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Prezado (a) aluno (a), Seja bem-vindo (a) à quinta aula do Módulo Metrologia Legal. Nesta aula, você tomará conhecimento dos instrumentos de pesagem Não automáticos (IPNA). Tomará conhecimento de todos os seus detalhes e aferições que auxiliam na fidedignidade de sua utilização. Após a leitura do texto, assista a um vídeo sobre o referido assunto.
Ao final deste módulo, você encontrará dispon²vel no AVA alguns exerc²cios
que dever«o ser resolvidos visando à consolidação do conteúdo.
Em anexo, encontra-se a legislação que orienta o uso destes instrumentos de pesagem. Bons Estudos!
3
Sumário
1. Princípios e definições .................................................................................................... 11 1.1 Introdução ................................................................................................................................. 11
1.1.1 Histórico ................................................................................................................................ 11
1.1.2 OIML ..................................................................................................................................... 11
1.1.3 Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial ............... 12
1.1.4 Dimel – Diretoria de Metrologia Legal .................................................................................. 12
1.1.5 Dimas – Divisão de Instrumentos de Medição de Massa ..................................................... 12
1.1.6 Considerações gerais ........................................................................................................... 12 1.1.6.1 Noções básicas .............................................................................................................................. 12
1.1.6.2 Elementos básicos para a medição de massa ............................................................................... 13
1.1.7 Múltiplos e submúltiplos ........................................................................................................ 14
1.1.8 Unidades de medidas autorizadas pela 236/94 .................................................................... 14
1.2 Documentação pertinente ........................................................................................................ 14 1.2.1 Recomendação Internacional ............................................................................................... 14
1.2.2 Regulamento Técnico Metrológico - RTM ............................................................................ 15
1.2.3 Portaria ................................................................................................................................. 15
1.2.4 Normas ................................................................................................................................. 15
1.2.5 Ofícios Circulares ................................................................................................................. 16
1.3 Definições .................................................................................................................................. 16 1.3.1 Instrumento de pesagem ...................................................................................................... 16
1.3.2 IPA ........................................................................................................................................ 16
1.3.3 IPNA ..................................................................................................................................... 16
1.3.4 Exatidão ................................................................................................................................ 16
1.3.5 Classe de exatidão ............................................................................................................... 16
1.3.6 Valor de divisão real (d) – resolução .................................................................................... 16
1.3.7 Valor de divisão de verificação (e) ........................................................................................ 16
1.3.8 Carga Máxima (Max) ............................................................................................................ 16
1.3.9 Carga Mínima (Min) .............................................................................................................. 17
1.3.10 Número de divisões de verificação (n) ............................................................................... 17
1.3.11 Tara subtrativa .................................................................................................................... 17
1.3.12 Tara aditiva ......................................................................................................................... 17
1.3.13 Carga Limite (Lim) .............................................................................................................. 17
1.3.14 Controle metrológico ........................................................................................................... 17
1.3.15 Aprovação de modelo ......................................................................................................... 17
1.3.16 Verificação metrológica ...................................................................................................... 17
1.3.17 Inspeção (em serviço) ........................................................................................................ 17
1.3.18 Marcação ............................................................................................................................ 17
4
1.3.19 Marcas de verificação ......................................................................................................... 18
1.3.20 Marcas de selagem ............................................................................................................ 18
1.3.21 Construção dos instrumentos ............................................................................................. 18 1.3.21.1 Dispositivos Principais .................................................................................................................. 18
1.3.21.2 Dispositivos Complementares ...................................................................................................... 18
2. Requisitos referentes à IPNA ......................................................................................... 19 2.1 Tipos de instrumentos (236/94) ............................................................................................... 19 2.2 Tipos de equilíbrio .................................................................................................................... 19 2.3 Prescrições metrológicas ........................................................................................................ 20
2.3.1 Classificação ......................................................................................................................... 20
2.3.2 Instrumentos de múltiplas divisões ....................................................................................... 20
2.3.3 Instrumentos de múltiplas faixas .......................................................................................... 20
2.3.4 Dispositivos indicadores auxiliares (d) .................................................................................. 20
2.4 Erro máximo admissível (ema) ................................................................................................ 20 2.4.1 Tabela com erros (Tabela 4) ................................................................................................ 21
2.4.2 Erros nas verificações .......................................................................................................... 21
2.4.3 Erros na inspeção em serviço .............................................................................................. 21
2.4.4 Avaliação do erro .................................................................................................................. 21
2.4.4.1 Instrumentos com indicação analógica ou e ≠ d com d < 0,2.e ..................................................... 21
2.4.4.2 Instrumentos com indicação digital, e = d ou d ≥ 0,2.e .................................................................. 22
3. Informações apresentadas em portarias de aprovação de modelo ............................ 22 3.1 Modelo de portaria de aprovação ............................................................................................ 22
4. Verificação de IPNA ......................................................................................................... 24 4.1 Documentos, equipamentos e materiais. ............................................................................... 24
4.1.1 Documentos .......................................................................................................................... 24
4.1.2 Equipamentos ....................................................................................................................... 25 4.1.2.1 Rastreabilidade ............................................................................................................................... 25
4.1.3 Materiais ............................................................................................................................... 25 4.1.3.1 Materiais de selagem ..................................................................................................................... 25
4.1.3.2 Materiais para manuseio ................................................................................................................ 25
4.1.4 Proteção e manuseio dos pesos padrão transportados ....................................................... 25
4.2 Condições gerais de verificação ............................................................................................. 26 4.2.1 Verificação Inicial .................................................................................................................. 26
4.2.1.1 Ensaios em verificação inicial ......................................................................................................... 26
4.2.1.2 Meios para verificação .................................................................................................................... 27
4.2.1.3 Conformidade ................................................................................................................................. 27
4.2.2 Verificação subseqüente ...................................................................................................... 27 4.2.2.1 Ensaios em verificação subsequente ............................................................................................. 27
4.2.3 Inspeção em serviço ............................................................................................................. 28
5
4.2.3.1 Ensaios de Inspeção em serviço .................................................................................................... 28
4.2.4 Local de instalação ............................................................................................................... 28
4.2.5 Marcas de verificação e selagem ......................................................................................... 29 4.2.5.1 Emissão de certificado .................................................................................................................... 29
4.2.5.2 Posição das marcas de verificação .................................................................................................. 29
4.2.5.3 Selagem .......................................................................................................................................... 29
4.3 Condições específicas das verificações ................................................................................ 30 4.3.1 Inspeção visual ..................................................................................................................... 30
4.3.1.1 Exames funcionais ......................................................................................................................... 30
4.3.2 Inscrições descritivas ............................................................................................................ 31 4.3.2.1 Inscrições Obrigatórias ................................................................................................................... 31
4.3.2.2 Inscrições obrigatórias, quando aplicável ...................................................................................... 32
4.3.2.3 Inscrições adicionais ...................................................................................................................... 32
5. Ensaios ............................................................................................................................. 32 5.1 Condições normais de ensaio (subitem 3.5.3.1 do RTM) ...................................................... 32 5.2 Retorno a zero automático e manutenção de zero ................................................................ 32 5.3 Posição de referência antes dos ensaios ............................................................................... 33 5.4 Pré-aquecimento ....................................................................................................................... 33 5.5 Pré-carregamento ..................................................................................................................... 33 5.6 Instrumento de múltiplas faixas .............................................................................................. 33 5.7 Instrumentos de valores de divisão múltiplos ....................................................................... 33 5.8 Ensaios a serem realizados (Tabela 6) ................................................................................... 34 5.9 Instrumentos com mais de um dispositivo indicador. (subitem 3.6.3 do RTM) .................. 34 5.10 Diferentes posições de equilíbrio (subitem 3.6.4 do RTM) ................................................. 34
5.11 Ensaios de verificação e inspeção para classes de exatidão e ....................... 34
5.11.1 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de retorno a zero .............................. 34 5.11.1.1 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático ...... 34
5.11.1.2 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero dispositivo automático de retorno a zero
ou manutenção de zero .............................................................................................................................. 35
5.11.1.3 Instrumentos com indicação analógica em verificação inicial ...................................................... 35
5.11.1.4 Instrumentos com indicação analógica em verificação subseqüente ou inspeção em serviço ... 35
5.11.2 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de tara .............................................. 35 5.11.2.1 Instrumentos com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático: ................. 35
5.11.2.2 Instrumentos com dispositivo automático de retorno a zero ou manutenção de zero: ................ 36
5.11.3 Procedimento de ensaio de pesagem ................................................................................ 36 5.11.3.1 Procedimento de ensaio de pesagem com substituição de cargas ............................................. 37
5.11.4 Procedimento de ensaio de excentricidade ........................................................................ 37
5.11.4.1 Instrumentos com receptor de carga não tendo mais do que 4 pontos de apoio (n ≤ 4)............. 38
5.11.4.2 Instrumentos com receptor de carga tendo mais do que quatro pontos de apoio (n > 4) ........... 38
5.11.4.3 Instrumentos com receptores de carga especiais (ex.: reservatório e tremonha) ....................... 39
6
5.11.4.4 Instrumentos para pesagem de cargas rolantes .......................................................................... 39
5.11.5 Procedimento de ensaio de mobilidade .............................................................................. 40 5.11.5.1 Instrumentos de equilíbrio não automático .................................................................................. 40
5.11.5.2 Instrumentos de equilíbrio semi – automático ou automático ...................................................... 40
5.11.6 Procedimento de ensaio de sensibilidade de um instrumento de equilíbrio não automático
....................................................................................................................................................... 41
5.11.7 Procedimento de ensaio de fidelidade ................................................................................ 41
5.11.8 Procedimento de ensaio de pesagem com tara ................................................................. 42
5.11.9 Procedimento de ensaio de estabilidade de equilíbrio ....................................................... 43 5.11.9.1 Impressão ..................................................................................................................................... 43
5.11.9.2 Armazenamento de dados ........................................................................................................... 44
5.12 Ensaios de verificação e inspeção para classes de exatidão e ....................... 44
5.12.1 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de retorno a zero .............................. 45 5.12.1.1 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático ...... 45
5.12.1.2 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero dispositivo automático de retorno a zero
ou manutenção de zero .............................................................................................................................. 45
5.12.1.4 Instrumentos com indicação analógica ........................................................................................ 45
5.12.2 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de tara .............................................. 45 5.12.2.1 Instrumentos com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático .................. 45
5.12.2.2 Instrumentos com dispositivo automático de retorno a zero ou manutenção de zero ................. 45
5.12.3 Procedimento de ensaio de pesagem ................................................................................ 45
5.12.4 Procedimento de ensaio de excentricidade ........................................................................ 46 5.12.4.1 Considerações gerais ................................................................................................................... 46
5.12.4.2 Procedimento de ensaio ............................................................................................................... 47
5.12.5 Procedimento de ensaio de mobilidade .............................................................................. 47 5.12.5.1 Instrumentos de equilíbrio não automático .................................................................................. 47
5.12.5.2 Instrumentos de equilíbrio semi – automático ou automático ...................................................... 47
5.12.6 Procedimento de ensaio de sensibilidade de um instrumento de equilíbrio não automático
....................................................................................................................................................... 48
5.12.7 Procedimento de ensaio de fidelidade ................................................................................ 48
5.12.8 Procedimento de ensaio de pesagem com tara ................................................................. 49
5.12.9 Procedimento de ensaio de estabilidade de equilíbrio ....................................................... 50 5.12.9.1 Impressão ..................................................................................................................................... 50
5.12.9.2 Armazenamento de dados ........................................................................................................... 51
6. Instrumentos de Pesagem Automáticos - IPA .............................................................. 52 6.1 Pesagem dinâmica de veículos ............................................................................................... 52
6.1.1 Rodoviários (R-134) .............................................................................................................. 52
6.1.2 Ferroviários (R-106) .............................................................................................................. 52
6.2 Dosadoras gravimétricas (R-61) .............................................................................................. 52 6.3 Totalizadoras descontínuas (R-107) ........................................................................................ 52
7
6.4 Totalizadoras contínuas (R-50) ................................................................................................ 52 6.5 “Catchweight” (R-51) ................................................................................................................ 52
Glossário......................................................................................................................................... 53
Referências................................................................................................................................... 53
8
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Múltiplos e Submúltiplos ...................................................................................................................... 14
Tabela 2 - Recomendações Internacionais ........................................................................................................... 15
Tabela 3 - Classificação dos Instrumentos ........................................................................................................... 20
Tabela 4 - Erros Máximos Admissíveis (ema) ....................................................................................................... 21
Tabela 5 - Tempo de pré-aquecimento ................................................................................................................. 33
Tabela 6 – Ensaios a serem realizados ................................................................................................................ 34
Tabela 7 - Exemplo de ensaio de estabilidade de equilíbrio - Impressão ............................................................ 44
Tabela 8 - Exemplo de ensaio de estabilidade de equilíbrio - Impressão ............................................................ 51
9
Índice de Figuras
Figura 1 - Tipos de receptores de carga – posição das cargas ............................................................................ 38
Figura 2 - Posição das cargas ............................................................................................................................... 39
Figura 3 - Esquema do receptor de carga ............................................................................................................. 39
Figura 4 - Exemplo para instrumento com e = 10g ............................................................................................... 41
Figura 5 - Tipos de receptores de carga – posição das cargas ............................................................................ 47
10
Índice de Equações
Equação 1 - Avaliação do erro para instrumentos com indicação analógica ....................................................... 21
Equação 2 - Indicação antes do arredondamento ................................................................................................ 22
Equação 3 - Erro antes do arredondamento ......................................................................................................... 22
Equação 4 - Avaliação do erro para instrumentos com indicação digital ............................................................. 22
Equação 5 - Erro corrigido antes do arredondamento .......................................................................................... 22
Equação 6 - Erro de indicação do zero (instrumentos com retorno a zero não automático e semi-automático) . 35
Equação 7 - Erro de indicação do zero (instrumentos com retorno a zero automático ou manutenção de zero) 35
Equação 8 - Ensaio de excentricidade - carga aplicada com mais de 4 pontos de apoio .................................... 38
Equação 9 - Ensaio de excentricidade - carga aplicada com mais de 4 pontos de apoio sem tara aditiva ......... 38
Equação 10 - Ensaio de fidelidade - P para instrumentos com indicação digital ................................................. 42
Equação 11 - Ensaio de fidelidade - P para instrumentos com indicação analógica ........................................... 42
Equação 12 - P para instrumentos com indicação digital com e = d ou d ≥ 0,2.e, sendo e ≥ 10mg .................... 49
Equação 13 - P para instrumentos com indicação digital com e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d < 10 mg ..................... 49
11
1. Princípios e definições
1.1 Introdução
Esta Treinamento baseia-se no Regulamento Técnico Metrológico aprovado pela Portaria Inmetro nº
236 de 22 de dezembro de 1994, e aplica-se a todos os Instrumentos de Pesagens Não Automáticos, a seguir
denominados “instrumentos”, segundo a finalidade de sua utilização. Esses instrumentos se distinguem para
esse efeito em instrumentos empregados para:
a) determinação da massa para transações comerciais;
b) determinação da massa para cálculo de pedágio, tarifa, imposto, prêmio, multa, remuneração,
subsídio, taxa ou um tipo similar de pagamento;
c) determinação da massa para aplicação de uma legislação ou de uma regulamentação, ou para
execução de perícias;
d) determinação da massa na prática na prática de profissionais da área da saúde no que concerne à
pesagem de paciente por razões de controle, de diagnóstico e de tratamento;
e) determinação da massa para a fabricação de medicamentos e cosméticos;
f) determinação da massa quando da realização da análises químicas, clínicas, médicas, de
alimentos, farmacêuticas, toxicológicas, ambientais, e outras em que seja necessário garantir a
fidedignidade dos resultados, a justeza nas relações comerciais, a proteção do meio ambiente e a
saúde e a segurança do cidadão;
g) determinação da massa de materiais utilizados em atividades industriais e comerciais cujo o
resultado possa, direta ou indiretamente, influenciar no preço do produto ou do serviço, ou afetar o
meio ambiente ou a incolumidade das pessoas.
Nota: Este campo de aplicação foi atualizado pela Portaria Inmetro nº 166, de 17 de maio de 2007.
1.1.1 Histórico
A metrologia no Brasil se fundamenta na lei 5966 de 11 de dezembro de 1973 que instituiu o Sinmetro,
Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Foram criados simultaneamente seus
órgãos normativos e deliberativos, respectivamente, o Conmetro e o Inmetro. Em 1999, a Lei 9933 alterou e
revogou alguns itens da Lei 5966/73 e instituiu a taxa de serviços metrológicos. A atual tabela de taxas de
serviços metrológicos foi instituída pela Lei nº 10829 de 23 de dezembro de 2003.
1.1.2 OIML
Entidade intergovernamental criada em 1955 através de uma Convenção Internacional realizada em
Paris. Atualmente, conta com 58 Estados Membros e 51 Países Membros Correspondentes. Os Estados
Membros expressam seus pontos de vista nos projetos, participam das reuniões dos Grupos de Trabalho e das
votações. Os Países Membros Correspondentes são informados apenas em sua fase final, quando os
documentos estão em aprovação.
O Brasil aderiu à Convenção Internacional, que instituiu a OIML, através do Decreto Legislativo nº 104
de 5 de dezembro de 1983, que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 1984.
12
Como Estado Membro da OIML, recebe toda sua correspondência e é chamado a votar e opinar nos
diversos projetos elaborados pelos grupos de trabalho da OIML. A correspondência é encaminhada ao Diretor
da Dimel, que é o representante do Brasil no CIML.
1.1.3 Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
O Inmetro é o órgão executivo do Sinmetro (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial).
1.1.4 Dimel – Diretoria de Metrologia Legal
No âmbito da metrologia legal compete à Dimel: orientar, planejar dirigir, coordenar, controlar e
promover a execução da metrologia legal e de seus projetos de regulamentos técnicos metrológicos em todo o
território nacional.
1.1.5 Dimas – Divisão de Instrumentos de Medição de Massa
Divisão da Dimel responsável pela execução das atribuições referentes aos instrumentos de pesagem
e medidas materializadas de massa (pesos padrão.)
1.1.6 Considerações gerais
Qual é o erro que se constata na resposta anterior?
É o mesmo erro que aparece nas embalagens de produtos, como, biscoitos, macarrão, feijão, sal, etc...
As unidades empregadas nessas embalagens (grama e quilograma) são unidades de massa e não de
peso.
Então, para a pergunta “Quanto você pesa?”, a melhor resposta seria: “Eu peso 600 N, considerando
g = 10m/s2.”
Quanto à indicação da quantidade de um produto, é melhor usar a expressão “massa líquida”.
1.1.6.1 Noções básicas
1.1.6.1.1 Peso de um corpo
Todos sabemos que se largarmos um corpo qualquer nas proximidades da Terra, estes caem em
direção ao solo. Este fenômeno muito comum tem a seguinte explicação: A Terra cria em torno de si um campo
de forças denominado campo gravitacional terrestre. Qualquer corpo situado neste campo recebe da Terra
uma força atrativa dirigida para o centro.
— Quanto você pesa?
— Eu peso 60 kg
Peso Líquido: 500 g
Massa líquida: 500g
13
Desprezando os efeitos ligados à rotação da Terra, podemos dizer que:
“Peso de um corpo é a força de atração gravitacional que a Terra exerce sobre ele.”
Sendo “m” a massa de um corpo e “g” a aceleração gravitacional, o peso “P” é algebricamente
determinado pela expressão:
Obs.: Como o peso é uma força, sua unidade no Sistema Internacional de Unidade (SI) é o Newton (N).
Nota: A massa de um corpo é uma característica sua, sendo constante em qualquer posto do universo,
o mesmo não ocorre com o peso, que é determinado em função do local já que depende do campo
gravitacional. Levando-se um corpo do Equador para o Polo Norte, por exemplo, verifica-se que seu peso
aumenta devido ao aumento da força gravitacional. Por outro lado, na Lua uma mesma pessoa pesa cerca de
seis vezes menos que na Terra, uma vez que na superfície lunar o módulo da aceleração da gravidade é
aproximadamente seis vezes menor que na superfície terrestre.
1.1.6.1.2 Massa de um corpo
Partindo das definições físicas de matéria e corpo, podemos definir conceitualmente o que vem a ser
massa. Sendo a matéria tudo o que existe e ocupa lugar no espaço e, corpo um parcela dessa matéria,
formada por partículas ou pontos materiais, podemos definir:
Toda matéria existente no universo, em qualquer estado em que se apresente possui massa. A
quantidade de massa de um corpo constitui-se de uma grandeza física possível de ser determinada.
No “SI”, a unidade de massa é o quilograma (kg), que corresponde à massa de um corpo cilíndrico de
platina iridiada, conservado no Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), em Sèvres, França.
Denominado “Protótipo Internacional do Quilograma”.
1.1.6.2 Elementos básicos para a medição de massa
Medir a massa de um corpo é compará-la com a massa da unidade e exprimir o resultado desta
operação. Para realizar um medição de massa de um corpo qualquer são necessárias o seguintes elementos:
• Unidades de padrão de massa;
• Método de medição; e
• Instrumentos para medição de massa.
P = m x g
Massa é a matéria que compõe um corpo qualquer.
GLOSSÁRIO
exprimir → v.t. expressar, declarar; falar; traduzir; manifestar.
GLOSSÁRIO
rotação → s.f. giro; movimento giratório;
14
1.1.7 Múltiplos e submúltiplos
Os múltiplos e submúltiplos do grama estão descritos na Tabela 1.
Tabela 1 - Múltiplos e Submúltiplos
FATOR PREFIXO SÍMBOLO 10 24 yotta Y
10 21 zetta Z 1018 exa E 1015 peta P 1012 tera T 10 9 giga G 10 6 mega M 10 3 quilo k 10 2 hecto h 101 deca da unidade 10 1− deci d 10 2− centi c 10 3− mili m 10 6− micro μ
10 9− nano n 10 12− pico p
10 15− femto f
10 18− atto a 10 21− zepto z 10 24− yocto y
1.1.8 Unidades de medidas autorizadas pela 236/94
As unidades de medida de massa autorizadas nos instrumentos de pesagem são: o quilograma (kg), o
micrograma (μg), o miligrama (mg), o grama (g) e a tonelada (t).
Para aplicações especiais, tais como o comércio de pedras preciosas, o quilate métrico pode ser
utilizado como unidade de medida. O símbolo do quilate é o (ct) e 01 quilate é igual a 0,2g.
1.2 Documentação pertinente
1.2.1 Recomendação Internacional
As OIML R são sancionadas pela Conferência Internacional de Metrologia Legal e, de acordo com a
Convenção que criou a OIML, os Estados Membros ficam na obrigação moral de aplicá-las, na medida do
15
possível. A princípio, essa aplicação pode ser feita pela harmonização dos regulamentos nacionais existentes
ou pela adoção direta da Recomendação como regulamento nacional.
Recomendações Internacionais referentes à instrumentos de pesagem são mostradas na Tabela 2.
Tabela 2 - Recomendações Internacionais
Número Assunto Ano da edição
R 50 Instrumentos de pesagem totalizadores contínuos de funcionamento automático 1997
R 51 Instrumentos de pesagem do tipo “catchweighing” de funcionamento automático Em revisão
R 60 Regulamentação metrológica para células de carga 2000
R 61 Instrumentos de pesagem dosadores gravimétricos de funcionamento automático 2004
R 76 Instrumentos de pesagem de funcionamento não-automático 1992
R 106 Instrumentos de pesagem dinâmica ferroviária 1997
R 107 Instrumento de pesagem descontínua de funcionamento automático (totalizando
a pesagem do alimentador) 1997
R 134 Instrumentos de pesagem dinâmica rodoviária 2003
1.2.2 Regulamento Técnico Metrológico - RTM
Conjunto de prescrições técnicas ou metrológicas, baixado por Portaria do Presidente do Inmetro e relativo aos instrumentos de medição, medidas materializadas e mercadorias pré-medidas, previstos no campo de atuação da metrologia legal.
1.2.3 Portaria
Ato emanado de Ministro de Estado, Secretário de Estado, e Dirigentes de Órgãos ou Entidades da
Administração Pública, que objetiva dar instruções concernentes à administração de pessoal ou de serviço e,
ainda, orientar a aplicação de textos legais e disciplinar matérias de sua competência, que não esteja regulada
por lei ou decreto.
Portarias Inmetro referentes à instrumentos de pesagem:
• 233/1994
• 236/1994
• 33/1998
• 261/2002
• 154/2005
• 224/2005
• 239/2005
• 166/2007
1.2.4 Normas
As Normas internas específicas contém procedimentos práticos a serem adotados na execução do
controle metrológico.
Normas aprovadas:
• Nie-Dimel-014
• Nie-Dimel-084
GLOSSÁRIO emanado → v. tr. ind. originar-se. concernentes - adj. Relativo; atinente; pertencente.
16
1.2.5 Ofícios Circulares
Ofícios circulares encaminhados pelo Diretor de Metrologia Legal aos órgãos da RBMLQ-I, com
orientações, esclarecimentos e interpretações de leis, normas ou portarias concernentes ao trabalho.
Ofícios Dimel: 13/1998, 13/1999, 18/2000, 69/2004 e 55/2006
1.3 Definições
1.3.1 Instrumento de pesagem
Instrumento de medir empregado a determinar a massa de um corpo utilizando-se a ação da gravidade
sobre este corpo.
Estes instrumentos podem servir igualmente para determinar outras grandezas, quantidades ou
características em função da massa.
1.3.2 IPA
Instrumentos que não necessitam da intervenção de um operador durante o processo de pesagem.
1.3.3 IPNA
Instrumentos que necessitam da intervenção de um operador durante o processo de pesagem, por
exemplo, para depositar ou remover do receptor a carga a ser medida e também para a obtenção do resultado.
1.3.4 Exatidão
Aptidão do instrumento para dar respostas próximas a um valor verdadeiro. Exatidão é um conceito
qualitativo.
O termo precisão não deve ser utilizado como exatidão.
1.3.5 Classe de exatidão
Classe em que os instrumentos satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a conservar os
erros dentro de limites especificados.
1.3.6 Valor de divisão real (d) – resolução
Valor expresso em unidades de massa:
• da diferença entre os valores correspondentes a duas marcas de escala consecutiva, para uma unidade
analógica, ou
• da diferença entre duas indicações consecutivas, para uma indicação digital.
1.3.7 Valor de divisão de verificação (e)
Valor expresso em unidades de massa utilizado para a classificação e a verificação de um instrumento.
1.3.8 Carga Máxima (Max)
Capacidade máxima de pesagem, sem considerar a capacidade aditiva de tara.
GLOSSÁRIO
tara → s.f. desconto no peso de mercadorias.
17
1.3.9 Carga Mínima (Min)
Valor da carga abaixo do qual os resultados das pesagens podem estar sujeitos a um erro relativo
excessivo.
1.3.10 Número de divisões de verificação (n)
Quociente da carga máxima pelo valor de divisão de verificação, ou seja: n = Max / e
1.3.11 Tara subtrativa
Dispositivo que permite conduzir a indicação do instrumento a zero quando uma carga está sobre o
dispositivo receptor e carga reduzindo a faixa de pesagem das cargas líquidas.
1.3.12 Tara aditiva
Dispositivo que permite conduzir a indicação do instrumento a zero quando uma carga está sobre o
dispositivo receptor e carga sem restringir a faixa de pesagem das cargas líquidas.
1.3.13 Carga Limite (Lim)
Carga estática máxima que o instrumento pode suportar sem alterar de forma permanente suas
qualidades metrológicas.
1.3.14 Controle metrológico
Conjunto de atividades de metrologia legal, visando a garantia metrológica.
O controle metrológico legal compreende: o controle legal dos instrumentos de medição, a supervisão
metrológica e a perícia metrológica.
1.3.15 Aprovação de modelo
Decisão de caráter legal, baseada no relatório de apreciação técnica, reconhecendo que o modelo de
um instrumento de medição satisfaz às exigências regulamentares e pode ser utilizado no campo regulado
fornecendo resultados confiáveis durante um período de tempo definido.
1.3.16 Verificação metrológica
Conjunto de operações, compreendendo o exame, a marcação ou selagem e/ou a emissão de um
certificado, e que conste que o instrumento de medir ou medida materializada satisfaz as exigências
regulamentares.
1.3.17 Inspeção (em serviço)
Parte do sistema de controle metrológico que atende a uma determinação superior obedecendo às
prescrições técnicas constantes do RTM ou decorre de uma programação de atividade de supervisão
metrológica
1.3.18 Marcação
Aposição de uma ou várias marcas de verificação, reprovação, selagem ou de reprovação de modelo.
18
1.3.19 Marcas de verificação
Marca colocada em um instrumento de medição, certificando que a verificação do instrumento foi
efetuada com resultados satisfatórios.
A marca de verificação pode verificar a organização responsável pela verificação e, ainda, indicar o ano
ou a data da verificação ou sua data de expiração.
1.3.20 Marcas de selagem
Marca destinada a proteger o instrumento de medição contra qualquer modificação, ajuste, remoção de
componentes, etc., não autorizados.
1.3.21 Construção dos instrumentos
1.3.21.1 Dispositivos Principais
a) Dispositivo receptor de carga.
Parte do instrumento destinada a receber a carga.
Ex.: prato, plataforma, gancho.
b) Dispositivo transmissor de carga.
Parte do instrumento que transmiti ao dispositivo medidor de carga, a força resultante da carga que
age sobre o dispositivo receptor.
Ex.: alavancas, travessões.
c) Dispositivo medidor de carga.
Parte do instrumento que serve para medir a massa da carga.
Ex.: célula de carga, barras de pesagem.
d) Dispositivo receptor de contrapeso
Parte do dispositivo medidor de carga destinada a receber os contrapesos, quando o equilíbrio se
efetua total ou parcialmente por meio de pesos.
e) Dispositivo indicador.
Parte do instrumento sobre a qual é obtida a leitura direta do resultado.
f) Órgão indicador
Órgão que indica o equilíbrio ou o resultado.
Para instrumentos de uma única posição de equilíbrio, indica somente o equilíbrio (zero).
Para instrumentos de várias posições de equilíbrio, indica simultaneamente o equilíbrio e o
resultado.
Para instrumentos eletrônicos, o órgão indicador se constituí no mostrador.
1.3.21.2 Dispositivos Complementares
a) Dispositivo de nivelamento
Dispositivo que permite colocar o instrumento em sua posição de referência.
b) Dispositivo de retorno à zero.
Dispositivo que permite levar a indicação do instrumento à zero, quando não há carga no
dispositivo receptor de carga.
GLOSSÁRIO
expiração → Vem de expirar: “expelir (ar) pelos pulmões; exalar último suspiro; morrer; chegar ao fim”.
19
c) Dispositivo de trava
Dispositivo que permite imobilizar todo ou parte do mecanismo de um instrumento.
2. Requisitos referentes à IPNA
2.1 Tipos de instrumentos (236/94)
a) Graduados sem dispositivo indicador auxiliar (e = d).
São aqueles instrumentos que permitem a leitura direta do resultado de pesagem.
Ex.: balanças com escalas numeradas (algarismos ou dígitos) em unidades de massa.
b) Graduados com dispositivo indicador auxiliar.
O valor de e é estabelecido pelo fabricante conforme a tabela de classificação dos instrumentos e
valor de divisão de verificação.
São aqueles instrumentos que permitem a leitura direta do resultado de pesagem.
Ex.: balanças com escalas numeradas (algarismos ou dígitos) em unidades de massa.
São encontrados somente nos instrumentos de classes e , que deve ser:
- Um dispositivo “a cavaleiro” , ou
- Um dispositivo de interpolação de leitura, ou
- Um dispositivo indicador complementar, ou
- Um dispositivo indicador de valor de divisão diferenciado.
Estes dispositivos somente são permitidos à direita do sinal decimal.
Um instrumento de múltiplos valores de divisão não pode ser dotado de um dispositivo indicador
auxiliar.
c) Não graduados.
O valor de e é estabelecido pelo fabricante conforme as condições da classificação dos
instrumentos.
São aqueles instrumentos que não possuem escalas numeradas em unidades de massa.
Ex.: balanças que indicam, apenas, a posição de equilíbrio. A leitura é feita através dos pesos
padrões aplicados.
2.2 Tipos de equilíbrio a) Equilíbrio automático.
Instrumentos nos quais a posição de equilíbrio é obtida sem a intervenção do operador.
Ex.: Balanças mecânicas de leitura direta ou balanças eletrônicas.
b) Equilíbrio semi-automático
Instrumentos que possuem uma faixa de pesagem de equilíbrio automático, no qual o operador
intervém para modificar os limites desta faixa.
Ex.: balança mecânicas de inclinação.
c) Equilíbrio não automático
Instrumentos nos quais a posição de equilíbrio é obtida inteiramente pelo operador.
Ex.: balanças mecânicas de pesos cursores.
20
2.3 Prescrições metrológicas
2.3.1 Classificação
Os instrumentos são classificados de acordo com suas características metrológicas e o campo de
aplicação. O valor de divisão de verificação o número de valores de divisão de verificação e a carga mínima
devem ser como estabelecido na Tabela 3, em função da classe de exatidão dos instrumentos.
Tabela 3 - Classificação dos Instrumentos
Classe de
Exatidão
Valor de divisão
de verificação
(e)
Número de valores de divisão de
verificação (n = Max/e)
mínimo máximo
Carga Mínima(Min)
(limite inferior)
Especial
0,001g ≤ e
50000
100e
Fina
0,001g ≤ e ≤ 0.05g 0,1g ≤ e
100 5 000
100 000 100 000
20e 50e
Média
0,1g ≤ e ≤ 2g 5g ≤ e
100 500
10 000 10 000
20e 20e
Ordinária
5g ≤ e 100 1 000 10e
2.3.2 Instrumentos de múltiplas divisões
Instrumento que possui uma só faixa de pesagem, a qual é dividida em faixas de pesagens parciais,
cada faixa com um valor de divisão diferente, sendo a faixa de pesagem determinada automaticamente
conforme a carga aplicada, tanto para cargas crescentes como decrescentes.
2.3.3 Instrumentos de múltiplas faixas
Um instrumento possuindo duas ou mais faixas de pesagem com diferentes cargas máximas e
diferentes valores de divisão para o mesmo receptor de carga, cada faixa estendendo-se de 0 (zero) a sua
respectiva carga máxima.
2.3.4 Dispositivos indicadores auxiliares (d)
Dispositivo indicador digital cujo último algarismo após o sinal decimal é nitidamente diferenciado dos
outros algarismos.
2.4 Erro máximo admissível (ema)
Os erros máximos admissíveis para as cargas crescentes e decrescentes são estabelecidos na tabela
abaixo:
21
2.4.1 Tabela com erros (Tabela 4)
Tabela 4 - Erros Máximos Admissíveis (ema)
Erros
Máximos
admissíveis
em
Verificação
Inicial
Para as cargas m, expressas em valores de divisão de verificação e
Classe
Classe
Classe
Classe
± 0,5 e
0 ≤ m ≤ 50 000
0 ≤ m ≤ 5 000
0 ≤ m ≤ 500
0 ≤ m ≤ 50
± 1,0 e
50 000< m ≤ 200 000
5 000 < m ≤ 20 000
500 < m ≤ 2 000
50 < m ≤ 200
± 1,5 e
200 000 < m
20 000 < m ≤ 100 000
2 000 < m ≤ 10 000
200< m ≤ 1 000
2.4.2 Erros nas verificações
Os erros máximos admissíveis na verificação inicial e subsequente são os mesmos da Tabela 4.
2.4.3 Erros na inspeção em serviço
Os erros máximos admissíveis em serviço são iguais ao dobro dos erros máximos permitidos na
verificação inicial.
2.4.4 Avaliação do erro
Quando a avaliação de erro é feita, é importante levar em consideração o erro de arredondamento,
pois, normalmente durante a verificação, não é possível mostrar a indicação com um valor de divisão menor do
que e. O único caso onde não há necessidade de cargas adicionais é quando não há diferença entre a carga
aplicada e a indicação, durante todo o ensaio.
2.4.4.1 Instrumentos com indicação analógica ou e ≠ d com d < 0,2.e
Para instrumentos com indicação analógica, a avaliação do erro é feita calculando-se a diferença entre
o valor indicado (I) e o valor nominal da carga (L) aplicada sobre o instrumento, conforme Equação 1 a seguir:
Equação 1 - Avaliação do erro para instrumentos com indicação analógica
LIE −=
22
2.4.4.2 Instrumentos com indicação digital, e = d ou d ≥ 0,2.e
Para os instrumentos com indicação digital, os pontos de mudança de indicação são utilizados para
determinar a indicação do instrumento, antes do arredondamento, como descrito a seguir:
Para uma certa carga (L), o valor indicado (I) é anotado. Pesos adicionais de (1/10).e são,
sucessivamente, adicionados até que a indicação do instrumento aumente, sem ambigüidade, de um valor de
divisão real (I + e). A carga adicional ∆L colocada sobre o receptor de carga dá uma indicação (P) antes do
arredondamento, usando-se a Equação 2:
Equação 2 - Indicação antes do arredondamento
( ) LeIP Δ−⋅+= 21
onde o erro antes do arredondamento é dado pela Equação 3:
Equação 3 - Erro antes do arredondamento
LPE −=
Logo, a partir da Equação 2 e Equação 3 temos a Equação 4:
Equação 4 - Avaliação do erro para instrumentos com indicação digital
( ) LLeIE −Δ−⋅+= 21
O erro corrigido antes do arredondamento é dado pela Equação 5 a seguir:
Equação 5 - Erro corrigido antes do arredondamento
emaEEEC ≤−= 0
Onde :
P é a indicação antes do arredondamento (indicação digital);
I é o valor indicado pelo instrumento;
e é o valor de divisão de verificação;
∆L é a carga adicional.
L é a carga aplicada.
E é o erro antes do arredondamento;
Ec é o erro corrigido antes do arredondamento;
E0 é o erro calculado em zero ou para uma carga próxima de zero;
ema é o erro máximo admissível.
3. Informações apresentadas em portarias de aprovação de modelo
3.1 Modelo de portaria de aprovação
1- Característicos dos modelos
Este item descreve as seguintes informações:
a) Fabricante;
GLOSSÁRIO
ambigüidade → s.f. qualidade do que é ambíguo; obscuridade.
23
b) requerente;
c) descrição resumida do modelo;
d) marca;
e) tabela descrevendo as principais características por modelo como classe de exatidão, valor de
divisão de verificação, valor de divisão real, efeito máximo de carga mínima e dimensões do
dispositivo receptor de carga;
f) descrição das características principais do dispositivo indicador como por exemplo tipo de
mostrador, teste de inicialização, indicações principais (massa medida, preço unitário,
sobrecarga, etc.), indicações secundárias (menus, mensagens de erros, etc.);
g) descrição das legendas presentes no instrumento como por exemplo indicação de zero,
funcionamento de tara entre outros;
h) descrição dos dispositivos complementares como por exemplo as teclas, dispositivo de
manutenção de zero, dispositivo indicador de nível e interfaces.
2- Forma, dimensões e qualidades dos materiais
Informação de que as características acima estão contidas no processo informado.
24
3- Restrições
Descrição das informação restritivas quanto ao uso, aplicação e funcionamento dos modelos
aprovados.
4- Inscrições obrigatórias
Descrição de quais informações devem estar contidas nos modelos aprovados, informando também
onde elas devem estar localizadas.
5- Controle Metrológico
Descrição do regulamento e normas que deverão ser atendidos quando da execução das verificações
e descrição do local e condições a serem cumpridas para a aposição da marca de verificação e da marca de
selagem.
6- Desenhos anexos
Descrição dos desenhos anexos a portaria de aprovação de modelo de modo a visualizar todas as
características relevantes como perspectiva dos modelos, vista do dispositivo indicador e placa de inscrições
obrigatórias.
7- Entrada em vigor
Descrição da condição para entrada em vigor da portaria de aprovação dos modelos e validade da
mesma.
4. Verificação de IPNA
4.1 Documentos, equipamentos e materiais.
Na execução da verificação do IPNA, devem ser utilizados os documentos, equipamentos e materiais
descritos a seguir.
4.1.1 Documentos
a) Documentos listados na Nie Dimel - 084
b) Certificados e marcas de verificação;
c) Notificação para Reparo, Auto de Infração, Auto de Apreensão/Interdição, Etiqueta Instrumento
Incorreto;
d) Etiqueta de Inventário, Termo de Ocorrência, Relatório de Verificação Metrológica.
25
4.1.2 Equipamentos
a) Conjunto de pesos de ensaio:
Os pesos não devem ter um erro maior do que 1/3 do erro máximo admissível do instrumento
para a carga aplicada. É recomendado que os pesos padrão sejam das classes:
• Classe do IPNA − Peso padrão de classe de exatidão E2
• Classe do IPNA − Peso padrão de classe de exatidão F1
• Classe do IPNA − Peso padrão de classe de exatidão M1;
• Classe do IPNA − Peso padrão de classe de exatidão M1 ou M2.
b) Régua graduada em milímetros;
c) Nível de bolha;
d) Calculadora.
4.1.2.1 Rastreabilidade
Os pesos padrão devem ser rastreados aos padrões nacionais. Esses pesos devem portar etiqueta,
aposta no seu estojo de acondicionamento, indicando: número de registro de controle metrológico e data da
próxima calibração.
4.1.3 Materiais
4.1.3.1 Materiais de selagem
a) Selos (lacres e/ou etiqueta);
b) Arame apropriado ao tipo de selo;
c) Ferramentas: chave de fenda, alicate de corte, alicate universal e espátula.
4.1.3.2 Materiais para manuseio
a) Luva, pano e outros materiais apropriados para manuseio de pesos.
4.1.4 Proteção e manuseio dos pesos padrão transportados
a) O veículo utilizado para transporte dos pesos deve ter local apropriado para o seu
acondicionamento com a finalidade de protegê-los contra choques, vibrações e exposição à chuva.
b) O transporte dos pesos do veículo até o local onde está instalado o instrumento deve ser feito com
auxílio de carrinho apropriado para tal.
c) Devem ser observados os aspectos ergonômicos no manuseio dos pesos pelos agentes que
realizam a verificação. O manuseio repetitivo de cargas deve ser feito com cuidado e orientação
quanto a aspectos de saúde ocupacional.
d) Os pesos devem ser manuseados e transportados com cuidado, evitando-se choques nos mesmos
e atrito em sua superfície.
26
4.2 Condições gerais de verificação
4.2.1 Verificação Inicial
Na verificação inicial, devem ser observados normalmente os meios para verificação, a conformidade
ao modelo aprovado e/ou ao regulamento pertinente, a inspeção visual e os ensaios.
O instrumento deve ser ensaiado no momento da instalação e pronto para uso, a menos que ele possa
ser transportado montado, e instalado após a verificação inicial.
A verificação inicial pode ser executada nas dependências do fabricante ou em qualquer outro local, se
o transporte do instrumento para o local de utilização não exigir nenhum novo trabalho técnico, através do qual
a exatidão da indicação do instrumento possa vir a ser afetada, e se a diferença da aceleração da gravidade
entre os locais de ensaio e de uso for considerada ou se a exatidão da indicação do instrumento não for
influenciada por essa diferença. Notas:
a) Na verificação inicial de instrumento que é destinado à automação em pontos de venda (PDV) deve
ser observada a instrução constante do ofício circular da Dimel nº 013/99.
b) Os dispositivos indicadores eletrônicos digitais, para serem adaptados aos instrumentos de
pesagem, devem ser de modelo aprovado e terem sido aprovado em verificação inicial.
c) Na verificação inicial de dispositivos indicadores eletrônicos, devem ser observadas as instruções
constantes do ofício circular da Dimel nº 018/00.
d) Na verificação inicial dos instrumentos simples, que não são submetidos a ensaios de aprovação
de modelo, deve ser dada atenção referente às exigências estabelecidas no item 6 do RTM
aprovado pela Portaria Inmetro n.º 236/1994. Os detalhes específicos a serem examinados são:
indicadores, marcas de escala, batentes, pesos corrediços, componentes de equilíbrio, cutelos,
coxins, guias e dispositivos de trava.
4.2.1.1 Ensaios em verificação inicial
Na verificação inicial, a maneira e ordenação da realização dos ensaios dependem em parte da linha
de produção do fabricante. Pode, por exemplo, algum ensaio ou operação de controle ser executado
separadamente em um conjunto de instrumentos por razões de economia e produtividade.
Recomenda-se a execução dos ensaios na seguinte ordem:
• Pré-carregamento;
• Exatidão do dispositivo de zero e excentricidade;
• Pesagem, mobilidade e sensibilidade;
• Fidelidade;
• Exatidão do dispositivo de tara e pesagem com tara (se aplicável) e
• Estabilidade de equilíbrio (se aplicável).
Na verificação inicial os ensaios de exatidão de zero, de tara, de mobilidade e sensibilidade podem ser
realizados por amostragem em 3 instrumentos ou 10% dos instrumentos apresentados à verificação, o que for
maior.
27
4.2.1.2 Meios para verificação
Os fabricantes, importadores, representantes legais e os reparadores devem colocar à disposição do
órgão metrológico competente os meios materiais e o pessoal necessário à execução da verificação inicial.
4.2.1.3 Conformidade
Deve ser realizado exame de conformidade do instrumento ao modelo aprovado e/ou as exigências do
RTM:
a) Exames Funcionais
• Verificar os dispositivos quanto ao seu funcionamento correto, tais como: dispositivo de retorno
a zero, dispositivo de retorno a zero e tara combinados (IPNA classes ou ),
dispositivo de tara, dispositivos calculadores e as funções de comando do teclado;
• Verificar as características metrológicas;
• Verificar nos instrumentos de valores de divisão múltiplos os pontos de mudança do valor de e;
• Ao ligar, verificar nos instrumentos eletrônicos a existência de um procedimento especial, que
mostra todos os sinais importantes do indicador, em seus estados ativo e não ativo, em
período suficientemente longo para que possam ser observados pelo operador.
4.2.2 Verificação subseqüente
Nas verificações periódicas e eventuais (após reparos), normalmente só devem ser realizados
inspeção visual e ensaios.
Os instrumentos devem atender aos erros máximos admissíveis para a verificação inicial.
Sendo o instrumento aprovado, é aposto no mesmo as marcas de verificação e selagem.
Notas:
a) Quando da instalação do dispositivo indicador eletrônico digital, em instrumentos em
utilização, acoplamento ou substituição do indicador mecânico original, o responsável pela
instalação, deve fixar no instrumento modificado uma chapa própria, em local de fácil
visibilidade, onde devem constar as seguintes inscrições: nome e endereço do
responsável; CNPJ do responsável; número de registro no órgão metrológico; carga
máxima; carga mínima; e valor de divisão, após a instalação. A placa de identificação do
instrumento original deve permanecer. Tais exigências estão em conformidade com o
estabelecido nas portarias de aprovação dos dispositivos indicadores.
b) O valor da carga máxima não pode ser aumentado.
4.2.2.1 Ensaios em verificação subsequente
Recomenda-se a execução dos ensaios na seguinte ordem:
• Pré-carregamento;
• Exatidão do dispositivo de zero e excentricidade;
• Pesagem, mobilidade e sensibilidade;
• Fidelidade;
• Exatidão do dispositivo de tara e pesagem com tara (se aplicável); e
• Estabilidade de equilíbrio (se aplicável).
28
Nas verificações subseqüentes, os ensaios de mobilidade e sensibilidade só necessitam ser realizados
se houverem indícios de que o instrumento não está apresentando resposta à aplicação de sobrecargas para a
determinação dos erros de indicação.
4.2.3 Inspeção em serviço
Na inspeção, normalmente só devem ser realizados a inspeção visual e os ensaios de acordo com os
procedimentos desta norma. Os instrumentos devem atender aos erros máximos admissíveis em serviço, que
são o dobro daqueles aplicados na verificação inicial e na verificação periódica.
A inspeção em serviço decorre de programação da atividade de supervisão metrológica, de uma
denúncia ou de trabalho em conjunto com outros órgãos de defesa do consumidor.
4.2.3.1 Ensaios de Inspeção em serviço
Recomenda-se a execução dos ensaios na seguinte ordem e combinação:
• Pré-carregamento;
• Exatidão do dispositivo de zero e excentricidade;
• Pesagem, mobilidade e sensibilidade;
• Fidelidade;
• Exatidão do dispositivo de tara e pesagem com tara (se aplicável); e
• Estabilidade de equilíbrio (se aplicável).
Nota: Observar os erros máximos admissíveis nessa modalidade.
4.2.4 Local de instalação
O Agente metrológico deve observar os seguintes aspectos relativos ao local de instalação:
a) Se o instrumento encontra-se instalado em local bem iluminado e que permita a verificação do
mesmo;
b) Se o instrumento está exposto a calores extremos, como sistema de aquecimento ou raios solares.
c) Se existem vibrações extremas durante o processo de medição, de modo que alterem o resultado
da medição.
d) Se o instrumento está protegido de agentes químicos agressivos que possam alterar as
características metrológicas do instrumento.
e) Se o instrumento está operando em um ambiente com umidade extrema a ponto de alterar suas
características metrológicas.
f) No caso de instrumento para transações comerciais o detentor deve instalar e usar o instrumento
de forma que o consumidor e o operador possam observar, simultaneamente e claramente, a
pesagem das mercadorias e o peso indicado;
g) Se o instrumento está instalado em base sólida, e se não está exposto a correntes de ar que
afetem a indicação;
h) Se o instrumento está nivelado se sua construção o exige; e
i) Se as instalações elétricas ao redor influenciam o instrumento (rádio transmissores, equipamento
de solda, uma ponte de guindaste ou simples lâmpadas fluorescentes), enquanto essas fontes
estiverem operando, olhar a indicação para observar qualquer falha. Se ocorrerem falhas
significativas, enquanto outras instalações estão sendo utilizadas, então o ambiente está
29
aparentemente muito severo para o instrumento, o qual não deve ser verificado até que alguma
ação protetora tenha sido tomada.
Nota: Em instrumentos eletrônicos, uma falha é considerada significativa se a diferença entre a
indicação do resultado do peso devido a uma perturbação e a indicação do resultado da
pesagem sem perturbação exceder o valor de e.
4.2.5 Marcas de verificação e selagem
A verificação é atestada por marcas de verificação. Essas marcas indicam o ano em que nova
verificação é devida. Deve ser observada a NIE-DIMEL-014.
4.2.5.1 Emissão de certificado
A emissão de certificado de verificação para IPNA não é prevista. Entretanto um certificado ou laudo de
exame, detalhado com os resultados da verificação, pode ser emitido a pedido do detentor do instrumento ou
em caso de perícia metrológica, respectivamente.
4.2.5.2 Posição das marcas de verificação
Os instrumentos devem ter um local preparado que permita a aposição das marcas de verificação,
constituída por uma etiqueta adesiva. Este local deve:
a) Ser de tal maneira que a peça na qual ele se encontra, não possa ser retirada do instrumento sem
destruir as marcas de verificação;
b) Possibilitar uma colocação fácil, sem alterar as qualidades metrológicas do instrumento;
c) Ser visível sem que seja necessário deslocar o instrumento, quando em uso.
4.2.5.3 Selagem
Os pontos de selagem existentes devem ser protegidos por selos (lacres).
A portaria de aprovação de modelo pode exigir também segurança dos componentes, cuja
desmontagem ou desregulagem possa alterar as características do instrumento sem que estas alterações
sejam claramente visíveis.
Para IPNA da classe , os dispositivos de regulagem da sensibilidade podem não ser selados.
GLOSSÁRIO
detentor – s.m. aquele que detém.
30
4.3 Condições específicas das verificações
4.3.1 Inspeção visual
O instrumento deve estar limpo para ser efetuada a verificação.
4.3.1.1 Exames funcionais
O Agente metrológico deve observar:
a) estado de conservação, abrangendo: estrutura e componentes mecânicos (ORIGINAIS) íntegros,
existência de protetor do mostrador (para equilíbrio automático e semi-automático), a leitura dos
resultados é segura, fácil e não ambígua;
b) não possui evidência de uso fraudulento: uso de peça ou parte estranha ao instrumento destinada
ou apropriada para falsificar resultados de pesagem (indicados, processados ou memorizados);
c) se o instrumento está corretamente equilibrado e ajustado no valor zero antes de ser utilizado;
d) sinais relevantes (teste de segmentos de dígitos) ao ligar o instrumento;
e) possui funcionamento correto do teclado (conforme funções descritas na portaria de aprovação do
modelo), dos dispositivos de ajuste e do dispositivo de trava, se existentes;
f) funcionamento do dispositivo de indicador de zero e de tara claramente visível para o consumidor;
g) impressão clara e permanente, algarismos com pelo menos 2 mm de altura, símbolos das unidades
de medida e sua posição após ou acima dos valores, impressão das indicações primárias;
h) arredonda o preço a pagar calculado pela multiplicação do peso pelo preço unitário, conforme
indicados pelo instrumento, para o mais próximo valor de divisão de preço a pagar (instrumentos
computadores de preço);
i) apresenta no tíquete, impressos, todos os preços a pagar que foram totalizados. O preço total é a
soma algébrica de todos os preços conforme impressos (instrumentos computadores de preço que
possuem operação de totalização).
h) apresenta no tíquete, impressos, os dados relativos ao resultado da pesagem (peso bruto e/ou peso
líquido, tara, tara predeterminada) e demais dados fornecidos pelo instrumento de pesagem, quando
aplicável.
Notas:
a) No caso de ocorrer uma falha óbvia (falha considerada não significativa mesmo que superior a e)
deve-se notificar o detentor do instrumento. Ver subitens 5.5.5 a 5.5.8 do Anexo III do RTM.
b) Não deve ser possível passar para um valor de tara menor que o inicial, durante uma operação de
pesagem; e não deve ser possível ter um valor impresso a menos que a indicação esteja estável
(casos de possibilidade de fraude).
c) A proibição de impressão abaixo da carga mínima refere-se somente aos instrumentos
etiquetadores de preços para pré-medidos ou àqueles instrumentos que possam ser utilizados para
etiquetagem de preços (empacotamento) e que estejam com esta função ativa no comércio.
d) Para os instrumentos, em uso, de equilíbrio automático e semi-automático, que foram colocados no
mercado segundo a Portaria MTIC nº 63/44, aplicam-se os requisitos técnicos da lista de controle
aprovada pela Portaria Inmetro nº 261/2002.
31
e) Instrumentos da classe de exatidão só podem ser utilizados para determinados fins
comerciais autorizados, conforme subitem 12.12 do RTM.
f) Para os instrumentos, em uso, que se destinam a ser operados por um futuro comprador com a
finalidade que este saiba o peso e, quando adequado, o preço das mercadorias por ele
selecionadas, seja como um instrumento de conferência de pesagem, seja como de auto-serviço,
deve ser um instrumento de indicação automática, conforme subitem 12.13 do RTM.
g) Apenas instrumentos das classes ou podem ser utilizados para as seguintes
transações comerciais:
• com ouro, prata ou outros materiais preciosos;
• com pedras preciosas;
• em joalheria, ou;
• por venda a varejo, destinadas a prescrições médicas.
4.3.2 Inscrições descritivas
Verificar se a simbologia e grafia estão corretas (grandezas física e monetária).
Verificar se as inscrições obrigatórias estão indicadas conforme o constante da portaria de aprovação
de modelo.
As inscrições descritivas devem ser indeléveis e ter uma dimensão, forma e clareza que permitam uma
leitura fácil. Elas devem ser agrupadas em uma placa de identificação, fixada no instrumento ou sobre seu
próprio corpo, em um local de fácil visibilidade.
As inscrições: Max ...; Min ...;e ... e d (quando aplicável) devem ser repetidas próximas à indicação do
resultado, se elas já não se encontram localizadas lá.
4.3.2.1 Inscrições Obrigatórias
As seguintes inscrições devem constar na placa de identificação:
• marca ou nome do fabricante ou marca autorizada conforme subitem 8.4;
• indicação da classe de exatidão, na forma: (para exatidão especial), (para exatidão
fina), (para exatidão média) e (para a exatidão ordinária);
• carga máxima, na forma: Max ...;
• carga mínima, na forma: Min ...;
• valor de divisão de verificação, na forma: e =;
Nota: Para instrumentos aprovados pela Portaria MTIC nº 63/44, são admitidas inscrições na forma
antiga (C. Max., C. Min., d) ou por extenso. Esses instrumentos não portam o símbolo da classe
de exatidão.
32
4.3.2.2 Inscrições obrigatórias, quando aplicável
As seguintes inscrições devem constar na placa de identificação, quando aplicadas ao instrumento,
conforme a portaria de aprovação de modelo:
• nome ou marca do representante do fabricante ou importador, para os instrumentos importados;
• número de série;
• marca de identificação de cada dispositivo dos instrumentos constituídos por dispositivos
separados, porém associados;
• identificação da aprovação de modelo (número da portaria Dimel)
• valor de divisão real, na forma: d=;
• efeito máximo aditivo de tara, na forma: T = +...;
• efeito máximo subtrativo de tara, se diferente de Max, na forma: T = –...;
• carga limite, na forma: Lim ...;
Nota: Para outras inscrições obrigatórias quando aplicáveis, ver subitem 7.1.2 do RTM.
4.3.2.3 Inscrições adicionais
Os instrumentos de pesagem podem trazer, conforme o seu uso ou características particulares,
inscrições adicionais, tais como “Interditado para venda direta ao público/transações comerciais”, que forem
exigidas na aprovação de modelo. Também podem ser exigidas instruções para uso, serviço e supervisão.
Casos particulares de instrumentos com vários dispositivos receptores e medidores de carga ou
instrumentos compostos de dispositivos principais construídos separadamente estão previstos no subitem 7.1.5
do RTM.
5. Ensaios Neste capítulo serão mostrados os ensaios que devem ser efetuados nos IPNA quando submetidos a
verificações e inspeções em serviço.
5.1 Condições normais de ensaio
Os erros devem ser determinados sob condições normais de ensaio. Quando o efeito de um fator
estiver sendo avaliado, todos os outros fatores de influência devem permanecer constantes, em valor próximo
ao normal.
Caso exista documentação, deve-se examiná-la para se familiarizar com o instrumento.
5.2 Retorno a zero automático e manutenção de zero
Durante cada ensaio, quando aplicável, o efeito do dispositivo automático de retorno a zero ou do
dispositivo de manutenção de zero pode ser eliminado ou suprimido, começando-se o ensaio com uma carga
igual a 10 e.
33
Uma maneira de se determinar o estado desses dispositivos é a seguinte:
a) se, após adicionar 20 pesos de 0,1e o instrumento mostra uma leitura diferente de zero, então o
dispositivo é inexistente ou não está em operação;
b) se, após adicionar 20 pesos de 0,1e o instrumento ainda mostra zero então os dispositivos ainda
estão em operação.
5.3 Posição de referência antes dos ensaios
Antes de ser iniciado o ensaio, verificar se o instrumento encontra-se instalado nas condições normais
de utilização ou seja, referência inicial partindo do zero.
Para um instrumento passível de ser inclinado, este deve ser nivelado na posição de referência.
5.4 Pré-aquecimento
Caso o instrumento esteja desligado, deve ser observado o tempo suficiente para o seu aquecimento,
que se encontra junto ao indicador do instrumento ou em sua placa de identificação; se não existir, observar a
Tabela 5 a seguir:
Tabela 5 - Tempo de pré-aquecimento
Classe de exatidão Tempo de pré-aquecimento
24 horas
24 horas
15 minutos
15 minutos
5.5 Pré-carregamento
Antes de cada ensaio de pesagem, o instrumento deve ser pré-carregado uma vez até Max, ou até a
carga limite (Lim), se definida.
5.6 Instrumento de múltiplas faixas
Cada faixa deve ser ensaiada como um instrumento separado.
5.7 Instrumentos de valores de divisão múltiplos
O ensaio é efetuado no instrumento de uma só faixa de pesagem, a qual é dividida em faixas parciais
de acordo com cada valor de divisão diferente, sendo a faixa de pesagem determinada automaticamente
conforme a carga aplicada, tanto crescente como decrescente. Deve ser observado o especificado no subitem
3.3 do RTM e o erro deve ser calculado conforme subitem II.A.4.4.3 do RTM.
34
5.8 Ensaios a serem realizados (Tabela 6)
Tabela 6 – Ensaios a serem realizados
Ensaio Equilíbrio não automático
Equilíbrio automático ou semi-automático Indicação analógica Indicação digital
Exatidão do dispositivo de zero* X X X Pesagem X X X Excentricidade de cargas X X X Mobilidade X X X Sensibilidade X Fidelidade X X X Estabilidade de equilíbrio ** X Exatidão do dispositivo de tara*** X X Pesagem com tara*** X X
* Ensaio não é aplicável a instrumentos com e ≠ d com d < 0,2.e
** Ensaio aplicável somente aos instrumentos com dispositivo impressor e/ou memória.
*** Ensaios aplicáveis somente aos instrumentos que possuam dispositivo de tara.
5.9 Instrumentos com mais de um dispositivo indicador. (subitem 3.6.3 do RTM)
Para uma determinada carga, a diferença entre as indicações fornecidas pelos vários dispositivos
indicadores, compreendendo os dispositivos de pesagem da tara, não deve ser superior ao valor absoluto do
erro máximo permitido para a carga considerada, devendo ser nula (zero) entre os dispositivos indicadores
digitais ou impressores.
Se um instrumento tiver mais de um dispositivo de indicação, as indicações dos vários dispositivos
devem ser comparadas durante os ensaios.
5.10 Diferentes posições de equilíbrio (subitem 3.6.4 do RTM)
A diferença entre dois resultados obtidos para uma mesma carga, alterando-se o modo de equilíbrio
(caso de instrumentos com um dispositivo incorporado de deslocamento da faixa de indicação automática),
quando da realização de dois ensaios consecutivos, deve ser menor ou igual ao valor absoluto do erro máximo
permitido para a carga considerada.
5.11 Ensaios de verificação e inspeção para classes de exatidão e
Este capítulo irá comentar e detalhar o procedimento necessário para os ensaios que são realizados
nas verificações (inicial e subseqüente) e na inspeção em serviço dos IPNA com as classes de exatidão
e .
5.11.1 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de retorno a zero
5.11.1.1 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático
a) Carregar o instrumento com uma carga correspondente a 0,1.e colocada, sucessivamente, de
modo que a indicação fique tão próxima quanto possível a um ponto de mudança da indicação;
b) Acionar o dispositivo de retorno a zero;
35
c) Determinar a carga adicional, (∆L0) para a qual a indicação muda de zero para uma divisão acima
de zero;
d) Determinar o erro de indicação do zero, onde:
E0 = P0 – L0 e P0 = I0 + (½) e – ∆L0 , de acordo com 2.4.4.2, onde,
I0 = 0 e L0 = 0 , logo temos a Equação 6:
Equação 6 - Erro de indicação do zero (instrumentos com retorno a zero não automático e semi-automático)
( ) 00 21 LeE Δ−⋅=
e) Verificar se o erro em zero não é superior ao erro máximo admissível (± 0,25.e).
5.11.1.2 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero dispositivo automático de retorno a zero ou manutenção de zero
a) Aplicar uma carga igual a 10.e ao receptor de carga, para retirar a indicação para fora da faixa
automática;
b) Anotar este valor como L0 e a indicação como I0; c) Aplicar cargas adicionais equivalentes a 0,1.e, sucessivamente, até que a indicação mude para a
graduação seguinte (I + e), o somatório dessas cargas adicionais corresponde a ∆L0 ;
d) Determinar o erro de indicação, onde:
E0 = P0 – L0 e P0 = I0 + (½) e – ∆L0 , de acordo com 2.4.4.2, logo temos a Equação 7:
Equação 7 - Erro de indicação do zero (instrumentos com retorno a zero automático ou manutenção de zero)
( ) 0000 21 LLeIE −Δ−⋅+=
e) Verificar se o erro em zero não é superior ao erro máximo admissível (± 0,25.e).
5.11.1.3 Instrumentos com indicação analógica em verificação inicial
Deve ser observado o subitem 6.6.2.3 do RTM, que diz respeito ao retorno a zero em instrumentos
com indicação analógica. De acordo com o subitem do RTM, o dispositivo de retorno a zero deve ser do tipo
parafuso sem fim ou porca sem fim, de efeito máximo de 4 valores de divisão de verificação (e) por volta.
5.11.1.4 Instrumentos com indicação analógica em verificação subseqüente ou inspeção em serviço
Deve ser observado se o instrumento está partindo de zero, quando isto não ocorrer o agente
metrológico deve solicitar que o instrumento seja ajustado em zero.
5.11.2 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de tara
5.11.2.1 Instrumentos com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático:
a) Aplicar uma carga que não exceda ao limite de utilização do dispositivo de tara;
b) Acionar o dispositivo de tara, fazendo com que a indicação retorne a zero;
c) Adotar os mesmos procedimentos para o ensaio de exatidão do dispositivo de retorno a zero não
automático e semi automático (5.11.1.1);
36
d) Verificar se o erro em zero não é superior ao erro máximo admissível (± 0,25.e).
5.11.2.2 Instrumentos com dispositivo automático de retorno a zero ou manutenção de zero:
a) Aplicar uma carga que não exceda ao limite de utilização do dispositivo automático de tara;
b) Aguarde para que o retorno a zero automático ocorra e a indicação mostre zero;
c) Adotar os mesmos procedimentos para o ensaio de exatidão do dispositivo de retorno a zero
automático (5.11.1.2).
d) Verificar se o erro em zero não é superior ao erro máximo admissível: ± 0,25.e para instrumentos
eletrônicos e instrumentos com indicação analógica;
5.11.3 Procedimento de ensaio de pesagem
a) Determinar as cinco cargas de ensaio L. Os critérios para seleção das cargas de ensaio são:
• As cargas de ensaio devem ir da carga mínima (Min) até a carga máxima (Max) do
instrumento;
• Incluir as cargas de ensaio nas quais, ou próximo das quais, ocorre a mudança do erro máximo
admissível (ema).
• Quando selecionar cargas de ensaio para instrumentos de valores de divisão múltiplos ou
instrumentos com múltiplas faixas de pesagem com mudança automática de faixa, os quais
possuem faixas de pesagem parcial, incluir todos os pontos onde o ema muda; não selecione a
carga exatamente no ponto onde o valor de divisão muda. É recomendado que seja usada uma
carga (5.e) menor do que este ponto;
• Não selecione a carga máxima se ocorrer indicação de sobrecarga (sem valor indicado) neste
ponto. É recomendado que uma carga (5.e) menor do que a Max seja usada;
• Após iniciar o ensaio, o instrumento não poderá retornar a zero antes da conclusão das pesagens.
• Registrar as cargas na coluna L do formulário de ensaio e o ema apropriado na coluna
apropriada, geralmente a última (para o caso de relatório de exame ou certificado de
verificação);
b) Determinar o erro em zero ou próximo de zero, E0 (ver 2.4.4);
c) Aplicar as cargas de ensaio, aumentando da Min até a Max progressivamente;
d) Em cada carga de ensaio, registrar a carga L e a indicação I. Determinar o ponto de mudança de
indicação (ver 2.4.4) e registre ∆L, se necessário;
e) Remover as cargas de ensaio, de modo similar, diminuindo da Max até zero progressivamente;
f) Em cada carga de ensaio, registrar a carga L e a indicação I. Determinar o ponto de mudança de
indicação (ver 2.4.4) e registrar ∆L, se necessário;
g) Calcular e registrar o erro E, de acordo com 2.4.4
h) Calcular o erro corrigido EC = E - E0 i) Verificar se o módulo dos erros corrigidos de indicação estão dentro dos ema.
Nota: Se o instrumento é munido de um dispositivo de retorno a zero automático ou de manutenção de
zero, o mesmo poderá estar em funcionamento durante os ensaios. O erro em zero (E0) é então determinado
de acordo com 5.11.1.2.
37
5.11.3.1 Procedimento de ensaio de pesagem com substituição de cargas
5.11.3.1.1 Substituição de peso padrão
Para ensaios dos instrumentos com carga máxima maior que 1t, no lugar de pesos padrão qualquer
outro material de carga constante pode ser utilizado, desde que sejam usados pesos padrão de pelo menos 1
tonelada ou 50% da Max, o que for maior.
No lugar de 50% da Max a fração de pesos padrão pode ser reduzida a:
• 35% da Max, se o erro de fidelidade não for maior que 0,3.e;
• 20% da Max, se o erro de fidelidade não for maior que 0,2.e.
O erro de fidelidade deve ser determinado com uma carga em torno de 50% da Max, que é colocada 3
vezes no receptor de carga.
5.11.3.1.2 Procedimento de ensaio de pesagem com substituição de cargas
O ensaio deve ser efetuado observando-se o descrito em 5.11.3.
a) Verificar o erro de fidelidade com uma carga de 50% da Max e determinar o número permitido de
substituições de acordo com 5.11.3.1.1.
b) Aplicar cargas de ensaio do zero até a quantidade máxima de pesos padrão.
c) Determinar o erro de acordo com 2.4.4 e então remover os pesos até chegar à indicação de carga
nula, ou, no caso de instrumentos com dispositivos de manutenção de zero, à indicação de 10.e
d) Substituir os pesos anteriores por cargas de substituição até obter o mesmo ponto de mudança de
indicação usado para determinação do erro. Repetir este procedimento até alcançar a Max do
instrumento.
e) Descarregar em ordem inversa até zero, isto é, descarregar os pesos padrão novamente e remover
a carga de substituição até se alcançar o mesmo ponto de mudança da indicação. Repetir este
procedimento até alcançar a indicação de carga nula.
Procedimentos equivalentes similares podem ser aplicados.
5.11.4 Procedimento de ensaio de excentricidade
a) Pesos grandes devem ser usados em preferência a vários pesos pequenos.
b) Pesos menores devem ser colocados em cima de pesos maiores, porém empilhamentos
desnecessários devem ser evitados dentro do segmento ensaiado.
c) A carga deve ser aplicada de modo central, dentro do segmento se um peso único for usado, mas
deve ser aplicado uniformemente através do segmento se vários pesos menores são utilizados.
d) A localização da carga deve ser anotada num desenho no relatório de exame.
e) As indicações para diferentes posições de uma carga devem situar-se dentro dos erros máximos
admissíveis (ema).
f) O erro em cada medida é determinado de acordo com 2.4.4.
g) O erro em zero E0 usado para correção é determinado antes de cada medida.
Nota: O erro em zero (E0) de um instrumento com dispositivo de retorno a zero automático ou de
manutenção de zero, é determinado por meio da aplicação de uma carga de 10.e, semelhante ao
ensaio descrito 5.11.1.2.
h) Selecione o ensaio apropriado como segue:
38
• 5.11.4.1 Instrumentos com receptor de carga não tendo mais do que quatro pontos de apoio. • 5.11.4.2 Instrumentos com receptor de carga tendo mais do que quatro pontos de apoio. • 5.11.4.3 Instrumentos com receptores de carga especiais (reservatório, tremonha, etc.). • 5.11.4.4 Instrumentos para pesagem de cargas rolantes.
5.11.4.1 Instrumentos com receptor de carga não tendo mais do que 4 pontos de apoio (n ≤ 4).
a) Aplicar uma carga L de ensaio correspondente a 1/3 da soma da carga máxima (Max) e do efeito
máximo aditivo de tara, se aplicável.
b) Aplicar a carga em cada um dos quatro segmentos igual à aproximadamente 1/4 da área da
superfície do receptor de carga, e carregando cada segmento de modo sucessivo no sentido
horário, partindo do centro, conforme Figura 1 a seguir.
Figura 1 - Tipos de receptores de carga – posição das cargas
c) Determinar o erro, ou erro corrigido, de acordo com 2.4.4.
d) Verificar se o erro, ou erro corrigido, de cada resultado está dentro do erro máximo admissível
(ema).
5.11.4.2 Instrumentos com receptor de carga tendo mais do que quatro pontos de apoio (n > 4)
a) Aplicar uma carga L correspondente à fração 1/(n-1) da soma da carga máxima (Max) e do efeito
máximo aditivo de tara, se aplicável, conforme Equação 8 a seguir:
Equação 8 - Ensaio de excentricidade - carga aplicada com mais de 4 pontos de apoio
( )[ ] ( )aditivataraMaxnL _1/1 +⋅−=
Caso contrário, utiliza-se a Equação 9:
Equação 9 - Ensaio de excentricidade - carga aplicada com mais de 4 pontos de apoio sem tara aditiva
( )[ ] MaxnL ⋅−= 1/1
Onde: n – Número de pontos de apoio da plataforma do instrumento
b) A carga deve ser aplicada sobre cada ponto de apoio em uma área de mesma ordem de grandeza
que a fração (1/n) da área do receptor de carga, onde n é o número de pontos de apoio.
c) Quando dois pontos de apoio estão próximos um do outro, para que a carga de ensaio possa ser
distribuída como indicado acima, a carga deve ser dobrada e distribuída no dobro da área em
ambos os lados do eixo que liga os dois pontos de apoio. A Figura 2 mostra as posições possíveis
das cargas de ensaio.
d) Determinar o erro, ou erro corrigido, de acordo com 2.4.4.
39
e) Verificar se o erro, ou erro corrigido, de cada resultado está dentro do erro máximo admissível
(ema).
Figura 2 - Posição das cargas
5.11.4.3 Instrumentos com receptores de carga especiais (ex.: reservatório e tremonha)
a) Aplicar uma carga L de ensaio correspondente a 1/10 da soma da carga máxima (Max) e do efeito
máximo aditivo de tara, se aplicável.
b) Aplicar a carga em cada ponto de apoio.
c) Determinar o erro, ou erro corrigido, de acordo com 2.4.4.
d) Verificar se o erro, ou erro corrigido, de cada resultado está dentro do erro máximo admissível
(ema).
5.11.4.4 Instrumentos para pesagem de cargas rolantes
Aplicar a carga rolante em diferentes posições do receptor de carga, conforme abaixo descrito:
a) Determinar as posições 1, 2 e 3 de início, meio e fim do receptor de carga no sentido normal de
direção, respectivamente;
b) Representar em um esquema (como mostrado a seguir na Figura 3) do receptor no relatório de
ensaio, marcando no mesmo as posições das cargas de ensaio;
Figura 3 - Esquema do receptor de carga
c) Indicar no esquema a localização do mostrador ou outra parte identificável do instrumento;
d) Tomar a leitura do zero, ou 10.e, na posição 2;
e) Aplicar uma carga rolante não maior do que 0,8.Max mais a tara aditiva, se aplicável, na posição 1,
com a carga de 10.e ainda no receptor de carga se usada.
Nota: A carga selecionada deve ser representativa da maneira com que o instrumento é
normalmente utilizado. Recomenda-se que a carga não seja menor do que 0,5.Max e não maior do
que 0,8.Max;
f) Remover a carga de 10.e, se você estiver usando-a;
g) Registrar a carga L e a indicação, I; h) Determinar o ponto de mudança de indicação e registrar ∆L, se for o caso;
i) Remover a carga;
j) Repetir os passos (d) a (i) nas posições 2 e 3 e então na direção contrária 3, 2 e 1;
k) Calcular o erro, ou erro corrigido, conforme 2.4.4 e registrar;
Sentido normal de direção
40
l) Verificar se as indicações para diferentes posições de uma carga se encontram dentro dos erros
máximos admissíveis (ema).
5.11.5 Procedimento de ensaio de mobilidade
As cargas a serem aplicadas são:
a) Min
b) ½ Max
c) Max
5.11.5.1 Instrumentos de equilíbrio não automático
a) Aplicar a carga mínima ao receptor de carga;
b) Anotar o valor da indicação I;
c) Aplicar, sem choque, uma sobrecarga adicional igual a 0,4.ema para a carga aplicada ao receptor
de carga; d) Observar o deslocamento. A sobrecarga deve provocar um movimento visível do órgão indicador.
e) Remover a carga;
f) Repetir os passos de (a) a (e) para ½ Max e Max.
5.11.5.2 Instrumentos de equilíbrio semi – automático ou automático
5.11.5.2.1 Indicação Analógica
a) Aplicar a carga mínima ao receptor de carga;
b) Anotar o valor da indicação I1; c) Aplicar, sem choque, uma sobrecarga adicional igual ao ema para a carga aplicada no receptor de
carga;
d) Anotar o valor da indicação I2; e) Remover a carga;
f) Repetir os passos de (a) a (e) para ½ Max e Max.
g) Verificar se ( I2 – I1 ) ≥ 0,7.ema
5.11.5.2.2 Indicação digital
a) Aplicar a carga mínima e uma sobrecarga igual a 1.e (10 pesos de 0,1.e);
b) Registrar a carga L, e a indicação inicial I1; c) Remover sucessivamente, da sobrecarga, os pesos suficientes até que a indicação I1 diminua, sem
ambigüidade, de um valor de divisão real, igual a (I – e);
d) Recolocar um peso igual a 0,1.e;
e) Aplicar uma carga de 1,4.e , sem choque, no receptor de carga do instrumento.
f) Registrar a indicação final como I2 ;
g) Verificar se ( I2 - I1 )= e;
h) Remover a carga;
i) Repetir os passos (a) até (h) usando ½ Max e repita novamente para Max.
41
Nota: Realizar com uma carga uma pouco menor que Max, por exemplo (Max-5.e), para evitar que o
instrumento indique sobrecarga.
A Figura 4 mostra um exemplo de ensaio de mobilidade para um instrumento eletrônico digital com e =
10 g
Figura 4 - Exemplo para instrumento com e = 10g
• Carga aplicada: (190g + 10 x 1g ) = 200g, onde (10 x 1g) é a sobrecarga e 0,1.e = 1g;
• A indicação inicial é: I1 = 200g;
• Retirar sucessivamente, da sobrecarga, os pesos suficientes até que a indicação mude para:
( I1 – e ) = 190g;
• Recolocar um peso de 0,1.e = 1g e aplicar mais uma carga adicional de 1,4.e = 14g;
• A indicação final para lograr aprovação no ensaio deve ser então: I2 = ( I1 + e ) = 210g;
• I2 – I1 = e, ou seja, no exemplo: 210g – 200g = 10g.
5.11.6 Procedimento de ensaio de sensibilidade de um instrumento de equilíbrio não automático
Quando da realização deste ensaio, o instrumento deve oscilar normalmente, e uma carga suplementar
igual ao valor do erro máximo permitido para a carga aplicada deve ser colocada no instrumento, enquanto o
receptor de carga ainda estiver oscilando. Para instrumentos amortecidos, a carga suplementar deve ser
aplicada com um leve impacto. A distância linear entre os pontos médios destas leituras e a leitura sem carga
deve ser considerada como deslocamento permanente da indicação. O ensaio deve ser realizado com pelo
menos duas cargas diferentes (Zero e Max). Verificar se o deslocamento permanente no órgão indicador é de
pelo menos:
• 2 mm, para um instrumento classe ou , com Max ≤ 30 kg;
• 5 mm, para um instrumento classe ou , com Max > 30 kg.
Nota: Neste ensaio pode-se dobrar a carga e dobrar o valor do deslocamento mínimo.
5.11.7 Procedimento de ensaio de fidelidade
A diferença entre os resultados obtidos ao curso de várias pesagens de uma mesma carga não pode
ser superior ao valor absoluto do erro máximo admissível (ema) sobre o instrumento para esta carga.
Duas séries de pesagem devem ser realizadas e as cargas a serem aplicadas são:
• 1ª série: ½ Max
42
• 2ª série: Max (próxima).
• Número de pesagens por série: 3.
As leituras são feitas com o instrumento carregado, e quando descarregado, tiver chegado ao repouso
entre pesagens.
No caso de desvio de zero entre as pesagens, o instrumento deve ser colocado em zero, sem
determinação do erro em zero.
Se o instrumento é equipado com dispositivo de retorno de zero automático ou manutenção de zero,
este dispositivo deve estar em funcionamento durante o ensaio.
O procedimento de ensaio é dado a seguir:
a) Determinar a carga de ensaio para a 1ª série de pesagens. Esta deve ser igual a ½ Max;
b) Aplicar a carga de ensaio L e registrar a indicação I; c) Determinar o ponto de mudança de indicação e registrar ∆L, se for o caso;
d) Calcular P conforme Equação 10 ou Equação 11:
Equação 10 - Ensaio de fidelidade - P para instrumentos com indicação digital
LeIP Δ−⋅+= 5,0
Equação 11 - Ensaio de fidelidade - P para instrumentos com indicação analógica
IP = e) Registrar os resultados;
f) Remover a carga de ensaio. Se a indicação não retornar a zero, anotar como observação;
g) Ajustar o instrumento a zero se a indicação não mostrar o zero, se isto for possível;
h) Repetir os passos (b) até (f) mais duas vezes (total de três vezes);
i) Calcular Pmax - Pmin e registrar o resultado e o ema para a carga de ensaio;
j) Determinar a carga de ensaio para a 2ª série de pesagens. Esta deve ser igual a Max ou próximo
de Max;
k) Repetir os passos de (b) até (h );
l) Verificar se Pmax - Pmin ≤ ema.
5.11.8 Procedimento de ensaio de pesagem com tara
Os erros máximos admissíveis se aplicam ao valor líquido para todo valor possível de tara, exceto para
os valores de tara predeterminada.
Ensaios de pesagem com cargas crescentes e decrescentes devem ser realizados com pelo menos
dois valores diferentes de tara. Pelo menos 5 (cinco) cargas devem ser empregadas. As cargas devem incluir
valores próximos de Min, valores nos quais o ema muda e valor próximo da carga máxima líquida possível.
As cargas a serem aplicadas são por exemplo:
a) Min b) 1/3 Max(Líquida)
c) ½ Max(Líquida)
d) nos valores ou próximo deles onde o ema muda
e) Max (Líquida)
O procedimento de ensaio é descrito a seguir:
43
a) Determinar pelo menos cinco cargas de ensaio, as quais incluam valores de carga próximos da
carga mínima, a carga máxima líquida possível e dos pontos de mudança de ema;
b) Determinar o primeiro valor de tara. Este valor não deve ser menor do que a carga mínima do
instrumento; c) Registrar o valor de tara;
d) Acionar a tara;
e) Realizar um ensaio de pesagem, conforme 5.1.13;
f) Calcular o erro e o erro corrigido, conforme o caso;
g) Determinar o segundo valor de tara e repetir os passos de (c) até (f);
h) Verificar se os erros, ou erros corrigidos, estão dentro dos erros máximos admissíveis.
Nota: Se o instrumento está equipado com um dispositivo aditivo de tara, um dos ensaios de pesagem
deve ser realizado com um valor de tara próximo do efeito máximo aditivo de tara.
5.11.9 Procedimento de ensaio de estabilidade de equilíbrio
Para verificar se um instrumento de equilíbrio semi-automático ou automático não executa as funções
de impressão de leituras ou armazenamento de dados até que o mesmo tenha chegado ao equilíbrio ou que a
leitura tenha se estabilizado. Observar os subitens 4.4.2, 4.4.5, 4.4.6 do RTM.
5.11.9.1 Impressão
a) Determinar a carga de ensaio que deve ser igual a ½ Max;
b) Aplicar a carga de ensaio;
c) Perturbar manualmente o receptor de carga e, imediatamente depois, pressionar o comando de
impressão.
Nota: Se a impressão é automática, não é necessário perturbar manualmente o receptor de carga;
d) Após a emissão do tíquete, observar o mostrador por 5 s;
e) Registrar as indicações máxima e mínima mostradas, que ocorrerem durante o período de 5 s;
f) Registrar o valor impresso;
g) Remover a carga de ensaio;
h) Repetir os passos de (b) até (g) mais quatro vezes (cinco no total);
i) Comparar as indicações impressas com as indicações mostradas;
j) Determinar se o instrumento está aprovado ou reprovado no ensaio, como segue (subitem 4.4.5 do
RTM):
• Equilíbrio é considerado estável quando, após um período de 5 segundos seguintes a uma
impressão, não mais do que dois valores adjacentes são indicados, um dos quais sendo o
valor impresso,
• A impressão deve ser impossível, se o equilíbrio não for estável.
Nota: Um método prático para o controle do tempo de 5s é a contagem mental desse tempo inserindo
a palavra mil (mil e um, mil e dois, mil e três, mil e quatro, mil e cinco).
Segue a seguir exemplo de ensaio de estabilidade de equilíbrio e Tabela 7 com os resultados.
Carga aplicada: 1 005 kg
44
Tabela 7 - Exemplo de ensaio de estabilidade de equilíbrio - Impressão
Nº Primeiro valor impresso após perturbação e comando kg
Leitura após a impressão durante 5 segundos Resultado
Menor kg
Maior kg
1 1005 1 005 1 010 Aprovado 2 1005 1 005 1 015 Reprovado (1) 3 1005 1 010 1 015 Reprovado (2) 4 1005 995 1 000 Reprovado (3) 5 1005 1 000 1 005 Aprovado
(1) – Reprovado (os valores não são adjacentes)
(2) e (3) – Reprovados (os valores são adjacentes, mas nenhum dos dois é o valor impresso.
5.11.9.2 Armazenamento de dados
a) Determinar a carga de ensaio que deve ser igual a ½ Max;
b) Aplicar a carga de ensaio;
c) Perturbar manualmente o receptor de carga e, imediatamente depois, pressionar o comando de
armazenamento de dados;
d) Após o dado ter sido armazenado, observar o mostrador por 5 s;
e) Registrar as indicações máxima e mínima mostradas, que ocorrem durante o período de 5 s;
f) Chamar o valor armazenado e registrar;
g) Remover a carga de ensaio;
h) Repetir os passos de (b) até (g) mais quatro vezes (cinco no total);
i) Comparar as indicações dos dados armazenados com as indicações mostradas;
j) Determinar se o instrumento está aprovado ou reprovado no ensaio, como segue (subitem 4.4.5 do
RTM):
• O equilíbrio é considerado estável quando após um período de 5 segundos seguintes a um
armazenamento de dados, não mais do que dois valores adjacentes são indicados, um dos
quais sendo o valor armazenado,
• O armazenamento deve ser impossível se o equilíbrio não for estável.
Notas: a) Um método prático para o controle do tempo de 5s é a contagem mental desse tempo inserindo a
palavra mil (mil e um, mil e dois, mil e três, mil e quatro, mil e cinco).
b) O exemplo constante do procedimento para impressão se aplica correspondentemente ao
armazenamento/memória de dados.
5.12 Ensaios de verificação e inspeção para classes de exatidão e
Este capítulo irá comentar e detalhar o procedimento necessário para os ensaios que são realizados
nas verificações (inicial e subseqüente) e na inspeção em serviço dos IPNA com as classes de exatidão
e .
45
5.12.1 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de retorno a zero
5.12.1.1 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático
Seguir procedimento mostrado em 5.11.1.1 quando o instrumento possuir e = d ou d ≥ 0,2.e.
O ensaio não é realizado quando e ≠ d e d < 0,2.e.
5.12.1.2 Instrumentos digitais com dispositivo de retorno a zero dispositivo automático de retorno a
zero ou manutenção de zero
Seguir procedimento mostrado em 5.11.1.2 quando o instrumento possuir e = d ou d ≥ 0,2.e.
O ensaio não é realizado quando e ≠ d e d < 0,2.e.
5.12.1.4 Instrumentos com indicação analógica
Deve ser observado se o instrumento está partindo de zero, quando isto não ocorrer o agente
metrológico deve solicitar que o instrumento seja ajustado em zero.
5.12.2 Procedimento de ensaio de exatidão do dispositivo de tara
5.12.2.1 Instrumentos com dispositivo de retorno a zero não automático e semi-automático
Seguir procedimento mostrado em 5.11.2.1 quando o instrumento possuir e = d ou d ≥ 0,2.e, e quando
o instrumento possuir e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d ≥ 10 mg, substituindo-se e por d, onde necessário, verificando
se o erro em zero não é superior ao erro máximo admissível: ± 0,5.d para instrumentos eletrônicos e
instrumentos com indicação analógica
O ensaio não é realizado quando e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d < 10 mg, pois não existem pesos padrão
com valor nominal inferior a 1 mg.
5.12.2.2 Instrumentos com dispositivo automático de retorno a zero ou manutenção de zero
Seguir procedimento mostrado em 5.11.2.2 quando o instrumento possuir e = d ou d ≥ 0,2.e, e quando
o instrumento possuir e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d ≥ 10 mg, substituindo-se e por d, onde necessário, verificando
se o erro em zero não é superior ao erro máximo admissível: ± 0,5.d para instrumentos eletrônicos e
instrumentos com indicação analógica
O ensaio não é realizado quando e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d < 10 mg, pois não existem pesos padrão
com valor nominal inferior a 1 mg.
5.12.3 Procedimento de ensaio de pesagem
a) Determinar as cinco cargas de ensaio L. Os critérios para seleção das cargas de ensaio são:
• As cargas de ensaio devem ir da carga mínima (Min) até a carga máxima (Max) do
instrumento;
• Incluir as cargas de ensaio nas quais, ou próximo das quais, ocorre a mudança do erro máximo
admissível (ema).
• Quando selecionar cargas de ensaio para instrumentos de valores de divisão múltiplos ou
instrumentos com múltiplas faixas de pesagem com mudança automática de faixa, os quais
possuem faixas de pesagem parcial, incluir todos os pontos onde o ema muda; não selecione a
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carga exatamente no ponto onde o valor de divisão muda. É recomendado que seja usada uma
carga (5.e) menor do que este ponto;
• Não selecione a carga máxima se ocorrer indicação de sobrecarga (sem valor indicado) neste
ponto. É recomendado que uma carga (5.e) menor do que a Max seja usada;
• Após iniciar o ensaio, o instrumento não poderá retornar a zero antes da conclusão das pesagens.
• Registrar as cargas na coluna L do formulário de ensaio e o ema apropriado na coluna
apropriada, geralmente a última (para o caso de relatório de exame ou certificado de
verificação);
b) Determinar o erro em zero ou próximo de zero, E0 (ver 2.4.4);
c) Aplicar as cargas de ensaio, aumentando da Min até a Max progressivamente;
d) Em cada carga de ensaio, registrar a carga L e a indicação I. Determinar o ponto de mudança de
indicação (ver 2.4.4) e registre ∆L, se necessário;
e) Remover as cargas de ensaio, de modo similar, diminuindo da Max até zero progressivamente;
f) Em cada carga de ensaio, registrar a carga L e a indicação I. Determinar o ponto de mudança de
indicação (ver 2.4.4) e registrar ∆L, se necessário;
g) Calcular e registrar o erro E, de acordo com 2.4.4.1 ou 2.4.4.2, conforme o caso.
h) Calcular o erro corrigido EC = E - E0
i) Verificar se os módulos dos erros corrigidos de indicação estão dentro dos ema.
Nota: Se o instrumento é munido de um dispositivo de retorno a zero automático ou de manutenção de
zero, o mesmo poderá estar em funcionamento durante os ensaios. O erro em zero (E0) é então determinado
de acordo com 5.12.1.2, quando e = d ou d ≥ 0,2.e, ou E0 = I0 , quando e ≠ d e d < 0,2.e.
5.12.4 Procedimento de ensaio de excentricidade
5.12.4.1 Considerações gerais
a) Pesos grandes devem ser usados em preferência a vários pesos pequenos.
b) Pesos menores devem ser colocados em cima de pesos maiores, porém empilhamentos
desnecessários devem ser evitados dentro do segmento ensaiado.
c) A carga deve ser aplicada de modo central, dentro do segmento se um peso único for usado, mas
deve ser aplicado uniformemente através do segmento se vários pesos menores são utilizados.
d) A localização da carga deve ser anotada num desenho no relatório de exame.
e) As indicações para diferentes posições de uma carga devem situar-se dentro dos erros máximos
admissíveis (ema).
f) O erro em cada medida é determinado de acordo com 2.4.4.
g) O erro em zero E0 usado para correção é determinado antes de cada medida.
Nota: O erro em zero (E0) de um instrumento com dispositivo de retorno a zero automático ou de
manutenção de zero, é determinado por meio da aplicação de uma carga de 10.e, semelhante
ao ensaio descrito 5.12.1.2, quando e = d ou d ≥ 0,2.e, ou E0 = I0 , quando e ≠ d e d < 0,2.e.
47
5.12.4.2 Procedimento de ensaio
a) Aplicar uma carga L de ensaio correspondente a aproximadamente 1/3 da soma da carga máxima
(Max) e do efeito máximo aditivo de tara, se aplicável.
b) Aplicar a carga em cada um dos quatros segmentos igual à aproximadamente 1/4 da área da
superfície do receptor de carga, e carregando cada segmento de modo sucessivo no sentido
horário, partindo do centro, conforme Figura 5 a seguir.
Figura 5 - Tipos de receptores de carga – posição das cargas
c) Determinar o erro, ou erro corrigido, de acordo com 2.4.4.
d) Verificar se o erro, ou erro corrigido, de cada resultado está dentro do erro máximo admissível
(ema).
5.12.5 Procedimento de ensaio de mobilidade
As cargas a serem aplicadas são:
a) Min b) ½ Max
c) Max
5.12.5.1 Instrumentos de equilíbrio não automático
a) Aplicar a carga mínima ao receptor de carga;
b) Anotar o valor da indicação I; c) Aplicar, sem choque, uma sobrecarga adicional igual a 0,4.ema para a carga aplicada ao receptor
de carga;
d) Observar o deslocamento. A sobrecarga deve provocar um movimento visível do órgão indicador.
e) Remover a carga;
f) Repetir os passos de (a) a (e) para ½ Max e Max.
5.12.5.2 Instrumentos de equilíbrio semi – automático ou automático
5.12.5.2.1 Indicação Analógica
a) Aplicar a carga mínima ao receptor de carga;
b) Anotar o valor da indicação I1; c) Aplicar, sem choque, uma sobrecarga adicional igual ao ema para a carga aplicada no receptor de
carga;
d) Anotar o valor da indicação I2;
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e) Remover a carga;
f) Repetir os passos de (a) a (e) para ½ Max e Max.
g) Verificar se ( I2 – I1 ) ≥ 0,7.ema
5.12.5.2.2 Indicação digital com e = d ou d ≥ 0,2.e, sendo e ≥ 10 mg
a) Aplicar a carga mínima e uma sobrecarga igual a 1.d (10 pesos de 0,1.d);
b) Registrar a carga L, e a indicação inicial I1; c) Remover sucessivamente, da sobrecarga, os pesos suficientes até que a indicação I1 diminua, sem
ambigüidade, de um valor de divisão real, igual a (I – d);
d) Recolocar um peso igual a 0,1.d;
e) Aplicar uma carga de 1,4.d , sem choque, no receptor de carga do instrumento.
f) Registrar a indicação final como I2 ;
g) Verificar se ( I2 - I1 )= d;
h) Remover a carga;
i) Repetir os passos (a) até (h) usando ½ Max e repita novamente para Max.
Nota: Realizar com uma carga uma pouco menor que Max, por exemplo (Max-5.e), para evitar que o
instrumento indique sobrecarga.
5.12.5.2.3 Indicação digital com e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d ≥ 10 mg ou e ≥ 10 mg
O mesmo procedimento de 5.12.5.2.2 deve ser seguido.
5.12.5.2.4 Indicação digital com e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d < 10 mg
O ensaio não deve ser realizado, pois não existem pesos padrão com valor nominal inferior a 1 mg.
5.12.6 Procedimento de ensaio de sensibilidade de um instrumento de equilíbrio não automático
Quando da realização deste ensaio, o instrumento deve oscilar normalmente, e uma carga suplementar
igual ao valor do erro máximo permitido para a carga aplicada deve ser colocada no instrumento, enquanto o
receptor de carga ainda estiver oscilando. Para instrumentos amortecidos, a carga suplementar deve ser
aplicada com um leve impacto. A distância linear entre os pontos médios destas leituras e a leitura sem carga
deve ser considerada como deslocamento permanente da indicação. O ensaio deve ser realizado com pelo
menos duas cargas diferentes (Zero e Max). Verificar se o deslocamento permanente no órgão indicador é de
pelo menos:
• 1 mm, para um instrumento classe ou .
Nota: Neste ensaio pode-se dobrar a carga e dobrar o valor do deslocamento mínimo.
5.12.7 Procedimento de ensaio de fidelidade
A diferença entre os resultados obtidos ao curso de várias pesagens de uma mesma carga não pode
ser superior ao valor absoluto do erro máximo admissível (ema) sobre o instrumento para esta carga.
Duas séries de pesagem devem ser realizadas e as cargas a serem aplicadas são:
• 1ª série: ½ Max
• 2ª série: Max (próxima).
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• Número de pesagens por série: 3.
As leituras são feitas com o instrumento carregado, e quando descarregado, tiver chegado ao repouso
entre pesagens.
No caso de desvio de zero entre as pesagens, o instrumento deve ser colocado em zero, sem
determinação do erro em zero.
Se o instrumento é equipado com dispositivo de retorno de zero automático ou manutenção de zero,
este dispositivo deve estar em funcionamento durante o ensaio.
O procedimento de ensaio é dado a seguir:
a) Determinar a carga de ensaio para a 1ª série de pesagens. Esta deve ser igual a ½ Max;
b) Aplicar a carga de ensaio L e registrar a indicação I; c) Determinar o ponto de mudança de indicação e registrar ∆L, se for o caso;
d) Calcular P conforme Equação 12 ou Equação 13:
Equação 12 - P para instrumentos com indicação digital com e = d ou d ≥ 0,2.e, sendo e ≥ 10mg
LeIP Δ−⋅+= 5,0
Equação 13 - P para instrumentos com indicação digital com e ≠ d e d < 0,2.e, sendo d < 10 mg
IP = e) Registrar os resultados;
f) Remover a carga de ensaio. Se a indicação não retornar a zero, anotar como observação;
g) Ajustar o instrumento a zero se a indicação não mostrar o zero, se isto for possível;
h) Repetir os passos (b) até (f) mais duas vezes (total de três vezes);
i) Calcular Pmax - Pmin e registrar o resultado e o ema para a carga de ensaio;
j) Determinar a carga de ensaio para a 2ª série de pesagens. Esta deve ser igual a Max ou próximo
de Max;
k) Repetir os passos de (b) até (h );
l) Verificar se Pmax - Pmin ≤ ema.
5.12.8 Procedimento de ensaio de pesagem com tara
Os erros máximos admissíveis se aplicam ao valor líquido para todo valor possível de tara, exceto para
os valores de tara predeterminada.
Ensaios de pesagem com cargas crescentes e decrescentes devem ser realizados com pelo menos
dois valores diferentes de tara. Pelo menos 5 (cinco) cargas devem ser empregadas. As cargas devem incluir
valores próximos de Min, valores nos quais o ema muda e valor próximo da carga máxima líquida possível.
As cargas a serem aplicadas são por exemplo:
a) Min b) 1/3 Max(Líquida)
c) ½ Max(Líquida)
d) nos valores ou próximo deles onde o ema muda
e) Max (Líquida)
O procedimento de ensaio é descrito a seguir:
a) Determinar pelo menos cinco cargas de ensaio, as quais incluam valores de carga próximos da
carga mínima, a carga máxima líquida possível e dos pontos de mudança de ema;
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b) Determinar o primeiro valor de tara. Este valor não deve ser menor do que a carga mínima do
instrumento;
c) Registrar o valor de tara;
d) Acionar a tara;
e) Realizar um ensaio de pesagem, conforme 5.12.3;
f) Calcular o erro e o erro corrigido, conforme o caso;
g) Determinar o segundo valor de tara e repetir os passos de (c) até (f);
h) Verificar se os erros, ou erros corrigidos, estão dentro dos erros máximos admissíveis.
Nota: Se o instrumento está equipado com um dispositivo aditivo de tara, um dos ensaios de pesagem
deve ser realizado com um valor de tara próximo do efeito máximo aditivo de tara.
5.12.9 Procedimento de ensaio de estabilidade de equilíbrio
Para verificar se um instrumento de equilíbrio semi-automático ou automático não executa as funções
de impressão de leituras ou armazenamento de dados até que o mesmo tenha chegado ao equilíbrio ou que a
leitura tenha se estabilizado. Observar os subitens 4.4.2, 4.4.5, 4.4.6 do RTM.
5.12.9.1 Impressão
a) Determinar a carga de ensaio que deve ser igual a ½ Max;
b) Aplicar a carga de ensaio;
c) Perturbar manualmente o receptor de carga e, imediatamente depois, pressionar o comando de
impressão.
Nota: Se a impressão é automática, não é necessário perturbar manualmente o receptor de carga;
d) Após a emissão do tíquete, observar o mostrador por 5 s;
e) Registrar as indicações máxima e mínima mostradas, que ocorrerem durante o período de 5 s;
f) Registrar o valor impresso;
g) Remover a carga de ensaio;
h) Repetir os passos de (b) até (g) mais quatro vezes (cinco no total);
i) Comparar as indicações impressas com as indicações mostradas;
j) Determinar se o instrumento está aprovado ou reprovado no ensaio, como segue (subitem 4.4.5 do
RTM):
• Equilíbrio é considerado estável quando, após um período de 5 segundos seguintes a uma
impressão, não mais do que dois valores adjacentes são indicados, um dos quais sendo o
valor impresso,
• A impressão deve ser impossível, se o equilíbrio não for estável.
Nota: Um método prático para o controle do tempo de 5s é a contagem mental desse tempo inserindo
a palavra mil (mil e um, mil e dois, mil e três, mil e quatro, mil e cinco).
Segue a seguir exemplo de ensaio de estabilidade de equilíbrio e Tabela 8 com os resultados.
Carga aplicada: 1,005 g
51
Tabela 8 - Exemplo de ensaio de estabilidade de equilíbrio - Impressão
Nº Primeiro valor impresso após perturbação e comando g
Leitura após a impressão durante 5 segundos Resultado
Menor g
Maior g
1 1,005 1,005 1,010 Aprovado 2 1,005 1,005 1,015 Reprovado (1) 3 1,005 1,010 1,015 Reprovado (2) 4 1,005 0,995 1,000 Reprovado (3) 5 1,005 1,000 1,005 Aprovado
(1) – Reprovado (os valores não são adjacentes)
(2) e (3) – Reprovados (os valores são adjacentes, mas nenhum dos dois é o valor impresso.
5.12.9.2 Armazenamento de dados
a) Determinar a carga de ensaio que deve ser igual a ½ Max;
b) Aplicar a carga de ensaio;
c) Perturbar manualmente o receptor de carga e, imediatamente depois, pressionar o comando de
armazenamento de dados;
d) Após o dado ter sido armazenado, observar o mostrador por 5 s;
e) Registrar as indicações máxima e mínima mostradas, que ocorrem durante o período de 5 s;
f) Chamar o valor armazenado e registrar;
g) Remover a carga de ensaio;
h) Repetir os passos de (b) até (g) mais quatro vezes (cinco no total);
i) Comparar as indicações dos dados armazenados com as indicações mostradas;
j) Determinar se o instrumento está aprovado ou reprovado no ensaio, como segue (subitem 4.4.5 do
RTM):
• O equilíbrio é considerado estável quando após um período de 5 segundos seguintes a um
armazenamento de dados, não mais do que dois valores adjacentes são indicados, um dos
quais sendo o valor armazenado,
• O armazenamento deve ser impossível se o equilíbrio não for estável.
Notas: a) Um método prático para o controle do tempo de 5s é a contagem mental desse tempo inserindo a
palavra mil (mil e um, mil e dois, mil e três, mil e quatro, mil e cinco).
b) O exemplo constante do procedimento para impressão se aplica correspondentemente ao
armazenamento/memória de dados.
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6. Instrumentos de Pesagem Automáticos - IPA
6.1 Pesagem dinâmica de veículos
6.1.1 Rodoviários (R-134)
Instrumentos de pesagem automáticos tendo receptor(es) de carga que determina a massa total de um
veículo rodoviário por meio da pesagem de seus eixos em movimento.
6.1.2 Ferroviários (R-106)
Instrumentos de pesagem tendo um receptor de carga que inclui trilhos para movimentação de veículos
ferroviários, este instrumento determina a massa total de um veículo ferroviário por meio da passagem de seus
eixos em movimento.
6.2 Dosadoras gravimétricas (R-61)
Instrumento que enche recipientes com a massa de um produto predeterminada e virtualmente
constante a partir de reservatório do produto à granel por pesagem automática, e que compreende
essencialmente um dispositivo de alimentação automática associado a uma unidade de pesagem, controle
apropriado e mecanismos de descarga.
6.3 Totalizadoras descontínuas (R-107)
Instrumento que pesa um produto à granel pela divisão deste produto em carregamentos discretos,
determinando a massa de cada carregamento discreto na seqüência, somando os resultados de pesagens e
liberando os carregamentos.
6.4 Totalizadoras contínuas (R-50)
Instrumento que realiza a pesagem automática contínua de um produto a granel numa esteira
transportadora, sem subdivisão sistemática de massa e sem interrupção do movimento da esteira
transportadora.
6.5 “Catchweight” (R-51)
Instrumento de pesagem automático que pesa cargas discretas pré-montadas ou cargas simples de
material solto. Exemplo: Instrumento de pesagem automáticos que realizam a separação de artigos de
diferentes massas em dois ou mais subgrupos.
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GLOSSÁRIO
rotação – s.f. giro; movimento giratório; movimento que a terra executa em torno do seu próprio eixo, de que resultam o dia e a noite. ambigüidade – s.f. qualidade do que é ambíguo; obscuridade. detentor – s.m. aquele que detém. emanado – v. tr. ind. originar-se. concernentes – adj. Relativo; atinente; pertencente. Referências Bibliográficas: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki> FERREIRA, A.B. de H. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. M S Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa