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1 Apresentação Aluno Ler ou contar uma história é sempre um momento gostoso. Ao fazer uma narrativa, você pode estar dentro dela ou não. Quer dizer, você pode contar uma história em que tenha participado do acontecido ou, simplesmente, contar o que aconteceu com outras pessoas. Nesta unidade, você conhecerá mais alguns elementos da narrativa, escreverá um texto narrativo e estudará a acentuação das palavras paroxítonas.

Apostila Ensino Fundamental CEESVO - Português 02

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Apresentação

Aluno

Ler ou contar uma história é sempre um momento gostoso. Ao fazer uma narrativa, você pode estar dentro dela ou não. Quer dizer, você pode contar uma história em que tenha participado do acontecido ou, simplesmente, contar o que aconteceu com outras pessoas. Nesta unidade, você conhecerá mais alguns elementos da narrativa, escreverá um texto narrativo e estudará a acentuação das palavras paroxítonas.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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VIDA FÁCIL

A simpática senhora esperava pacientemente na fila do orelhão a sua vez de

telefonar. Bem vestida, a simpática senhora aparentava ser uma respeitada dona-de-casa, boa mãe, exemplar esposa. Ao chegar a vez, um rapaz pobremente vestido, com feições aflitas, interrompeu-a: Perdão, minha senhora. Será que eu posso usar o telefone? É urgente! Por favor! A simpática senhora, notando que o rapaz estava mesmo com algum problema sério – pois, apesar de sua aparência humilde, possuía um certo ar de honestidade – cedeu-lhe a vez. Cedida, ele depositou a ficha no aparelho e, sempre apresentando sinais visíveis de nervosismo, completou a ligação: Alô! Seu Juarez? É o Reinaldo. O senhor mandou eu ligar às onze, lembra? A camisa e a gravata eu tenho. Só faltam a calça e o paletó. O senhor arrumou? Não! Puxa vida, o senhor prometeu. Tem que ser de terno, senão eles não aceitam. . . Droga, desligou! O rapaz, decepcionado, foi sentar-se numa mureta ao lado do orelhão. A simpática senhora, que ouviu toda a conversa, reparou que ele chorava por não ter conseguido o seu terno. A simpática senhora, sensibilizada com o ocorrido, foi ao seu encontro: Desculpe, mas eu não pude deixar de ouvir a sua conversa. Você precisa muito desse terno? O rapaz explicou toda a situação. Explicou que estava desempregado há algum tempo e que não possuía dinheiro para a aquisição de um terno que usaria para se apresentar à vaga de uma determinada empresa. Comovida com a história do rapaz, a simpática senhora resolveu presenteá-lo com um terno novinho. O rapaz agradeceu com as lágrimas escorrendo pelo rosto. No outro dia, no mesmo orelhão, um simpático senhor pegou o fone para fazer a ligação. O rapaz interrompeu-o: Perdão, meu senhor. Será que eu posso usar o telefone? É urgente! Por favor! O simpático senhor cedeu-lhe a vez: Alô! Seu Juarez? É o Reinaldo. O senhor mandou eu ligar às onze, lembra? A camisa, a gravata, a calça e o paletó eu tenho. Só falta o sapato. O senhor arrumou? Não! Puxa vida . . .

Azevedo, Alexandre. O vendedor de queijos e

outras crônicas. Atual, SP, 1996.

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O texto que você leu é uma narrativa em prosa que é chamada de crônica.

A crônica, narrativa curta em linguagem fácil, retrata de maneira leve,

geralmente humorística, uma situação do nosso dia-a-dia.

EXERCÍCIOS Vamos enriquecer o vocabulário? Procure as palavras grifadas, no dicionário, e coloque os sinônimos na cruzadinha abaixo. 1- “Possuía um ar de honestidade” 2- “O rapaz, decepcionado, foi sentar-se numa mureta” 3- “A simpática senhora aparentava ser uma dona-de-casa” 4- “Cedeu-lhe a vez” 5- “A simpática senhora, sensibilizada com o ocorrido” 6- “A senhora que ouviu toda a conversa, reparou que ele chorava” 4- 5- 6- 2- 1- 3-

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EXERCÍCIOS 1- Por que a mulher cedeu ao rapaz a vez de telefonar? 2- Qual era o objetivo do rapaz? 3- Que frase do texto justifica a urgência do rapaz para conseguir a vez de

telefonar? 4- O que se pode concluir a partir do desfecho (final) dado à narrativa? 5- Você acha que o fato de o rapaz estar desempregado justificaria o seu

comportamento? 6- Nessa crônica, podemos dizer que o autor:

a- retrata uma realidade do cotidiano; b- aprova a vida fácil dos espertalhões; c- ironiza aspectos do comportamento humano.

7- Reescreva a frase dita pelo rapaz, usando o nível formal da linguagem:

“O senhor mandou eu ligar às onze.” NARRATIVA Como você deve ter observado, o texto “Vida fácil” é uma narrativa, isto é, conta uma história. Toda narrativa precisa ter um narrador que assume um foco narrativo. O que vem a ser isso?

Foco narrativo é o ponto de vista, a posição que o narrador assume para

contar sua história.

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O narrador pode assumir duas posições básicas: Fora do fato Dentro do fato Ao assumir a posição fora do fato, o narrador é apenas um observador. É o narrador-observador. Ele não participa da história, apenas fala dos personagens e emprega a terceira pessoa, isto é, aquela de quem se fala.

Exemplo: “Diante da casa de Júlio, instintivamente, ele retardou o passo. Teve um olhar para a janela acesa, chegou a sorrir quando vislumbrou uma sombra. . . “ (Ligia Fagundes Telles). Veja que o narrador está fora da história, apenas contando de alguém que retardou o passo, chegou a sorrir, etc. Ao assumir a posição dentro do fato, o narrador torna-se um personagem. É o narrador-personagem. Ele participa da história, é personagem como os outros e emprega a primeira pessoa, isto é, a pessoa que fala (ou conta). Exemplo: “De manhã o padeiro me perguntou se estava tudo bem. Eu sorri e disse que estava.” (Fernando Sabino) Veja que o narrador está dentro da história, pois ele diz me perguntou, eu sorri, etc.

NARRADOR NARRADOR

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1- Volte sua atenção novamente para o texto “Vida fácil”. É uma narrativa em

1ª ou 3ª pessoa? Retire um trecho do texto que comprove sua resposta. 2- Reescreva o trecho abaixo com o foco narrativo em primeira pessoa:

“Abriu caminho aos tropeços, precipitou-se até o carro que o aguardava, pediu auxílio ao motorista.” (Fernando Sabino)

3- Reescreva o trecho abaixo com o foco narrativo em terceira pessoa:

“Meia-noite. Cansado e com sono eu vinha caminhando pela rua deserta quando, de repente, ouvi umas pisadinhas leves atrás de mim. Senti um frio no estômago.” (Douglas Tufano) Discurso direto e indireto Observe:

“E sem ousar olhar novamente para ela, disse: Mais flores daria se mais flores eu tivesse!” discurso direto (Stanislaw Ponte Preta). Quando o narrador reproduz exatamente o que a personagem falou ocorre o discurso direto.

No exemplo acima o travessão introduziu a fala da personagem. O narrador parou para a personagem falar “diretamente”

Agora observe:

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E sem ousar olhar novamente para ela, disse que mais flores teria dado se mais flores ela tivesse.

Quando o narrador reproduz com suas palavras o que foi dito, ocorre o

discurso indireto. EXERCÍCIOS

1- Copie o trecho abaixo de “Vida fácil” e grife onde houver discurso direto e indireto.

2- Copie do texto abaixo apenas as frases que representam discursos diretos:

3- Copie do texto abaixo apenas o trecho em que há o discurso indireto:

O chefe estava nervoso e ordenou à secretária: Saia da sala, imediatamente!

“ Desculpe, mas eu não pude deixar de ouvir a sua conversa. Você precisa muito desse terno? O rapaz explicou toda a situação. Explicou que estava desempregado há algum tempo e que não possuía dinheiro para a aquisição de um terno ...”

A filha do intelectual, que nunca tirava primeiro lugar na escola, chega em casa e pergunta ao pai: Pai, você conhece a última? O pai pensou um pouco e disse: Não, filha, qual é? E a filha: Eu.

(Ziraldo, As anedotinhas do bichinho da maçã) Editora Ática, 1995.

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4- Copie o trecho abaixo e continue o texto, mantendo o narrador-personagem, isto é, em primeira pessoa. Depois de terminar, dê um título à sua produção escrita.

Acentuação das paroxítonas Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: a) L Exemplos: possível - amável - aceitável b) I, IS Exemplos: júri - táxi - biquíni - grátis - tênis - lápis c) N Exemplos: hífen - pólen - elétron d) US, UM, UNS Exemplos: vírus - álbum - médium - Vênus - álbuns - médiuns e) R Exemplos: dólar - mártir - revólver f) X Exemplos: tórax - fênix - látex

Lembre-se: Se você colocar a fala de alguém, use o discurso direto.

“O dia amanheceu claro. Não havia muito sol, mas a chuva que caíra a noite toda já tinha parado. Levantei-me depressa, pois não queria perder um minuto daquele dia. Afinal, eu completava 18 anos! Ouvi passos perto do quarto. . .”

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g) Ã, ÃS, ÃO, ÃOS Exemplos: ímã - órfã - bênção - órgão - órfãs - bênçãos h) DITONGO Exemplos: água - família - série - sábio - ingênuo - jóquei

EXERCÍCIOS 1- Acentue as paroxítonas, quando for preciso: aereo - aumento - crueldade - oleo - orfã tarefa - torax - virus - imperdoavel abdomen - agencia - nivel - orgão - martir oasis - gratis - pacto - varzea - empresario 2- Retire do texto “Vida fácil” duas paroxítonas acentuadas.

APRENDA MAIS

CONCERTO e CONSERTO • Estava maravilhoso o concerto a que assistimos no Teatro Municipal.

(concerto = espetáculo musical) • Você não vai providenciar o conserto deste aparelho? (conserto = ato de

consertar, arrumar)

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EXERCÍCIOS

Complete com concerto ou conserto a) A jovem orquestra dará hoje um novo ___________. b) Após o ___________ o televisor ficou ótimo. c) Providencie o ________ da torneira do banheiro. d) Neste teatro, não se realizam mais ________ como antigamente. COZER e COSER � É importante cozer bem estes alimentos. (cozer = cozinhar) � A costureira não se cansa de coser. (coser = costurar)

EXERCÍCIOS Complete com cozer ou coser: a) Pra que ________ essa verdura? b) Com esse fogo baixo, você não vai ______ a carne. c) Que tal, Pedro, você mesmo _______ suas roupas? d) Você pode ________ minha calça ainda hoje?

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ANSA ou ANÇA

Encontre quinze palavras terminadas por ansa ou ança escondidas no caça-palavras.

J L M S C B D U J L D M I A L C A N Ç A H G A P J N P A A V A N Ç A N N K Ç Q N V I N G A N Ç A V A Z S J Z M A N S A G Q H M A L I A N Ç A Q U P O U P A N Ç A E R B C G C D G L H U R S G U R T R A N Ç A Q U P G S U T I N S G N S T E S Q R Q A Ç I V Ç H T R R I S J N A J B A J Q A P M T H Ç M N U I L U N U N G

A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega tudo malandro velho começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela: Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

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A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu: É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia. Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou ela parar outra vez. Perguntou o que é que levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou.

Olha, vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

Mas no saco só tem areia! insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? O senhor promete que não “espaia”? quis saber a velhinha. Juro respondeu o fiscal. É lambreta. Ponte Preta, Stanislaw In: Para gostar de ler. vol. 8. São Paulo, Ática, 1994.

Você achou o texto engraçado ou não? Por quê?

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Gabarito p. 05 Cruzadinha

1- feição 2- desapontado 3- parecia 4- deu 5- comovida 6- observou

p. 06 1- Porque observou que ele estava com um problema sério. 2- Conversou com o interlocutor, no horário estipulado, sobre as roupas. 3- “. . . É urgente!. . .” 4- Era um golpe aplicado na fila do orelhão. 5- Não, pois ele já tinha conseguido o que precisava para a entrevista. 6- Alternativa a 7- “O senhor mandou-me ligar às onze horas”.

p. 08 1- Narrativa em 3ª pessoa. Parágrafos 1,2, etc. 2- Abri caminho aos tropeços, precipitei-me até o carro que me

aguardava, pedi auxílio ao motorista. 3- Meia-noite. Cansado e com sono ele vinha caminhando pela rua

deserta quando, de repente, ouviu umas pisadinhas leves atrás dele. Sentiu um frio no estômago.

p. 09 1- “Desculpe, mas. . .” Discurso direto. O rapaz explicou. . . Discurso indireto. 2- Pai, você conhece a última?

Não, filha, qual é? Eu.

p. 10 3- O chefe estava nervoso e ordenou à secretária:

4- Resposta pessoal.

p. 11 1- aéreo – óleo – órfã – tórax – vírus – imperdoável – abdômen – agência

– nível – órgão – mártir – oásis - grátis – várzea – empresário. 2- Aparência – história

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p. 12 a) concerto b) conserto c) conserto d) concerto

p. 13 a) cozer b) cozer c) coser d) coser

p. 13 Caça-palavras Alcança – poupança – mudança – avança – vingança – trança – cansa – esperança – mansa – lança - vizinhança – criança – aliança – dança. p. 15 Resposta pessoal.

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Apresentação

Aluno

Você já falou ou já ouviu a frase: “Quem vê cara não vê coração” para mostrar como nos enganamos em relação às pessoas? Essa frase é a moral de uma fábula, um tipo de texto que você estudará nesta unidade. Além disso, você aprenderá alguns passos para reescrever um texto, um pouco mais sobre acentuação e as primeiras noções sobre verbo.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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Leia o texto abaixo

OS PÉS DO PAVÃO

Andando pelo jardim, um pavão exibia orgulhosamente o esplendor de sua cauda,

imensa, tão colorida . . . Um corvo ficou contemplando aquela ave orgulhosa. Falou: Bela plumagem, hem, amigo? Ousa falar comigo, corvo insignificante? Ousa dirigir a palavra a mim, você, que é negro e agourento, desprezível? O corvo ficou muito irritado. E não deixou por menos: As penas podem ser bonitas, amigo, mas eu é que não gostaria de ter pés como os seus. O que têm eles? – falou o pavão, olhando os próprios pés. São abertos, irregulares. Não servem para agarrar, mal lhe dão apoio para andar . . . Não, amigo. Fique lá com suas penas, que eu prefiro minhas garras sólidas! E foi-se embora voando, deixando o pavão pensativo, descobrindo uma grande verdade: Não há beleza sem senão. Fábula recontada por Marcia Kupstas. Sete faces da fábula. São Paulo, Moderna, 1994.

O texto acima é uma fábula.

Fábula é uma narrativa que tem a intenção de transmitir uma lição de moral, isto é, um ensinamento para a vida. As personagens, geralmente, são representadas por animais.

No final da fábula aparece a moral da história.

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As fábulas são histórias que vêm sendo contadas há milhares de anos.

Os fabulistas mais famosos foram Esopo e La Fontaine. Esopo viveu na Grécia seis séculos antes de Cristo; La Fontaine, na França, no século XVIII. No Brasil, Monteiro Lobato recriou muitas fábulas.

Entendimento do texto 1- Quais são as personagens que participam da fábula “Os pés do pavão”? 2- Qual é o lugar onde acontece a história? 3- O narrador destacou apenas uma característica do pavão. Qual? 4- Que palavras indicam a beleza do pavão? 5- Qual é o significado da expressão “não deixou por menos”? 6- Você acha que o corvo estava sendo sincero ao elogiar a bela plumagem do

pavão? Justifique sua resposta. 7- A história nos apresenta o pavão de maneira simpática? Justifique a sua

resposta. 8- Qual é a moral da história? Que ensinamento ela nos dá?

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Observe os textos:

A paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que

se disse em outro texto. Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de “tradução” dentro da própria língua. São exigências de uma boa paráfrase: a) utilizar a mesma ordem de idéias que aparece no texto original; b) não omitir nenhuma informação essencial; c) não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original; d) utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que

estão no original e, sempre que possível, um vocabulário também diferente.

Agora você vai fazer uma paráfrase da fábula “Os pés do pavão”.

Texto A Texto B (original de Manuel Bandeira) (paráfrase) PARDALZINHO O pardalzinho nasceu O poeta narra a história de Livre. Quebraram-lhe a asa um pardalzinho que nasceu livre. Sacha lhe deu uma casa, Quando quebraram a asa da ave- Água, comida e carinhos. zinha, Sacha deu-lhe alimentação Foram cuidados em vão: e carinho, colocando-o numa gai- A casa era uma prisão, ola. Apesar dos cuidados, o pás- O pardalzinho morreu. saro morreu. Sacha enterrou o O corpo Sacha enterrou corpo do pardal no jardim, e a al- No jardim; a alma, essa voou ma da avezinha voou para o céu Para o céu dos passarinhos! dos passarinhos. Tufano, Douglas. Estudos de Redação. São Paulo, Moderna, 1990, vol. 01 p. 95

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Vamos estudar acentuação gráfica Ditongos

Acentuamos os ditongos abertos: ÉU (s), ÉI (s), ÓI (s). Exemplos: chapéu fiéis heróis véu anéis faróis céus pastéis

Hiatos

São acentuados, nos hiatos, o “i” e “u” que constituírem – sozinhos ou seguidos de s – a sílaba tônica da palavra. Exemplos: aí (a – í) caíste (ca – ís – te) saúva (sa – ú – va) baús (ba – ús)

Não acentuamos o i tônico dos hiatos quando ele estiver seguido por nh. Exemplo: campainha (campa – i – nha) Não acentuamos o i e u tônicos do hiato quando estiverem acompanhados, na mesma sílaba, por -l, - m, - n, - r e -z. Exemplos: Raul (Ra – ul) amendoim (amendo – im) contribuinte (contribu – inte) Nair (Na – ir) raiz (ra – iz)

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1- Acentue corretamente os ditongos abertos: ideia aneis pasteis fieis assembleia ceu veu apoia trofeu coisa boi coroneis reu joia oito jiboia destroi constroi farois convenceu 2- Acentue os hiatos conforme as regras que você aprendeu. veiculo cair juizes jesuita faisca uisque traido caindo saude cafeina tainha conteudo ruim juiz gaucho egoista 3- Neste módulo, você aprendeu a acentuar os ditongos e hiatos, mas nos

módulos anteriores abordamos a acentuação das palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Caso você não se recorde, solicite orientação para acentuar corretamente as palavras abaixo:

urubu molestia abacaxi numero atras Jau voce maiusculo flores virus chapeu heroi amor carater armazem cipo 4- Retire do texto “Os pés do pavão”, uma palavra proparoxítona e uma

paroxítona acentuada.

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ESTUDO DO VERBO Observe a frase abaixo, retirada da fábula “Os pés do pavão”: O corvo ficou muito irritado.

A frase está no tempo passado. Sabemos isso pelo uso de ficou. Para escrever a mesma frase no tempo presente: O corvo fica muito irritado. Para escrever a mesma frase no tempo futuro: O corvo ficará muito irritado. Você deve ter observado que as palavras destacadas foram as únicas

que se alteraram para nos dar a idéia dos tempos: presente, passado e futuro. Portanto, podemos iniciar o estudo sobre verbos dizendo que:

Verbo constitui uma classe de palavras que nos informa a idéia de tempo, pessoa, modo, número e voz.

EXERCÍCIOS 1- Preencha os espaços do texto abaixo com os verbos da lista à direita.

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A vaca do Mineirinho O ricão _________ a toda e, quando ________ a oitenta por hora, ________ pelo espelho e lá estava a vaca correndo. Não acreditou. ______ mais e o carro foi a cem. E lá estava a vaca. ______ cabreiro e ___ mais o carro, e tome cento e quarenta, e a vaca atrás, firme. Quando ______ a duzentos, ele olhou o espelho e _______ que a vaca estava com a língua de fora. Parece que sua vaquinha não vai agüentar muito tempo esta corrida, não, meu velho. Já está com a língua de fora. Pra que lado está a língua? - ______ o Mineirinho. Para a esquerda – respondeu o ricaço. Então ______ pra direita, que ela está é pedindo passagem.

Ziraldo. Anedotas do Pasquim 2. Rio de Janeiro, Codecri, 1975. 2- Reescreva o texto, com os verbos no tempo presente. 3- Recorte e cole três manchetes de jornais. Indique em cada uma delas se o tempo dos verbos está no presente, passado ou futuro. 4- Você encontrou mais manchetes no passado, no presente ou no futuro? Por que você acha que esse tempo costuma aparecer com maior freqüencia nas manchetes? 5- Escreva uma pequena história que já tenha acontecido com você. Observe que você vai se referir a um fato passado.

Lista de verbos Pisou Perguntou encosta olhou viu estava acelerou saiu chegou ficou

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APRENDA MAIS Mais palavra usada para indicar quantidade, para estabelecer uma comparação e para intensificar a qualidade de uma ação. Exemplo: A princesa raptada era a mais bela do povoado. Mas palavra usada para indicar idéia oposta à idéia anterior. Exemplo: O príncipe raptou a princesa, mas não conseguiu ser amado por ela.

EXERCÍCIOS Complete as orações com mas ou mais: 1- A velhinha queria ser _____ esperta que o guarda. 2- Maria encontrou ______ bilhetes espalhados pela casa. 3- Não era muito dinheiro, ______ dava para comprar refresco e um pedaço de

bolo. 4- O padrinho propôs-lhe um blusão, ______ Gustavo queria um brinquedo. 5- _______ depressa, Guilherme! 6- Quanto ______ a velhinha passava pela fronteira, ______ o guarda

desconfiava dela. 7- Nádia pediu ______ sobremesa, ______ não foi servida. 8- O contrabando é ilegal, ______ infelizmente continua existindo. 9- Quanto _______ o siri treinava, _______ talentoso ficava. 10 - Prometo não dar parte a ninguém, _____ a senhora vai me contar o que

carrega aí nesse saco.

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Ortografia Verbos terminados em ISAR e IZAR 1- Verbos em ISAR Veja os exemplos: análise analisar pesquisa pesquisar piso pisar friso frisar

Esses verbos grafam-se com ISAR, pois derivam de nomes que têm s no final.

Exceção: catequese catequizar

2- Verbos em IZAR atual atualizar canal canalizar anarquia anarquizar ameno amenizar

Esses verbos grafam-se com IZAR, pois derivam de nomes que não terminam com s.

Derive verbos em ISAR ou IZAR destes nomes:

aviso racional profeta uniforme revisão represa útil industrial paralisia sintonia normal fiscal improviso divisa piso ideal social catequese

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O LOBO E O CORDEIRO

Estava o cordeiro a beber num

córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto.

Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? – disse o monstro arreganhando os dentes. Espere, que vou castigar tamanha má-criação! . . . O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência: Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?

Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.

Além disso inventou ele sei que você andou falando mal de mim no passado.

Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?

Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:

Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.

Como poderia ser o meu irmão mais velho, se sou filho único?

O lobo, furioso, vendo que com razões claras não vencia o pobrezinho, veio com uma razão de lobo faminto:

Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou avô!

E nhoque! Sangrou-o no pescoço.

“Contra a força não há argumentos.”

Lobato, Monteiro Obra Infantil

Completa. Vol. 2. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1986.

O LOBO E O CORDEIRO

Estava o cordeirinho bebendo

água, quando viu refletida no rio a sombra do lobo. Estremeceu, ao mesmo tempo que ouvia a voz cavernosa: “Vais pagar com a vida o teu miserável crime”. “Que crime?” – perguntou o cordeirinho

tentando ganhar tempo, pois já sabia que com lobo não adianta argumentar. “O crime de sujar a água que eu bebo”. “Mas como posso sujar a água que bebes se sou lavado diariamente pelas máquinas automáticas da fazenda?” –

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indagou o cordeirinho. “Por mais limpo que esteja um cordeiro é sempre sujo para um lobo” – retrucou dialeticamente o lobo. “E vice-versa” – pensou o cordeirinho, mas disse apenas: “Como posso eu sujar a sua água se estou abaixo da corrente?” “Pois se não foi você, foi seu pai, foi sua mãe ou qualquer outro ancestral e eu vou comê-lo de qualquer maneira, pois como rezam os livros de lobologia, eu só me alimento de carne de cordeiro” – finalizou o lobo preparando-se para devorar o cordeirinho. “Ein moment! Ein moment!” – gritou o cordeirinho traçando lá o seu alemão kantiano. “Dou-lhe toda razão, mas faço-lhe uma proposta: se me deixar livre atrairei para cá todo o rebanho”. “Chega de conversa” – disse o lobo – “vou comê-lo logo, e está acabado”. “Espere aí” – falou firme o cordeiro – “isso não é ético. Eu tenho, pelo menos, direito a três perguntas”.

“Está bem” – cedeu o lobo irritado com a lembrança do código milenar da jungle. – “Qual é o animal mais estúpido do mundo?” “O homem casado” – respondeu prontamente o cordeiro. “Muito bem, muito bem!” – disse o lobo, logo refreando, envergonhado, o súbito entusiasmo. “Outra: a zebra é um animal preto de listras brancas?” “Um animal, sem cor, pintado de preto e branco para não passar por burro”. – respondeu o cordeirinho. “Perfeito!” – disse o lobo engolindo em seco. “Agora, por último, diga uma frase de Bernard Shaw”. “Vai haver eleições em 66”. – respondeu logo o cordeirinho, mal podendo conter o riso. “Muito bem, muito certo, você escapou!” – deu-se o lobo por vencido. E já ia se preparando para devorar o cordeiro quando apareceu o caçador e o esquartejou

MORAL: QUANDO O LOBO TEM FOME NÃO DEVE SE METER EM FILOSOFIAS.

Fernandes, Millôr Fábulas Fabulosas São Paulo, Círculo do Livro,1976.

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As duas fábulas têm a mesma história, mas há diferenças entre elas.

Quais foram as diferenças que você percebeu entre as fábulas?

Gabarito p. 04

1) O pavão e o corvo. 2) No jardim. 3) Orgulho 4) O esplendor de sua cauda imensa, tão colorida. 5) Não deixou sem resposta. Mostrou ao pavão que cada um tem o seu valor. 6) Resposta pessoal 7) Resposta pessoal 8) Ninguém é perfeito.

p. 09 1) idéia – céu – jibóia – anéis – véu – coronéis – destrói – pastéis – apóia - réu – constrói – fiéis -– troféu – jóia – faróis – assembléia. 2) veículo – faísca – saúde – uísque – cafeína – juízes – traído – gaúcho – jesuíta – conteúdo – egoísta. 3) atrás – moléstia – Jaú – vírus – caráter – você – chapéu – armazém – número – maiúsculo – herói – cipó. 4) Proparoxítona – sólidas; Paroxítona – desprezível, próprios. p. 11 1) saiu – estava – olhou – Pisou – Ficou – acelerou – chegou – viu – perguntou – encosta.

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p. 12 2) O ricão sai a toda e, quando está a oitenta por hora, olha pelo espelho e lá está a vaca correndo. Não acredita. Pisa mais e o carro vai a cem. E lá está a vaca. Fica cabreiro e acelera mais o carro, e tome cento e quarenta, e a vaca atrás, firme. Quando chega a duzentos, ele olha o espelho e vê que a vaca está com a língua de fora. 3) Pesquisa 4) Resposta pessoal 5) Resposta pessoal p. 13 1) mais 6) mais – mais 2) mais 7) mais – mas 3) mas 8) mas 4) mas 9) mais – mais 5) Mais 10) mas p. 14 avisar – utilizar – improvisar – racionalizar – industrializar – divisar – profetizar – paralisar – pisar – uniformizar – sintonizar – idealizar – revisar – normalizar – socializar – represar – fiscalizar – catequizar. p. 17 Resposta pessoal

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Apresentação

Aluno

Provavelmente você já abriu um jornal na parte de ANÚNCIOS CLASSIFICADOS para procurar um emprego ou comprar algo. Pode ser que também tenha procurado os serviços de um pedreiro ou encanador para algum conserto em sua casa. Nesta unidade, vamos estudar a estrutura da linguagem dos textos de anúncios classificados que dependem do conhecimento de verbos. Com isso, você terá oportunidade de produzir um anúncio.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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CLASSIFICADOS

Jornal Cruzeiro do Sul (15-05-98). Jornal Diário de Sorocaba (15-05-98). Observe os anúncios classificados de jornais. São textos com poucas palavras, às vezes abreviadas, escritos de forma clara e objetiva; entre as suas várias finalidades podemos mencionar: vender, comprar, procurar e oferecer empregos, prestação de serviços, etc.

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Vamos conhecer alguns dos elementos de um anúncio classificado:

- O que é oferecido. - Descrição das qualidades do produto. - Preços e condições de pagamento. - Endereço e telefone. - Pessoa que deve ser procurada. - Nome da firma, etc.

Que tal reconhecer alguns elementos do anúncio abaixo?

1- Qual a intenção desse anúncio? 2- O que é oferecido? 3- Como o texto coloca a descrição das qualidades do produto oferecido? 4- Quais as palavras abreviadas? Escreva-as por extenso. 5- Qual é o preço e quais são as condições de pagamento? 6- Há endereço ou telefone para contato? Quais? 7- Qual a pessoa que deve ser procurada? 8- Você acredita que esse anúncio provoca interesse de compra em

quem o lê? Justifique a sua resposta.

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1- 2- 3-

Observe: - O anúncio 1 “Vendo . . .”. Quem vende? A resposta: eu.

- O anúncio 2 “Imobiliária Nunez Aluga VL Almeida”. Quem aluga? A resposta: ela ( a imobiliária). - O anúncio 3 “Temos todos produtos”. Quem temos? A resposta: nós. Nesses três anúncios podemos verificar que os verbos vendo, aluga e temos, além de indicarem tempo, o presente, indicam pessoas (eu, ela, nós) e número: singular (eu, ela) e plural (nós). Observação: No anúncio classificado 2 o correto seria abreviar a palavra vila da seguinte forma: V.

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VEJA O QUADRO ABAIXO: PESSOAS DOS VERBOS SINGULAR PLURAL 1ª pessoa eu nós a que fala 2ª pessoa tu vós com quem se fala 3ª pessoa ele, ela eles, elas de quem se fala

A 2ª pessoa do singular “tu” é pouco empregada em nossa região, mas

frequentemente utilizada na região Sul. A 2ª pessoa do plural “vós” costuma ser empregada em documentos, nos casos em que o remetente ocupa posição inferior à do destinatário. Por exemplo: de chefe para diretor, de funcionário para chefe e, assim por diante. Vale acrescentar que essa pessoa tem emprego bastante restrito na língua contemporânea, por isso sua tendência é desaparecer por completo da comunicação. Hoje, só tem uso nas ocasiões verdadeiramente cerimoniosas, solenes, formais.

Nas preces ao Criador, use sempre “vós”; nesse caso, ao escrever, empregue inicial maiúscula tanto nos pronomes do caso reto quanto nos oblíquos correspondentes. Exemplo: Nas horas de aflição, sempre recorremos a Ele. No lugar da 2ª pessoa, usamos o pronome de tratamento você/ vocês, mas com o verbo conjugado na 3ª pessoa (singular ou plural). Observe: PESSOAS DO VERBO VERBO CANTAR - PRESENTE Eu canto Tu cantas Ele, ela canta * Nós cantamos Vós cantais Eles, elas cantam *

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* você segue a forma do ele, ela você canta vocês segue a forma do eles, elas vocês cantam Assim, podemos dar mais um passo e ampliar o conceito de verbo:

Verbo é a classe mais variável das palavras. Ao variar, ele nos informa tempo, pessoa e número. Além disso o verbo pode: a) Indicar uma ação. Ex.: Trabalhei muito hoje. b) Ligar um estado ou qualidade a quem estiver se referindo. Ex.: As crianças são inteligentes. c) Indicar um fenômeno da natureza. Ex.: Choveu muito ontem em São Paulo.

I- Complete as frases com as pessoas do verbo: 1- _________ participei da última greve. 2- _________ planejamos uma bela viagem. 3- Senhor Deus, ________ que estais no céu . . . 4- Aqueles alunos? _______ são da 8ª série. 5- Jorge, ______ estudou para a prova? II- Reescreva o trecho abaixo na 3ª pessoa do plural:

Meu amigo estava aliviado porque arranjou um bom emprego ontem.

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III- Reescreva o trecho abaixo na 1ª pessoa do plural: Fiquei quase louco quando ganhei na loteria. Comprei uma bela casa, estudei várias línguas, viajei pelo mundo e depois tornei-me empresário. : IV- Leia os classificados da página 3 e copie: a)Um classificado que utiliza 1ª pessoa do plural. b)Um classificado que utiliza 1ª pessoa do singular.

Vejamos, agora, as Vozes do Verbo:

Voz verbal é um aspecto do verbo para indicar sua relação com algo ou alguém que age.

As vozes do verbo são: 1. ativa

Joãozinho machucou o colega de classe. Quem machucou? Resposta: Joãozinho. Ele praticou a ação de machucar. Então o verbo (machucou) está na voz ativa.

2. passiva

O colega de classe foi machucado por Joãozinho. Quem foi machucado? Resposta: o colega de classe, mas ele não praticou a ação de machucar, ele a sofreu, é o paciente. Portanto, o verbo está na voz passiva.

3. reflexiva

Joãozinho se machucou. Quem se machucou?

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Resposta: Joãozinho. Ele praticou a ação de machucar e, ao mesmo tempo, sofreu a ação, indicada pelo se. Então o verbo está na voz reflexiva.

I- Identifique as vozes do verbo: 1. O jóquei escovava o cavalo todo dia. 2. O garoto se cortou com a faca. 3. O homem é corrompido pela sociedade. 4. Eu lavo minhas roupas. 5. Maria foi paquerada por João. 6. A garota feriu-se durante o recreio. II- Qual o efeito da voz reflexiva nessa história em quadrinhos?

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Observe: A- O jardineiro cortou a roseira. (ativa) B- A roseira foi cortada pelo jardineiro. (passiva)

Na frase A, o ser de quem se fala (o sujeito o jardineiro) é o agente da ação, aquele que a pratica.

Na frase B, o ser de quem se fala (o sujeito a roseira) não é o agente, mas o paciente, aquele que sofre a ação.

Na voz ativa, o verbo (cortou) está no passado. Na passiva, ele continua no passado, porém se transforma em locução verbal: foi cortada.

Portanto, ao passar de uma voz para outra, o verbo continua no mesmo tempo, apenas se transforma em locução verbal.

III- Transforme a voz ativa em passiva: 1- Uma cobra mordeu minha amiga. 2- Nossa escola venceu o campeonato. 3- Nós amamos nosso país. 4- O garoto alimenta os cachorros. 5- A imprensa divulgará notícias da copa. 6- Ontem, Maria comprou um bolo de aniversário. 7- A televisão noticiava a morte de Tancredo Neves naquela noite.

VOZ PASSIVA

A voz passiva pode ser sintética ou analítica.

A voz passiva sintética é formada pelo verbo na 3ª pessoa (singular ou plural) mais o se (chamado de pronome apassivador). Observe este exemplo de voz passiva sintética num anúncio da página deste módulo:

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A- Alugam-se apartamentos. Essa frase está na voz passiva porque esse mesmo fato pode ser

expresso assim:

B- Apartamentos são alugados. (pela Corretora X) No exemplo A, trata-se de voz passiva sintética, mais resumida, usando o

se. No exemplo B, trata-se de voz passiva analítica, menos resumida, usando a locução verbal. Empregamos a voz passiva sintética quando não queremos ou não é necessário deixar claro quem é o agente: Vende-se uma casa na praia. A voz passiva analítica é usada para deixar claro quem é o agente: Uma casa na praia é vendida pela Imobiliária J.R. Observe que o verbo tem que concordar em número (singular ou plural) com o sujeito paciente da ação. Vende-se uma casa uma casa é vendida.

Vendem-se apartamentos apartamentos são vendidos.

Transforme a voz passiva analítica em sintética: 1- Móveis são consertados. 2- Uma casa é alugada. 3- Uma parede foi derrubada. 4- Estradas são abertas. 5- Documentos foram perdidos.

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_______________________________________________________________

Observe o anúncio: Precisa-se de gesseiro. Observe que não podemos ampliar, como no tópico da passiva analítica, porque não é voz passiva. “Gesseiro” não é paciente, nem agente. Não sabemos quem precisa de gesseiro. Portanto, há uma indeterminação. E o verbo, nesse tipo de frase, estará sempre no singular.

I - Copie apenas as frases em que a partícula se estiver indicando indeterminação: 1. Trata-se de um caso delicado. 2. Falava-se de muita paz e amor. 3. Corrige-se tese. 4. Vive-se bem nesta cidade. 5. Passa-se o ponto. II - Ao caminhar pelas ruas, você certamente já viu muitas placas anunciando alguma coisa. Agora que você já sabe o uso correto da partícula se, procure encontrar uma placa em que o uso esteja certo e outra em que o uso esteja errado. Copie ambas para colocar no seu caderno.

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Você tem algum objeto para vender ou trocar? Deseja adquirir algum objeto?

Quer oferecer algum serviço? Quer alugar ou vender uma casa? Procura emprego? Se não tiver nada disso, invente algo para produzir seu texto. 1- Crie um anúncio classificado usando a 1ª pessoa. 2- Crie um anúncio classificado usando a voz passiva sintética.

Acento ou assento? Há dois sentidos para as palavras acento e assento:

I- Acento quer dizer tom de voz, sinal gráfico, destaque. II- Assento quer dizer lugar onde se senta, fundilho. E pode também ser forma do verbo assentar. Exemplos: Ele usou o acento correto nas palavras escritas na carta. O assento usado na cadeira do dentista estava quebrado.

1- Complete os espaços abaixo com acento ou assento: a- A palavra rádio tem _________ gráfico. b- Ele gritou com um _________ estranho na voz. c- O ______ do carro estava molhado. d- Onde está o __________ para os fiéis?

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CLASSIFICADOS POÉTICOS Vende-se uma casa encantada

no topo da mais alta montanha. Tem dois amplos salões onde você poderá oferecer banquetes para os duendes e anões que moram na floresta ao lado. Tem jardineiras nas janelas onde convém plantar margaridas. Tem quartos de todas as cores que aumentam ou diminuem de acordo com o seu tamanho e na garagem há vagas para todos os seus sonhos. Procura-se algum lugar no planeta onde a vida seja sempre uma festa onde o homem não mate nem bicho nem homem e deixe em paz as árvores da floresta. Procura-se algum lugar no planeta onde a vida seja sempre uma dança e mesmo as pessoas mais graves tenham no rosto um olhar de criança. Precisa-se de uma bola de cristal que mostre um futuro grávido de paz: Que a paz brilhe no escuro como o brilho especial que algumas palavras possuem mas que seja mais do que palavra, mais do que promessa: seja como a chuva que sacia a sede da terra.

Murray, Roseana, Classificados poéticos

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Gabarito p. 04

1- Convencer o leitor a comprar o terreno. 2- Um terreno bom para loteamento. 3- Especificando o que de bom o terreno oferece para o loteamento. 4- Alq. - alqueire

c. – casa tel. – telefone p/ - para c/ - com propr. – proprietário

5- O anúncio não cita o preço e as condições de pagamento. 6- Sim. Tel = 244.1574 e 232.8896 7- Luiz Antonio 8- Sim, pois o anúncio oferece muitas vantagens. (Resposta pessoal).

p. 07 I- 1- Eu 2- Nós 3- Vós 4- Eles 5- Você

II- Meus amigos estavam aliviados porque arranjaram um bom emprego ontem.

III- Ficamos quase loucos quando ganhamos na loteria. Compramos uma bela casa, estudamos várias línguas, viajamos pelo mundo e, depois tornamo-nos empresários.

IV- a) Churrasco fazemos 222-8705. b) Agradeço aos 3 anjos – protetores Gabriel, Rafael e Miguel. VCA.

p. 09 I- 1- Voz ativa 2- Voz reflexiva 3- Voz passiva 4- Voz ativa 5- Voz passiva 6- Voz reflexiva p.10 II- O efeito de praticar e sofrer a ação ao mesmo tempo. III- 1- Minha amiga foi mordida por uma cobra. 2- O campeonato foi vencido por nossa escola. 3- Nosso país é amado por nós. 4- Os cachorros são alimentados pelo garoto. 5- Notícias da copa serão divulgadas pela imprensa. 6- Um bolo de aniversário foi comprado por Maria, ontem.

7- A morte de Tancredo Neves era noticiada pela televisão naquela noite.

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p. 11 1- Consertam-se móveis. 2- Aluga-se uma casa. 3- Derrubou-se uma parede. 4- Abrem-se estradas. 5- Perderam-se documentos.

p. 12

1- Trata-se de um caso delicado. Falava-se de muita paz e amor. Vive-se bem nesta cidade. II- Resposta pessoal

p. 12 1- Resposta pessoal. 2- Resposta pessoal.

p. 13 1- a- acento c- assento

b- acento d - assento

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Apresentação

Aluno Certamente você já leu, ouviu ou assistiu a uma entrevista. É algo que sempre nos chama a atenção, pois podemos descobrir as idéias das outras pessoas, confrontar com as nossas e aprender um pouco mais. Neste Módulo, vamos estudar um texto de entrevista e você terá a oportunidade de exercer o papel de entrevistador, além de aprender o uso dos pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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ENTREVISTA

Esta entrevista foi realizada com a publicitária Christina Carvalho Pinto. Carmen – Christina, nós aprendemos que para escrever um texto é preciso imaginar o leitor. Aquilo que o autor pensa do leitor é que vai determinar as escolhas que serão feitas ao longo do texto. Na propaganda também é assim? Como o publicitário faz suas escolhas? Christina – Na propaganda também é assim. Só que começa muito antes: o próprio nascimento de uma marca nova, de um serviço, só acontece a partir de um estudo das necessidades verdadeiras e do desejo do futuro consumidor dessa marca ou serviço. Quando surge, por exemplo, um sabonete novo com uma quantidade grande de hidratante, isso não nasceu da cabeça de um publicitário ou de um químico, ou de um engenheiro de produtos. O consumidor é constantemente objeto de pesquisas

para saber o que falta na vida dele, o que ele precisa para ter uma qualidade de vida melhor. É o consumidor que cria, em última instância, o avanço da tecnologia. É ele que de alguma maneira acaba dizendo o que está faltando em sua vida. A maior parte dos produtos lançados no mercado já nascem assim porque o consumidor assim o pediu. Trabalhar com propaganda é apaixonante porque a propaganda é um eterno estudar da alma humana; ela segue o mesmo caminho da psicologia, da sociologia e da antropologia. Ela não será eficiente se não for o tempo todo uma ponte entre a vida daquela marca que ela está pretendendo comunicar e o receptor final da mensagem, que só receberá aquela mensagem positivamente se de fato ela corresponder àquilo que ele quer.

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Carmen – Conte para nós um pouco das etapas do processo de criação e quem são as pessoas envolvidas nesse processo. Christina – O processo de criação nasce de uma conversa entre o cliente e a agência, na qual o cliente expõe as características do produto, o preço, o que o diferencia dos outros concorrentes ou não. A partir daí, todas as informações passadas pelo cliente começam a ser detalhadas, estudadas, envolvendo agora pontos de vista novos em relação ao produto. A agência vai procurar ouvir o consumidor, o público-alvo, para compreender os seus valores e no que de fato aquele produto está contribuindo para a melhoria de vida desse público, buscando adequar o que o cliente e o consumidor estão priorizando. Depois disso é que vai começar o processo estratégico. O processo estratégico de abordagem do consumidor já traz em si, necessariamente, a semente criativa, porque caberá ao grupo que vai gerar essa estratégia (e ela antecede a criação) descobrir qual é realmente o ponto central que vai fazer aquela nova marca responder a um sonho, a um desejo do consumidor. É a descoberta de um novo caminho de comunicação que o concorrente não conseguiu atingir. Aí é que entra o pessoal de criação, transformando essa descoberta em uma idéia capaz de provocar

empatia com o público-alvo. Logicamente uma idéia tem que ser, entre outras coisas, muito diferente, relevante e inesperada. Esse processo envolve um redator (que é especialista na palavra) e um diretor de arte (que é especialista na parte visual). Só que nos últimos anos, como a idéia é um todo, formada pela imagem e pela palavra, todo mundo cria tudo. Senta-se um grupo de profissionais de criação e criam juntos. Depois o trabalho é avaliado pelo líder do grupo, que é o diretor de criação. Carmen – Qual a preocupação principal do publicitário enquanto está criando sua propaganda? Christina - O publicitário tem três preocupações básicas. A primeira é a preocupação com a verdade daquilo que ele está dizendo. A verdade de uma marca está na personalidade que ele está criando para essa marca e naquilo que tem muito a ver com a verdade do consumidor futuro ou presente. Há um conselho chamado Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária) que é responsável por garantir que só se fale a verdade na propaganda. A segunda preocupação é a criação de uma ponte de afinidade entre a marca, que é um ser vivo, e o consumidor. Ela é um ser vivo, tanto que ela é adjetivada como as pessoas. Nós dizemos: tal marca é

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muito simpática; esta é muito arrogante, etc. Elas pulsam na nossa frente e nós gostamos ou não dessa pulsação. A terceira preocupação é a eterna busca da fertilidade intelectual, criativa, e a ruptura com o banal, a partir de milhões de radares que ligam o publicitário ao mundo. Carmen – Existe alguma lei regulamentando o que aparece ou é dito na propaganda? Christina – Sem dúvida nenhuma. Como já acabei de mencionar, a propaganda é algo tão sério que se auto-regulamentou. Nós não esperamos que alguém viesse nos dizer como garantir o nível ético do nosso trabalho: fizemos um grande congresso há mais ou menos uma década, ocasião em que decidimos gerar um severo código para nos auto-regulamentar, e esse código é seguido a ferro e fogo por todo publicitário decente. Quem não cumpri-lo pode sofrer graves sanções. Ele vale para os anunciantes e todo o setor das comunicações no Brasil. Carmen – O publicitário pensa sempre a partir das características e desejos que seu consumidor já tem ou ele procura criar novos desejos, transformar os sonhos de forma a favorecer a venda do produto?

Christina - A sede do ser humano por qualidade de vida é milenar; o desejo movimenta o ser humano desde a Idade da Pedra, não o desejo por uma xícara ou um perfume, mas o desejo que muitas vezes não se sabe de quê: de ser mais, de crescer, de se expressar, de ter. O desejo move a humanidade e o que a propaganda faz é mostrar quais são os desejos realizáveis e quanto eles custam. Carvalho, Carmen Silvia C. Torres de e outros. Construindo a escrita: leitura e interpretação de textos, São Paulo Editora Ática, 1997

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A entrevista é um tipo de texto que nós ainda não havíamos analisado. Leia-a com atenção e responda: 1- A entrevista é um texto literário ou um texto informativo? Como você chegou

a essa conclusão? 2- Quais são as principais características de um texto tipo entrevista? 3- Releia a resposta dada pela publicitária Christina à 1ª pergunta da

entrevista. a) Escreva com suas palavras como é o nascimento de uma marca nova ou

de um novo serviço. b) Qual o papel do consumidor nesse nascimento? Vejamos como se faz uma entrevista:

Componentes da entrevista

A entrevista constitui um diálogo em que uma pessoa pretende saber de outra:

• opinião sobre determinado assunto; • conhecimento sobre determinado assunto;

Deve haver, numa entrevista, dois elementos: 1º entrevistador: a pessoa que faz perguntas; 2º entrevistado: a pessoa que responde às perguntas.

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Etapas da entrevista Para se realizar uma entrevista, é necessário determinar, primeiramente, qual o objetivo a ser alcançado, isto é, o que se pretende saber com essa entrevista. Se você for entrevistar um cobrador de ônibus, ou o diretor de seu colégio, ou um escritor, ou um jornalista, é necessário que você determine o que quer saber dessas pessoas. Após ter definido o objetivo e ter escolhido o entrevistado, passa-se, então, à elaboração das perguntas. Na elaboração dessas perguntas, devem-se seguir algumas regras:

a) evitar perguntas muito longas; b) elaborar perguntas claras e objetivas; c) conhecer ao máximo o assunto da entrevista; d) evitar perguntas cujas respostas sejam simplesmente sim ou não; e) elaborar perguntas que estejam relacionadas ao conhecimento e à

vivência do entrevistado. Por exemplo: você não irá perguntar a um jogador de futebol sobre a crise do petróleo.

ATENÇÃO: Na escolha do(s) entrevistado(s), deve-se considerar que qualquer pessoa, independente do cargo ou profissão que exerce, pode oferecer um excelente assunto para entrevista: operário, jornaleiro, motorista, vereador, professor, diretor da escola, faxineiro, padre, moradores de seu bairro e de sua cidade, etc.

Você poderá realizar a entrevista de duas formas: a) Entrevista oral: o entrevistador mantém com o entrevistado um contato pessoal. A entrevista oral é vantajosa porque permite ao entrevistador questionar com maior profundidade o entrevistado, exigindo explicações para determinadas afirmações. b) Entrevista escrita: esse tipo de entrevista deve ser realizado quando não houver possibilidades para um contato pessoal com o entrevistado. Envia-se, portanto, um questionário ao entrevistado, pedindo-se a ele que faça a gentileza de respondê-lo.

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PRONOMES

Observe: a) A propaganda é um eterno estudar. Ela segue os caminhos da psicologia. b) O cliente expõe as características do produto, o preço, o que o diferencia

dos outros. c) . . . esse código é seguido a ferro e fogo por todo publicitário decente.

Quem não cumpri-lo pode sofrer graves sanções. As flechas acima indicam o relacionamento entre as palavras.

NOME MENCIONADO SUBSTITUIÇÃO propaganda ela produto o código lo Os pronomes substituem um nome mencionado antes. É um recurso para evitar repetição.

Pronome é uma classe de palavras que serve para substituir um nome mencionado anteriormente. Já vimos que há três pessoas gramaticais: 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa

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Os pronomes pessoais relacionam-se a essas três pessoas. Veja o quadro abaixo:

PRONOMES OBLÍQUOS PESSOA PRONOMES RETOS ÁTONOS TÔNICOS

1ª Eu Me Mim, comigo

2ª Tu Te Ti, contigo

sin

gu

lar

3ª Ele,ela o, a, lhe, se Ele, ela, se, consigo

1ª Nós Nos Nós, conosco

Vós Vos Vós, convosco

plu

ral

Eles,elas os, as, lhes, se Eles, elas, si, consigo

4. Reescreva as frases abaixo e empregue pronomes pessoais do caso reto para substituir as palavras destacadas. a) O ônibus chegou atrasado e, o pior, o ônibus estava lotado. b) Os cachorros latiram a noite toda. Os cachorros perturbaram o sono das

pessoas. c) Eu e minha prima viajamos para Salvador. Eu e minha prima adoramos a

cidade. d) Joana e Márcia trabalham na mesma firma. Joana e Márcia são excelentes

funcionárias. 5. Leia novamente a resposta nº 1 da entrevista (da página 3) e responda a que nome mencionado anteriormente referem-se os pronomes grifados: a) “. . . ele precisa para ter uma qualidade de vida melhor.” b) “Ela não será eficiente se não for . . .”

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Na linguagem informal, muitas vezes o pronome pessoal do caso reto é colocado após o verbo, fazendo com que esta estrutura gramatical seja aceita principalmente na oralidade, mas considerada incorreta na escrita.

Na linguagem formal, devemos usar somente o pronome pessoal do caso oblíquo após o verbo. 6. Observe o modelo e empregue o pronome oblíquo nos casos abaixo: Salve ele, papai. Salve-o, papai.

a) Compre ele, senhora. b) Pesque eles, vovô. c) Lave elas, mamãe. d) Guarde ele, titia. e) Plante elas, papai. f) Escreva ela, vovó. g) Ajude eu, moço.

PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLÍQUO

Observe:

a) Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, quando acompanham verbos terminados em R, S, Z, transformam –se em LO, LA, LOS, LAS.

Exemplos: prender-o prendê-lo realizamos-a realizamo-la desfez-os desfê-los b) Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, quando acompanham verbos terminados em M, ÃO, ÕE, transformam-se em NO, NA, NOS, NAS.

Exemplos: deixem-os deixem-nos põe-a põe-na dão-o dão-no

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7. Reescreva as frases abaixo substituindo as palavras grifadas pelos pronomes: LO, LA, LOS, LAS ou NO, NA, NOS, NAS: a) Espero poder encontrar os professores amanhã. b) Entreguem a correspondência ao meu vizinho. c) Façam o trabalho em silêncio. d) Terminamos a tarefa na hora certa. e) A dupla compõe uma música rapidamente. 8. Leia a entrevista da página 4 e observe, na resposta da pergunta 2, o seguinte trecho: “O processo estratégico de abordagem do consumidor já traz em si, necessariamente, a semente criativa”. O pronome oblíquo si refere-se a que palavra mencionada anteriormente? Agora vamos estudar os pronomes possessivos e os pronomes demonstrativos:

Pronomes possessivos são os que se referem às pessoas, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Os pronomes possessivos relacionam-se às três pessoas gramaticais.

Veja o quadro abaixo: PESSOA PRONOMES POSSESSIVOS

1ª meu, minha, meus, minhas

2ª Teu, tua, teus, tuas

sin

gu

lar

3ª Seu, sua, seus, suas

1ª Nosso, nossa, nossos, nossas

Vosso, vossa, vossos, vossas

plu

ral

Seu, sua, seus, suas

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9. Nos trechos abaixo referentes à entrevista, indique de quem é a

posse indicada pelos pronomes grifados: a) “A agência vai procurar ouvir o consumidor, o público alvo, para

compreender os seus valores. . .” b) “O publicitário pensa sempre a partir das características e desejos que seu

consumidor já tem . . .”

Pronomes demonstrativos são aqueles que indicam, demonstram a posição de um ser em relação às pessoas do discurso.

Exemplo: Este livro é meu. O pronome demonstrativo este indica que o livro está perto da pessoa que fala (eu).

Veja o quadro abaixo: SITUAÇÃO DO SER EM PRONOMES DEMONSTRATIVOS

RELAÇÃO ÀS PESSOAS

DO DISCURSO

PERTO DA PESSOA QUE este, esta, estes, estas, isto FALA PERTO DA PESSOA COM esse, essa, esses, essas, isso QUEM SE FALA LONGE DA PESSOA QUE aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo FALA LONGE DA PESSOA COM QUEM SE FALA

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Analise a oração a seguir:

“Veja o que esse homem quer.” A oração acima é fragmento de um diálogo em que temos: eu – a pessoa que fala; você – a pessoa com quem se fala; ele – a pessoa de quem se fala – o homem.

O pronome aquele indica que o homem está distante tanto da pessoa que fala quanto da pessoa com quem se fala. Se o pronome utilizado fosse este, então saberíamos que o homem estava perto da primeira pessoa do discurso. Um outro exemplo:

“Mas não quisemos, tivemos um receio enorme de provocar um novo instante como aquele de que o morto nos salvara.” Na frase acima, o pronome demonstrativo aquele substitui a palavra instante.

10. Reescreva as frases abaixo, usando pronomes demonstrativos de acordo com o que se indica entre parênteses: a) De quem é _________ lápis? (o lápis está perto da pessoa com quem se

fala) b) De quem é _________ blusa sobre a cadeira? (a blusa está longe da

pessoa que fala e da pessoa com quem se fala) c) ________ pasta com documentos é minha. (a pasta está perto da pessoa

que fala) d) ________ brinquedos são de Aninha. (os brinquedos estão perto da pessoa

que fala)

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11. Indique a quem se refere o pronome demonstrativo grifado, na frase abaixo:

“Quando surge, por exemplo, um sabonete novo com uma quantidade grande de hidratante, isso não nasceu da cabeça de um publicitário . . .”

12. Indique a situação do ser em relação às pessoas do discurso para o uso dos pronomes demonstrativos, nas frases retiradas da entrevista: a) “Aquilo que o autor pensa do leitor é que vai determinar as escolhas . . .” b) “Esse processo envolve um redator.” c) “Esta entrevista foi realizada com a publicitária Christina Carvalho.” APRENDA MAIS PARA EU e PARA MIM • Pediram para eu trabalhar mais este mês. Usamos EU sempre que, logo em seguida, tivermos um verbo no infinitivo, isto é, terminado em: - ar, - er ou - ir. • Nada pediram para mim. Não aparecendo verbo no infinitivo, usamos mim. MIM é um complemento verbal.

13. Use EU ou MIM para completar: a) Hoje não chegou nenhuma carta para _______? b) Logo de manhã, trouxe o carro para _____ consertar. c) Deixaram o trabalho aí para _____ ler e passar a limpo. d) Não vou até lá, porque ele não tem nada a dizer para _____ e) E para _____? Nada sobrou? f) Isso não é motivo para _____ chorar.

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SEÇÃO - SESSÃO - CESSÃO Veja o significado de cada palavra: • Em que seção da firma você trabalha? ( seção = repartição) • Quero ver o filme e vou à próxima sessão. (sessão = tempo de um espetáculo) • Fez a cessão de seus bens aos filhos. (cessão = doação, transferência)

14- Complete com seção, sessão ou cessão: a) Há algum tempo, já trabalho aqui na _______ de eletrodomésticos. b) Vimos a peça ontem, na _______ da noite. c) Uai, você não ia ao cinema, na ______ das 8h? d) A prefeitura fará a ______ deste terreno para nossa associação. e) O pessoal desta _______ é muito unido e alegre. 15. Complete com seções ou sessões: a) Quantas _______ haverá hoje neste cinema? b) Que _____ da firma já foram transferidas? c) O circo estréia hoje com duas ________ d) Circulou, toda a manhã, pelas várias _______ do supermercado.

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INTERPRETAÇÃO DO TEXTO OUVIR ESTRELAS

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto . . .

E conversamos toda a noite, enquanto A via láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

Bilac, Olavo – Poesia. 8ª ed. Rio de Janeiro, Agir, 1957.)

Você deve ter observado que no poema “Ouvir Estrelas”, Bilac utilizou pronomes como vós (direis, amai. . .) e tu (perdestes, conversas. . .) que atualmente são pouco empregados. A partir da interpretação do poema você percebe a beleza de seus versos. Agora responda: 1- Você acha que é possível ouvir estrelas? 2- O que o poeta quis dizer com isso? _______________________________________________________________

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Gabarito 1- A entrevista é um texto informativo – Resposta pessoal. 2- Elaboração de perguntas claras e objetivas, conhecimento profundo do

assunto, ter informações sobre a entrevista. 3- Reler a entrevista da p. 03 para responder. a) Resposta pessoal. b) O consumidor é que diz o que lhe falta para ter uma qualidade de vida melhor. 4- a) ele b) eles c) nós d) elas 5- a)consumidor b) propaganda 6- a) Compre-o b) Pesque-os c) Lave-as d) Guarde-o e) Plante-as f) Escreva-a g) Ajude-me

7.a) Espero poder encontrá-los amanhã. b) Entreguem-na ao meu vizinho.

c) Façam-no em silêncio. d) Terminamo-la na hora certa. e) A dupla compõe-na rapidamente.

8. processo

9. a) seus – consumidor, o público alvo. b) seu – o publicitário.

10. a) esse b) aquela c) Esta d) Estes 11. isso – um sabonete novo com uma quantidade grande de hidratante.

12. a) Aquilo – (está longe da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala).

b) Esse – (está perto da pessoa com quem se fala). c) Esta – (está perto da pessoa que fala).

13. a)mim b) eu c) eu d) mim e) mim f) eu

14 - a) seção b) sessão c) sessão d) cessão e) seção 15 . a) sessões b) seções c) sessões d) seções

16. Resposta pessoal. 17. Resposta pessoal.

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Apresentação

Aluno Você lê jornal todo dia? Mesmo que não o faça, já deve ter visto e lido, alguma vez, aquele texto no alto da segunda página do jornal. É o editorial. Neste módulo, você estudará um tipo de texto jornalístico chamado editorial. Aprenderá a fazer resumo e terá noções de sujeito e predicado, fundamentais para se construir um bom texto.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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EDITORIAL

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O texto que você leu na página anterior é um editorial. O editorial é um texto que expressa a posição adotada pelo jornal em relação às suas idéias.

O editorial, em geral, aparece na segunda página dos jornais e segue uma linha argumentativa, isto é, formula a posição do jornal sobre um determinado tema e apresenta argumentos para justificá-la. É um texto muito importante dentro do jornal.

Vamos entender o texto do editorial? 1- O título do editorial “O gasoduto decorativo” já indica o tema: o gasoduto

Brasil-Bolívia. Já que ele atravessará nosso território, que benefício teremos?

2- De que forma o comportamento de nosso povo influi nas decisões políticas

tomadas? 3- Explique o trecho: “Demográfica e economicamente, Sorocaba preenche

todas as condições para merecer atenções muito especiais. . .” 4- Releia o parágrafo que começa assim: “Vigora aqui o patrimonialismo mais

escarrado. . .” Ele mostra a posição do jornal: Nossos governantes colocam sempre a coisa pública em segundo plano. Cite um trecho que comprova isso.

5- No parágrafo 10, o editorial fala de lideranças políticas desatentas. Explique. 6- Quando são feitas críticas em relação à posição das autoridades, há

preocupação por parte destas em rever suas atitudes? No caso em questão, no momento em que você estuda este assunto, houve alguma alteração com relação ao aproveitamento do gasoduto em nossa cidade?

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7- Recorte um editorial, cole-o no seu caderno e explique o ponto de vista assumido pelo jornal com um breve comentário.

Como resumir

Resumir é uma habilidade muito importante para um estudante. Talvez seja um dos passos mais decisivos e conclusivos de qualquer metodologia de como estudar e de como pesquisar. Veja algumas orientações básicas: 1- Leia atentamente o texto. Mais de uma vez, se for preciso. 2- Delimite a extensão do seu resumo: no máximo, um quarto (25%) do texto

original. 3- Analise cada parágrafo, sublinhando as idéias principais. 4- Sintetize cada parágrafo numa frase ou, no máximo, em duas. 5- Ligue as frases referentes aos parágrafos por meio de expressões: além do

mais, assim, dessa forma, por conseguinte, pois, porque, portanto, etc. Essas expressões são importantes para que o resumo fique com sentido.

Observe um exemplo: Buracos negros ainda são teoria

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Veja como ficou o resumo:

“Não existe prova sobre buracos negros, pois não há catálogo sobre eles em observatórios. A primeira idéia surgiu com John Mitchell há 200 anos quando ele concluiu que o material expelido pelos astros pode voltar a cair neles pela força da gravidade.”

Siga as instruções de como resumir e faça o seu resumo do editorial “O gasoduto decorativo.”

Agora estudaremos: Frase – Oração – Período Frase é todo enunciado de sentido completo, isto é, uma palavra ou conjunto de palavras, suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Ex.: Silêncio! Que cansaço! Mãos à obra, dignas autoridades! Oração é a frase que se constrói em torno de um verbo.

Ex.: A vida é muito simples. O mundo vegetal oferece grande quantidade de alimento.

Período é a frase constituída de uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto. Período simples – é formado por uma só oração.

Ex.: Botões florais e mesmo flores também são alimentos.

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Período composto – é formado de duas ou mais orações.

Ex.: Vim, vi, venci.

Observe:

Sujeito é o termo da oração que está em relação de concordância com o

verbo. O verbo e os demais termos da oração constituem o predicado.

Normalmente o sujeito vem antes do predicado, constituindo a ordem direta, pois pode ser considerado o assunto da comunicação. Muitas vezes, porém, o predicado pode vir antes para dar mais destaque àquilo que se declara do sujeito. (ordem indireta) Ex.: Certas pessoas lutam por seus direitos. (ordem direta) Lutam por seus direitos certas pessoas. (ordem indireta) Com essa possilibidade de trocar a ordem sujeito – predicado, você tem mais um recurso de uso da língua: se você deixar na ordem direta, estará dando destaque ao assunto sobre o que se fala; se usar o predicado antes, estará dando destaque ao que se fala sobre o assunto. Tudo depende da situação em que você for utilizar tal recurso.

I- Crie sujeito para os predicados, sem esquecer da concordância: 1- __________ explicará as questões. 2- __________ planejamos tudo muito bem. 3- __________ conservavam a classe limpa. 4- __________ colaboro com a equipe.

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II- Crie predicado para os sujeitos, sem esquecer da concordância: 1- Estes trabalhadores _______________. 2- Meu colega e eu _________________. 3- Os comerciantes do bairro _______________. 4- O repórter _______________. III- Inverta a ordem do sujeito, dando mais destaque ao que se fala: 1- João, a mulher e quatro filhos deixaram o sertão pernambucano. 2- As crianças passam a caminho da escola. 3- O motivo da fuga foi a violência. IV- “Vigora aqui o patrimonialismo mais escarrado.” Releia o 7º parágrafo do editorial e explique o uso do predicado (vigora aqui), antes do sujeito (o patrimonialismo mais escarrado). Conheça agora as orações sem sujeito. Há orações que são formadas apenas pelo predicado, ficando a comunicação centrada no verbo. Os principais casos de oração sem sujeito ocorrem com: a) os verbos que indicam fenômenos da natureza: Amanheceu repentinamente. Chove muito nesta cidade. b) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em geral: Está tarde. Ainda é cedo. Já são três horas, preciso ir. Faz frio nesta época do ano. Há muitos anos aguardamos mudanças significativas.

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Faz anos que esperamos melhores condições de vida. Deve fazer meses que ele partiu. c) o verbo haver com a idéia de existência ou acontecimento: Havia bons motivos para nossa apreensão. Deve haver muitos interessados no seu trabalho. Houve alguns problemas durante o trabalho. Obs.: No uso coloquial (informal, popular) da língua, usa-se o verbo ter para transmitir a idéia do verbo haver.

Ex.: Tinha um carro na frente da minha garagem.

I- Coloque (S) para as orações que têm sujeito e (OSS) para as orações sem sujeito. Lembre-se: às vezes, o sujeito pode estar em ordem inversa. 1- As mulheres julgam os homens inconstantes. 2- Choveu a noite inteira. 3- São oito horas em ponto. 4- Estourou mais uma guerra. 5- Fez um frio horrível ontem! 6- Transcorreu normalmente a competição. II- Encontre uma frase em texto de jornal ou revista com o verbo ter sendo usado, coloquialmente, no lugar do verbo haver. Escreva-a.

Podemos aproveitar o estudo de sujeito e predicado para ampliarmos o conhecimento sobre concordância verbal. Em outras palavras, vamos estudar como o verbo concorda com o sujeito. Regra geral: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Paulo foi à festa. Paulo e Tiago foram à festa.

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Eu trabalho bastante. Jorge e eu trabalhamos bastante. 1% quer votar no candidato A. 80% querem votar no candidato B. Casos especiais: 1- Os verbos bater, dar, soar, quando se referem às horas do dia, concordam com o número delas: Bateu uma hora no relógio da matriz. Bateram dez horas no relógio da matriz. 2- A maior parte de, a maioria de, grande número de acompanhados de mais uma palavra no plural, admitem o verbo no singular ou no plural. A maior parte dos alunos votou para presidência do grêmio. A maior parte dos alunos votaram para a presidência do grêmio. Entretanto, se as expressões acima estiverem sozinhas na oração, o verbo deverá permanecer no singular. Exemplo: A maioria votou para a presidência do grêmio. 3- Verbo + pronome SE a) se o pronome SE indicar voz passiva, o verbo concorda com o sujeito: Publicaram-se notícias falsas. (Está na voz passiva porque sujeito podemos transformar):

Notícias falsas foram publicadas.

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Observação: Em “Publicaram-se notícias falsas”, o verbo está na voz passiva sintética. Em “Notícias falsas foram publicadas”, o verbo está na voz passiva analítica. b) se o pronome SE indicar indeterminação do sujeito, o verbo permanecerá na 3ª pessoa do singular: Precisa-se de operários (aqui não podemos fazer transformação porque não é passiva. Alguém precisa de operários, só não conseguimos determinar quem precisa – o sujeito é indeterminado). 4- Sujeito ligado por OU a) se o ou indica exclusão verbo no singular: Carlos ou Pedro se casará com Ana. (Ana se casará com um deles) b) se o ou indica inclusão verbo no plural Muito calor ou muito frio me fazem mal. (Calor e frio, os dois me fazem mal) 5- O verbo haver, quando tem sentido de existir é impessoal, isto é, sem sujeito, como já vimos, e fica sempre na 3ª pessoa do singular. A mesma coisa quando indicar tempo transcorrido. Na sala havia vinte lugares. (havia = existia) Há seis anos moro nesta cidade. (há = tempo transcorrido) Observação: o verbo existir tem sujeito, portanto, concorda com ele: Muitos problemas existem no nosso prédio. Existe um amor na minha vida. 6- Quando o verbo fazer indicar tempo transcorrido, ficará sempre na 3ª pessoa do singular: Fazia dois anos que não nos encontrávamos.

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I- Passe as frases para o plural, fazendo a concordância correta do sujeito com o verbo: 1) Aluga-se apartamento. 2) Deu uma hora no relógio da escola. 3) Eu estudo sempre. 4) Existe um livro raro na biblioteca. II- Reescreva as frases abaixo, substituindo existir por haver: 1- Existem muitas pessoas honestas, assim como existem as desonestas. 2- Existia uma grande confusão em minha mente. III- Reescreva as frases usando a concordância correta: 1- A grande maioria das pessoas _________ (vota / votam) por obrigação. 2- _______ (conserta-se / consertam-se) aparelhos elétricos. 3- As ruas e as praças ___________(ficava / ficavam) cheias de gente. 4- Amanhã, você e eu ___________ (partirei / partiremos) bem cedinho. 5- Ontem ______ (fez / fizeram) seis meses que recomecei meus estudos. IV- Passe para o plural, observando o que você aprendeu sobre concordância verbal. 1- Vendeu-se um terreno neste bairro. 2- Precisa-se de ajudante. 3- Ocorreu um acidente na esquina. 4- Necessita-se de um servente de pedreiro. 5- Durante o incêndio, perdeu-se a pasta de documentos. 6- Leu-se a ata da reunião. 7- Vê-se um carro ao longe. 8- Ainda não se fez a despesa necessária. 9- Corrigiu-se o erro da máquina. 10- Aluga-se uma bela casa nesta quadra.

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I- Há ou a? Pode-se usar a ou há na indicação de tempo. Empregamos a, quando nos referimos a um tempo que ainda não transcor – reu (tempo futuro). Ex.: Ele vai falar daqui a quinze minutos. Daqui a pouco vamos fazer o teste. Empregamos há quando queremos indicar um tempo que já transcorreu (tempo passado). Nesse caso, podemos substituir o verbo haver pelo verbo fazer. Ex.: Ele saiu há quinze minutos (faz quinze minutos). Há dias que não o vejo (faz dias que não o vejo).

1- Reescreva as seguintes frases, completando-as com há ou a. a) Isso ocorreu _____ muito tempo. b) Daqui ____ pouco, chegaremos em casa. c) _____ muitos anos Zumbi existiu. d) Ele voltará daqui _____ alguns meses. e) Prometeu regressar daqui _____ duas semanas. f) ____ meses não falo com Paulo.

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II- Uso de a gente / nós

O pronome pessoal nós é, geralmente, substituído pela expressão a gente na linguagem informal. A gente corresponde à 3ª pessoa do singular. Exemplo: Na próxima semana, nós estaremos em férias. (formal) Na próxima semana, a gente estará em férias. (informal)

1- Reescreva duas vezes cada frase, utilizando na primeira nós e na segunda, a gente.

Não se esqueça da concordância. a) Gostaria de saber se (poder) comprar este quadro. b) Afinal, (ir) ou não (ir)? c) Se (saber) que haveria um congestionamento tão grande, não (ter) vindo. d) Vendo alguém vivendo em condições tão precárias, (sentir) até um pouco de culpa por essa situação. e) Não é todo dia que (receber) visitas tão agradáveis.

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ATITUDE SUSPEITA Sempre me intriga a notícia de que alguém foi preso “em atitude suspeita”. É uma frase cheia de significados. Existiriam atitudes

inocentes e atitudes duvidosas diante da vida e das coisas e qualquer um de nós estaria sujeito a, distraidamente, assumir uma atitude que dá cadeia! Delegado, prendemos este cidadão em atitude suspeita. Ah, um daqueles, é? Como era a sua atitude?

Suspeita. Compreendo. Bom trabalho, rapazes. E o que é que ele alega? Diz que não estava fazendo nada e protestou contra a prisão.

Hmm. Suspeitíssimo. Se fosse inocente não teria medo de vir dar explicações. Mas eu não tenho o que explicar! Sou inocente! É o que todos dizem, meu caro. A sua situação é preta. Temos ordem de

limpar a cidade de pessoas em atitudes suspeitas.

Mas eu só estava esperando o ônibus! Ele fingia que estava esperando um ônibus, delegado. Foi o que despertou a

nossa suspeita. Ah! Aposto que não havia nem uma parada de ônibus por perto. Como é que

ele explicou isso? Havia uma parada sim, delegado. O que confirmou a nossa suspeita. Ele obviamente escolheu uma parada de ônibus para fingir que esperava o ônibus sem despertar suspeita.

E o cara-de-pau ainda se declara inocente! Quer dizer que passava ônibus, passava ônibus e ele ali fingindo que o próximo é que era o dele? A gente vê cada uma . . . Não senhor, delegado. No primeiro ônibus que apareceu ele ia subir, mas nós agarramos ele primeiro.

Era o meu ônibus, o ônibus que eu pego todos os dias para ir pra casa! Sou inocente!

É a segunda vez que o senhor se declara inocente, o que é muito suspeito. Se é mesmo inocente, por que insistir tanto que é?

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E se eu me declarar culpado, o senhor vai me considerar inocente? Claro que não. Nenhum inocente se declara culpado, mas todo culpado se

declara inocente. Se o senhor é tão inocente assim, por que estava tentando fugir? Fugir, como? Fugir no ônibus. Quando foi preso. Mas eu não tentava fugir. Era o meu ônibus, o que eu tomo sempre! Ora, meu amigo. O senhor pensa que alguém aqui é criança? O senhor

estava fingindo que esperava um ônibus, em atitude suspeita, quando suspeitou destes dois agentes da lei ao seu lado. Tentou fugir e . . .

Foi isso mesmo. Isso mesmo! Tentei fugir deles. Ah, uma confissão! Porque eles estavam em atitude suspeita, como o delegado acaba de dizer. O quê? Pense bem no que o senhor está dizendo. O senhor acusa estes dois

agentes da lei de estarem em atitude suspeita? Acuso. Estavam fingindo que esperavam um ônibus e na verdade estavam me

vigiando. Suspeitei da atitude deles e tentei fugir! Delegado . . . Calem-se! A conversa agora é outra. Como é que vocês querem que o

público nos respeite se nós também andamos por aí em atitude suspeita? Temos que dar o exemplo. O cidadão pode ir embora. Está solto. Quanto a vocês . . .

Delegado, com todo o respeito, achamos que esta atitude, mandando soltar um suspeito que confessou estar em atitude suspeita, é um pouco . . .

Um pouco? Um pouco? Suspeita.

Veríssimo, Luís Fernando Para Gostar de Ler Vol. 13. Ática, São Paulo, 1994.

Qual foi a saída inteligente para o cidadão preso livrar-se da “atitude suspeita”?

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Gabarito p. 05

1- Suprir com gás natural quase duas centenas de municípios. 2- O povo tem se comportado de forma passiva, sem contestar ou

debater as decisões políticas. 3- Sorocaba é uma cidade de médio porte, está situada próxima a grande

São Paulo (capital) e é interligada por grandes rodovias. 4- “Se houver recursos suficientes, o que raramente ocorre, cuidará

também do “bem particular de todos os cidadãos”. Da coisa pública é que não se cogita”.

5- Resposta pessoal. 6- Resposta pessoal. 7- Resposta pessoal.

p. 07 Resumo do editorial: Resposta pessoal. p. 08 I- Resposta pessoal. p. 09 II- Resposta pessoal. III- 1- Deixaram o sertão pernambucano, João, a mulher e quatro filhos. 2- A caminho da escola passam as crianças. 3- A violência foi o motivo da fuga. IV- Resposta pessoal. p. 10 I- 1- S 2- OSS 3- OSS 4- S 5- OSS 6- S II- Resposta pessoal. p. 13 I- 1- Alugam-se apartamentos. 2- Deram duas horas no relógio da escola. 3- Nós estudamos sempre. 4- Existem uns livros raros na biblioteca II- 1- Há muitas pessoas honestas, assim como há as desonestas. 2- Havia uma grande confusão em minha mente. III- 1- Vota ou Votam 2- Consertam-se

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3- ficavam 4- partiremos 5- fez IV- 1- Venderam-se terrenos neste bairro. 2- Precisa-se de ajudantes. 3- Ocorreram uns acidentes na esquina. 4- Necessita-se de serventes de pedreiro. (pedreiros). 5- Durante o incêndio, perderam-se as pastas de documentos. 6- Leram-se as atas da reunião. 7- Vêem-se uns carros ao longe. 8- Ainda não se fizeram as despesas necessárias. 9- Corrigiram-se os erros da máquina. 10- Alugam-se umas belas casas nesta quadra. p. 14 I

1- a) há b) a c) Há d) a e) a f) Há

p. 15 II 1- a) Nós gostaríamos de saber se podemos comprar este quadro. A gente gostaria de saber se pode comprar este quadro. b) Afinal, nós iremos ou não iremos? Afinal, a gente vai ou não vai? c) Se nós soubéssemos que haveria um congestionamento tão grande, nós não teríamos vindo. Se a gente soubesse que haveria um congestionamento tão grande, a gente não teria vindo. d) Vendo alguém vivendo em condições tão precárias, nós sentimos até um pouco de culpa por essa situação. Vendo alguém vivendo em condições tão precárias, a gente sente até um pouco de culpa por essa situação. e) Não é todo o dia que nós recebemos visitas tão agradáveis. Não é todo o dia que a gente recebe visitas tão agradáveis. p. 18 Resposta pessoal.

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Bibliografia

• O Texto: Da Teoria À Prática – Subsídios à Proposta Curricular para o Ensino de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental – Secretaria de Estado da Educação – São Paulo – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – 2ª ed. – São Paulo – 1998. • Parâmetros Curriculares Nacionais – Português e Apresentação dos Temas Transversais – Ministério da Educação e do Desporto – Secretaria de Educação Fundamental – Brasília – 1997. • Proposta Curricular para o ensino de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental – Secretaria de Estado da Educação – São Paulo - Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - 4ª ed. – São Paulo – 1998. ALMEIDA, Maria Aparecida e FERREIRA, Givan - Falando a Mesma Língua. São Paulo: FTD, 1994. BASSI, Cristina M. e LEITE, Márcia - Leitura e Expressão. Atual Editora, 1992. CARDOSO, Eloisa G. e DONADIO, Miriam G. - Português – Projeto Alternativo. Ed. do Brasil, 1989. CARVALHO, Carmen Silvia C. Torres de; PANACHÃO, Déborah; KUTNIKAS, Sarina Bacellar; SALMASO, Silvia Maria de Almeida - Construindo a escrita: Gramática/ ortografia. São Paulo: Ática, 1997. CARVALHO, Carmen Silvia C. Torres de; PANACHÃO, Déborah; KUTNIKAS, Sarina Bacellar; SALMASO, Silvia Maria de Almeida - Construindo a escrita: Leitura e interpretação de textos. São Paulo: Ática, 1997. COLEÇÃO “PARA GOSTAR DE LER” : Ed. Ática, 1994. CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley - Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA DO BRASIL – Rio de Janeiro, 1997. FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto de - Gramática Nova. São Paulo: Ática, 1992. FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto de - Linguagem Nova. São Paulo: Ática, 1997. FÁVERO, Leonor L. - Coesão e coerência textuais. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1995. FÁVERO, Leonor L. e KOCH, Ingedore G. V - Linguística textual: introdução. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.

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Equipe de Português • Antonia Gilmara Biazotto de Souza Rodrigues • Aparecida Ferreira Ladeira • Edna Gouvêa • Maria Alice Pacos Coordenação Cheila Fernanda Rodrigues Supervisão Terezinha Hashimoto Bertin Colaboração especial Neide Giamboni Lopes Direção Rita de Cássia Fraga Costa

Capa Criação: Lopes e Vilela

Observação Importante Este material foi elaborado pelos professores de Português/ Sorocaba, para uso exclusivo de CEES.

É proibida a sua comercialização.

Observação Estes Módulos foram feitos com base na nova L D B, Parâmetros Curriculares, Proposta CENP.