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Mitologia Grega A religião grega era politeísta (muitos deuses) e antropomórfica (deuses com forma humana). Os gregos imaginavam seus deuses como seres humanos. Havia entre eles parentescos, casamentos, rivalidades e união. Às vezes interferiam nos problemas humanos. Tornavam-se mesquinhos, muitas vezes castigando aqueles que eram completamente felizes. Principais deuses olimpianos ZEUS Zeus era o mais forte e poderoso dos deuses. Ele teve várias esposas e foi pai de heróis famosos como Hércules e Perseu. Por fim, casou-se com Hera. Ele era generoso com as pessoas boas e impiedoso com aqueles que faziam coisas erradas ou tentavam enganar. Zeus governou o mundo com poder do trovão e do raio, usados para destruir seus inimigos. Poseidon Deus dos mares e oceanos, vivia num palácio no fundo do mar. Controlava as tempestades e terremotos batendo o seu tridente no fundo do mar. Como ele não gostava do herói Ulisses (Odisseu), provocou maremotos e destruiu seus barcos quando ele voltava da guerra de Tróia, como vingança por ele ter machucado seu filho, o Cíclope Políferno. Hermes Era o mensageiro dos deuses. Deus do comércio, dos viajantes, dos ladrões e o protetor dos comerciantes e dos rebanhos. Tinha um capacete e uma sandália com asas. Conduzia as almas dos mortos ao mundo inferior e possuía poderes mágicos para controlar o sono e os sonhos. Hefesto Era o deus do fogo e vivia em uma caverna aos pés do vulcão Etna, na Itália, fabricando armas e outros objetos de metal. Ele construía as armaduras, cedros e armas de Zeus, inclusive seus raios. Como nasceu manco e feio, sua mãe, Hera, atirou-o do alto do Monte Olimpo. Ele caiu no mar e foi criado por duas deusas que lá viviam. adulto, vingou-se de Hera enviando-lhe de presente um trono de ouro que ele mesmo fizera.Ao sentar-se, Hera foi presa por correntes mágicas que ninguém, nem mesmo os deuses, conseguiam quebrar. Hefesto só libertou sua mãe muito tempo depois convencido pelo deus Dioniso. Apesar de feio e manco, era muito forte e se casou com a mais bela das deusas, Afrodite. Ares Ares, o deus da guerra, era filho de Zeus e Hera. Ele era alto e muito forte e temido por todos por ser muito bravo e não pensar duas vezes antes de brigar com qualquer deus ou mortal que o contrariasse. Mesmo sendo forte, Ares nem sempre ganhava suas lutas. Ares teve uma grande paixão em sua vida, a deusa Afrodite, com quem teve vários filhos, entre eles Eros. Mesmo depois do casamento de Afrodite com Hefesto, Ares continuou a amá-la. COLÉGIO FAG-COC 1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO – 2º BIMESTRE APOSTILA DE FILOSOFIA - JOSÉ VINICIUS CENTRO EDUCACIONAL ASSIS GURGACZ Av. das Torres, 500 - Bairro: FAG - Cvel-PR E-mail: [email protected] Aluno: Data:

Apostila de Filosofia

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Page 1: Apostila de Filosofia

Mitologia Grega

� A religião grega era politeísta (muitos deuses) e antropomórfica (deuses com forma humana). Os gregos imaginavam seus deuses como seres humanos. Havia entre eles parentescos, casamentos, rivalidades e união. Às vezes interferiam nos problemas humanos. Tornavam-se mesquinhos, muitas vezes castigando aqueles que eram completamente felizes.

Principais deuses olimpianos

� ZEUS

Zeus era o mais forte e poderoso dos deuses. Ele teve várias esposas e foi pai de heróis famosos como Hércules e Perseu. Por fim, casou-se com Hera. Ele era generoso com as pessoas boas e impiedoso com aqueles que faziam coisas erradas ou tentavam enganar. Zeus governou o mundo com poder do trovão e do raio, usados para destruir seus inimigos.

� Poseidon

Deus dos mares e oceanos, vivia num palácio no fundo do mar. Controlava as tempestades e terremotos batendo o seu tridente no fundo do mar. Como ele não gostava do herói Ulisses (Odisseu), provocou maremotos e destruiu seus barcos quando ele voltava da guerra de Tróia, como vingança por ele ter machucado seu filho, o Cíclope Políferno.

� Hermes

Era o mensageiro dos deuses. Deus do comércio, dos viajantes, dos ladrões e o protetor dos comerciantes e dos rebanhos. Tinha um capacete e uma sandália com asas. Conduzia as almas dos mortos ao mundo inferior e possuía poderes mágicos para controlar o sono e os sonhos.

� Hefesto

Era o deus do fogo e vivia em uma caverna aos pés do vulcão Etna, na Itália, fabricando armas e outros objetos de metal. Ele construía as armaduras, cedros e armas de Zeus, inclusive seus raios. Como nasceu manco e feio, sua mãe, Hera, atirou-o do alto do Monte Olimpo. Ele caiu no mar e foi criado por duas deusas que lá viviam. Já adulto, vingou-se de Hera enviando-lhe de presente um trono de ouro que ele mesmo fizera.Ao sentar-se, Hera foi presa por correntes mágicas que ninguém, nem mesmo os deuses, conseguiam quebrar. Hefesto só libertou sua mãe muito tempo depois convencido pelo deus Dioniso. Apesar de feio e manco, era muito forte e se casou com a mais bela das deusas, Afrodite.

� Ares

Ares, o deus da guerra, era filho de Zeus e Hera. Ele era alto e muito forte e temido por todos por ser muito bravo e não pensar duas vezes antes de brigar com qualquer deus ou mortal que o contrariasse. Mesmo sendo forte, Ares nem sempre ganhava suas lutas. Ares teve uma grande paixão em sua vida, a deusa Afrodite, com quem teve vários filhos, entre eles Eros. Mesmo depois do casamento de Afrodite com Hefesto, Ares continuou a amá-la.

COLÉGIO FAG-COC

1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO – 2º BIMESTRE

APOSTILA DE FILOSOFIA - JOSÉ VINICIUS

CENTRO EDUCACIONAL ASSIS GURGACZ

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Ele sempre usava seu elmo e sua roupa de batalha e nunca deixava sua lança ou espada muito longe, pois estava sempre pronto para uma boa briga.

� Apolo

Era o deus do sol, da luz, da verdade, da música e da medicina. Filho de Zeus, Apolo era o mais amado dos deuses. Era também deus da profecia, transmitindo aos seus sacerdotes respostas para dúvidas dos humanos. O templo mais famoso da Grécia era dedicado a Apolo. Para construir esse templo, Apolo teve matar um serpente chamada Píton que morava em uma caverna próxima e amedrontava os moradores da região. Apolo é o inventor da adivinhação, da música e da poesia. Era frequentemente visto com sua lira e com as Musas, as mulheres que davam inspiração aos poetas, escritores e músicos para comporem suas obras.

� Hera

A rainha dos Deuses era também irmã de Zeus e protetora do casamento e das mulheres. Era a mãe de Ares, deus da guerra; Hefesto, deus do fogo; Hebe, deusa da juventude; e Ilícia, deusa do parto. Hera sempre foi uma esposa ciumenta, e frequentemente perseguia as antigas esposas de Zeus e seus respectivos filhos. Ela era vingativa e nunca esquecia uma ofensa.

� Atena

Era a deusa da sabedoria e da guerra, patrona da cidade de Atenas. Vestia uma armadura de ouro e era invencível em uma luta.Saiu da cabeça de Zeus, já adulta e vestindo sua armadura dourada.Disputou com Poseidon, seu tio, o título de patrono da cidade de Cécrope, soberano de Ática, acabara de fundar na Grécia.Atena ganhou a competição e ofereceu ao povo uma muda de oliveira, que se tornou o símbolo da cidade que recebeu seu nome.

� Afrodite

Deusa do amor e da beleza, possuía um cinturão que a tornava irresistível. Foi a causadora da guerra de Tróia. Éris, a deusa da discórdia, foi a única deusa que não foi convidada para o casamento de Peleu e Tétis. Para se vingar, arremessou uma maçã dourada na mesa onde se realizava o banquete. Na maçã estava escrito "Para a mais bela“. Atena, Hera e Afrodite começaram a brigar, cada uma dizendo que a maçã era sua. Quando Zeus se recusou a julgar de quem seria a maçã, as três deusas pediram a Páris, príncipe de Tróia, para decidir a questão. Cada deusa ofereceu a Páris um presente para conquistar sua simpatia: Hera prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena, a sabedoria e grande fama militar e Afrodite ofereceu-lhe a mulher mais linda do mundo; Helena, a esposa do rei grego Menelau. Então Páris declarou Afrodite a mais bela. E partiu para raptá-la, dando assim início à guerra de Tróia.

� Artêmis

Deusa da lua e da caça. Era irmã gêmea de Apolo. Protetora dos animais e das mulheres grávidas, era independente e impiedosa com quem a desrespeitasse. Como punição por terem matado um cervo em seus bosques, Ártemis impediu os gregos de navegar até Tróia durante a guerra, parando os ventos que sopravam as velas, até que eles lhe oferecessem uma jovem em sacrifício.Assim como Apolo, Ártemis usava um arco e flecha, com o qual ela punia mortais que a ofendessem.

� Héstia

A mais amável das deusas do Olimpo, ela era a protetora dos lares e sempre procurava acabar com as brigas entre os outros deuses.Para ela eram oferecidas orações antes e depois das refeições.Como representava o fogo sagrado,

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a maioria das cidades tinha uma pira para que fosse feito seu culto; por isso sua imagem era encontrada em todos os altares onde eram realizados sacrifícios com fogo.

� Deméter

Deusa da colheita, dos cereais e dos frutos.Quando Zeus permitiu que Hades levasse Perséfone, sua filha, para o mundo inferior, impediu a chegada da primavera e prejudicou as colheitas.Para que as estações e as colheitas voltassem, exigiu que Perséfone passasse um terço do ano no mundo inferior e o resto do ano com ela.Quando Perséfone ia para o mundo inferior, Deméter ficava triste e o tempo mudava trazendo o inverno. Quando chegava o momento de sua filha querida voltar, ela ficava tão alegre que fazia as flores nascerem trazendo a primavera e a colheita farta.

� Monte Olimpo

É uma montanha do Norte da Grécia, com o cume sempre coberto de neve, onde os deuses se reuniam para discutir os negócios do mundo. Era Zeus que presidia as reuniões.

� O Culto

Os homens faziam oferendas para agradar ou pedir coisas aos deuses. Cada família tinha seus deuses particulares. O pai era o sacerdote do culto familiar. Os estrangeiros não precisavam prestar culto aos deuses. Os gregos imaginavam os deuses, atribuíam a eles uma personalidade, uma história e aventuras.

MITOLOGIA GRECO-ROMANA

- Influência da Grécia Antiga ( principais deuses)

Júpiter - O Pai dos deuses. Filho de Saturno e Reia, foi dado por sua mãe às ninfas da floresta em que o havia parido. Havia uma “lenda” que dizia a Saturno que ele havia de ser afastado do trono por um filho que nascesse dele. Para evitar a concretização da ameaça do destino, Saturno devorava os filhos que mal acabavam de nascer. Quando Júpiter nasceu, a mãe, cansada de ver assim desaparecer todos os filhos, entregou a Saturno uma pedra, que o deus engoliu sem se dar conta do que devorava. Júpiter , criado longe, na ilha de Creta, para não ter o mesmo destino cruel dos irmãos, ali cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando esta cabra morreu, Júpiter usou a sua pele para fazer uma armadura que ficou conhecida por Égide. Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai e, com a ajuda de uma droga, obrigou-o a vomitar todos os filhos que tinha devorado. Após libertar os irmãos do ventre paterno, empreendeu uma revolta. Júpiter teve muitos filhos, tanto de deusas como de mulheres. Marte, Minerva e Vénus são seus filhos divinos, entre outros. Quando se apaixonava por mortais, Júpiter assumia diversas formas para se poder aproximar delas.

Vénus - Deusa do Amor e da Beleza. Vénus é a deusa do Amor e da Beleza. O nome vem acompanhado, por vezes, de epítetos como "Citereia" já que, aquando do nascimento, teria passado por Citera, onde era adorada sob este nome. Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor. Os romanos consideravam-se descendentes da deusa pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises. Na epopeia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.

Marte – Deus da Guerra. Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. Era representado na figura de um guerreiro, completamente armado, com um galo junto de si.

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Baco – Deus do Vinho. Filho de Júpiter e de Sémele. Nasceu em Tebas e foi pai de Luso. Juno, esposa de Júpiter, sabedora das relações amorosas entre aquele Deus e Sémele, induziu a rival, aparecendo-lhe sob as feições da ama ou de uma amiga, a solicitar que o amante a visitasse na plenitude da sua glória. A ingénua desventurada viu, porém, a própria casa a arder e imediatamente pereceu nas chamas provocadas pelo fulgor do pai dos Deuses. Júpiter, no entanto, conseguiu salvar o filho (que receberia o nome de Baco), o qual Sémele ainda não dera à luz, recolhendo-o na barriga da perna, onde se completou a gestação.

Neptuno – Deus do Mar. Filho de Saturno e de Reia, irmão de Júpiter e de Plutão.Casou com Anfitrite. Era representado com um tridente na mão sobre um coche puxado por cavalos-marinhos. Era o deus romano do mar, inspirado na figura grega Posídon. Originariamente era o deus das fontes e das correntes de água.

MITOLOGIA É...

...o estudo dos mitos de uma cultura em particular creditadas como verdadeiras e que constituem um sistema religioso ou de crenças específicos.

Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o universo, a criação do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis. Mas nem todos os mitos têm esse propósito explicativo. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma força sobrenatural ou uma divindade, mas alguns são apenas lendas passadas oralmente de geração em geração.

Pessoas de muitas religiões tomam como ofensa a caracterização de sua fé como um conjunto de mitos, pois isso é afirmar que a religião em si é uma mentira. Mesmo assim, muitas pessoas concordam que cada religião tem um grupo de mitos os quais desenvolveram-se somados às escrituras.

A origem do mundo = cosmogonia

No princípio era o Caos (vazio), matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífica; depois veio Géia/Gaia (Terra), Tártaro (habitação profunda, abaixo do próprio inferno) e Eros (o Amor), a força do desejo. O Caos deu origem ao Érebo (escuridão profunda) e a Nix (noite). Nix Gerou Éter e Hemera (Dia). De Gaia nasceram Úrano (Céu), Montes e Pontos (Mar).

1º reinado - reinado de Urano: Urano (céu) se une a Gaia (Terra); filhos: os Titãs (dentre eles Cronos/Saturno), as Titânidas (dentre elas Réia), os Ciclopes e os Hecatonquiros (monstros de cem braços e de cinquenta cabeças). Por solicitação de Gaia, Cronos mutila seu pai Urano, contando-lhe os testículos. Do Sangue de Urano que caiu sobre Gaia nasceram as Erínias/Fúrias, os Gigantes e as Ninfas dos Freixos, chamadas Mélias ou Melíades; da parte que caiu no mar e formou uma espuma nasceu Afrodite (OBS: UMA DAS VERSÕES DO NASCIMENTO DESSA DEUSA)

2º reinado: reinado de Cronos - após destronar o Urano, Cronos converteu-se num tirano pior que seu pai. Lançou no Tártaro seus irmãos, os Ciclopes e os Hecatônquiros, porque os temia. A profecia de Urano e Gaia: um dos filhos de Cronos e Réia, sua esposa e irmã, iria destroná-lo. Por causa disso, ele passou a engoli-los, tão logo nasciam.

3º reinado: reinado de Zeus – Após dar a luz Hera, Hades, Poseidon, Hestia e Démeter, Réia resolveu proteger seu último filho, Zeus. Teve o bebê numa caverna e entregou para as ninfas da floresta cuidarem. Quando cresceu, Zeus enganou o pai, dando-lhe uma bebida que o fez vomitar todos seus irmãos. SIMBOLOGIA: Zeus, ao derrotar Cronos, derrota o tempo; é por isso que os deuses são imortais. Ao lado dos irmãos, Zeus declara guerra ao pai e, conseqüentemente, aos Titãs. Essa guerra é chamada de Titanomaquia. Zeus e seus irmãos

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contaram com a ajuda dos Ciclopes e Hecatônquiros, que prenderam os Titãs consigo no Tártaro. Assim, com a vitória dos deuses, dividiu-se o mundo em três reinos principais:

• reino dos deuses e dos seres vivos: Zeus

• reino dos mares: Poseidon

• reino dos mortos: Hades

A criação do homem

• Os homens foram criados por Prometeu (eram seres de barro, como bonequinhos). Querendo animar suas novas criaturas, Prometeu rouba o fogo celeste, dando vida e inteligência (a luz) aos homens. Furioso, Zeus pune Prometeu, acorrentando-o ao monte Cáucaso. Todos os dias, uma águia (ou um abutre) comia um pedaço do fígado de Prometeu; ele, como era imortal, regenerava-se dia a dia, num ciclo sem fim.

• OUTROS SERES E PERSONAGENS MITOLÓGICOS

Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles (ou Hércules), Aquiles (“A Ilíada” – filme “Tróia”), Perseu (mata Medusa) e Teseu (mata o Minotauro

Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.

Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.

Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.

Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.

Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa Quimeras : mistura de leão, cabra e dragão, soltavam fogo pelas ventas

simbologia do centauro e do Minotauro.

O centauro era um ser mais nobre, pois possuía a metade superior humana, ou seja, a razão, a inteligência, e a força de um touro.O Minotauro, por sua vez, era um ser amaldiçoado, pois além de viver preso no labirinto, tinha a força de um humano “comum” e não possuía a racionalidade

HELENISMO

A partir do ano 350 a.C., uma nova civilização começou a ascender politicamente e militarmente no Mundo Antigo. A Macedônia, sob o domínio do rei Felipe II, iniciou um processo de expansão territorial que rompeu com a hegemonia do mundo grego.

Sendo educado pelo filósofo grego Aristóteles, Alexandre entrou em contato com o conjunto de valores da cultura grega. Além disso, suas incursões pelo Oriente também o colocou em contato com outras culturas. Simpático ao conhecimento dessas diferentes culturas, o imperador Alexandre agiu de forma a mesclar valores ocidentais e orientais. É desse intercâmbio que temos definida a cultura helenística

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O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras entre países e culturas. Quanto à religião houve uma espécie de sincretismo; na ciência, a mistura de diferentes experiências culturais; e a filosofia dos pré-socráticos e de Sócrates, Platão e Aristóteles serviu como fonte de inspiração para diferentes correntes filosóficas as quais veremos algumas agora.

• PERÍODO HELENISTA

� Século IV a.C. ascensão de Alexandre.

� Império Macedônico

� Fim definitivo da Polis (Fim da política).

1. Fim da Esfera Pública

2. Fim da Democracia (Estado de Direito e Soberania Popular)

3. Tirania Absoluta

• Conseqüências na Esfera Intelectual:

. Fim das grandes especulações teóricas

Fim da polis como referência;

Filosofia como auto-ajuda e consolação;

Acaba a política e a esfera pública e assim o combustível da filosofia, que era os debates em praça publica, e assim a filosofia deixa de construir grandes especulações teóricas. A Filosofia se volta para a ética da arte de viver.

• O Cosmopolitismo Helênico

O ideal da Pólis é substituído pelo ideal cosmopolita (o mundo inteiro é uma pólis), e o homem-citadino é substituído pelo homem-indivíduo; a contraposição grego e bárbaro em larga medida é superada pela concepção homem em uma dimensão de igualitarismo universal. Compreendemos porque todas as filosofias então elaboradas, com exceção da socrática, arriscaram tornar-se desatualizadas e superadas pelos tempos. Surgiu assim a exigências de novas filosofias mais eficazes do ponto de vista prático que ajudassem a enfrentar os novos acontecimentos e a inversão dos antigos valores aos quais estavam estreitamente ligadas. De tal modo, que cultura helênica, difundiu-se em vários lugares, tornou-se cultura helenística, e o centro da cultura passou de Atenas para Alexandria. Como expressões das novas exigências impuseram-se as filosofias Cínica, Epicurista, Estóica e Cética, enquanto o platonismo e o aristotelismo caíram em grande medida em esquecimento.

• A Cultura Helenística

A cultura helenística resultou da fusão da cultura grega com a cultura oriental, promovida pela expansão do império Macedônico com Alexandre Magno. A Grécia não era mais o centro cultural do mundo. Os principais centros da cultura helenística foram Alexandria, no Egito, Antioquia, na Turquia, e Pérgamo, na Ásia Menor. As principais contribuições para a formação do mundo ocidental ocorreram:

- Artes: se a arte grega caracteriza-se pelo equilíbrio, pela leveza e pelo humanismo, as artes helenísticas perderam aquelas características e passaram a ser dominadas pelo realismo exagerado e pelo sensacionalismo. Os artistas helenísticos não se preocupavam com o belo, mas sim com o grandioso e luxuoso.

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- Ciências: os conhecimentos científicos alcançaram tal nível de desenvolvimento, principalmente no campo da astronomia e da matemática, que fizeram com que as ciências helenísticas fossem as mais desenvolvidas da História, durante várias séculos. Os grandes nomes deste período foram:

– Euclides: que desenvolveu de maneira extraordinária os conhecimentos de geometria; – Arquimedes: descobridor da lei da alavanca e da hidrostática. Inventou o parafuso tubular para bombear água, a hélice, as lentes convexas e criou um planetário. Para defender sua cidade, cercada pelos romanos, construiu máquinas poderosas como catapultas, que atiravam pedras enormes sobre os inimigos; com um sistema de espelhos, que concentrava os raios solares, conseguiu incendiar vários navios romanos. Após a morte de Alexandre, aos 33 anos, o império foi dividido em 3 grandes reinos:

• O da Síria ou Ásia Ocidental, que abrangia a Síria, a Ásia Menor e a Mesopotâmia;

• O reino do Egito, que compreendia além do Egito, a Arábia e parte da Palestina;

• O reino da Macedônia, que englobava a Grécia.

Entre os séculos II e I a.C, todos esses grandes reinos e outros menores foram conquistados pelos romanos.

FILOSOFIA HELENISTA

Os Cínicos

• A filosofia cínica foi fundada em Atenas por Antístenes (discípulo de Sócrates) por volta de 400 a.C. Os cínicos diziam que a felicidade podia ser alcançada por todos, pois ela não consistia em luxúria, poder político ou boa saúde e sim em se libertar disto tudo. Achavam que as pessoas não deviam se preocupar com o sofrimento (próprio ou alheio) nem com a morte. O principal representante desta corrente filosófica foi Diógenes (discípulo de Antístenes).

• Conta-se que, um dia, Sócrates parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas diversas mercadorias. Depois de algum tempo, ele exclamou: “Vejam quantas coisas o ateniense precisa para viver!”. Naturalmente ele queria dizer com isto que ele próprio não precisava de nada daquilo. Esta postura de Sócrates foi o ponto de partida para a filosofia cínica, fundada em Atenas por Antístenes – um discípulo de Sócrates -, por volta de 400 a.C.

• Os cínicos diziam que a verdadeira felicidade não depende de fatores externos como o luxo, o poder político e a boa saúde. Para eles, a verdadeira felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras. E justamente porque a felicidade não estava nessas coisas ela podia ser alcançada por todos. E, uma vez alcançada, não podia mais ser perdida. O cínico mais importante foi Diógenes. Conta-se que ele vivia dentro de um barril e não possuía mais do que uma túnica, um cajado e um embornal de pão. Um dia, quando estava sentado ao sol junto ao seu barril, recebeu a visita de Alexandre Magno. Alexandre aproximou-se do sábio, perguntou-lhe se ele tinha algum desejo e disse-lhe que, caso tivesse, seu desejo seria imediatamente satisfeito. Ao que Diógenes respondeu: “Sim, desejo que te afastes da frente do meu sol”. Com isto Diógenes mostrou que era mais rico e mais feliz que o grande conquistador. Ele tinha tudo o que desejava. Os cínicos achavam que as pessoas não precisavam se preocupar com a saúde, nem mesmo com o sofrimento e com a morte. E elas também não deveriam se atormentar com o sofrimento dos outros. Hoje em dia, quando empregamos as palavras “cínico” e “cinismo” estamos nos referindo, na maioria das vezes, a apenas este aspecto: o da impudência, da insensibilidade ao sentir e ao sofrer do outro.

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EPICURISMO

� O Epicurismo surge nos arredores de Atenas. Era uma escola conhecida por seus lindos jardins, nos quais Epicuro ministrava suas aulas, por isso ficou conhecida como “Filosofia do Jardim”.

� O Epicurismo se baseia em cinco pontos principais:

1. A realidade é plenamente penetrável e compreensível pela inteligência do homem.

2. Nas diversas situações o homem pode construir sua felicidade.

3. A felicidade significa a ausência de dores no corpo e perturbação na alma.

4. Para atingir esta paz e felicidade, o homem só precisa de si mesmo

5. A felicidade não depende da nobreza, da riqueza, dos deuses, ou das conquistas exteriores, pois o homem só é feliz quando é autônomo e independente de condicionamentos exteriores.

No epicurismo a lógica e a física eram rudimentares, mas ambas estavam subordinadas à ética da arte de viver.

A LÓGICA DO EPICURISMO:

� A lógica elabora o caminho para a verdade, nela os sentimentos são mensageiros da verdade.

� Toda sensação é objetiva, é produzida por alguma coisa, sendo, portanto, verdadeira.

� A sensação colhe o ser essencial de modo infalível e não confunde a alma, como pensa Platão.

� Sobre as idéias e as representações mentais, Epicuro afirma que elas são memória daquilo que vem do exterior, isto é, a experiência deixa na mente uma impressão das sensações passadas, e essa impressão permite conhecer as coisas.

� É esta lógica que vai fundamentar a ética epicurista em termos opostos aos de Platão.

A ÉTICA DO EPICURISMO

� Com base na lógica apresentada, os sentimentos de prazer e dor permitem distinguir o bem e o mal.

� O bem é tudo aquilo que proporciona prazer e o mal é tudo aquilo que proporciona dor. Não se trata porém de uma filosofia hedonista, na medida em que a busca do prazer deve obedecer ao comando da razão e do bom senso.

� Sobre o prazer, Epicuro dirá que este é a ausência de dores no corpo e a falta de perturbação na alma.

� Não se trata, porém, de dissipação e torpeza, trata-se do prazer segundo o sóbrio raciocinar, é o prazer escolhido com sabedoria.

• Epicuro analisa três tipos de prazer

1. Prazeres Naturais e Necessários: Como é o caso de comer quando se tem fome e repousar quando se esta cansado. Não inclui os prazeres do amor e do desejo, pois estes causam a perturbação da alma e não são nem naturais nem necessários.

2. Prazeres Naturais e Não Necessários: Como é o caso de comer bem e vestir-se com apuro.

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3. Prazeres Não Naturais e Não Necessários: São prazeres vazios, baseados em opiniões falsas, dentro os quais, o desejo de riqueza, poder e honras. Estes prazeres produzem a perturbação da alma e não aliviam a dor do corpo.

• A AMIZADE, A POLÍTICA E A MORTE SEGUNDO O EPICURISMO

� Esta filosofia enxerga o homem, não mais como cidadão, mas como homem privado.

A AMIZADE para Epicuro:

• “De todas as coisas que a sabedoria busca, em vista de uma vida feliz, ao maior bem é a conquista da amizade”.

• “A Amizade anda pela terra, anunciando a todos que devemos acordar para dar alegria uns aos outros”.

• “A riqueza, segundo a natureza, esta inteira no pão, na água e no abrigo qualquer para o corpo,, a riqueza supérflua multiplica os desejos e perturba a alma. O maior dos prazeres é a amizade, trata-se do laço verdadeiro entre os indivíduos, é ver um outro como eu”.

• A política

� A POLITICA para Epicuro é a busca do poder, da fama e da riqueza. Ela é enganosa miragem, tão vazia quanto as coisas que busca. Neste sentido, a vida pública não enriquece o homem, mas o dispersa e dissipa.

� A vida política não é natural, causa perturbações na alma e dores no corpo, comprometendo a felicidade. “Retira-te para dentro de ti mesmo, porque a coroa da serenidade é superior à coroa dos grandes imperadores”.

• OS QUATRO REMÉDIOS PARA EVITAR O SOFRIMENTO

1. Vazios são os temores com relação aos deuses e ao além.

2. A morte não é nada, e deve ser encarada sem pavor.

3. O prazer bem entendido pode dar felicidade a todos.

4. O mal dura pouco e é suportável.

� A MORTE quando chega, nada sentimos e enquanto não chega não é real. Portanto é um mal para que nutre falsas opiniões sobre ela

ESTOICISMO

� Surge 25 anos depois do Epicurismo, por volta do ano 312 a.C., seu maior filosofo e fundador da escola era Zenão.

Estoicismo antigo: entre séc. IV e VI a.C.

Estoicismo médio: séc. II e I a.C.

Novo Estoicismo: Época do Império Romano, na qual assume tons religiosos e de meditação moral.

� Possui uma lógica, uma ética e uma física. Neste sentido, afirmavam que a filosofia é uma arvore cujas raízes estão na lógica; o tronco, na física; e a ética nos frutos.

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� A lógica, como no Epicurismo, fornece os critérios de verdade.

A LÓGICA DO ESTOICISMO

� A base do conhecimento é a sensação, aquilo que afeta os sentidos.

� Nestes termos, a sensação é uma impressão provocada pelos objetos sobre os nossos órgãos sensoriais, e que se transmite à alma, nela se imprimindo e gerando a representação.

� É preciso, porém, um consentir, um aprovar do logos, que está em nossa alma, ou seja, o logos atua sobre nossas impressões.

� Temos, então, a representação compreensiva.

A FÍSICA DO ESTOICISMO

� A física estóica se baseia em três pontos:

1. O ser é o que tem a capacidade de agir e sofrer, nestes termos, o ser é corpo.

2. Ser e corpo são idênticos, portanto temos um Materialismo monista.

3. Deus penetra toda a realidade. Deus é inteligência, mas também é natureza.

� Trata-se de um Deus Physis e Logos, Natureza e Razão. Deus hora é sopro, hora é fogo, e nisto consiste toda a matéria.

� Em suma, Deus esta em tudo. Assim, não há o dualismo metafísico de Platão.

• A ÉTICA DO ESTOICISMO

� A ética estóica consiste na busca da felicidade, que se alcança vivendo segundo a natureza. Existem três princípios para esta vida

1. Conservar-se a si mesmo.

2. Apropriar-se do próprio ser e de tudo que é necessário para a sua conservação.

3. Conciliar-se consigo mesmo, saber o que você é, possuir auto critica. Conciliar-se com as coisas que são conforme sua essência.

� São esses princípios que nos trazem a noção do bem segundo a ética estóica. Como o homem é um ser racional, o bem é o que conserva e incrementa a razão; o mal é o que danifica a razão. Assim, a sabedoria e a virtude tornam o homem livre e feliz. Sabedoria e virtude significam erradicar e eliminar todas as paixões, tornar-se sereno e indiferente aos sofrimentos impostos pelo destino. Trata-se da apatia estóica. Por ela, elimina-se toda a piedade, compaixão e misericórdia, pois estes são defeitos e vícios da alma. O sábio não se comove em favor de quem quer que seja; não é próprio do homem forte deixar-se vencer pela piedade e afastar-se da justa severidade.

CETICISMO

• Os céticos acreditavam que não podemos conhecer a verdade. Tudo o que temos são idéias que podem ou não ser verdadeiras. O primeiro filósofo totalmente cético foi Pirro de Élis, que ensinou que não há nada de que possamos estar seguros. Embora parta da idéia de que não podemos conhecer nada, ele se preocupa com o efeito disso sobre o modo que deveríamos agir. O ceticismo não pretende ser apenas um meio de criticar as idéias de todos os outros

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filósofos, pelo contrário, pretende ajudar as pessoas a se acostumarem com o fato de que muito do que acontece está além do nosso controle. Se percebemos que na vida nada é garantido, mais facilmente nos libertaremos das expectativas em relação às coisas. Assim, não ficaremos desapontados quando elas não acontecerem como planejamos.O ceticismo sustenta a impossibilidade de chegar a um juízo universal e indiscutível, dada a universal incerteza que envolve a natureza do mundo e do homem. Assim, nenhuma proposição pode ser afirmada sem que também seja possível encontrar provas da proposição contrária. Daí decorre que a única atitude correta a ser assumida pelo filósofo é não ter opiniões, assumindo a suspensão de qualquer discurso afirmativo (epoché).

A epoché cética é a necessária suspensão do juízo que caracteriza sua posição: nem aceitar, nem rejeitar; nem afirmar, nem negar. Ela nasce da consideração de que sempre é possível demonstrar o contrário de cada afirmação e que, portanto, uma proposição nunca pode dizer-se verdadeira em absoluto. Todo saber reduz-se a um opinável ponto de vista.

FILOSOFIA GREGA

PERÍODOS DA FILOSOFIA

1- PRÉ-SOCRÁTICO (SÉC. VII A V A.C): De Tales de Mileto a Sócrates. A filosofia se ocupa da natureza e da

origem das coisas.

2- PERÍODO SOCRÁTICO OU CLÁSSICO (SÉC. V A IV A.C): A Filosofia reflete sobre as questões humanas,

sobretudo a ética e a política.

3- PERÍODO ALEXANDRINO OU HELENÍSTICO (FIM DO SÉC. IV A III A.C): A filosofia busca sistematizar o

conhecimento alcançado. Disseminação da cultura clássica no mundo mediterrâneo. Surgem novas escolas

como a dos estóicos, dos epicuristas e dos céticos.

4- PERÍODO GRECO-ROMANO (SÉC. III A.C A VI D.C): Marcado pela assimilação da cultura grega pela

cultua romana e a dissolução do pensamento grego diante do cristianismo.

OS PRÉ-SOCRÁTICOS

Destaca-se nos primeiros filósofos a construção de uma COSMOLOGIA (explicação racional e sistemática

das características do universo) que substituísse a antiga COSMOGONIA (explicação sobre a origem do mundo baseada

nos mitos). Querem descobrir, com base na razão e não na mitologia, a substância primordial (arché, em grego)

existente nos seres materiais, ou seja, a matéria-prima de que são feitas as coisas.

Tales de Mileto: Considerado o primeiro pensador grego: “pai da filosofia”. Foi astrônomo. Chegou a prever um eclipse

total do Sol. Demonstrou que a soma interna dos ângulos do triângulo é 180º.

Mileto: cidade litorânea situada na Jônia, marcada pelo comércio e múltiplas influências culturais.

Tales de Mileto: tudo é água. Na busca de fugir das antigas explicações mitológicas sobre a criação do mundo, Tales

queria descobrir um elemento físico constante em todas as coisas. Concluiu que a água é a substância primordial, a

origem única de todas as coisas. Para ele, a água permanece a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar

dos diferentes estados: sólido, líquido e gasoso.

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Anaximandro de Mileto – 610-547 a.C: “Nem água nem algum dos elementos, mas alguma substância diferente,

ilimitada, e que dela nascem os céus e os mundos neles contidos”. Para ele não era possível pensar uma única

substância (ou o fogo ou a água...). Designou esta substância como ápeiron (em grego = o “indeterminado”, “infinito”).

Tal realidade não é acessível aos sentidos como a água, por exemplo.

Anaxímenes de Mileto – 588-524 a.C: “E assim como nossa alma que é ar, nos mantém unidos, da mesma maneira o

vento envolve todo o mundo. Tentando conciliar Tales e Anaximandro, concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.

Pitágoras de Samos – 570-490 a.C: “Todas as coisas são números”.Para Pitágoras os números representam ordem e

harmonia. Fundou uma sociedade de caráter filosófico e religioso. Introduziu um aspecto mais formal na explicação da

realidade: a ordem e a constância.

Heráclito de Éfeso – 500 a. C: “Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo”. Realidade do mundo em

constante transformação. A vida é um fluxo constante impulsionada pelos opostos: bem e mal, ordem e

desordem... A luta é a mãe de todas as coisas. Pela luta de forças opostas é que o mundo se modifica e evolui. “Não

podemos entrar duas vezes no mesmo rio”

Parmênides de Eléia – 510- 470 a.C: “O ente é; pois é ser e nada não é”. Opõe-se a Heráclito. Existe o ser e o não ser

não é. Os contrários não podem coexistir. Princípio lógico da não contradição. Não podemos confiar nas aparências

das coisas. Devemos buscar a essência e a verdade.

TEMAS E PROBLEMAS DA FILOSOFIA

Estrutura da Filosofia

A filosofia possui um campo muito grande de investigação, mas tradicionalmente ela está organizada em algumas grandes áreas:

Epistemologia ou Teoria do conhecimento: tratando do conhecimento humano, de sua possibilidade, suas condições e estruturação.

Lógica: é a área da filosofia que estuda as regras do pensamento.

Ética: é a área da filosofia que estuda o comportamento moral do homem, as regras e princípios do comportamento moral.

Política e Estética: são áreas da filosofia na qual a primeira busca refletir sobre as estruturas de poder na trama social e tem por objeto mostrar que faz parte da essência humana, ou seja, o homem é naturalmente político. Estética busca a reflexão sobre o juízo de apreciação aplicado na distinção entre o belo e o feio.

Períodos da Filosofia e Alguns Filósofos do Período

Filosofia Antiga (séc. VI a.C. ao séc. VI d. C.) Tales, Anaximandro, Heráclito, Pitágoras, Parmênides, Demócrito, Protágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Pirro, Sêneca, Plotino. Filosofia Patrística (séc. I ao séc. VII) Orígenes, Clemente, Agostinho.

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Filosofia Medieval (Escolástica – do séc. VIII ao séc. XIV) Avicena, Scotus Erígena, Abelardo, Averróis, Tomás de Aquino, Duns Scotus, Guilherme de Ockhan. Filosofia da Renascença (do séc. XIV ao séc. XVI) Erasmo, Giordano, Bruno, Maquiavel. Filosofia Moderna (do séc. XVII a meados do séc. XVIII) Francis Bacon, Descartes, Hobbes, Locke, Spinoza, Leibniz, Hume. Filosofia do Iluminismo (meados do séc. XVIII ao começo do séc. XIX) Kant, Montesquieu, Rousseau, Voltaire. Filosofia Contemporânea (meados do séc. XIX até nossos dias Fichte, Hegel, Comte, Stuart Mill, Marx, Engels, Kierkegaard, Nietzsche, Heidegger, Adorno, Merleau-Ponty, Habermas,Popper, Carnap. Algumas Características do Período Filosofia Antiga - Bases do pensamento ocidental e a sistematização do conhecimento. Filosofia Medieval - Embate entre as verdades de fé e as verdades da razão. Filosofia Moderna- Aposta na razão como fundamento do conhecimento científico e promotora do progresso. Filosofia Contemporânea- Revisão da aposta na razão: a razão em crise. Referencia Bibliográfica ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1998. REALE, G. ANTISERI, D. História da filosofia. 3 vol. São Paulo: Paulus, 1990.