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CURSO DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA APOSTILA DE PANIFICAÇÃO 2010/2

Apostila Panificação

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APOSTILA DE PANIFICAÇÃO

2010/2

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PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO - PRODUÇÕES

1º dia

Aula teórica

2º dia

Pão de forma branco Pão de Hambúrguer e Hot dog Levain

3º dia

Chipa Pão de batata Pão de banha

4º dia

Pão de Fubá Pão de Fibras Broa Caxambu

5º dia

Flat breads Pão sírio (pita) Lavash Naan Bread

6º dia

Pão Siciliano Challah Focaccia

7º dia

Brioche (massa) Sonho Pão Doce

8º dia

Pizza Modelagem e Cocção do brioche

9º dia

Pães aromatizados Pão de Alho Pão de Ervas

10º dia

Croissant Pain au chocolat Pain au Raisin

11º dia

Pão Francês Baguette Pâte Fermentée Cocção Croissant

12º dia

Pão de Campanha Pão de Nozes e Passas

13º dia

Pão de Cebola Pão de Pizza

14º dia

Pão de Miga Pão Preto (pré-mistura) Biga p/ Ciabatta

15º dia

Ciabatta Pão de Torresmo Pão tipo Italiano

16º dia

Breadstick Pão Português Cocção do pão Tipo Italiano

17º dia

Avaliação teórica Avaliação prática

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O PÃO O pão é para o homem símbolo de sustento e até da própria vida. Daí a referência ao “pão nosso de cada dia”. O pão é um dom generoso da natureza. Apropriado para todas as horas, todas as fases da vida. É tão perfeito para o homem que começamos a apreciá-lo no início de nossas vidas e não nos cansamos dele até a hora da nossa morte. O pão também é um alimento democrático. Ele está na mesa de todos, dos ricos, dos pobres. Freqüenta diariamente restaurantes sofisticados, mas também está presente nas ruas e nos mercados mais populares. O pão faz parte dos alimentos energéticos e está na base da pirâmide alimentar, sendo, portanto uma excelente fonte de energia. Além disto, contém importantes nutrientes, em especial carboidratos de proteínas.

BREVE HISTÓRIA DO PÃO

Não temos uma origem exata do surgimento do pão, mas sabemos que ele é tão antigo quanto a própria história da humanidade. Neste sentido, a arte da fabricação do pão busca suas origens além da pré-história. Os povos primitivos cultivavam cereais e os consumiam crus. Assim que conseguiram domesticar o fogo prepararam uma massa e colocaram sobre a pedra, e assim nasceu o pão. Embora se discuta qual o primeiro cereal cultivado no Egito, é certo que encontraram cevada em sítios pré-históricos do delta, datados de cerca de 6000 a .C., à qual se deve acrescentar o trigo. As planícies do Nilo, periodicamente inundadas, produziam cereais em quantidade abundante e suficiente para o consumo nacional e exportação. O Trigo e a cevada constituíam a base da alimentação e eram usados na fabricação do pão e da cerveja. Assim podemos dizer que o pão tem suas origens no Egito. Antes do ano 6000 a.C., os egípcios já estavam comendo trigo, mas não pães tão deliciosos. Para fazer o pão os Egípcios juntavam água e um pouco de sal e grãos de trigo selvagem e faziam uma pasta que era colocada para cozer em uma pedra chata, sobre o fogo. Em torno do ano 4000 a.C., estava efetivamente sendo cultivado. As classes de trigo domesticadas eram mais fáceis de descascar e precisavam apenas serem moídas, não mais queimadas em pedras quentes, o que indica que o trigo estava agora sendo comido com o glúten intacto. O primeiro método de aquecer os grãos destruía o glúten.

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Lá pelo ano 2000 a .C., padeiros Egípcios descobriram que as misturas de trigo e água, caso não fossem assadas de imediato, borbulhavam pela fermentação. Ao serem assados, essas misturam produziam pães deliciosos. Após a descoberta da fermentação os padeiros egípcios se tornaram verdadeiros especialistas. Mantinham um estoque de massa azeda constante para serem utilizados quando necessário. Este processo dura até hoje. Em seguida deu-se a invenção do forno. Com argila retirada do Nilo moldaram grandes cones abertos na parte de cima e divididos em prateleiras. Na parte de baixo deles eram colocados pedaços de carvão em brasa. O primeiro moinho feito com uma pedra redonda puxado por força animal surgiu na Mesopotâmia, por volta de 800 a.C. Em 400 a.C. pães fermentados foram introduzidos na Grécia que até então só consumia pães chatos de cereais como cevada, aveia e centeio. Os Romanos também viveram do pão. Na Idade Média o moinho de vento foi introduzido na Europa pelos persas. Só depois da ocupação gaulesa pelos romanos é que o pão apareceu na França. Só a partir do século VII que os primeiros verdadeiros padeiros surgiram.Foi na idade Média que se instituiu a profissão de padeiro. Através dos gregos a levedura da cerveja apareceu na Europa especificamente na França , Paris, em 1665. Com isto os pães tornaram-se mais leves e mais fofos. Entretanto, alegando causar malefícios à saúde, médicos franceses proibiram o uso da levedura de cerveja que só foi reabilitada no século XIX. Em 1825 foi fabricado o primeiro fermento prensado, o mesmo utilizado até os presentes dias. Na seqüência, Louis Pasteur provou que a fermentação natural era causada por organismos vivos, o que ajudou na elaboração industrial do fermento. No Século XX surgiu o fermento biológico à base de melaço do açúcar. Não houve grande evolução das técnicas de fazer pão desde a era medieval até o século XIX. A maior evolução na panificação só se deu à partir da Primeira Guerra Mundial. Durante as guerras, na falta de farinha de trigo, preparavam pães à partir de outras farinhas. Comiam um pão preto feito dessas farinhas e casca de árvore, oleaginosas, etc. O consumo de pão branco cresceu sensivelmente depois da Segunda Guerra. Também passaram a usar máquinas e industrializar a produção do pão.

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TRIGO E FARINHA DE TRIGO

O trigo desde a pré-história, é um dos alimentos mais importantes para o homem e, hoje em dia, é cultivado em quase todas as regiões do planeta. GRÃO O grão de trigo é composto das seguintes partes:

• endosperma – parte mais interna, corresponde a 85% do grão. É considerado um dos componentes mais importantes pois a farinha é principalmente extraída dele.

• gérmen – parte intermediária, corresponde a aproximadamente 2% do grão. O gérmen é a parte que originará a futura planta. Contém grande quantidade de gordura e de vitaminas. Por este motivo deve ser separado da farinha, evitando que o ranço da gordura transmita para a farinha um sabor desagradável.

• pericarpo – Parte externa, casca, corresponde a 13% do grão. A casca é o revestimento que protege o grão e, durante a moagem, é separada produzindo o que se conhece como farelo.

COMPOSIÇÃO DA FARINHA DE TRIGO . Carboidratos ( açúcar – 70 a 75%) – os carboidratos constituem a maior parte do endosperma do grão de trigo, sendo também o componente em maior proporção na farinha de trigo. Quando os grãos de amido são suspensos em água e a temperatura é aumentada gradualmente, em um determinado intervalo de tempo os grãos de amido incham e formam uma solução viscosa. Quando esta solução resfria haverá a formação de géis. A este fenômeno dá-se o nome de gelatinização. . Proteínas - (glúten - 8 a 12% ) – o teor de proteínas na composição do trigo está relacionado com a qualidade e quantidade de glúten presentes. O glúten é uma proteína insolúvel em água composto de duas frações: glutelina e gliadina. Quando a farinha de trigo e os demais ingredientes da massa são misturados com a água e ocorre a homogeneização mecânica, há hidratação das proteínas, formando a rede de glúten:

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Farinha de trigo + água + batimento = REDE DE GLÚTEN

Nesse momento, as proteínas se entrelaçam e formam uma rede ou malha fibrosa. Dessa rede de fibras resulta uma estrutura, que representa para o pão o que uma estrutura de ferro representa para um edifício, retendo grande parte da água que permanecerá no pão, mesmo depois de assado. O glúten é responsável pela capacidade de extensão e pela elasticidade da massa, isto é, pela capacidade que a massa tem de se estender e voltar ao normal, ou seja, reter maior umidade e armazenar o gás liberado durante a fermentação. É importante lembrar que somente a farinha de trigo desenvolve o glúten. Desta forma se formos utilizar qualquer outro tipo de farinha na produção de um pão devemos empregar pelo menos 60% de farinha de trigo para garantir o crescimento e a textura do pão. . Gordura (1,2 a 1,4%) – A presença de uma quantidade mínima de gordura na farinha é natural, mas uma quantidade elevada é prejudicial à sua conservação. Proveniente do gérmen, pode ficar rançosa e transmitir odor e sabor desagradáveis à farinha. . Umidade – A umidade é um dos fatores importantes que afetam a qualidade da farinha de trigo. As umidades inferiores a 11 - 12% são indesejáveis porque tornam os grãos quebradiços durante o transporte, armazenamento e operações de moagem. A umidade superior a 14 – 15% pode propiciar o brotamento dos grãos e o desenvolvimento de microorganismos e toxinas durante o armazenamento. TIPOS DE FARINHA

• Farinha Especial – é aquela obtida da parte central do endosperma (mais fina). Os tipos mais comuns desta farinha são:

1. Trigo Duro – apresenta elevado teor de proteínas (forte). É utilizada na

confecção de massas de pouca ou nenhuma fermentação. No caso de uso desta farinha na panificação, deve-se adicionar mais água no processo e o tempo de mistura e o de fermentação serão maiores.

2. Trigo Semi-Duro – apresenta médio teor de proteínas (média). É utilizada na produção de pães.

3. Trigo Mole – apresenta baixo teor de proteínas (fraca). Utilizada na confecção de bolos, biscoitos e bolachas

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• Farinha Comum – obtida da parte externa do endosperma (mais grossa). Apresenta baixo teor de proteínas .

• Farinha Integral – obtida a partir de grãos de trigo inteiros, com farelo intacto,

moído para fazer a farinha.

PRINCIPAIS INGREDIENTES DA PANIFICAÇÃO

ÁGUA

Funções:

• possibilitar a formação do glúten • determinar a consistência final da massa • controlar e conduzir a temperatura da massa • dissolver ingredientes sólidos da formulação • permitir a ação do fermento • contribuir com a textura e maciez do pão

FARINHA DE TRIGO Funções:

• fonte de açúcar • produção de gás • retenção de gás • responsável pela estrutura do produto

FERMENTO Funções:

• agente de crescimento, transforma o açúcar em gás carbônico (dióxido de carbono – CO2) determinando o volume dos pães;

• produção de substâncias aromáticas, conferindo aroma e sabor aos pães.

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Tipos de fermento:

1. Comercial

Há no mercado três tipos de fermento apresentando diferença apenas no teor de água, implicando em diferentes métodos de utilização e armazenamento.

• Fermento fresco prensado Umidade – 70% Apresentação – pacotes de 15g e 500g Temperatura de atuação por volta de 36º C Morte por volta de 50-55º C Cor – creme acinzentado Utilização – recomenda-se até 3% em relação à farinha de trigo Conservação – necessita de refrigeração – câmaras em torno de 4 a 8º C por um período máximo de 15 dias Manter o menor tempo possível fora de refrigeração para evitar perda do seu poder de fermentação. A dosagem de fermento vai variar conforme o tipo de massa, o processo utilizado e a velocidade de fermentação desejada. Ela pode variar nas massas salgadas e massas doces entre 2% a 8%

• Fermento seco ativo ou fermento biológico seco

Sua obtenção se dá à partir da secagem do fermento fresco por ar quente. É quebrado em pequenas partículas ou grânulos. Umidade de 7 a 9% de umidade Apresentação – embalagens de 100g e de 50g metálicas Aparência – grãos escuros do tamanho de um alpiste Durabilidade – ao redor de 6 meses Conservação em temperatura ambiente – dispensa refrigeração Re-hidratação necessária – deve ser feita com água morna 38º C por um período de 15 minutos Utilização – 2/3 do peso do fermento fresco – 2% em relação à farinha Cor – amarelo palha escuro

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• Fermento biológico seco Instantâneo Consiste em células de levedura das quais a água é extraída por meio de desidratação. Permanece num estado de dormência. O empacotamento é feito à vácuo o que aumenta o seu tempo de vida útil. Apresentação: pacotes de 450 gramas embalados à vácuo Umidade em torno de 5% Utilizar 1/3 em relação ao fresco – 1% em relação à farinha de trigo Aparência : Grânulos muito pequenos, quase como areia fina Durabilidade: embalagem fechada dura até 2 anos mas após aberto deve ser consumido no menor tempo possível. Conservação em temperatura ambiente Re-hidratação não é necessária devido ao pequeno tamanho dos grânulos. Pode ser adicionado à farinha. Cor: creme claro

Tabela comparativa dos fermentos comerciais

Fermento fresco

Fermento seco granulado

Fermento seco instantâneo

Armazenagem Refrigeração 4 a 8º C

Temperatura ambiente

Temperatura ambiente

Tempo de conservação

Curto 15 dias

Médio 6 meses

Longo 2 anos

Atividade /kg baixa média alta umidade Alta -70% Baixa – 7 a 9% Baixa – 5%

Manuseio especial Não necessita Necessita re-hidratação

Não necessita

2. Natural

Consiste basicamente na obtenção de uma massa de farinha e água que, exposta ao ar, seja contaminada por microorganismos dispersos no ambiente. Esses microorganismos vão encontrar nesta massa um ótimo meio de crescimento e desenvolvimento, ocasionando uma série de fermentações não controláveis diferentes de quando utilizamos o fermento biológico em qualquer das suas apresentações comerciais. Essas fermentações incontroláveis vão na maioria das vezes produzir gás carbônico e alguns ácidos, sendo os mais comuns o acético e o lático. Depois de um certo de incubação esta massa infectada por microorganismos tem condições de servir de fermento, ou seja, de agente de crescimento para outras massas.

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Chamados também de Levain, hoje existem vários métodos de produção de fermento natural e todos eles têm um uso apropriado. Podemos ser feitos à base de frutas, mel, garapa, farelo de trigo ou centeio, maçãs, uvas, iogurte, cerveja, etc. A utilização do fermento natural se dá em casos muito específicos pois normalmente agrega um sabor ácido incomparável ao produto final. A Sourdough de São Francisco tem sabor especial devido à bactéria local chamada de Lactobacillus sanfrancisco O segredo para manter o levain ou fermento natural é alimentá-lo com farinha fresca e água, fornecendo os nutrientes e açúcares necessários para que a flora microbiológica tenha condições de se reproduzir e se manter viva. Retiramos parte do fermento para utilização e completamos com farinha e água na mesma proporção da massa retirada. A isto damos o nome de reforma do fermento natural O Fermento natural não é muito adequado às condições de trabalho da vida moderna. Além de delicado e sensível, pede um tempo de fermentação maior, o dobro do tempo de quando utilizamos fermento biológico.

Produção de um fermento natural à base de maçã Ingredientes: 1 maçã 50g de açúcar cristal ou mascavo 200g dou ¾ de xícara de água Material: 1 ralador 1 pote de vidro com tampa Modo de fazer: Rale a maçã com casca e sementes. Misture com o açúcar. Coloque a mistura num pote de vidro. Coloque a tampa, mas não feche, para que os gases da fermentação possam sair ao longo dos dias. Coloque o pote de vidro em um armário fechado e, o mais importante, sem corrente de ar. A temperatura não deve ser muito quente nem muito fria. Deixe-o quieto e sossegado por 10 dias. Passados estes dias, quando abrir a tampa, um forte cheiro de álcool se desprenderá. Os fermentos estarão em plena forma. Adicione água. Misture bem para soltar o máximo de fermento nessa água. Coe a mistura com um pano, comprimindo bem o material sólido no final. A quantidade de líquido coado vai variar de acordo com o tamanho da maçã.

Fabricação do chef: Agora o fermento muda de ambiente e de alimento. O alimento deixa de ser a maçã e passa a ser a farinha. Ele vai precisar de um tempo de adaptação a esse novo meio e aproveitar para adquirir seu sabor e força. Ingredientes:

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400g de farinha de trigo 1 colher de café de sal Material: 1 vasilha de vidro, cerâmica ou plástico e 1 pano limpo Modo de fazer: Misture o líquido coado (escuro e carregado de fermento) com a farinha de trigo e o sal, formando uma massa. A massa não deve ficar nem muito seca, nem muito mole. Forme uma bola e deixe descansar em uma vasilha coberta com o pano limpo e bem úmido no mesmo lugar e condições que deixou o pote da maçã por 12 horas. Alimentação do fermento natural ou levain: O fermento se alimenta do açúcar encontrado na material onde ele vive e, à medida que absorve esse açúcar, solta gás carbônico. Podemos observar este fenômeno quando depois de passadas as 12 horas a massa adquire de 2 a 3 vezes o tamanho inicial. Se a sua parte superior parecer uma abóbada bem esticada, o levain estará no ponto para ser realimentado. Ele já comeu e digeriu todo o açúcar que encontrou em seu meio e precisa agora de uma nova farinha. Entretanto, se a parte superior da massa parecer um balão murcho, o levain passou do ponto, ou seja, acabou o açúcar e o fermento entrou em fase de fermentação alcoólica – início do processo de apodrecimento. Se isto acontecer você terá que reduzir o tempo de alimentação de 12 para 6 horas, por 2 a 3 dias Cada vez que for alimentar o fermento vai retirar 200g de massa da vasilha e isto se chama chef ou massa mãe. Alimentação: 200g de chef 400g de farinha 200ml de água 15g de sal Modo de fazer: Juntar a massa do chef, a farinha de trigo, a água e o sal. Formar uma massa.

Jogue fora o levain que sobrou. Guarde a massa exatamente nas mesmas condições descritas na fabricação do chef. Repita este processo a cada 12 horas, durante 2 semanas Após este período o levain estará pronto para ser utilizado em seu pão. Obs. Durante estas duas semanas os 600g separados a cada 12 horas podem ser jogados fora ou distribuídos em porções para amigos.

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Pain de froment au levain ( pão feito com levain) 1,5 kg de farinha de trigo 30g de sal 600g de levain 950 ml de água gelada Numa vasilha misture o levain com os demais ingredientes (80% da água). De o ponto na massa com o restante da água. Misture bem a massa para desenvolver o glúten. Deixe descansar em superfície untada e coberto com filme plástico por cerca de 20 minutos. Divida a massa e modele. Coloque sobre assadeiras untadas com óleo. Cubra com um pano úmido e deixe fermentar por 5 a 6 horas em uma temperatura entre 24º C a 27º C. Polvilhe o pão com farinha de trigo e leve para assar em forno quente 200o C por cerca de 40 minutos.

SAL Funções:

• Realçar o sabor • Controlador de fermentação e tempo de mistura • Fortalecedor do glúten

•••• Utilizado de maneira inadequada, em contato direto com o fermento, pode

interromper a fermentação. •••• Proporção: 2% em relação à quantidade de farinha de trigo

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OVOS Funções:

• Melhorar a cor do produto • Melhorar o sabor • Aumentar o valor nutritivo • Melhorar textura (efeito emulsificante, ajuda que as gorduras se incorporem

na massa)

GORDURA Funções:

• Lubrifica a rede de glúten • Aumentar a retenção de umidade • Melhorar textura • Contribuir para o aumento do volume do pão • Melhorar as propriedades de conservação

Tipos:

• Animais ( banha e manteiga) • Vegetais (óleo, gordura vegetal hidrogenada, gordura de coco)

•••• Introduzida sempre amolecida, em temperatura igual a da massa

LEITE Tipos: Integral ou desnatado Para utilizar leite em pó: substituir o total de leite por 15% de leite em pó e 85% de água Funções:

• Enriquece o sabor e aroma • Melhora a coloração da crosta do pão • Retém umidade • Aumenta o valor nutritivo • Dá maior estabilidade à massa • Melhora a conservação do pão

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AÇÚCAR

Funções:

• Confere sabor • Confere maciez • Colabora na retenção de umidade • Substrato para o fermento biológico produzir gás carbônico • Conferir cor

Quantidade de açúcar aplicada geralmente nas fórmulas de panificação:

Pão francês 0 a 4%

Pão semidoce 5 a 15%

Pão doce 15 a 25%

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MELHORADOR Funções:

• Adicionado à massa para obter produto de melhor qualidade • Neutraliza deficiências dos ingredientes da massa • Aumenta o tempo de conservação do pão

Tipos:

• Reforçadores – são substâncias que reagem com o glúten, fortificando o mesmo e melhorando sua capacidade de reter gases, de modo a produzir um pão de maior volume e melhor textura. Exemplos deste tipo de melhorador são a vitamina C e a ADA (azodicarbonamida). O Bromato de potássio e o Iodato de Potássio também são reforçadores mas seu uso na panificação são proibidos por lei.

• Enzima diástase – as enzimas são substâncias que tem o poder de acelerar as reações, permitindo a quebra ou degradação de grandes compostos biológicos. A função desta enzima é quebrar o amido em pedaços, produzindo mais açúcar para o fermento.

• Emulsificante – é um agente que facilita a união das substâncias que normalmente não se misturam. Sua adição à massa reduz o tempo de mistura dos ingredientes, aumenta a absorção de água e dá maior elasticidade ao glúten. Exemplos de emulsificante são a lecetina extraída da soja ou da gema de ovo e polisorbato.

• Melhorador unificado – concentra a ação e função de diversos aditivos em um só produto, facilitando sua aplicação. Eles contêm enzimas, reforçadores e emulsificantes na proporção correta e são encontrados no mercado em pó ou em pasta.

Proporção: de 0,5 a 1% em relação à farinha – varia de acordo com o fabricante – seguir orientação do fabricante

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FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE PREPARAÇÃO DOS PÃES

PESAGEM DOS INGREDIENTES

PREPARO DA MASSA

DESCANSO

DIVISÃO DA MASSA

MODELAGEM

ACONDICIONAMENTO

FERMENTAÇÃO

COZIMENTO

RESFRIAMENTO

CONTROLE DE QUALIDADE

CORTE E EMBALAGEM

COMERCIALIZAÇÃO

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ETAPAS DO FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE PÃES

Preparo da Massa ( métodos) Esta fase tem por finalidade homogeneizar os ingredientes da fórmula, possibilitar o desenvolvimento do glúten através do trabalho mecânico sobre a massa. Nesta fase é importante lembrar que a temperatura da massa não deve exceder a 27º C e a água adicionada à massa é quem vai ajudar a controlar esta temperatura. Se aumentarmos a temperatura, daremos início à fermentação no momento inadequado. Método Direto (método padrão)

1. Dissolver o fermento em água 2. Adicionar todos os ingredientes (açúcar e sal por último) 3. Misturar e trabalhar a massa até desenvolver o glúten 4. Seguir passos restantes do fluxograma de preparação de pães

Método Indireto (utilizando pré-fermentos e fermento natural): Este método é constituído de 2 ou 3 fermentações com objetivo de realçar o sabor do produto base. Os pré-fermentos são um instrumento poderoso para criar pães de qualidade e textura superiores. São normalmente utilizados para agregar sabor e, em alguns casos, para ajudar na fermentação de pães muito ricos em gordura (pois ela retarda a fermentação). Existem vários tipos de pré-fermentação.

• Pré-fermentações Úmidas – Poolish e Esponjas

• Pré-fermentações Firmes – Pâte Fermentée e Biga

1. Poolish (chamado assim na França e na Itália) – Consiste em partes iguais de

farinha e água e 0,25% de fermento em relação a farinha. É um pré-fermento de ação lenta, pois leva pouco fermento em sua composição. Demora mais para fermentar e, portanto desenvolve mais sabor. Não leva sal. Quando utilizamos um poolish como pré-fermento normalmente adicionamos mais fermento durante o batimento da massa para completar a fermentação.

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2. Esponja – é um pré-fermento de ação mais rápida que o poolish porque leva uma maior quantidade do fermento ou todo o fermento da receita em sua preparação. Este tipo de esponja não agrega tanto sabor, pois tem um tempo menor de fermentação que o poolish e é utilizada em pães muito ricos, de farinha integral ou que levem uma quantidade razoável de gordura.

3. Massa fermentada – Pâte Fermentée – massa velha - Pode ser obtida

reservando um pedaço de massa que já foi preparada e já fermentada ou preparando um pedaço de massa para ser utilizado posteriormente, por exemplo no outro dia. Adicionando esta massa conseguimos o efeito de envelhecer imediatamente a massa nova.

4. Biga – difere da massa fermentada por não conter sal em sua preparação.

Assim como a massa fermentada é um pré-fermento mais firme. A biga é normalmente feita para ser usada especificamente como pré-fermento. Como é feita sem adição de sal, que é um controlador da fermentação, a biga é feita com uma quantidade menor de fermento. Não havendo o sal, o fermento não encontra nenhuma restrição no seu caminho para digerir todo o açúcar disponível. Usar menos fermento é melhor porque queremos obter o máximo de sabor proveniente do trigo. Os sabores do pão são provenientes do grão e não do fermento. Neste sentido a biga deve ter no máximo 0,5% de fermento em relação à farinha.

Método utilizando poolish ou esponja . Preparar a esponja ou o poolish . Deixar crescer e fermentar . Colocar esponja ou o poolish na batedeira e adicionar os demais ingredientes de acordo com a receita . seguir passos restantes do fluxograma de preparação de pães Método utilizando massa fermentada, biga ou Fermento Natural . preparar a biga ou fermento natural (levain) . usar método direto acrescentando a massa fermentada, a biga ou o fermento natural.

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Divisão da massa A divisão pode ser feita manualmente, com o uso de uma faca ou espátulas ou então nas divisoras, máquinas próprias desenvolvidas para este fim.

Descanso da massa

O tempo de descanso permite por um lado, que a massa cresça e por outro lado que o glúten se torne mais consistente. Também possibilita que o glúten relaxe e a massa fique menos elástica, facilitando a posterior modelagem de alguns tipos de pães.

Modelagem Na modelagem as peças de massa adquirem a forma do pão que se quer obter. A modelagem pode ser manual ou mecânica, sendo que na última se faz o uso da modeladora, que efetua 5 operações seqüências sobre as peças da massa: . retirada do gás formado durante o descanso – degassing . laminação . alongamento . enrolamento . selagem

Acondicionamento

Consiste na deposição dos produtos nas assadeiras ou esteiras. Devem ser tomados os devidos cuidados no posicionamento das peças, como distanciamento, acerto das pontas, posição do fecho, para evitar perda da qualidade do produto final. Cortes decorativos no pão podem ser feito antes de levar o pão para assar (depois de fermentado), após o acondicionamento ou ainda, durante a fermentação, dependendo do efeito desejado e do tipo de massa. Esta operação exige delicadeza e precisão e deve ser feita com rapidez. Para fazer os cortes podemos utilizar facas, bisturis ou tesouras.

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Fermentação A fermentação é uma etapa decisiva no fabrico do pão. Consiste na ação das leveduras ou fermento ao consumirem o açúcar presente transformando-o em álcool e gás carbônico. Por este motivo é denominada de fermentação alcoólica. Produtos obtidos na fermentação: . gás carbônico que provoca ao mesmo tempo o crescimento da massa e a formação de alvéolos no seu interior. . álcool, que será eliminado quando o produto for assado. . mais de 40 compostos orgânicos que conferem sabor e aromas típicos do pão. Quanto mais lento o processo de fermentação, o pão terá melhor sabor, aroma e maior durabilidade. Na massa além da fermentação alcoólica ocorrem em maior ou menor proporção outros tipos de fermentações desenvolvidas por outros microorganismos, formando ácido láctico e acético.

Temperaturas recomendadas para o desenvolvimento da fermentação

Ação Temperatura Inativo 2º C Fermentação lenta 16º - 21º C Temperatura ideal quando utilizar fermento fresco 21º - 32º C Temperatura ideal quando utilizar fermento seco 41º - 46º C Fermento Morre 59º C

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Cozimento O processo de cozimento das massas consiste em uma série de transformações químicas, físicas e biológicas, que permitem obter ao final, um produto com excelentes características nutritivas, de sabor e aparência. A temperatura do forno e a duração do processo variam segundo o tamanho e o tipo de massa. Ao introduzirmos a peça de massa no forno, o calor se propagará do ambiente até o interior da peça, atravessando a superfície superior, lateral e inferior. A parte da massa em contato com a base do forno absorve o calor por condução e a que está em contato com o ar, absorve por convecção e irradiação. A temperatura do forno para cocção dos pães vai variar entre 170º C e 220º C. Quando durante o cozimento a peça de massa alcança a temperatura ao redor de 100º C, a água inicia o processo de evaporação. Este processo de migração da água se dá de dentro pra fora. No momento em que este processo diminui, começa a formação da casca cuja espessura depende da duração do cozimento. Há também durante o cozimento um aumento do volume do pão. Isto se dá pela dilatação do gás e o aumento do vapor de água devido à temperatura do forno. A massa sofre um rápido aumento de volume, que alcança o desenvolvimento máximo depois de um tempo (5 a 10 minutos) variável de acordo com o peso, forma e qualidade da massa.

COLORAÇÃO DA CROSTA

A cor ideal de um pão seria uma cor dourado intensa na parte de cima e dourada pálida nas laterais. A cor da crosta vai depender da temperatura na qual foi assado o pão bem como dos ingredientes agregados na massa. A coloração também pode variar conforme os ingredientes utilizados para pincelar a massa antes de leva-la à cocção.

PRODUTO RESULTADO

Ovo inteiro + água Brilho e cor Ovo inteiro + leite Brilho, cor e crosta macia Clara de ovo + água Brilho e crosta dura Água Crosta crocante Farinha Textura e contraste Leite ou creme de leite Cor e crosta macia Iogurte Cor avermelhada

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Resfriamento Os pães ao saírem do forno, estão com a temperatura bastante elevada e devem ser resfriados antes de serem fatiados e posteriormente embalados. A forma mais simples de resfriamento é em temperatura ambiente, sendo um processo lento e que necessita de bastante espaço. Outra forma existente, porém restritas à produção em escala industrial, são as esteiras esterilizadas que se movem lentamente e em constante ventilação.

Controle de qualidade Devemos realizar a avaliação do produto final de acordo com critérios pré-estabelecidos que auxiliem a determinar as falhas ocorridas durante o processo. Neste momento separamos os produtos que não estão de acordo com os padrões de qualidade minimamente exigidos. Critérios:

• Modelagem – o fecho deve estar voltado para baixo • volume – independente da forma o pão deve estar crescido e uniforme • coloração – proporcional à quantidade de açúcar presente na massa. A

coloração varia de amarelo escuro a marrom, conforme a concentração de açúcar aumenta.

• casca – a casca também varia de acordo com a quantidade de açúcar presente na receita e pela presença de outros ingredientes. Pães com baixo teor de açúcar têm uma casca mais fina, brilhante e crocante. Pães com elevado teor de açúcar têm casca macia.

• lastro – é a parte inferior do pão. Deve ser firme mas não deve estar queimada.

• textura – é a consistência interna do pão. De acordo com o tipo de massa ou modelagem os alvéolos ou bolhas serão maiores ou menores.

• aroma e sabor – Caracterizam o pão em condições de consumo, além de identificar possíveis irregularidades durante o processo de elaboração ou armazenagem.

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Corte e embalagem O corte em fatias é geralmente utilizado para pães de forma e é feito por lâminas ou correias cortantes. A embalagem pode ser feita manualmente ou utilizando máquinas de embalagem que operam em alta velocidade. Vários tipos de materiais podem ser empregados como o celofane, polipropileno e polietileno. Devem proporcionar boa visualização do produto e proteção à umidade e ao aroma.

BALANCEAMENTO DE RECEITAS Balancear receitas significa determinar a quantidade de cada ingrediente que entrará na formulação da massa, segundo as características desejadas para o produto final. Ao formularmos uma receita quatro fatores devem ser levados em consideração:

• a função que cada ingrediente exerce na massa e no produto final • as porcentagens máximas e mínimas toleráveis • as características internas e externas desejadas para o produto final • os métodos utilizados em panificação.

Finalidades do balanceamento:

1. Controle de qualidade: estabelecer padrões de qualidade para os produtos e processos, assegurando uniformidade na produção e permitindo identificar possíveis falhas no processo e suas causas;

2. Normalização e registros: descrição completa do processo, incluindo tempos

de masseira, descanso, fermentação, cocção, temperatura da massa e do forno, tamanho das peças. Isso permite que todos os funcionários desenvolvam as receitas da mesma forma, auxiliando na solução de imprevistos e criando uma identidade para o estabelecimento;

3. Controle de estoque: proporciona redução de custos pelo uso correto das

matérias-primas, evitando desperdiço.

4. Controle da produção: possibilita avaliação financeira do negócio através do dimensionamento da produção, dos custos e lucros.

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• Cálculo de porcentagem

Diferente das outras áreas da gastronomia, a panificação permite que se defina o ingrediente principal e se calcule os demais ingredientes com base neste ingrediente, que normalmente é a farinha de trigo. A farinha de trigo é a base do pão. Ela será definida como 100% e os demais ingredientes devem ser calculados percentualmente como ilustra o exemplo abaixo: Pão de cachorro quente Farinha 100% 5000g Açúcar 10% 500g Sal 2% 100g Melhorador 1% 50g Água 50% 2500 ml Gordura 8% 400g Fermento 5% 250g Para calcular a quantidade dos ingredientes, basta multiplicar o peso da farinha pela porcentagem do ingrediente desejado e dividir por 100. Ex: Quanto devemos pesar de fermento sendo 5% para 5000g de farinha de trigo? 5000 x 5 = 25.000 : 100 = 250g de fermento

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• Cálculo do rendimento Para calcular o rendimento ou o número de pães que serão produzidos com uma

receita, basta dividir o peso total da massa pelo peso de cada pão, ainda cru. Exemplo: Farinha 100% 5000g Açúcar 10% 500g Sal 2% 100g Melhorador 0,5% 25g Água 50% 2500 ml Gordura 8% 400g Fermento 5% 250g Peso total = 8.775 g Se o peso de cada pão cru for igual a 65g, para saber o número de pães, basta dividir o peso total (8.775 g) pelo peso do pão cru (65g) 8.775 : 65 = 135 Portanto o rendimento será de 135 pães.

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• Cálculo da encomenda Para atender uma encomenda de pães, é preciso definir a quantidade de farinha

que será utilizada. Para tanto é necessário saber a quantidade de pães a ser produzida e multiplicar este número pelo peso do pão cru.

Ex. quantidade de pães para serem produzidos = 300 Peso cru = 60g Massa necessária = 300 x 60 = 18.000g Farinha 100% Açúcar 8% Sal 2% Melhorador 1% Água 60% Fermento 4% Gordura 5%__ Total 180% 18.000 ----------180% x ------------------100% x = 18.000 x 100 180 x = 10.000 g de farinha de trigo = 10 kg de farinha de trigo

• Cálculo da quantidade de massa em relação ao tamanho da forma

BASE x ALTURA x COMPRIMENTO = X

X x 0,25 = QUANTIDADE DE MASSA ADEQUADA PARA A FORMA

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EXEMPLO DE FICHA TÉCNICA

FICHA TÉCNICA FÓRMULA : PÃO CHALLAH RENDIMENTO MASSA BRUTA : PESO PORCIONADO UNITÁRIO: INGREDIENTES % QTDE. UNIDADE CUSTO

Água 33 190 Gramas

Gemas 21 120 Gramas

Fermento Fresco 5,2 30 Gramas

Farinha de Trigo 100 570 Gramas

Açúcar 10 60 Gramas

Sal 2 11 Gramas

Manteiga 10 60 Gramas CUSTO TOTAL MB: CUSTO TOTAL UNI.: MÉTODO DE PRODUÇÃO 1. Misturar a água, as gemas e o fermento. 2. Adicione a farinha e o açúcar. 3. Finalmente, junte a manteiga e o sal e bater na velocidade média por 7 – 10

minutos. 4. Descansar na mesa untada por 90 minutos. 5. Amassar e dividir conforme desejado e descansar por mais 20 minutos. 6. Modelar uma trança ou bolear. 7. Fermentar até dobrar de volume. 8. Assar em forno 190ºC, no calor seco até atingir coloração dourada.

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TESTE DO GLÚTEN

FICHA TÉCNICA FÓRMULA : TESTE DO GLÚTEN RENDIMENTO MASSA BRUTA : PESO PORCIONADO UNITÁRIO: INGREDIENTES % QTDE. UNIDADE CUSTO

Farinha de trigo 100

Água 55

CUSTO TOTAL MB: CUSTO TOTAL UNI.: MÉTODO DE PRODUÇÃO

1. Preparar a massa manualmente misturando os ingredientes até obter uma massa homogênea.

2. Deixar a massa mergulhada em água por 30 minutos 3. Lavar a massa em água corrente até retirar completamente o amido. 4. Verificar se a massa ainda contém amido apertando a massa sobre um

recipiente com água limpa. Se as gotas tingirem a água continuar lavando. 5. Bater a massa sobre uma superfície seca para retirar o excesso de umidade. 6. Pesar a massa para saber o peso do glúten úmido. Este valor dividido por 3

equivale ao peso do glúten seco. 7. Bolear a massa 8. Assar em forno 200º C por aproximadamente 30 minutos. 9. Esfriar e avaliar.

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DEFEITOS DO PÃO E SUAS CAUSAS

FORMA

Pouco volume Muito sal Pouco fermento Pouco líquido Farinha fraca Pouco ou muito tempo de mistura Forno quente demais

Muito volume Pouco sal Muito fermento Muita fermentação Erro na divisão da massa

Aparência defeituosa Muito líquido Farinha fraca Modelagem imprópria Fermentação ou crescimento impróprios Muito vapor no forno

Crosta rachada ou irrompida Muito tempo de mistura Massa pouco fermentada Modelagem imprópria – abertura virada para cima Pouco calor no forno Forno muito quente Vapor insuficiente

TEXTURA Miolo muito denso - fechado Muito sal

Pouco líquido Pouco fermento Pouca fermentação

Muito grosseiro ou aberto Muito fermento Muito líquido Tempo de mistura incorreto Fermentação imprópria Forma muito grande

Miolo acinzentado Tempo de fermentação ou temperatura muito altos

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• Aula expositiva (utilização de Power Point) OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de:

• Reconhecer a Padaria e suas principais áreas de atuação; • Identificar ingredientes e suas principais funções dentro da panificação; • Identificar fluxograma de preparação dos pães; • Reconhecer a terminologia específica da panificação; • Identificar equipamentos e fluxo de trabalho da panificação.

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Método direto de mistura • Levain • Teste de peca – teor de cinzas presentes em vários tipos de farinha

Prática do aluno:

• Pão de Hot dog e Hambúrguer • Pão de forma branco • Levain

A história do Hambúrguer

No século XIII, os cavaleiros tártaros utilizavam uma técnica peculiar para moer a carne dura e crua levando-a na sela de seus cavalos. Após horas de galope o alimento se transformava em uma pasta mais fácil para mastigar. Era o chamado "bife tártaro", que se consumia cru, como ainda se serve em restaurantes, acompanhado de uma gema de ovo também crua. Cinco séculos mais tarde o alimento chegou ao porto de Hamburgo, na Alemanha, onde se incorporou aos hábitos alimentares da população local. No início do século XIX, imigrantes alemães levaram para os Estados Unidos a receita já adaptada aos seus costumes, que consistia em grelhar a carne levemente com cebolas. No final desse século um dono de restaurante em Washington teve a idéia de colocar o hambúrguer entre duas fatias de pão e transformá-lo em sanduíche.

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O hambúrguer no Brasil

A introdução do hambúrguer nos costumes do brasileiro deve-se ao americano Robert Falkenburg, campeão de tênis em Winbledon, que apostou nessa idéia e abriu em 1952, no Rio de Janeiro, a primeira lanchonete que seguia os padrões americanos, o Bob's. Atreladas ao hambúrguer vieram outras novidades como o milk shake e o sundae. Outra franquia que obteve grande sucesso no Brasil é o McDonald's que em 1979 instalou-se no Rio de Janeiro e em 1981, inaugurou sua primeira loja na Avenida Paulista, em São Paulo. Com um trabalho intenso nos últimos 21 anos, e ganhando apreciadores à cada dia, está presente hoje em 12 cidades do Brasil, com 961 pontos de venda, sendo 467 restaurantes e 494 quiosques, chegando a vender 145 hambúrgueres por minuto.

História da salsicha e do cachorro quente

A história mais famosa é a de um açougueiro de Frankfurt, na Alemanha que, em 1852, resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome de seu cachorro bassê. Tradicionalmente, credita-se à cidade de Frankfurt, Alemanha, como local de origem da salsicha. A ponto de, em 1987, a cidade ter promovido um evento em comemoração aos 500 anos da iguaria, que teria sido inventada em 1484. Apesar da origem européia, a popularização da salsicha ocorreu nos EUA, a partir da contribuição de açougueiros europeus de várias nacionalidades que emigraram para aquele país. Durante a Exposição Mundial de Colombo, uma feira que aconteceu em 1893 na cidade de Chicago, EUA, para comemorar os 400 anos de descobrimento da América por Cristóvão Colombo, o consumo de salsicha explodiu. Os visitantes gostavam do produto porque ele era fácil de comer, prático e barato. O hot-dog como conhecemos hoje, com o tradicional pão de cachorro-quente, foi introduzido pelo comerciante de origem bávara Anton Feuchtwanger durante a Feira de Compras da Louisiana, na cidade de St. Louis, em 1904. Ele emprestava luvas brancas para que seus fregueses pudessem comer as salsichas quentes e picantes que fazia. A maioria das luvas não era devolvida e seu estoque começou a cair. Assim, ele acabou pedindo ajuda ao seu cunhado, que era padeiro. Este improvisou um novo tipo de pão que pudesse conter a salsicha. Estava inventado o popular cachorro-quente.

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Os americanos chamavam as "frankfurters" de "salsichas dachshund". Esta raça de cachorro, originária da Alemanha, possui corpo comprido e pernas curtas, o que combinava bem com o formato das "frankfurters". O nome "hot dog" começou sua história em Polo Grounds, estádio dos New York Giants. Num dia frio de abril em 1906, o comerciante Harry Stevens, responsável pelos alimentos vendidos no estádio, não estava conseguindo vender sorvete e refrigerante e mandou seus funcionários comprarem todas as salsichas e pães que encontrassem. Em menos de uma hora, eles estavam oferecendo os sanduíches utilizando tanques portáteis com água quente e gritando "They´re red hot! Get your dachshund sausages while they´re red hot!", numa tradução livre algo como “Elas estão pelando”! Peguem suas salsichas dachshund enquanto elas estão quentes!

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PÃO DE FORMA BRANCO

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 250 Gramas 100 Água Gramas 60 Manteiga Gramas 12 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Açúcar refinado Gramas 4 Sal refinado Gramas 2 Leite integral em pó Gramas 6 Melhorador para pães Gramas 0,5 Manteiga clarificada (para pincelar)

15

Gramas

Óleo para untar 50 Mililitros Modo de preparo: 1. Bater a massa usando método direto, colocando a água aos poucos até dar

ponto. Bater por aproximadamente 10 minutos. 2. Colocar a massa sobre superfície untada com óleo, deixar descansar por 15

minutos, coberta com filme plástico. 3. Modelar. Untar a forma com óleo e colocar a massa com as pontas viradas para

baixo. Deixar fermentar até dobrar de volume. 4. Assar a 180ºC, calor seco, por aproximadamente 30 minutos. (atingir 100º C no

seu interior ou ao bater no fundo fazer barulho de oco) 5. Desenformar morno e pincelar manteiga clarificada na parte superior.

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PÃO DE HAMBÚRGUER/CACHORRO QUENTE

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Manteiga Gramas 12

Sal Gramas 2,5 Açúcar Gramas 9

Fermento biológico fresco

Gramas 4

Leite em pó Gramas 3 Água Gramas 48 - 56

Melhorador para pães Gramas 1 Gergelim (decoração) 5 Gramas Manteiga para pincelar 15 Gramas

Óleo para untar 15 Mililitros Modo de preparo: 1. Bater a massa no método direto. Dar o ponto com a água. 2. Bater até formar rede de glúten, cerca de 10 minutos. 3. Deixar a massa descansar por 15 minutos em superfície untada com óleo e

coberta com um plástico. 4. Dividir em peças de 70g cada. Modelar e se for o caso colocar cobertura de

gergelim. 5. Acondicionar em assadeira untada com óleo. 6. Fermentar até dobrar o volume. 7. Assar a 190ºC de 12 a 15 minutos, calor seco. Pincelar manteiga derretida

imediatamente após retirar do forno. 8. Resfriar sobre uma grelha.

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LEVAIN DE UVAS PASSAS (PARA TODA A TURMA)

Fermento natural: Ingredientes Quantidade Uvas passas 50g Água fria 200g Farinha de trigo 250g Modo de preparo:

1. Deixar as passas de molho na água até começar a borbulhar (aproximadamente 24horas).

2. Escorrer a água, espremendo bem as passas. Descartar as passas e misturar a água à farinha de trigo, fazendo uma massa lisa, homogênea.

3. Colocar em um recipiente fechado até que triplique o volume (de 1 a 3 dias), temperatura ambiente.

4. Guardar 120g deste fermento, descartar o restante. 5. Realimentar na seguinte proporção: Ingrediente Quantidade Porcentagem

Levain 100g 50% Farinha de trigo 200g 100% Água 100g a 120g 50% a 60%

1. Proceder desta maneira por aproximadamente 20 dias (a cada dia o aroma vai ficando mais intenso, o que dá ao pão sabor mais azedo, característico deste tipo de pão).

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães de massa leve

Prática do aluno: • Chipa • Pão de Batata • Pão de Banha

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Chipa

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Massa Fécula de mandioca 250 Gramas 100 Manteiga Gramas 40 Sal Gramas 3 Leite Gramas 40 Ovos Gramas 10 Queijo Reino Gramas 80

MÉTODO DE PRODUÇÃO 1 – Num recipiente coloque o polvilho e o sal. Incorpore. 2 – Acrescentar o ovo, a manteiga e dar o ponto com o leite. Se necessário acrescente mais leite. 3 – E por ultimo coloque o queijo Reino ralado fino e agregar. 4 – Porcionar em 30 gramas e modelar. 5 – Temperatura do forno 180° C a 200°C. 6 – Tempo de 12 a 18 minutos.

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PÃO DE BATATA

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Batata cozida 160 Gramas 40 Farinha de trigo 240 Gramas 60

Óleo Gramas 5 Ovos Gramas 12,5 Sal Gramas 2,5

Açúcar refinado Gramas 4 Fermento biológico

fresco Gramas 4

Leite Gramas 7,5 Melhorador para pães Grama 1

Recheio e finalização Gema para pincelar 1 Unidade Queijo catupiry para

rechear 200 Gramas

Óleo para untar 50 Mililitros Modo de preparo: 1. Cozinhar as batatas com casca. Descascar e amassar como purê. Resfriar o purê. 2. Bater a massa pelo método direto, colocando o leite aos poucos até dar o ponto.

Bater por cerca de 10 minutos. 3. Deixar a massa descansar em superfície untada com óleo por 15 minutos. Cobrir

com plástico. 4. Dividir em pedaços de 40 a 50 g, modelar e rechear conforme demonstração. 5. Acondicionar em assadeira untada com óleo. 6. Deixar fermentar de 30 a 40 minutos, cortar e pincelar com gemas diluídas em

um pouco de água. 7. Assar no calor seco, a 190ºC por aproximadamente 15 minutos. 8. Retirar do forno e resfriar sobre uma grelha.

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PÃO DE BANHA

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Fermento biológico fresco

Gramas 5

Açúcar Gramas 5 Sal refinado Gramas 2 Melhorador Gramas 1 Banha de porco Gramas 10 Água Gramas 47 Óleo para untar 20 Mililitros Modo de preparo:

1. Bater a massa no método direto dando o ponto com a água. 2. Bater a massa por 5 minutos na velocidade baixa, aumentar a velocidade e

bater por mais 10 minutos. 3. Deixar a massa descansar sobre superfície untada ou polvilhada com farinha e

coberta com plástico por cerca de 15 minutos. 4. Dividir a massa em pedaços de 170g e modelar. 5. Acondicionar em assadeira untada com óleo. 6. Levar para fermentar. 7. Fermentar até dobrar de volume. 8. Assar no calor seco a 180º C por cerca de 10 a 12 minutos 9. Retirar do forno. 10. Desenformar e resfriar sobre uma grelha.

OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Broa de Fubá • Pão de Fibras • Broa Caxambu

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BROA DE FUBÁ

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 250 Gramas 100 Fubá Gramas 25 Sal refinado Gramas 1,5 Açúcar Gramas 14 Melhorador Gramas 0,5 Manteiga sem sal Gramas 9,5 Erva-doce (opcional) Gramas 1 Fermento fresco Gramas 4 Leite integral Gramas 53

Finalização Fubá para polvilhar 50 Gramas Óleo para untar 30 Mililitros Modo de preparo: 1. Bater a massa no método direto dando o ponto com o leite (colocar a erva-doce

no final do batimento). 2. Bater a massa por 5 minutos na velocidade baixa, aumentar a velocidade e bater

por mais cinco minutos. 3. Deixar a massa descansar sobre superfície untada ou polvilhada com farinha e

coberta com plástico. 4. Dividir a massa em pedaços de 100g e modelar. 5. Umedecer os pães com água e cobrir a superfície com fubá. 6. Acondicionar em assadeira untada com óleo ou desmoldante. 7. Levar para fermentar. 8. No meio da fermentação fazer os cortes decorativos. 9. Fermentar até dobrar de volume. 10. Assar no calor seco a 180º C por cerca de 10 a 15 minutos 11. Retirar do forno. 12. Desenformar e resfriar sobre uma grelha.

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PÃO DE FIBRAS

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Fibra de trigo Gramas 20 Água Gramas 65 sal Gramas 2 Açúcar refinado Gramas 3 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Melhorador para pães Gramas 1 Margarina Gramas 4 Óleo para untar 20 Mililitros Modo de preparo:

1. Bater a massa usando método direto, colocando a água aos poucos até dar ponto. Bater por aproximadamente 9 minutos na 1ª velocidade e mais 5 minutos na 2ª velocidade 10 minutos.

2. Colocar a massa sobre superfície untada com óleo, deixar descansar por 15 minutos, coberta com filme plástico.

3. Dividir em pedaços de 450 gramas. 4. Modelar. Untar a forma com óleo e colocar a massa com as pontas viradas

para baixo. Deixar fermentar até dobrar de volume. 5. Assar a 180ºC, calor seco, por aproximadamente 30 minutos. (atingir 100º C

no seu interior ou ao bater no fundo fazer barulho de oco) 6. Desenformar e resfriar sobre grelha.

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Broa Caxambu

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Fubá Gramas 100 Açúcar Gramas 100 Fermento em pó químico

Gramas 6

Ovos Gramas 40 Manteiga Gramas 60 Erva doce Gramas 1

MÉTODO DE PRODUÇÃO: Modo de preparo: 1 � Coloque todos os ingredientes em uma vasilha e misture manualmente até obter uma massa consistente. 2 � Coloque a massa sobre a mesa divida em peças individuais com 30g, boleie e arrume em assadeiras lisas. 3 � Pincele com gemas e leve ao forno com as seguintes temperaturas forno tipo turbo 170ºC forno de lastro 200ºC por um aproximado de 10 a 12 minutos.

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Flat breads – pães chatos • Pré-fermentos

Prática do aluno:

• Pão Sírio ou Pita • Lavash • Naan bread • Biga para ciabatta

PITA Pita é o nome grego para este pão redondo, macio e com um buraco no meio. Ele é preparado e consumido por toda a região. Seu nome Árabe é khubz.

LAVASH

É uma variedade muito fina de flat bread, de origem Armênia. Na Armênia ele é tipicamente assado no forno tandoor, que assa as folhas de pão em uma questão de segundos. Hoje em dia ele é adicionado no couvert de muitos restaurantes. Suas folhas são quebradas em pedaços irregulares e servidas com antespastos, dips ou patês.

NAAN Este pão macio e fofo é originário da Índia, mas se tornou muito popular nos países vizinhos como o Afeganistão. Tradicionalmente o naan também é feito no forno tandoor, assados rapidamente nas suas paredes.

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PITA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 675 Gramas 90 Farinha de trigo integral Gramas 10 Água Gramas 50 Fermento biol. Fresco Gramas 4 Sal refinado Gramas 2 Açúcar refinado Gramas 3 Azeite de oliva Gramas 4 Óleo para untar 10 Gramas Modo de preparo:

1. Bater a massa usando método direto (dar ponto com a água). Deixar descansar por 20 minutos.

2. Porcionar a massa em peças de 70g cada. Bolear e deixar fermentar até dobrar de volume sobre superfície polvilhada com farinha. (cobrir para que não ressequem).

3. Abrir com um rolo dando formato redondo. 4. Assar em assadeiras furadas ou direto sobre a pedra do forno, a 250ºC por

cerca de três minutos no calor seco

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LAVASH

MASSA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 160 Gramas 80 Farinha de trigo integral

40 Gramas 20

Água Gramas 30 Leite integral Gramas 30 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Sal refinado Gramas 3 Mel Gramas 10

COBERTURA Semolina 100 Gramas Azeite de oliva 15 Gramas Queijo parmesão ralado

40 Gramas

Pimenta calabreza 5 Gramas Semente de gergelim

10 Gramas

Alecrim 15 Gramas Alho frito (vendido em pacotinhos)

15 Gramas

Modo de Preparo:

1. Preparar a massa usando método direto (dar ponto com a água). Bater até obter uma massa lisa e homogênea.

2. Deixar descansar em superfície untada e coberta por no mínimo 1 hora. 3. Dividir a massa em quatro pedaços. Com o auxílio de um rolo, abrir sobre

superfície polvilhada com semolina, em espessura bem fina. 4. Colocar sobre assadeiras untadas com azeite. Pincelar com um pouco de

azeite e polvilhar a cobertura desejada. Assar em calor seco, 200º C por 5 minutos ou até que esteja levemente dourado.

Page 47: Apostila Panificação

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NAAN

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 250 Gramas 100 Leite integral Gramas 40 Fermento biol. Fresco Gramas 4 Sal refinado Gramas 2,5 Açúcar refinado Gramas 2 Melhorador para pães Grama 1 Iogurte natural Gramas 8 Manteiga sem sal Gramas 6

COBERTURA Semente de papoula 10 Gramas Semente de gergelim branco

20 Gramas

Manteiga sem sal para untar

20 Gramas

Modo de preparo:

1. Misturar a semente de papoula com a semente de gergelim e reservar. 2. Bater a massa no método direto. Dar o ponto com o leite. 3. Bater por 5 minutos em velocidade baixa e então aumentar a velocidade e

bater por mais 5 minutos. 4. Colocar a massa num bowl untado e deixe fermentar por 1 hora ou até que

dobre de volume. 5. Amassar a massa para retirar o ar e deixar descansar por mais 10 minutos. 6. Dividir a massa em pedaços de 80g e abri-los em forma oval, com cerca de

5mm de espessura. 7. Aquecer uma chapa ou frigideira o mais quente possível. 8. Se for usar a cobertura de gergelim e papoula, pincelar manteiga levemente

sobre o pão e salpicar a cobertura pressionando muito levemente com as mãos para que ela grude.

9. Grelhar os pães por cerca de dois minutos de cada lado, até que fiquem levemente dourados.

Page 48: Apostila Panificação

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães de origem judaica

Prática do aluno:

• Pão Siciliano • Challah • Focaccia

Page 49: Apostila Panificação

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PÃO SICILIANO

Ingredientes Quantidade Unidade

de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo

100 Gramas 50

Semolina 100 Gramas 50 Sal refinado Gramas 2 Fermento biológico fresco

Gramas 3

Azeite de oliva Gramas 6 Mel de abelhas Gramas 10 Água Gramas 60 Óleo para untar

20 Mililitros

Gergelim para polvilhar

30 Gramas

Modo de preparo:

1. Preparar a massa, dando o ponto com a água. 2. Bater em velocidade baixa por 5 minutos, aumentar a

velocidade e bater mais 5 minutos. 3. Deixar descansar por 15 minutos. 4. Dividir a massa em duas partes e modelar os pães no

formato de uma letra S. 5. Acondicionar em assadeira untada. 6. Fermentar até dobrar de volume. 7. Pincelar água e polvilhar gergelim (opcional – fica

muito bom e visualmente muito bonito) Se preferir, substituir o gergelim por semolina.

8. Assar sobre pedra, em forno 220º C com vapor por cerca de 15 minutos.

9. Retirar do forno e resfriar sobre uma grelha.

Page 50: Apostila Panificação

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CHALLAH

Tradicional pão judaico, é servido no Sabbath, em ocasiões cerimônias e mesmo no dia-a-dia. É um pão que leva uma grande quantidade de ovos o que faz com ele tenha uma leveza especial. Polvilhado com semente de papoula ou com açúcar cristal grosso, existe em vários formatos mais o mais tradicional é a trança feita com três ou quatro pontas. Ingredientes Quantidade Unidade de

medida Porcentagem

Água Gramas 35 Gemas Gramas 21 Fermento fresco Gramas 5,3 Farinha de trigo 285 Gramas 100 Açúcar Gramas 10,5 Sal refinado Gramas 2 Manteiga sem sal Gramas 10,5 Essência de baunilha Gramas 1

Finalização Gema para pincelar 1 Unidade Semente de papoula 10 Gramas Açúcar cristal 20 Gramas

Modo de preparo:

1. Misturar a água, as gemas e o fermento. 2. Adicione a farinha e o açúcar. 3. Finalmente, junte a manteiga e o sal e bater na velocidade média por 7 – 10

minutos. 4. Fermentar na mesa, coberto com filme plástico por 90 minutos. 5. Amassar e dividir conforme desejado e descansar mais 20 minutos. 6. Modelar trança de 3 ou 4 pontas. 7. Fermentar até dobrar de volume. 8. Pincelar egg wash e polvilhar açúcar cristal ou semente de papoula. 9. Assar em forno 180ºC até atingir coloração amarela dourado. 10. Resfriar sobre grelha.

Page 51: Apostila Panificação

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FOCACCIA É um tipo de flat bread italiano originário da região de Gênova. A versão original era um simples e despretensioso pão tradicionalmente aromatizado com ervas e azeite de oliva. Dependendo da região ele era coberto com azeitonas, cebolas, batatas ou anchovas. É um ótimo acompanhamento para sopas ou saladas. Massa

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 250 Gramas 100 Leite integral Gramas 60 a 68 Manteiga Gramas 8

Açúcar refinado Gramas 8 Fermento biológico

fresco Gramas 6

Sal Gramas 1,5 Cobertura

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Alecrim fresco Q.B. - Sal grosso 10 Gramas

Azeite de oliva 70 Gramas Modo de Preparo: 1. Preparar a massa usando método direto. Dar o ponto com o leite. Bater por 5

minutos em velocidade baixa e mais 5 em velocidade alta. 2. Abrir a massa numa assadeira bem untada com azeite, cobrir e deixar fermentar

por 20-30 minutos. 3. Fazer a cobertura com o azeite, sal grosso e ervas e levar para assar a 180o C por

cerca de 15 minutos, calor seco.

Page 52: Apostila Panificação

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães de origem Doce Prática do aluno:

• Brioche • Sonho • Pão Doce

Page 53: Apostila Panificação

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BRIOCHE – 60% de gordura

Ingredientes Quantidade Unidade de

medida Porcentagem

Farinha de Trigo 500 Gramas 100 Fermento fresco Gramas 4,5 Açúcar Gramas 10 Sal Gramas 2 Ovos Gramas 40 Manteiga Gramas 60 Leite integral Gramas 20

Finalização Ovos para pincelar 3 Unidades Farinha para polvilhar 50 Gramas Manteiga para untar 30 Gramas Modo de preparo:

1. Misturar a farinha e o fermento. Adicionar os ovos, o leite, o açúcar e o sal e bater em velocidade baixa por 5 minutos.

2. Gradualmente adicionar a manteiga batendo em velocidade média até que ela esteja completamente incorporada.

3. Colocar a massa numa assadeira untada. Cobrir com filme plástico e levar à geladeira até o dia seguinte.

4. Untar as formas de brioche com óleo ou manteiga. 5. Retirar a massa da geladeira e dividir em pedaços de 50g para os brioches à

Tête ou em pedaços de 450g para os brioches grandes. 6. Modelar e colocar nas formas previamente untadas. 7. Deixar a massa fermentar (coberta) até dobrar de volume, cerca de 1 hora

ou mais. 8. Pincelar os brioches com egg wash e assar em forno 190º C até ficarem bem

dourados cerca de 12 a 15 minutos para os brioches à Tête e 30 a 35 minutos para os brioches grandes.

9. Retirar do forno e deixar esfriar nas formas por cerca de 10 minutos e depois transferir para uma grelha para resfriarem completamente.

Page 54: Apostila Panificação

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MODELAGEM DO BRIOCHE À TÊTE

Page 55: Apostila Panificação

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SONHO (BERLINERS) Os berliners alemães tradicionalmente são recheados antes de serem fritos com geléia de damasco e depois de fritos são passados no açúcar. MASSA DOCE BÁSICA PARA SONHO E DEMAIS VARIAÇÕES DE PÃES

Ingredientes Quantidade Unidade de medida

Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Água Gramas 40 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Sal Gramas 1,5 Açúcar Gramas 10 Margarina Gramas 6 Leite em pó Gramas 3 Ovos Gramas 20 Melhorador Gramas 1

Finalização e cocção Óleo para fritar 500 mililitros Açúcar impalpável para finalizar

30 Gramas

Gradina para croissant 100 Gramas Modo de preparo:

1. Bater a massa usando método direto. 2. Descansar por 30 minutos 3. Para o sonho, dividir a massa em porções de 30 gramas e bolear. 4. Acondicionar em assadeira untada com óleo e levar para fermentar. 5. Fermentar até dobrar de volume. 6. Fritar em óleo quente a cerca de 170º C até que estejam dourados e cozidos

no seu interior. Escorrer sobre papel absorvente. 7. Resfriar, cortar ao meio sem separar as metades, rechear com creme de

confeiteiro e polvilhar com açúcar impalpável.

Page 56: Apostila Panificação

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães de origem italiana Prática do aluno:

• Pizza • Modelagem e cocção do brioche

Page 57: Apostila Panificação

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PIZZA

Foi graças à imigração italiana em todo o mundo que a pizza pode chegar aos nossos dias como um alimento tão difundido e consumido. A pizza seria uma evolução da picea, um disco de massa feito com farinha e água na época dos hebreus. Os romanos a levaram para a Itália, onde teria recebido este nome. Seja qual for a sua origem efetiva este alimento passou a ganhar fama a partir da cidade de Nápole, no sul da Itália, na época anterior ao Renascimento. Alguns historiadores narram que camponeses pobres usavam seus limitados ingredientes para fazer um pão achatado com queijo, e então vendiam suas “pizzas”, pelas ruas da cidade. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, a cidade começa a ganhar fama por fazer a melhor pizza da Itália. Em 1830 Náoles abriu a primeira pizzaria do mundo, a Pizzeria Port´Alba, que ainda existe e funciona na Via Port´Alba, número 18. Entretanto, até esta época a pizza era restrita às camadas mais pobres da cidade e não chegava aos nobres e burgueses. À partir da visita do Rei Humberto e da rainha Margherita à cidade de Nápoles que o destino desta iguaria começou a mudar. A pizza Napolitana é até hoje considerada uma das melhores pizzas do mundo.

Page 58: Apostila Panificação

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ASSOCIAÇÃO DA VERA PIZZA NAPOLITANA

Esta associação criou 10 mandamentos para que uma pizza seja considerada como verdadeiramente napolitana:

1. Deve ser feita somente com farinha, fermento, água e sal. A adição de qualquer tipo de gordura não é permitida;

2. Deve ter um diâmetro de 30 cm;

3. A massa deve ser feita na mão ou por masseiras onde não haja risco de bater

demais a massa; 4. Deve ser aberta na mão e não utilizando rolo;

5. Seu cozimento deve se dar no chão do forno;

6. O forno deve ser de pedra vulcânica ou de outro material refratário

semelhante e aquecido por lenha;

7. deve ter a temperatura de 400º C;

8. Pizzas clássicas são:

Marinara – tomate, orégano, alho, azeite e sal Marguerita – tomate, mussarela, azeite, manjericão e sal All formaggio – parmegiano ralado, bacon, alho, manjericão e sal Calzone: ricota, salame, azeite e sal

9. Variações das pizzas clássicas são permitidas desde que respeitem as regras

da boa combinação de sabores e da gastronomia clássica;

10. pizza deve ser macia, bem feita, aromática e com bordas (cornicione) altas e macias.

Page 59: Apostila Panificação

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PIZZA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

MASSA Farinha de trigo 300 Gramas 100 Azeite de oliva Gramas 5 Fermento biológico Gramas 4 Açúcar refinado Gramas 3 Sal Gramas 3 Água Gramas 50 a 55 Melhorador para pães Gramas 1

MOLHO Tomate sem pele e sem sementes, em cubos

3 Unidades

Cebola ½ Unidade Dente de alho ½ Unidade Azeite de oliva Q.B. - Manjericão fresco 5 Gramas Sal Q.B. - Pimenta do reino Q.B. -

COBERTURA Queijo mussarela 400 Gramas Parmesão ralado 200 Gramas Queijo gorgonzola 100 Gramas Orégano 10 Gramas Tomates frescos 1 Unidade Lingüiça calabresa 50 Gramas

Modo de preparo:

1. Bater a massa usando método direto. Dar o ponto com a água. 2. Bater em velocidade baixa por 5 minutos, aumentar a velocidade e bater por

mais 5 minutos. 3. Deixar descansar por 20 minutos em superfície untada ou polvilhada com

farinha de trigo e cobrir com filme plástico. 4. Dividir , bolear e deixar fermentar até dobrar de volume. 5. Abrir a massa em círculos, usando as mãos ou com o auxílio do rolo de abrir

massa. 6. Aquecer o forno a 300º C. 7. Passar o molho de tomate sobre o disco de pizza e levar ao forno sobre uma

assadeira polvilhada com farinha por apenas 3 a 5 minutos para secar.

Page 60: Apostila Panificação

CURSO DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA

APOSTILA DE PANIFICAÇÃO

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8. Retirar do forno, cobrir o disco de pizza com a cobertura e retornar ao forno, sobre a pedra, por mais alguns minutos, até que a cobertura esteja quente, derretida e a massa dourada.

9. Servir imediatamente.

Page 61: Apostila Panificação

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães aromatizados ( pães de couvert) Prática do aluno:

• Pão de Alho • Pão de Ervas • Pão de Cebola

Page 62: Apostila Panificação

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Pão de Alho

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Fermento biológico fresco

Gramas 3

Banha animal Gramas 2 Alho picado Gramas 3 Sal Gramas 2 Açúcar Gramas 1 Reforçador Gramas 0,5 Água Gramas 52 - 55 Cobertura: Margarina bolo 250 Gramas 100 Queijo tipo mussarela

Gramas 40

Sal refinado Gramas 2 Alho (Batido no liquidificador)

Gramas 12

MÉTODO DE PRODUÇÃO: MASSA: 1) Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. 2) Passe para a 2ª velocidade e bata até atingir o ponto de véu. 3) Pese, boleie e deixe descansar por 15 minutos coberto com plástico. 4) Divida na divisora e modele no 3º ou 4º ponto da modeladora tipo hot dog. 5) Coloque em assadeiras untadas com banha e deixe fermentar até dobrar de volume. 6) Leve ao forno e pré-asse com as seguintes temperaturas: Forno Tipo Turbo: 160 a 170ºC. Forno de lastro: 200 a 210ºC, por um tempo de 12 minutos, sem vapor. 7) Deixe esfriar e faça cortes em sentido vertical sobre a superfície dos pães. A seguir, mergulhe na cobertura. 8) Leve novamente ao forno e termine o cozimento deixando por mais 7 minutos com a mesma temperatura inicial.

Page 63: Apostila Panificação

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Modo de produção do recheio: 1 — Pique a salsinha e reserve. 2 — Leve o restante dos ingredientes para a batedeira e bata até montar, por 20 minutos utilizando a 3º velocidade, por último adicione o cheiro verde e misture.

Page 64: Apostila Panificação

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PÃO DE ERVAS

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Água Gramas 53 - 60 Sal refinado Gramas 2 Fermento fresco Gramas 5 Açúcar refinado Gramas 3 Manteiga sem sal Gramas 5 Gema de ovos Gramas 4 Manjericão Gramas 1 Cebola desidratada Gramas 1 Alho laminado e frito Gramas 1 Orégano seco Gramas 0,5 Tomilho fresco Gramas 0,5 Óleo para untar 30 mililitros Modo de Preparo:

1. Bater a massa usando método direto. 2. Deixar a massa descansar por cerca de uma hora, ou até dobrar de volume. 3. Fazer um degassing, dividir a massa em porções de 70 gramas e bolear. 4. Acondicionar em assadeiras untadas. 5. Fermentar. 6. Pincelar egg wash e assar a 170º C por cerca de 15 a 20 minutos. 7. Resfriar sobre grelhas.

Page 65: Apostila Panificação

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães folhados • Viennoiserie

Prática do aluno:

• Croissant • Pain au chocolat • Pain au raisin

Page 66: Apostila Panificação

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CROISSANT Origem: França Croissant quer dizer crescente em francês. Croissant nada mais é do que uma massa folhada fermentada. Surgiu em Paris em 1889 trazido por boulangers austríacos que participavam da Exposição Universal comemorativa do centenário da Revolução Francesa. Naquele tempo o croissant era feito com uma massa parecida com a do brioche. O croissant folhado surgiu apenas em 1920 criado por padeiros parisienses. Foi fabricado pela primeira vez em 1683 quando os turcos otomanos tentaram ocupar a cidade de Viena. Depois de vários fracassos resolveram agir com astúcia e tentar invadir a cidade pelos esgotos. Os padeiros e seus ajudantes que começavam a trabalhar de madrugada, ouviram barulhos vindos debaixo da terra. Alertaram o exército vienense que expulsou os turcos da cidade. Em homenagem à esta vitória, os padeiros criaram um pão com o formato da bandeira turca, uma lua crescente.

Page 67: Apostila Panificação

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CROISSANT

PAIN AU CHOCOLAT

Ingredientes Quantidade Unidade de medida

Porcentagem

Farinha de trigo 700 Gramas 100 Sal Gramas 2 açúcar Gramas 10 Leite em pó integral Gramas 2 Ovos Gramas 5 Manteiga Gramas 5 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Água Gramas 50 Gradina para folhar Gramas 50

Finalização e recheio Batons de chocolate – Callebaut

100 Gramas

Ovo para pincelar 2 Unidades Óleo para untar 30 Gramas

PAIN AU RAISIN (RECHEIO)

Manteiga sem sal 40 Gramas Farinha de amêndoas 40 Gramas Glaçúcar 40 Gramas Ovo ½ Unidade Amido de milho 5 Gramas Licor Amaretto 5 Gramas Passas pretas 30 Gramas

Page 68: Apostila Panificação

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MODO DE PREPARO DA MASSA E EXECUÇÃO DAS DOBRAS:

1. Com o auxílio de um rolo abrir a manteiga para folhar em um filme plástico em formato quadrado. Reservar.

2. Bater a massa no método direto e deixar descansar sobre superfície untada por cerca de 15 minutos.

3. Abrir a massa sobre superfície enfarinhada em forma de um quadrado. Colocar a gordura para folhar como se fosse um losango e fechar como um envelope. (figura 1)

4. Abrir num retângulo e fazer uma dobra de 3 (dobra simples). (figura 2) 5. Descansar por 10 minutos na geladeira e repetir a dobra mais duas vezes

dando o mesmo intervalo de descanso entre elas. 6. Abrir a massa num retângulo com espessura de 3 mm e dividir em três partes.

Figura 1

Figura 2

Page 69: Apostila Panificação

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MODELAGEM DOS CROISSANTS

• A massa deve ser cortada em triângulos com base de 12 cm e altura de 21 cm.

• A base deve receber um pequeno corte para que ao enrolar o croissant, consiga formar uma meia lua.

• Existem cortadores próprios para facilitar, padronizar e agilizar a produção. Eles podem ser em forma de um rolo, conforme passamos este rolo ele vai cortando a massa no formato e tamanho desejados, ou ainda como um vazador comum.

• Para o pain au chocolat devemos cortar retângulos de conforme o tamanho dos batons de chocolate. Normalmente de 8cm X 10 cm.

Figura 4

Page 70: Apostila Panificação

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MODELAGEM DO PAIN AU CHOCOLAT:

MODELAGEM DO PAIN AU RAISIN:

Page 71: Apostila Panificação

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Método direto de mistura • Pães clássicos franceses

rática do aluno: • Pão francês • Baguette • Pâte Fermentée • Cocção croissant

BAGUETTE

Pão de origem francesa, a baguette é o pão mais popular da França. De massa simples e casca crocante, é um pão que combina com todas as ocasiões. Desde a Segunda Guerra o governo Francês regulamentou o tamanho e preço das baguettes produzidas e vendidas na França. Infelizmente com esta medida, alguns pães sofreram queda na sua qualidade. Para contornar o problema alguns padeiros começaram a adicionar ingredientes aromatizantes em suas massas, como por exemplo, nozes, ervas, frutas secas, azeitonas e cebolas e vender estes pães com outros nomes. Este fato fez com que o interesse e a fabricação de pães aromatizados crescesse e se desenvolvesse. Pesos e cortes:

• Baguette tradicional: 250 gramas, 60 cm e 5 pestamas • Mini Barguette: 150 gramas , 3 pestanas • Pão Francês: 60 gramas, 1 pestana • Mini Pão francês: 25 gramas, 1 pestana

Page 72: Apostila Panificação

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PÃO FRANCÊS/BAGUETTE

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Água Gramas 55 a 60 Sal refinado Gramas 2 Fermento biológico fresco

Gramas 3

Melhorador para pães Gramas 1 Banha de porco Gramas 2 Açúcar refinado Gramas 0,5 Óleo para untar 20 Mililitros Gergelim 10 Gramas Queijo parmesão 30 Gramas Modo de preparo:

1. Bater a massa usando método direto. Colocar a água aos poucos até dar o ponto.

2. Bater em velocidade baixa por 5 minutos, aumentar a velocidade e bater por mais 7 minutos (até que forme a rede de glúten).

3. Deixar a massa descansar sobre superfície untada e coberta com filme plástico por cerca de 15 minutos.

4. Dividir a massa dos pães, para o francês 60g. 5. Modelar usando a modeladora. 6. Acondicionar nas assadeiras próprias furadas bem untadas com óleo ou

banha. 7. Fermentar. 8. Fazer os cortes (pestanas) com um bisturi, faca afiada ou faca de serra e levar

para assar a 220º C com vapor, por cerca de 15 minutos. 9. Retirar o pão do forno e resfriar sobre grelha.

Page 73: Apostila Panificação

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PÂTE FERMENTÉE - massa fermentada

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 300 Gramas 100 Fermento biológico fresco

Gramas 2

Sal refinado Gramas 2 Água Gramas 50 a 55 Modo de preparo:

1. Preparar a massa usando método direto. 2. A massa deverá ser macia e maleável, mas não pegajosa. 3. Colocar dentro de um bowl untado com óleo e deixar crescer 1 vez e 1/2 o

seu tamanho original. 4. Amassar retirando o ar.

5. Manter sob refrigeração por até 3 dias e congelada por até 3 meses. 6. O sabor da massa é sempre melhor no segundo e terceiro dia.

OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Utilização de pré-fermento – Pâte Fermentée – massa fermentada • Pães assados com vapor e clássicos franceses

Prática do aluno:

• Pão de campanha (Pain de campagne) • Pão de nozes e passas

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PÃO DE CAMPANHA (PAIN DE CAMPAGNE) Também um clássico francês, é um pão rústico feito tradicionalmente com adição de levain ou de Pâte Fermentée, o que lhe dá um sabor único. Tradicionalmente leva outras farinhas como a integral e a de centeio em sua composição, que lhe agregam sabor e uma coloração especial. Ele é vendido na França com vários nomes e formatos, mas os mais comuns são o fendu, épi, couronne e o arvegnat.

Page 75: Apostila Panificação

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PÃO DE CAMPANHA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 240 Gramas 80 Farinha de centeio 30 Gramas 10 Farinha integral 30 Gramas 10 Fermento biológico fresco

Gramas 3

Água Gramas 50 a 60 Sal refinado Gramas 2 Melhorador para pães Gramas 1 Pâte Fermentée (massa fermentada)

Gramas 20

Farinha de centeio para decorar

20 Gramas

Óleo para untar Mililitros Modo de preparo:

1. Retirar a pâte fermentée da geladeira com 30 minutos de antecedência. Misturar todos os ingredientes na ordem adequada e bater a massa. Bater em velocidade baixa por cinco minutos, aumentar a velocidade e bater por mais 5 minutos.

2. Deixar a massa descansar sobre superfície untada e coberta com filme plástico por cerca de 20 minutos.

3. Dividir a massa em pedaços de 250g. 4. Modelar. 5. Acondicionar em assadeira untada. 6. Fermentar. 7. Polvilhar farinha de centeio, fazer cortes decorativos e assar em forno 220º C

com vapor por cerca de 15 a 20 minutos. 8. Retirar o pão do forno e resfriar sobre grelha.

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ALGUMAS SUGESTÕES DE CORTES PARA O PÃO DE CAMPANHA

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PÃO DE NOZES

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 225 Gramas 90 Farinha de centeio 25 Gramas 10 Sal refinado Gramas 2 Açúcar refinado Gramas 4 Melhorador Gramas 1 Manteiga sem sal Gramas 8 Fermento biológico fresco

Gramas 3

Água Gramas 50 Nozes picadas Gramas 30 Uvas passas pretas Gramas 12 Óleo para untar 20 Mililitros Gergelim branco para polvilhar

15 Gramas

Semente de papoula para polvilhar

10 Gramas

Modo de preparo:

1. Bater a massa usando método direto (todos os ingredientes menos as passas, as nozes e os ingredientes da cobertura). Colocar a água aos poucos até dar o ponto.

2. Bater em velocidade baixa por 5 minutos, aumentar a velocidade e bater por mais 7 minutos (até que forme a rede de glúten).

3. Juntar as passas e as nozes e misturar. Deixar a massa descansar sobre superfície untada ou polvilhada com farinha e coberta com plástico por cerca de 15 minutos.

4. Dividir a massa dos pães, peças de 125g. 5. Bolear, e modelar. 6. Acondicionar em assadeira untada. 7. Fermentar até dobrar de volume. 8. Pincelar com água e polvilhar o gergelim e a semente de papoula. Assar no

forno 220º C assar com vapor, por cerca de 15 minutos. 9. Retirar o pão do forno e resfriar sobre grelha.

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PÃO DE CEBOLA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 300 Gramas 100 Sal refinado Gramas 2,5 Manteiga sem sal Gramas 8 Leite em pó integral Gramas 1,5 Açúcar refinado Gramas 3 Cebola picada e refogada no azeite de oliva

Gramas 40

Fermento biológico fresco

Gramas 4

Água Gramas 33 Melhorador de pães Gramas 1 Manteiga para decoração (congelada)

50 Gramas

Modo de Preparo:

1. Preparar a massa usando método direto (juntar todos os ingredientes a cebola refogada por último) e dar o ponto com a água. Bater em velocidade baixa por 5 minutos, aumentar a velocidade e bater por mais 5 minutos.

2. Bolear a massa e deixar descansar em superfície untada por cerca de 20 minutos. Cobrir com filme plástico.

3. Dividir a massa em pedaços de 30 ou 40 gramas. 4. Modelar. Colocar 1 pedacinho de manteiga (congelada) em cada pão e fechar

delicadamente com a ponta dos dedos, tomando cuidado para não fechar muito (apenas beliscar).

5. Acondicionar os pães em assadeira untada virados com a manteiga para baixo.

6. Levar para fermentar até dobrarem de volume. 7. Antes de assar, desvirar os pães, colocando a manteiga para cima para que

abram durante a cocção. 8. Assar em forno 190º C com vapor por cerca de 10 minutos. 9. Retirar do forno e resfriar sobre uma grelha.

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PÃO DE PIZZA

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Sal Gramas 2 Açúcar Gramas 6 Gordura vegetal hidrogenada

Gramas 8

Leite em pó Gramas 4 Molho de tomate Gramas 7 Fermento biológico

Gramas 5

Orégano Gramas 0,4 Melhorador Grama 1 Água Grama 40 - 52

1. Bater a massa usando método direto (todos os ingredientes menos O fermento e o sal). Colocar a água aos poucos até dar o ponto. 2. Acrescentar o fermento e bater em velocidade baixa por 5 minutos, passar para a 2° velocidade e acrescente o sal e bater por 2 minutos. 3. Acrescentar a gordura e bater a massa até que forme a rede de glúten. 4. Descansar a massa e depois modelar. 5. Modelagem. 6. Temperatura do forno 160º C. 7. Tempo estimado de 15 minutos. 8 . Calor seco.

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Pães usando pré-mistura

Prática do aluno:

• Pão Preto • Pão de Miga • Biga para Ciabatta

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APOSTILA DE PANIFICAÇÃO

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PÃO PRETO – PRÉ MISTURA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Pré mistura 300 Gramas 100 Água Gramas 55 - 60 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Modo de preparo: Coloque a pré mistura na amassadeira adicione a água gelada e misture por 5 minutos na 1º velocidade. Acrescente o fermento a aumente a velocidade, bata por mais menos 10 minutos. Acerte o ponto de véu. Pesar de acordo com a forma. Temperatura do forno 180º C. Tempo estimado 20 a 25 minutos. Com vapor.

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PÃO DE MIGA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 3,8 quilogramas 100 Água Gramas 52 a 58 Manteiga sem sal Gramas 2 Melhorador Gramas 1 Sal refinado Gramas 1,57 Fermento biológico fresco

Gramas 4

Leite em pó integral Gramas 2 Óleo para untar 10 Gramas

Modo de preparo:

1. Método direto. 2. Deixar descansar por 20 minutos e enrolar a massa. 3. Fazer furos na massa. 4. Deixar descansar até que a massa ate atinja a tampa da forma.

Aproximadamente a 90 minutos. 5. Assar no forno a 200 ° C, no calor seco por cerca de 60 minutos.

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BIGA PARA CIABATTA

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 200 Gramas 50 Fermento biológico fresco

6 Gramas 1,5

Água 120 Gramas 30

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Utilização de pré-fermento e de fermento natural (Levain) • Preparação de pães de origem italiana

Prática do aluno:

• Ciabatta • Pão de Torresmo • Pão Italiano

CIABATTA A palavra ciabatta em italiano significa chinelo. Estes pães foram criados na metade do século XX, há cerca de pelo menos 60 anos atrás na Região do Lago Como, região da Lombardia, ao norte da Itália. São pães rústicos feitos de uma massa super hidratada. Chegam a levar até 80 % de água na sua composição. Por este motivo, sua modelagem também é rústica. Uma das características deste pão são os grandes buracos que se formam no seu interior. Hoje em dia são muito populares por toda a Itália.

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CIABATTA

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Biga (dia anterior) 1 Receita Farinha de trigo 200 Gramas 50 Fermento biológico 6 Gramas 1,5 Sal 8 Gramas 2 Água 140 a 160 Gramas 35 Azeite extra virgem 6 Gramas 4 Açúcar 6 Gramas 1,5 Azeite extra virgem para untar

30 Gramas

Farinha para polvilhar 100 Gramas OBS: Partimos do total de farinha da formulação para o cálculo das porcentagens. Pinçamos os ingredientes para começar um pré-fermento no dia anterior (biga). A farinha total da receita e que guia os respectivos cálculos é 400g Modo de preparo:

1. Com o gancho bater a massa, colocando água aos poucos até o final do batimento.

2. A massa deve ficar mole, porém deve desgrudar do bowl enquanto bate (massa bem elástica).

3. Bater em velocidade baixa por 5 minutos até que todos os ingredientes estejam bem incorporados, depois aumentar a velocidade e bater por mais 10 minutos.

4. Colocar em um bowl bem untado com azeite, cobrir com bastante farinha, cobrir com filme plástico e fermentar até dobrar de volume.

5. Virar sobre uma superfície polvilhada com bastante farinha, dobrar a massa ao meio e esticar cuidadosamente (espessura de 2cm).

6. Acondicionar em assadeiras polvilhadas com farinha e deixar fermentar novamente por 20 a 30 minutos.

7. Assar a 200º C, com vapor, por aproximadamente 20 minutos. 8. Retirar do forno e resfriar sobre uma grelha.

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PÃO DE TORRESMO

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Sal Gramas 2 Melhorador Gramas 1 Fermento Biológico fresco

Gramas 4

Água Gramas 58 Gradina para croissant Gramas 15 Torresmo moído (marca Aurora)

Gramas 50

Óleo para untar 10 Gramas

1. Coloque na masseira todos os ingredientes secos e deixe misturar por 1

minuto em 1ª velocidade, em seguida acrescente o restante dos ingredientes e deixe misturar por mais 5 minutos.

2. Passe para a 2ª velocidade e deixe bater até obter uma massa em ponto de véu.

3. Deixe a massa descansar por 30 minutos. 4. Coloque em cima da mesa polvilhada com farinha de trigo, estique com um

rolo deixando a massa retangular e com 1 cm de espessura aproximadamente.

5. Espalhe a margarina folhada em toda a massa e o torresmo moído. Faça de uma dobra simples e abra a massa novamente com um rolo deixando com 1cm de espessura.

6. Corte a massa em tiras, enrole e junte as pontas fazendo assim uma rosca. 7. Pincele com gemas e passe pelo torresmo, formando uma cobertura. 8. Arrume em uma assadeira lisa e untada e leve para fermentação. 9. Leve para assar com as seguintes temperaturas: Forno tipo turbo a 150ºC,

Forno tipo lastro a 190ºC com vapor por um tempo aproximado de 30 minutos.

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PÃO TIPO ITALIANO

Ingredientes Quantidade Unidade de medida

Farinha de trigo 1000 Gramas 100 Sal Gramas 3

Açúcar Gramas 3 Levain Gramas 45

Malte em pó Gramas 3 Fermento biológico

fresco Gramas 1

Água Gramas 55 Modo de preparo:

1. Levar à masseira a farinha de trigo, o fermento, o levain, o malte diluído, o açúcar e 80% da água. Dar ponto com o restante da água. Bater em 1ª velocidade por 2 minutos.

2. Acrescentar o sal e bater em 2ª velocidade por 10 min. 3. Descansar 1 hora. 4. Dividir. Modelar. Fermentar em temperatura ambiente, coberto, por 3 horas. 5. Levar à câmara de refrigeração por 24 horas. 6. Levar à câmara de fermentação por 30/45 min. 7. Dar acabamento e levar ao forno 220°C por 30/35 min., com temperatura

tombante para 180°C, com duplo vapor.

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OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno será capaz de: Identificar e aplicar:

• Cocção de pão utilizando fermento natural

Prática do aluno:

• Cocção do pão Italiano • Pão Português • Breadsticks

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PÃO PORTUGUÊS

Ingredientes Quantidade Unidade de Medida

Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Sal refinado Gramas 2,5 Melhorador Gramas 1 Fermento biológico fresco

Gramas 3

Água Gramas 52 a 58 Margarina Gramas 2 Azeite composto (Ervas Finas)

Gramas 6

Óleo para untar 20 Gramas

Modo de Preparo:

1. Na masseira, colocar os ingredientes secos menos o fermento e bater por aproximadamente 2 minutos.

2. Adicionar a água aos poucos ate incorporar 50 % num tempo de 4 minutos. 3. Passar para a velocidade 2 e acrescentar o fermento e após alguns segundos

acrescentar o restante da água. 4. Deixar bater ate que a massa descole do fundo do tacho, cerca de +- 8

minutos. 5. Colocar a massa numa caixa plástica untada com óleo, e deixar descansar por

1 hora. 6. Polvilhar a mesa com farinha de trigo e colocar a massa. 7. Abrir com a palma da mão e cortar a massa com aproximadamente 450

gramas. 8. Enrolar manualmente. 9. Colocar na assadeira e deixar fermentar aproximadamente 30 minutos. 10. Com uma lâmina, cortar uma pestana no meio do pão, no sentido

longitudinal. 11. Para maior abertura, colocar um pouco de margarina e polvilhar farinha de

trigo no centro do corte. 12. Assar no forno a 190° C por aproximadamente 25 minutos com bastante

vapor.

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Breadsticks

Ingredientes Quantidade Unidade de

Medida Porcentagem

Farinha de trigo 500 Gramas 100 Açúcar Gramas 4 Fermento Gramas 4 Sal Gramas 2 Azeite Gramas 5 Água Gramas 52 Recheio Peperoni Gramas 30 Queijo mussarela Gramas 20 Finalização Queijo parmesão Gramas 10 Cebola desidratada Gramas 2 Alho desidratado Gramas 2 Orégano Gramas 1 Pimenta do reino Gramas 0,002 MÉTODO Método direto. Dividir a massa em duas partes. Descansar a massa por 30 minutos. Modelar. Colocar o recheio, peperoni e queijo mussarela ralada. Fechar o pão. Fazer os cortes. Levar para fermentar. Forno a 190ºC por 15 a 20 minutos. Calor úmido(vapor). Depois de assado, esfriar e colocar a cobertura.

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OBJETIVOS: AVALIAÇÃO TEÓRICA: AVALIAÇÃO PRÁTICA:

Page 92: Apostila Panificação

CURSO DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA

APOSTILA DE PANIFICAÇÃO

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BIBLIOGRAFIA:

• The Bread Baker´s Aprentice

Mastering de Art of Extraordinary Bread

Peter Reinhart

Ten Speed Press

• Artisan Baking Across America

Maggie Glezer

Artisan

• Pains et Viennoiserie

L´Ecole Lenôtre

Jerome Villette

• Petits Gâteaux à l´heure du thé

L´Ecole Lenôtre

Jerome Villette

• Seis Mil Anos de Pão

A civilização humana através do seu principal alimento

Heinrich Eduard Jacob

Nova Alexandria

• The Bread Bible

Rose Levy Beranbaum

Norton

• Baking and Pastry

Page 93: Apostila Panificação

CURSO DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA

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Mastering the art and craft

CIA

• 100 Great Breads

Paul Hollywood

Cassel Iustrated

• Bread

Eric Treuille e Ursula Ferrigno

DK

Sites:

www.baking901.com

www.cannelle.com

www.chefsimom.com