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ANO 9 Nº94 2002 R$ 7,00 Dicionários e corretores ortográficos para Mac Faça do seu email uma arma O que você não pode esquecer de salvar na hora de reformatar seu HD PowerBook Titanium Combo: agora sim! Office para Mac OS X: finalmente! Kodak DCS 760, a megacâmera digital Memória RAM em chaveiro Testamos 8 jatos-de-tinta A3 e A4 Show de impressoras

ANO9 Nº94 2002 R$7,00

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Page 1: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Dicionários e corretores ortográficos para Mac

Faça do seu email uma arma

O que você não pode esquecer desalvar na horade reformatarseu HD

PowerBook Titanium Combo: agora sim!Office para Mac OS X: finalmente!Kodak DCS 760, a megacâmera digitalMemória RAM em chaveiro

Testamos 8 jatos-de-tinta A3 e A4Show de impressoras

Page 2: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Cheguei a ficar com inveja de tamanha sínte-se e clareza do conteúdo. Ficou muito agra-dável a leitura (li inteiro novamente), alémde uma ótima apresentação visual. Estão to-dos de parabéns. O livro está em processode impressão, e se não for para as livrariasainda em março, no máximo no início de abrilestará na área. Por parte da Macmania já sur-giram os “efeitos colaterais”. Hoje recebi maisde 20 emails no endereço que publicaram.Espero que, por parte dos leitores, o retornopara vocês também seja superpositivo.

Jairo Willian [email protected]

Vários leitores acharam o dicionário muitoútil. Só um achou que era coisa de mongo,mas esse não conta. Em breve devemos repe-tir a dose com outras áreas, como vídeo eáudio digital.

Preço caro demaisPor que toda vez que a Apple lança um hard-ware novo, mesmo que não se altere os pre-ços nos EUA, sempre há um “reajuste” poraqui? Mesmo com a alta do dólar e tarifas deimportação, acredito que não se justificatamanho aumento para os novos produtos.Seria essa a melhor estratégia de ganho demercado? Tenho um Mac há três anos. Naépoca, paguei em torno de R$ 2.990, sendoque esse era o melhor modelo deles. Depoisde ver o preço dos novos iMacs, fico me per-guntando: qual é a da Apple?

Cassio Val [email protected]

Há três anos, o dólar e o real estavam naproporção de 1 para 1, e nós éramos felizese não sabíamos. O pior é que nem adiantareclamar, pois a Argentina manteve essaparidade e deu no que deu. Mas acredite, é melhor reclamar em Brasília do que em Cupertino. Aproveite que estamos emano de eleições.

Perdida no meio dos CDsPreciso da ajuda de vocês. Trabalho tambémem uma editora, e meu maior problema é abusca de arquivos em meus becapes nosCDs. Etiquetei todos, iniciando do 0; entãogostaria que me indicassem um programa debanco de dados para eu cadastrar tudo o quetem nos CDs, com um sistema de busca. Porexemplo: Quero achar o arquivo “David Ro-cha”; então digito a palavra e ele me diz queestá no CD 06. Sei que existe um software daIomega que seria perfeito, só que não consi-go nomear os CDs com o nome ou númeroque quero; ele já nomeia com o nome queestá gravado no CD.

[email protected]

Existem dezenas de programas para isso.Nós indicamos o DiskTracker, o CD Finder eo iView. Todos eles podem ser encontradosno site www.versiontracker.com

Explicando o pretoGostaria de esclarecer uma informação queacredito estar em parte equivocada, publica-da no Dicionário de DTP da Macmania. Noque se diz a respeito de “Preto”, segundo olivro Produção Gráfica, de Lorenzo Baer

(Editora Senac), e não só no livro mas comoouvi do próprio mestre, que foi meu profes-sor no Curso Superior de Tecnologia Gráficado SENAI “Theobaldo de Nigris”, o “K” deCMYK se deve ao seguinte:“O preto é representado pela letra K no lugarde B (Black) para não criar confusão com o Bdo azul (Blue), como muitas pessoas insistemem chamar o Cyan. De acordo com a coloca-ção, o K vem de Key sketch, o traçado-chavenas artes-finais. A finalidade do traçado pretoé definir a posição das cores marcadas nosoverlays... do key sketch; a letra K é tambémchamada de key plate, a fôrma impressora,quase sempre do preto, que serve para orien-tar o registro das imagens em quadricomias.”O trecho acima faz parte do referido livro(página 108), que poderia ser até mostradoe comentado nas páginas da Macmania, jáque é uma excelente ferramenta para produ-tores gráficos e pessoas interessadas na área.

Ariel [email protected]

Já mostramos e comentamos o livro do pro-fessor Lorenzo na Macmania 68, mas mes-mo assim agradecemos seu valoroso esclare-cimento, sem o qual nosso humilde dicioná-rio ficaria irremediavelmente incompleto.

Pai padrastoMacmania, Heinar, Mario, Tony, Tom, Márcio,qualquer um, me ajudem! Meu pai quer mu-dar para um PC, diz que nosso iBook já estávelho e acabado e que um PC (1,6 gigahertz,512 MB de RAM, CD-ROM LG 52x e placaGeForce 2) vai substituir o lugar do iBook,do Macintosh ou da Apple. Agora que lança-ram o novo iMac, ele até está pedindo paraas outras pessoas comprarem para ver se eledeve se arriscar, porque o iMac DV dele tam-bém não está lá essas coisas (e por que eletem o direito de usufruir de um Mac e nósnão, pergunto eu?). Tenho dois irmãos, quetambém não concordaram com a idéia (noinício, porque quando falaram de “mais jo-guinhos” se entregaram, a gentalha).Sabe de uma coisa? Eu não entendo comoele, junto com meu tio, trouxeram oMacintosh para Goiás e agora querem jogarpara os filhotes deles a porcaria do PC.Façam de tudo, mas convençam ele a ficarcom o meu Mac. POR FAVOR!

Renato de Paula [email protected]

Que tal propor para o seu pai que ele fiquecom o pecezão joiado e deixe o tal iMac DVpara você? Pra começar, convença seusirmãos a brigarem por um PlayStation 2. Seo que eles querem é jogatina, que sejanuma máquina decente. Depois, diga parao seu pai que seu sonho é ser cineasta ouprogramador de Java e que o Mac é a me-lhor plataforma para isso. Dê indiretas deque, se não for assim, você poderá ficarfrustrado e confuso sobre qual carreira se-guir e provavelmente continuará morandocom ele até os 35 anos. Só não fale, sob hi-pótese alguma, que você sonha em ser Webdesigner. Isso pode ter o efeito oposto. Seupai pode ficar preocupado demais e resol-ver tirar seu Mac e ainda te botar numaescola militar.

Chega de iMac, X, DVD!Meu nome é Cecília e tenho 12 anos, todospassados em companhia de um Macintosh.Até ano passado, o Mac daqui de casa erameio velhinho, mas agora temos um G4Cubo... que eu uso quase mais do que omeu pai. De uns tempos pra cá, a Apple e aMacmania têm me surpreendido muito. Foium acontecimento estranho atrás do outro!A Apple lançou aquele “horror de padaria”(que parece um pão de queijo), potente emuito feio; vocês começaram a falar de ape-nas três coisas: o novo iMac, o Mac OS X e

Cartas

Mac na Mídia

Hugo

Tid Bits

Teste: 8 Impressoras

Dicionários e Corretores

Sharewares: Email

Som na Caixa: MOTU 828

Bê-A-Bá: Começar de Novo

Simpatips

Help

MacPRO

Kodak DCS 760

InFocus

iMic e iVoice

SpyPen Memo

IBM Memory Key

PowerBook G4 Combo

Reaktor 3

Microsoft Office v.X

Ombudsmac

467

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Índice

o queimador de DVD. O novo iMac é poten-te, não nego, mas ainda existem outroscomputadores sendo vendidos e estes tam-bém merecem algum espaço na revista. OMac OS X, devo dizer que me decepcionou.O layout é horrível, por sorte é possívelmudar para o Classic; deve ser um OSpotente, mas o que é um computador semum layout, no mínimo, compreensível? Esobre o queimador de DVD: admitam que aera do DVD ainda não chegou e que o VHSainda vai durar bastante tempo.

Cecília [email protected]

Em sua homenagem, Cecília, não publica-mos nada sobre o novo iMac neste mês.Mentira: não publicamos porque não conse-guimos colocar as mãos no único exemplardo iMac de tela plana, que estava no Brasilno começo de março. O bicho já chegou coma agenda lotada e, infelizmente, passar umtempo na Macmania para que pudéssemoscompartilhar nossas opiniões com os leito-res não estava entre suas prioridades. Torçapara que a Apple Brasil encontre um tempi-nho para cedê-lo para nossos testes a tempopara a próxima edição.Não vamos discutir se o iMac ou o Mac OSX são feios ou bonitos; afinal, gosto é gosto.O que importa para a gente é que eles, as-sim como o SuperDrive, são o que há demais novo no mundo Mac, e é nossa obriga-ção falar a respeito deles. Claro que não va-mos esquecer a grande maioria dos leitorescom seus iMacs coloridos, Performas e G3azuis. Temos vários artigos programadospara ensinar como tirar o máximo do seuMac “clássico”. Aguarde.Ah, e não se iluda: o VHS morreu, sim. E já foi tarde.

Pisando no baldeComo é sua duocentésima vez, não vou cor-rigir e sim esculachar: a maçã invertida noslaptops só foi corrigida nos iBooks brancos eno G4 Titanium, e não no Powerbook G3FireWire, seus malas! Não tem desculpa, poisfoi uma “correção” ao Rodrigo Grecchi (Mac-mania 92); portanto, a mala que respondeudeveria checar. Aproveito para pedir maiscapricho nas matérias, pois joguinho e glos-sário é pra mongos! Pô. Quem sabe, infor-mar sobre acessórios e periféricos “para PC”,bem mais baratos, que podem ser usados emMac, por exemplo.

Eduardo Galvã[email protected]

Tá vendo só? Isso é o que dá confiar namemória. Realmente, você tem razão: a cor-rigida na maça foi bem depois do Power-Book G3. Ponto para você.Quanto à sua sugestão, estamos preparan-do essa matéria para uma edição futura.Aqui é assim: leitor pede, a gente faz. Podedemorar, mas faz.

Dicionário de DTPGostaria de agradecer pela imensa força,atenção e excelente trabalho que realizaram– Heinar, o Mario AVP (audio, video e pho-to) e o nosso tipógrafo Claudio Rocha – naedição dos termos do Dicionário de DTP.

As Cartas Não Mentem

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Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte: Tony de Marco e Mario AV

Patrono: David Drew Zingg

Conselho Editorial: Caio Barra Costa,Carlos Freitas, Jean Boëchat, LucianoRamalho, Marco Fadiga, Marcos Smir-koff, Muti Randolph, Oswaldo Bueno,Rainer Brockerhoff, Ricardo Tannus

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Departamento Comercial:Artur Caravante, Francisco Zito

Gerência de Assinaturas:Fone: 11-3341-5505

Gerência Administrativa:Clécia de Paula

Fotógrafos: Andréx, Clicio, J.C.França,Marcos Bianchi, Ricardo Teles

Capa: Ilustração: Ed

Redatores: Daniel Roncaglia, Márcio Nigro, Sérgio Miranda

Assistentes de Arte:André Cesário, Thaís Benite, Valquíria Gottardi

Revisora: Julia Cleto

Colaboradores: Alexandre Boëchat, Ale Moraes, Carlos Eduardo Witte,Carlos H. Gatto, Carlos Ximenes,Céllus, Daniel de Oliveira, DouglasFernandes, Fargas, Fido Nesti, GabrielBá, Gian Andrea Zelada, Gil Barbara,J.C.França, Jean Galvão, João Velho,Junião, Luciana Terceiro, Luiz F. Dias,Marcelo Martinez, Mario Jorge Passos,Maurício L. Sadicoff, Néria Dejulio,Orlando, Pavão, Rafael Coutinho,Ricardo Cavallini, Ricardo Serpa,Roberta Zouain, Roberto Conti, SamuelCasal, Silvio AJR, Tom B

Fotolitos: Input

Impressão: Copy Service

Distribuição exclusiva para o Brasil:Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577CEP 20560-000 – Rio de Janeiro/RJFone: 21-879-7766Opiniões emitidas em artigos assinados nãorefletem a opinião da revista, podendo até sercontrárias à mesma.

Find...Macmania é uma publicação mensalda Editora Bookmakers Ltda.Rua Topázio, 661 – Aclimação CEP 04105-062 – São Paulo/SPFone/fax: 11-3341-5505

Mande suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclamações para os nossos emails:[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Macmania na Web:www.macmania.com.br

Palpitações papaisSou usuário Mac há uns 4 anos, além decomprador e leitor assíduo da Macmaniadesde o número 72. Apesar de não ser publi-citário nem trabalhar com arte digital, lidocom imagem na área da saúde e sei bem dasrepercussões que os estímulos visuais po-dem determinar sobre o corpo humano.Acompanhei com grande descaso as váriascríticas dirigidas à excelente revista quantoao excessivo uso de modelos femininos nascapas. E assim persistiu minha indiferençaaté alguns dos últimos exemplares, quandoresolvi me posicionar, pelo menos parcial-mente, a favor dos protestos. Não me enten-dam mal: não compartilho os mesmos senti-mentos de “revolta”, “desgosto” ou talvezaté “cobiça” de alguns leitores ao se depara-rem com belas mulheres. Simplesmente,como profissional da saúde, acho que algu-mas precauções e medidas preventivasdevem ser tomadas.Tenho 30 anos, não fumo, não tenho históriapessoal ou familiar de doença cardiovasculare hipertensão, mas tenho sofrido de palpita-ções e dores no peito ao me deparar comalgumas das capas da Macmania (principal-mente as de número 85 e 91, com a “DivinaPapa”). Imagino o efeito que poderiam provo-car sobre corações mais fracos e pouco acos-tumados com imagens tão intensas. Que talfornecerem descontos em um plano de saúdeou seguro de vida a preços módicos paraesses leitores? Talvez algo mais simples, comoamostras grátis de vasodilatadores coronaria-nos ou digoxina acompanhando a revista?Exijo medidas preventivas imediatas antesque algum leitor morra abraçado a uma Mac-mania com um “sorriso satisfeito estampadono rosto”.As capas femininas têm sido uma amostraconcentrada de beleza impressa em papel,

capaz de fazer o velho Gutenberg se mexerno túmulo. Continuem sempre expondo es-sas “fabulosas máquinas” que tudo têm emcomum com o design provocante e volup-tuoso que cada vez mais caracteriza os pro-dutos da Apple. Parabéns à equipe pelo bomgosto e classe, tanto na escolha das beldadescomo na composição das capas, não esque-cendo do conteúdo objetivo e extremamen-te útil da revista. E para os críticos descon-tentes com corações mais fracos... quemsabe um check-up urológico???

Lucio [email protected]

O email do doutor já está publicado, pes-soal. Anotem e deixem perto do Mac antes devisitar nosso site, que agora conta com osexclusivos “making ofs” das sessões de fotosdas capas. Preparem seus corações.

Mac OS/2?Eu estou com uma dúvida: ouvi falar sobreum sistema operacional chamado OS/2. Seriao Mac OS? É possivel instalar um sistemaoperacional do Mac, como o OS X, em umPC normal, tipo AMD K2 de 500 MHz? Seisso for possivel, qual seria uma boa configu-ração para rodar o Mac OS?

[email protected]

O OS/2 foi um sistema operacional desen-volvido pela IBM quando percebeu a burra-da que tinha feito ao entregar a faca, oqueijo e o guardanapo a uma tal de Micro-soft, que foi responsável por desenvolver osistema operacional do IBM-PC. Em váriosaspectos, era bem mais avançado que oWindows da época, mas deu com os burrosn’água. Tinha multitarefa preemptiva e me-mória protegida, o que prova que isso não étudo. Quanto ao Mac OS, desculpa aí, massó roda em Mac mesmo.

Pastas sumidasNotei que, toda vez que crio uma nova pastaa partir do Internet Explorer, surge um erroque nas versões anteriores do Mac OS nãoacontecia. Tentarei ilustrar a situação: estouem um página com uma relação de cincolinks para PDF. Quero salvá-los e crio umdiretório para esse fim. Salvo o primeiroarquivo na pasta HD/documentos/pdf e,quando vou salvar o segundo arquivo, acon-tece o problema. O browser me exibe a caixade diálogo apontando para HD/documentos.Simplesmente ignora a última pasta quecriei. O que pode ser?

Wellington [email protected]

Com certeza, isso é resultado do estilo quick’n’dirty de programar, popularizado por umcerto William Gates III. Em tempo: na ver-são para o OS X, eles consertaram o bug.

A saga do AppleWorksLi a resposta dada ao Sr. Pedro Pinheiro,Macmania 93, e verifico que vocês são muitojovens para saber a verdadeira história doAppleWorks e do TotalWorks. Em 1986, eu adquiri um TK 3000. Esse TK eraum Apple II fabricado no Brasil. Junto com oTK veio o TotalWorks, em disquete de 5 1/4".Mais tarde, adquiri nos Estados Unidos oAppleWorks, também em 5 1/4", que instaleino TK 3000. IMPORTANTE: continuei usandotodos os trabalhos que eu tinha gravado como TotalWorks, sem perder uma só vírgula.Isso inclui texto, banco de dados e planilha.Depois de algum tempo, adquiri o programaClarisWorks 3 e um drive de 3 1/2" e instaleitudo no TK 3000. IMPORTANTE: continueiusando todos os arquivos que eu tinha grava-do com o TotalWorks e o AppleWorks, semqualquer adaptação. Isso inclui texto, bancode dados e planilhas de cálculo.O ClarisWorks 3, o TotalWorks e o Apple-Works, em 8 bits, são completamente com-patíveis, com os mesmos comandos. Paramim eles são iguais. Usei-os muito temposem notar qualquer diferença.Final feliz: usei o TK 3000 de 1986 até no-vembro de 2001, quando ganhei o Performa6300, onde o programa instalado é o Claris-Works 7.1.2P (32 bits). Aos poucos, estoutransferindo todos os arquivos do TK 3000para o Performa, com uma única dificuldade:nos textos, tenho de corrigir as letras acen-tuadas e os “ç”, mas sem perder uma só vír-gula. Quanto ao banco de dados, eu sempredigitei sem acentos e “ç”, por isso nada tenhoa corrigir. Meu marido transferiu textos, ban-cos de dados e planilhas que ele iniciou noTK 3000 para o Performa. Do Performa elepassou para o iMac, onde estão funcionando.Para um final ainda mais feliz: vendi o TK3000 e o novo dono o está usando para leruns disquetes de 5 1/4" antigos. É, o TK 3000de 1986 ainda está vivo.

Evelena [email protected]

Fascinante. Descobrimos recentemente queaté existe uma versão do AppleWorks paraWindows, mas a Apple não faz muito baru-lho sobre ela, que é vendida apenas direta-mente ao mercado educacional nos EUA.

Bomba do leitor

De repente, meu InDesign 2.0 (no Mac OS 9.2) achou que o designer estava obsoleto equis dar um “tapa” no visual. Para isso, incorporou David Carson e fez essa maravilhosacomposição tipográfica. Quem disse que computador não tem senso estético, hã, hã?

Marck [email protected]

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O Mac na Mídia TONY DE MARCO

FALA QUE EU TE ESCUTOMinha Nossa Senhora! Chutaram a santa e colocaram um AppleCinema Display no lugar. Dizem que o Bispo Macedo foi iluminadopelo Senhor e exorcizou o PC feioso do cenário. Valeu, Rafael Savi.

BIG BROTHERBAND BRASILA videografista clubber Estela ganhou um G4 parrudo para fazer

uma animação em Flash. Virou a noite, cumpriu a tarefa, mas nãoadiantou. Expulsaram a macmaníaca do Big Brother. Sacanagem!

A MACINTOSHIZAÇÃO DA TVMel Lisboa (gostoosaaaaaaa!) roubando umajóia em frente a um iMac azul. Herson Capriacessando a Internet de dentro do barconum Titanium. É, os Macs tomaram deassalto a mídia eletrônica brasileira. Na Globo,a novela Desejos de Mulher arregaça, espe-cialmente nos dois cenários da revista “EstiloMulher”. Mas nada é mais engraçado do quea cena em que Glória Pires mostra seu dotes informáticos dando um [Ω][Option][Esc]no iMac Snow travado da amiga.

ROSEANA SARNEY NÃO USA MACMas na propaganda de TV dela aparecia um iBook branco.

Mande sua colaboração para [email protected] ou para a Editora Bookmakers: Rua Topázio, 661 - São Paulo - SP - CEP 04105-062.

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Hugo

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Tid Bits

O novo homemda Apple no Brasil

O que você pretende fazer naApple Brasil?Meu irmão me fez essa pergunta. Ele me disse: “qual será o seu legadopara a Apple?” Quero sair daqui depoisde dois, quatro, cinco anos. Quero serconhecido como a pessoa que conse-guiu fazer a Apple aqui dar lucro.Acho que é um desafio interessante,um desafio grande. Estive antes naAdobe, e, apesar de não ser um macmaníaco, me faria bem ser reco-nhecido assim.

Você é usuário de Mac?Fui, deixei de usar durante um tempoe voltei agora. Conheço o Macintosh,mas acho que, para mim, o valor queposso agregar à Apple é meu conheci-mento sobre a América Latina.Vejotudo como um negócio, precisamoscrescer, ter opções de compra, maisparticipação de mercado, oferecersoftwares em português para Mac.Afinal, os desenvolvedores não vão se

Javier Vargas, recém-nomeado como gerente geral da Apple para a AméricaLatina e Caribe, resumiu o que pretende fazer no cargo: “vamos dar lucro”.Parece um desafio grande, mas ele não se assusta. Sua intenção é fazer a Applevirar um bom negócio por aqui. Segundo ele, esse é o primeiro passo para aempresa poder pensar em novas ações como – quem sabe? – a manufatura local.Javier Vargas trabalhou durante muito tempo na Adobe. Antes disso, foi gerente geral para a América Latina da Aldus – empresa criadora do PageMakere FreeHand e co-responsável, junto com a Apple, pela revolução do DesktopPublishing. Mexicano, ele andou afastado do mundo Macintosh por alguns anos,mas está de volta. “Trabalhei com vários modelos de computadores Apple,desde o Apple II, passando pelo Classic e outros”, disse. Hoje, ele voltou à plataforma, para fazê-la crescer no Brasil.

Latina, nossa marca também é conhe-cida. A diferença é que lá as pessoastem uma experiência maior de tocar amáquina. Na América Latina não exis-te tanto este tipo de experiência.

Mas, por exemplo, aqui no Brasil,mesmo nos mercados cativos daApple, como o de editoração ele-trônica, tem muito PC; a Appleainda tem que crescer muito devolta nesse mercado.Isso acontece no Brasil, na AméricaLatina e nos Estados Unidos também.As realidades dos mercados aqui e nosEUA não são muito diferentes. Temosque recuperar esses mercados aqui elá também. Há quatro anos, as pes-soas começaram a migrar de platafor-ma, e o trabalho nos Estados Unidostem sido de recuperar esses nichos daApple. Aqui na América Latina tam-bém não é diferente. Essa mudançafoi causada, em grande parte, porcausa de preços. Quem usa Appleadora nossos produtos. Muitas vezes,é por questões de custo que se mu-dou para os PCs. Eu sou um exemplodisso: trabalhei numa empresa quedecidiu mudar os laptops de Mac paraWintel. Agora que estou na Apple,voltei a usar Macs, que eu adoro. O processo de convencimento dosMacs é muito mais fácil.Outra oportunidade para nós é o mer-cado educacional. Nos Estados Uni-dos, a Apple tem cerca de 40% departicipação de mercado. Na AméricaLatina, a Apple não tem uma partici-pação tão grande. Acho que aí estáuma grande oportunidade par nós.Como vamos fazer isso? Ainda esta-mos estudando e fazendo planos. Masuma coisa é certa: temos que treinaras revendas, para que elas saibamcomo vender para esse mercado.

Muitas pessoas acham que o preço éa forma de vender, mas não é verda-de. O que temos que fazer é deixaras pessoas tocarem, sentirem a tec-nologia. Pronto, está convertido!

Você falou em preço. Essa é, jus-tamente, a principal reclamaçãodos macmaníacos: que as máqui-nas da Apple estão chegandomuito caras. Sabemos que oscustos de importação são muitoaltos e a única solução para issoseria a Apple montar os compu-tadores aqui no Brasil. A Applepretende abrir uma fábrica aqui?Não, não temos planos. E a Apple nãofala de planos futuros. Falamos de coi-sas de agora. Preço é importante, masa questão principal não é o preço, maso custo/benefício. Se você compararo iMac com um produto que tem amesma configuração, velocidade deprocessamento, os programas que vemincluídos no iMac (FireWire, Super-Drive, etc.), o PC vai sair mais caro.

Sim, nos EUA o Mac é mais com-petitivo. No Brasil, a questão édiferente. Empresas que montamaqui, como a Dell, acabam tendouma vantagem comparativa. Ousuário sabe que existe umagrande vantagem em comprar umMac, mas na hora da compra...Veja o novo iMac, por exemplo.Os leitores ficaram apaixonados,mas agora que eles sabem opreço que vai custar no Brasil (R$9 mil), ficam com aquela sensa-

“A questão principalnão é o preço, mas ocusto/benefício”

“Nossa prioridade:aumentar a partici-pação de mercado”envolver com a plataforma se nãohouver um mercado maior. Para isso é importante, para mim, que asrevendas Apple sejam um sucesso. Assim, a Apple Brasil, a Apple Amé-rica Latina e a Apple como um todovão ter sucesso.

Quais os principais problemas quevocê vê aqui?Problemas, nenhum. Oportunidades,muitas. O mercado da Apple é de 5%dos usuários globais. Nós temos queatingir uma parte desses 95% quenão têm computadores Apple.

Sim, mas lá nos Estados Unidos arealidade é diferente. A marca émuito conhecida e tal...Claro, mas aqui no Brasil e na América

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piratariação de sonho impossível, de quenunca vão conseguir comprar.Uma BMW custa US$ 36 mil nos EUA,mas não vai custar os mesmos US$36 mil no Brasil. Nós, mexicanos,entendemos perfeitamente o que você quer dizer. A culpa então é dequem, do usuário, da revenda ou dodistribuidor? Claro que eu gostaria deter a solução para isso, mas isso de-pende mais da situação econômica efiscal do país. Quero arranjar soluções,mas isso é uma coisa tipo “a galinha eos ovos”. Enquanto não tivermos umcrescimento expressivo, não tenhocomo justificar novas ações.

Como montar os Macs aqui?Como qualquer nova ação. Nós temosque pensar em várias soluções.Analisar tudo.

Software disponível também éimportante. Como você vê isso?Já existe algum plano?Estamos começando a conversar, que-ro trabalhar com mais desenvolvedorese também com os usuários finais.Como já disse, queremos entrar maisno mercado educacional e ampliar aquantidade de programas compatíveiscom Mac. Nós conversamos constan-temente com todos os desenvolvedo-res de Macintosh. São mais de mil de-senvolvedores para Mac. Estamos con-versando com eles para convencê-los ater interesse na América Latina. Partedo meu trabalho é isso: convencer queo mercado da América Latina é bom.Estamos com alguns planos em anda-mento, mas ainda não podemos falarnada. O desenvolvimento agora, como Mac OS X, vai ser muito melhor; vaifacilitar muito o desenvolvimentopara a plataforma.

Quais as prioridades para a Appleno Brasil?Aumentar a participação de mercado,aumentar a participação de mercado eaumentar a participação de mercado.Eu estive uns tempos longe do merca-do Apple e, agora que voltei, possodizer que a situação é muito melhordo que eu imaginava. Honestamente.Nossa equipe é ótima, muito compro-metida, todos têm esse compromisso.Ainda temos muitas oportunidades decrescer, mesmo com todo o crescimen-to que já tivemos no Brasil nos últimos

anos. Em novembro e dezembro, aApple abriu nos EUA o conceito dasAppleStores, as lojas de rua. Forammais de 800 mil pessoas passandopelas lojas; muitas delas nem mesmotinham contato prévio com o Mac.

Mas como será trazido esse con-ceito de loja para o Brasil? Játemos uma experiência com umaloja, a MacMouse, que está numponto excelente em São Paulo,mas a gente não sente da Appleum compromentimento em forta-lecer esse tipo de negócio.Pretendemos implementar esse con-ceito na América Latina, mas de umaforma “tropicalizada”. Por enquanto,não teremos AppleStores fora dosEUA. Mas pretendemos encontrar par-ceiros para que possamos desenvolveralgo parecido por aqui. O ideal é fazerisso nos shoppings, em locais de mui-to tráfego, como é nos Estados Uni-dos. Não temos planos concretosagora, mas para o segundo semestredeveremos ter algo resolvido.

A Apple tem alguma intenção de participar de eventos como a Fenasoft?A Apple é suficiente em si mesmapara fazer um evento que seja maisinteressante. Algo que seja mais im-portante para o mercado, que sejabom para as revendas e também paranós. Do meu ponto de vista, com mi-nha experiência, acredito que os RoadShows sejam muito melhores paranós, do ponto de vista de negócio. Eutenho que valorizar a minha verba demarketing, e prefiro gastar num even-to que me dê o melhor retorno. ORoad Show é mais focado para o nos-so usuário, ele vai se sentir mais con-fortável. Não há coisa pior do que umcliente insatisfeito. Um evento feitopor alguém que não seja da Apple nãovai pensar nesses aspectos. E o RoadShow é nosso, podemos controlar epensar no que é melhor.

HEINAR MARACY eSÉRGIO MIRANDA

Tem gente que não gosta nada dessanossa facilidade em ficar andando pralá e pra cá com iPods cheios de MP3 eresolveu acusar a Apple de incentivara pirataria. O primeiro a reclamar foiMichael Eisner, chefão da WaltDisney Company. Numa reunião noSenado norte-americano, o executivobotou a boca no trombone, acusandofabricantes de computador de promo-ver suas máquinas como um meio fácilpara a cópia de CDs ou DVDs. Usoucomo exemplo a campanha publicitáriada Apple que diz “Rip. Mix. Burn”(“grave, mixe e queime”). No comer-cial, um rapaz entra num teatro ondeestão vários músicos famosos (De LaSoul, Barry White, Iggy Pop, GeorgeClinton e outros) e escolhe um a umquem entra no CD que ele vai montar.Eisner usou palavras fortes paracriticar a propaganda da Apple, como“roubo” e “pirataria”.O Senado americano está estudandouma lei para forçar fabricantes decomputadores a criar e adotar tecno-

logias que não permitam a duplicaçãode mídias que tenham direitos auto-rais resguardados, como CDs e DVDs.Se não bastasse isso, nos EUA umconsultor de informática viu um rapazroubando softwares de uma loja daCompUSA com um iPod. Ele se ache-gou a um Mac e, com o cabo FireWire,plugou o iPod no Mac e copiou algunsprogramas para o tocador (que, entreoutras coisas, é um HD portátil de 5GB). Vai ver, ele levou ao pé da letrao aviso que vem no iPod – “não rou-be música” – e viu que dava parapegar outras coisas em vez de MP3.Enquanto isso, Steve Jobs deu umaentrevista ao jornal Wall StreetJournal afirmando que as gravadorasnão estão facilitando a vida de quemgosta de música e quer levá-la paraonde quiser. Segundo Jobs, “quemcomprou legalmente um CD de músicadeve ter o direito de fazer com ele oque quiser”.Agora sim, o circo está armado, pron-to para pegar fogo.

Na berlinda da

Disney se volta contra a Apple e a acusa de incentivar a cópia ilegal

“Não há coisa piordo que um clienteinsatisfeito”

Page 8: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Tid Bits

O Photoshop 7 já está à venda no site da Applepara o mercado americano. Porém, não entre aindaem estado de euforia absoluta, pois, segundo a Ado-

be, o programa só chegará ao Brasil no meio do ano.Além de rodar nativamente no OS X (e também no9.1), uma das novidades é o File Browser, janela para

navegar visualmente pelas imagens gravadas no HDsem precisar pular para o Finder. A interface é similarà do shareware ACDSee. Você pode listar os arquivospor nome, dimensão, tamanho, tipo, resolução, perfilde cor, data de modificação e informação de copy-right. E criar seu próprio sistema hierárquico paraidentificar e agrupar imagens.Outras novidades são um novo sistema de brushes,um comando “Auto Color” para correção mais con-fiável de cores e o Healing Brush, uma variação docarimbo que facilita remover poeira, riscos e rugasde fotos. O novo plug-in Pattern Maker selecionaqualquer área de uma imagem e gera automatica-mente uma textura contínua, sendo útil para criarpadrões realistas a partir de elementos escaneadoscomo pedra, tecido, madeira ou areia.O preço do Photoshop 7 no Brasil deverá ser emtorno de US$ 845 (US$ 211 para atualização).Adobe: www.adobe.com/products/photoshop

Apple: www.apple.com/macosx/applications/

photoshop

Cansado de ter que usar um PC (ou o Virtual PC) para fazer sua declaração deImposto de Renda? Então, proteste! O pessoal do CIPSGA (Comitê de Incen-tivo à Produção de Software GNU ou Alternativo) organizou um abaixo-assina-do para mostrar sua “insatisfação com a obrigatoriedade imposta pela ReceitaFederal a todos os usuários de computador de utilizar o sistema operacionalWindows para fazer a declaração do Imposto de Renda”. Segundo o texto, exis-tem muitos usuários de outras plataformas, como Mac OS e GNU/Linux. Emanda avisar: “não cabe ao Estado determinar que sistema nós devemos uti-lizar. Cabe, porém, oferecer opções diferenciadas, respeitando a diversidade e o

Demorou um pouco, mas a Macromedia finalmente lançou um Flash compatí-vel com Mac OS X. Rebatizado como Flash MX (e não Flash 6.0), o progra-ma traz várias novidades: vídeo interativo, novas ferramentas de design,uma grande quantidade de templates (modelos prontos) disponíveis, editorde ActionScripts personalizável e compatibilidade com QuickTime e WindowsMedia Player, entre outras. Com a nova versão, os vídeos em formato Flashnão precisarão de um aplicativo externo para visualização, além de aceitarem

o codec Sorenson Spark etodos os padrões utilizadospela Internet. O Flash MX é“carbonizado” (compatívelcom o Mac OS X e tambémcom o Mac OS 9.x) e estará àvenda no site da Macromedia,por US$ 499. Usuários regis-trados pagam US$ 199. Macromedia:www.macromedia.com

chegou!Photoshop7À venda no site da Apple

Agora, usuários do OS X tambémpodem entupir o HD sem precisar

abrir o ambiente Classic

Macmaníacos tambémpagam imposto

Usuários deMac e Linuxfazem abaixo-assinado paranão ter queusar o Windowspara pagar o IR

gosto dos usuários.” O objetivo é que a ReceitaFederal disponibilize um software multiplataformajá para 2002. Se quiser participar, basta ir ao sitee assinar. Até o fechamento desta edição, mais de3.500 pessoas já o haviam feito. É claro que issonão resolve tudo, mas que ajuda, ajuda.CIPSGA: www.cipsga.org.br

Petition.com: www.petitiononline.com/ir2002/

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Um novoparanovostemposFlash

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O Try & Buy (“Experimente e Compre”) é uma estratégia de marketing queremonta ao nascimento do Macintosh. Para divulgar o seu revolucionáriolançamento, a Apple deixava que alunos, professores e formadores de opiniãopassassem horas (ou dias) brincando com um Mac 128k. Diz a lenda que opróprio Steve Jobs foi entregar um Mac em mãos ao Stone Mick Jagger, quenão entendeu muito para que servia aquela coisa.A idéia é simples: nada melhor para mostrar as vantagens de usar um Macque deixar o potencial usuário mexer no equipamento. As AppleStores ame-ricanas nada mais são que uma extensão desse conceito.Como você pode ver na entrevista com Javier Vargas, nesta edição, a ordemna Apple é reproduzir o conceito no Brasil. E a coisa já começou. Em março,a Apple realizou um evento-piloto na loja da Fast Shop do Shopping Ibira-puera, em São Paulo, onde clientes da loja foram convidados a trazer suasfitas de vídeo digital para serem editadas no iMovie.“O evento foi um sucesso. Teve gente vindo do interior de São Paulo paraparticipar”, disse Antonio Carlos Galvão, coordenador de varejo da AppleBrasil. Segundo ele, já estão programados eventos semelhantes em outraslojas da Fast Shop para abril. Dependendo do resultado, esse tipo de açãodeverá ser realizado em outras redes de varejo que trabalham com Mac.

Apple EnsinoA Apple, mostrando que o mercado educacional do Brasil é mesmo uma pri-oridade para ela, realizou uma promoção inédita no país: reduziu em R$ 1mil ou mais os preços do iMac e iBook, sendo que a compra pode ser par-celada em até dez vezes. Quer mais? O comprador ainda ganha uma impres-sora de presente.A promoção Apple Ensino, apenas para estudantes e professores, vale nas

Foi uma das melhores notícias para os macmaníacos queadoram animação 3D: uma versão gratuita para Mac OS Xdo Maya, o consagrado software de animação 3D.Mas essa notícia também teve seu lado ruim:foram tantos os acessos que o download do pro-grama ficou fora do ar por alguns dias. Porém,quem tem uma conta no iTools (o conjunto deserviços de Internet da Apple) pode se preparar:dentro do iDisk, o disco virtual do iTools, há umacópia do Maya Personal Learning Edition paradownload imediato. O arquivo compactado estádentro da pasta Software/Mac OS X Software/

What's New.O Maya, da Alias |Wavefront, é utilizado em quasetodos os filmes hollywoodianos que contêm com-putação gráfica. O Maya Personal Learning Editioné uma versão full que coloca uma marca d’água nostrabalhos produzidos com ele. No site daAlias |Wavefront, além do programa (cerca de 150MB) é possível baixar plug-ins e ver tutoriais.

Alias |Wavefront: www.aliaswavefront.com/freemaya

iTools: http://itools.mac.com

Macmaníacos e não-macmaníacospreparem-se: o Apple SolutionsRoad Show — evento que aconte-ce duas vezes por ano e passará porcinco capitais brasileiras — já estácom data marcada para começar. E, para alegria de todos e felicidadegeral da nação, o novo iMac G4 terápresença garantida na primeira fila. O Road Show, segundo RodrigoPellicciari, gerente de produto daApple, é uma grande oportunidadede usuários e não- usuários de Macconhecerem as novas tecnologias daApple. Serão workshops (Vídeo, Webe Mac OS X), palestras e estandes de parceiros Apple com produtos paraMac, como programas, periféricos eoutros. Mas, sem sombra de dúvida,a grande atração será mesmo o iMacG4, que chega oficialmente paravenda em 10 de abril.Apple Brasil: www.apple.com/br

iMacna estrada

Fortaleza: 4 de abrilCuritiba: 9 de abrilBelo Horizonte: 11 de abrilRio de Janeiro: 16 de abrilSão Paulo: 18 de abril

Datas do Road Show

Depois de saturar site da Alias |Wavefront, o famoso programade 3D e animação aparece no seu iDisk

Mayade graça!

A versão de graça serve só para treino, pois carimba todos os renders com um aviso de “uso comercial proibido”

iMacs roubaram a cenana Fast Shop

13

Mac:provou,comprou

lojas Fast Shop e FNAC e continuará até o final dos estoques. Por isso, ébom correr. Fazem parte da promoção o iMac 500 MHz e o iBook 500MHz com CD-ROM. O iMac teve o preço reduzido de R$ 3.990 para R$2.990, sendo possível parcelar o pagamento em dez vezes de R$ 356,50.O preço do iBook baixou ainda mais, passando de R$ 5.270 para R$3.990, ou dez parcelas de R$ 475,70. Além disso, acompanha o iMac umaimpressora Lexmark Z22. O iBook, além da impressora, vem com uma malasimpática para o pequeno e uma bateria extra. Para participar da pro-moção, basta ir a uma loja Fast Shop ou Fnac com o comprovante dematrícula (estudantes) ou comprovante de salário (professores).

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Page 12: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Testamos oito impressoraspara quem não quer só

ver o seu trabalho na tela

do pixel à t

Page 13: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

17

¡

P ara os testes, usamos um Power Mac G4de 867 MHz, com 256 MB de memória,

que rodava tanto o Mac OS X quanto o MacOS 9.2. Fizemos dois testes de velocidade:um em preto e branco e outro colorido. Parao teste em P&B, usamos um texto no Wordcom 7 páginas e diversas fontes. O coloridoé a folha de teste que você vê reproduzidajunto de cada impressora.Também testamos a qualidade de impressãoem papel comum e fotográfico, assim comoquanto cada impressora deixa de margem,além de outros itens como ruído, compatibili-dade com o OS X, consumo de papel etc.Quanto à velocidade, não se iluda: a procla-mada pelos fabricantes é a velocidade“ideal” de uma impressão repetitiva de umamesma página de texto puro. Isso é bemdiferente das condições de impressão domundo real. Não espere imprimir um livro decem páginas em quinze minutos, como a pro-paganda nos leva a crer.

por Daniel Roncaglia

Que monitores e telas de LCD me perdoem, mas impressora é fundamental.

Verdade seja dita: mais dia ou menos dia, você vai precisar de uma.

Um trabalho gráfico feito no Mac só seencerra realmente com a impressão do arquivo.

Aquele desenho irado deve poder ser fixado no papel para o deleite das futuras gerações.

De nada serve tirar belíssimas fotos na câmera digital e só deixá-las guardadas em seu HD, onde ninguém mais pode ver.

Nisso tudo, todo mundo concorda.

O problema é:

A s opções no mercado são múltiplase os fabricantes lançam novos mode-

los a cada temporada. Para confundirmais, todos eles são muito parecidos unscom os outros. Para algumas marcas, ociclo de vida de um modelo é de apenasseis meses.É de deixar qualquer um perdido, atéporque cada usuário tem sua necessidadeespecífica. Dependendo do uso pretendi-do, a impressora mais cara nem sempre éa melhor escolha.Para ajudar o macmaníaco indeciso quepretende comprar uma jato de tinta,resolvemos comparar oito modelos(impressoras a laser merecem uma maté-ria à parte). Escolhemos os quatro princi-pais fabricantes (HP, Canon, Epson e Lex-mark), que juntos respondem por cercade 90% do mercado mundial de impres-são a jato de tinta. Para cada fabricantesolicitamos dois modelos:•Um para papel A4 (o tamanho de umafolha de papel sufite comum), de tipointermediário (nem o mais caro nem omais barato), dirigido ao mercado domés-tico e de pequenos escritórios.•Outro com capacidade para imprimirno formato A3, com o dobro da área doA4 e tamanho um pouco menor que umjornal standard. Esse tamanho extra énecessário para muitos trabalhos gráficos profissionais, como provas depeças publicitárias e embalagens.A Lexmark, que não produz impressorasA3, mandou duas A4: a Z43 e a Z52.

Nossostestes

Papel

A3ou A4?

de tintaJatoou Laser?

Oh, dúvida cruel. Impressoras a laser são bemmais caras, mas têm um custo por página im-pressa cerca de dez vezes menor. Enquanto umcartucho de jato de tinta pode ter capacidadepara algumas centenas de cópias, um cartuchode toner para laser imprime milhares. Os preços das lasers caíram drasticamente nosúltimos tempos. Hoje já é possível achar algumaspor menos de mil reais. Elas também são mais rá-pidas e mais precisas (e não precisa esperar a fo-lha de papel secar...), mas têm o grave defeito deserem em preto e branco. Laser colorida existe,mas não sai por menos de R$ 8 mil.Em contrapartida, a qualidade de impressão dasjato de tinta coloridas melhorou assombrosamen-te de uns anos para cá. Com a explosão das câ-meras digitais e a abundância de imagens de to-do tipo e qualidade baixáveis da Internet, a brigaentre as impressoras jato de tinta é para saberquem oferece a melhor “qualidade fotográfica”.Nenhuma chega verdadeiramente perto de umaimpressão em minilab digital (comentado nasMacmanias 72 e 91), nem são tão fidedignascom arquivos PostScript quanto as laser. Mas, ali-mentadas com papel adequado, não fazem feio.

inta

qual impressora?

Page 14: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

A boa notícia para os macmaníacos é que quase todas as impressoras atuais têm porta USB, sem-pre acompanhadas da velha porta paralela, que ainda é obrigatória no mercado PC. Dos oito

modelos testados, apenas a Canon BJC-8500 não tinha porta USB. O que na verdade não foi pro-blema, já que existem no mercado cabos conversores paralela/USB. A Epson, por exemplo, vendeum por R$ 275,00. Outra preocupação dos usuários de Mac é saber se a impressora desejada écompatível com o Mac OS X. De novo, apenas a Canon BJC-8500 não dispunha de driver (softwareespecífico da impressora) para o OS X. A outra impressora da Canon, a BJC-8200, e todas as im-pressoras da HP e Epson funcionaram no OS X sem nem mesmo ser preciso instalar o driver. Issoacontece porque o sistema novo já vem com drivers instalados para a maioria das impressoras dis-poníveis. Para ver a listas dos drivers pré-instalados no OS X, vá à pasta /Library/Printers. Estão to-dos lá, agrupados bonitinhos em pastas por fabricante. Rotineiramente, novos drivers são disponi-

bilizados pelo Software Update.Para as impressoras da Lexmark,no entanto, foi preciso baixar odriver direto do site da empresa,já que o CD que acompanha aimpressora não contém ainda odriver para o OS X. É aconselhável baixar o driverpara Mac OS X para todas asimpressoras. Mesmo sendo

compatíveis, alguns recursos podem não funcionar. Na HP Deskjet 1220c, por exemplo, não é possível imprimir em A3 sem uasr o programa original.

Como funciona a folha de teste

N ossa folha universal de teste de impressão é um documento PDF conten-do uma foto (para referência de reprodução de cor) e textos e elementos

vetoriais (para referência de definição).Não tome as nossas amostras das impressoras como exemplos reais, porque oprocesso de scan, separação de cores e impressão degrada os detalhes e a sa-turação das cores. As amostras reproduzidas na revista, a despeito dos nossoscuidados tradicionais com o acabamento, invariavelmente ficam mais feias queas reais. Mas servem adequadamente para comparações diretas entre si.As três escalas de degradê assinaladas como “60 dpi/90 dpi/150 dpi” aparecemiguais para as jato de tinta porque todos os testes foram feitos no mododefault de cada impressora, que é o scatter (micropontos de tinta) e não areticulagem, como ocorrenas impressoras laser.Todos os testes foramfeitos no papel glossy (bri-lhante) da HP e, no geral,são consideravelmentemais escuros que os resul-tados que se obtêm compapel comum fosco. Os modos de impressão“econômicos” e “rápidos”disponíveis nos drivers dasimpressoras de jato detinta produzem imagensainda mais pálidas, a suaaparência exata variandode um modelo para outro.

CompatibilidadeCompartilhe sua impressora via rede

C om a explosão do USB na plataformaMac, todo mundo passou a usar periféri-

cos baseados nesse padrão. Quem mais sebeneficiou foram os fabricantes de impresso-ras, que adotaram o USB mais rápido do quevocê pode dizer USB. Porém, depois dealgum tempo percebeu-se que as vantagensdas impressoras USB (principalmente as po-pulares jato de tinta) batiam de frente comum problema: a impossibilidade de conectá-las em rede nos Macs.A Apple conseguiu contornar o problema comum painel de controle do sistema, o USBPrinter Sharing, que permite disponibilizaruma impressora USB numa rede Ethernet.Dentre as impressoras testadas, as HP, Epsone Canon são compatíveis com o USB PrinterSharing; as da Lexmark não funcionaram.O USB Printer Sharing, por enquanto, nãofunciona no Mac OS X (dizem que na versão10.2 ele estará de volta), mas é possívelusá-lo no ambiente Classic. Mas não seesqueça: é preciso ter instalado o driver daimpressora compartilhada no Mac onde elaestá plugada e também no outro de onde sepretende imprimir.Caso contrário,você não a enxer-gará no Seletor(Chooser).

USB PrinterSharing

18

1 Configurando suaimpressora para com-partilhamento

2 Achando as impres-soras disponíveis na rede

3 Criando uma lista de impressoras da redeno seu Mac

4 Selecionando aimpressora pelo Chooser

1

2

3

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Canon

Se você tem espaço sobrando na sua mesa e dinheiro disponível, a melhor opção éa BJC-8500, a “mastodonte” (19 quilos) da Canon. Segundo a empresa, é um novolançamento no Brasil. No entanto, por não ter porta USB, não funcionar no MacOS X e ter um design begezão quadrado, parece já ter pelo menos uns três anos. Avelocidade também não é seu forte; em qualidade de impressão, mesmo com osoito cartuchos de cor, o resultado não fica claramente melhor que os das outras.Segundo a empresa, ela é ideal para profissionais em DTP que queiram uma idéiafidedigna da saída de seu trabalho. Mas, pelo preço de R$ 8.542, já chega pertodemais de outras opções, como as impressoras de cera da Tektronix (testamos umana edição 90). Sua grande vantagem é a versatilidade. Tem três modos de alimen-tação: por uma bandeja na frente da impressora; por trás e por cima; e por trás esem bandeja, permitindo a impressão em rolo. Além disso, imprime em folhasmaiores que A3. Enfim, imprime qualquer coisa, até grandes faixas e banners. Masela tem seus problemas. Quando a BJC-8500 fica parada por alguns minutos, oscartuchos entram em modo “sleep”. E toda vez que é acordada, ela faz uma limpezainterna; assim, ela gasta mais tinta se não for usada continuamente. Além disso, épreciso trocar alguns toners, de acordo com o tipo de impressão que se vai fazer.Fora isso, ela venceu nas categorias “vibração do copo de café” e “barulho”.Quando em ação, parece um terremoto... ¡

BJC-8200

A tualmente, a atuação da Canon no Brasil é mais direcionada para o mercado corporativo,concentrando na marca Elgin as opções de impressoras para usuários domésticos. Isso

provavelmente deve mudar com a recente inauguração de uma fábrica própria em São Paulo. A BJC-8200 (R$ 1.420) não é exatamente para quem só imprime trabalhos escolares e fotos dafamília. Não é das mais rápidas, e sua qualidade de cores no papel fotográfico deixou umpouco a desejar. Em compensação, obteve bons resultados na impressão em papel comum,pois pode imprimir até em 1200 x 1200 dpi (pontos por polegada). Os micropontos ficamrealmente invisíveis na impressão em qualidade máxima. É uma boa opção para quem querimprimir páginas diagramadas com boa precisão de texto. A “qualidade fotográfica” mesmo sóse atinge depois de dar um tapa nos ajustes de cores, no software da impressora. Um diferen-cial da BJC-8200 é ter seis cartuchos separados de tinta colorida. Assim, quando uma cor aca-bar antes das outras, não será preciso trocar todos os cartuchos. O suporte da cabeça deimpressora também é descartável. A margem deixada por essa impressora é a menor e maishomogênea dentre todas.

BJC-8500

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Epson

StylusPhoto780

StylusPhoto1280

com a impressora, vem um rolo de papel fotográfico de 10 cm de largura. Não é fácil usar esse recurso; é um pouco complicado acertar as margens (perdemos boa parte do papel só nas tentativas), mas é como andar debicicleta – uma vez aprendido, nunca mais se esquece.Fora isso, a 1280 é sem dúvida uma impressora profissional. O alto custojustifica-se pelo seu desempenho. No teste de velocidade colorida, ela teveo melhor desempenho dentre todas. Fora a qualidade de 2880x720 dpi,que, diferentemente das de 2400x1200, disfarça perfeitamente os pontos detinta. Entretanto, essa resolução ultrafina parece ser a causa do pior proble-ma da 1280. Na hora de imprimir no papel fotográfico, a tinta borra comfacilidade. Mais do que nunca, é preciso paciência. Não é nem preciso tocarna área impressa para borrar; é só deixar o papel na vertical que a tinta es-corre. Mas, quando secas, as fotos parecem reveladas em laboratório.O design também enche os olhos. A tampa preta e sua largura exagerada e profundidade pequena dão à impressora uma certa imponência. Ótimaopção para artistas gráficos que querem algo além dos limites do formato A4.

AStylus Photo 780 é uma impressora que surpreende pelo tamanho. Tem um belo design, arredondado e simpático, com tampa azul translúci-

da lembrando os velhos iMacs. Seu desempenho em qualidade e velocidade émuito parecido com o da Stylus Photo 1280, sua irmã mais cara. Não imprimeem preto e branco tão rápido quanto os modelos da Lexmark, mas ficou emprimeiro lugar em velocidade na impressão colorida, junto com a 1280. As Epson foram as únicas a imprimir a imagem de teste em menos de umminuto. Tanto a 780 quanto a 1280 têm driver em português (de Portugal)para o Mac OS clássico, e funcionam direto no Mac OS X, sem precisar baixar software algum.A 780 não se mostrou das mais silenciosas, mas não é nada que acorde o vizinho se você resolver imprimir de madrugada. Aliás, esse parece ser o público certo da 780: o usuário doméstico com pouco espaço em casa e quequer uma impressora que não dê trabalho. Não é ideal para escritórios, pois os cartuchos (um colorido e um preto) acabam num piscar de olhos.Além de custar R$ 2700 a mais que a 780 e ter a vantagem de imprimir emtamanhos A3 (e isso vale muitos pontos), a 1280 tem como carta dentro damanga a possibilidade de imprimir em rolo de papel contínuo. De brinde

Page 17: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

HP

21

¡

ADeskJet 930c, como a maioria das impres-soras da HP, pode ser classificada como

robusta. Sua personalidade é típica de escritó-rio. Seu desenho parece ter sido feito parademonstrar profissionalismo. E leva a grandevantagem de ter um preço bem em conta (R$ 499). Essa foi a única participante desteteste com alimentação de papel apenas na partefrontal, o que economiza um bom espaço emuma mesa apertada. A qualidade e a tonalidadedas cores da DeskJet 930c ficaram muito próxi-mas das do modelo “Pro”, a Deskjet 1220c. Infelizmente, nossa 930c apresentou um dosmais irritantes defeitos em uma impressora:engolir papel. Por causa de seu sistema de cap-tura de folhas, é muito fácil o documento ficar

DeskJet930c

enroscado nas engrenagens. Aliás, atrás da impressora há uma porta que ajuda atirar papéis enroscados. Parece que a possibilidade do defeito estava prevista naconcepção do produto. Nos testes de velocidade, descontamos alguns segundosporque o papel enroscou três vezes para imprimir sete páginas.Com ar profissional, a DeskJet 1220c é um objeto fácil de se apaixonar. Com acor escura, corpo compacto e bandejas espaçosas, o desenho da impressora criaum equilíbro desajeitado, seja lá o que isso queira dizer.A DeskJet 1220c foi a impressora de mais fácil instalação e uso: muito intuitiva.A velocidade não é a esperada para um produto desse preço (R$ 1.899) e porte.Não ficou nos últimos lugares de nosso teste, mas também não ficou nas primei-ras colocações. Mas a qualidade de impressão é simplesmente impecável. Apenasa margem branca nos prints é um pouco maior do que gostaríamos.Na impressão em A3, a 1220c foi a que deu menos trabalho para a adaptação paraesse formato. Dispõe de alimentação de papel traseira, que permite imprimirpapel em rolo, apesar de não vir com um suporte especial como a da Epson. No entanto, foi preciso baixar o driver para usar esse recurso.Em suma: é uma impressora ideal para quem precisa imprimir em larga escala, grandes formatos e boa qualidade.

DeskJet1220c

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A s impressoras Z43 e Z52 são boas para quem precisa soltar muito texto. Nos testes, quandoimprimiram em preto e branco, as duas foram as mais rápidas. No entanto, quando o arquivo

era colorido, a Z43 foi a mais lenta dentre as oito testadas, e a Z52 foi a quinta.A Z43, que é o mais novo lançamento da marca, surpreende por sua leveza. Parece que ela é só acarcaça. Mas não é uma impressora de brinquedo, conclusão a que se chega no primeiro contato.A maior virtude dela é, sem dúvida o preço (R$ 349). Mas nem por isso ela deve ser descartada etaxada de ruim. Se você só imprime trabalhos escolares e algumas receitas culinárias para a suamãe, não precisará de mais do que a Z43 oferece. Até porque ela tem uma das melhores resolu-ções máximas (2400x1200 dpi) entre as impressoras testadas. Além disso, foi a única a já vir defábrica com um cabo USB.Mesmo sendo o modelo de ponta da Lexmark na área de jato de tinta, a Z52 não é o que sepode chamar de profissional. Até porque o preço está ao alcance de qualquer amador. Fácil deusar e de instalar e com apenas dois botões, ela não tem segredo. A Z52 foi a campeoníssima em

Lexmark

Z43

nossos testes de velocidade em preto e branco. O maior defeito achado foi a facilidade que a tintatem para borrar no papel comum. Quem já sofreucom esse problema bem na hora da entrega de umtrabalho sabe como pode ser chato. O preço do car-tucho também não é dos mais amigáveis, chegandoa 25% do preço da impressora inteira: R$ 94,50 opreto e R$ 110,90 o colorido.A qualidade é considerável com 2400x1200 dpi, masa calibragem dos cartuchos deu algum trabalho. Na-da muito difícil, mas foi preciso fazer algumas tenta-tivas até chegar lá. E você ainda tem que ir até a In-ternet e baixar o driver para o Mac OS X (esse siste-ma está deixando a gente mal acostumado...).Fora os problemas, a Z52, assim como a Z43, aten-de às necessídades da maioria do povo. E a Z43tem a vantagem de ser a mais barata de todas.

Z52

Page 19: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

A escolha é sua

Canon BJC-8500

Canon BJC-8200

Epson Stylus Photo 1280

Epson Stylus Photo 780

HP Deskjet 1220cxi

HP Deskjet 930c

Lexmark Z43

Lexmark Z52

Roda no ambien-te Classic oudireto no OS X?

Não. Só no sistema9 e anteriores

Sim*

Sim*

Sim*

Sim*

Sim*

Sim

Sim

Resoluçãomáxima(dpi)

1200x1200

1200x1200

2880x720

2880x720

2400x1200

2400x1200

2400x1200

2400x1200

Velocidademáxima emP&B (ppm)**

5

3

9

8

11

9

12

15

Velocidademáxima emcores (ppm)**

4

3

Foto 10x15 cm:54 segundos

Foto 10x15 cm:54 segundos

9,5

7,5

6

7

Buffer

1 MB

80 KB

256 KB

32 KB

8 MB

4 MB

512 KB

512 KB

Portas

Paralela e serial

USB e paralela

USB e paralela

USB e paralela

USB e paralela

USB e paralela

USB e paralela

USB e paralela

Tamanhos de papel aceitos

Carta, A4, A3 e A3+

Carta e A4

Carta, A4, A3 e 10x15em rolo

Carta e A4

Carta, A4 e A3

Carta e A4

Carta e A4

Carta e A4

Software/manual emportuguês?

Não/Sim

Não/Sim

Sim/Sim

Sim/Sim

Sim/Sim

Sim/Sim

Não/Sim

Sim/Sim

Canon BJC-8500

Canon BJC-8200

Epson Stylus Photo 1280

Epson Stylus Photo 780

HP Deskjet 1220cxi

HP Deskjet 930c

Lexmark Z43

Lexmark Z52

Programasincluídos

Driver

Driver

Driver, PhotoImpression, Qbeo,Film Factory e Photoshop 5 LE

Driver, Epson Creative

Driver

Driver

Driver e Personal Print Gallery

Driver

Cartuchos incluídos

8

6

2 (P&B ecinco cores)

2 (P&B ecinco cores)

2 (P&B etrês cores)

2 (P&B etrês cores)

2 (P&B etrês cores)

2 (P&B etrês cores)

Prós

Três portas de alimentação depapel; robustez; versatilidade

Boa qualidade de impressão de textos e gráficos no papel comum;cartuchos separados

Impressão em rolo; ótima qualidade e velocidade de impressão

Bonito design; pequena; boa qualidade e velocidade

Alimentador de papel alternativo;facilidade de uso do papel A3; bom preço

Vale quanto custa; robusta; buffer grande

Rápida na impressão P&B; bomcusto/benefício em relação à qualidade; preço honesto

A mais rápida na impressão P&B;fácil de usar; preço justo

Contras

Muito cara; desempenho não foi o melhor; lenta; variedade complexade cartuchos

Preço um pouco alto para a categoria; lenta

Rolo é complicado de manusear;borra com facilidade no papelfotográfico

Os cartuchos não duram tanto; não é muito silenciosa

Um pouco lenta; margens muito grandes

Papel enrosca com facilidade; cartucho caro

Os cartuchos são caros; a tintaborra com facilidade; foi precisobaixar o driver para o Mac OS X

Foi preciso baixar o driver para oOS X; os cartuchos são muito caros

Preço

R$ 8.542

R$ 1420

R$ 3199

R$ 499

R$ 1.899

R$ 499

R$ 349

R$ 499

Preços doscartuchos

R$ 54 (cada)

R$ 49 (cada)

RS 76 (preto)R$ 95 (cor)

RS 76 (preto)R$ 68 (cor)

R$ 90 (preto)R$ 98 (cor)

R$ 90 (preto)R$ 98 (cor)

R$ 94,50 (preto)R$ 110,90 (cor)

R$ 94,50 (preto)R$ 110,90 (cor)

Nota

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Contato

Elginwww.elgin.com.br

0800-126999

Epsonwww.epson.com.br

11-4196-6350

HPwww.hp.com.br

São Paulo: 11-3747-7799Demais regiões: 0800-157751

Lexmarkwww.lexmark.com.br11-3046-6265

*No Mac OS X não é preciso instalar driver **ppm = páginas por minuto; valores fornecidos pelos fabricantes

Dizer qual é a melhor de todas não é fácil. A escolha depende do tipo de uso que vocêfaz de uma impressora. Por isso, abstenho-me dessa questão. Gastar fortunas para imprimir arquivos sim-ples sem muitos detalhes é queimar dinhei-ro. Também não adianta alguém que impri-me muito economizar na impressora se os

23

cartuchos novos custarem o olho da cara. Oimportante quando você for comprar é fazer, dependendo de suas necessidades,uma equação entre preço, qualidade e fre-quência de uso.Além dos modelos testados, vários fabrican-tes têm pelo menos cinco outras opções.Vale dar uma pesquisada nos respectivos

sites para ver se você pode encontrar umaimpressora que se encaixe perfeitamente àssuas necessidades. Enfim, só não imprimequem não quer. µ

DANIEL RONCAGLIATem a impressão de que não fez nenhum trocadilhoinfame com a palavra “impressão” neste artigo.

Page 20: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Atire a primeira pedra quemnunca digitou uma palavraerrada. Quando você escreve emseu Mac, erros de digitação sãoimpossíveis de evitar. Sempresobra um “s” ali, fica uma cedi-lha desnecessária acolá. Sãoerros bobos assim que podemdestruir o seu trabalho, mesmoque você esteja com inspiraçãode literato. Há também os casosclinicamente chamados de “sín-drome do esquecimento ortográ-fico”. É aquela situação em quevocê não lembra de cabeça seaquele “a” leva crase ou se“bagaça” é com “ss” ou “ç”.É por motivos como esse quetodo editor de texto que se prezetem entre as suas funções umcorretor ortográfico, e todo gran-de dicionário dispõe de uma ver-são eletrônica. O problema éque o Mac, embora seja umcomputador largamente utiliza-do em editoras e agências de pu-blicidade, sempre foi muito fra-co em termos de corretores orto-gráficos. No entanto, de unsanos para cá a situação melho-rou bastante. As opções não sãotão variadas quanto no mundoPC, mas o que há disponível nomercado não decepciona o maisfilólogo dos macmaníacos.

24

“Com ou semacento?

Dicionários e corretores ortográficos noMac: você sabia que existem tantos?

O conjunto de aplicativos para escritório da Apple tem corretor ortográfico para português. Não há segredo para usar: no Writing Tool (menu Edit), selecione o português como dicionáriopadrão. É só teclar [Ω][+][=] para o corretor funcionar. Mesmo tendo um bom vocabulário incluído, o dicionáriodo AppleWorks apresenta um problema fatal: contémpalavras em português de Portugal, mesmo com o nomede “Ortografia Português-Brasil”. Vocábulos como “deteti-

ve”, “vôo”, “idéia”, “eletrônica” ou“correção” são acusados como incorre-tos, e o programa sugere grafar“detective”, “voo”, “ideia”, “electróni-ca” e “correcção”. Você até pode acres-centar à mão as palavras brasileiras no dicionário do usuário, mas não

consegue remover as portuguesas. Assim sendo, dá pra usar, mas é meio chato. O corretor funciona em quase todos os aplicativos do pacote, tanto na versão do Mac OSclássico quanto na do OS X. Agora, a parte chata: para obter o dicionário em português,não vale ter a versão em inglês e tentar baixá-lo pelo site da Apple. O verificador só estádisponível nos pacotes completos vendidos em português, que segundo algumas reven-das, estão meio difíceis de encontrar. Que tal fazer um abaixo-assinado para a Apple Brasilliberar o dicionário para usuários do AppleWorks em inglês?

AppleWorksCuidado com as

diferenças dialetais de grafia

Funciona no Mac OSX e no sistema clássico também

Page 21: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Avaliação

Léxico brasileiro?

Pode usar váriosdicionários aomesmo tempo?

Porcentagem de acerto*

Pró

Contra

Ondeencontrar

Preço

Aurélio

¡™£¢Sim

Não tem corretorortográfico

96%

O mais completo; bem adaptado para o Mac

Sem corretor ortográfico

www.lexikon.com.br

21-2537-8770

R$ 69

Ultralingua

¡™£¢Sim

Não tem corretorortográfico

52%

Fácil de usar; traduz do inglês para o português e vice-versa

Não há definições das palavras

www.iebras.com

R$ 47,20

Nisus Writer

¡™£Sim

Não

24%

Leve; possibilidade de incluir palavras novas

Poucos termos no dicionário original

www.nisus.com

US$ 79,95(programa);US$ 19,95(dicionário)

Word 98

¡™Não

Não

58%

Completo; muitas funções; sublinha erros de digitação

Versão antiga; português dePortugal

www.microsoft.

com.br

Não está maisà venda

Eudora

¡™£Sim

Sim

30%

Grátis; faz parte de cliente de email

Dicionáriofraco

www.eudora.com

Versão com propaganda é grátis; sem propaganda, custa US$ 39,95

Excalibur

¡™£¢∞Não

Sim

74%

Revisa o clipboard;compatível OS X;converte dicionárioem arquivo texto

Português de Portugal

www.eg.bucknell.

edu/~excalibr/

excalibur.html

Grátis

AppleWorks

¡™£Não

Não

58%

Funciona em quasetodos os programasdo pacote; aceita novas palavras

Precisa comprar todo o pacote; por-tuguês de Portugal

www.apple.com.br

11-5503-0090

R$ 199

Por muito tempo, ele foi considerado sinônimode dicionário no Brasil. A sua versão eletrônicapara Mac não desmente a fama. São 435 mil ver-betes, definições e locuções. E dizem que umapessoa culta sabe cerca de 10 mil palavras. Comcerteza, é muito mais do que você vai aprender

*Baseada em uma lista de 50 palavras: boazuda, bulhufas, capicua, ciberespaço, clarabóia, compartilhar, deletar, detetive, entica, entomofilia, epistemologia,esculápio, estapafúrdia, fato, filologia, folgazão, formatar, fotogrametria, gandola, hagiografia, hermenêutica, hifenização, inconstitucionalmente, inflexão,irresignável, jazigo, logística, macharrão, macintosh, mamata, maniçoba, misturar, obtemperar, organdi, organoléptico, oxímoro, paradoxo, paramilitar, piaba, pragmático, prevaricador, prosopopéia, proxeneta, resma, surreal, tergiversar, tricobezoar, turíbulo, viaduto, víscera, xumbrega.

Aurélio Século XXI

¡

a vida toda, mesmo sendo um rato de biblioteca.E é a única opção do tipo para macmaníacos,enquanto o Houaiss e o Michaelis não chegamem sua versão eletrônica para o Mac. Dos dicio-nários para o Mac, é sem dúvida o mais comple-to e mais bem acabado. Dificilmente uma pala-

vra não estará nele. Sua integração com o MacOS é muito boa. Para instalar, é só arrastar oícone do programa do CD para o HD. Depoisque você se acostuma com o Aurélio virtual, ficamuito mais prático e fácil do que consultar o“tijolão” na sua versão física. O único problemadele é não poder ser utilizado como corretorortográfico, o que reduz sua utilidade. Um função interessante é a sua capacidade deprocurar palavras pelo sufixo ou prefixo. É sódigitar “*logia”, por exemplo, que vem uma lis-ta com palavras terminadas assim. Ideal parapretensos poetas que nãosabem rimar. A opção servetambém para resolver pala-vras cruzadas: basta entrarcom coisas como “a++s+”.Esse código, por exemplo,acha todas as palavras com cinco letras quecomeçam com “a” e têm “s” na quarta posição.A área de transferência (clipboard) é editável eo dicionário contém um editor de texto bemcompleto. Faz de tudo: abre e salva arquivos epermite até incluir imagens e movies. Não tem

corretor automático, mas para consultaruma palavra é só dar um duplo clique.Por enquanto ele só roda no sistema clás-sico, mas há boatos de que em breve sairá uma versão para o Mac OS X.

O Aurélio não corrige,mas sabe o que é

“mamata”

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Um corretor ortográfico facílimo de usar, com uma extensa basede palavras, compatível com o Mac OS X e totalmente de graça.Difícil de acreditar, mas ele existe: é o Excalibur. O vocabulárioestá em português de Portugal, mas o programapermite converter seus dicionários em arquivosde texto (genial!). Ou seja, basta alguém (você,por exemplo) com saco para traduzi-lo para o“brasileiro”. De resto, ele funciona às mil mara-vilhas, abrindo e corrigindo textos do Word,BBEdit e outros processadores de texto (não abre do AppleWorks).Também tem uma função muito útil (que por enquanto só fun-ciona no Mac OS clássico), que é corrigir o texto que está na áreade transferência (Clipboard). Ideal para quem quer checar umtexto rapidinho antes de mandá-lo por email.

Já é batido dizer que o email é uma ferramenta de comu-nicação rápida, etc. e tal. Mas essa velocidade pode criaro vício de não se corrigir corretamente os textos dasmensagens. Eu mesmo às vezes nem releio o que escrevi.Quando se está conversando com um amigo, erros de

ortografia não são problemas. Mas em assuntos profissionais, a coisa podecomplicar. Um corretor em português embutido no cliente de email é amelhor saída para os preguiçosos inveterados.

A opção paranossa língua éo Eudora 5(leia maissobre ele naMacmania92). Supremavantagem é ofato de o pro-

grama e o dicionário serem de graça. Ou melhor: você tem que aturar umapequena janela de propaganda; mas se você não quiser poluir a sua tela, ésó pagar US$ 39,95. Para usar o corretor em português, é só ir até a páginade línguas estrangeiras do site do Eudora e baixá-lo (www.eudora.

com/techsupport/mac/42dictionaries.html). Para instalar, coloque os dois peque-nos arquivos do português na pasta Spelling Dictionaries, dentro da EudoraStuff. A correção é feita de modo automático. Como no Word, as palavraserradas são sublinhadas em vermelho. No entanto, também existe um modomanual. É só trocar na opção Settings do menu Special. O bom é que dápara usar mais de um dicionário de língua ao mesmo tempo. Quanto ao léxico, ele é razoável; só fica a dever em uma ou outra palavramais difícil. É possível acrescentar as suas próprias palavras.

Entre os editores de texto para Mac, o Nisus é o que melhor alia sim-plicidade com funcionalidade. Além de ser relativamente barato, só ofato de contar com um corretor ortográfico em português e ocuparpouco espaço na memória o torna a melhor opção para quem não

aguenta mais usar o Word. O Nisus está em suaversão 6.5; ainda não roda no Mac OS X.A biblioteca original do corretor para português é a mais pobre dentre as que testamos. Termoscomo “mamata” ou “prosopopéia” não estão nasua lista. No entanto, é possível adicionar novas

palavras no “dicionário do usuário”. Depois de incluir a nova pala-vra, ela constará como se fosse parte do dicionário original, paraqualquer outro arquivo no qual você pedir para dar uma checada.Com algum tempo de uso, você terá um dicionário formado namaior parte pelos termos e nomes mais utilizados por você. Só épreciso cuidado para não incluir palavras erradas.Além de tudo, o Nisus conta com um belo contador de palavras, quecalcula o tamanho médio das frases e parágrafos, e uma ferramentade busca/troca que dá nó em pingo d’água. Para fazer a verificação ortográfica é simples: tecle [Ω][G] ou vá ao comando Check Spelling,no menu Tool. Se o corretor acusar que a palavra não existe, mas você tem certeza de que ela está certa, é só clicar em Add.

Eudora Excalibur

Nisus Writer

Excalibur é baseado natecnologia de composiçãode textos LATEX, famosa

no mundo Unix

As palavras duvidosasficam sublinhadas

Nisus: o anti-Word

Page 23: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

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O pacote Office da Microsoft já tem até versãopara o OS X (leia matéria nesta edição). Masquem quiser tirar a prova dos nove e passar ocorretor ortográfico em português nos seustextos terá que usar o antigo Office 98

mesmo. Esta é a única ver-são para Mac do maisfamoso editor de texto queinclui um dicionário nanossa língua. O Word 98

não está mais à venda, mas mesmo assim,resolvemos incluí-lo nesta matéria para ver sealguém na Microsoft se lembra de que um diaele já teve dicionário em português e não seriaum trabalho tão avassalador torná-lo compatí-vel com a versão atual.O modo como ele faz a correção dos textos éconhecido de todos. No processo de escrita,ele vai sublinhando em vermelho as palavrasque o programa desconhece ou julga estarem

No mercado educacional norte-america-no, o dicionário Ultralingua é bem cota-do no setor de aprendizado de línguas.A versão português-inglês, feita peloIEBRAS, tem cerca de 250 mil palavrastraduzidas. A vantagem é que ele inclui termos técnicos,gírias e expressões idiomáticas. A desvantagem é que nãohá definições das palavras e só existe a tradução para oinglês. No entanto, ele é uma boa ajuda na hora de tirardúvidas ortográficas ou para saber como se escreve porextenso “568.948.933” em inglês.Usá-lo é o ato mais simples que se pode imaginar. Há umcampo para digitar a palavra e embaixo um lugar para atradução. Escreva a palavra e aparecerá a correspondente

em inglês. O programa roda tanto no sistema clássicocomo no OS X. O Ultralingua utiliza até o Speech do MacOS para você treinar a pronúncia. É possível baixar umaversão demo e usar de graça por 30 dias.

Ultralingua

Word 98

Dicionário de traduçãocom Speech

erradas. A vantagem é que já dá para ir corri-gindo o que está errado durante o próprio pro-cesso da digitação. Mas, com o tempo e paraaqueles que escrevem mais fluidamente, orecurso se torna um pouco chato. O recomen-dável é desabilitar esse e outros “autômatos”

do Word, como mudar auto-maticamente para caixa alta(maiúscula) a primeira letrade cada frase. É possível in-

cluir novas palavras no dicionário, como noNisus. O maior problema é o mesmo do Apple-

Atenção para não incluir no dicionáriopalavras mal grafadas

Desligue o “Check spelling as you type” para

não morrer louco

Works: tem palavras em português de Portugal.Como não é uma versão nova, esse softwaresó roda no sistema clássico. Existe uma gam-biarra que faz o dicionário funcionar (aostrancos e barrancos) no Entourage, do Office2001; mas se você estiver tão desesperado,vale mais a pena usar outro dos programasaqui comentados. µ

DANIEL RONCAGLIAPassou esta matéria por todos os corretores e verificou nos dicionários pra não sair nada erado.

Page 24: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Sharewares da Hora DOUGLAS FERNANDES

Antes mesmo de o uso da Internet explodir mundialmente gra-ças à Web, o email já era bastante popular, principalmente nosmeios acadêmicos. Hoje o email faz parte da vida das pessoas,até mesmo das que nem têm computador em casa e mandam erecebem mensagens do trabalho ou do computador da casa dosogrão no domingo à tarde. Mas mesmo sendo o conceito doemail supersimples, existem vários programas que podem simpli-ficar mais ainda a sua vida e deixar você usar alguns recursos quetalvez o seu programa de email favorito nem tenha.

F@ç@ loucur@scom seu em@il

MacSignify 9 XUm programa talvez meio inútil, mas que pode fazera alegria de alguns. É um gerenciador de “assinatura”(“sig”) de email. Você define a sua frase de despedida(algo como: “Grato, Douglas Fernandes”) e podeadicionar informações úteis (ou não) como sua pági-na na Internet, seu cargo, a empresa em que você trabalha e uma fraseou citação (que se pode escolher numa lista com várias delas). A maio-ria dos programas de email possui a opção de anexar um arquivo detexto com a assinatura; você pode configurá-la para buscar o arquivode texto gerado pelo MacSignify. A parte chata é que a frase da assina-tura só muda quando o programa é acionado, mas aí você pode deixá-lo na pasta Itens de Inicialização (Startup Items); a cada nova reinicia-da do seu Mac, ele escolhe uma nova frase ao acaso. Simpático.

28

A partir desta edição, os títulos dos programas vêm assinalados com um código:9 X Roda nativamente no Mac OS X e também no Mac OS clássico9 Roda no Mac OS clássico ou no ambiente Classic do Mac OS XX Roda somente no Mac OS X

Page 25: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

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Caso você precise um diamandar um email paraalguém que não pode sa-ber que você foi o autorda mensagem, ou precisapor algum motivo man-dar emails para váriaspessoas ao mesmo tem-

po que nãopodem saberquem você é,apele ao Caem.Além de confi-gurar quais en-dereços vão re-ceber sua men-sagem, você

pode escolher um servidor de envio de mensagens “falso” na Internete tornar mais difícil a quem recebeu o mail descobrir de onde veio.

Mas atenção: não use o Caem para mandar mensa-gens pornográficas para a Ellen Rocche, porquemesmo escondendo as informações do remetente,ainda é possível localizar quem enviou a mensagem.Também não use para spam, pois essa prática é pu-nida com a danação eterna. De grátis.

Selecione no Fin-der um ou maisarquivos, ou umapasta. Clique emum dos íconesselecionados coma tecla [Control]apertada paraaparecer o menucontextual. Esco-lha a opção “FastMail”. Pronto! Agora é só di-gitar o assunto e o endereçode quem receberá a mensa-gem com os arquivos quevocê escolheu anexados.Tudo isso sem abrir o seuprograma de email (ou atésem ter um programa de email instalado) e sem perder tempo.

Impressionante também é ver que, ao selecionaruma pasta, ele compacta o conteúdo para o enviosem você pedir, o que é muito legal. Tudo o quevocê precisa é ter uma conta de email e um endere-ço de servidor de envio de emails (SMTP). E saberapertar o botão do mouse.

Apesar de os programas de email da Microsoft – Outlook eEntourage – serem muito completos, falta-lhes uma opção muitoimportante: exportar suas mensagens para deixá-las armazenadasem outro lugar que não o próprio programa de email. Existemfunções para exportar o conteúdo de

um email individual-mente, mas não umacaixa de correiointeira de uma sóvez. E guardar osarquivos anexados

nos emails também acaba sendo umprocesso totalmente manual.

Dois sharewares“gêmeos”, o Out-look Email Archivee o Entourage EmailArchive, dão umamão de uma forma

muito fácil e simples. Você podedefinir totalmente a forma como osemails serão armazenados (porexemplo, separando-os cronologica-mente dentro de pastas) e por qualprograma de texto eles serão lidos.

Entourage/Outlook Email Archive 9

Caem9 Fast Mail CM Plugin9

ETD 9Se você precisa arquivaremails em massa e usa pro-gramas de mail que não se-jam necessariamente os daMicrosoft, pode baixar o ETD(abreviação de “E-mail to Database”), queexporta emails de Eudora, Mailsmith,PowerMail,NetscapeCommunica-tor, AmericaOnline e Out-look Express4.5/5.0. Temuma interfacemeio tosca enão extrai au-tomaticamen-te os arquivosanexos.Mesmo assim,funciona bem.

Page 26: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Sharewares da Hora

Mais uma excelente idéia. Em um computadorconectado à Internet, você define uma pasta. Sealgo for adicionado ou retirado dessa pasta, o OneTrick Pony (que é de graça) envia um email parauma caixa postal com o texto que você quiser.

Isso é muito útil para quem, por exemplo, temque administrar computadores de longe ou quermanter controle sobre vários processos.Se você utilizar junto com ele o Albert, que exe-cuta scripts via email, dá para montar vários siste-mas automáticos que funcionam remotamente.E isso é só uma idéia do tipo de “bruxaria” que

dá para fazer utilizando emails.

Via email você consegue,além de enviar e recebermensagens, controlar pro-cessos de um Mac remoto.O Albert monitora todosos emails que chegam emuma determinada conta;quando chega um que contenhauma palavra-chave (que você con-figura previamente), ele executa

um Apple-Script. Essescript pode conter um comando para esvaziar olixo, abrir determinado programa ou até desligar oseu computador. As opções são quase ilimitadas. O melhor de tudo: o programa é de graça.

Como o próprio nome diz,serve para encaminhar ou dire-cionar mensagens automatica-mente para outras contas deemail. Isso também pode ser feitopelo seu provedor (que talvez cobrepor esse serviço) ou automatica-mente, caso você use uma contaMac.com da Apple.Mas se você quer uma solução sim-ples e que possa ser utilizada juntocom uma conta do Hotmail, porexemplo, baixe esse programinha. É

bom lembrar, no entanto, que ele precisa deconexão ininterrupta à Internet, já que ficará verifi-cando uma caixa postal e reenviando seus emails. Sevocê for usá-lo durante uma viagem, por exemplo,

correrá o risco de fica sem o seu direcionamento após o computadordar algum pau ou perder a conexão. Mesmo assim, é bastante útil.

Parece até heresia falar sobre mala direta por emailem uma época em que ninguém aguenta mais rece-ber mensagens não solicitadas (mais conhecidascomo spam). Mas vez ou outra você pode precisarde um programa que mande a mesma mensagem(por exemplo: um convite de festa) para um extenso número de ende-reços. Para essa função existem vários programas, incluindo (talvez) oseu próprio programa de email, mas o IntelliMerge consegue reunir lis-tas de endereços vindas de diversas fontes, como Entourage, Outlookou Now Contact (popular programa de agenda), e dá várias opções depersonalização para as mensagens. Use-o para o Bem, e nem pense emusar o meu endereço para mandar propaganda!

Onde encontrarAlbert 1,0 MB www.stimpsoft.com/products/albert.html

Caem 967 K http://logik.accesscard.org/caem.html

Email Cleaner 600 K www.elfdata.com/emailcleaner/index.htm

Entourage Email Archive 1,0 MB www.softhing.com/eea/info.html

ETD 1,4 MB www.hypersolutions.org/pages/hsetd.html

Fast Mail CM Plugin 399 K www.ribuoli.it

IntelliMerge 1,4 MB www.intellisw.com/intellimerge/

MacSignify 831 K www.fika.org/davew/judebear/MacSignify/index.html

Mail Forward 639 K www.sspi-software.com/mailfwd_mac.html

One Trick Pony 934 K www.stimpsoft.com/products/pony.html

Outlook Email Archive 1,0 MB www.softhing.com/oea/info.html

POPmonitor 951 K www.vechtwijk.nl/dev/popmonitor

IntelliMerge9 X

Albert9 X

One Trick Pony9 X

Mail Forward9

30

Page 27: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Você já deve ter ficadoaborrecido quando esta-va em casa com umaconexão estupidamentelenta, verificandoseu email, e des-cobriu que umamigo mandoupela oitava vezaquele emailcom uma “video-cassetada” quevocê já viu cente-nas de vezes. Só que o email tem 5 megas e, enquanto você nãobaixá-lo, não poderá poder ver as mensagens que chegaramdepois. E isso se a sua conexão não cair durante o download!Sua opção é usar o POPmonitor, que deixa você se conectar à sua

caixa postal, ver todos os emails que estão lá eapagar algumas ou todas as mensagens semter que baixá-las.Existem vários outros programas semelhantesa esse por aí. É só adotar o que for mais com asua cara e com as suas necessidades.

Todo mundo já cumpriu a chata missão de editarum email para mandá-lo adiante ou copiá-lo. E sem-

pre queisso acontece, você se tocade que é uma pentelhaçãoficar editando todos aquelessímbolos estranhos e refor-matar todo o texto, deletan-do e criando linhas. Para es-ses momentos difíceis, vocêpode usar o Email Cleaner,que dá uma força na limpezaé muito simples de usar.

Além de uma quantidade absurda de programas que lidam com emails, ainda existem clientes de email para você usar no seu dia-a-dia, caso não vá com a cara dos programas de email que a Microsoft ou a Netscape oferecem gratuita-mente. Só não é possível ainda encontrar um programa que separe antes de você ler as mensagens boas das ruins. Se encontrar, por favor me avise. µ

DOUGLAS FERNANDES [email protected]

Não aguenta mais receber emails com piadinhas idiotas.

POPmonitor9 X Email Cleaner9

Page 28: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

Estúdio portátilA 828 funciona de modo similar à Digi 001, daDigidesign (ver resenha na Macmania 85), sóque não inclui comunicação MIDI, que é aúnica coisa que falta para tornar completo oproduto da MOTU. Em compensação, a 828oferece controle de ganho para todas as entra-das analógicas e indicadores de atividade paratodas entradas e saídas, incluindo S/PDIF, coisaque a Digi 001 não tem. A 828 é um pouco mais cara que o produto daDigidesign, mas é a solução ideal para músicose produtores móveis que necessitam de umainterface versátil e confiável. Também é umadas melhores alternativas para quem possui umiMac. O acabamento da 828 é bem elegante –tem conectores banhados a ouro –, sendo queo dispositivo vem pronto para montar no rackde seu estúdio. E o cabo FireWire que acompa-nha a interface tem 4,5 metros, grande o sufi-

ciente para que a 828 possa ficar na posi-ção mais cômoda em sua instalação.

Mais fácil, impossívelInstalar e configurar a 828 é a tarefa maissimples do mundo. Basta conectar o

cabo FireWire, instalar asextensões e restartar o Mac.O painel de controle e omódulo da barra de contro-le facilitam ao máximo a

configuração de sample rate, fonte declock, sample buffer, entradas ópticas econfiguração de footswitch.

Aliás, a 828 pode ser usada inclusive como ainterface de som padrão do Mac, o que servepara mostrar o quanto a Apple precisa melho-rar a interface de áudio do Mac. Botar um bomCD no drive e escutá-lo a partir da saída digitalda interface da MOTU é uma experiência muitomais gratificante. O som chega aos seus ouvi-dos com excelente definição e sem distorções,mesmo em volumes altos (utilizando bons alto-falantes, é claro). Voltar a usar a saída banani-

P or acaso eu já disse que montar um estú-dio de gravação e produção de áudio noMac é algo fácil? Bem, eu não sabia do

que estava falando até ser apresentado à MOTU828. Até seu lançamento, uma interface deáudio pau-pra-toda-obra só existia na forma deplaca PCI, o que descar-tava a possibilidade detrabalhar com iMacs,PowerBooks ou iBooks.Mas agora a coisamudou de figura.A 828, da Mark of the Unicorn(mais conhecida como MOTU), é um sistemade gravação e playback de áudio digital que secomunica com o computador através da portaFireWire. Ou seja, você pode fazer gravação deáudio em disco rígido com alta qualidade eótima performance em qualquer Mac atual,portátil ou não.A 828 oferece oito entradas e saídas analógicas,oito canais ADAT Lightpipe (mais sincronia comADAT), interface S/PDIF estéreo, monitoraçãode latência zero (ou seja, sem atrasos) e doispré-amplificadores com phantom-power paramicrofones. Tudo com conversão 24 bits esample rate de até 48 kHz. A parte traseira da 828 traz duas entradas comconectores combo (banana e Canon) Neutrik,seis entradas banana, oito saídas banana, maisduas saídas principais também padrão banana(todas entradas e saídas balanceadas), além doconector para footswitch (para disparar a gra-vação com o pé, por exemplo). No painel frontal encontram-se as chavinhasque ativam ophantom-power paraos canais pré-amplificados

(1 e 2) e os controles de ganho dos canais ana-lógicos. Porém, o ganho é individual apenaspara as entradas 1 e 2. Para os outros canais, oganho é controlado em pares (3 e 4; 5 e 6; 7 e8). Há ainda controles de volume de monitora-ção – os canais 1 e 2 são espelhados para asaída principal – e de fone de ouvido.

Som na Caixa MÁRCIO NIGRO

Seu estúdio musical em qualquer lugarMOTU 828

Módulo da barra de con-trole facilita a configuração

1

2

3

1 Apenas os canais 1 e 2 trazem controles de ganho independente;

2 Entrada pré-amplificadas trazem conectores “COMBO”;

3 Conectores banhados a ouro dão toque especial ao acabamento

32

Page 29: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

dois pré-amplificadores, que são melhores doque os de qualquer mixer, mas não se mostra-ram tão silenciosos quanto os da Digi 001.Além disso, a 828 não permite que você roteienenhum dos sinais digitais para a saída demonitoração, que só funciona com as entradasanálogicas. Porém, isso é compreensível, já quea monitoração digital iria requerer um par adi-cional de conversores digital-analógico. As falhas da 828 são pequenas, principalmentequando levamos em conta tudo que essepequeno dispositivo pode fazer. Certamente éuma excelente opção para usários de iMac,PowerBook e iBook, possibilitando levar seuestúdio para qualquer canto onde haja eletrici-

dade. É claro que eutambém poderia recla-mar que a 828 não ofe-rece suporte a samplerate de 96 kHz, maspara usuários mais exi-gentes a MOTU já lan-çou o módulo 896, queoferece isso e outrosrecursos, utilizandotambém interfaceFireWire. Quem sabenuma próxima ediçãoda Macmania. µ

programa para gravar e editar áudio, que é basi-camente o Digital Performer 2.4 sem as funçõesde MIDI, mas com vários plug-ins MAS. De qual-quer maneira, é possível utilizar a 828 com qual-quer programa que suporte a tecnologia ASIO,uma vez que o driver apropriado vem no CD deinstalação. Ou seja, basicamente, só não dá parausá-la com o Pro Tools, que não aceita ASIO.A 828 impressiona por sua qualidade, versatili-dade e praticidade. Porém, o uso do padrãoFireWire torna o produto um pouco menos está-vel do que sistemas baseados em placas PCI cos-tumam ser. Por vezes, aconteceu de o som dainterface da MOTU sumir repentinamente, quan-do o processamento de áudio e a quantidade decanais simultâneos atin-giam níveis mais“agressivos”. Nessescasos, foi preciso desli-gar e religar o equipa-mento para que o somvoltasse. Tal fenômenoaconteceu usando oLogic Audio, que foiminha plataforma detestes.Fora a ausência dainterface MIDI, outraleve crítica vai para os

nha do Mac é uma grande frustração. (Achoque escutei o CD “Before These CrowdedStreets”, do Dave Matthews Band, umas cincovezes seguidas depois que descobri que o somde meu Mac G4 poderia ser muito melhor.)A caixa da 828 traz o software AudioDesk, um

Painel de controle permite que a Motu 828 funcione como interface de áudio

padrão de seu Macintosh

MOTU 828¡™£¢Quanta: www.quanta.com.br

0800-55-4644Preço: R$ 4.500

Pró: Interface prática e versátil; ótimaqualidade de áudioContra: Não inclui interface MIDI; Nãosuporta sample rate de 96 kHz; menosestável que interfaces PCI

Page 30: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

N a reportagem de capa da Macmania 70(de leitura recomendada para comple-mentar esta matéria), mostramos os

principais macetes para evitar e combater osimprevistos que podem paralisar seu Mac oudetonar seus dados. Porém, há momentos navida em que é necessário mandar o exércitoretroceder, levantar a bandeira branca e se ren-der, pois é chegada a fatídica hora de reforma-tar seu HD e reinstalar o Mac OS do zero.Tomar essa decisão não é fácil. Afinal, é umpasso importante e definitivo na sua vida.Assim, se você quiser uns cinco minutos paraconsiderar, fique à vontade.Na verdade, o processo de “começar de novo”não precisa ser traumático, se for feito com oscuidados apropriados. Aliás, ele pode ser usadonão apenas como uma medida extrema, mastambém como algo preventivo para quando

você achar que o comportamento do Mac OSou do disco rígido não está lá muito “católico”.Ou antes de migrar para o Mac OS X. Veja aseguir como se preparar para enfrentar tal em-preitada e quais as precauções a serem toma-das para evitar futuras dores de cabeça.

Como procederQuando surge qualquer um dos indícios aolado, é preciso tomar medidas cautelares paragarantir que nenhuma informação importanteseja perdida. Isso vale não apenas para seusdocumentos pessoais, mas para vários arquivose pastas, utilizados pelo sistema ou por progra-mas, que também podem ser valiosos: sua basede dados de email, configurações de TCP/IP,extensões, painéis de controle e preferênciasde programas.É chegada a hora de fazer um becape de segu-rança num CD-R, CD-RW, DVD-R, Zip, disqueteou qualquer outra mídia que estiver à mão. Sevocê tiver um segundo HD na máquina comespaço disponível, melhor. Assim, você poderapidamente copiar todos os arquivos neces-sários para o outro disco e agilizar bastante oprocesso. Porém, como não é todo mundo quetem essa facilidade, a saída mais comum é oCD-R ou o CD-RW.

Juntando as tralhas Agora você pergunta: o que é importante becapear para evitar traumas futuros?Além das coisas óbvias, que são seus documen-tos e informações pes-soais, eis o seu rolbásico de becape parao Mac OS clássico,começando pelo con-teúdo da Pasta do Sistema (System Folder).

Extensões e painéis de controleAs pastas Extensões (Extensions) e Painéis deControle (Control Panels), que ficam dentro daPasta do Sistema (System Folder), são impor-tantes porque podem abrigar arquivos sem osquais não é possível rodar confiavelmente al-guns aplicativos.

Você não precisacopiar as extensõesdo Mac OS, poisessas vão ser reinsta-ladas com o novosistema. Para desco-brir quais extensõesforam instaladas porprogramas, abra o Gerenciador de Extensões(Extensions Manager), selecione “Mac OS All” erestarte; o que tiver ficado dentro das pastasPainéis de Controle (desat.) (Control Panels(Disabled)) e Extensões (desat.) (Extensions(Disabled)) são os itens que estamos procuran-do. Depois disso, dê uma olhada na pastaExtensões (Extensions) na vista por data epegue os itens que tiverem datas mais recentesque as dos itens do sistema.PreferênciasA pasta Preferências (Preferences) armazena asconfigurações de todos os programas e painéisde controle de seu Mac. Porisso, é importante fazer umbecape dela. Assim, depoisde formatar seu disco e re-instalar o sistema, você po-derá restaurar os dados pessoais relativos aosaplicativos. Assim, em vez de configurar nova-mente o TCP/IP e o Remote Access com osendereços de IP, nomes de domínios, númerosde discagem e outros dados para acesso àInternet ou a redes internas, é mais fácil e

igualmenteefetivo copiaras preferênciasantigas para osistema novo. O documentode preferên-cias do Quick-Time também

é importante para quem fez upgrade para aversão Pro. Depois que você reinstalar o sis-tema do zero, o programa voltará para a versãonão-paga do programa. No entanto, é só insta-lar a preferência antiga do QuickTime no lugarda nova e tudo voltará a ser como era.

Bê-A-Bá do Mac MÁRCIO NIGRO

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Começar de novoQuando reformatar o HD é inevitável

Sinais de fumaçaOs indícios mais claros de que algo estámuito errado com o disco rígido são:1 O sistema trava frequentemente, semqualquer motivo lógico aparente, mesmoquando apenas as extensões padrão do Mac OS estão habilitadas.2 Erros de sistema aparecem sucessiva-mente, das formas mais diversas. Em outraspalavras, você recebe mensagens estranhasdizendo coisas como “o comando não pôde ser executado por causa de um errodesconhecido”, “o programa não pôde seriniciado” ou “o arquivo não pôde ser aber-to”, sendo que você já realizou essas mes-mas tarefas no mesmo dia – ou, pior, namesma hora.3 O misterioso aparecimento e desapareci-mento de arquivos em seu HD, mensagens de“erro tipo -192” ao tentar abrir algumapasta e dificuldades em esvaziar o Lixo.Esses são sinais claros de que o seu discoestá corrompido, especialmente se vocêroda repetidamente o Disk First Aid e ospaus reaparecem.

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As preferências quase sempre levam o nome doaplicativo seguido da palavra “Preferences”; porisso, é muito fácil encontrar o arquivo deseja-do. No entanto, há algumas exceções, como é

o caso do In-ternet Explorer,que cria umapasta chamadaExplorer.Nela são ar-mazenados to-dos os seus en-dereços favori-tos e o históri-co, entre ou-tros dados quevocê não vaiquerer perder.

FontesFontes também são itens preciosos. Todas asfontes instaladas no sistema ficam, convenien-temente, na pasta Fontes (Fonts). Isso só não énecessariamente verdade caso você utilize pro-

gramas de gerenciamento de fontes como oAdobe Type Manager ou o Suit-case, que permitem que as fontes fiquem em qualquerpasta. Mas nesse caso, você jásabe onde elas estão para fazera cópia.

ProgramasDepois de reinstalar o sistema do zero, o idealé reinstalar também todos os programas, prin-cipalmente os mais utilizados. Porém, pode sernecessário becapar determinados softwares,sharewares e freewares; seja porque os discosde instalação foram perdidos, seja porque nãoé possível (ou você não está com saco de)baixá-los da Internet novamente.

Pasta DocumentosA pasta Documentos (Documents) armazenainformações de vários progra-mas, como as playlists doiTunes, e dados do Outlook eOffice 2001 (mais especifica-mente do Entourage). Se

E no Mac OS X?As instruções nestas páginas são para oMac OS clássico. Se você usa o Mac OS X,a coisa é muito mais simples: basta fazer obecape completo da sua pasta de usuário(dentro da pasta Users), que tem o mesmonome do seu login de sistema; é a mesmapasta que o Finder chama em alguns lugaresde “Início” ou “Home”.A sua pasta pessoal inclui praticamentetudo o que você usa no OS X. Entretanto,nem todos os arquivos contidos nela serãonecessários depois. Assim, concentre-seapenas nas subpastas mais importantes:Pictures, Movies, Public, Sites e Desktop,conferindo se tudo o há nelas é realmenteimportante.Dentro da pasta Library, os itens maisimportantes são as pastas Preferences eFonts, que são equivalentes às homônimasdo sistema clássico.

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Bê-A-Bá do Macvocê utiliza algum dos clientes de email daMicrosoft, encontrá sua base de dados de men-sagens dentro da pasta Microsoft User Data, quepor sua vez contém a pasta Office Identities.O mesmo acontece no Mac OS X se você uti-lizar o Office v. X, só que nesse caso a pastaDocuments fica na sua pasta de usuário. Comoninguém gosta de perder todas suas mensa-gens e configurações de email, é importante terum becape completo dessa base de dados. Se você recebe muito email, é bem capaz que abase de dados do seu mailbox seja bem gran-dinha. Nesse caso, vale a pena abrir o Entou-rage (ou Outlook Express), deletar as mensa-gens de que você não precisa mais, abrir a pas-ta Deleted Items e apagá-los. Depois feche oprograma e abra-o de novo segurando [Option],para que ele reconstrua (e, por tabela, dimi-nua) sua base de dados. Jogue fora o arquivochamado Old Database e guarde apenas o novo.

BecapandoNa hora de fazer o becape, faça uma cópia dosarquivos importantes de sistema numa pastaseparada (arraste os objetos com a tecla [Option]pressionada para copiá-los). Se você simples-mente mover os arquivos, o funcionamento dosistema só irá piorar. Depois de juntar tudo,queime um ou mais CD-R ou CD-RW com oconteúdo dessa pasta. Quem tem drive Zip oucoisa do tipo pode copiar os arquivos direta-mente para a mídia removível.

Como formatarJá becapou tudo? Tem certeza? É bom estar cer-to disso, pois chegou a hora de formatar o HD.Para isso, inicie a máquina a partir do CD deinstalação do Mac OS, segurando a tecla [C] en-quanto o computador liga. Se o CD for do MacOS 9, espere o processo de startup terminar erode o programa Configuração de Unidades(Drive Setup), que fica na pasta Utilities do CD.

A janela do programa mostrará os discos co-nectados ao seu Mac. Para garantir que oprocesso seja eficaz, acione o menu Funções ¡Opções de Formatação e clique nas opções“Formatação de baixo nível” (“Low Level For-mat”) e “Zerar todos os dados” (“Zero AllData”), que garantem uma formatação completae total. O “Zero All Data” apaga todos os dados,de maneira mais eficiente que o “Erase Disk”. Jáo “Low Level Format” refaz as trilhas físicas nodisco, o que é um processo mais seguro, poisisola eventuais áreas danificadas do HD.Por fim, selecione o disco que será formatado

(certifique-se de que é o correto!) e clique nobotão Formatar (Initialize). O processo deverálevar duas horas ou mais, dependendo do ta-manho do HD. Vá à padaria tomar um café oupegue um cineminha.

Se você iniciou o computador a partir do CDde instalação do Mac OS X, a tarefa é mais sim-ples, já que o instalador do sistema oferece aopção de formatar o disco antes. Isso pode serfeito na etapa em que você assinala o HD emque o sistema vai ser instalado. No canto inferi-or direito, você pode marcar a opção “Erasedisk” (confirmar), para que o disco seja for-matado antes da instalação. Porém, se a suspei-ta é de que o HD está com problemas, é maisseguro realizar um “Low Level Format” antes(afinal, é bem provável que você tenha que ins-talar o Mac OS 9 mesmo).

Sistema novo, vida novaBeleza, seu disco está como novo. Instale osistema a partir do CD do Mac OS, seguindoas intruções do instalador. Feito isso, reinicieo Mac e comece a colocar a casa em ordem:reinstale os programas e coloque os itensbecapados nos lugares apropriados. Osarquivos de sistema deverão voltar às pastasde onde foram copiados originalmente, àmedida que necessário. Assim, se algumaextensão, por exemplo, for solicitada pelo sis-tema ou por um programa, arraste o arquivosolicitado do seu disco ou pasta de becapepara a nova pasta Extensões (o mesmo valepara os painéis de controle).No caso da pasta Preferências, o sistema vaigerar dentro dela novos documentos para osprogramas e configurações do Mac OS, que sódeverão ser substituídos pelas preferênciasbecapadas que realmente trazem informaçõesimportantes: configurações de Internet,QuickTime Pro, browsers etc.O importante é fazer tudo com bastante calmae atenção. Com paciência, você reconstruiráseu império. µ

MÁRCIO NIGROComeçou de novo, diversas vezes, mas não curte Ivan Lins.

Como fazer umainstalação limpaReformatar o HD é uma medida extrema quesó deve ser tomada quando houver algumproblema grave. Quando o Mac OS está secomportando estranhamente, muitas vezesrealizar uma instalação limpa (Clean Install) éa medida mais fácil e menos traumática. Essaopção instala uma pasta de sistema novinhaem seu disco e renomeia a antiga para Pastade Sistema Anterior (Previous SystemFolder), para que você não perca nenhumainformação ou software importante.Para fazer uma instalação limpa, reinicie oMac a partir do CD de instalação do Mac OS,clique no ícone Mac OS Install dentro do CD,clique no botão Continue na primeira janela e,na seguinte, clique em Options. Na caixa dediálogo, marque a opção “Realizar InstalaçãoLimpa” (“Perform Clean Install”). Em seguida,selecione o disco em que o sistema seráinstalado e siga em frente.

Quando a instalação terminar, você verá aPasta de Sistema Anterior no HD. Tudo o quevocê precisa fazer é mover as coisas impor-tantes (extensões, painéis de controle, pre-ferências etc.) da pasta antiga para a nova.Você até pode fazer isso manualmente, maso processo fica mais fácil se você utilizar umprograma como o Clean Install Assistant (bai-xável de www.marcmoini.com), que é umshareware pensado justamente para realizar atransição entre duas pastas de sistema.

Quem usa o Conflict Catcher em vez doGerenciador de Extensões padrão do Mac OSpode contar com a função “Clean InstallSystem Merge” desse programa, que é ótimapara essas situações.

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Simpatips

Acerte as horas

No Mac OS 9.2 ficou bemmais fácil configurar o relógiodo Mac. É só clicar no relógioda barra de menu com [Option]

apertado que o Finder chama o painel decontrole Date & Time. Nos sistemas anteri-ores, fazer isso apenas escondia o relógio.Marco Kichalowsky [email protected]

Novos sons de alerta

Para acrescentar umsom de alerta diferentedaqueles que vêm comopadrão, basta salvar o

arquivo de som no formato AIFF edepois arrastá-lo para a pasta~/Library/Sounds. Não adianta tentarcopiar o som para a pasta Sounds do sis-tema (a não ser que você esteja logadocomo root). Abra o Preferências doSistema, clique em Som e escolha onovo arquivo. Atenção: a extensão doarquivo de som deve ser .AIFF; .AIF nãovai funcionar.

Um arquivo dentro do outro

Não é supresa que é possível incluir textoformatado e imagens diretamente no Text-Edit. Porém, que tal incluir um programaou outro arquivo de texto dentro dele? Se

você arrastar o ícone de um aplicativo ou de um outrodocumento de TextEdit ou do Word, ele copia o arquivoou aplicativo para a página. Quando você salva o texto,ele fica no formato RTFD (Rich Text Format com docu-mentos anexados). Um duplo-clique no ícone do progra-ma ou do texto vai abrir os itens anexados. Agora, tomecuidado: os ícones não são atalhos dos programas e do-cumentos originais, mas cópias deles. O seu arquivo po-de ficar com muitos megabytes se você exagerar na dose.

Um lixo sempre à mão

Se você não gosta do Dock,mas mantém ele visível só por-que precisa arrastar algumacoisa para o Lixo, use esta sim-

ples receita: abra o Lixo e arraste o ícone dabarra de título (aquele bem no meio da jane-la) para a barra de botões (ou de ferramentas,como prefere a Apple) do Finder. (Atenção:ao clicar, espere alguns instantes até o íconede lixo ficar mais escuro antes de arrastar.)

Mate o Dock

Você é daqueles que achamque o Dock mais atrapalhado que ajuda? Então acabede vez com essa barra

translúcida pusilânime! Melhor: troque-apelo seu lançador de programas favorito.Siga as instruções:1 Restarte pelo OS 9.2 Tire o programa Dock.app da pasta/System/Library/CoreServices e jogue em qual-quer canto.3 Coloque no lugar seu programa favoritopara abrir programas e pastas (DragThing,Snard, Launcher etc.).4 Renomeie o programa como Dock.app.5 Volte ao OS X.Pronto, aí está seu Mac sem Dock. O únicoproblema é que você também vai ficar sem alata de lixo, o que pode ser um tanto incon-veniente. Mas, para isso, temos a dica ao lado.

Trocando 9 por X

Mande sua dica para a seção Simpatips. Se ela for aprovada e publicada, você receberá uma exclusiva camiseta da Macmania.

Você instalou o Mac OS X na mesma partiçãodo OS 9 e agora fica na bronca porque temde usar o Disco de Inicialização (StartupDisk) para trocar de sistema? Temos a metadeda solução dos seus problemas: para sair doOS 9 e ir para o OS X, segure a tecla X doteclado durante a inicialização. O Mac vairestartar novamente e entrar direto no OS X.Infelizmente, não adianta apertar a tecla 9 noOS X para voltar para o sistema clássico.

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Help

Macs no Japão“O Mac OS X é multilingual mesmo?”

Pergunta: Estou no Japão, quero comprar um iBook, e gos-taria de tirar uma dúvida sobre o Mac OS X. Ouvi dizerque ele tem vários pacotes linguísticos embutidos. Issoquer dizer que poderei comprá-lo aqui e passar para o por-tuguês quando voltar para o Brasil? Ao retornar, só tereique trocar o teclado? Isso é realmente possível?!Karima Muramatsu, [email protected]

Resposta: É isso mesmo. O MacOS X é totalmente multilingual (emultiusuário). Para mudar a língua dosistema (e, automaticamente, de to-dos os programas que tiverem seusrespectivos pacotes de localização),basta ir ao painel International, ar-rastar o idioma desejado para o topoda lista (figura ao lado), dar logaut elogin de novo. Simples assim. Dá atépara três pessoas usarem a mesma máquina: uma com o sistema em português,outra em inglês e outra em japonês. Tente fazer isso com o Windows!

Hubba Hubba“Como compartilhar a conexão: entre dois Macs?”

Pergunta: Tenho um iBook e um G3 azul ligados em redecom um hub. Coloquei o Speedy no iBook, com a conexãona porta de rede, como manda o figurino. Só que agorafiquei com uma Internet rápida e uma rede desligada. Temalgum jeito simples e barato de usar a rede e a conexãoao mesmo tempo?Malu Calissi, [email protected]

Resposta: Existem várias maneiras de fazer isso. Vamos a elas:1) Maneira rápida e suja: coloque o cabo do modem do Speedy na portaUplink do hub e os dois Macs nas portas seguintes. Você vai ter sua rede, massó uma das máquinas vai poder ser configurada para acessar a Internet. 2) Maneira rápida e menos suja: Compre um software roteador, como oVicomsoft SurfDoubler ou o IPNetRouter. Você vai usar as mesmas conexõesda Maneira 1, só que agora um dos Macs pode rotear a Internet para o outro.3) Maneira lenta e limpa: Compre uma segunda placa Ethernet PCI para o seuG3. O Mac OS X já vem com capacidade embutida para compartilhar a rede;baixe e instale o shareware Brickhouse (http://personalpages.tds.net/~brian_hill) para ativá-lo. No OS 9, você vai precisar de um software roteador.4) Maneira cara, mas muito legal: compre uma base e uma placa AirPort para oiBook. Plugue o Speedy no Uplink e o G3 e a base nas portas seguintes.Ajuste o software da base para distribuir IPs pela Ethernet. Assim, você podepassear pela casa com seu iBook enquanto baixa os seus MP3 e responde seusemails (cuidado para não tropeçar). Infelizmente, o G3 não é compatível como AirPort. Se fosse um G4, a opção sairia mais barata. Bastaria comprar duasplaquinhas AirPort e criar uma conexão computer-to-computer, para fazer oPower Mac rotear a Internet para o iBook.

Arquivos pecezistas“Como abrir PowerPoint no Mac?”

Pergunta: Sou iniciante em iMac e gostaria de saber comofaço para configurar o meu computador para visualizar ar-quivos recebidos de um PC. Outro dia recebi um arquivo emFlash e o meu iMac não o leu. Recebi um arquivo em Power-Point e também não consegui abri-lo no AppleWorks 6.0.Rosangela M. Azevedo, [email protected]

Resposta: Demos uma extensa matéria sobre como fazer seu Mac se rela-cionar melhor com os PCs à sua volta na Macmania 89. Arquivos Flash podemser abertos no QuickTime Player, se bem que o melhor mesmo é utilizar o pró-prio Flash Player (www.macromedia.com). Quanto ao PowerPoint, o Apple-Works não ia abrir mesmo. O único jeito é comprar o Office e abrir o dito noprograma certo.

Mudo de língua ou não?“Vou ter problemas ao passar para oOS 9 em português?”

Pergunta: Tenho um iMac DV-600 com Mac OS 9.1 eminglês e o Adobe Premiere 6.0 e o Office instalados. Se eupassar para a versão em português, haverá algum problemacom relação a esses dois softwares? E quanto ao iMovie?Roberto, [email protected]

Resposta Quanto ao Premiere e o Office, não deve acontecer nenhumproblema. Normalmente quem implica com o sistema em português é oQuarkXPress, mas mesmo para esse, já publicamos uma gambiarra para fazerrolar na edição 88. Quanto ao iMovie, você deverá solicitar ao AppleLineuma cópia do programa em português, só paga a taxa de envio, R$ 23,00.No Mac OS X, não há esse problema. Se você muda o sistema para o por-tuguês, o iMovie também muda.

Respondemos aqui a dúvidas técnicas sobre Mac, dando soluções para problemas de funcionamento, com o auxílio do AppleLine (5503-0090/0800-1-27753). Envie suas questões para [email protected], informando a cidade de onde está escrevendo.

Falta de memória“Qual a memória certa para o iBook branco?”

Pergunta: A memória do iBook branco é vendida com amesma especificação das memórias de PC. Dá para entrarem uma loja qualquer de PC e sair de lá com o pentecerto? Essa memória SO-DIMM de 144 pinos tem algumnome popular no mundo PC?Wellington Saamrin, [email protected]

Resposta: O nome é esse mesmo. É uma memória padrão para laptops, por-tanto não é tão fácil de encontrar quanto memórias para computadores demesa. O ideal é você ir numa loja especializada em portáteis. Cá pra nós, ospreços não devem ser muito mais baratos do que numa revenda Apple. Podemestar até mais caros. Pesquise bem antes de comprar.

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Durante esse evento foram também realiza-dos quatro minicursos básicos e três provasde Java. Duas provas foram individuais; foiproposto um problema e avaliou-se a soluçãomais elegante, criativa, simples e funcional. A prova da tarde foi inspirada na prova derevezamento de 4x100 metros. A intenção foivalorizar o trabalho de equipe – fundamental,hoje em dia, no desenvolvimento de qualquerprojeto importante. Foi proposto um proble-ma e as oito equipes participantes, de quatromembros cada, tiveram 15 minutos para dis-cutir o tema em conjunto. Em seguida, umdesenvolvedor de cada equipe foi admitido nolaboratório. Quinze minutos depois, dado umsinal de apito, ele copiou seu trabalho em umdisquete (token) e retirou-se da sala, entregan-do-o ao segundo colega, que assumiu uma es-tação de trabalho qualquer e continuou codifi-cando o software a partir do ponto em que ocolega antecessor o deixou; e assim sucessiva-mente, até que o tempo se esgotou ou a tarefafoi completada. O problema proposto foi acriação em equipe de um jogo qualquer. Tudo isso em 60 minutos!

Mac marca presençaAí você perguntará: o que este assunto tem a vercom uma revista dedicada ao Macintosh? É quea Borland, Macromedia e a Apple foram algu-mas das empresas que participaram desseevento, e o Mac teve posição de destaque.Desde o lançamento do Mac OS X, em marçode 2001, o Java faz parte do núcleo do sistemaoperacional. Por isso, a Java Virtual Machine(JVM) da Apple é hoje uma das mais rápidas

MacPROo suplemento dos power users

Ano 5 - Nº41Parte integrante da revista MacmaniaNão pode ser vendido separadamente

e por Daniel deOliveira

Em dezembro, o BrasíliaJava Users Group (DFJUG),grupo que congrega os4.800 usuários de Java noPlanalto Central, realizou aMaratona 4 Java na Univer-sidade Católica de Brasília.Durante 13 horas, 21 pales-trantes “round the clock”,sem intervalo para almoço,apresentaram para 1053desenvolvedores o que háde novo na plataforma dedesenvolvimento Java.

Java MacO começo de uma longa amizade

que existem, o que torna a plataforma Macideal para o desenvolvimento e execução deaplicações 100% Java. Um exemplo disso é aimplementação de Java2D, que chega a ser atécinco vezes mais rápida que a da Sun.O Mac OS X (versão 10.1.2) implementa opadrão Java 2 Standard Edition (J2SE) 1.3.1 e usa a máquina virtual HotSpot 1.3, queimplementa as tarefas Java em modo preemp-tivo e as distribui automaticamente entremúltiplos processadores. A implementação dabiblioteca Swing tem o visual similar ao Aquado Mac OS X.Os desenvolvedores Mac têm hoje nas mãosum leque de ferramentas de desenvolvimentode alto nível para a plataforma Java, para to-dos os bolsos e objetivos: desde ferramentasde desenvolvimento – IDEs (JBuilder, CodeWarrior, Forte, NetBeans) –, ferramentasUML (Together Control Center), servidores ¡

Casa lotada; à direita, Tiago Ribeiro dá palestra sobre o estado atual da

plataforma Java no Mac OS X

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Java e Mac continuação

de aplicações (JBoss, WebObjects, Tomcat),até servidores de bancos de dados para intera-gir com as aplicações criadas (MySQL, Post-greSQL, OpenBase, Primebase, FrontBase,4D, etc.). Isso tudo é possível graças ao comprometi-mento da Apple com a tecnologia Java: hojeela faz parte do Java Community Process(JCP, www.jcp.org) e vem contribuindo ativa-mente para o desenvolvimento da tec-nologia, especificamente no segmentoJava 2 Standard Edition (J2SE) – aocontrário daquela outra empresado “Dark Side”...

Parceiros no JavaA exemplo disso, durante aMaratona 4 Java a Macromedia apre-sentou o JRun, que é um ambiente dedesenvolvimento com a característica muitointeressante de rodar totalmente embrowsers. E a Borland apresentou sua ferra-menta de desenvolvimento Java, o JBuilder 6,que já vem com a carinha azul do Mac OS Xestampada na caixa e é a maior aplicação Javaque já se escreveu até hoje.Uma das queixas mais comuns dos usuáriosde Mac é que “não existe literatura no merca-do para desenvolver para Mac”. Isso não émais verdade. Por ser o Java uma plataformauniversal de desenvolvimento, qualquer livrosobre ele serve para você aprender a escrevercódigo que possa ser executado no Mac, oumelhor, em qualquer equipamento que possuaum processador. Write once, run anywhere

(escreva uma vez e rode em qualquer lugar) éo lema dessa linguagem. Isso significa que ocódigo Java que você escrever em um Macin-tosh poderá rodar em um supercomputador(mainframe), em um PC, em um cartão in-teligente (smart card) ou em um celular.A propósito de celulares, o JBuilder 6 daBorland já vem com um emulador para pro-

gramar uma série de telefones da Nokia.Existem excelentes livros sobre o assun-

to, inclusive em português. Durantea Maratona 4 Java, Fernando An-

selmo lançou o livro “Tudo quevocê queria saber sobre a

JDBC... mas ninguém quis (ou não sabia) lhe responder”

(www.visualbooks.com.br).Por isso, essa história de dizer que pro-

gramar no Mac não tem mercado, princi-palmente para desenvolvedores brasileiros, é

uma ladainha que tem que acabar, pois é con-versa fiada. Com o lançamento do MacOS X,o desenvolvedor Mac concorre em pé deigualdade com qualquer desenvolvedor Linux,Unix, Amiga ou “Ruindows”. O Apple Deve-lopers Center (ADC, www.apple.com/developer) eo site da Sun (www.java.sun.com) são excelentespontos de partida para o desenvolvedor quequeira obter as mais recentes informaçõessobre desenvolvimento de software Java.

Tiago rouba a cenaNo Brasil, dúvidas e perguntas em relação adesenvolvimento Java no Mac podem serencaminhadas a Tiago Ribeiro, do ADC da

Apple Brasil ([email protected]). Ele foium dos palestrantes da M4J e impressionou aplatéia (e não foi porque ele é bonito!).A maior parte dos presentes nunca tiveraantes a oportunidade de ver um Macintoshfuncionando. Uma pessoa da platéia disse, nasessão de perguntas e respostas, que agrade-cia a oportunidade que a Apple tinha dado,pois já havia ouvido falar no Mac mas nuncativera a oportunidade de ver um “ao vivo e acores”, com a estonteante interface Aqua, enão tinha idéia de que o Mac possui a melhorrelação custo/benefício para um desenvolve-dor Java. Tiago teve que ser retirado do au-ditório, porque as perguntas não paravam eestavam impedindo que o palestrante seguin-te entrasse para fazer sua apresentação.

No Mac ou para o Mac?A grande polêmica, no momento, é: “Cocoa ornot Cocoa?” – ou, em claro Tupiniquim: “es-crever programas Java no Mac ou para o Mac?”Ninguem discute que o Mac, com Java embu-tido no seu sistema operacional, é a melhorplataforma com que um desenvolvedor dessalinguagem poderia sonhar. Porém, nestesdezoito anos de Macintosh, os usuários seacostumaram de tal maneira ao jeitão dele

Aapresentação

do Java no MacOS X roubou

a festa

Para saber maisDetalhes do evento você pode ler em http://waeny.2y.net/pesq/maratona e outras fotos podemser vistas em www.x25.com.br/maratona.htm.

Parte 7: editor vi, lição 2 (apagando e movendo-se no texto)

Metendo a mão no Unixpor Alberto V. Mendonça

Já sabemos como criar e editar um arqui-vo texto utilizando o vi. Mas, e se for ne-cessário alterar um texto, apagando esubstituindo algo? Nesse caso, precisamosaprender também como mover o cursoraté o ponto onde desejamos trabalhar.

Passo 1Vamos aprender a nos deslocar no texto,de modo que possamos posicionar o cur-sor no local correto. Para isso iremosfazer uma cópia do arquivo hostconfig parao Desktop, e em seguida abri-lo com o vi.Ou seja:

cp /etc/hostconfig ~/Desktop/hostconfigcopia

cd Desktop

vi hostconfigcopia

Atenção! O arquivo hostconfig originalguarda configurações importantes do sis-tema. Sugerimos que não mexa direta-mente no original, pois isso poderá acar-retar sérios danos ao funcionamento doseu sistema.Seu arquivo hostconfigcopia deverá conter um texto muito semelhante aoapresentado à direita. ¡

MacPRO•44

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(look and feel) que, ao mostrarmos um progra-ma Java escrito no Mac, mas usando classesda biblioteca gráfica Swing, faz com que os“Macxiitas” de plantão comecem a dizer queisso é “sacrilégio” e “blasfêmia” e ameacemlançar sobre o pobre programador todas asesconjuras do Demônio.Para sobreviver, uma plataforma precisa deescalabilidade. Quanto mais programas exis-tirem, maior será a sua chance de sobrevi-vência. Por isso a Apple optou pelo FreeBSD(Unix) para a base do Mac OS X.Programadores Mac são uma minoria na áreade desenvolvimento: as estatísticas mostramque esses valentes representam, no mundotodo, algo entre 3 e 5% do mercado profis-sional global. Agora surge a oportunidade deescrever um aplicativo e concorrer em con-dições de igualdade comercial nas outrasplataformas, pois o mesmo software escritoem Java no Mac roda em todas as máquinassem nenhuma modificação. Mas, como tudoque é bom, isso tem um preço: a interfacevisual não vai seguir rigidamente as regras dosistema operacional.

Rainer reinaDo lado oposto, Rainer Brockerhoff, que é omais famoso desenvolvedor Macintosh quetemos no Brasil, afirma:“A ponte entre Cocoa e Java é muito interes-sante. Claro que, programando um aplicativocom as bibliotecas do Cocoa em vez das doSwing, abandona-se qualquer pretensão àportabilidade. Por outro lado, havia grande

interesse por lado da Apple em convencerprogramadores já experientes em Java a im-plementar aplicativos e utilitários para o MacOS X, e alguns utilitários da própria Applesupostamente seriam codificados em Java.Porém, isso não ocorreu. Atualmente, ne-nhum utilitário de uso geral da Apple é es-crito em Java, e pouquíssimos aplicativos deoutras empresas são anunciados como sendoescritos em Java. Aparentemente, na prática,as restrições e problemas encontrados naponte Cocoa–Java são suficientemente gran-des para levar as empresas a considerar ou-tras soluções. O uso do Swing, por outro lado,parece não agradar aos usuários de Mac OS,por causa das divergências no método deoperação. Em termos de formato, o Finderpermite rodar diretamente os arquivos emformato .jar (Java ARchive); para usar oCocoa–Java é preciso montar um bundle simi-lar ao dos aplicativos Cocoa. Há também apossibilidade de escrever programas em Car-bon ou Cocoa e chamar plug-ins ou rodarapplets Java em janelas.” Polêmica à parte, o que você está esperando?Arregace as mangas e comece agora mesmo aescrever código Java no/para o seu Mac, poisesta é a oportunidade com a qual você sempresonhou de desenvolver aquela “killer applica-tion” que o transformará em famoso(a), mi-lionário(a) e formoso(a) ;-) M

DANIEL DE [email protected]

É coordenador do DFJUG.

[0] (zero) vai para o início da linha[$] vai para o final da linha[a] anexa texto[B] volta uma palavra delimitada por espaço[b] volta uma palavra[Control][b] volta uma tela de texto[Control][d] move uma página para baixo[Control][f] move uma tela de texto para frente[Delete] move um caractere à esquerda[Esc] sai do modo de inserção e retorna ao modo de comando[h] move um caractere à esquerda[i] insere texto[j] move uma linha para baixo[k] move uma linha para cima[l] move uma linha à direita[O] abre uma nova linha para inserir texto acima da linha atual[o] abre uma nova linha para inserir texto abaixo da linha atual[Return] vai para o início da próxima linha[u] move metade da página para cima[W] move uma palavra delimitada por espaço para a frente[w] move uma palavra para frente[:][w] grava o arquivo no disco[:][q] sai do vi e retorna ao prompt do Terminal[:][q][!] sai do vi e retorna ao prompt do Terminal, descartando alterações feitas no arquivo

Comandos de movimentação e edição do vi

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MacPRO•46

Cada linha determina a configuração de cer-tas operações básicas do seu sistema. Leiaatentamente e tente reconhecer algumas!

Passo 2Quando o arquivo é aberto, você pode notarque o cursor estará sobre o primeiro caractereda primeira linha do texto. Lembrando queestamos no modo de comando, digite h paramover-se para esquerda. O cursor permane-cerá no mesmo lugar e o vi emitirá um avisosonoro. O mesmo ocorre usando-se o coman-do k, que move o cursor para cima.Tente agora digitar o comando j para mover-se para baixo. Agora, o cursor está no inícioda linha # /etc/hostconfig. Tecle novamente kpara voltar ao ponto inicial. Usando as teclas [H], [J], [K] e [L], movimente-sepor todo o arquivo até se sentir a vontade comesses comandos. Tente também usar as teclasde direção do seu teclado para mover-se peloarquivo.Mova o cursor até o meio de uma linha qual-quer e em seguida teste os comandos 0 (zero)para mover-se até o início da linha e $ paramover-se até o final da linha. Em seguidatente as teclas [Delete] e [Return], para descobrircomo elas podem ajudá-lo na movimentação.

Passo 3Em alguns casos, precisamos nos mover umpouco mais rapidamente, e para isso tambémtemos comandos especiais. Veja na tabela dapágina anterior os comandos e teste cada umdeles para verificar os resultados.

Passo 4Estamos prontos para alterar nosso texto.Usando os comandos de movimentação, váaté o item TIMESYNC no arquivo hostconfig origi-nal. Esse item configura o sincronismo auto-mático do relógio do seu computador atravésda Internet. Vamos alterar essa configuração manual-mente, no nosso arquivo hostconfigcopia.

Observação: outra forma de mudar a confi-guração desse item é alterando as configu-rações do Horário de Rede (Network Time)no painel Data e Hora das Preferências doSistema (System Prefs).

Passo 5No final da linha, podemos ter duas opções:

TIMESYNC=-YES-

TIMESYNC=-NO-

Como queremos alterar a configuração, nãoimportando qual seja a atual, mova o cursoraté o final da linha e utilize o comando x, atéque resulte:

TIMESYNC=-

Agora, entre com o comando a e digite a configuração oposta àquela que existia ante-riormente. Tecle [Esc] para voltar ao modo de comandos.

Observação: tente fazer o mesmo utilizando ocomando X e veja a diferença.

Passo 6Eliminar texto caractere por caractere podeser inconveniente em alguns casos, e por issotemos alguns comandos extras.O comando D apaga toda a linha a partir doponto onde estiver o cursor.Uma outra opção é utilizar o comando d, que pode ser seguido por um w, para apagaruma palavra, ou por um outro d, para apagara linha inteira.Experimente os comandos dw e dd.

Agora você pode se considerar um usuárioprodutivo e que consegue editar facilmentetextos utilizando o vi. Tente abrir outros ar-quivos nele, mas lembre-se de tomar cuidadopara não fazer alterações em arquivos do sis-tema, o que causaria sérios problemas. M

ALBERTO V. MENDONÇA

Unix continuação

ProNotasVídeo nota XOs macmaníacos que trabalham com vídeo podem co-memorar. O ano de 2002 está trazendo muitas novida-des nessa área. Rapidamente, as principais empresasque desenvolvem software e hardware específicosestãoconvertendo seus produtos para o Mac OS X.

• A Pinnacle, que produz o sistema integrado(combinação de hardware e software) de edição devídeo CinéWave, lançou uma nova versão, a 2.1, queé compatível com o Final Cut Pro 3 da Apple (o qualroda no Mac OS X). O CinéWave 2.1 adiciona váriasferramentas de edição em tempo real para o softwareda Apple, como correção de cor, balanço RGB e chro-ma key com filtros de cor, entre outras.

• A Apple comprou a Nothing Real, empresa quecriou os programas Shake e Tremor (usados em efei-tos especiais 3D). Segundo o anúncio, a Apple preten-de usar as tecnologias da Nothing Real em futuras ver-sões dos seus produtos (sem especificar quais se-riam). Os softwares Shake e Tremor são programas

para composição de imagens para a plataforma NT eLinux e custam, respectivamente, US$ 20 mil (Shake)e US$ 100 mil (Tremor).Para entender o impacto que essa compra teve nomeio do vídeo high-end, basta lembrar que o Shakeestá sendo utilizado para criar os efeitos visuais dosfilmes da série “O Senhor dos Anéis”.

• O programa Xpress DV da Avid, atualmente exclu-sivo para Windows, vai ganhar uma versão para MacOS X. O aplicativo concorre com o Final Cut Pro emedição não-linear de vídeo. A empresa, que há quatroanos anunciou que estava largando o Mac para con-centrar seus esforços na plataforma Wintel, está retor-nando depois do sucesso da Apple em recuperar suaposição no mercado de vídeo digital.

• O Cleaner 5, software para edição e compressão devídeo e áudio da Discreet, ganhou um update que otorna compatível com o Mac OS X. Mas não traz ne-nhuma novidade além da conversão. Quem usar o pro-grama no novo sistema não poderá criar arquivos no

formato Real, pois ainda não há codificador nativo paraesse formato.

• O Media 100i é um aplicativo para edição de vídeoque combina software e hardware. Ou seja, além doprograma, vem uma placa que transporta dados devídeo para o Mac. Fora o visual Aqua da versão paraOS X, o upgrade traz novos efeitos de criação e ferra-mentas de design de som, e expandiu o uso doAppleScript. Com a nova versão é possível tambémexportar composições para o After Effects, da Adobe,ou para outros aplicativos de efeitos gráficos. Quemcomprar nos EUA a versão antiga do Media 100 4ganha o V8 quando este for lançado. Dependendo daconfiguração do sistema, o preço varia entre US$2.995 e US$ 14.995.

Media 100i: www.media100.com

Cleaner 5: www.discreet.com

CinéWave: www.pinnaclesys.com

Xpress DV: www.avid.com/index_fl.asp

Nothing Real: www.nothingreal.com

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B asta bater o olho nela que todo mundointui: “pô, deve ser muito boa! E muitocara!” É verdade. A câmera digital Ko-

dak DCS 760 tem a melhor resolução entre ascâmeras de 35 mm: 6 megapixels. E é a maiscara do Brasil: US$ 10.900. “Vale mais do que omeu carro!” é uma exclamação comum das pes-soas, ao saber o preço. Além de ser a maior emais pesada da categoria (quase 2kg).Mas ela vale quanto pesa? Veremos adiante.A 760 é basicamente uma câmera Nikon F5adaptada pra trabalhar digitalmente. Por si só, aF5 já é cara (cerca de US$ 2.000 nos States).Como tal, utiliza todas as objetivas da Nikon.Diga-se de passagem: a F5 também é a base dasconcorrentes digitais da Kodak, a D1H e a D1X,ambas vendidas pela própria Nikon.

Peso pesadoA Nikon F5 original já é enor-me. Agora, adicione-se umrobusto compartimento infe-rior, para abrigar uma bateriatipo “câmera de vídeo antiga”.Resultado: uma câmera real-mente trambolhuda. E sendotão alta, surgiu uma dificulda-de: acoplá-la num tripé. Comoeu usei, num dos testes, uma

objetiva 300mm/f2.8, esta é afixada no tripé.Resultado: o corpo “raspa” na cabeça do tripé,obrigando a um certo (e instável) malabarismo.O que só foi possível porque a cabeça do tripéera articulável. Senão, só segurando a câmerana mão, ou usando um apoio improvisado.Curiosamente, a objetiva, no Brasil, sai maiscara do que a câmera: R$ 29.000. Usei, emalguns casos, o flash Nikon SB26. Não pesei,mas acredito que o conjunto todo somava uns6kg. Mais o tripé de metal. (Ufa! Carregar tudoisso não foi das tarefas mais suaves.)

Números generososMas vamos aos pontos positivos, pra não dize-rem que sou rabugento. A resolução de 6 mega-pixels (a maior disponível no momento emcâmeras digitais 35 mm) possibilita fazer belasampliações fotográficas. Em números precisos:gera um arquivo de 17,5 MB (8 bits). Em pixels:

Test Drive MARCOS KIM

KODAK DCS 760¡™£¢∞Kodak: www.kodak.com

0800-15-0000Preço: US$ 10.900

A maior,melhor,

mais pesada e mais cara

câmera do Brasil

Pró: Qualidade da imagem; resolução alta;usa todas as objetivas Nikon; conecta noMac via Firewire; tem dois slots para cartãode memoriaContra: Caríssima e pesadíssima

KodakDCS 760

O DCS Photo Desk combina browserde imagens com algumas funções

interessantes de retoque

¡

Objetiva 300mm/f2.8 e a câmera:

conjunto de mais de 5 kg

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2008x3032. Por resolução: 17,00 x 25,67 cm, em 300 ppi (adequado prauso gráfico e pra ampliação em Frontier; veja as edições 72 e 91); 40,80 x61,61 cm, em 125 ppi (adequado para ampliação em Kodak LED Printer);70,84 x 106,96 cm, em 72 ppi (adequado para plotagem). Fiz alguns pôs-teres e banners com a câmera; ninguém percebeu que são imagens digitais(mesmo porque impressões grandes são pra se ver de longe).Até pouco tempo atrás, curiosamente, a 760 só capturava as imagens noformato RAW. Qual a vantagem e qual a desvantagem desse formato? Elecomprime o arquivo sem perda aparente de qualidade, e suporta uma in-terpolação razoável (além de captar com profundidade superior a 8 bits).Por outro lado, exige um software proprietário (ou no mínimo, um plug-in de Photoshop) pra ser “revelado” (renderizado), o que é meio demora-do. E no caso específico do software da Kodak (DCS Photo Desk, uma in-teressante combinação de browser com mini-Photoshop), observei algocurioso. Ao abrir o mesmo arquivo neste, e diretamente no Photoshop, ascores vêm diferentes. De qualquer forma, a definição e a saturação dascores são muito boas.Com o update recente defirmware, a 760 tambémcaptura em JPEG e TIFF,mas não com muita velo-cidade. Ao que parece, elacontinua capturando emRAW (.DCR) e o convertelenta e internamente paraos outros formatos. Temcheiro de gambiarra meioapressada. Mas funciona.E alivia o cartão de memó-ria. Em RAW, cada imagemocupa cerca de 7 MB.

Três flashes para clicar a arara de pelúcia.Velocidade: 1/30s. Abertura: f29

Detalhes impressionantes com objetiva macro. Flash SB26, velocidade 1/160s, abertura 29

Diferença entre abrir o arquivoRAW e depois salvar para o

Photoshop (à esquerda) e abrirvia plug-in diretamente no

Photoshop (à direita). É melhor a primeira opção, apesar de mais demorada

Test Drive

Conexão com MacDescarregar os arquivos no Mac é moleza. Ou diretamente da câmera, via FireWire, ou via leitor decartão. A 760 usa CompactFlash e PCMCIA. Diga-se de passagem: há dois slots na câmera – umaprovidência muito boa, principalmente para fotojornalistas.É impressionante a quantidade de cabos que acompanham a 760. Tem plugs pra tomadas domundo inteiro. O alimentador também faz parte do kit. Muito útil para trabalhos em estúdio. O carregador de bateria tem dois compartimentos. É recomendável comprar uma bateria reserva,pois a recarga é demorada.

MoiréAo fotografar a arara mostrada no alto desta página, surgiuum problema curioso: o moiré (“muarê” pros íntimos). Sãopadronagens ou faixas multicoloridas que se formam emáreas com detalhes muito pequenos, estragando parte da ima-gem. Para amenizar o problema, existe o filtro de anti-alia-sing, colocado entre a objetiva e o corpo. Custa cerca de US$1.400. Acompanha a câmera um filtro infravermelho.No software da Kodak, também há um recurso que diminuirazoavelmente o moiré. Para ambos os recursos (filtro físicoou software), o efeito colateral é uma certa perda de nitidez naimagem (algo como aplicar Dust & Scratches no Photoshop).

MacrosA câmera teve excelentes resultados ao se usar a objetiva de105mm micro, conhecida como a melhor que a Nikon já fabri-cou. Os detalhes da arara de pelúcia (ao lado) estão bastantenítidos. O ISO (sensibilidade) vai de 80 a 400, o que permiteuma boa definição de imagem. Como se vê, foram usados três

50

Page 41: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

flashes normais, e a câmera reagiu muito bem aesse tipo de luz. Praticamente não houve ajusteno Photoshop.Mesmo limitado ao ISO 400, fui fotografar umshow. Tentei usar 5 pontos de superexposição(+5EV). Obtive um resultado bem razoável.Semelhante a usar um filme ISO 1600, recursonormal nesta situação. E não dá pra ignorar aconveniência de se descartar dezenas de fotosruins que rolam durante um show, em que asluzes mudam o tempo todo.

Magnificação Para fotos de shows, aliás, existe um lance inte-ressante. Como as objetivas acabam tendo umamagnificação de 1,3x, as teles têm maior alcan-ce. Usando a objetiva 300mm, ela se tornouuma bela 390mm. Por outro lado, as grande-angulares perdem um pouco de abrangência.

LCD legal Ao fotografar e revisar as imagens, o LCD é legal,tem um bom tamanho e oferece muitas informa-ções sobre a imagem, como abertura, velocida-de, histograma etc. Todas elas são transferidaspara o Mac ao se copiar os arquivos. Interes-sante também é o microfone embutido na câme-ra, que permite gravar informações adicionais.

Apesar do limite de sensibilidade de ISO 400, é possível fotografar shows

Enfim, a DCS 760 é essencialmente um objetodo desejo. São poucas as empresas que podembancar seu custo. Mas não há dúvida de que aqualidade da imagem que a câmera proporcio-na é muito boa. Nesta faixa de equipamento(estilo 35mm reflex profissional), talvez seja amelhor qualidade disponível atualmente noBrasil. E é uma alternativa muito interessantepra uso em estúdio, pois custa bem menos doque um back digital. µ

MARCOS KIM [email protected]

Possui um terço de DCS 760 (um Monza 95).Colaboraram: Zooparque de Itatiba e Bourbon Street Music Club.

Antes e depois da aplicação do filtro anti-moirédo software da Kodak; não resolve, mas ajuda

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O que você faria se tivesse um belo proje-tor capaz de ampliar as imagens de seuMac, ou qualquer outro equipamento

com saída de vídeo XGA, composite ou S-Video? Para aplicações profissionais, o uso maiscomum seria utilizá-lo para realizar apresenta-ções para clientes ou em palestras. Já para apli-cações pessoais, não consigo pensar em coisamelhor do que ligar o DVD nele e montar umapequena sala de cinema em casa.O projetor LP530 da InFocus é o tipo de pro-duto que você não sabia que precisava deses-peradamente até ter a oportunidade de usá-lo.Pesando pouco mais do que 2,6 quilos (quaseo mesmo que um PowerBook Titanium), essapequena maravilha oferece mais do que amaioria dos equipamentos similares desseporte, trabalhando com resolução de 1024x768pixels, mas podendo adaptar para cima ou parabaixo resoluções de até 1280x1024.O LP530 inclui um cabo XGA que já traz umconector USB para controlar o projetor a partirdo programa para Mac. O software é para MacOS 9, mas o LP530 não tem problemas emidentificar o sinal de vídeo do OS X, desde queo Mac seja iniciado já com o projetor conecta-do e ligado. O programa de Mac é bem com-pleto, mas também é possível alterar todas asdiversas configurações oferecidas a partir docontrole remoto, que conta com botões paramudar a fonte de vídeo, dar zoom na imagemprojetada e ainda realiza os ajustes trapeizoi-dais (keystone), função fundamental em qual-quer projetor. Nos menus de configuração épossível ajustar parâmetros como brilho, con-traste, gama, balanceamento de cor, dimensãode tela (widescreen, formato nativo etc.) e niti-dez, entre outras opções.O dispositivo é bem inteligente e identificaautomaticamente se há sinal entrando em algu-ma das entradas de vídeo, seja XGA, compostoou S-Video. Um módulo a parte pode ser encai-xado no projetor a fim de possibilitar a cone-

Test Drive MÁRCIO NIGRO

InFocus LP530

Pró: Ótima qualidade de projeção; pequeno;versátil; compatível com PAL-MContra: Caro

Altere as configurações do projetor a partir do Mac

Para se ter uma idéia de como é pequeno

INFOCUS LP530¡™£¢∞Infocus: www.infocus.com

11-5535-3626Preço: US$ 7.900

O seu desktopvai para a parede

xão de um segundo computador, e mais umaentrada de vídeo composto e áudio.A imagem proporcionada é excelente: semqualquer defeito aparente de pixel e com ótimaresposta de luminosidade e sombras. A lumino-sidade mostrou-se sempre uniforme e suave,independente da fonte de vídeo.

DVD 4 everNuma intensa semana de “testes” assitindo adiversos filmes em DVD a partir do LP530, foipossível constatar que ele é perfeito para umhome theater, projetando cores bem vivas ebastante nitidez. O produto conta com umpequeno alto-falante, potente o suficiente paraser ouvido sem grandes distorções numa salanão muito grande. É claro que, para ver filmes

e coisas do gênero, é melhor ligar as saídas deáudio do projetor num equipamento de somexterno, ou então nem passar o sinal peloequipamento.O LP530 é feito para adaptar-se às mais diversassituações, fazendo a projeção de ponta-cabeça(se usado dependurado no teto) ou ao contrá-rio, quando a imagem é projetada por trás datela. Aliás, ele é compatível com os padrõesNTSC, PAL, SECAM, PAL-M, e PAL-N; ou seja,funciona bem no mundo inteiro. A grande frustração é na hora de saber o preço:US$ 7.900. Definitivamente, não é um brinque-do qualquer, mesmo levando em conta que ocusto não é tão alto para um projetor tãopequeno e poderoso como este. Para empresasou consultores que precisam viajar para darpalestras, ele vale o quanto (não) pesa. µ

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M uita gente pode nem ter se dadoconta, mas já faz algum tempo que osportáteis da Apple (além do Cubo e

do novo iMac) vêm sem entrada de áudio. Paramuitos isso não faz a mínima falta. Afinal, omicrofone interno dos iBooks e PowerBooks jádá para brincar um pouco: gravar alguns sons,mesmo que toscamente, fazer o latido do Rexvirar “sound alert” e por aí vai.Até bem pouco tempo atrás, mexer com áudionão era trabalho para qualquer Mac: era pre-ciso um bom clock e era essencial ter slots PCIpara colocação de placas de áudio. Com oadvento de sistemas completos, e até móveis,de som, interfaces de áudio como a MOTU 828(ver resenha nesta edição) ou a Digi 001(Macmania 85), que ligam-se à sua máquinavia FireWire, está cada vez mais comum esbar-rar com algum músico que trabalha, compõe,edita e até mesmo finaliza e masteriza a músicanum PowerBook. Alguns até usam seusportáteis para fazer apresentações ao vivo.Mas se você não tem muito dinheiro para gas-tar com um equipamento desses ou não leva oáudio assim tão a sério, a solução é apelar

pros adaptadores USB de audio in. Não dápara saber muito bem por que a Appleresolveu “esquecer” a entrada de áudio mini-plug em algumas de suas máquinas, mas ameu ver, o ideal não seria ter que gastarmais dinheiro num aparelhinhoextra, depois de ter compradoum computador caro e deúltima geração. Então, vamos aos fatos:testamos dois adaptadoresdo mercado: o iVoice, da Macally, e o iMic, da Griffin Technology.São produtos extremamente sim-ples. Nem manual ou instruçõesde uso são necessários. Não re-quer prática nem tampouco soft-ware extra, pilhas ou cabos de força.Apenas encaixe-os em qualquer porta USBna traseira do seu Mac e saia pro abraço. É olegítmo “plug & play”, tanto no OS 9 como noOS X. Imediatamente os sistemas reconhecem apresença do adaptador, permitindo que você es-colha tanto no seu painel de controle como noseu software de gravação preferido o line in.Os dois aparelhos também têm uma saída deáudio miniplug, idêntica à que já vem no Mac,que pode servir para plugar um equipamentode som extra ou mesmo um fone de ouvido. Éum equipamento fundamental para quem temum desses Macs “surdos” e quer, por exemplo,converter seus velhos vinis para MP3. Ambossão de tamanho pequeno, reforçando a porta-bilidade do produto, funcionando em Macscom OS 9.0.4 em diante.

As diferençasAmbos os miniplugs podem funcionar comoentrada de áudio no iMic. O mesmo jack desaída de som pode ser usado para entrada deum microfone externo, bastando apenas mudaro seletor que fica entre os dois jacks. Casovocê queira ligar uma fonte, sonora de impe-dância menor que um microfone como, porexemplo, um CD player ou um videocassete, ésó usar a outra entrada, que conta com umapequena amplificação de sinal. Solução inte-ligente que torna o iMic totalmente versátil.Além de line in e line out, o iVoice traz tam-

bém um microfone embuti-do. Se fosse um bom micro-

fone, que se diferenciasse emqualidade do que já vem defábrica no seu Mac, até faria

sentido a sua existência,mas não é o caso. E é nessemic embutido que reside omaior problema do adapta-dor da MacAlly: mesmocom um audio in plugado

nele, o seu microfone embu-tido continua funcionando.

Não há maneira de você esco-lher entre o mic e o line in. Isso

faz com que o uso do iVoice se li-mite apenas à função de microfone ou line-out, ambas as funções já presentes no seuMac. Além disso, aparentemente o adaptadornão possui um limitador de impedância, tor-nando bem difícil a gravação, já que qualquersom plugado nele, principalmente microfonesexternos, tende a distorcer.

ConclusãoO iMic é sem dúvida a melhor opção. Ele fazum perfeito par com um bom microfone, possi-bilitando resultados excelentes no seu portátilou Cubo. Já o iVoice... bem, caso o microfonedo seu Mac tenha quebrado, pode ser umaopção a se pensar.Infelizmente, nenhum dos dois fabricantes têmseu produto vendido no Brasil. A MacAlly atéconta com um representante aqui (a MGI), masque até o momento não se interessou porimportar o iVoice. A Griffin não possui repre-sentante local, mas vende o iMic e o envia paraqualquer lugar do mundo. Só que o preço doproduto, com o frete, salta de US$ 35 para US$65, tornando a brincadeira um pouco cara. O mesmo é válido para a MacAlly. µ

CARLOS BÊLAJá pode finalmente tirar do baú seu Casiotone rosa-choque para gravar “Da Da Da” no Titanium.

CARLOS BÊLA Test Drive

iMIC¡™£¢Griffin Technology:www.griffintechnology.com

Preço: US$ 35 (EUA)

Pró: Versátil; combina com o Titanium

Contra: Não vende no Brasil

iVOICE¡™Macally: www.macally.com

11-287-0448Preço: US$ 49 (EUA)

Pró: CompactoContra: Microfone embutido atrapalha oline in; não vende no Brasil

iMic e iVoice Microfones USB fazem seu Mac ouvir melhor

53

Page 44: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

J á tive a oportunidade de analisar doismodelos da linha de minicâmeras “es-piãs” SpyPen, que tradicionalmente são

pequenas e funcionais. A SpyPen Memo nãofoge à regra, só que inclui mais funções dopoderíamos esperar desse dispositivo de bolso.A câmera traz memória embutida de 8 MB, oque permite tirar 26 fotos a 640x480 pixels (omodo de “alta resolução”) ou 107 capturas a352x288. Ela também possui um timer de dezsegundos para disparar fotos e, como os outrosmodelos já testados, é capaz de gerarpequenos filmes, que na verdade são fotostiradas consecutivamente e “jun-tadas” num arquivo QuickTime,resultando num filme mudode oito segundos, ligeira-mente acelerado (e em baixaresolução).

No escuroO pacote inclui um módulo deflash que pode ser acoplado àcâmera. Assim, ela é capaz detirar fotos em qualquerambiente e nível de ilumi-nação. O único inconveniente éque o flash requer duas pilhas

“palito” (além das duas da própria câmera),tornando-o quase tão pesado quanto a Memo.Um recurso interessante da Memo é a capaci-dade de tirar fotos a intervalos regulares quepodem variar de um minuto até uma hora. Autilizade disso varia de acordo com a pessoa esua índole: pode servir para tirar fotos de pes-soas ou ambientes sem que você esteja lá (sótome cuidado porque a câmera emite um bipe acada foto e isso pode estragar seus planos), oupara aplicações mais científicas como registrar odesabrochar de uma flor ou uma aranha traba-lhando em sua teia. Para facilitar essa tarefa, vem

com o produto um suporte de plástico pa-ra manter a câmera parada na

posição vertical, mas que podeficar meio instável se ela estiver

com o flash acoplado.A Memo também fun-

ciona como gravadordigital de áudio,com capacidade deaté 12 minutos. Só

é meio chato o fatode a gravaçãosó ser feitaenquanto obotão frontalpermanecer

pressionado. Depois de al-gum tempo, seu dedo podeficar cansado... A comunicação com oMac é feita a partir daporta USB; há um driver

para Mac OS 9, que fun-ciona também no ambiente Classic do OS X. (OiPhoto ignora completamente a câmera.)Quando você conecta o cabo USB à Memo, umprograminha lançado automaticamente pergun-ta para onde as fotos serão transferidas e sevocê quer que tudo seja deletado da memóriada câmera após o processo.A lente oferece ângulo de visualização de 55

graus, o que não pode não ser muito para am-bientes pequenos, e o macro permite aproxi-mação de, no máximo, dez centímetros. O pequeno visor é um problema em potencial,uma vez que o enquadramento que se vê não éexatamente o obtido. As fotos muitas vezesficam mais à esquerda do que o desejado.Pode ser impressão minha, mas achei que osoutros dois modelos SpyPen que já testei, Xione Cleo, proporcionavam melhor qualidade deimagem. Muitas fotos ficaram com a luminosi-dade “estourada”, mesmo quando a luz ambi-ente não era tão forte. As imagens tambémapresentaram pouco contraste e o foco mos-trou-se meio indeciso com objetos localizadosa menos de 50 centímetros da lente.Enfim, não dá para esperar muito do resultadofinal, mas o preço de US$ 239 é menor do quepraticamente qualquer outra câmera digital. µ

Test Drive MÁRCIO NIGRO

Dois problemas nesta imagem: o auto-ajuste deexposição tende a “estourar” a luz, e a paralaxe em

relação ao visor a tira de centro

SPYPEN MEMO¡™£Absolut Technologies:www.abs-tech.com 71-379-4113Preço: US$ 239

54

Pró: Pequena; oferece várias funções e vem com flashContra: Baixa resolução; problemascom luminosidade

SpyPen MemoEspionagem rola até no escuro

O flash é encai-xado em doisplugs na lateral

Page 45: ANO9 Nº94 2002 R$7,00

V amos encarar arealidade: o Macnão tem drive de

disquete. Não que eletenha deixado muitasaudade mas, conven-hamos, às vezes você quertransportar meia dúzia dearquivos e fica sem sabercomo. Ou é muito poucopara queimar um CD, ou émuita coisa pra mandarpor email... mandar umZip? Raramente eles sãodevolvidos. Como diria ocamarada Vladimir – oque fazer?

Felizmente, Deus colocou portas USB em nossosiMacs. E alguém teve a brilhante idéia de colocarum chip de memória Flash em um chaveirinhocom uma porta USB. E fez-se o meio de trans-porte de dados multiplataforma definitivo.O Memory Key, da IBM, vem em dois tama-nhos: 8 MB e 32 MB. Oprimeiro é mais bara-to, mas o segundotraz uma relaçãocusto/megabytebem melhor. Elevem acompan-hado de um sim-pático “porta-isqueiro” de couropara pendurar no pescoço, mas o charmemesmo é usá-lo como chaveiro.Acompanha também um CD com driverspara Windows 98. No Mac, não é pre-ciso driver. Basta plugá-lo em umaporta USB (a do teclado é a maisprática) para o HD-chaveiro montar noseu desktop, pronto para ser utilizado.Quer dizer, em termos. Quando é plugadopela primeira vez, o Memory Key monta comoum disco formatado para MS-DOS. Pode seruma boa idéia deixá-lo assim, caso vocêtroque frequentemente arquivos com PCs eseu Mac esteja no Mac OS 9. Tivemos algunsproblemas quando tentamos copiar arquivosno Mac OS X para o Memory Key com sua for-matação original, mesmo ele funcionando acontento no OS 9. Felizmente, utilizando o

Disk Utility foi possível reformatá-lo para MacOS Extended. Daí para a frente, ele se com-portou muito bem em ambos os sistemas, masperdeu a compatibilidade multiplataforma.Para reformatá-lo novamente para DOS, sóplugando o bicho em um PC.O Memory Key não é nada impressionante emtermos de velocidade, mas como também nãotem uma capacidade muito grande, isso não fazmuita diferença. Você vai demorar cerca dedois minutos para encher seus 32 MB e a meta-de desse tempo para copiar seu conteúdo devolta para o disco.Faltava só o teste final. Arrastei o Finder, o Sys-tem, o Mac OS ROM e o System Resources parauma pasta no chaveirinho, que renomeei comoSystem Folder. Escolhi o chaveiro como disco destartup. Restartei a máquina e... não é que ela“bootou” pelo Memory Key? E com espaço parajogar um Norton Disk Doctor e dar uma checa-da no HD. Todo consultor deveria ter um desses.

O Memory Key é baseado na tec-nologia Diskonkey, da M-

Systems. Existem outros licen-ciadores da mesma tecnologia

que vendem chaveiros de até 128MB, mas a IBM preferiu se concentrar

nos modelos de 8 e 32 MB. O único proble-ma é que, por ter a grife IBM, o Memory Key

é mais caro que os concorrentes. Em com-pensação, ele tem um design melhor,

chato e retangular, enquanto os outrosparecem umas canetas Bic anãs egordinhas. De qualquer forma, vale o investimento.

Poder carregar no bolso um becapezinhode 32 MB pode salvar sua vida. Ou pelo

menos, o seu HD. µ

Pró: Minúsculo; extremamente práticoContra: Pequenas incompatibilidadescom o Mac OS X; caro

HEINAR MARACY Test Drive

IBM Memory KeyCarregue seu becape no bolso

55

IBM MEMORY KEY¡™£¢IBM: www.ibm.com.br

0800-78-1426Preço: R$ 196,51 (8 MB),

R$ 382,06 (32 MB)

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E xternamente,esse novo Titaniumnão tem diferença em relação

à primeira versão, lançada em janeiro de2001. Apenas usando ele por algum tempo éque acaba ficando perceptível que a Apple setocou de várias bobagens que tinha feito e conseguiu consertar uma coisa ou outra.Exemplo disso é a sensível melhora no lendá-rio problema de aquecimento da máquina. Nosprimeiros PowerBooks G4, o calor chega a serinsuportável depois de usá-lo no colo por umaporção de minutos. Ele ainda esquenta muito,mas deu uma aliviada, provavelmente devido amudanças feitas no cooler (dissipador térmico).Outra coisa que mudou – e isso não só noTitanium, mas em toda a linha de portáteis – foia fonte de alimentação. O velho “ioiô” queapareceu junto com os primeiros iBooks, em-bora simpático, era muito grande e desajeitadopara ser transportado com facilidade em umapasta, por exemplo. A nova fonte é pequena,tem uns ganchos para enrolar o fio e deixa você

usar aextensão quevem junto. Uma soluçãobem mais prática que a anterior.

Combo Drive combinaOs novos modelos (550 e 667 MHz) vêmequipados com o Combo Drive, que funcionaao mesmo tempo como leitor de DVD e gra-vador de CD-R. O drive continua sendo slot-loaded (você insere um CD em uma pequenafenda, como em um CD player de carro), mastraz uma sutil melhoria em relação aos primei-ros modelos. Em vez de agarrar o CD (ou DVD)logo de cara, ele deixa o disco entrar suave-mente quase até o fim, para então puxá-lo comum tranco. Assusta, na primeira vez. Mas logovocê se acostuma.

Test Drive DOUGLAS FERNANDES

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PowerBookG4 TitaniumCombo

O Combo Drive é o típico equipamento quedeveria ter vindo com o Titanium desde o iní-cio. Queimar CDs em um Mac portátil é quali-dade de vida. Baixe MP3, jogue-os no iTunes,queime um CD de áudio, ouça no carro.

Nunca foi tão fácil. A velocidadede 8x do Drive Combodo Titanium não é exata-

mente a coisa mais rápidado mundo, mas dá pro gas-

to, queimando um CD in-teiro em 9 minutos. O drive

também não se dá muito bemcom mídias vagabundas, acusan-

do erros variados até você baixar avelocidade de gravação para 4x ou

menos. Tanto o Disk Burner quantoo Toast ou o Jam, da Roxio, se dão às

mil maravilhas com o drive Combo.

Debugado!As pequenas falhas que existiam nos pri-

meiros PowerBooks G4 (bateria meio bamba,CDs que prendiam no drive) viraram coisa do

passado. O case de titânio, embora resistente,continua sendo facilmente riscado. Por isso, ébom tomar cuidado com o seu. Infelizmente,algumas coisas continuam na mesma: o tecladocontinua frágil, e aparentemente as teclas têm amesma facilidade de saírem voando ao se digi-tar mais violentamente. O botão de ligar feitode metal esquenta muito e pode fritar o seudedinho. Incomoda também a falta dos “pezi-

Pró: Excelente desempenho; tela grande;poder gravar CDs na estrada é tudoContra: Muito caro; fácil de riscar e sujar

¡™£¢Apple: www.apple.com.br

11-5503-00900800-1-APPLE

Preço: R$ 8.250 (550 MHz)R$ 11.900 (667 MHz)

Revisto e melhorado

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nhos” dos modelos antigos para deixá-lo maisalto e mais cômodo para se digitar em cima deuma mesa. E uma porta FireWire só é muitamerrequice por parte da Apple. O Titaniumcontinua sendo o Mac mais complicado para seinstalar uma placa AirPort, mas em compen-sacão, ela agora vem instalada de fábrica nomodelo top de linha, o de 667 MHz. Uma coisa que permaneceu imutável, um anodepois do lançamento, é o seu irresistívelcharme, que atrai olhares de curiosos por ondese ande. Goste ou não do seu design limpo, oque sempre chama atenção são as suas linhasretas, seu visual bem resolvido, seu peso leve esua espessura fina. E saber que ele é feito detitânio dá uma idéia de robustez e de moder-nidade ao mesmo tempo.

Nem é tão caro assimA boa notícia é que o Titanium 550 MHz é hojeo Mac com preço mais atrativo no Brasil – prati-camente uma promoção não anunciada. Por R$8.250, ele está apenas 50% mais caro que seupreço nos EUA, uma taxa rara em modelos delinha da Apple. A título de comparação, o novoiBook com tela de 14 polegadas está saindoapenas R$ 250 mais barato. O que faz a gentepensar: “quem em sã consciência iria compraruma máquina mais lenta, com tela menor,menos recursos e quase o mesmo preço?”À primeira vista, essa diferença parece um erro contábil, já que nos EUA o vão entre osdois produtos é de quase US$ 500. Mas o queprovavelmente ocorre é que lá o PB G4 não é mais um produto tão “hot” quanto o novoiBook, deve estar superestocado e, com isso,a Apple Brasil consegue importá-lo por umpreço melhor. E é nosso dever apontar essas boquinhas.Mais do que nunca, o modelo de 667 MHz éindicado para quem está atrás de velocidade.Além dos megahertz a mais, ele também contacom um bus (“barramento” – o canal por ondecaminham os dados entre o processador, me-mória e acessórios internos) de 133 MHz, con-tra 100 MHz do modelo mais barato, o que au-menta consideravelmente a diferença de de-sempenho entre os dois. E você ainda ganhamais 10 GB de disco, 256 MB de RAM e umaplaquinha AirPort de lambuja.Mesmo não sendo mais novidade, o Titaniumcontinua uma boa compra, graças aos updatesfrequentes que vem sendo feitos pela Apple.Em termos de relação preço/performance, elebate os melhores laptops do mundo PC. µ

DOUGLAS FERNANDES [email protected]

Com a grana de um Titanium, termina de mobiliar o seu apartamento.

Ficha técnicaChip 550 MHz 667 MHz

Preço R$ 8.250 R$ 11.900

RAM instalada 256 MB 512 MB

Barramento 100 MHz 133 MHz

HD 20 GB (4200 rpm) 30 GB (4200 rpm)

Drive óptico Combo Drive(lê DVD a 8x e CD a 24x; grava CD-R e CD-RW a 8x)

Portas Ethernet, modem 56k, infravermelho,2 USB, 1 FireWire, 1 PC Card, VGA, S-Video

Chip gráfico ATI Mobility Radeon

Tela Matriz ativa de 15,2 polegadas (1152 por 768 pixels)

Medidas externas 2,6 x 34,1 x 24,1 cm

Peso 2,45 kg

Acima, o PowerBook G4 original; abaixo, o novo. Note o cooler ampliado, com aletas dissipadoras de calor e uma misteriosa tubulação. De resto, a máquina continua fácil de abrir,

mas instalar o cartão AirPort ainda é uma tarefa pra lá de chata

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T oda vez que a Native Instruments mandaum novo produto para a Macmania ava-liar, é a mesma coisa: não dá para falar

mal. Aliás, é difícil não ficar abobado com osfeitos desses alemães. Quando o assunto é

Reaktor, a coisa vai ainda mais lon-ge, pois esse software é conheci-

do como o rei dos sintetizado-res virtuais. Agora na versão3, o Reaktor é o sintetizadorvirtual mais poderoso do

mercado, misturando moduladores, processa-dores de efeitos, sampler, loops, sequências eoutros recursos que podem ser manuseadosem tempo real apenas com o uso do mouse.Que tal utilizar o sampler para ressintetizar oáudio e transformá-lo em algo completamentenovo? Ou então, juntar vários loops rítmicos,acertar automaticamente o tempo de cada ume combiná-los, criando um som radical? Ouquem sabe, você quer utilizar todas as técnicasde síntese possíveis para gerar um timbre semprecedentes? Essa é a função do Reaktor: rein-ventar o universo sonoro. O Reaktor funciona como um programa inde-pendente, mas ele é bem mais útil na forma deplug-in, trabalhando com os formatos VST 2.0,DirectConnect e MAS. Também suporta ospadrões ASIO e FreeMidi. Todo o poder dessesoftware vem de sua arquitetura modular, queinclui mais de 200 módulos básicos que podemser combinados das maneiras mais diversas.Entre eles encontram-se osciladores análogosou de sampler, vários filtros e envelopes (ata-que, sustentação, decaída e soltura do som),distorções e sequencers. Os novos módulos do Reaktor 3 incluem o Au-dio Array (que possibilita criar osciladores a par-tir de arquivos de áudio), o Event Array (paradesenhar envelopes com número ilimitado decurvas), delay com até oito repetições (8-TapDelay) e o mixer de oito canais. Mais do quenovos módulos, o Reaktor 3 inclui um mecanis-mo de áudio completamente reescrito e otimiza-

Resenha MÁRCIO NIGRO

REAKTOR 3¡™£¢∞Native: www.nativeinstruments.de

Preço: US$ 499 (no site da empresa;imposto e taxa de entrega não incluídos)

Reaktor 3

Pró: Arquitetura modular abre possibilidadescriativas ilimitadas; qualidade sonora impres-sionante; suporte a AltiVecContra: Plug-in só rola com o software emplano de fundo; curva lenta de aprendizado;não tem representante no Brasil

Sintetizador virtual vai onde nenhum som jamais esteve

A interface do Reaktor não é exatamente intuitiva,mas as possibilidades são ilimitadas

do para tirar proveito das instruções AltiVec dochip G4, além de nova interface com novas bar-ras de ferramentas e botões, faders e controlesredesenhados para deixar o programa mais in-tuitivo. O Reaktor também melhorou o suportea drag and drop – que passa a funcionar comarquivos de áudio, intrumentos e macros –, epossibilita importar samples no formato Akai.No final das contas, a interface não mudou radi-calmente e nem se parece muito com um pro-grama de Macintosh. Quem sabe a Native Instru-ments não implementa um visual mais Aqua nodia em que lançar uma versão para Mac OS X?Um dia ela vem.Mas e aí, é simples de usar? Não vou mentirpara a freguesia: o Reaktor pode ser bem com-plexo. Se você não entende nada de síntesesonora ou processamento de áudio, talvez sejamelhor começar com um produto mais simplescomo o Absynth, da própria Native Instruments(ver Macmania 88). A complexidade do progra-ma está intimamente ligada ao seu poder, masisso não quer dizer que ele é um bicho de setecabeças. O produto vem com um ótimo manualdo usuário, que contém vários tutoriais quefacilitam bastante o aprendizado. Com dedica-ção e prática, você começa a dominar o seu for-mato modular e a criar seus próprios sons.

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Se você não quiser sair do zero, o Reaktor trazuma grande e variada biblioteca com intrumen-tos de timbres fantásticos – desde loops rítmi-cos, passando por sons suaves, até ruídosassustadores. A partir desses instrumentos vocêpoderá explorar as diversas facetas do softwareque incluem, além dos recursos de síntese tra-dicionais, compressores, equalizadores, altera-ção de pitch, delay, distorção e muito mais.Para completar, o site da Native Instrumentsabriga uma vasta comunidade de usuários doReaktor, onde é possível baixar e trocar arqui-vos com outras pessoas. Definitivamente pentelho é o dongle (proteçãopor hardware) USB do Reaktor, que me obrigoua ficar desconectado da impressora toda vezque tinha de rodar o programa. Mas isso chegaa ser uma reclamação fútil. O fato que mais meincomodou foi que, ao contrário da versãoanterior, o plug-in VST só rola com o programaaberto em segundo plano, o que implica emprecisar de maior poder de processamento pararodá-lo (a empresa diz que está trabalhandonum update para corrigir esse detalhe).Independente disso, utilizar um Mac com chipG4 para rodar o Reaktor é ultra-recomendável,embora o software role em máquinas G3, sóque de modo mais sofrível. µ

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ador para dados (Data Merger), que permitecriar cartas e formulários mais facilmente, euma interação maior com o Entourage, podendo digitar contatos novos no Word e adicioná-los ao Entouragecom um clique.Se o Excel e o PowerPoint também não trazemgrandes novidades, o fato de eles utilizarem osistema de desenho de telas do OS X, o Quartz,já é uma boa notícia. Gráficos e apresentaçõesganham uma nova vida com o controle deopacidade dos objetos, transformando gráficosapenas coloridos em translúcidos.No Excel agora é possível também personalizaratalhos de teclado, assim como no Word (Po-werPoint e Entourage não têm essa função), ehá uma maior integração com o REALbasic paracriar programas que utilizem dados do Excel.No caso do PowerPoint, as mudanças foramtambém mínimas: além do visual Aqua, as ima-gens ou outros documentos “linkados” numaapresentação agora ficam numa pasta única,

pedaços de texto não afeta o restante. Essafunção não é uma invenção da Microsoft. O Nisus Writer já faz isso há tempos, porém,apenas o Word funciona no OS X; portanto...Além disso, o programa ganhou um gerenci-

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M uito se falou que, para o Mac OS Xdeslanchar de vez e se tornar o sis-tema operacional padrão da grande

maioria dos macmaníacos, faltava o Office daMicrosoft ser “carbonizado” (ou seja, adaptadopara o OS X). Bem, desde novembro o pacotede aplicativos está disponível em versão para onovo sistema. E agora? A mudança é definitiva?É o que pensa a Microsoft; tanto que o novoOffice é exclusivo para o novo sistema, ouseja, o Office 2001 será a última versão dis-ponível para o OS 9. Daqui para a frente, vidanova na divisão Mac da Microsoft: uma vidatotalmente Aqua.Numa primeira análise, o Office v. X tem tudo aver com o Mac, mas ainda existem certas situ-ações que continuam a importunar os mac-maníacos. Isso sem falar em pequenos bugsnovos, exclusivos do Office v. X. Bem, mas issojá era de se esperar, não é?

Escritório do XEm primeiro lugar, o Office v. X não é uma me-ra adaptação do Office 2001. O pessoal se es-merou em colocar funções exclusivas e não sim-plesmente implantar a interface Aqua.O Office foi otimizado para o OS X, benefician-do-se da multitarefa preemptiva e também doQuartz (sistema de desenho de tela), agregandovelocidade sem perder desempenho. Mas o mé-todo de desenho das fontes na tela continuasendo o mesmo usado no sistema clássico, enão o do Quartz. Assim, ironicamente, o mes-mo texto exibe um visual muito mais realísticono humilde TextEdit do que no Word.Algumas mudanças podem atrapalhar os usuá-rios mais antigos, acostumados a certos atalhosde teclado. A Microsoft optou por trocar váriosdos atalhos anteriores para se manter consis-tente com os novos atalhos padrão do sistema.Exemplo: no Office 2001, para enviar e recebertodas as mensagens, bastava digitar [Ω][M]. Masno OS X esse atalho é para minimizar janelas.Sendo assim, para mandar e receber seusemails agora é preciso teclar [Ω][K].

Poucas mudançasDos quatro programas que compõem o Office,três deles tiveram pouquíssimas inovaçõesalém do visual Aqua. O Word, o Excel e oPowerPoint foram remodelados, sim, masfunções novas são poucas.No caso do Word, o principal destaque é poderselecionar textos não-contínuos. Com o mouse,selecione um bloco de texto e depois, com atecla [Ω] apertada, escolha outro pedaço.Qualquer formatação aplicada somente nesses

SÉRGIO MIRANDA Resenha

Office v.XChegou o aplicativo mais importante para o Mac OS X, mas ainda falta uma revisão

Selecionar textos não-contínuos é legal, mas poder acentuar seria melhor

Pró: Visual Aqua, com novas funcionali-dades, multitarefa; Entourage reformulado;gráficos transparentesContra: Cadê o dicionário? Por que não acentua? E não tinham prometido sumircom aquele assistente chato?

MICROSOFT OFFICE v.X¡™£¢Microsoft: www.microsoft.com/mac

11-3444-6841Preço: US$ 499 (versão completa)

US$ 299 (upgrade)

¡

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Resenha

facilitando o gerenciamento de arquivos e me-lhorias na função de exportar para QuickTime,podendo usar as transições do QT na apresen-tação. Além disso, pode-se usar no QuickTimeas ferramentas de Web da Microsoft, como clipart e coisas assim.

Entourage, o grandeEnquanto os outros três programas do pacotevieram com poucas firulas, o Entourage v. X foiquem passou pela maior recauchutagem.Criado para o Office 2001 e exclusivo paraMac, o Entourage mistura um gerenciador deinformações pessoais com cliente de email.(Para saber mais sobre ele, leia a matéria naedição 92.)A mudança no Entourage foi radical. Sai o visu-al “Outlook Express” do Office 2001 e entra ainterface Aqua, com seis grandes botões parafacilitar o acesso às funções do programa. Cadauma delas possui uma barra de ferramentasdiferenciada, para melhorar a navegação. Alémdisso, o banco de dados do Entourage foi

remodelado para se integrar ao ambiente mul-titarefa do OS X. Assim, o banco de dados ficarodando em segundo plano (background),pronto para receber as informações vindasdiretamente dos outros programas do Office,mesmo com o Entourage desligado.Para receber e enviar emails, não há muito oque falar. Tudo funciona como no OS 9. Mas,

para quem usa o programa para gerenciar seuscontatos e o seu dia-a-dia, há novidades. O ca-lendário foi reformulado, agora com trêspainéis distintos. No maior, o calendário em si,é possível mudar o modo de visualização (Dia,Semana, Semana de Trabalho – sem o final desemana – e Mês) com um botão. Agora, quan-do uma tarefa vai durar mais de um dia, ela émostrada como um banner passando pelosdias, e não mais como a mesma tarefa repetidaem diversos quadros. No outro painel, asTarefas aparecem listadas, mas atenção: depoisde completada uma tarefa, ela some dali. Oúltimo, um minicalendário, pode parecerreduntante, mas é possível colocar o calendáriodo mês anterior e o do próximo, para quemgosta de saber o que passou e o que ainda virá.Uma nova função que pode ser uma mão naroda ou um tormento (dependo do seu pontode vista) é a de recuperar endereços de emailrecentes. Funciona assim: você recebe umemail de alguém que não está no seu Catálogode Endereços e o Entourage “guarda” oendereço. Assim, quando você digitar asprimeiras letras, ele também aparecerá na listapara o caso de você precisar. Mas, e se vocênão quiser usar esta função? Basta desligá-lanas preferências Mail & News, na abaCompose. Vai de gosto do freguês.No quesito “problemas temporários que devemser resolvidos rapidamente”, o Entourage v. Xainda não exporta contatos, calendários e notaspara o Palm. Segundo a Microsoft, o problemanão é dela, mas da Palm, que ainda não liberou

Faça planilhas e gráficos estilosos no Mac OS X

Apresentações legais com efeitos bacanas, podendo-se exportá-las para QuickTime

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uma versão oficial do seu conduíte para o OS X. A empresa garante que, assim que a Palm fizer asua parte, um patch (remendo) será colocado àdisposição no site da Microsoft, de graça.No quesito bug, o Entourage tem um que poderiaser engraçado, se não fosse irritante. Se vocêclicar no ícone do programa no Dock com ajanela Mail minimizada, ela virá para a frente, maspermanecerá cinza, como se estivesse em back-ground, e você não vai conseguir navegar entresuas mensagens. Para ativar a janela, é precisoreduzi-la de novo e clicar no ícone da janela Mailno Dock. Chato.

Falhas imperdoáveisApesar de todo o esforço da turma do Bill Gatesem criar um conjunto de programas de primeiralinha para o Mac, ainda existem alguns problemascom o Office que não foram sanados, e algunsnovos que atrapalham a vida de quem optou porpagar (e pagar bem) pelo pacote de programas.O primeiro grande problema do Office é a faltade um dicionário de correção ortográfica paraportuguês. Será que o pessoal da divisão Mac daMicrosoft não sabe que existem macmaníacospor estas paragens? Desde o Office 2001 essa

situação não muda. Nem a Apple Brasil nem a Microsoft pare-cem entender a absoluta necessidade dessa função. E não esta-mos falando de um programa baratinho, não. Paciência.Ficamos esperando. É claro que vamos esperar sentados...Outro problema interessante e que nunca foi detectado em ver-sões anteriores do Word foi a recusa repentina do programa em

acentuar palavras. Como éque é? Vejam só! Em nossostestes, de uma hora para aoutra, ao utilizar qualqueroutra fonte que não a Times

Resenha

ao digitar os acentos, o programa se recusava aacentuar (algumas vezes, nem mesmo a Timesfuncionou). Isso ocorreu em máquinas dife-rentes, mas não em todas. Será que é algumdescaso com usuários que não usam a línguainglesa? E não estamos falando exclusivamentedaqui: macmaníacos europeus também já recla-maram com a Microsoft sobre o bug. Esse pro-blema não é só irritante, como a falta de dicio-nários, mas também uma afronta total aos mac-maníacos não-angloparlantes. Até o fechamentodesta edição, não havia disponível um remen-do que o resolvesse.O Office para OS X está aí. Mas para nós, mac-maníacos brasileiros, ainda precisa melhorarpara ser perfeito. µ

SÉRGIO MIRANDAFoi obrigado a escrever este texto no TextEdit,porque o Word se recusou a acentuar palavras decentemente...

Mais do que um cliente de email, o Entourage é um organizador da sua vida

Não perca mais seus encontros ou fechamentos

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As opiniões emitidas nesta coluna não refletem a opinião da revista,podendo até ser contrárias à mesma.

D omingo à noite, depois de um fim desemana offline, vou pegar meu mail elá vem a pilha de mensagens represa-

das. Amigos (poucos e bons), propaganda(lixo, muito lixo, quanto lixo!), mailing lists(listas de discussão; o nome em português émais correto :-)) etc. Numa das listas, sobreMac, encontro uma longa cadeia de mensa-gens, coisa rara em um domingo. Como o títu-lo não permitia saber o que se discutia, abro amensagem inicial, e me surpreeendo com umprotesto contra o Mac OS X e um elogio ao 9,que o autor usava e não pretendia trocar tãocedo pelo X, especialmente diante do que via.“O que via” era uma mensagem em que se dis-cutia truques de linha de comando. Em umalista de Mac, para seu desagrado e espanto.Bem, isso tudo para começar a falar o que pre-tendo sobre o Mac OS X.Primeiro que tudo: vamos ser realistas. Nãoadianta reclamar. É desperdício de energia. OMac OS X é o Mac OS daqui para a frente. Ouseja: hoje. Para ele serão escritos os programase projetados items de hardware, CPUs, placasde vídeo e até interfaces de áudio profissionais.Segundo: enquanto, no passado, a Apple e osdesenvolvedores de software se preocupavamcom a compatibilidade das novas versões do OSe dos softwares com as máquinas antigas, compouca RAM, pouco HD e processadores lentos,hoje escrevem praticamente apenas para asmáquinas que estão em linha. Para a Apple –

Ombudsmac MARIO JORGE PASSOS

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experiência mostra), e, frequentemente, se arvo-rava a “conselheiro” de neófitos e até mesmoconsultor de empresas. Isso porque o usuárioprecisava intervir muito mais frequentemente noOS, fosse por conta de programas, fosse porconta do sistema. O X é um sistema muito maissólido. O usuário leigo – seja ele apenas um lei-tor de emails e autor de textos, seja um designergráfico ou editor de vídeos – precisa intervirmuito menos no OS e nas suas “entranhas”. Poroutro lado, “abrir o capô” do Mac OS X não émais coisa para usuários. É assunto sério, paraprofissionais habilitados, e, principalmente,estudiosos e experientes (assim, tipo o Freitas).Não dá mais pra sair arrastando qualquer coisapara qualquer lugar. Para quem, como eu, traba-lha em ambientes de produção, é uma bênção.Não precisarei mais me desviar do caminho decasa à meia-noite porque durante o dia alguémmexeu no Extensions Manager de uma estaçãode vídeo e agora não funciona mais e há traba-lho precisando ser finalizado. Basta configurar amáquina como administrador e criar um usuáriopara o operador da estação, sem permissão paradeletar, instalar ou configurar nada além doestritamente necessário. Estou legislando emcausa própria? Não. Na minha experiência comoconsultor, vejo que muitos dos problemas doMac vêm exatamente desse usuário interventorque, ao contrário do usuário de Windows queteme pôr tudo abaixo, não tem o menor temorde revirar o seu Mac.Finalmente, a afirmação categórica é: “o X nãotem programas!” Mais ou menos. Não temtodos. Vai ter mais, em breve. Não tão rápidoquanto sonham os entusiastas de carteirinha(fala, Alê!), mas mais rápido do que gostariamos pessimistas de plantão. Falei muito, mas você deve estar se peguntando:“Mudo para o X ou não?”. Se você tem um Maccom processador mais rápido que 400 MHz, 256MB ou mais de RAM e seus programas importan-tes de trabalho (ou prazer) já foram portadospara o X, a resposta é: “Sim!”, com certeza. Se oseu Mac é lento, se você não tem RAM o bastan-te ou se precisa usar o Photoshop, por exemplo,então espere um Mac mais rápido e com maisRAM e/ou o seu software de fé ser portado parao X, o que (o porte, não o upgrade do seu Mac)deve significar “até o fim deste semestre”. Masnão fique pensando que você vai escapar dessa.Mac OS X, você ainda vai ter um! µ

MARIO JORGE PASSOSÉ consultor e acha que está precisando casar de novo.

sempre é bom lembrar, a Apple é umaempresa de capital aberto, da qual se

espera lucro – significa redução de custo, o queé importante em uma indústria que vive demargens estreitas e em uma época de crise.Para o usuário que compra máquinas novas, sig-nifica aproveitar melhor o computador quecomprou. Mas para quem tem modelos antigos,é a morte anunciada do seu equipamento.Ruim? É, negócios não são arte. Lucro não éuma coisa simpática. Mas a Apple se tornounovamente lucrativa após a volta de Jobs, nãopor conta do sucesso de vendas do iMac, iBookou G3s beges ou azuis, mas sim porque a equi-pe que veio com Jobs tomou decisões drásticase impopulares como essa, mas que têm geradolucros sucessivos. Todo usuário convicto gostade enumerar esses dados, para garantir à oposi-ção que “o Mac não está morto”, e que “BillGates não comprou a Apple” (para quem aindanão sabe, a Microsoft comprou alguns milhõesem ações sem direito a voto, à prestação, apa-rentemente como parte de um acordo legal, etambém para evitar que o único concorrentefechasse e seu monopólio fosse indiscutível).Enfim, ao engolirmos este sapo, estamos pagan-do para ter a Apple aberta e funcionando. Antesa Apple era pródiga, e dava prejuízo.Mas voltemos ao OS X. Ele tem um outro aspec-to. Redefine os papéis do usuário e o do técni-co. No Mac OS “antigo”, quase todo usuário seconsiderava um expert (e quase nenhum era, a

To X or not to X?