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1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 02 Domingo, 10.01.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 do órgão oficial da Convenção Batista Brasileira 115 O Jornal Batista anos 1901 2016

Ano CXV Edição 02 Domingo, 10.01.2016 R$ 3,20 Órgão ... · Durante um tempo, o Jor-nal publicava as lições da Escola Bíblica Dominical com as leituras diárias, era ... olhar

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1o jornal batista – domingo, 10/01/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 02 Domingo, 10.01.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

do órgão oficial da Convenção Batista Brasileira

115O Jornal Batista

anos

1901 2016

2 o jornal batista – domingo, 10/01/16 reflexão

E D I T O R I A L

Cento e quinze anos fazendo história

Neste domingo , 10 de janeiro de 2015, O Jornal Ba-tista completa 115

anos de fundação, que ocor-reu no primeiro ano do século XX, ou seja, 28 anos após a organização da Primeira Igre-ja Batista em solo brasileiro.

Sim, já se passaram 115 anos que O Jornal Batista teve publicado sua primei-ra edição e, ao longo deste tempo, vem escrevendo uma história única e ímpar, não apenas dos Batistas brasilei-ros, mas a história do Brasil e do mundo, como pode ser constatada em uma retros-pectiva nas milhares páginas produzidas neste tempo.

Seu formato, periodicidade tiveram diversas modifica-ções, mas seu conteúdo per-maneceu fiel a proposta de ser um meio de informação e integração da denominação.

Durante um tempo, o Jor-

nal publicava as lições da Escola Bíblica Dominical com as leituras diárias, era a fonte de estudos bíblicos para muitas Igrejas que não tinham acesso à outra litera-tura. Outro fato que encon-tramos registrado diz respeito ao prazo de entrega do Jornal aos leitores. Algumas edições chegavam muitas vezes de 30, 40 e até 60 dias após a publicação. Hoje, com a tecnologia que dispomos, o Jornal é enviado imediata-mente aos assinantes virtuais, muitas vezes antes mesmo da impressão gráfica terminar.

O Jornal Batista é o mais antigo Jornal evangélico em toda a América Latina. Mui-tos que vieram depois dele deixaram de existir. Tem sido fonte de pesquisas para estudantes de diversos ramos das ciências sociais, nos tra-balhos de conclusão de cur-sos, nas teses de mestrado e

doutorados. Para preservação deste precioso acervo conse-guimos concluir a digitaliza-ção de todas as edições pu-blicadas e, com isto, ampliar e dinamizar as pesquisas de todos que precisam desta fonte de consulta.

Quanto a popularização da internet, acreditava-se que o Jornal deixaria de ter sentido, de ser relevante, mas pelo contrário, O Jornal Batista tem usado a internet para am-pliar seu alcance. No ano de 2015, por exemplo, uma das edições alcançou mais de 92 mil visualizações em apenas 2h após a postagem. Hoje os leitores têm acesso não so-mente a edição em papel, que é enviada para todas as Igrejas cooperantes com a Conven-ção Batista Brasileira, mas também através da assinatura virtual e das mídias sociais.

Neste tempo de celebração somos agradecidos a Deus

pela visão dos líderes Batis-tas que vislumbraram este veículo de comunicação, os que deram suas vidas para que chegasse até hoje. Nossa gratidão e reconhecimen-to às dezenas de colabora-dores que a cada semana nos proveem dos mais ricos textos; aos fiéis colunistas, aos redatores, jornalistas, comunicadores, cronistas, divulgadores, distribuido-res, assistentes, digitadores, diagramadores, impressores que ajudam a fazer a história registrada a cada semana nas páginas de O Jornal Batista.

E mais uma novidade: Ago-ra O OJB também está dis-ponível em App para IOS e Android. Instale: Convenção Batista Brasileira.

Sócrates Oliveira de Souza,diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 10/01/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Ao orientar os dis-cípulos sobre os acontecimentos fi-nais do mundo e

Sua segunda vinda, Jesus alertou: “Quando estas coi-sas começarem a acontecer olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está pró-xima” (Lc 21.28). O tempo tem passado e como salvos não olhamos mais para cima. As comodidades oferecidas pela vida material, a dificul-dade em crer e interpretar os sinais dos tempos contribuí-ram para desviar o olhar dos salvos para direções várias e não para o alto. Estamos nas mesmas condições dos lei-tores do tempo de Pedro, ao escrever a segunda carta; em termos zombeteiros indaga-vam: “Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o principio da cria-ção” (II Pe 3.4). O apóstolo responde: “Eles de propósito ignoram...”. A Igreja tem ignorado a Palavra de Deus

Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB

“Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (I Co 4.20).

Esse é o tema e texto bíblico da nossa Con-venção para 2016. Implica na grande

responsabilidade que temos como servos e discípulos do Senhor Jesus Cristo em

e suas verdades. A soma de muitos acontecimentos mo-dernos têm atordoado os sal-vos e fiéis em Jesus. A maio-ria dos salvos comprova com seu viver diário que não está preocupada com a volta de Jesus. São tantos os afazeres para alimentar a vida diária e a vaidade da existência, que não há mais tempo para olhar para cima.

A angústia das nações é debitada à debilidade po-lítica dos líderes mundiais, incapazes de resolver o problema que assola a hu-manidade. Os mecanismos engendrados pela liderança política mundial compro-vam-se falhos a cada novo dia. O ódio entre os povos e o preconceito cresce de modo assustador. É algo nor-mal. Estamos acostumados com este aspecto do peca-do. A barbárie que elimina com crueldade, todos os dias, centenas de vítimas infelizes, escravizados por sistemas corruptos e cor-rompidos, já não nos co-move mais. Aprendemos a

demonstrar que realmente fomos, somos e estamos sen-do transformados pela graça maravilhosa do Senhor.

O texto de Paulo aos Co-ríntios é claro, e expressa uma declaração não para o homem natural, mas para crentes em Jesus. No entan-to, sabemos que Igreja em Corinto ainda que desejo-sa por dons espirituais, de acordo com I Coríntios 14.1, era uma Igreja extremamen-

conviver com o pecado da violência. Ouvir que alguém foi trucidado já não gera comoção. O número de ví-timas não nos assusta mais. Quando número de vítimas passa das centenas e che-gam aos milhares as pessoas comportam-se como seres anestesiados. Insensíveis à dor do semelhante. Fome, miséria, traição e violência são aceitos com naturali-dade.

Salvos abandonando a co-munhão com os demais sal-vos levou alguém a cunhar um adjetivo bonito para qualificar a infidelidade e ausência de compromisso com os valores bíblicos; são os chamados “desigrejados”, os sem igrejas, que desisti-ram da Igreja de Cristo, pois, antes, já havia desistido de Cristo. Em ação louca e pe-caminosa, líderes religiosos resolveram substituir o nome da Igreja para reunião dos salvos. Engendraram outro cognome para a Igreja: Co-munidades. O nome Igreja assusta. Há que ocorrer outra

te imatura, como relata I Coríntios 3.1-4. Ali convi-via crentes genuínos com “crentes carnais”, além dos falsos obreiros, disfarçados em ovelhas, que mais tarde foram desmascarados.

O desejo do Senhor para a sua Igreja e obreiros é que ambos sejam achados fiéis, conforme I Coríntios 4.1-2. E isso só pode acontecer atra-vés de uma mudança radical de vida, que é efetuada pela

nomenclatura para atrair as pessoas, sem forçá-las a um compromisso pessoal com Cristo. Você pode não crer em Cristo, rejeitar o plano estabelecido por Deus para salvação do pecador, que é arrependimento e fé. Nós os convidamos a estar conosco, mesmo que você estabeleça o seu próprio plano de sal-vação e redenção. Elimine a cruz. Despreze o sangue vertido no calvário. Rejeite o desafio de tomar a cruz a cada dia. Viva a vida, apro-veite ao máximo e ao final estará na presença de Deus. O Senhor o aceita do jeito que você é sem necessidade de se tornar uma nova cria-tura. Pode continuar a viver o padrão estabelecido por esta sociedade corrompida, adultera e perversa. Não se preocupe. Deus vai dar um “jeitinho” para tê-lo junto a Si. Os valores bíblicos não se aplicam a sociedade do século XXI. Importante, po-rém, é bater palmas conosco. Doutrina, já era. Significa heresia crassa.

ação do Espírito de Jesus nos corações.

Hoje em pleno século XXI não é diferente, pois somos vitrine diante do mundo, e é por isso que temos que lutar por uma vida de testemunho real. E a evidencia é o fruto do Espírito, destacado em Gálatas 5.22-26, que trabalha e transforma o coração do mais terrível pecador, como descreve o texto de II Corín-tios 5.17.

Os sinais do retorno de Je-sus se multiplicam de modo assustador. Dentro e fora da Igreja. Há sinais visíveis de que estamos vivendo o tempo do fim. A ilustração usada por Jesus do que ocor-ria no tempo de Noé - Mateus 24.36-39 - está presente na história da Igreja na atuali-dade. Os contemporâneos de Noé não perceberam. A Igreja não tem percebido o tempo do fim. Os salvos vivem um torpor espiritual, alheios à mensagem bíblica. Todos os sinais apresentados por Jesus em seu sermão pro-fético estão presentes hoje.

Precisamos parar e olhar para cima. Voltar os olhos à mensagem simples do Evan-gelho. A viver comprometi-dos com Jesus, estudar com mais afinco as verdades bí-blicas, aplicá-las com maior rigor ao nosso caminhar diá-rio. Não é hora de olhar para os lados. Mas sim erguer os olhos aos céus convictos que o dia da redenção e o fim de todas as coisas se apro-ximam.

Em tempos de investigação de lava jato contra a corrup-ção e tantas outras formas de crimes, o desafio do servo obediente é demostrar vida de caráter e dignidade para uma sociedade que vive nas trevas, em um mundo que jaz no maligno. E só conse-guiremos vencer esse desa-fio mediante a dependência completa do Reino de Deus.

Um abraço a todos e um fe-liz e abençoado ano de 2016!

Olhai para cima

4 o jornal batista – domingo, 10/01/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

“Caindo em si”

reflexão

“E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” (Lc 15.17).

Na parábola do filho pródigo, Jesus nos ensina como nos-sos erros e quedas

são usados por Deus para nossa recuperação espiritual. “Caindo em si, ele pensou: Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de so-bra. E eu estou aqui, morren-do de fome” (Lc 15.17).

Esta é uma das funções da consciência, que Deus colo-cou em nossa alma: A cons-ciência analisa a situação em que nos encontramos, compara com o ideal que deveria ser e nos estimula, no sentido de abandonar o erro, restaurando nossa vida. A

história do filho desmiolado é que nos ensina tudo isso, com muito detalhe.

Jesus nos ensina que, mui-to mais importante do que diagnosticar o tamanho dos nossos erros e pecados, é nos lembrarmos de que te-mos um Pai misericordioso, muito mais poderoso do que a soma das nossas indignida-des. O Mestre nos diz que o Pai não desiste de nós. Que Ele permanece nos acompa-nhando, usando a sensibili-dade com que ele nos criou, cujo objetivo é nos lembrar que nosso lugar não é as po-cilgas do mundo, mas a casa limpa e saudável do nosso Pai. Sempre é hora de “cair em si”, não importa o mau cheiro em que estivermos vivendo. O amor do Pai é sempre poderoso para nos lavar e restaurar.

Natanael Menezes Cruz, pastor, colaborador de OJB

“Então Pedro, aproximan-do-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete” (Mt 18.21-22).

Perdoar e esquecer, é lançar para trás toda ofensa, toda mágoa, tudo o que tortura.

Quando Jesus disse “Setenta vezes sete, e não somente sete”, Ele quis dizer que o perdão deve ser ilimitado. Às vezes agente acha que perdoar uma, duas vezes é o suficiente, se não obter a resposta se deixa para lá. Esse não é o ensino de Jesus. Jesus mostra que o perdão deve ser

ilimitado. Sempre oportuno, necessário e atual. Não há hipótese alguma, circunstân-cia qualquer que justifique a falta de perdoar. E ai então eu faço a seguinte pergunta: Qual tem sido o limite do seu perdão? Quem sabe se você tem uma mágoa de alguém e está com dificuldades em perdoar, ou se alguém lhe ofendeu e você ainda não o perdoou?

Todo pecado cheira mal, e toda ofensa dói. Por isso deve ser perdoado. Todo cristão deve trazer na alma a grandeza do perdão. Por maior que seja o pecado, mais sublime é o perdão. Apreciemos as palavras de Jesus, conforme escreveu Mateus: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mt 6.12)

e “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15). Ver-se, portanto, que na teologia de Jesus, o perdão é recíproco. Isto é, é perdoan-do que se é perdoado. Você tem perdoado seu próximo? Perdoemo-nos uns aos ou-tros e seremos abençoados. O perdão é feito para pedir e todo pecado é para ser per-doado, porque “Por maior que seja o pecado, mais sublime é o perdão”.

Todos nós, como já falei, queremos o perdão de Deus. Então, perdoemos nossos irmãos. Todo pecado cheira mal, e toda ofensa dói, por isso deve ser perdoado.

Paulo Francis, colaborador de OJB

Era uma vez uma co-bra que perseguia um vaga-lume, que nada mais fazia do que sim-

plesmente brilhar. Ele fugia rápido, com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir. Fugiu um dia, dois dias, mais ou-tro e nada. No quarto dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra: “Posso fazer-lhe três perguntas?”. Ela respondeu: “Pode. Não costumo abrir esse prece-dente para ninguém, mas já que vou te devorar, pode perguntar”. O vaga-lume prosseguiu: “Pertenço à sua cadeia alimentar?”. “Não”, disse a cobra. “Te fiz algu-ma coisa?”. A resposta foi a mesma: “Não”. O vaga-lume continuou: “Então, por que você quer me comer?”. E a cobra arrematou: “Porque eu não suporto ver você brilhar. O teu brilho me tira o sono. O teu brilho me incomo-da!”. Pergunto a você, leitor,

agora: “Você está mais para cobra ou vaga-lume?!”.

Esta parábola inicial é a mais usada quando o as-sunto é o sucesso alheio. O “brilho” de alguns faz surgir espontaneamente a restri-ção em outros. Em Tiago, lemos: “Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males” (Tg 3.16). Provérbios nos alerta: “O rancor é cruel e a fúria é destruidora, mas quem consegue suportar a inveja?” (Pv 27.4). Esse mal tem sido largamente obser-vado junto a população, principalmente no mundo tecnológico em que nós vivemos; onde as notícias são instantâneas e percor-rem a terra de lado a lado em questão de segundos. O que você expõe agora em uma rede social no Brasil pode ser compartilhado, visualizado por milhões de pessoas no Japão.

Distante de uma autopro-moção, o relato a seguir trata de uma experiência, uma ci-tação que vejo pertinente ao

assunto. Apenas para ilustrar, cito como exemplo. Estive há dois meses em Sorocaba, São Paulo. Lá, fui visitar uma exposição da Polícia Militar, onde eram apresentados os equipamentos, os veículos blindados e as armas mais modernas em uso no Brasil. De repente fui chamado para uma pequena entrevista por uma repórter do SBT. Meu cunhado filmou a conversa e colocou na internet. Em poucas horas, 230 pessoas haviam visto a gravação. Onde estariam estas pes-soas? Quem seriam elas? Quais os sentimentos mais profundos e imediatos que manifestaram? Será que me conheciam?

Leitor: O que eu vou expor é muito sério. De acordo com as orientações do co-nhecido pastor Josué Gonçal-ves, a maneira como lidamos com as emoções; a maneira como lidamos com quem faz mais sucesso que a gente; a forma como tratamos quem chegou depois e hoje está na nossa frente revela o íntimo

do nosso caráter. Embora seja quase uma incógnita nos dias atuais, qualquer professor, qualquer mestre de bom sen-so deveria almejar que o seu aluno, o seu discípulo, seja muito maior que ele. Que galgue mais degraus do que ele. Isso exterioriza que o trabalho de instruir foi muito bem feito. Assim, os pais de-veriam sempre ter na mente que os filhos serão superiores a eles. Como ouvi em um sermão outro dia, mães e pais deveriam falar: “Eu treinei vocês para irem mais longe! Eu preparei vocês para irem mais além! Eu eduquei vocês para irem mais longe…”. O próprio Mestre, em grande-za de modéstia, deixou isso como uma ordem: “Vocês vão fazer obras maiores que as minhas” (Jo 14.12).

Ao que me parece, de modo geral, tem surgido um desprazer quando uma pessoa que conhecemos faz sucesso. Se for alguém do nosso círculo social, nem todos se sentem felizes com a conquista. Aí surge aquela

ideia: “Por que ele, e não eu?”. É difícil admitir que possuímos a tão famigerada inveja. Quer seja aceitável ou não o que vou citar, a inveja é uma falha grave no nosso caráter. Ela compõe o íntimo de pessoas das mais diversas classes sociais; com ou sem conhecimentos mo-rais. Tem gente irritadíssima com as vitórias alheias. Se não se levantam claramente para aplaudir, certamente guardam no seu íntimo, es-tranhas emoções. Quando resolvem falar de leve em tom depreciativo, pejorativo, pode ter certeza que no seu interior, as labaredas de fogo, de ciúme estão sendo escon-didas. A verdade é que só invejamos quem nós admi-ramos. Agora, responda com franqueza: Você está sendo reconhecido no seu trabalho? Na vida? Há alguém que está fazendo sucesso, brilhando e te incomodando? Pois, fique sabendo que o problema não está no outro. Repito: Você é serpente ou vaga-lume? Reflita.

Importância do perdão

O sucesso alheio te incomoda?

5o jornal batista – domingo, 10/01/16reflexão

a atitude de Maria?O texto bíblico de Lucas

10, versos 38 a 42 diz que Maria assentou-se aos pés de Jesus e ouviu os Seus ensinos. Marta deveria também ouvir Jesus, deveria desligar-se da correria do dia a dia e aquie-tar o seu coração.

Vivemos em uma socieda-de que está totalmente volta-da para o ativismo, vivemos fazendo algo para Cristo. Mas

também O segue em todos os momentos. Ele O segue em sua própria casa, onde todos percebem a autoridade espiri-tual de alguém que anda com Jesus, como aconteceu com os discípulos em Jerusalém, segundo Atos 4.13. Segue a Jesus no trabalho, na escola, no futebol, onde todos sa-bem que poderão encontrar Jesus em sua vida. “Vive em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5.1-5). Não participa das conversas imorais contrárias à santidade de Deus mas vive em ações de graças como imitadores de Deus.

Jesus ensinou que os im-portantes no Reino de Deus são aqueles que servem, como Ele mesmo veio ao

o que precisamos mesmo é estar na presença de Cristo, ouvir Sua voz e descansar nas Suas promessas. A atitude de Marta foi errada naquele mo-mento, já a atitude de Maria foi a mesma que Jesus deseja ver em nós.

Que possamos ouvir mais a voz de Jesus Cristo. Precisa-mos estar aos pés de Cristo e ao ouvir Seus ensinamentos, colocá-los em prática.

mundo para servir e dar a vida e resgatar os perdidos, conforme diz Mateus 20.26-28. Servimos o próximo por-que aprendemos com Je-sus. Aprendemos com Jesus porque O seguimos e nos comportamos como seus discípulos verdadeiros. Se-guir a Jesus requer tempo, compromisso e disposição de vida. O discípulo tem os olhos voltados para Jesus porque está atrás e Jesus vai à frente. O discípulo con-segue servir a Jesus porque faz tudo o que o vê fazendo, como Ele mesmo fez olhando para o Seu Pai, como está escrito em João 5.19. Onde vivermos podemos servir a Jesus porque chegamos ali seguindo Seus passos. Então, é seguindo a Jesus que você poderá servi-lO.

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Acabei de ler o livro “De volta aos Prin-cípios”, de Fabrício Freitas. E em certa

altura do livro ele fala da atitu-de de Marta e Maria (elas eram irmãs) em relação a Jesus.

Marta era voltada às ati-vidades, muito prestativa, querendo fazer sempre o

Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

Jesus é simples e obje-tivo em Suas palavras: “Quem me serve precisa seguir-me” (Jo 12.26).

Isso nos lembra duas pos-turas que não estamos tão acostumados em nossos dias: “servo” e “discípulo”. “Ser-vir” a Jesus significa fazer a vontade dEle, é fazer o que Ele deseja que seja feito para atender as necessidades dos que estão ao nosso redor. Sendo servos de Jesus tam-bém seremos servos uns dos outros.

“Seguir” Jesus indica um estilo de vida. O exemplo claro que ele nos deu foi quando convocou homens para serem seus discípulos. Estava andando na beira do

melhor para as pessoas. Em certa ocasião, Jesus visitou a casa delas, enquanto Maria ficava aos pés dele para ouvir os seus ensinos, Marta estava agitada de um lado para o outro, procurando fazer algo para Jesus.

Sempre que alguém chega em nossa casa procuramos dar o melhor, geralmente a mulher vai para a cozinha fazer um café, preparar um

mar da Galileia e viu dois irmãos pescando - Pedro e André. Era o trabalho deles. Jesus os convida: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. No mesmo instante eles deixaram as suas redes e O seguiram” (Mt 4.18-20). Precisaram deixar a vida de pescadores de peixes para se-rem pescadores de homens. Seguindo Jesus alcançariam pessoas com o Evangelho para alimentar a alma eter-namente e não mais com o peixe para alimentá-los tem-porariamente.

Isso nos faz refletir o estilo de vida que temos diante de Jesus. Por estarmos constan-temente na Igreja fazendo coisas, imaginamos que es-tamos seguindo e servindo a Jesus, mas, na verdade, aguardamos que os outros

bolo, ou mesmo um salgado. Queremos servir, queremos que a pessoa saia satisfeita da nossa casa, e o nosso desejo é que ela volte sempre.

No caso de Marta e Maria a visita que elas receberam era mais que especial, estava na frente delas o Salvador da humanidade, Jesus Cristo. O que Marta deveria era tomar a mesma decisão que sua irmã Maria tomou. Qual foi

nos sirvam. Nós somos o cen-tro da vida que imaginamos ser de Jesus. Queremos que pessoas venham falar conos-co; queremos que cante o cântico que nos fale ao cora-ção; queremos que o pastor pregue sobre nosso proble-ma e nos diga o que fazer. Alguns chegam a dizer: “O pastor falou para mim” ou “O pastor não falou para mim”. Queremos que Deus res-ponda a nossa oração como oramos, e rápido; queremos, queremos... Mas a vida está longe de viver como um dis-cípulo obediente e próximo de Jesus. Não temos tem-po para ler a Bíblia; oramos pouco, quase que somente naqueles momentos obriga-tórios - almoço, dormir, em público na Igreja.

Aquele que serve a Jesus

Seguir para servir

Atitude de Marta e Maria

6 o jornal batista – domingo, 10/01/16 reflexão

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

O movimento evan-gélico é tão di-v o r c i a d o d a s Escrituras que as

aberrações ditas nas cha-madas “Igrejas” são absur-das. Esse movimento tem fomentado uma alienação enorme nas pessoas. Parece que a capacidade de pensar e raciocinar das pessoas é desligada nas reuniões ao adentrarem a determinadas comunidades. O senso crí-tico parecer bloquear frente à quantidade de heresias e ensinos distantes das dou-trinas cristãs. Alguns cultos parecem mais encenação teatral, apresentação folcló-rica ou encontros de piadas. É incrível como as pessoas consomem e retroalimentam o cenário evangélico que não provoca modificação no contexto aonde está.

Vivemos um cenário que facilita a abertura de novas igrejas, e com um mínimo, mínimo mesmo, de recursos e de formação, abre-se uma “nova igreja” com a proposta de ser mais um “ministério”, e logo mais um pequeno im-pério se levanta. As grandes denominações neopente-

costais abrem mais e mais “igrejinhas” e as possibilida-des no cardápio religioso vai se expandindo. Hoje temos “igrejas” para todo o gosto, ou melhor, ao gosto do freguês. Os pastores já não são mais pastores e sim gerentes, que cuidam dos balancetes finan-ceiros, das entradas financei-ras; a igreja se torna apenas um meio para adquirir as be-nesses materiais, os irmãos são apenas números da casa cheia, e os fiéis são clientes.

Os evangélicos brasileiros foram contaminados pela concepção de mercado, e isso veio das lideranças neopente-costais, e as atividades da igre-ja tendem a ser disputas entre os ministérios. A concepção clássica de missões, de ex-pansão do Reino de Deus é sufocada para que a voz do pastor/bispo/apóstolo seja ouvida e que o mesmo diga que nesse ministério Deus está agindo. Ao ouvir essa propaganda da boca do líder, somada aos “testemunhos” sensacionalistas assim como os jornais veiculados na TV e no rádio, formam a ideia de que as pessoas devem sair do ministério que estão e ir onde as coisas estão acontecendo. O líder, pastor/bispo/apóstolo se assemelha mais a um guru

Hudson Galdino da Silva, pastor da Segunda Igreja Batista em Cabo Frio - RJ

Feliz ano velho? O que é isso? Não é tempo de desejar feliz ano novo? Por que então

feliz ano velho? O novo não pode ser visto, considerado e tido apenas no seu aspecto cronológico, no aspecto de tempo. Alguém disse: “O novo não está nas coisas. Está na maneira como você olha para elas”. Portanto, podemos dizer nesta reflexão, feliz ano velho. Porque possivelmente na vida de muitos, o novo cronológico continuará velho na postura de viver.

Ano velho para aqueles que continuarão realizando a Obra do Senhor negligente-mente, com desprezo e sem dedicação. Sem esmero e zelo. Sem atenção e sem vida.

Velho continuará sendo o ano para aqueles que se limitarão a dedicar a si mesmo, às suas conveniências e interesses, sem terem colocado o Reino de Deus em primeiro lugar. Será velho o ano, para aque-les que não participarão das prioridades do Reino.

Feliz ano velho para aque-les que na mordomia continu-arão a negligentes, insensíveis e ingratos. Quantos poderiam ter investido mais no Reino de Cristo. Mas, quem sabe, faltou você. Faltou o seu dízi-mo. Faltou a sua cooperação financeira. Faltou o seu pla-no cooperativo. Faltou a sua oferta missionária. Se assim continuar, o ano, que se diz novo, continuará velho.

O ano de 2016 continu-ará sendo um ano velho, comum e igual a todos os demais para aqueles que não demonstrarem compromisso

espiritual, como aquele que detém uma revelação especial e importante, aproximando--se da visão do sacerdote e não do pastor do Novo Tes-tamento, e esse líder é o que faz a oração forte, que ora e tudo acontece, que sobe no monte e leva os pedidos, que determina, amarra e solta, que desfaz trabalhos espirituais, que tem poder espiritual, e que conhece a forma de falar com Deus e tudo é resolvido. Isso é magia e não poder es-piritual.

As pessoas que veem isso diariamente influenciam a forma das demais pessoas ditas evangélicas de nossas Igrejas. Os fiéis ouvem tanta coisa que aos poucos vão assimilando essa religiosi-dade de mercado e somado a busca pelo conforto, e se tornam clientes da Igreja. As pessoas erroneamente passam a se relacionar com a Igreja, com as pessoas e com a liderança a partir da lógica do “toma lá, dá cá”. A pessoa vai à Igreja “toma lá” e espera receber as bênçãos materiais de Deus “dá cá”. E essa lógica suga a verdadeira espiritualidade e despreza os ensinos bíblicos. Essas pes-soas começam a comparar o pastor com os pregadores

com a Palavra. Não sabem nem mais o que significa EBD. Não cresceram sequer meio centímetro de conhe-cimento da Bíblia. Alguns, possivelmente, cresceram no conhecimento das coisas seculares, histórias e enredos de filmes e similares. Possi-velmente cresceram e muito. Para estes, feliz ano velho!

O ano que se diz ser novo poderá ser velho para aqueles que sequer oraram pela con-versão de alguém. Não deram um testemunho da fé em Cris-to. Não presentearam uma Bíblia. Sequer convidaram um amigo para estar no culto. Não fazem relacionamento intencional. Discipulado? Só conhecem de ouvir dizer. São aqueles que missões nada é e nada representa. Não experi-mentaram ainda a alegria de cooperar com o Senhor Deus em ganhar pessoas do mundo

midiáticos, o grupo de lou-vor com o CD que ouve no carro, a estrutura da Igreja local com os mega-templos que passam na TV, e logo emergem as críticas. As crí-ticas não são construtivas e não são para melhorar e não revelam amor. Revelam co-brança pura. Criticam e nada fazem, agem como clientes que exigem um produto e querem respostas imediatas.

É triste ver pessoas trocan-do o Evangelho por esses modismos. A Bíblia diz que mesmo se um “Anjo vindo do céu vos pregue outro Evange-lho que vá além do que vos temos pregado, seja anáte-ma” (Gl 1.8). Nesse cenário evangélico há de tudo menos Evangelho. Eles distorceram e pregam qualquer conteúdo, menos o verdadeiro Evan-gelho. E esse evangelho de facilidades que retira o sofri-mento, que valoriza mais o aqui e agora em detrimento da eternidade fomenta clien-tes de sérvios religiosos, e não discípulos e seguidores de Jesus, que renunciam tudo e seguem o Mestre.

A Bíblia diz que aqueles que creem e recebem a Jesus recebem “O poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no seu nome”

todo para o Seu Reino. Não se alegram com a conversão de alguém.

Feliz ano velho para aque-les que no ano passado e neste ano continuarão com as mesmas atitudes, hábitos e costumes que comprome-tem o Evangelho de Cris-to. Para que desejar “Feliz Ano Novo”, se o verdadeiro “novo” ainda não aconteceu, de fato, na vida de muitos. Ainda não experimentaram o novo nascimento em Cristo. Se dizem ter experimentado, mas vivem de forma contrá-ria. Continuam com corações magoados e entristecidos. Continuam sem praticar o amor e o perdão. Falam mal do próximo e do irmão e têm a maledicência como o “prato preferido” do dia. O ano continuará velho, nada de novo para aqueles que continuarão indevidamente

(Jo 1.12). É triste ver pessoas trocando o poder de ser filho pela barganha de ser cliente. O cliente é chato e reclama de tudo, o filho é manso e disposto a ajudar. O cliente exige melhorias, o filho se envolve para melhorar. O cliente cobra resultados, o filho celebra os frutos. O cliente é autoritário, o filho é submisso. O cliente se acha no direito de cobrar, o filho recebe tudo com gratidão. O cliente murmura do atendi-mento, o filho busca servir melhor. O cliente cobra ho-rários e novas programações, o filho se esforça para fazer mais e melhor. O cliente é instável, o filho permanece por amor.

O cliente não tem compro-misso, ele só consome, já o filho é engajado e desfruta do que planta na comunida-de local. O cliente troca o privilégio da primogenitura por um prato de lentilhas, assim como alguns evangé-licos trocam o privilégio de serem chamados filhos de Deus para ser cliente. Não barganhe, seja filho! Sejamos filhos obedientes. Que Deus nos ajude a servirmos mais e melhor a Sua Igreja e a Sua Obra para o louvor da Sua Glória.

frequentando lugares duvi-dosos, sem uma postura de fé autêntica e digna. O teste-munho é comprometido com conversas inconvenientes e práticas que a Bíblia reprova.

Feliz ano velho, sim, para aqueles que não mudaram, e que não mudarão neste 2016. Mas se você deseja realmente ter um ano novo, comece com você mesmo, fazendo com que tudo seja novo em sua vida. Buscando quebran-tamento, contrição, mudan-ça, transformação em Cris-to Jesus. Volte ao “primeiro amor”. Pratique o ensino de que “Aquele que está Cristo, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo”. Deixe que tudo seja novo em você e sua vida. Tenha um novo modelo de vida que en-volva compromisso, fidelida-de, amor e dedicação. E assim você terá um feliz ano novo.

Cliente ou filho?

Feliz ano velho

7o jornal batista – domingo, 10/01/16missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

O trabalho realiza-do pelos missio-nários Ralison e Gledciele Medei-

ros, em Bom Jesus da Lapa - BA, completou 10 meses e é marcado por conquistas. Atualmente, o Projeto con-tabiliza 18 pequenos grupos multiplicadores, 96 decisões por Cristo, 42 batismos, 5 casamentos e 18 líderes em formação.

O avanço missionário no sertão da Bahia é resultado de muita oração e investi-mento. Esta obra faz parte do Projeto Água Viva, que foi iniciado em cidades da Bahia e em Pernambuco, com o objetivo de alcançar os habitantes da zona rural

Redação de Missões Nacionais

Apesar dos desafios, os miss ionár ios Renato e Juliana Fagundes podem

testemunhar sobre muitas portas abertas por Deus no campo onde atuam. Eles es-tão em Nova Friburgo - RJ, e recentemente tiveram a oportunidade de começar a compartilhar o Evangelho para cerca de 150 crianças em um colégio municipal. Eles realizam esta progra-mação quinzenalmente, nos turnos da manhã e da tarde.

Portas para pregação tam-bém foram abertas nos lares e pessoas que nunca tinham ido à Igreja e, agora, frequen-tam os cultos, sedentas da Palavra de Deus. “Deus abriu

do semiárido nordestino, formando obreiros evan-gelistas da própria região para a multiplicação do Evangelho.

A presença de missioná-rios no sertão é estratégica

o pequeno grupo multiplica-dor na casa de um dos nossos irmãos, funcionando toda quarta-feira. Deus também abriu a oportunidade de li-derar um pequeno grupo que é frequentado por pessoas que jamais iriam a um culto público e que, depois de algumas semanas, já compar-tilharam que se sentem inco-

porque além das cidades--base onde estão, eles al-cançarão os vilarejos ao redor. É um novo tempo de evangelização no ser-tão nordestino. Precisamos das orações e do engaja-

modadas com pecados que antes consideravam normais. Deus abriu portas de cultos nos portões das casas dos ir-mãos e todos que passam nas ruas ou estão ao redor ouvem uma porção do Evangelho de Cristo; estes cultos ocorrem todos os sábados. Deus ainda vai abrir muitas outras portas. Uma pessoa não crente mos-

mento do povo de Deus para esta grande oportuni-dade missionária. Ore por recursos financeiros, por missionários e evangelis-tas dispostos a ir ao sertão para ganhar mais almas e

trou interesse de receber um pequeno grupo multiplicador em sua casa e nós estamos orando para que dê tudo cer-to”, contam os missionários.

Citando o versículo que se encontra em Apocalipse, que diz “E ao anjo da Igreja que está em Filadélfia escreve: ‘Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a

plantar mais Igrejas. Inter-ceda pelos obreiros que já estão ganhando vidas para Cristo no sertão, para que o Evangelho alcance mais vidas e para que as pessoas já alcançadas permaneçam firmes na fé em Cristo Jesus.

Participe como parceiro de uma comunidade sertaneja em oração e abençoando, por meio do PAM Brasil, os missionários que estão ali mi-nistrando a Palavra de Deus. Para apoiar este trabalho por meio de ofertas, escreva para [email protected] ou faça contato com a Central de Atendimento de Missões Nacionais: Rio de Janeiro: (21) 2107-1818 / Outras Capitais e Regiões Metropolitanas: 4007-1075 / Demais localidades: 0800-707-1818.

chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre’” (Ap 3.7), os missionários afirmam crer que Deus está abrindo portas para mostrar que a pregação do Evangelho não pode parar.

Interceda por este projeto missionário, que tem alcan-çado vidas por meio de ora-ção e pregação da Palavra.

Projeto missionário promove avanço do Evangelho no sertão da Bahia

Portas abertas para pregação do Evangelho em Nova Friburgo - RJ

Missionários também têm compartilhado o Evangelho em um colégio da região

Trabalho em Bom Jesus da Lapa - BA tem alcançado grande número de vidas

8 o jornal batista – domingo, 10/01/16

9o jornal batista – domingo, 10/01/16notícias do brasil batista

10 o jornal batista – domingo, 10/01/16 notícias do brasil batista

Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE completa 81 anos

Alzeni Duarte, secretária da Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE

A Igreja Batista em S í t io Novo, em Olinda - PE com-p le tou 81 anos

no dia 19 de novembro de 2015. Fundada em 19 de

novembro de 1934 pelo pastor Rodolfo Alves, a Igre-ja chegou aos 81 anos com o firme propósito de con-tinuar servindo ao Senhor Jesus. Nos dias 21 e 22 de novembro de 2015 foram realizados cultos evangelís-ticos, tendo como pregador o pastor Abimael Sena, da

Congregacão Batista em Vila Dois Carneiros, locali-zada em Jaboatão dos Gua-rarapes - PE, que pregou baseado no tema “Jesus se importa com você”. A divisa foi “Jesus, tendo amado os seus que estavam no mun-do, amou-os até ao fim” (Jo 13.1) e o hino oficial foi

“Ele não desiste de você”, do cantor Marquinhos Go-mes.

Foram dois dias abenço-ados com a participação dos Conjuntos de Crian-ças , Jovens e Mulheres da Igreja local, do cantor Davi Cunha, da Primei-ra Igreja Batis ta em Be-

beribe, em Recife - PE e da Orquestra Filarmônica Cristã da Igreja Batista em Campo Grande, em Reci-fe – PE, sob a supervisão musical do professor Fábio Menezes . Após o cul to houve uma recepção pre-senteada pela irmã Zenai-de Correia.

11o jornal batista – domingo, 10/01/16missões mundiais

Vanderlei Batista Marins, doutor, pastor e presidente da Convenção Batista Brasileira

Nós não queremos nos voltar para o quadro em que es-tamos inseridos em

nosso país. Queremos voltar para o desafio maior, que é ter esperança. Eu acredito pia-mente que a Obra de Deus não se faz com dinheiro, mas com fé. Existindo fé, o dinhei-ro aparece. E não apenas ele, mas as demais coisas necessá-rias ao avanço, ao progresso da causa do Senhor, inclusive para a obra missionária. Ele manda recursos, e nós estamos aqui exatamente assim, neste ideal da fé porque acreditamos no trabalho do Senhor. Acredi-tamos que o povo de Deus é sensível ao desafio do próprio Deus. E acreditamos também que missões mexe não apenas

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Neste ano de 2016 a JMM promoverá eventos de capaci-tação das Igrejas

para evangelização de povos refugiados no Brasil. A maio-ria destas pessoas que chega hoje ao nosso país é de ori-gem islâmica. Falar de Jesus Cristo para elas não é algo tão simples. Estes eventos serão voltados para pessoas e Igrejas que desejam trabalhar na evangelização de refu-giados. Eles contarão com a presença de missionários experientes na evangeliza-ção do mundo muçulmano. Em breve, divulgaremos em nosso site, toda a programa-ção com datas e locais destes eventos: www.missoesmun-diais.com.br/refugiados.

O drama dos refugiados é uma de nossas prioridades. Hoje, há cerca de 60 milhões de refugiados em todo o mun-do, segundo dados mais re-centes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. São pessoas que, diante da guerra, da miséria ou da repressão em seus pa-íses de origem, buscam em outra nação a esperança de uma vida digna. No entanto, o que muitos encontram é um dia a dia de exploração, distante do ideal de vida que sonharam para suas famílias. Isso quando as portas não são fechadas para eles. Queremos

com o coração, mas com a emoção e o bolso também.

Não queremos em hipótese alguma atrelar qualquer as-pecto da obra missionária ao contexto econômico de nos-sa Pátria, mas sabemos que isso influencia muito. Este ano estamos preocupados no que diz respeito à gestão, mas confiantes no que diz respeito à ação do poder de Deus na vida do povo e na vida das Igrejas, para que, neste tempo de dificuldades e de certas precauções, nós possamos avançar também.

Todos nós sabemos que Missões Mundiais tem sido uma referência na obra Ba-tista brasileira. E ela há de continuar sendo esta referên-cia com o empenho de seus gestores, com o empenho dos seus missionários, mas também com o empenho dos missionários que não estão lá no campo, mas estão no Bra-

fazer a Igreja de Cristo chegar até os refugiados com a men-sagem de esperança por meio de ações práticas.

Sua Igreja pode levar esperança a refugiados

O Brasil também é um país que está na rota dos refugia-dos. Hoje, recebemos um total de 6.492 refugiados de mais de 80 nacionalidades diferentes e outras 556 pes-soas reassentadas, segundo divulgados pelo Comitê Na-cional para os Refugiados – CONARE – em janeiro de 2015. Sírios e angolanos são os que mais entraram no país.

Eles chegam ao nosso país sem documentos, sem tra-balho e sem um lugar para morar. Sua Igreja pode ajudá--las a viver em nosso país de forma legalizada.

A Junta de Missões Mun-diais oferece aos cristãos brasileiros uma base para a construção de uma opera-ção de ajuda aos refugiados, no Brasil e no exterior, por meio de cerca de 130 pro-jetos divididos nas áreas de saúde, evangelismo, espor-te, educação, humanitários emergenciais, plantação de Igrejas e formação de líderes.

Nosso objetivo é alcançar os mais pobres dos pobres do planeta e transformar suas vidas, para isso podemos alinhar as ações aos Obje-tivos de Desenvolvimento Sustentável para facilitar o levantamento de fundos.

sil, viabilizando para que o campo tenha progresso, para que o campo tenha resulta-dos ainda maiores. Porque, na verdade, o trabalho de lá depende do trabalho daqui.

Damos graças a Deus tam-bém por aquilo que Ele está fazendo. Fiquei maravilhado com a competência, a capaci-dade dos nossos missionários

Refugiados e a BíbliaAs Escrituras Sagradas nos

orientam a lidar com pessoas que necessitam de refúgio. O próprio Deus se preocupa com o bem-estar dos estran-geiros, foragidos e refugia-dos. Ele mesmo nos diz como tratá-los:

• Não os maltratando (Êxo-do 22.21);

• Não tirando vantagem de sua situação (Deuteronômio 24.14);

• Oferecendo-lhes amor e cuidado (Mateus 22.39).

Podemos ainda transformar os ensinamentos bíblicos em práticas significativas a respeito desses que sofrem:

1 – Ore – “A oração feita por um justo pode mui-to em seus efeitos” (Tiago 5.16b);

no campo. Pude ter contato com alguns obreiros altamen-te capacitados para a função. E que são referências também entre as demais agências mis-sionárias como missionários comprometidos, missionários de referência, missionários que têm uma JMM que dá respaldo, que está atenta, que participa e que está com eles.

2 – Sirva – “Era estrangeiro, e hospedastes-me” (Mateus 25.35b)

3 – Envolva-se – Participe de projetos que auxiliam

Obviamente, nós não esta-mos aqui falando de um tra-balho perfeito, pois isso seria impossível, uma vez que não somos perfeitos. Estou falan-do de um trabalho que tem sido abençoador, que tem marcado vidas, que tem uma história, que tem atravessa-do 108 anos dizendo a que veio e que tem sido mantido pela Graça do Senhor. Mas também é um trabalho que tem sido alvo da simpatia, do carinho e da dedicação e do amor do povo brasileiro.

Portanto, através do tra-balho de todos os níveis de atuação da JMM é que se constituirá um elemento de bênçãos para a atuação do Espírito para que em 2016 te-nhamos uma oferta que seja a mais expressiva de todas.

Nós somos parceiros da Graça e do Senhor da Graça para que pessoas conheçam a verdade e se aproximem Dele.

refugiados de outros países. Seja um parceiro nosso nes-ta missão. Entre em contato com a JMM: [email protected].

Capacitação de Igrejas para evangelizar refugiados

Esperança para alcançar o alvo

Pastor Vanderlei Batista Marins, presidente da CBB

Refugiados buscam ajuda na Sérvia

12 o jornal batista – domingo, 10/01/16 notícias do brasil batista

José Antônio de Paula, pastor da Primeira Igreja Batista no Jardim das Orquídeas, em São Bernardo do Campo - SP

A Primeira Igreja Ba-tista no Jardim das Orquídeas, em São Bernardo do Cam-

po - SP, realizou um traba-lho evangelístico nos dias 14 e 21 de novembro de 2015 no Núcleo Parque Bandei-

rantes, em São Bernardo do Campo. Foram momentos importantes em que estive-mos com um grupo da Igreja no dia 14/11 visitando as casas a fim de fazer um mini recenseamento e convidar a comunidade para o evento a ser realizado no dia 21/11 em um espaço dentro da mesma.

Os relatos dos irmãos par-ticipantes foram muito inte-ressantes e importantes, pois

muitos destes nunca tiveram a experiência do evangelis-mo corpo a corpo, pessoal e, em especial, dentro da comunidade. O trabalho ape-nas está começando, tendo em vista que grande parte dos moradores são pessoas desviadas, conhecedoras do Evangelho, que por alguma situação deixaram suas Igre-jas e se afastaram de tudo, envolvendo-se com bebidas; drogas, etc.

Para o dia 21/11 foram montadas quatro tendas para atendimento aos moradores. Foram oferecidos serviços como aferição de pressão arterial, teste de glicemia (destro); corte de cabelo; artesanato; pintura de unha, sobrancelhas, histórias bíbli-cas para as crianças e orien-tação, visitas e evangelismo instantâneo no local. Conta-mos com a ajuda da UBS do Jardim das Orquídeas que

nos cederam os aparelhos, além das fitas para os testes glicêmicos.

Louvamos a Deus pela vida da Igreja que tem com-prado a ideia de sairmos em busca dos perdidos em seus redutos habitacionais e Deus é quem trabalhará na vida destas pessoas que também carecem da Graça, do Amor e da Misericórdia de Deus e da Salvação em Cristo Jesus. A Ele toda Glória.

Primeira Igreja Batista no Jardim das Orquídeas – SP realiza

trabalho social e evangelístico para moradores do local

OBITUÁRIO

Consuêlo de Castro Sylvestre: Amiga da Bíblia e de “O Jornal Batista”

13o jornal batista – domingo, 10/01/16ponto de vista

Roberto Torres Hollanda, colunista de OJB

Conhecemos pesso-almente Consuêlo em 1977, no Rio de Janeiro, por ocasião

do lançamento do Livro “Se-gredos da Vida Vitoriosa de Gideão”, pelo seu esposo, o escritor, jornalista e político nordestino, Josué Sylvestre.

Entre as múltiplas qualida-des do caráter de Consuê-lo, as que, com o tempo, mais nos impressionaram, foram seu amor às Sagradas Escrituras e seu zelo pela distribuição da Palavra. Era ávida leitora da Bíblia e foi ativa promotora do conheci-mento do Novo Testamento distribuído pelas “Auxilia-res”, esposas dos membros

Genilson Vaz, pastor da Primeira Igreja Batista em Ribeirão Preto - SP

“Bem está, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, so-bre o muito de colocarei” (Mt 25.21a)

O jovem Lamarque saiu da cidade de Paranavaí, no in-terior do Paraná,

e foi para a grande cidade do Rio de Janeiro, dando ou-vidos ao chamado de Deus para ser pastor. Subiu a la-deira do Seminário Teológi-co Batista do Sul do Brasil, ancorando suas malas de seminarista na bela “Colina de Itacuruçá”, e ali pude conhecê-lo, desenvolvendo sólida amizade.

No Seminário teve sua vo-cação lapidada, quer nas salas de aula, quer no re-feitório, quer no campo de futebol, pois jogar era algo que fazia com habilidade de um profissional. Sempre sor-ridente, de palavra agradável e coração verdadeiramente pastoral, tinha facilidade em abençoar pessoas.

Em sua vida ministerial fez diferença no meio das ove-lhas. Era conhecido como “o pastor do abraço forte”. Mesmo com sua sólida ba-gagem acadêmica e cultural - teólogo, psicanalista, pós--graduado em História e Cul-

da Associação Evangélica “Os Gideões Internacionais”. Graças à sua dedicação ao

tura Contemporânea, pastor Lamarque sempre manteve seu interesse verdadeiro, sincero e inteiro para com seus amigos e suas ovelhas. Pregava com autoridade e entusiasmo, explorando a Palavra de Deus com facili-dade e poder.

Certa ocasião, na metade do ano de 2007, ele me li-gou e disse: “Meu amigo, indiquei seu nome para a PIB de Ribeirão Preto, porque acho que você e ela se iden-tificam”. Um ano depois eu tomava posse no pastorado da mesma.

Sua figura nos plenários das nossas Semanas Batistas era inconfundível - vestindo seu blazer preto, Nikon pen-durada no pescoço, jamais perdia uma cena, fosse for-

ministério gideônico, Con-suêlo exerceu a presidência nacional das “Auxiliares” nos

mal ou informal. Por onde passava, encontrava alguém para abraçar.

No início do ano de 2015 ele me ligou e disse: “Amigo, neste ano você não escapa, em setembro vai pregar nos 55 anos da PIB de Mauá!". Como dizer não a um amigo tão precioso?

Nos dias 19 e 20 de se-tembro de 2015, então, tive a alegria e honra de estar com minha esposa nas cele-brações daquele aniversário. Ele, sempre dinâmico, ale-gre, forte na direção e minis-tração. Foi uma celebração especial para minha vida e da minha esposa. Fomos inspirados pelas bênçãos do Senhor naquele final de semana. No domingo à noi-te, após o encerramento da

anos de 1979, 1980 e 1981.Liderou grupos femininos

Batistas de diferentes idades nas cidades pelas quais passou: Campina Grande – PB; Brasí-lia – DF; Rio de Janeiro – RJ; e Curitiba - PR, acompanhando o marido em suas atividades profissionais e culturais.

programação de aniversário, jantamos com nossas espo-sas na casa de um casal da PIB de Mauá.

Mas no amanhecer do dia 12 de outubro de 2015, uma segunda-feira, feriado nacio-nal, Dia das Crianças, meu celular sinaliza uma mensa-gem. Li e reli o que acabava de chegar, postado por um colega de Ribeirão Preto. Meus olhos se encheram de lágrimas, passei o celular para minha esposa, e juntos não queríamos acreditar no que estava escrito: Nosso amigo preciso não estava mais conosco. Aquela manhã ensolarada de segunda-feira, naquele momento ficou nu-blada. Nenhuma razão mais para pensar no que fazer na-quele feriado. Apenas chorar

Desde cedo, foi leitora as-sídua de “O Jornal Batista”. De 1999 até 2014 organi-zou e encadernou as cole-ções anuais das edições do nosso querido Jornal.

Apesar dos problemas de saúde, manteve a fé e a esperança, sobrevivendo a dez cirurgias. Sua audição fo i compromet ida , mas suas palavras não deixa-ram de ser ouvidas porque continham sabedoria e ins-piração.

Faleceu, na capital para-naense, em 06 de novembro de 2015. Em memória de sua vida benfazeja realizou--se, no domingo, dia 08 de novembro de 2015 uma reu-nião gratulatória na Primeira Igreja Batista de Curitiba – PR.

e lamentar. Lembrei que fui o último colega a estar com ele, ao lado dele, na Igreja dele.

Pastor Lamarque foi reco-lhido nos braços dAquele a quem tanto amou, serviu e se dedicou. Deixou pessoas muito especiais: Raquel La-marque e seus filhos, André e Alex. Deixou também uma quantidade incontável de pessoas e famílias alcançadas positivamente em meio ao deserto que tem sido ser e fazer amigos na atual socie-dade.

José Valdemir Bezerra Lamarque (31/03/1963 – 12/10/2015), pastor do abra-ço forte, cujo sorriso con-tagiava qualquer ambiente onde estivesse. Até breve, amigo!

Até breve, pastor Lamarque

Lamarque e Raquel Pastor Lamarque dirigindo o culto

14 o jornal batista – domingo, 10/01/16 ponto de vista

Vulnerabilidade sig-n i f i ca , segundo Francisco Azevedo, p.127, “Fragilidade,

ruptibilidade, ruptilidade, gracilidade, fissilidade, irre-sistibilidade, irresistência; castelo de cartas; casa de vi-dro, caixa de fósforos, argila, ferro acro”.1 Essas palavras denotam a nossa estrutura humana, que é falha, insin-cera e enganosa. O Senhor Jesus já havia feito este diag-nóstico em Mateus: “Porque do coração é que saem maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexu-al, furtos, falsos testemunhos e calúnias” (Mt 15.19). No Sermão do Monte o Senhor discorre sobre os motivos, as inclinações carnais, que produzem atos danosos. A nossa vulnerabilidade está no coração.

Esta é a nossa realidade. Nua e crua. Independe de idade. É do homem, da sua natureza má e perversa (Jr

17.9-10). Revela-se em nos-sos tropeços e desacertos. Somente na reconciliação com o Pai, através do Filho, é que somos restaurados (II Co 5.18-20). Ah, quão vulnerá-veis e miseráveis somos. So-mente a Graça de Deus nos basta, pois o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza (II Co 12.9-10). O apóstolo Paulo reconhece o quanto é frágil, vulnerável e tendencioso em Romanos 7. Portanto, a nossa vulnerabilidade é invisível e visível ao mesmo tempo. Está nas entranhas e traz à tona nossas manhas e atos perni-ciosos. Essa vulnerabilidade traz à flor da pele a nossa incoerência entre o ser e o fazer. Entre o pensar, sentir e o agir.

Há vários personagens da Bíblia que mostraram sua vulnerabilidade: Moisés, quando matou o Egípcio; os dez espias quando revelaram o seu medo na conquista da terra prometida, o seu fra-

casso no tempo; Davi, que deixou de ir para a guerra e perdeu a batalha do coração, adulterando; Jeremias, que não sabia falar; Pedro, que negou o Senhor Jesus três vezes e cortou a orelha de um homem. Realmente so-mos vulneráveis em gênero, número e grau. Vulneráveis de carteirinha.

Mas a nossa vulnerabilida-de encontra a invulnerabili-dade de Cristo Jesus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (João 1.14). Que foi crucificado, morreu e ressuscitou por nós. Aquele que prometeu estar conosco todos os dias até a consuma-ção dos séculos (Mt 28.20). Que disse para Paulo e a nós, a minha Graça basta, é suficiente. A nossa vulnera-bilidade encontra em Cristo Jesus o poder para vencer as tentações. Vencer as afli-ções (João 16.33). A nossa tendência ao erro encontra a verdade que é Cristo Jesus.

A nossa propensão para a mentira encontra Jesus como a verdade (João 14.6). A nos-sa inclinação para a tristeza profunda encontra a alegria em Cristo Jesus. A nossa inse-gurança encontra a segurança absoluta no nosso Salvador (At 4.12).

Tenhamos consciência de nossa vulnerabilidade, fra-queza, tendência ao erro, ao fracasso. Contudo, não nos esqueçamos da presença de Jesus conosco, presença que basta, fortalece, enco-raja e motiva a caminhada do discipulado, a trilha da fé salvadora. Ele é o Autor e Consumador de nossa fé (Hb 12.2). Não justifiquemos nossa vulnerabilidade (so-mos especialistas nisto), mas confiemos na justificação que vem do Pai por meio do Filho, no Seu sangue, para nos perdoar de todo o pecado e toda a injustiça, quando o confessamos de coração (I João 1.9). Deve-

mos, em Cristo Jesus, vencer nossos fracassos, limitações, medos, ressentimentos, amar-guras. Ele disse: “Eu venci o mundo” (João 16.33). Nele somos mais que vencedores (Romanos 8.37).

Não permitamos que a nos-sa vulnerabilidade defina nossas atitudes e os nossos atos. Que a invulnerabili-dade, a perfeição de Cristo Jesus, nosso Senhor, defina nossas escolhas. Não confie-mos em nós mesmos, mas em Cristo Jesus. Reconheçamos que sem Ele nada podemos fazer. Que Ele seja sempre o nosso fundamento. Que oremos como Davi: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito reto, inaba-lável” (Sl 51.10).

1 AZEVEDO, Francisco Fer-reira dos Santos. Dicionário Analógico da Língua Portu-guesa. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2010.

Nossa vulnerabilidade

15o jornal batista – domingo, 10/01/16ponto de vista

É comum vermos uma placa com esses di-zeres na frente de al-gum estabelecimento

comercial que foi vendido para um novo dono, e isso ocorre muitas vezes porque o dono anterior não estava conseguindo com sucesso avançar nos negócios, então decidiu passar para frente e dar chance à outra pessoa.

Estamos iniciando um novo ano e, como escrevi na Coluna passada, é hora de fazermos um balanço em nossa vida, pois ano novo não pode continuar com ve-lhas práticas que não deram certo para a qualidade de nosso projeto de vida.

Um dos pontos essenciais do Cristianismo não é em si a nossa salvação, pois ela já foi conquistada por Cristo ao morrer na cruz e ressuscitar para nos dar nova vida (II Co 5.17). E aqui está o ponto essencial, fomos salvos para viver uma vida nova, não simplesmen-te para aguardar a volta de Cristo, nos preparando para a Nova Jerusalém. Jesus já está fazendo isso para nós, a salvação foi apenas um meio, um conserto para nos-sa rebeldia. Uma vez feito o conserto, agora é ir e viver.

Mas como foi a nossa vida no ano que se encerrou? Como foram os nossos rela-cionamentos? Mais basea-dos em nosso temperamento ou modo de ser? “Sou assim mesmo”, que me aguentem – é a Síndrome de Zagalo! E as nossas decisões foram baseadas mais em nossas razões e paixões ou busca-mos segurança na Palavra

de Deus? Como reagimos às injustiças, perseguições ou difamações contra nós? Quem comandava o nosso falar/língua/sentimentos? Quem estava na direção ou comando de nossas vidas a cada dia?

Sob nova direção significa que tudo isso estará no altar de Deus (Romanos 12.1) para que ele seja o nosso Guia seguro. O capítulo primeiro da carta aos Efésios indica a finalidade para a qual fomos salvos – estar aos pés do nosso Mestre e Proprietário (simplesmente chamamos de Senhor, mas ele é nosso Proprietário, que é o significado da pa-lavra “kyrios” no original grego).

Já mencionei inúmeras vezes nesta Coluna que fo-mos criados para a glória de Deus, de acordo com Isaías 43.7 (Confesso, uma expres-são correta, mas abstrata demais para entendermos). Então, conectando esse con-ceito com os dois primeiros mandamentos (Mc 12.28 ss), encontramos três níveis de relacionamentos, assim temos: Viver em amor, har-monia e comunhão (1) com Deus; (2) comigo mesmo; (3) com o próximo (Afinal, não é bom que a humani-dade viva só [Gn 2.18]). E, como estamos vivendo no mundo e natureza criada por Deus, então acrescento por dedução: (4) com a na-tureza criada. Quatro itens que sofreram com a queda e rebeldia do ser humano (Gn 3).

Sob nova direção significa isso mesmo, que este ano

e os demais de minha vida vou reavaliar cada pensa-mento, decisão, escolha, ato, relacionamento, etc., sob esta óptica, sob este alinhamento. Assim, Deus passa a ser o meu Proprie-

tário e dirigente de minha vida. Aqui se torna impor-tante uma mente renovada (Romanos 12.2) pela Pa-lavra de Deus (II Timóteo 3.16-17) que será meu guia para todos os fatos de mi-

nha vida, a ação do Espírito Santo produzindo em nós seu fruto (Gálatas 5.22-23).

Fica aqui o desafio para você reavaliar a sua vida e saber quem é que deve comandá-la neste novo ano.

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Sob nova direção!