedade, que

tem ciclos de vida de dias ou até mesmo anos, que após o uso pelo primeiro consumidor,

tornam-se produtos de pós-consumo que ao atingirem o fim do seu ciclo podem ser

revalorizados de duas formas: remanufatura ou reciclagem. O mesmo autor considera que a

remanufatura é o canal reverso no qual os produtos podem ser reaproveitados em suas partes

essenciais, mediante a substituição de alguns componentes complementares reconstituindo-se

um produto com a mesma finalidade e natureza do original. Já a reciclagem é definida como o

canal reverso de revalorização em que os materiais constituintes dos produtos descartados são

extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias ou recicladas,

que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos. O canal reverso de pós-venda, que

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não se enquadrará no escopo deste estudo, diz respeito aos bens que são devolvidos às

empresas por algum motivo, seja falha na garantia, fim do ciclo de vida ou validade,

apresentação de defeitos, dentre outras possibilidades, sejam elas de natureza comercial ou

legal, não guardando relação direta com a problemática do “lixo eletrônico” (KRIKKE, 1998).

Blumberg (2005) cita características importantes da logística reversa: (i) aprimoramento do

valor do produto: o processo reverso envolve a necessidade de maximizar o valor do produto

a ser retornado para recondicionamento e a revenda; (ii) flexibilidade: requer grande

flexibilidade com relação às facilidades de armazenamento, processamento e transporte para

maximizar o retorno de materiais; (iii) gerenciamento múltiplo: necessidade de intercâmbio

entre as partes para garantir eficiência máxima; (iv) incerteza do abastecimento de

suprimentos: normalmente os compradores não sabem quando um item será retornado, nem

em quais condições este item se encontrará.

Gomes & Tortato (2010), em uma perspectiva mais atual e completa, consideram que a

logística tradicional faz parte de um conceito mais amplo de Supply Chain Management

(SCM). A SCM trata da integração holística dos processos de negócios abrangendo a gestão

de toda a cadeia produtiva de uma forma estratégica e integrada, abrangendo a logística

tradicional e também o conceito de logística reversa.

5. Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

Em face da preocupação ambiental e maximização do uso dos produtos pós-venda, amparada

no conceito de logística reversa, um grave problema começa a ganhar espaço nas discussões:

o destino do chamado “lixo eletrônico”. Este “lixo” geralmente contém metais pesados como

o mercúrio, chumbo, cádmio e cromo, gases de efeito estufa, dentre outros metais não

ferrosos especificados no Quadro 1.

No mundo são mais de 130 milhões de computadores produzidos por ano e o descarte pode

chegar a 315 milhões (Programa TI Verde, 2011). Leite (2009) afirma que em 1994 o Brasil

não produzia celulares e hoje são mais de 190 milhões de unidades, da mesma forma hoje

entram no mercado por ano, mais de 14 milhões de computadores portáteis ou pessoais,

lembrando ainda que só 1% dos celulares e 5% dos computadores retornam aos fabricantes.

Aço Estrutural, Magnetividade; Plásticos vidro, componentes de estado sólido, CRT (tubo de raios catódicos);

Co (Cobalto) Pigmentos, Agente de Formação de Liga;  Óxido de Silício (SiO2) Estrutural; 

Ti (Titânio) Condutividade Térmica;  Pd (Paládio) Componentes de transistores; 

Be (Berilio) Capacitores; Suprimento de energia; As (Arsênio) Semicondutores; 

Ta (Tântalo) Condutividade; conector;  Ga (Gálio) – Retificadores; 

Ag (Prata) – Condutividade; conector; Se (Selênio) Circuitos Resistivos; 

Mn (Manganês) CRT (tubo de raios catódicos); Ru (Rutênio) Conectores; 

Ba (Bário) Au (Ouro) Transistores, Retificadores;

Ni (Niquel) CRT (tubo de raios catódicos); In (Indio) Semicondutores; 

Sn (Estanho) Bateria, emissor de fósforo;  Ge (Germânio) Batteries, switches, gabinete; 

Zn (Zinco) Juntas metálicas, Blindagem/filtro de radiação; Mercúrio (Hg) Decorativo, Endurecedor (Aço);

Pb (Chumbo) CRT (tubo de raios catódicos);  Cr (Cromo) Filmes; 

Cu (Cobre) Gabinete, conectores; Bi (Bismuto) Bateria, Fósforo Verde, CRT;

Al (Alumínio) Estrutura metálica, aço; Cd (Cádmio) Diodo/Caixa, CRT (tubo de raios catódicos);

Fe (Ferro) Gabinete, componentes plásticos;  Sb (Antimônio)

Materiais usados na fabricação de um computador típico

Quadro 1 - Materiais utilizados na fabricação de um computador

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Fonte: Compromisso Empresarial de Reciclagem (CEMPRE, 2011)

Estruturar a cadeia reversa de resíduos de eletroeletrônicos é diferente de montar uma

recicladora de PET, papel ou plástico flexível. Ela envolve, conhecimentos avançados sobre,

poluentes, separação de ligas, formação de resíduo tóxico, em outras palavras, química, por

disporem de componentes considerados resíduos perigosos. Essa característica é um entrave

para a operação de empresas que queiram executar a logística reversa de REEE.

Diante das considerações apresentadas, e consoante com a norma que regulou a PNRS,

propõe-se um fluxograma de processamento reverso aplicável aos REEE, que pode ser

visualizado na Figura 3.

O relacionamento dos atores que integram a etapa denominada Origem, inclui aqueles

definidos pela Lei nº 12.305/2010 e empresas montadoras de computadores. Existe também a

origem clandestina de equipamentos e componentes, que dificulta a responsabilização do elo

da cadeia com base no princípio ambiental do poluidor pagador, e pode ser representada no

fluxograma por descaminhos.

A etapa denominada Coleta / Seleção estabelece os primeiros pontos de triagem priorizados

para o reaproveitamento dos computadores pelos Centros de Recondicionamento de

Computadores vinculados ao governo, com o objetivo à viabilização de equipamentos de

informática em plenas condições operacionais, para os tele-centros comunitários, bibliotecas e

informatização de escolas públicas (Projeto Computadores para Inclusão, 2011). O restante

deve ser encaminhado ao mercado secundário a fim de atender a população de baixa renda. O

segundo ponto de triagem segue a mesma linha de raciocínio anterior, no que se refere aos

componentes.

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XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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Figura 3 – Fluxo do processo de reciclagem de REEE

Fonte: Os autores, 2011

Com base na natureza dos resíduos (metais ferrosos, vidro, plástico, metais não ferrosos e

placas eletrônicas) dá-se um tratamento específico (logística reversa) para destinação final,

seja ela em empresas de reciclagem ou aterros sanitários, respeitando a legislação estadual

quanto à origem, ao volume, à caracterização e às formas de destinação e disposição final

adotadas.

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6. Considerações Finais

Segundo Ballou (2007), o emprego da logística tende a otimizar os fluxos de materiais e

informações desde o ponto de origem (fornecedor) até o ponto de destino final (consumidor)

buscando proporcionar níveis de serviço satisfatórios e adequados às necessidades dos

clientes/fornecedores a um custo competitivo. Seguindo essa premissa, as escalas econômicas

que advirão desta legislação permitirão novas e grandes oportunidades de negócios

empresariais para todos os prestadores de serviços de logística reversa.

As empresas, na busca da sustentabilidade na cadeia de suprimentos, são desafiadas a

concretizar a logística reversa dos REEE e devem atentar-se aos fatores como os custos de

reprocessamento, grau de periculosidade dos resíduos, barreiras sanitárias de operação,

manipulação e transporte, aliados às restrições proporcionadas pelas legislações estaduais.

O modelo proposto para o processo de Reciclagem de Resíduos de Equipamentos

Eletroeletrônicos apresenta-se de forma estruturada e foi baseado em pesquisas bibliográficas

e especificamente na Lei nº 12.305/2010, no quesito que tange à logística reversa de produtos

eletroeletrônicos.

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as empresas devem focar sua atenção às

atividades de logística reversa, com foco na sustentabilidade na cadeia e o desenvolvimento

de novos produtos eletroeletrônicos adequados aos processos de reciclagem específicos do

mercado.

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