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Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico

 A realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentestipos de conhecimento.

Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo iletrado e/ou desprovido deoutros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, tipo de soloadequado para diferentes culturas. odos são exemplos do conhecimento que é acumuladopelo homem, na sua intera!ão com a nature"a.

# $onhecimento fa" do ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhepossibilita fugir da submissão % nature"a. A a!ão dos animais na nature"a é biologicamentedeterminada, por mais sofisticadas que possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou aorgani"a!ão de uma colméia, isso leva em conta apenas a sobreviv&ncia da espécie.

# homem atua na nature"a não somente em rela!ão %s necessidades de sobreviv&ncia, 'ouapenas de forma biologicamente determinada( mas se d) principalmente pela incorpora!ão deexperi&ncias e conhecimentos produ"idos e transmitidos de gera!ão a gera!ão, através daeduca!ão e da cultura, isso permite que a nova gera!ão não volte ao ponto de partida da que aprecedeu. Ao atuar o homem imprime sua marca na nature"a, torna-a humani"ada. * % medidaque a domina e transforma, também amplia ou desenvolve suas pr+prias necessidades. mdos melhores exemplos desta atua!ão são as cidades.

# $onhecimento s+ é perceptvel através da exist&ncia de tr&s elementos o sujeitocognoscente 'que conhece( o objeto 'conhecido( e a imagem. # sujeito é quem ir) deter o

conhecimento o objeto é aquilo que ser) conhecido, e a imagem é a interpreta!ão do objetopelo sujeito. este momento, o sujeito apropria-se, de certo modo do objeto. 0# conhecimentoapresenta-se como uma transfer&ncia das propriedades do objeto para o sujeito1. '2ui", 3oão.4etodologia cientfica(.

# conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela, essa posse confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos para a a!ãoconsciente. A ignor5ncia tolhe as possibilidades de avan!o para melhor, mantém-nosprisioneiros das circunst5ncias. # conhecimento tem o poder de transformar a opacidade darealidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir com certe"a, seguran!a eprecisão, com menos riscos e menos perigos.

4as a realidade não se deixa revelar facilmente. *la é constituda de numerosos nveis eestruturas, de um mesmo objeto podemos obter conhecimento da realidade em diversos nveisdistintos. tili"ando-se do exemplo de $ervo 6 7ervian no livro 4etodologia $ientfica, 0comrela!ão ao homem1, pode-se consider)-lo em seu aspecto eterno e aparente e di"er uma sériede coisas que o bom senso dita ou a experi&ncia cotidiana ensinou8 pode-se, também, estud)-lo com esprito mais sério, investigando experimentalmente as rela!9es existentes entre certos+rgãos e suas fun!9es8 pode-se, ainda, question)-lo quanto % sua origem, sua realidade edestino e, finalmente, investigar o que dele foi dito por Deus através dos profetas e de seu*nviado 3esus $risto.

*m outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela, teve deaceitar diferentes tipos de conhecimento.

em-se, então, os diferentes tipos de conhecimento

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• $onhecimento *mprico.

• $onhecimento $ientfico.

• $onhecimento :ilos+fico.

• $onhecimento eol+gico.

Conhecimento Empírico

;opular ou vulgar é o modo comum, corrente e espont5neo de conhecer, que se adquire notrato direto com as coisas e os seres humanos, as informa!9es são assimiladas por tradi!ão,experi&ncias causais, ing&nuas, é caracteri"ado pela aceita!ão passiva, sendo mais sujeito aoerro nas dedu!9es e progn+sticos. 0é o saber que preenche nossa vida di)ria e que se possuisem o haver procurado, sem aplica!ão de método e sem se haver refletido sobre algo1'7abini,<=>?@<(.# homem, ciente de suas a!9es e do seu contexto, apropria-se de experi&ncias

pr+prias e alheias acumuladas no decorrer do tempo, obtendo conclus9es sobre a 0 ra"ão deser das coisas1. , portanto superficial, sensitivo, subjetivo, Assis tem)tico e acrtico.

Conhecimento Científico

# conhecimento cientfico vai além da visão emprica, preocupa-se não s+ com os efeitos, masprincipalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova percep!ão do conhecimentose deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistemade proposi!9es rigorosamente demonstradas e imut)veis, para um processo contnuo deconstru!ão, onde não existe o pronto e o definitivo, 0é uma busca constante de explica!9es e

solu!9es e a reavalia!ão de seus resultados1. *ste conceito ganhou for!a a partir do séculoBC com $opérnico, 7acon, Ealileu, Descartes e outros.

o seu conceito te+rico, é tratado como um saber ordenado e l+gico que possibilita a forma!ãode idéias, num processo complexo de pesquisa, an)lise e sntese, de maneira que asafirma!9es que não podem ser comprovadas são descartadas do 5mbito da ci&ncia. *steconhecimento é privilégio de especialistas das diversas )reas das ci&ncias.

Conhecimento Filosófico

o conhecimento que se baseia no filosofar, na interroga!ão como instrumento para decifrar elementos imperceptveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal,exige um método racional, diferente do método experimental 'cientfico(, levando em conta osdiferentes objetos de estudo.

*mergente da experi&ncia, 0suas hip+teses assim como seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observa!ão1. # objeto de an)lise da filosofia são idéias,rela!9es conceptuais, exig&ncias l+gicas que não são redutveis a realidades materiais e, por essa ra"ão, não são passveis de observa!ão sensorial direta ou indireta 'por instrumentos(,como a que é exigida pelo conhecimento cientfico. Foje, os fil+sofos, além das quest9es

metafsicas tradicionais, formulam novas quest9es A maquina substituir) quase totalmente ohomemG A clonagem humana ser) uma pr)tica aceita universalmenteG # conhecimentotecnol+gico é um benefcio para o homemG Huando chegar) a ve" do combate % fome e %misériaG *tc.

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Conhecimento Teológico

$onhecimento adquirido a partir da aceita!ão de axiomas da fé teol+gica, é fruto da revela!ãoda divindade, por meio de indivduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios quepermeiam a mente humana, 0pode ser dados da vida futura, da nature"a e da exist&ncia doabsoluto1.

0A incumb&ncia do e+logo é provar a exist&ncia de Deus e que os textos 7blicos foramescritos mediante inspira!ão Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdadesabsolutas e incontest)veis.1 Foje diferentemente do passado hist+rico, a ci&ncia não se permiteser subjugada a influ&ncias de doutrinas da fé e quem est) procurando rever seus dogmas ereformul)-los para não se opor a mentalidade cientfica do homem contempor5neo é aeologia1. '3oão 2ui"( sso, porém é discutvel, pois não h) nada mais perfeito que a harmoniae o equilbrio do C*2I#, que de qualquer modo est) no conhecimento da humanidade,embora esta não tenham mãos que possa apalp)-lo ou olhos que possam divisar seu hori"onteinfinito... A fé não é cega baseia-se em experi&ncias espirituais, hist+ricas, arqueol+gicas ecoletivas que lhes d) sustenta!ão. # conhecimento pode er fun!ão de liberta!ão ou de

opressão. # conhecimento pode ser libertador não s+ de indivduos como de grupos humanos.os dias atuais, a deten!ão do conhecimento é um tipo de poder disputado entre as na!9es.$ontudo o conhecimento pode ser usado como mecanismo de opressão. Huantas pessoas ena!9es se utili"am do conhecimento que det&m para oprimirG

;ara discutir estas quest9es recém citadas, v&-se a necessidade de instituirmos um novoparadigma para discussão do conhecimento, o conhecimento moderno, entende-se por conhecimento moderno, a discussão em torno do conhecimento. a capacidade de questionar,avaliar par5metros de toda a hist+ria e reconstruir, inovar e intervir. v)lido, que além dediscutir os paradigmas do conhecimento, é necess)rio avaliar o problema especfico doquestionamento cientfico, fonte imorredoura da inova!ão, tornada hoje obsessiva. o entanto,a compet&ncia inovadora sem precedentes, pode estar muito mais a servi!o da exclusão, doque da cidadania solid)ria e da emancipa!ão humana. # fato de o mercado neo-liberal estar sedando muito bem com o conhecimento, tem afastado a escola e a universidade das coisasconcretas da vida.

# questionamento sempre foi % alavanca crucial do conhecimento, sendo que para mudar alguma coisa é imprescindvel desfa"&-la em parte ou, com par5metros, desfa"&-la totalmente. A l+gica do questionar leva a uma coer&ncia temer)ria de a tudo desfa"er para inovar. $omoexemplo a inform)tica, onde cada computador novo é feito para ser jogado fora, literalmentemorre de véspera e não sendo possvel imaginar um computador final, eterno. * é neste foco

que se nos apegarmos ) instagna!ão, também iremos para o lixo. ;odemos então afirmar areconstru!ão provis+ria dentro do ponto de vista desconstrutivo, pois tudo que existe hoje ser)objeto de questionamento, e quem sabe mudan!as. # questionamento é assim passvel de ser questionado, quando cria um ambiente desfavor)vel ao homem e % nature"a.

importante conciliarmos o conhecimento com outras virtudes essenciais para o saber humano, como a sensibilidade popular, bom senso, sabedoria, experi&ncia de vida, ética etc.$onhecer é comunicar-se, interagir com diferentes perspectivas e modos de compreensão,inovando e modificando a realidade.

 A rela!ão entre conhecimento e democracia, modernamente, caracteri"a-se como uma rela!ão

intrnseca, o poder do conhecimento se imp9e através de varias formas de domina!ãoeconJmica, poltica, social etc. A diferen!a entre pobres e ricos, é determinada pelo fato de sedeter ou não conhecimento, j) que o acesso % renda define as chances das pessoas esociedades, cada ve" mais, estas chances serão definidas pelo acesso ao conhecimento.

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$onvencionou-se que em lideran!a poltica é indispens)vel nvel superior. * no topo dapir5mide social encontramos o conhecimento como o fator diferencial.

inimagin)vel o progresso técnico que o conhecimento pode nos proporcionar, como éfacilmente imagin)vel o risco da destrui!ão total. ;ara equali"ar esta distor!ão, o pre!o maior éa dificuldade de arrumar a felicidade que, parceira da sabedoria e do bom senso é muitasve"es desestabili"ada pela soberba do conhecimento.

De forma geral podemos di"er que o conhecimento é o distintivo principal do ser humano, sãovirtude e método central de an)lise e interven!ão da realidade. ambém é ideologia com basecientfica a servi!o da elite e/ ou da corpora!ão dos cientistas, quando isenta de valores. *finalmente pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins dedestrui!ão.

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Teoria do Conhecimento

 A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as leis

ocultas é tão antiga como o pr+prio Fomem, que tem recorrido para isso quer ao auxlio damagia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, % contribui!ão da ci&ncia e datecnologia. 4as é sobretudo nos Kltimos séculos da nossa Fist+ria, que se tem dado aimport5ncia crescente aos domnios do conhecimento e da ciência. * se é certo que apreocupa!ão com este tipo de quest9es remonta j) % Erécia antiga, é porém a partir do séc.BC que a palavra ci&ncia adquire um sentido mais preciso e mais pr+ximo daquele que hojelhe damos. também sobretudo a partir desta época que as implica!9es da atividade cientficana nossa vida quotidiana se t&m tornado tão evidentes, que não lhe podemos ficar indiferentes.# que é o conhecimento científico, como se adquire, o que temos implcito quando di"emosque conhecemos determinado assunto, em que consiste a pr)tica cientfica, que rela!ão existeentre o conhecimento cientfico e o mundo real, quais as conseqL&ncias pr)ticas e éticas dasdescobertas cientficas, são alguns dos problemas com que nos deparamos frequentemente.Diante desses questionamentos, este trabalho pretende fa"er um apanhado geral acerca daeoria do $onhecimento, suas correntes e representantes, de modo que se torne mais f)cil asua compreensão.

Conceito

 A teoria do conhecimento, se interessa pela investiga!ão da nature"a, fontes e validade do

conhecimento. *ntre as quest9es principais que ela tenta responder estão as seguintes. # queé o conhecimentoG $omo n+s o alcan!amosG ;odemos conseguir meios para defend&-locontra o desafio céticoG *ssas quest9es são, implicitamente, tão velhas quanto a filosofia. 4as,primordialmente na era moderna, a partir do século BC em diante - como resultado dotrabalho de Descartes '<>=M-<M>N( e OocPe '<MQ@-<?NR( em associa!ão com a emerg&ncia daci&ncia moderna S é que ela tem ocupado um plano central na filosofia. 7asicamente éconceituada como o estudo de assuntos que outras ci&ncias não conseguem responder e sedivide em quatro partes, sendo que tr&s delas possuem correntes que tentam explica-las - #conhecimento como problema, - #rigem do $onhecimento e - *ss&ncia do $onhecimentoe C - ;ossibilidade do $onhecimento.

rincipais correntes e se!s representantes

"# $ Conhecimento %!anto & $rigem

 A pol&mica racionalismo-empirismo tem sido uma das mais persistentes ao longo da hist+ria dafilosofia, e encontra eco ainda hoje em diversas posi!9es de epistem+logos ou fil+sofos daci&ncia. Abundam, ao longo da linha constituda nos seus extremos pelo racionalismo e peloempirismo radicais, as posi!9es intermédias, as tentativas de concilia!ão e de supera!ão,como veremos a seguir.

' Empirismo

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0# empirismo pode ser definido como a asser!ão de que todo conhecimento sintético ébaseado na experi&ncia.1 '7ertrand 2ussell(.

$onceitua-se empirismo, como a corrente de pensamento que sustenta que a experi&nciasensorial é a origem Knica ou fundamental do conhecimento.

#rigin)rio da Erécia Antiga, o empirismo foi reformulado através do tempo na dade 4édia e

4oderna, assumindo v)rias manifesta!9es e atitudes, tornando-se not)vel as distin!9es ediverg&ncias existentes. ;orém, é not+rio que existem caractersticas fundamentais, sem asquais se perde a ess&ncia do empirismo e a qual, todos os autores conservam, que é a tese deque todo e qualquer conhecimento sintético haure sua origem na experi&ncia e s+ é v)lidoquando verificado por fatos metodicamente observados, ou se redu" a verdades j) fundadas noprocesso de pesquisa dos dados do real, embora, sua validade l+gica possa transcender oplano dos fatos observados.

$omo j) foi dito anteriormente, existe no empirismo diverg&ncia de pensamentos, e éexatamente esse aspecto que abordaremos a seguir. Ião tr&s, as linhas empricas, sendo elasa integral, a moderada e a cientfica.

# empirismo integral redu" todos os conhecimentos S inclusive os matem)ticos S % fonteemprica, %quilo que é produto de contato direto e imediato com a experi&ncia. Huando aredu!ão é feita % mera experi&ncia sensvel, temos o sensismo 'ou sensualismo(. o caso de3ohn Ituart 4ill, que na obra Iistema da O+gica di" que todos os conhecimentos cientficosresultam de processos indutivos, não constituindo exce!ão as verdades matem)ticas, queseriam resultado de generali"a!9es a partir de dados da experi&ncia. *le apresenta a indu!ãocomo Knico método cientfico e afirma que nela resolvem-se tanto o silogismo quanto osaxiomas matem)ticos.

# empirismo moderado, também denominado genético-psicol+gico, explica que a origemtemporal dos conhecimentos parte da experi&ncia, mas não redu" a ela a valide" doconhecimento, o qual pode ser não-empiricamente valido 'como nos casos dos ju"osanalticos(. ma das obras baseadas nessa linha é a de 3ohn OocPe '*nsaios sobre o*ntendimento Fumano(, na qual ele explica que as sensa!9es são ponto de partida de tudoaquilo que se conhece. odas as idéias são elabora!9es de elementos que os sentidosrecebem em contato com a realidade.

$omo j) foi dito, para os moderados h) verdades universalmente validas, como asmatem)ticas, cuja valide" não assenta na experi&ncia, e sim no pensamento. a doutrina deOocPe, existe a admissão de uma esfera de validade l+gica a priori e, portanto não emprica, no

que concerne aos ju"os matem)ticos.;or fim, h) o empirismo cientfico, que admite como v)lido, o conhecimento oriundo daexperi&ncia ou verificado experimentalmente, atribuindo aos ju"os analticos significa!9es deordem formal enquadradas no domnio das f+rmulas l+gicas. *sta tend&ncia est) longe dealcan!ar a almejada 0unanimidade cientifica1.

' (acionalismo

a corrente que assevera o papel preponderante da ra"ão no processo cognoscitivo, pois, osfatos não são fontes de todos os conhecimentos e não nos oferecem condi!9es de 0certe"a1.

m dos grandes representantes do racionalismo, Eottfried Oeibni", afirma em sua obra ovos*nsaios sobre o *ntendimento Fumano, que nem todas as verdades são verdades de fato8 aolado delas, existem as verdades de ra"ão, que são aquelas inerentes ao pr+prio pensamento

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humano e dotadas de universalidade e certe"a 'como por exemplo, os princpios de identidadee de ra"ão suficiente(, enquanto as verdades de fato são contingentes e particulares,implicando sempre a possibilidade de corre!ão, sendo v)lidas dentro de limites determinados.

 Ainda retratando o pensamento racionalista, encontramos 2eneé Descartes, adepto doinatismo, que afirma que somos todos possuidores, enquanto seres pensantes, de uma sériede princpios evidentes, idéias natas, que servem de fundamento l+gico a todos os elementos

com que nos enriquecem a percep!ão e a representa!ão, ou seja, para ele, o racionalismo sepreocupa com a idéia fundante que a ra"ão por si mesma logra atingir.

*sses dois pensadores podem ser classificados como representantes do racionalismoontol+gico, que consiste em entender a realidade como racional, ou em racionali"ar o real, demaneira que a explica!ão conceitual mais simples, se tenha em conta da mais simples esegura explica!ão da realidade.

*xiste também uma outra linha racionalista, originada de Arist+teles, denominadaintelectualismo, que reconhece a exist&ncia de 0verdades de ra"ão1 e, além disso, atribui %intelig&ncia fun!ão positiva no ato de conhecer, ou seja, a ra"ão não contém em si mesma,

verdades universais como idéias natas, mas as atinge % vista dos fatos particulares que ointelecto coordena. $oncluindo o intelecto extrai os conceitos nsitos no real, operando sobreas imagens que o real oferece.

Fessen, um dos adeptos do intelectualismo, lembra que h) nele uma concep!ão metafsica darealidade como condi!ão de sua gnoseologia, que é conceber a realidade como algo deracional, contendo no particularismo contingente de seus elementos, as verdades universaisque o intelecto 0l&1 e 0extrai1, reali"ando-se uma adequa!ão plena entre o entendimento e arealidade, no que esta tem de essencial.

;or fim, devemos citar uma ramifica!ão do racionalismo que alguns autores consideramautJnoma, que é o $riticismo.

# criticismo é o estudo met+dico prévio do ato de conhecer e dos modos de conhecimento, ouseja, uma disposi!ão met+dica do esprito no sentido de situar, preliminarmente o problema doconhecimento em fun!ão da rela!ão 0sujeito-objeto1, indagando as suas condi!9es epressupostos. *le aceita e recusa certas afirma!9es do empirismo e racionalismo, por isso,muitos autores acreditam em sua autonomia. *ntretanto, devemos entender tal posi!ão comouma an)lise crtica e profunda dos pressupostos do conhecimento.

Ieu maior representante, mmanuel Tant, tem como marca a determina!ão a priori das

condi!9es l+gicas das ci&ncias. *le declara que o conhecimento não pode prescindir daexperi&ncia, a qual fornece o material cognoscvel e nesse ponto coincide com o empirismo.;orém, sustenta também que o conhecimento de base emprica não pode prescindir deelementos racionais, tanto que s+ adquire validade universal quando os dados sensoriais sãoordenados pela ra"ão. Iegundo palavras do pr+prio autor, 0os conceitos sem as intui!9es sãova"ios8 as intui!9es sem os conceitos são cegas1.

;ara ele, o conhecimento é sempre uma subordina!ão do real % medida do humano.

$onclui-se então, que pela +tica do criticismo, o conhecimento implica sempre numacontribui!ão positiva e construtora por parte do sujeito cognoscente em ra"ão de algo que est)

no esprito, anteriormente % experi&ncia do ponto de vista gnosiol+gico.

)# $ Conhecimento %!anto & Essência

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essa parte do estudo, analisaremos o ponto da eoria do $onhecimento em que h) maisdiverg&ncias, sendo estas fundamentais pra o pleno conhecimento do assunto, que é orealismo e o idealismo.

' (ealismo

Iabendo que a palavra realismo vem do latim res 'coisa(, podemos conceituar essa corrente

como a orienta!ão ou atitude espiritual que implica uma preemin&ncia do objeto, dada a suaafirma!ão fundamental de que n+s conhecemos coisas. *m outras palavras, é a independ&nciaontol+gica da realidade, ou seja, o sujeito em fun!ão do objeto.

# realismo é subdividido em tr&s espécies. # realismo ing&nuo, o tradicional e o crtico.

# realismo ing&nuo, também conhecido como pré-filos+fico, é aquele em que o homem aceitaa identidade de seu conhecimento com as coisas que sua mente menciona, sem formular qualquer questionamento a respeito de tal coisa. a atitude do homem comum, que conheceas coisas e as concebem tais e quais aparecem.

3) o realismo tradicional é aquele em que h) uma indaga!ão a respeito dos fundamentos, h)uma procura em demonstrar se as teses são verdadeiras, surgindo uma atitude propriamentefilos+fica, seguindo a linha aristotélica.

;or Kltimo, podemos citar o realismo cientifico, que é a linha do realismo que acentua averifica!ão de seus pressupostos concluindo pela funcionalidade sujeito-objeto e distinguindoas camadas conhecveis do real como a participa!ão - não apenas criadora - do esprito noprocesso gnosiol+gico. ;ara os seguidores desse pensamento, conhecer é sempre conhecer algo posto fora de n+s, mas que, se h) conhecimento de algo, não nos é possvel verificar se oobjeto - que nossa subjetividade compreende - corresponde ou não ao objeto tal qual é em simesmo.

F) portanto, no realismo, uma tese ou doutrina fundamental de que existe uma correla!ão ouuma adequa!ão da intelig&ncia a 0algo1 como objeto do conhecimento, de maneira que n+sconhecemos quando a nossa sensibilidade e intelig&ncia se conformam a algo de exterior an+s. De acordo com o modo de compreender-se essa 0referibilidade a algo1, bifurca-se orealismo em tradicional e o crtico, que são as duas linhas pertinentes % filosofia.

' *dealismo

Iurgiu na Erécia Antiga com ;latão, denominado de idealismo transcendente, onde as idéias

ou arquétipos ideais representam a realidade verdadeira, da qual seriam as realidadessensveis, meras copias imperfeitas, sem validade em si mesmas, mas sim enquantoparticipam do ser essencial. # idealismo de ;latão redu" o real ao ideal, resolvendo o ser emidéia, pois como ele j) di"ia, as idéias são o sol que ilumina e torna visveis as coisas.

 Alguns autores entendem que a doutrina platJnica poderia ser vista como uma forma derealismo, pois para eles, o idealismo 0verdadeiro1 é aquele desenvolvido a partir de Descartes.

# que interessa % eoria do $onhecimento, é o idealismo imanentista, que afirma que as coisasnão existem por si mesmas, mas na medida e enquanto são representadas ou pensadas, demaneira que s+ se conhece aquilo que se insere no domnio de nosso esprito e não as coisas

como tais, ou seja, h) uma tend&ncia a subordinar tudo % formas espirituais ou esquemas. oidealismo, que é a compreensão do real como idealidade 'o que equivale di"er a realidadecomo esprito(, o homem cria um objeto com os elementos de sua subjetividade, sem que algopreexista ao objeto 'no sentindo gnosiol+gico(.

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Iinteti"ando, o idealismo é a doutrina ou corrente de pensamento que subordina ou redu" oconhecimento % representa!ão ou ao processo do pensamento mesmo, por entender que averdade das coisas est) menos nelas do que em n+s, em nossa consci&ncia ou em nossamente, no fato de serem 0percebidas1 ou 0pensadas1.

Dentro dessa concep!ão existem duas orienta!9es idealistas. ma é a do idealismopsicol+gico ou conscienciol+gico, onde o que se conhece não são as coisas e sim a imagem

delas. ;odemos conceitu)-lo como aquele em que a realidade é cognoscvel se e enquanto seprojeta no plano da consci&ncia, revelando-se como momento ou conteKdo de nossa vidainterior. ambém chamado de idealismo subjetivo, este di" que o homem não conhece ascoisas, e sim a representa!ão que a nossa consci&ncia forma em ra"ão delas. Ieusrepresentantes são Fume, OocPe e 7erPeleU.

 A outra é a orienta!ão idealista de nature"a l+gica, que parte da afirma!ão de que s+conhecemos o que se converte em pensamento, ou é conteKdo de pensamento. #u seja, o ser não é outra coisa senão idéia.

Ieu maior representante, Fegel, di" em uma de suas obras que n+s s+ conhecemos aquilo que

elevamos ao plano do pensamento, de maneira que s+ h) realidade como realidade espiritual.

2esumindo na atitude psicol+gica, ser é ser percebido e na atitude l+gica, ser é ser pensado.

C# ossibilidade do Conhecimento

*ssa parte da teoria do conhecimento é respons)vel por solucionar a seguinte questão qual apossibilidade do conhecimentoG

;ara que seja possvel respond&-la, muitos autores recorrem a duas importantes posi!9es odogmatismo e o ceticismo, os quais veremos abaixo.

' +ogmatismo

a corrente que se julga em condi!9es de afirmar a possibilidade de conhecer verdadesuniversais quanto ao ser, % exist&ncia e % conduta, transcendendo o campo das puras rela!9esfenomenais e sem limites impostos a priori % ra"ão.

*xistem duas espécies de dogmatismo o total e o parcial.

# primeiro é aquele em que a afirma!ão da possibilidade de se alcan!ar a verdade ultima éfeita tanto no plano da especula!ão, quanto no da vida pratica ou da tica. *sse dogmatismointransigente, quase não é adotado, devido % rigorosidade de adequa!ão do pensamento.;orém, encontramos em Fegel a expressão m)xima desse tipo de dogmatismo, pois, existeem suas obras uma identifica!ão absoluta entre pensamento e realidade. $omo o pr+prio autor di" 0o pensamento, na medida em que é, é a coisa em si, e a coisa em si, na medida em que é,é o pensamento puro1.

3) o parcial, adotado em maior extensão, tem um sentido mais atenuado, na inten!ão deafirmar-se a possibilidade de se atingir o absoluto em dadas circunst5ncias e modos quandonão sob certo prisma. #u seja, é a cren!a no poder da ra"ão ou da intui!ão como instrumentos

de acesso ao real em si.

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 Alguns dogm)ticos parciais se julgam aptos para afirmar a verdade absoluta no plano da a!ão.*ntretanto, outros somente admitem tais verdades no plano especulativo. Da origina-se adistin!ão entre dogmatismo te+rico e dogmatismo ético.

# dogmatismo ético tem como adeptos Fume e Tant, que duvidavam da possibilidade deatingir as verdades Kltimas enquanto sujeito pensante 'homo theoreticus( e afirmavam asra"9es primordiais de agir, estabelecendo as bases de sua tica ou de sua 4oral.

;or conseguinte, temos como adepto do dogmatismo te+rico, 7laise ;ascal, que não duvidavade seus c)lculos matem)ticos e da exatidão das ci&ncias enquanto ci&ncias, mas era assaltadopor duvidas no plano do agir ou da conduta humana.

' Ceticismo

$onsiste numa atitude dubitativa ou uma provisoriedade constante, mesmo a respeito deopini9es emitidas no 5mbito das rela!9es empricas. *ssa atitude nunca é abandonada peloceticismo, mesmo quando são enunciados ju"os sobre algo de maneira provis+ria, sujeitos arefuta!ão % lu" de sucessivos testes.

#u seja, o ceticismo se distingue das outras correntes por causa de sua posi!ão de reserva ede desconfian!a em rela!ão %s coisas.

F) no ceticismo S assim como no dogmatismo S uma distin!ão entre absoluto e parcial,ressaltando que este Kltimo não ser) discutido nesse trabalho.

# ceticismo absoluto é oriundo da Erécia e também denominado pirronismo. ;rega anecessidade da suspensão do ju"o, dada a impossibilidade de qualquer conhecimento certo.*le envolve tanto as verdades metafsicas 'da realidade em si mesma(, quanto as relativas aofundo dos fenJmenos. Iegundo essa corrente, o homem não pode pretender nenhumconhecimento por não haver adequa!ão possvel entre o sujeito cognoscente e o objetoconhecido. #u seja, para os céticos absolutos, não h) outra solu!ão para o homem senão aatitude de não formular problemas, dada a equival&ncia fatal de todas as respostas.

m dos representantes do ceticismo de maior destaque na filosofia moderna é Augusto $omte.

Concl!so

*sse trabalho buscou de forma concisa reunir informa!9es gerais acerca da eoria do$onhecimento, baseando-se na visão de 4iguel 2eale, reunindo conceitos e origem de

algumas correntes, seus objetivos e representantes.

)ibliografia

2eale, 4iguel, ntrodu!ão % filosofia. R. ed. Ião ;aulo Iaraiva, @NN@. p. M>-?M8V>-V=8 <<=-<@Q.

or: riPa 7atista Iantos

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Conhecimento Científico e enso Com!m

# conhecimento científico  é uma conquista relativamente recente da humanidade. Arevolu!ão cientfica do século BC marca a autonomia da ci&ncia, a partir do momento que elabusca seu pr+prio método desligado da reflexão filos+fica.

# eemplo clssico de procedimento científico das ci&ncias experimentais nos mostra oseguinte inicialmente h) um problema que desafia a intelig&ncia humana, o cientista elaborauma hip+tese e estabelece as condi!9es para seu controle, a fim de confirm)-la ou não, porémnem sempre a conclusão é imediata sendo necess)rio repetir as experi&ncias ou alterar inKmeras ve"es %s hip+teses. A conclusão é então generali"ada, ou seja, considerada v)lidanão s+ para aquela situa!ão, mas para outras similares. Assim, a ci&ncia, de acordo com opensamento do senso com!m, busca compreender a realidade de maneira racional,descobrindo rela!9es universais e necess)rias entre os fenJmenos, o que permite prever acontecimentos e, conseqLentemente também agir sobre a nature"a. ;ara tanto, a ci&nciautili"a métodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistem)tico, preciso e objetivo.

os prim+rdios da civili"a!ão os gregos foram os primeiros a desenvolver um tipo deconhecimento racional mais desligado do mito, porém, foi o pensamento laico, não religioso,que logo se tornou rigoroso e conceitual fa"endo nascer a filosofia no século C a.$.

as colJnias gregas da 3Jnia e 4agna Erécia, surgiu os primeiros fil+sofos, e sua principal

preocupa!ão era a cosmologia, ou estudo da nature"a. 7uscavam o principio explicativo detodas as coisas 'arché(, cuja unidade resumiria a extrema multiplicidade da nature"a. Asrespostas eram as mais variadas, mas a teoria que permaneceu por mais tempo foi a de*mpédocles, para quem o mundo fsico é constitudo de quatro elementos terra, )gua, ar efogo.

4uitos desses fil+sofos, tais como ales e ;it)goras no século C a.$. e *uclides no século a.$. ocupavam-se com astronomia e geometria, mas, diferentemente dos egpcios ebabilJnios, desligavam-se de preocupa!9es religiosas e pr)ticas, voltando-se para quest9esmais te+ricas.

 Alguns princpios fundamentais da mec5nica foram estabelecidos por Arquimedes no século a.$. visto por 0alile!  como Knico cientista grego no sentido moderno da palavra devido %utili"a!ão de medidas e enuncia!ão do resultado sob a forma de lei geral. Dentre os fil+sofosantigos, "r1!imedes constitui uma exce!ão, j) que a ci&ncia grega era mais voltada para aespecula!ão racional e desligada da técnica e das preocupa!9es pr)ticas.

# a!ge do pensamento grego  se deu nos séculos C e C a.$. perodo em que viveramI+crates, ;latão e Arist+teles.

;latão op9e de maneira vigorosa os sentidos e a ra"ão, e considera que os primeiros levam aopinião 'doxa(, forma imprecisa, subjetiva e mut)vel de conhecer. ;or isso é preciso buscar a

ci&ncia 'episteme(, que consiste no conhecimento racional das ess&ncias, das idéias imut)veis,objetivas e universais. As ci&ncias como a matem)tica, a geometria, a astronomia são passosnecess)rios a serem percorridos pelo pensador, até atingir as culmin5ncias da reflexãofilos+fica.

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 Arist+teles atenua o idealismo platJnico, e seu olhar é sem duvida mais realista, nãodesvalori"ando tanto os sentidos. :ilho de médico herdou o gosto pela observa!ão e deugrande contribui!ão a biologia, mas, como todo grego, Arist+teles também procura apenasconhecer, estando suas reflex9es desligadas da técnica e das preocupa!9es utilit)rias. Alémdisso, persiste a concep!ão est)tica do mundo, pela quais os gregos costumam associar aperfei!ão ao repouso, a aus&ncia de movimento.

*mbora Aristarco de Iamos tenha proposto um modelo helioc&ntrico, a tradi!ão querecebemos dos gregos a partir de *udoxo, confirmada por Arist+teles e mais tarde por ;tolomeu, baseia-se no modelo geoc&ntrico a erra se acha im+vel no centro do universo e emtorno dela giram as esferas onde estão cravadas a Oua, os cinco planetas e o Iol.

esse sentido, para Arist+teles, a fsica é a parte da filosofia que busca compreender aess&ncia das coisas naturais constitudas pelos quatros elementos e que se encontra emconstante movimento retilneo em dire!ão ao centro da erra ou em sentido contr)rio a ele. ssoporque os corpos pesados como a terra e a )gua tendem para baixo, pois este é o seu lugar natural. 3) os corpos leves como o ar e o fogo tendem para cima. # movimento entãocompreendido como a transi!ão do corpo que busca o estado de repouso, no seu lugar natural.

 A fsica aristotélica parte, portanto, das defini!9es das ess&ncias e da an)lise das qualidadesintrnsecas dos corpos.

 A partir deste breve esbo!o, podemos conferir a ci&ncia grega as seguintes caractersticas

<( *ncontra-se ligada % filosofia, cujo método orienta o tipo de abordagem dos problemas8

@( é qualitativa, porque a argumenta!ão se baseia na an)lise das propriedades intrnsecas doscorpos8

Q( não é experimental, e se acha desligada da técnica8

R( é contemplativa, porque busca o saber pelo saber, e não a aplica!ão pr)tica doconhecimento8

>( baseia-se em uma concep!ão est)tica do mundo.

 A *dade 23dia, perodo compreendido do século C até o século BC, recebe a heran!a grego-latina e mantém a mesma concep!ão de ci&ncia. Apesar das diferen!as evidentes, é possvelcompreender essa continuidade, devido ao fato de o sistema de servidão também secaracteri"ar pelo despre"o a técnica e a qualquer atividade manual.

:ora algumas exce!9es S como as experimenta!9es de 2oger 7acon e a fecunda contribui!ãodos )rabes -, a ci&ncia herdada da tradi!ão grega se vincula aos interesses religiosos e sesubordina aos critérios da revela!ão, pois, na dade média, a ra"ão humana devia se submeter ao testemunho da fé.

 A partir do século BC, a Escolstica S principal escola filos+fica e teol+gica medieval S entraem decad&ncia. *sse perodo foi muito prejudicial ao desenvolvimento da ci&ncia porque novasidéias fermentavam nas cidades, mas os guardi9es da velha ordem resistiam %s mudan!as deforma dogm)tica. *sterili"ados pelo princpio da autoridade, aferravam-se %s verdades dosvelhos livros, fossem eles a 7blia, Arist+teles ou ;tolomeu.

ais resist&ncias não se restringiam apenas ao campo intelectual, mas resultavam muitasve"es em processos e persegui!9es. # Ianto oficio, ou nquisi!ão, ao controlar toda produ!ão,fa"ia a censura prévia das idéias que podiam ser divulgadas ou não. Eiordano 7runo foi

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queimado vivo no século BC porque sua teoria do cosmos infinito era considerada pantesta,uma ve" que a infinitude era atributo exclusivo de Deus.

# m3todo científico, como n+s o conhecemos hoje, surge na dade 4oderna, no século BC.# 2enascimento $ientfico não constituiu uma simples evolu!ão do pensamento cientfico, masverdadeira ruptura que sup9e nova concep!ão de saber.

preciso examinar o contexto hist+rico onde ocorreram transforma!9es tão radicais, a fim deperceber que elas não se desligam de outros acontecimentos igualmente marcantesemerg&ncia da nova classe dos burgueses, desenvolvimento da economia capitalista,revolu!ão comercial, renascimento das artes, as letras e da filosofia. udo isso indica osurgimento de um novo homem, confiante na ra"ão e no poder de transformar o mundo.

#s novos tempos foram marcados pelo racionalismo, que se caracteri"ou pela valori"a!ão dara"ão enquanto instrumento de conhecimento que dispensa o critério da autoridade e darevela!ão. $hamamos de seculari"a!ão ou laici"arão do pensamento a preocupa!ão em sedesligar das justificativas feitas pela religião, que exigem adesão pela cren!a, para s+ aceitar as verdades resultantes da investiga!ão da ra"ão mediante demonstra!ão. Da a intensa

preocupa!ão com o método, ponto de partida para a reflexão de inKmeros pensadores doséculo BC Descartes, Ipino"a, :rancis 7acon, Ealileu, entre outros.

#utra caracterstica dos novos tempos é o saber ati4o, em oposi5o ao saber contemplati4o. ão s+ o saber visa % transforma!ão da realidade, como também passa elepr+prio a ser adquirido pela experi&ncia, devido % alian!a entre a ci&ncia e a técnica.

ma explica!ão possvel para justificar a mudan!a é que a classe comerciante, constitudapelos burgueses, se impJs pela valori"a!ão do trabalho, em oposi!ão ao +cio da aristocracia. Além disso, os inventos e descobertas tornam-se necess)rios para o desenvolvimento daindKstria e do comércio.

# novo método cientfico mostrou-se fecundo, não cessando de ampliar sua aplica!ão. #sresultados obtidos por Ealileu na fsica e na astronomia, bem como as leis de Tepler e asconclus9es de Ucho-7rahe, possibilitaram a eWton a elabora!ão da teoria da gravita!ãouniversal. Ao longo desse processo surgem as academias cientficas onde os cientistas seassociam para troca de experi&ncias e publica!9es.

 Aos poucos o novo método é adaptado a outros campos de pesquisa, fa"endo surgir diversasci&ncias particulares. o século BC Oavoisier torna a qumica uma ci&ncia de medidasprecisas8 o século BB foi o do desenvolvimento das ci&ncias biol+gicas e da medicina,

destacando-se o trabalho de $laude 7ernard com a fisiologia e o de DarWin com a teoria daevolu!ão das espécies.

$ m3todo científico inicialmente ocorre do seg!inte modo: h) um problema que desafia aintelig&ncia8 o cientista elabora uma hip+tese estabelece as condi!9es para seu controle, a fimde confirm)-la ou não. A conclusão é então generali"ada, ou seja, considerada v)lida não s+para aquela situa!ão, mas para outras similares. Além disso, quase nunca se trata de umtrabalho solit)rio do cientista, pois, hoje em dia, cada ve" mais as pesquisas são objeto deaten!ão de grupos especiali"ados ligados, %s universidades, as empresas ou ao *stado. Dequalquer forma, a objetividade da ci&ncia resulta do julgamento feito pelos membros dacomunidade cientfica que avaliam criticamente os procedimentos utili"ados e as conclus9es,

divulgadas em revistas especiali"adas e congressos.

 Assim, dentro da visão do senso comum 'isto é, um vasto conjunto de concep!9es geralmenteaceita como verdadeiras num determinado meio social. 2epetidas irrefletidamente no cotidiano,

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algumas dessas no!9es escondem idéias falsas, parciais ou preconceituosas. uma falta defundamenta!ão, tratando-se de um conhecimento adquirido sem base crtica, precisa, coerentee sistem)tica(, a ci&ncia busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindorela!9es universais e necess)rias entre os fenJmenos, o que permite prever osacontecimentos e, conseqLentemente, também agir sobre a nature"a. ;ara tanto, a ci&nciautili"a métodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistem)tico, preciso e objetivo.*ntretanto, apesar do rigor do método, não é conveniente pensar que a ci&ncia é um

conhecimento certo e definitivo, pois ela avan!a em contnuo processo de investiga!ão quesup9e altera!9es % medida que surgem fatos novos, ou quando são inventados novosinstrumentos. ;or exemplo, nos séculos BC e BB, as leis de eWton foram reformuladas por diversos matem)ticos que desenvolveram técnicas para aplic)-las de maneira mais precisa. oséculo BB, a teoria da relatividade de *instein desmentiu a concep!ão cl)ssica que a lu" sepropaga em linha reta. sso serve para mostrar o car)ter provis+rio do conhecimento cientficosem, no entanto, desmerecer a seriedade e o rigor do método e dos resultados. #u seja, as leise as teorias continuam sendo de fato hip+teses com diversos graus de confirma!ão e verifica ahabilidade, podendo ser aperfei!oadas ou superadas.

 A partir da explana!ão feita acima ser) que podemos afirmar que existe um método universalG

Ier) que os métodos universais devem ser considerados v)lidos para situa!9es diversasG *tendo situa!9es diferentes podemos qualific)-las como universaisG $omo descrever rela!9esuniversais através de métodos 0individuais1G Ier) que esse tipo de método é realmente v)lidouniversalmenteG Ier) que podemos nomear o método como sendo universalG

Iegundo Alan $halmers, em sua obra A :abrica!ão da ci&ncia, 6a generalidade e o gra! deaplicabilidade de leis e teorias esto s!7eitos a !m constante aperfei5oamento8 . A partir dessa afirma!ão podemos concluir que o método universal, na realidade, não é tão genéricoassim, ou melhor, não é tão absoluto, pois est) sujeito a uma substitui!ão constante. ;ara$halmers não existe nenhum método universal ou conjunto de padrão universal, entretanto,permanecem modelos a - hist+ricos ocasionais subentendidos nas atividades bem-sucedidas,porém, isso não significa que vale tudo na )rea epistemol+gica.

 A questão da substitui!ão constante das teorias ficou bem explcita na sucinta explana!ão dahist+ria da ci&ncia reali"ada anteriormente, onde tivemos a clara mudan!a de uma teoria,método ou hip+tese por outra mais coerente dentro de sua época hist+rica e/ou cientfica.

Diante disso tudo que foi visto, do conhecimento cientfico e senso comum, podemos, pelomenos, fundamentar que aci&ncia tem por objetivo estabelecer generali"a!9es aplic)veis aomundo, poisdesde a época da revolu!ão estamos em posi!ão de saber que essasgenerali"a!9escientficas não podem ser estabelecidas a priori8 temos que aceitar que

aexig&ncia de certe"a é mera utopia. *ntretanto, a exig&ncia de que nossoconhecimento estejasempre sendo transformado, aperfei!oado e ampliado é purarealidade.

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