legislação nautica

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Leis maritimas

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DEFINIES ODIN CURSOS NAUTICOS LEGISLAO NAUTICA Toda a navegao em aguas brasileiras regida pela lei Federal 9.537, de 11 de dezembro de 1997, conhecida como Lei de Segurana do Trafego Aquaviario, tambem chamada de LESTA. Essa lei foi regulamentada pelo decreto n 2.596/98, tambem chamado de RLESTA. O artigo 4 da lesta preve que a Autoridade Maritima podera baixar normas complementares a referida lei. Estas normas complementares, muito extensas, so chamadas de NORMAM, uma abreviatura de NORMAS DA AUTORIDADE MARITIMA. As NORMAM so numeradas sequencialmente, de 01 a 19 e a NORMAM que trata dos navegantes amadores, nosso principal objetivo, a NORMAM 03. A expresso AUTORIDADE MARITIMA, corresponde a MARINHA DO BRASIL, que delegou a Diretoria de Portos e Costas (DPC), uma das diretorias especializadas da propria marinha, a responsabilidade pela navegao de lazer em aguas brasileiras. As Capitanias de Portos e suas Delegacias e Agencias so agentes da autoridade Maritima nos estados. O titular (comandante) de uma capitania dos portos chamado de capito dos portos. As Capitanias e suas Delegacias e Agencias so subordinadas funcionalmente a Diretoria de Portos e Costas, sediada na cidade do Rio de Janeiro. Alem da LESTA e RLESTA acima citadas, outras leis e convenes internacionais sobre navegao so adotadas e reconhecidas no brasil, podendo citar entre elas como as mais importantes as leis federais 9966/2000 (lei do oleo), 7661/88 (lei de gerenciamento costeiro) lei 9605/98 (lei de crimes ambientais), e as convenes RIPEAM, SOLAS, STCW e IALA. No cabe aqui incluir todas as leis citadas anteriormente nas suas formas completas, mas apenas cita-las para seu conhecimento inicial. Muito mais importante, para voce navegante amador, a regulamentao da lei 9.537/97, que entrou em vigor com a publicao do decreto n 2.596/98 (RLESTA), que veremos a seguir. Este decreto estabelece os tipos de inflaes, seus grupos, seus valores minimos e maximos de multas, as penalidades aos inflatores, os prazos para pagamentos e recursos, etc. Ainda sobre legislao na navegao amadora, veremos apos a RLESTA, um resumo da NORMAM-03, por ser o principal documento regulamentador da navegao de lazer. Esta NORMAM tem amparo legal no artigo 4 da LESTA, onde a citada lei da a autoridade maritima poderes para publicar instrues complementares. REGULAMENTAO DA LEI DE SEGURANA DO TRAFEGO AQUAVIARIO EM AGUAS NACIONAIS Em 18 de maio de 1998 o senado federal aprovou o decreto n 2.596, regulamentando a lei federal 9.537/97 (LESTA). Este decreto entrou em vigor em 09 de junho de 1998 e trata de varios aspectos, entre eles: - grupos de aquaviarios; - classificao da navegao; - servio de praticante; - infraes e penalidades; - recursos e medidas administrativas; - grupos e valores de multas. Para efeitos deste regulamento, a navegao foi classificada da seguinte forma:Mar Aberto, que por sua vez se subdivide em :- longo curso entre portos brasileiros e estrangeiros;- cabotagem entre portos do territrio brasileiro;- apoio martimo apoio logstico para embarcaes em territrio nacional ou dentro da Zona Econmica Exclusiva (200 milhas); - apoio porturio dentro dos portos e terminais.INTERIOR aquela realizada em hidrovias interiores, como rios, canais, enseadas, etc. INFLAES E PENALIDADES Inflao e a no observncia de preceitos deste regulamento e de normas complementares emitidas pela autoridade martima, conforme previsto no artigo 4 da LESTA. As infraes, para efeito de multas, esto classificadas em grupos, de A a G. Os valores estabelecidos para cada grupo de multas so variveis, ficando a critrio da autoridade julgadora o valor a ser estabelecido (exemplo: grupo A de 40,00 a 200,00 reais). De acordo com as circunstancia da infrao, a reincidencia ou no, poder o representante ou agente da autoridade martima julgadora estabelecer um valor entre o minimo e o maximo dentro de cada grupo em que a infrao for classificada. Algumas multas so exclusivas para o comandante, prticos e para responsveis por obras irregulares sobre, sob e as margens das guas. Um navegante amador ou profissional, alem da multa, pode ter sua carteira suspensa temporariamente, de acordo com critrio da autoridade julgadora, somente para aquaviario e amador embarcados e ao pratico. Uma inflao e constatada no momento em que for praticada (flagrante), mediante apurao e mediante inqurito administrativo. A reincidncia, para efeito de agravamento de penalidade, e a repetio da mesma infrao em um perodo igual ou inferior a doze meses. Os navegantes podem ser: - aquaviarios profissionais da navegao - amadores aqueles que navegam por prazer e por lazer Os amadores, nosso objetivo, segundo o RLESTA, so divididos em 5 categorias, conforme abaixo: - capito amador - mestre amador - arrais amador - motonauta - veleiro NORMAS DA AUTORIDADE MARITIMA Esta norma foi aprovada pela diretoria de portos e costas atravs da portaria 101/2003 e alterada pelas portarias n 41/2004, 74/2004 e 37/2005. Por se tratar do principal documento regulamentador da navegao amadora em nosso pais, voc, navegante amador, deve se familiarizar com esta instruo. E tambm por se tratar de uma publicao muito extensa, vamos nos ater aos aspectos mais importantes para quem navega so e exclusivamente por esporte, motivo pelo qual esta atividade e chamada de navegao de esporte e recreio. COMPETENCIA Compete a diretoria de portos e costas (DPC) estabelecer as normas de trafego e permanncia nas guas nacionais para as embarcaes de esporte e recreio, sendo atribuio das capitanias, delegacias e agencias a fiscalizao do trafego aquaviario nos aspectos relativos a segurana da navegao, salvaguarda da vida humana e preveno da poluio hdrica. A fiscalizao do trafego de embarcaes nas reas prximas as praias, sejam elas martimas, fluviais ou lacustres, tambm e competncia das capitanias, mas poder ser delegada competncia para rgos pblicos estaduais ou municipais. Compete aos municpios estabelecer o ordenamento do uso das praias, especificando as reas destinadas a banhistas e a pratica de esportes aquticos, deste que observada a lei 7.661/88 (lei de gerenciamento costeiro). DEFINIES Para melhor entendimento dos aspectos legais e marinheiros, alem do glossrio de palavras e termos nuticos existentes no capitulo 10 deste livro, algumas outras palavras e expressoes devem ser do conhecimento de todo navegante amador. So elas: Amador todo aquele com habilitao certificada pela autoridade martima para operar com embarcaes de esporte ou recreio, em carter no profissional. Aquaviario o tripulante profissional de uma embarcao, registrado numa capitania dos portos atravs da carteira de inscrio e registro. Exerce funo de forma remunerada. Tripulante todo amador ou profissional que exerce funes embarcado, na operao da embarcao. Comandante a designao do tripulante que comanda a embarcao e responsvel por tudo que diz respeito a embarcao, inclusive seus tripulantes e demais pessoas a bordo. A menos que o comandante seja formalmente designado pelo proprietrio, este considerado o comandante se estiver presente a bordo e for habilitado para a rea em que esta navegando. Ao comandante aplica-se multa e suspenso da habilitao durante 12 meses pelo no cumprimento das regras de segurana da navegao. Todas as pessoas embarcadas devem obedincia ao comandante de uma embarcao. A ele compete cumprir e fazer cumprir a legislao, as normas e convenes internacionais ratificadas pelo brasil. Passageiro todo aquele que e transportado pela embarcao sem estar prestando servio a bordo. Lotao a quantidade mxima de pessoas autorizadas a embarcar, incluindo tripulantes, passageiros e quaisquer outros profissionais existentes a bordo. Tripulao de segurana um numero mnimo de tripulantes que deve guarnecer a embarcao, relacionados por quantidade e profisso. Embarcao =- qualquer construo com capacidade de se locomover na gua, por meios prprios ou no, capaz de transportar pessoas ou cargas. Embarcao mida todas aquelas com comprimento inferior a 5 metros ou com cumprimento superior a 5 metros com convs aberto, sem cabine habitvel, sem propulso mecnica fixa ou com motor de popa com capacidade inferior a 30 hp. Embarcao de mdio porte so aquelas com comprimento inferior a 24 metros deste que no sejam consideradas midas. Embarcaes de grande porte so aquelas com comprimento igual ou superior a 24 metros. Estabilidade intacta a propriedade que tem a embarcao de retornar a sua posio inicial de equilbrio, depois de cessada a fora pertubadora que dela a afastou, considerando-se a situao de integridade estrutural da embarcao. Inscrio o cadastramento de uma embarcao nas capitanias, delegacias e agencias, com o recebimento de um respectivo numero de inscrio. obrigatria para toda embarcao motorizada ou no motorizada maiores que 5 metros de comprimento total. Iate a embarcao de esporte ou recreio com comprimento igual ou superior a 24 metros. Registro o cadastramento de uma embarcao no tribunal martimo, feito atravs de um documento chamado de proviso de registro de propriedade martima. obrigatrio para embarcaes igual ou maiores que 24 metros. Proprietrio a pessoa fsica ou jurdica em cujo nome a embarcao esta inscrita numa capitania ou registrada no tribunal martimo. No e necessariamente o comandante. Prova de mar aquela realizada com a embarcao em movimento para verificar das condies de navegabilidade e funcionamento dos diversos equipamentos. Timoneiro o tripulante que manobra o leme da embarcao atravs do timo, por ordem e responsabilidade do comandante. Nenhum timoneiro de embarcao com propursao a motor pode ter idade inferior a 18 anos e deve ter no mnimo a habilitao de arrais amador. AREAS SELETIVAS A NAVEGAAO Muitos navegantes amadores, infelismente, costumam navegar nas proximidades das praias, em local freqentado por banhistas. Alem das normas baixadas por cada prefeitura, outras regras esto previstas na NORMAM-03 para os navegantes no que se diz respeito a navegao nas proximidades das praias. So elas: - as embarcaes sem propulso ou com propulso a vela e a remo, podero se aproximar da praia ate 100 metros da linha de arrebentao das ondas e no devem se afastar mais que 1000 metros da praia; - as embarcaes motorizadas, ultraleves, reboque de esqui aqutico, paraquedas e painis de publicidade, somente podero se aproximar ate 200 metros da linha de arrebentao das ondas. A aproximao da praia para fundeio poder ser feita, deste que em forma perpendicular a linha base e com velocidade no superior a 3 ns. Alem destas regras relativas as praias, existem tambm as chamadas rea de segurana que todo navegante deve observar, ou seja, no e permitido o trafego e fundeio de embarcaes nas seguintes reas consideradas de segurana:a menos de 200 metros de instalaes militares;nas proximidades de hidroeltricas, termoeltricas, e ncleo eltricas, em distancia a ser determinada pelas mesmas;em fundeadouros de navios mercantes;em canais de acesso aos portos;nas proximidades de instalaes porturias;em reas especificas nos prazos determinados em aviso aos navegantes;a menos de 500 metros das plataformas de prospeco de petrleo; No permitido lanar ferro em locais onde possa prejudicar o trafego em um porto ou causar danos a canalizao e cabos submarinos, como tambm no e permitido movimentar motores onde haja pessoas na gua nas imediaes ou onde possa causar danos a outras embarcaes. Somente podem navegar a noite as embarcaes que tiverem luzes de navegao, conforme previsto no RIPEAM, ou seja, proibido navegar as escuras. Tambm proibido fazer zigue-zague e provocar marolas em reas restritas ou com grande numero de embarcaes nas proximidades. Reduza a velocidade prximo a trapiches, cais, fundeadores e atracadouros. Sua marola poder provocar danos em outras embarcaes. A velocidade nos canais de acesso deve ser de ate 3 ns e nos pontos de embarque de ate 5 ns. EMBARCAOES SUJEITAS A FISCALIZAAO Toda embarcao esta sujeita a fiscalizao de uma equipe de inspeo naval das capitanias dos portos, para verificao do compromisso contido no termo de responsabilidade assinado durante a inscrio ou registro. Quando se trata de uso de embarcaes nas imediaes de praias e rea freqentada por banhistas, podem tambm ser fiscalizadas por rgo conveniados. Verifique no seu estado se a capitania dos portos delegou esta competncia para outro rgo publico. SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA Qualquer pessoa especialmente o comandante, e obrigado por lei a socorrer quem se encontra em perigo nas guas, deste que o possa fazer sem colocar em risco sua embarcao e seus tripulantes. Qualquer pessoa que tomar conhecimento da existncia de pessoas ou embarcaes em perigo no mar deve de imediato avisar uma capitania dos portos, delegacia ou agencia. Nada ser devido pela pessoa socorrida, independente de sua nacionalidade, posio social e das circunstancia em que for encontrada. O comandante da embarcao devera tomar todas as medidas possveis para obter assistncia ou salvamento e devera, juntamente com a tripulao, cooperar integralmente com os salvadores, enviando seus melhores esforos antes e durante as operaes de assistncia ou salvamento, inclusive para evitar ou reduzir danos a terceiros ou a meio ambiente. Caber ao comandante da embarcao que estiver prestanto socorro a deciso sobre a convenincia e segurana para evitar o salvamento do material. A principio, deve-se primeiro salvar as vidas, depois o material se assim julgar conviniente o comandante da embarcao que socorre. HABILITAAO DE AMADORES Os navegadores amadores so classificados atravs de suas respectivas carteiras de habilitao conforme abaixo: - capito amador apto para conduzir embarcaes de esporte e recreio entre portos nacionais e estrangeiros; - mestre amador apto para conduzir embarcaes de esporte ou recreio entre portos nacionais e estrangeiros, deste que dentro dos limites da navegao costeira. - arrais amador apto para conduzir embarcaes de esporte e recreio em guas interiores. Entende-se por guas interiores aquelas estabelecidas por narma da capitania dos portos de cada estado, sendo geralmente aquela em baias, enseadas, lagoas, rios, canais, etc. - motonauticaapto a conduzir embarcaes do tipo jet-ski, dentro dos limites de guas interiores; - veleiro apto a conduzir veleiros, dentro dos limites de guas interiores. Podem se habilitar a categoria de arrais amador todos os brasileiros e estrangeiros acima de 18 anos, que atestem boa sade psicofsica, alem de pagamento da taxa de inscrio. Para se habilitar a categoria de mestre e capito amador o candidato deve tambm comprovar que j esta habilitado na categoria inferior a solicitada. Todos os exames so constitudos de provas escritas, devendo o candidato saber ler e escrever. No caso de reprovao no ser permitida nova tentativa imediata, somente autorizada novo exame aps decorrido 5 dias teis. A prova escrita para obteno da carteira de arrais amador e constituda de 40 questoes devendo o candidato obter no mnimo, 50 % de acertos para ser aprovado e a prova tem durao de duas horas. A prova para motonautica constituda de 20 questoes, durao de uma hora e meia e o programa da prova inclui apenas os captulos 1,3,7 e 8 deste livro. Uma carteira de habilitao amadora tem validade de 10 anos, devendo ser renovada antes de completar 2 anos aps seu vencimento, sob pena de ter a carteira cancelada. Para renova-la, basta comparecer numa capitania, munido da referida carteira e de atestado de sanidade psicofsica, sem necessidade de submeter-ser a nova prova, deste que a carteira no seja vencida a mais de 2 anos. Esto dispensados de apresentar habilitao os condutores de dispositivo flutuantes e embarcaes midas sem motorizaao quando na atividade de esporte e recreio. de responsabilidade do proprietrio da embarcao a composio de sua tripulao, observando a lotao prevista no carto de tripulao de segurana para a embarcao, se houver. Devera ter a bordo no mnimo uma pessoa habilitada, amador ou profissional, compatvel com a rea de navegao. Para as embarcaes de esporte e recreio, menores de 24 metros, no ser necessrio o referido carto (cts). SUSPENSAO E CANCELAMENTO DE CARTEIRA Os amadores tero suas carteiras suspensas por 120 dias sempre que: - entregar a embarcaao para ser conduzida por pessoa no habilitada; - conduzir a embarcaao em estado de embriagues ou sob efeito de txicos; - utilizar a embarcaao para fins comerciais como transporte de passageiros ou cargas; - utilizar a embarcaao para pratica de crime. Os amadores tero suas carteiras canceladas sempre que: - conduzir uma embarcao com a carteira suspensa pelos motivos anteriores; - reincidncia em itens que possam causar a suspenso da carteira; - quando permanecer mais de 24 meses com a carteira vencida. CLASSIFICAAO DA NAVEGAAO Segundo a NORMAM-03, as embarcaes, por ocasio da inscrio ou registro so classificadas da seguinte forma:Navegao de mar aberto quando realizado em guas martimas desabrigadas, subdivididas em:navegao costeira- entre portos nacionais e estrangeiros, destino do limite de visibilidade da costa, no ultrapassando 20 milhasnavegao ocenica a partir do limite de guas costeiranavegao interior quando realizar em hidrovias interiores, como rios, lagos , canais e parcialmente abrigadas como baias, enseadas, etc. Nenhuma embarcao classificada para a navegao interior pode navegar alem do limite de guas interiores. Caso queira navegar alem destes limites, ser necessrio reclassificar a embarcao para mar aberto, sendo necessrio, antes fazer uma vistoria de reclassificao numa capitania onde ser verificada se a embarcao possui condies estruturais e material necessrio para navegar em mar aberto. O limite das guas interiores em cada estado e definido por uma portaria do capito dos portos, chamados de normas e procedimentos da capitania dos portos, que todo navegante amador ou profissional deve conhecer. Conhea os limites de guas interiores em seu estado, consultando a capitania dos portos de sua regio. Naqueles estados no h litoral, todas as guas so consideradas guas interiores. INSCRIAO E REGISTRO Todas as embarcaes maiores de 5 metros e as midas motorizadas devem ser inscritas numa capitania delegacia ou agencia, Durante a inscrio, as embarcaes midas recebero da capitania um documento de inscrio, chamado de titulo de inscrio de embarcaes midas. As embarcaes de mdio porte recebero das capitanias num documento chamado de titulo de inscrio de embarcao. As grandes embarcaes, quando registradas no tribunal martimo recebem um documento chamado de proviso de registro de propriedade martima. Todas as embarcaes motorizadas independente do tamanho, so obrigadas a se inscrever. Esto dispensadas de inscrio apenas as embarcaes menores de 5 metros, deste que no tenham motor e as embarcaes auxiliares de outra embarcao, deste que seu motor no exceda a 30 hp. A partir da aquisio seu proprietrio tem 15 dias para inscrever ou registrar sua embarcao. Uma propriedade destruda por qualquer tipo de sinistro ou interesse do proprietrio deve ter seu documento cancelado junto a capitania onde foi inscrita. Tal providencia permitira as capitanias um cadastro de embarcaes sempre atualizado. Durante a inscrio ou registro de uma embarcao ser exigido a apresentao do bilhete quitado do seguro obrigatrio de danos pessoais, obrigatrio para todas as embarcaes nacionais e estrangeiras que navegam em guas brasileiras. Este seguro tem validade de 1 ano. Tambm durante a inscrio ou registro o proprietrio assinara um termo de responsabilidade onde assumira perante a capitania dos portos ou tribunal martimo a responsabilidade por sua embarcao pelo material de salvatagem, etc. O termo de responsabilidade devera ser substitudo quando houve mudana de proprietrio. Se durante a inscrio o proprietrio apresentar um termo de responsabilidade de construo, fornecido pela loja vendedora da embarcao, no precisara submeter-se a vistoria para inscrio. Caso no apresente, sua embarcao ser submetida a vistoria pela capitania, para verificao das condies de segurana da mesma. MARCAAO ARQUEAAO CONSTRUAO E ALTERAAO As embarcaes devem ser marcadas da seguinte forma: - popa nome da embarcao juntamente com o porto e numero de inscrio com letras de no mnimo 10 cm de altura e nmeros de no mnimo 2 cm de altura. - nos bordos nome nos 2 bordos podendo ser no costado ou nas laterais das superestruturas, em posio visvel e em tamanho apropriado. - no costado nome nos dois bordos em posio visvel e em tamanho apropriado as dimenses da embarcao Arqueao a expresso do tamanho total da embarcao, determinada em funo do volume de todos os espaos fechados. obrigatrio nas embarcaes de comprimento total igual ou superior a 24 metros. A capacidade de toneladas da arqueao fornecida em unidade de mil toneladas. Todas as embarcaes maiores de 24 metros tambm necessitam obter uma licena de construo e so podem alterar caractersticas previstas na sua licena mediante obteno de uma licena para alterao de caractersticas. USO DAS PRAIAS A NORMAM-03, na letra da seo 0109 do capitulo 1 diz que: compete ao poder publico estadual e , especialmente ao municipal, atravs dos planos decorrentes do plano nacional de gerenciamento costeiro estabelecer os diversos usos para os diferentes trechos de praias ou margens, demarcadas as reas em terra para jogos e banhistas, bem como, ainda, estabelecer, nessas imediaes reas restritas ou proibidas a operao de equipamento destinados ao entretenimento aqutico inclusive rebocadores. Diante do que foi citado quando for navegar em um novo municpio onde nunca antes esteve navegando, consulte as marinas ou capitanias dos portos da regio sobre a existncia de possvel leis municipais sobre navegao naquela regio. O mesmo procedimento deve ser adotado quando voc for navegar em outro estado onde nunca antes navegou. Por medida de cautela, verifique se h instrues especiais contidas na NPCP daquele estado para as guas onde voc vai navegar. VISTORIAS As embarcaes de esporte ou recreio com exceo das midas esto sujeitas a vistoria. As vistorias podem ser de 5 tipos:vistoria inicial- a que se realiza durante ou aps a construo, modificao ou transformao da embarcao. E realizada com a embarcao flutuando abrangendo os setores de documentos publicaes, quadros, tabelas, equipamentos, casco, maquinas, eltricos e rdios, esto dispensadas desta vistoria as embarcaes de mdio porte que apresentarem, por ocasio da inscrio, um termo de responsabilidade de construo fornecido pelo estaleiro construtor.Vistoria de reclassificao a que se realiza por ocasio da reclassificao da embarcao de esporte ou recreio da navegao interior para mar aberto.Vistoria de arqueao aquela que e efetuada em embarcaes de esporte ou recreio com comprimento maior ou igual a 24 metros antes da expedio do certificado nacional de arqueao, do certificado internacional de arqueao ou das notas para arqueao de embarcao, para verificar se a construo esta efetivamente de acordo das arqueaes brutas e liquidas.Vistoria de renovao aquela efetuada em embarcaes com comprimento igual ou maior que 24 metros para renovao do certificado de segurana da navegao.Vistoria de homologao de heliponto aquela efetuada visando a regularizao do heliponto. RETENAO E APREENSAO Uma embarcao poder ter sua sada impedida ou ser retirada de trafego sempre que for constatada uma das seguintes irregularidades: - quando seu condutor tiver sua carteira apreendida e no tiver a bordo outra pessoa habilitada; - com excesso de lotao; - condutor sem habilitao especifica para a rea onde esta navegando; - ausncia de tripulantes prevista no carto de tripulao de segurana; - insuficincia de coletes salva-vidas, falta de equipamento exigidos ou com validade vencida falta de equipamento de sinais sonoros previstos no RIPEAM; - por poluio ao meio ambiente excesso de leo nos pores; - sem aparelho de fundeio, sistema eltrico inoperante, falta de embarcao de sobrevivncia ou prazo de validade vencido ; - agulhas magnticas inoperante. Uma embarcao ser apreendida sempre que for flagada numa das seguintes situaes: - navegando em rea para a qual no esta classificada; - conduzindo por pessoa no habilitada; - trafegando sem documento de inscrio e registro; - em flagrante pratica de crime; - trafegando sem luzes e marcas previstas no RIPEAM ou em mau estado de conservao; - em caso de no atender determinao para interroper uma travessia; - quando no cumprindo as reas seletivas para navegao ou reas de segurana; - quando conduzida por pessoa embriagada ou sob efeito de substancia txica. OUTRAS RECOMENTAOES O reboque de qualquer objeto ou pessoa em dispositivo flutuantes como esqui aqutico requer cuidados especiais. A embarcao rebocadora, alem de seu condutor devera dispor de um outro tripulante a bordo para observar o esquiador. O jet-ski de modelo para uma ou duas pessoas no pode ser usado para reboque, excetuando-se desta norma os jets a partir de 3 lugares e tambm podero ser utilizados para salvamento de vida humana. O aluguel de uma embarcao classificada para esporte ou recreio so e admitida com a finalidade de recreao e no poder ser alugada para pessoas no habilitadas. A colocao de uma embarcao na gua atravs de uma praia devera ser feita nas suas extremidades navegveis ou em outro local previamente definido pela autoridade municipal competente. Antes de sair para uma viagem ou passeio tome conhecimento da previso do tempo e avise seu iate clube, marina ou familiares de sua viagem, seu destino seu horrio de regresso, seus canais de comunicao, etc, atravs do aviso de sada, existente nos iates clubes e marinas. Quando retornar do passeio comunique imediatamente seu regresso a quem voc entregou seu aviso de sada. Caso seja possvel recomenda-se a todo navegante amador associar-se a uma desta instituies , mas verifique antes se esta marina ou iate clube esta cadastrada na marina do brasil como entidade nutica pois assim voc saber se esta marina sofre vistorias periodicas. responsabilidade do comandante da embarcao ter a bordo o material de navegao e salvatagem compatvel com a singradura a ser realizada e o numero de pessoas a bordo. As embarcaes em apoio a mergulhadores quando em operao devero exibir em local bem visvel a bandeira alfabtica alfa ou a bandeira de mergulho indicando a presena na gua de mergulhadores. Os navegantes que as avistarem devem afastar-se e reduzir a velocidade. Na popa da embarcao so e admitida a bandeira nacional. Ela e de uso obrigatrio nas seguintes circunstancias, exceto para embarcaes midas: - entrada e sada de porto: - quando cruzar com outra embarcao; - das 8:00h ao por do sol: - em porto estrangeiro acompanhando as regras de cerimonial daquele pais. Esta provado que o maior numero de acidentes nuticos ocorrem com pessoas no habilitadas e sem experincias na conduo de embarcao. Os danos fsicos destes acidentes so sempre graves e quase sempre na regio do pescoo e cabea. As praias e adjacncias so locais com maiores nmeros de acidentes. Qualquer acidente com embarcaes devera ser imediatemente comunicado a uma capitania, delegacia ou agencia, que abrira o competente inqurito administrativo. Cuidado com os motores a gasolina especialmente os motores de popa. Neles esto os lemes. Uma manuteno preventiva e essencial para seu bom funcionamento, especialmente a manuteno de seu sistema de partida, que costuma apresentar muitos problemas quando no sofre manuteno peridicas. Acostume-se a ler o manual de instruo do motor fornecido pelo fabricante. E lembre-se os vapores de gasolina costumam causar explossoes no momento da partida, assim , ventile bem o compartimento onde esta o motor e o tanque, se este for de centro. Em caso de existncia de motores de centro, proteja muito bem o eixo, do motor ate o hlice, de forma que este no fique a mostra. Numa embarcao de casco no metlico, como madeira ou fibra, e recomendvel que esta possua um refletor radar. Nunca se aventure em reas que voc no conhece bem. A experincia de outros navegantes ser extremamente til. No e nenhum exagero ter a bordo mais do que o determinado por lei. De acordo com a classificao de seu banco, acostuma-se a ter a bordo mais do que o necessrio em se tratando, principalmente de salvatagem. Assim ter um kit de medicamentos, EPIRG,GPS, refletores radar, bomba de esgoto extra, combustvel reserva, radio VHF, telefone celular, etc. no e exagero prudncia. Seja acima de tudo amante do mar e vias navegveis. Veja as guas como uma maravilha, como pura poesia. Evite poluir tesouro e coba quem o faz. As leis 9.966/2000 e 9.605/2000 estabelecem altssimas multas para quem poluir as guas. Mas voc e um navegante amador, voc ama o mar, voc jamais cometera este absurdo. Colete a bordo todo o lixo de sua viagem e traga para terra, jamais jogue algo na gua. E do mar tambm no se tira nada alem de fotografias e do mar so se traz saudades, no maximo um peixe para aquele almoo com os amigos. E conscientize-se de que a partir do momento em que voc se habilitou aumentaram tambm suas responsabilidades. Vejamos que diz a NORMAM-03, sobre este caso: lembre-se sempre que a segurana da navegao a salvaguarda da vida humana no mar e a preveno da poluio no mar so responsabilidade nica da marinha do brasil, cabendo a todos que direta ou indiretamente estejam envolvidos com a navegao. Assim e de suma importncia que o navegador amador, clubes nuticos, marinas, entidades desportivas, empresas locadoras de embarcaes e outras, estejam concientes de suas responsabilidades para com a navegao segura e a preservao da vida humana no mar. Lembre-se agora que voc tirou sua carteira de habilitao voc passou a pertencer a um novo grupo agora voc e marinheiro. Mas aumentou tambm sua responsabilidade. Orgulhe-se de conhecer as coisas da navegao, pratique o linguajar tpico do homem do mar, jamais chame boreste de lado direito ou espia de corda. E cultue as boas e velhas tradies dos homens do mar. O mar certamente lhe proporcionara grandes alegrias mas ele tem um mau costume no tolera imprudentes e descuidados! CERIMONIAL MARITIMO O mar tambm tem suas festivas, daquelas em que as embarcaes se enfeitam, se engalanam, para comemorar datas festivas relacionadas as coisas do mar ou da ptria. Estas datas so chamadas de dias de grande gala e dias de pequena gala, so elas:GRANDE GALA- 7 de setembro independncia do brasil- 15 de novembro proclamao da republicab) PEQUENA GALA - 1 de janeiro confraternizao universal - 2 de fevereiro N.S. dos navegantes - 21 de abril tiradentes feriado nacional - 1 de maio dia do trabalho - 11 de junho batalha naval de riachuelo - 30 de setembro dia martimo mundial Normalmente nas datas de grande gala as embarcaes fazem o chamado embandeiramento em arco, que consiste numa seqncia de bandeiras do cdigo internacional de sinais unidas as outras, ligando o pau da bandeira na popa a extremidade da proa formando assim um arco. Este embandeiramento tambem costuma ser usado pelas embarcaes mercantes no dia martimo mundial. Nos dias de pequena gala usa-se apenas uma bandeira nacional no tope do mastro principal. Alem deste dois tipos de embandeiremento a ainda um outro chamado de embandeiramento a meia adria, utilizado nos dias de luto oficial em respeito pela morte de personalidades, autoridades ou no dia 2 de novembro- finados. Neste dias a bandeira nacional deve ser iada a meia adria ou em meio mastro. CODIGO INTERNACIONAL DE SINAIS O cdigo internacional de sinais e uma conveno internacional que se destina a facilitar a COMUNICAAO ENTRE EMBARCAOES, QUANDO HOUVER DIFICULDADES de no entendimento por problemas de idiomas diferentes, pois os significados de seus sinais so os mesmo em todos os paises. Neste cdigo existem 26 bandeiras alfabticas, 10 galhadores numerais, trs bandeiras substitudas e um galhardete especial. Acostuma-se a chamar estas bandeiras pelo alfabeto fontico dando a cada uma delas o seu nome utilizando em comunicao. Assim sendo, a bandeira A chamada de alfa, a bandeira B e chamada de bravo e as demais conforme tabela a seguir. Nesta tabela voc vera todos os verdadeiros nomes das bandeiras alfabticas e seus significados, quando iadas sozinhas, sem outra bandeira iada na mesma adria. No cdigo internacional de sinais h milhares de sinais compostos pela unio de duas ou mais bandeiras, que devem ser consultados quando necessrios. Mas para voc navegante amador basta conhecer os significados delas quando iadas isoladamente. Na pagina seguinte esto os desenhos de todas as bandeiras do cdigo internacional de sinais. Na medida do possvel, tente memorizar o desenho e o significado das bandeiras. CONVENOES O BRASIL SIGNATARIO DE VARIAS CONVENOES INTERNACIONAIS SOBRE NAVEGAAO , QUE VOCE PRECISSA TER UM MINIMO DE CONHECIMENTO. Abaixo esto algumas destas convenes e seus significados: A principio, convem que voc saiba que esta em vigor no brasil a lei federal n 7273/84, que trata do socorro e salvamento no mar e em vias navegveis. Esta lei e to importante que vamos reproduzi-la de forma integral: Lei n 7.73, de 10 de dezembro de 1984 Agora que voc j conhece a lei em vigor sobre salvamento no mar vejamos as responsabilidades no tocante a salvamento. Como voc viu no artigo 2 da referente lei, compete a marinha do brasil as providencias para salvamento no mar mas como voc tambm deve ter percebido, todo navegante amador tambm tem uma parcela responsabilidade no socorro e salvamento no mar. Pois ningum pode recusar socorro, desde que o possa fazer sem por em risco a sua embarcao seus passageiros e tripulantes. Um acidente em guas brasileiras e chamado de INCIDENTE SAR. Considera-se INCIDENTE SAR qualquer situao anormal relacionada com a segurana de pessoas numa embarcao ou aeronave, que requeira e alerta do recursos SAR, e que possam exigir o desencadeamento de operaes SAR. O xito da operao SAR depende do pronto recebimento de toda informao disponvel relacionada com o incidente, do envio rpido dos recursos SAR e de uma coordenao racional dos meios, no sendo admissvel aes independentes, por resultarem frequentimente em desperdcios de meios ou retardo na prestao do socorro. Uma embarcao precisando de socorro de qualquer tipo deve fornecer em seu pedido de auxilio os seguintes dados: - identificao da embarcaao - posio - natureza da emergncia - tipo da ajuda necessria - hora da comunicao com a embarcao - situao da tripulao - ultima posio conhecida da embarcao - inteno do comandante da embarcao Um, incidente SAR que envolva uma embarcao e considerado iminemente ou real quando enviar um pedido de auxilio ou a embarcao considerada atrasada em relao a data e hora prevista para chegada. A marinha do brasil possui um rgo de comando de operaes navais, conhecidos por salvamar brasil, com sede no rio de janeiro que centraliza o comando das aes de socorro no mar subordinados a este rgo existem outros sete distritos navais, em varias outras cidades que tem a responsabilidade em sua rea de atuao pelo socorro no mar ou em vias navegveis interiores, Estes distritos esto localizados nas seguintes cidades: Devido as grandes dimenses das vias navegveis na regio da amaznia ocidental e na bacia do rio paraguai, o comando do 9 distrito naval e o comando do 6 DN possuem centros de coordenao especficos para as atividades SAR nos rios sob sua jurisdio. Compete tambm aos comandos dos distritos navais a responsabilidade pelas operaes SAR nas vias navegveis interiores com o emprego das capitanias e delegacias fluviais subordinadas. Dentro deste mesmo organograma de socorro no mar esto as capitanias dos portos suas delegacias e agencias, subordinadas aos distritos anteriormente citados, que funcionam como a ponta de um grande esquema e normalmente so os rgos que recebem os pedidos de socorro e acionam todo o esquema SALVAMAR , os meios e recursos que sero utilizados nas buscas. Os principais recursos SAR so ao navios e aeronaves subordinados aos comandos dos distritos navais. Em cada distrito naval h um navio de servio distrital de prontido para atendimento de incidente SAR. Assim sendo quando voc passar por um sinistro que envolva perigo a vida humana, tente a qualquer custo fazer esta informao chegar ate a capitania dos portos da regio onde voc se encontra. Da mesma forma voc devera proceder quando tomar conhecimento que outra embarcao se encontra em perigo avise imediatamente a capitania dos portos da regio onde voc se encontra. Esta informao vai desencadear o inicio de uma operao de busca e salvamento. COMO PEDIR SOCORRO Se sua embarcao precissa de socorro, utilize todos os canais possveis para fazer esta informao chegar a capitania dos portos da regio onde esta navegando. Pelo canais de radio VHF proceda da seguinte forma e use as seguintes expresses :PAM PAM PAM seguida do nome e posio do barco, quando houver perigo de naufrgio MAYDAY MAYDAY MAYDAY seguido do nome e posio do barco quando realmente o naufrgio e eminenteSe a emergncia a bordo no envolve risco de naufrgio chame a capitania e explique em voz clara o tipo de auxilio que necessita. FREQUENCIAS PARA CHAMADAS DE SOCORRO Radio VHF martimo canal 16 (156,800MHZ) Radio HF SSB 2182,0 KHZ ou 4125,0 KHZ Se voce possui ou pretente adquirir um equipamento de Socorro chamado de EPIRB, este deve ser em 406 MHZ. Este equipamento deve ser acionado logo que se configura uma real situao de naufrgio e deve ser levado com os naufrgios, pois suas emisses fornecero exatamente a posio de onde se encontra o naufrgio e facilitara sua localizao.