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ANMK^lTI Ill EM I I -It O A
300 réis Annuncios. linha, 20 rs.
! 900 » Publicações no corpo do 10 » jornal, por linha, 60 rs.
LISBOA
SARRADO. li UE JANEIRO DE 1873
ANNICi.lMl'lll.% KA 1'HOVJMIA
1 mez 500 réis 3 mezes. 1£400 réis A correspondência sobre administração a LO-
RENA QUEIROZ, calçada doCombro, 10, l.«.
1 mez .
3 mezes
Avulso..
vae grasnando até que a sociedade lhe las nove horas da noite, quando o sr.
estabeleça um cordão sanitário. padre Lima saía de casa do sr. Fer-
Por cá e por lá más fadas ha. nando de Magalhães, foi esperado e
—— aggredido por dois indivíduos que aco-
Diz uma corresponde ícia deBarcel- bertados nas trevas da noite lhe de-
los, que na quarta feira passada, pe- ram uma pancada na cabeça, de que
resultou um leve
ferimento.Um dos
aggressores caiu
ení poder do sr.
Lima que, Ian-
O nosso correspondente em Villa
Nova dos Reguengos c o sr. Antonio
Lopes da Costa Braz.
O governo fran-
cez publicou os
quadros do re-
censeamento da
população da
França em 1872.
A republica fran-
ceza divide-se em
87 districtos prin-
cipaes;
30i sub districtos;
2:865 conselhos;
35:989 municí-
pios.
O algarismo to-
tal que represen-
tava a população
diminuiu. Agora
não ascende a
mais de 36 mi-
lhões cento c dois
mil novecentos e
vinte e um habi-
tantes. Pondo de
parte a população
das províncias ce-
didas á Allema-
nha, o numero
actual de france-
zes ainda apre-
senta uma dimi-
nuição de almas
366:936, compa-
rando a actual
com a estatística
de 1866.
Nos quatorze
grandes districtos
em que estão si-
tuados os centros
industriaes, a po
LUIZ VICTOR LE COCQ
DIÁRIO ILLUSTRADO
REVISTA ESTRANGEIRA
Não recebemos hontem carta do nos-
so correspondente de Paris.
Carta de Madrid
MADRID, 8 de janeiro. — Como viu
na minha de hontem o movimento po-
litico de gabinete está limitado a dois
ou tres pontos. Hoje continua o mesmo
estado, por assim dizer, de incubação:
mas a julgar pelos boatos que correm,
e que adiante menciono, parece-me
que breve passaremos, d'aquelle es-
tado, e teremos que fallar de grandes
mudanças na politica madrilena.
Os jornaes carlistas continuam a in-
serir proclamações de D. AfFonso de
Borbou e d'Este, que se intitula logar-
tenente de seu irmão D. Carlos. As ul-
timas são dirigidas ao povo e ao exer-
cito de Catalunha em termos vehemen-
tes e enthusiastas.
Diz um periodico da opposição, com-
batendo a lei da ordem publica, que
esta será pelo dizer dos amigos do go-
verno, de tal forma arbitraria e dispo-
tica nas suas disposições, que não po-
derá levar-se á execução sem que a
preceda uma suspensão de garantias,
caso inadmissível na actualidade, por
não haver rasões que o justifiquem.
El Debate insere as adhesões de vá-
rios titulares e de muitos indivíduos e
corporações de dilíerentes províncias á
Liga-nacional contra as reformas ultra-
marinas.
Diz a Época que o duque de la Torre
declarara aos seus amigos políticos, de-
pois de ter presistido em não ir ao paço,
cjue não promoveria obstáculos ao actual
governo nem a outro de qualquer côr
politica, mesmo que fosse dos seus
amigos conservadores, comtanto que o
primeiro passo d'esse governo fosse
tranquillisar as províncias ultramarinas,
evitar os males que lhes estão immi-
nentes, e regular prudentemente, d'ac-
cordo com a gravidade dascircumstan-
cias, a abolição da escravatura.
Parece que ha desaccordo entre os
membros do gabinete, segundo algu-
mas folhas opposicionigtas; d'aqui vie-
ram os boatos de Prise próxima, de re-
construcção, e até de demissão minis-
terial.
Faliam algumas folhas da opposição
em varias recusas de indivíduos agra-
ciados, por causa da nova lei tributa-
ria, as do governo pretendem desmen-
tir taes asserções, e eu pelo que tenho
ouvido em vários círculos, concluo para
mim que tudo isto se reduz áquellas
tricas politicas áquelles nadas que são
muito para serviço das opposições; por
experiencia sei que ha poucos que não
gostam das fitinhas e muitos que dei-
xam sangrar a bolsa para as obter.
Devo dizer-lhe, todavia que para so-
cego dos interessados, já se elabora
um projecto que será apresentado nas
primeiras sessões das cortes, derogan-
do aquella lei incommoda.
Ailirma-se que 1). Carlos com o com-
petente estado maior está ha dias na
fronteira de llespanha, e por isso mui-
tos indivíduos conhecidos pelas suas
idéas e pelos seus compromissos jun-
ta do pretendente, tem saído de Paris
com direcção a Catalunha, Bvscaia e
Navarra, liiz-se mais que um perso-
nagem muito conhecido saíra também
de Paris, mas com direcção a Londres,
encarregado de missão importante para
o general Cabrera.
Demittiu-se do cargo de capitão ge-
neral e governador civil de Porto-Rico
D. Simon de la Torre v Ormara, e foi
nomeado em seu Iogar'o tenente gene-
ral 1). Juan Martinez v Plowes. Está
preso em Palma de Mallorca o sr. Isern,
redactor da Honda curl islã, por causa
da inserção de um artigo politico. Es-
tes visinhos da nossa terra sempre tem
sido protectores da liberdade do pen-
samento. Reúne hoje na Tertúlia Pro-
gressista a commissão encarregada de
formular uma manifestação em favor
das reformas de Porto-Rico.—No dia
10 verifica-se a abertura da 1." secção
do caminho de ferro de Sevilha a Car-
mona, comprehendido entre aquella ca-
pital e Alcalá.—Segundo vejo na Ibe-
ria, a guerrilha que se apresentou em
Santa Cruz de Retamar compunha-se
de 200 homens e 50 cavallos. Não é
para desprezar.—Nas immediações de
Santona, província de Santander apre-
sentou-se uma nova guerrilha carlista,
a qual, por ora, só se occupa em re-
crutar mancebos para as suas fileiras,
por meio, já se sabe, dos promettimen-
tos ou das ameaças. — Desmente-se
agora a noticia de que o rei convidára,
por carta, o duque de la Torre para o
jantar do dia G.—Segundo uma carta
recebida aqui, parece que os carlistas
emprasam as auctoridaçlcs de Tafalla,
para lhe apresentarem até ao dia 12 o
importe de um trimestre de contri-
buição.
lia rumores de crise ministerial, fal-
lando-se na formação de um gabinete
presidido pelo general Cordova. Pela
mesma parte não vejo fundamento para
taes conjecturas.—Também dizem ou-
tros que os amigos do sr. Rivero se
preparam para herdar o poder.—Pro-
jecta-se para o dia 16 um grande ban-
quete militar, a que, parece, serão con-
vidados, além do ministro da guerra,
todas as notabilidades do exercito que
estão em Madrid. —A guerrilha que
passou por Estella ainda pilhou a insi-
gnificância de 18:000 duros entre fun-
dos municipaes e depositos para remis-
sões do exercito.—Aprompta-se o va-
por Cadiz para conduzir ao desterro os
sentenciados pelos acontecimentos do
Ferrol. — As facções Cucala v Ferre
compostas de 500 carlistas sairam de
Pencil com direcção a Gandesa. — O
general Morronnes leva, para attender
ás despezas da guerra um credito de
dois milhões de rcalcs.
Vae sahir do porto de Cadiz para
Cuba um transporte com 1:000 homens
de reforço para o exercito d'aquella
ilha.—Breve será publicado o decreto
auctorisando o estabelecimento de uma
linha telegraphica que circulará por to-
da Madrid.—Amanhã publica-se o de-
creto encarregando o sr. Fiol do go-
verno de Madrid.
Quanto a movimentos de guerrilhas
carlistas são de pouca importancia os
que vi mencionados nas correspondên-
cias recebidas esta manhã. Aguarde-
mos a chegada de Morionnes ao seu
destino, e então espero que teremos
fertilidade de noticias.—Z.
Pensa-se no Rio de Janeiro em es-
tabelecer ali nos princípios do anno
de 1874 uma exposição de productos
portuguezes; e diz-se que tal idéa
é protegida pelo nosso ministro n'a-
quella côrte o sr. conselheiro Mathias
de Carvalho e Vasconcellos. O gover-
no do Brazil já poz á disposição da
sociedade expositora a pedido d'aquelle
ministro as salas da cscola central, des-
de dezembro de 1873 até fevereiro de
1874. 1 # J ;1
Para este fim devem ser dirigidos
convites públicos a todos os agriculto-
res e industriaes de Portugal, deven-
do as despezas do transporte dos pro-
ductos ser feitas por conta da socieda-
de expositora, pura o que já conta com
um capital superior a 200 contos.
Vae á praça no dia 20 de março a
fabrica de fiação de Thomar com todos
os seus pertences. E' um importante
estabelecimento pertencente aos her-
deiros de Domingos Gomes Loureiro
& filhos e de Themotheo LEcussan
Yerdier.
Segundo refere um periodico musical
da Bélgica, o acontecimento mais notá-
vel do dia, é o de um gato a quem ensi-
naram e desempenha perfeitamente ao
piano o hymno nacional norte-ameri-
cano.
Despacharam-se no Porto para Lon-
dres 108 bois, no valor dei 1:760^000
réis.
A charada do sr. André do Quental
publicada no nosso ijumero de 8 do
corrente, é Philomelas não Philomena
como por engano se disse. O sr. Quen-
tal decifrou todas as charadas que n a-
quelle dia inserimos.
O bacharel Manuel Justino de Aze-
vedo foi nomeado por dois annos para
o logar de preparador de anatomia nor-
mal da faculdade de medicina na Uni-
versidade.
O theatro da zarzuela em Madrid
tem obtido a receita de 20:000 duros
com as primeiras representações dos
Sonhos de oiro.
Ficaram em deposito na estação te-
legraphica principal no dia 10 os se-
guintes despachos:
Heredia, hotel Matta (auzente).
Anna Luzia Alpoim, rua de S. José
207 (mudou-se).»
Figueiredo, rua Nova do Carmo, 91
1.° andar (desconhecido).
Emilio Candido da Silva, rua do Ter-
reirinho, 30 (desconhecido).
Foi transferido para a cadeira d'en-
sino primário da freguezia do Becco,
concelho de Ferreira do Zezere, o pro-
fessor da freguezia de Dornes, Antonio
Luiz de Sá Araujo e Castro.
Devia ter-se procedido a eleição de
uni deputado pela ilha do Pico, no dia
5 do corrente. Consta-nos que se apre-
sentava candidato o sr. D. Luiz da Ca-
mara Leme.
Em Angra á data das ultimas noti-
cias tratava de se organisar unia em-
presa para comprar um vapor que con-
duzisse para Inglaterra e outros pon-
tos, os productos das industrias do ar-
chipelago açoriano.
JUNTA DO CREDITO PUBLICO
Opagamento dos juros da dívida in-
terna fundada continua nos dias abaixo
indicados aos números das relações sor-
teadas, e que se transcrevem na se-
guinte tabella:
Dia 15
19 1:853 4:083 6:040 9:524 11:126
92 1:854 4:099 6:151 9:638 11:134
99 1:875 4:201 6:169 9:649 11:153
144 1:903 4:286 6:257 9:687 11:157
205 1:914 4:451 6:268 9:712 11:166
312 1:975 4:457 6:498 9:734 11:202
344 2:036 4:563 6:765 9:876 11:212
407 2:094 4:569 0:889 9:907 11:225
490 2:180 4:659 6:935 9:962 11:265
589 2:193 4:721 7:1G2 9:993 11:288
767 2:209 4:725 7:315 10:015 11:404
775 2:3H) 4:768 7:325 10:033 11:406
823 2:350 4:800 7:392 10:133 11:509
955 2:397 4:814 7:5",O 10:180 11:600
978 2:555 4:819 7:772 10:268 11:630
988 2:579 4:932 7:815 10:269 11:687
1:078 2:582 4:952 7:916 10:290 11.697
1:104 2:009 5:001 7:959 10:310 11:760
1:145 2:015 5:003 7:986 10.354 11:773
1:155 2:654 5:128 8:066 10:391 11:789
1:224 2:699 5:139 8:077 10:440 11:793
1:229 2:850 5:157 8:279 10:441 11:799
1:337 3:020 5:367 8:397 10:452 11:905
1:430 3:01)9 5:395 8:444 10:547 11:913
1:436 3:129 5:593 8:513 10:560 11:920
1:448 3:279.5:606 8:508 10:590 11:9*0
1:557 3:367 5:626 8:023 10:649 11:944
1:646 3:518 5:634 8:767 10:693 12:031
1:690 3:1)89 5:751 8:907 10:941 12:047
1:693 3:592 5:755 8:927 10:961 12:084
1:754 3:767 5:756 9:046 10:978
1:799 3:841 <5.761 9:110 10:994
1:843 3:851 5.884 9:452 10:997
1:845 4:035 5:939 9:517 11:103
8
141
201
355
375
387
394
436
548
604
616
630
698
702
707
741
8;>6
899
902
1:119
1:148
1:166
1:256
1:409
1:501
1:541
1:631
1:777
2:095
2:263
2:319
2:496
2:573
2:604
2:718
2:701
2:812
2:874
2:909
2:921
2:925
2:947
3 175
3:258
3:285
3:295
3:359
3:392
3:418
3:432
3:444
3.481
3:537
3:591
3:728
3:835
3:854
3:875
3:916
4:017
4 114
4:290
4:381
4:385
4:432
4:500
4:541
4:594
lha 16
4:679 7:100
4:706
4:752
4:894
4:906
7:150
7:278
7:354
7:363
4:914 7:408
5:014 7:424
5:032 7:501
5.040 7:614
5:200 7:672
5:299 7:739
5:363 7:808
5:380 7:889
5:429 7:925
5:446 7:927
5*707 8:022
5:824 8:069
5:834 8:465
5:839 8:558
5:848 8:6.'i0
5:974 8:720
6:022 8:749
6:154 8:772
6:202 8:937
6:248 8:972
6:648 9:117
6:674 9:200
6:762 9:212
6:875 9:404
6:910 9:418
6.925 9.455
6:957 9.487
6:983 9:018
7:038 9.050
9.721
9.785
9.858
9.859
9.881
9.896
9 899
9.927
9.936
9.939
10 010
10.083
10.104
10.106
10.155
10.184
10.198
10 215
10 227
10.271
10.294
10 302
10.307
10 467
10 496
10.515
10.548
10 591
10.604
10.714
10.752
10 787
10.788
10 838
11.051
11 005
11.117
11.120
11.149
11.164
11.165
11.170
11.304
11.313
11 329
11.333
11.432
11.466
11,583
11 608
11.622
11 671
11.715
11 753
II 757
11.783
11.819
11 825
11 830
11.843
11.914
11.918
11.964
12 091
* Os números das relações de coupons
compreh ndidos nestas tabellas pagani-
se no sabbado 18.
O pagamento começa ás 10 da manhã
e acaba ás 2 da tarde.
A numeração dos recibos continua no
dia 10 de janeiro. Os sorteios para o
mez de janeiro são ás sextas feiras.
LONDRES, 9 ás Ih. e58 m. da t.
—Napoleão morreu hoje, meia hora de-
ͻois do meio dia. O desconto de Londres
oi reduzido a il/2i A companhia que vae
estabelecer a communiíicação entre Lis-
boa e o Brasil registou hontem o ca-
pital de 1.300:000 em acções de 10
libras sterlinas.
PARIS, 10 ás 12 A. e 40 m. da m.
—AVasburae desembarcou em Brest e
é esperado esta noite em Paris. A as-
sembléa continua a discutir a propos-
ta de Broglie sobre a reorganisaçào
do conselho superior de instrucção pu-
blica. Broglie e Dupanloup defendem
vivamente o projecto. Jules Simon res-
ponderá amanhã.
PARIS, 9.-3 °/0 francez 53,80; 5
°/o 1871 85,90; empréstimo 1872
87,95 5/s ^ °/o hespauhol interno 23 7/ir,;
id. externo 27 '/4. — Coupou cortado
27 V
ANVERS, 8. — 3 p. c. hespanhol
2G a/4- Porluguez, 413/4.
AMSTERDAM, 9.— Ilespanhol 273/8
Portuguezil 3/4.
Alguns jornaes de Madrid chamam
a attcnçâo da auctoridade administra-
tiva pedindo que faça desappareccr
das numerosas lojas d'aquella cidade,
principalmente das da rua Mayor, o
sem numero de photo^raphias indecen-
tes que olíendem a moral publica, im-
próprias de um paiz civilizado.
Por emquanto ainda Li*boa se acha
livre d'aquelle escandalo, mas é de
crer que, pouco a pouco, a epedemia
se vá generalisando como se genera-
lisou o can-can e outras- exhibiciones
ao gosto da moda franceza.
HIGH-LIFE
—Regressaram a Lisboa, vindos de
Coimbra, os srs. José Ribeiro da Cu-
nha e Antonio de Vasconcellos Perei-
ra Coutinho, juiz da relação d'esta ci-
dade.
—Continua a estar enfermo em Coim-
bra o sr. bispo d'aquella diocese.
—A esposa do sr. Eduardo Rodri-
gues walhardo, a ex.1" sr.' D. Carlo-
ta Waddington Rodrigues Galhardo,
deu á luz uma robusta e interessante
menina.
—O sr. marquez de Castello Melhor
regressou hontem do estrangeiro.
—Partiram para Bruxellas o sr. An-
tonio Berquó e sua esposa.
—Chegou a Lisboa o sr. barão de
Claros, membro do supremo conselho
de justiça militar.
—Fez annos na quinta-feira o sr.
duque de Palmella,
Foi provida por tres annos na es-
cola de meninas da freguezia de Re-
corei concelho de Paredes, D. Guilher-
mina da Encarnação Piteira.
ASSASSÍNIO *
No logar de Cima, freguezia da Boa-
Ihosa, comarca de Ponte do Lima, ap-
pareceu morto lia corte do gado da
casa em que morava, o lavrador José
de Azevedo, solteiro. Tinha os pés
presos com uma correi^, e as mãos
também amarradas com um baraço;
além d'isso haviam-lhe apertado um
lenço em volta do pescoço, e feito va-
rias feridas no cabeça.
A morte foi devida a estrangulação
e os ferimentos talvez fossem resulta-
do da lucta travada com os assassinos.
Ha indícios de que além do assassi-
nato houve roubo. lgnora-se, porém, a
quanto montará, pois que o infeliz vi-
via só.
Ainda se não sabe quem tenha sido
o auctor do crime, segundo refere o
Jornal da Manhã.
O proprietário do hotel União, es-
tabelecido em Queluz, obrigou-se a
sustentar os passageiros que tiverem de
fazer quarentena no Lazareto, pelos
seguintes preços: 1 ,a classe 1£095 réis;
2:a 69o réis; e 3.a 2^5 réis. Parece
que a nova gerencia da hospedaria do
lazareto tenciona mandar vir de In-
glaterra toda a loiça, crystaes e rou-
pas, para reorganisar completamente
aquelle estabelecimento.
E*ta melhor e saiu um d'csles dias
a passeio o nosso estimável amigo e col-
lega o sr. Eduardo Coelho.
O paquete Caldera chegado ao R o
de Janeiro a 12 de dezembro ultimo,
transportou de Lisboa para ali 89 pas-
sageiros trabalhadores.
A galera portugueza Nova Fama II
saida do Porto e chegada ao Rio de
Jeneiro também a 12 de dezembro,
conduziu 178 passageiros portuguezes.
A barca portugueza Camponeza saida
do Porto e chegada ao Rio de Jonei-
ro a 17 de dezembro, conduziu 9í
passageiros portuguezes.
Qaer isto dizer que continua a emi-
gração portugueza para o Brasil em
larguíssima escala.
■
até certo ponto, regosija-nos, porque
mostra ao paiz mais um foco impes-
tadojiela reacção.»
Foi registada na conservatória real
de Lisboa, para garantia de pro-prie
dadc artística commercial, uma peça
de musica intitulada uma corrida de
cavallos, £alope|caracterislico para pia-
no, por Manuel Benjamim.
No mez de dezembro ultimo concor-
reram á bibliotheca nacional de Lis-
boa 1:029 leitores, que pediram 2:223
volumes, sendo 1:311 de scicncias e
artes; 819 de historia, litteratura e po-
lygraphia; e 63 manuscriptos.
O conselho de instrucção da asso-
ciasão Civilisação participa aos seus
associados que continua aberto o ga-
binete de leitura todos os dias não san-
ctificados, das i ás 10 horas da noite,
e sendo-o, das 10 horas da manhã á
1 da tarde.
PERGUNTAS EMBARAÇOSAS
—Qual é o meio de nos parecer a
quaresma muito pequena? E' o de pe-
dirmos dinheiro emprestado na quarta
feira de cinza com a condição de o
pagar na paschoa.
—Porque é que o sol se levanta tão
tarde no inverno? Porque faz tanto frio
que elle não pôde resolver-se a levan-
tar-se cedo.
—Porque é que o vento é seitipre
mais frio no inverno do que no verão?
E' que não o deixando entrar em casa
alguma, vô-se na precisão de dormir
na rua.
—Estão pousados doze passaros na
copa de uma arvore, um cacador apro-
xima-se e mata tres, quantos ficam ali?
Nenhum, porque os outros voaram.
—O que fez ferver a primeira pa-
ttella em Lisboa? O fogo.
O sr. Julio Maria da Costa Caldeira,
professor temporarioda freguezia de Paio
de Pelle, no logar da Praia, concelho da
Barquinha, foi mudado pará a fregue-
zia de Dornes, concelho de Ferrei-
ra do Zezere.
Prevjnem-se os socios do Montepio
dos Alfaiates de que no dia 20 do cor-
rente tem logar a reunião da assem-
bléa geral para apresentação das con-
tas e em seguida proceder-se ás elei-
ções da mesa e commisão revisora —
na rua dos Fanqueiros, 300, 1.°, em
casa do sr. Brasão, ás 7 horas emeia
da tarde.
A alfandega da Horta rendeu no mez
de novembro ultimo 19:95$$916 réis;
d'esta som mo entraram nos cofres do es-
tado 18:521^878 réis, e 1:433$038 réis
foram applicados para a construcção
da doka, '
Está a concurso por trinta dias o lo-
gar de guarda da academia portuense
das bellas artes, com o ordenado an-
nual de 200^000 réis. Os requerimen-
tos enlregam-se ao vice-inspector da
mesma academia.
O professor temporário da villa de
Barrancos, Luiz Guerreiro da Conceição
foi mudado para a cadeira da villa de
OuriqHe.
Do porto do Rio de Janeiro sairam
com destino a Lisboa no dia 13 de de-
zembro, o brigue allcmão Helices, con-
duzindo 3:550 saccas de cafle; e no
dia 15 o brigue dinamarquez Ilota,
com 5:000 saccas.
O nosso illustre collega, o Diário
da Tarde, do Porto, relata o facto pouco
edificante que se vae ler:
«Acabamos de receber a noticia que
o nosso jornal não é permiltido dentro
do seminário de Coimbra! Avalie-se por
aqui o espirito avançado das pessoas
a quem está coníiado aquelle estabele-
mento: e depois ainda se hão de quei-
xar se lhe chamarem tartufos, princi-
palmente sabendo-se o que vae lá por
dentro d'aquelle seminário. A noticia,
Foi exonerada, pelo requerer, 1).
Maria José de Faria Vidal da cadeira
d ensino primário da freguezia das Pias,
concelho de Moura.
Foi transferida, pelo requerer, D.
Marianna Julia Ferreira Raposo, pro-
fessora da escola de meninas da villa
e concelho da Ribeira Grande, para o
logar do Pico da Pedra, freguezia do
de N. Senhora dos Prazeres, no mes-
mo concelho.
O sr. dr. Julio Augusto Henriques,
lente substituto na faculdade de philo-
sophia na universidade de Coimbra foi
promovido a lente cathedratico da mes-
ma faculdade.
O príncipe herdeiro da Prussia vae
emprehender viagem á Italia. O gover-
no italiano faz todos os preparativos
para o receber.
Foi nomeado governador civil de An-
gra do Heroísmo o sr. Francisco de
Albuquerque Mesquita e Castro, secre-
tario geral do districto de Faro.
Uniram-sc no Porto; pelos laços ma-
trimoniacs, o sr. Augusto J. Shore,
negociante britannico n'aquella cidade,
com a sr.a D. Margaret Amy Dow.
Foi transferido pira a cadeira da
freguezia da Granja doThedo, do con-
celho de Taboaço o professor da fre-
guezia de Chavães, Guilherme Carnei-
ro da Silva e Almeida.
O concelho de districto não deu pro-
vimento ao recurso que apresentou a
associação dos logistas da capital, ácer-
ca das licencas.
O sr. Antonio Maria Ribeiro da Cos-
ta lloltreman, 1.° tenente da armada,
foi nomeado cavalleiro da ordem d'Aviz.
Dizem as noticias vindas de S. Mi-
guel que a relação dos Açores, não
funccionava por falta de juizes.
A camara municipal da villa da Ri-
beira Grande teve no anno economico
de 1871-1872 de receita 10:530^790 c
de despeza 9:GS5$B35 réis.
Taborda faz e^a noite no Gymna-
sio a scena cómica O cantor cosmopo-
lita. Sobe pela primeira vez á scena
a linda comedia em dois actos Uma
receita homoeopatha em que Isidoro
tem um optimo papel.
DIÁRIO ILLUSTRADO
BOLETIM DO DIA
O sr. Barros c Cunha, que propoz a
suppressào do subsidio no theatro lyri-
co de Lisboa, declarou hoje, que não
insistiria n'aquella proposta, mas que
havia de insistir para que aquelle sub-
sidio sahisse de um acrescentamento ao
imposto sumptuário das cidades.
Então em que licAmos? Deve ou não
deve subsidiar-se o theatro lyrico? Man-
dam os preceitos de economia, apren-
didos na escola reformista, que se de-
clarasse guerra sem tréguas á arte, ou
não mandam.
Se os theatro? se devem subsidiar,
como entendemos que é indispensável,
em face do que acontece nos outros
paizes, que com o subsidio tornaram
avultadíssimas as despesas do theatro
lyrico; se a capital de um paiz civili-
sado não pode prescindir d'essa osten-
tação, como não pôde pruscindir de
muitas outras, se o bom nome de que
gosa no mundo artístico o theatro de
S. Carlos não deve ser esquecido, co-
mo é que se pretende que esses en-
cargos recaiam só sobre os habitantes
da capital?
Nào são todas as despesas do
sumpto da corte encargo commum
nem de todo o paiz? Não tem a cida-
de de Lisboa de representar bizarra-
mente, pelo seu luxo, a civilisação do
reino? E demais! não concorre a capi-
tal com avultadas quantias dos seus
rendimentos proprios para as despesas
geraes do estado? Não é este o único
município que tem tutor, que lhe dá
exígua mezada e lhe absorve grande
parte da riqueza?
Quando a França, apesar dos seus
enormes revezes, apezar da immensa
indemnisação de guerra que ainda está
pagando, apesar dos sacrifícios tributá-
rios que faz, augmenta os subsídios aos
theatros; quando lodosos outros paizes
cultos subsidiam a arte, quer o sr. Bar-
ros e Cunha nue em Portugal, cujas fi-
nanças caminham para um estado pros-
pero, se supprima a magra verba com
que o governo concorre para o theatro
lyrico, ou pretende que este encargo
recaia só sobre a capital, que paga
mais do que nenhum outro município
para as despesas geraes?
Bem sabemos que este projecto mes-
quinho, pode lisongeiar as províncias,
mas não exprime decerto a justiça.
Tem estado incommodado de saúde
o nosso collega e excellente amigo Pi-
nheiro Chagas. Desejámos o seuprompto
restabelecimento.
A. oppo>ição apresentou um projecto
para a construcção do caminho de ferro
da Beira, e em verdade não achamos
que seja cara a garantia de juro, sen-
do, como reza o mencionado projecto,
de 5 por cento. Parece, que o gover-
no estava na idéa de apresentar no par-
lamento algum projecto sobre este as-
sumpto e auctorisa-nos a fazer este
juizo a portaria publicada ha pouco tem-
po, no Diário do Governo. Quem sa-
be, se a publicação d'aquella portaria
excitaria a opposição a apresentar, o
seu projecto, que nos não parece de
todo máo, mas que necessita de mais um
artigo, cm que se declare, que a compa-
nhia a quem for feita a concessão, seja
obrigada a fazer o deposito d'uma quan-
tia em dinheiro ou em inscripçõcs
FOLHETIM
Passeios na Província
POR EDUARDO COELHO
Le talent d'un auctcur est
de bicn defenir.
La Bruyére.
Os folhetins que deram origem ao
livro de Eduardo Coelho foram acolhi-
dos com estrondosos applausos. Ale-
grou-se a litteratura portugueza. A im-
prensa quer da capital quer das pro-
víncias occupou-se «Telles e do auctor
elogiando-os muito. E havia rasão para
ser assim. Porque a publicação de
Eduardo Coelho não era um mero ag-
gregadp de banalidades lançado no rez-
de-chaussée de um jornal para entreter
os ocios de leitores pachorrentos. Era a
rcvcllaçào circumstanciada de factos im-
portantes obtida pela mais reflectida e
minuciosa observação. Era uma collec-
ção de quadros admiravelmente dese-
nhados, singelos mas formosos, como
os quadros da escola flamenga, e co-
loridos pela bella linguagem classica
tão peculiar do auctor a que nos refe-
rimos.
Eduardo Coelho instado pelos seus
admiradores, quasi sob a pressão dos
seus amigos, reuniu aquelles folhetins e
impressionado pelo favoravel acolhi-
áqual perderá todo o direito, quando
a companhia não cumpra as condições
do contracto. E'o inverso d'aquella ce-
lebre multa, que o paiz pagou, a um
estrangeiro por não contractar com es-
te, um emprestimo !! Como tantas
concessões se teem feito, sem se realiza-
rem os contractos, é bom prevenir esta
hypothese.
CA NARA UERKDIT.I RIA
Àbriu-se a sessão ás 2 horas e um
quarto, teve a correspondência o de-
vido destino. O sr. prezidente decla-
rou que Sua Magesladc recebeu com
a costumada benevolência a deputação
encarregada de participar, queameza
da camara* estava constituída.
O sr. marquez de Vallada mandou
para a meza duas notas de interpclla-
ção. O sr. Martens Ferrão mandou para
a meza o parecer da com missão espe-
cial, encarregada de examinar a carta
regia, que elevou ao pariato o sr. vis-
conde do Seisal, e bem assim um re-
auerimento do sr. Sequeira Pinto, pe-
dindo para tomar assento na camara,
como successor de seu pae. O sr. vis-
conde de Chancelleiros, mandou para
a meza o requerimento do sr. viscon-
de de Condeixa, para tomar assento
na camara como successor de seu pae.
Foram nomeadas as commissões, que
devem examinar estes dois requeri-
mentos. O sr. Gamboa e Lis rôandou
para a mesa o parecer da commissão
encarregada de examinar o requeri-
mento do sr. conde da Bibeira Grande.
O sr. bispo de Lamego mandou para
a mesa o parecer da commissão encar-
regada de examinar o requerimento do
sr. conde de Rio Maior. O sr. viscon-
de d'Algés participou que o sr. conde
do Cazal Ribeiro não comparecia por
falta de saúde. O sr. visconde de Chan-
celleiros pediu para ser dado para or-
dem do dia o parecer n.° 37. O sr.
marquez de Niza declarou que dezeja
entrar no debate com respeito á questão
do registro. A primeira sessão terá logar
na terça feira, sendo a ordem do dia a
aprezentação de pareceres.
CAMARA EI.KCTIVA
Reuniu se acamara á 1 hora da tar-
de. estando prezentes quarenta e sete
senhores deputados. A correspondên-
cia teve o competente destino. O sr.
Eduardo Tavares declarou que se es-
tivesse prezente votaria a moção do
sr. Barros e Cunha. O sr. ministro da
fazenda renovou a iniciativa da propos-
ta de lei, sobre a troca de bonds que
haviam sido queimados pertencentes
a differentes súbditos irlandezes. O sr.
Pinheiro Borges declarou, que se es-
tivesse prezente assignaria o projecto
de lei aprezentado pelo sr. Pereira de
Miranda, para acabar com os grémios
de classe. O sr. Barros e Cunha apre-
zentou dois projectos um extinguindo
o consolado de l.a classe em Ham-
burgo passando o serviço consular a
ser feito e retribuído como o era an-
tes da transferencia do consolado de
Cadiz; o segundo supremindo a verba
de 23:010:000 réis, descripta no orça-
mento dos estrangeiros para despezas
extraordinariasdelegaçõeseconsulados
e a de 1:720:000 réis, para despezas
rezervadas. O sr. Candido de Moraes
chamou a atlcnçãodo sr. ministro das
obras publicas acerca do estado das
obras do porto de abrigo na cidade da
Horta. O sr. ministro das obras publi-
mento que elles obtiveram do publico,
deu-lhes maior desenvolvimento e re-
construiu um volume. E' pois d'esse vo-
lume, nitidamente impresso na typogra-
phia Universal, esahidoha poucos dias
ã luz da publicidade, de que nos va-
mos occupar. Tem por titulo Passeios
na Provinda c divide-se em trez jor-
nadas: — De Lisboa a Vizeu—Até Co-
vilhã—A' Marinha Grande. Em todos
aquelles passeios o intelligente viajante
leva comsigo o leitor fazendo-o admi-
rar sitios piltorcscos, narrando-lhe len-
das, mostrando-lhe fabricas, descreven-
do-lhe processos industriaes, pintando-
Ihe paizagens, e desenvolvendo diver-
sos pontos hisloriços com notável eru-
dição, mas sem deixara amenidade do
estylo.
Não lhe esqueceram também as ne-
cessidades dos povos que visitou. A
bella alma de Eduardo Coelho não
pgderia deixar de manifestal-as, con-
docr-see interessar-se por ellas. E' por
isso que nào omitle nenhuma, quer di-
gam respeito á cidade ou á mais in-
significante aldeia.
Não perde occasião de recrear e
instruir o leitor. Assim referindo-se ao
Castello de Lousã não quiz passar cm
silencio os amores legendários de D.
Violante e de Egas Moniz Coelho, so-
brinho ao que parece do grande Egas,
que foi avo do fundador da monar-
chia, e transcreve aquella canção, uma
cas deu algumas explicações. O sr.
Teixeira declarou estar instalada a com-
missão de fazenda. O sr. José Lucia-
no requereu a copia do documento pelo
qual o governo foi informado de que
se achava pronunciado um par do rei-
no, n'um dos districtos criminaes de
Lisboa, renovou a iniciativa do seu pro-
jecto da reforma da carta, e fez consi-
derações a respeito da ultima nomeação
do sr. Carrilho. O sr. ministro do rei-
no e o sr. ministro da fazenda deram
exnlicações.
Na ordem do dia foram eleitos para
as commissões de instrucção publica,
e obras publicas, os mesmos indivíduos
que foram membros d'ellas na sessão
passada.Levantouseasessãoás 4 horas.
NOTICIAS DE MACAU
Por uma carta vinda de Macau em
deta de 12 de novembro ultimo, infor-
mam-nos da seguinte importante no-
ticia :
O assumpto aue mais preoccupa a
attenção do publico é a resolução que
o governo chinez tomou de elevar os
direitos sobre o chá que se exporta
para Macáu a três taeis por pico, em
logar de um taci e meio que antes se
pagava, e esse augmento de direitos
tem feito cessar inteiramente a expor-
tação d'esse artigo para Macau. Aca-
bam de fallir quatro negociantes chins
que commerciavam em chá, deixando
gravemente lesados muitos dos impor-
tadores d'esse artigo; e actualmente
restam três negociantes de chá, os
3uaes comtudo terão necessariamente
e fechar os seus estabelecimentos, se
a exigencia do governo chinez, quanto
aos direitos, nào for modificada.
Se assim acontecer, cessará de exis-
tir o commercio do chá, que é
aliás um dos principaes ramos de
negocio. Na mesma carta se accres-
centa mais:
O commercio da emigração vae-se
também tornando rachitico; pois que
pelas medidas energicas adoptadas pelo
governo chinez, já nào vem emigran-
tes de Cantão, ao passo que d outros
pontos vem muito poucos pelo embara-
ço que encontram em seu transito.
Se não se empregar a tempo remedio
eflicaz para combater o mal, esta colo-
nia soffrerá muito no seu bem estar.
Números mais premiados na extra-
ção da loteria de Llespanha, que se ve-
rificou hontem 10 de janeiro.
7969,160:000 pesetas; 12:591,80:000;
2:023, 40:000; 11831, 20:000; 12:091,
16:961,12:625,10:897 com 10:000 pe-
setas; 7:968, 7:970 com 6:000 pesetas;
4630, 2144, 8954, 18908, 912,18593,
12186,4166,17052,316,17054,17456,
19524, 7102, 3003, 8633, 1709,5288,
7700, 4357 com 3:000 pesetas.
Foi nomeado secretario geral do go-
verna civil de Leiria o sr. dr. Custo-
dio Joaquim Freire.
Foi creada uma cadeira de ensino
primário para o sexo masculino na fre-
guezia de Casal d'Ermio, concelho da
Louzã, com o subsidio de casa e mo-
bília oflerecido pela respectiva junta
de parochia.
O vapor Cintra, que encalhou á en-
trada da barra do Porto, já está alli-
viado de todo o carregamento, carvão,
massame e velame, e ha esperanças
de o pôr a nado nas marés vivas. O
das mais antigas, e que Miguel Leitão
de Andrade, Faria e Sousa, e outros es-
criptores attribuem ao infortunado tro-
vador portuguez:
Fincaredes bos embora
Taom coitada
Que ei boi-me por hi fora
De longada.
Diga-se porém de passagem, que o
illustre escriptor não se mostra propen-
so a crer em tão remota origem. EITecti-
vamente ha motivos para julgar aquella
canção posterior a Egas Moniz, eé so-
bre modo acceitavel a opinião que a
altribue a algum trovador da época da
decadencia da escola provençal entre
nós, que indagasse o caso e escolhesse
aquelle assumpto, para cantar no ple-
clro.
Já que tocámos n'este ponto não nos
esqueçamos também dos Amores da Cava
e a tradicção referida por alguns dos
nossos escriptorcs, de que a formosa
filha do conde Julião nascera na Co-
vilhã.
Eduardo Coelho depois de narrar com
muita naturalidade e elegancia aquella
lenda e de mostrar mais uma vez a
sua brilhante erudição, concilie engra-
çadamente dizendo:
«Seja embora mera invenção, é bo-
nita, e não faz mal a ninguém acre-
dital-a. Para que ser cruel com aspe-
vapor não .az agua, e ficou só com os
mastros reaes.
Ha poucos dias travou-se o seguinte
dialogo n'uma parochia proximo de
Lisboa:
—O que faz agora seu irmão padre?
—Diz missa todas as manhãs.
—E á tarde?
—Não sabe o que diz.
Garantimos a anedocta.
O sr. Joaquim José Alves, verea-
dor fiscal da camara municipal de Lis-
boa pediu a demissão do cargo de fis-
cal. A camara nào lh'a concedeu.
Não entrou hontem, 10, embarcação
alguma no porto de Lisboa.
Sairam:
Vapores francezes «Perseverance» e
«Senegal».—Vapor hespanhol «Elvi-
ra».
Em Cordova houve uma grande ma-
nifestação popular a favor das refor-
mas dê Porto-Rico.
Foi premovido á elíectividade da ca-
deira ae ensino primário da freguezia
de Senhorim, concelho de Nellas, o
temporário Antonio d'AlmeidaLoureiro.
AS ULTIMAS GUERRAS
Acaba de publicar-se em Berlim n'um
semanario illustrado, que se intitula A
folha militar prussiana, um curioso
estudo comparativo ácerca dos effeitos
do tiro, com abundantes dados extra-
hidos dos tristes resultados das ultimas
guerras:
Na campanha do Scheleswing-IIols-
tein, em 1864, os dinamarquezes per-
deram 10.000 homens da seguinte ma-
neira:
10 por cento pelo fogo da artilhcria;
4 por cento por feridas causadas por
cidas, arma branca;
2 por cento por causas desconhe-
sulTocações etc. etc.;
8í por cento pelo fogo de espingar-
da de agulha.
Na guerra de 1866, entre esta nação
e os austricos, occorreram as seguintes
perdas:
Austríacos.—3 por cento pelo fogo
de artilheria;
4 por cento por feridas causadas com
arma branca;
3 por cento por causas desconhe-
cidas;
90 por cento pelo fogo das espingar-
das de agulha;
Prussianos.—16 por cento pelo fogo
de artilheria;
54 por cento por armas brancas;
79 por cento pelo fogo de infanteria.
Durante esta guerra o exercito prus-
siano queimou dois milhões de cartu-
chos para pôr fóra de combate 30.000
austríacos e saxonios, do que se conclue
que os tiros alcançam o inimigo na pro-
porção de 1V2 Por cento.
Esta mesma proporção se observa
nos resultados da guerra contra a Di-
namarca.
Na ultima guerra franco-allemã, as
perdas dos francezes, que subiram a
100.000 homens, dão esta proporção:
70 por cento pelo fogo de infanteria;
25 por cento pelo de artilheria;
5 por cento por arma branca.
Os allemães que tinham 110 começo
da guerra mais de 180 milhões de car-
tuchos, queimaram 25 milhões, do que
resulta que 0,28 por cento de seus ti-
ros alcançaram o inimigo.
tas do passado, se o presente nos está
ahi vendendo também a toda a hora
gato por lebre? Uma mentira poética
é suave e entretem.»
Mas aonde mais se patenteia o gran-
de talento de observação de Eduardo
Coelho, e a grande facilidade que tem
em descrever c, sem duvida, quando
se refere á industria da Covilhã, ci-
dade aonde segundo a expressão do
autor, ha verdades eloquentes do traba-
lho nacional. O quadro da actividade
d'aquella cidade é um dos melhores e
diflicilmente poderá ser eguala'io.
Ao lel-o, o enlhusiasmo que se apo-
derou do escriptor-viajante ao contem-
plar aquelle pulsar vigoroso, aquelle
movimento fabril infatigavel da cidade
mais industrial do reino, passa para a
alma do leitor. Vem depois as des-
cri peões dos processos fabris acompa-
nhadas de observações sempre sensa-
tas, que interessam, elucidam e agra-
dam.
O despreso e apartamento das mes-
quinhas ambições politicas, transluz em
diversos períodos. Eduardo Coelho ava-
lia-as em pouco e tem rasão.% «Depu-
tado para que? diz elle. Para (icar con-
taminado daspaixõesodientas que aque-
cem o seio c desvairam o grupo A,
ou das idéas mórbidas do grupo B.
ou das nevroses financeiras do minis-
tro C, ou dos apetites condecoratorios
do eleitor D?»
Além d'isso reuniram no interior da
França a massa enorme de 1.500 bo-
cas de fogo, e calculando com dados
verídicos que cada canhão disparou 50
tiros, deduz-se que 6 francezes foram
feridos por cada 100 tiros.
As perdas dos allemães dão esta pro-
porção:
5 por cento pelo fogo de artilheria;
2 por cento por arma branca;
9 por cento oelo fogo de espingardas
e metralhadoras.
Admittindo agora que o eITeito util
das metralhadoras esteja em relação de
1 a 20 com o de infanteria, aquella ul-
tima cifra póde-se desenvolver da se-
guinte fórma:
88 por cento pelo fogo de espingarda,
e 5 por cento pelo fogo das metralha-
doras,—resultando por tanto, que é
a que produz effeitos mais desastrosos
nas guerras modernas, como também
é a que mais soffre esses mesmos cruéis
effeitos.
Estes cálculos são apenas um extra-
cto muito resumido do curiosíssimo ar-
tigo que publicou o referido periodico,
escripto por um joven capitão de arti-
lheria do 3.° regimento prussiano.
Não queremos considerar a mulher
impecável nem defendel-a em absoluto,
mas estamos convencidos que a maior
parte do que se conta delias, não pas-
sa de calumnias, inventadas por despei-
tos, e que o mundo ávido sempre de
escandalos e cancans, acolhe como moe-
da corrente.
A seguinte theoria d'um notável
escriptor, explica de sobejo como
uma mulher perde muitas vezes a sua
reputação.
Uma senhora da sociedade, aceita
por desfastio a corte a um homem qual-
quer. O mundo elegante, que é sempre
aryos n'estas coisas, abre logo a sua
carteirinha de lembranças e escreve
adiante do nome d'essa senhora o alga-
rismo 1. — Tempos depois essas rela-
ções findaram e um tolo vulgar lem-
bra-se de cortejar também a dita se-
nhora. O mundo não liga importancia
ao tolo e colloca adiante do que já es-
creveu apenas um zero. Passados me-
zes, e quando os maldizentes no fim do
anno, procedem ao seu costumado ba-
lanço aas reputações alheias, abrindo a
carteira dos apontamentos, lèeni 10, por-
que haviam collocado o zero á direita
da unidade.
Esta theoria simplifica-se no seguinte
aphorismo:
—Um admirador tolo, pôde prejudi-
car mais a reputação d'uma senhora, do
que nove amantes com espirito.
Entretanto como os tolos, estiveram
e estão e continuarão a estar em voga,
segue-se, que a maioria dís mulheres
não acceitam o nosso aphorismo, nem
tão pouco fazem caso da theoria do ce-
lebre escriptor francez.
Falleceu na cidade da Horta o sr. Ni-
coláo Tolentino de Moura, 1.° official
da secretaria d'aquelle governo civil.
Era natural de Lisboa e contava 76 an-
nos de edade.
O sr. juiz de direito da comarca da
Terceira José Severino d'Avcllar, par-
tiu d'alli para S. Miguel, afim de se-
guir brevemente para Lisboa, em con-
sequência do seu estado de saúde lhe
não permittir demorar-se mais tempo
n'aquella comarca.
Eduardo Coelho soube também sem
por isso se tornar pesado tratar da
sciencia, no seu livro. São notáveis os
períodos cm que falia da formação geo-
lógica das montanhas graníticas, e quan-
do descreve a morte no gélo.
Bom patriota e pensador esclarecido
aponta por vezes os desperdícios de-
vidos á incúria nacional. Descrevendo
o pinhal de Leiria não lhe consente o
interesse pela prosperidade da patria
que não manifeste o seu assombro ao
ver 72:000 hectares occupados por
areaes incultos e medões da nossa cos-
ta, aonde se poderia plantar mais meia
dúzia de matas eguaes aquella, calcu-
lando a riqueza florestal e os grandes
benefícios que proviriam dahi ao es-
tado.
Emfim seria longo se quizessemos
apontar todos os bellos períodos do li-
vro de Eduardo Coelho, e referir os in-
teressantes assumptos de que ali se
tracta. Concluiremos pois com a aucto-
risada phrase do sr. visconde de Cas-
tilho, quando animava Eduardo Coelho
a colligir em livro os seus admiraveis
folhetins: «Ficará sendo obra cscripta
com desambiçào e todavia recommenda-
vel em summo grau pelo mericimento
cada vez mais raro de encontrar a sin-
geleza, que nào excluc nem impede as
formosuras aonde ellas acertam.»
J. de M.
ENIGMAS
ara carga ou passageiros irai
agencia, Rua (Io Alecrim, 10.-
íOteS, Garland i.aldley & C
TRAVESSA DE SANTA JUSTA, G5, 2.°
Esta agencia continua a receber annuncios, commu-
nicaios, correspondências e assignaturas para *o DIÁRIO
ILLUSTRADO.
O escriplorio acha-se aberto todos os dias não santifi-
cados, desde as 9 horas da manhã ás 7 da noite, e nos
dias santificados das 10 ao meio dia.
As encommcndas para este Almanack fazem-se dirigindo carta—A empreza
do ALMANACK DO POVO, run ci'.itniuia, «4. (ao Correio Geral)—Lisboa, e
tem abatimento, sendo para negocio, assim como se manda franco de porte
a quem enviar a sua importancia. 2
POZZOLANA dos açores
OU CIMENTO HYDRAULICO
yENDEM-SE desde 15 kilos até qualquer porção de metros cúbicos, no es-
V criptorio de Germano Serrão Arnaud, 84 Caes do Sodré 2.° andar, 3
COMPANHIA. REAL
T
Vencia «I© agua, frwetas c doce* nas cataçòe»
Desejando esta companhia dar de
arrematação a [acuidade de vender
agua, tructas e doces nas estações das
linhas de norte e Leste, em que não
haja bufletes permanentes, com exce-
pção da de Mogofores, recebe pro-
postas para este elTeito em cartas fe-
chadas, devendo a licitação ter logar
cm presença dos proponentes por cada
estação na repartiçao do movimento
e trafego enos dias abaixo indicados.
Estas propostas serão entregues na
referida repartição, na estaçao prin-
cipal do Caes dos Soldados, em Lis-
boa, até ao dia 23 do cori ente, e de-
verão trazer no reverso do sobres
cripto a seguinte indicação. «Proposta
para venda de agua, Tructas e doces
nas estações.»
As condições a que os licitantes
teem de satisfazer, acham-se patentes
na repartição do movimento e trafe-
•, e em todas as estações das linhas
, norte e Leste.
Dias em que deve ter logar a licita-
Ção: ^ , TX.
Dia 2G do corrente—Poço do Bispo
até Torres Novas, (inclusive).
Dia 27 do corrente—Payalvo até
Yalladares, (inclusive) .
Dia 28 do corrente—Barquiiibi até Elvas, (inclusive). ,
Lisboa, 12 de dezembro de 18/2.
O chefe do movimento e trafego—
H. Çucriol.
Fica prorogado até ao dia 15 de
janeiro proximo o praso indicado no
annuncio supra, para a recepção de
propostas, devendo eftectuar-se a li-
citação nos dias seguintes:
Dia 1G de janeiro—Poço do Bispo
até Torres Novas inclusive
Dia 17—Payalvo a Yalladares
Dia 18—Barquinha a Elvas.
£
Em quo serão abertas todas as pro-
postas incluindo as recebidas até hoje.
Lisboa, 23 de dezembro de 1872.
O chefe do movimento e trafego—
M. Çncrlol. 4
Collecção de problemas
PREÇO 100 BEIS.—Remette-se franco
de porte a quem mandar a impor-
tância em estampilhas ao editor da
Collecção de Problomas, rua da
4l&laia, G5. 5
Faz desa
A' ven
ipparecer em dois ou tres dias a caspa da cabeça. Preço do frasco 550 e 1&000 réis.
(la em Lisboa: Azevedo & Filhos, Rocio 31 e 32; Barral & Irmão, rua Áurea, 126; Carvalho, Rocio, 115; Lopes
da Silva, rua Áurea, 281. Os pedidos por gros- "IV &• 1
so e para exportação devem ser dirigidos a Va* praça DA ALEGRIA, 33 e 34. 8
Agencia de Annuncios
BASTOS & GONÇALVES
Rua dos Retrozeiros 159 2.°
Recebem annuncios e assignaturas
para o Diário niu«trado, jornal da
Noite, Diário dos Açores, Gazeta da
Beira (em Fornos de Algodres), Re-
volução de Setembro e Correio Ultra-
marino.
DeMContoM aos srs. annunclante*
Igualmente se recebem annuncios
para os mais 'ornaes de Lisboa. 6
Ilha da Madeira, Bahia,
Itio de Janeiro e San-
tos, recebendo lambem
carga para o Rio Gran-
de do Sul e Porto Ale-
ARA os portos
acima sairá no
dia 17 do corren-
te o paquete in-
( glez Martel, que
se espera de Liverpool em 10.
Para carga ou passagens, trata-se
na agencia, rua do alecrim, 10— Os
agentes, Gurland I.aldley & €.*
Bahia e Rio de Janeiro
iARA os portos
acima sairá no
dia 26 do corren-
te, o paquete in- t glez FlaniMtecd
que se espera de Liverpool eni 25.
Para Glasgow
O vaçor Ibéria
E!
na
agentes
PARÁ, iflRAHHÃO
e CEARÁ
iARA os portos
acima sairá no
dia 12 ou 13 do
corrente o paque
te inglez — A«n-
liroMtt, que se espera de Liverpool
em 12. Para carga ou passagens tra-
ta-se na agencia, rua do Alecrim, 10.
— Os agentes, Garland LaKiilcy &
c\ 11
iSPERA-SE de 10
a 11 do corren-
te, para sair de-
pois de indespen-
sável demóra,
Para carga trata-se no Caes do So-
dré 64.
Os Agentes
12 E. Pinto Banto & C.»
Bahia, Rio de Janeiro,
Montevideu c Buenos-
PARA os portos
acima sairá no
dia 20 do corren-
te o novo paquete
|! inglez Ruben*,
que se espera do Havre em 19.
Para carga ou passagens trata-se
na agencia rua do Alecrim, 10—Os
Agentes, Garland Laidlcy & C.»
Para Pernambuco
Descarregando dentro
do porto.
O A IRÁ no dia 24 O do corrente o
paquete inglez —
Turi«t, que se
espera de Liver-
pool a 23.
Para carga ou passagens trata-se na
agencia rua, do Alecrim, 10.=0s
agentes, Garland Laidley & C.a
WHITE STAR LINE
• » ■ ■ ■ ™ ■ - m m m k
Para o Rio de Janeiro, Montevideu,
Buenos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Calláo
o de —
0s velozes vapores d'esta companhia tem excelleentes e espaçosas accom-
R0UPASetcaretcaS8a8:eirOS l°dâS 88 classcs e fornece-lhes VINHO, GAMA, Qnaesquer esclarecimentos necessários presta-os a agencia Daniel Snerue
® b.*, £[) a, rua do Alecrim. jg
DIÁRIO ILLUSTRADO
UMA NOIVA SOBRE BRAZAS!
O caso que se vae ler deu-se em
Londres: Uma dama já entrada em
annos, pretenciosa e coquette, conse-
guiu prender na rede dos seus encan-
tos, um joven estudante de direito, de
20 annos de idade. Deviam casar-se
em Whitechapel no dia de Natal, e a
pretendida noiva tinha convidado todos
os seus amigos e conhecidos para as-
sistirem á celebração das núpcias. A
reunião era numerosa. A terna esposa
dava idéa exacta de uma boneca de
capelista, tal era a quantidade de en-
feites que ostentava nos cabellos e no
vestido, sem contar cerca de dúzias
de lacinhos brancos, pretos, azues e
encarnados. Tudo ia l>em, mas o noivo
é que não apparecia!
O casamento estava marcado para
as 10 horas, só ao meio dia foi que
appareceu um mensageiro trazendo
uma formidável bandeja! dir-se-hia que
o noivo vinha ali!... Entre ramos de
flôres artificiaes, descançava um cesti-
nho, dentro (Telle, oh! deuses immor-
taes! vinha a certidão do baptismo da
noiva e a conta do dentista, de trez
dentes collocados na bocca da infeliz,
dias antes do casamento!
No fundo do cestinho estava uma
carta. Era de uma rapariga, dizendo
que o noivo resolvera ir com cila para os
Estados Unidos! A confusão foi geral.
A mísera noiva ficou furiosa e...não quiz
dar de almoçar aos seus convidados,
que ficaram ainda mais desesperados!
Vem agora a proposito dizer aqui como
Tasso: Nelle scuole d'amor, che non
s'apprende?
CHARADAS
1.'
Mais de uma sou e de reino
Mas não pessoa real;
E com parte d'um cadaver
Invizivel sou fatal.— 1
Se trocares a consoante
E depois se repetires
Toparás logo de frente
Bem com quem te divertires— 1
Esta agora de duas lettras
Em francez é conjunção— l
Porém esta que aqui vem
Da-te uma prepozição— 1
«É coisa atoleimada
seja ou não arrazoada.»
2.#
RcMpeltoMamonte
conflagrada ao patrlotlMino português
Pertence de direito ao rico Imporio
Que o Gama tam ousado descobrio;
E mais perto também, na velha Europa
No inverno é bastante prestadio
Faz parte da oração, ) .
E simples preposição, j
Com féros castelhanos a tivemos
Lá n'essa decantada Aljubarrota,
Onde a livre bandeira lusitana
A opposta deixou vencida e ròtaí
Salvei ó Deusa sacrosanta e bella,
Mimosa estrella—que do céu baixou
Possas tu sempre radiar profusa
Na patria lusa,—que por ti luctou!
Y. deL
3/
Se nas còres procurares
D'uma certa só metade
Esta primeira acharás
Sem muita difficuldade— l
Publicou-se o n.° 60 do Brasil con-
tendo muitas noticias do Rio de Janei-
ro e províncias, vindas pelo vapor Niger.
O paquete Caldera chegado ao Rio
de janeiro a 12 de dezembro ultimo,
transportou de Lisboa para ali 89 pas-
sageiros trabalhadores.
A galera portugueza Nova Fama //,
saida do Porto e chegada ao Rio de Ja-
neiro também a 12 de dezembro, con-
duziu 178 passageiros portuguezes.
A barca portugueza Camuoneza sai-
da do Porto e chegada ao Rio de Ja-
neiro a 17 de dezembro, conduziu 9í
pa&sageiros portuguezes.
Quer isto dizer que continua a emi-
gração portugueza para o Brasil em
larguíssima escala.
.0 desenvolvimento da importação
da alfandega do Funchal, no mez de
outubro foi de 55:981)^820 réis, va-
lores, produzindo 12:685^411 rs. em
direitos. De janeiro a outubro foi de
863:859&535 réis em valores, produ-
zindo 111:2640452 réis, em direitos.
O da exportaçào|foi no mesmo mez de
outubro de 9.300&000 réis em valo-
res, produzindo 127&857 réis em di-
reitos.
Foi nomeado alferes-mór <Jo reino o
sr. marquez de Sabugosa.
ALMANAK DO POVOiUPMSA IMANA Di HlACiO
CORRESPONDÊNCIA
Coimbra.—K.-Mande-nos as explicações
das charadas, que provavelmente não nos
enviou por esquecimento.
LOGOGRIPHO
A segunda mais a quinta
Fal-o sempre o bom arado;
A primeira com a quarta
E bolo mas azeitado.
Prima solta e a segunda
E bem medida estrangeira;
A quarta depois da tercia
Uza a confraria Inteira;
Esfa mesma apoz a ultima.
Faço sempre ao meu creado;
Inda a tal e a do centro,
E lã fora muito uzado.
Quinta e prima somente
E nossa mas é alem; Segunda e tercia ligadas
Póue ficar mal ou bera
Leitores quereis um conceito
Que os deixe illuminados:
Foi o todo quasi theatro
D'innocentes e culpados.
Augusto Simas.
ESPECTÁCULOS
HOJE
THEATRO DE S. CARLOS-O Beneficio do
Fiscal que devia ter lugar hoje 11 fica trans-
ferido para terça feira 14 do corrente.
THEATBO DE D. MARIA—Beneficio—A
gadinha de Yalflor—A greve dos Srs.
beiros.
A's 8 horas.
THEATRO DA TRINDADE—0 Sargento Frede-
rico—O Tio Braz.
A's 8 horas.
THEATRO DO GYMNASIO — Uma Receita
Homceopathica—0 Cantor cosmopolita—No
Campo—Entre casados. A's 8 horas.
THEATRO DO PRINCIPE RKAL-Beneflcio. O
Corsário Negro—Tribulações dum carteiro.
A's 8 horas.
CASINO LISBONENSE—Concerto
panhia lyrica franceza.
THEATRO POPULAR D'ALFAMA—O Vestido
rasgado—Como o diado as teçe—Casamento
feito á pressa—Sombra de um marido—Dez
contos.
Impr. de Sousa Neves, rua da Atalaya 65
ANTIGA
AGENCIA DE ANNUNCIOS
ALFREDO VALAD1N
PARA 1873
DECIMO QUINTO ANNO DE PUBLICAÇÃO
PREÇO 40 RÉIS
Para o Rio de Janeiro, IVIontevidao, Buenos
Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e Callao.
O paquete SO RATA em 14 de janeiro
PAQUETES DATAS DAS SAÍDAS
mo rata Terça-fejra 14 de janeiro
magkllaiv Terça-feira 21 de janeiro
ciumhorazo Terça-feira 28 de janeiro
Patagonia Terça-feira 4 de fevereiro
Cordillera Terça-feira II de fevereiro
caro.v\e Terça-reira 18 de fevereiro
aracca!%ba Terça-feira 25 de fevereiro ACOffCACVA Terça-feira 3 de março.
Para Pernambuco e Bahia
0s paquetes, magellam que devesahirem2t dejaneiro, patagonia
em 4 de fevereiro? Caronnb em 18 de fevereiro, acoacagua em 3 de
março, fazem escala por Pernambuco e Bahia, para onde recebem somente
assa^eiros.
TEEM muito boas e bastantes accommodações para passageiros de todas
as classes.
Todos os mais esclarecimentos prestam-se na agencia, caes do Sodré, 64.
Os agentes—E. Pinto Basto & C.*
Á Bandeira nota bem
Índa de certo ligada—1
signal d'orthographia— 1
Aqui tens toda a charada.
0 meu todo queres saber?
Procura com attençào.
Acharas na humanidade
Muita e muita profusão
J. L.
CHARADAS NOVÍSSIMAS
1.*
Faz mal e faz bem— 3 e 1
(Da sociedade dos homens de bem)
2.* •
Procura o que assopra, para um lado e para
o outro— 2e 2
(Da sociedade dos homens de bem)
EXPLICAÇÕES DO NUMERO ANTECEDENTS
VAPOR PAIIA OS AÇORES
Para M. Miguel, Terceira. GrnclOffa, N. Jorge «
Fayal wal no dia tio corrente á* l« horuiv da
manha o vupor ln*uluno, coniniandnnte Antonio
TcIIcn Mucliado. Rccclic carga e pa»»agclroA.
Agencia no Cae* do Madre, n.® *4 • • andar.
O agente.=€ierniaiio Kerruo Arnaud
X
K K K
K 1)0
(Da sociedade dos homens de bem).
Charada»; 2.»Boquillia—3.» Mirabeau
—4.* Uropigio—5.â Aereonauta—6.»Tremoço. Charada» de nova reforma.—1.» Pcce-
go—2.° Remonte.