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1 AFRERJ notícias Representação política: influir ou seguir Sumário 2011 “Há uma resistência natural aos po- líticos, mas quem não gosta de política é comandado por quem gosta.” Com essa afirmação de impacto, o presidente do Sindifiscal/ES, Getúlio Ramos Pimentel, iniciou sua palestra O futuro do fisco e a participação política, promovida pelo sin- dicato e pela AFRERJ, dia 13 de setembro, no auditório do Espaço Cultural Sinfrerj, que reuniu auditores fiscais do Rio e lide- ranças da categoria. O encontro deu continuidade a um trabalho da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco) iniciado em 2009, ao verificar que as demandas da categoria eram siste- maticamente engavetadas nas instâncias políticas, enquanto eram aprovadas as no- vas regras da Previdência e uma verdadei- ra reforma tributária se estabelecia, como a centralização de recursos na União, a questão dos royalties, o fim dos benefícios fiscais e a tributação na origem. “Nós es- távamos dormindo enquanto se decidiam essas coisas”, resumiu Getúlio. O coordenador da Comissão de Parti- cipação Política da Fenafisco e diretor do Sintaf/CE, José Nilson Fernandes Filho, lembrou que a União passou, dos 63%, a deter 75% da receita tributária e sen- tenciou: “Quem perde arrecadação perde poder”. Ele frisou que o movimento da Fenafisco já elegeu mais de 15 deputados estaduais, 13 federais e cinco senadores alinhados com o fisco. Nilson destacou a criação da Frente Parlamentar em Defesa de um Sistema Tributário Justo, em julho, AFRERJ notícias 2. Editorial: Tratamento igual 3. Artigo de Roberto Mello 4. Perfil de Jeff Chagas 5. Convênios AFRERJ 6. Descontos AMAFRERJ FILIADA À FEBRAFITE IMPRESSO Setembro . Outubro | 2011 | Número 38 Associação dos Fiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro ANTIGO CENTRO DOS AGENTES FISCAIS DA PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL CONSIDERADO DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI 2368, DE 18/06/1974 que, de forma suprapartidária, reúne 230 deputados federais e 30 senadores. A apresentação focou na necessidade de mobilização para as eleições municipais do ano que vem, com vistas às eleições de 2014, para governador, deputados esta- duais e federais e senadores. Fazer com que os auditores fluminenses criem uma efetiva Comissão de Participação Política também foi destaque. A ideia é que o fisco represente um cacife capaz de ser consi- derado pelos políticos e que, portanto, consiga eleger representantes que deem voz aos anseios da categoria nas diversas instâncias de poder. “Só filiados à Fenafis- co são 40 mil eleitores. O Rio tem papel importante, pois elege 47 deputados fe- derais, quase 10% da bancada”, lembrou Nilson. O presidente da AFRERJ, Saverio Olive- to La Ruina, ressaltou que “o nosso objeti- vo é ter uma bancada forte em Brasília”. O vice-presidente do Sinfrerj, Ricardo Brand, lembrou que “se não há uma unidade na- cional sobre alguns temas, como os royal- ties, por exemplo, existem muitos projetos convergentes e é neles que podemos e devemos atuar com sinergia”. Lideranças dos auditores debatem a participação política do fisco Sinfrerj

ANTIGO CENTRO DOS AGENTES FISCAIS DA ...pedir que seu pleito seja apreciado, em primeira instância, pelos auditores fiscais lotados na Junta de Revisão Fiscal. Depois, se necessário,

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Representação política: influir ou seguir

Sumário

2011

“Há uma resistência natural aos po-líticos, mas quem não gosta de política é comandado por quem gosta.” Com essa afirmação de impacto, o presidente do Sindifiscal/ES, Getúlio Ramos Pimentel, iniciou sua palestra O futuro do fisco e a participação política, promovida pelo sin-dicato e pela AFRERJ, dia 13 de setembro, no auditório do Espaço Cultural Sinfrerj, que reuniu auditores fiscais do Rio e lide-ranças da categoria.

O encontro deu continuidade a um trabalho da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco) iniciado em 2009, ao verificar que as demandas da categoria eram siste-maticamente engavetadas nas instâncias políticas, enquanto eram aprovadas as no-vas regras da Previdência e uma verdadei-ra reforma tributária se estabelecia, como a centralização de recursos na União, a questão dos royalties, o fim dos benefícios fiscais e a tributação na origem. “Nós es-távamos dormindo enquanto se decidiam essas coisas”, resumiu Getúlio.

O coordenador da Comissão de Parti-cipação Política da Fenafisco e diretor do Sintaf/CE, José Nilson Fernandes Filho, lembrou que a União passou, dos 63%, a deter 75% da receita tributária e sen-tenciou: “Quem perde arrecadação perde poder”. Ele frisou que o movimento da Fenafisco já elegeu mais de 15 deputados estaduais, 13 federais e cinco senadores alinhados com o fisco. Nilson destacou a criação da Frente Parlamentar em Defesa de um Sistema Tributário Justo, em julho,

AFRERJnotícias

2. Editorial: Tratamento igual3. Artigo de Roberto Mello4. Perfil de Jeff Chagas5. Convênios AFRERJ6. Descontos AMAFRERJ

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FEB

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FITE

IMPRESSO

Setembro . Outubro | 2011 | Número 38

Associação dos Fiscais de Rendasdo Estado do Rio de Janeiro

ANTIGO CENTRO DOS AGENTES FISCAIS DA PREFEITURA DO DISTRITO FEDERALCONSIDERADO DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI 2368, DE 18/06/1974

que, de forma suprapartidária, reúne 230 deputados federais e 30 senadores.

A apresentação focou na necessidade de mobilização para as eleições municipais do ano que vem, com vistas às eleições de 2014, para governador, deputados esta-duais e federais e senadores. Fazer com que os auditores fluminenses criem uma efetiva Comissão de Participação Política também foi destaque. A ideia é que o fisco represente um cacife capaz de ser consi-derado pelos políticos e que, portanto, consiga eleger representantes que deem voz aos anseios da categoria nas diversas instâncias de poder. “Só filiados à Fenafis-co são 40 mil eleitores. O Rio tem papel importante, pois elege 47 deputados fe-derais, quase 10% da bancada”, lembrou Nilson.

O presidente da AFRERJ, Saverio Olive-to La Ruina, ressaltou que “o nosso objeti-vo é ter uma bancada forte em Brasília”. O vice-presidente do Sinfrerj, Ricardo Brand, lembrou que “se não há uma unidade na-cional sobre alguns temas, como os royal-ties, por exemplo, existem muitos projetos convergentes e é neles que podemos e devemos atuar com sinergia”.

Lideranças dos auditores debatem a participação política do fisco

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paLavRa dO pReSideNte

Saver io Ol iveto La Ruina

Papagaio come milho, periquito leva a fama

Instrumento único, o auto de infração, lavrado com a finalidade de reclamar o crédito que se julga de direito do Estado, é feito após levantamento levado avante por auditor

fiscal. Sob sol ou chuva.Ao final, quando a receita – após recursos administrativo e judicial – entra nos cofres, o Estado não reconhece

quem mais investiu em energia e ciência para trazer a receita ao Erário.O auto de infração, inicialmente, é uma cobrança administrativa em que se faculta ao contribuinte inconformado

pedir que seu pleito seja apreciado, em primeira instância, pelos auditores fiscais lotados na Junta de Revisão Fiscal. Depois, se necessário, é elevado a instâncias superiores no âmbito da SEF e à Justiça. Na esfera judicial, cabe à Procuradoria do Estado fazer sua parte em defesa da solidez do crédito originalmente reclamado pelo auditor fiscal.

Em alguns casos o pagamento decorre da decisão na esfera administrativa, quando esta é acatada pelo impug-nante e, noutros, no âmbito judicial, como assegura a Constituição.

Quando o pagamento é feito na Justiça, os procuradores recebem repasse decorrente de percentual, na propor-ção direta da sucumbência judicial.

Todavia, quando a quitação é feita administrativamente o auditor fiscal, que é o responsável pela recuperação do crédito em favor do Estado, por mais paradoxal que possa parecer, não recebe nada.

Mister se faz dispensar tratamento equânime aos profissionais de carreiras com funções típicas de Estado.

Prata da casaCongratulamo-nos com a alta administração da Secretaria de Estado de Fazenda que, a nosso ver, acerta ao

nomear o colega João Carlos Nascimento como superintendente de Planejamento Avaliação e Modernização (Su-plam).

Todavia, entendemos que melhor seria tê-lo nomeado para um dos cargos ainda ocupados por estranhos ao quadro.

O que se espera é que se lhe deem os instrumentos materiais e humanos indispensáveis para que leve a bom termo a missão. É profissional capaz.

Diretor-Presidente: Saverio Oliveto La Ruina • Diretor Vice-Presidente: Octacilio de Albuquerque Netto • Diretor 1º Secretário: Radamés Jendiroba • Diretor 2º Secretário: José Cid Fernandes Filho • Diretor 1º Tesoureiro: Theodoro Reis Brito • Diretor 2º Tesoureiro: Graciliano José A. dos Santos • Diretor de Assistência Social: Jorge Batista Canavez • Diretores Sociais: Luiz Felippe de Souza Aguiar Miranda / Luiz Gustavo de França Rangel • Diretor de Representação Externa e Assuntos Legislativos: Ricardo Brand • Diretores de Esporte e Cultura: Antonio Rodrigues Batista / Luiz Octavio Mendes de Abreu • Diretores de Inativos e Pensionistas: Gilce Gloria Fernandes d’Oliveira / Ivette Borba Ramos / Orlando Pereira / Shirlei Castro Menezes Mota • Diretores de Comunicação: Gustavo Soares Pereira Espinho / Yuri Augusto Ribeiro Garcia / Thompson Lemos da Silva Neto • Diretores de Informática: Sergio Maurício Diniz Festas / Jorge Francisco de Souza Silveira • Diretores Jurídicos: Roberto Jose de Mello O. A. Filho / Walter de Aguiar Amazonas Filho / Zilmar Espínola Filartigas • Diretores de Patrimônio: Marcelo Delayti Barroca / Felipe Perrota Bezerra

CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos: André Nain André / João Marcos C. de Albuquerque / Renato Vieira e Silva / Wilson Marques da Silva • Membros Indicados: Alexandre da Cunha Ribeiro Filho / Antonio Francisco Torres / Antonio de Pádua Bittencourt / Juarez Barcellos de Sá / Célio Caldas Pinto / Ricardo Avelino Silva Almeida • Conselho Fiscal: Caio de Oliveira Lima / Rubens Nora Chammas / Maria Thereza Rezende Teixeira • Suplentes do Conselho Fiscal: Dante Carelli / Custodio da Rocha Maia Filho / Jessi Lerner

AFRERJ Notícias é produzido por Letra Azul Assessoria de Comunicação, Marketing & Editora Ltda.

Editora: Gloria Castro (MT-14.117) • Projeto gráfico / Diagramação: Marcelo Pires Santana • Relações-Públicas: Priscila Garcia

Correspondê[email protected]: Rua Sete de Setembro 55, 25º andar, Centro, RJ, CEP 20050-004 - PABX: (21) 3534-5555 - Fax 2252-5756

www.afrerj.org.br

Expediente

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prioridades e suas consequências

aRtigO

O Estado do Rio de Janeiro vem se recuperando economi-camente há alguns anos, mas a Copa do Mundo de Futebol de 2014 no Brasil e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, dois eventos de alcance planetário, são hoje os principais responsáveis pelo afluxo de recursos para investimentos.

Nesse contexto, a arrecadação de tributos vem também atin-gindo níveis elevados em comparação com anos anteriores. Par-te desse crescimento deve-se à recuperação econômica, mas, igualmente, e de forma significativa, ao esforço fiscal e à gestão da administração tributária.

O aumento da eficiência da fiscalização tributária, utilizando ferramentas mais modernas, permite melhor identificar o con-tribuinte infrator e exigir-lhe o tributo não recolhido, elevando sobremaneira a percepção de risco para os demais e, conse-quentemente, aumentando o quantitativo dos que recolhem voluntariamente os valores corretos.

Numa avaliação pontual, podemos achar que estamos mui-to bem e no caminho certo. Sob o ponto de vista puramente financeiro, quase não há ressalvas. Devemos procurar sempre o aumento da eficiência da fiscalização e da qualidade das ações da administração, com dados mais confiáveis, ferramentas me-lhores e auditores bem preparados. Será sempre necessário que o governo disponha de recursos suficientes para a implemen-tação das políticas públicas. Mas não devemos nos ater aos aspectos puramente financeiros.

Para fins da análise, tomemos apenas a questão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). Sem números exatos, mas apenas como ordem de grandeza.

O cadastro de contribuintes de ICMS do Estado do Rio de Janeiro tem cerca de 220 mil empresas. Desse total, aproxi-madamente 10 mil – menos de 5% do total – respondem por mais de 95% do imposto arrecadado. E sobre elas recaem pra-ticamente todas as ações fiscais. Aumentamos a percepção de risco e a resposta vem com a arrecadação de valores os mais próximos possíveis dos efetivamente devidos. O estado sinaliza para essas poucas companhias que não vale a pena cometer infrações, sonegar.

Para as demais 210 mil empresas, que raramente são objeto de ações fiscais, que sinal está sendo dado? Que vale a pena sonegar, que não há risco em deixar de emitir notas fiscais. Quando pouco ou raramente o estado fiscaliza, alimenta – in-centiva até – a cultura do sonegar, do não extrair documentos fiscais, do descumprir a legislação tributária. Não há qualquer percepção de risco. Aliás, não há risco. Em visitas ao comércio e empresas de varejo, em quaisquer cidades, verificamos que grande parte dessas empresas não emite voluntariamente as notas fiscais. Aliás, o cidadão que a solicitar será mal encarado e, muitas vezes, terá que esperar para que o estabelecimento se prepare e faça a emissão.

E nem sequer há discussões sobre que consequências para a sociedade dessa omissão estatal, desse incentivo ao não cum-primento das leis tributárias, tão importantes para a própria existência do Estado democrático de direito. Que importância o Estado do Rio de Janeiro dá para o fato social de pagar tributo, quando permite que, diuturnamente, uma grande massa de ci-dadãos – empresários, empregados e mesmo simples consumi-dores – cometa ou tenha participação em infração de natureza tributária, sem qualquer risco de penalização? Que atitudes pode o Estado esperar no futuro dessas milhões de pessoas que acham normal agir à margem da legislação tributária e que não encaram com seriedade essa obrigação?

Podemos verificamos, como consumidores, que o índice de omissão de receitas por não emissão de notas fiscais e, conse-quentemente, de sonegação, é alto. Se, hoje, essas pequenas empresas respondem por menos de 5% do total do ICMS arre-cadado, esse número poderia ser bem superior. Talvez seja um montante nada desprezível quando, num futuro, os índices de sonegação sejam de Primeiro Mundo: próximo a zero

Deixar que essa quantidade imensa de empresas sonegue o quanto quiser é também um absurdo sob outro ponto de vista. Elas estão no fim do ciclo de circulação das mercadorias e, por isso, mantêm relação comercial com os cidadãos. O ICMS é um imposto indireto, cujo ônus financeiro recai sobre o consumidor final, o ci-dadão, que já pagou o imposto ao adquirir seus bens ou produtos. Deixar que o ICMS exigido do consumidor seja ilegalmente absor-vido pelo comerciante, ao invés de ser incorporado ao patrimônio público, é inconcebível. Não é justo para com o cidadão, além de ser igualmente instrumento de concorrência desleal.

O Estado do Rio de Janeiro, por intermédio da Administração Tributária, está agindo corretamente ao priorizar sempre o aspecto financeiro das ações fiscais em detrimento do aspecto da preser-vação dos valores do estado de direito, da educação democrática, da cultura do cumprimento da lei e da organização da sociedade? Está o estado praticando a justiça fiscal? Será que não está abdi-cando de construir um futuro onde o cumprimento voluntário de obrigação tributária seja o normal e socialmente defendido?

É da natureza humana errar, testar limites, descumprir nor-mas. Mas é um dever das instituições impor limites, estabelecer normas e, principalmente, zelar para que esses limites e essas normas sejam cumpridas, ou não haveria razão para existirem.

Certamente essa abordagem não esgota o assunto. O Poder Público não pode tudo e estabelece prioridades. E devemos sa-ber que há consequências nessas escolhas. Não se pode deixar de atender as demandas do presente, mas não se deve deixar de olhar para o futuro.

Roberto MelloAuditor fiscal

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Sem desafinar auditor concilia carreira pública com trajetória musical

Quem conhece o auditor fiscal Jeverson das Chagas e Silva entre relatórios e processos na Inspetoria de Fiscalização Es-pecializada em Petróleo e Combustíveis (IFE-04), nem imagina que ele tem nome artístico – Jeff Chagas – e faz de um tudo em se tratando de música: canta, toca violão e compõe. Já tem dois CDs gravados e volta e meia se apresenta nas noites da Lapa.

Carioca que cresceu em Caxias, na Baixada Fluminense, jornalis-ta por formação e músico por intuição, Jeff ingressou na Secretaria de Fazenda em 2009, depois de três concursos. “Ser auditor fiscal é um desafio e me identifico com o trabalho da inspetoria. A fisca-lização de tributos tem uma importância social tremenda”, diz Jeff.

A música sempre esteve presente na vida do auditor, seja nas canções que a mãe, a professora de Geografia, Laeci Car-valho Ferreira, cantarolava em casa, seja nos sambas-enredos compostos pelo pai, o oficial de Justiça Sérgio das Chagas e Sil-va, para concorrer nos concursos da Grande Rio. A proximidade com os blocos carnavalescos Império da Leopoldina e o Bloco do Tubarão criou intimidade com os instrumentos de percussão, “quando o mestre de bateria deixava as crianças tocarem o repique, o surdo, a caixa e o tamborim”, relembra o auditor.

A matrícula na Escola Preparatória de Cadetes do Ar o levou para Barbacena (MG), onde concluiu o Ensino Médio. Brasília (DF) entrou no roteiro de estudos com uma bolsa para o curso pré-vestibular, e no plano musical, com o início de aulas de vio-lão. Aprovado para o Instituto Tecnológico da Aeronáutica, Jeff morou seis meses em São José dos Campos (SP), até voltar a ser vizinho do samba, em Vila Isabel, no Rio.

Foi na terra de Noel Rosa que a música ganhou espaço defini-tivo na vida do auditor. Foi aprender violão na Escola de Música Villa Lobos e entrou na UERJ para cursar jornalismo. Com colegas universitários, formou a banda Noventa e Nove, que ensaiava em estúdio e participava do Circuito Universitário. Para garantir o sustento, passou em concurso de nível médio para o Ministério Público Federal, onde foi trabalhar na Assessoria de Imprensa.

Formado, Jeff grava seu primeiro CD – Matutando – em 2002, acompanhado da sua banda O Balaio. Independente, o trabalho apresentou canções inéditas suas e de outros compo-sitores. Com o fim da banda, em 2004, Jeff optou pela carreira solo. Viajou para Cuba e se aproximou dos ritmos afrocaribe-nhos, incluindo em seu repertório o merengue, o mambo, o chá chá chá, o bolero e a salsa. Ganhou as noites da Lapa se apresentando em várias casas. Em 2006, já trabalhando como técnico de controle externo concursado do Tribunal de Contas do Município, Jeff mantém temporada musical e faz bailes. En-tre 2007 e 2008, lança seu segundo CD e primeiro em carreira

peRfiL

solo, intitulado Eu Rio. “Com repertório quase todo inédito, o CD é uma homenagem ao cotidiano e à paisagem cariocas, e passeia pelo samba, maracatu, jazz, reggae, pop e ciranda”, define o artista.

“No começo da carreira como auditor eu não divulgava meu trabalho como músico. Hoje, vários colegas conhecem minha ativi-dade e alguns já perguntam pelo novo CD – Dança – que deve sair em março, com repertório e arranjos que remeterão a algo mais primitivo, ritual, percussivo”, explica Jeff, que montou um estúdio em casa, em Laranjeiras, onde vive com a mulher, Karina.

E enquanto o novo CD vai ganhando forma, Jeff segue apre-sentando seu baile-show Eu Rio pelos palcos cariocas, e tor-ce para que o samba-enredo que compôs seja o vencedor do concurso para o próximo desfile da Escola de Samba Arranco do Engenho de Dentro, com o enredo “Nasceu, balançou...Dançou”.

Novidades musicais, agenda e contatos com o artista pelo www.jeffchagas.com.br.

“NO cOmeçO da caRReiRa cOmO auditOR

eu NãO divuLgava meu tRabaLhO cOmO

múSicO. hOje, váRiOS cOLegaS cONhecem

miNha atividade e aLguNS já peRguNtam

peLO NOvO cd”

Afrerj

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descontos em universidade e menor preço no seguro do carro

13º salário

formar-se em mais de 200 cursos de graduação e pós-graduação e fazer o seguro de automóvel ficou mais barato para os associados da afReRj e seus dependentes. confira as novidades:

A Universidade Estácio de Sá (www.estacio.br), oferece desconto de 20% para os cursos de pós-graduação e a distância. Para os cursos tecnológicos o percentual é de 10%. Na graduação tradicional varia de 10 a 28%, de acordo com a faculdade, a unidade e o horário escolhidos. As vantagens valem para os estudantes que ingressarem na universidade a partir do dia 28 de julho, não retroagindo para os que já cursavam a instituição

anteriormente. Os casos enquadrados nessa situação serão analisados pela Estácio individualmente.Os associados devem apresentar cópias da identidade e da carteira da AFRERJ, com a declaração da Associação e comprovan-

te de pagamento da mensalidade atualizado. Cônjuges necessitam da documentação do titular, cópia da certidão de casamento e cédula de identidade. Companheiros precisam de cópia da identidade e certidão de união estável. Dependentes financeiros, além da cópia da identidade e os documentos exigidos para o titular, devem apresentar cópia da declaração de imposto de renda do titular na qual constem como dependentes.

Para saber o percentual de desconto, basta escolher um curso, com a respectiva unidade, e procurar a coordenação.

Convênio com os consultores Emerson Pires, da Giro Invest (www.giroinvest.com.br) e Flávio Bar-bosa, da FB5, garantem o menor preço no seguro do automóvel, cobrindo a oferta da concorrência. Basta enviar o orçamento com os dados do veículo e o perfil do segurado para emerson@giroinvest.

com.br. É uma ótima chance de fazer ou renovar o seguro com as melhores seguradoras do mercado.O convênio inclui Consultoria Financeira com assessoria gratuita e acompanhamento permanente em planejamento finan-

ceiro de curto, médio e longo prazo. Previdência privada, tesouro direto, fundo de ações, seguro de residência e fiança locatícia, e financiamento de veículos são alguns dos produtos e serviços oferecidos. Mais informações com Emerson (21)9727-0208 ou Flavio (21) 7835-0301.

O diário Oficial de 21 de setembro publicou a quarta listagem com o nome dos titulares dos precatórios, onde constam auditores e pensionistas associados da afrerj. informações com Oscar pelo telefone (21) 3534-5555.

a afReRj e a amafReRj mantêm no portal do auditor fiscal (www.afrerj.org.br) uma pesquisa de opinião. É rápida e as respostas seguem online, com um simples clique!

participe! Queremos ouvir você!

beneficiários de precatórios

pesquisa para melhorar

13º Salário - até R$ 950,00

integral 29 julho

13º Salário - acima de R$ 950,00

antecipação 50% 29 julho

complementação 19 dezembro

Veja a tabela do pagamento do 13º salário ao funcionalismo estadual:A AFRERJ lamenta informar o falecimento, em

julho, dos auditores fiscais associados Bady Assia

Tanus Bedran (dia 19) e Luciano Renaud Petra de

Barros e Paulina Grisolia (dia 25).

Falecimentos em julho

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eSpaçO da peNSiONiSta

gilce glór ia fernandes d ’Ol iveira*

alô, amigas pensionistas!Ao escrever este artigo, percebi o adiantamento do tempo. Ontem mesmo acontecia a nossa primeira reunião e já estamos pensando em

nossa confraternização natalina. Há tantas coisas que planejamos realizar no espaço de um ano, porém parece que deram asas ao tempo e ele saiu por aí voando, atropelando os nossos sonhos e pretensões. A sua velocidade inibe as nossas ações.

Vocês, certamente, já ouviram a propaganda, cuja letra diz mais ou menos assim: ”Sorria, celebre, pois o tempo não para. O bom da vida é ser feliz, tire a tristeza do seu coração, pra baixo eu não fico não, pra alegria eu peço bis.” Eu gosto muito dessa letra, ela incentiva a levar a vida com mais leveza e bom humor.

Sei que atravessamos na vida momentos complicados, difíceis e, às vezes, muito traumatizantes. Qual de nós deixou de passar por um desses momentos? Eles se apresentam para que as ocasiões felizes sejam valorizadas. Portanto, amiga pensionista, se você estiver passando ou vier a passar por temporadas indesejáveis, quando tudo parece dar errado e o desânimo tentar se aproximar, lembre-se: são apenas momentos. Recorra à letra da música da propaganda e sorria. Procure a alegria em tudo.

Devaneios à parte, vamos falar sobre a vitoriosa ação judicial, em que a UFIR foi atualizada até o ano de 2006. Agradecemos à represen-tante Shirlei Motta, que foi o fio condutor entre o escritório advocatício e as pensionistas. Por meio de suas notícias tomamos conhecimento do andamento da ação, até o seu trâmite final.

A reunião do dia 14/9 teve de ser transferida para o dia 21, em virtude do mau tempo. Nesse dia tivemos a grande alegria de receber a visita do Dr. Juarez, presidente do Sinfrerj. Ele, que sempre se manteve ao nosso lado, buscando os nossos direitos, foi nos comunicar que está lutando para que a atualização da UFIR até 2011 seja também estendida às pensionistas. Quanto à PPE, fomos informadas de que existe a possibilidade de que a alcancemos ainda neste semestre, com recebimento no princípio de 2012. O Dr. Juarez é uma força para todas nós.

Um forte abraço a todas! * Representante das pensionistas

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Nome Categoria Cotas

Renato Paquet Sócio Prev. 17,50

Nathalia de Oliveira Paquet Irmã 17,50

Gilsete Montani de Figueiredo Sócia Prev. 30,82

Isabela Montani de Oliveira Enteada 16,87

Lucia Verçosa Carvalheira Pensionista 101,21

Francisco Jose Cabral da Silva Cônjuge 58,39

Walter de Aguiar Amazonas Filho Auditor 49,47

Maria Emília Oliveira dos Santos Amazonas Cônjuge 49,47

Vinicius Oliveira dos Santos Amazonas Filho 17,50

Walter de Aguiar Amazonas Neto Filho 18,55

Rafael de Freitas Gouvea Filho 16,87

Hamilton Bonozo de Castro Auditor 101,20

Thereza Gregorio de Castro Cônjuge 101,20

Marcia Gregorio de Castro Filha 49,46

Carla da Silva Rodrigues Indicada 17,49

Antonio Pedro Correa Fausto Barreto Sócio Prev. 16,87

Vitória Quintas da Rocha Filha 16,87

ingressos na amafReRj em julho e agosto

condições especiais na compra de aparelhos auditivos e medicamentos

Associados do plano de autogestão em saúde dos auditores fiscais AMAFRERJ, conquistaram benefícios importantes com a assinatura de dois convênios em setembro: na aquisição de apa-relhos auditivos e na compra de medicamentos.

Há 11 anos os resultados do Censo 2000 mostravam que cerca de 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentavam algum tipo de incapacidade ou deficiên-cia, seja uma dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou mesmo mental. Entre os 5,7 milhões com alguma deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos. A proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos.

Já o gasto com medicamentos foi dimensionado pelo IBGE no estudo Perfil das despesas no Brasil indicadores selecionados, baseado na Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003, e apontava que os medicamentos comprometiam 76% das des-pesas com saúde nas famílias mais pobres (até R$ 400,00). Nas famílias com renda acima de R$ 3 mil, este percentual foi de aproximadamente 23,7%.

Veja detalhes dos convênios:

No Centro Auditivo Telex (www.telex.com.br), associados e dependentes da AMAFRERJ podem testar um aparelho auditivo em casa, por sete dias, sem ne-

nhum custo de moldes ou pilhas, tendo a opção de adquiri-lo. Ao comprar um aparelho, recebem três meses de pilhas grátis,

um desumidificador e atendimento/acompanhamento gratuito das fonoaudiólogas, para a regulagem de aparelho auditivo.

Na aquisição do aparelho, o Centro Auditivo Telex conce-de desconto de 18%, para adaptação unilateral e de 30% na aquisição do segundo aparelho, em casos de adaptação binau-ral (os dois ouvidos). O pagamento pode ser parcelado em até 12 vezes sem juros com cheque ou no cartão de crédito. Esta condição não é acumulativa com demais promoções comerciais vigentes na loja.

O Centro Auditivo Telex, no caso de compra do aparelho, também fornece exame sem conclusão diagnóstica para iden-tificação de possível perda auditiva e divulga eventos de saúde e qualidade de vida, além de distribuir os informativos ABC da Audição.

As condições são válidas nas lojas Telex de todo o Brasil.Mais informações com Cândida, na AMAFRERJ, pelos telefo-

nes (21) 3534-5555 ou (21) 8204-0474.

Na rede Drogas-mil (www.drogasmil.com.br) /Farmal i fe

(www.farmalife.com.br) associados e dependentes da AMA-FRERJ têm direito a 20% de desconto na compra de medica-mentos, seja qual for a forma de pagamento escolhida. O bene-fício é válido para pagamentos por meio de cartão de crédito, cheque, dinheiro ou cartão de débito. Basta dirigir-se a uma unidade, apresentar a carteira da AMAFRERJ e o CPF e as com-pras serão efetuadas com desconto.

Page 8: ANTIGO CENTRO DOS AGENTES FISCAIS DA ...pedir que seu pleito seja apreciado, em primeira instância, pelos auditores fiscais lotados na Junta de Revisão Fiscal. Depois, se necessário,

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AMAFRERJ: O PLANO DA FAMÍLIA FISCAL. EXCELÊNCIA EM AUTOGESTÃO.

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AMAFRERJ - Filiada à UNIDAS ANS – nº 387185

em buSca da exceLêNcia

A AMAFRERJ está entre as melhores operadoras de saúde do país, segundo avaliação da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) que divulgou, em agosto, os resultados medidos pelo Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). O plano de autogestão dos auditores fiscais obteve a nota 0.755, segunda melhor faixa de pontuação, acima da média nacional e quase alcançando o melhor desempenho.

A ANS avalia anualmente as operadoras e os dados divul-gados são referentes ao desempenho em 2010. O IDSS é cal-culado a partir de indicadores definidos pela própria Agência, reunidos em quatro dimensões: atenção à saúde, econômico financeiro, estrutura e operação e satisfação do beneficiário. Ao final da avaliação, a operadora recebe uma nota que pode se encaixar em uma das seguintes faixas: 0.00 a 0.19; 0.20 a 0.39; 0.40 a 0.59; 0.60 a 0.79; 0.80 a 1.00.

“O resultado medido pela ANS reflete o nosso comprometimen-to com os associados, com a busca permanente de ações de saúde preventivas, a satisfação do beneficiário e o equilíbrio financeiro do plano. Buscamos um círculo virtuoso”, resume a gerente médica da AMAFRERJ, Maria Elisabete Winitskowski.

A médica ressalta iniciativas que considera importantes para a satisfação dos usuários, como cobertura total para fitas rea-gentes e insulina, além dos quimioterápicos orais, maior número de consultas em especialidades como psicoterapia (24 anuais, e coparticipação de 50% a partir da 26ª sessão). “Sempre estive-mos à frente das exigências legais de coberturas determinadas pela ANS. Além disso, conhecemos o nosso associado e temos com ele uma relação individual”, comenta.

Ricardo Poock

A gerente médica da AMAFRERJ acredita que o grande de-safio é melhorar continuamente o padrão de gastos do plano e, junto, elevar a qualidade do serviço/atendimento. “Estamos mais atentos às situações de reembolsos e aprimorando a au-ditoria das internações nos hospitais, por exemplo.” A médica lembra que o plano também deve se adequar à legislação, em permanente modificação.

O administrador geral da AFRERJ, mantenedora do plano, Tufi Pedro, atribui o bom desempenho da AMAFRERJ ao zelo com que é administrado, à transparência dos dados e das informações e à boa estrutura mantida em 2010. “Em que pesem as variações da conjuntura econômica, nossa meta é sempre 100% de satisfação.”

Fonte: ANS

dimensão id da dimensão ponderação cálculo do id ponderado

atenção à saúde 0.631 0.500 0.316

estrutura e operação 0.909 0.100 0.091

econômico-financeiro 0.859 0.300 0.258

Satisfação do beneficiário

0.911 0.100 0.091

idSS da operadora 0.755