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2L' i! ílHlr?
| FUNDADOR: PEDRO CORREIA DA SILVA
TELEPHONE N.* 117
Quarta feira 28 de julho de 1897
Editor responsável J. M. Baptista de Carvalho
Aa«i|natara« em Lftiboa
1 mez... 300 róis Annuncioa: linha, 20 ra.; l.#
3 mezes. 900 » pag., 100 rs.; corpo do jor-
Avulso.. 10 » nal com travessão, 60 réis.
Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados
e outros artigos, còntractam-ae na administração.
isaiVMlMrav mm• praTi»«Ua
d meses, pagamento .. 14150
A correspondência sobre a administração, ao
director da Empreza Editora, travessa da Quei-
mada, 35,1.° andar.
Não acaba quando uma figura
Se lhe mostra no ar fallando em
verso:
Era o tão celebrado Gato preto
Cnja fama se alastra no Universo.
Rua da Victoria
Morte repentina
Falleceu hontem repentinamen-
te. quando passava pela rua da
Regueira, uma mulher cuja iden-
tidade se ignora.
Cambio do Brazil
Está a 7 1|2 o cambio do Bra
K camara
Hontem deu se uma cangalha-
da ultra espantosa na rampa dos
Anjos, ao pó da egreja, entre car-
ros, carroças, americanos, e outros
vehiculos. Em quanto alli se não
der uma grande desgraça, a di-
gna camara municipal não trata-
rá da remediar aquella estreita
garganta, onde todos os dias ha
atropellamentos. Estamos paro-
diando o Santo Antonio a prégar
aos peixinhos.
Na Beira Baixa
Foi colhido pelo comboio mixta
de Lisboa, que hontem à noite
passou na estação do Sabugal,
um homem que se achava deitada
na linha ferrea, ao que parece.
Ignora-se a identidade. O seu
estado é grave, seguudo foi decla-
rado no hospital da Guarda onde
deu entrada
Dinheiro
Cirande Hotel Lisbonense
Na presente epooha, lembrar
«os nossos estimáveis leitores que
procuram veranear, um bom ho-
tel, com excellentes aposentos e
onde se passa vida amena, é to-
mar uma obrigação que gostosa-
mente cumprimos.
Nas Caldas da Rainha, aonde
todos os annos por este tempo
concorre toda a élite, lucta-se mui-
tas vezes com a dificuldade de se
obterem bons aposentos, mas só
lucta com essa dificuldade quem
não conhece o Grande Hotel Lis-
bonense, que, com amplos e ex-
cellentes aposentos, é um estabe-
lecimento modelo, digno de re-
commendar-se a todos os excur-
sionistas,- pois é n'este magnifico
e sumptuoso estabelecimento, on-
de sempre se encontra e passa
uma vida familiar cheia dos mais
exigentes confortos e alegres dis-
tracções.
Nas grandes cidades do mundo,
os proprietários dos grandes ho-
téis estudam continuamente quaes
os melhoramentos sempre cres-
centes a introduzir no seu estabe-
lecimento, e nas Caldas da Rai-
nha, a exemplo do que se faz nas
grandes cidades da Europa, o nos-
so dedicado amigo Vicente C. A.
Paramos tem continuado a intro-
duzir valiosos melhoramentos no
seu magnifico hotel, os quaes são
de tal ordem que dificilmente se
encontra n'esta grande cidade on-
de a nobreza procura veranear,
^soisa que ultrapasse os beneficos
serviços e commodidades que se
encontram no Grande Hotel Lis-
bonense.
A nossa gravura de hoje repre-
senta a fachada do referido;hotel,
peia qual se vê que a amplitude
de tão importante ^tabeiecimen-
to, tendo, além d'isso, annexo um
cxcellente serviço de carruagens,
que constitue um d'aquelles me-
lhoramentos que só nas grandes
cidades se encontra.
Repetimos: o Grande Hotel Lis-
bonense é um estabelecimento mo-
delo, que sendo preferido a qual-
quer outro, faculta a todo o pu-
blico uma vida salutar, e por isso
aqui mais uma vez o recemmen-
«Íamos, certos de que o publico nos
ficará reconhecido.
Empresta-se sobre' relogios | de
todos os generos. Rua do Oiro,
trada pela rua da Victoria, 94) i.°. Obtiveram passagem para o 3.°
anno no dia 27 os alumnos n.° 190,
Julio Pinto, 197, Castello Bran-
co, e externos Mario Silva e Pre-
zado.
♦
A's 9 horas da manhã é que o
sino da Estrella deixou de tocar.
Dr. Mello
taea homoaopathicoa. Consultorio
especial de medicina homceopathi
co; da 1. ás 3 horaa. R. da» Cha-
gas, 22.
De Cam<5?s, nas Rimas:
Gostos, de mudanças cheios,
Não me busqueis, não vos quero^
Tenho-vos por tão alheios,
Que do bem, que não espero,
Inda me ficam receios.
—Provérbio de Morphea, que de
ves em quando nostaue um grande
aerasaborâo:—Ver navios no àlto de
Santa CatbariQí... usa melttor p>
s çâo d'um moço n'uma manhã de
pumavera »
—fistã -se ensaiaodo os apagado -
res
—Prov^bio em trancei: —«Rien
n'est si i ú •. que de smvre les che-
mios bauus.»
- Q iem os viu e quem os fê, tos
icrntis republicanos e progressis-
ta*!
£' b?m certr: ralham as comadres,
de*cobrem se as verdades.
Cosmopolitas.
Crime?
A policia judiciaria está averi-
guando o que ha de verdade ácer-
ca de uma carta anonyma que foi
dirigida ao chefe Salvador, da es-
quadra de Alcantara, na qual se
declara que uma mulher residente
na loja do prédio n.° 37 dera des-
caminho a uma creança que deu 4
luz ha cerca de tres semanas.
<larteiras\oubadas
João Marques da Silva, resi-
dente na estrada de Sacavém,
queixou-se á policia que lhe fur-
taram a carteira contendo 19JL0Q
réis.
—Também se queixou á policia
Maria do Rosario, moradora na
rua da Barroca, que, achando-se
na praça da Figueira, lhe furta-
ram uma carteira com 6$000 réis.
JFAjtor
GRANDE HOTEL LISBONENSE DAS CALDAS DA RAINHA
Tbeatro da Trindade.
—O Principe Rubin apparece to-
adas as noites com a sua lindíssima
inusica e com a charge de José
Ricardo, no papel de Rei, em que
•é esplendido.
Tbeatro do Principe
Real.—Está dispertando inte-
resse no publico as Filhas do Za-
ranza, em que a distincta actriz
Adelina Ruas tem tem um papei
de verdadeira graça.
A première d'este vaudeville é
>na próxima sexta feira, 30.
Está já aberta a folha no ca-
maroteiro.
Real Coll«eo.—Mais um
espectáculo em que toma parte o
AVatry. Também hoje se estreia o
iosigne athleta S. S., o homem
mais forte da actualidade. Traba-
ilham os prodigiosos macacos afri-
canos, havendo ainda outros mui-
tos attractivos
Furtos
Manuel dos Santos Pereira, mo-
rador na rua Pereira Henriques,
queixou se á policia de que um
tal Antonio, sapateiro, lhe furtá-
ra 6£500 réis.
—Lucinda Rosa, moradora na
travessa da Trabuqueta, 18, loja,
queixou se á policia de que o ma-
rinheiro n.° 243 da 13.a compa-
.nhia lhe subtrahira alguns obje-
ctos de vestuário.
—Queixou-se á policia Ambro-
8Ío Pereira, estabelecido na rua
^e Andaluz, 73, de que o seu
marçano, Carlos do Sacramento,
se ausentou do estabelecimento,
4evando-lhe todo o dinheiro que
•estava na gaveta.
Centenario da índia
Reúne amanhã, na Sociedade
de Geographia, a commissão do
centenário da índia.
Licenças da justiça
Agostinho Carlos das Neves
Castro e Silva, juiz de direito de
Villa Nova de Portimão; Bento
Manuel da Costa Vaz, juiz de di-
reito de S. João da Pesqueira;
Manuel Ignacio Brum do Canto,
relação dos Açores; Manuel José
Alves, delegado do procurador ré-
gio da ilha Graciosa; Antonio
Luiz de Freitas, delegado do pro-
curador régio da Povoa de Var-
zim; Francisco Nunes da Costa
Torres, delegado do procurador
reeio de Moura.
Estando a findar a publicação
do romance de A. Karr, CLO-
TILDE» começaremos na quinta
leira a dar em folhetim, interca-
ladamente, um romance sensacio-
nal, O DOIDO» deYves Guyoat,
primorosamente traduzido pelo
distincto poeta o sr. Nuno de Bu-
lhão Pato.
Para depois, e o promenor é
por em quanto o nosso segredo,
preparamos a publicação de um
notabilÍ88Ímo romance, que nas
condições em que é feita, consti-
tuirá um verdadeiro acontecimen-
to na secção romantica dos jor
naes portuguezes.
Selle d*agneau
petit* pois
Rotir au four selle d'agneao^
faire rissoler Servir sur petita
pois cuits dans sauce au jua. Evi-
ter garniture trop claire.
O sr. Conselheiro Thomaz Ri-
beiro, segundo nos consta, tencio-
na ir passar as festas do centená-
rio, em maio proximo, oom um
grupo de amigos, á Vidigueira,
terra onde durante muitos annos
estiveram os restos mortaes de
Vasco da Gama.
Um pensamento por dia
De Goorge Sand:—«Desde que
uma rapariga se enfada, está pró-
xima de amar».
E G?orge Sand
enfastiçu-se Un- ta vez !
4' roda do "Figaro"
Entra um sujeito na loja d'ura
espingardeiro e examina revol-
vers.
—Tenho aqui ura excellente
para casamento, disse o artista.
—O que ? rewolvers para casa-
mento V
—Sim, senhor; de seis tiros :
dous para a mulher, dous para o
amante e os outros dous para o
marido. Temos vendido muitos
para enxovaes.
Pelos tribunaes
No primeiro districto respondeu
hontem José Simões, que, em se-
tembro ultimo, espancou Manuel
Francisco, déixando-o mal ferido.
O jury deu como provado o
crime, mas em legitima defeza.
Como esta decisão implicava a
absolvição do reu, o digno juiz
annullou o julgamento.
, ♦ O rev. coadjuctor da freguezia
das Mercês partiu para o Porto,
onde se demora um mez.
O paquete Porto Alegre leva ho-
je malas para S. Miguel, Tercei-
ra, Pernambuco, Rio de Janeiro e
Santos.
A ultima tiragem da correspon-
dência da caixa geral é ás 10 ho-
ras e meia da manhã.
justo céu, bem polias
Omr nossos corações,
Que eu por gosto arrastaria
Ferros, algemas, griltões.
DIÁRIO ILLUSTRADO
A discussão
do Orçamento
II
Na camara dos senhores depu-
tados continuou e concluiu hontem
o seu discurso, de replica ao do
sr. ministro da Fazenda, o sr.
«loão Franco*
Concluiu é um modo de dizer,
porque o caso foi muito diverso,
como passamos desde já a referir,
por ser facto que ha de ficar co-
mo característico do feitio tole-
rante do governo e da maioria que
o apoia.
Êram 5 horas e vinte minutos
quando o sr. Presidente avisou o
orador, que estava no meio de
uma phrase, de que findara a hora
regimental.
Eram 5 horas e vinte minutos,
repetimos.
O sr. João Franco fez logo pon-
to final, mas requerendo que a ca-
mara lhe consentisse fallxr só por
mais 10 minutos, afim de eoncluir a
ordem de considerações que ia fa-
zendo, compromettendo se a termi-
nal as ás 5 e meia.
A presidencia consultou. Le-
vantaram-se todos os deputados
da esquerda; levantaram-se os
Brs. Marianno de Carvalho, Dias
Ferreira e Conde de Burnay, in-
dependentes; levantaram se até
uns quatro progressistas, mas a
maioria deixou-se ficar sentada, e
com ella os ministros, inclusiva-
mente aquelle, o da Fazenda, a
que se estava respondendo, com o
impudor de assim manifestar que
não queria ouvir a replica a quan
to dissera na vespera!
Intransigência de 10 minutos
para com o leader da opposiçào, e
transigência com quantos mono-
polistas se lhe achegam na pre-
tensão de endireitar companhias
arruinadas!
Mas vamos ao extracto do no-
tável discurso proferido pelo sr.
João Franco, porque acções como
a que hontem praticou a maioria,
ficam... com quem as pratica. E
pagam se!
Promettera o proeminente par-
lamentar na vespera que levaria
á camara o rol das dividas em
atrazo que o ministério transacto
havia legalisado, sem d'Í8SO fazer
titulo de gloria para si, nem des-
douro para o ministério que subs-
tituirá.
E cumpriu, lendo essa lista, que
abrange o periodo de 4 annos, de
Fevereiro de 1893 a Fevereiro de
1897, e que apresenta as seguin-
tes verbas: Fazenda, 1:291 con-
tos; Reino, 324; Justiça, 7; Guer-
ra, 255; Marinha, 169; Obras Pu-
blicas, 659. Total, 2:708 contos!
Fóra, a mais, 1:171 contos, de
1891-1892, que nào são certamen-
te da responsabilidade do partido
regenerador e do ministério tran
Bacto!
Estas legalisações, como mos
trára o sr. Mello e Sousa, são da
ordem natural das coisas, dando-
se nos paizes mais bem adminis-
trados, como são a Bélgica, a Fran •
ça, a Inglaterra, etc. Não cita,
pois, o facto nem como elogio, nem
como censura: cita-o, apenas, como
defeza.
Fez o que devia fazer, mas
fêl-o sem alardes, sem pregões,
Bem nenhum apparato, sem a in
tenção ruim que teve p sr. minis-
tro da Fazenda de provocar e of
fender os melindres e a indiscuti-
vel dignidade dos ministros tran
8actos! A sua indiscutível digni-
dade!
Nenhuma d'aquellas legalisa
ÇÕ68 foi apregoada pelos jornaes
regeneradores!
137
FOLHETIM
CLOTILDE
POB
Alphonse Karr
. Traduoçâo de Pedro dos Reys
SEGUNDA PARTE
XLIV
Clotilde de Sommery
a Tony latinei
{Continuado do numero 8:748)
O silencio era absoluto; não se
sentia ramalhar uma folha.
Súbito, ouviram-86 os primeiros
accordes d'um rouxinol, os tres
sons graves com que elles costu-
mam começar o seu hymno á noi-
te e ao amor.
O rouxinol.—A lua sobe silen-
ciosamente ao céo. O trabalho, a
ambição, a fortuna dormem; não
A preoccupação constante do
miuisterio fora a louca pretensão
de ditfam*r a gerencia dos seus
adversarios! Assim, á pressa, logo
poucos dias depois da sua ascensão
ao poder, se publicava a relação
das verbas a legalisar, com a ag-
gravante do sr. ministro da Fa-
zenda as avolumar por phantaaia
e vontade, elevando-as á totalida-
de de 5:000 contos, como, pelo
mesmo processo, as podia elevar
a 100:000, pretendendo insinuar
que a administração regenerado-
ra não tinha sido, nem economica,
nem sequer regular!
Mas a intenção era m nifesta:
o governo procedia assim para
crear base ao plano do sr. minis-
tro da Fazenda—o plano dos em-
préstimos, dos largos emprestimos,
de uma liquidação geral!
De resto, comprehendia-se mui-
to bem semelhante desideratum:
quem vinha da anarchia parla-
mentar, a ponto de tornar inevi-
tável a dissolução do parlamento;
quem vinha da colligação com os
inimigos das instituições; quem
vinha de ter prégado o não paga-
mento dos impostos; quem, por
todos estes factos, e por muitos
outros, carecia de auctoridade, de
via proceder assim, na lógica da
sua situação. Vrsto que por sipro-
prio o governo progressista se não
podia levantar, pretendia ver se
vivia rebaixando os seus adversa-
rios.
E no fundo, sempre no fundo
d'estes procedimentos, o plan© do
sr. ministro da Fazenda—o de em-
prestimos, muitos emprestimos, em
uma liquidação geral!
Era de admirar o purismo lega-
lista d'aqiiella gente—os dictado-
res de 87—, indo abrir créditos
que não eram necessários, e abrin-
do os por uma fórma que era per-
feitamente illegal.
E demonstrou, o sr. João Fran-
co, tão eloquentemente como pre-
cisamente, esta sua asserção, pois
que os preceitos da lei de conta-
bilidade publica (o sr. Ressano
Garcia recorre á jurisprudência...
flagrante delicto do sr. Beiíâo)
p.ohibiam terminante e claramen-
te a abertura de taes créditos.
Assim, os legalistas, debutavam
por uma illegalidade!
Sendo, além de illegaes, desne-
cessários esses créditos, pois que,
pelo que se sabe, houve a mais,
no fim do anuo economico, 600
contos de réis do que a quantia
em que se reforçaram a9 verbas!
Depois d'iato tudo, considera se
com direito a protestar contra o
descredito que se pretendeu lan-
çar sobre a administração do mi-
nistério de que muito se honra de
ter feito parte!
Passa depois ás apregoadas
economias effectuadas, na impor
tancia de 2:800 contos. Pueira,
poeirada!
Pormenorisa esta questão, e
conclue que tal procedimento é
tanto mais insensato quando se
deu em um tempo em que é lou-
cura provocar os adversarios,
n'um tempo em que os governos
se devem preoccupar em unica-
mente terem os inimigos que não
possam aeixar de ter!
Mas no fundo, bem no fundo,
d'esta politica doida estava o pia
no do sr. ministro da Fazenda—de
emprestimos e mais emprestimos,
muitos emprestimos, n'uma liqui
dação geral! Plano que apenas se
admittiria no meio da fatalidade
de uma grande desgraça nacio
nal, e quando houvesse a cons-
ciência, que não pôde haver, d'a-
quelle ser o ultimo recurso de que
lançar mão!
Occupa-se em seguida do adian-
tamento gratuito que um ban
queiro fizera, segundo as declara
çÕes do sr. ministro da Fazenda,
os acordemos: elles tomaram para
si o dia, mas a noite é nossa. For-
mosas acacias cujos verdes pen-
nachos se balançam sobre as nos-
sas cabeças, sacudi os vossos ca-
chos de brancas flores, derramae
sobre a terra os vossos inebrian-
tes effluvios! Túmidas violetas,
rosas petulantes, o perfnme que
tão avaramente nos dispensaes
durante o dia, exhalae o de vossas
corollas, como as almas exhalam
o seu perfume, que ó o amor! A
lua dá uma luz tão pallida, que o
rubor da mulher amada só a pre-
sente o amante ao contacto das
suas faces affogueadas. Os pyri-
lampos tremeluzem por entre a
berva, quaes amores d'estrellas
ca idas do céo. No meio d'esta
festa encantadora que dá aos na-
morados uma noite de verão, mais
além, a largos espaços, a triste
voz da coruja. Eu não quero jun-
tar a minha voz á sua.
A coruja.—Em todo o anno con-
tam se poucas noites como esta.
A mocidade só tem algumas pri-
maveras, e o coração um só amor.
Tudo o que existe tem in-
veja do amor; inveja-o o proprio
de 400:000 libras para acudir ás
urgências cambiaes da praça.
Pena é que o sr. ministro não
tivesse enviaio os documentos pe-
didos pelo sr. Mello e Sousa, para
devidamente se conhecer essa ope-
ração, bem como o nome do bene-
merito banqueiro que assim pro-
cedeu, admirando-8e no entanto
que, depois do governo ter á sua
disposição aquelle Potosi, se lem-
brasse do reforço ao máximo de
50 0j0 dos câmbios, elevando a
verba para fazer face á respecti-
va elevação!
Mas não acabaria, certamente,
aquella sessão sem que, indepen-
dentemente dos documentos re-
queridos mas não mandados ao
o credito de 21:000 contos, o mi-
nistério progressista encontrava
3:500 contos de margem—e era a
isto que elle chamava ter ficado
esgotado o credito no Banco de Por-
tugall
Ficaram-lhe mais as obrigações
dos tabacos, que não existiam; as
da Companhia Real, que não exis-
tiam; os 3 milhões e 500 francos
do Credit Lyonn<iis, que não exis-
tiam, que ficaram, mas que em
grande parte não existem já!
Esta era a situação em que o
ministério progressista recebera a
herança financeira, e oxalá que
ella fosse egual quando esse ga-
binete fosse a terra!
E a divida fluctuante?! Que fi-
ar. Mello e Sousa (o sr. Marianno ' cára em 33 mil contos
declara que acaba de os receber), se
conhecesse o nome do philantropi-
co banqueiro.
{O sr. Conde de Burnay pede a
palavra para explicações).
Era verdadeiramente insolito o
procedimento do sr. ministro da
Fazenda, que em vez de se defen-
der, atacava! Assim dissera que o
governo transacto não levara ao i sito.-í, que é importante, a divida
Mas a quanto montava hoje, ao
5.° mez da gerencia progressista,
no semestre das vaccas gordas,
isto é,. no semestre em que ha
maior, muito maior, arrecadação
de receitas?
Segundo a nota referente a 30
de junho, e em que falta ainda a
ccntíi da Caixa Geral dos Depo-
parlamento os créditos supple
mentares!
Mas o peior era que s. ex.B, re-
correndo ás fragilidades dos ou-
tros para cobrir as próprias, fora
infelicíssimo na escolha!
Esses créditos supplementares
tinham sido auctorisados, o que de-
monstrou, e, tendo-o sido, nào ha-
via obrigação de pedir depois pa-
ra elles a saneção parlamentar.
(Os 8rs. Ressano e Laranjo con-
sultam ambos a jui isprudencia...
de aviso prévio do sr. Beirão).
Passa a tratar d'aquillo a que
o governo chama orçamento recti-
fisado.
Por lhe faltar o tempo, reatrin-
ge-se unicamente ás previsões que
manifestamente hão de sahir erra-
das, relativamente aos direitos da
importação de cereaes, ás recei-
tas alfandegarias e á verba des-
tinada aos edificios públicos, pre-
faciando essas referencias da se-
guinte asseveração: que o sr. mi-
nistro da Fazenda, conscientemen-
te, praticou erros de calculo, que no
fim da gerencia se hão de traduzir
em 2 a 3 mil contos de réis de dif-
fer ença.
Assim, dos cereaes. ficaram os
2:250 contos calculados antes de _
se poder conhecer os resultados! Estava n'eate ponto, quando
do anno agricola. Podia agora 8- ex,â 80 obrigado como aci-
ma dissemos, a findar o seu nota-
fluctuante importa em 37:400 con
tos de réis!! Subiu em mais de
4:000 contos, e se acaso se fize-
rem proporções e progressões da
elevação d'aquella divida em pe-
ríodos de 5 mezes, ninguém en-
contrará um só em que ella se
eleva3ee tauto como nos 5 mezes
da gerencia financeira do actual
ministério!
Mas é verdade: a divida flu-
ctuante ficára elevada, mas com
a divida fluctuante interna pôde
relativamente o paiz. Com os en-
cargos externos é que não pôde
mais, e o ministério de que fez
parte tem a gloria de os uâo ter
augmentado em 4 annos de ge-
rencia, a não ser com os 3:000
contos que pediu para a compra de
navios, credito que ficou quasi in-
tacto, e que contractou no estran-
geiro porque era alli que havia a
satisfazer os encargos da cons-
trucçâo.
Com essa responsabilidade po
dia muito bem, porque represen
tava um melhoramento urgente,
que todos reclamavam, pois que
desde 1884, ainda no tempo de
Fontes, e quando Pinheiro Chagas
era ministro, que se nào fazia ac-
quisição d'um navio de guerra.
contar-8e com semelhante quan
tia?!
Nas receitas das alfandegas,
em vez de 600 contos a mais, de-
via contar-se com 1.500 a menos.
Isto pelo que toca ás receitas;
no referente ás despezas, a verba
dos edifícios públicos, para dar
emprego de braços a operários,
reduzida como fora e quando o
numero d'esses operários augmen-
tára, era uma brincadeira.
E' verdade que havia, como
coeficiente de correcção, a pro
posta das empreitadas Mas podia
ella e devia computar se para o
effeito da/diminuição? Tem o mi-
nistro empreiteiros? Quando co-
meçam as empreitadas, para que
possam influir tão importantemen-
te na despeza?!
Como estes dois factos, com res -
peito ao capitulo da receita, e
como o ultimo, no tocante á des-
peza, podia citar muitos outros,
mas estes bastavam para exem-
plo do que era o tal orçamento...
rectificado!
Mas o sr. ministro da Fazenda,
se calculara mal, fora ao mesmo
tempo audacioso. E uma das suas
audacias consistira na affi.-maçào
de que o ministério regenerador
deixára esgotada a conta corrente
com o Banco de Portugal!
Ora, quando o governo regene-
rador cahira, a divida ao Banco
estava em 17:444 contos, e sendo
" " ' ■——■
céo, que não tem outro egual
para dar aos seus eleitos. A deel
graça está sempre alerta: escon-
dei a nossa felicidade, sede feliz
de maneira que ninguém o sonhe.
Toda a ventura se compõe de duas
sensações tristes: a lembrança da
privação no passado, e o temor da
perda no futuro.
O rouxinol.—Formosas acacias
bilissimo discurso.
O governo e maioria, assim ver
berados, arreceiando se da nota
final, que cumularia o seu desas-
tre, nem mais 10 minutos, 10 mi-
nutos apenas, lhe consentiram!
Desfavor contraproducente, por
ser significativo do seu receio,
e porque irritou a minoria, pedin-
do desde logo a palavra os srs.
Teixeira de Vasconcellos, Dantas
Baracho, José Reymão, Avellar
Machado e Conde de Paço Vieira.
Para responder ao sr. João
Franco, a maioria teve o sr.
Laranfo,
que é relator... substituindo o sr.
Carrilho!
Lá se foi arrastando como pou-
de, tendo dois ouvintes muito at-
tentos: o sr. Beirão e o sr. padre
Caldeira, chegando a ser sympa-
thica a atteução d'este ultimo.
Discurso de logares communs
e de repetição de argumento do
sr. Ressano, terminando por esta
phrase, que dá medida do bom
senso oratorio, já tradicional, do
illustre deputado: que o par-
tido progressista se hon-
ra de ter feito parte da
colligação com o* re-
publicanos, e que sen-
do necessário voltará
a ella!
Sendo depois d'esta phrase que
o sr. Laranjo recebeu os cumpri-
mentos dos srs. ministros da Fa-
zenda e da Justiça!!
Como os leitores veem, a deixa
foi magnifica, pois que o sr. La-
ranjo é um especialista em deixas,
tirando d'ella todo o proveito o
nosso illustre correligionário, o
sr.
Teixeira de Sousa. cujos verdes pennachos se baloi-
çam sobre as nossas cabeças, sa-
cudi os vossos cachos de flores ' que retratou a versatilidade que
brancas, derramae sobre a terra
os vossos inebriantes perfumes.
Madresilvas, cilindros, jasminei-
rós, escondei debaixo de vossos
ramos entrelaçados os amantes
se traduzia n'esta declaração, re-
pellindo no me.-ma tempo a phrase
de que nos discursos da opposição
havia fermento de idéas republi-
canas, quando esse fermento onde
que nos pediram asilo Fazei-lhe existia de verdade era nas pro-
ninhos de flores e de perfumes! i postas de fazenda, mais até de
A coruja. — A desgraça está . que em quaesquer procedimentos
' do partido radical! sempre alerta, escondei a vossa
felicidade, sede feliz de maneira
que ninguém o sonhe. Sê feliz
quanto antes, gentil donzella, por-
>tF» Dizi
que não tardará que a fina pen
nugem de teu rosto ceda o passo
izia isto o nosso amigo, em
resposta, note se, em resposta,
quando o sr. Presidente se lem-
boas condições fioanceiras em que
o governo transacto deixara o
exercício do poder e que todas as
nossas difficuldade8 provinham da
administração progressista de
1887 a 1890.
Fallou bem, como sempre, e
com excepcional vigor, de tribu-
no, quando repelliu as asserções
do relator e a intolerância da pre-
sidencia.
Usou então da palavra para ex-
plicações o sr.
Conde de Burnay.
Em resumo: que o banqueiro do
adiantamento gratuito das 400:0 0
libras fora elle; que já prestára
egual favor quando foi da corrida
ao Monte pio; que também prestá-
ra um bom serviço no emprestimo
dos 3:0 0 coutos; que o suppri-
mento que realisára com o gover-
no actual o tivera entabolado com
o seu antecessor.
Também para explicações, visto
que o sr. Burnay citára o seu no-
me, disse o Br.
João Franco:
que todas estas explicações se te-
riam evitado se o governo tivesse
mandado a tempo os documentos
requeridos pelo sr. Mello e Sou-
sa; que era verdade que o sr.
Burnay prestára bons serviços
quando fora d'aquella corrida,
mas que immediatamente tinha
recebido a caução das 400:00) li-
bras esterlinas que fora encarre-
gado de arranjar; que no empres-
timo dos navios apparecera uma
outra proposta, que o governo
não acceitára por ser pela totali-
dade dos 9.000 contos; que com o
ministério transacto, relativamen-
te ao supprimento, apenas houve-
ra couversa, e nunca um contra-
cto.
A próxima sessão é na quinta
feira.
brou de o chamar á ordem!
O sr. Teixeira de Sousa repel-
liu eloquente e energicamente a ás rugas da velhice. E tu, apai
xonado moço, verás em breve injustiça, e continuou até ao fim
amortecido o brilho de teus olhos, da hora, ficando com a palavra re-
(Continúa.) servada para hoje, mostrando as
Pela politica
epela administração
««Justiça da Xoite».—
Continua a ilha Terceira no esta-
do anarchico a que já psr mais de
uma vez nos temos referido.
A Justiça da Noite continúa a
sua obra de devastação, sem que
as auctoridadeB competentes se
incommodem a pôr-lhe cobro. O
administrador do concelho da
Praia dorme socegadamente em-
quanto no Beu concelho se prati-
cam coisas assombrosas. E o sr.
ministro do Reino nem substitue
o governador civil d'aquelle dis-
tricto! Por que? Por politica mes-
quinha, sem duvida
Entretanto aquelles povos vj-
vem em continuo sobresalto.
#
• #.
A campanha dos na-
marraes.-0 Diário deve pu-
blicar, brevemente, os relatorioa
acerca do combate de Mujenga,
das operações «que se seguiram
contra os namarraes e do recente
combate de Calapute.
Moueinho de Albuquerque, além
d'eates relatorioa, enviou ao mi-
nistério da Marinha um officio do
ar. capitão Eduardo Coata, illus-
tre governador de Moçambique,
dando conta dos resultados finaea
da campanha.
D'esse officio reproduzimos os
seguintes periodos:
«A 25 do mez passado apre-
sentaram-se no porto de Ibrahimo
dois euviado8 de Mucutomuno pe
dindo péga pé. O tenente Trinda-
de disae lhes que não podia sem
ordem superior acceitar-lh'o, e di-
zer-lhe as condições, mas que des-
de já os prevenia de que o go-
verno pouco se importava com pa-
lavras, estando disposto a conti-
nuar a guerra até os exterminar,
se elles não se submetterem com-
pletamente. Disse lhes mais que
voltassem a 1 de junho, com todos
os chefes, sobre tudo Macuto-
muno, afim de saberem as condi-
ções impostas pelo governo.
A 27 voltaram outra vez os
mesmos enviados, acompanhados
de vários chefes, como o marido
da Naguema, dois irmãos de Mu-
cuto, etc., mas como o Trindade
ainda não tinha a minha resposta,
nào lhe poude dizer as condições,
mas foi os logo prevenindo com
acerto de que tinham a pagar o
imposto de palhotas. A 1 de ju-
nho, finalmente, Macuto-muno, de
Machila, por ser velho e doente,
acompanhado de vários chefes e
escoltado por mais de 800 homens
armados, compareceu no posto de
Ibrahima e na preaença do capi-
tão-mór José Barros e do tenente
de artilheria Ferreira, figurando
como meu ajudante, as condições
impostas para se acabar a guerra.
Estas condiçõea, designadas por
mim e auctorisadas por sua ex.# o
governador geral, são as seguin-
tes.
1 0 Pagamento da multa de 300»
espingardas e 2:000 rupias em di-
nheiro ou genero.
2.° Abertura inmediata duma
e8trada de Natule á povoação de
Matula-Mano e continuação da
que vai do porto a Calapute até á
fronteira, com aa terras de Itocu
lo, passando fambem por Matula.
3 o Pagamento do imposto de-
palhota.
4.° Entrega de refens.
5.° Cortar todas as relações com
o Marave.
60 Sujeitar se, finalmente, a
todas as ordens do governo.
Mucuto muno, por quem os seus
homens mostram extraordinário
respeito, acceitou de boa cara to-
das as condições.
#
# #
Regulador da ordem
publica.r—Podemos estar tran-
quilloa. Já lá vae a borraaca, e já
chegou o bom tempo. O sr. Beirão
mudou hontem de gravata. O ver-
melho vivo—recordação saudosa
do comicio do Campo Pequeno e
do chá com torradas da rua dos
Navegantes—cedeu o logar ao
cinzento pallido, maia compatível,
com a situação conservadora que
o cargo de hoje impõe. Está as-
segurada a ordem publica.
A gravata do sr. Beirão é o ca-
maroeiro politico mais fiel de que-
reza a historia. Quando é cinzen-
ta quer dizer que não está içado.
Tempo de feição, temperado e
secco. Antea assim.
A vermelhinha foi-se, com
boatos pavorosos para a gaveta da
commoda.
Durma bem...
• »
Bolsas portuguesas.—
Official:
Acçõ3» do Banco de Portugal, ré'«
123£000; ebrig. mnn. ou dist. de 5
por cmto, coup . 91 £500; insc. de
*5sent., t. g , 33,73; insc. ae aeaent.
titulo de 100£Q00, 33.80.
Commercial:
àcçõps do Banco de Portugal, réis:
123£000; iccõe* da C.» do» Tabacos,
coup , 81 £000; obrig da C.« Agua*,
assent.. 68£500; obrig: prediaes de
6 por c^nto, assent, 94&200: obrir.
4 OiO, 1890 coup.. 41 £100; oori*. d«
4 hl, as«f nt, 46£400; ob ig 4 142-
0.0 cocp., 46£600.
•
# #
Consta que vai para o Porto a.
canhoneira D. Luiz.
--Reuniu hontem a junta con-
sultiva de saúde publica, resolven-
do as providencias a tomar, com,
relação á ilha Formosa, onde se
manifestou a peste bubonica.
-—Deve reunir na quinta ou
sexta feir£ o conselho de Estado
para ser ouvido ácerca da proro-
gação das cortes, que, ao que se
diz, estarão abertas até ao dia 14
do proximo mez.
—Foram approvados os estatu-
tos da «associação de soccorros
mutuos do3 carpinteiros, pedrei-
ros e artes correlativas»»
—O sr. Augusto Prestes pedia
registo do uome «-Empreza Fa-
bril».
—O sr. John Matgga Ewen pe-
diu privilegio de invenção por
dois annos para um systema de
illuminação por meio de janellas,
e vidraças prismaticas paraja-
nellas.
_—O sr. delegado • do segundo>
district© querellou hontem dos jor-
naes Tarde e MarseJ.heza. O nosso
collega Tarde foi qperellado por
causa do artigo que publicou a 20.
do corrente com e titulo Ao Jor-
nal do Commercio.
—O sr. ministro da Fazenda,
conferenciou hontem com os srs.
Conselheiro Pereira Carrilho e-
Conde de Burnay.
—Emfim partiu de Londres pa-
ra Bombaim o sr. Joaquim José
Machado, governador da índia.
Levou seu tempo L"
-—O Vasco da Gama sahe do
Tejo no dia 1 do proximo mez,
para viagem de instrucção dos
aspirantes da marinha.
— Foi hontem publicado no^
Diário o decreto determinando
que sejam reunidos á direcção es-
pecial de estudes de fornecimento
de materiaes de obras publicas o-
estudo, conatrucçào e reparação
de edificios públicos.
—Pelo 8r. ministro do ReinO'
foram asaignadas as seguintes,
portarias:
Designando o dia 5 de agosto-
para, até elle, se fazer, no conce-
lho de Montemor-o-Novo, a re-
messa do livro do recenseamento-
eleitoral ao competente juizo de
direito.
Fixando em dois o numero dos
zeladores, e em dez o dos guar-
das campestres do concelho de-
Silves, tendo aquelles ordenado
não excedente a 80£000 réis, e
sendo estes remunerados sómente-
■ •« S. • X&M ■ • > -!t« ívSL- .' iLw - ... '»2 tsBx . ftnj&afc&J ^ f/>"!fcr
DIÁRIO ILLUSTRADO
•crm a parte que lhes pertencer na
arrecadação das multas impostas
,por sua diligencia.
—iHoje ha sessão na camara
dos pares.
Noticias do parlamento
.Gamara dos deputados
Prestou juramento e tomou as-
sento o sr. deputado.José Novaes.
—Deputação para o congresso
de paz: Adriano Antero, Campos
Henriques, Correia de Barros,
Pereira de Lima, Alpoim, José
Novaes, Barbosa Vieira, Dias Fer-
reira, Visconde da Ribeira Brava,
Menezes de Vasconcellos.
Em Bruxellas é que vae brilhar
o illu8tre deputado que vem para
ministro, podendo acontecer que a
Bélgica nol o sollicite.
Sollicite é o verbo apropriado.
—O sr. Presidente pediu, e foi
concedido, que se publicasse no
Diário do Governo uma represen-
tação dos refinadores de assucar
contra a respectiva proposta de
fazenda.
—Procedeu-8e a segundas lei-
turas dos projectos de lei apresen-
tados na sessão anterior.
—O sr. Joaquim Tello, encar-
regou o sr. presidente, visto não
estar na camara nenhum sr. mi-
nistro, de participar ao governo
que ameaça completa ruina a mu-
ralha junto ao mar, em Lagos, es-
tando em risco toda a parte da
zona da cidade que lhe é respe-
ctiva.
Pediu também que se dotasse o
Algarve com um verdadeiro ca-
minho de ferro de provinda, pois
que aquelle que existe é apenas
um caminho de ferro para Faro.
Só tem esperanças no noveUo, fa-
cto que o concilia, em certo modo,
com os inconvenientes que a res-
pectiva proposta possa ter.
Apresenta também os requeri-
mentos de dois officiaes, srs. tenen-
tes Rocha e Leotte, gara que se
lhes dê a pensão respectiva ao
grau da Torre Espada que lhes foi
conferido.
—O sr. João Franco apresentou
uma representação dos vendedo-
res de tabacos, pedindo a sua pu-
blicação no Diário, abstendo-se
de considerações por agora, guar-
dando-as para quando a respecti-
va proposta for discutida, do que
duvida.
—O sr. Correia de Barros apre-
sentou tres representações.
—O sr. Festas advogou interes-
ses de varias camaras do dis-
tricto d'Evora, apresentou reque-
rimentos e fez a apologia do offi
ciai do exercito Mergulhão, que
se distinguiu na campanha de
Lourenço Marques.
O contracto Gualdamina
O sr. Conde Burnay fallou hon-
tem largamente sobre o assumpto
Q7itea da ordem do dia.
Foram interessantes as suas re-
velaçõeé, que o sr. ministro da
Fazenda ouviu mudo e quêdo.
O sr. Conde declarou ser falso
que tivesse retirado a sua propos-
ta, ao contrario de que affirmára o
sr. Conselheiro Ressano Garcia.
Este não podia apresentar carta
alguma sua n'este sentido.
Fez a historia da questão, mos-
tra os inconvenientes do contracto,
declarando ainda que falia sobre
ellf, desde que o projecto do ar-
rendamento das linhas continua
a figurar entre as propostas de fa-
zenda.
Dá também uma informação
curiosa: que o sr. Presidente do
Conselho Lhe dissera que não gosta-
va de tal contractol
Responder-lbe-ha ámanhã o sr.
Ressano?
Duvidamos.
Joaquim Augusto da Cosi*
FABRICANTE
e red or exeln«ftT«
do ministério dos Ne-
ICO cio a Estrangeiro»,
ftociedade de Ceojrt'
pbia, etc.|
Com officina ,na roa de S.
Jolião, 140, 3.°. onde tea
am completo sortimento nt
sen genero e para onde devi
ser dirigida toda a eorrespoi-
deneia.
Snecnrsal no Porto, rnt
das Flores, 201 e 203, cast
áe Albino Coutinho.
Faiem amanhã annos as sr.":
D. Maria José da Graça Pereira
Coutinho (Soydos).
D. Arrelia Torres da Silva Simões.
D. Elvira Adelaide de Guimarães
Costa.
D. Maria Angelica da Silva.
D. Anna Julia de Lima e Silva.
D. Carolina Angelica da Costa La-
cneva.
D. Maria Victoria de Sant'Anm
Bornalal.
D Maria Carolina da Cunha Vieira
Salles Lobo.
D. [Maria das Dores Vieira de lis-
tro.
0. Seraphina Cardoso Moreira Lo-
bo.
E os srs.:
Conde dos Olivaes.
General João Eduardo Souto Mxycr
de Lencastre e Menezes.
Joaquim Looes de Macedo.
Francicco Xavier de Vasconcellos
Coutinho Cabral.
José Martins de Queiroz.
Jeronymo Norlway do Valle.
José Henrique Salaty.
José Maria da Silva Ribeiro.
Parte esta semana para o Mont'E«-
toril o sr. Augusto Ribeiro Ne-
?es.
—0 sr. Cardeal-Patriarcba partiu
para S. Bernardino onde vai faxer
uso dos banhos de mar.
■—Partiu hontem para Paris o ar
AdoJpho de Lima Mayer.
—Partiu para Louchon o sr. Con-
de do Restello.
—Partiu para o Porto o sr. Augus-
to Borges.
—Partiu para Paris o sr. Conde de
Linhares.
—Partiu para o Porto o sr. Amé-
rico Vieira de Castro
—Parte brevemente para Paris o
sr. Conde de Gouveia.
—Partiu para Paris o sr. dr. May
Figueira.
—Partiu para o Porto o sr. Alfre-
do Ferreira Dias.
—Partiu para Paris o sr. Camillo
dos Santos.
—Partiu pira o Porto o sr. Viscon-
de de Pindelia.
—Está em Lisboa o sr. D. Modes-
to Gómei Reys.
—Partiu para a Lousã o sr. dr.
Carlos de Sande Sacadura Botte.
—Partiu para Cascaes o sr. Trin-
dade Baptista.
—Partiu para a sua quinta de As-
sentis, Marmeleira, em Rio Maior, o
sr. Conselheiro Guerra Quaresma.
—Regressou de Aveiro a sr • D
Anna Menezes d'Almeida e Silva.
— Chegou ante-hontem 4a cidade
do Porto, com licença, para ir ás
aguas do Gerez tratar da sua saúde,
o sr. Juiz de direito d'squella cidi-
de, D. Salvador Manuel ae Vilhena.
—Ausentou-se por algum tempo
de Paris o sr. Carlos Sertorio.
—Parte na próxima semana para
as Caldas da Rainha o sr. Jorge de
Mendonça.
—Parte por estes dias para o nor-
te o sr. Francisco Cardoso.
—Está no Porto o sr. Marquei do
Fayal
—Estio em Cascaes, em casa de
seu tio o sr. Pereira de Mello, as
sr." D. Margarida e D. Luisa Des-
landes.
—Vai ao Mexico apresentar as
suas recredenciaes de ministro de
Portugal o sr Visconde de Santo
Thyrso.
—Segue viagem amanhã para la-
glaterra Mr. Caruth, regressando
aos Estados- Unidos da America, seu
pais, que durante quatro annos re
presentou em Portugal, na qualida-
de de ministro plenipotenciário. Suas Magestades na sua despedi
da offereceram lhe os seus retra-
tos.
—Partiram para Mondaris os srs
Duque de Loulé e dr. Teixeira de
Castro.
—Partiram para o Minho os srs
Condes de Bertiandos. S. ex " vão
para a sua casa do mesmo titulo.
—Regressou á sua quinta do Ala
mo o sr. D. José de Bragança.
—Partem no dia 30 para a sua
quinta nos Olivaes os srs. Condes da
Ribeira e familia.
—CALDAS DA RAINHA.
Chegaram as seguintes pessoas:
Visconde de Moraes e família, D.
Maria Assumpção Diniz Carneiro D.
Clementina Adelaide Dinis, D. Maria
da Annunciação Camacho, Guilher-
me d'Almeida, Antonio Luiz Mar-
ques. José Soares Laroche, D Bea-
triz Gomes de Macedo, D. Emilia
Champalimaud, Libanio Antonio Net -
to Affonso, Julio da Silveira Brandão
Freire Tnemudo, Manuel Nogue.ra
Ramos e família, Jorge José de Sou-
sa, Joré Rodrigues Maciel, Angnsto
Cesar de Mattos, D. Joaep&ina Emi-
lia Patricio e familia, José de Bar-
ros Martins, Antonio José Galvão, D
Maria Rosa das Neves Cardoso, D.
Maria Augusta de Mello Lobo da Sil-
veira, João Lopes Moraes Silvano,
Joaquim Maria Sobreiro de Brito.
Martin Solis e familia, D. Antónia
Fora, Thomas Frederico, D. Anna
Pereira Maria de Carvalho, Visconde
de Sacavém e familia, D. Luis d'As
sis Mascarenhas, dr. Julián Lergo,
Julián Garcia Alegre, Francisco Ler-
go, Albano das Neves e Sousa, D
Laura Leitão, D Antónia da Concei
ção Tavares, etc.
*
* *
Realisou se em Villa Franca o ca
samento do sr. dr. Manuel de Pina
e Mello com a sr.® D. Rita Serome
nho, filha do rico proprietário, o sr.
Francisco Seromenho.
Os noivos partiram para o Douro,
onde o noivo tem banca d'advoga-
do.
#
# #
Realiza se brevemente em Cintra
uma soirée na bella vivenda dos
srs. Ccndtsd'Aiambujs,em Seteaes.
#
# #
Baptisou se hontem em S. Mame-
de uma filhinha do sr. José Maria
de Mello. A neophyta recebeu o no-
me de Gabriella.
Foram padrinhos o sr. Visconde
de Moledo, e a sr.» D. Maria do Car-
mo Corrôa de Sá, e depois da ceri-
monia houve Jantar intimo em casa
dos paes da baptisada.
#
* *
Os filhos do sr. D Joíé Luiz Re
dondo, vão melhorando das graves
febre* typboides que tiv«»r>m.
Bem«=Dá noti-
cias
Bigger
Cheguei 1.° de junho—Tenho
sido bem succedído em tudo—O
teu retrato ficou muito indecifrá-
vel Só eu o reconheço—Dá no-
ticias que suavizem as muitas
saudades.
Bigger.
Charutos legítimos
da Havana
Chegou uma partida
de 60 mil» recebidos di-
rectamente dou mais
afamados fabricantes.
IO differentes marcas
desde o preço de 1OO
até l£500 réis.
Deposito geral de Dias &. Costa
18, Rua Nova do Almada, í.°
LISBOA '
Descontos vantajosos aos srs.
revendedores.
Doenças das vias urinarias
Consultas das 2 ás 5, por J. M
Ribeiro medico eirrurgiào Calça-
da do Carmo, 6, 1.° (Rocio).
Despachos ecclesiasticos
Concorrentes á egreja de S.
Christovam, de Lisboa:
Adriano Augusto de Vasconcel-
los e João Gonçalves Nunes Duar-
te, da diocese de Beja; Antonio
Valente da Silva, da diocese de
Portalegre; Antonio Francisco
Monteiro, da diocese do Porto;
Caetano Fernandes, da diocese de
Braga; Caetano Baptista, Diogo
Francisco, Antonio dos Reis Pie-
dade e Costa, Francisco Antonio
Quintão, José de Sant'Anna Da-
vid Caldeira, Miguel Augusto
Ferreira e Manuel Mendes de Car-
Iho, eubditos da diocese de Lis-
boa.
—Obtiveram cartas regias de
apresentação em egrejas paro-
chiaesos presbyteros seguintes:
Domingos Augusto, pa-
ra a egreja de S. Pedro de Infias.
diocese de Vizeu; Francisco de
Carvalho, para S. Sebastião de
Means, Coimbra; Henrique de Oli-
veira Neves, para a de S. Sebas-
tião das Mouriscas, diocese de
Portalegre; José Benjamim Cer-
Íueira, para s de S. Slartinho de
lanhellaB, diocese de Braga; Mar-
P? Vi
cellino Antonio Maria Franco,
para a de Odiaxer, diocese do Al-
garve; Manuel Marques Correia,
ara a de Santa Marinha de Ceia;
ito Cardoso da Silva, para a de
S. Matheus da Barosa, diocese de
Coimbra; Alberto Pereira Cardoso,
apresentado na egreja de S. Cy-
priano, Rezende, Lamego; Joa-
quim Mendes de Oliveira Brito,
apresentado na egreja parochial
de S. Martinho de Sameice, Ceia,
Guarda.
Grémio Artístico
Reuniu no dia 26 do corrente
assembléa geral d'esta sociedade,
presidindo o sr. Carlos Reis, 1.
secretario, na ausência do presi
dente.
Lido o relatorio e contas da ge
rencia de 96 97, foi approvado:
1.° o parecer do conselho fiscal
ropondo a approvação d'esse re-
atorio e um voto de agradecimen-
to á direcção;
2.° uma proposta da direcção
para a nomeação do sr. José Si-
mães de Almeida, distincto artis-
ta e professor de esculptura na
Academia de Bellas-Artes de Lis-
boa, para socio honorário
Em seguida passou-se á eleição
£
dos novos corpos gerentes, que
deu o seguinte resultado:
Direcção—Antonio Ramalho Ju -
nior, D. José Pessanha, Luciano
Lallemant, José Malhoa, A. A. da
Costa Motta, Antonio Thomaz da
Conceição Silva e Manuel de Ma-
cedo.
Assembléa geral— Presidente,
José de Azevedo Castello Bran-
co; vice-presidente, Antonio José
Nunes Junior; 1.° secretario, Car-
los Reis; 2.° secretario, J. Ribeiro
Christino da Silva; 1.° vice secre-
tario, Bartholomeu S. Ribeiro Ar-
thur.
Conselho fiscal — Visconde de
Athouguia, Gabriel Pereira e An-
tonio F. Baeta.
Praça do Campo Peqneno
A festa de Theodoro
e Cadete
Doming©, na praça do Campo
Pequeno, é tarde de enthusiasmo,
porque realisam a sua festa ar-
tística os 8ympathico8 e applau-
didos bandarilheiros Theodoro e
Cadete, com a assistência de Suas
Magestades e Altezas.
Na lide tomam parte: Fernando
d'Oliveira, Manuel Casimiro, o
arrojado espada Antonio Arana
(Jarana), acompanhado dos exi-
mios bandarilheiros Moyano e
Rodas, e os principaes collegas
dos beneficiados.
O curro, de 12 touros, pertence
ao acreditado lavrador de Coru-
che, sr. Manuel dos Santos Cor-
rêa Branco.
A bilheteira abre amanhã.
#
# #
Já se fala nas corridas do pro-
ximo mez d'agosto em Badajoz.
O emprezario é Reverte, o diestro
muito nosso conhecido.
Promettem muito.
#
* *
No dia 12 de agosto temos
Guerrita no Campo Pequeno. Um
telegramma expedido por Fran-
cisco Costa assim o aflirma.
Aviso aos aficionados.
Pelo estrangeiro
TELEGRAM MAS
ST0CKH0LM0, 26, n.
Começou hoje a gi ève geral de-
cidida pela Associação dos mari-
nheiros da Suécia.
NEW Y0"»K, 26, n
0 «Herala» publica uma nova no
ta do Japão, dataoa de 10 de Julho
corrente, a respeito da annexação
das ilhas Hawai disendo que conti-
nuará a lucta diplomaiica, e irá
mais longe, se fôr necessário.
LONDRES, 26, n.
Camara dos communs:—0 sr. Sta-
nhope, deputado liberal, explanou
uma moção de ordem lamentando
que a commissão parlamentar sobre
a incursão no Tranavaal tenha apre-
sentado o seu relatorio sem conclu-
sões, não tenha recommendado pro
videncias contra o sr. Cecil Rhodes,
nem tenha notificado á Camara a
recusa do procurador d'eate em
apresentar certos telegrammas, e
pedindo o seu comparecimento á
barra da Camara. 0 orador disse
que se tem procurado não esclare
cer o caso, e atacou a administra-
ção da Companhia «Chartered Bri-
tish South Africa»
0 sr. Labouchere, deputado radi
cal, accusou o sr. Cecil Rbodes de
traição, e pediu que seja riscado da
lista dos conselheiros privados; aliás,
toda a gente ha de crer que a lei
não é a mesma para os ricos que
para os pobres, e que os ingleses
são uma nação de hypocritas.
Sir Michael Hicks Beach, chancel-
ler da fasenda, defendeu a commis-
são parlamentar do Transvaal.
0 sr. Chamberlain, secretario
d'Estado das colonias, declarou que
os principaes motivos de conflxto
com o Transvaal fortm removidos
já pelas leis votadas n'aquella repu-
blica sobre immigração. Consignou
que o sr. Cecil Rhodes foi castigado,
porque perdeu o cargo de primeiro
ministro da coionia do Cabo e o go-
verno da «Chartered». Concluiu af-
firmando qae a fiscalisação do go
verão britannico sobre a «Charte-
red» será tornada mais efficas.
0 sr. Birrell. deputado liberal,
propos a omissão da primeira parte
da moção do sr. Stanhope, e pediu
que o procurador do sr. Cecil Rno-
des seja citado e intimado a apre-
sentar os telegrammas.
0 sr. Balfour. 10 lord da Thesou-
raria, e sir William Vernon-Harcourt,
«leader» da opposição liberal, com-
bateram nma e outra proposta, e a
camara rejeitou nor 233 *ctos con-
tra 74, a emenda do sr. BirMl, e por
304 votos contra 77 a moção do sr.
Stanhope.
WASHINGTON, 26, n. 0 Thesouro decidiu que a sova
pauta aduaneira entrará em vigor
na próxima sexta feira á meia noite.
NEW-YORK, 27, m.
0 sr. Woodfrod, novo ministro
plenipotenciário dos Estalos-Unidos
em Madrid, parte para a Europa no
paquete «Paris».
0 «World» reprodus o boato da
demissão do sr. Sherman, que será
substituído no cargo de secretario
d'Estado peio sr. Whitelaw-Reid.
Léon Hermoso
Segundo telegraphou a Havas,
morreu em Lourdes o ce'.ebre as-
tronomo, cujas predicções eram
consideradas infalliveis por mui-
ta gente.
Noherlesoom esteve em tempo
em Lisboa, empregado na livra-
ria Bordalo.
CANEA, 26, n.
Os insurrectos cretenses recusam
entrar em communicação com DJe-
vad-pacbá por outro conducto que não seja o dos almirantes das po-
tencias federadas.
ATHKNAS, 26, n.
A Aliemanha propôs que o tracta-
do de paz comprehenda a institui-
ção d'uma fiscalisação financeira
internacional na Grécia, mas as ou
tras potencias rejeitaram.
MADRID, 27, t.
Diz um despacho official de Mani-
la que o cebecilha Aguinaldo per-
manece á frente d'uma guerrilha
composta d'uns 1 000 homens, eque umas pequenas guerrilhas que des
ceram á província de Laguna, foram
" i, d< batidas, deixando 100 mortss e 20
prisioneiros.
SIMLA, 27, m.
A expediçeo inglesa atacou em
Chitral hontem á noite o acampa
mento de Malakand. Na lucta ficou
morto um tenente, e feridos 3 ma-
jores e 1 tenente. A cavallarir per-
segue o inimigo, que bateu em re-
tirada esta madrugada.
(Havas).
Ultimas noticias
do Porto
Uma commissão de vendedores
e de revendedores de tabacos
apresentou uma representação ao
sr. Leopoldo Mourão, presidente
da Associação Commercial do Por-
to, para ser entregue ao parla-
mento.
—A direcção do Palacio de
Crystal resolveu approvar a plan-
ta apresentada pela commissão
promotora das exposições de flori-
cultura para se construir na ave-
nida um amplo pavilhão onde se
realisará em novembro proximo a
exposição de chrysantemos.
—Foi muito visitado o tumulo
de Rodrigues de Freitas, no dia
do primeiro anniversario da sua
morte.
Brevemente apparecerá um vo-
lume contendo alguns dos melho-
res artigos jornalÍ8ticos de Rodri-
gues de Freitas.
Essa collecção é duplamente
preciosa para o nosso publico let-
trado, pois que a maioria dos ar-
tigos ahi recolhidos e archivados
são, em Portugal, quasi desconhe-
cidos, por haverem visto a luz nas
columnas de jornaes fluminenses.
—A peregrinação a Lourdes
parte do Porto no dia 16 de agos-
to.
"SPORT"
Cyclismo em llespanha
Uma victoria de Manuel
Ferreira
Este valente e notável corredor
de fundo acaba de alcançar, em
Valencia, mais um triumpho, ba-
tendo, na corrida internacional
qne ali se realisou, alguns dos
mais conhecidos corredores de se-
gunda ordem do reino visinho, en
tre os quaes Perez e Batanero,
que chegaram, respectivamente,
em segundo e terceiro logar, e que
já ha tempos foram batidos pelo
nosso primeiro corredor José Ben-
to Pessoa, que lhes deu 30 me
tros de handicap.
Ao contrario do que nos seus
números de domingo diziam oa
nossos collegas do Século e do
Tempo, Manuel Ferreira montava
machina Quadrant e não Clément.
#
# #
Corridas
Promettem ser brilhantíssimas
as corridas internacionaes que se
realisam no Velodromo de Vigo
no proximo dia 8 de agosto.
De Lisboa consta-nos que irão
tomar parte oa celebres corredo-
res Jo8é Bento Pessoa e José
Diogo d'Orey.
#
No Velodromo de la Tocha, em
San Sebastian, também têm logar
no dia 31 do corrente mez bri-
lhantes corridas promovidas pelo
Veloz Club Donostarra.
O premio para a corrida inter-
nacional (4:000 metrofi) é de 850
pesetas.
# •
Em Huelva ha também corridas
de velocipedes por occasião das
festas que ali se realisam.
J.J.
Pequenas noticias
Por unanimidade foi absolvido o
ex-recebedor da comarca d'Oiemira,
sr. Julio Hora.
—A troupe do theatro de D. Maria
dá hoje uma recita em Villa Nova
de Portimão com a Marechala.
—Disem d'Aveiro que ha dias ap-
parece para os lados da Granja, pro-
ximo de S. Roque, um hom-m mal
trajado e de compridas barbas, oc-
cultando se por entre o milho e de-
babo das arvores, o que tem cansa-
do terror aos povos de differentes
logares.
—Para o serviço da capitania do
porto d'Aveiro esta em construcção,
no estaleiro da Gafanha, uma batei-
ra com toldo a qual vai ser tripula-
da por homens da armada.
—Vai bastante adianlado o assen-
tamento da hn&a americana nas dif-
ferentes ruas da villa da Povoa do
Varsim, devendo portanto em breve
começar a exploração
—Terminou no dia 23, em Buda-
est, o julgamento de varias mu-
Deres, que tinham accordado enve-
nenar os maridos e outras pessoas
dt familia,f para herdarem d'elles. Quatro das envenenadoras foram
condemnadas á morte.
— Em Inglaterra »ão utilisados
todos os annos 36 miltõss de luvas
approximadamente. Algumas damas
gastam em luvas perto de quatro
centos mil réis
—A banda do 37 de Murcia vai
tocar a Vianna do Castello por occa-
sião dos festejos da Senhora d'Ago-
nia.
R
Real Club Naval de Lisboa
Um grupo de socios d'este club,
está tratando de organisar um
passeio em barcos de vela, ao Al-
feite, onde se effectuará uma cal-
deirada que sem duvida será ani-
madíssima, visto já terem adheri-
do grande uumero de socios.
Para este passeio já se acham
inscriptos os yachts, Attila do sr.
João Carraça, Adele do sr. Au-
gusto Moniz, Fúria. do sr. J. Pe-
reifa, Saphira do sr. A. Baptista,
Elvira do sr. J. Gomes, Othello
do sr. Eduardo Romero, e Chris-
tina do sr. Vieitas Costa, que
formarão em esquadrilha, da qual
tomará provavelmente o comman
do a elegante canoa Attila.
—Vae ser brevemente registra-
da pelo sr. João Caro, a canoa
Carina, que este senhor acaba de
adquirir.
—Tenciona visitar brevemente
Vianna e o Porto, no seu yacht a
vapor Irene & Raul, o sr. Carlos
Pinto de Carvalho.
Secção util
Estado geral do tempo
Pequenas alterações da pressão
e na temperatura, sendo o vento
do quadrante NW., fresco em al-
guns postos.
Na Irlanda elevou-se a pressão
4 millimetres.
O centro das pressões elevadas
fica a ENE. dos Açores.
Faltam boletins de França e
de He<jpanha.
Dia 26 —Temperatura maxima
25,3; temperatura minima, 17,6.
Dia 27, ás 9 horas—Temperatu-
ra, 21,4.
Pressão ao nivel do mar 763,6.
Dia 28 — Vento fresco d'en-
tre NW. e NE.
Céo d'alg. nuvens.
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trai da villa, com e?plendida vista
de mar.
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Francisco Barros, na mesma villa e
trata-se na ma da Alfandega, n.° 160
1 .«> em Lisboa.
Attençãe—Oeiras
N\ _ quinta da Arriaga, a 3 miou
tos da estação do caminho de
ferro, ha para alugar excellentes
casas para banhistas, tec do estes,
além de livre passeio na proprieda
de. passagem por denlro da mesma
quinta para a praia de banhos, e
agua para o seu consumo. Não *ão
por isso verdadeiras as iuformaçõss
que algumas pessoas têm recebido
com respeito á falta de commnoica
ção com a praia de banhos. Trata-
se na mesma quinta com a proprie-
tária.
admirada de rão receber
carta, com anciedade espero a.
Saudades e recommendações de to-
d0!- «
e a
VERMÍFUGO
DE
B. li. Fabnentock
O PROPRIETÁRIO d'este remedio
sem egual, com a experien-
cí& de quasi toda a sua vida na pre-
aaraçao do VERMÍFUGO, pôde con-
fiadamente recommendar ao publico
este artigo, como o destruidor maia
efflcax das lombrigas.
Sendo differente das mais prepa-
rações que existem, a maior parte
lias quaes são imitações muito in-
feriores, cujo flm é enganar o pu-
blico, este Vermifugo tem passado
pela prova do tempo, realisando in- variavelmente tudo o que se lhe at-
tribue. Suave na sua ^peração, a
sua efflcacia é sempre a mesma,
podendo usar-se sem receio sem-
pre que haja lombrigas, seia o
aoente novo ou velho. Se não hou-
ver lombrigas, os seus effeitos são
os mesmos que um purgante suave,
empando o sangue. O proprietário,
listando inteiramente convencido da
impossibilidade de que elle falhe,
está prompto a devolver o dinheiro
a todas as pessoas em quem o re-
medio não faça effeito quando o
doente tenha lombrigas e seguir
exactamente as instrucções.
Deposito—JAMES CASSKLS & C.«.
POM respeito aos annuncios qie
^ com esta epigraphetêm appa- recidn ultimamente, a sociedade do
bieo Auer deseja tornar bam public*
não qae a manga cujas tristes cin-
zas estiveram longo tempo em ex
posição na montra do infelis com-
prador na rua Áurea, não foi pela
mesma sociedade fornecida, porqu-
o credito das mangas genuínas tor
na essa npgativa desnecessária, mas
sim, e muito positivamente, que
taes annuncios não foram por ella
inspirados nem publicados.
A sociedade do bieo Auer quando
vê os seus legítimos direitos offen-
íyfàGNiFiCáS »ccomod*ções e serviço escropuloío. O empreiwioJ ftoâíià M»d<w Srtmdíar*níeus?
iV1 «m. '"g« Pratica, «colheu,excellence pessoal e esperantista-1aTm^í4U me"o'S"a fhe
ser feita justiça, e de ver respeita-
da a mesira lei.
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de qualquer propriedade, o poder entrar com um terço da importancia da
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priedades, e a procuradoria de casas importantes, ao que continúa a en-
carregar se com xelo e actividade.
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Livro negro do padre Diniz.
Vingança.
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Estrellas funestas.
O santo da montanha.
Lagrimas abençoadas.
A bruxa do Monte Cordova.
A filha do doutor Negro.
Onde está a felicidade.
Um homem de brios.
Memorias de Guilherme do
Amaral.
A queda d'um anjo.
Carlota Angela.
O que fazem mulheres.
O demonio do ouro (2 vol.)
O retrato de Rioardina.
Anathema.
Scenas contemporâneas.
A filha do arcediago.
A neta do arcediago.
Agulha era palheiro.
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Luta de gigantes.
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creança, bem como concertos. Cal-
cadinha do Tijolo, n.® 5. 3.® ás is
colas Geraes.
S»hirá * oa(fuMe*
CH AH ENTE commanlante Yinçot
que re espera de Bordeaux de 11 a
2 de agosto.
Para Bordeaux* mm di-
reitura
**h*rão os segiDut^s paquetes:
BRÉSIL commandante Troadec que
se espera <in Brasil em 4 de agosto.
LA PLATA comandante Lartigne
que se espera do Brasil em 17 de
agosto. Para mais informações trata-se b*
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Évora—Luiz de Mello & Castello.
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Cartaxo—Pedro Alves Junior.
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Reguengos de Monsaráz—Seraphim Braz Simoes.
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Azambuja- José Francisco da Costa Heitor.
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du.—LONDON 1:580 tonellaáas.—GIBRALTAR 1:412 tenellatas.—GAUCI
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De Lisboa para Londres, 1.* classe 1. 6.6 0
Ida e volta para Londres 1.» classe 1. 10.10.0.
ftahidas de Lisboa para Londres todas as quarta* feiras ti
feiras.
PARA LONDRBS
O vapor LONDON
Chegou e sae sexta feira de tarde.
PARA GIBRALTAR
Q. vapor CADIZ
8spera-se <?e 26 a 27 do corrente.
Pa<a carga e passagens tiaU-se no Gaes á« Sódrê, 64, 1.
I Pinto Baslo a «.•
O paquete "BISSAU"
Sahirá no dia 3 de agosto to meio dia, para S. Vicente e mais ilhas
de Caba Verde, Bissau e Folama (Sem baldeiçã^).
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O paquete "LOANDA"
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deira, S Vicent \ !*. Thirgo, Principe. S. Thornê, Cabinla, Ambrisette,
Ambris, Loanda, Novo Redondo, Benguella, Mossamedes, Porto Alexandre
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Paraizi e mais Portos do Paciico.
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•Liguria a 18 de agosto. —«Orisssa 15 ds setembro.
••H pafaeles Liguria e Orissa 4írc«ta»o«» » • - di lama»
••0 paquete Orcana nio recebe passageiros de 2» classe,
ras-se abatineato ás fanilias fio viajai*» piri os ponta ét Bvaiti
o Rio da Prata. •
Na passagem á« l.» claaM por ostoa naniu» vapores, ostl taatíi
do vinho á hora ia Milia, caia, roupa, eis.
1 bordo fci triadoe, eoriiMros portifaosos o Medite.
Para Corunha La Palllci, (La Rochelle)
e Liverpool
O paquete ORCANA
Ispera-se a 4 de agosto. .
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Pan carga e passageas Irala-lo
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íova via «o ia raiUta, « m
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Ria Infanta D. Henrígia, 3|
DIÁRIO lí-LUSTRADO