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5/11/2018 APELA ÃO DE DEFESA DE INSTRUMENTO M DICO DE TRANSFUSÃO SANGUINEA - slidepdf.com
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APELAÇÃO DE DEFESA DE INSTRUMENTO MÉDICO DE TRANSFUSÃOSANGUINEA
Verificada a necessidade, nos termos da Medicina Legal é exigível a
transfusão sanguínea para prover a saúde do paciente. Ao se tratar de menor
encabe aos pais ou responsável o acompanhamento e autorização de
procedimentos médicos durante sua internação. Esses em virtude de
convicção religiosa recusam o tratamento consistente em transfusões
sanguínea lesando o menor de seu direito à saúde e à vida, dispostos no
artigo 5° Constituição Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, e no
artigo 7° do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n. 8069, de 13 de julho
de 1990.
Neste caso, de acordo com o Código de Ética Médica, aprovado por
resolução do Conselho Federal de Medicina, n. 1931, de 17 de Setembro de
2010, o médico tem o dever e direito de empregar todas as diligências
necessárias para salvar o paciente em perigo iminente de vida mesmo contra
o consentimento dela, dos pais, responsável ou familiares, não
compreendendo pena sob disposição do art. 146, § 3°, inciso I, do Código
Penal brasileiro.
Esta medida não sofre agravo de instrumento sendo verificada a
responsabilidade dos entes federais nos artigos 23, inciso II, e 196 da Carta
Constitucional, nas ações da saúde. E ao menor deve ser observada as
medidas de proteção constantes no art. 98 do ECA, determinando as
autoridades competentes aos pais ou responsável desse menor as medidas
constantes no art. 101 da referida lei.
Muito embora a decisão da transfusão sanguínea não seja a desejada
pelos familiares por convicção religiosa, assegurada no art. 5°, incisos VI, da
CF, contudo, ressalva-se o ponto de vista ora exposto, no que tange ao
direito à vida e à saúde do menor, pois o afastamento do risco de vida não
pode conduzir ao sacrifício da liberdade de crença, conforme acordão
deferido pela Egrégia 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
pela Apelação Cível nº 2003.71.02.000155-6/RS.