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Apontamentos Para o Estudo Da Moeda Visigoda - António Carlos Diogo

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moedas visigóticas

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  • So as duas primeiras pginas do catlogo que o Banco Pinto de Magalhes elaborou para a presena BPM na Feira Interna-cional de Moedas, que teve lugar a 12-13 de Maio de 1973 em Tomar. Espero que arregalem a vista e desfrutem. Agradeo desde j todas as intervenes.

    Antnio Carlos Diogo

    Apontamentos para o estudo da Moeda Visigoda

  • A coleco que refere fabulosa. Tive ocasio de ver, h muitos anos, estas magncas moedas. So, como bem visvel, romanas e visigticas mas tm a partic-ularidade de terem sido cunhadas em ouro.!!! Os ureos so de magnca qualidade embora no se trate dos de maior raridade. J agora, para os residentes prximos do Porto, amantes de moedas antigas, aconselho a visita `a coleco da Fundao Eng. Antnio de Almeida. Museu

    A Fundao Eng. Antnio de Almeida possui um Museu onde se renem as vrias peas coleccionadas pelo instituidor: mo-bilirio, ourivesaria, txteis, porcelanas, pinturas, relojoaria e moedas. Estas ltimas constituem uma importante coleco nu-mismtica, fundamentalmente composta por peas de ouro de origem grega, romana, bizantina, francesa e portuguesa.

    Encontra-se encerrado durante o ms de Agosto reabrindo no dia 1 de Setembro.

    Horrio de visita: de segunda-feira a sbado das 14h30 s 17h30

    A visita ao Museu sempre guiada e poder ser feita em portugus, francsou ingls. A visita de grupo, cuja marcao deve ser feita previamente, pode ser realizada no seguinte horrio:

    10h00 s 12h00 14h30 s 18h30

    Custo de Ingresso: Entradas: 2 Estudantes, carto jovem e maiores 65 anos: 1

    Sede: Rua Tenente Valadim, 231 / 325 4100-479 PORTO PORTUGAL

    Pizarro Bravo

    Tel. 226067418 Fax. 226004314 Email: [email protected]

    Deixo como desao a transcrio das legendas (anverso e reverso) dos trientes visigodos... muito fcil: A partir da Cruz e no sentido dos ponteiros do relgio.

    Aqui ca um exemplo, n.o 27:

    Antnio Carlos Diogo

    ANV: + VVITTERICVS RE. REV: + PIVS ISPALI

    O REI VITERICO, O PIO, mandou cunhar esta moeda de ouro em, ISPALI. Acontecem s, pequenas variaes na forma de ler estas moedas.

    Vamos l ento ao no. 28 (cunhagem do territrio hoje Portugal), dando assim exemplo de variaes nas legendas:

    ANV: + VVITTIRICVS RE REV: + TVS ELVORA IVS

    O REI VITERICO, intitulado de O JUSTO, mandou cunhar esta moeda de ouro em ELVORA.

    Antnio Carlos Diogo

  • Caro Antnio Carlos Diogo: Faz todo o sentido o conhecimento e estudo da moeda visigtica, como faz todo o sentido o estudo de milhentas coi-sas... Mas... onde h tempo para tudo? preciso tomar opes, estabelecer prioridades e, no campo numismtico, a minha ateno est virada para as romanas (Repblica e princpio do Imprio) e para as portuguesas (monarqui at ao euro)!!! A moeda visigtica tem todo o interesse e em Portugal foram cunhadas belas moedas desse tempo. H uma(?), cunhada em Chaves ,(FLAVIIS ou FLAVIAS), um triente de Recaredo que se julga ser nico. Ver: Um triente de Recaredo batido em Chaves - A. Elias Garcia, Castelo Branco, Julho de 1944.

    Na prxima revista Aquae Flaviae deve sair sobre ela, da autoria de um dos nossos associados, escritor dedicado numismtica, de Lisboa.

    Um abrao.

    Aqui deixo a transcrio das legendas da n.o 21:

    Pizarro Bravo

    Antnio Carlos Diogo

    ANV: + RECCAREDVS RE. REV: + EMERITA PIVS

    - O REI RECAREDO, intitulado de O PIO, mandou cunhar esta moeda em ouro na EMERITA.

    As primeiras moedas (tremisses) em que aparece inscrito o nome de um monarca visigodo foram emitidas no reinado de Leovigildo, antes c. 510, Teodorico o Grande ter mandado lavrar no sul da Glia, tremisses do tipo VPW (Victria, Palma e Coroa), que destinaria ao reino visigodo. Mrio Gomes Marques, na sua diviso, considera estas moedas de transio, moedas em que se encontram assocoiados os nomes de Justino II e Leovigildo. As pr-nacionais sero o grupo formado por todas as moedas lavradas por visigodos em nome dos imperadores romanos sem meno aos seus prprios reis. As nacionais sero aquelas em em que as nicas autoridades so soberanos visigodos. As de transio tero sido cunhadas em c.575, durante muito pouco tempo, para logo darem lugar s primeiras moedas nacionais.

    A existncia de um numerrio de cobre produzido pelos visigo-dos uma descoberta recente, uma srie de 24 pequenas moe-das encontradas na regio de Sevilha, e estudadas por Miquel Crusafont i Sabater. No tenho conhecimente de novos trabal-hos acerca destas moedas. Quanto aos bronzes de imitao usa-dos pelos visigodos, penso que estas moedas eram e foram-no certamente, cunhadas para fazer face falta de numerrio que h muito j no chegava de Roma ( autoridades locais investi-das ou no do jus monetae). Talvez mesmo o ferreiro do local, tendo como modelos, as FEL TEMP REPARATIO.../... Teremos que ter sempre presente que as primeiras emisses visigodas que ostentam j, o nome de Leovigildo tiveram meramente ns polticos, do mesmo modo as emisses em que s j apare-cem referncias aos reis visigodos. De Leovigildo a Recesvinto ( aps reformas administrativas, s vinte e dois centros urbanos passaram a ter autorizao de cunhar moeda, apenas trs do actual territrio nacinal: Egitnia, Bracara e Elvora) as ocinas proliferavam em todo o territrio visigodo, e para que servia o numerrio em ouro? Deixo ento, o debate em aberto para mais participaes.

    Antnio Carlos Diogo

  • A propsito de dois Slidos de Justiniano II existentes no MNP/INCM, cpias servis das moedas imperiais homlogas, a atri-buio aos visigodos tem como base pormenores tipolgicos as-sim como a distribuio geogrca dos respectivos achados. Com exactido podemos armar que esta produo de solidi aconte-ceu depois de 507. Os monarcas visigodos instalados na Aquitnia tinham casa da moeda na respectiva capital, Tolosa. A verdadeira ocupao ter incio em 472-473 tendo cado limitada a parte da Tarraconense, algumas reas da Cartaginense e faixa orien-tal da Galcia... As necessidades monetrias dos visigodos na Hispnia seriam pequenas, da se admitir que s tero emitido na Pennsula depois de derrotados pelo franco Clodoveu, exacta-mente em Vouill-507-. Alarico II (484-507) foi o ltimo rei visi-godo de Tolosa. Sabemos dos registos, que todos os achados de solidi, presumivelmente produzidos pelos visigodos depois de 507, tiveram lugar na Pennsula Ibrica. Entre essas moedas ex-istem espcimes em nome de Justiniano I, que podero ter sido emitidas por ordem de Teudis (531-548) que havia transferido a corte para Barcelona e seguidamente para Sevilha... A criao do reino visigodo de Toledo d-se em 573.

    Aqui cam mais estas achegas. O numerrio em ouro conferia prestgio e poder entidade emissora e aos poucos que a tinham no bolso.

    Aqui ca a transcrio das legendas da n.o 26:

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    ANV: + VVITT/R/ICVS RE REV: + TOLETO PIVS I

    O REI VITERICO (603-609), intitulado de O PIO, mandou cunhar moeda em ouro, em TOLETO.

    Aqui deixo ento a leitura de hoje, no. 29:

    ANV: + CVNDEMARVS RE REV: + PIVS ELIBERRI

    O REI GUNDEMARUS/GUNDEMARO (609-612), intitulado de O PIO, mandou bater moeda em ouro, em ELIBERRI.

    Para deixar respirar o ouro visigtico, falemos ento, s um bo-cadinho, do ouro romano. Tomemos como expemlo o ureo 181:

    Antnio Carlos Diogo

    ANV: IMP CAES L VERVS AVG REV: SALVTI AVGVSTOR TR.P III / COS II (legenda do reverso que importa traduzir). Algo como: Sade dos Imperadores (Lcio Vero e Marco Aurlio, irmo adoptivo de Lcio Vero e com quem repartiu a regncia do imprio )... Emisso de Roma, agora s nos falta encontrar a refer.(a) RIC, Sear e outras.

    Espero que este ureo (a preto e branco) nos permita o regresso s aulas!

    Antnio Carlos Diogo

  • Sabiam que nunca , mas nunca, na histria da monarquia visigoda, rei tonsurado, voltou ao trono? Os procedimentos, andavam sem-pre volta das seguintes prticas: A tonsura, o envenenamento, o assassnio e o mosteiro!

    Ficam a curiosidade... e os relatos documentais (aquilo que nos permitem armar).

    Era vasta a competncia e autoridade dos almotacs para mandar executar as sentenas como mandar impicotar, expr vergonha na picota, ou mandar executar pequenos castigos corporais.

    Os Almotacs maiores devem fazer justia a qual consiste em pr o delinquente na picota e obrig-lo a contar l de cima cinco soldos para o concelho, conservando-o entretanto ali. ( Do direito consuetudinrio que ainda se praticava no sc.XIII)

    A picota, nome que se deu ao pelourinho at ao sc. XVI, tinha tambm a funo de priso na gaiola. Esta era construda de ma-deira encimando a coluna bastante elevada, onde o delinquente permanecia todo o tempo a que era condenado. Como as grandes colunas deixaram de ser encimadas pela gaiola priso, veio a criar-se o remate simblico e decorativo da pequena gaiola em pedra. Os pelourinhos eram padres dos concelhos e smbolos da liber-dade e autoridade municipal. Os antigos concelhos tinham grande autonomia administrativa e judicial.

    Vamos l ento deixar aqui pelourinhos e a sua histria, de Norte a Sul, tero que ser mais de trs palavras ... combinado?

    Aqui ca um caminho relacionado.

    Pelourinhos de Portugal:http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria: ... m_Portugal

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    DestransComeo eu!

    Pelourinho de Vila Viosa (que ainda por cima no est na lista da Wikipdia)

    Fronteiro Porta da Torre, no local onde antigamente se situa-vam os Paos do Concelho e da Cadeia Pblica, ou seja, na Praa Velha, mais ou menos a meio da actual Avenida dos Duques de Bragana que acompanha a cerca amuralhada desde os Agostinhos at Igreja da Esperana, ergue-se um dos mais belos e elegantes pelourinhos que subsistem em Portugal, constituindo um verda-deiro ex-libris desta Vila-Museu.

    Seu fuste quadrangular de pedra xistosa inteira com oito metros de altura, assenta sobre uma base de mrmore ornada de quatro toscas guras de r esculpidas moda romnica. rematado por uma elegante roca esferide, tambm de mrmore regional, aberta, golpeada e enfeitada de festes e folhas de acanto.

    De rara beleza, de indiscutvel valor artstico e documental, este smbolo do poder local e da justia ocial, exemplar notvel e nico na sua traa.

  • No consta, ainda, na Wikipdia... pois ter que constar! Tenho pre-sente que o material documental existente na fonte referida, tem que ver, essencialmente, com as contribuies de todos ns, ser? Pelourinho de rara beleza... amanh deixo o meu!

    Caro Destrans, logo ontem emprestei Os Pelourinhos do Distrito de Castelo Branco! Est desde j prometido o de Idanha-a-Velha.

    Ento no h orgulho nos pelourinhos que nos pertencem, a to-dos! No se esqueam que a apresentao ter que obedecer, to somente, a mais de trs palavras!

    Como prometido aqui deixo o Pelourinho de Idanha-a-Velha. gua mole em pedra dura, tanto bate at que se cansa.

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

  • Moedas da Egitnia da Coleco Numismtica Pinto de Magalhes, Catlogo, I Vol., Porto, 1963:

    - Suintla (1 ex.), da Ex. Col. Elias Garcia - Chindasvinto (1ex.), da Ex. Col. Elias Garcia - Egica e Vitiza (1ex.), da Ex. Col. Elias Garcia - Rodrigo (1ex.), aquirido em Portugal (C.N.)

    Ainda uma falsicao de Sisenando (M. Forgeries, 54), da Ex. Col. Elias Garcia.

    Algum dos companheiros conhece este Catlogo de 1963? Onde param, actualmente, as referidas moedas? Agradeo desde j qualquer informao.

    Continuando o monlogo e sempre com base na coleco BPM, restam acrescentar as moedas do territrio Nacional, que no as da Egitnia:

    - Leovigildo ( 1ex.) de Elvora - Recaredo (1ex.) de Elvora - Viterico (1ex.) de Elvora, da Ex. Col. Elias Garcia. ESTE j aqui traduzido. - Sisebuto (1ex.) de Lameco.

    Fica assim reconstituda a Coleco no que ao numerrio visigodo,diz respeito.

    Caros companheiros, o esplio epigrco encontra-se actualmente no Museu Lapidar de Idanha-a-Velha, construdo para esse m. O interior da Catedral foi transformado num agradvel espao para Estudos, Conferncias, Palestras e outro eventos de ndole cultural. A terceira fotograa (j com mais de uma dcada), representa uma vista geral do ncleo arquitectnico.

    S mais esta passagem: Arrasada pelos brbaros invasores, por volta do sc. V, a povoao conheceu no perodo visigtico, sob o nome de Egitnea, momentos ureos de desenvolvimento, tendo

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). So testemunhos materiais desse perodo, o Baptistrio paleo-cristo e runas anexas do palcio dos Bispos e a Catedral, (esta com profundas e sucessivas alteraes arquitec-tnicas posteriores).

    Fao votos para que tenham gostado da viagem.

    Antnio Carlos Diogo

  • Ningum gostou da viagem... ter sido pela preo, ou pela seca do chato de servio?

    - Muito eu me rio, para no chorar!

    Amanh outro dia...e para castigo, regresso com a poesia. Pen-sando bem, talvez com mais apontamentos de gramtica latina.

    Caro amigo

    pela parte que me toca, neste assunto tem mesmo de ser monlo-go... mas no se esquea que j h quinhentos anos at os Reis assistiam a monlogos e gostavam... Continue, por favor, a ensinar-me. Obrigado

    Gostei muito da viagem e continuo interessado num curso base de visigoticas assim tenha professor e companhia. Cumprimentos

    Antnio Carlos Diogo

    vma

    jpamsantos

    Parece existir algum preconceito acerca destas viagens atravs do Portugal profundo, aquele onde tantas vezes se encontra a g-nese de todos ns, ser? Ser timidez? certamente a minha ingenuidade equivalente a 44 anos de vida!

    Obrigado aos companheiros livres de preconceitos e timidez; so esses que me indicam o caminho que terei que percorrer at ganhar estatuto!

    Volto a relembrar este modus operandi da monarquia visigoda: Rei tonsurado ( todos os cidados usavam o cabelo curto, ro-mano, s os nobres, includo o monarca usavam guedelha ), nunca voltou a ocupar o trono, era a humilhao... de seguida esperava-o o convento, ou o envenenamento/assas-snio.

    Sabiam que o primeiro nobre visigodo a converter-se ao cristian-ismo foi Hermenegildo, primognito de Leovigildo ( professava o arianismo ) , o unicador da Hispnia Visigoda? Sucedeu-lhe, o segundo lho, de nome Recaredo. Claro que a Hermenegildo, o prncipe rebelde, convertido por S. Leandro de Sevilha, limparam-lhe o sebo! Leovigildo unicou no s o imprio que chegava Septimnia, como tambm foi o primeiro monarca visigodo a mandar cunhar a primeira moeda NACIONAL visigoda, e que le-vava inscrito o local de cunhagem; assim que atravs da moeda, o monarca exerce e pe em relevo a total autonomia em relao ao imprio romano, de h muito, mas muito tempo, moribundo. Falamos de poltica a todos os nveis da sociedade do Sc. VI. !!! Tenebroso!!!

    Recaredo que por sua vez se converte ao catolicismo no concilio de Toledo.

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

  • Converte-se ao catolicismo em 589, no III Conclio de Toledo. Conhecemos moeda em nome de RECCAREDVS (586-601), no que a ocinas do territrio hoje nacional, diz respeito, de: Bracara, Cepis, Coleia, Monecipio, Elbora, Iminio, Olisipona, Portocale, To-tela, Vallegia e Egitania. Quanto moeda que W. Reinhart descreve como tendo sido cunhada em Pannonias, nunca se conrmou a sua existncia. Existem dois trientes de Recaredo no MNP(CASA DA MOEDA), um de Elbora, o n.o 3827 ( penso tratar-se do exem-plar achado na Feiteira/Alcains), e outro de Iminio, o n.o 3831. Da colecco do Senhor Carlos Costa faz parte um de Monecipio ( informao do Eng.o Francisco Magro).

    At ao m do reinado de RECCAREDVS,ano 601,que valores e metais so conhecidos.H alguma uniformidade de pesos e diamet-ros na produo das diversas ocinas?

    Tanta pacincia, para to pouca inteligncia! Estes visigodos parece terem c deixado muitos genes! Ser?

    Faz-me lembrar o aproveitamento publicitrio e/ou propagandsti-co: E ladres? Eram mais de dez bandidos, uma dzia de polti-cos e dois visigodos! Faltam os dois polcias que sobrevoaram o SPZC, na Covilh. Ateno interveno/defesa da S.ra Alzira Serrasqueiro... tambm ela tem semelhana de todos ns uma costela brbara!

    Quanto aos metais, s ouro. Quanto ao peso, muito leve: menos de 1 gr, aos 2 grs. Logo que me for possvel, deixarei uma sntese acerca do peso e da metrologia.

    Aqui vai uma pequena sntese:

    Do achado de Abusejo (Castela e Leo/Salamanca):

    Recaredo - 1,6 g. Recesvinto - 1,5 g.

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    jpamsantos

    jpamsantos

    Vamba - 1,55 g. Ervgio - 1,60 g, 1,55 g, 1,46 g, 1,50 g. Egica - 1,40g, 1,45 g, 1,50 g.

    - Da ex. Coleco Elias Garcia:

    Egica da Egitnia - 1,40 g / 20mm.

    - Da coleco Carlos Costa:

    Vitiza de Bracara - 1,34 g / 22mm. Vitiza da Egitnia - 0,95 g / 20mm.

    - Do Museu Numismtico Portugus (INCM):

    Rodrigo da Egitnia - 1,38 g / 20mm. As duas mais pesadas do esplio do MNP, so uma de Chntila - 1,54 g / 17mm. E uma de Recaredo - 1,53 g / 17mm. Faz igualmente parte do MNP, um triente de Hermenegildo ( falsi-cao?) - 1,78 g / 20mm.

    Espero ter deixado um ponto de partida. Quanto aos metais, opor-tunamente falaremos de umas alienaes e algo indito, at h relativamente pouco tempo.

    No deixa de ser curioso que as mais pesadas so as de menor diametro.

    Infelizmente, quanto s moedas do Achado de Abusejo, Felipe Mateu y Llopis, no nos deu, na sua Miscelnea Arqueolgica, os dimet-ros. O estudo foi feito a partir de decalques que lhe haviam sido entregues por Manuel Gmez-Moreno em Junho de 1936. S assim Mateu y Llopis conseguiu reconstruir o Achado, as moedas levaram caminhos diferentes, o tesouro dispersou-se. Da a razo de tambm s termos os pesos de meia dzia de exemplares. O achado data de 1932, os decalques de 1936 e a Miscelnea, de 1974.

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • 2500 vistos no tpico !!! Eles andam a! Estive a pesquisar na net e de facto no so muitos os lugares onde esta matria se possa aprender.Dentro das minhas possibilidades vou ajudar festa mas no desisto pois na minha idade j so raras as possibilidades como esta de aprender.

    VAMBA-WAMBA-VVAMBA-BAMABA-UVAMBA (672-680), foi eleito rei a seguir morte de Recesvinto. Desejando que o leitor partilhe comigo o imaginrio egitaniense e nacional, procuremos o incio da lenda histrica que se perpetuar connosco; VAMBA, homem guerreiro que s pretende repousar usufruindo do esta-tuto de gardingo no aceita ser rei dos Godos, -o fora, e porque a vara de freixo oresceu tal o desgnio de Deus. Esquecer a sua terra, no cheirar a sua terra, trabalh-la , escut-la... Aps a tempestade a bonana, s que o destino por pouco tempo lhe permite desfrut-la, foi eleito pelos nobres da Aula Rgia em 672 na localidade de Grticos, no entanto fez questo ser coroado em Toledo, a capital. Sabemos que teve que acudir a muitos fogos tendo alcanado importantes vitrias. No ser de estranhar neste contexto, j haviam rumores do desembarque de foras berberes na Pennsula,o ter-se esquecido da Egitnia quanto cunhagem de moeda... Em casa de ferreiro, espeto de pau, para isso houveram outros polticos. Aconselho a leitura, entre outros, de Rei Wamba-Espao e Memria, Maria Adelaide Neto Salvado, Pedro Salvado, A Mar Arte, Coimbra, 1995. Gostaria e f-lo-ei assim que puder pessoalmente, perguntar aos acima citados e a outros historiadores, porque armam a existn-cia de numerrio em nome de Vamba batido na Egitnia? Aproveito para esclarecer que a graa adoptada a partir de Vamba: I.D.N. / I.D.I.N.M. / I D M N / IND. N. M. / INDINM / INDNE..., no signica Idanha, como alguns defendem, mas sim em abreviatura IN DEI NOMINE. ( Continua )

    Parte de uma artigo de opinio por mim assinado, publicado no Reconquista em 12.11.06.

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos Merece-me aqui, uma nota para SISEBUTO 612 a 621,que penso ter sido o 1o a mandar bater moeda em Lamego, terra na qual reconheo estarem as minhas raizes. Quanto a WAMBA, teve na vara de freixo, a expresso da vontade divina e talvez, pergunto eu,a inscrio IN DEI NOMINEresulte dessa convico,WAMBA recolhe a um convento aps a revoluo comandada por ERVIGIO ter seco a vara de freixo....

    Vamos ento concluir a exposio do Vamba. .../... As referncias a moeda de Vamba aparecem-nos primeira-mente com Manoel Pereira da Silva em Memrias para a Histria Eclesistica do Bispado da Guarda, 1729, a pg. 26, diz ter visto uma moeda de Vamba cunhada na Egitnia, com a legenda, no an-verso UVAMBA REX e no reverso IGEDITANIA PIVS, pouco provvel, Vamba foi o primeiro monarca visigodo que adoptou e sempre a legenda, como j referi, IN DEI NOMINE, independente-mente da ocina. Quanto legenda do reverso tambm no se conhece nenhuma moeda, de nenhum monarca visigodo,com a graa IGEDITANIA. O Padre Joaquim Martinho em 1758 na resposta ao Inqurito Pom-balino na referncia Egitnia e para fundamentar a naturalidade de Vamba diz mais ou menos nestes termos: (...) Da cidade de Idanha foi natural o rei Vamba, como se tem visto em moedas de prata que ainda se encontram com a inscrio o Bamba egitaniense (...). Claro que do ponto de vista numismtico de uma total incor-reco, sem qualquer fundamento, alm dos trientes no se con-hece nenhum exemplar em prata ( ainda que a partir de Egica/Vitiza, alguns trientes serem, as tais alienaes que referi algumas intervenes atrs , 50% ouro-50% prata). S no incio da dcada de oitenta(1984) se teve conhecimento atravs de Crusafont i Sa-bater, da existncia de numerrio em cobre presumivelmente pro-duzido pelos visigodos atravs de um achado na regio de Sevilha. Perdoemos ao P.e Martinho, homem erudito, este pecado menor no exerccio do seu patriotismo. No conhecemos moeda de Vamba do actual territrio nacional. conhecido numerrio em nome de Vamba de apenas cinco oci-nas, nenhuma do territrio hoje Portugal.

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

  • Ainda a propsito de Vamba, vejam esta nota:

    De acordo com os conceitos da poca, a reposio no trono, isto quando se fala em Eborico, no trono suevo no seria possvel, visto que a tonsura, mesmo que imposta contra a vontade do tonsu-rado, incapacitava para o exerccio do poder rgio. Da que, nos reinos brbaros cristianizados, se tenha recorrido tonsura dos monarcas depostos e cuja vida se queria poupar, isto para evitar quaisquer veleidades de tentativa de reconquista do poder. O caso mais conhecido,por ter dado origem a muitas lendas populares, foi o do rei visigodo Vamba, que, para ser afastado do trono, ter sido drogado e tonsurado enquanto inconsciente. Foi exactamente o sucessor de Vamba, Ervgio (680-687), o chefe de to malca conspirao.

    Peo desculpa antecipada pelo no rigor histrico,mas como lenda? Lenda do Rei Wamba:http://olhares.aeiou.pt/castelo_do_rei_ ... 56776.html

    Uma das lendas populares do rei Vamba! Conheo o local e posso garantir-lhe que nunca foi castelo do rei Vamba. Mais uma verso passada de boca em boca at aos nossos dias : O imaginrio de um povo, no qual a lenda se perpetua, se sublima!

    Tambm aqui, perto de Chaves, na povoao do Cambdo, fregue-sia de Vilarelho da Raia (onde fui batizado!) existe um monte onde se diz ter existido um castelo de Vamba. Ali, ainda hoje aparecem restos de cermica.

    Maravilha! No tenho um total conhecimento do percurso de-stas verses populares lendrias tendo o Vamba como heri. Em toda a Beira Baixa o material abundante, at Chaves no tinha ideia. Amigo Fernando, somos todos da mesma famlia!

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    Pizarro Bravo

    Antnio Carlos Diogo

    Mais um dado relevante acerca de Vamba:

    A 1 de Dezembro de 656 celebrou-se em Toledo o X Conclio desta cidade, reunindo 17 bispos entre os quais os de Braga, vora, Porto e Lisboa. Reinava ento Recesvinto e por mandade deste rei, foi pedida assembleia do Conclio a anlise do testamento de S. Martinho, antigo bispo da Igreja de Braga e fundador da Igreja de Dume. O emissrio de Recesvinto foi Vamba. Assim est relatado o facto nas actas do Conclio:

    (...) por mandato del glorioso senr nuestro el rey Recesvinto, y por medio del ilustre Wamba, el testamento de san Martn, de gloriosa memoria, obispo de la iglesia de Braga, el cual se sabe con-struy el monasterio de Dumio, para que abrindolo tomsemos conocimiento de lo que l aquel beatsimo varn disponia... Jos Vives, Concilios Visigoticos y Hispano Romanos, Barcelona, Consejo Superior de Investigaciones Cienticas, 1936, p.322. As razes da preocupao de Recesvinto com a anlise conciliar do testamento de S. Martinho de Duma prendiam-se com aspectos de um outro testamento: o do bispo da Igreja Dumiense , Ricimiro. Este bispo determinou que todos os tributos e frutos da Igreja de Dume fossem anualmente distribudos pelos pobres, sem que qualquer parte deles pudesse car cativa para benefcio da Igreja. Declarou libertos alguns dos servos dessa Igreja (...); mandou vend-er alguns bens a to baixo preo que su negociacin ms pareca una prdida que no una venta - Jos Vives, ob . cit, p. 323.

    Para l de todos estes aspectos, importa realar que o elo de liga-o entre a Igreja e a Monarquia foi efectivamente Vamba. Maria Adelaide Neto Salvado e Pedro Salvado, ob. cit, p. 56, dizem-nos o seguinte: Seja-nos pois lcito poder concluir,neste contexto, do relevo que assume Vamba, ao ser ele, e no qualquer, o escolhido como emissrio real. Em consequncia, julgamos de igual modo ser este facto prenncio de toda a brilhante aco governativa reformadora e at moralizadora da Igreja do seu tempo que, uma vez rei, Wamba concretizaria ou incentivaria. De importncia para esta temtica, a obra de George Cardoso, Agiologio Lusitano, Tomo I, Lisboa, 1652.

    Antnio Carlos Diogo

  • Muito se tem escrito e especulado ao longo dos sculos acerca da naturalidade de Vamba. No sculo XVIII, em Mappa de Portugal, Joo Bautista de Castro, escreveu a propsito:

    Es Beira la tercera Region, que ostenta De Viriato el Nombre formidable, Donde Coimbra Episcopal se assenta De Mondego en la orilla deleitable (...) Sin Mitra Idan, solo el timbre guarda, Que de Wamba adquirio patria elegte; Mas poblacion la nueva Idan tiene, Que en el sitio cercano se contiene.

    De salientar a referncia ao declnio de Idanha-a-Velha ultrapassada pela vizinha Idanha-a-Nova, j sin Mitra, sem bispado, apenas o passado glorioso de ter sido a ptria de Vamba.

    Outra nota, esta de Antnio Diniz da Cruz e Silva, Odes Pindaricas, 1815, p.249.

    O grande Wamba, rei dos Visigodos na Hespanha, que succedeu a Recesvinto no anno 672. Os nossos Escritores o fazem Portuguez de nascimento, e morador na antiga Cidade da Idanha.

    A este propsito escrevi num artigo de opinio, o seguinte em homenagem minha (nossa) Egitnia:

    Cemitrio de cinzas e Vida, Onde repousa ancestral p; p de S. Dmaso e Santa Irene Vamba e Egica. Idanha que foste Cidade, Museu da Humanidade, mostra aos cpticos a matria de que s feita! Exemplar arqueolgico da Civilizao, d proteco aos que te habitam e lucidez aos que te estudam.

    Antnio Carlos Diogo jpamsantosIdanha-a-Velha merece a bonita homenagem que lhe dedicou. A naturalidade do rei Vamba,ao ser reclamada para Idanha,s revela o respeito ou estima que por ele o povo nutria! Como diferente..!

    A indicao de Idanha-a-Velha como local de nascimento de Vam-ba acontece na segunda redaco da Crnica Geral de Espanha de 1344... Lindley Cintra supe ter sido redigida em nais do sc.XIV, princpios do sc.XV. Discutia-se entre os dois pases ibricos , a legitimao funda-mentada posse de novas terras. Com o decorrer dos sculos foi sendo esbatida a pretenso castelhana de primazia nos direitos herana espiritual dos godos.

    Catedral de Idanha-a-Velha. Imposta visigtica, de mrmore branco. De realar a representao de folhas de palma, igualmente pre-sente na moeda.

    Continuando o quase monlogo, pergunto: Histria do ter-ritrio hoje nacional j por todos os companheiros conhecida? Talvez atravs do mediatismo do Prof. Jos Hermano Saraiva.

    Muito me entristece o contedo de investigao no ter aqui outra importncia e/ou escola... como j disse: gua mole em pedra dura, tanto bate at que se cansa.

    O Frum tem grandes e bons exemplos de investigao, a tnica, talvez no seja essa, ainda assim gostaria que todos levassem a coisa um bocadinho mais a srio. Mas esta a minha opinio, tenho e terei sempre presente, o entretenimento.

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

  • Fui encontrar nesta morada :http://www.ippar.pt/monumentos/sitio_idanha.html

    Baslica de Idanha, fundada sculo IV, mais tarde baslica visigtica,falamos certamente da mesma catedral?Quanto s folhas de palma nas moedas ser imitao das romanas ou tero outra motivao?

    Numa frase, companheiros: Redutor, impreciso e com incorreces, num to pequeno texto. Sou obrigado a escrever: ippar ( assim est correcto).

    Peo desculpa ao amigo Lelo, mas com a ajuda que agradeo, ao igualmente amigo Nuno Bonaparte est corrigida a situao.Quan-to ao ippar, amigo Diogo, a lei das probabilidades manda que por vezes impar!

    Baptistrio. Diz-nos D. Fernando de Almeida em Runas de Idanha-a-Velha-CIVITAS IGAEDITANORUM: Antes de entrarmos na Cat-edral, vale a pena observar o baptistrio do sc. VI ou anterior, e ver a sua piscina com dois degraus de um lado e outros tan-tos do outro. Notar duas pequenas plataformas em frente uma da outra: uma seria para o Bispo a ocupar durante o acto do baptismo, a outra para o seu aclito. Ao lado de cada plataforma h outra mais pequena para a vasilha de gua e objectos necessrios ao acto. O tanque era revestido por mrmore branco, com laivos, tipo Es-tremoz, de que h fragmentos in situ.

    O ano passado foi posto a descoberto outro baptistrio no lado norte da Catedral.

    Baptistrios destes, existem por a s carradas! Continuamos com os brbaros cristianizados. Quem j conhecia estes baptistrios que remontam s primeiras prticas institucionalizadas do cristianismo, na Pennsula Ibrica? Na Egitnia?

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    No consigo entender esta quase ausncia de ch! Se a infor-mao no passa e as subsquentes intervenes no surgem, uma nica e denitiva concluso: No vale a pena, chover no molhado!

    Procurei mas com surpresa veriquei no existir muita informao sobre este tipo de baptistrios e nem sequer sobre arquitectura visigtica em Portugal. Contudo existe bastante material localizado em Espanha que se encontra estudado e cujos contedos se encontram acessiveis. Isto s para realar o interesse deste tpico

    H cerca de 15 anos atrs desloquei-me a Idanha-A-Velha e re-cordo-me de ter visitado o baptistrio,lembro me de o senhor que l estava ter referido algo como sendo unico na peninsula ibrica

    jpamsantos

    DAlmeida

  • e talvez na Europa devido sua disposio particular.Lembro me tambm desse mesmo senhor (que infelizmente no me recordo o nome) me ter comentado que aquando da reconstruo de um arco romano de uma das entradas de Idanha,lhe faltar uma pedra das 11 que constituiam o arco e que ele a encontrou ao m de vrios anos.

    Caro DAlmeida, era , digo era porque j faleceu, o Sr. Beatriz, desde a 3.a/4.a classe que acompanhou todos os trabalhos levados a cabo por D. Fernando de Almeida, os trabalhos do ncleo arquelgico comearam a ser orientados em 1955 por D. Fernando de Almeida e foram interrompidos com a sua morte em 1979. O Sr. Beatriz foi o guardio do ncleo e da Egitnia at falecer, conhecia todos os segredos da Egitnia. Quando desbobinava a cassette os seus olhos brilhavam e irradiavam uma plenitude de sabedoria e conhe-cimento incrveis.

    Quanto arquitectura visigtica em Portugal temos a Catedral de Idanha-a-Velha, S. Pedro de Balsemo(Lamego) e S. Frutuoso de Montlios(Braga). Em Espanha os templos de S. Juan de Bans, em Palncia, Santa Comba de Bande, em Orense, e a de S. Pedro da Nave, em Zamora.

    H peas visigticas nos museus de Beja, Elvas, Idanha-a-Velha, Sines e no Museu Nacional de Arqueologia.

    Quanto ao baptistrio tem de facto uma disposio muito particu-lar, acima descrita. O Sr. Beatriz referia um outro muito parecido, de momento no tenho presente se em Espanha ou mesmo Bizncio, como ele dizia.

    Caro Sr. Antnio Diogo,recordo-me perfeitamente da forma conta-giante como o Sr.Beatriz transmitia os seus conhecimentos.De tal forma que em grande parte o seu entusiasmo me contagiou a mim tambm...Recordo-me tambem da sua tristeza na altura pela falta de fundos para realizar escavaes... Tudo isto me marcou,e foi um grande contributo pelo interesse pela antiguidade e pela historia do nosso pais que hoje tenho.

    Antnio Carlos Diogo

    DAlmeida

    Aqui deixo a homenagem a um Homem que sempre amou a sua terra e qual nunca renunciou, at morte. Um Homem simples, mas tambm el depositrio dos ensinamentos eruditos de D. Fer-nando de Almeida. Tambm eu fui contagiado por aquele homem, herdeiro dos Igaeditanos, Romanos, Suevos, Visigodos e rabes, alis como todos ns, mas o Sr. Beatriz no centro do anteatro.

    No posso deixar de admirar o comportamento de gente humilde e muito culta que semelhana do sr Beatriz amam o nosso es-quecido patrimnio.Aqui deixo a morada para quem deseja ver a basilica de S. Pedro de Balsemo

    http://www.cm-lamego.pt/main_fototeca_740.htm

    Nas artes menores sobressai a joalharia. O adorno pessoal mais decorativo era a fbula, velas decorativas, com incises, lminas de prata e incrustaes.Fbulas em forma de guia, alveooladas, preenchidas com pedras de vidro de cores semelhantes s peas de joalharia meronvgia.

    Na imagem (pgina seguinte, gura1) coroa votiva de Recesvinto em ouro, pedras e esmaltes; note-se a inuncia bizantina, semel-hana do numerrio visigodo. (Museu Arqueolgico Nacional-Madrid).

    Aqui ca um outro tesouro (pgina seguinte, gua2) representativo da joalharia visigtica,espero que apreciem. Quanto coroa de Recesvinto simplesmente magnica!

    Que bela pea! possvel dat-la mais rigorosamente?

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Lunor

  • gura1

    gura2

    A datao destas e outras peas que poder ver em: http://commons.wikimedia.org/w/index.ph ... uselang=pt

    no est disponvel,mas pela utilizao por exemplo a coroa de rec-cesvinto dita que seja por volta de 649!

    E porque falamos de joalharia visigoda aqui ca esta pequena jia na forma de uma moeda. Palavras para qu?

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • Agora que so elas, as moedas,de volta do alfabeto s combi-naes mais frequentes para tentar ler as legendas,descobrir os pormenores,estou tramado!

    Caro Jos Pedro, aumente a imagem e faa a leitura no sentido dos ponteiros do relgio. E nunca esquea que: Santos da casa, no fa-zem milagres!

    Como tenho uma cabula da tipologia do alfabeto visigodo e com a sua dica neste tpico a partir da cruz e no sentido dos ponteiros do relgio este VVITTIZA foi superado! ZApA.

    Aceitam-se novas contribuies!

    Aqui deixo um artigo sobre moedas visigticas e Lamego http://www.lamegohoje.com/index.asp?idE ... on=noticia

    espero que merea o vosso interesse.

    Bem... um primeiro comentrio, pressa:- E a Egitnia?

    Para que renasa aqui deixo o genuino! http://photos1.blogger.com/blogger/6168 ... owamba.jpg Amigo Diogo mos obra!

    Caros companheiros sempre bom saber que o nosso trabalho tem destinatrio.

    Em Julho de 711, perto de Medina-Sidnia, as tribos berbres co-mandadas por Tarik ben Ziyad, vencem Rodrigo que ter morrido na batalha. Outra verso diz que Rodrigo ter fugido (existe em Viseu,

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    na Capela de S. Miguel, um sarcfago dizendo que o seu corpo est ali depositado)...

    Quanto ao antropnimo mistrio , consta que Achila II,um dos lhos de Witiza, ter reinado alguns anos, a numismtica diz-nos que o mesmo mandou bater moeda em Narbona, Tarracona e Gerunda.

    O chamado freixo de WAMBA EGITANIENSE ( o que se pode ler numa pedra das que compem o muro em volta do mesmo e mandada a depositar por D. Fernando de Almeida, no exacto lugar onde teria existido outra mais antiga). Ainda em vida de D. Fernando de Almeida, foi atingido por um raio, cambaleou, endireitou-se e ali permanecer at eternidade.

    O baptistrio posto a descoberto recentemente, no lado norte da Catedral da Egitnia (Idanha-a-Velha) e de que j tinha dado not-cia. Reparem no estado de conservao.

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    Aqui ca uma morada para visitar o castro de Lanhoso (original e rplica): http://www.guiadacidade.pt/portugal/ind ... tritoid=03 Quanto s moedas de Requirio no encontrei!

    jpamsantos

  • Antnio Carlos Diogo

    S dizer que este espcime nico e que pertence a um coleccio-nador portugus. Vamos tentar l-lo.

    Esta moeda ter que, obrigatoriamente, dr-nos pano para man-gas... o falsrio Becker ter que ser tido sempre em conta. To-dos os coleccionadores e investigadores do numerrio visigodo, albergam nas suas coleces: Falsicaes (atingem e valem algumas vezes mais que as emisses provadas autnticas). Um mundo ainda por estudar!

    Caros amigos tenho estudado o tipo de letra destes exemplares em nome de Witiza do territrio hoje nacional ( quanto ao metal s recorrendo aos laboratrios, teste de PIXIE...). Jos deixe-nos aqui s.f.f. a moeda em nome de Witiza da Egitnia ( a minha edio do A.G. a de 2003 ), obrigado.

    Ora aqui ca o pedido!

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

  • Antnio Carlos Diogo Caros amigos acabei de falar via tlm com o Sr. Carlos Alberto Marques Costa (quem tem acompanhado este post j conhece este coleccionador), pessoa de bom trato e disponvel para me ouvir e esclarecer, as dvidas e avidez de saber continuam a ser muitas. Bem... a moeda de Braga foi peritada, submetida a todos os testes e catalogada; uma emisso ocial em nome de Witiza e nica. Quanto da Egitnia o Sr. Carlos Costa no tem presente se tam-bm pertence ou no sua ex. coleco, leram bem ex., isto porque toda a coleco foi vendida h alguns meses ao Banco Esprito San-to. Fiquei igualmente a saber que a instituio est a preparar com a ajuda do mesmo um catlogo descritivo em livro e o mesmo con-tedo, para breve, no site ocial do Esprito Santo, teremos que es-tar atentos. De salientar que o Sr. Carlos Costa, (quando desabafei e quei aliviado pelo facto de a coleco ter permanecido em Por-tugal e com toda a visibilidade que vai ter) teve como preocupao esse facto, car em Portugal.

    Como informao adicional acresce referir a mais recente e comple-ta obra do numerrio visigodo, o livro/catlogo de Jess Vico Mon-teoliva que est a ser comercializado em Portugal pela numisporto do Sr. Ferreira Leite? ( agradeo a conrmao dos amigos do Porto e o contacto da mesma).

    Sentado na secretria porque tenho que escrever, aqui deixo ( direita). esta um pouco mais difcil de ler. um prazer ter companheiros atentos e que querem aprender em conjunto; uma irmandade na moeda an-tiga, semelhana de outras que aqui residem.

    Egica-Witiza? Lauruclo.

    Companheiros, h um aspecto que ressalta das nossas conversas ou talvez no, mas que quero deixar sempre presente, eu tambm estou e estarei sempre a aprender sem, tenho a certeza, nunca poder ambicionar ser um prossional da moeda antiga, seja ela qual for. uma paixo pelo coleccionismo, pela histria dessas moedas, paixo pelos exemplares que todos os dias aqui descobrimos, paixo pela comunicao (sei que falo de mais), pelas amizades que aqui

    Antnio Carlos Diogo

    lelo13853

    Antnio Carlos Diogo

  • descobrimos, pela solidariedade desta casa, pelo reconhecimento e agradecimento pblicos que a todos dedico. A gnese desta minha cruzada teve como arma de arremesso, como embrio, as minhas Idanhas (sempre fui delas e nunca lhes pertenci); entretanto esse tempo j l vai e ainda bem, sinal que no me quei s pela rama; quero saber tudo sobre as emisses produzidas pelos nmadas que at aqui chegaram e aqui permanecem e dos quais, a moeda, o maior testemunho.

    Quanto a esta moeda, um triente (tremissis) visigodo, no tenho qualquer leitura de qualquer perito, s as imagens, mas que imagens! Da que a minha sugesto de leitura no passe disso, uma sugesto de leitura do que consigo entender da mesma. Nunca, at me chega-rem mo, as fotograas (deste exemplar s mesmo as fotograas) do catlogo da Exposio de Lisboa, tinha visto tal exemplar. uma moeda muito curiosa, em todos os aspectos, e ter quanto a mim, muito a ver com a ocina de cunhagem, abridor do cunho includo. As legendas de ambos os lados acrescentam uma variante que eu desconhecia e que porventura admito possa ser este exemplar ni-co (no sei). Quanto ao monograma do reverso, no sei qual a leitura a que os tcnicos da Exposio chegaram. De que ocina se trata? O Mrio sugeriu CALIABRIA, no sei. O Catlogo do BES, tenho a certeza vai dar-nos a possibilidade, de descobrir exemplares que at agora desconheemos, s uma peque-na elite os conhece. Muitos deles nicos, raros, variantes novas.../.

    Deixo ento a minha sugesto de leitura:

    ANV: + INDINEGICARxRECS REV: + WITTIZARxRECS

    O monograma tambm no me parece obedecer s combinaes mais conhecidas... sugiro ELVORA.

    Inuenciado por este tpico encomendei o Livro Marcas de Poder - Moedas Visigodas em territrio Portugus no Banco de Portugal... Chegou ontem... agora preciso tempo para o ler. Mas parece-me bem feito. Quem o quiser encomendar deve ir ao site do Banco de Portugal: http://www.bportugal.pt

    vma

    Caro Vitor Almeida esta moeda que tentamos decifrar, consta nesse livro. Diga-nos s.f.f. tudo o que a vem descrito/ documentado. Obrigado.

    Caro Aurlio Santos, ainda no me tinha apercebido, peo desculpa, da sua sugesto para a ocina de cunhagem: LAURUCLO.

    Ora muitas novidades se passaram nesta ausncia forada, em primei-ro a noticia da aquisio da coleco Carlos Costa, pelo BES,bem eu no sei se algum tem conhecimento da grandeza desta coleco, o catlogo em preparao trar por certo muitas surpresas.Quan-to ao Tremissis de Witiza de tirar a respirao.Livros do Banco de Portugal recomendo tambm Moedas com Histria.

    Caros amigos em homenagem a lamego aqui deixo um produto da sua cunhagem! Que me dizem!

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    jpamsantos

  • Caro Jos Pedro, aguardava com sinceridade essa sua homenagem, no poderia ser eu a faz-la.

    Os companheiros vo certamente ler as legendas; o anverso cou de cabea para baixo.

    Perdoem o lapso, mas o entusiasmo, muito! Ainda em relao ao Tremissis de Witiza a ocina de cunhagem dada como Laure,que refere o AG como pertencendo Diocese de Bracara.

    Laure....Fiquei la perto, o que me enganou foram os 2 Vs SUINTHILARE LAMECOPIVS

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    lelo13853

    Caros companheiros isto de estudar em conjunto d sempre mel-hores frutos. O meu AG o de 2003, contempla duas variantes de Sisebuto da ocina de LAURE. A ltima edio contempla a moeda de Witiza da ocina de LAURE, e com o mesmo monograma? Se assim for temos essa parte resolvida; car por desvendar a quem pertence. Ainda pensei tratar-se do monograma de ELVORA, apare-cem monogramas desta ocina com comportamentos estranhos. S um pequeno ajuste na transcrio das legendas da moeda de Suntila:

    ANV: + SVINTILARE. REV: + LAMECOPIVS

    Com pedido de desculpa se errar, mas penso que a moeda pertence coleco do Dr. Jos Antnio Godinho Miranda, co-autor do livro Marcas de Poder e notvel coleccionador, com diversos trabalhos publicados.

    Apagei a minha ltima interveno, do facto peo desculpas, os com-panheiros no merecem tamanha estupidez! Continuamos a aguar-dar a interveno do companheiro vma; quanto a J. A. Godinho Mi-randa, s o conheo da pgina de agradecimentos que faz a ANP no A.G.(pelos vistos um grande coleccionador).

    Sobre o tema aqui deixo uma morada que nos permite conhecer melhor o Dr J A Godinho Miranda: http://www.numismaonline.com/pdf/Revista_n62.pdf

    A incluso como colaborador e foto pag 7 Que dizer do artigo e das moedas?

    Maravilha...obrigado. Acabei de passar a pente no a revista da numisma. Quantos nomes que eu s conhecia dos livros: Jess Vico Monteoliva (um in-vestigador e especialista do numerrio visigodo, de eleio); quantas vezes aqui temos feito referncia aos seus trabalhos, Gonzalo Cores,

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • Mara Jess Cores, Godinho Miranda, Javier Salgado... L esto os cobres de Miquel Crusafont i Sabater (Crusafont i Sabater, M.,Un numerario visigodo de cobre?, Gaceta numismtica, 1984). Pena que Blanca Ramos Jarque se tenha cado nesta ocasio, pela informao que das moedas mais procuradas so precisamente as da Lusitania e da Gallaecia;car certamente para uma prxima edio da Revista da Numisma. Esta Revista tem o condo de juntar a qualidade dos temas expos-tos informao rigorosa e actualizada, parabns aos responsveis muito em particular se me permitido ao nosso companheiro, Jaime Salgado.

    Lembrei-me e aqui deixo a morada para um artigo que acho muito interessante de Maria Ruiz Trapero sobre o nosso tema: http://www.ucm.es/info/documen/articulos/art_primera/art_maria.pdf

    Quanto homenagem a Lamego e colocada a moeda de Suintila cam a faltar moedas de mais 4 reinados vou tentar,no prometo!

    Um bom documento, na linha do que por c se faz. Maria Ruiz, quan-do se refere s ocinas da Lusitania, enumera Monecipio Salamantica, bem: j aqui deixei noutro post (h mais de um ano), este assunto onde se debateu a localizao de Monecipio. Uma nica certeza, Monecipio fazia parte da diocese da Egitnia; quais os limites geogr-cos da diocese, no temos certezas. Maria Ruiz, ao acrescentar ao topnimo Monecipio um outro, Salamantica...puxa a brasa sua sardinha ou ento mais se sabe em Espanha. Vasco Mantas da Uni-versidade de Coimbra, assim como outros investigadores portugue-ses aventam como possvel localizao de Monecipio, Bobadela (a de Coimbra) e claro diocese de Eminio. Os que me antecederam e nat-urais das Idanhas, sempre armaram: Porque no o MONE SCIPIO, o Mon-Santo, como se escrevia ainda no sc. XVIII, o Monsanto, o Monte ali ao lado, que espreita mais alto, a Civitas Igaeditanorum, a Egitnia?. A este propsito, defendo e ns aqui disso somos exemplo, uma maior colaborao entre Portugal e a Espanha, mais debate conjunto nestas matrias, digo eu!

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    Na mesma linha de pensamento vo dizendo que Elvora Talavera de la Reina. Lamego e Sisebutus temos no AG:

    passam a faltar 3 reinados.

    Ento e os homens de PORTOCALE (ambas as margens)?

    Aqui ca mais um reinado...e faltam dois.

    jpamsantos

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • Do reinado de Viterico, no AG nao tem nenhuma variante de Lamego.

    Tem razo amigo Aurelio fui buscar esta exposio do BP. Posso acrescentar que pesa 1,43gr e diametro 19mm, unica e pertence coleco Gonzalo Cores.

    Estou espera do catlogo da Exposio, agradeo a informao...Gonzalo Cores!

    Jos Pedro quanto moeda supostamente cunhagem de LAURE, constou da Exposico do BP?

    Sim a moeda de Laure tambm faz parte da exposio do BP. E por a citar aqui deixo uma outra da mesma exposio.Esta moeda vem tambm no AG e s falta 1 reinado para Lamego!

    lelo13853

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    Esta nao era facil, mas ca vai : Chindasvinto 642 - 653 79 anos (bonita idade)

    CH:IIDASV:NTS RI* LAME/C/OPIVS

    Para completar a serie LAMEGO, ca a faltar ... Sisenando 631 - 636 Esperemos que o amigo Jose Pedro nos presenteie umas imagens.

    Para completar este triente tem 20mm de diametro e pesa 1,17gr. Pertence Fundao Millenium BCP e o unico conhecido.

    com redobrada satisfao que acompanho as intervenes dos Amigos Jos Pedro e Aurlio Santos. No imaginava tamanho inter-esse e dedicao.

    Hoc opus hic labor est

    Diz no Lamego hoje o Dr Jos Miguel Noras: Convm salientar que as emisses monetrias visigticas, tanto de Lamego, como das restantes localidades, foram exclusivamente pro-duzidas em ouro. Das moedas visigodas lamecenses s existe um exemplar de cada tipo. O numisma emitido em nome de Sisebuto encontra-se no Gabi-nete Real de Moedas de Estocolmo, enquanto que o exemplar do rei Chindasvinto integra uma coleco particular. Lamentavelmente, desconhece-se o paradeiro do espcime atribudo a Sisenando. Diz a C M Lamego: A propsito do Movimento para a Criao do Distrito de Lame-go e por razes de mbito geral, nomeadamente a preocupao de transmitir para o grande pblico factos culturais, a Biblioteca Mu-nicipal tem prestado um contributo de divulgao bibliogrca de inegvel valor, que, de certo modo, ajuda a sustentar, neste caso, a im-portncia geo-estratgica que Lamego mereceu ao longo de muitos sculos. A colheita histrica que vamos transcrever mais um bom exemplo do que se acaba de armar. ...

    lelo13853

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

  • Perde-se na antiguidade e na Lenda, a Fundao da encantadora Ci-dade de Lamego, e bem assim a origem do seu nome. Lamego, situada a Norte de Portugal, esteve durante algum tempo sob o domnio dos Visigodos, quando estes ocuparam o Norte da Pennsula Ibrica entre o Sculo V e o Sculo VIII D.C. Este perodo deixou as suas marcas bem presentes, como ainda hoje podem ser observadas, nos arredores da Cidade, nomeadamente na Capela de Balsemo.

    Durante o perodo visigtico, Lamego possua um valor histrico idntico ao das mais importantes cidades que se encontravam de-baixo do domnio do mesmo povo (Coimbra, Porto e Braga). A cun-hagem da moeda reveladora da importncia comercial, cultural e histrica da nossa cidade. O primeiro exemplar conhecido, (atribudo ao Rei Sisebuto), das trs moedas visigodas cunhadas em Lamego, denominadas Trientes, en-contra-se no Gabinete Real das Moedas, em Estocolmo, na Sucia. Do segundo exemplar, (atribudo ao Rei Sisenando), apenas se con-hece a descrio, mas no se sabe onde pra, presumindo-se que faa parte de uma coleco particular.

    O terceiro e ltimo exemplar, (atribudo ao Rei Chindasvinto), desconhece-se o seu paradeiro, embora se saiba que esteve na posse de um ourives de Lisboa. Alm destes trs rarssimos trientes que saram das ocinas mon-etrias de Lamego, respeitantes a Sisebuto, Sisenando e Chindasvinto, no consta que mais algum tivesse aparecido, o que comprova a sua raridade.

    A Biblioteca/Arquivo Municipal de Lamego orgulha-se de possuir os diapositivos da referida moeda, gentilmente oferecidos pela Em-baixada da Sucia, e fotografados por Gabriel Hildbrand. Diz o nosso amigo Diogo: espera da prxima. biggrin thumpup Disse este vosso amigo: Quanto homenagem a Lamego e colocada a moeda de Suintila cam a faltar moedas de mais 4 reinados vou tentar,no prometo!

    Da Egitnia fala o Diogo, de Lamego fala o Amigo Jos Pedro; falta-nos quem fale mais e mais! Todas as intervenes so importantes para o estudo do numerrio suevo/visigodo, pena no chegarem com outra assiduidade. Tenho presente os companheiros que tam-bm se interessam por esta temtica; aguardemos ento por mais participaes.

    Amigo Diogo abusando do conhecimento pessoal com o Sr Carlos Alberto Marques da Costa seria possivel saber se ele conhece algo sobre esta moeda de Sisenando?

    Ainda no consegui falar com o Sr. Carlos Costa. Do catlogo do BES, continuamos a aguardar, companheiros no consigo preencher a nota de encomenda, do BP, para compra do Catlogo Marcas de Pod-er, algum me pode esclarecer? Onde estar a moeda de Sisenando, ocina de Lamego?

    Amigo Antnio Diogo em relao nota de encomenda no o posso ajudar pois adquiri os livros ao balco do BP e digo livros pois pela sua qualidade recomendo tambm Moedas com Histria que mostra da coleco BP exemplares desde o mundo grego at nais seculo XVII neste 1o volume estando em preparao um 2o volume desde o sculo XVIII at actualidade. Em relao moeda de Sisenando, ocina de Lamego, ela no consta deste catlogo Marcas de poder mas por em Lamego, ser voz corrente, ela estar ou ter estado, na posse de um grande coleccionador,me lembrei de lhe pedir o contacto com o Sr Carlos Costa que em boa verdade e para termos noo da grandeza da sua coleco as moedas que vm no marcas de Poder so ,mais de 50% da col-eco Carlos Costa e no BP. Se continuar a ter diculdade com a encomenda ao BP terei todo o gosto em passar por l e enviar por correio estou sua disposio!

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

  • Do tal livro Moedas com Histria aqui deixo um triente de Iminio:

    Resta acrescentar: Diam 19,5mm Peso 1,55gr

    O resto para v/ descoberta!

    jpamsantos Agradeo a sua amabilidade e companheirismo. Tratando-se de moe-da nica e no tendo estado presente na Exposio, deduzo que no tenha pertencido coleco Carlos Costa; havemos de descobrir!

    Aqui vai a minha opniao Sisebuto - 612 a 621 Triente cunhado em Coimbra

    Anverso - :SISIBVTVSRE Reverso - IMINIOPIV.

    Quem o proprietrio desta raridade, da coleco do Banco de Portugal, Ex. Coleco Carlos Costa? At h dois anos atrs no fazia parte do MNP; tambm de Sisebuto e da ocina de Aeminio/Eminio/Iminio existem moedas falsas (esta foi certamente peritada).

    Amigo Diogo, o triente de Iminio propriedade do museu do BP e tem a cha no9003506800. Aproveito para aqui deixar o triente de Braccara publicado no liv-ro moedas com histria e pertena do museu do BP com a cha 9003506900. Falta dizer:Diam 19mm Peso 1,5 gr

    Muito curiosa a legenda do reverso!

    Antnio Carlos Diogo

    lelo13853

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

  • Anverso - +RECCAREDVSREX Reverso - +INBRACARAPIVS

    Com tantas variantes na legenda tanto no anverso como no reverso de Recaredos nao sera possivel que algumas tenham sido mandadas cunhar por Recaredos II lho de Sisebuto?

    Boa e pertinente questo, com mais tempo espero ter uma opin-io fundamentada sua / nossa dvida, ainda que no me parea provvel esta emisso em nome de Recaredo II ; vamos ver o que nos reservam as Festas.

    Amigo Aurlio,Recaredo II reinou muito pouco tempo,cerca de 2 meses e no se conhecem moedas por si, mandadas cunhar.Contudo Recaredo reinou cerca de 15 anos, um reinado dos mais longos e o facto da sua converso ao catolicismo tambm se manifestou nas legendas da moeda,mas esperemos pelas festas!

    O amigo Jos Pedro fez o favor de antecipar as Festas; quero aqui agradecer publicamente o seu companheirismo, obrigado.

    Quanto moeda de Recaredo, e agora j com as meninas da Ex-posio do BP em meu poder , amigo Aurlio a nica conhecida com a legenda de reverso: INBRACARAPIVS, propriedade do BP. A Exposio teve o condo, o mrito, de dar a conhecer ao pblico em geral, espcimes que s uma pequena elite conhecia, esta de Recaredo I disso um exemplo.

    Como eu estava desactualizado! Deixo aqui a lista das 32 ocinas de cunhagem de numerrio visigodo no que ao actual territrio na-cional diz respeito ( lista elaborada por Jos Antnio Godinho Mi-randa e Pedro Gomes Barbosa, constante do catlogo MARCAS DE PODER):

    -ADONIS,ALIOBRIO, BRACARA, CALIABRIA, CEPIS, COLEIA, CONTONSA, EGITANIA, ELISAFI, ELVORA, EMINIO, EVVESIS, FLAVAS, LABRENTIO, LAETERA, LAMECO, LAURE, MONECIPIO,

    lelo13853

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    NANDOLAS, OLISIPONA, PALENTIACA, PALENTUCIO, PAN-NONIAS, PORTOCALE, TORIVIANA, TOTELA, TULLUCO, TURI-CO, VALLEARITIA, VALLEGIA, VALLESALSA, VESEO.

    De localizao incerta: ADONIS, COLETA, CONTONSA, ELISAFI, LAURE, TORIVIANA, TOTELA, VALLEGIA, VALLESALSA.

    O amigo Diogo exagera na retribuio, tambm publicamente, lhe quero agradecer a amizade que partilha comigo e com todos os Foristas. Bem haja! Quanto ao reverso da moeda de Recaredo diz a Dra Cristina Mota Gomes:

    De salientar dois aspectos interessantes.A legenda do reverso apresenta o nome da cidade de Braccara seguida do titulo PIVS,quando este seria um qualicativo do monarca.As representaes reais mostram-se surpreen-dentemente estranhas,mas a singularidade das ilustraes e tratamento f-las atraentes.

    No citado catlogo/monograa, e por outras palavras j aqui ti-nham cado alguns destes dados, ainda que noutros posts, diz Pedro Gomes Barbosa, depois de se ter questionado acerca de um to elevado nmero de Casas de Moeda:

    Que a cunhagem de moeda fosse uma forma de armao do PODER no pode oferecer dvidas. A justicao com o nmero de ocinas monetrias poderia ser o facto de a moeda em si constituir um meio de informao das populaes de quem seria o REI, ( A. Elias Garcia em As Moedas Visigodas de Lamecum refere a necessidade poltica de melhor divulgarem a sua soberania na Pennsula...a maior densidade de ocinas fez-se sentir na Galiza, onde a sujeio inspi-rava mais cuidados e onde tambm no faltava o precioso metal).

    A monarquia visigoda foi sempre electiva, da a necessidade de encon-trarem um meio de veicular a informao s populaes do nome do soberano reinante. Por vezes tambm informao acrescida de quem seria o sucessor proposto, casos de Egica e Vitiza e Chindasvinto e

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • seria o sucessor proposto, casos de Egica e Vitiza e Chindasvinto e Recesvinto.

    Apesar de muito me entristecer a fraca participao e porventura o desinteresse por parte do Frum, C continuarei cantando at que a voz me doa.

    E umas palavrinhas de conforto aqui para os brbaros? Nunca nenhum dos foristas teve ainda a oportunidade de visitar a Egitnia, S. Pedro de Balsemo, S. Frutuoso de Montlios, S. Gio da Nazar? Tenho a certeza que algum estar com as orelhas quentes!

    De algumas das de localizaao desconhecida,mencionadas pelo amigo Antonio Diogo,o mais perto que se consegue chegar sao a de,TOTELA=Diocese de Viseu,a de COLEIA=Diocese de Viseu, a de LAURE=Diocese de Braga e a de TORIVIANA=Diocese do Porto A de VALLEGIA vem no mapa do AG, localizada perto de Aveiro

    As restantes? Aqui deixo a minha sugestao para:CONTONSA=Condeixa?

    Pois muito h ainda para desvendar, esperemos que os trabalhos arqueolgicos nos possibilitem menos incertezas.

    Voltando moeda de Bracara, reverso INBRACARAPIVS, os monarcas visigodos gravaram nas suas moedas os eptetos: Justus, Pius, Victor e raras vezes, nclito; ora nesta moeda est gravado o epteto Pius, o que signicar ento IN? Ser uma espcie de abreviatura do nclito? No sei... qual a inteno do gravador?

    Quanto s ocinas de localizao incerta temos que ADONIS(GALLAECIA), VALLESALSA(GALLAECIA), LAURE(GALLAECIA), TOTELA(LUSITANIA), COLEIA(LUSITANIA), TORIVIANA(GALLAECIA)...

    Antnio Carlos Diogo

    lelo13853

    Antnio Carlos Diogo

    Este reverso,segundo o autor, o nico conhecido! No me parece que o gravador atribuisse dois qualicativos ao monarca,ser que quiz acentuar, simplesmente, o lugar de cunha-gem em? Exemplos de associao entre ocina e Pius temos muitos:Palentu-cio Pius,Laetera Pius, Eminio Pius,Egitania Pius etc.

    Os ttulos/eptetos dos monarcas visigodos esto sempre gravados no reverso, penso que as nicas excepes so moedas muito raras de Recaredo, emisses de MONECIPIO, anverso ^PIVS REX RECC ou RECC+ ^PIVS PEX (esta leitura foi proposta por Heiss). Quanto ao IN de INBRACARAPIVS, provvel que o gravador no tenha pensado em mais um epteto (no nos podemos esquecer que o latim falado e escrito pelos brbaros e pelas populaes locais era o que designamos de latim corrompido).

    A nica moeda que conheo, no sei se o Jos Pedro conhece outras emisses, onde aparece gravado o nclito precisamente a moeda de Gundemaro, pg.(s) 126 e 127 do catlogo, emisso de EMINIO, reverso IMINIOENCLITV. Quanto s emisses de Recaredo tenho igualmente presente emisses de EMERITA, reverso EMERITAVIC-TOR (exemplares n.os 3828 e 3829 do MNP), um espcime nico de TOTELA, reverso TOTELAVECTOR, emisses em nome de Suntila ELBORAVICTOR...

    S para testemunhar a variedade de legendas e tomando moedas cunhadas fora do territrio que hoje Portugal: http://www.coinarchives.com/a/results.p ... earch=Cato

    ver moedas 63 a 71,eptetos e outras inscries, comparando reina-dos, com o que se cunhou por c!

    Infelizmente com demasiadas incorreces na transcrio das legen-das. A interpretao/leitura das legendas no para quem quer... para quem sabe (o mnimo exigvel)!

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • A moeda de Gundemaro com o reverso IMINIOENCLITV de facto a nica que conheo com este titulo, contudo em relao a dvidas nas legendas ser que o amigo me pode ajudar:

    1 SISENANDO anverso +S.S.NA.AV.RE e o curioso reverso +PI.SB.I.R.C.R. publicada no livro Moedas de Ouro de Portugal de Javier Saez Salgado.

    2 Do mesmo livro deixo as legendas da moeda de Sisenando cunhada em Lamego, e da qual no h imagem:+SISENA:DVSRE e reverso +PIVSLAIIECO:

    Jos Pedro do Javier Sez Salgado s tenho o Moedas de Ouro de Portugal 1185-1889, Lisboa 2001, logo no conheo imagens da moeda de Sisenando. Alberto Gomes dizia a propsito: A interpre-tao do nome do local de cunhagem deste exemplar nico no tem a unanimidade dos especialistas, pelo que se deve ter sobre reserva a cunhagem de moeda em Bracara de Sisenando. A transcrio das legendas no A.G. difere ligeiramente da apresentada por J.S.S.:

    S. S. NA. DV. RE PI.S B. T. R. C. R

    Penso tratar-se de moeda batida em Bracara (mas s a minha opinio). Quanto moeda de Sisenando cunhagem de Lameco, continuamos sem imagens.

    Este livro edio de 2006 da Numisma e abrange os sculos V - XX por isso contm o ouro Suevo,Visigtico,rabe,Monarquia e Repblica.Pode ser adquirido na INCM ou penso eu directamente Numisma o seu titulo : Moedas de Ouro de Portugal Sculos V - XX Em relao moeda de Sisenando refere ser incerta a de Bracara e a de Lamego admite a existncia de at 3 exemplares,no sector privado.As legendas tm ligeiras divergncias do AG em ambas.

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    jpamsantos

    Jos Pedro a edio que refere composta por um s volume?

    Considero estranho no termos notcias de alienaes de prata nestas moedas (a mistura chegou a ser de 50% ouro-50% prata, com Egica/Witiza e Witiza), nas coleces ibricas que conhec-emos. Felipe Mateu y Llopis diz-nos o seguinte em Colecciones de Numismtica y de Glptica, Museo Arqueolgico Nacional, Madrid 1933: A grande reforma que se opera na moeda visigoda d-se na lei e no tempo de Egica. At Egica os trientes visigodos so de ouro; a partir desde monarca, o metal empregue j no s aquele, mas com grande alienao de prata, ao ponto de que muitas moedas de Egica-Witiza s contm exclusivamente prata. Algumas destas moe-das, tidas indevidamente como falsas, encontram-se com frequncia nas coleces; no lote que ingressou neste Gabinete (refer.a ao lote que deu entrada no Museu em 1932) no as h brancas, mas sim douradas muito plidas...

    S acrescentar que o lote que deu entrada em 1932 no Museu fazia parte de um achado ocorrido na provncia de Salamanca no mesmo ano, o tesouro era composto por 110 exemplares, no entanto s entrou no Museu uma tera parte; com estes dados tenho quase a certeza que Llopis se referia ao achado de Abusejo, do qual j aqui falmos e do qual publiquei artigo. Dizer ainda que do lote que deu entrada no Gabinete do Museu, as emisses mais pesadas variam en-tre os 1,45 g e os 1,6 g, emisses em nome de Recaredo, Recesvinto, Wamba e Ervgio, e as emisses menos pesadas entre os 1,45 g e 1,1 g, emisses precisamente de Egica, Egica/Witiza e Witiza , excepo feita, um espcime em nome de Witiza, emisso de Emrita, com 1,55 g.

    Vamos l ver quando conseguimos registar aqui uma branca ou quase visigoda. Acabei de conrmar que o tesouro era de facto o de Abusejo, atravs de outra publicao de Mateu y Llopis, Miscelnea Arqueolgica, Barcelona 1974.

    Antnio Carlos Diogo

  • Aos companheiros a quem possa interessar aqui deixo o percurso de vida desta Moedinha:

    - Mandada cunhar em nome de um monarca visigodo entre 642-653;

    - Apesar de cerceado e mutilado de uma importncia capital, o exem-plar que agora se descreve, por se tratar de um triente de ..., batido na ... Tem apenas o pso de um grama. ste triente adquirido no distrito de Castelo Branco, considerado indito, pois no conhecemos a existncia de qualquer outro, em Museus ou quaisquer outras coleces. O tipo provincial da Lusitnia que parece representar dum lado a gura do rei, em p, e do outro o busto da rainha, observa-se nste triente de ... de uma forma mais acentuada que nos precedentes. No fcil defender ste

    ponto de vista, e por isso em ns ainda uma persuaso. (A. Elias Garcia, As Moedas Visigodas da Egitnia, 1938, Castelo Branco).;

    - Fez parte da Coleco Elias Garcia (provavelmente adquirido pelo prprio nesse mesmo ano);

    - No Catlogo I Vol., da Coleco Numismtica Pinto de Magalhes, Porto, 1963, j fazia parte da mesma com a indicao Ex. Col. Elias Garcia;

    - Na Exposio do Banco de Portugal pertencia ao Senhor Carlos Costa;

    - Fiquei a saber pelo Senhor Carlos Costa que toda a sua coleco foi vendida h uns meses ao BES.

    Ter tido outro(s) dono(s)? Apraz-me saber que continua em Portugal.

    Antnio Carlos Diogo

  • Amigo Diogo o livro referenciado de facto um nico volume com cerca de 150 pginas.No que respeita cunhagem dos visigodos tem referncia a cerca de 100 numismas. Belo triente,revelador da sua paixo, como sempre a Egitnea! nico!

    Da Egitania(Idanha-a-Velha)Tinha que ser, amigo Antonio Diogo, vindo de si !!! O rei e facil depois de se saber a data de governaao, que o amigo teve a amabilidade de divulgar Chindasvinto, que ja se tinha aqui co-mentado, que foi eleito rei com 79 anos.

    Antecipou-se amigo Jose Pedro, por 3 minutos tinha sido eu a fazer a revelaao Agora a legenda: Anverso: CI.DA...VS R.X Reverso: EGITANIA PIXV

    Amigo Aurlio a leitura est feita, ainda que alguns autores transcre-vam ECITANIA e PIAS. O importante o documento e para ns, o facto de o sabermos ler.

    Caros companheiros escrevia A. Elias Garcia em As Moedas Visi-godas de ..., Castelo Branco, 1940: ste triente foi achado h pou-co tempo nos arredores da Lousa, povoao a 16 Km. de Castelo Branco, e actualmente faz parte da coleco do ilustre arquelogo Dr. Manuel de Paiva Pessoa, que amvelmente no-lo cedeu para o estudo que estamos apresentando.

    O local do achado dista poucos quilmetros da ocina onde pre-sumivelmente foi cunhada ( at prova do contrrio exactamente esse hoje o local de cunhagem ainda que alguns estudiosos e com o maior respeito se tenham lembrado de Bobadela, enm!). A partir de Sisebuto no conhecemos numerrio com origem nesta ocina. Sabemos hoje que a mesma pertenceu ao coleccionador Carlos Costa, sendo actualmente propriedade do BES.

    jpamsantos

    lelo13853

    Antnio Carlos Diogo

    A leitura neste espcime obriga inicialmente a algum exerccio que logo se compreende... os companheiros iro certamente apreciar este pedao de documento! Quanto ao topnimo em questo j conhecem certamente a minha opinio.

    Antnio Carlos Diogo

  • Este reverso tem caracteristicas complexas o C sobre I, e o Sde m de legenda cuja espessura minima.Monsanto merece esta referncia ca a faltar a de Siebuto!

    Recaredo- 586 - 601 Cunhada em Monsanto A legenda do anverso e do reverso seguem dentro de momentos.

    Ca vai a legenda: Anverso- + RIDVS REX RECCA Reverso- + OIVSTV MONECIPI

    Exactamente, ou ento: RECCA+RIDVS RE+ / MONEPI+OIVSTVs ou RECCA+RIDVSREX / MONEPI+OIVSTVs (vai tudo dar ao mesmo, h alguma liberdade na transcrio das mesmas). Claro que o topnimo MONECIPIO.

    Aqui deixo o que estava em falta! ( direita).

    Anverso- SISEBVTVS RE - o 1o S aparece deitado Reverso- MONIC^PI^ PIV Na legenda usei o caractere ^ para imitar os triangulos que apa-recem, o que nao se entende muito bem o porque, entre o C e o P, de MONIC?P

    Ja agora um comentario em tom de pergunta: Teria sido de este rei Sisebuto, que o Hitler teria ido buscar a ideia, de acabar com os Judeus ?

    jpamsantos

    lelo13853

    Antnio Carlos Diogo

    lelo13853

  • Aps merecido descanso regresso ao convivio com um exemplar ,que no sei se repetido,especialmente dedicado ao amigo Diogo.Aceitam-se leituras de legendas e identicao.

    C vai as minhas legendas:

    Triente de ouro (1,47g/18mm) de Gundemaro (610-612) Anverso: +GUNDEMARV(S invertido)REX Reverso: +EGITANIAPIV(S invertido)

    Amigo Avelino em primeiro bem haja pois foi pelos tpicos de pa-rece-me um maluco qualquer das moedasque este vicio se entran-hou e deu no que deu! Segundo estes SS invertidos tm alguma explicao ou so simples-mente erro!

    Em primeiro, de nada caro companheiro e que nunca encontre a vacina para esse vicio!

    Segundo, seria fcil demais dizer que se trata de um erro mas tam-bm poder ser algo gramatical, como maneira de separar a legenda, deste REX tenho aqui 5 exemplares (no Marcas de Poder - Moe-das Visigodas em Territrio Portugus - Pedro G. Barbosa e Jos A. G. Miranda) e trs delas, que foram cunhadas em territrios diferentes, tm o S invertido, o que, para mim, ter algum signicado mas isso digo eu.

    jpamsantos

    Avelino Nascimento

    jpamsantos

    Avelino Nascimento

    Quanto aos SS invertidos nada de transcendente, ou seja uma forma de escrita do abridor, relembro que o latim falado e escrito na Hispnia latim corrompido, diferente e com tantas variantes quantos os dialectos j existentes no espao geogrco a que nos referimos, no se escreve e fala como em Roma.

    Jos Pedro adivinhou o meu propsito em deixar aqui mais esta da minha Egitania; aproveito, era essa a minha inteno, para perguntar aos companheiros como interpretam os bustos( o busto do anverso o mesmo do reverso, ainda que estilizado de forma diferente ?).

    Em referencia ao latim corrompidoacho que o amigo Antonio Diogo esta carregado de razao, de notar que no anverso Gundema-ros esta escrito Gundenarus com N. Quanto aos bustos no anverso e no reverso, sao uma constante na numaria Visigoda, a sua estilizaao

    Pois ... e os SSS deitados, era quando o gravador estava cus copos ou cheio de sono ou ento seria fanhoso, sei l, digo eu!!!

    Sim, pelo que li e, nas moedas que aqui vi, os bustos so do mesmo rei visigodo, embora estilizados de forma diferente mas no so uma constante, diria antes, quase uma constante.

    A minha opniao sobre os erros, que encontramos nas moedas: (sejam SS deitados, NN em vez de MM, VV em vez de AA, pontos no meio de palavras, legendas ao contrario e muitas mais) Os gravadores, como zeram estas moedas que nos regalam a vista, inconscientemente vemo-los, como artistas, mas na realidade eram trabalhadores sem cultura nenhuma, analfabetos e muita das vezes estrangeiros, davam-lhes uns caracteres, para gravar nas moedas, car-acteres esses, que eles desconheciam o signicado e la calhavam os erros. Seria o mesmo que me darem a mim, e nao sou analfabeto, umas daquelas letras chinesas carregadas de pausinhos para copiar, havia de car bonito havia.

    Antnio Carlos Diogo

    lelo13853

    Avelino Nascimento

    lelo13853

  • Amigos h quem interprete o busto de reverso desta moeda de Gundemaro e outros similiares, como sendo a estilizao no do busto do monarca, mas sim o da rainha. Como sabem esta moeda actualmente propriedade do BES.

    lelo13853 Escreveu:A minha opniao sobre os erros, que encontramos nas moedas: (se-jam SS deitados, NN em vez de MM, VV em vez de AA, pontos no meio de palavras, legendas ao contrario e muitas mais)

    Caro companheiro Aurlio,respeito a sua opinio mas no estou a ver uma moeda com ns propagandsticos, somente utilizada para grandes transaces ou co-mrcio externo, terem esses erros assim to aceitveis por quem lhes davam esses caracteresRepare no que escrevi:

    Paraq Escreveu:...seria fcil demais dizer que se trata de um erro mas tambm poder ser algo gramatical, como maneira de separar a legenda, deste REX tenho aqui 5 exemplares (no Marcas de Poder - Moedas Visigodas em Territrio Portugus - Pedro G. Barbosa e Jos A. G. Miranda) e trs delas, que foram cunhadas em territrios diferentes, tm o S invertido, o que, para mim, ter algum signicado mas isso digo eu.

    Digo eu, porque gosto de dar ideias, suposies e lanar debates des-sas mesmas ideias, at porque, quem tem formao especica neste tema, ainda debatem esses porqus.

    Voltando as legendas, repare bem no tal M bem diferente do N que l est.

    Antnio Carlos Diogo Escreveu:Amigos h quem interprete o busto de reverso desta moeda de Gundemaro e outros similiares, como sendo a estilizao no do busto do monarca, mas sim o da rainha.

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

    Ento tambm ser digno dizer que poder ser o busto alegrico da cidade, em imitao romana?

    Mas tb tem lgica, assim como os imperadores bizantinos, que cun-havam a imperatriz nas moedas ao lado do imperador..

    Pois Avelino, sabia que o numerrio visigodo de inuncia bizantina?

    Por acaso sabia, relembro-lhe aquelas imitaes visigodas das fraces dos solidos romanos/bizantinos, que foi aqui mostrado pelo Diogo.

    Citar:os imperadores bizantinos, que cunhavam a imperatriz

    Marotos que eles eram a cunhar as imperatrizes.!!!!!! Malandrice!!!

    Outra moeda da Egitnea mas nesta no visivel o casal!Espero que gostem!Aceitamos comentrios.

    Parece-me ver em cima: +AntonioCarlosDiogo+ReinadoD.AfonsoIV+ Espero que esteja correto.

    Avelino Nascimento

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

    Pizarro Bravo

    jpamsantos

    lelo13853

  • E viu bem! De Rodrigo conhecemos meia dzia de espcimes batidos na Egitnia. Em Portugal conheo o no. 3871 do MNP-INCM , proveniente da coleco de D. Lus I e o achado em Conmbriga que penso esteve no Museu Machado de Castro(ou est no Monogrco de Conmbriga ou no Machado de Castro), os restantes andam por a em coleces importantes...

    Alerto os companheiros e amigos para as falsicaes de Rodrigo... que o diga Jess Vico Monteoliva. Do territrio hoje Portugal s conhec-emos moeda em nome de Rodrigo cunhado na Egitnia, para os que vo chegando, hoje Idanha-a-Velha, concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco (com vias rpidas mesmo ali ao lado).

    Antnio Carlos Diogo Escreveu:Pois Avelino, sabia que o numerrio visigodo de inuncia bizantina?

    Antnio Diogo

    No sei se alguma vez publiquei aqui esta imagem, um miliarense bizan-tino da minha coleco, em todo caso ca como complemento minha outra resposta.

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

    Bom contributo e boa moeda, Avelino! Vejam-se os dois bustos de frente com cruz ornamental assente em trs degraus (crucfero bizantino). Este exemplo espero ser uma outra forma de abordagem ao numrario bi-zantino e ao visigodo que sempre conviveram. notria a inuncia bizantina na moeda visigoda, das siliquas, aos miliarenses; do slido ao hiperpero. Lembram-se das cncavas que eu o Avelino e outros com-panheiros j aqui deixmos? Peo desculpa no me lembro de todos os nomes, tambm essas nos do testemunho dessa inuncia (evidncias que nem sempre so primeira vista notrias, mas esto l).

    Reparem nas emisses em nome de Egica e Witiza com cruz alta entre os bustos de ambos e de frente.

    Se bem que esta moeda j ter sido cunhada bem depois do ultimo rei visigodo!

    Ultimo rei visigodo, Rodrigo - 710 / 711 d.C. Imperador bizantino Michael VII - 1071 / 1078 d.C.

    Situamos o imprio romano do oriente (bizantino) a partir de Zeno que aps a extino do imprio romano do ocidente (476), cou como nico imperador. Leovigildo unica a Hispnia at Septimnia por volta de 568; os bizantinos continuam a ocupar zonas do Mediterrneo his-pnico, da a aluso que z anteriormente, convivncia de ambos.

    Monedas PrevisigodasCatlogo redactado por Xavier Calic A nombre de Justiniano I Narbona

    No.: 649 Triente - d=15 mm/1,340 grs.

    Anv.: C[...]NVSTINIVIIYSPIN[...]C, busto diademado drapejado direita. Rev.: VI[...]OIVNIOTLV, Vitoria caminhando direita com coroa de lou-ros e palma.

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

  • Exergo: CONOB

    A pea presente o exponente clssico, sobre tudo na caligraa das legendas, da arte brbara como o que se cunhava nesta poca. Em nome de Justiniano I amoedaram, segundo Felipe Mateu e Llopis, os reis Amalarico, Tudis, Teudiselo, gila e Atanagildo. Conhecem-se trientes em nome de Justiniano I com o monograma de Ama-larico no campo do reverso. No entanto nos quatro reis restantes, que co-briram um periodo de quarenta anos, sucedem-se-lhe sem aparecer ainda propriamente a moeda visigoda e, se durante os monarcas anteriores se real-izaram imitaes, com ou sem monograma, da moeda bizantina, se supor que efectuaram assim mesmo estes quatro reis depois de Amalarico, porque se desconhecem moedas dos prprios. O nmero de imitaes em nome de Justino I inferior a das de Justiniano I.

    O modelo criado pelo primeiro continuar com similar pauta no do segundo, pois, se bem se escreve nas moedas o nome do novo imperador do Oriente, os tipos permanecem idnticos aos desenhados em nome de Justino I para as imitaes nacionais. Assim, por exemplo, no anverso persiste a cruz sobre o drapejado do rei, como no reverso mantm-se a Vitoria com a coroa de louros na sua mo direita e a palma sobre o ombro sustida pela sua mo esquerda.Outro caso bem distinto o das legendas, pois, se num principio se tenta copiar as originais, acaba-se, por rotina dos gravadores, por colocar s algumas das letras mais caractersticas, sendo as outras pouco menos que ilegveis.

    Penso que neste periodo, at Leovigildo e Liva I (568), que a moeda-o visigoda imita a bizantina. Depois, com esses reis, a moeda visigoda surge como original visigoda. Podendo ter havido, talvez, umas trocas de ideias nas cunhagens. Mas isso sou eu a pensar.

    Antnio Carlos DiogoS consideramos moeda nacional visigoda a partir do momento em que desaparecem as referncias aos imperadores de Bizncio (tremiss-es em que os governantes visigodos aparecem como nica autoridade emissora), antes temos a moeda de transio em que mencionado o imperador no anverso e o do monarca visigodo no reverso (estas ex-ibem o nome de Leovigildo). Este tremissis que apresenta uma moeda em nome de Justiniano I, como poderia ser em nome de Anastcio I, Justino I e Justino II... so presumivelmente emisses produzidas pelos visigodos;curiosamente este tipo tambm foi usado embora raramente e por periodos curtos, pelos ostrogodos, francos e burginhes. A

    s legendas so muitas vezes ininteligveis; nas produes de transio h uma evoluo que tem incio no reverso tipo VPW(Victria/Palm /Wreath-crown) a vitria tem a aquela forma insectvora, numa segunda fase de cunhagens j nacionais de Leovigildo o reverso caracterizado pelo tipo da cruz assente em degraus e por m os tremisses da terceira fase de cunhagens caracterizadas pela existncia de bustos com o trax no trapezide e cabea de frente em ambas as faces; h portanto aqui toda uma evoluo no numerrio visigodo.

    Curiosamente o reverso tipo com cruz assente em degraus(tipo Leo-vigildiano) e anverso com busto de frente retomado com Recesvinto. Todos estes dados que aqui deixamos penso que ajudaro os compan-heiros a melhor entender a armao:O numerrio visigodo de inun-cia bizantina.

  • Caros companheiros alertei h dias para as falsicaes de Rodrigo, aqui deixo esta doada em 2001 por Jess Vico Monteoliva Real Academia de la Historia de Madrid. Depois de peritada, eis a composio da mes-ma: Au 69,87;Ag 29,14; Fe 0,29; Cu o,70.

    Por este genuno, propriedade do Museu Numismtico Portugus - INCM, podemos reparar nas diferenas:

    Anverso: + INDNERVDERICVSREx - + IN D(EI) N(OMIN)E RVD-ERICVS R(E)X, busto de frente. Reverso: + EGITANIAPIVS - + EGITANIA PIVS, Cruz sobre trs de-graus.

  • Exactamente Avelino, este entretenimento ainda que pouco participado(poucos companheiros participam) remonta a 13Set07, o amigo Jos Pedro j havia deixado imagem do mesmo e o amigo Aurlio Santos (companheiros aos quais devo, entre outros, a continuao desta minha teimosia... que estas moedas e para alguns companheiros s mereceriam ser estudadas se das respectivas coleces zessem parte! Pura iluso ainda que antagnica, ao nvel da nossa que nos contentamos com as fotograas!) j havia desvendado o meu avatar!

    Que ningum se iniba de comentar e participar nestes sculos de histria monetria aqui e para muitos pela primeira vez abordados.

    Para complementar as intervenes anteriores aqui deixo uma imagem para estudo. Como sempre estas so a especialidade do Diogo!

    Aceitamos leituras!

    Tambm contento-me s com as fotograas e graas a elas, tenho uma coleco fantstica e maior que a do Museu Numismtico Portugus - INCM, que de donde provem essa que o companheiro Jos Pedro nos mostra aqui que, de outro modo, muito dicilmente teramos outra hiptese de contactar com estes fabulosos numismas da nossa histria no dia a dia.

    Vou s dizer que rei se trata: Triente de Recesvinto

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    Avelino Nascimento

    A ttulo de exemplo, entre tantos outros numismatas portugueses de referncia, em conversa telefnica h trs/quatro anos atrs, dizia-me o Dr. Mrio Gomes Marques: Eu no sou coleccionador! Na altura con-fesso, tive alguma diculdade em entender de imediato tal armao vinda de um mestre; passado pouco tempo entendi perfeitamente a sua armao. Para se estudar moeda, s necessitamos termos acesso s mesmas, no necessrio sermos proprietrios das mesmas! Para ter-mos acesso a determinada moeda , diria que teremos que provar tal merecimento e privilgio...penso que me z entender. Como dizamos ontem, Recesvinto, retoma o reverso e aps tanos anos, tipo leovigildiano, cruz assente em trs degraus.

    ... Para termos acesso a determinada moeda , diria que teremos que provar tal merecimento e privilgio...penso que me z entender.

    Sinceramente no entendi bem esta parte e, at nova explicao, vou pensar que o Diogo no era isto que queria dizer. No se precisa de provar nada, meu caro, para se ter acesso a determi-nada moeda e o nico privilgio necessrio o da vontade de querer ter acesso a determinada moeda. O que, tal coisa, com todos os meios hoje em dia ao nosso alcance, nem preciso sair de casa. Em relao a estas moedas visigodas, toda a gente teve acesso a elas no inicio do ano 2007, como o meu caro companheiro bem sabe.

    O que teremos que provar para um dia podermos ser convidados a es-tudar/classicar coleces particulares ou de instituies? Sinceramente fao a pergunta porque no conheo a resposta! Aloiss Heiss foi o primeiro a dar notcia desta moeda da Egitnia.

    No sei se essa questo uma maneira de fugir outra de no se estu-dar moedas que no fazem parte das nossas coleces! Falo por mim, no terei que provar nada ou melhor, nunca me darei a esse trabalho, porque nunca terei bases para tal. Mas o caro companheiro Diogo escreve como se j tivesse sido con-vidado por alguma das situaes descritas, conte-nos l como foi essa experincia!???

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

  • Avelino, a ambio a cada um pertence , ou no! Desde h alguns anos tento saber mais e mais acerca das emisses em nome das autoridades provinciais dos Sc.(s) V e VI, investidas ou no do jus monetae, logo emisses imperiais ou margem de Roma, e das emisses presumi-velmente cunhadas pelas autoridades suevas e visigodas, investidas ou no desse, digamos que acordo, entre o imprio e os povos que se iam estabelecendo e criando razes no espao ibrico e simultneamente ainda espao do imprio romano.

    A partir da moeda visigoda e j com estatuto de moeda nacional... aquilo que aqui mais estudamos, correndo o risco de um dias destes se esgotar!

    Estou de acordo com o amigo forista Avelino Nascimento, que, como ele, contento-me com as fotograas destas maravilhosas moedas, as Vi-sigodas. Como principiante nestas andanas, tenho que agradecer ao amigo An-tonio Diogo, o esforo que tem feito para manter acesa esta discuao sobre esta Numria. Aproveito para dar o meu pobre contributo, deixando a tentativa de leitura, da moeda postada pelo amigo Jose Pedro

    Anverso - /RECCES V INQTS R-X Reverso - +EGITANIA PIVS

    Sempre teremos as fotos que provm das vrias coleces privadas ou de instituies, que serviro de estudo ao Diogo e outros. Se me permitir, darei sempre a minha opinio como leigo da matria mas com interesse na participao e debate.

    Ora essa Avelino...todas as contribuices so do maior interesse para a compreenso destes sculos de histria monetria; sem contribuies acaba-se o estudo! Aurlio s um pequeno ajuste: ANV:+ RECCES/V/INOVSRX REV:+ EGITANIAPIVS

    Um agradecimento a todos os que tm tornado possvel este debate.

    Antnio Carlos Diogo

    lelo13853

    Avelino Nascimento

    Antnio Carlos Diogo

    Nesta moeda penso que a gura do rei se encontra entronada, que, pelos outros exemplares que observei, deve ser nico!! Ou Estou a ver mal?

    Anverso:+ RECCES/V/INOVSRX Reverso:+ EGITANIAPIVS

    Caro Avelino depois de um inico de manh sempre numa corrida, Bom Dia! A exigncia que faz a si prprio aliada capacidade que tem de querer e ver mais alm, so contagiantes.

    Como falvamos h dias, Recesvinto retoma nas emisses em seu nome o tipo leovigildiano, o busto de perl e cruz assente em trs degraus, porqu e porqu o busto de perl? Recesvinto foi um reformador, na moeda, na justia, logo na poltica. O facto mais importante da sua gov-ernao foi sem dvida a abolio do cdigo de Alarico substitudo pelo Liber Iudiciorum (toda a legislao visigoda e romana a concentrada).

    Do que tenho lido e em minha opinio, h como que uma nova ro-manizao na jurisdio...tranversal aos modos e costumes; sociedade goda. Ter ento fundamento armarmos que o busto de perl por si escolhido nas suas moedas uma estilizao mais romana, ou pura arte estilizada do escultor? Porque no algum devaneio e mais que tudo a nossa interpretao...penso que se trata do monarca couraado e na cabea ou a coroa cerimonial dos monarcas, ou espcie de elmo; algo Imperator com a sua imagem mais militar, tambm ele teve que dominar revoltas, sobretudo dos Vasces.

    So moedas de um no estilo e recortes que nos permitem estas e outras interpretaes, leituras e um agradvel passeio pela monarquia visigoda, monarquia onde todas as monarquias medievais europeias em grande parte, nela se basearam.

    OK! J vi que vi mal!

    Avelino Nascimento

    Antnio Carlos Diogo

    Avelino Nascimento

  • O meu lho mais novo quase que me proibia de ir sua turma do 4.o ano, aps o convite do Professor, falar de histria e muito menos de moedas. Esto neste momento com as invases brbaras como eles dizem; sugeri ao Professor s fazer a tal aulinha aps a chegada dos muulmanos, como eles dizem. Para pblicos com estas idades, 9/10 anos, um desao. Qual seria a estratgia dos companheiros?

    Amigo Diogo grande responsabilidade!Tendo o seu lho por perto maior ainda! No me atrevo a dar conselhos mas basta que faa como neste Frum tem feito!

    A pensar nos companheiros que no tm o Marcas de Poder, aqui deixo (pgina ao lado) este pergaminho procedente de San Isidoro de Lon. Biblioteca Nacional, Madrid; o Liber Iudiciorum de que h dias falvamos a propsito de uma moeda de Recesvinto.

    As primeiras aulas de histria monetria correram muito bem, com muita receptividade por parte de professores e alunos. Claro que falmos de suevos, alanos, visigodos, vndalos silingos, vndalos asdingos...ostrogodos, entre outros.

    Associando o pergaminho moeda,aqui ca Recesvinto

    O renascimento do reverso/tipo leovigildiano (cruz assente em trs degraus)!

    Antnio Carlos Diogo

    Antnio Carlos Diogo

    jpamsantos

    jpamsantos

    Antnio Carlos Diogo

  • A todos os companheiros... h alguma novidade acerca da ex. coleco Carlos Costa, que o BES est para editar? Senhores administradores (do BES), digam-nos, s.f.f., para quando.

    J aqui foi refernciado o saber Visigodo na arte de ourivesaria com peas magnicas, destaque dado coroa votiva de Recesvinto,em ouro, prata,pedras e esmaltes. Ora se dessa actividade chegaram at ns tantos exemplos signica que o nivel de conhecimento sobre extraco,fundio etc eram elevados. Acredito pois que, embora desconhea a localizao, dever ter existido uma prspera actividade neste dominio.

    A urbanizao que deu lugar Civitas Igaeditanorum deve ter comea-do por volta do ano 25 a.C.; pouco depois da