22
Boletim Informativo da Associação Portuguesa de Urologia Ano I Nº 1 Jan/ Fev/ Mar - 2001 CORPOS GERENTES ASSEMBLEIA GERAL Adriano Pimenta Luís Campos Pinheiro Arnaldo Figueiredo CONSELHO DIRECTIVO Presid: Mendes Silva Secret: F. Rolo Tesour: H. Monteiro Vogais: Paulo Vale F. Cruz Mendes Leal Suplentes: João Bastos Almeida e Sousa Arnaldo Lhamas CONSELHO FISCAL A Requixa Virgílio Vaz Rui Santos CONSELHO CONSULTIVO Mário Reis Adriano Pimenta Joshua Ruah J Campos Pinheiro Matos Ferreira

Ano I — Nº 1 — Jan/ Fev/ Mar - 2001 n1.pdf · a Associação Portuguesa de Urologia a novos tempos e a novas realidades. Tudo faremos para o cumprir na integra, como dissémos,

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • Boletim Informativoda Associação Portuguesade Urologia

    Ano I — Nº 1 — Jan/ Fev/ Mar - 2001

    CORPOS GERENTES

    ASSEMBLEIA GERALAdriano Pimenta

    Luís Campos PinheiroArnaldo Figueiredo

    CONSELHO DIRECTIVOPresid: Mendes Silva

    Secret: F. RoloTesour: H. MonteiroVogais: Paulo Vale

    F. CruzMendes LealSuplentes:João Bastos

    Almeida e SousaArnaldo Lhamas

    CONSELHO FISCALA RequixaVirgílio VazRui Santos

    CONSELHOCONSULTIVOMário Reis

    Adriano PimentaJoshua Ruah

    J Campos PinheiroMatos Ferreira

  • Revista trimestral - Ano 1 - N.º 1 - Janeiro/Fevereiro/Março 2001Propriedade: Associação Portuguesa de Urologia

    Director: M. Mendes SilvaEditor: Francisco Rolo

    Paginação e pré-impressão: Criações Digitais, Lda. - Tel.: 21 989 61 44Impressão: Grafisol - Tel.: 21 915 81 50

    Editorial

    Carta de um doente para um Urologista

    A Visão do Outro Lado

    Bolsas de Investigação

    VI Simposium de Urologia

    Notícias

    Agenda

    4

    6812141618

    sumário

  • 4

    A Associação Portuguesa de Urologia (APU) propõe-se editar trimestralmente um Boletim que possaservir de veículo de informação e comunicação entre todos os Associados.A ideia é incluir aspectos da nossa vida associativa que não sejam científicos, ou de trabalhoscientíficos, os quais ficarão para o âmbito da Acta Urologica Portuguesa. Assim, para além de umeditorial, serão inseridos neste Boletim artigos de opinião ou trabalhos não científicos relacionadoscom a Urologia, entrevistas com personalidades convidadas, lazer, arte, desporto, curiosidades,notas históricas, resumos ("high-lights") de importantes congressos e simpósios ou livros científicos,notícias, informações, avisos, calendário de congressos, etc…Espera-se desta forma contribuir para uma maior união entre toda a "família urológica", para ummelhor conhecimento das iniciativas da Direcção da APU e para um melhor relacionamento entretodos divulgando aspectos não estritamente científicos ou profissionais, como lazer, curiosidades,história, arte, desporto, etc, embora de alguma forma relacionados com a Urologia ou com os quea praticam. Aguarda-se pois contribuição de todos os associados para um objectivo.A nova Direcção da APU, eleita para o biénio de 2001/02, pretende, mantendo a continuidade daacção realizada pelas gerências anteriores, introduzir inovação e, com trabalho, empenho, criatividadee ousadia, desenvolver actividades variadas de promoção e progresso da Urologia e de todos osque a praticam, tanto a nível científico e técnico, como a nível social, de interligação e de representação,profissional e institucional. Pretende, assim, e transcrevendo o programa de candidatura apresentadoaos Associados:

    editorial

    1.Cumprir rigorosamente as actuais atribuições estatutárias e concretizar as acções definidas nos Estatutos no que respeita:a) ao desenvolvimento de actividades científicas e técnicas, como a realização do Congresso da Associação Portuguesa deUrologia, a realização e a participação em reuniões, cursos, simpósios e congressos, regionais, nacionais e internacionais, aedição da "Acta Urológica Portuguesa" e a participação em outras edições ou publicações; b) à promoção da interligaçãoprofissional e social entre todos os associados e a cooperação com associações ou entidades portuguesas e estrangeirasque prossigam objectivos do progresso e desenvolvimento da Urologia; c) à representação da Urologia Portuguesa, tanto anível nacional como internacional.

    2.Rever, actualizando-os, os estatutos da APU.

    3.Editar um Boletim da APU, trimestral, em que, para além de informações relevantes para a urologia e os urologistasportugueses, contenha editoriais, artigos de opinião, cartas, entrevistas, notas históricas e secções de lazer, o qual possaservir de elo de união entre todos os associados. Promover e manter a actualização da Acta Urológica Portuguesa, investindona qualidade científica da urologia portuguesa. Desenvolver e alargar a comunicação electrónica, promovendo e disseminandoa página da APU na Internet.

    4.Rentabilizar e promover acções na sede própria recentemente adquirida, quer através da utilização do secretariado, queratravés de reuniões de comissões com acções definidas, entre outras.

    5.Promover comissões de trabalho para apresentarem relatórios sobre temas com interesse para a urologia e para os urologistasportugueses, como por exemplo o desenvolvimento da investigação científica em urologia, normas de gestão de serviços deurologia, normas médico-legais em urologia, recomendações de relacionamento com outros profissionais, consensos temáticose recomendações científicas ou de actuação, etc.

  • 5

    M. Mendes Silva

    Trata-se de um extenso e ambicioso programa de acção que abrirá novas fronteiras e transportaráa Associação Portuguesa de Urologia a novos tempos e a novas realidades. Tudo faremos para ocumprir na integra, como dissémos, com trabalho, persistência, imaginação e ousadia. A Urologiae os urologistas portugueses nos julgarão no futuro!

    6.Manter e desenvolver o relacionamento institucional com os Serviços através dos Delegados Hospitalares e também comoutras instituições, como a Ordem dos Médicos, nomeadamente o Colégio de Urologia, Universidades, Hospitais, Ministérios,Sociedades Científicas afins, Grupos de Trabalho, etc, através de Delegados nomeados para o efeito.

    7.Promover e estimular a actividade científica dos internos e jovens especialistas, mantendo e desenvolvendo a atribuição deprémios, estágios e bolsas. Promover a constituição de uma Delegação de associados candidatos que sirva de elo de ligaçãoentre a Direcção da Associação e os Internos.

    8. Promover e estimular, sob a responsabilidade de coordenadores indigitados pela Direcção da Associação, a realização detrabalhos de investigação nacional, com a participação, em moldes a definir, dos associados que assim o desejem. Promovera realização de trabalhos cooperativos a nível nacional e internacional.

    9.Promover e estimular a actividade de Urologistas já retirados mas com potencial de colaboração em acções associativas.Promover um dia anual do urologista sénior, assim como um dia anual do urologista júnior, com acções e programas apropriadosa estes grupos.

    10.Promover e desenvolver um relacionamento institucional estreito com a Sociedade Espanhola de Urologia, a SociedadeBrasileira de Urologia, a Associação Europeia de Urologia, o "European Board of Urology", a Confederação Americana deUrologia, a Sociedade Internacional de Urologia, a Sociedade Mediterrânica de Urologia e outras Sociedades e entidadesinternacionais. Nomeadamente com a Associação Espanhola e a Sociedade Brasileira promover a realização de EncontrosIbéricos e Luso-Brasileiros, para além de outras realizações comuns e de cooperação que sejam acordadas com as Direcçõesrespectivas.

    11.Desenvolver esforços e promover as acções necessárias para a realização em Portugal, num dos próximos anos, de umCongresso da Associação Europeia de Urologia.

    12.Promover, estimular e patrocinar a realização de reuniões científicas urológicas regionais, para além das nacionais, tentandocalendarizá-las de modo a optimizar todos os esforços. Patrocinar e apoiar todos os colegas, grupos de trabalho e instituiçõesenvolvidas em realizações de âmbito nacional ou internacional.

    13.Promover, estimular e patrocinar a realização de reuniões científicas de divulgação de matérias de Urologia junto dosClínicos Gerais/Médicos de Família ou de médicos não especializados ou especialistas de outras áreas com algumaafinidade com a Urologia.

    14.Promover, patrocinar e contribuir para a realização de reuniões científicas de divulgação de matérias de Urologia junto deoutros grupos profissionais, nomeadamente enfermeiros e técnicos.

    15.Promover e colaborar com outras instituições públicas e privadas na divulgação de matérias de Urologia junto do público emgeral. Estimular a realização de dias nacionais de patologias urológicas (próstata, incontinência, impotência) com essesobjectivos, e também para diagnóstico e terapêutica precoce. Colaborar com Associações cívicas e Fundações de prevençãoe protecção de doenças ou doentes que possam estar relacionadas com a Urologia (Associações de incontinentes, deostomizados, etc.)

    16.Promover o levantamento de material e documentação que possam interessar à história da Urologia Portuguesa, com vista,essencialmente, à formação futura de um pequeno museu a instalar na sede, mas também para que exista uma informaçãoe catalogação dos documentos e material dispersos por várias pessoas e instituições. Promover a publicação da históriada Urologia Portuguesa, nomeando para o efeito um grupo de trabalho que se responsabilizará por essa tarefa, sob tutelae a expensas da Associação.

  • 6

    Exmo. Sr. Dr. Mendes Silva UrologistaLisbôa

    Muito estimo que esta minha carta, vá encontrar bemde saude, em companhia de tôdos os seus familiares;Que eu ao fazêr esta para com V.Exa, não fico bem desaude, que já a 9 anos que sôfro dos meussofrimentos, que vou a explicar, a V.Exa., é o seguinte,no ano de 1972, rebentoume uma Ulsara gástrica, énervosa no diodeno, foi por o Anus, estive 15 dias noHospital, de Évora, a transfosões de Sangue, e Sôro,depôis o meu Medico, assistente, Sr. Dr. Angélico,estive no Hospital de Évora como atraz deicho escrito,vendo que não me curava, mandoume para Lisbôa,para o Hospital dos Arroios, estive lá Internado, 30dias, ainda 6 dias a transfosões de Sangue, e Sôro,foi cuando fui, ao Raio X, e virão que éra a Ulsaragastrica, e nervosa, e não fui operado, levava 10Ingecções por dia, e Nôite, comecei a melhorare; Masdigo a V.Exa., Sr. Dr. Mendes Silva, que tive a poucasorte, de-me pararem as urinas, então meterame umaÁgalia, do Nº 20, na uréta, e éra por onde deitava asurinas, do Hospital de Arroios, fui numa Ambulansia,ao Hospita de São José, fui á Consulta de um Sr. Dr.,que tinha alcunha, de Dr. Alemão, eu não pudia urinar,cem Agália, e mandarão urinar, para 1 cópocristalizado, de vidro, eu urinar nada, então deitemena Marquêsa, êsse Dr. Alemão calça, umas Luvas, eunta com uma mássa, o dêdo indicadôr da mãodireita, no Anus, e depôis diceme, que eu tinha aProstati, caída, e que tinha que sêr operado, entãovoltei para o Hospital, de Arroios, e dérâme, alta, doHospital de Arroios, e vim para Alcáçovas, que é aminha Terra, andei com Agalia 4 Mêzes, de 8, em 8,dias, tinha que sêr lavada, e havia cá em Alcáçovas,um Dr. que me reitava comprimidos, para eu urinar,cem Agália, Mas êsse Dr. não conseguio, com oscomprimidos, que eu urinasse, então já ao fim de 4Mêzes, de eu andár já cem podêr, com Agalia, estavajá uréta frida, então êsse Dr. que tem Alcunha Dr.Garrido, disseme, se eu queria sêr óperado, eu vendoa minha triste situação disse que queria sêr óperado,então despachou os meus decomentos, para oHospital de Santa Maria, para Lisbôa, estive internadono Piso Nº 7, Serviço de Urologia, esto digo ao Sr. Dr.Mendes Silva, que me tirarão, Analsis, de Sangue, ede Urina, vêr se éra diabético, fui ao Raio X, com quefui Internado no dia 20 de Abril de 1973, e digo a V.Exa.

    Sr. Dr., que fui óperado no dia 4 de Maio de 1973, edigo a V.Exa Senhôr Dr., que também fui operado àProstati, e fui óperado a um Idrossel, que eu arranjeinuma Câma, para onde me deitei que tinha, o Colchãode Arame rachado, e trilhei o distucolo direito, e tomalá arranjei mais uma doença, vim de Lisbôa paraAlcáçovas, fui trabalhar, a dar serventia a Pedreiros,fis força o Idrossel rebentou, o tiés, já o Sr. Dr. Brito,me tirou o liquido por 2 vêzes, e já está cheio outravez, preciso de operação; Mas Senhor Dr. MendesSilva, eu vou contar a V.Exa, as doenças que eu tenhofui operado á Prostati pelo Sr. Professor Henrique dePinto Carvalho, e o Sr. Dr. Viana no Piso nº 6, e depôisde óperado ouvia dizêr as Enfermeiras, que a minhaóperação tinha corrido mal, e de facto correo mál,porque tenho bastante deficuldade de urinar, de diachêgo urinar 12, e 15 vêzes, em 12 horas, méço aurina, dá 3 decelitros, de Nôite, em 12 horas, urino7,5 decelitros, e já á um Mêz atráz urinava 1 litro, e játenho Nôites de urinar 1/2 litro, estas quantidades, éem 4 e, 5 e 6 vêzes na Nôite, e ainda digo a V.Exa.,que eu tenho 72 anos sou casado, já me tenho Metidocom a minha Mulhér, quando ajente deita êsse liquido,paréce Brázas de lume, e não sai pela cabeça, doPénes, vai para Bechiga, e depois déve de sair naurina, é por esta a razão que eu gostava de consultarV.Exa., para vêr o que o senhor me dis a sêrca daminha doença, já previno V.Exa, que tenho sofrimentono meu coração, já me teem tirado muitos exames etenho uma colite nos Intestinos, para vacuar, tomoremédio Dufalac e os comprimidos que ando a tomarsão os seguintes Urispás para Urinar, e tomo tambémos comprimidos Ziloric, e tomo o Val 1 cinco que épara os Nervos, e dormir, e já tenho tomado muitoscomprimidos para o Reumático, que é gutoso. E jáme vi cem urinar quaze nada já tomei os comprimidosLasic; êsses é que fazem urinar muito, mas ajentetôma em jejum, e fica cem alentos no corpo, e de maisSr. Dr. Mendes Silva, eu tenho uma grande diéta á já9 anos, ao pequeno Almôço bêbo leite, cem assucar,como perú cusido, e ao jantar, como canjas, comcarnes brancas, de Frango, Galinha, Perú, metessemassa Letria, na canja e cenoras cortas aosbocadinhos, e bêbo Àgua do Luso, esto é tudo cérto,o que eu digo a V.Exa. Ainda-me esquecia de dizêr aV.Exa., que ainda bem não tomo comprimidos, parao coração, do nº 25 Percentin, que os nº 75 nãoaguento, e sempre a minha tenção Arterial da 10/7

    Carta de um doente para um UrologistaFaça favôr, de mandar a resposta com uma letra, que eu perceba, que eu tenhopouca cultura e desculpeme eu não quêro dar a lêr outras pessôas

    desculpe de eu lhe mandar o sêlo, é para a resposta certaA. J. C.

    Alcáçovas, 12 de Abril de 1981

  • 7

    11/8 12/9 e baicha as canjas é só com propria gordurada carne e sal quese nada, é que fáz empate nasUrinas que eu é que me sinto, ainda digo mais a V.Exa.Sr. Dr. Mendes Silva, tenho vêzes que me passa, pelacabêça tonturas, não sei se é do coração, se é, daColite dos Intestinos, esto é o que posso darinformação a V.Exa., tenho 1 Radiografia tirada em1979, aos Rins, tenho outra tirada a Prostati 1980, etenho outra tirada ao Estomago 1980 e outros exâmesao coração, esto foi tudo tirado na Cidade de Évora,mas em Évora não a premanente nenhum Dr.Urologista, já lá consultei o Dr. Rocha Mendes,Urologista, que faz óperações, no Montijo, talvêz V.Exa.o conhêça, diceme para eu ir sêr internado HospitalCorri Cabral, e eu não fui; Mas como Agora o Sr. Dr.Mendes Silva, óperou um Primo , meu, a Prostati, ecorreo tudo bem, ele chêmasse J.A.B.M., que Morano Pinhal Novo, e tem uma Filha que é Dra., que oNome dela, é R.P.B.M., ela é que era para me Protegira pedir a V.Exa, para se Interessar, por mim, mas éssaminha Prima Dra., está para ter bébé, mandoume omeu Primodisêr que é o Pai dela, uma carta a contar,que V.Exa., é que o tinha óperado; Agora eu peço aV.Exa que faça favôr, por alma dos seus entes queridosque mande reposta, estas minhas duas fôlhas de papelou para ir ao Hospital do Desterro, a Consulta, queV.Exa. dá, e diga, os dias cértos e horas cértas, ou se

    V.Exa. tem Algum Consultorio, e faça favôr, mandetambém dizêr os dias cértos, e hóras, que dáconsultas, e o Nomaro do seu telefone, ou o Nomarodo telefone do Hospital do Desterro, e á hora certaque está no Hospital, é que faço uma chêmada aquide Alcáçovas, da Estação dos correios, então alugoaqui um taxi, em Alcáçovas, e vou a Lisbôa consultarV.Exa., Mas eu Meto um selo dentro, das minhasfôlhas das cartas, e é milhor escrevêr, porque, euassim não sei, a hóra que V.Exa. me atende, a consulta,gostava também, que V.Exa., mandasse dizêr, quantoé que me custa, a consulta, que V.Exa. léva, que é paraeu ir prevenido de dinheiro, porque não quéro fazêrruim figura, eu o que digo é, que lévo quando fôrconsultar V.Exa., as Radiografias, e os competentesrelatórios, e os exames do coração, as analises dosangue, e urina, está na minha Ficha no Centro deSaude, de Alcáçovas, forão tiradas em Èvora, no dia26 de Março deste ano de 1981, à do Sr. Dr. MateusÉvora é tudo bem explicado que mando , a V.Exa; épéço a V.Exa. Sr. Dr. Mendes da Silva, que medesculpe de o massar tanto, em escrita, êste seudoente, e amigo, que lhe agradêço muito, que meassino, por A.J.C.

    e um Adeus até a vista, desculpe

  • 8

    Há um velho ditado português que diz "de médico elouco todos temos um pouco".Naturalmente que não será este o local maisapropriado para abordar um pouco que seja da minhaloucura, mas, verdade seja também, o pouco que mecoube de "médico" nem sequer estará aqui, hoje,reduzido à expressão mais simples, ou, melhordizendo, estará totalmente prejudicado.Isto porque, estando entre médicos autênticos, seriamesmo de louco qualquer presunção que eu pudesseter de assumir ares de "sapiência" em matéria ondesou apenas um interveniente acidental e nunca , pornunca ser, um profissional encartado.Isto para dizer ainda que, certamente, serão muitas asasneiras que, a partir de agora, vão sair da minhaboca. Espero porém que me relevem a ignorância eque considerem que, mesmo dessas asneiras, poderáresultar algo de proveitoso, o que a acontecer e porpouco que seja, já justificará o meu propósito de estaraqui hoje a dar-vos conta da "visão do outro lado".Ao aceitar, quási instantaneamente, o convite que mefoi feito, há largos meses atrás, pelo Dr. Mendes Silva,para estar neste simpósio a conversar convosco sobreo que pensa, o que sente, como reage, como aprecia,como critica, enfim, o que vê e como vê, do outro lado,um operado à próstata, quis expressar o meu interesseem proporcionar-vos o maior número possível dedados recolhidos por esse operado num períodoimpressionantemente marcante da sua vida.Mas antes desse relato gostaria de descrever umpouco do que é a minha pessoa no capítulo da saúde,ou seja, dar-vos conta de como funciono nessa matériauma vez que o meu posicionamento peranteproblemas da minha própria sanidade poderáconstituir uma forma de justif icar e até decompreender muitas das questões que a seguir vosvou apresentar.Considero que fui francamente saudável durante quásitoda a minha vida, isto é, até cerca dos cinquenta anos.Por essa altura começaram a surgir- -me as "maleitas"próprias do desgaste provocado pelo passar dos anos.Apareceram-me extra-sístoles, alterações de tensão,problemas gastro-enterológicos e, por fim, problemascom a próstata.De todas as vezes que me surgiram sintomas destasanomalias, nunca hesitei nem perdi tempo em recorrerde imediato à sua identificação, à busca, sem rodeios,das causas que as provocavam e ao seu tratamentotão breve quanto possível.Não me considero, minimamente, hipocondríaco poisnão vivo num estado de ansiedade permanente e

    patológica quanto ao estado e ao funcionamento domeu organismo. As preocupações apenas me surgemquando aparece qualquer sintoma de que algo deestranho está a acontecer. Nessa altura, sim, procurosaber, exaustivamente, o que se passa e comoultrapassar a "crise". Não sou do tipo de pessoa que não gosta de pensar nasua saúde e muito menos do género daqueles quejulgam que por se ignorar um assunto ele desaparece.Foi exactamente isto o que se passou com o caso daminha próstata. Há uns anos, li algures que todos oshomens com idade a rondar os cinquenta anosdeveriam fazer exames à próstata com regularidadepor forma a evitar, tarde de mais, surpresasdesagradáveis e de consequências catastróficas.Dizia ainda esse artigo que todos os problemas dapróstata, inclusive o cancro, podem ser curados sedetectados suficientemente cedo.Foi o que passei a fazer, com a evolução e o desenlacedescritos pelo Dr. Mendes Silva. De forma muitosintética, "apaisanada" e simplificada, direi que o meuPSA, em cerca de dois anos, sextuplicou, o índice deGleason subiu para 6, a primeira biopsia deu negativa,a segunda acusou vestígios ligeiros e a terceira acertouem cheio e deu positiva. Ainda na fase muito inicialda subida do valor do PSA e em que se punha ahipótese de ser possível uma vigilância controlada alongo prazo, o Dr. Mendes Silva transmitiu-me algumatranquilidade e a previsão de eu poder ter a esperançade se "aguentar" a situação, com mais ou menosestabilidade, durante alguns anos. Contudo, a evoluçãoverdadeiramente "meteórica" que entretanto veio aocorrer, levou a que, em 16 de abril de 1998, o Dr.Mendes Silva me pusesse perante a situação de sernecessário intervir ou através de operação ou atravésde radioterapia.A conversa entre nós foi longa, detalhada e com adescrição pormenorizada dos prós e dos contras deuma ou de outra das duas intervenções possíveis edas respectivas consequências.E este foi o meu primeiro choque.Nós nunca pensamos que uma coisa desta nos vai ounos pode acontecer a nós.Pensamos, e parece-nos ser isso tão evidente, que algocomo isto só pode acontecer aos outros. Nós partimosdo pressuposto que somos invulneráveis a este tipo deocorrências. Ainda por cima acresce que eu não sentiaqualquer, e repito, qualquer sintoma de algo errado naminha próstata. Não existia absolutamente nada queme levantasse sequer a mais leve suspeita de que seestava a passar qualquer anormalidade.

    General Amadeu Garcia dos Santos

    A VISÃO DO OUTRO LADO

  • 9

    Fiquei, por isso, perfeitamente estupefacto.Talvez fosse essa minha evidente surpresa que levou oDr. Mendes Silva , que entretanto marcou logo aoperação para o dia 24 de junho, a sugerir-me queouvisse a opinião de outros médicos para me serpossível, com essas outras opiniões, alicerçar a decisãode aceitar ou não uma das duas intervenções possíveis.Assim fiz. Ouvi mais três médicos urologistas. Doisdeles foram totalmente conclusivos quanto ànecessidade de intervenção cirúrgica. O terceiro disse-me que não me preocupasse com a subida do PSAporque isso não era significativo nem permitia, ainda,tirar conclusões seguras. Na sua opinião deveriamanter-me numa posição de "wait and see".Estatisticamente eu estava portanto perante umresultado de 3 a 1. Não hesitei mais. Decidi aceitar aopção da prostatectomia radical, que foi efectuada nadata prevista, 24 de junho.Naquela data e antes da operação eu continuava asentir-me exactamente como dez anos antes, ou seja,sem o mínimo sinal ou sintoma de que algo de anormalestava em curso na minha próstata.A operação e o pós-operatório decorreram, para mim,da melhor forma, sem qualquer complicação. Não tive,sequer, qualquer sinal de incontinência urinária, umadas consequências previsíveis, mas, no que se refere àparte sexual, a outra consequência, o descalabro foi total.Não houve, até à data e já lá vão mais de dois anos,qualquer recuperação, por mínima que fosse.E esta questão leva-me agora a iniciar a apresentação,de facto, da "visão do outro lado".Em primeiro lugar, dadas as características da minhamaneira de ser e que atrás descrevi, procurei sabermais sobre a próstata e, particularmente, sobre ocancro da próstata. Por isso tenho lido tudo o que meaparece, sobre esta matéria, na comunicação socialcom que contacto. E adquiri dois livros que mepareceram úteis em função dos títulos: Doenças daPróstata, da editorial Presença, da autoria de PatrickC. Walsh e Janet Farrar Worthington, e A DisfunçãoEréctil, do Dr. Alexandre Moreira.Este último, refere que a "disfunção eréctil" é adesignação na literatura médica (pág. 41) do que, novulgo, se qualifica como impotência sexual. Este livroconstitui a divulgação da tese de candidatura do autorao grau de doutor, sendo, por isso, o conteúdo dotexto de difícil apreensão por qualquer leigo, por muitointeressado que seja. Parece-me, porém, que serão,desde já, de reter algumas ideias e factos que o autorcita e que transcrevo porque vêm ao encontro das

    minhas próprias reflexões e às quais mais à frentevoltarei.Diz então o Dr. Alexandre Moreira: "Toda a terapêuticade apoio psicológico deve basear-se na necessidadede uma razoável ligação afectiva envolvendo acompanheira na terapia (pág.77). Vários factoscontribuíram de uma forma marcante na última décadapara o desenvolvimento e evolução das investigaçõessobre a impotência sexual. Foram… (entre outras) …amanutenção da integridade nervosa na prostatectomiaradical. Contudo ainda persistem algumas dúvidas eincertezas quanto ao diagnóstico e tratamento daimpotência que criam desafios e expectativas para ofuturo (pág. 139); …não existe um consenso sobre aelaboração de uma abordagem adequada em termospatológicos para a disfunção eréctil (pág. 139);… háque aguardar serena e esperançadamente os temposvindouros, cientes que na actualidade há que agir componderação e serenidade na escolha da melhor opçãoterapêutica, tendo sempre em conta os desejos eobjectivos do homem e do casal (pág. 142)".Relativamente ao primeiro livro que mencionei,"Doenças da Próstata", considero-o extremamente útilpara quem pretenda saber tudo sobre o seu problema.Admito, porém, que possa ser prejudicial para aquelesque preferem ignorar a realidade do "seu caso".Trata-se de um livro de informação pormenorizada,escrito em linguagem muito acessível e fácil decompreender e assimilar.Partindo do princípio de que a próstata não é umacoisa simples e de que os seus distúrbios são, naverdade, muito complicados, aborda as questões sobduas perspectivas que me parecem muito realistas:1ª. - o leitor tem direito a saber toda a verdade, pois,ao fim e ao cabo constitui metade da parceria médico-doente; 2ª. - o que o leitor aprender acerca destaglândula problemática (a próstata) pode salvar a vidade alguém, talvez mesmo a sua.Parece-me, portanto, ser um livro de leitura obrigatóriapor todos os homens, tenham ou não, já, problemascom a sua próstata.Do que passei, eu próprio, da leitura destes livros edas congeminações que fiz, cheguei a algumasconclusões que, podendo correr o risco de sereminterpretadas como opiniões meramente pessoais,procurei confrontá-las com as de outros operados dequem obtive respostas a um conjunto de perguntasque lhes fiz.

    Continua na página seguinte

  • 10

    Para isso, escrevi uma carta a que anexei um questionáriocom 17 perguntas (a que mais tarde acrescentei umaoutra) e enviei-a pelo correio com resposta paga.Enviei a carta a 14 operados. Recebi 11 respostas.Destas 11 respostas, 7 correspondiam aprostatectomias radicais, 3 a prostatectomias parciaise 1 a radioterapia.As datas das intervenções vão de 1993 a 2000 e todosos operados habitam em Lisboa ou arredores sendoo seu estrato social correspondente à classe médiaalta e são, na sua grande maioria, detentores de umgrau de instrução de nível universitário.Apenas um dos inquiridos não foi operado pelomédico que lhe detectou a anomalia na sua próstata.Somente a três foi dada a possibilidade de optar pelotipo de intervenção tendo, um deles, por conselho doseu médico, ouvido outras opiniões. Todos os outrosestavam perante uma situação de inevitabilidade deintervenção cirúrgica.Todos eles afirmaram conhecer, antes da operação,quais as consequências que dela resultavam, atravésde contactos pessoais e das explicações dos seuspróprios médicos.Todos são casados, mas apenas a quatro o médicoexplicou à mulher, genericamente, aquelasconsequências.Apenas um dos sujeitos a prostatectomia radical etodos os sujeitos a prostatectomias parciais e aradioterapia não sofrem de impotência sexual.Dos onze inquiridos que responderam, apenas dois(sujeitos a prostatectomia radical) referem que aoperação não lhes causou qualquer alteração,nomeadamente de natureza psicológica.É citada por cinco, como lenitivo para suportar asalterações que lhes ocorreram, uma certa resignaçãoque justificam fundamentalmente porque já têm idadeavançada (nalguns casos muito superior a sessentaanos), ou porque a vida é mais importante, ou porqueainda têm uma certa esperança de recuperação.Nenhum foi aconselhado a consultar psicólogo ousexólogo e, nenhum também o fez por iniciativaprópria. Contudo, embora afirmem não havercertamente qualquer inconveniente ou desvantagem,ou duvidam do proveito dessa consulta dada a suaidade, ou consideram que a intervenção do urologistadeve ser suficiente para preparar o doente para osefeitos da operação.Houve um dos inquiridos, sujeito a prostatectomiaradical, que consultou por iniciativa própria umandrologista e que afirma que a sua actividade sexualapenas se reduziu de 30%.

    São de destacar, por curiosas, algumas observaçõese opiniões, como sejam:- no imediato há que salvar a pele e depois logo se vê.- a prostatectomia radical é muito penosa e altera

    substancialmente o comportamento diário dohomem. Limita-o bastante. É "um viverartificialmente" no que respeita a sexo.

    - antes da operação cada doente deveria receber umafolha informativa emitida pela "ordem dos médicos"( ou outra entidade responsável) descrevendo todasas consequências da operação e indicando produtos,métodos e especialistas capazes de as minorar.Actualmente o doente sai do hospital e fica entreguea si próprio.

    - recebi o questionário que teve a amabilidade de meenviar, depois da nossa conversa telefónica. Contudo,depois de pensar sobre este assunto, resolvi não meenvolver, tendo em consideração que julgo não me ficarbem, estar a rever todo este problema que se passoucomigo, que não foi nada agradável.

    - uma pequena nota alegre para aliviar a tensão destescasos. O médico quando me anunciou que tinha umcarcinoma disse que não era grave e que nem tudoera mau… com este resultado tinha uma redução noI.R.S.!!!! Com efeito uma "Junta" atribuiu-me umaincapacidade de 80%.

    Das respostas que obtive e das minhas própriasopiniões pessoais, penso que poderei tirar as seguintesconclusões que me parece sintetizarem um pouco a"visão do outro lado".1ª. - é necessário, é importante e é urgente que sepromova e divulgue entre a população masculinaportuguesa uma campanha de duração prolongada -e com conteúdo e informação que abranja a juventudeatravés do sistema educativo - que tenha comoobjectivo conseguir que cada vez mais homenscomecem a fazer exames à próstata cada vez maiscedo;2ª. - quando um homem é posto perante a situaçãode ter um cancro da próstata e o seu médico o põeperante a necessidade de optar por uma de duasdecisões - cirurgia ou radioterapia - e sendo importanteaquilo que o próprio doente deseja, é fundamentalque esse mesmo doente seja informado tãoexaustivamente quanto possível sobre os váriosconsiderandos que podem condicionar essa opção,como sejam: os efeitos da idade e do seu estado geralde saúde, o estádio do cancro e os efeitos colateraisdos diferentes tratamentos.Considero que será mesmo útil conceder ao doente apossibilidade de ouvir opiniões de outros médicos e

    A VISÃO DO OUTRO LADO (continuação)

  • 11

    mesmo de doentes já intervencionados;3ª. - a prostatectomia radical é uma grande cirurgia,complicada e com efeitos colaterais que incluem orisco de impotência e de incontinência. Mas podesalvar a vida. Por isso, também, há que pesar, ao optare decidir, o que é que é verdadeiramente importantepara o doente:- preservar a potência ou livrar-se do cancro de uma

    forma que se pretende absoluta ? A perda da funçãosexual, algo que faz estremecer a maior parte doshomens, associada à incerteza da cura, constituemingredientes que tornam absolutamente assustadoro período da vida do homem que o tenha deatravessar. A necessidade de ajuda é, naturalmente,mais que evidente;

    4ª. -por outro lado, face à complexidade destaintervenção cirúrgica e sobretudo às consequênciasque dela resultam, haverá que ter em conta ainda osseguintes aspectos:- se o doente tem uma companheira, ela deve

    conhecer também com pormenor tudo o que serelaciona com a intervenção;

    - é necessária a participação dessa companheira naanálise dos prós e dos contras que conduza à decisãode escolha da opção;

    - nesta participação é particularmente importante ainterferência do relacionamento entre o casal, aexistência ou não de conflitos conjugais, o grau decultura quer do doente quer da companheira tendoem vista, sobretudo, a mais que certa mudança nosseus talvez "velhos" ou "clássicos" hábitos sexuais;

    - em relação a esta mudança haverá que considerarainda a idade do casal e, creio, o facto de ser citadinoou rural;

    - por outro lado ainda, o cancro da próstata é umadoença de que pode vir a conhecer-se se a suaevolução, após a intervenção, está a ser positiva ounegativa através de uma simples análise do PSA. Nãosei se existirá outra em igualdade de circunstânciasmas, este facto, acaba por constituir uma cargapsicológica que pode afectar fortemente o doente.

    5ª. - por tudo o que antecede, afigura-se-me que umaoperação à próstata, nomeadamente umaprostatectomia radical, deverá envolver um conjuntode especialistas que não se limite apenas aos queactuam na intervenção propriamente dita mas queinclua também, pelo menos, especialistas na área dapsicologia e da sexologia. Naturalmente que o grau de participação destesespecialistas, parece-me, poderá ser variável de casopara caso. Daí que, o papel do médico assistente do

    doente na avaliação da sua situação é particularmenteimportante, pois caber-lhe-á, em primeira instância,pesar a influência dos factores que atrás mencioneino estado de espírito do doente e, consequentemente,avaliar, definir ou aconselhar o tipo de apoio de quepoderá necessitar.6ª. - a reforçar esta minha opinião está a impressãoque recolhi de um contacto de mais de sessenta diascom vários operados à próstata (e não só…) que, talcomo eu, estavam a fazer radioterapia no I.P.O., erambem visíveis os sinais de preocupação e deperturbação que muitos deles apresentavam quer pelafixação nas conversas em torno do tema da "sua"operação e de tudo o que com ela se relacionava, queratravés das dúvidas que manifestavam sobre comoiria evoluir o "seu" caso.O ambiente que se vive nas salas de espera destesserviços, em que os períodos durante os quais seaguarda pela nossa vez de sermos atendidos chega aatingir várias horas, constitui uma boa fonte de recolhade dados que, creio, não terá ainda sido aproveitadoou utilizado por médicos exteriores àqueles serviços.Arrisco-me a sugerir-vos que, de forma anónima,contactem regularmente estas realidades e osinúmeros dramas que nelas se vivem (ou vegetam…).7ª. - não posso deixar de expressar aqui também umapalavra de louvor e de agradecimento à generalidadedos trabalhadores daqueles serviços que, apesar datensão sob que exercem a sua actividade profissional,não deixam de o fazer com grande sentido humano e,mesmo, com uma certa afectividade e carinho.Para além do que eu disse haverá ainda certamentemuito mais a acrescentar à "visão do outro lado". Julgoque será útil e vantajoso que esse acréscimo venha aser-vos apresentado em futuras oportunidades. Issodependerá, obviamente, não só da interpretação quefor dada por vós àquilo que procurei transmitir-vos,mas também da vossa própria intervenção notratamento das doenças da próstata. Porque essetratamento - e esta é a última conclusão que gostariade deixar-vos depois de tudo aquilo que disse - não éuma questão de mera técnica clínica aplicada àquelapequena glândula do ser humano masculino.No meu modesto e leigo entender, esse tratamentositua-se muito, mas mesmo muito, para além dessacomplicadíssima técnica.

    24 de novembro de 2000

  • 12

    VALOR: Tem o valor de Esc. 1.600.000$00 (um milhãoe seiscentos mil escudos), ou _ 7’980,77 (sete mil,novecentos e oitenta euros e setenta e sete cêntimos).

    OBJECTIVO: O seu objectivo principal é apoiar odesenvolvimento da Urologia na sua vertente deinvestigação básica.

    DURAÇÃO: A Bolsa tem um carácter nacional e seráatribuída anualmente.

    TEMA: Deverá ter como tema um projecto que se possaenquadrar no campo da investigação básica emurologia.

    CONDIÇÕES: O investigador principal deverá sermembro da Associação Portuguesa de Urologia, nopleno uso dos seus direitos.Os trabalhos/projectos de investigação deverão seroriginais e inéditos.

    APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURAS: Deverão serapresentados 6 exemplares do projecto de investigaçãoa enviar à sede da APU em Lisboa, antes de 08/06/2001(data do correio). O projecto deverá contemplar:a) Objectivos. b) Material e métodos. c) Local onde pretende desenvolver o projecto erespectiva(s) autorização(ões) da(s) entidade(s)competente(s). d) Esquema e calendarização dotrabalho, não podendo esta exceder dois anos.

    As propostas deverão ser enviadas por correio,mencionando a referência " Bolsa APU de InvestigaçãoBásica" em envelope fechado e lacrado, sem assinaturaou rúbrica nem outro sinal que possa identificar os seusautores.

    Deverá incluir igualmente um outro envelope com otema do trabalho proposto e que no seu interior tenhaos dados do autor ou autores, domicílio, graduaçãona carreira hospitalar ou docente, local de trabalho ecentro onde se propõe realizar o mesmo. Esteenvelope será aberto após o conhecimento da decisãodo júri.

    JÚRIA Bolsa será atribuída por decisão de um júri compostode 5 membros, sendo quatro deles designados peloConselho Directivo da APU, (um dos quais será oPresidente que terá voto de qualidade) e outro o DirectorMédico da Merck Sharp & Dohme.A decisão do Júri é soberana.Os candidatos serão informados por escrito dessadecisão até 60 dias após a conclusão do prazo deentrega das candidaturas. O Bolseiro entregará à APUum relatório periódico da sua actividade, bem comoum relatório circunstanciado à data da conclusão doperíodo da Bolsa. O não cumprimento dos prazosprevistos poderá implicar a anulação da Bolsa.

    PUBLICAÇÃOOs trabalhos realizados serão comunicados emreuniões científicas, nomeadamente no Congresso daAPU, e serão publicados na Revista Acta Urológicacomo órgão oficial da APU, segundo normaseditoriais.A Merck Sharp & Dohme reserva-se o direito de publicaros trabalhos premiados. Em todas as publicaçõesresultantes desta Bolsa deverá figurar sempre opatrocínio da Merck Sharp & Dohme.

    A participação nesta Bolsa implica a aceitação daspresentes normas. Para toda e qualquer situação nãoprevista caberá à Direcção da APU a sua resolução.

    Bolsa de Investigação Básica em Urologia 2001

    Bolsas investigação

    Esta é uma Bolsa da Associação Portuguesa de Urologia (APU).

    Trata-se de uma Bolsa de Investigação Básica em Urologia.

    Tem o patrocínio exclusivo da Merck Sharp & Dohme.

  • 13

    Bolsas investigação

    Bolsa da Associação Portuguesa de Urologia (APU).

    Trata-se de uma Bolsa de Investigação Básica em Urologia.

    Patrocínio Abbott Laboratórios.

    VALORBOLSA DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA EM UROLOGIA dePTE. 1.500.000 ou e 7.482

    OBJECTIVOApoiar o desenvolvimento da Urologia na sua vertentede Investigação Clínica.

    TEMAUm projecto que se possa enquadrar no campo daInvestigação Clínica em Urologia.

    DURAÇÃOA Bolsa tem um carácter nacional anual.

    CONDIÇÕESPara participar, o investigador principal deverá sermembro da Associação Portuguesa de Urologia (APU)no pleno uso dos seus direitos.Os trabalhos/Projectos de Investigação devem seroriginais e inéditos.

    APRESENTAÇÃO DAS CANDIDATURASDeverão ser apresentados 6 exemplares do Projecto deInvestigação Clínica, com indicação dos seus objectivose do material e métodos a utilizar, assim como do localonde se pretende desenvolver o projecto e da sua calendarização (que não pode exceder doisanos) a enviar à sede da APU antes de 08 de Junho de2001.

    As propostas deverão ser enviadas por correio,mencionando a referência da Bolsa de Investigação emenvelope fechado e lacrado, sem assinatura ou rubrica,nem outro sinal que possa identificar os seus autores.

    Deverá incluir igualmente um outro envelope com otema do trabalho proposto, e que no seu interior teráos dados do autor ou autores, domicílio, e local detrabalho. Este envelope será aberto apenas após oconhecimento do júri.

    JÚRIA Bolsa será atribuída por um júri composto por 5 membros designados pelo Conselho Directivo daAssociação Portuguesa de Urologia, um dos quais seráo Presidente, que terá voto de qualidade, e outro,Director Médico de ABBOTT Laboratórios. A decisão dojúri é soberana.Os candidatos serão informados por escrito dessadecisão até 60 dias após a conclusão do prazo dascandidaturas. O bolseiro entregará à APU relatóriosperiódicos da sua actividade e um relatório final à datada conclusão do periodo da Bolsa. No caso da nãoefectivação do trabalho no prazo previsto, o valor daBolsa será revertido para a APU.

    PUBLICAÇÃOOs trabalhos realizados serão comunicados em reuniõescientíficas, nomeadamente no Congresso da APU, epublicados na Acta Urológica Portuguesa, como orgãoOficial da APU, segundo as normas editoriais. ABBOTTLaboratórios reserva-se o direito de publicar o trabalhopremiado. Em todas as publicações resultantes destaBolsa deverá figurar sempre o patrocínio da APU e deABBOTT Laboratórios numa Bolsa de InvestigaçãoClínica.A candidatura a esta Bolsa implica a aceitação daspresentes normas.Para toda e qualquer situação não prevista cabe àdirecção da APU a sua resolução.

    Bolsa de Investigação Clínica em Urologia 2001

  • VI SIMPÓSIO DE UROLOGIA

    A APU realizou de 23 a 25 de Novembro o VI Simpósio de Urologia o qual teve lugar no Porto,e constituiu o último evento levado a cabo pelaanterior Direcção. A organização foi obra doPresidente, Dr. Adriano Pimenta, que mais uma vezdemonstrou um empenhamento e capacidade detrabalho inexcedíveis. O programa científico incluiupela primeira vez um curso organizado pelaEuropean School of Urology (ESU) cujo Chairmanfoi o Prof. Rolf Ackermann, e que contou com aparticipação de figuras de enorme prestígio da

    O Dr Jimenez Cruz recebeu o título de Sócio Honorário da APU.

    VI SIMPÓSIO DE UROLOGIA

    NOVEMBRO 2000PORTO

    Título de sócio honorário da APU ao Dr. Jimenez Cruz.

  • Urologia Europeia. O segundo dia foi dedicado aFístulas em Urologia, Oncologia Peniana, Rastreiodo Cancro da Próstata e Urologia na Adolescência.Foi incluída também pela primeira vez umaconferência em que a palavra foi dada a um doente," A visão do Outro Lado ", pelo General Garcia dosSantos. No último dia assistimos a quatroconferências organizadas pela Association FrançaiseD’Urologie e que foram moderadas pelos Drs.Adriano Pimenta e François Richard. O Simpósioterminou com um painel sobre "O Presente e oFuturo da Urologia em Portugal" em que foramapresentados os resultados de um inquérito aos

    Urologistas portugueses. Este painel foi moderadopelo Dr. Mendes Silva tendo tido ampla participaçãoda audiência a qual demonstrou grande interesseem debater alguns dos temas tratados no referidoinquérito.O Programa Social foi também de grande qualidadepelo acolhimento a todos os títulos inexcedível docasal Pimenta - o Dr. Adriano e a D. Fernandaconseguiram momentos de inesquecível convíviosocial dos quais salientamos o Jantar do Simpósio.

    ESUAPU-AFU

    Presidentes actual e antigo.

    “Presidentes e Ex-Presidentes”

  • 16

    Notícias

    TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO

    NACIONAL

    Para elaborar um relatório sobre a incidência e

    prevalência do Varicocelo e Criptorquidia em

    Portugal, foi convidado como coordenador

    o Dr. Real Dias.

    DIA DO SÉNIOR / DIA DO JÚNIOR

    O Dr. Fernando Xavier para o Dia do Sénior e o

    Dr. Carlos Rabaça para o dia do Júnior serão os

    responsáveis pela criação de um evento o qual

    para além de um programa científico, cultural ou

    social pode incluir uma homenagem a um Colega

    Sénior/Júnior.

    NOVAS COMISSÕES

    Comissão para o Desenvolvimento da Investigação Científica em Urologia

    (Básica e Clínica)

    Constituição:

    Prof. Carneiro de Moura ( Coordenador)

    Prof. Francisco Cruz, Dr. Paulo Vale e Dr. Arnaldo Figueiredo

    Comissão para Normas de Gestão em Urologia

    Constituição:

    Dr. J. M. Campos Pinheiro (Coordenador)

    Dr. Helder Monteiro, Dr. Real Dias, Dr. Almeida e Sousa e Dr. Fernando Carreira

    Comissão de Ética e Normas Médico-Legais em Urologia

    Constituição:

    Dr. António Requixa (Coordenador)

    Dr. Henrique de Carvalho e Dr. Arnaldo Lhamas

    Cada Comissão elaborará um relatório sobre o tema proposto durante o biénio.

    BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO

    EM UROLOGIA 2001

    Além das Bolsas de Investigação Clínica e de Investigação Básica divulgadas neste Boletim, a direcção da

    APU decidiu, no intuito de dar um maior apoio à investigação, estar disponível para atribuir mais bolsas

    sempre que a qualidade e interesse científico dos projectos sejam reconhecidas. As normas serão basicamente

    as mesmas das outras bolsas e o montante será estipulado pelo Conselho Directivo após apreciação

    das candidaturas.

  • 17

    Notícias

    BOLSAS E PRÉMIOS APU - 2000

    BOLSA DE INVESTIGAÇÃO CLÍNICA EM UROLOGIA Título: A repetição da sequência CAG no gene do receptor dosandrogéneos e sua relação com a criptorquidiaAutores: Miguel Silva Ramos ( Investigador principal)

    Interno de Urologia do HGSA – PortoProf. Doutor José Manuel Cabeda ( Co-investigador)Responsável pela Unidade de Biologia Molecular do HGSA –

    PortoJosé Soares (Consultor)Assistente Hospitalar de Urologia do HGSA – Porto

    TRABALHO DE REVISÃO – PRÉMIO APUTítulo: Incidentaloma da glândula supra-renal. Avaliação e atitudeterapêuticaAutores: João Marcelino, José Dias, Francisco Martins e Tomé Lopes Serviço de Urologia, Hospital de Pulido Valente, Lisboa

    VANTAGENS/REGALIAS POR SER SÓCIO DA A.P.U.

    - Participação na vida científica da Associação de Urologia Portuguesa

    - Distribuição gratuita do Boletim da A.P.U.

    - Distribuição gratuita da Revista da A.P.U.

    - Distribuição gratuita dos livros editados pela A.P.U. (Consensos, História, etc.)

    - Distribuição gratuita do "CD Rom" editado pela A.P.U.

    - Acesso gratuito à Página da Internet da A.P.U. e respectivos "Links"

    - Vantagens na participação no Congresso A.P.U e Simpósio A.P.U. e outros Cursos, Simpósios e Congressos

    - Condições para concorrer aos Prémios, Bolsas e Estágios A.P.U.

    - Utilização da Sede e dos seus equipamentos (Biblioteca, Videoteca, Computadores, Informática, Internet,Documentação, Gabinetes, etc.)

    - Vantagens no Secretariado (Documentação, textos, slides, comunicados, etc.)

    - Ligação a Associações Urológicas Internacionais (EAU, EBU, ESU, EORTC-GU, SIU, CAU, SBU, AEU)

    - Acesso a material didáctico de outras Associações Urológicas Internacionais por convenção com a APU

    - Acesso a material didáctico importante (Ex.: Recomendações e consensos, livros importantes, CDRom’s, vídeos, cassetes, etc.) por negociação da APU com Industria Farmacêutica e Técnica para suporteda sua distribuição pelos membros da A.P.U.

    - Bolsas de Estudo e Estágio para tecnologias especiais a introduzir no País (Projecto Estruturado) pornegociação da A.P.U. com Instituições e Indústria

    - Descontos em Livrarias e Editoras (a promover)

    - Descontos em material Profissional - Endoscopias, Ecografias, Urodinâmica, outros. ( a promover)

    - Descontos em Seguros de actividade profissional e outros ( a promover)

    - Descontos em Viagens Profissionais e outras (Agências de Viagens, Rede de Hotéis, Rent-a-Car, Pousadasde Portugal, etc.) (a promover)

  • 18

    agenda

    15 a 16"O HOMEM A ENVELHECER"Inst. de Educ. Médica – UNL – LISBOA.Telef 218853079; Fax 218853464;Email [email protected].

    18 a 22"EUROPEAN UROLOGICAL WINTERFORUM" – DAVOS

    01 a 04"First Asian ISSAM Meeting on theAging Male" – Shangri-La Hotel, KualaLumpur, Malaysia. Email:[email protected]

    03"INTERNATIONAL MEETING ONRECONSTRUCTIVE UROLOGY" – HAM-BURG

    05 a 08VI Curso Avances en Urologia – Valência

    28 a 30X Congresso Nacional de Andrologia –ASESA – Espanha - Alicante.Email: [email protected]

    21 a 23"Congresso da Associação Portuguesa de Urologia 2001"Hotel Solverde – ESPINHO.Viagens Abreu SA – PORTO

    27 a 30"13th Vídeo-Urology World Congress"GDANSK-SPOT-GDYNIA/POLAND.Email: [email protected]

    01 a 03«2nd International Consultation on Incontinence»Palais des Congrés – PARIS.Email : [email protected]

    07 a 10"The XVIth EAU Congress"Palexpo – GENEVA.Email: [email protected].

    02 a 07Congresso AUA – AnaheimSouthern California

    15 a 19"VII International Congress ofAndrology" – Palais des Congrès –MONTRÉAL, CANADÁ,Email : [email protected] Website:www.andrologysociety.com

    FevereiroFevereiro

    MarçoMarço

    AbrilAbril

    JunhoJunho JulhoJulho

  • RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTOVIOXX® Comprimidos de 12,5 mgVIOXX® Comprimidos de 25 mg2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVAVIOXX 12,5 mg: cada comprimido de contém 12,5 mg de rofecoxibe.VIOXX 25 mg: cada comprimido de contém 25 mg de rofecoxibe.3. FORMA FARMACÊUTICAComprimido: VIOXX 12,5 mg: comprimido redondo, ligeiramente côncavo, de cor creme/esbranquiçada, com a gravação ‘MSD 74’ num lado e VIOXX no outro. VIOXX25 mg: comprimidos redondos, de cor amarela, com a gravação ‘MSD 110’ num lado e VIOXX no outro.4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS4.1 Indicações terapêuticasAlívio sintomático no tratamento da osteoartrose.4.2 Posologia e modo de administraçãoVIOXX é administrado por via oral. A dose inicial recomendada no adulto é de 12,5 mg uma vez por dia. Alguns doentes podem ter um benefício adicional com o aumentoda dose para 25 mg uma vez por dia. Não deve ser excedida uma dose diária de 25 mg. VIOXX pode ser tomado com ou sem alimentos. IDOSOS: O aumento da dose diáriade 12,5 mg para 25 mg nos idosos deve ser feito com precaução. INSUFICIÊNCIA RENAL: não é necessário qualquer ajustamento posológico para doentes com valores dedepuração da creatinina de 30-80 ml/min (ver 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização e 5.2 Propriedades farmacocinéticas). INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA:em doentes com insuficiência hepática ligeira (5-6 na escala de Child Pugh) não deve ser excedida a dose mais baixa recomendada de 12,5 mg uma vez por dia (ver4.4 Advertências e precauções especiais de utilização) e 5.2 Propriedades farmacocinéticas). USO PEDIÁTRICO: Não é indicada a utilização de VIOXX em crianças.4.3 Contra-indicaçõesO rofecoxibe está contra-indicado em:- doentes com hipersensibilidade conhecida a qualquer dos excipientes deste medicamento- doentes com úlcera péptica activa ou hemorragia gastrointestinal (GI)- doentes com disfunção hepática moderada ou grave (≥ 7 na escala de Child-Pugh)- doentes com depuração da creatinina estimada em < 30 ml/min- doentes que tenham desenvolvido sinais de asma, rinite aguda, pólipos nasais, edema angioneurótico ou urticária após a administração de aspirina ou outros anti-

    inflamatórios não esteróides (AINEs)- terceiro trimestre da gravidez e aleitamento (ver 4.6 Gravidez e aleitamento e 5.3 Dados de segurança pré-clínica)- doentes com doença inflamatória intestinal- doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave.4.4 Advertências e precauções especiais de utilizaçãoAs prostaglandinas renais podem desempenhar uma função compensadora na manutenção da perfusão renal. Assim, sempre que haja comprometimento da perfusãorenal, a administração de rofecoxibe pode causar uma redução na formação de prostaglandinas e, secundariamente, no fluxo sanguíneo renal, diminuindo assim, a funçãorenal. Os doentes que apresentam maior risco de desencadear esta resposta são os que têm diminuição significativa pré-existente da função renal, insuficiência cardía-ca descompensada ou cirrose. Deve considerar-se a monitorização da função renal nestes doentes. Em doentes com desidratação considerável recomenda-se precauçãoquando se inicia o tratamento com rofecoxibe. Recomenda-se a re-hidratação dos doentes antes de iniciar a terapêutica com rofecoxibe. Tal como acontece com out-ros fármacos que inibem a síntese das prostaglandinas, observou-se retenção de líquidos e edema em doentes a tomar rofecoxibe. Devido ao facto do tratamento comrofecoxibe poder provocar retenção de líquidos, recomenda-se precaução em doentes com história de insuficiência cardíaca, disfunção ventricular esquerda ouhipertensão e em doentes com edema pré-existente devido a qualquer outra causa. Deve manter-se vigilância clínica apropriada nos doentes idosos e nos doentescom disfunção renal, hepática ou cardíaca, que estejam a tomar rofecoxibe. Nos estudos clínicos, alguns doentes com osteoartrose (OA) tratados com rofecoxibedesenvolveram perfurações, úlceras ou hemorragias (PUHs). Doentes com história prévia de PUH e doentes com idade superior a 65 anos pareceram apresentar umrisco superior para PUH. Os riscos de sintomas gastrintestinais, edema ou hipertensão estão aumentados com doses diárias superiores a 25 mg. Nos estudos clínicoscom rofecoxibe verificaram-se aumentos da TGO e/ou TGP (cerca de três ou mais vezes o limiar superior do normal) em aproximadamente 1 % dos doentes. Um doenteque apresente sintomas e/ou sinais sugestivos de disfunção hepática, ou que apresente um resultado anormal num teste da função hepática, deverá ser avaliado paraconfirmar se essas alterações persistem. A terapêutica com rofecoxibe deverá ser interrompida se forem detectados resultados anormais persistentes nos testes dafunção hepática (três vezes o limiar superior do normal). O rofecoxibe pode mascarar a febre. O uso do rofecoxibe, tal como de qualquer fármaco que iniba a COX-2,não é recomendado em mulheres que pretendam engravidar (ver 4.6 Gravidez e aleitamento e 5.1 Propriedades farmacodinâmicas). DOENTES PEDIÁTRICOS:O rofecoxibe não foi estudado em crianças e deverá ser usado apenas em doentes adultos. A quantidade de lactose em cada comprimido (39,95 mg no comprimido de12,5 mg e 79,34 mg no comprimido de 25 mg) não é provavelmente suficiente para induzir sintomas específicos de intolerância à lactose.4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacçãoINTERACÇÕES FARMACODINÂMICAS: Em indivíduos estabilizados com terapêutica crónica com varfarina, a administração de 25 mg de rofecoxibe diariamente foiassociada a um aumento da International Normalised Ratio (INR) do tempo de protrombina de aproximadamente 8 %. Tem havido relatos de aumentos de INR, quelevaram à interrupção do tratamento com varfarina e em alguns casos impuseram reversão da anticoagulação, em doentes a tomar concomitantemente varfarina erofecoxibe em posologias utilizadas na clínica. Assim, os doentes a tomar varfarina ou medicamentos semelhantes devem ser estreitamente monitorizados em relaçãoao INR do tempo de protrombina, particularmente nos primeiros dias quando a terapêutica com rofecoxibe for iniciada ou quando a dose de rofecoxibe for alterada.Em doentes com hipertensão ligeira a moderada, a administração diária de 25 mg de rofecoxibe com um inibidor ECA (benazepril, 10 mg a 40 mg por dia) durante qua-tro semanas foi associada a uma pequena atenuação do efeito anti-hipertensor (aumento médio de 2,8 mm Hg na Pressão Arterial Média) em comparação com oinibidor ECA administrado isoladamente. Tal como acontece com os outros medicamentos que inibem a ciclo-oxigenase, em alguns doentes com comprometimento dafunção renal, a administração concomitante de um inibidor ECA e de rofecoxibe pode provocar uma deterioração da função renal, que é normalmente reversível. Deveter-se em consideração estas interacções em doentes a tomar rofecoxibe concomitantemente com inibidores ECA. A utilização concomitante de AINEs pode reduzirtambém a eficácia anti-hipertensora dos bloqueadores beta-adrenérgicos e dos diuréticos, bem como os outros efeitos dos diuréticos. Não existem dados sobre a pos-sível interacção entre o rofecoxibe e os bloqueadores beta-adrenérgicos ou diuréticos.No estado de equilíbrio, a administração de 50 mg de rofecoxibe uma vez pordia, não teve qualquer efeito na actividade anti-plaquetária de aspirina de baixa dosagem (81 mg uma vez por dia). Deve evitar-se a administração concomitante derofecoxibe com doses superiores de aspirina ou com outros AINEs. A administração concomitante de ciclosporina ou tacrolimus e AINEs pode aumentar o efeitonefrotóxico da ciclosporina ou do tacrolimus. A função renal deve ser monitorizada sempre que o rofecoxibe seja utilizado em associação com qualquer um destes fár-macos. INTERACÇÕES FARMACOCINÉTICAS: O efeito do rofecoxibe na farmacocinética de outros fármacos. A concentração plasmática do lítio pode ser aumentadapelos AINEs. Contudo, não existem dados sobre a possível interacção entre o rofecoxibe e o lítio. Uma administração diária única de 75 mg de rofecoxibe (três a seisvezes superior às doses recomendadas para a osteoartrose) durante 10 dias aumentou as concentrações plasmáticas do metotrexato (AUC(0-24 h)) em 23 % em doentescom artrite reumatóide a receber 7,5 mg a 15 mg/semana de metotrexato. Quando rofecoxibe e metotrexato são administrados concomitantemente, deve considerar-se a monitorização adequada da toxicidade relacionada com o metotrexato. Não se observou qualquer interacção com a digoxina.Os dados in vivo de um estudo deinteracção rofecoxibe/varfarina sugerem que o rofecoxibe pode provocar uma inibição modesta do CYP1A2. Recomenda-se precaução quando se administra rofe-coxibe concomitantemente com fármacos metabolizados principalmente pelo CYP1A2 (ex. teofilina, amitriptilina, tacrina e zileuton). O potencial para o rofecoxibe inibirou induzir a actividade do CYP3A4, foi investigado em estudos no homem usando o teste do midazolam oral e o teste respiratório da eritromicina intravenosa. O rofe-coxibe (25 mg por dia durante 12 dias) provocou uma indução modesta do metabolismo do midazolam catalizado pelo CYP3A4, reduzindo a AUC do midazolam em cercade 30 %. Esta redução deve-se mais provavelmente ao aumento do metabolismo de primeira passagem através da indução da actividade do CYP3A4 intestinal pelorofecoxibe. O rofecoxibe (75 mg por dia durante 14 dias) não produziu qualquer efeito significativo na desmetilação da eritromicina, em comparação com o placebo, oque indica ausência de indução da actividade do CYP3A4 hepático. Apesar do rofecoxibe provocar uma indução modesta da actividade do CYP3A4 intestinal, não seespera que a farmacocinética dos fármacos que são principalmente metabolizados pelo CYP3A4 seja afectada de uma forma clinicamente significativa. Contudo,recomenda-se precaução quando se prescrevem concomitantemente substratos do CYP3A4. Em estudos sobre interacções medicamentosas, o rofecoxibe não teveefeitos clinicamente importantes na farmacocinética de prednisona/prednisolona ou contraceptivos orais (etinil estradiol/noretindrona 35/1). Com base em estudos invitro, não se espera que o rofecoxibe iniba os citocromos P450 2C9, 2C19, 2D6 ou 2E1, apesar de não existirem disponíveis dados in vivo. EFEITOS DE OUTROS FÁR-MACOS NA FARMACOCINÉTICA DO ROFECOXIBE: A via metabólica principal do rofecoxibe é a redução, que origina cis- e trans-dihidro rofecoxibe (como hidroxiáci-dos). Na ausência de indutores potentes do citocromo P450 (CYP), o metabolismo catalizado pelo CYP nao constitui a via metabólica principal para o metabolismo dorofecoxibe. Contudo, a administração concomitante de rofecoxibe com rifampicina, um potente indutor das enzimas do CYP, provocou uma diminuição de aproximada-mente 50 % nas concentrações plasmáticas de rofecoxibe. Assim, deve considerar-se a utilização de uma dose de 25 mg de rofecoxibe quando o rofecoxibe é admin-istrado concomitantemente com indutores potentes do metabolismo hepático. A administração de cetoconazol (um inibidor potente do CYP3A4) não afectou a farma-cocinética plasmática do rofecoxibe. A cimetidina ou os antiácidos não afectam a farmacocinética do rofecoxibe de forma clinicamente relevante.4.6 Gravidez e aleitamentoGRAVIDEZ: O uso de rofecoxibe, tal como de qualquer outro fármaco que iniba a COX-2, não é recomendado em mulheres que pretendam engravidar (ver 5.1'Propriedades farmacodinâmicas'). O uso de rofecoxibe está contra-indicado no último trimestre da gravidez porque, tal como os outros fármacos que inibem a sín-tese das prostaglandinas, este pode causar inércia uterina e encerramento prematuro do canal arterial (ver 4.3 Contra-indicações). Não foi estudado o uso do rofe-coxibe em mulheres grávidas em ensaios clínicos adequados e bem controlados, não devendo assim ser usado durante os dois primeiros trimestres da gravidez, amenos que o benefício potencial para a doente justifique o risco potencial para o feto (ver 5.3 Dados de segurança pré-clínica).MÃES QUE AMAMENTAM: Não se sabese o rofecoxibe é excretado no leite humano. O rofecoxibe é excretado no leite de ratos fêmea lactantes. As mulheres que tomam rofecoxibe não devem amamentar(ver 4.3 Contra-indicações e 5.3 Dados de segurança pré-clínica).4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinasDoentes a tomar rofecoxibe que sintam tonturas, vertigens ou sonolência devem evitar guiar ou trabalhar com máquinas.4.8 Efeitos indesejáveisEm estudos clínicos, o rofecoxibe foi avaliado em relação à segurança em aproximadamente 5400 indivíduos, incluindo aproximadamente 800 doentes tratados duranteum período igual ou superior a um ano. Os seguintes efeitos indesejáveis relacionados com o fármaco foram reportados com incidência superior à do placebo em estu-dos clínicos em doentes tratados com 12,5 mg ou 25 mg de rofecoxibe, num período até 6 meses ou durante a experiência pós-comercialização. Mais Frequentes (>1/100, 1/1000, 1/100, 1/1000, 250 mg por dia. Os efeitos anti-inflamatórios do rofecoxibe foramdemonstrados em modelos animais convencionais usados para avaliar AINEs. Ao longo dos estudos de farmacologia clínica, em comparação com o placebo, o rofe-coxibe produziu uma inibição da COX-2 dependente da dose com posologias diárias de 12,5 mg e 25 mg, inibindo a COX-2 em cerca de 70 %, ao passo que o rofecoxibeem doses diárias de 375 mg e numa dose única de 1000 mg inibiu a COX-2 em cerca de 95 %. Não houve qualquer inibição da COX-1 dependente da dose em compara-ção com o placebo. O rofecoxibe não inibiu a síntese das prostaglandinas gástricas e não teve qualquer efeito na função plaquetária. O rofecoxibe foi estudado no trata-mento sintomático da osteoartrose (OA). As principais avaliações da eficácia foram realizadas apenas nas articulações da anca ou do joelho, contudo, a população emestudo incluíu 33 % de doentes com OA concomitante das articulações inter-falângicas, 21 % com OA do polegar e 35 % com OA da coluna. Após uma semana de trata-mento (1º parâmetro de avaliação final para a determinação da eficácia), o rofecoxibe revelou uma redução significativa da dor em doentes com OA. Não foram feitasavaliações antes de uma semana. Assim, deve ter-se em consideração o Tmax do rofecoxibe (duas a quatro horas) quando é desejável um início de acção imediato. Numaanálise combinada, pré-definida de dois estudos de endoscopia com a duração de 24 semanas em doentes com OA, as percentagens de doentes com ulceração gas-troduodenal detectada por endoscopia foram similares entre o placebo e doses de rofecoxibe de 25 mg e 50 mg por dia ao fim de 12 semanas. Em cada um destes estu-dos, a incidência cumulativa de úlceras gastroduodenais foi significativamente inferior durante 12 e 24 semanas em doentes tratados com rofecoxibe do que em doentestratados com 2.400 mg de ibuprofeno por dia. Numa análise combinada, pré-definida, de oito ensaios clínicos, a incidência cumulativa de PUH’s do tracto GI superior con-firmadas em doentes tratados com rofecoxibe foi significativamente inferior à incidência cumulativa combinada observada em doentes tratados com AINEs (50 mg dediclofenac três vezes por dia, 800 mg de ibuprofeno três vezes por dia e 1500 mg de nabumetona por dia. Estes resultados foram influenciados principalmente pela exper-iência com 800 mg de ibuprofeno três vezes por dia). A incidência de PUH's foi numericamente superior com uma dose de 50 mg, em comparação com uma dose de 25 mg, contu-do continuou a ser inferior ao risco existente com os dados combinados dos AINEs usados nestes estudos. As interrupções do tratamento devido a experiências adver-sas GI causadas em 12 meses pelo fármaco foram menos frequentes no caso do rofecoxibe. As incidências de um conjunto pré-definido de experiências adversas GIrelacionadas com o fármaco foram inferiores com rofecoxibe, durante 12 meses; este efeito foi maior durante os primeiros 6 meses5.2 Propriedades farmacocinéticasABSORÇÃO: O rofecoxibe administrado por via oral é bem absorvido nas doses recomendadas de 12,5 mg e 25 mg. A biodisponibilidade oral média é de aproximada-mente 93 %. Após uma administração diária de 25 mg no estado de equilíbrio, o pico da concentração plasmática (média geométrica da Cmax = 0,305 µg/ml) foi observa-do aproximadamente dentro de 2 a 4 horas, (Tmax) após administração a adultos em jejum. A área geométrica média sob a curva (AUC24 h) foi de 3,87 µg•h/ml. VIOXXComprimidos e VIOXX Suspensão Oral são bioequivalentes. A ingestão concomitante de alimentos não afecta a farmacocinética do rofecoxibe. DISTRIBUIÇÃO: O rofe-coxibe liga-se aproximadamente em 85 % às proteínas plasmáticas humanas em concentrações entre 0,05 a 25 µg/ml. No homem, o volume de distribuição (Vdss) é decerca de 100 litros (aproximadamente 1,55 l/kg). Nos ratos e coelhos, o rofecoxibe atravessa a placenta, e nos ratos, a barreira hemato-encefálica. METABOLISMO: Orofecoxibe é extensamente metabolizado , recuperando-se cerca de 1 % de uma dose na urina sob a forma de fármaco original. A via metabólica principal é a reduçãohepática, que origina cis- e trans-dihidro rofecoxibe (como hidróxiácidos), e não a oxidação pelas enzimas do citocromo P450 (CYP). No homem, foram identificados seismetabolitos. Os metabolitos principais foram o cis- e trans-dihidro rofecoxibe (como hidroxiácidos), que contribuiram para aproximadamente 56 % da radioactividaderecuperada na urina, e o metabolito 5-hidroxi glucoronido, que contribuíu para um valor adicional de 9 %. Estes metabolitos principais também não demonstraram qual-quer actividade mensurável como inibidores da ciclo-oxigenase ou foram apenas pouco activos como inibidores da COX-2. ELIMINAÇÃO: Após a administração de 125mg de uma dose oral de rofecoxibe marcada radioactivamente a indivíduos saudáveis, 72 % da radioactividade foi recuperada na urina e 14 % nas fezes. A eliminaçãodo rofecoxibe ocorre quase exclusivamente através de metabolização, seguida de excreção renal. As concentrações do rofecoxibe no estado de equilíbrio são atingi-das ao fim de 4 dias de administração diária única de 25 mg, com uma taxa de acumulação de aproximadamente 1,7, correspondendo a uma semi-vida de acumulaçãode ~17 horas. Estima-se que a depuração plasmática é de aproximadamente de 120 ml/min para uma dose de 25 mg. CARACTERÍSTICAS DOS DOENTES: IDOSOS: a far-macocinética nos idosos (idade superior a 65 anos) é semelhante à dos jovens. A exposição sistémica é ~30% superior no idoso do que no jovem (Ver 4.2 Posologia emodo de administração). SEXO: a farmacocinética do rofecoxibe é comparável em homens e mulheres. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: Os doentes cirróticos com insufi-ciência hepática ligeira (5-6 na escala de Child-Pugh) aos quais se administrou uma dose única de 25 mg de rofecoxibe apresentaram uma AUC média semelhante à deindivíduos saudáveis a quem se administrou a mesma dose. Doentes com insuficiência hepática moderada (7-9 na escala de Child-Pugh) apresentaram uma AUC médiaaproximadamente 69 % superior à dos indivíduos saudáveis a quem se administrou a mesma dose. Não existem dados clínicos ou farmacocinéticos em doentes cominsuficiência hepática grave (> 9 na escala de Child-Pugh) (Ver 4.2 Posologia e modo de administração e 4.3 Contra-indicações). INSUFICIÊNCIA RENAL: a farma-cocinética de uma dose única de 50 mg de rofecoxibe em doentes com doença renal grave a fazer hemodiálise não foi significativamente diferente da dos indivíduossaudáveis. A hemodiálise contribuíu de forma insignificante para a eliminação (depuração na diálise ~40 ml/min) (Ver 4.3 Contra-indicações e 4.4 Advertências e pre-cauções especiais de utilização). DOENTES PEDIÁTRICOS: não foi estudada a farmacocinética do rofecoxibe em doentes pediátricos. 5.3 Dados de segurança pré-clínicaNos estudos pré-clínicos, o rofecoxibe não demonstrou ser genotóxico, mutagénico ou carcinogénico. Num estudo de toxicidade crónica em ratos, o rofecoxibe provo-cou úlceras intestinais em doses comparáveis e ligeiramente superiores à dose terapêutica no homem, com base na exposição sistémica. Nos ratos, com níveis deexposição várias vezes superiores aos níveis terapêuticos no homem, houve indução de basofilia tubular renal, e com níveis de exposição ainda superiores registou-se necrose papilar renal. Foram também observadas anomalias renais e gastrintestinais em cães com níveis de exposição elevados. Os estudos de toxicidade na repro-dução demonstraram que o rofecoxibe (em doses ≥ 2 vezes a dose diária recomendada no homem, com base na exposição sistémica) diminuíu a fertilidade e a sobre-vivência embrionária/fetal no rato. Foi também observada uma diminuição de diâmetro do canal arterial, relacionada com o tratamento, situação que se sabe estarassociada aos AINEs. Os estudos de toxicidade na reprodução em ratos e coelhos não demonstraram qualquer evidência de anomalias do desenvolvimento com dosesa t é50 mg/kg/dia (nos ratos isto representa ~29 vezes a dose diária recomendada no homem com base na exposição sistémica) (ver 4.3 Contra-indicações e 4.6 Gravideze aleitamento). Contudo, nos coelhos não foi determinado o perfil dos metabolitos, tornando assim dificil a avaliação da relevância clínica no coelho. Os dados de umestudo de amamentação cruzada indicaram toxicidade nas crias, provavelmente devido à exposição ao leite de progenitoras submetidas a tratamento (Ver 4.6 Gravideze aleitamento).6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS6.1. Lista dos excipientesLactose monohidratada, celulose microcristalina, hidroxipropil celulose, croscarmelose sódica, estearato de magnésio e óxido de ferro amarelo (E172).6.2 IncompatibilidadesNão aplicável.6.3 Prazo de validade24 meses6.4 Precauções especiais de conservaçãoNão existem quaisquer precauções especiais de conservação.6.5 Natureza e conteúdo do recipientePlacas de alvéolos opacas de PVC/alumínio em embalagens contendo 5, 7, 10, 14, 15, 28, 30, 50, 56, 60, 84 ou 98 comprimidos.Placas de alvéolos opacas de PVC/alumínio (doses unitárias) em embalagens de 50 ou 500 comprimidos.6.6 Instruções de utilização e manipulação Não aplicável.7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADOMERCK SHARP & DOHME, LdaQuinta da Fonte, Edifício Vasco da Gama2780-730 Paço de Arcos8. NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADOVIOXX comprimidos de 12,5 mg:301 20 85 - Embalagem de 14 comprimidos301 22 83 - Embalagem de 28 comprimidos301 24 81 - Embalagem de 56 comprimidos301 29 86 - Embalagem de 50 comprimidos (Uso hospitalar)301 30 83 - Embalagem de 500 comprimidos (Uso hospitalar)VIOXX comprimidos de 25 mg:301 34 89 - Embalagem de 14 comprimidos301 36 87 - Embalagem de 28 comprimidos301 39 84 - Embalagem de 56 comprimidos301 43 88 - Embalagem de 50 comprimidos (Uso hospitalar)301 44 87 - Embalagem de 500 comprimidos (Uso hospitalar)9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO16 de Outubro de 199910. DATA DA REVISÃO DO TEXTO17 de Abril de 2000

    PRODUTO EMB. PVP C. GER. ESTADO DOENTE C. UNIT. C.M.T.D. % ESTADO DOENTE C. UNIT. C.M.T.D.ESTADO DOENTE ESTADO DOENTEVIOXX 12,5mg 14 comp. 4.691$ 01 3.284$ 1.407$ 335$ 235$ 100$ 85% 3.987$ 704$ 335$ 285$ 50$

    VIOXX 12,5mg 28 comp.

    N.º COD.

    3012085

    3012283 8.444$ 01

    %

    70%

    70% 5.911$ 2.533$ 302$ 211$ 91$ 85% 7.177$ 1.267$ 302$ 257$ 45$

    VIOXX 25mg 14 comp. 3013489 4.691$ 01 70% 3.284$ 1.407$ 335$ 235$ 100$ 85% 3.987$ 704$ 335$ 285$ 50$

    VIOXX 25mg 28 comp. 3013687 8.444$ 01 70% 5.911$ 2.533$ 302$ 211$ 91$ 85% 7.177$ 1.267$ 302$ 257$ 45$

  • RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO PRODUT O1-DENOMINAÇÃO DA ESPECIALIDADE: PROSCAR®.2-COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA: Cada comprimido contém 5 mg de finasteride como principio activo. 3-FORMA FARMACÊUTICA: Comprimidos para administração por via oral. 4-INFORMAÇÕES CLÍNICAS: 4.1-INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: O PROSCAR é indicado no tratamento e controlo da hiperplasia benigna da próstata (HBP), provocando aregressão da próstata hiperplásica e melhorando o débito urinário e os sintomas associados com a HBP. Osdoentes com próstata hiperplásica são os candidatos adequados para a terapêutica com PROSCAR. PROSCARestá também indicado nos homens com HBP para reduzir o risco de retenção urinária aguda que requercateterização e/ou intervenção cirúrgica, incluindo ressecção transuretral da próstata (RTUP) e prostatectomia. 4.2-POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: A posologia diária recomendada é de 1 comprimido de 5 mg, tomado ou não à refeição. Embora se possaobservar alguma melhoria no início, pode ser necessário um acompanhamento terapêutico de, pelo menos,6 meses para avaliar se terá sido atingida uma resposta benéfica. Posologia na Insuficiência Renal: Não são necessários ajustamentos posológicos em doentes com vários graus de insufiência renal (depuraçãoda creatinina até 9 ml/min.), dado que os estudos farmacocinéticos não indicaram nenhuma alteração nadistribuição do finasteride. Posologia nos Idosos: Não é necessário qualquer ajustamento posológico, embora os estudos farmacocinéticos indiquem que aeliminação do finasteride está algo diminuída nos doentes com mais de 70 anos de idade. 4.3-CONTRAINDICAÇÕES: PROSCAR não está indicado nem para mulheres nem para crianças. PROSCAR é contraindicado nas seguintes situações: Hipersensibilidade a qualquer componente deste medicamento. Gravidez Em mulheres que estejam oupossam vir a estar grávidas (ver: PRECAUÇÕES: Gravidez e Exposição ao Finasteride Risco Para o FetoMasculino). 4.4-PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: Gerais: Uma vez que a resposta benéfica ao PROSCAR pode não se manifestar imediatamente, os doentes comum grande volume urinário residual e/ou com o débito urinário gravemente diminuído devem ser cuidadosamentevigiados para a eventualidade de ocorrer uropatia obstructiva. Cancro da Próstata: Recomenda-se que, antes de se iniciar o tratamento com PROSCAR, e depois, periodicamente, os doentessejam observados para despiste da existência de cancro da próstata, através de exame digital do recto e deoutro tipo de exames. Tem-se verificado um aumento da utilização de PSA (Prostate Specific Antigen -Antigénio Específico da Próstata) sérico como forma de detecção do cancro da próstata. Geralmente, umvalor basal de PSA>10 ng/ml (Hybritech) requer uma melhor avaliação e a hipótese de uma biópsia; quandoos valores de PSA se situarem entre 4 e 10 ng/ml, aconselham-se mais exames. O médico deverá estarciente de que um valor basal de PSA

  • 17

    agenda

    04 a 05« 1st InternationalConsultation on Stone Disease"Palais des Congréss – PARIS.Email: [email protected]

    03 a 06" Mediterranean Urol. AssotiationCongress" – MarraKech – Marrocos

    27 a 29"14º Curso Internacional de Urología"VIGOFax : 986-421439

    29 Set a04 Out"XXVIII Congresso Brasileirode Urologia" – FORTALEZAE-mail: [email protected]: 0055212461194

    18 a 21"31st Annual Meeting of International Continence Society"Seoul – Koreatel.: 82.2.3476.7700 Fax: 82.2.3476.8800Email: [email protected]

    30 Set a 03 Out«4th Biennial Congress of the European Society for Sexualand Impotence Research»ROMA.Email: [email protected] : essir2001.it

    06 a 11"10th Congress of the European Society for Organ Transplantation" (ESOT)LISBOA.Email: [email protected]

    23 a 26"8th Asia-Pacific Society for Impotence Research" (APSIR) – PHUKET, THAILAND.Email: [email protected]

    21 a 26 SetCongresso da CAUPanamá

    07 e 08 NovVI Congresso Nacional de AndrologiaHotel Almansor – Carvoeiro - Algarve

    20022002SetembroSetembro

    OutubroOutubro

  • Produto de Prescrição Médica ObrigatóriaAntes de prescrever, consulte por favor o Resumo das Características do Medicamento