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ANO 12 – Nº 2225 – SÃO PAULO, 24 A 30 DE JULHO DE 2009 – R$ 2,00 www.jornalnippak.com.br Cultura japonesa continua em alta em SP com Yosakoi Soran, música e sumô Para quem gosta de músi- ca é um prato cheio. A 24ª edição do Concurso Bra- sileiro da Canção Japone- sa, ou o “Brasileirão” – como é carinhosamente chamado – começa hoje (24), às 9h, no Grande Auditório do Bunkyo (So- ciedade Brasileira de Cul- tura Japonesa e de Assis- tência Social), em São Pau- lo. A solenidade de aber- tura está programada para às 11h30 de sábado com a presença de convidados. 24º “Brasileirão” começa hoje (24) com recorde de participantes ––––––––––—–| pág 12 DIVULGAÇÃO A programação dos grandes shows do 5° Festival do Cho- colate, evento gastronômico cultural e de desenvolvimento econômico que acontece em Ribeirão Pires (SP) prossegue hoje (24), sábado (25) e do- mingo (26) no Ribeirão Pires FC. Já passaram pelo palco do evento as bandas Jota Quest e Paralamas do Sucesso e a dupla Bruno & Marrone. Além de nomes consagrados da música brasileira, o Festival abre espaço também para ar- tistas da região e da comuni- dade nipo-brasileira. A progra- mação deste domingo (26), por exemplo, é dedicada à cul- tura nipônica e mescla apre- sentação de taikô e de mágica com o The Oriental Magic Show e dos cantores Joe Hi- rata e Mariko Nakahira. Programação japonesa agita o 5º Festival do Chocolate de Ribeirão Pires –––––––——––—–| pág 05 A Confederação Brasileira de Sumô realizará nos dias 25 e 26 de julho, no Ginásio Es- portivo Sesi de Suzano (SP), o 48º Campeonato Brasileiro Masculino e o 13º Campeo- nato Brasileiro Feminino. As competições devem reunir cerca de 450 atletas, em to- das as categorias (da mirim a Campeonato Brasileiro de Sumô deve reunir cerca de 450 atletas em Suzano ––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 11 adulta). Como atração, o pú- blico poderá conferir o de- sempenho dos atletas que es- tão representando o Brasil nos Jogos Mundiais, que acontecem em Kaohsiung (Taipei). São eles: Takahiro Higuchi, Luciana Watanabe, Fernada Rojas, Ricardo Aoyama e Tooru Kozaihira. Depois do Festival das Estre- las (Tanabata Matsuri) e do Festival do Japão, a cultura japonesa continua em alta neste fim de semana (25 e 26) em São Paulo com as reali- zações do 7º Festival Yosakoi Soran, na Via Funchal, e do 24º Concurso Brasileiro da Canção Japonesa, no Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cul- tura Japonesa e de Assistên- cia Social). Próximo à capital paulista, em Suzano, aconte- ce o Campeonato Brasileiro de Sumô com a participação dos atletas que representaram o País nos Jogos Mundiais realizados em Taiwan. E em Ribeirão Pires, o 5º Festival do Chocolate traz um domin- go recheado de atrações ja- ponesas. Desde de 2003 o Yosakoi passou a ser organi- zado no Brasil, o único país fora do Japão onde o Festi- val é realizado oficialmente. Este ano, o Festival deve reu- nir 13 grupos na categoria adulto e 6 na infanto-juvenil. ––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 09 Foram dias, semanas, meses de preocupação. Afinal, o cenário que envolveram os preparativos do 12º Festival do Japão, realizado pelo Kenren (Federação das As- sociações de Províncias do Japão no Brasil) nos dias 17, 18 e 19 de julho, no Centro de Exposições Imigrantes (Zona Sul de São Paulo), não 12º Festival do Japão destaca força de voluntários ––––––––––——–––––––––——––––––—–| págs. 3 e 4 JORNAL NIPPAK eram nada animadores. Foi o primeiro grande evento pós- Centenário e, para piorar, ain- da sob o resquício da crise fi- nanceira que assola o mundo. Mas nem mesmo as baixas temperaturas conseguiram esfriar o ânimo dos cerca de 170 mil visitantes que presti- giaram o evento, segundo cál- culos dos organizadores. AAcema (Associação Cultu- ral e Esportiva de Maringá) lançou no último dia 16 o 20º Festival Nipo-Brasileiro. O evento, um dos maiores do gênero no Brasil, será realiza- do na Acema 8 a 16 de agos- to, com exposições culturais, workshops, música, danças folclóricas, área de alimenta- Acema lança a 20ª edição do Festival Nipo-Brasileiro ––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 05 DIVULGAÇÃO ção com 3 mil metros quadra- dos e pratos típicos do arqui- pélago nipônico e feira de ne- gócios. O Festival já é uma tra- dição em Maringá e reúne pes- soas de toda a região além de caravanas formadas por inte- grantes da comunidade de vá- rias cidades do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

ANO 12 – Nº 2225 – SÃO PAULO, 24 A 30 DE …...ANO 12 – Nº 2225 – SÃO PAULO, 24 A 30 DE JULHO DE 2009 – R$ 2,00 Cultura japonesa continua em alta em SP com Yosakoi Soran,

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ANO 12 – Nº 2225 – SÃO PAULO, 24 A 30 DE JULHO DE 2009 – R$ 2,00www.jornalnippak.com.br

Cultura japonesa continua em alta emSP com Yosakoi Soran, música e sumô

Para quem gosta de músi-ca é um prato cheio. A 24ªedição do Concurso Bra-sileiro da Canção Japone-sa, ou o “Brasileirão” –como é carinhosamentechamado – começa hoje(24), às 9h, no GrandeAuditório do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de Cul-tura Japonesa e de Assis-tência Social), em São Pau-lo. A solenidade de aber-tura está programada paraàs 11h30 de sábado com apresença de convidados.

24º “Brasileirão”começa hoje (24)com recorde departicipantes

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DIVULGAÇÃO

A programação dos grandesshows do 5° Festival do Cho-colate, evento gastronômicocultural e de desenvolvimentoeconômico que acontece emRibeirão Pires (SP) prosseguehoje (24), sábado (25) e do-mingo (26) no Ribeirão PiresFC. Já passaram pelo palco doevento as bandas Jota Queste Paralamas do Sucesso e adupla Bruno & Marrone. Alémde nomes consagrados damúsica brasileira, o Festivalabre espaço também para ar-tistas da região e da comuni-dade nipo-brasileira. A progra-mação deste domingo (26),por exemplo, é dedicada à cul-tura nipônica e mescla apre-sentação de taikô e de mágicacom o The Oriental MagicShow e dos cantores Joe Hi-rata e Mariko Nakahira.

Programaçãojaponesa agita o5º Festival doChocolate deRibeirão Pires

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A Confederação Brasileira deSumô realizará nos dias 25 e26 de julho, no Ginásio Es-portivo Sesi de Suzano (SP),o 48º Campeonato BrasileiroMasculino e o 13º Campeo-nato Brasileiro Feminino. Ascompetições devem reunircerca de 450 atletas, em to-das as categorias (da mirim a

Campeonato Brasileiro de Sumô devereunir cerca de 450 atletas em Suzano

––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 11

adulta). Como atração, o pú-blico poderá conferir o de-sempenho dos atletas que es-tão representando o Brasilnos Jogos Mundiais, queacontecem em Kaohsiung(Taipei). São eles: TakahiroHiguchi, Luciana Watanabe,Fernada Rojas, RicardoAoyama e Tooru Kozaihira.

Depois do Festival das Estre-las (Tanabata Matsuri) e doFestival do Japão, a culturajaponesa continua em altaneste fim de semana (25 e 26)em São Paulo com as reali-zações do 7º Festival YosakoiSoran, na Via Funchal, e do24º Concurso Brasileiro daCanção Japonesa, no Bunkyo(Sociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa e de Assistên-cia Social). Próximo à capitalpaulista, em Suzano, aconte-ce o Campeonato Brasileiro

de Sumô com a participaçãodos atletas que representaramo País nos Jogos Mundiaisrealizados em Taiwan. E emRibeirão Pires, o 5º Festivaldo Chocolate traz um domin-go recheado de atrações ja-ponesas. Desde de 2003 oYosakoi passou a ser organi-zado no Brasil, o único paísfora do Japão onde o Festi-val é realizado oficialmente.Este ano, o Festival deve reu-nir 13 grupos na categoriaadulto e 6 na infanto-juvenil.

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Foram dias, semanas, mesesde preocupação. Afinal, ocenário que envolveram ospreparativos do 12º Festivaldo Japão, realizado peloKenren (Federação das As-sociações de Províncias doJapão no Brasil) nos dias 17,18 e 19 de julho, no Centrode Exposições Imigrantes(Zona Sul de São Paulo), não

12º Festival do Japãodestaca força de voluntários

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JORNAL NIPPAK

eram nada animadores. Foi oprimeiro grande evento pós-Centenário e, para piorar, ain-da sob o resquício da crise fi-nanceira que assola o mundo.Mas nem mesmo as baixastemperaturas conseguiramesfriar o ânimo dos cerca de170 mil visitantes que presti-giaram o evento, segundo cál-culos dos organizadores.

A Acema (Associação Cultu-ral e Esportiva de Maringá)lançou no último dia 16 o 20ºFestival Nipo-Brasileiro. Oevento, um dos maiores dogênero no Brasil, será realiza-do na Acema 8 a 16 de agos-to, com exposições culturais,workshops, música, dançasfolclóricas, área de alimenta-

Acema lança a 20ª ediçãodo Festival Nipo-Brasileiro

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DIVULGAÇÃO

ção com 3 mil metros quadra-dos e pratos típicos do arqui-pélago nipônico e feira de ne-gócios. O Festival já é uma tra-dição em Maringá e reúne pes-soas de toda a região além decaravanas formadas por inte-grantes da comunidade de vá-rias cidades do Paraná, SãoPaulo e Mato Grosso do Sul.

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Afonso José de Sousa

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

[email protected]

BAZAR KODOMO-NO-SONO – A Associação Pró-Ex-cepcionais Kodomo-No-Sono realizou no dia 12 de julho, emsua sede em Itaquera (Zona Leste de São Paulo), o 26º BazarBeneficente. As atrações ficaram por conta dos cantores JoeHirata, Maurício Miya, Mariko Kakahira, Karen Ito, Edson Saitoe Banda, e apresentação de taiko, yosakoi soran, odori e shitoriodori da Associação Cultural, Esportiva de São Miguel Paulis-ta. A novidade deste ano foi a nova praça de alimentação daentidade, onde foram servidos pratos típicos das culinárias bra-sileira e japonesa. O deputado federal Walter Ihoshi (DEM-SP)prestigiou o evento, bem como o secretário municipal de Espor-tes, Walter Feldman, que representou o prefeito Gilberto Kassab.

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Walter Feldman (secretário dos Esportes do Município de São Pau-lo), representando o prefeito Gilberto Kassab, compareceu ao ba-zar apoiando o importante evento

A equipe de enfermeiras do Hospital Santa Cruz participa da açãocomunitária com a medição de pressão arterial e também da me-dição do nível de açúcar no sangue.

Grupo de dança folclórica Kasa Odori foi uma das atrações

Liderado por Willian Lin, voluntários do Grupo Projeto Abraço partici-pam pedindo ao público doações como cestas básicas.

José Taniguchi (coordenador do bazar), Walter Ihoshi (deputadofederal) e Luiz Okamoto (presidente do Kodomo-No-Sono)

A bela e contagiante apresentação do Grupo de internos do Kodo-mo-No-Sono.

TOMÉ-AÇÚ – A Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu (Acta) realizou na noite de 15 de julho, no Espaçode Eventos Hakka, em São Paulo, o Dinner-show Especial para as Festividades dos 80 Anos da Imigração Japonesa emTomé-Açu. O jantar teve como objetivo arrecadar fundos às festividades. No show, houve participação dos artistas japonesesKunimoto Takeharu, Miyashita Kazuo e Sawamura Toyoko. Estiveram presentes o cônsul geral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe e os deputados federais William Woo (PSDB-SP) e Walter Ihoshi (DEM-SP), além de lideranças da comunidade

Hiroyuki Minami (vereador de São Bernardo do Campo), KazuakiObe (cônsul geral do Japão em São Paulo), Tatiane Mami Kubota(Miss Nikkei Pará), Hideo Kaiya (presidente da Comissão do 80ºaniversário da Imigração Japonesa de Tomé Açu) e William Woo(deputado federal)

Walter Ihoshi (deputado federal), Hideo Kaiya, Getúlio Sassaki (co-ordenador geral dos Festejos em Tomé Açu), William Woo (deputa-do federal)

FESTIVAL DO JAPÃO –Apesar do mau tempo, que

provocou queda datemperatura na capital

paulista, o 12º Festival doJapão, realizado nos dias 17,

18 e 19 de julho, no Centrode Exposições Imigrantes

(Zona Sul de São Paulo), foium sucesso. Leia mais naspáginas 3 e 4 desta edição.

ALDO SHIGUTI / JORNAL NIPPAK

Cerimônia de abertura do 12º Festival do Japão contou com a presença de autoridades e convidados

O presidente do Kenren, Akeo Yogui em frente ao estande Kazuaki Obe conquistou o público com discurso em português

O ex-prefeito de Mogi, Junji Abe, com Akio Ogawa

Kassab posa ao lado de admiradores

O deputado Walter Ihoshi

Ricardo Montoro

Kihatiro Kita com o vereador Ushitaro Kamia

Kato, Victor, Montoro, Ikesaki, Abe e Ogawa

O deputado estadual Helio Nishimoto ficou emocionado O prefeito Kassab visitou a exposição de ikebana no Festival

Page 3: ANO 12 – Nº 2225 – SÃO PAULO, 24 A 30 DE …...ANO 12 – Nº 2225 – SÃO PAULO, 24 A 30 DE JULHO DE 2009 – R$ 2,00 Cultura japonesa continua em alta em SP com Yosakoi Soran,

São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009 JORNAL NIPPAK 3

COMUNIDADE

Foram dias, semanas, me-ses de preocupação. Afi-nal, os cenários que en-

volveram os preparativos do12º Festival do Japão, realiza-do pelo Kenren (Federaçãodas Associações de Provínci-as do Japão no Brasil) nos dias17, 18 e 19 de julho, no Centrode Exposições Imigrantes(Zona Sul de São Paulo), nãoeram nada animadores. Pri-meiro grande evento pós-Cen-tenário, o Festival foi realiza-do sob o resquício da crise fi-nanceira mundial. Algo, no mí-nimo, preocupante.

No entanto, o receio de umfiasco não se justificou. Nemmesmo o mau tempo, que pro-vocou queda de temperaturana capital paulista justamentena semana do Festival impe-diu o sucesso do evento.

De acordo com estimativasextraoficiais dos organizado-res, o evento recebeu entre170 e 180 mil pessoas, núme-ro próximo ao registrado em2008, ano das comemoraçõesdos 100 Anos da Imigração Ja-ponesa.

“Realmente estávamosapreensivos e cautelosos por-que muito se falou em crise fi-nanceira e nas dificuldades dasempresas. Mas felizmente obalanço é bastante positivo ealém das nossas expectativas”,admitiu o presidente do Kenren,Akeo Yogui, em entrevista aoJornal Nippak. “Mas emmomento algum duvidamos dosucesso do Festival”, afirmouYogui, que se respaldou na pró-pria história do evento e numatradição que já se tornou sinô-nimo de garantia desde a pri-meira edição do Festival: o tra-balho dos voluntários.

Este ano, foram mais de mil.Um trabalho anônimo que dei-xou o mandatário emocionado.“Foi comovente passar por lo-cais distantes do Festival, comoa estação Jabaquara do metrô,e ver pessoas trabalhando emprol do evento mesmo depoisde seu encerramento”, disse.“Graças ao apoio de pessoasassim que o Festival do Japão

missão Organizadora do Fes-tival do Japão, Keiji Kato tam-bém respirou aliviado após oevento. “Nem mesmo a previ-são inicial, de queda de 15%dos expositores e bazaristas seconfirmou porque muitos vol-taram atrás e nos procuraramna última hora”, explicou. Isso,conta Kato, em função da con-solidação do evento. A recei-ta, explica, é simples.“O Festival do Japão perma-nece fiel às raízes até hoje.Nossa proposta é preservar acultura japonesa dando sem-pre uma atenção especial àscrianças e aos idosos. Todoesse retorno nos dá ainda maisresponsabilidade para pensar-mos desde já na próxima edi-ção”, ressalta Kato, que des-taca também a importante par-ticipação de políticos como odeputado estadual Hélio Nishi-moto (PSDB) e os deputadosfederais William Woo (PSDB-SP) e Walter Ihoshi (DEM-SP), que liberaram recursospara a realização do 12º Festi-val do Japão através de emen-das parlamentares.

(Aldo Shiguti)

Autoridades e convidados participam do ritual Kagami Wari na abertura do 12º Festival do Japão

FOTOS: ALDO SHIGUTI

alcançou o sucesso que é hoje”,conta Yogui, que destaca tam-bém o trabalho das províncias.“Com tanta energia positiva, nãotinha como dar errado”, agra-dece o presidente do Kenren.“Todos trabalharam com afin-co, mas os voluntários mere-cem um capítulo à parte”, elo-giou Yogui, afirmando que otema deste ano, “Meio Ambi-ente, aprendendo a preservar”,foi uma “escolha feliz” da Co-

missão Organizadora.“A parceria com entidades

com o a Associação Oisca Bra-sil e a Associação Brasileira deImigrantes Japoneses ajudou aconsolidar nossa proposta”,lembrou, referindo-se ao plan-tio de mil mudas de árvores noParque Ecológico do Tietê namesma semana do Festival.

Fiel às raízes – Em seu quar-to ano como presidente da Co-

O presidente do Kenren, Akeo Yogui: “Obrigado aos voluntários”

Larissa Romani Mizuhira,de Piracicaba (SP), foi eleitana noite de sábado (18) a MissNikkey Brasil 2009. A final doconcurso, que teve a partici-pação de candidatas descen-dentes de japoneses de 12 es-tados brasileiros, ocorreu du-rante o 12º Festival do Japão,no Centro de Exposições Imi-grantes, em São Paulo.

Larissa tem 19 anos equer cursar Artes Cênicas.Tsuani Effting Yamaguishi, deCuritiba (PR), foi escolhidaPrimeira Princesa. ReginaNishitani, de Cuiabá (MT), éa Segunda Princesa, e VivianAyumi Iwai Ridão, de Lon-drina (PR), a Miss Simpatia.

Além do título de MissNikkey Brasil 2009 e MissFestival do Japão 2009, a ven-cedora recebeu também tro-féu, flores e R$ 3.000,00 ofe-recidos pelo Banco Real -Grupo Santander, uma TV de

Piracicabana é eleita Miss Nikkey 2009

LDC 42" da Yamatocorp, umajóia da The Grace, pacote emhotéis, cosméticos e cestascom vários produtos de patro-cinadores. Larissa represen-tará a comunidade nipo-brasi-leira em eventos oficiais.

“É muito gratificante não sóganhar o título, mas tambémparticipar do concurso, pois to-das as candidatas eram mere-

cedoras, só nós sabemos o quãodifícil é chegar até aqui, as bar-reiras que enfrentamos, as difi-culdades e tudo mais. O maiorprêmio que conquistamos nãoé material, mas sim o que ficano coração”, discursou a ven-cedora. Para o organizador doconcurso, o ator e apresenta-dor Kendi Yamai, “como com-pletamos 100 anos da imigra-

ção japonesa no Brasil, pude-mos observar que grande partedas candidatas eram mestiçase apresentavam traços físicosde acordo com a região ondenasceram, cito como exemploas representantes do RioGrande do Sul, que apresen-tavam traços da mistura de ra-ças alemã e japonesa”, expli-cou Kendi, acrescentando que“os jurados comentaram queo nível das candidatas estavamuito bom e qualquer uma queganhasse representaria bem abeleza nipo-brasileira”.

Meio ambiente – Como otema do festival era “MeioAmbiente”, as 23 candidatasexibiram trajes feitos de ma-teriais reciclados como ves-tidos feitos de câmaras depneus, sacolas de supermer-cados, garrafas pets, dentreoutros materiais.

(Aldo Shiguti)

A partir da esquerda: O apresentador Kendi Yamai, a MissLarissa, Tsuani, Regina e Vivian

DOUGLAS EIJI MATSUNAGA

Frequência de público no sábado no Pavilhão e na praça de alimentação: domingo foi o dia de maior movimento no Festival

Alunos da Escola Cáritas sob o comando do mestre Kinoshita

Um dos convidados maisilustres na cerimônia de aber-tura do 12º Festival do Japão,no sábado (18), no palco prin-cipal do evento, o prefeito deSão Paulo, Gilberto Kassab(DEM), enalteceu a participa-ção da comunidade nipo-brasi-leira em sua gestão. “Nessesúltimos anos estou tendo opor-tunidade de conviver com acomunidade nipo-brasileira deSão Paulo, onde se concentraa maior comunidade de japone-ses fora do Japão. Tenho bonsrelacionamentos com todas ascomunidades, mas a comunida-de japonesa é especial e espe-ro consolidar minha administra-ção com a marca da presençajaponesa”, disse Kassab aoJornal Nippak pouco antes dese retirar do evento. Incumbi-do de substituir o prefeito apóssua saída, o secretário munici-pal de Participação e Parceria,Ricardo Montoro, foi autor deuma frase, no mínimo, simbóli-ca. “Gostei da cadeira, não seise irei me levantar”, disse o se-cretário, referindo-se ao lugarantes ocupado por Kassab.

Telecentro – Durante sua vi-sita ao Centro de ExposiçõesImigrantes, Ricardo Montoroaproveitou para falar do Tele-centro, posto de inclusão digitalda Prefeitura de São Paulo ins-talado no Festival do Japão2009. A presença do Telecen-tro no evento foi uma forma depropagar o trabalho de inclusãoe qualificação que estava à dis-posição do imigrante. O servi-ço é uma realização da Secre-taria de Participação e Parce-ria (SMPP) e gerido pela Co-ordenadoria de Inclusão Digi-tal, da Prefeitura de São Paulo.“Trata-se do maior programade inclusão digital do mundo.Hoje, temos 320 telecentrosespalhados por São Paulo, ameta do prefeito GilbertoKassab, que tem um carinhoespecial por este projeto, é ins-talar mais 80 telecentros na ci-dade de São Paulo até o finaldo ano”, discursou Montoro.

Em português, o cônsul ge-ral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe, disse que ficouansioso em conhecer “um dos

maiores eventos do gênero domundo” e reafirmou sua espe-rança de que o interesse pelacultura japonesa se aprofundecada vez mais. O cônsul tam-bém chamou a atenção para otema do Festival do Japão, queeste ano foi inspirado no meioambiente, “um dos grandesproblemas da humanidade”.

Autor de uma emenda par-lamentar que liberou R$ 50 milpara a realização do evento, odeputado Walter Ihoshi (DEM-SP) lembrou que o Festival doJapão agrega quase todas asprovíncias japonesas. “Debu-tante” no Festival do Japão, odeputado estadual Hélio Nishi-moto (PSDB), que tambémbeneficiou a realização doevento com R$ 50 mil atravésde um convênio entre oKenren (Federação das Asso-ciações de Províncias do Ja-pão no Brasil) – entidade or-ganizadora do Festival do Ja-pão – e a Secretaria de Esta-do da Cultura, disse que esta-va “emocionado por constatarque a cultura japonesa conti-nuará viva no nosso País”.

Bunkyo Rural – Já o presi-dente do Bunkyo (SociedadeBrasileira de Cultura Japone-sa e de Assistência Social),Kihatiro Kita, parabenizou oKenren pela escolha do tema.“A questão do meio ambienteestá intrinsecamente ligada àimigração japonesa pois os pi-oneiros desempenharam umimportante papel na agricultu-ra, área que continuam a con-tribuir até os dias de hoje. E oBunkyo também se preocupacom essa questão. Tanto queuma de nossas bandeiras foi acriação do Bunkyo Rural, cujaproposta é discutir e orientaras lideranças levando suas rei-vindicações aos órgãos com-petentes. Entendemos que oBunkyo pode atuar como esseagente facilitador”, disse Kita,antecipando que um primeiroencontro nesse sentido, com aparticipação de lideranças dacomunidade na área agrícola,está marcado para outubro, nacidade de Pompéia (SP).

(Aldo Shiguti)(Leia mais na pág 4)

Kassab destaca participaçãoda comunidade nipo-brasileiraem sua administração

Kassab: Quero consolidar minha administração com a comunidade

Sucesso de público, 12º Festival do Japãovaloriza participação de voluntários

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009

COMUNIDADE

Público da 12ª edição do Festival do Japãofica surpreso com variedade de atrações

As inúmeras atrações da12ª edição do Festivaldo Japão realizada no

último fim de semana (de 17 a19 de julho) no Centro de Ex-posições Imigrantes, Zona Sulde São Paulo, surpreendeu opúblico participante do even-to. Apontado como o maioracontecimento da cultura japo-nesa na América Latina e domundo, o evento contou comcaravanas de diversas cidadesdo estado de São Paulo e doBrasil. Uma equipe de volun-tários treinados orientou os vi-sitantes sobre as muitas atra-ções realizadas.

Priscila Saita de CampoLimpo, por exemplo, revelouque participou do evento pelaterceira vez, “mais para comerpratos da culinária japonesa”.Seu namorado, Danilo Moreno,de Pirituba (Zona Norte de SãoPaulo), calculou que foi a quar-ta vez no Festival. “Como eunão sou descendente e sendonoivo de uma japonesa, querosaber um pouco mais da cultu-ra japonesa de um modo gerale da família dela”, explica.

Questionado sobre os mo-tivos que o levaram a partici-par do evento, ele foi enfáticoao apontar a culinária, princi-palmente. “Tudo que a Priscilafala em cultura japonesa estáaqui”, esclareceu.

Richard Muta, do Morum-bi (Zona Sul de São Paulo),afirmou que participa há qua-tro anos do Festival atraídopelas comidas típicas, pela tra-dição e também para ver osprodutos importados. “O even-to foi muito legal”, avaliou.

Matiko Tsukamoto, do Ja-baquara, também na Zona Sulpaulistana, lembra que come-

çou a participar do Festivaldesde quando era realizado naAssembléia Legislativa, e ad-mite que o prestigia mais pe-las raízes. Os shows e apre-sentações de artes marciaisforam o que mais chamarama atenção da nissei. “Por cau-sa disso eu venho todos osanos; já aconteceu de uma ououtra edição não apresentar

uma atração. Geralmente to-dos os anos os eventos sãoiguais”, assegura.

Debutante – Edson Kadowa-ki, também do Jabaquara, re-corda que completou cinco ouseis anos visitando o eventoonde este ano contou com pa-rentes participando das atra-ções, por isso prestigiou. “A

Público prestigiou as atrações de palco do Festival, que teve dança, taikô, artes marciais e música

FOTOS: AFONSO JOSÉ DE SOUSA

cada ano a gente espera algu-ma coisa interessante. Esteano eu vi que os estandes doscarros estão melhores do queno ano passado. Os arranjosde ikebana, shodô e os showstambém chamaram atenção”,atesta ele que o que deu praver foi de bom agrado.

Sandra Ikebe, de SantoAndré (no ABC paulista), queestava acompanhada do namo-rado William Itosu, disse queparticipou do evento pela pri-meira vez porque seu sogro esua sogra trabalharam em umabarraca na festa e só não com-pareceu nas outras edições porque estava trabalhando no Ja-pão. Questionada sobre o quemais a atraiu, disse que gostou

das comidas típicas do Japão.“Os representantes de váriasprovíncias apresentaram bema alimentação típica de suasrespectivas regiões, achei in-teressante o volume de pesso-as presentes, foi bem organi-zado”, destaca a nikkei ao con-siderar o evento completo.

Roberto Okuda, do Jaba-quara, antecipou que tambémfoi a sua primeira vez no even-to, seduzido pelas curiosidadese a cultura japonesa. “Eu vialgumas coisas que são oci-dentais e não fazem parte dacultura japonesa. Nessa parteeu acho que não seria assimtão válida, mas no geral estábom”, avaliou.

(Afonso José de Sousa)

Edson Kadowaki, do Jabaquara, foi ao Festival com parentes Richard Muta, do Morumbi, participa do Festival há quatro anos Matiko Tsukamoto frequenta o Festival para prestigiar as raízes

Danilo Moreno e a namorada, Priscila, vieram de Campo Limpo

INTERCÂMBIO

Alunos do Estado de SP mostrarão o “Carnaval Brasileiro” em Mie

Dezesseis alunos e quatroprofessores da escola estadu-al Jornalista Wandyck Freitas,de Taboão da Serra, embarca-ram na madrugada de hoje (24)para o Japão. Eles vão repre-sentar o Brasil na 32ª ediçãodo Festival Cultural Nacionalde Alunos do Ensino Médio doJapão, que acontece na provín-cia de Mie.

Esta é a primeira vez queum grupo de estudantes de umpaís da América Latina parti-cipa deste evento que aconte-ce no Japão desde 1977.

Com o tema “Mostra doCarnaval Brasileiro”, jovens do2º e 3º anos do ensino médioapresentarão um número desamba para cerca de 100 milpessoas, entre elas, o príncipeherdeiro do trono japonês, Na-ruhito.

Alunos e professores com-puseram a música que emba-lará a coreografia, que foi cri-ada com a ajuda de profissio-nais da dança. Além de cantar

DIVULGAÇÃO

Alunos de Taboão se apresentarão em festival japonês

os alunos se dedicaram aoaperfeiçoamento dos passosda coreografia.

Durante a permanência noJapão, os estudantes conhece-rão escola de ensino médio deMie e vão falar sobre a cultu-ra e a política educacional deSão Paulo e do Brasil. Todasas despesas dos alunos e pro-fessores brasileiros serão cus-teadas pelo governo japonês.

“O intercâmbio cultural éfundamental para enriqueceros conhecimentos e ampliar oshorizontes dos jovens. Desper-ta o interesse por outras cultu-ras, pelo aprendizado de outrosidiomas e pela história de ou-tros povos. Estamos muito hon-rados com o convite. O Japãoé um país irmão de São Paulo,que muito contribui para o en-riquecimento cultural de nos-so estado”, afirma o secretá-rio da Educação, Paulo Rena-to Souza.

O grupo retorna ao Brasilno dia 1º de agosto.

e dançar, o grupo também irátocar surdo, caixa, tamborim,pandeiro e agogô, instrumen-tos comuns nas rodas de sam-ba brasileiras.

Centenário – No ano passa-do, durante as comemoraçõesdo centenário da imigração ja-ponesa no Brasil, representan-tes do governo de Mie visita-

ram a escola de Taboão daSerra. Na ocasião, a delega-ção conheceu algumas dançastípicas brasileiras que poderi-am ser apresentadas no festi-val. Foi quando surgiu o con-vite.

Os ensaios para a apresen-tação começaram no segundosemestre de 2008. Todas assemanas, nas aulas de Artes,

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São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009 JORNAL NIPPAK 5

CIDADES/RIBEIRÃO PIRES

Atrações japonesas recheiamdomingo do Festival do Chocolate

Sempre me perguntam oporquê de os parentes do fa-lecido na missa dos 49 diasoferecem aos amigos umapequena lembrança, toalha,geralmente, mas pode serqualquer outro objeto. Umacaneta, por exemplo.

Para os budistas essa dataé significativa. É quando aalma deixa de fato este mun-do material e passa para umaoutra dimensão. É uma des-pedida.

O mimo é em gratidãopelo apoio que recebeu porocasião do falecimento.Como não foi possível retri-buir esse favor em igual opor-tunidade, substitui-o pela pe-quena lembrança. É o ongaeshi. Importante costumeoriental que mesmo na misé-ria da guerra era cumprido.Dava-se uma caixa de fós-foros. Mas quando chegou abonança do pós-guerra, alembrança era uma caixa dedoces, confeccionados deaçúcar e arroz, em forma depeixe, outros animais ou flo-res, em cor verde, de luto.

Se para ocasiões festivasas cores eram vivas, verme-lhas. Não sei quando esse cos-tume desapareceu. Dizem queos fabricantes dos doces não

deixaram herdeiros. Por oca-sião do casamento em estilojaponês era costume tambémenfeitar a mesa dos noivoscom um enorme peixe colori-do, assado, o Tai (pargo) paradar sorte. Esse costume tam-bém desapareceu. Aliás, fazbom tempo que não assisto aum casamento em estilo ori-ental. Para falar a verdade,casamento de nikkei comnikkei está ficando cada vezmais raro.

O finado é comemoradono Japão no mês de agosto.É quando as almas retornampara visitar os antepassadosque deixaram nesta dimen-são. E o Bom Odori é a festapara recebê-las. A lanternacolorida é para orientá-las naviagem da vinda.

Diz a lenda que assim quesoado o último acorde da mú-sica e as luzes apagadas é debom alvitre voltar rapidamen-te para casa sem olha paratrás, caso contrário as almas,com saudades, fazem ques-tão de acompanhá-los. Quan-do chegar a residência, joguesal grosso na entrada comoprevenção. Benzedura e cal-do de galinha não fazem mala ninguém.

(Shigueyuki Yoshikuni)

ARTIGO

Alguns velhos costumes

CIDADES/LONDRINA

Método Suzuki poderá sercertificado em Londrina

Professores de música po-derão receber a certificação doMétodo Suzuki em Londrina.O anúncio foi feito no dia 12de julho pelo diretor artístico doFestival de Música de Londri-na (FML), Marco Antônio deAlmeida, com a presença doSecretário de Cultura do Mu-nicípio, Leonardo Ramos, du-rante o concerto no TeatroOuro Verde. Um Núcleo deMusicalização para violino eflauta doce será criado pelaorganização do FML e prefei-tura na secretaria de cultura.

A viabilização do núcleo sófoi possível mediante a apro-vação da emenda do prefeitoHomero Barbosa Neto, quan-do deputado federal, que re-passa verbas para o Festivalde Música e Teatro. O projetovai até o final de novembro,com aulas mensais para pro-fessores, ministradas pela pro-fessora paulista Shinobu Saito.O Núcleo será um pólomultiplicador, inicialmente re-gional e depois estadual.

“A união de forças da pre-feitura e festival possibilitou acriação do núcleo, que teráverbas até o final do ano, masvamos estudar possibilidadespara dar continuidade ao pro-jeto”, esclareceu o secretáriode cultura, Leonardo Ramos.

Musicalização – O projetoiniciou no Festival, com a pre-sença da professora Shinobu

Saito, que trabalha com o Mé-todo Suzuki no Brasil desde1981, após receber o “TeacherTrainer Certificate”, da Asso-ciação Suzuki Americana tor-nando-se a primeira professo-ra no país qualificada para for-mar professores pelo método.

“A ideia não é só atenderas crianças e os jovens, masprincipalmente formar profes-sores para trabalhar esta áreade musicalização”, explica odiretor artístico do 29ª Festivalde Música de Londrina , Mar-co Antônio de Almeida.

Durante o lançamento donúcleo, Almeida perguntou aosecretário Leonardo Ramos seo núcleo, com os projetos daprefeitura como “MusicandoNas Escolas” e “Um CantoEm Cada Canto” e outras ini-ciativas musicais que são rea-lizadas em Londrina, não po-deriam ser o “embrião” daEscola Municipal de Música”O secretário respondeu que“até 2010 este sonho provavel-mente se tornará realidade.”

A Acema (Associação Cul-tural e Esportiva de Maringá)lançou no último dia 16 o 20ºFestival Nipo-Brasileiro. Oevento, um dos maiores do gê-nero no Brasil, será realizadona Acema 8 a 16 de agosto,com exposições culturais,workshops, música, danças fol-clóricas, área de alimentaçãocom 3 mil metros quadrados epratos típicos do arquipélagonipônico e feira de negócios.

O Festival já é uma tradi-ção em Maringá e reúne pes-soas de toda a região além decaravanas formadas por inte-grantes da colônia de váriascidades do Paraná, São Pauloe Mato Grosso do Sul. O Fes-tival Nipo-Brasileiro tem apoioda Prefeitura Municipal deMaringá.

Durante o jantar de lança-mento o prefeito Silvio Barrosfoi representado pelo secretá-rio de Serviços Públicos,Vagner Mussio, que ressaltoua importância da comunidadenikkei para o desenvolvimentoda região. “A Prefeitura é par-ceira deste grande evento, queé o maior de Maringá e regiãoneste segmento. Para os ma-ringaenses é motivo de orgu-lho que a Acema promova oFestival Nipo-Brasileiro emnossa cidade”, comentou

Mussio, que convidou a todospara prestigiar o Festival.

Tradição na cidade duran-te os nove dias o Festival trazapresentações de grupos fol-clóricos, shows musicais, bomodori tradicional, grupo de taikôWakadaiko, apresentações dedança e coral, arte japonesa ecomidas típicas.

O sucesso do Festival é ga-rantido pelo trabalho voluntárioda comunidade japonesa e dealgumas entidades que buscam,a cada festival, tornar o eventouma referência nacional da di-vulgação da cultura japonesa.Em 2008, o evento atraiu cercade 100 mil visitantes.

CIDADES/MARINGÁ

Acema lança a 20ª edição doFestival Nipo-Brasileiro

Festival já é uma tradição no PR

DIVULGAÇÃO

A polícia de Lins (SP) con-tinua investigando o assassina-to da jovem Juliana Yokota dosSantos, 28 anos, solteira, queregressou do Japão havia trêsmeses onde trabalhou por al-gum período. O crime ocorreuno último dia 16, por volta das20h, quando vizinhos dela ou-viram gritos de socorro e cha-maram a polícia.

A vítima, que morava sozi-nha na rua Arthur Fernandes– os país estão no Japão – foiencontrada ferida defronte àresidência com quatro faca-das. Levada ao Pronto Socor-ro, não resistiu aos ferimentose veio a falecer. Até o momen-to nenhum suspeito foi preso.Embora o latrocínio (roubo se-

guido de morte) seja o motivoprovável a polícia não descar-ta nenhuma hipótese. Aquelesque estão retornando do Japãonecessitam tomar preocupa-ções especiais, pois os ladrõessupõem que estão de posse dedólares.(Shigueyuki Yoshikuni, de Lins)

CIDADES/LINS

Polícia investiga assassinatode dekassegui em Lins

REPRODUÇÃO

CIDADES/BAURU

Prefeito de Bauru apresentapotencialidades econômicas

Prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho; presidente da Câmara, MakotoTanaka; e cônsul geral adjunto do Japão em São Paulo, JiroMaruhashi (da esquerda para a direita)

O prefeito de Bauru (SP),Rodrigo Agostinho, apresentoua 100 empresários, em suamaioria japoneses, duranteevento realizado no último dia17, em São Paulo, promovidopela Câmara de Comércio eIndústria Japonesa do Brasil,as razões que fazem de Bauruum grande negócio capaz dereceber novos investimentosdo setor industrial do país e doexterior.

A palestra do prefeito levouaos empresários conheceremas principais potencialidadesno município, consideradas osmais importantes indutores dodesenvolvimento. Entre eles omaior entroncamento rodo-aero-hidro-ferroviário eenergético do interior da Amé-rica Latina, como centro logís-tico, facilitando o escoamentode bens e serviços produzidosna região.

A localização geográfica domunicípio e a instalação dasferrovias foram fatores de gran-de relevância para o desenvol-vimento econômico e o cresci-mento da cidade. Nas últimasdécadas vem também se des-tacando na industrialização.

“Bauru é viável em todos

os sentidos. Possui uma enor-me capacidade de investimen-to e um futuro promissor tantono setor do agronegócio, queé sua vocação primeira, quan-to no setor industrial e delogística, que crescem consis-tentemente. É um destino cer-to para investir”, garantiuAgostinho aos empresáriospresentes.

A palestra serviu comoconvite para que empresáriosjaponeses conheçam as parti-cularidades e potencialidadesde Bauru.

Recebida pelo presidenteMakoto Tanaka e demaismembros da Diretoria Execu-tiva, a comitiva do prefeito es-tava composta por AntonioMondelli Júnior, secretário doDesenvolvimento Econômicode Bauru; Paulo RobertoFerrari, chefe de Gabinete doPrefeito; Julio Akio Kozaka,presidente do Clube CulturalNipo-Brasileiro de Bauru; eRoger Shinki Yafushi, diretor-executivo da Reban Informá-tica, membro-associado daCâmara.(Fonte: Câmara de Comércio eIndústria Japonesa do Brasil.Texto: Rubens Ito)

RUBENS ITO / CCIJB

Aprogramação dosgrandes shows do 5°Festival do Chocolate,

evento gastronômico cultural ede desenvolvimento econômi-co que acontece na EstânciaTurística de Ribeirão Pires(SP) prossegue hoje (24), sá-bado (25) e domingo (26) noRibeirão Pires Futebol Clube.Já passaram pelo palco doevento as bandas Jota Queste Paralamas do Sucesso e adupla Bruno & Marrone. Nes-ta segunda semana, as atra-ções ficam por conta das apre-sentações de Fábio Jr. (24),Guilherme e Santiago (25) eCésar &Paulinho (26).

Zé Henrique e Gabriel, Giane Giovani, Falamansa e Fernan-do e Sorocaba integram asapresentações da terceira se-mana, enquanto Marcos Belutti,Lincon e Luan, Capital Inicial eCésar Menotti e Fabiano encer-ram a edição de 2009, que pros-segue até 9 de agosto.

Além de nomes consagra-dos da música, o Festival abreespaço também para artistasda região e da comunidadenipo-brasileira. E a programa-ção deste domingo (26) doFestival do Chocolate é reche-ada de atrações japonesas. Aprogramação mescla apresen-tação de taikô e de mágica como The Oriental Magic Show edos cantores Joe Hirata eMariko Nakahira.

Já o formato gastronômicopermanece. Nas quatro edi-ções anteriores o público de 1,4milhão de visitantes consumiu37 toneladas de chocolatetransformadas em bolos, tor-tas, mousses, pudins, brigadei-ros e outras iguarias.

DIA 24 (SEXTA-FEIRA)18h – Abertura dos Portões18h – Luiz & Luan19h – KM1220h30 – Ronnie Parcker Elvis(cover)22h –Fábio Jr

DIA 25 (SÁBADO)14h – Abertura dos Portões14h30 – Sexo Frágil16h – Pilomáticos17h30 – Ivan Dourado e Adriano19h – Luis Grande20h30 – Grazi Medeiro22h – Guilherme e Santiago

DIA 26 (DOMINGO)11h – Abertura dos Portões11h30 – Taikô de Ribeirão Pires13h – Grupo Baston Dance14h – Nakahira Mariko15h30 – Ryokyukoko MatsuriDaiko

16h30 – The Oriental Magic Show18h – Joe Hirata19h30 – Elton John (cover)21h – Roger e Rogério22h – Cezar & Paulinho

VALORES DE INGRESSOSPontos de Venda: R$ 10,00 e R$5,00 meia entrada)Os ingressos podem ser adquiri-dos pela Internet no sitewww.ingressofacil.com.br, ou ain-da no telefone 4003-2245.

PONTOS DE VENDA(SÃO PAULO)Estádio do Pacaembu: PraçaCharles Miller, s/nº - PacaembuEstádio do Canindé (Portuguesa):Rua Comendador Nestor Pereira,33 – CanindéGinásio do Ibirapuera: R.Manuel

da Nóbrega, 1361 – IbirapueraLoja Pitta Sports: Rua SilvaBueno, 1156 – IpirangaParque São Jorge: Rua São Jor-ge, 777 – TatuapéGinásio de Esportes José Corrêa(Bilheteria A): Avenida GuilhermeP. Guglielmo, 100 – Barueri

POSTOS DE VENDA(GRANDE ABC)Aciarp: Rua Stella Bruna CechiNardelli, 257 – Centro, RibeirãoPires.Ribeirão Pires Futebol Clube:Avenida Brasil, 330 – Centro, Ri-beirão Pires.Estádio José Bruno Daniel: Rua24 de Maio, s/nº - Santo AndréEstádio Anacleto Campanella:Rua Walter Tomé, nº 64 – Bairro:Olímpico, São Caetano do Sul

Confira a programação da 2ª semana

Os cantores Joe Hirata e Mariko Nakahira são algumas das atrações deste domingo em Ribeirão Pires

DIVULGAÇÃO

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009

BAIRRO ORIENTAL

Novo presidente do Conseg daLiberdade elege prioridades

ÁSIA

Computex 2009:focada na mobilidade

As companhias taiwane-sas de tecnologia de ponta setransformaram mais uma vezno centro de atenção da in-dústria mundial de tecnologiada informação e de telecomu-nicações (ICT, sigla em in-glês) com a inauguração, nodia 2 de junho, da ComputexTaipei 2009. A grande parti-cipação pode ser tomadacomo indício de que o setorlocal de ICT segue tão dinâ-mico como sempre.

A Computex 2009 contoueste ano com um total de1.712 fabricantes de 21 paí-ses e regiões, que ocupam4.498 estandes de exibição,assim como milhares de pro-fissionais e compradores detelecomunicações. Em outraspalavras, no âmbito daComputex deste ano são man-tidos os níveis anteriores, ape-sar da recessão econômicamundial. Espera-se que sejamatraídos aproximadamente 35mil compradores internacio-nais e gere US$ 20 milhõesem negócios.

A maioria dos grandes no-mes da indústria como aAMD, Artic Cooling, Hitachi,Intel, Microsoft, Marvel,Acer, Asus e Gigabyte parti-ciparam do evento realizadoaté o dia 6, no Centro do Co-mercio Mundial de Taipei.Com ele se garante que aComputex Taipei continuesendo uma das exposições daICT mais influentes do mun-do, superada somente pelafeira de tecnologia CeBit, naAlemanha. O fato de se man-ter à margem da atualrecessão econômica mundi-al, destaca a competitividadeda indústria de ICT de Tai-wan, declarou o primeiro-mi-nistro Liu Chao-shiuan duran-te a cerimônia de inaugura-ção, organizada pelo Conse-lho para o Desenvolvimentodo Comércio Exterior de Tai-wan (TAITRA, sigla em in-glês) e a Associação de Com-putadores de Taipei (TCA,sigla em inglês).

Enfatizando que a criseeconômica mundial afetoufortemente todas as indústri-as, Liu afirmou que se podeesperar que as indústrias deICT de Taiwan se recuperemconsideravelmente quando aeconomia mundial se restabe-lecer, devido a sua experiên-cia técnica que engloba a ca-deia de abastecimento mun-dial, assim como a base decompetitividade e flexibilida-de do seu setor de manufatu-ra.

Por sua parte, WangChih-Kang, presidente daTAITRA, declarou no even-to que o setor de ICT de Tai-wan ocupa uma posição decompetitividade na cadeia deabastecimento global a qualé insubstituível.

Com o propósito de justi-ficar tal afirmativa, Wang ci-

tou um informativo publicadopela The Economist em se-tembro de 2008, onde se men-ciona que a competitividademundial da indústria de ICTde Taiwan avançou, alcan-çando o segundo lugar nomundo, superada somentepelos Estados Unidos.

Também, 18 empresastaiwanesas se destacaramentre as mais importantesdentro da avaliação da indús-tria na Business WeekInfoTech 100 de 2008, sendoa melhor entre todos os paí-ses da Ásia, à frente da Chi-na continental (com 6), Japão(5) e Coréia do Sul (4) com-plementou Wang.

“Por mais difíceis que se-jam as condições econômi-cas, mais claramente se podeobservar a vitalidade e o for-te espírito da indústria de ICTde Taiwan”, disse J. T. Wang,presidente da TCA.

Segundo Wang, este ano,a Computex Taipei mostra atodo o mundo os ganhos al-cançados duramente pelo se-tor local, com WiMAX (inte-roperabilidade mundial paraacesso por microondas mini-computadores ou computa-dores subportáteis (netbooks)e computadores portáteis rá-pidos com economia de ener-gia como as três mais notá-veis inovações deste ano.

Baseando-se no êxitodo ano passado do tema“Computex se liga aWiMAX”, o tema da feiradeste ano foi “WiMAX emMovimento”, que simboliza oinício das operações comer-ciais da WiMAX em Taiwan,afirmou Wang.

Os quatro principais ope-radores da WiMAX emTaiwan, a saber: VMAX,Vee Telecom, TATUNGInfoComm, e Global Mobiledemonstraram pela primeiravez vários serviços de aplica-ções ao público.

Além disso, com o apoiodo Governo da Cidade deTaipei e o Escritório de De-senvolvimento Industrial, osserviços WiMAX estarão dis-poníveis na linha Muzha doMetrô de Taipei. Com ele, opúblico poderá experimentara primeira rede móvel deacesso sem fio de banda lar-ga em um sistema de trans-porte rápido em massa, disseWang.

Quanto a nova moda decomputadores portáteissuper-rápidos apresentadospelos fabricantes taiwaneses,Wang explicou que têm atéoito horas de energia nas ba-terias, com preços similaresaos notebooks, em média, oque leva os fabricantes, líde-res mundiais, a seguir estanova norma.

Fonte: Divisão de Informações– Escritório Econômico e Cul-tural de Taipei

Duas modelos exibem os dois computadores mais avançadosque os fabricantes taiwaneses apresentam na Computex Taipei2009

CNA

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Anova diretoria do Con-selho Comunitário deSegurança (Conseg)

da Liberdade gestão 2009/2011 realizou evento nesta ter-ça-feira (dia 22), nas depen-dências da Associação Cultu-ral e Assistencial da Liberda-de (Acal), para marcar suaposse. Na ocasião AkioOgawa foi apresentado comoo novo presidente da entidadeao lado de outros diretores.Durante a solenidade o ex-pre-sidente Nilton Toshihiro Fukuifoi homenageado pelo deputa-do William Woo (PSDB/SP)com um diploma pelos trêsmandatos consecutivos à fren-te do Conseg. A homenagemfoi entregue pelo chefe de ga-binete do parlamentar, Rober-to Sekiya.

Akio Ogawa explica que avantagem de assumir o cargona área da segurança em umpaís onde o assunto parece pre-cário é uma missão muitas ve-zes considerada difícil. Para eleo desafio é interessante no bair-ro, primeiro porque a própriapolícia reconhece que precisada força da comunidade paraconquistar posições. “Eu ficomuito confortável de estar as-sumindo num momento comoesse, em que a gente pode co-locar um koban na Praça daLiberdade, fruto do trabalho dagestão anterior. Ao mesmo tem-po eu sinto que a Liberdadeestá mais segura porque souusuário, gosto das noites do bair-ro, vou a restaurantes, e feliz-mente nada de ruim aconteceue espero que continue nãoacontecendo”, destaca.

De acordo com Ogawa aprevisão de instalação de umacabine na Liberdade, confor-me antecipou o JornalNippak, depende da aprova-ção do Conselho Municipal dePreservação do PatrimônioHistórico, Cultural e Ambien-tal da Cidade de São Paulo(Conpresp), que está próximo.“Com a aprovação a gente vaiconseguir montar o koban emestilo japonês dentro do modelodo projeto arquitetônico e ur-banístico “Liberdade - Cami-nho do Imperador”, que ficará

cima um pouco do Estatuto daCriança e do Adolescente(ECA) e de todos os proces-sos. Este país está protegendomuito mais o bandido do que opovo comum e isso os gover-nos do Estado e Municipal estátentando mudar”, afirma.

Akio Ogawa recomendoutambém para os próximos anosque quem envelhecer e tiverdescendência japonesa, talvezo melhor lugar para morar é aLiberdade. “Aqui tem comida,amigos, associações, kenjin-kais, tem tudo disponível, e sepudermos usar com seguran-ça isso é fantástico”, explica.

A posse da nova diretoria doConseg da Liberdade contoucom a participação de váriasautoridades civis e militarescomo o assessor Carlos Alber-to Francisco que representou oSubprefeito da Sé, AmauriPastorello; o presidente da As-sociação Cultural e Assistenci-al da Liberdade (Acal), Hiro-fumi Ikesaki; o presidente daSociedade Brasileira de Cultu-ra Japonesa e de AssistênciaSocial (Bunkyo), Kihatiro Kita;o presidente da Federação dasAssociações de Províncias doJapão no Brasil (Kenren), AkeoYogui; do presidente dosConsegs de São Paulo, SilvioFerreira; do Capitão AmarildoGarcia, da 2ª Cia do 45º BPM/M; do delegado titular do 5º DP,José Matallo Neto, e outros.

(Afonso José de Sousa)

Representantes de entidades nipo-brasileiras da região Sudoeste prestigiaram o evento

DIVULGAÇÃO

bonito, muito útil e digno paraas pessoas e turísticas”, res-salta o presidente ao falar quesobre verbas se tiver projeto,dinheiro existe, é só procurar.

Kenjinkais – A Liberdadehoje tem mais de 30 kenjinkaise é um bairro turístico quemerece mais segurança, porisso Akio Ogawa anunciou queuma ação continuada e integra-

da será colocada em práticapor órgãos e secretarias doEstado e do Município pararealizar um trabalho de limpe-za da cracolândia que trarámais tranqüilidade para tornaro bairro mais seguro. “Eu e asdiretoria vamos trabalhar paraconseguirmos mais confortopara os moradores. Pela primei-ra vez uma ação coordenadaestá sendo feita, passando por

O novo presidente do Conseg Liberdade, Akio Ogawa

COMUNIDADE

Kamia homenageia dirigentes no aniversário de 55 anos daAssociação Cultural e Esportiva Okinawa – Ipiranga

Em comemoração ao ani-versário da Associação Es-portiva Cultural Okinawa deIpiranga (Aeco-Ipiranga), overeador Ushitaro Kamia(DEM) homenageou dirigen-tes da entidade e do fujinkai(Departamento de Senhoras).A cerimônia de entrega e fes-tejo dos 55 anos de fundaçãoaconteceu no último dia 19,em sua sede.

O evento foi iniciado coma apresentação das memóriasque construíram a história dolocal, que antigamente foradenominado como Arecip (As-sociação Recreativa EsportivaCultural do Ipiranga). Fruto do

esforço de imigrantes vindosda província de Okinawa, noJapão, e que se instalaram naregião do Ipiranga, zona sul deSão Paulo.

Em seguida, o vereadorKamia prestou seu gesto dereconhecimento pelos servi-ços prestados na preservaçãoda cultura japonesa e tam-bém, aos trabalhos dedicadosà sociedade brasileira descer-rando uma placa comemora-tiva à ocasião e com a entre-ga individual de pessoas quese destacaram nos últimos 25anos.

“Eles lutaram muito paramanter essa entidade ativa até

hoje. Líderes natos que trazi-am o ânimo necessário parapersistir, tanto na Associaçãocomo na própria vida”, des-creveu o vereador Kamia du-rante a ocasião. “Hoje é aoportunidade de demonstrar omeu carinho, de todos os as-sociados e da sociedade comoum todo por tudo o que fize-ram”.

Homenagens – KeishoKishimoto (1984, 1985, 1989,1990), Tadashigue Oshiro(1988), Ryoki Kuba (1993),Luís Katsumassa Senaha(1994), Tomotatsu Kiyuzato(1997, 1998, 2007, 2008 e

2009), Zinhiti Kubatamaia(1997, 2000, 2001, 2002) e Ro-berto Tamashiro (2003, 2004,2005 e 2006), que presidiramo kaikan, receberam o diplo-ma que valorizou todo o esfor-ço dedicado à comunidade.

A participação das mulhe-res também foi ressaltada naocasião representada porKame Tokuzato, MatsueKishimoto, Satiko Aguena,Toshiko Tamashiro, YaekoTaira, responsáveis por dirigi-rem o Fujinkai da AECO-I,organizar e trabalhar na pro-moção de festas e atividadesdo kaikan, mantendo a chamados pioneiros viva.

Cerimônia contou com a presença de autoridades Ushitaro Kamia prestou homenagens aos ex-presidentes

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São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009 JORNAL NIPPAK 7

ANIME E MANGÁ

Vida de Michael Jacksonganhará versão em mangá

Canto doBacuri

FRANCISCO HANDA

Quando repercutia o sino do templologo pela manhãdo outro lado ruatrês cegos caminhavam.

O cego da frente guiava-sepor uma bengala de alumínioo trás segurava-lhe o ombroo outro segurava-lhe o ombro.

Que destino tomavam não sabianem para onde iamse realmente iam para algum lugar.

Talvez não fossem a algum lugare lugar algum era o destino deles.

Pela escuridão de seus olhostrês cegos caminhavampela ladeira abaixosem se incomodarcom o fluxo inversodos carros e cachorroscarroças de catadores de papel.

Apenas iam onde a bengalado primeiro cego conduziaque conhecia cada pedaço deste chãoque na irregularidade da argila ressecadadeixou marcas de pegadase furos da bengala.

Todo dia passavaquando o sino tocavatrês cegos conduzidospor uma bengala!

E assim se repetiaaté que certa ocasiãoo tocador de sino adoeceutrês cegos conduzidospor uma bengaladeixaram de descer a ladeira.

Quando se voltou a tocar o sinoos três cegos não vierem mais.O que teria acontecido com eles?Não se sabeNão se sabe se realmentetrês cegos desciam a ladeira.

Três cegosdesciam a ladeira

[email protected]

Com o intuito de homena-gear o cantor MichaelJoseph Jackson que

morreu no dia 25 de junho aos50 anos, o professor de mangáFábio Shin prepara uma ver-são em mangá para contar avida e a trajetória artística dogrande artista norte-america-no. A idéia de criar o mangásurgiu logo depois do anúncioda volta do cantor aos palcosdurante uma turnê que seriarealizada a partir deste mês emLondres, capital britânica. Pen-sando nessa excursão FábioShin convidou seu amigo LedoVieira (fundador da JapanSunset em 1995 junto com oprofessor), para escrever oroteiro. “Achei uma ótimaoportunidade para juntar asduas coisas que gosto, o tra-balho de Michael Jackson e omangá, queríamos lançar du-rante a turnê dele em Lon-dres”, explica.

O lançamento do mangá deMichael Jackson também con-ta com a iniciativa da EditoraSeoman que têm outros títulos.A dupla começou a escrevere a produzir o mangá com tran-qüilidade e no anonimato emmaio de 2009, mas quando es-tavam no 5º capítulo de repen-te foi anunciada a notícia damorte do cantor que abalou aprodução da publicação. “Fi-camos totalmente sem ação etristes, pois todos os envolvi-dos neste projeto do mangá deMichael Jackson é fã dele.Após uma semana de luto todaa equipe retomou a produção”,esclareceu.

Fábio Shin deixa claro quede maneira nenhuma desejaaproveitar a morte do rei doPop para lançar o mangá paraganhar dinheiro, uma vez quejá estava elaborando a publi-cação antes mesmo do ocorri-do. “Foi uma infeliz coincidên-cia. Apenas divulgamos antesda estréia, pois do jeito que foie as pessoas se aproveitando,ficamos com medo de produ-zir esse mangá com tanto ca-rinho e alguém se aproveitarneste momento difícil. O man-gá está sendo produzido commuito respeito a ele e a todosos fãs”, assegura.

O professor revela que o

primeira da América Latina atrabalhar com caricaturas emmangá, e com este livro acre-dita que seu nome e da suaequipe serão bem divulgados.Como o roteirista Ledo Vieiratambém é um grande fã demangá, a dupla conversoumuito para chegar a uma his-tória do jeito que gostam, ex-plorando o sentimento dos per-sonagens.

Perda – Questionado sobre oque significa a perda do can-tor, Fábio Shin disse que senteque perdeu uma pessoa da suafamília, pois está muito triste eabalado. Na sua carreira demangaká, o professor comen-tou que não foi fácil chegaraonde chegou, sempre seespelhou na garra e na forçado cantor Pop. “Ele era umgrande sonhador e muito cria-tivo, quero um dia ser comoele. O que ele fez pelo mundonenhum artista fez ou fará,Michael Jackson jamais seráesquecido, será eterno em nos-sos corações”, garante.

Fábio Shin atesta que suasdecisões pessoais são basea-das na garra, na determinação,na força de vontade e na cria-tividade do cantor que sempreajudou o próximo, por isso ten-ta fazer o que está a seu al-cance. O professor conta quejá ajudou várias pessoas a re-alizar sonhos, como trabalharcom desenho. Desde criançanão queria crescer e na pro-fissão de mangaká e profes-sor diz que é ótimo ser assim,hoje com quase 30 anos de ida-de, sempre que pode assiste odesenho do Pokémon.

O professor ainda nãosabe quantos exemplares se-rão produzidos, o preço e oslocais de venda, mas divulgouque a previsão de lançamen-to é para 2010. Fabio Shin queem breve promoverá uma ex-posição com desenhos domangá de Michael Jackson, écriador da Escola de MangáJapan Sunset com dez esco-las em São Paulo. Para outrasinformações sobre o anda-mento do projeto os interes-sados podem acessar o sitewww.fabioshin.com

(Afonso José de Sousa)

mangá será lançado em livra-ria e no momento está decidi-do em fazer apenas uma edi-ção. Ele antecipa que essemangá é o primeiro que irá lan-çar, mas já produ-ziu vários quadri-nhos institucionais.Atualmente traba-lha na Editora dométodo de ensinodo Anglo fazendoapostilas. “Será umtrabalho totalmentediferente dos outrosque já fiz e o rotei-ro é fantástico, estásendo um grandedesafio”, afirma.

O mangá seráuma homenagemque Fábio Shin faráa Michael Jacksone acredita que comeste trabalho abrirámais o mercadonacional e mostra-rá que os “manga-kás brasileiros”também têm talen-

to. O professor antecipa queao mesmo tempo quer lançaro projeto fora do Brasil, possi-bilidade essa ainda em estudo.Ele conta que sua equipe foi à

Fabio Shin: “Foi uma infeliz coincidência”

Mangá será lançado em livrarias e terá apenas uma edição

REPRODUÇÃO

LITERATURA

Livro revela os acontecimentos que movimentaram acomunidade nos últimos cem anos

Depois da versão em japo-nês lançada em 2006 o livro“Cem anos de águas corridasda comunidade japonesa” deautoria do jornalista OsamuToyama também foi lançada aversão em português no mer-cado editorial brasileiro. Napublicação que tenta desven-dar os vários casos que abala-ram a comunidade nikkei noBrasil, o escritor questiona eresponde a respeito do desmo-ronamento dos três baluartesda comunidade nikkei: as Co-operativas Agrícolas de Cotia(CAC) e Sul Brasil e o BancoAmérica do Sul. Além de abor-dar a verdade sobre os casosterroristas conferidos à ShindoRenmei e o futuro da comuni-dade nipo-brasileira.

A obra foi baseada numcuidadoso e minucioso traba-lho de pesquisa e coleta de in-formações; entrevistas e rela-tos dos próprios imigrantes pro-tagonistas. São depoimentosreais daqueles que vivenciaramsonhos e tristezas entre suor elágrimas nesta trajetória quechega ao seu centésimo pri-meiro aniversário.

O jornalista nikkei que exer-ceu a profissão na década de70 lançou o livro em portuguêsapós ser incentivado e orien-tado pelos leitores do livro em

são de venda em outros esta-dos. A publicação foi editadapela AGWM Editora e Produ-ções Editoriais e impressa pelaEditora Gráfica Topan-Press.

Osamu Toyama – O escritornasceu em Hamamatsu, pro-víncia de Shizuoka em 1941.Formou-se no Departamentode Ciências Políticas da Facul-dade de Direito da Universi-dade de Doshisha em 1965.No ano seguinte veio para oBrasil como imigrante, depoisde trabalhar como repórter emum jornal de língua japonesaem 1982, foi editor da RevistaAgrícola Agro-Nascente quefundou com alguns colegas.Desde 1987 optou por ser jor-nalista autônomo.

japonês. “Lançar em portuguêsnão ficou muito caro porque ti-vemos o apoio financeiro daFundação Japão, do conselhei-

ro da Associação CotiaSeinen, Hachiro Nagayama(proprietário dos RestaurantesNagayama) e do empresárioYoshio Tsuzuki”, revela.

Osamu Toyama acreditaque lendo sobre o passado osleitores vão compreender opresente e projetar o futuro.“Os nikkeis não sabem a ver-dadeira história da colônia porisso eles têm que ler o livro,bem como os ocidentais. Es-pero que muitos livros sejamvendidos”, incentiva.

O livro de 597 páginas estáa venda inicialmente nas livra-rias da Liberdade comoTakano, Tayodo (ou Sol),Fonomag e no Museu da Imi-gração Japonesa ao preço deR$ 48,00. Ainda não há previ-

Capa do livro Osamu Toyama

REPRODUÇÃO

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009

NITIGO GAKKO/JABAQUARA – O 1º Encontro dos Ex-Alunosda Década de 50 da Nitigo Gakko do bairro do Jabaquara (Zona Sulde São Paulo) contou com a presença de 35 pessoas. O evento foirealizado na Sociedade Cultural do Jabaquara. A iniciativa foi dosex-alunos Takeshi Hebara, Kiyoshi Motizuki e Massanori Hioki eteve como objetivo relembrar os bons momentos do passado ecolocar a conversa em dia.

ARQUIVO PESSOAL

EXPOSIÇÃO

Tomie Ohtake apresenta “Paris de Patrick Jouin”

*SHOKO TAKANO

Muitos brasileiros residen-tes no Japão ficaram desem-pregados por causa da criseeconômica que está em anda-mento desde o outono de 2008.Dizem que 30 mil voltaram aoBrasil graças à ajuda de custolançada pelo Governo japonês.Como existem outros trabalha-dores que retornaram por con-ta própria, não se sabe o nú-mero real de brasileiros quedeixaram o Japão para trás.Da mesma forma, ninguémsabe com exatidão o númerode crianças que estão em ida-de escolar.

Até hoje, foi dito que o nú-mero de crianças brasileirasem idade de frequentar o en-sino obrigatório era de aproxi-madamente 30 mil. Deste nú-mero, 8 a 9 mil crianças fre-quentavam colégios brasileiros,mas o corte de renda familiarcausado pelo desemprego fezcom que muitos pais ficassemsem condições de pagar amensalidade desses colégios.

Talvez alguns desses paisprefiram manter os filhos emcasa para evitar que suas cri-anças voltem a sofrer nos co-légios japoneses, de onde tive-ram de sair por não consegui-rem se adaptar.

Não são poucos os pais quemantém os filhos frequentan-do os colégios brasileiros mes-mo sem pagar as mensalida-des. Do ponto de vista peda-gógico, o colégio não se sentemotivada a expulsar imediata-mente uma criança por causada falta ou do atraso no paga-mento das mensalidades.

Os colégios se esforçampara permitir que as criançaspermaneçam na escola, to-mando medidas difíceis como

diminuir o salário dos profes-sores. Nessas condições, eulamento muito pelo incidente deum diretor de escola, que foipreso depois de invadir a resi-dência de um aluno para recu-perar o dinheiro das mensali-dades atrasadas.

No Japão, muitas pessoasnão veem os colégios brasilei-ros com bons olhos. Muitasdessas escolas não dão muitopeso ao estudo do japonês e,na opinião dos críticos, isso di-ficultará o ingresso dos alunosàs escolas japonesas (princi-palmente de ensino superior)e só ajudarão a formar operá-rios não especializados iguaisaos pais.

Este pensamento tem comopremissa a permanência dosbrasileiros no Japão. Mas,quem teria previsto o queaconteceu?

Caso fossem obrigadas avoltar ao Brasil, as criançasque se adaptarão às escolasbrasileiras com mais facilida-de são, sem sombra de dúvi-das, aquelas que frequentaramos colégios brasileiros. Para asfamílias que vivem com um péem cada país, a opção pelocolégio brasileiro pode ser umseguro a mais para minimizarriscos. Claro que, não é nempreciso dizer que essas esco-las deviam reforçar o ensinoda língua japonesa para aque-les que querem continuar es-tudando no Japão.

Os colégios brasileiros ten-dem a ficar isolados nas vizi-nhanças onde se fixam. É difí-cil apagar a desconfiançaenraigada na cabeça dos mo-radores locais: “não tenho idéiado que eles fazem lá”, justifi-cam eles. Mesmo quando saiopela vizinhança junto com osalunos para entregar convites

dos eventos escolares, às ve-zes recebemos recusas na cara.

Sei que isso causa profun-da dor e tristeza aos alunos,mas continuo a fazer a mes-ma coisa por treze anos, acre-ditando que mostrar a “reali-dade” também faça parte desuas educações. Apesar dopreconceito e da reação nega-tiva contra os brasileiros, exis-te “outra realidade”. As crian-ças japonesas que moram nasregiões que concentram bra-sileiros estão naturalmente as-similando uma sensibilidadeinternacional.

Outro dia, houve um jogode confraternização entre ostimes de futebol juvenil deOizumi e da província “N”. Ascrianças da província “N” fi-caram sobressaltadas ao ve-rem a cidade. A abundância deplacas escritas em língua es-trangeira em áreas comerciaise locais de coleta de lixo eramotivo de surpresa. Depois dofinal da partida, na hora dedarem o aperto de mãos, elasse mostravam tímidas. Nãopareciam estar acostumadascom a forma de cumprimento.

Quando chegou a hora dochurrasco em estilo brasileiro,mesmo as crianças que joga-ram com muita seriedade du-rante o jogo, exclamaram dealegria ao verem o raro ban-quete e disputaram a carne,não se importando mais sobrequem ganhou ou perdeu o jogo.

Por outro lado, as criançasjaponesas de Oizumi (onde12% dos moradores são bra-sileiros) convivem com placasescritas em língua estrangeirae diariamente cruzam com pes-soas que conversam em outraslínguas. Essa é a paisagemnatural para quem nasceu nacidade. Essas crianças não

estranham o churrasco e osbraços esticam naturalmentequando alguém oferece a mãopara cumprimentar.

Nascer e viver em uma ci-dade que concentra muitos bra-sileiros. Talvez isto signifiquena absorção natural de umacultura globalizada.

Mesmo sem tencionar, ojogo de futebol de confraterni-zação ajudou-me a perceberque as crianças estão crescen-do cientes de que existem pes-soas de diversas raízes moran-do no Japão além de existiremmuitos países e palavras aoredor do mundo. Elas apren-dem a aceitar tudo isso, não sócom a cabeça, mas com o cor-po e o coração.

Quão rico será o futuro dascrianças que nasceram e cres-ceram nesta cidade? Foi umaocasião em que pude perceberas oportunidades abertas àscrianças japonesas e brasilei-ras de Oizumi, a cidade que vaià frente no seu tempo.

No Japão, as crianças re-cebem críticas por “não apren-derem japonês”, e, no Brasil,as pessoas estão tendo dificul-dades de lidar com as crian-ças brasileiras por “não teremaprendido satisfatoriamente oportuguês”. A conclusão é amesma de sempre: “A culpaestá na postura dos pais”.

Mas sinto que seja um gran-de desperdício acabar com adiscussão por aí. Nós somosadultos e já conhecemos o quehá de bom e ruim em ambosos países. As crianças, tantoas brasileiras quanto as japo-nesas, mantém contato com o“diferente” e talvez o nossopapel seja pensar em um meiode ajudá-las a encarar a expe-riência adquirida de uma for-ma positiva. E assim, eu passo

os dias na correria, refletindoe experimentando sobre otema.

*Shoko Takano – Diretora daNPO (Organização sem fins lucra-tivos) Centro de TreinamentoVocacional e Educação Internaci-onal de Oizumi. Nasceu na Con-cessão japonesa de Tianjin, Chi-na. Em 1958, imigrou para o Brasilacompanhando a família, estabe-lecendo-se no Rio Grande do Sul.Em 1989, voltou ao Japão. Em1991, fundou o Centro Nipo-Bra-sileiro de Oizumi. Atuou como in-

térprete junto à polícia japonesadurante 16 anos e, depois de tes-temunhar muitos jovens nikkeisbrasileiros caindo na criminalida-de, fundou a NPO em 2001 paraoferecer um espaço para os jo-vens estudarem. Desde então, ocentro tornou-se um local para aprática do convívio multicultural,onde são organizadas atividadescomo o “Festival para A Juventu-de Brasileira” ou o “Curso de Ja-ponês para Pais e Filhos”, alémde contar com a ajuda de mais decem cidadãos locais para a suaadministração

DEBATES

Um testemunho do ambiente educacional dos colégios brasileiros no Japão

OInstituto Tomie Ohtakeapresenta, de 29 de ju-lho a 27 de setembro,

a sua segunda atividade comoparte das comemorações doAno da França no Brasil, aexposição do grande expoen-te do design francês, PatrickJouin (1967, Nantes). A mos-tra inédita ocupa todo o andartérreo do espaço com mobiliá-rio, objetos e ambientes cria-dos pelo designer nos últimosdez anos, além de um conjun-to de projetos futuros.

Com curadoria de ValérieGuillaume, também curadorade design do Centre GeorgesPompidou, em Paris, a exposi-ção reúne os mais consagra-dos trabalhos de Jouin. “O ob-jetivo é propor em diferentesespaços do Instituto TomieOhtake uma síntese da obra dePatrick Jouin, mostrando pormeio de uma seleção de pro-jetos emblemáticos, que dáconta da diversidade de suasatividades, a singularidade deum escritório que notadamen-te tem a ambição de reformu-lar o luxo onde ele estiver, sejana rua, ou na sala de um res-taurante em Paris ou LasVegas”, afirma Guillaume.

Entre eles está o bem su-cedido projeto para as esta-ções de bicicletas em Paris, ummarco na concepção de equi-pamentos urbanos. Neste sis-tema, conhecido como Vélib’,

DIVULGAÇÃO

Exposição ocupa todo o andar térreo com mobiliários, objetos e ambientes criados pelo designer

cantados acessórios criadospara os históricos salões de VanCleef e Arpels, até em umapanela (Pasta Pot saucepan)projetada em conjunto comAlain Ducasse para a Alessi.

Inovações – Na exposição, asimulação de suíte para a WHotel demonstra a capacidadede Jouin em aliar desenho à altatecnologia. A proposta para umnovo modelo de apartamentotraz inovações. No lugar do in-terruptor de luz, um quadro di-gital indica as várias atmosfe-ras possíveis para o ambiente -alegre, aconchegante, repou-sante, festivo, etc. O sistema deluz e de áudio foi desenvolvidocom médicos franceses espe-cialistas em distúrbios do sono,então as luminárias das camascom luzes de vários tons e somespecial estimulam uma perfeitanoite de sono.

Todos os equipamentosvídeo, tv, som e computadorconcentram-se numa estruturagiratória central cuja tela semove para qualquer lugar dasuíte, da banheira à saleta. To-dos os itens, até o carpete fo-ram desenvolvidos, com exclu-sividade, junto a fabricantes.

Trabalhos recentementeinaugurados ou em curso evi-denciam o seu talento de inte-grar harmoniosamente a arqui-tetura ao mobiliário, como noredesenho do restaurante 58

Tour Eiffel – depois de ele játer realizado o Jules Verne – eo Swatch Hotel, em Shangai.A versatilidade de Jouin podeser conferida ainda em outrosprojetos em processo, como nodesign da exposição PhotoquaiBiennial, no Musée Quai duBranly, ou no desenho de uminstrumento eletrônico musical.

Na mesma data, tambémcomo parte do Ano da Françano Brasil, o Instituto TomieOhtake inaugura a exposiçãoDÉSIRAMA que reúne traba-lhos de jovens arquitetos e pai-sagistas franceses premiados naedição 2007/2008 no “NAJAP- Novos Álbuns de Jovens Ar-quitetos e Paisagistas”. A mos-tra com fotos e textos, em car-taz até 23 de agosto de 2009, éresultado de política pública defomento à arquitetura voltadapara profissionais de menos de35 anos, promovida pelo Minis-tério da Cultura e Comunica-ção da França, CulturesFrancee a Cité de l’Architecture & duPatrimoine.

EXPOSIÇÃO: PARIS DE PATRICK JOUIN

QUANDO: DE 30 DE JULHO A 27 DE

SETEMBRO. DE TERÇA A DOMINGO, DAS

11 ÀS 20H. ABERTURA: 29 DE JULHO, ÀS

20H (CONVIDADOS)ONDE: INSTITUTO TOMIE OHTAKE (AV.FARIA LIMA, 201 – ENTRADA PELA RUA

COROPÉS – PINHEIROS, SPENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/2245-1900

as pessoas retiram a bicicletaem uma estação e podemdeixá-la nas 1.451 espalhadaspela cidade. Hoje, um meio detransporte amplamente utiliza-do pelos parisienses.

Os trabalhos expostos res-saltam a força de uma assina-tura singular contemporâneaem edificações clássicas ou dearquitetura descompromissa-da. Nesse sentido, seu encon-tro com o chefe francês AlainDucasse foi um divisor deáguas em sua carreira. A par-

ceria resultou em projetos,como, entre outros, os restau-rantes Plaza Athénée (Paris),Jules Verne (Torre Eiffel, Pa-ris) e o Mix (Las Vegas/EUA).

As marcas Cassina, Alessi,Kartell, Ligne Roset eArtemide produzem as suaspeças, feitas em diferentesmateriais, como plástico, cris-tal, porcelana, alumínio e ma-deira combinados a uma exce-lência técnica, preocupaçãorecorrente na obra de PatrickJouin. Um exemplo disso é a

série Solid, mobiliário em resi-na polimerizada por “steteoli-thographie”, que revolucionouo design mundial.

Patrick Jouin é reconhecidopor sua habilidade em fundir afuncionalidade do objeto ao de-senho de um espaço, aliançaque assegura vida longa parasua produção. A elegância deseus projetos, outro aspectopotencializado em sua obra,pode ser notada seja em umagrande residência em KualaLumpur , na Malásia, nos en-

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São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009 JORNAL NIPPAK 9

YOSAKOI SORAN

7º Festival reunirá cerca de 400dançarinos na Via Funchal, em SP

Omaior evento de dan-ça contemporânea japonesa com movimen-

tos e luzes harmoniosos apre-sentado por vários grupos dedançarinos promete encantarmais uma vez o público queprestigiar o 7ª Festival deYosakoi Soran que será reali-zado no dia 26 de julho na casade espetáculos Via Funchal, naVila Olímpia, Zona Sul de SãoPaulo. Promovido pela Asso-ciação Yosakoi Soran do Bra-sil que goza dos benefícios daLei de Incentivo à Cultura –Lei Rouanet, a edição desteano contará com a participa-ção de 19 grupos de São Pau-lo e de outras cidades entreelas de Manaus e Curitiba.

Está confirmada a partici-pação de 400 dançarinos deambos os sexos divididos em13 grupos categoria adulto eseis grupos da categoriainfanto-juvenil com idade mé-dia de 15 anos. Paralelamentetambém estão programadasduas participações especiais deTaiko, uma delas do GrupoAtibaia Kawasuji SeiryuDaiko, que já se apresentou emedições do Festival do Japão.

Serão realizadas duas ses-sões (a primeira às 12h e a se-gunda às 17h), com três horasde duração sendo que cadagrupo terá cinco minutos parafazer uma apresentação inédi-ta que poderá ser baseada emqualquer ritmo ou gênero mu-sical. A exemplo do ano pas-sado é obrigatório o uso doNaruko (chocalho japonês)para entoar o refrão soranbushi em algum momento dacoreografia.

De acordo com o presiden-te da Associação YosakoiSoran, Marcelino Hamazaki, anovidade do festival deste anofica por conta do dia doYosakoi Soran comemoradono último domingo de julho queagora faz parte do Calendáriode Eventos da Cidade de SãoPaulo. A proposta de autoriado vereador Ushitaro Kamia(DEM) foi incluída na Lei nº14.485, de 19 de julho de 2007.

O objetivo do festival é di-fundir a cidadania promoven-do e incentivando a solidarie-dade, além de divulgar as ati-vidades do Yosakoi Soran, es-pecialmente a dança para oscidadãos de todas as classessociais e as variadas identida-des culturais.

Prêmios – Serão premiadosum campeão geral (GrandPrix) e os três primeiros colo-cados de cada categoria (Adul-to e infanto-juvenil). O cam-peão receberá um prêmio deR$ 8 mil, um troféu desenvol-vido pelo artista plástico Yuta-ka Toyota e um quadro pinta-

do pelo artista plástico KazuoWakabayashi; o primeiro co-locado de cada categoria re-ceberá R$ 3 mil; o segundo R$2 mil e o terceiro lugar R$ 1mil. Os grupos serão avaliadospelos critérios de técnica, har-monia, criatividade e conjunto.

No Brasil o festival brasilei-ro é realizado anualmente des-de 2003 e em 2008 foi reco-nhecido pela Associação Japo-nesa, ganhando o status de úni-co oficial de Yosakoi Soran forado Japão. O evento é aberto aopúblico e os convites gratuitosserão distribuídos até a véspe-ra do evento em seis postos: noSoho; na Associação YosakoiSoran; no Bunkyo; Haikai DiscLaser; Urizun Produtos Orien-tais; Enman Produtos Orientaise Made in Japan Produtos Ori-entais.

A entrada é condicionadaà doação de dois quilos de ali-mentos não-perecíveis que se-rão doados para seis entidadesbeneficentes como a Associa-ção Pró-Excepcionais Kodo-mo-No-Sono; Casa JoséColtro; Centro de Apoio à Cri-ança com Câncer Marta Ku-boiama (CMK); Centro deReabilitação Social YassuraguiHome; Ikoi-No-Sono; Socie-dade Beneficente Casa daEsperança Kibo-No-Iê; e Te-levisa – Taboão da Serra. Nofestival de 2008 foram arreca-dadas cerca de quatro tonela-das de gêneros alimentíciosque garantiram o sustento defamílias assistidas por sete en-tidades filantrópicas.

7º FESTIVAL YOSAKOISORAN BRASILQUANDO: DIA 26 DE JULHO

HORÁRIO: ÀS 12H E ÀS 17H.ONDE: VIA FUNCHAL - RUA FUNCHAL,65 – VILA OLÍMPIA – SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: (11) 3541-1809 OU

NO SITE: WWW.YOSAKOISORAN.ORG.BR //[email protected]

DIVULGAÇÃO

Sétima edição do Yosakoi Soran deve reunir cerca de 400 dançarinos na Via Funchal

Estão previstas a participação de seis grupos infanto-juvenis

Crianças dão um brilho todo especial ao Festival

SÃO ROQUE

Jardim dos Sentidos é atraçãodo 4º Festival de Orquídeas

De 24 julho a 2 de agostoacontecerá em São Roque, noCentro Educacional e CulturalBrasital, o 4º Festival de Or-quídeas e Plantas Ornamen-tais. O evento é uma realiza-ção da Associação Orquidófi-la de São Roque (AOSR) emparceria com a Prefeitura domunicípio e reunirá cerca de1500 exemplares de várias es-pécies de orquídeas. A entra-da é gratuita.

O presidente da AOSR,Maurício Rodrigues de Vas-concelos, destaca que o even-to apresenta duas novidadeseste ano, inclusive um traba-lho de inclusão social. A pri-meira é o Tour Monitorado,onde os visitantes terão a opor-tunidade de passear pela ex-posição e entender as pontua-ções que as plantas recebeme distinguir cada uma delas. Aoutra novidade é o Jardim dosSentidos, inédito no mundoorquidófilo.

“Será montado esse jardimcom vários tipos de orquídeas,sempre aguçando os cinco sen-tidos, paladar, olfato, visão, tatoe audição. Tudo isso aprovei-tando para fazer um trabalhode inclusão social, pois tere-mos a participação das insti-tuições Adas, ADV, Apace,Apae e Refazenda monitoran-do o Jardim dos Sentidos comseus orientadores e alunos”,explica.

Segundo os organizadores,está confirmada a participaçãode 32 associações, entre elas,a do Estado de Minas Geraisque virá pela primeira vez eoutra de Piracanjuba do Esta-do de Góias. A exposição serámontada em canteiros em in-vés de prateleiras para darmais vida ao ambiente.

A expectativa de públicodos organizadores é bem oti-mista para este ano. “Desde oinício do ano, vários turistasque frequentam São Roque

tem nos procurado para saberas datas da exposição e acre-ditamos que nos dois finais desemana estaremos recebendopor volta de 50 mil pessoas”,acrescenta.

O presidente da AOSRenfatiza que este evento é bas-tante significativo não só paraSão Roque como também paraa região. “O fato de a exposi-ção ser realizada na Brasital,já é um espetáculo, mas pelacidade ter produtores de orquí-deas de alto nível, voltado prin-cipalmente para o mercado decolecionadores e possuemplantas bem selecionadas e deraridade, valoriza e dá maisqualidade ao evento”, comple-ta.

De acordo com o presiden-te dois desses produtores par-ticipam de exposições interna-cionais como a Eco Orquíde-as e estiveram representandoo município no 29º Anual San-ta Barbara Orchid State Inter-national, na Califórnia entre 10e 12 de julho.

4º FESTIVAL DE ORQUÍDEAS EPLANTAS ORNAMENTAIS DESÃO ROQUEENTRADA FRANCA

ONDE: CENTRO EDUCACIONAL E CULTU-RAL BRASITAL – ESTACIONAMENTO GRA-TUITO

(ENTRADA PELA RUA RUI BARBOSA, 693– PRÓXIMO À RODOVIÁRIA)CURSOS DE CULTIVO PARA DEFICIENTES

AUDITIVOS: SÁBADOS ÀS 17H E DOMINGOS

ÀS 11H

CURSOS DE CULTIVO PARA DEFICIENTES

VISUAIS: SÁBADOS E DOMINGOS ÀS 13H

INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA OS CURSOS

DE CULTIVO NO LOCAL

DEPARTAMENTO DE TURISMO:[email protected]

(11) 4712-5664

Evento acontece de 24 de julho a 2 de agosto em São Roque

DIVULGAÇÃO

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009

VEÍCULOS

Nissan começa a vender oSkyline Crossover no Japão

A Nissan começou a ven-der no Japão desde o dia 18 oSkyline Crossover. Misturan-do características de um cupêcom as de um utilitário espor-tivo, o novo modelo destaca-se pela grande quantidade detecnologia embarcada para aprevenção de acidentes. Entreos destaques está o LDP(Lane Departure Prevention),sistema eletrônico que avisa seo veículo saiu da faixa de rola-mento involuntariamente e oajuda a retomar a trajetória.Bonito e cheio de tecnologia,o novo Nissan também é po-tente: utiliza o mesmo V6 3.7,de 332 cavalos, do esportivo370Z. Ele está associado àtransmissão automática desete velocidades com opção decondução manual.

Para tornar o seu novomodelo mais seguro, a Nissandesenvolveu um avançado sis-tema de prevenção de saída defaixa, o LDP. Caso o motoris-ta se distraia ou cochile en-quanto dirige, ele emite avisosvisual e sonoro e, ao mesmotempo, aplica leve força nosfreios para corrigir o rumo.Quatro câmeras, divididas nafrente e na traseira, são as res-ponsáveis pelo acompanha-mento da trajetória do veículo.

Meio ambiente – O novoNissan chega ao mercado mos-trando preocupação com omeio ambiente. O veículo re-cebeu certificação SU-LEV,dada a todos os modelos queemitem 75% menos poluentesdo que os padrões estabeleci-dos no Japão a partir de 2005.Além disso, sua taxa de reci-clagem é de 95% do peso, deacordo com os padrões da As-sociação dos Fabricantes deAutomóveis do Japão, em 1998.

Além das linhas fluídas e dointerior moderno, o novo mo-delo da Nissan oferece umbalanço perfeito entre a con-dução suave e o conforto. Omotor V6 3.7 VQ37VHR é omais potente da categoria.Com 90% do torque máximoatingido a partir de 2.400 rpm,o propulsor utiliza o sistemaVariable Valve Event and Lift(VVEL), que oferece respos-tas de aceleração rápidas, altapotência, torque elevado, con-sumo de combustível reduzidoe baixo nível de emissões. Atransmissão automática desete velocidades, que dispõe domodo manual de condução,colabora para a eficiência doconsumo e aceleração contí-nua graça à ampla faixa derelações.

O novo Nissan também ino-va no auxílio às manobras. OAround View Monitor Systempermite ao motorista visualizarobstáculos próximos durantemanobras de estacionamentopor meio de câmeras, que têmvisão de 180º. Elas identificamo espaço a ser preenchido emuma vaga, por exemplo, e trans-mitem as informações ao com-putador de bordo, que irá cal-cular se o veículo cabe no es-paço. Se couber, a tela no pai-nel auxiliará o motorista a ma-nobrar com segurança e evitarpequenas colisões. O SkylineCrossover conta ainda com oFCW (Forward Collision War-ning) para calcular a distânciado veículo à frente e alertarsobre a sua aproximação.

Já o Safety Drive Guide for-

nece informações como velo-cidade e condições do acelera-dor e do freio em tempo real,que serão úteis em regiões pró-ximas às escolas. Se o veículoultrapassar o limite da via, o sis-tema avisará o condutor parareduzir a velocidade. Além dis-so, Skyline Crossover vem equi-pado com Controle Dinâmicodo Veículo (VDC), cintos desegurança de baixa fricção, cin-tos de três pontos na traseiracom travamento para situaçõesde emergência (ELRs) e siste-ma de frenagem de emergên-cia que trabalha com os cintosde segurança dianteiros na pre-paração para um eventual im-pacto. Há ainda air bags dian-teiros, laterais e de cabeça e sis-tema de retenção dos encostosde cabeça.

Veículo reúne carcterísticas de um cupê e de um utilitário

REPRODUÇÃO

MEIO AMBIENTE

Honda investe na educação ambiental de comunidades da AmazôniaCom o objetivo manter sem-

pre relações saudáveis comseus públicos e com as comu-nidades que a cercam, a Hondadesenvolve inúmeras iniciati-vas de cunho sócio-ambiental.Uma delas é o Projeto Circui-to da Ciência, promovido peloInpa (Instituto Nacional dePesquisas da Amazônia) e queconta com o patrocínio daMoto Honda da Amazônia ecom o trabalho voluntário deseus colaboradores.

Realizado no último sába-do de cada mês, no JardimBotânico Adolpho Ducke e noBosque da Ciência, alternada-mente, o projeto procura esti-mular o debate em torno dequestões importantes relacio-nadas ao meio ambiente e à

sua interação com a vida dascomunidades. Além disso, visaà popularização da Ciência, àaproximação das pessoas comas áreas verdes e à sensibili-

zação ambiental das comuni-dades que moram no entornoda Reserva Adolpho Ducke.

Suas ações são dirigidas acrianças, adolescentes e ido-

Reunindo teatro, dança, música e contato direto com a natureza, oCircuito da Ciência já está em seu nono ano.

DIVULGAÇÃO

sos de escolas e comunidadeslocais que, em geral, não têma oportunidade de visitar locaiscomo o Bosque da Ciência e oJardim Botânico de Manaus,desconhecendo, assim, suaimportância.

A última edição, realizadadia 27 de junho no Bosque daCiência, contou com a partici-pação de 350 alunos de quatroescolas municipais de Manaus.A programação contou comvisita aos Mamíferos Aquáti-cos e à Casa da Ciência, ex-posição e oficinas educativasdo Inpa sobre doenças comomalária, dengue, leishmaniose;oficinas do Sesi sobre higienee saúde bucal; apresentaçãode teatro sobre o tema da re-ciclagem de lixo, entre outras.

OPINIÃO

Subversão do DicionárioCRISTOVAM BUARQUE*

Mais de uma vez o presi-dente Lula jantou em minhacasa, antes de assumir a Pre-sidência. Naquelas ocasiões,gostaria de ter lhe servidopizzas feitas por mim, e queele tivesse me chamado deum bom pizzaiolo. Usando apalavra como substantivo quese refere a quem faz pizza.Mas sou incompetente paraa cozinha: não mereço serchamado de pizzaiolo. Entre-tanto, não gostei de vê-lo cha-mando os senadores depizzaiolos, usando essa pala-vra como se fosse um adjeti-vo para indicar político queacoberta malfeitos e enganao povo. Como político, nãome senti atingido, porque nun-ca participei de qualquer CPI;portanto, nunca fiz “pizzas”,não sou “pizzaiolo”. Mas,como educador, senti obriga-ção de me manifestar dianteda infeliz declaração do pre-sidente.

O presidente corrompeu odicionário, como no passadooutros fizeram usando “bar-beiro” como sinônimo de maumotorista, “açougueiro” comosinônimo de assassino feroz,“poeta” como sinônimo de lu-nático. Nenhum barbeiro re-clama quando se usa seu subs-tantivo de ofício como adjeti-vo pejorativo, nem os poetas,nem os açougueiros, porqueeles não se sentem atingidos,sabem que a palavra tem sig-nificados diferentes.

Os pizzaiolos, entretanto,reclamaram, corretamente,porque foram surpreendidoscom esse novo significadopara adjetivar o senadorpizzaiolo: aquele que acobertacorrupção. Se tivesse parti-do de outra pessoa, era pos-sível que o significado adici-onal não prosperasse, masvindo do presidente da Repú-blica, o termo vai adquirir essenovo significado. Esta é agravidade do uso da palavrapelo presidente: porque elefaz opinião.

Por essa razão, foi preci-so que alguns senadores pro-testassem. Não por seremelogiados como fabricantesde pizzas, mas por serem des-moralizados com fabricantesde mentiras. Seria o mesmoque, aproveitando a crise

moral do Senado e de muitossenadores, o presidente usas-se a palavra senador comoadjetivo de pizzaiolo sem com-petência para fazer boaspizzas, ou aqueles que enga-nassem os clientes fazendopizzas diferentes da descri-ção no cardápio.

Como educador e demo-crata, protestei porque, vindodo presidente da República,a crítica generalizada ao Se-nado corrompe a opinião pú-blica, especialmente a juven-tude e as crianças, ao desmo-ralizar as instituições republi-canas. Ao generalizar, elepassou da crítica aos senado-res à crítica a uma das casasdo Congresso. E a população,os jovens, as crianças passama respeitar ainda menos o Se-nado, já desmoralizado pelocomportamento dos própriossenadores. A sociedade dimi-nui seu compromisso com ademocracia: o presidentedeseducou o povo.

Para o bem ou para o mal,o presidente da República éo principal educador de umpaís. O que ele diz forma con-ceitos. Ainda mais quando opresidente tem carisma e po-pularidade. É uma pena que,ao seu lado, não haja quem oalerte para essa imensa res-ponsabilidade que ele tem.Talvez porque, prisioneirosdos cargos e do respeito que,hoje em dia, beira o endeusa-mento, as pessoas ao seu re-dor se acovardam ou perdemo sentido republicano. Criou-se a ideia de que criticar opresidente Lula é um suicídiopolítico. Os intelectuais secalaram, os sindicatos se aco-modaram, os políticos se en-quadraram.

Por isso, é preciso alguémchamar-lhe atenção, mesmoque isso signifique o suicídiopolítico de quem toma a inici-ativa. Afinal, se antes se mor-ria lutando pela democracia,muito mais se justifica a der-rota política em defesa da re-pública e da educação dosjovens e das crianças.

*CristovamBuarque éprofessor daUniversidadede Brasília eSenador peloPDT/DF

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São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009 JORNAL NIPPAK 11

SUMÔ

Brasileiro terá presença de atletasque disputaram o World Games

GATEBOL

União dos Clubes de Gateballinaugura em SP sua nova sede

O desejo da União dos Clu-bes de Gateball do Brasil deter uma nova sede finalmentese concretizou e no dia 12 dejulho a entidade se mudou parao novo endereço, na Vila Gua-rani (Zona Sul de São Paulo).

Inaugurado no último do-mingo, 12 de julho, a ocasiãotinha um gostinho de vitória,em vista de tantos transtornose espera a fim de conquistaruma melhor estrutura para aentidade.

Foi uma longa espera. Afi-nal, foram nove meses de re-forma e construção. Mas va-leu a pena. São aproximada-mente 400 metros quadradosde área construída, situado naPraça Barão de Japurá, 166 –agora mais próximo do Está-dio Municipal de Gatebol, doClube da Cidade Prof. RyuzoOgawa, e mais comodidadeaos associados e visitantes.

A secretaria ganhou um es-paço separado da área comum,enquanto a sala de espera, maisconforto. O imóvel possui tam-bém sala reuniões, salão de fes-tas, uma edícula ao fundo e todainfra-estrutura como banheiros,almoxarifado, uma pequena

cozinha e uma área de serviçoanexo a um quintal. De acordocom o Presidente da União dosClubes de Gateball do BrasilToru Hondo, esta “nova sede éo resultado do esforço de todasas regionais, clubes e associa-dos”.

Desde 2003, a UCGBB ten-ta se deslocar para a região.Foram adquiridos dois lotes deterreno, situados na Av. Leo-nardo da Vinci, em frente aoportão de entrada para o Es-tádio de gatebol. No entanto,pelo surgimento de entravesburocráticos, por conta damorte dos proprietários, atéhoje a posse não pôde ser con-cluída.

O projeto de uma novasede se concretizou coinciden-temente no mesmo mês emque se comemora o Dia doGatebolista no município deSão Paulo, data instituída pelaLei Municipal de nº 11.385, de27/07/93, de autoria do verea-dor Ushitaro Kamia (DEM).Na época, inserido na intençãode difundir o jogo como umverdadeiro esporte e o cultivode um lazer praticado por imi-grantes japoneses.

A nova sede fica na Vila Guarani (Zona Sul de São Paulo)

ARQUIVO PESSOAL

Mesmo cansados apósmais de 30 horas devoo que separam as

cidades Kaohsiung (Taiwan)de São Paulo, os sumotoris querepresentaram o País no WorldGames, os Jogos Mundiais,estarão neste fim de semana(25 e 26) no dohyo do GinásioEsportivo do Sesi de Suzano(SP) para a disputa do 48ºCampeonato Brasileiro.

A delegação brasileira, queretornou somente na manhãdesta quinta-feira (23), foi for-mada pelos atletas TakahiroHiguchi, Luciana Watanabe,Fernanda Rojas, RicardoAoyama e Tooru Kozaihira. Adisputa de sumô aconteceu nosdias 17 e 18.

Para Takahiro Higuchi, quelutou nas categorias médio eabsoluto, o nível dos JogosMundiais foi bastante puxado.“Só participam do WorldGames países que tem tradi-ção no esporte. Ou seja, nãovai qualquer um. Por isso, nãotem luta fácil”, disse Takahiroem entrevista ao JornalNippak logo após desembar-car em solo brasileiro.

Segundo ele, os JogosMundiais reuniram 32 moda-lidades não olímpicas e osumô contou com a partici-pação de 22 países. “Cadapaís podia enviar até doisatletas por categoria. Foi ocaso do Japão, Rússia... Foiuma pauleira”, diz Takahiro,que na categoria médio per-deu sua primeira luta paraum egípcio e na absolutocaiu na segunda rodada. “Eue a Fernanda Rojas não ti-vemos sorte. A Luciana Wa-tanabe, o Tooru Kozaihira eo Ricardo Aoyama ainda dis-putaram a repescagem echegaram perto de conquis-tar a medalha de bronze”,conta o sumotori, lembrandoque os brasileiros enfrenta-ram problemas com a comi-da, exótica, e com as altastemperaturas, de cerca de 35graus centígrados.

“Mas ninguém passoumal”, explica, afirmando que,em contrapartida, a organiza-ção não será esquecida tãocedo pelos atletas. “EsseWorld Games foi uma dasmelhores competições que jáparticipei, incluindo Mundiais”.“Foi um grande evento e que

mobilizou toda a cidade. Fomosmuito bem recebidos não sópelos organizadores como tam-bém pela população. Estão to-dos de parabéns”, elogiaTakahiro. “Além de Kaohsi-ung, local dos jogos, passamostambém por Taipei, onde co-nhecemos o trem-bala e o pré-dio mais alto do mundo”, diz,lembrando que o grupo passouantes por um período de acli-matação no Japão. “Foramseis dias muito proveitosos.Treinamos em academias pro-fissionais, assistimos lutas docampeonato japonês e aprovei-tamos para rever os amigosque estão lutando por lá, comoo Ricardo Sugano”, disseTakahiro, afirmando que “a vi-agem só foi possível graças aopessoal que colaborou com agente, adquirndo a rifa ou atra-vés de doações”.

Brasileiro – A ordem agoraé superar o cansaço para fa-zer bonito no Brasileiro. Afi-nal, a competição, que reúneos melhores atletas brasilei-ros, vale uma vaga para oCampeonato Sul-Americano.

Além do 48º CampeonatoBrasileiro Masculino, o dohyodo Sesi de Suzano receberátambém o 13º CampeonatoFeminino. Segundo o presi-dente da Confederação Bra-sileira de Sumô, entidade pro-motora do evento, Issao Ka-gohara, as competições de-vem movimentar cerca de450 atletas em todas catego-rias. “Uma das novidades éque a disputa por equipesocorre no sábado e as lutasindividuais ficaram para odomingo”, antecipa Kagoha-ra, explicando que a CBS op-tou por levar o Brasileiro para

a unidade de Suzano aten-dendo a um convite do Sesi,que estuda a implantação deaulas de sumô. “Além disso,a Luciana Watanabe, quetambém esteve nos JogosMundiais, já realiza um tra-balho nesse sentido nessamesma unidade de Suzano”,conta Kagohara.

Estão confirmadas as pre-senças de equipes do RioGrande do Sul, Paraná, Pará,Sudoeste (SP), Nova Central(SP), Grande ABC (SP), Nor-te (SP), Santo Amaro (SP),São Paulo e Paulista. Além deTakahiro Higuchi, o públicopoderá conferir o desempe-nho de Luciana Watanabe,Fernada Rojas, RicardoAoyama e Tooru Kozaihira,que representararam o Brasilnos Jogos Mundiais.

Acompanhe na próximaedição do Jornal Nippak co-bertura completa do 48ºCampeonato Brasileiro deSumô Masculino e o 13ºCampeonato Brasileiro Femi-nino.

(Aldo Shiguti)

48º CAMPEONATO BRASILEIROMASCULINO E 13º CAMPEONA-TO BRASILEIRO FEMININOQUANDO: DIAS 25 E 26 DE JULHO, APARTIR DAS 8H

ONDE: GINÁSIO ESPORTIVO DO SESI DE

SUZANO (AV. SENADOR ROBERTO

SIMONSEN , 550, JARDIM IMPERADOR)ENTRADA FRANCA

Brasileiros exibem bandeira do Brasil em Kaohsiung: Takahiro, Luciana, Kozaihira, Fernanda e Aoyama

ARQUIVO PESSOAL

Equipe feminina contou com Luciana Watanabe e Fernanda Rojas

A Confederação Brasileirade Judô anunciou a lista dos 13judocas que representarão oBrasil no Campeonato Mundi-al Sênior, em Roterdã, na Ho-landa, de 26 a 30 de agosto. Opaís será representado nacompetição por Sarah Mene-zes (-48kg), Érika Miranda (-52kg), Rafaela Silva (-57kg),Danielli Yuri (-63kg), MariaPortela (-70kg), RochelleNunes (+78kg), Denílson Lou-renço (-60kg), Leandro Cunha(-66kg), Leandro Guilheiro (-73kg), Nacif Elias (-81kg),Tiago Camilo (-90kg), Lucia-no Corrêa (-100kg) e DanielHernandes (+100kg).

“O Grand Slam do Rio deJaneiro e a Copa do Mundode Belo Horizonte foram a ar-rancada do Brasil rumo aoMundial da Holanda. Um in-

JUDÔ

Danielli Yuri é convocada parao Mundial de Roterdã

vestimento que já superou averba usada em todo o últimociclo olímpico e oportunizou osatletas a ganharem pontos noranking e estarem hoje sendoanunciados para representaro país no Mundial. De 2003para cá nossos judocas já so-maram nove medalhas trêsmundiais, ficando apenas umaatrás de todo o histórico de par-ticipações anteriores”, diz opresidente da ConfederaçãoBrasileira de Judô, Paulo Wan-derley Teixeira.

Os experientes LucianoCorrea e Leandro Guilheirofarão em Roterdã sua terceiraparticipação em mundiais.“Pelo primeira estou competin-do sem dor, no melhor da mi-nha forma física”, comemorao duas vezes medalhista olím-pico Leandro Guilheiro.

Danielli Yuri estará em ação de 26 a 30 de agosto na Holanda

DIVULGAÇÃO

Ao conquistar medalha debronze na prova de cinco qui-lômetros da maratona aquáti-ca do Mundial de EsportesAquáticos disputado no dia 21de julho em Roma, na Itália, anadadora Poliana Okimoto setornou na primeira mulher bra-sileira a subir no pódio na com-petição, quebrando um jejumde 15 anos do País no torneio.Em uma final emocionante aprova foi vencida pela austra-liana Melissa Gorman que le-vou o ouro, logo à frente darussa Larisa Ilchenko.

“É uma honra para euquebrar esse jejum de 15anos sem medalhas para todaa natação. Só nos últimos 200metros que consegui ficar nabriga pela medalha de bron-

bronze nos 100m livre e a equi-pe de revezamento 4x100m li-vre formada por FernandoScherer, Teófilo Ferreira, Gus-tavo e André Teixeira tambémficou em terceiro lugar.

A disputa das provas demaratona deveria ter aconte-cido no dia 19, mas o mau tem-po nas praias da cidade italia-na de Ostia, a poucos quilôme-tros de Roma, levou os orga-nizadores a transferirem acompetição para o dia 21quando as nadadoras aprovei-taram o mar calmo e o céucom poucas nuvens. Além dePoliana Okimoto os represen-tantes brasileiros nos cincoquilômetros foram IsabelleLongo, Luiz Lima e LuizArapiraca.

ze. Aí pensei que o Brasil émais garra, é mais força e éassim que a gente tem queser na prova”, comemorouPoliana Okimoto.

O Brasil não conquistavauma medalha no Mundial des-de a edição de 1994, tambémrealizada em Roma. Na oca-sião, Gustavo Borges levou o

Poliana Okimoto exibe a medalha de bronze conquistada na Itália

REPRODUÇÃO

NATAÇÃO

Poliana Okimoto conquista bronze histórico no mundial de natação

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 24 a 30 de julho de 2009

MÚSICA 1

De volta ao Bunkyo, “Brasileirão” começa hojecom recorde de participantes e de olho no futuro

Para quem gosta de mú-sica é um prato cheio. A24ª edição do Concurso

Brasileiro da Canção Japone-sa, ou o “Brasileirão” – como écarinhosamente chamado – co-meça hoje (24), às 9h, no Gran-de Auditório do Bunkyo (Soci-edade Brasileira de Cultura Ja-ponesa e de Assistência Soci-al), em São Paulo. No local,haverá também bazaristas.

A solenidade de aberturaestá programada para às 11h30de sábado. Já cerimônia depremiação, Grand Prix e en-cerramento devem acontecerjá na madrugada de segunda-feira. Promovido pela Abrac(Associação Brasileiração deCanção), a realização do 24ºBrasileirão ficou a cargo dasquatro regionais – Higashi,Norte, Nishi e Minami – emparceria com a AssociaçãoCultural e Esportiva Piratinin-ga.

Trata-se de uma verdadei-ra maratona. Durante três diase três noites, 795 cantores –número recorde de inscritos –devem passar pelo palco doBunkyo, que volta a receber oBrasileirão, considerado omaior evento do gênero nomundo. Serão mais de 40 ho-ras de música japonesa.

“Existem concursos quesuperam o nosso em termos dequantidade, mas não cantandojuntos, em três dias seguidos”,conta Tetsujie Arie, vice-pre-sidente da Abrac e coordena-dor do evento.

Segundo ele, o número deinscritos, que supera até mes-mo os 718 da edição passada,quando o Brasileirão foi reali-zado na Acema (AssociaçãoCultural e Esportiva de Marin-

cia do próprio evento.A intenção não é acabar

com o concurso da canção ja-ponesa, como já é conhecido,mas estimular a participação deoutras etnias. Desta forma,além de ampliar o leque – jáque não ficaria restrito paracantores japoneses – a entida-de difundiria (ainda mais) osconcursos de karaokês e tor-naria mais viável o patrocínio,abrindo caminho para a mídiatelevisiva. Tudo isso, é claro,tendo a Abrac à frente.

“Mas, por ora não existenada de concreto”, adiantaArie. O certo é que a neces-sidade de mudanças torna-secada vez mais clara com asdificuldades , também maisacentuadas, em captar recur-sos. “Em 2006, no próprioBunkyo, o Brasileirão deu su-perávit. Este ano, provavel-mente não sobrará nada umavez que as empresas alega-ram que já contribuíram paraa realização de eventos em2008 por ocasião das come-morações do Centenário daImigração Japonesa. Por isso,também tentamos buscar re-cursos nas esferas estadual emunicipal”, justifica Arie.

(Aldo Shiguti)

24º CONCURSO BRASILEIRODA CANÇÃO JAPONESAQUANDO: DIAS 24, 25 E 26 DE JULHO.SEXTA, A PARTIR DAS 9H; SÁBADO, A

PARTIR DAS 8H (COM CERIMÔNIA DE

ABERTURA A PARTIR DAS 11H30) E

DOMINGO, A PARTIR DAS 8H

ONDE: BUNKYO (SOCIEDADE BRASILEIRA

DE CULTURA JAPONESA E DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL): RUA SÃO JOAQUIM, 381ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES PELO TELEFONE:11/3208-3977

gá) – “casa” da Abrac – emcomemoração ao Centenárioda Imigração Japonesa no Bra-sil – o campeão do Grand Prixde 2008, Alexandre Hayafuji ,já anunciou que aquele ano foisua despedida do Brasileirão –tem explicação.

“Este ano, atendendo a pe-didos, decidimos criar uma ca-tegoria especial para cantorescom mais de 80 anos de idade.Só aí foram mais de 40 inscri-tos”, explica Arie, acrescentan-do que a Abrac estuda mudan-ças no atual formato do con-curso para torná-lo mais ágil.Uma das ideias é realizar aseliminatórias nas próprias regi-onais o que, em tese, encurta-

ria o Brasileirão em um dia.

Mudanças – Por enquanto,uma das alterações estatutá-rias aprovadas foi a mudançade nome, de Associação Bra-sileira de Canção Japonesapara Associação Brasileira deCanção (sem o termo “Japo-nesa”). Na verdade, umamedida preventiva. Futura-mente, como alternativa paraenfrentar a dificuldade paracaptação de recursos, a Abracpretende colocar em discus-são a participação de canto-res de outras etnias, criandoconcursos específicos, comonos moldes do Brasileirão, oque garantiria a sobrevivên-

Vencedor de 2008, Alexandre Hayafuji anunciou sua despedida

JORNAL DAS NAÇÕES

Marcado inicialmente parao dia 18 de outubro, a 12ª edi-ção do Yoshiro Hada KeiroKaraokê Taikai foi antecipa-do para o dia 6 de setembro,na mesma Associação Bene-ficente Provincianos OsakaNaniwa-Kai (Rua Domingosde Morais, 1581, Vila Maria-na), na Zona Sul de São Pau-lo. Segundo seu idealizador,Yoshiro Hada, a alteraçãoocorreu em função de coinci-dência de datas.

O Yoshiro Hada Keiro Ka-

raokê Taikai se diferencia deoutros concursos do gêneropor sua proposta, isto é, deprestar uma homenagem aosimigrantes japoneses. Destaforma, podem se inscreversomente cantores com 65anos de idade ou mais. Comoacontece desde a primeiraedição, a família Hada tam-bém oferece gratuitamentealmoço ou jantar aos partici-pantes.

Mais informações pelo tel.:11/3207-0357

MÚSICA 2

12º Yoshiro Hada Taikai éantecipado para setembro

Confira todos os campeões do GP

1986/Londrina – Karen Ito (São Paulo-SP)1987/Presidente Prudente – Akemi Nishimori (Noroeste-PR)1988/Curitiba – Tiemi Itani (Noroeste-PR)1989/Maringá – Elisa Nishimura (Noroeste-SP)1990/Brasília – Tatsuo Hamada (Minami-SP)1991/Mogi das Cruzes – Fábia Tanabe (Norte/PR)1992/Araçatuba – Érika Pedrão (Higashi/SP)1993/Marilia – Hiseko Yoshihara (Norte/PR)1994/SP – Erica Nagao (Noroeste/PR)1995/Londrina – Cíntia Nishimura (Noroeste/PR)1996/Presidente Prudente – Terumi Kurata (Minami/SP)1997/Curitiba – Tiemi Ono (Nishi/SP)1998/Marilia – Fábia Tanabe (Norte/PR)1999/Londrina – Tiemi Ono (Nishi/SP)2000/SP – Junko Ekuni (Norte/PR)2001/Maringá – Paulo Terabe (Norte/PR)2002/Maringá – Renato Chibana (Higashi/SP)2003/Curitiba – Lílian Tangoda (Noroeste/SP)2004/Campo Grande – Lílian Tangoda (Noroeste/SP)2005/Maringá – Fábia Tanabe (Noroeste/SP)2006/São Paulo – Jane Ashihara (Noroeste/PR)2007/Campo Grande – Nobuhiro Hirata (Sorocabana)2008/Maringá – Alexandre Hayafuji (Higashi/SP)