Apostila Legislação em TI

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  • 8/18/2019 Apostila Legislação em TI

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    LEGISLAÇÃO EM TECNOLOGIA DA

    INFORMAÇÃO

    Professora Deana Weikersheimer ( [email protected])

    Professor Marco Túlio Barros Castro( [email protected])

    Weikersheimer Castro ! Wa"nber# $d%o#ados $ssociados

     $%. &io Branco ' #ru*o ++,

    &io de -aneiro &- 

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    1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

    2. FINALIDADE DA PERCEPÇAO DO ASSUNTO NUM AMBIENTE NÃO JURÍDICO

    3. QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS

    3.1 Introdução3.2 Percepção de aspectos atinentes a TI – Aplicação de teste

    4. INTRODUÇÃO AO CONTEÚDO

    4.1 Alguns Conceitos Importantes sobre Informação Con!ecimento e Ino"ação

    4.2 #ireito como ferramenta de gestão na $rea de tecnologia % fundamentos

    4.3 &ntendimento de Propriedade Intelectual e sua import'ncia em TI

    4.4 (ignificado )ur*dico de Propriedade Intelectual – #ireito Autoral e Propriedade

    Industrial

    5. CONCEITO DE PROPRIEDADE E SUAS CARACTERÍSTICAS

    +.1 , -ue ter a propriedade de um bem tang*"el ou intang*"el % base legal

    +.2 Como ocorre a transfer/ncia da propriedade de uma obra intelectual0

    +.3 Como regulada a relação entre as partes contratantes em negcios -ue

    en"ol"em a propriedade intelectual0

    . A LEI DE SOFT!ARE " #.$#%#&

    .1 Caracter*sticas especiais -ue a diferem da ei 1567

    .2 Conceito do (oft8are e suas peculiaridades

    .3 Comerciali9ação de (oft8are % difere do !ard8are

    .4 Tributação em (oft8are

    .+ Autoria do (oft8are% pre"isão legal% caracter*sticas

    . Tipos de Instrumentos Contratuais % licenciamento desen"ol"imento

    comerciali9ação customi9ação transfer/ncia de tecnologia

    .: ;arantia Tcnica e Pra9o de

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    :.1.3 &mpresa como parceira de outras soft8are !ouses

    :.1.4 &mpresa como consultora e implementadora em customi9ação de

    soft8are

    :.1.+ Cl$usulas contratuais necess$rias dentre as tradicionais

    &. NEG)CIOS JUNTO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA " L*+ &.%#&

    7.1 icitação de (oft8are

    7.2 =odalidades e Tipos de icitação

    #. OUTSOURCING

    1$. O CONSUMIDOR E OS SEUS DIREITOS

    11. CONCLUSÃO E CONSEQ,-NCIAS DA NÃO OBSERÃNCIA DOS ASPECTOS

    JURÍDICOS

     A>&?, 1% &;I(A@, #& (BP,T&

    ei 567

    3

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    CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

     A e"olução do segmento tecnolgico -ue se iniciou no sculo findo "em se consolidando como

    importante termDmetro do desen"ol"imento do mundo globali9ado na medida em -ue a

    utili9ação das ferramentas e dos processos -ue "en!am a ser desen"ol"idos por seus nacionais

    demonstra de forma cabal o grau de capacitação tecnolgica )$ apreendida obrigando os seus

    go"ernantes a estabelecerem pol*ticas de ino"ação "alori9ando o con!ecimento tornando%o

    cada "e9 mais um ati"o altamente competiti"o e de "alor agregado bastante significati"o.

    CAPÍTULO 2 FINALIDADE DESTE M)DULO NO MBA EM QUESTÃO

    Considerando -ue este =EA trata especificamente da Tecnologia da Informação e considerando

    -ue este segmento pelo alto "alor agregado -ue o mesmo congrega regulado no nosso

    territrio nacional e na maior parte dos pa*ses desen"ol"idos e em desen"ol"imento por leis -ue

    protegem a sua utili9ação inde"ida torna%se impresc*nd*"el -ue os profissionais "inculados ao

    mesmo passem a entender a estrutura legal e os aspectos )ur*dicos -ue impactam no

    desen"ol"imento pertinente de forma -ue possam a partir do con!ecimento dos riscos legais

    eFistentes adotar as estratgias tcnicas comerciais e financeiras para tirar o maior pro"eito

    poss*"el do potencial ino"ador -ue o segmento congrega.

    Portanto este mdulo tem a finalidade de oferecer aos participantes do =EA em tela os

    esclarecimentos sobre -uestGes comerciais e legais contro"ertidas en"ol"endo a ati"idade -ue

    normalmente desempen!ada neste ambiente especificamente relacionada com os negcios

    na $rea de TI considerando o crescimento -ue "em se "erificando neste segmento e as

    diferentes facetas -ue o negcio nesta seara pode adotar dependendo da nature9a das relaçGes

    estabelecidas.

     As $reas e os departamentos -ue lidam com a Tecnologia da Informação se)am elas parte da

    estrutura de empresas -ue t/m o seu core business "oltado para esta especialidade ou mesmo

    empresas -ue apesar de não desempen!arem esta ati"idade identificaram a TI como

    ferramenta importante para o desen"ol"imento dos seus negcios de"em estar atentas as

    peculiaridades relacionadas com a legislação -ue abarca a mesma de forma -ue possam

    concluir negcios de forma l*cita e perene.

    4

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    Considerando tais peculiaridades essas empresas "ão ao mercado para oferecer Tecnologia da

    Informação a todos os segmentos de interesses in"estem numer$rio "ultoso com a finalidade de

    desen"ol"erem soluçGes diferenciadas -ue são imediatamente absor"idas pelo mercado H"ido

    com as no"idades -ue não se intimidam em surgir e influenciar o cotidiano das pessoas f*sicas e

    das grandes estruturas organi9acionais internas e internacionais.

    , "olume de numer$rio -ue circula nesses negcios significati"o ra9ão pela -ual entender o

    -ue significa e como se protege esses resultados não s do ponto de "ista tcnico financeiro e

    cont$bil mas precisamente do ponto de "ista legal pressuposto essencial para se criar uma

    dierencial seguro na oferta aos usu$rios.

    &m contrapartida encontramos no mundo dos negcios empres$rios in"estindo pesadamente

    nessa ati"idade -ue precisam igualmente preser"ar direitos -ue possa obter por força das

    normas legais "igentes.

    #esta forma não resta d"ida -ue o con!ecimento das -uestGes relacionadas aos mecanismos

     )ur*dicos -ue de"em ser obser"ados para proteger este patrimDnio intang*"el fator importante

    para o desen"ol"imento de pro)etos de forma -ue possam ter uma infra % estrutura tecnolgica

    sustent$"el sendo -ue as relaçGes com terceiros % se)am empregados parceiros prestadores

    de ser"iços e outros % de"em ser fortalecidas dentro de fronteiras ob)eti"amente definidas e bem

    delimitadas.

    , negcio na $rea de TI contm peculiaridades do ponto de "ista legal e comercial -ue de"em

    ser entendidas por todos a-ueles -ue transitam em empresas "oltadas para este segmento.

    , descon!ecimento ou mel!or di9endo a ignor'ncia )ur*dica sobre o assunto pode gerar 

    pre)u*9os H empresa impedindo muitas "e9es -ue os ob)eti"os possam ser alcançados.

    Por tais ra9Ges este mdulo ter$ um ob)eti"o claro -ue o de permitir a percepção dos aspectos

     )ur*dicos e comerciais -ue en"ol"em o negcio atinente a Tecnologia da informação focando no

    ambiente legal a ele atinente e nos aspectos comerciais e contratuais -ue de"em ser regulados

    para se obter um a)uste seguro e e-uilibrado pelas partes acordantes.

    +

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    Com base nessas premissas transmitiremos as informaçGes -ue )ulgamos de interesse e de

    import'ncia para a solide9 dos negcios nessa seara atra"s de uma abordagem direta e

    compreens*"el apesar de termos o ob)eti"o de en"ol"er os participantes nos aspectos )ur*dicos

    aplic$"eis ao assunto tendo em "ista -ue o seu descon!ecimento pode tra9er conse-J/ncias

    muitas "e9es indese)$"eis para os profissionais -ue militam neste ambiente e para a prpria

    empresa onde trabal!am e -ue se tradu9em em gastos financeiros com rei"indicaçGes de

    terceiros relacionadas com a titularidade das ferramentas "iolação de confidencialidade e sigilo

    descumprimento dos limites impostos legalmente para utili9ação de obra intelectual de terceiros

    e eFploração de in"enção protegida por patente com e"idente redução dos resultados da

    empresa.

    CAPÍTULO 3 QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS

    3.1 I/06

    Considerando -ue os profissionais -ue trabal!am com tecnologia da informação de"em

    con!ecer e perceber os pressupostos -ue norteiam o negcio onde estão inseridos neste

    mdulo incluiremos para refleFão mais um insumo -ue dentro do conteFto brasileiro

    fundamental uma "e9 -ue este segmento regulado por legislação prpria a ser obser"ada

    para -ue não ocorra risco nos pro)etos e nos negcios -ue "en!am a ser conclu*dos sob esta

    c!ancela.

    Com base nesta constatação le"aremos em consideração as seguintes premissas essenciais

    -ue de"em ser por eles percebidos relati"amente as -uestGes legais e comerciais -ue

    sugerimos como essenciaisK

    • o entendimento sobre o ambiente legal atinente a Tecnologia da InformaçãoL

    • as cautelas relacionadas a aplicação das normas legais especificamente no tocante aos

    seus pressupostos e princ*pios inseridos na legislação espec*fica do setorL

    • os cuidados na elaboração dos contratos a serem firmados pelos empres$rios da $reade TI e terceiros considerando as condicionantes antes citadasL

    • as medidas a serem adotadas para elaboração da pol*tica interna de TI das empresas

    "oltadas direta ou indiretamente para o setor considerando os aspectos trabal!istas

    tribut$rios e comerciais a serem obser"ados

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    • as condiçGes impostas legalmente pelas empresas pblicas na contratação de ser"iços

    e fornecimento "inculado a Tecnologia da Informação e os mecanismos para

    minimi9ação dos riscos da* decorrentes

     

    I7809/0*: P99 *;*/ +78=9/09 /*@* 8*0; /9 *9 * TI

    8*;;8;0 *;;*/@+9= * ; 8+;;+/9+; */

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    3. Q9= ;+?/++@9 * 88+*9* +/0*=*@09=

     AM o resultado da criação ou da in"enção de algo por pessoa f*sica ou )ur*dica.

    EM o direito sobre determinado ati"o tang*"el ou intang*"el

    CM en"ol"e a criação !umana e a in"enção industrial#M >en!uma das respostas acima

    4. C7 *?=99 9 *=96 */0* 9; 890*; @/0909/0*;> 9/ 90+/*/0*; 9

    88+*9* +/0*=*@09=

     A% pela Constituição Nederal de 177

    E% pelo Cdigo Ci"il Erasileiro

    C% por leis prprias e subsidiariamente pelas normas legais acima

    #% Todas as respostas acima

    5. Q9+; ;6 9; 90+en!uma das respostas acima

    '. Q9= ;+?/++@9 * 7 @/090

     AM Con)unto de cl$usulas e condiçGes -ue dão ao contratante o poder de eFigir da contratada o

    cumprimento da-uilo -ue se obrigou a fa9er.

    EM Con)unto de cl$usulas e condiçGes negociadas de forma e-uilibrada e em igualdade de

    condiçGes pelas partes contratantes.

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    CM Instrumento de refer/ncia apresentado pela ABT,A ao contratado contendo cl$usulas

    padrão e imut$"eis.

    #M >en!uma das respostas acima

    A0*/6: A; *;8;09; 99; ;*6 09=99; *> 9 +/9= *;0* T*+/97*/0> ;*6

    9/9=+;99; * +;@0+9; 8 0; ; 890+@+89/0*;. P09/0> *=+09 ;* *=9;> 9/0*; *

    *?+;09 9 ;9 9=0*/90+ @/*@+7*/0 * +/

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     A +/

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    espec*ficas para controlar os direitos atinentes aos criadores aos gestores e aos tomadores

    deste negcio.

    Portanto fundamental -ue o profissional afeto a esta $rea de atuação procure agregar como

    ferramenta de pro)eto os institutos )ur*dicos aplic$"eis ao mesmo pois dentro deste conteFto a

    sua percepção propiciar$K

    % A proteção do con!ecimento e da ino"açãoL

    -  A garantia de -ue a titularidade do con!ecimento e da ino"ação fi-ue sempre nas mãos

    do seu criador e do seu in"entor 

    - ,s limites de utili9ação dos direitos do criador por terceiros.

    4.3 E/0*/+7*/0 ;* 9 P8+*9* I/0*=*@09= * ;9 +780/@+9 *7 TI

    Para se estudar sobre a *ro*riedade intelectual / im*ortante definir 0ue se trata de um

    instituto 0ue re#ula a forma de *rote12o e *reser%a12o do conhecimento e da ino%a12o

     *rote#e os direitos do criador define o 0ue / obra intelectual e o 0ue / in%en12o

    industrial com base nos principais diplomas legais abaiFo destacados3

    -

    ei n. .1567 -ue dispGe sobre a proteção dos direitos autorais

    - ei n. .567 -ue trata da comerciali9ação do soft8are e dispGe sobre a sua nature9a

     )ur*dica e

    - ei .2:6 -ue trata da proteção da propriedade industrial.

    #esta-ue%se -ue essas leis são oriundas da Constituição Nederal de 177 -ue determinou a

    promulgação de leis ordin$rias para regular essas matrias.

    >osso pa*s tambm signat$rio de acordos internacionais sobre o assunto sendo -ue os

    mesmos passaram a ter efic$cia a partir da promulgação das leis ordin$rias acima -ue foram

    adaptadas as regras internacionais "igentes.

    #estacam%se dentre eles os seguintesK

    11

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    % , tratado da ,=PI O,rgani9ação =undial da Propriedade IntelectualM -ue define a

    propriedade intelectual como a soma dos direitos autorais e da-ueles decorrentes da

    propriedade industrial contidos nas normas legais -ue l!e dão sustentação nesses

    ambientes do con!ecimento.

    % , tratado TIP( OTrade elated Aspects of Intelectual PropertQ ig!tsM – constitui um

    dos aneFos do tratado de constituição da ,=C % -ue o tratado internacional -ue

    estabeleceu as diretri9es para a uniformi9ação de entendimentos globais sobre a

    propriedade intelectual e garante direitos de propriedade intelectual em -ual-uer parte

    do mundo.

    Cabe ressaltar -ue a lei p$tria a -ue tem preponder'ncia dentro do territrio do nacional

    de"endo ser respeitados no tocante a proteção de direitos do autor e do criador os limites

    territoriais pertinentes ao local onde eles estão domiciliados.

    (ignifica di9er -ue um determinado in"ento de"e ser protegido de acordo com os mandamentos

    legais aplic$"eis ao pa*s do seu autor sendo -ue no Erasil para -ue esta in"enção ten!a

    "alidade legal e sobre ela possam ser re-ueridos direitos di"ersos necessita -ue ela se)a

    depositada antes de sua di"ulgação no mundo empresarial no Instituto >acional da Propriedade

    Industrial % I>PI.

    >a obra intelectual como se "er$ a seguir a sua proteção não obrigatria. , autor de obra de

    criação !umana pode at re-uerer a proteção de sua obra indita )unto a determinados rgãos

    conforme pre"isto na lei +776: -ue foi re"ogada integralmente pela lei 1567.

    4.4 S+?/++@9 H+@ * 88+*9* +/0*=*@09= " D+*+0 A09= * P8+*9*

    I/;0+9=

    #e forma a não deiFar d"idas -uanto ao significado )ur*dico de propriedade intelectual no

    'mbito de nossa legislação apresentamos abaiFo as normas legais -ue protegem os

    mencionados institutos.

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    Como dissemos a Constituição Nederal de 177 regulou a matria pois pela sua import'ncia o

    &stado trouFe para si a prerrogati"a de legislar sobre esses direitos obrigaçGes e conse-J/ncias

    da* decorrentes. A prpria Constituição estabelece uma di"isão da propriedade intelectual em

    dois grandes gruposK + obras liter$rias art*sticas e cient*ficas – protegidas pelo direito de autor 

     – e ++  demais criaçGes intelectuais -ue ten!am utilidade na indstria e comrcio Oin"ençGes

    marcas etc...M – -ue são protegidas pela Propriedade Industrial.

    , direito de autor regulamentado basicamente por duas leisK OiM ei n. .1567 e OiiM ei n.

    .567.

     A ei n. .1567 trata da proteção do direito do autor sobre as obras liter$rias art*sticas e

    cient*ficas incluindo dentre as obras proteg*"eis o soft8are.

    , seu Art. :R dispGe de forma eFemplificati"a a respeito das obras -ue merecem a proteção

     )urisdicional. , soft8are est$ destacado no seu inciso ?II toda"ia o par$grafo primeiro deste

    mesmo artigo estabelece -ue os programas de computador serão ob)eto de legislação

    espec*fica diferenciando%o das outras obras de criação !umana e da forma de comerciali9ação

    por terceiros indicados pelo titular. O&>T&M

     A ei n. .567 estabelece as regras espec*ficas relacionadas com a proteção da propriedadeintelectual de programa de computador e sua forma de comerciali9ação. Portanto muito embora

    os programas de computador se)am considerados como obras intelectuais protegidas pelo direito

    de autor eles estão su)eitos ao regramento espec*fico da ei n. .567.

     A ei n. .2:6 trata da proteção da propriedade industrial -ue abrange as criaçGes

    intelectuais -ue possuem aplicação industrial ou comercial e abrange as in"ençGes as marcas

    os desen!os industriais e define o conceito de concorr/ncia desleal.

    P +;;> / **@H@+ * ;9 /6> 79/0*/9";* @787*0+ @7 9; 7*09; * ;9

    *78*;9> *;8*+09/> 09 ; =+7+0*; =*?9+; 90+/*/0*; 9 ;9 90+ *

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    do poder de -uem -uer -ue irregularmente a possua ou deten!a Oart. 1227M. Portanto poss*"el

    concluir -ue ter a posse ou a detenção de um bem não caracteri9a a propriedade. , detentor ou

    usu$rio de um bem de"e se subordinar a orientação do propriet$rio.

    &FemplificandoK o locat$rio de um prdio s pode usufruir do mesmo na forma a)ustada no

    contrato de locação. , editor de uma obra intelectual tem o direito de editar a obra mas a

    propriedade dela sempre do autor -ue transfere este direito atra"s de um instrumento )ur*dico

    denominado cessão. , titular do soft8are s o comerciali9a atra"s do contrato de licença

    portanto ele sempre continua com a propriedade.

    T*7 9 88+*9* 9=* 8*;;9 H;+@9 H+@9 * 0*7 9 @989@+9* * 8 /;

    0*7; 9 =*+ @+ * 8;;+ *7 *=96 9 *7 0; +*+0; *;;*/@+9+;: ;> ? *

    +;8;+6> 0*/> 809/0> +*+0 * +;8 *7> ;*9 *=* 09/?H *0@..

     A propriedade se compro"a atra"s de um t*tulo Ocertificado de patente escritura de compra e

    "endaM ou apenas pela declaração do autor de -ue o dono Oobras intelectuais soft8areM )$ -ue

    nessas !ipteses a compro"ação independe de -ual-uer formalidade legal caracteri9ando%se a

    adoção dessa medida como facultati"a.

    5.2 C7 @* 9 09/;*/@+9 9 88+*9* * 79 9 +/0*=*@09=

    Como se "er$ o tratamento a ser dado a caracteri9ação da propriedade de uma obra intelectual

    est$ regido por lei prpria ou se)a a lei n. .1567 e l$ -ue se encontra definida a forma de

    transfer/ncia da propriedade.

     A grande mudança -ue foi introdu9ida em relação as obras intelectuais -ue a lei "igente proibiu

    a &>C,=&>#A )unto ao autor significa di9er -ue o criador da obra não pode transferi%la e

    autori9ar -ue o comprador da mesma possa apor o seu nome como crdito . Tal situação )ur*dica

    ei"ada de nulidade. >ão pode o autor dispor do seu direito moral sobre a obra e somente do

    seu direito patrimonial -ue a-uele relacionado com a eFploração da mesma.

    1+

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     Antes porm importante ressaltar -ue o soft8are apesar de ter nature9a )ur*dica de obra

    intelectual e ser protegido pelo direito do autor a sua comerciali9ação feita de forma

    diferenciada em relação a-ueles bens Odemais obras intelectuaisM. (ignifica di9er -ue por força

    da lei espec*fica Oei n. .567M -ue dispDs sobre a forma de comerciali9ação do soft8are não

    !$ -ue se falar em direito moral a ser protegido mas somente no tocante a titularidade do

    mesmo. , direito moral s pode ser re-uerido pelo autor do soft8are Oempregado prestador de

    ser"iços sempre pessoas f*sicasM -uando ele for utili9ado para os fins di"ersos para o -ual foi

    desen"ol"imento denegrindo a imagem do seu criador.

    Portanto a-uele -ue comerciali9a soft8are não obser"a os mesmos procedimentos legais

    atinentes as demais obras intelectuais ou se)a a ei n. .1567.

    #e acordo com a lei acima citada a transfer/ncia de uma obra intelectual eFcetuado o programa

    de computador pode ser definiti"a ou transitria. , -ue importante salientar -ue a

    transfer/ncia a-ui mencionada não en"ol"e o direito sobre o crdito da obra ou se)a o direito

    moral -ue o autor tem sobre sua criação. , -ue se transfere o direito patrimonial ou se)a est$

    ligado ao negcio -ue se fa9 com a obra propriamente dita.

    &sta afirmati"a legal le"a a conclusão -ue no tocante as obras intelectuais em geral não !$ a

    transfer/ncia de propriedade de forma integral portanto não se configura a tradição -ue em

    direito significa a passagem definiti"a da mão do "endedor para o comprador -ue representa atransmissão da propriedade.

     Ainda no tocante a obra intelectual o dono dela pode ceder os direitos patrimoniais de forma

    definiti"a ou transitria. S definiti"a -uando o cession$rio passa a ser o nico a poder se

    beneficiar com os resultados da eFploração da obra a partir da cessão. S transitria -uando a

    cessão feita por pra9o determinado.

     A comerciali9ação de soft8are segue uma regra distinta em relação as demais obras intelectuais

    protegidas pelo direito de autor )$ -ue o titular dos direitos sobre o programa de computador 

    confere ao usu$rio apenas uma licença de uso ou se)a o licenciado usa o soft8are no local e

    com a finalidade definida pelo titular em contrato prprio.

    1

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     A forma de transfer/ncia definiti"a do soft8are s ocorre atra"s do contrato de transfer/ncia de

    tecnologia -uando o cdigo fonte e todos os meios necess$rios para seu funcionamento são

    transferidos para o no"o propriet$rio -ue passa a ser o nico a ter direito de licenciar o soft8are.

     A transfer/ncia de"e ser total e eFclusi"a.

    5.3 C7 *?=99 9 *=96 */0* 9; 890*; @/0909/0*; *7 /*?@+; *

    */PI. Portanto neste caso não !$

    presunção de titularidade ela de"e ser pro"ada.

    >este sentido a pre"isão contratual de"e ser no sentido do titular declarar ser o autor e ter acompro"ação do alegado. >ão basta a manifestação neste sentido. >o mesmo diapasão

    encontramos a proteção das marcas -ue tambm de"e ser registrada no I>PI para -ue o seu

    titular ten!a o pri"ilgio do uso.

    A LEI DE SOFT!ARE LEI #$#%#&

    1:

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    .1 C99@0*H;0+@9; *;8*@+9+; * 9 +**7 9 L*+ #$#%#&

    >o ordenamento )ur*dico brasileiro a pol/mica sobre a nature9a )ur*dica do soft8are começou a

    ser dirimida com a promulgação da ei n. :.4 de 17 de de9embro de 17: -ue definiu pela

    primeira "e9 o soft8are como obra intelectual recon!ecendo -ue esta"a protegido pelas

    disposiçGes da ei nR. +.77 de 14 de de9embro de 1:3 -ue regula"a os direitos autorais H

    poca.

    =uito embora a consagração da primeira tese legal se)a datada de 17: curioso -ue at o

    momento ainda não ten!am sido institu*dos critrios prprios para se contratar soft8are posto

    -ue o direcionamento legal "igente impede di"agaçGes e interpretaçGes -ue transcendam as

    regras ali inseridas.

     Atualmente a -uestão encontra%se pacificada "e9 -ue a ei nR .5 de 1 de fe"ereiro de

    17 neste trabal!o simplesmente ei de (oft8are % -ue dispGe sobre a proteção da

    propriedade intelectual de programa de computador sua comerciali9ação no Pa*s e d$ outras

    pro"id/ncias % referendou a nature9a )ur*dica do soft8are como sendo de direito de autor

    e-uiparando%o Hs obras liter$rias para fins de proteção no tocante a propriedade intelectual.

     A ei n. .15 de 1 de fe"ereiro de 17 Oei de #ireitos AutoraisM % -ue dispGe sobre a

    proteção do direito autoral e re"ogou em parte a lei +776:3 % incluiu o soft8are no rol de obrassuscet*"eis de proteção pelo direito de autor Oart. :R inciso ?IIM su)eito toda"ia ao regramento

    espec*fico da ei de (oft8are conforme eFpressamente pre"isto no par$grafo primeiro do

    mencionado artigo.

    .2 C/@*+0 * ;09* * ;9; 8*@=+9+9*;

    Toda"ia o soft8are possui determinadas caracter*sticas -uanto a sua forma de comerciali9ação

    -ue o diferencia não s de outros produtos e ser"iços de inform$tica como o hardware ser"iços

    de assist/ncia tcnica e manutenção dentre outros mas tambm das demais obras intelectuaisprotegidas pela ei de #ireitos Autorais.

    >este sentido importante traçar um paralelo entre as obras intelectuais protegidas pela ei de

    #ireitos Autorais especificamente a-uelas listadas no seu art. :R e o soft8are de forma -ue

    possamos perceber -ue a grande diferença eFistente entre eles se encontra na sua forma de

    circulação e comerciali9ação.

    17

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    .3 C7*@+9=+96 * S09* +** 99*

    , art. R da ei de (oft8are pre"/ -ue a comerciali9ação de soft8are no Pa*s do titular ou do

    seu distribuidor autori9ado para o usu$rio final de"er$ ser ob)eto de contrato de licença

    tradu9indo como elemento indissoci$"el a "inculação perene entre o autor e a sua obra.

    >este particular a diferença eFistente no tocante Hs demais obras intelectuais significati"a )$

    -ue elas circulam no mercado atra"s de contratos de compra e "enda O&F % compra de um li"ro

    ou de um $lbum fonogr$ficoM.

    Portanto ainda -ue se encontrem no mercado interno ou internacional di"ersos soft8are -ue

    eFecutem funçGes id/nticas ou semel!antes cada um deles constitui o retrato da prpria

    personalidade de seu autor possuindo caracter*sticas nicas e originais -ue os diferenciam dosdemais eFistentes.

    &ssas particularidades t/m gerado d"idas -uanto a possibilidade de eFistir di"ersos tipos de

    soft8are dentre eles podemos citarK o embalado o de prateleira o ser"iço alm de espcies

    diferenciadas -uanto a autori9ação -ue o autor concede ao usu$rio isto propriet$rio aberto

    li"re dentre outros.

    &sta discussão possui refleFos não s na $rea tribut$ria mas tambm na prpria definição legal

    de soft8are ra9ão pela -ual de"e ser obser"ada a definição constante do art. 1R da ei de(oft8are abaiFo transcrito -ue não pre"/ -ual-uer espcie de distinção entre tipos e categorias

    de programa de computadorK

    “Art. 1º Programa de computador é a expressão de um conjunto

    organizado de instruçes em linguagem natural ou codi!icada" contida

    em suporte !#sico de $ual$uer natureza" de emprego necess%rio em

    m%$uinas autom%ticas de tratamento da in!ormação" dispositi&os"

    instrumentos ou e$uipamentos peri!éricos" baseados em técnica digital 

    ou an%loga" para !az'(los !uncionar de modo e para !ins determinados.) 

    .4 T+096 *7 S09*

     Ainda -ue a alegação acima não fosse con"incente o -ue se admite apenas para argumentar a

    nosso "er -ual-uer discussão acerca da nature9a )ur*dica do soft8are foi pacificada com a

    1

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    promulgação da ei Complementar nR 11 de 31 de )ul!o de 2553 -ue no intuito de sanar 

    disputa eFistente entre a autoridade fiscal estadual e municipal a respeito do tributo incidente na

    comerciali9ação de soft8are no pa*s incluiu no rol de ati"idades tributadas pelo I(( OImposto

    sobre (er"iços de ual-uer >ature9aM -ue de nature9a municipal as ati"idades de

    *licenciamento e cessão de direito de uso de programas de computação*  não classificando ou

    -ualificando o tipo de soft8are -ue determinaria o e"ento gerador para aplicação deste imposto.

    &m ra9ão dessas asserti"as não resta d"ida tambm -ue o soft8are não se confunde com o

    !ard8are )$ -ue ele não est$ su)eito a lei de soft8are. Portanto para o !ard8are eFiste a

    operação de compra e "enda no soft8are sempre de licença.

    RESUMINDO: S09*> 8 9 9 /79 =*?9=> /6 ;* o segundo caso -uando o desen"ol"imento feito para terceiros a soft8are !ouse não

    titular dos direitos da* decorrentes e portanto ela não pode utili9ar o resultado obtido para fa9er 

    25

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    ser"iços semel!antes. Para -ue tal prerrogati"a ocorra de"er$ estar pre"isto taFati"amente no

    instrumento contratual firmado para o desen"ol"imento pertinente.

    Caso o desen"ol"imento ocorra a partir de uma ferramenta )$ eFistente e -ue pertença a

    soft8are !ouse ou a terceiros o resultado obtido pertencer$ a -uem pagou pelo mesmo ou se

    eFpressamente pre"isto no contrato ao desen"ol"edor. Toda"ia !a"endo no"a comerciali9ação

    do resultado ou multiplicação do mesmo a ferramenta original de"e ser licenciada

    separadamente não podendo ser incorporada ao resultado eFistente.

    . T+8; * I/;07*/0; C/0909+;" =+@*/@+97*/0> *;*/

    @;07+96> 09/;*/@+9 * 0*@/=?+9

    Conforme )$ mencionado anteriormente a lei de soft8are define os tipos de contratos -ue

    de"erão ser a)ustados intitulando%os a partir da finalidade -ue se procura atingir.

    , @/090 * *;*/

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    não fa9 )us a -ual-uer direito relacionado com o mercado por ele trabal!ado Otal como

    indeni9ação por eFemploM se tal prerrogati"a não esti"er claramente pre"ista no instrumento

    contratual.

     Alm disto cabe ao comerciali9ador ou distribuidor a obrigação de respeitar integralmente as

    condiçGes a)ustadas e o modelo de contrato de licença aneFado sob pena de ser o nico

    respons$"el em atender determinadas rei"indicaçGes feitas pelo usu$rio final caso tal disposição

    não este)a contida no contrato de distribuição e ten!a sido unilateralmente inclu*da a re"elia do

    titular.

    egistre%se por pertinente -ue no contrato com nacionais ou estrangeiros não se de"e usar na

    cl$usula atinente aos montantes pecuni$rios a serem a)ustados a nomenclatura de remuneração

    roQalties ou outros -ue se assemel!am. A cl$usula em apreço de"e ser denominada de P*> )$

    -ue não !$ "inculo empregat*cio gan!o econDmico ou outros -ue impli-uem no pagamento de

    adicionais decorrentes da* decorrentes.

    , @/090 * =+@*/@+97*/0 899 @;07+96 define a forma de utili9ação de soft8are do

    titular para criação de ferramenta modelada para o tomador do ser"iço. >asce um no"o soft8are

    -ue de"e ser tratado com independ/ncia em relação ao soft8are -ue l!e deu origem.

    , @/090 * 09/;*/@+9 * 0*@/=?+9 de"e pre"er a forma de mudança do titular. Atra"s

    deste instrumento o titular origin$rio transfere de forma definiti"a e permanente todos os direitos

    -ue possui em relação ao soft8are inclusi"e o cdigo fonte não podendo a partir de então

    dispor do mesmo se)a a -ue t*tulo for. &ste instrumento para ter "alidade perante terceiros de"e

    ser registrado no I>PI.

    ,utros contratos importantes são os de manutenção e assist/ncia tcnica -ue muitas "e9es

    "/m )unto com o contrato de n4%el de ser%i1o (56$). 

    &ste tipo de contrato % instrumento efica9 para controlar os n*"eis de ser"iços especialmente

    a-ueles relacionados com uso de tecnologia da informação telecomunicaçGes e -uando !$ a

    terceiri9ação de ser"iços meios por uma decisão estratgica da empresa.

    22

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    Com este entendimento de"e o titular pre"er um pra9o de garantia tcnica do produto de

    acordo com o C#C portanto 5 dias e destacar -ual o pra9o de "alidade tcnica do mesmo

    informando -ual a data de finali9ação do desen"ol"imento as builtU e o pra9o para emissão de

    no"as "ersGes. &sta informação importante na medida em -ue o usu$rio pode plane)ar o

    in"estimento a ser feito e os no"os desembolsos -uando forem liberados os upgradesU.

    ' IMPORT(NCIA DA PERCEPÇÃO DOS ASPECTOS JURÍDICOS DO

    SOFT!ARE

    '.1 A8=+@96 ; */0*/+7*/0; 9@+79 9 M= E;8*@H+@

     A partir da an$lise dos aspectos legais -ue en"ol"em a ati"idade com ferramentas de TI

    importante identificarmos alguns procedimentos -ue de"em ser intensificados no sentido de

    eliminar obst$culos -ue impeçam o sucesso nos empreendimentos relacionados com a sua

    ati"idade fim.

    Com este entendimento apresentaremos algumas situaçGes contro"ersas -ue de"em ser 

    a"aliadas em relação ao segmento em -uestão especialmente no tocante ao posicionamento

    das empresas ali inseridas e a partir da* de"er$ ser dada uma solução r$pida e ob)eti"a.

    '.1.1 E78*;9 @7 *;*/

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    montagem da e-uipe do pro)eto significando di9er -ue nessas !ipteses o gerente um

    elemento essencial no sucesso do empreendimento.

     Alm disto e principalmente de"e con!ecer e saber perceber os direitos e restriçGes atribu*dos

    a empresa desen"ol"edora e as conse-J/ncias da* decorrentes.

    #esta forma segue abaiFo um -uadro comparati"o entre as seguintes situaçGes apresentadasK

    #esen"ol"imento interno % para compor o seu

    ati"o

    #esen"ol"imento para terceiros % para compor 

    ati"os de terceiros contratantes

    Preparação de documentos a serem

    assinados pelos empregados -ue "en!am a

    ser en"ol"idos no pro)eto % cautela com as

    normas internas da empresa atinentes a

    no"idade incluindo as condiçGes de sigilo de

    uso de e-uipamentos da empresa interessada

    da impossibilidade de cpia dos processos e

    do resultado pol*ticas de uso de email

    telefone celular dentre outros.

    Ninali9ação de instrumento contratual

    dispondo a respeito das condiçGes -ue de"em

    nortear o desen"ol"imento dos ser"iços e os

    resultados da* decorrentes especialmente no

    tocante a titularidade do soft8are o sigilo as

    garantias a forma de pagamento os impostos

    incidentes.

    Normação de &-uipe % obser"'ncia das regras

    internas das empresas en"ol"idas

    Normação de &-uipe – obser"'ncia das regras

    do contrato de desen"ol"imento

    Cautelas na apropriação de informação de

    terceiros na fase de desen"ol"imento e aps a

    sua conclusão

    Cautelas no relacionamento com o pessoal da

    contratada de forma a e"itar rei"indicaçGes

    trabal!istas e uso de informaçGes da mesma

    por seus funcion$rios.

     Ati"ar o resultado como bem intang*"el

    patrimonial OtitularidadeM não podendo o

    Impossibilidade de incluir o resultado obtido

    como ati"o imobili9ado a não ser -ue no

    2+

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    empregado eFigir -uais-uer direitos autorais

    ou -ue se assemel!e por ter atuado na

    e-uipe de desen"ol"imento.

    contrato este)a eFpressamente mencionada

    esta prerrogati"a.

    ;arantia e Integridade da Autoria ;arantia e integridade da Autoria por um pra9o

    certo sendo -ue aps a aceitação definiti"acaber$ a titular responder por seu uso perante

    terceiros direta e indiretamente.

    Proteção de direitos autorais de +5 anos a

    partir do primeiro ano de comerciali9ação do

    soft8are Oei n. .567M% não precisa de

    registro

    Proteção de direitos autorais de +5 anos a

    partir do primeiro ano de comerciali9ação do

    soft8are Oei n. .567M – não precisa de

    registro

    , autor pode disponibili9ar o soft8are

    conclu*do licenciando % o atra"s de contrato

    de licença.

    , autor não pode disponibili9ar o soft8are

    conclu*do em !iptese alguma nem copi$%lo

    para outros clientes )$ -ue a titularidade dotomador dos ser"iços

     A autor pode a seu critrio disponibili9ar o

    cdigo fonte para terceiros de acordo com

    condiçGes definidas no contrato.

     A autor não pode disponibili9ar nem para si

    nem para terceiros o cdigo fonte sendo -ue o

    mesmo de"e ser entregue com todas as

    informaçGes ao titular final.

    '.1.2 E78*;9 @7 =+@*/@+99 * ;09*

    , licenciamento de soft8are prprio e de terceiros determinam conse-J/ncias )ur*dicas

    radicalmente diferentes.

    >a primeira !iptese como )$ "imos ela a desen"ol"edora ou como "eremos a seguir ela a

    receptora da tecnologia por contrato prprio.

    >a segunda !iptese ela a comerciali9adora do soft8are de terceiro -ue declara ser o titular do mesmo. Como não !$ mecanismos legais -ue caracteri9em esta titularidade )$ -ue o registro

    facultati"o -uem afirma ser a autora ao finali9ar um contrato de comerciali9ação de"e deiFar 

    claro -ue a declaração de titularidade tem um peso comercial legal e financeiro bastante

    ele"ado pois a reclamação de terceiro de boa f alegando ser o autor dele pode gerar 

    conse-J/ncias )ur*dicas e financeiras cr*ticas e importantes.

    2

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     A postura a ser obser"ada nas duas situaçGes antes relatadas são totalmente diferenciadas

    conforme se segueK

    L+@*/@+97*/0 * S09* P8+ L+@*/@+97*/0 * S09* * T*@*+

    Caracteri9a -ue a autora a titular do mesmo

    por ter sido desen"ol"ido internamente ou ter a

    tecnologia sido transferida para ela de

    terceiros atra"s de contrato prprio.

    Caracteri9a -ue a-uela -ue est$

    comerciali9ando não a titular do mesmo mas

    apenas tem o direito de comerciali9$%lo sem

    ou com eFclusi"idade por um tempo

    determinado de acordo com as condiçGes do

    contrato de comerciali9ação.

     A Autora continua titular do mesmo o

    licenciado tem apenas direito ao uso na formadefinida contratualmente.

     A titular permanece com todos os direitos e a

    comerciali9adora tem o direito de licenciar deacordo com as regras definidas por a-uela

    obser"ando um contrato de licença por ela

    preparado e o licenciado tem apenas o direito

    de uso na -uantidade definida

    contratualmente.

     A Autora tem o direito de criar o seu contrato

    de licença de uso e mud$%lo de tempos em

    tempos ou durante a fase de negociação com

    o licenciado.

     A comerciali9adora não tem o direito de criar o

    contrato de licença de uso a não ser -ue

    eFpressamente pre"isto no contrato de

    comerciali9ação e desde -ue o resultado se)a

    submetido a apreciação e aceitação do titular.

     A comerciali9adora de"e licenciar o soft8are

    de terceiros como regra utili9ando o modelo

    de contrato de licença por eles fornecido.

    ual-uer negociação não de"e ser aceita

    diretamente pela comerciali9adora porm com

    consulta permanente ao titular de modo -ue

    ela possa cumprir integralmente a obrigação

    assumida perante o titular e o licenciado. &m

    algumas !ipteses de mudanças importantes

    essencial a inter"enção do titular com cl$usula

    espec*fica neste sentido.

    ,s upgrades Omanutenção e"oluti"aM de"em

    ser por ela preparados )$ -ue cabe a ela

    ,s upgrades Omanutenção e"oluti"aM de"em

    ser preparados pela titular de"endo esta

    2:

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    definir o pra9o de "alidade tcnica do soft8are informar o pra9o de "alidade tcnica do

    soft8are.

     A autora pode discutir o pra9o de garantia do

    soft8are e de manutenção e assist/ncia

    tcnica

    >ão !a"endo disposição a respeito -uando se

    trata de contrato de distribuição de soft8are

    estrangeiro a comerciali9adora pode adaptar eincluir no contrato de licença disposição sobre

    o limite do pra9o de garantia e outras -uestGes

    en"ol"endo aspectos da lei nacional sempre

    informando a titular a respeito de forma -ue

    recon!eça a necessidade dessas adaptaçGes..

    >, VW C,=PA & #A #& (,NTXA& &= >&>VB=A #&((A( VIPYT&(&( % A

    IC&>CIA#A #&T&>#& B& , (,NTXA& >, PA((A A (& C,>(I#&A#,

    C,=, ATI

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    as despesas incorridas por elas poderão ou não ser rateadas sendo -ue na maior parte das

    "e9es as partes são respons$"eis por suas despesas.

    Como não !$ -ue se falar em prestação de ser"iços tambm não !$ -ue se falar em pagamento

    de I(( s incidindo nessas operaçGes o imposto de renda -ue ser$ calculado sobre a receita

    auferida pela parceira na proporção a)ustada contratualmente.

    &ssas parcerias são sempre eFpressas e por escrito e podem re"estir a forma de um Acordo de

    Parceria de um Termo de Consrcio ou de uma (ociedade de Propsitos &spec*ficos sendo

    -ue em relação as duas primeiras as parceiras são independentes não se constituindo numa

    no"a empresa e no tocante a ltima !iptese surge uma no"a empresa com as caracter*sticas

    de uma sociedade pre"ista no Cdigo Ci"il Erasileiro com a nica diferença em relação a sua

    constituição -ue neste particular ela tem pra9o determinado.

    , -ue importante nesta alternati"a a forma de construção do contrato a ser firmado

    deiFando claros as responsabilidades e os direitos de cada uma as eFig/ncias a serem feitas

    aos seus respecti"os empregados em relação as informaçGes internas de cada uma delas a

    confidencialidade em relação aos documentos prprios e de terceiros os representantes para

    gerirem as obrigaçGes as formas de rateio das despesas e das receitas dentre outras não

    menos importantes.

    '.1.4 E78*;9 @7 @/;=09 * +78=*7*/099 * @;07+96 * ;09*

     

    Bma outra forma de implementar as suas ati"idades no segmento de TI atra"s de pedidos de

    terceiros para customi9ação de soft8are por ela desen"ol"ido ou de outros titulares -ue

    permitem por força dos seus contratos de licença a utili9ação da totalidade ou parte do cdigo

    fonte de soft8are por ele desen"ol"ido para fa9er a personali9ação do soft8are pode ser 

    efeti"ada atra"s de parcerias onde ambas as partes contratantes agregam "alor a um

    determinado soft8are sendo -ue os resultados serão utili9ados por ambas.

    Igualmente as conse-J/ncias )ur*dicas de"em ser obser"adas por força da norma legal -ue

    re9a esta ati"idade.

    2

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    Como "isto a lei de soft8are estabelece -ue o titular de"er$ ser sempre ou"ido em -ual-uer 

    operação com o seu soft8are )$ -ue eFiste uma "inculação permanente entre ambos.

     Assim !a"endo interesse de um determinado cliente em efetuar mudanças no soft8are de

    titularidade da Autoria e esta concordando em fa9/%lo o resultado -ue est$ sendo pago pela

    empresa solicitante passa a ser dela. Porm importante ressaltar -ue somente esta no"a

    solução ou no"o mdulo.

    &sta afirmati"a acarreta a seguinte conse-J/nciaK

    - Caso o cliente -ueira licenciar o seu mdulo não poder$ fa9/%lo sem -ue informe ao

    licenciado6usu$rio da necessidade de licenciar as ferramentas -ue l!e deram origem.

    - #e"er$ pre"er claramente no instrumento contratual as conse-J/ncias da não

    obser"'ncia desta prerrogati"a e )$ definir o montante a ser indeni9ado por conta do

    descumprimento das pertinentes obrigaçGes.

    -  A não obser"'ncia caracteri9a a "iolação do direito do autor podendo determinar a

    busca e apreensão depois de feita a "istoria e constatado o il*cito nos termos da lei n.

    .567.

    Caso o interesse do cliente se)a na customi9ação de soft8are -ue a Autora comerciali9a mas

    não det/m a titularidade o procedimento de"e en"ol"er sempre o titular a não ser -ue o contrato

    de comerciali9ação e6ou de licença )$ conten!a de forma clara e irrefut$"el essas prerrogati"as.

    '.2 C=;=9; @/0909+; /*@*;;+9;> */0* 9; 09+@+/9+;

    S importante salientar -ue a autora como prestadora de ser"iços di"ersos de"e possuir os

    modelos de contratos -ue mel!or atendam seus interesses não significando -ue para se atingir este ob)eti"o o mesmo de"a conter cl$usulas absurdas ou não aplic$"eis.

    Como "imos os instrumentos contratuais -ue regem as relaçGes nesta seara sãoK

    35

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    >o Erasil para -ue uma empresa possa prestar ser"iços H administração pblica em geral

    de"er$ entender -ue a apresentação das propostas est$ su)eita a norma legal espec*fica -ue

    define as regras para a escol!a do fornecedor atribuindo ao procedimento os princ*pios da

    legalidade ob)eti"idade publicidade dentre outros.

    >o 'mbito da Tecnologia da Informação en"ol"endo a escol!a de bens e ser"iços de

    inform$tica as regras legais a serem obser"adas sãoK

    OiM Constituição da epblica Nederati"a do Erasil de 177 % art. 3: ??IL

    OiiM ei n. 7.247 de 23 de outubro de 11 % #ispGe sobre a capacitação e competiti"idade

    do setor de inform$tica e automação e d$ outras pro"id/nciasL

    OiiiM ei n. 7. de 21 de )un!o de 13 % egulamenta o art. 3: inciso ??I daConstituição Nederal institui normas para licitaçGes e contratos da Administração Pblica

    e d$ outras pro"id/nciasL

    Oi"M #ecreto n. 1.5:5 de 2 de março de 14 % egulamenta o art. 3[ da ei n[ 7.247 de

    23 de outubro de 11 -ue dispGe sobre contrataçGes de bens e ser"iços de inform$tica

    e automação pela Administração Nederal nas condiçGes -ue espec*fica e d$ outras

    pro"idenciasL

    O"M ei n. .5 de 1 de fe"ereiro de 17 % #ispGe sobre a proteção da propriedade

    intelectual de programa de computador sua comerciali9ação no Pa*s e d$ outraspro"id/nciasL

    O"iM ei n. .15 de 1 de fe"ereiro de 17 % Altera atuali9a e consolida a legislação

    sobre direitos autorais e d$ outras pro"id/nciasL

    O"iiM ei n. 15.+25 de 1: de )ul!o de 2552 % Institui no 'mbito da Bnião &stados #istrito

    Nederal e =unic*pios nos termos do art. 3: inciso ??I da Constituição Nederal

    modalidade de licitação denominada pregão para a-uisição de bens e ser"iços comuns

    e d$ outras pro"id/nciasL

    O"iiiM #ecreto n. 3.+++ de 7 de agosto de 2555 % Apro"a o egulamento para a

    modalidade de licitação denominada pregão para a-uisição de bens e ser"iços comunsL

    OiFM #ecreto n. +.4+5 de 31 de maio de 255+ % egulamenta o pregão na forma

    eletrDnica para a-uisição de bens e ser"iços comuns e d$ outras pro"id/ncias

    32

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    &.1 L+@+096 * S09*

    Para participar de uma licitação importante -ue a titular ou comerciali9adora atra"s do seu

    pessoal entenda as premissas -ue norteiam este processo destacando dentre elas as

    seguintesK

    - Todo e -ual-uer procedimento licitatrio de"e ser iniciado necessariamente com a

    definição clara do bem ou ser"iço -ue se pretende ad-uirir alm das demais condiçGes

    -ue se )ulgue necess$rias para "iabili9ar a escol!a da mel!or propostaL

    - &m se tratando particularmente de programas de computador e ser"iços de TI duas

    -uestGes gan!am rele"'ncia nesta etapa de definição do ob)eto da contrataçãoK +  a

    padroni9ação em programas de computador e ++ a discricionariedade do administrador 

    na opção entre soft8are li"re e propriet$rio.

    + P9/+96 * P?979; * C7809 

    Para -ue um ente pblico possa utili9ar o princ*pio de padroni9ação pre"isto no

    art. 1+ inciso I da ei de 7 de 21 de )un!o de 13 com alteraçGes

    posteriores Oei de icitaçGesM torna%se necess$rio -ue !a)a compatibilização

    da especi!icaçes técnicas e de desempenho" obser&adas $uando !or o caso as

    condiçes de manutenção " assist'ncia técnica e garantias o!erecidas.

     Admite%se portanto a padroni9ação nos termos da lei -uando os pressupostos

    acima esti"erem presentes e trouFerem uma "antagem financeira para a

    administração pblica.

    ++ D+;@+@+/9+*9* /9 86 */0* ;09* =+

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    &.2 M9=+9* * T+8 * L+@+096

    #esde a promulgação da ei de icitaçGes o legislador "em se preocupando com osmecanismos a serem obser"ados para a-uisição de bens e ser"iços de inform$tica concluindo

    ser pertinente um tratamento diferenciado para o setor especificamente no tocante ao tipo do

    procedimento licitatrio a ser utili9ado pelo ente pblico.

     A ei de icitaçGes dispGe no seu art. 4+ \ 4R sobre a obrigatoriedade da adoção do tipo de

    licitação “técnica e preço) para contratação de bens e ser&iços de in!orm%tica" obser"ada a regra

    de prefer/ncia contida no art. 3R da ei n. 7.24761 mas permitindo o emprego de outro tipo de

    licitação em casos pre"istos eFpressamente em #ecreto do Poder &Fecuti"o.

    S tambm importante destacar -ue a utili9ação do tipo de licitação tcnica e preçoU -ue

    de"eria ser pac*fica começou a ser ob)eto de contestação especialmente a partir da

    promulgação do diploma legal -ue incluiu o *re#2o como no"a modalidade de licitação para a

    a-uisição de bens e ser"iços comuns – cu)o tipo de licitação a ser adotado o de menor preço. 

    Por descon!ecimento da situação espec*fica do soft8are e de suas peculiaridades eFiste uma

    forte tend/ncia do ;o"erno Nederal no sentido de pri"ilegiar a utili9ação do pregão de formamaciça pois entende -ue esta modalidade pode diminuir e"entuais delitos e il*citos.

    , #ecreto nR. +4+5 de 31 de maio de 255+ -ue definiu a obrigatoriedade da reali9ação desta

    modalidade de licitação para a-uisição de bens e ser"iços comuns Oart. 4RM tem indicado a

    possibilidade de adot$%la para o soft8are.

     Assim por se tratar de uma generali9ação perigosa -ue destacamos esta situação sugerindo

    -ue a Autoria ao se defrontar com licitaçGes sob a modalidade de pregão possa se insurgir

    dentro do pra9o estabelecido de forma a reforçar as caracter*sticas legais do soft8are

    impedindo -ue aos "en!a a se transformar em bem tang*"el su)eito a a"aliaçGes desta nature9a.

    # OUTSOURCING

    34

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     As -uestGes relacionadas com o outsourcing procuram dar uma idia do -ue se trata

    outsourcing negcio -ue "em se tornando bastante difundido no segmento de TI.

    (implificando outsourcing nada mais do -ue a terceiri9ação de ser"iços -ue não se constituem

    na finalidade principal da organi9ação. , desen"ol"imento de soft8are a construção de banco

    de dados e a sua manutenção call center e outros se constituem em tipos de ser"iços -ue "em

    se consolidando no mercado globali9ado.

    =uito tem se falado em f$brica de soft8are como se efeti"amente esti"esse sendo criada uma

    f$brica com todos os atributos con!ecidos. edo engano.

    N$brica de (oft8are um dos eFemplos de outsourcing e ocorre -uando se transfere apreocupação de desen"ol"imento de ferramentas para um eFpert.

    1$ O CONSUMIDOR E OS SEUS DIREITOS

     A ati"idade mercantil mesmo atra"s do Xebsite mantm os princ*pios e o respeito H legislação

    "igente e não ilide a aplicação de sançGes pelos titulares ou por -uem o mesmo indicar caso

    se)a constatada a "iolação de direitos autorais e de marca e a propaganda enganosa.

    =as en-uanto todas essas -uestGes surgem no 'mbito empresarial o consumidor -ue procura

    ad-uirir o produto ou o ser"iço atra"s deste mecanismo pode sofrer todo o impacto desta

    situação criando para ele um pre)u*9o -ue muitas "e9es de dif*cil recuperação.

    &sta situação encontra a proteção pertinente no Cdigo de #efesa do Consumidor Oei

    7.5:765M -ue estabelece de forma clara e inconteste -uais os direitos -ue a parte pre)udicada

    pode eFigir.

    Bm dos fatores primordiais desta situação o consumidor inad"ertido -ual se)aK ]comprei al!os

    por bugal!os]6]gato por lebre]^

    3+

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    &sta eFclamação caracteri9a de modo indubit$"el o seu descontentamento ao descobrir -ue foi

    enganado ou ludibriado pelo fornecedor de um determinado produto. A legislação brasileira )$

    pre"ia !$ bastante tempo tal postura indigna do fornecedor garantindo os meios de defesa ao

    consumidor porm este )amais se ar"orou em fa9er "aler os seus direitos uma "e9 -ue tin!a

    -ue pro"ar a culpa e o dano sofrido.

     A Constituição de 177 incluiu em suas disposiçGes a preocupação sobre os direitos do

    consumidor e neste sentido em atendimento aos mandamentos da Carta =agna foi

    promulgada a ei 7.5:765.

    Conforme )$ dito a estrutura legislati"a tentou suprir as lacunas eFistentes neste particular

    especificamente no terreno dos contratos e do princ*pio da autonomia da "ontade onde a

    relati"idade das con"ençGes firmadas entre as Partes era absoluta e autDnoma.

    >este campo "igora"a o princ*pio ]nen!uma responsabilidade sem culpa] impondo ao

    pre)udicado OconsumidorM a necessidade de pro"ar a neglig/ncia a imper*cia ou a intenção

    maldosa OdoloM do causador do dano % o fabricante ou o prestador do ser"iço.

    &sta postura começou a ser alterada em face dos riscos para o mercado consumidor 

    decorrentes do desen"ol"imento e da ampliação do mundo dos negcios. A defesa doconsumidor pode portanto ocorrer no plano administrati"o penal ou ci"il.

    >o plano administrati"o a ação pre"enti"a ou repressora do &stado "isa a responder ante o

    interesse pblico pela inobser"'ncia das normas proibiti"as eFistentes no relacionamento entre

    a administração pblica e os fornecedores.

    >o plano penal a sanção repressi"a destina%se a punir as infraçGes definidas como delito ainda

    H lu9 do interesse coleti"o e na defesa dos "alores maiores da sociedade.

    >o plano ci"il a repressão consiste em diferentes açGes contra os infratores em "irtude de

    pr$ticas lesi"as e danos morais e patrimoniais !a"idos.

    3

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     A grande no"idade institu*da pela lei a tutela da dignidade do consumidor pre"ista

    eFpressamente no seu art. 4R admitindo%se a partir de então a ação direta do consumidor ou

    usu$rio contra o fornecedor independentemente da indagação da culpa e com a in"ersão do

    Dnus da pro"a.

    Para os efeitos do Cdigo de #efesa do Consumidor o consumidor tanto pessoa f*sica -uanto

     )ur*dica ainda -ue empres$ria desde -ue se)a destinat$rio final do bem ou ser"iço.

    Nornecedor para a lei o su)eito passi"o abrangendo tanto a pessoa f*sica -uanto a )ur*dica

    pblica ou pri"ada -ue de -ual-uer forma produ9 bens ou ser"iços para o mercado sendo a

    sua "enda feita atra"s de meio f*sico ou "irtual.

    >o tocante a definição do produto ou ser"iço prestado ser defeituoso ou não considera%se -ue o

    mesmo defeituoso -uando não oferece a segurança -ue dele legitimamente se espera

    gra"itando portanto o critrio legal em duas noçGes b$sicasK o da segurança e do perigo.

     A responsabilidade por "*cio esta pre"ista no Codigo Ci"il Erasileiro porm a lei do consumidor 

    afasta a indagação de culpa ade-uando%se as regras ali estabelecidas Hs relaçGes de consumo.

    Para tanto fiFou%se o pra9o de 35 dias para o "endedor sanar o "*cio sob pena de ter -ue

    substituir o produto por outro ou restituir imediatamente a -uantia paga Oeste pra9o pode ser 

    redu9ido ou ampliado de sete ou para cento e oitenta diasM.

    Conforme se "erifica /; * 8

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     A não obser"'ncia dos preceitos legais poder$ determinar as seguintes -uestGes importantesK

    a% A não "aloração do soft8are como ati"o imobili9ado se ele não pertencer ao titular -uenormalmente uma pessoa )ur*dica. Para empresas direcionadas para TI o soft8are e o

    con!ecimento são ati"os econDmicos.

    b% Perda da titularidade % se não !ou"er pre"isão eFpressa a respeito.

    c% ,s relacionamentos contratuais de"em se restringir as condiçGes do contrato em relação

    aos limites operacionais relacionamento com o pessoal da empresa demandante e os riscos

    pela sua não obser"'ncia.

     As cautelas acima mencionadas se obser"adas ilidirão e"entuais e-u*"ocos na condução de

    pro)etos nesta seara.

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    ANEVO 1

    LEGISLAÇÃO DE SUPORTE

    L*+ /W #.$#> * 1#.$2.#&

    #ispGe sobre a proteção de propriedade intelectual de programa decomputador sua comerciali9ação no Pa*s e d$ outras pro"id/ncias.

    , P&(I#&>T& #A &P_EICANaço saber -ue o Congresso >acional decreta eu sanciono a seguinte eiK

    CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

     Art. 1R Programa de computador a eFpressão de um con)unto organi9ado de

    instruçGes em linguagem natural ou codificada contida em suporte f*sico de-ual-uer nature9a de emprego necess$rio em m$-uinas autom$ticas detratamento da informação dispositi"os instrumentos ou e-uipamentosperifricos baseados em tcnica digital ou an$loga para fa9/%los funcionar demodo e para fins determinados.

    CAPÍTULO IIDA PROTEÇÃO AOS DIREITOS DE AUTOR E DO REGISTRO

     Art. 2R , regime de proteção H propriedade intelectual de programa decomputador o conferido Hs obras liter$rias pela legislação de direitos autoraise coneFos "igentes no Pa*s obser"ado o disposto nesta ei.

    \ 1R >ão se aplicam ao programa de computador as disposiçGes relati"as aosdireitos morais ressal"ado a -ual-uer tempo o direito do autor de rei"indicara paternidade do programa de computador e o direito do autor de opor%se aalteraçGes não%autori9adas -uando estas impli-uem em deformaçãomutilação ou outra modificação do programa de computador -ue pre)udi-uema sua !onra ou a sua reputação.

    \ 2R Nica assegurada a tutela dos direitos relati"os a programa de computadorpelo pra9o de cin-Jenta anos contados a partir de 1R. de )aneiro do anosubse-Jente ao da sua publicação ou na aus/ncia desta da sua criação.

    \ 3R A proteção aos direitos de -ue trata esta ei independe de registro.

    \ 4[ ,s direitos atribu*dos por esta ei ficam assegurados aos estrangeiros

    domiciliados no eFterior desde -ue o pa*s de origem do programa concedaaos brasileiros e estrangeiros domiciliados no Erasil direitos e-ui"alentes.

    \ +R Inclui%se dentre os direitos assegurados por esta ei e pela legislação dedireitos autorais e coneFos "igentes no Pa*s a-uele direito eFclusi"o deautori9ar ou proibir o aluguel comercial não sendo esse direito eFaur*"el pela"enda licença ou outra forma de transfer/ncia da cpia do programa.

    \ R , disposto no par$grafo anterior não se aplica aos casos em -ue oprograma em si não se)a ob)eto essencial do aluguel.

    3

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     Art. 3R ,s programas de computador poderão a critrio do titular serregistrados em rgão ou entidade a ser designado por ato do Poder &Fecuti"opor iniciati"a do =inistrio respons$"el pela pol*tica de ci/ncia e tecnologia.

    \ 1R , pedido de registro estabelecido neste artigo de"er$ conter pelo menosas seguintes informaçGesK

    I % os dados referentes ao autor do programa de computador e ao titular sedistinto do autor se)am pessoas f*sicas ou )ur*dicasL

    II % a identificação e descrição funcional do programa de computadorL e

    III % os trec!os do programa e outros dados -ue se considerar suficientes paraidentific$%lo e caracteri9ar sua originalidade ressal"ando%se os direitos deterceiros e a responsabilidade do ;o"erno.

    \ 2R As informaçGes referidas no inciso III do par$grafo anterior são de car$tersigiloso não podendo ser re"eladas sal"o por ordem )udicial ou are-uerimento do prprio titular.

     Art. 4R (al"o estipulação em contr$rio pertencerão eFclusi"amente aoempregador contratante de ser"iços ou rgão pblico os direitos relati"os aoprograma de computador desen"ol"ido e elaborado durante a "ig/ncia decontrato ou de "*nculo estatut$rio eFpressamente destinado H pes-uisa edesen"ol"imento ou em -ue a ati"idade do empregado contratado de ser"içoou ser"idor se)a pre"ista ou ainda -ue decorra da prpria nature9a dosencargos concernentes a esses "*nculos.

    \ 1R essal"ado a)uste em contr$rio a compensação do trabal!o ou ser"içoprestado limitar%se%$ H remuneração ou ao sal$rio con"encionado.

    \ 2R Pertencerão com eFclusi"idade ao empregado contratado de ser"iço ouser"idor os direitos concernentes a programa de computador gerado semrelação com o contrato de trabal!o prestação de ser"iços ou "*nculoestatut$rio e sem a utili9ação de recursos informaçGes tecnolgicas segredosindustriais e de negcios materiais instalaçGes ou e-uipamentos doempregador da empresa ou entidade com a -ual o empregador manten!acontrato de prestação de ser"iços ou assemel!ados do contratante deser"iços ou rgão pblico.

    \ 3R , tratamento pre"isto neste artigo ser$ aplicado nos casos em -ue oprograma de computador for desen"ol"ido por bolsistas estagi$rios eassemel!ados.

     Art. +R ,s direitos sobre as deri"açGes autori9adas pelo titular dos direitos deprograma de computador inclusi"e sua eFploração econDmica pertencerão Hpessoa autori9ada -ue as fi9er sal"o estipulação contratual em contr$rio.

     Art. R >ão constituem ofensa aos direitos do titular de programa decomputadorK

    I % a reprodução em um s eFemplar de cpia legitimamente ad-uirida desde-ue se destine H cpia de sal"aguarda ou arma9enamento eletrDnico !ipteseem -ue o eFemplar original ser"ir$ de sal"aguardaL

    II % a citação parcial do programa para fins did$ticos desde -ue identificados oprograma e o titular dos direitos respecti"osL

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    III % a ocorr/ncia de semel!ança de programa a outro preeFistente -uando seder por força das caracter*sticas funcionais de sua aplicação da obser"'nciade preceitos normati"os e tcnicos ou de limitação de forma alternati"a para asua eFpressãoL

    I< % a integração de um programa mantendo%se suas caracter*sticas

    essenciais a um sistema aplicati"o ou operacional tecnicamenteindispens$"el Hs necessidades do usu$rio desde -ue para o uso eFclusi"o de-uem a promo"eu.

    CAPÍTULO IIIDAS GARANTIAS AOS USUXRIOS DE PROGRAMAS DE COMPUTADOR

     Art. :R , contrato de licença de uso de programa de computador o documentofiscal correspondente os suportes f*sicos ou as respecti"as embalagensde"erão consignar de forma facilmente leg*"el pelo usu$rio o pra9o de"alidade tcnica da "ersão comerciali9ada.

     Art. 7R A-uele -ue comerciali9ar programa de computador -uer se)a titular dosdireitos do programa -uer se)a titular dos direitos de comerciali9ação fica

    obrigado no territrio nacional durante o pra9o de "alidade tcnica darespecti"a "ersão a assegurar aos respecti"os usu$rios a prestação deser"iços tcnicos complementares relati"os ao ade-uado funcionamento doprograma consideradas as suas especificaçGes.

    Par$grafo nico % A obrigação persistir$ no caso de retirada de circulaçãocomercial do programa de computador durante o pra9o de "alidade sal"o )ustaindeni9ação de e"entuais pre)u*9os causados a terceiros.

    CAPÍTULO IDOS CONTRATOS DE LICENÇA DE USO> DE COMERCIALIYAÇÃO E DE

    TRANSFER-NCIA DE TECNOLOGIA

     Art. R , uso de programa de computador no Pa*s ser$ ob)eto de contrato delicença.

    Par$grafo nico. >a !iptese de e"entual ineFist/ncia do contrato referido nocaput  deste artigo o documento fiscal relati"o H a-uisição ou licenciamento decpia ser"ir$ para compro"ação da regularidade do seu uso.

     Art. 15. ,s atos e contratos de licença de direitos de comerciali9açãoreferentes a programas de computador de origem eFterna de"erão fiFar-uanto aos tributos e encargos eFig*"eis a responsabilidade pelos respecti"ospagamentos e estabelecerão a remuneração do titular dos direitos deprograma de computador residente ou domiciliado no eFterior.

    \ 1R. (erão nulas as cl$usulas -ueK

    I % limitem a produção a distribuição ou a comerciali9ação em "iolação HsdisposiçGes normati"as em "igorL

    II % eFimam -ual-uer dos contratantes das responsabilidades por e"entuaisaçGes de terceiros decorrentes de "*cios defeitos ou "iolação de direito deautor.

    \ 2R. , remetente do correspondente "alor em moeda estrangeira empagamento da remuneração de -ue se trata conser"ar$ em seu poder pelo

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    pra9o de cinco anos todos os documentos necess$rios H compro"ação dalicitude das remessas e da sua conformidade ao caput  deste artigo.

     Art. 11. >os casos de transfer/ncia de tecnologia de programa de computadoro Instituto >acional da Propriedade Industrial far$ o registro dos respecti"oscontratos para -ue produ9am efeitos em relação a terceiros.

    Par$grafo nico. Para o registro de -ue trata este artigo obrigatrio aentrega por parte do fornecedor ao receptor de tecnologia da documentaçãocompleta em especial do cdigo%fonte comentado memorial descriti"oespecificaçGes funcionais internas diagramas fluFogramas e outros dadostcnicos necess$rios H absorção da tecnologia.

    CAPÍTULO DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

     Art. 12. os crimes pre"istos neste artigo somente se procede mediante -ueiFasal"oK

    I % -uando praticados em pre)u*9o de entidade de direito pblico autar-uiaempresa pblica sociedade de economia mista ou fundação institu*da pelopoder pblicoL

    II % -uando em decorr/ncia de ato delituoso resultar sonegação fiscal perdade arrecadação tribut$ria ou pr$tica de -uais-uer dos crimes contra a ordemtribut$ria ou contra as relaçGes de consumo.

    \ 4R. >o caso do inciso II par$grafo anterior a eFigibilidade do tributo oucontribuição social e -ual-uer acessrio processar%se%$ independentementede representação.

     Art. 13. A ação penal e as dilig/ncias preliminares de busca e apreensão noscasos de "iolação de direito de autor de programa de computador serãoprecedidas de "istoria podendo o )ui9 ordenar a apreensão das cpiasprodu9idas ou comerciali9adas com "iolação de direito de autor suas "ersGese deri"açGes em poder do infrator ou de -uem as este)a eFpondo mantendoem depsito reprodu9indo ou comerciali9ando.

     Art. 14. Independentemente da ação penal o pre)udicado poder$ intentar açãopara proibir ao infrator a pr$tica do ato incriminado com cominação de penapecuni$ria para o caso de transgressão do preceito.

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    \ 1R. A ação de abstenção de pr$tica de ato poder$ ser cumulada com a deperdas e danos pelos pre)u*9os decorrentes da infração.

    \ 2R. Independentemente de ação cautelar preparatria o )ui9 poder$ conceder medida liminar proibindo ao infrator a pr$tica do ato incriminado nos termosdeste artigo.

    \ 3R. >os procedimentos c*"eis as medidas cautelares de busca e apreensãoobser"arão o disposto no artigo anterior.

    \ 4R. >a !iptese de serem apresentadas em )u*9o para a defesa dosinteresses de -ual-uer das partes informaçGes -ue se caracteri9em comoconfidenciais de"er$ o )ui9 determinar -ue o processo prossiga em segredo de

     )ustiça "edado o uso de tais informaçGes tambm H outra parte para outrasfinalidades.

    \ +R. (er$ responsabili9ado por perdas e danos a-uele -ue re-uerer epromo"er as medidas pre"istas neste e nos arts. 12 e 13 agindo de m$%f oupor esp*rito de emulação capric!o ou erro grosseiro nos termos dos arts. 11: e 17 do Cdigo de Processo Ci"il.

    CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

     Art. 1+. &sta ei entra em "igor na data de sua publicação.

     Art. 1. Nica re"ogada a ei nR :.4 de 17 de de9embro de 17:.

    Eras*lia 1 de fe"ereiro de 17L 1::R da Independ/ncia e 115R da epblica.

    N&>A>#, V&>IB& CA#,(,`os Israel