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APOSTILA CURSO: PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PROJETOS E CONVÊNIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MÓDULO: ELABORAÇÃO DE PLANOS DE TRABALHO Por Joeder Campos Soares Santa Maria, Outubro de 2011

Apostila final 14out - UFSMw3.ufsm.br/proplan/images/stories/file/Manual_elaboracao_PT.pdf · 3.1.4 Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto ... o custo total e o

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APOSTILA

CURSO: PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PROJETOS E CONVÊNIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MÓDULO: ELABORAÇÃO DE PLANOS DE TRABALHO

Por Joeder Campos Soares Santa Maria, Outubro de 2011

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Índice

1. PLANO DE TRABALHO - INTRODUÇÃO ................................................................................. 4

2. DIMENSÃO JURÍDICA..................................................................................................................... 6

3. DIMENSÃO ESTRUTURAL ........................................................................................................... 10

3.1 Escopo ......................................................................................................................................... 14

3.1.1 Identificação ......................................................................................................................... 15

3.1.2 Resumo ou Abstract ............................................................................................................. 15

3.1.3 A Introdução ......................................................................................................................... 15

3.1.4 Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto .................................................... 16

3.1.5 Justificativa........................................................................................................................... 16

3.1.6 Objetivos .............................................................................................................................. 16

3.1.7 Resultados Esperados ........................................................................................................... 18

3.2 Plano de Ação .............................................................................................................................. 19

3.2.1 Metodologia ......................................................................................................................... 19

3.2.2 Cronograma de Execução ..................................................................................................... 20

3.2.3 Plano de Aplicação ou Orçamento ....................................................................................... 22

3.2.4 Cronograma de desembolso; ................................................................................................ 22

3.3 Anexos......................................................................................................................................... 23

4. DIMENSÃO (POLÍTICA) PROGRAMÁTICA ............................................................................... 24

4.1 Plano de trabalho ......................................................................................................................... 24

4.2 Ação ............................................................................................................................................ 25

4.2.1 Projeto .................................................................................................................................. 25

4.2.2 Atividade .............................................................................................................................. 25

4.2.3 Operação Especial ................................................................................................................ 25

4.3 Programa ..................................................................................................................................... 25

4.4 Proposta de trabalho .................................................................................................................... 26

5. DIMENSÃO ECONÔMICA............................................................................................................. 27

5.1 Classificações Orçamentárias ...................................................................................................... 27

5.1.1 Natureza da despesa ............................................................................................................ 27

5.1.2 Fonte de Recursos ................................................................................................................ 30

5.1.3 Classificação Funcional da Despesa ..................................................................................... 31

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5.2 Funcional Programática............................................................................................................... 32

6. PRINCIPAIS PROBLEMAS ............................................................................................................ 33

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 35

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 36

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1. PLANO DE TRABALHO - INTRODUÇÃO

Um plano de trabalho é um argumento; é escrito para planejar as ações para um dado

período de tempo e para atingir um resultado, inicialmente para convencer os tomadores de

decisão para sua aprovação, subseqüentemente para guiar as atividades que se desencadearão

a partir de então. Os planos de trabalhos instruem os termos de cooperação e congêneres

como convênios, contratos, contratos de repasse, termos de parceria.

A proposta de trabalho deve ser escrita visando indicar claramente os objetivos, em

linguagem concisa, objetiva e clara, evitando informações irrelevantes ou desnecessárias,

indicando como e quando o projeto vai acabar, ou se tornar auto-sustentável.

Os argumentos devem provar que o projeto é digno de financiamento, indicando qual

o custo total e o custo por etapas, ainda demonstrando que a equipe do projeto conhece

exatamente o objeto, se necessário, podem ser usados diagramas ou gráficos para ilustrar

pontos-chave. Anexo e apêndices podem ser boa alternativa para evitar aglomeração de

informação no corpo da proposta. Há que adaptar a apresentação para as exigências

metodológicas do órgão financiador.

Importante se ter em mente que quando se elabora uma proposta, não se faz apenas

uma "lista de aquisições" de itens desejados, antes deve haver justificativa para aquisição de

cada item na lista, de modo que uma agência financiadora possa decidir, dentro de sua

discricionariedade, se quer financiar parte ou a totalidade do projeto.

Portanto, é fundamental saber comunicar exatamente o que se quer fazer. Decorre-se

daí a conveniência da elaboração de um bom planejamento para o projeto, e respectivo plano

de trabalho.

Com vistas ao desenvolvimento de um projeto, recomenda-se a busca de múltiplas

fontes de financiamento, pois havendo apenas uma fonte de financiamento, o ciclo de vida do

projeto pode tornar-se dependente da liberação da respectiva fonte (maior risco envolvido).

Elaborar uma proposta é uma habilidade que requer algum conhecimento e prática.

Porém, não é algo muito difícil, há necessidade de se informar e convencer o órgão

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financiador sobre a importância do projeto. Neste intuito, não se faz necessário um discurso

apologético, fantasioso ou falacioso. Se uma idéia é boa, a proposta de trabalho do projeto

deve denunciá-lo honestamente aos tomadores de decisão.

Em suma, Plano de Trabalho é instrumento capaz de:

- Orientar as decisões;

- Alcançar os objetivos pretendidos;

- Materializar ações pensadas e programadas;

- Fixar período para alcance dos resultados esperados;

- Identificar previamente os recursos disponíveis e mobilizáveis; e

- Priorizar ações em função das políticas públicas de governo.

Assim, a seguir será abordado o tema Elaboração de Planos de Trabalhos a partir das

Dimensões Jurídica, Estrutural, Programática e Econômica. Após essas abordagens, serão

elencados alguns dos principais problemas quando da elaboração de um Plano de Trabalho,

para por fim, fazer-se as Considerações Finais.

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2. DIMENSÃO JURÍDICA

A dimensão jurídica abordará os parâmetros legais concernentes à temática de

elaboração de Planos de Trabalhos. Iniciando com uma definição acerca da execução do

Orçamento Público para fins de contextualização do referido termo.

A execução do orçamento público pode ser realizada de forma direta ou indireta.

A execução direta é realizada pelos órgãos da administração pública, na respectiva

área de ação governamental de competência institucional de cada unidade orçamentária.

A execução indireta é a modalidade de execução realizada de forma descentralizada,

mediante transferências de recursos. As modalidades de transferências de recursos da União

podem ser: Constitucionais, Legais, Obrigatórias e Voluntárias.

Para fins deste curso, conceituar-se-á, dentre as modalidades de transferências para

execução indireta, apenas as ‘Transferências Voluntárias’.

Para efeito da Lei Complementar n.101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal,

entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro

ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra

de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (vide Art.

25 da L.C. nº 101/00).

Essa modalidade de transferência promove a descentralização ou distribuição da

competência (parcial ou total) inerente aos resultados de programas governamentais por meio

da celebração de acordos de cunho administrativo entre o órgão concedente do crédito

orçamentário e o convenente (recebedor).

A descentralização é considerada um princípio orçamentário moderno que tem como

objetivo a execução das ações de maneira mais próxima de seus beneficiários. Com essa

prática, a cobrança dos resultados tende a ser favorecida, dada a proximidade entre o cidadão,

beneficiário da ação e a unidade administrativa que a executa.

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O Decreto-Lei 200/67 prevê no artigo 10 que a execução das atividades da

Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.

Decorrente desse ato de descentralização, a principal forma de utilização de Plano de

trabalho, que juridicamente é elemento que instrui o processo de execução indireta de

recursos públicos.

São instrumentos de transferências voluntárias: Contrato de Repasse, Contrato de

Gestão, Convênio, Termo de Parceria e Termo de Cooperação.

A presença de Plano de Trabalho nestes instrumento é obrigatório, vide texto do

parágrafo primeiro do artigo 116 da Lei 8666/93:

“§ 1º - A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou

entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de

competente plano de trabalho proposto pela organização

interessada”...

O Plano de Trabalho deve conter minimamente, conforme consta dos Incisos do

parágrafo primeiro do artigo 116 da Lei 8666/93, as seguintes informações:

I - identificação do objeto a ser executado;

II - metas a serem atingidas;

III - etapas ou fases de execução;

IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;

V - cronograma de desembolso;

VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da

conclusão das etapas ou fases programadas;

VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia,

comprovação de que os recursos próprios para complementar a

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execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo

total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão

descentralizador.

De forma concomitante, há na legislação regulatória, o estabelecimento de condições,

bem como de conteúdo mínimo. Vide artigo 21 da Portaria Interministerial 127/2008:

Art. 21. O Plano de Trabalho, que será avaliado após a

efetivação do cadastro do proponente, conterá, no mínimo:

I - justificativa para a celebração do instrumento;

II - descrição completa do objeto a ser executado;

III - descrição das metas a serem atingidas;

IV - definição das etapas ou fases da execução;

V - cronograma de execução do objeto e cronograma de

desembolso; e

VI - plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados

pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente, se for

o caso.

A Portaria 127/2008 ainda estabelece que o órgão concedente, no seu julgamento,

deve avaliar se os resultados são alcançáveis e coerentes:

Art. 22. O Plano de Trabalho será analisado quanto à sua

viabilidade e adequação aos objetivos do programa e, no caso das

entidades privadas sem fins lucrativos, será avaliada sua

qualificação técnica e capacidade operacional para gestão do

instrumento, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ou

entidade repassador de recursos.

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§ 1º Será comunicada ao proponente qualquer irregularidade ou

imprecisão constatadas no Plano de Trabalho, que deverá ser sanada

no prazo estabelecido pelo concedente ou contratante.

§ 2º A ausência da manifestação do proponente no prazo estipulado

implicará a desistência no prosseguimento do processo.

§ 3º Os ajustes realizados durante a execução do objeto

integrarão o Plano de Trabalho, desde que submetidos e aprovados

previamente pela autoridade competente.

O Plano de Trabalho é a condição necessária a celebração de um convênio, conforme

Inciso II do artigo 25 da P.I. n. 127/2008.

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3. DIMENSÃO ESTRUTURAL

Elaborar um Plano de Trabalho é a aplicar o conhecimento, habilidades, ferramentas e

técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. Este capítulo descreve o

que deve ser contemplado no plano de trabalho e como construí-lo.

O Plano de Trabalho, neste tópico, será dividido em três componentes básicos:

a) Escopo: esta definição será utilizada para expressar o conjunto de realizações

que se pretende colocar sob a forma de um plano de trabalho, expressando a “extensão” ou

“amplitude” do projeto (em termos do que se pretende realizar, abarcar ou abranger),

estabelece o seu “raio de ação” ou “cobertura”, definindo, portanto, seus “limites”.

b) Plano de ação: Componente que apresenta de forma estruturada todos os

procedimentos e recursos que serão mobilizados para a execução daquilo que foi expresso no

escopo do projeto.

c) Anexos: é o componente que contém as informações complementares

necessárias a consecução dos objetivos propostos que são apensadas adicionalmente ao

conteúdo do Plano ou então são elementos resultantes da sintetização (enxugamento) no

conteúdo do Plano, objetivando proporcionar mais clareza aos termos da proposição.

As ilustrações a seguir demonstram os elementos básicos que compõem um Plano de

Trabalho.

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Figura 1 – Escopo do Plano de Trabalho

ESCOPO

Identificação das

Entidades Partícipes

Identificação do

Projeto – Fornecer

idéia central

Período deve ser

compatível com a

execução do objeto

Busca responder a

pergunta: O que?

Busca responder a

pergunta: Por que?

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Figura 2 – Plano de Ação do Plano de Trabalho

PLANO DE

AÇÃO

A intitulação da

meta pode iniciar

com “Ação”

Detalhamento

da ação deve ser

mensurável

- Na especificação, busca-se

descrever as ações a serem

realizadas.

-Não é conveniente

denominar aquisições como

etapas, mas sim o que se

espera alcançar com a

compra de materiais.

Insumos necessários a

implementação das ações,

vide classificação da

despesa constante do Plano

de Contas da Administração

Pública.

Atentar para que a

programação de

desembolso (por

meta) viabilize o

cronograma de

execução.

Busca responder a

pergunta:

Quanto?

Indicadores de

acompanhamento

e prazo

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Figura 3 – Anexo de Plano de Trabalho

Necessidades de

materiais do projeto

x preços praticados

no mercado.

ANEXOS

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3.1 Escopo

O escopo do Plano de Trabalho se refere ao grupo de elementos que descrevem e

delimitam exatamente o que se pretende realizar. A delimitação propiciada pelos elementos

integrantes do escopo permitirá a decomposição do trabalho do projeto em atividades.

Elementos que fazem parte do escopo do plano de trabalho:

• Identificação

• Abstract ou Resumo (opcional)

• Introdução (opcional)

• Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto

• Justificativa;

• Objetivos;

• Resultados Esperados

A elucidação dos elementos que compõem o escopo do Plano de Trabalho

(abrangência do projeto) é um aspecto essencial para que o Plano de Ação seja desenvolvido

adequadamente, isto é, para estruturar todos os procedimentos e recursos em busca dos

resultados esperados é necessário se ter a clara definição da situação geradora, bem como

uma bem fundamentada a justificativa e a construção de os objetivos bem fundamentados.

O escopo é, em síntese, a alma do projeto, porque expressa sua essência e identidade.

O projeto pode ter alcance mais amplo que o Plano de Trabalho. Adicionalmente, o

projeto pode compreender mais objetivos ou resultados. Sendo que, nem todos eles precisam

ser alcançados durante a vigência coberta pelo plano. A contextualização do plano de trabalho

pode incluir argumentos que justifiquem a opção escolhida.

Os elementos que constituem e definem o escopo são mostrados a seguir.

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3.1.1 Identificação

3.1.1.1 Do Projeto

Necessário apresentar o título do projeto, o local em que será implementado, a duração

do projeto e o início previsto. O Título do Projeto deve indicar de maneira sintética o

conteúdo do projeto a ser apoiado (fornecer a idéia central).

3.1.1.2 Do proponente

Necessário conter as seguintes informações: nome, endereço completo, forma jurídica,

CNPJ, representante legal e ato que lhe atribui competência, coordenador do projeto e seu

endereço. Deve-se mencionar todos os parceiros do projeto, destacando quem é o proponente

e quem participará da execução

3.1.2 Resumo ou Abstract

Normalmente não é elemento obrigatório, mas pode ser exigência de órgão

financiador. Esta parte deve ser escrita por último. Importante assegurar que seja um resumo,

não uma introdução. O tamanho ótimo é de um ou dois parágrafos que cubram meia página.

Deve-se sintetizar as principais idéias que encerram o projeto, comunicando o tema central ao

interlocutor.

3.1.3 A Introdução

A Introdução, se couber, deve propriamente introduzir o plano de trabalho. Embora

sugestione algo tão evidente, há quem elabore introduções longas, históricas e analíticas que

desencorajam ou enfadam os interlocutores ou avaliadores antes que a leitura ou análise

alcance a real parte do planejamento do plano de trabalho.

Por isso, não na elaboração deste elemento o importante é limitar o texto aspectos

introdutórios relevantes ao escopo coberto pelo plano de trabalho

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3.1.4 Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto

Este elemento pode não ser parte obrigatória do Plano de Trabalho. Entretanto, é

elemento norteador fundamental por representar fator motivador do projeto.

Este elemento se refere à indagação inquietante: “O que se pretende resolver ou

alcançar”? Consiste na “situação” constada a ser resolvida por uma seqüência ações a serem

executadas, visando atingir um objetivo, onde a situação é o estado inicial e o objeto é o

estado final desejado. A grande provocação do projeto consiste no problema ou necessidade

verificada a ser solucionado, ou então a oportunidade a ser explorada.

3.1.5 Justificativa

Este elemento busca responder a pergunta “Por que” realizar o projeto.

A Justificativa pode conter um diagnóstico da situação inicial do problema que está se

abordando. Deve apontar a relevância científica, tecnológica ou social, oferecendo

argumentos que demonstrem ao interlocutor ou avaliador a importância da resolução do

problema, a pertinência dos objetivos.

Por isso, é fundamental primar pela clareza e sintetização quando elaboração do texto.

3.1.6 Objetivos

Os Objetivos são o estado final desejado, procedentes da aspiração de resolução dos

problemas que foram levantados e identificados pela problematização. Respondem a pergunta

“O que” o projeto deseja alcançar.

Os objetivos são elementos centrais do plano de trabalho. Eles reforçam as

justificativas para as ações a serem tomadas e os custos. Eles são o centro do plano de

trabalho. Indicam aonde se quer chegar até o final do período coberto pelo plano de trabalho.

Os objetivos de um projeto devem ser:

a) Específicos: claros em relação a ‘que, quando e como’ a situação irá mudar,

não deixando margem a interpretações duvidosas. Para garantir que o objetivo atende ao

requisito da especificidade, podem ser feitas as seguintes perguntas:

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• Quem está envolvido?

• O que se quer atingir exatamente?

• Aonde deve ser atingido este objetivo?

• Qual é o período no qual este objetivo deve ser atingido?

• Quais são os requerimentos e restrições?

• Quais propósitos ou benefícios existem em atingir este objetivo?

b) Mensuráveis: capaz de mensuração com relação a alvos e benefícios, pois não

se pode gerenciar o que não se pode medir.

c) Atingíveis: as necessidades são infinitas, mas os recursos são limitados,

portanto, o alcance dos objetivos deve respeitar os limites impostos pelos recursos e

capacitação disponíveis. Os objetivos sempre devem ser agressivos, mas nunca impossíveis

de atingir.

d) Realísticos: devem reproduzir fielmente a mudança necessária. Muitas vezes o

objetivo é possível, mas não é realista. Ao considerar o realismo, deve se pensar em fatores

como:

• A equipe aceitará perseguir o objetivo?

• Este objetivo está alinhado com a missão e visão da organização?

• Algum princípio ético é ferido com este objetivo?

e) Limitados no tempo: Significa que os objetivos devem ser bem delimitados no

tempo, este período não deve ser tão curto que torne o objetivo impossível nem tão longo que

cause uma dispersão da iniciativa com o tempo. A delimitação do tempo urge, também, da

necessidade de resolução do problema sucitado.

f) Tangíveis: um objetivo que possa ser mais claramente sentido, observado ou

tocado terá maior chance de ser realizado.

3.1.6.1 Objetivo Geral

Apresenta a finalidade principal do projeto, com clareza e objetividade. Trata-se do

alvo que se deseja atingir; e, desta forma, deve possuir uma ligação direta com as

necessidades do público-alvo. Neste sentido, o objetivo geral compreende uma síntese da

transformação desejada no público-alvo ou junto a ele.

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Atenção: o objetivo geral deve ser descrito em um texto que se inicie por um verbo

no infinitivo indicando a transformação (benefício) almejada.

3.1.6.2 Objetivos Específicos

Compreende todos os demais objetivos periféricos que serão atingidos e que

beneficiarão o público alvo e são decorrentes das atividades ou ações desenvolvidas no

projeto.

Atenção: não confundir objetivos específicos com resultados; pois os resultados

esperados estão diretamente relacionados aos objetivos específicos. Os objetivos específicos

podem ser identificados pelo verbo indicativo de ação.

3.1.7 Resultados Esperados

Os resultados esperados são uma síntese concreta dos objetivos específicos a serem

alcançados, por isso guardam estreita relação com estes. Uma sugestão para diferenciar os

objetivos específicos dos resultados esperados, ao mesmo tempo demonstrar a estreita

correspondência, é a conjugação correta dos tempos verbais apropriados.

Veja abaixo, o quadro que retrata a diferença básica entre objetivo específico e

resultado esperado.

Quadro 1 – Diferença entre objetivo específico e resultado esperado

Objetivo Específico

Desenvolver tecnologia de Raio X.

Resultado Esperado

Tecnologia de Raio X desenvolvida.

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3.2 Plano de Ação

O Plano de Ação de um Plano de Trabalho é composto por elementos que especificam

as ações, atividades, tarefas e recursos, logicamente encadeados no tempo e no espaço, tendo

em vista maximizar a eficiência na realização dos objetivos do projeto. A divisão dos

objetivos em metas torna o projeto mais facilmente gerenciável.

Esta organização facilita agendar, estimar custos, monitorar e controlar o trabalho

planejado.

Os elementos componentes do Plano de Ação do Plano de Trabalho são os seguintes:

• Metodologia

• Plano/Cronograma de Execução (Metas e etapas/fases)

• Orçamento ou Plano de Aplicação;

• Cronograma de desembolso;

3.2.1 Metodologia

Neste campo faz-se necessário descrever de maneira clara e definida, as formas e

técnicas que serão utilizadas para implementar o projeto. Nela se deve definir exatamente

como se executará o projeto e com quais instrumentos.

A metodologia responde as questões como:

a) Como o projeto vai atingir seus objetivos?

b) Como começarão as atividades?

c) Como serão coletados os dados?

d) Que técnicas e métodos serão utilizados? Assim como, os critérios para a respectiva

seleção.

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e) Como serão coordenadas e gerenciadas as atividades?

Recomenda-se apresentar o tipo de atuação a ser desenvolvida: pesquisa,

diagnóstico, intervenção ou outras; que procedimentos (métodos, técnicas e instrumentos,

etc.) serão adotados e como será a avaliação e a divulgação.

Orienta-se que a metodologia compreenda alguns pontos: a gestão participativa da

equipe, o acompanhamento técnico, sistemático e contínuo e o desenvolvimento de ações de

socialização, informações e de conhecimentos entre a equipe envolvida.

3.2.2 Cronograma de Execução

Também denominado Plano de Implementação/Execução, quando se fala neste

elemento de ação, importante é se ter claro o que são Metas e Etapas/Fases.

Meta é a quantificação dos objetivos e resultados esperados. Também pode ser

considerada como uma definição precisa dos objetivos específicos do projeto e constitui uma

forma de descrever os resultados esperados a partir das intervenções realizadas. Desta forma,

quanto melhor descrita e dimensionada for apresentada uma meta, mais fácil será definir os

indicadores que irão permitir evidenciar o seu alcance. Para cada objetivo específico é

apresentada uma ou mais metas.

De sua parte, etapas são operações, integrantes de determinada meta, que

entregarão produtos, obedecerão a prazo definido e o respectivo custo. Assim, na

especificação das etapas, buscar descrever as ações a serem realizadas que entregarão os

respectivos produtos.

Na execução das etapas é normal que se realize determinadas aquisições

(instrumentalização do projeto), entretanto, não é conveniente denominar aquisições como

etapas, mas sim o que se espera alcançar com a compra de materiais.

Por exemplo, se um projeto envolver a compra de um aparelho de Raio X, a

denominação mais adequada à etapa talvez não seja “Aquisição de Aparelho de Raio X”,

talvez seja algo do tipo: “Instrumentalização da Unidade Especializada em Exames

Periódicos”.

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Outro aspecto fundamental na execução das metas e etapas é atentar para que a entrega

do produto programado respeite o tripé ESCOPO, PRAZO e ORÇAMENTO determinados.

O cronograma de execução, portanto, consiste no plano de implementação/ execução

do projeto, de forma que deve apresentar as ações para o alcance de determinado objetivo

específico, identificando o tempo de execução de cada atividade. Também se pode definir

como o elemento que contém a disposição gráfica do tempo em que as atividades/ações serão

realizadas, permitindo uma visualização da seqüência em que acontecerão.

Deve indicar como se pretende converter suas fontes, superar os obstáculos, usando

aquelas informações identificadas para alcançar os objetivos ou se deter nos resultados

especificados.

Algumas diretrizes para o êxito do plano de implementação do projeto:

- Focalização de produtos claros e tangíveis a serem entregues nas várias fases do

projeto;

- Planejamento adequado dos custos envolvidos em cada uma das etapas, identificando

as fontes principais e alternativas;

- Definir as estratégias para superar os obstáculos, usando aquelas informações

identificadas para alcançar os objetivos ou se deter nos resultados especificados;

- Estabelecer um plano de comunicação eficiente e eficaz entre todos os envolvidos

em todas as fases do projeto;

- O coordenador do projeto deve exercer o papel de liderança no gerenciamento de

projetos;

- Simplicidade dos processos, somando-se as práticas e cultura da organização

empreendedora do projeto;

A delimitação correta do período de realização de cada ação é fundamental para

assegurar a seqüência lógica em que acontecerão as etapas do projeto.

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Ora, as etapas decompõem o escopo do projeto e representam um conjunto de

produtos a serem entregues. Percebe-se, então, que a viabilidade do projeto é dependente do

tempo, ou das datas de entrega de cada um desses produtos.

Estratégias alternativas devem ser desenvolvidas para determinadas ações críticas que

representam maior risco para a sobrevivência do projeto.

3.2.3 Plano de Aplicação ou Orçamento

O orçamento é a identificação dos insumos necessários a implementação das ações

programadas.

Assim, o Plano de Aplicação consiste no planejamento dos insumos para a realização

do projeto. É elemento onde estão indicados o montante de recursos e suas respectivas

fontes. Resumidamente, pode-se destacar que o plano de aplicação responde as questões:

quanto custará o projeto?

As diferentes despesas que devem ser agrupadas por natureza de despesa como por

exemplo, material de consumo; serviços de terceiros; diárias e passagens; material

permanente; obras e instalações, cujo o enquadramento deve obedecer a codificação constante

do Manual da Despesa Nacional (Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008).

Embora descritas de forma agrupada; há alguns órgãos de fomento que solicitam uma

descrição detalhada de todos os custos, que pode ser fornecida por uma memória de cálculo,

ou pelo plano de aplicação detalhado ou mediante elaboração de um termo de referência.

3.2.4 Cronograma de desembolso;

Se cronograma de execução é a disposição lógica do tempo em que as atividades/ações

serão realizadas, o cronograma de desembolso consiste no cronograma de execução financeira

do projeto, onde estão indicados os recursos e, sinteticamente, pode-se constatar quanto

custará cada meta ou etapa/fase do projeto, quando se darão as despesas e quando os recursos

deverão estar disponíveis.

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3.3 Anexos

A proposta de decomposição de uma parte do Plano de Trabalho na forma de Anexo

ou Apêndices é justificável para tornar o corpo do instrumento mais sintético e objetivo, surge

o papel dos Anexos para complementar o texto, prover detalhes que suportem o argumento

incluído no instrumento. A descrição de recursos humanos necessários, bem como a lista de

equipamentos e especificações estão entre estes detalhes.

O texto deve fazer referência a cada Anexo onde for apropriado. Os Anexos oferecem

detalhes necessários, mas são colocados no final do plano de trabalho onde não irão atrapalhar

o leitor de ver a continuidade do argumento como um todo, e como cada um dos capítulos

descritos acima se relacionam, cada um no outro.

Alguns exemplos de Anexos comumente utilizados:

� Outras informações relevantes

� Lista de pessoal envolvido

� Listas de aquisições

� Lista de bolsistas

� Listas de equipamentos

� Declarações

� Especificações técnicas

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4. DIMENSÃO (POLÍTICA) PROGRAMÁTICA

Na sua dimensão política, o Plano de Trabalho pode ser visto como um instrumento

negocial e programático, onde seus elementos constitutivos justificam a destinação de

recursos, contextualizando o projeto num espaço de disputa/cooperação entre os vários

interesses que gravitam em torno do sistema político.

4.1 Plano de trabalho

Um plano de trabalho é uma ferramenta necessária para planejar, executar,

implementar e monitorar AÇÕES ou PROGRAMAS.

Um plano de trabalho é o argumento inserido neste espaço político de disputa,

primeiro para convencer os tomadores de decisão para sua aprovação, depois como

documento-guia para atividades que se desencadearão e, na fase de encerramento, é o

parâmetro para a avaliação de resultados e prestação de contas, quando couber.

Por isso, é usado por agências de fundos e agências de execução como um documento

para programático, necessário para aprovação de financiamento a projetos.

O Plano de Trabalho é escrito para que seja claro a qualquer pessoa, dentro ou fora do

grupo de implementação quando do desenvolvimento de programas, projetos e ou atividades,

contribuindo para a transparência, pois a sociedade ou organizações de controle podem

monitorar por meio deste ‘o que’, ‘como’, ‘por que’, ‘onde’ e ‘quando’ estão sendo

executadas tais ações.

O Plano de Trabalho permite o gerenciamento da execução de atividades e tarefas que

tem o propósito de planejar e controlar atividades de outras pessoas para atingir objetivos

que não podem ser alcançados caso as pessoas atuem por conta própria.

A racionalização propiciada pelo Plano de Trabalho, é subsídio para a implementação

do gerenciamento de projetos, inclusive por meio da aplicação e integração dos processos de

gerenciamento consagrados pelo PMBoK: iniciação, planejamento, execução, monitoramento/

controle e encerramento.

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4.2 Ação

Ação é operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) à sociedade, que

contribuem para atender ao objetivo de um programa. Divide-se em projeto, atividade e

operação especial.

4.2.1 Projeto

Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou

resultado exclusivo.

Segundo o entendimento do Manual do PPA, é instrumento de programação para

alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no

tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da

ação do Governo.

4.2.2 Atividade

Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um

conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um

produto necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Manutenção de Sistema

de Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde”

4.2.3 Operação Especial

Ações que não se referem à manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações

de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob

a forma de bens ou serviços.

4.3 Programa

O Programa é o instrumento que articula um conjunto de ações (orçamentárias e não-

orçamentárias), suficientes para enfrentar um problema, cujo desempenho deve ser passível de

aferição por indicadores coerentes com o objetivo estabelecido.

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4.4 Proposta de trabalho

Uma proposta de trabalho é similar a um plano de trabalho. A diferença básica é que

um plano de trabalho se refere a um projeto já aprovado, significa que já existe um

comprometimento formal entre as partes, com um cronograma estabelecido, a identificação

dos problemas a serem resolvidos, os quais são identificados de forma explícita e precisa,

verificáveis na forma de objetivos.

Uma proposta de trabalho não produz esse efeito vinculante entre partes, embora

contenha praticamente mesmo conteúdo, é elaborada principalmente para a aprovação do

projeto, como justificativa para aprovação.

A proposta de trabalho também pode indicar as fontes necessárias e obstáculos a

serem superados, descrevendo quais as estratégias e as ações a serem tomadas para alcançar

os objetivos e completar os resultados.

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5. DIMENSÃO ECONÔMICA

Na sua dimensão econômica, o Plano de Trabalho é instrumento para instruir as ações

desenvolvidas visando o cumprimento das funções econômicas do Estado, quais sejam:

a) Função Alocativa: visa promover ajuste na alocação dos recursos pelas iniciativas

públicas para provisão de funções essenciais.

b) Função Distributiva: visa promover ajustamento na distribuição de renda devido às

imperfeições de mercado (desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.)

c) Função Estabilizadora: visa a manutenção da estabilidade macroeconômica, como

manutenção do nível de emprego, estabilidade nos níveis de preços, equilíbrio no

balanço de pagamentos e crescimento econômico.

5.1 Classificações Orçamentárias

As classificações orçamentárias denotam as estratégias, os elementos táticos e os

insumos utilizados para atacar as causas dos problemas suscitado da sociedade.

As classificações que são interessantes se ter conhecimento quando da elaboração de

Plano de Trabalho no âmbito da esfera federal são:

a) Natureza da despesa;

b) Fontes de recursos; e

c) Classificação Funcional da Despesa.

5.1.1 Natureza da despesa

É o insumo utilizado para atender aos objetivos de um programa de governo. Segue

classificação disposta nos Arts. 12 e 13 da Lei no 4.320, de 1964.

A natureza da despesa é composta por um código de seis algarismos que

correspondem a: categoria econômica, grupo de natureza de despesas, modalidade de

aplicação, elemento de despesas.

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Figura 4 – Composição da Natureza da despesa

Categoria Econômica: identifica se o gasto vai contribuir para a formação ou

aquisição de um bem de capital.

Quadro 2 – Categoria Econômica da Despesa

Grupo de Natureza de Despesa (GND): É um agregador de elemento de despesas

com as mesmas características quanto ao objeto do gasto.

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Figura 5 – Categoria Econômica e Grupo de Natureza da Despesa

Modalidade de aplicação: indica se a execução orçamentária será efetuada por

unidade no âmbito da mesma esfera de governo, se outro ente da federação, se por outra

entidade privada ou estrangeira. Também evidencia a dupla contagem das execuções

orçamentárias, possibilitando a sua eliminação.

Quadro 3 – Modalidade de Aplicação de Despesas

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Elemento de despesas: Tem por finalidade identificar os objetos de gasto.Os

códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial nº

163, de 2001.

Exemplos de elementos de despesas: Auxílio-financeiro a estudantes, material de

consumo, outros serviços de terceiros – pessoa física.

A relação na integra dos elementos de despesas, bem como a respectiva especificação

consta do ANEXO A.

5.1.2 Fonte de Recursos

É atributo que faz a vinculação entre a receita e a despesa, desde a previsão até a

efetiva realização.

A classificação da receita surge obedecendo a critérios de sua destinação legal.

A fonte é composta por dez dígitos:

a) A primeira posição se refere a Identificação de Uso

b) O segundo dígito se refere ao grupo de fonte de recurso

c) O terceiro e quarto dígito se refere à especificação da fonte de recurso

d) Da quinta à décima posição, é facultado o detalhamento. Normalmente se

detalha em caso de convênio e descentralização de crédito.

Observe a seguir, a figura que ilustra a codificação da fonte de recursos.

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Figura 6 – Composição da Fonte de Recursos

5.1.3 Classificação Funcional da Despesa

Esta classificação busca responder basicamente à indagação “em que” área de ação

governamental a despesa será realizada. Cada atividade, projeto e operação especial

identificará a função e a subfunção às quais se vinculam.

A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42/99, do então

Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e

subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de

ação governamental nos três níveis de Governo.

Esta classificação é independente dos programas e de aplicação comum e

obrigatória em todas as esferas de Governo, o que permite a consolidação nacional dos gastos

do setor público.

A classificação funcional é composta por cinco dígitos, sendo os dois primeiros

relativos às funções e os três últimos às subfunções.

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Figura 7 – Composição da Classificação Funcional

5.2 Funcional Programática

Esta classificação integra a classificação programática(aspecto programático) à

classificação funcional (aspecto econômico).

Figura 8 – Funcional Programática

Normalmente, quando da elaboração do Plano de Aplicação do Plano de Trabalho há

que se especificar em qual funcional programática desencadear-se-á o projeto.

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6. PRINCIPAIS PROBLEMAS

Um Plano de Trabalho, portanto, é elaborado para planejar as ações para um dado

período de tempo e para atingir um resultado, subseqüentemente para guiar execução das

atividades que se desencadearão a partir de então.

Em busca de atingir os objetivos, podem acontecer desvios ou imperfeições com

relação aos resultados esperados.

Existem uma infinidade de causas, entretanto, a seguir são descritos alguns dos

problemas mais comuns, guiados sob as ótica de que se devem desvios de planejamento ou

desvios de execução. Os desvios de planejamento são aqueles que se sucedem na concepção

do projeto. Os desvios de execução se sucedem quando realização das atividades do projeto.

a) Desvios de Planejamento

- produto sem utilidade ou valor mercadológico

- Objetivos mal planejados ou mal comunicados;

- Cronogramas apertados ou mal estruturados;

- Estimativas de orçamento fracas – abaixo do real ou sem levar em conta as despesas

acessórias como é o caso de uma aquisição de veículo, que traz intrínsecas as despesas com

seguro, IPVA, combustível, motorista;

- Enquadramento inadequado de rubricas – Erro de enquadramento

- Sistema de controle mal planejado;

- Não existência de um comando claro para o projeto;

- Viés na base de dados de planejamento do projeto;

- Monitoramento inexistente ou insuficiente da expectativa do cliente;

- Qualificação inadequada dos membros equipe do projeto.

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b) Desvios de Execução

- Atrasos no cronograma;

- Custos acima do previsto devido a situações fortuitas como as variáveis

macroeconômicas;

- Problemas com a equipe, como insubordinação, falta de interação, problemas de

relacionamento;

- Problemas de relacionamentos com as entidades parceiras ou com os fornecedores;

- Mudança de requisitos e especificações;

- Qualidade abaixo da esperada;

- Complexidade acima da capacidade;

- Produtos mal desenvolvidos;

- Excesso de burocratização.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plano de trabalho é parte integrante do seguinte sistema: (a) há um problema, ou

problemas; (b) eles pedem solução; (c) a solução é planejada por meio do plano de trabalho

que inclui a lista de metas, objetivos e ações que são parte de uma estratégia; (d) a estratégia é

baseada nos problemas a serem resolvidos e quais fontes estão disponíveis para serem

convertidas em soluções e quais obstáculos podem aparecer.

As metas e objetivos são os resultados a serem obtidos pelo projeto, enquanto as

fontes são os subsídios que o projeto necessita para alcançar os resultados. Entretanto essa

ação deve se dar tempestivamente, de acordo com a urgência e conveniência.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Decreto nº 6170, de 25 de julho de 2007. Dispõe sobre as normas relativas às

transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras

providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

2010/2007/decreto/d6170.htm. Acesso em: 07 out. 2011.

______. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da

Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras

providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm.

Acesso em: 07 out. 2011.

______. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro

para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios

e do Distrito Federal. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm.

Acesso em: 07 out. 2011.

______. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da

Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e

dá outras providências. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm. Acesso em: 07 out. 2011.

______. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças

públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível

em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em: 07 out. 2011.

Page 37: Apostila final 14out - UFSMw3.ufsm.br/proplan/images/stories/file/Manual_elaboracao_PT.pdf · 3.1.4 Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto ... o custo total e o

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______. Portaria MOG nº 42, de 14 de abril de 1999. Atualiza a discriminação da despesa

por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320,

de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto,

atividade, operações especiais, e dá outras providências. Disponível em

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp. Acesso em: 07 out. 2011

______. Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 14 de outubro de 2008. Aprova os Manuais

de Receita Nacional e de Despesa Nacional e dá outras providências. Disponível em

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp. Acesso em: 07 out. 2011

______. Portaria Interministerial MPOG/MF nº 163, de 04 de maio de 2001. Dispõe

sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados,

Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências. Disponível em

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/hp/downloads/Port_Interm_1632001_Atualizada_2010061

8.pdf. Acesso em: 07 out. 2011

______. Portaria Interministerial MPOG/MF/MCT-CGU nº 127, de 29 de maio de 2008.

Estabelece normas para execução do disposto no Decreto no 6.170, de 25 de julho de 2007,

que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante

convênios e contratos de repasse, e dá outras providências. Disponível em

https://www.convenios.gov.br/portal/legislacao. Acesso em: 07 out. 2011

______. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento

Federal. Manual técnico de orçamento MTO. Versão 2012. Brasília, 2011. 167 p. Disponível

em https://www.portalsof.planejamento.gov.br/bib/MTO. Acesso em: 07 out. 2011.

______. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento

Federal. Manual técnico de orçamento MTO. Versão 2011. Brasília, 2010. 189 p. Disponível

Page 38: Apostila final 14out - UFSMw3.ufsm.br/proplan/images/stories/file/Manual_elaboracao_PT.pdf · 3.1.4 Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto ... o custo total e o

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em https://www.portalsof.planejamento.gov.br/mto_anteriores/edicoesanteriores. Acesso em: 07

out. 2011.

______. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e

Investimentos Estratégicos. Manual de Elaboração: plano plurianual 2008-2011. Brasília,

2007. 126 p. Disponível em http://www.planejamento.gov.br/ . Acesso em: dez. 2010.

______. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e

Investimentos Estratégicos. Orientações para elaboração do Plano Plurianual 2012-2015.

Brasília, 2011. 72 p. Disponível em https://www.planejamento.gov.br/ . Acesso em: 07 out.

2011.

Project Management Institute, Inc.(PMI). Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em

Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 3ª Edição. Newtown Square, Pennsylvania,

EUA. 2004. 389p.

Page 39: Apostila final 14out - UFSMw3.ufsm.br/proplan/images/stories/file/Manual_elaboracao_PT.pdf · 3.1.4 Definição do Problema ou Situação Geradora do Projeto ... o custo total e o

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ANEXO A – ELEMENTOS DE DESPESAS

01 – Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas

Despesas orçamentárias com pagamento de inativos civis, militares da reserva

remunerada e reformados e segurados do plano de benefícios da previdência social.

03 - Pensões

Despesas orçamentárias com pensionistas civis e militares; pensionistas do plano

de benefícios da previdência social; pensões concedidas por lei específica ou por

sentença judiciais.

04 - Contratação por Tempo Determinado

Despesas orçamentárias com a contratação de pessoal por tempo determinado para

atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, de acordo com

legislação específica de cada ente da Federação, inclusive obrigações patronais e outras

despesas variáveis, quando for o caso.

05 - Outros Benefícios Previdenciários

Despesas orçamentárias com outros benefícios do sistema previdenciário

exclusive aposentadoria, reformas e pensões.

06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

Despesas orçamentárias decorrentes do cumprimento do art. 203, inciso V, da

Constituição Federal, que dispõe:

Art. 203 – A assistência social será prestada a quem dela

necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social,

e tem por objetivos:

[...]

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V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal

à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não

possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la

provida por sua família, conforme dispuser a lei.

07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência

Despesas orçamentárias com os encargos da entidade patrocinadora no regime

de previdência fechada, para complementação de aposentadoria.

08 - Outros Benefícios Assistenciais

Despesas orçamentárias com: Auxílio-funeral devido à família do servidor ou do

militar falecido na atividade, ou aposentado, ou a terceiro que custear,

comprovadamente, as despesas com o funeral do ex-servidor ou do ex-militar; Auxílio-

reclusão devido à família do servidor ou do militar afastado por motivo de prisão;

Auxílio-natalidade devido à servidora ou militar, cônjuge ou companheiro servidor público

ou militar por motivo de nascimento de filho; Auxílio-creche ou Assistência Pré-escolar

devido ao dependente do servidor ou militar, conforme regulamento, e Auxílio-invalidez

pagos diretamente ao servidor ou militar.

09 - Salário-Família

Despesas orçamentárias com benefício pecuniário devido aos dependentes econômicos

do militar ou do servidor, exclusive os regidos pela CLT, os quais são pagos à conta do plano

de benefícios da previdência social.

10 - Outros Benefícios de Natureza Social

Despesas orçamentárias com abono PIS/PASEP e Seguro-desemprego, em

cumprimento aos §§ 3º e 4º do art. 239 da Constituição Federal.

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11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

Despesas orçamentárias com: Vencimento; Salário Pessoal Permanente;

Vencimento ou Salário de Cargos de Confiança; Subsídios; Vencimento do Pessoal em

Disponibilidade Remunerada; Gratificações, tais como: Gratificação Adicional Pessoal

Disponível; Gratificação de Interiorização; Gratificação de Dedicação Exclusiva;

Gratificação de Regência de Classe; Gratificação pela Chefia ou Coordenação de Curso

de Área ou Equivalente; Gratificação por Produção Suplementar; Gratificação por Trabalho

de Raios X ou Substâncias Radioativas; Gratificação pela Chefia de Departamento,

Divisão ou Equivalente; Gratificação de Direção Geral ou Direção (Magistério de lº e

2º Graus); Gratificação de Função-Magistério Superior; Gratificação de Atendimento e

Habilitação Previdenciários; Gratificação Especial de Localidade; Gratificação de

Desempenho das Atividades Rodoviárias; Gratificação da Atividade de Fiscalização do

Trabalho; Gratificação de Engenheiro Agrônomo; Gratificação de Natal; Gratificação de

Estímulo à Fiscalização e Arrecadação de Contribuições e de Tributos; Gratificação por

Encargo de Curso ou de Concurso; Gratificação de Produtividade do Ensino;

Gratificação de Habilitação Profissional; Gratificação de Atividade; Gratificação de

Representação de Gabinete; Adicional de Insalubridade; Adicional Noturno; Adicional de

Férias 1/3 (art. 7º,inciso XVII, da CF); Adicionais de Periculosidade; Representação

Mensal; Licença-Prêmio por assiduidade; Retribuição Básica (Vencimentos ou Salário

no Exterior); Diferenças Individuais Permanentes; Vantagens Pecuniárias de Ministro de

Estado, de Secretário de Estado e de Município; Férias Antecipadas de Pessoal

Permanente; Aviso Prévio (cumprido); Férias Vencidas e Proporcionais; Parcela Incorporada

(ex-quintos e ex-décimos); Indenização de Habilitação Policial; Adiantamento do 13º Salário;

13º Salário Proporcional; Incentivo Funcional - Sanitarista; Abono Provisório; “Pró-

labore” de Procuradores; e outras despesas correlatas de caráter permanente.

12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar

Despesas orçamentárias com: Soldo; Gratificação de Localidade Especial;

Gratificação de Representação; Adicional de Tempo de Serviço; Adicional de Habilitação;

Adicional de Compensação Orgânica; Adicional Militar; Adicional de Permanência;

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Adicional de Férias; Adicional Natalino; e outras despesas correlatas, de caráter permanente,

previstas na estrutura remuneratória dos militares.

13 - Obrigações Patronais

Despesas orçamentárias com encargos que a administração tem pela sua

condição de empregadora, e resultantes de pagamento de pessoal ativo, inativo e

pensionistas, tais como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e contribuições para

Institutos de Previdência, inclusive a alíquota de contribuição suplementar para

cobertura do déficit atuarial, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso

das contribuições de que trata este elemento de despesa.

14 - Diárias - Civil

Despesas orçamentárias com cobertura de alimentação, pousada e locomoção urbana,

do servidor público estatutário ou celetista que se desloca de sua sede em objeto de serviço,

em caráter eventual ou transitório, entendido como sede o Município onde a repartição

estiver instalada e onde o servidor tiver exercício em caráter permanente.

15 - Diárias - Militar

Despesas orçamentárias decorrentes do deslocamento do militar da sede de sua

unidade por motivo de serviço, destinadas à indenização das despesas de alimentação e

pousada.

16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

Despesas orçamentárias relacionadas às atividades do cargo/emprego ou função

do servidor, e cujo pagamento só se efetua em circunstâncias específicas, tais como:

hora-extra; substituições; e outras despesas da espécie, decorrentes do pagamento de

pessoal dos órgãos e entidades da administração direta e indireta.

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17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar

Despesas orçamentárias eventuais, de natureza remuneratória, devidas em virtude

do exercício da atividade militar, exceto aquelas classificadas em elementos de

despesas específicos.

18 - Auxílio Financeiro a Estudantes

Despesas orçamentárias com ajuda financeira concedida pelo Estado a estudantes

comprovadamente carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento de estudos e

pesquisas de natureza científica, realizadas por pessoas físicas na condição de estudante,

observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101/2000.

19 - Auxílio-Fardamento

Despesas orçamentárias com o auxílio-fardamento, pago diretamente ao servidor

ou militar.

20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores

Despesas orçamentárias com apoio financeiro concedido a pesquisadores,

individual ou coletivamente, exceto na condição de estudante, no desenvolvimento de

pesquisas científicas e tecnológicas, nas suas mais diversas modalidades, observado o

disposto no art. 26 da Lei Complementar no 101/2000.

21 - Juros sobre a Dívida por Contrato

Despesas orçamentárias com juros referentes a operações de crédito efetivamente

contratadas.

22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida pública contratada, tais

como: taxas, comissões bancárias, prêmios, imposto de renda e outros encargos.

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23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

Despesas orçamentárias com a remuneração real devida pela aplicação de

capital de terceiros em títulos públicos.

24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida mobiliária, tais como:

comissão, corretagem, seguro etc.

25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

Despesas orçamentárias com o pagamento de encargos da dívida pública,

inclusive os juros decorrentes de operações de crédito por antecipação da receita, conforme

art. 165, § 8º, da Constituição.

26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária

Despesas orçamentárias com a cobertura do resultado negativo do Banco

Central do Brasil, como autoridade monetária, apurado em balanço, nos termos da legislação

vigente.

27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares

Despesas orçamentárias que a administração é compelida a realizar em

decorrência da honra de avais, garantias, seguros, fianças e similares concedidos.

28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos

Despesas orçamentárias com encargos decorrentes da remuneração de cotas de

fundos autárquicos, à semelhança de dividendos, em razão dos resultados positivos desses

fundos.

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29 - Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Dependentes

Despesas orçamentárias com a distribuição de resultado positivo de empresas

estatais dependentes, inclusive a título de dividendos e participação de empregados nos

referidos resultados.

30 - Material de Consumo

Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel

automotivo; lubrificantes automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; gás

engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e

laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais; material de

coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de alimentação;

material de construção para reparos em imóveis; material de manobra e patrulhamento;

material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de expediente; material de

cama e mesa, copa e cozinha, e produtos de higienização; material gráfico e de

processamento de dados; aquisição de disquete; pen-drive; material para esportes e

diversões; material para fotografia e filmagem; material para instalação elétrica e

eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação; material odontológico,

hospitalar e ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; vestuário,

uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos; material de acondicionamento e embalagem;

suprimento de proteção ao voo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e

motores de navios e esquadra; explosivos e munições; bandeiras, flâmulas e insígnias e

outros materiais de uso não duradouro.

31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras

Despesas orçamentárias com a aquisição de prêmios, condecorações, medalhas,

troféus, bem como com o pagamento de prêmios em pecúnia, inclusive decorrentes de

sorteios lotéricos.

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32 – Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita

Despesas orçamentárias com aquisição de materiais, bens ou serviços para

distribuição gratuita, tais como livros didáticos, medicamentos, gêneros alimentícios e outros

materiais, bens ou serviços que possam ser distribuídos gratuitamente, exceto se

destinados a premiações culturais, artísticas, científicas, desportivas e outras.

33 - Passagens e Despesas com Locomoção

Despesas orçamentárias, realizadas diretamente ou por meio de empresa contratada,

com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou marítimas), taxas de

embarque, seguros, fretamento, pedágios, locação ou uso de veículos para transporte de

pessoas e suas respectivas bagagens, inclusive quando decorrentes de mudanças de

domicílio no interesse da administração.

34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

Despesas orçamentárias relativas à mão-de-obra constantes dos contratos de

terceirização, de acordo com o art. 18, § 1º, da Lei Complementar no 101, de 2000,

computadas para fins de limites da despesa total com pessoal previstos no art. 19 dessa Lei.

35 - Serviços de Consultoria

Despesas orçamentárias decorrentes de contratos com pessoas físicas ou

jurídicas, prestadoras de serviços nas áreas de consultorias técnicas ou auditorias

financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.

36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

Despesas orçamentárias decorrentes de serviços prestados por pessoa física

pagos diretamente a esta e não enquadrados nos elementos de despesa específicos, tais

como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física sem

vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente contratados; gratificação por

encargo de curso ou de concurso; diárias a colaboradores eventuais; locação de

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imóveis; salário de internos nas penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente à pessoa

física.

37 - Locação de Mão de Obra

Despesas orçamentárias com prestação de serviços por pessoas jurídicas para

órgãos públicos, tais como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em

que o contrato especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado.

38 - Arrendamento Mercantil

Despesas orçamentárias com contratos de arrendamento mercantil, com opção ou não

de compra do bem de propriedade do arrendador.

39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas

jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de

energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios

etc.); fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos

à conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e

materiais permanentes; software; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em

geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene;

serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários;

despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio-

creche (exclusive a indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e

outros congêneres, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso de

obrigações não tributárias.

41 - Contribuições

Despesas orçamentárias para as quais não correspondam contraprestação direta em

bens e serviços e não sejam reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a

atender a despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado,

observado o disposto na legislação vigente.

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42 - Auxílios

Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou

inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins

lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 e 26 da Lei

Complementar no 101/2000.

43 - Subvenções Sociais

Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições privadas de

caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16,

parágrafo único, e 17 da Lei nº 4.320, de 1964, observado o disposto no art. 26 da LRF.

45 – Subvenções Econômicas

Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções econômicas, a

qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais como: ajuda financeira a entidades

privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e

vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encargos de empréstimos e

financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição,

de venda e de manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras

operações com características semelhantes.

46 - Auxílio-Alimentação

Despesas orçamentárias com auxílio-alimentação pagas em forma de pecúnia, de

bilhete ou de cartão magnético, diretamente aos militares, servidores, estagiários ou

empregados da Administração Pública direta e indireta.

47 - Obrigações Tributárias e Contributivas

Despesas orçamentárias decorrentes do pagamento de tributos e contribuições

sociais e econômicas (Imposto de Renda, ICMS, IPVA, IPTU, Taxa de Limpeza Pública,

COFINS, PIS/PASEP etc.), exceto as incidentes sobre a folha de salários, classificadas

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como obrigações patronais, bem como os encargos resultantes do pagamento com

atraso das obrigações de que trata este elemento de despesa.

48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

Despesas orçamentárias com a concessão de auxílio financeiro diretamente a

pessoas físicas, sob as mais diversas modalidades, tais como ajuda ou apoio financeiro e

subsídio ou complementação na aquisição de bens, não classificados explícita ou

implicitamente em outros elementos de despesa, observado o disposto no art. 26 da Lei

Complementar nº 101/2000.

49 - Auxílio-Transporte

Despesas orçamentárias com auxílio-transporte pagas em forma de pecúnia, de bilhete

ou de cartão magnético, diretamente aos militares, servidores, estagiários ou empregados da

Administração Pública direta e indireta, destinado ao custeio parcial das despesas

realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual nos

deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, ou trabalho-

trabalho nos casos de acumulação lícita de cargos ou empregos.

51 - Obras e Instalações

Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento e conclusão de obras;

pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário à

realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; instalações que sejam

incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores, aparelhagem para ar

condicionado central etc.

52 - Equipamentos e Material Permanente

Despesas orçamentárias com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição;

aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios médico,

odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e equipamentos para esporte e diversões;

aparelhos e utensílios domésticos; armamentos; coleções e materiais bibliográficos;

embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento; equipamentos de proteção,

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segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos musicais e artísticos; máquinas,

aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e equipamentos gráficos e

equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório; máquinas,

ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas,

rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário em geral; obras de arte e peças para

museu; semoventes; veículos diversos; veículos ferroviários; veículos rodoviários; outros

materiais permanentes.

61- Aquisição de Imóveis

Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis considerados necessários à

realização de obras ou para sua pronta utilização.

62 - Aquisição de Produtos para Revenda

Despesas orçamentárias com a aquisição de bens destinados à venda futura.

63 - Aquisição de Títulos de Crédito

Despesas orçamentárias com a aquisição de títulos de crédito não representativos de

quotas de capital de empresas.

64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

Despesas orçamentárias com a aquisição de ações ou quotas de qualquer tipo de

sociedade, desde que tais títulos não representem constituição ou aumento de capital.

65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

Despesas orçamentárias com a constituição ou aumento de capital de empresas

industriais, agrícolas, comerciais ou financeiras, mediante subscrição de ações

representativas do seu capital social.

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66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos

Despesas orçamentárias com a concessão de qualquer empréstimo ou

financiamento, inclusive bolsas de estudo reembolsáveis.

67 - Depósitos Compulsórios

Despesas orçamentárias com depósitos compulsórios exigidos por legislação

específica, ou determinados por decisão judicial.

71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado

Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do principal da dívida

pública contratual, interna e externa.

72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do valor nominal do título

da dívida pública mobiliária, interna e externa.

73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor do principal da

dívida contratual, interna e externa, efetivamente amortizado.

74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor nominal do título da

dívida pública mobiliária, efetivamente amortizado.

75 - Corr. Monet. da Dívida de Op. de Créd. por Antecipação de Receita

Despesas orçamentárias com correção monetária da dívida decorrente de

operação de crédito por antecipação de receita.

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76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal da dívida pública

mobiliária, interna e externa, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos

provenientes da emissão de novos títulos da dívida pública mobiliária.

77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal da dívida pública

contratual, interna e externa, inclusive correção monetária ou cambial, com recursos

provenientes da emissão de títulos da dívida pública mobiliária.

81 - Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas

Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a outras esferas de governo

de receitas tributárias, de contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista na CF ou em

leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão transferidor.

91 - Sentenças Judiciais

Despesas orçamentárias resultantes de:

a) pagamento de precatórios, em cumprimento ao disposto no art. 100 e seus

parágrafos da Constituição, e no art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias - ADCT;

b) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de empresas

públicas e sociedades de economia mista, integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade

Social;

c) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de pequeno valor, na

forma definida em lei, nos termos do §3º do art. 100 da Constituição;

d) cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segurança e

Medidas Cautelares; e

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e) cumprimento de outras decisões judiciais.

92 - Despesas de Exercícios Anteriores

Despesas orçamentárias com o cumprimento do disposto no art. 37 da Lei nº

4.320, de 1964, que assim estabelece:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as

quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com

saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na

época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição

interrompida os compromissos reconhecidos após o encerramento

do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação

específica consignada no orçamento, discriminada por elemento,

obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

93 - Indenizações e Restituições

Despesas orçamentárias com indenizações, exclusive as trabalhistas, e restituições,

devidas por órgãos e entidades a qualquer título, inclusive devolução de receitas quando

não for possível efetuar essa devolução mediante a compensação com a receita

correspondente, bem como outras despesas de natureza indenizatória não classificadas

em elementos de despesas específicos.

94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas

Despesas orçamentárias resultantes do pagamento efetuado a servidores públicos

civis e empregados de entidades integrantes da administração pública, inclusive férias e

aviso-prévio indenizados, multas e contribuições incidentes sobre os depósitos do

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço etc., em função da perda da condição de

servidor ou empregado, podendo ser em decorrência da participação em programa de

desligamento voluntário, bem como a restituição de valores descontados indevidamente,

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quando não for possível efetuar essa restituição mediante compensação com a receita

correspondente.

95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

Despesas orçamentárias com indenizações devidas aos servidores que se afastarem de

seu local de trabalho, sem direito à percepção de diárias, para execução de trabalhos de

campo, tais como os de campanha de combate e controle de endemias; marcação,

inspeção e manutenção de marcos decisórios; topografia, pesquisa, saneamento básico,

inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais.

96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

Despesas orçamentárias com ressarcimento das despesas realizadas pelo órgão ou

entidade de origem quando o servidor pertencer a outras esferas de governo ou a empresas

estatais não dependentes e optar pela remuneração do cargo efetivo, nos termos das

normas vigentes.

97 - Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS

Despesas orçamentárias com aportes periódicos destinados à cobertura do déficit

atuarial do RPPS, conforme plano de amortização estabelecido em lei do respectivo

ente Federativo, exceto as decorrentes de alíquota de contribuição suplementar.

99 - A Classificar

Elemento transitório que deverá ser utilizado enquanto se aguarda a

classificação em elemento específico, vedada a sua utilização na