apostila - processo de execução

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    II. PROCESSO DE EXECUO

    9.1 Teoria geral do processo de execuoO processo de execuo, segundo Ovdio A. Baptista da Silva , tem por fim satisfazer o

    direito que a sentena condenatria tenha proclamado pertencer ao demandantevitorioso, sempre que o condenado no o tenha voluntariamente satisfeito. Nessesentido, o processo de execuo far com que seja cumprido o que foi imposto pelasentena condenatria.

    Na execuo, diferentemente do que ocorre no processo de conhecimento, no hanlise do mrito da questo. Este j foi decidido no processo de conhecimento. O juiz,na execuo, ir, pura e simplesmente, dar provimento a um direito j garantido aoautor. Logo, so requisitos da ao de execuo: o inadimplemento do devedor e o ttuloexecutivo (judicial ou extrajudicial).

    9.2 Das partesDuas so as partes no processo de execuo: de um lado tm-se as que pedem a tutela

    jurisdicional executiva (exeqente ou executante), e de outro aquelas contra quem sepede tal tutela (executado).

    O executante possui a legitimidade ativa, e necessita, assim como nos demais processos,possuir capacidade processual.

    Possui tambm legitimidade ativa o Ministrio Pblico, como parte e como fiscal da lei,sendo que neste ltimo caso ele necessitar de autorizao legal.

    De acordo com o art. 566, CPC, tm legitimidade ativa para promover a ao deexecuo:

    I - o credor a quem a lei confere ttulo executivo;II - o MP, nos casos prescritos em lei.

    Assim, no caso de legitimao ativa, tem-se que a legitimao ordinria cabe ao credorque tenha seu nome indicado no ttulo executivo, e a extraordinria cabe, por exemplo,ao MP, o qual, como representante dos incapazes, pode promover a ao executiva.

    O art.567, CPC, enumera as demais pessoas que possuem legitimidade ativa noprocesso de execuo, so elas:

    I - o esplio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por mortedeste, lhes for transmitido o direito resultante do ttulo executivo;

    II - o cessionrio, quando o direito resultante do ttulo executivo lhe foitransferido por ato entre vivos;

    III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogao legal ou convencional.

    Quanto legitimidade passiva, esta tambm pode ser dividida em ordinria e

    extraordinria. Possuem legitimidade passiva ordinria, de acordo com o art. 568, CPC,o devedor reconhecido como tal no ttulo executivo, assim como seu esplio, seus

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    herdeiros e sucessores, alm do novo devedor que tenha assumido a dvida com oconsentimento do credor.

    A legitimidade passiva extraordinria ocorre contra legitimados passivos que no hajamparticipado e nem sejam sucessores daqueles que tenham criado o ttulo. o caso, p.

    ex., do responsvel tributrio.

    Uma particularidade do processo de execuo est prevista no art. 570, CPC, queestabelece que, o devedor pode requerer ao juiz que mande citar o credor a receber em

    juzo o que lhe cabe conforme o ttulo executivo judicial. Neste caso h uma inversodas partes, o devedor assume, no processo, posio idntica do exeqente. O credor

    poder, caso entenda necessrio, defender-se por meio de contestao.

    Ao devedor de ttulo executivo extrajudicial, quando este quer ver seu dbito quitado amerc da vontade do credor, cabe a ao de consignao em pagamento.

    No processo de execuo admite-se, ainda, o litisconsrcio tanto ativo quanto passivo,mas nenhuma das modalidades de interveno de terceiro so cabveis.

    9.3 Os requisitos para a execuoSo requisitos para realizar a execuo:

    I - o inadimplemento do devedor,II - um ttulo executivo (judicial ou extrajudicial).

    9.3.1 O inadimplemento do devedorO inadimplemento do devedor o primeiro requisito para se promover uma ao deexecuo. Dispe o art. 580, pargrafo nico, CPC, que se considera inadimplente odevedor, que no satisfaz espontaneamente o direito reconhecido pela sentena, ou aobrigao, a que a lei atribuir a eficcia de ttulo executivo.

    9.3.2 O ttulo executivoNa execuo no necessrio que se detalhe o crdito. No necessrio detalhar acausa de pedir que est implcita na prpria apresentao do ttulo executivo.

    Vale ressaltar que a lei que determinar, taxativamente, quais so os ttulos dotados defora executiva.

    De acordo com o art. 584, CPC, so ttulos executivos judiciais:

    I - a sentena condenatria proferida no processo civil;II - a sentena penal condenatria transitada em julgado;III - a sentena arbitral e a sentena homologatria de transao ou de

    conciliao;IV - a sentena estrangeira, homologada pelo Supremo Tribunal Federal;

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    V - o formal e a certido de partilha (tm fora executiva exclusivamente emrelao ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a ttulo universalou singular).

    So ttulos executivos extrajudiciais, de acordo com o art. 585, CPC:

    I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a debnture e o cheque;II - a escritura pblica ou outro documento pblico assinado pelo devedor; odocumento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; oinstrumento de transao referendado pelo Ministrio Pblico, pelaDefensoria Pblica ou pelos advogados dos transatores;

    III - os contratos de hipoteca, de penhor, de anticrese e de cauo, bem comode seguro de vida e de acidentes pessoais de que resulte morte ouincapacidade;

    IV - o crdito decorrente de foro, laudmio, aluguel ou renda de imvel, bemcomo encargo de condomnio desde que comprovado por contratoescrito;

    V - o crdito de serventurio de justia, de perito, de intrprete, ou detradutor, quando as custas, emolumentos ou honorrios forem aprovados

    por deciso judicial;VI - a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, Estado, Distrito

    Federal, Territrio e Municpio, correspondente aos crditos inscritos naforma da lei;

    VII - todos os demais ttulos, a que, por disposio expressa, a lei atribuir foraexecutiva. Aqui, a legislao prev a possibilidade de que outros ttulosexecutivos extrajudiciais sejam criados por leis especiais, como, porexemplo, o contrato de honorrios advocatcios, quando ajustado porescrito, ou, quando judicialmente arbitrados em processo preparatrio.

    A propositura de qualquer ao relativa ao dbito constante do ttulo executivoextrajudicial no inibe o credor de promover-lhe a execuo.

    9.3.3 Requisitos do ttulo executivoDe acordo com o art. 586, CPC, o ttulo, hbil execuo, deve ser lquido, certo,exigvel.

    Quando o ttulo executivo for sentena, que contenha condenao genrica, proceder-se- primeiro sua liquidao.

    Quando na sentena h uma parte lquida e outra ilquida, ao credor lcito promoversimultaneamente a execuo daquela e a liquidao desta.

    9.4 A competnciaA execuo, fundada em ttulo judicial, processar-se- perante o juzo que proferiu asentena, objeto da execuo. A competncia, neste caso, absoluta.

    Nesse sentido, o art. 575 determina que a execuo processar-se- perante:

    I - os tribunais superiores, nas causas de sua competncia originria;II - o juzo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdio;

    III - o juzo que homologou a sentena arbitral;

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    IV - o juzo cvel competente, quando o ttulo executivo for a sentena penalcondenatria.

    A execuo, fundada em ttulo extrajudicial, ser processada perante o juzocompetente. A competncia, neste caso, relativa. O foro da praa de pagamento do

    ttulo competente, se outro no tiver sido eleito pelas partes. No foro do domiclio dodevedor ser ajuizada a execuo, caso o ttulo executivo extrajudicial no indicar apraa de pagamento.

    9.5 A responsabilidade patrimonialEm toda obrigao h o dever de prestar contas, ou seja, o compromisso que o devedorassume de satisfazer ao credor, cumprindo a obrigao.

    O patrimnio do devedor ser sempre a garantia do credor. Desta forma, h avinculao do patrimnio do obrigado, ou de parte dele, a fim de que o credor obtenha asatisfao de seu direito de crdito, ainda que nos bens do devedor, quando este

    espontaneamente no cumpre a obrigao.

    Este vnculo patrimonial de sujeio dos bens do devedor, para satisfao do credor, chamado de responsabilidade patrimonial.

    Nesse sentido, estabelece o art. 591, CPC, que o devedor responde, para o cumprimentode suas obrigaes, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restriesestabelecidas em lei.

    Vale ressaltar que a constituio da obrigao, em princpio, no impede a livrecirculao dos bens do devedor, a no ser quando ele tenha por fim exclusivo fraudar ocredor.

    importante salientar, tambm, que, no processo de execuo, os bens atingidos pelaexecuo devem pertencer apenas ao devedor. Caso o bem de algum terceiro sejaatingido, cabe ao terceiro prejudicado interpor os embargos de terceiro.

    Existem, porm, excees esta regra elencados no art. 592, CPC. Neste sentido, aresponsabilidade patrimonial estende-se aos bens:

    I - do sucessor a ttulo singular, tratando-se de execuo de sentenaproferida em ao fundada em direito real;II - do scio, nos termos da lei;III - do devedor, quando em poder de terceiros;IV - do cnjuge, nos casos em que os seus bens prprios, reservados ou de sua

    meao respondem pela dvida;V - alienados ou gravados com nus real em fraude de execuo.

    9.6 A fraude execuoOcorre fraude contra credores quando o devedor, procurando subtrair seus bens responsabilidade executria, os aliena ou onera a terceiro.

    De acordo com o art. 593, CPC, considera-se fraude de execuo a alienao ouonerao de bens:

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    I - quando sobre eles pender ao fundada em direito real;II - quando, ao tempo da alienao ou onerao, corria contra o devedor

    demanda capaz de reduzi-lo insolvncia;

    A ao pauliana a ao competente para se anular atos fraudulentos.

    9.8 A liquidao da sentena

    9.8.1 Consideraes preliminaresO CPC indica duas hipteses em que a liquidao de sentena ter cabimento:

    I - quando a sentena no determinar o valor ouII - no individuar o objeto da condenao.

    Portanto, procede-se liquidao, quando a sentena no determinar o valor da

    condenao, ou seja, quando o ttulo judicial for ilquido.

    A liquidez o primeiro requisito exigido para que o processo executivo se instaure etenha curso. Se o crdito de que se diz titular aquele que pretende promover a aoexecutria estiver representado por uma sentena que houver condenado o devedor emvalor ainda no determinado quantitativamente, isto , ilquido, ele dever promover a

    prvia liquidao da sentena, antes de ajuizar a execuo.

    Ser necessria, tambm, a liquidao de sentena sempre que o objeto da condenaono for identificado, o que se busca neste caso, determinar o bem infungvel sobre oqual recair a execuo.

    Vale dizer que somente sero passveis de individualizao as coisas infungveis, ouaquelas a respeito das quais, embora fungveis, a sentena tenha omitido a determinaoda qualidade ou espcie.

    Duas so as espcies de liquidao de sentena permitidas: a liquidao por artigo e apor arbitramento.

    A liquidao, tanto por artigos, como por arbitramento, um processo autnomo,independente do processo executivo, embora essencial para este. Nesse sentido, a

    liquidao julgada por sentena, da qual cabe apelao apenas com efeito devolutivo.

    9.8.2 Liquidao por arbitramentoA liquidao por arbitramento realizada por um perito, nomeado pelo juiz que irfixar, ainda, o prazo para a entrega do laudo.

    No caber, neste tipo de liquidao, a produo de prova oral. Eventualmente seraceita prova documental se esta estiver relacionada com a avaliao.De acordo com oart. 606, CPC, far-se- a liquidao por arbitramento quando:

    I - determinado pela sentena ou convencionado pelas partes;II - o exigir a natureza do objeto da liquidao.

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    Uma vez iniciada a liquidao, o ru citado, na pessoa de seu advogado, poder apenasacompanhar a prova pericial, mas no poder apresentar contestao.

    As partes envolvidas no processo de liquidao de sentena podero formular requisitos

    bem como nomear assistentes tcnicos.

    Se houver necessidade de ouvir o perito, o juiz poder, excepcionalmente, designaraudincia de instruo e julgamento.

    Caso contrrio, apresentado o laudo, sobre o qual as partes podero manifestar-se noprazo de 10 dias, o juiz proferir a sentena. Como se trata de uma sentena, a parteinconformada poder apelar, porm, neste caso, a apelao ter efeito apenasdevolutivo.

    9.8.3 Liquidao por artigosA liquidao por artigos ser feita quando, para determinar o valor da condenao,houver necessidade de alegar e provar fato novo, segundo o art. 608, CPC.

    Para a instaurao da liquidao por artigos dever ser seguido o procedimento comum(ordinrio ou sumrio, mas em consonncia com o rito do processo que estabeleceu ottulo judicial ilquido) regulado no Livro I do CPC.

    Dessa forma, a petio inicial dever conter as exigncias do art. 282, CPC, sem,contudo, discutir de novo a lide ou modificar a sentena, que a julgou.Julgada a liquidao, a parte promover a execuo, citando pessoalmente o devedor

    para que este apresente a sua contestao. Nesse sentido, o devedor ser citado paraapresentar contestao no prazo de 15 dias (rito ordinrio) ou na prpria audincia (ritosumrio). Se no for apresentada a contestao, o devedor ser considerado revel e osfatos novos que dizem respeito ao montante devido, sero tidos como verdadeiros.

    Note-se que esta espcie de liquidao muito mais ampla do que a liquidao porarbitramento. Ela segue o procedimento de uma ao comum, e possui uma

    particularidade: se o juiz, aps realizar todas as provas, verificar que no existe umvalor econmico significativo a ser pago pelo devedor, poder declarar lquida aobrigao no valor zero.

    10. AS DIVERSAS ESPCIES DE EXECUO

    10.1 Consideraes preliminaresSo espcies de execuo, de acordo com o CPC:

    I - execuo para entrega de coisa certa;II - execuo para entrega de coisa incerta;III - execuo das obrigaes de fazer e de no fazer;IV - execuo das obrigaes por quantia certa contra devedor solvente;V - execuo das obrigaes por quantia certa contra devedor insolvente;VI - execuo contra a Fazenda Pblica;

    VII - execuo de prestao alimentcia.

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    10.2 A execuo para a entrega de coisa

    10.2.1 A entrega de coisa certa (arts. 621 ao 628, CPC)A execuo para a entrega de coisa certa se pauta, ou melhor, tem como pressuposto, a

    execuo de uma obrigao de dar ou restituir.

    De acordo com o art. 621, CPC, o devedor de obrigao de entrega de coisa certa,constante de ttulo executivo (judicial ou extrajudicial), ser citado para, dentro de 10dias, satisfazer a obrigao, ou, seguro o juzo (art. 737, II, CPC), apresentar embargos.

    O devedor poder depositar a coisa, em vez de entreg-la, quando quiser oporembargos. Porm, depositada a coisa, o exeqente no poder levant-la antes do

    julgamento dos embargos.

    Se o devedor entregar a coisa, lavrar-se- o respectivo termo e dar-se- por finda a

    execuo, salvo se esta, de acordo com a sentena, tiver de prosseguir para o pagamentode frutos e ressarcimento de perdas e danos.

    No sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos daexecuo, expedir-se-, em favor do credor, mandado de imisso na posse ou de busca eapreenso, conforme se tratar de imvel ou de mvel.

    Alienada a coisa quando j litigiosa, expedir-se- mandado contra o terceiro adquirente,que somente ser ouvido depois de deposit-la.

    O credor tem direito a receber, alm de perdas e danos, o valor da coisa, quando estano lhe for entregue, se deteriorou, no for encontrada ou no for reclamada do poder deterceiro adquirente. No constando da sentena o valor da coisa ou sendo impossvel asua avaliao, o credor far-lhe- a estimativa, sujeitando-se ao arbitramento judicial. Ovalor da coisa e as perdas e danos sero apurados em liquidao de sentena.

    Havendo benfeitorias indenizveis feitas na coisa pelo devedor ou por terceiros, de cujopoder ela houver sido tirada, a liquidao prvia obrigatria. Se houver saldo em favordo devedor, o credor o depositar ao requerer a entrega da coisa; se houver saldo em

    favor do credor, este poder cobr-lo nos autos do mesmo processo.10.2.2 A entrega de coisa incerta (art. 629 ao 631, CPC)Em conformidade com o art. 629, quando a execuo recair sobre coisas determinadas

    pelo gnero e quantidade (art. 874, CC), o devedor ser citado para entreg-lasindividualizadas, se lhe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicarna petio inicial.

    Qualquer das partes poder, em 48 horas, impugnar a escolha feita pela outra, e o juizdecidir de plano, ou, se necessrio, ouvindo perito de sua nomeao.

    De forma complementar, aplicar-se- execuo para entrega de coisa incerta oestatudo para a entrega de coisa certa.

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    10.3 A execuo das obrigaes de fazer e de no fazer

    10.3.1 A obrigao de fazer (art. 632 ao 641, CPC)

    Em conformidade com o art. 632, quando o objeto da execuo for obrigao de fazer, odevedor ser citado para satisfaz-la no prazo que o juiz lhe assinar (se omisso o prazoem ttulo executivo, devendo, o prazo determinado pelo juiz, ser razovel), se outro noestiver determinado no ttulo executivo (judicial ou extrajudicial).

    Se, no prazo fixado, o devedor no satisfizer a obrigao, lcito ao credor, nos prpriosautos do processo, requerer que ela seja executada custa do devedor, ou haver perdas edanos (caso o credor no aceite a execuo da obrigao de fazer); caso em que ela seconverte em indenizao.O valor das perdas e danos ser apurado em liquidao, seguindo-se a execuo paracobrana de quantia certa.

    De acordo com os arts. 634 e 635, CPC, se o fato puder ser prestado por terceiros(obrigaes fungveis), lcito ao juiz, a requerimento do credor, decidir que aquele orealize a custa do devedor. Prestado o fato, o juiz ouvir as partes no prazo de 10 dias;no havendo impugnao, dar por cumprida a obrigao; em caso contrrio, decidir aimpugnao.

    A multa diria aplicvel ao devedor de obrigao de fazer infungvel ("astreintes") temsido utilizada, hoje em dia, tambm para compelir o devedor de obrigao de fazerfungvel, por ser mais barata para o credor e eficaz para o cumprimento do ttuloexecutivo do que a converso em perdas e danos ou a imputao da obrigao de fazer aterceiro. A multa diria no est limitada ao valor da obrigao principal e converte-se

    para o credor, o qual, com isso, obter uma certa recompensa pela demora nocumprimento da obrigao. O multa diria excessiva pode ser, ao final, reduzida pelo

    juiz.

    Nesse sentido, de acordo com os arts. 644 e 645, CPC, na execuo em que o credorpedir o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer, determinada em ttulo judicialou extrajudicial, o juiz, se omissa a sentena ou o ttulo, fixar multa por dia de atraso ea data a partir da qual ela ser devida. O valor da multa poder ser modificado pelo juizda execuo, verificado que se tornou insuficiente ou excessivo.

    Nas obrigaes de fazer, quando for convencionado que o devedor a faa pessoalmente,o credor poder requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la. Havendo recusa oumora do devedor, a obrigao pessoal do devedor converter-se- em perdas e danos,aplicando-se outrossim o disposto no art. 633, CPC.

    Em se tratando de obrigao de emitir declarao de vontade, o art. 639, CPC,determina que se aquele que se comprometeu a concluir um contrato no cumprir aobrigao, a outra parte, sendo isso possvel e no excludo pelo ttulo, poder obteruma sentena que produza o mesmo efeito do contrato a ser firmado. Alm disso,tratando-se de contrato, que tenha por objeto a transferncia da propriedade de coisa

    determinada, ou de outro direito, a ao no ser acolhida se a parte, que a intentou, nocumprir a sua prestao, nem a oferecer, nos casos e formas legais, salvo se ainda no

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    exigvel. Finalmente, condenado o devedor a emitir declarao de vontade, a sentena,uma vez transitada em julgado, produzir todos os efeitos da declarao no emitida.

    10.3.2 A obrigao de no fazer (arts. 642 ao 645, CPC)Se o devedor praticou o ato, a cuja absteno estava obrigado pela lei ou pelo contrato,

    o credor requerer ao juiz que lhe assine prazo para desfaz-lo.Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requerer ao juiz que mande desfazer oato sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos. No sendo possveldesfazer-se o ato, a obrigao resolve-se em perdas e danos.

    10.4 A execuo por quantia certa contra devedor solvente (arts. 646 ao 729, CPC)

    10.4.1 Consideraes preliminaresExiste a execuo por quantia certa contra devedor solvente e a execuo por quantiacerta contra devedor insolvente. Todavia, a execuo por quantia certa contra devedor

    insolvente uma modalidade de execuo para decretar a insolvncia civil do devedor.

    A execuo por quantia certa de devedor solvente tem por objeto expropriar bens dodevedor, a fim de satisfazer o direito do credor, em consonncia com o art. 591, CPC.

    De acordo com o art. 647, CPC, a expropriao consiste:

    I - na alienao de bens do devedor;II - na adjudicao em favor do credor;III - no usufruto de imvel ou de empresa.

    O devedor pode, a todo momento, mas antes de arrematados ou adjudicados os bens,remir a execuo, pagando ou consignando a importncia da dvida, mais juros, custas ehonorrios advocatcios.

    10.4.2 A citao do devedor e da nomeao de bensA citao o ato de chamamento do devedor ao processo. Contudo, diferentemente doque ocorre no processo de conhecimento, no de execuo o devedor citado para, no

    prazo de 24 horas, pagar ou nomear bens penhora.

    Em se tratando de processo de execuo por quantia, somente ser admitida a citao

    por oficial de justia e a por edital. No admissvel em nenhuma espcie de execuoa citao feita por correio. Quanto citao por hora certa, ela s no ser cabvelquando se tratar de execuo por quantia, nas demais espcies poder ser empregada.

    Feita a citao, o oficial tem que aguardar o prazo de 24 horas para que o devedor efetueo pagamento da dvida ou nomeie bens penhora. A contagem do prazo inicia-se daefetiva citao e no da juntada do mandado nos autos.

    O arresto de bens a apreenso judicial de bens indeterminados.

    Aps a citao por edital ou por mandado, considera-se realizado o arresto aps a

    apreenso dos bens mais a nomeao do depositrio dos bens apreendidos.

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    Nesse sentido, o art. 653, CPC, estabelece que o oficial de justia, no encontrando odevedor, arrestar-lhe- tantos bens quantos bastem para garantir a execuo. Nos 10 diasseguintes efetivao do arresto, o oficial de justia procurar o devedor trs vezes emdias distintos; no o encontrando, certificar o ocorrido.

    Compete ao credor, dentro de 10 dias, contados da data em que foi intimado do arrestorequerer a citao por edital do devedor. Findo o prazo do edital, ter o devedor o prazoa que se refere o art. 652, CPC, ou seja, 24 horas para pagar, convertendo-se o arrestoem penhora em caso de no-pagamento.

    Se o credor deixar de requerer a citao por edital do devedor, conforme estabelecido noart. 654, CPC, recomear-se- o procedimento do arresto.

    De acordo com o art. 655, CPC, incumbe ao devedor fazer a nomeao de bens,segundo a ordem estabelecida no prprio artigo 655, CPC. Aceita a nomeao, ela serreduzida a termo, havendo-se por penhorados os bens e passando a fluir o prazo de

    embargos.

    Se o devedor no tiver bens no foro da causa, far-se- a execuo por carta,penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situao, art. 747, CPC.

    10.4.3 PenhoraDe acordo com o art. 659, CPC, se o devedor no pagar, nem fizer nomeao vlida, ooficial de justia penhorar-lhe- tantos bens quantos bastem para o pagamento do

    principal, juros, custas e honorrios advocatcios.

    a penhora, o primeiro ato da execuo por quantia. A penhora deve ser feitanormalmente por oficial de justia, o qual, munido de um mandado, apreender os bensque lhe forem indicados pelo devedor, ou pelo credor, se aquele no o fizer.

    Alm de sua funo principal de imprimir sobre o bem penhorado a responsabilidadeexecutria, individualizando-o como objeto da execuo expropriatria, ela tambmgera um direito de preferncia em favor do credor primeiro penhorante, como prescreve

    o art. 612, CPC.Pode-se dizer, ainda, que a penhora torna ineficaz, em relao ao credor penhorante, oato de alienao que o devedor praticar do bem penhorado, de modo que a atividadeexecutria prosseguir sobre o bem afetado pela penhora mesmo contra o adquirente.

    Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o oficial dejustia comunicar o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.Sempre que necessrio, o juiz requisitar fora policial, a fim de auxiliar os oficiais de

    justia na penhora dos bens e na priso de quem resistir ordem.

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    Considerar-se- feita a penhora mediante a apreenso e o depsito dos bens, lavrando-seum s auto se as diligncias forem concludas no mesmo dia. Havendo mais de uma

    penhora, lavrar-se- para cada qual um auto.

    De acordo com o art. 665, o auto de penhora conter:

    I - a indicao do dia, ms, ano e lugar em que foi feita;II - os nomes do credor e do devedor;III - a descrio dos bens penhorados, com os seus caractersticos;IV - a nomeao do depositrio dos bens.

    De acordo com o art. 668, CPC, o devedor, ou responsvel, pode, a todo tempo, antes daarrematao ou da adjudicao, requerer a substituio do bem penhorado por dinheiro;caso em que a execuo correr sobre a quantia depositada.

    A penhora pode recair, ainda, sobre crditos, dvidas de dinheiro a juros, sobre direitos,

    estabelecimento comercial, industrial ou agrcola, bem como em semoventes, plantaesou edifcio em construo, dentre outros direitos patrimoniais.

    De acordo com o art. 648, no esto sujeitos execuo os bens que a lei consideraimpenhorveis ou inalienveis.

    Assim, so absolutamente impenhorveis:

    I - os bens inalienveis e os declarados, por ato voluntrio, no sujeitos execuo;

    II - as provises de alimento e de combustvel, necessrias manuteno dodevedor e de sua famlia durante 1 ms;

    III - o anel nupcial e os retratos de famlia;IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionrios

    pblicos, o soldo e os salrios, salvo para pagamento de prestaoalimentcia;

    V - os equipamentos dos militares;VI - os livros, as mquinas, os utenslios e os instrumentos, necessrios ou

    teis ao exerccio de qualquer profisso;VII - as penses, as tenas ou os montepios, percebidos dos cofres pblicos, ou

    de institutos de previdncia, bem como os provenientes de liberalidade de

    terceiro, quando destinados ao sustento do devedor ou da sua famlia;VIII - os materiais necessrios para obras em andamento, salvo se estas forempenhoradas;

    IX - o seguro de vida;X - o imvel rural, at um modulo, desde que este seja o nico de que

    disponha o devedor, ressalvada a hipoteca para fins de financiamentoagropecurio.

    Podem ser penhorados, falta de outros bens:

    I - os frutos e os rendimentos dos bens inalienveis, salvo se destinados a

    alimentos de incapazes, bem como de mulher viva, solteira, desquitada,ou de pessoas idosas;

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    II - as imagens e os objetos do culto religioso, sendo de grande valor.

    10.4.4 Intimao da penhoraFeita a penhora, intimar-se- o devedor para embargar a execuo no prazo de 10 dias.

    Recaindo a penhora em bens imveis, tambm ser intimado o cnjuge do devedor, sejaqual for o regime de bens.

    A intimao da penhora tambm pode ser feita por hora certa, e mesmo que ela recaiasobre os bens de um s dos executados, todos os demais devem ser intimados.

    Tambm devem ser intimados os credores pignoratcios, hipotecrios ou anticrticos e ousufruturio, quando os bens estiverem gravados desses nus, sendo que os credorescom garantia real que no tenham sido intimados da penhora, podem, por meio deembargos de terceiros, impedir a realizao da hasta pblica.

    O devedor possui 10 dias para opor embargos do devedor, prazo este, contado da datada juntada do mandado ou da carta precatria nos autos.

    10.4.5 A avaliaoAps a realizao da penhora dos bens do devedor, necessrio que estes sejamavaliados para que sejam levados hasta pblica.

    Esta avaliao somente no ser necessria se ocorrer uma das hipteses do art. 684,CPC, ou seja, se o credor aceitar a estimativa feita na nomeao bens; se tratar de ttulosou de mercadorias, que tenham cotao em bolsa, comprovada por certido ou

    publicao oficial; ou, ainda, se os bens forem de pequeno valor.

    Ressalvadas estas trs hipteses, o juiz nomear um perito para estimar os benspenhorados, se no houver, na comarca, avaliador oficial.

    Depois de feita a avaliao, o juiz poder mandar o , a requerimento do interessado eouvida a parte contrria:

    I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, que

    bastem execuo, se o valor dos penhorados for consideravelmentesuperior ao crdito do exeqente e acessrios;II - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o

    valor dos penhorados for inferior ao referido crdito.

    Uma vez cumpridas essas providncias, o juiz mandar publicar os editais de praa.

    10.4.6 A arrematao

    10.4.6.1 Consideraes geraisA arrematao a expropriao do bem penhorado, feita pelo Poder Judicirio.

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    A arrematao a forma mais comum e freqente pela qual se encerra o procedimentoexecutrio, mediante a transformao do bem penhorado em dinheiro e a posteriorentrega deste valor ao credor. H, porm, outras formas de expropriao do bem

    penhorado, por exemplo, a adjudicao. A adjudicao, todavia, somente possvel

    quando no houver, por parte de terceiros, interesse em arrematar o bem.

    10.4.6.2 O procedimento da arrematao

    Uma vez designada data para a realizao da hasta, o executado dever ser intimadopessoalmente ou por carta com aviso de recebimento e, como j visto, se a penhorarecair sobre bens imveis seu cnjuge tambm dever ser intimado.

    De acordo com o art. 686, CPC, a arrematao ser precedida de edital, que conterdiversos requisitos, mencionados no prprio art. 686. Tal edital dever ser publicadocom pelo menos 5 dias de antecedncia em um jornal de grande circulao na cidade.

    A designao de data para hasta pblica ter duas datas: 1. data fixada e a 2. entre 10 e20 dias a contar da data fixada. Nesta segunda data a arrematao poder ser feita porqualquer preo, desde que este no seja vil (vil o preo menor do que 40-50% do valorda avaliao). Na primeira hasta pblica no pode ser aceito valor inferior ao daavaliao.

    Quando os bens penhorados no excederem o valor correspondente a 20 vezes o maiorsalrio mnimo, conforme o art. 275, CPC, ser dispensada a publicao de editais, no

    podendo, neste caso, o preo da arrematao ser inferior ao da avaliao.

    De acordo com o art. 687, CPC, o edital ser afixado no local de costume e publicado,em resumo, com antecedncia mnima de 5 dias e pelo menos uma vez em jornal deampla circulao local.

    Em conformidade com o art. 690, CPC, a arrematao far-se- com dinheiro vista oudentro do prazo de 3 dias, mediante cauo idnea.

    O credor, que arrematar os bens, no est obrigado a exibir o preo; mas se o valor dosbens exceder o seu crdito, depositar, dentro de 3 dias a diferena, sob pena dedesfazer-se a arrematao; caso em que os bens sero levados praa ou ao leilo

    custa do credor.Se a praa ou o leilo for de diversos bens e houver mais de um lanador, ser preferidoaquele que se propuser a arremat-los em sua totalidade, oferecendo para os que notiverem licitante preo igual ao da avaliao e para os demais o de maior lano. Sersuspensa a arrematao logo que o produto da alienao dos bens bastar para o

    pagamento do credor.

    A arrematao constar de auto, que ser lavrado 24 horas depois de realizada a praaou o leilo. Assinado o auto pelo juiz, pelo escrivo, pelo arrematante e pelo porteiro ou

    pelo leiloeiro, a arrematao considerar-se- perfeita, acabada e irretratvel.

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    Quando o imvel de incapaz no alcanar em praa pelo menos 80% do valor daavaliao, o juiz o confiar guarda e administrao de depositrio idneo, adiando aalienao por prazo no superior a 1 ano.Finalmente, efetuado o leilo, lavrar-se- o auto, expedindo-se a carta de arrematao.

    10.4.7 O pagamento ao credorO pagamento ao credor ser feito:

    I - pela entrega do dinheiro;II - pela adjudicao dos bens penhorados;III - pelo usufruto de bem imvel ou de empresa.

    O juiz autorizar que o credor levante, at a satisfao integral de seu crdito, o dinheirodepositado para segurar o juzo ou o produto dos bens alienados quando:

    I - a execuo for movida s a benefcio do credor singular, a quem, por fora dapenhora, cabe o direito de preferncia sobre os bens penhorados e alienados;

    II - no houver sobre os bens alienados qualquer outro privilgio ou preferncia,institudo anteriormente penhora. Ao receber o mandado de levantamento, ocredor dar ao devedor, por termo nos autos, quitao da quantia paga.

    De acordo com o art. 714, CPC, finda a praa sem lanador, lcito ao credor,oferecendo preo no inferior ao que consta do edital, requerer que lhe sejamadjudicados os bens penhorados.

    Desta forma, pode-se dizer que a adjudicao o ato judicial do processo de execuopelo qual a propriedade do bem penhorado se transmite ao credor, mediante alienao. uma forma indireta de pagamento da dvida, que somente ocorrer se em ocorrendoduas hastas pblicas nenhum licitante comparecer.

    Alm disso, o art. 716, CPC, estabelece que o juiz da execuo pode conceder ao credoro usufruto de imvel ou de empresa, quando o reputar menos gravoso ao devedor eeficiente para o recebimento da dvida.

    Caso mais de um credor requerer a adjudicao, ter preferncia aquele que der maior

    preo, mas se todos derem igual preo dever ser feita uma licitao entre eles.

    10.4.8 RemioA remio da dvida mostra-se possvel em todas as espcies de execuo, porm, naexecuo por quantia certa que ele mais utilizada.

    Pode-se dizer que a remio o resgate da dvida, pois remido aquele que se achadesobrigado de uma prestao mediante o pagamento desta. , em outras palavras, o atode pagamento da dvida pelo devedor, acrescida de juros, custas e honorriosadvocatcios.

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    O devedor s pode remir a execuo antes da arrematao ou da adjudicao dos bens,sendo lcito, contudo, ao seu cnjuge, descendente ou ascendente, remir todos ouquaisquer bens penhorados ou arrecadados no processo de insolvncia, depositando o

    preo pelo qual foram alienados ou adjudicados.

    Portanto, a remio da execuo no se confunde com a remio de bens. A remio debens permite que o cnjuge ou descendente ou ascendente do executado possam fazerretornar, ao patrimnio da famlia, os bens sobre os quais incidira a penhora, sempregarantido o valor do crdito do credor exeqente.Tambm no se confunde com remisso da dvida, que o perdo da dvida feita pelocredor.

    10.5 Execuo contra a Fazenda Pblica (art. 730 e 731 CPC)Na execuo contra a Fazenda Pblica a Fazenda Pblica, ou seja, a Unio, Estados,Municpios, Distrito Federal, autarquias e fundaes pblicas, figura no plo passivo.

    Aqui no haver expropriao de bens, haja visto que os bens pblicos soimpenhorveis.

    A execuo contra a Fazenda Pblica tambm ter como pressuposto um ttuloexecutivo (judicial ou extrajudicial).

    Diferentemente do que ocorre nas demais execues, a Fazenda no citada para pagarem 24 horas ou nomear bens a penhora, mas sim para opor embargos no prazo de 10dias.

    Caso no sejam opostos os embargos, ou sendo estes julgados improcedentes, serexpedido precatrio (que ser pago segundo a ordem de apresentao) e o juizrequisitar o pagamento por intermdio do presidente do Tribunal competente.V. sobre precatrio na Apostila de Direito Administrativo.

    Vale ressaltar que algumas dvidas, como as de natureza alimentar, gozam do direito depreferncia e no necessrio que neste caso se obedea a ordem cronolgica existente.

    10.6 A execuo de prestao alimentcia (arts. 732 ao 735, CPC)De acordo com o art. 732, CPC, a execuo de sentena, que condena ao pagamento de

    prestao alimentcia, far-se- conforme o disposto para as execues por quantia certacontra devedor solvente.

    Porm, neste tipo de execuo existe uma particularidade que a diferencia das demais.De acordo com o art. 733, CPC, o juiz mandar citar o devedor para, em 3 dias, pagar,

    provar que pagou ou justificar a impossibilidade de faz-lo.

    Estas so as 3 alternativas previstas em lei para o devedor. Caso ele no pague, noprove que pagou, nem justifique sua atitude, o juiz decretar sua priso civil, que terprazo de 1 a 2 meses (o CPC fala em 1 a 3 meses, mas a Lei de Alimentos que deveprevalecer neste caso, de maneira que o prazo de 1 a 2 meses).

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    Tal procedimento poder ser empregado tanto para a execuo de alimentos provisrioscomo para os definitivos, sendo que a priso do devedor no o exonera do pagamentoda dvida. Contudo, ele no ser preso duas vezes pelo dbito das mesmas prestaes.

    Paga a prestao alimentcia, o juiz suspender o cumprimento da ordem de priso.

    Se o devedor for funcionrio pblico ou tiver emprego fixo, o credor poder requererque os alimentos sejam descontados, diretamente, na folha de pagamento, evitando-se,desta forma, a execuo.

    Da deciso que declara a priso civil do devedor de alimentos cabe agravo deinstrumento, com a possibilidade do efeito suspensivo, tambm se tem admitido ohabeas corpus11. OS EMBARGOS DO DEVEDOR

    11.1 As disposies gerais

    No processo executivo, nada mais resta a ser decidido, visto que a lide j foi objeto dejulgamento que originou em ttulo executivo judicial (ou, em sendo o caso, j existe umttulo executivo extrajudicial).

    Desta forma, s resta ao executado promover contra o exeqente uma ao incidentalcom a finalidade de desfazer o ttulo executivo, que denominada de embargos dedevedor.

    De acordo como art. 736, CPC, o devedor poder opor-se execuo por meio deembargos, que sero autuados em apenso aos autos do processo principal.

    A funo primordial dos embargos a obteno de um "contramandado", ou seja, sebusca aqui a expedio de um mandado contra o mandado executivo.

    Assim, pode-se concluir que os embargos tm natureza de ao declarativa negativa oude ao desconstitutiva.

    Os embargos de devedor, como uma ao incidental a ser proposta pelo executado,devero satisfazer os requisitos exigidos para a admissibilidade de qualquer ao. Almdisso, tratando-se de execuo para haver quantia certa ou coisa fungvel, ou execuo

    para entrega de coisa, os embargos somente sero admissveis depois de ter havido, no

    primeiro caso, a penhora ou, no ltimo caso, o depsito da coisa devida, de acordo como art. 737, CPC. Somente nas execues para cumprimento das obrigaes de fazer eno fazer que os embargos podem ser interpostos independentemente da prvia"segurana do juzo".

    11.2 O procedimento dos embargosO devedor oferecer os embargos no prazo de 10 dias, contados:I - da juntada aos autos da prova da intimao da penhora;II - do termo de depsito;III - da juntada aos autos do mandado de imisso na posse, ou de busca e apreenso,

    na execuo para a entrega de coisa, de acordo com o art. 625, CPC;

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    IV - da juntada aos autos do mandado de citao, na execuo das obrigaes defazer ou de no fazer.

    A intimao da penhora pode ser feita por carta, oficial de justia ou por qualquer outromeio elencado no Direito Processual Civil.

    Na execuo fiscal o prazo para o oferecimento dos embargos conta-se a partir daintimao da penhora.

    De acordo com o art. 739, CPC, o juiz rejeitar liminarmente os embargos: I - quandoapresentados fora do prazo legal; II - quando no se fundarem em algum dos fatosmencionados no art. 741, CPC; III - nos casos previstos no art. 295, CPC.Os embargos sero sempre recebidos com efeito suspensivo. Quando os embargosforem parciais, a execuo prosseguir quanto parte no embargada. O oferecimentodos embargos por um dos devedores no suspender a execuo contra os que noembargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao

    embargante.

    Recebidos os embargos, o juiz mandar intimar o credor para impugn-los no prazo de10 dias, designando em seguida a audincia de instruo e julgamento.

    No se realizar a audincia, se os embargos versarem sobre matria de direito ou,sendo de direito e de fato, a prova for exclusivamente documental; caso em que o juiz

    proferir sentena no prazo de 10 dias.

    11.3 Dos embargos execuo fundada em sentenaNa execuo fundada em ttulo judicial, os embargos s podero versar sobre:

    I - falta ou nulidade de citao no processo de conhecimento, se a ao lhe correu revelia;

    II - inexigibilidade do ttulo;III - ilegitimidade das partes;IV - cumulao indevida de execues;V - excesso da execuo, ou nulidade desta at a penhora;VI - qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigao, como

    pagamento, novao, compensao com execuo aparelhada, transao ouprescrio, desde que supervenientes sentena;

    VII - incompetncia do juzo da execuo, bem como suspeio ou impedimento do

    juiz.De acordo com o art. 742, CPC, ser oferecida, juntamente com os embargos, a exceode incompetncia do juzo, bem como a de suspeio ou de impedimento do juiz.

    Em conformidade com o art. 743, CPC, h excesso de execuo:I - quando o credor pleiteia quantia superior do ttulo;II - quando recai sobre coisa diversa daquela declarada no ttulo;III - quando se processa de modo diferente do que foi determinado na sentena;IV - quando o credor, sem cumprir a prestao que lhe corresponde, exige o

    adimplemento da do devedor, art. 582, CPC;

    V - se o credor no provar que a condio se realizou.

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    O art. 744 estabelece que na execuo de sentena, proferida em ao fundada emdireito real, ou em direito pessoal sobre a coisa, lcito ao devedor deduzir tambmembargos de reteno por benfeitorias.O devedor especificar nos embargos, sob pena de no serem recebidos:

    I - as benfeitorias necessrias, teis ou volupturias;II - o estado anterior e atual da coisa;III - o custo das benfeitorias e o seu valor atual;IV - a valorizao da coisa, decorrente das benfeitorias.

    Na impugnao aos embargos poder o credor oferecer artigos de liquidao de frutosou de danos, a fim de se compensarem com as benfeitorias.

    O credor poder, a qualquer tempo, ser imitido na posse da coisa, prestando cauo oudepositando:

    I - o preo das benfeitorias;

    II - a diferena entre o preo das benfeitorias e o valor dos frutos ou dosdanos, que j tiverem sido liquidados.

    11.4 Dos embargos execuo fundada em ttulo extrajudicialQuando a execuo se fundar em ttulo extrajudicial, o devedor poder alegar, emembargos, alm das matrias previstas no art. 741, CPC, qualquer outra que lhe serialcito deduzir como defesa no processo de conhecimento.

    11.5 Dos embargos arrematao e adjudicao lcito ao devedor oferecer embargos arrematao ou adjudicao, fundados emnulidade da execuo, pagamento, novao, transao ou prescrio, desde quesupervenientes penhora.

    Aos embargos opostos arrematao e adjudicao, aplica-se o disposto nos CaptulosI e II deste Ttulo.

    11.6 Dos embargos na execuo por cartaNa execuo por carta, os embargos sero oferecidos no juzo deprecante ou no juzodeprecado, mas a competncia para julg-los do juzo deprecante, salvo se versaremunicamente vcios ou defeitos da penhora, avaliao ou alienao dos bens.

    12. A EXECUO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDORINSOLVENTE

    12.1 Da insolvnciaOcorre estado de insolvncia toda vez que as dvidas excederem importncia dos bensdo devedor.

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    Se o devedor for casado e o outro cnjuge, assumindo a responsabilidade por dvidas,no possuir bens prprios que bastem ao pagamento de todos os credores, poder serdeclarada, nos autos do mesmo processo, a insolvncia de ambos.Em conformidade com o art. 750, CPC, presume-se a insolvncia quando:I - o devedor no possuir outros bens livres e desembaraados para nomear

    penhora;II - forem arrestados bens do devedor, com fundamento no art. 813, I, II e III, CPC.

    A declarao de insolvncia do devedor produz:I - o vencimento antecipado das suas dvidas;II - a arrecadao de todos os seus bens suscetveis de penhora, quer os atuais, quer

    os adquiridos no curso do processo;III - a execuo por concurso universal dos seus credores.

    Declarada a insolvncia, o devedor perde o direito de administrar os seus bens e dedispor deles, at a liquidao total da massa.

    A declarao de insolvncia pode ser requerida:I - por qualquer credor quirografrio;II - pelo devedor;III - pelo inventariante do esplio do devedor.

    12.2 Da insolvncia requerida pelo credorO credor requerer a declarao de insolvncia do devedor, instruindo o pedido comttulo executivo judicial ou extrajudicial, em consonncia com o art. 586, CPC. Odevedor ser citado para, no prazo de 10 dias, opor embargos; se os no oferecer, o juiz

    proferir, em 10 dias, a sentena.

    Nos embargos pode o devedor alegar:I - que no paga por ocorrer alguma das causas enumeradas nos arts. 741, 742 e

    745, CPC, conforme o pedido de insolvncia se funde em ttulo judicial ouextrajudicial;

    II - que o seu ativo superior ao passivo.

    O devedor ilidir o pedido de insolvncia se, no prazo para opor embargos, depositar aimportncia do crdito, para lhe discutir a legitimidade ou o valor.

    No havendo provas a produzir, o juiz dar a sentena em 10 dias; havendo-as,designar audincia de instruo e julgamento.

    12.3 Da insolvncia requerida pelo devedor ou pelo seu esplio lcito ao devedor ou ao seu esplio, a todo tempo, requerer a declarao deinsolvncia. Para tanto, necessrio que o devedor dirija ao juiz da comarca em que odevedor tem o seu domiclio uma petio contendo as seguintes informaes:I - a relao nominal de todos os credores, com a indicao do domiclio de cada

    um, bem como da importncia e da natureza dos respectivos crditos;II - a individuao de todos os bens, com a estimativa do valor de cada um;

    III - o relatrio do estado patrimonial, com a exposio das causas que determinarama insolvncia.

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    13.4 Da declarao judicial de insolvnciaDe acordo com o art. 761, CPC, na sentena, que declarar a insolvncia, o juiz:I - nomear, dentre os maiores credores, um administrador da massa;II - mandar expedir edital, convocando os credores para que apresentem, no prazo

    de 20 dias, a declarao do crdito, acompanhada do respectivo ttulo.

    Ao juzo da insolvncia concorrero todos os credores do devedor comum. Asexecues movidas por credores individuais sero remetidas ao juzo da insolvncia.Havendo, em alguma execuo, dia designado para a praa ou o leilo, far-se- aarrematao, entrando para a massa o produto dos bens.

    13. A suspenso e da extino do processo de execuoDe acordo com o art. 791, CPC, suspende-se a execuo:I - no todo ou em parte, quando recebidos os embargos do devedor (art. 739, 2,

    CPC);II - nas hipteses previstas no art. 265, I a III, CPC;III - quando o devedor no possuir bens penhorveis.

    De acordo com o art. 794, CPC, extingue-se a execuo quando, dentre outrashipteses:I - o devedor satisfaz a obrigao;II - o devedor obtm, por transao ou por qualquer outro meio, a remisso total da

    dvida;III - o credor renunciar ao crdito.

    A extino s produz efeito quando declarada por sentena.

    TESTES

    1. (OAB/SP/107) Tem vez a liqidao da sentena por artigos, quando:a) ( ) o valor da condenao for apurado por clculo aritmtico elaborado e

    apresentado pelo credor, impugnado pelo devedor e, por isso, depender depercia contbil.

    b) ( ) o valor da condenao depender de clculo complexo, incluindo juros

    capitalizados ou converso de moeda estrangeira, dependendo de clculo a serelaborado pelo contador judicial.c) ( ) for necessria a designao de perito judicial para avaliar o dano objeto da

    condenao e responder aos quesitos formulados pelas partes.d) ( ) for necessrio alegar ou provar fato novo para se determinar o valor da

    condenao.

    2. (OAB/SP/108) So absolutamente impenhorveisa) ( ) os bens inalienveis, o anel nupcial, os retratos de famlia, os equipamentos

    dos militares, o seguro de vida e as penses recebidas de institutos deprevidncia.

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    b) ( ) as aes de sociedades annimas de capital fechado, a nua propriedade, asimagens religiosas, os bens j penhorados em outras aes e os imveis dadosem garantia hipotecria.

    c) ( ) os bens inalienveis, os imveis dados em garantia hipotecria, os bens jpenhorados em outras aes, as quotas de sociedades limitadas e as aes de

    companhias abertas.d) ( ) as obras de arte que guarnecem imvel caracterizado como bem de famlia, osimveis gravados com clusula testamentria de inalienabilidade, osequipamentos dos militares e as aes de sociedades annimas de capitalfechado.

    3. (OAB/SP/108) Tlio prope execuo por quantia certa contra devedor solvente emface de Ulpiano, alegando ser credor da importncia de R$ 100.000,00 (cem mil reais).Aps a citao, o executado deixa de nomear bens penhora e o exeqente indica

    penhora um crdito de Ulpiano perante Semprnio, representado por uma nota

    promissria no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com vencimento daqui a umano. O juiz devea) ( ) indeferir a indicao, na medida em que a penhora somente pode recair sobre

    bens que j compem o patrimnio do executado e no sobre aqueles futuros. b) ( ) deferir a penhora, imediatamente providenciar a sucesso processual,

    passando a figurar como executado Semprnio, suspendendo-se a execuo at ovencimento da nota promissria, caso em que a execuo prosseguir se no forcumprida a obrigao.

    c) ( ) deferir o pedido e ordenar a imediata intimao de Semprnio para que novencimento pague diretamente a Tlio o valor devido.

    d) ( ) deferir o pedido e determinar a imediata intimao de Semprnio para nopagar a dvida para o executado e a busca e apreenso do ttulo.

    4. (OAB/SP/109) lcito ao devedor oferecer embargos arrematao ou adjudicao, fundados ema) ( ) nulidade da execuo, remio, remisso ou excesso de execuo, desde que

    supervenientes intimao da penhora. b) ( ) nulidade da execuo, novao, transao ou prescrio, desde que

    supervenientes penhora.c) ( ) erro na liqidao, erro na avaliao, consignao em pagamento ouprescrio, desde que supervenientes deciso que julgou os embargos.

    d) ( ) excesso de execuo, novao, remisso ou prescrio, desde que posteriores citao.

    5. (OAB/SP/109) Comete atentado a parte quea) ( ) no curso do processo de execuo, indica bens penhora que no lhe

    pertencem para frustrar a praa ou leilo mediante a interposio de embargos deterceiro, ou impede a remoo e avaliao dos bens penhorados.

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    b) ( ) no curso do processo cautelar, impede a realizao de diligncias, percias,nega-se exibio de documento, ou no curso de ao de nunciao de obranova, procede demolio da obra embargada.

    c) ( ) no curso de qualquer processo, prossegue em obra embargada, nega-se exibio de documento, ou provoca o desaparecimento dos autos, obrigando

    sua reconstituio.d) ( ) prossegue em obra embargada ou viola penhora, arresto ou seqestro.

    6. (OAB/SP/109) Efetuada a penhora em processo de execuo, o devedor, delaintimado, no interpe embargos. Prossegue a execuoa) ( ) proferindo-se sentena para julg-la procedente, oportunidade em que dever

    ser determinada a avaliao e praceamento do bem penhorado,independentemente da publicao de editais.

    b) ( ) determinando-se o incio da instruo, com a especificao das provas que aspartes pretendem produzir e, se for o caso, designando-se audincia para a

    colheita da prova oral, proferindo-se, a seguir, a sentena.c) ( ) determinando-se a avaliao do bem penhorado, designando-se datas para a

    realizao de hasta pblica, publicando-se os editais e realizando-se a venda dobem penhorado em praa ou leilo.

    d) ( ) proferindo-se sentena para julg-la procedente, em virtude da revelia dodevedor, sem a produo de quaisquer provas.

    7. (OAB/SP/109) Em processo de execuo movido por "A" contra "B", a mulher desteltimo, "C", no citada, mas apenas intimada da penhora, que recaiu sobre bemcomum do casal. Nesse caso:a) ( ) deve ela embargar a execuo, no prazo de dez dias a contar da data da

    intimao da penhora, para discutir a dvida, pois se no o fizer, no terlegtimo interesse para, no futuro, at quinze dias aps a arrematao, ajuizarembargos de terceiro, visando excluso da meao.

    b) ( ) deve ela embargar a execuo, no prazo de dez dias a contar da juntada domandado de intimao da penhora, pois se no o fizer, restar precluso o direitode defender a meao por meio de embargos de terceiro.

    c) ( ) pode ela apenas embargar de terceiro para excluir sua meao, pois no parte no processo de execuo para o qual no foi citada e, nesse caso, osembargos de terceiro devem ser opostos no prazo de dez dias a contar da data daintimao da penhora, pois feita a intimao, restar precluso o seu direito se noexercido nesse prazo.

    d) ( ) pode ela embargar a execuo para discutir a dvida, no prazo de dez dias acontar da data da juntada do mandado de intimao da penhora aos autos etambm embargar de terceiro para excluir a meao at cinco dias depois da

    arrematao, mas antes de assinada a respectiva carta.

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    8. (OAB/SP/111) Os embargos do devedor,a) ( ) na execuo por quantia certa, somente podero ser interpostos depois de

    seguro o juzo pela penhora. b) ( ) na fase executria de processo de conhecimento, podero ser interpostos

    independentemente da realizao da penhora, desde que destinadosexclusivamente discusso do quantum indicado pelo exeqente na respectivaplanilha.

    c) ( ) em qualquer tipo de execuo, podem ser interpostos independentemente deestar seguro o juzo pela penhora, desde que destinados a atacar irregularidadeda citao ou excesso de execuo.

    d) ( ) em qualquer tipo de execuo, salvo nas execues de prestao alimentcia,podem ser opostos antes de seguro o juzo pela penhora, desde que para evitarque a penhora recaia sobre bem de terceiro ou bem impenhorvel, como, porexemplo, bem de famlia.

    9. (OAB/SP/112) lcito ao devedor oferecer embargos arrematao ou adjudicao, fundados em:a) ( ) nulidade da execuo, excesso de execuo, inadequao da execuo,

    impossibilidade jurdica da execuo. b) ( ) nulidade da execuo, prescrio, pagamento, novao, desde que

    supervenientes penhora.c) ( ) excesso de execuo, decadncia ou prescrio, impossibilidade jurdica da

    execuo, pagamento, desde que posteriores sentena proferida nos embargoscomuns.

    d) ( ) ilegitimidade passiva ou ativa de parte, impossibilidade jurdica do pedido,falta de legtimo interesse para a execuo, inadequao de rito.

    10. (OAB/SP/112) Caio prope execuo de obrigao de fazer em face de Tcio.Como Tcio no cumpriu sua obrigao, Caio optou pelo cumprimento da obrigao porterceiro, tendo Semprnio vencido a concorrncia. Caso Semprnio no realizeadequadamente o servio,a) ( ) o exeqente poder dar seguimento execuo em face de Tcio e Semprnio

    que sero devedores solidrios.

    b) ( ) o exeqente dever seguir a execuo em face de Tcio, na medida em que aprestao de Semprnio feita por conta e risco do executado.c) ( ) a execuo dever ser extinta e Caio poder propor ao de perdas e danos em

    face de Semprnio.d) ( ) Caio poder requerer ao juiz que o autorize a concluir o servio ou a repar-lo

    por conta de Semprnio.

    11. (OAB/SP/113) Para anular ato jurdico levado a efeito em fraude contra credores,cabe ao:a) ( ) redibitria.

    b) ( ) pauliana.c) ( ) reivindicatria.

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    d) ( ) revocatria.

    12. (OAB/SP/113) No ttulo executivo extrajudicial:a) ( ) o formal de partilha.

    b) ( ) o contrato de penhor.c) ( ) o instrumento particular, assinado pelo devedor e por duas testemunhas.d) ( ) o crdito decorrente de laudmio.

    13. (OAB/SP/114) "O prazo de 24 (vinte e quatro) horas para o executado oferecerbens penhora peremptrio, de modo que, findo ele, devolve-se ao credor o direito deindicar os bens a serem penhorados." Essa asseroa) ( ) incorreta, uma vez que o prazo no peremptrio.

    b) ( ) parcialmente correta, porque embora peremptrio, no h devoluo dodireito indicao de bens ao credor.

    c) ( ) correta, porque est em absoluta consonncia com os artigos 652 e 659 doCdigo de Processo Civil.

    d) ( ) parcialmente correta, porque o prazo no de 24 (vinte e quatro) horas esim de 5 (cinco) dias.

    14. (OAB/SP/115) Em razo de dvida contrada, Caio celebrou com Tcio instrumentode confisso de dvida, emitindo ainda uma nota promissria. Na data acordada, Caiono efetuou o pagamento. Diante desse fato, Tcio ingressou com processo de execuodo instrumento de confisso de dvida e da nota promissria, cumulando em uma nicademanda os dois ttulos. O juiz devea) ( ) extinguir a execuo, de vez que no podem ser executados dois ttulos

    relativos mesma obrigao. b) ( ) determinar que a demanda seja convertida para o procedimento monitrio, na

    medida em que a nota promissria no constitui ttulo executivo.c) ( ) converter a demanda para procedimento comum ordinrio, nico mecanismo

    que autoriza a cumulao de pedidos.d) ( ) determinar a citao do executado.

    15. (OAB/SP/115) Andra prope demanda pelo procedimento sumrio, em razo dovalor da causa perante o juzo comum, em face de Slvio, pleiteando sua condenao

    pelos prejuzos havidos com a inexecuo de um contrato de distribuio de sorvetes.Regularmente processada, a demanda julgada procedente, determinando o juiz que aliquidao dos prejuzos seja feita por artigos. Pode-se afirmar quea) ( ) a liquidao por artigos dever tramitar, obrigatoria- mente, pelo

    procedimento ordinrio, independente do valor atribudo causa. b) ( ) a liquidao por artigos dever tramitar pelo procedimento comum ou pelo

    sumrio, levando em conta o valor da causa.c) ( ) a sentena deve ser anulada, na medida em que no se admite a liquidao de

    sentena no procedimento sumrio.

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    d) ( ) a sentena deve ser reformada e o processo extinto sem julgamento de mrito,na medida em que deman- das envolvendo pessoas fsicas com valor da causainferior devem ser propostas, obrigatoriamente, no juizado especial.

    GABARITO

    1. D 7. D 13. C2. A 8. A 14. D3. D 9. B 15. B4. B 10. D5. D 11. B6. C 12. A