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Apostila Pronta

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MÓDULO I

INTRODUÇÃO À

HISTÓRIA E CONCEITOS

A palavra farmacologia etnologicamente seorigina

que quer dizer droga, fármaco ou medicamento,mais

maneira genérica e bastante simplificadapoderíamos

formas, como se segue:

��

Estudo da interação dos compostosquímicos

Ciência experimental que lida com aspropriedades

sistemas vivos;

Ciência que estuda as alteraçõesprovocadas

medicamentos.

A farmacologia pode, ainda, ser definidacomo

dos sistemas orgânicos é afetada pelos agentesquímicos.

como ciência na segunda metade do século XIX,onde

a serem considerados no estabelecimento daspráticas

as civilizações mais antigas, remédios baseadosem

origemvegetal,animaloumineraleramamplamenteorigemvegetal,animaloumineraleramamplamente

enfermidades que acometiam o homem e osanimais

Até o século XIX, a terapêutica era poucoinfluenciada

alguns cientistas importantes contribuíram para

dentre eles podemos citar o patologistaalemão

comentou o fato da seguinte forma: “Aterapêutica

clínicos e médicos práticos, e é através dacombinação

ascender para ser uma ciência, o que ela não énos

3

MÓDULO I

À FARMACOLOGIA

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

originada palavraPharmakon,do grego

maislogosque significa estudo. De uma

poderíamosconceituar farmacologia de diversas

químicoscom os organismos vivos;

propriedadesdas drogas e seus efeitos nos

provocadasno organismo pelas drogas ou

comoo estudo do modo pelo qual a função

químicos.A farmacologia foi reconhecida

ondeos princípios científicos passaram

práticas terapêuticas. No entanto, desde

emervas ou outros produtos naturais de

amplamenteutilizadosparacombaterasdiversasamplamenteutilizadosparacombaterasdiversas

animaisdomésticos, que com ele conviviam.

influenciadapela ciência. A partir desta fase,

que esta influência fosse aumentada,

alemãoRudolf Virchow, que naquela época

terapêuticaé um estágio empírico apreciado por

combinaçãocom a fisiologia que precisa

nosdias de hoje”.

1

Page 3: Apostila Pronta

A falta de conhecimentos à cerca dofuncionamento

que doença e morte eram assuntos semi-sagradosdificultavam

das drogas e facilitava o emprego de doutrinasautoritárias

Com o passar do tempo, as formasempíricas

lugar aos sistemas terapêuticos mais definidos. Aalopatia

século XVIII dispunha como recursosterapêuticos

purgativos, cujos efeitos indesejáveiscostumavam

depois, no início do século XIX, Hahnemannintroduziu

Muitos sistemas terapêuticos surgem edesaparecem

deles baseados em princípios dogmáticos.Rang

forma bastante contundente, conforme ofragmento

autores:

“Os sistemas terapêuticos cujas bases seassentam

estão, é claro, muito em prática hoje em dia, evem

medicina ‘alternativa’ ou ‘holística’. Em suamaioria,

a doença a um desarranjo subjacente da funçãonormal

bioquímicos e estruturais, detectado por meiosobjetivos

intervenções físicas ou químicas apropriadas.Dá

estar subjetivo, que pode estar associado ou não a

na definição e na medida da doença seguejunto

princípios científicos em fixar a eficáciaterapêutica.

podem ganhar aceitação sem satisfazer a qualquer

cientistas, validade exigida por lei antes que umanova

terapia. Como acontece com os” secadores demãos

poucoa ver comaeficáciademonstrável;issotalvez

4

poucoa ver comaeficáciademonstrável;issotalvez

mercado.”

A indústria farmacêutica tem evoluído ese

XX e graças aos avanços da química e dosmétodos

produtos se encontram disponíveis para o uso

sintéticos começaram a serem introduzidos na

efetivamente desenvolvidos em laboratórioforam

funcionamentodo organismo e o sentimento de

dificultavamo atendimento dos efeitos

autoritáriase nada científicas.

empíricasde tratar as doenças forma dando

alopatiaproposta por James Gregory no

terapêuticossomente a sangria, agentes eméticos e

costumavamlevar à morte muitos pacientes. Logo

introduziuos princípios da homeopatia.

desaparecemao longo do tempo, muitos

Rang et al. (1997) comentam este fato de

fragmentode texto abaixo, transcrito destes

assentamfora dos domínios da ciência

vematé ganhando espaço sob o título de

maioria,rejeitam o ‘modelo médico’ que atribui

normalque pode ser definido em termos

objetivose influenciado beneficamente por

Dá maior importância, sobretudo ao mal-

doença. O abandono da objetividade

junto com um afastamento similar dos

terapêutica.Disto resulta que princípios e práticas

critério de validade para convencer os

novadroga possa ser introduzida numa

mãoselétricos”, a aceitação pública tem

talvezsejaesperadonumaeconomiade

talvezsejaesperadonumaeconomiade

se modernizado muito ao longo do século

métodosbiotecnológicos, uma infinidade de

na prática clínica. Os produtos químicos

década de 20. Os primeiros fármacos

foram às sulfas, descobertas por Domagk a

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Page 4: Apostila Pronta

partir do corante prontosil. Depois vieram osantibióticos,

uma série de enfermidades infecciosasantes

humanidade. O desenvolvimento dos fármacosanti

na luta pela longevidade, o que reduziusignificativamente

vasculares.

Dentre uma série de outras descobertas,podemos

quais proporcionam melhoras significativas

psiquiátricos e destaque deve ser dado aosagentes

e participam do grande êxito no transplante deórgãos.

Os produtos naturais ainda sãoimportantes,

tratamentodasdoençasinfecciosas,masosprodutostratamentodasdoençasinfecciosas,masosprodutos

vez mais numerosos. Com o avanço dabiotecnologia,

da técnica do DNA recombinante, hoje existeuma

na forma de anticorpos, enzimas, hormônios,fatores

recentemente tem se realizados ensaios visando àterapia

segmento de DNA no genoma do indivíduo paraadicionar,

ausentes ou anormais no sentido de reparardefeitos

Diante do exposto acima, deve-se dizer quea

outros compostos agem nos componentes docorpo

acentuadamente nos anos vindouros. Esteconhecimento

uso racional de drogas na terapia medicamentosa,

desenvolvimento de novas drogas com ummínimo

Assim, podemos concluir que o estado dafarmacologia

paraosprofissionaisquemilitam nocampodasciências

5

paraosprofissionaisquemilitam nocampodasciências

constituem em ferramentas importantes,seja

experimentação biológica ou biotecnológica.

Em termos gerais, de uma forma maisdidática,

drogas, podem ser caracterizadas e afarmacologia

do conhecimento conforme o fluxograma e afigura

antibióticos,que tornaram possível a cura de

antes tidas como verdadeiros flagelos da

anti-hipertensivos representou uma vitória

significativamentea mortalidade pelas doenças

podemoscitar a dos neurolépticos, aos

na qualidade de vida dos pacientes

agentesimunossupressores que participaram

órgãos.

importantes,sobretudo na quimioterapia visando o

produtossintéticosestãosetornandocadaprodutossintéticosestãosetornandocada

biotecnologia,principalmente através do domínio

umagama de novos agentes terapêuticos

fatores de crescimento e citosinas. Mais

terapiagênica, onde se introduz novo

adicionar,restaurar ou substituir genes

defeitosinatos do metabolismo.

a compreensão de como as drogas ou

corpoem nível molecular deve aprimorar-se

conhecimentovai oferecer boa base para o

assim como fornecer uma base para o

mínimo de efeitos colaterais indesejáveis.

farmacologiareveste-se de grande importância

ciênciasbiomédicas,ondeasdrogasse

ciênciasbiomédicas,ondeasdrogasse

seja na prática clínica, ou seja, na

didática, a farmacologia, bem como as

farmacologiacorrelacionada com as demais áreas

figura abaixo:

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Page 5: Apostila Pronta

A Farmacologia pode ser vista como umavasta

suas diferentes abordagens pode sesubdividir

Optamos pela divisão proposta abaixo, apesar deque,

podemos observar algumas diferentes quanto

subdivisões. As diferentes áreas da farmacologiasão

a) Farmacodinâmica (do gregodýnamis

dos fármacos, as teorias econceitos

interação droga-receptor, bem comoos

b)

c)

d)

acoplamento entre a interaçãoda

farmacológico;

Farmacocinética (do gregoknetós= móvel):

medicamento no organismo. Afarmacocinética

absorção, distribuição e eliminação(biotransformação

Através da farmacocinética seconsegue

as mudanças de concentração dasdrogas

tempo;

Farmacotécnica: Estuda opreparo,

medicamentos, visando conseguirmelhor

benéficos no organismo;

Farmacognosia (do gregognósis

identificação e isolamento deprincípios

origem animal, vegetal ou mineral,passiveis

e)

f)

Farmacoterapêutica: Refere-se aouso

das enfermidades, enquanto o

envolvendo não só o uso demedicamentos,

a prevenção, diagnóstico etratamento

envolvem cirurgia, radiação e outros;

Imunofarmacologia: Árearelativamente

nos anos graças à possibilidade de se

realização dos transplantes e de seutilizar

normalmente participantes daresposta

7

vastaárea do conhecimento científico e nas

subdividir em cerca de seis áreas principais.

que,consultando os diferentes autores

à inclusão ou não de determinadas

sãoas seguintes:

= força): Estuda o mecanismo de ação

conceitosrelativos ao receptor farmacológico, a

osmecanismos moleculares relativos ao

da droga com o tecido alvo e o efeito

móvel):Estuda o caminho percorrido pelo

farmacocinética corresponde às fases de

(biotransformaçãoe excreção) das drogas.

consegueestabelecer relações entre a dose e

drogasnos diversos tecidos em função do

preparo, a manipulação e a conservação dos

melhor aproveitamento dos seus efeitos

= conhecimento): Cuida da obtenção,

princípiosativos a partir de produtos naturais de

passiveisde uso terapêutico;

uso de medicamentos para o tratamento

termo terapêutico é mais abrangente,

medicamentos,como também outros meios para

tratamento das enfermidades. Esses meios

relativamentenova que tem se desenvolvido muito

interferir, através do uso de drogas, na

utilizar com fins terapêuticos substâncias

respostaimunológica. Além disso, se verifica

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Page 6: Apostila Pronta

uma grande inter-relação entre

considera o desenvolvimento cadavez

com as diversas fases do processoinflamatório.

A Toxicologia é uma ciência muitopróxima

considerarem como parte desta última pelofato

técnicas entre elas. A Toxicologia estuda osagentes

quaisquer substâncias químicas ou agentes físicos

organismovivo. Vale ressaltarqueo interessedatoxicologiaorganismovivo. Vale ressaltarqueo interessedatoxicologia

nocivos dos diversos agentes.

Conceitos e Termos Mais Usados emFarmacologia

Ao se iniciar no estudo dafarmacologia

conceitos que são bastante usados e que sefaça

melhor compreensão dos demais aspectosrelativos

frente. Abaixo listamos alguns dos conceitos mais

Droga: Qualquer substância química,exceto

capaz de produzir efeito farmacológico emum

que as drogas não criam funções no organismo,mas

provocados pelas drogas podem ser tantobenéficos

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Remédio:Do Latim remedium (re =inteiramente

uma palavra normalmente usada pelo leigo

especialidade farmacêutica. Portanto, remédiopode

enfermidades. Não só as substâncias químicaspodem

mas também alguns agentes físicos comomassagens,

Tóxico ou veneno: Por tóxico ouveneno

preparação com drogas que produz efeitofarmacológico

Iatrogenia ou Iatrogênese:Quando ummedicamento

provoca uma lesão ou uma doença de formanão

farmacologia e imunologia quando se

vezmaior de drogas capazes de interferir

inflamatório.

próxima da farmacologia e alguns autores a

fato de haver sobreposição de interesses e

agentestóxicos, sendo que estes podem ser

capazes de produzir efeitos nocivos a

toxicologiaestavoltadaparaosefeitostoxicologiaestavoltadaparaosefeitos

Farmacologia

farmacologia é necessário que se observe alguns

faça à devida distinção entre eles para a

relativosao conteúdo a ser abordado mais à

importantes.

exceto aquelas que servem como alimento,

um organismo ou tecido vivo. Vale ressaltar

massimplesmente as alteram. Os efeitos

benéficosquanto maléficos.

inteiramentemais mederi = curar). Remédio é

como sinônimo de medicamento ou

podeser tudo aquilo que cura ou evita as

podemser consideradas como remédios,

massagens,duchas e etc.

venenocompreende-se uma droga ou uma

farmacológicomaléfico.

medicamentoé administrado a um indivíduo

não intencional, dizemos que houve uma

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Page 7: Apostila Pronta

lesão ou doença iatrogênica. Essa situaçãopode

casos abaixo:

��

Por administração excessiva domedicamento;

Por hipersensibilidade doindivíduo

Terapêutica: Pode ser definida como aaplicação

como administrar determinado medicamento para

Medicamento: Do Latim medicamentum. É

ser administradaao paciente.Destinadaa prevenir,ser administradaao paciente.Destinadaa prevenir,

enfermidades, ou seja, é uma substância químicaempregada

Podemos dizer que todo medicamento éuma

medicamento. A ANVISA classifica omedicamento

tecnicamente obtido ou elaborado, comfinalidade

fins de diagnóstico.

Posologia:(do grego poso = quanto, maislogos

do medicamento com fins terapêuticos.

Dose: É a quantidade capaz provocar

paciente preferivelmente sem outra ações noorganismo.

Dosagem:A dosagem inclui, além da dose,freqüência

do tratamento.

Idiossincrasia:O termo idiossincrasiarefere

do organismo às drogas, comumente chamadas

nocivas,àsvezesfataise ocorrememumapequenanocivas,àsvezesfataise ocorrememumapequena

dos casos a causa não bem compreendida,mas

possam ser responsáveis em algumas situações.

Forma Farmacêutica: Forma farmacêutica

preparados, apresentados e conseqüentementecomercializados

comprimido, xarope, suspensão e outros. Naforma

principal ou princípio ativo, entram outrassubstâncias

excipiente, coadjuvante, edulcorante, ligante,preservativo

As formas farmacêuticas podem serclassificadas

9

pode vir a ocorrer, por exemplo, nos dois

medicamento;

indivíduoque recebe o medicamento.

aplicaçãoclínica da farmacologia, ou seja,

tratamento e/ou prevenção de doenças.

uma droga devidamente preparada para

prevenir, curar, diminuir e/ou diagnosticarasprevenir, curar, diminuir e/ou diagnosticaras

empregadavisando um efeito benéfico.

uma droga, mas nem toda droga é um

medicamento como um produto farmacêutico,

finalidade profilática, curativa, paliativa ou para

logos= estudo). É o estudo da dosagem

uma resposta terapêutica desejada no

organismo.

freqüênciade administração e duração

refere-se às reações particulares ou especiais

reações idiossincrásicas. Essas são

pequenaminoriadosindivíduos.Namaioriapequenaminoriadosindivíduos.Namaioria

mas acredita-se que os fatores genéticos

é a maneira como os medicamentos são

comercializadose utilizados, ou seja,

formafarmacêutica, além do medicamento

substânciasna composição, como veículo ou

preservativoe etc.

classificadasconforme se exemplifica abaixo:

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Page 8: Apostila Pronta

Preparações líquidas

Soluções – Misturas homogêneas dosoluto

solvente que é o veículo. Pode se destinar ao usosob

Suspensões– Misturas heterogêneas, sendoque

recipiente necessitando de homogeneização nomomento

Emulsões-Substâncias oleosas dispersas emmeio

de fases.

Xaropes– Soluçõesaquosasonde o açúcarXaropes– Soluçõesaquosasonde o açúcar

como corretivo. Pode conter cerca de dois terçosdo

Elixires – Soluções hidroalcoólicaspara

contendo substâncias aromáticas e as basesmedicamentosas.

Loções– Soluções alcoólicas ou aquosaspara

Linimentos- Similares aos anteriores, mascom

Preparações sólidas

Comprimidos– Forma farmacêutica deformato

por compressão. Na maioria dos casos contém

excipiente adequados, prensados mecanicamente.

Drágeas– Similares aos anteriores, mascom

desintegração nas porções superiores dotrato

apresentavárias camadas contendo substâncias

10

apresentavárias camadas contendo substâncias

coloridas e polidas utilizando-se cera carnaúba no

Cápsulas– Uma ou mais drogas maisexcipientes

um invólucro gelatinoso ou amiláceo.

Pílulas– Associação do princípio ativo comum

Supositórios - Apresentações semi-sólidas

temperatura corporal pela presença de manteigade

Óvulos e Velas- Apresentações semi-sólidas

entre si é a forma.

soluto que é base farmacológica com o

soba forma de gotas.

queo soluto se deposita no fundo do

momentodo uso.

meioaquoso, apresentando separação

açúcar em altas concentraçõesé utilizadoaçúcar em altas concentraçõesé utilizado

doseu peso em sacarose.

para uso oral, açucaradas ou glicerinadas

medicamentosas.

parauso tópico.

comveículo oleoso.

formato variável, em geral discóide, obtida

uma ou mais drogas, aglutinante e

comrevestimento gelatinoso que impede a

trato digestivo. O revestimento protetor

substânciasativas ou inertes. Costumam sersubstânciasativas ou inertes. Costumam ser

polimento.

excipientesnão prensados e colocados em

um aglutinante viscoso.

sólidas para uso retal, que se fundem à

decacau, glicerina ou polietilenoglicol.

para uso ginecológico, cuja diferença

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Page 9: Apostila Pronta

Preparações Pastosas

São preparações semi-sólidasnormalmente

exemplos temos as seguintes: geléias, cremes,pomadas,

crescente de viscosidades.

Diferem também pelos veículos quesão

pomadas e aquosos nos demais.

Dose Efetiva Mediana (DE50) é a DoseLetal

Dose efetiva mediana (DE50) é a base paraproduzir

efeito em 50% dos indivíduos. Doses outras queproduzem

em outras proporções percentuais são designadasDE

Quando o efeito observado é a morte dosanimais

dose letal. DL50 significa que morreram 50% dosanimais

que morreram 20% dos animais e assim pordiante.

determinação da DL50, anteriormenteconsiderado

definição da toxicidade química, tenhaperdido

especialmente em relação a fármacosdestinados

problemas relacionados abaixo, ele medeapenas

subletal.

A DL50 varia muito entre as espécies e não

para seres humanos;

Ele mede apenas a toxicidade agudaproduzida

toxicidade em longo prazo;

Ele não mede as reações idiossincrásicas(reações

em uma pequena proporção dosindivíduos),

relevantes para a prática que a toxicidadede

Ele requer o uso de muitos animais eacarreta

relação ao conhecimento obtido.

11

normalmente destinadas ao uso tópico. Como

pomadas,ungüentos e pastas, em ordem

são gelatinosos nas geléias, oleosos nas

Letal (DL 50) e Índice Terapêutico

produzirdeterminada intensidade de um

produzema mesma intensidade do efeito

DE20, DE80 e etc.

animaisde experimentação, registra-se a

animaiscom a dose empregada, DL20,

diante. Acredita-se hoje, que o teste de

consideradocomo parâmetro fundamental para a

perdido grande parte de sua credibilidade,

destinados ao uso terapêuticos. Devido aos

apenasa mortalidade e não a toxicidade

pode ser extrapolada com segurança

produzidapor uma dose única, e não mede a

(reaçõesque ocorrem a uma dose baixa

indivíduos), embora essas reações sejam mais

dedoses altas;

acarretaum sofrimento desproporcional em

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Page 10: Apostila Pronta

O índice terapêutico (IT) é definido pela

transmitem a idéia de que quanto maior o índiceterapêutico

margem de segurança, pois ele indica adistância

efetiva mediana. Erlich definiu inicialmente oíndice

não tóxica/Dose mínima eficaz, infelizmente avariabilidade

em conta nesta definição, portanto esseconceito

DL50/DE50 ainda é amplamente utilizado,apesar

apresenta limitações claras. O IT é capaz de daruma

uso de um fármaco, mas não é efetivamenteum

medicamento no uso clínico. As razões para issosão

a)

b)

c)

O tipo de efeito adverso quelimita

fármaco tende a passardespercebido

A DE50 pode não ser definida,dependendo

exemplo, pode ser necessárioadministrar

diferentes de acordo com a natureza

Algumas formas muitoimportantes

outros casos, a toxicidadedepende

Assim, o propranolol, por exemplo,é

doses que são inofensivas para umindivíduo

Introdução à Farmacologia Clínica

A industrialização do medicamento,ocorrida

Segunda Guerra Mundial, é a responsávelpela

obstante, esta, mesma circunstância é a que hojelhe

recuperar um papel social protagônico.Com

medicamentos disponíveis no presente e na

manifesta à necessidade de que alguém, comsólidos

12

relação DL50/DE50. Vários autores ainda

terapêuticode uma droga, maior a sua

distânciaentre a dose letal mediana e a dose

índiceterapêutico como: IT = Dose máxima

variabilidadeentre indivíduos não é levada

conceito caiu em desuso. O conceito de IT =

apesar de hoje reconhecermos que este

umaidéia da margem de segurança no

um guia útil para a segurança de um

sãoas seguintes:

limita na prática a utilidade clínica de um

despercebidono teste de DL50;

dependendoda media da eficácia utilizada. Por

administraros fármacos analgésicos em doses

da dor;

importantesde toxicidade são idiossincrásicas. Em

dependemuito do estado clínico do paciente.

é perigoso para pacientes asmáticos em

indivíduonormal.

ocorridaa partir de 1920 e aumentada depois da

pela dramática mudança na farmácia. Não

lhedevolve a grande oportunidade de

Com efeito, na enorme quantidade de

sua variada ação farmacológica, se

sólidosconhecimentos profissionais ponha

9

Page 11: Apostila Pronta

racionalidade no mercado e garanta o usocorreto

dúvida para o farmacêutico.

Em 1960 surgiu o primeiro conceito deFarmácia

farmácia que trata do cuidado do enfermo comparticular

seus efeitos adversos e interações indesejáveis.

Atenção Farmacêutica, como a prestaçãoresponsável

com a medicação tendo como objetivo amelhoria

Ambos os conceitos estabelecem novos papéis eresponsabilidades

orientado ao cuidado e assessoramento dopaciente

com o uso dos medicamentos, ou seja, opapel

orientavaaoproduto,naatualidadeseorientaaopaciente.orientavaaoproduto,naatualidadeseorientaaopaciente.

A farmácia Clínica supôs a introduçãoda

orientados ao paciente. Houve uma evolução e osserviços

paciente, como também os farmacêuticospassam

intervenção melhoraria a qualidade de vida dospacientes.

Em 1995, em uma conferência sobre “Asdireções

patrocinada pela ASPH (American Society ofHospital

American Society of Health-System Pharmacist),na

estabelecido um compromisso paradesenvolver

profissão clínica. Indicava que “deveriaexistir

farmacêuticos e seus pacientes e, porextensão,

Sociedade”.

13

Sem saber que Brodie havia usado otermo

sua idéia como atenção farmacêutica em outra

“Proponho que os farmacêuticos clínicos mudemsua

isoladas aos pacientes e aceitam umaparcela

paciente”.

Em 1988, Hepler descreveu a atençãofarmacêutica

entre um farmacêutico e um paciente, na qual ofarmacêutico

controle do uso dos medicamentos, governado

interesse pelo paciente”.Strand define como, “ocomponente

correto de medicamento. Esta tarefa é sem

FarmáciaClínica, definido como a parte da

particularênfase na terapia farmacológica,

Em 1990 foi descrito o conceito de

responsávelde cuidados integrais relacionados

melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

responsabilidadespara o farmacêutico,

pacienteem todos os aspectos relacionados

papel do farmacêutico que no passado se

paciente.paciente.

da prestação de serviços farmacêuticos

serviçosnão somente se orientaram ao

passam a se conscientizar de que sua

pacientes.

direçõespara prática clínica em farmácia”,

Hospital Pharmacisitis, hoje denominada

naqual Hepler apontava que deveria ser

desenvolver a Farmácia como uma verdadeira

existir um convênio ou pacto entre os

extensão,entre a profissão de Farmácia e a

10

termo sete anos antes Hepler descreveu na

reunião na Carolina do Sul, em 1987:

suaênfase de realizar somente funções

parcela de responsabilidade na atenção ao

farmacêuticacomo “uma relação pactuada

farmacêuticoleva a cabo as funções de

pela consciência e o compromisso de

componenteda prática da farmácia que

Page 12: Apostila Pronta

supõe a interação direta do farmacêutico com opaciente,

necessidades do mesmo relacionadas commedicamentos”.

Em qualquer âmbito da práticaprofissional,

grande desafio. Ou se integramprofissionalmente

protagônicos papéis na informação sobremedicamentos,

menores e racionalização dos custos sanitários,

profissional onde as técnicas de comercializaçãocedo

crise de identidade atravessa ofarmacêutico

enérgica e penetrante.

A farmacologiaclínica evoluiu com a necessidadeA farmacologiaclínica evoluiu com a necessidade

segurança dos fármacos em seres humanos,em

desenvolvimento, produção ecomercialização

Farmacologia Clínica é a expressãocontemporânea

para a racionalização da terapêuticamedicamentosa.

seguem princípios éticos e científicos deexperimentação,

bases da avaliação de eficácia e segurançados

clínica e a pesquisa com medicamentos éuma

profissionais da área de saúde, médicos,biomédicos,

trabalham ou pretendem trabalhar nasindústrias

que pesquisam e monitorizam medicamentos(contract

instituições públicas de vigilância sanitária, nãorecebem

sua formação acadêmica.

14

paciente,com a finalidade de atender às

medicamentos”.

profissional, os farmacêuticos têm diante de si um

profissionalmenteao sistema, assumindo novos e

medicamentos,o tratamento de patologias

ou continuam com a deteriorização

cedoou tarde, os deixarão de lado. Esta

farmacêutico á que justifica uma mudança rápida,

necessidadede se comprovara eficácia enecessidadede se comprovara eficácia e

em função das leis que regulamentam o

comercialização dos medicamentos. Atualmente, a

contemporâneado emprego do método científico

medicamentosa.Os ensaios clínicos, os quais

experimentação,são os responsáveis pelas

dos fármacos. O ensino da farmacologia

uma realidade recente no país. Portanto, os

biomédicos,farmacêuticos e enfermeiros, que

indústriasfarmacêuticas, nas empresas privadas

(contract research organizations) ou nas

recebema devida qualificação durante a

11

Page 13: Apostila Pronta

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Administração de medicamentos é o processo de preparo e introdução de medicamentos no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos. Segue normas e rotinas que uniformizam o trabalho e, todas as unidades de internação, facilitando sua organização e controle. Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem. Para administrar medicamentos de maneira segura a enfermagem deve ter alguns cuidados: - Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; - Evitar distração e conversas paralelas durante o preparo das medicações, diminui o risco de erros - Obter a prescrição médica (PM), realizar sua leitura e compreende-la, caso haja dúvida, esclarecê-la antes de iniciar o preparo da PM;

Vale ressaltar que toda medicação só pode ser prescrita por profissional competente e autorizado (p.ex.: médicos, odontólogos). Toda prescrição só pode começar a ser preparada se estiver assinada e carimbada pelo profissional habilitado para isso. Prescrição sem assinatura e sem carimbo não é uma prescrição válida. - Utilizamos de duas regrinhas para evitar erros durante a administração dos medicamentos: Regra dos 5 certos e a Regra das 3 leituras.

• Regra dos cinco certos:

1. Identificar o paciente certo: deve-se identificar o leito e o nome do paciente (p.

ex.: leito 08 – Tiago);

2. Identificar o medicamento certo: p. ex.: dipirona;

3. Identificar a dose certa do medicamento a ser administrada: p.ex.: 02ml ou 1 ampola;

4. Identificar a via certa a ser administrada: p ex.: via endovenosa (EV);

5. Identificar a hora certa a ser administrada: p ex.: 16hs

12

Page 14: Apostila Pronta

• Regra das três leituras: Confira SEMPRE o rótulo da medicação. Nunca confie. Leia você mesmo.

1. Primeira leitura : antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de

medicamentos; 2. Segunda leitura: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola; 3. Terceira leitura: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no

recipiente.

- Após interpretar e entender a prescrição médica, inicia-se o preparo das medicações a serem administradas; - Antes e após o preparo e administração das medicações as mãos devem ser lavadas; - Lavar as mãos e preparar o material, conforme a vias de administração: bandeja, copo se Via Oral (VO), seringa e agulha do tamanho indicado para cada via, algodão e álcool a 70%; - Realizar etiqueta de identificação de todos os medicamentos que serão preparados (conforme exemplificado acima – NÂO esquecendo das regras que devem ser utilizadas individualmente para cada medicamento a ser preparado); - Verificar o período de validade, alterações no seu aspecto e informações sobre a diluição – não administrar sem estes cuidados prévios; - Utilizar técnicas assépticas no preparo das medicações: não toque no medicamento com as mãos. Quando em comprimido, mantenha-o em blister, ou coloque-o em copo; se líquido, coloque-o em copo, evitando que se molhe o rótulo do frasco; se injetável, utiliza técnica asséptica durante sua aspiração; - Verificar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha: se estiverem molhados, rasgados ou abertos, devem ser desprezados, pois não se encontram mais estéreis; - Deixar o local de preparo de medicação limpo e em ordem, utilizando álcool a 70% para desinfecção da bancada; - Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com álcool a 70%; - Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente organizar a bandeja dispondo-os na seqüência de administração ( por horário e por ordem dos leitos). - Após prepará-lo com técnica, siga com a bandeja até o quarto para administração, certificando-se de todos os certos antes: Inicie a administração, chegando ao leito do paciente e chamando o cliente pelo nome e conferindo o rótulo da medicação (feito previamente) – sempre atento para os 5 certos; - É imprescindível conhecer a técnica adequada para cada via.

Paciente: Leito 09 – Tiago Medicamento: Dipirona Dose: 1 amp ou 2ml Via: EV Hora: 16hs

OBS: ���� Ter atenção em estar sempre verificando a validade do medicamento. ���� Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa.

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Page 15: Apostila Pronta

- Após administração dos medicamentos, desprezar o material utilizado em local adequado, e não esquecer de lavar as mãos. ���� Devemos estar atento também para as seguintes observações: - Manter a bandeja ou o carrinho de medicação sempre à vista durante a administração, nunca deixando-o junto ao paciente; - Esclarecer ao paciente sobre o medicamento que irá receber; - Efetuar o registro do medicamento administrado, com a hora de realização (no protuário); - Não deixar o medicamento na mesa de cabeceira do paciente ou permitir que terceiros administrem. Em caso de paciente consciente e medicamento VO, permanecer junto ao paciente até que o mesmo degluta o medicamento; - Utilizar luvas sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com secreções ou sangue do paciente; - Todo medicamento administrado deve ser registrado na prescrição; - Nas aplicações parenterais é importante anotar o local da administração; - A rejeição do paciente ou familiares de um medicamento deve ser registrada no prontuário e comunicado ao médico (medicação não administrada deverá circular o horário na prescrição); - Anotar no prontuário e comunicar ao médico qualquer reação adversa apresentada pelo paciente após uso da medicação.

Vias de administração

1. Via Oral - Absorção intestinal - Absorção sublingual 2. Via Retal 3. Via Injetável (Parenteral) - Via intradérmica - Via subcutânea - Via intramuscular - Via endovenosa 4. Outras vias: - Inalatória (ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma) - Ocular - Intranasal - Dérmica - Vaginal (ex: droga para induzir o trabalho de parto)

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Page 16: Apostila Pronta

COMO PREPARA AS DOSAGENS DOS MEDICAMENTOS

É calcular a quantidade de medicamento a ser administrada para que o paciente receba a medicação na dosagem prescrita, no tempo certo. Para isso teremos muitas vezes que lançar mão do sistema de medida, pesagem e hora. Comprimento centímetro (cm) Volume litro ( l ) e mililitro ( ml ) Massa grama (g) Tempo segundo (s) Não se pode esquecer que as unidades mais usadas são: massa, volume, capacidade, comprimento, tempo. EXEMPLO: a) Medidas de massa como o quilo – Para medidas sólidas e secas b) Unidades de volume como o metro cúbico e a de capacidade como o litro – Usada para medidas líquidas. c) Unidade de comprimento – é o metro d) Unidade de tempo – contada em segundo Frequentemente se utiliza o sistema caseiro de medidas tanto de peso como de volume. MEDIDA CASEIRA EQUIVALÊNCIA 20 GOTAS................................................. 1ml = 1cm³ 60 gotas .................................................... 1 colher de café = 3 ml 02 colheres de chá .................................... 1 colher de sobremesa 01 colher de chá ........................................ 5 ml 01 colher de sobremesa ............................ 10 ml 01 colher de sopa ...................................... 15 ml Observação:Na medida do possível deve-se dar preferência às medidas fornecidas pelos laboratórios. AS UNIDADES DE MASSA MAIS USADAS NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE SÃO: quilograma, grama, miligrama, micrograma; 1 tonelada ................................... 1000Kg 1000000g

1 quilograma (Kg ) ..................... 1000g

1 miligrama ................................. 0,001 g

Ex: Para transformar 500 mg em g = 0,500 = 0,5 g ( é só andar 3 casas para a esquerda ). 1 hora 60 min 60 seg

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO DE SOLUÇÕES

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Page 17: Apostila Pronta

A maioria dos cálculos de medição podem ser resolvidos pela “regra de 3”.

Pode ser resolvido na maioria das situações, pela utilização da regra de três. Essa regra nos ajuda a descobrir o valor de uma determinada grandeza que está incógnita. Normalmente temos 4 itens mas só sabemos 3, montamos a conta de jeito que conseguimos descobrir esse item desconhecido. Uma regra de ouro é sempre usar os mesmo tipos de medida, se a prescrição está em micrograma e a apresentação está em grama, você vai precisar converter um dos dois para que fique no mesmo tipo do outro, ou deixa os dois em grama ou deixa os dois em micrograma, senão o resultado não vai dar certo. Para aplicação da regra de três, são necessários algumas precauções prévias: As grandezas proporcionais dos termos devem estar alinhadas e o raciocínio deverá ser encaminhado para se descobrir uma incógnita por vez.

A disposição dos elementos para regra de três deve ser da seguinte forma:

1ª linha -> colocar a informação 2ª linha -> colocar pergunta

Em uma ampola de dipirona tenho 2 ml de solução. Quantos ml de solução tenho em três ampolas?

1 ampola ----------------- 2ml

3 ampolas----------------- x

6 = x

x= 6

Resposta: em 3 ampolas há 6ml de dipirona.

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Page 18: Apostila Pronta

Tabela de Gotejamento de Soro

Nº de Gotas/minuto = Volume (gts ) Tempo ( min)

Nº de Gts/min = Volume (ml ) 3 x Tempo (hs )

Nº de microgotas/min = Volume (ml) Tempo (hs)

Nº de microgotas/min = Nº gotas/min x3

Quantidade 500 ml 1000 ml 2000 ml

Nº de horas

Nº de gotas Nº de gotas Nº de gotas

24

7 14 27

18

9 18 37

12

14 27 55

10

16 33 66

08

21 42 83

06

27 55 111

N de Gts/min = Vx 20

minuto

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Cleidiane
Linha
Cleidiane
Retângulo
Page 19: Apostila Pronta

1. Via Oral (VO) A administração de medicamentos por via oral é segura e não requer técnica estéril

na sua preparação, nessa via os medicamentos podem ser na apresentação de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos; são absorvidos principalmente, no estômago e intestino.

Observação: a medicação via oral não é indicada em clientes apresentando náuseas, vômitos, dificuldade de deglutição, ou estejam em jejum para cirurgia.

Pacientes em uso de Sonda Nasogástrica (SNG) ou Sonda Nasoenteral (SNE) as medicações VO devem ser administradas através das mesmas. Este medicamento deverá ser diluído em água e antes e após a administração deve-se realizar a lavagem das sondas. Evitando assim a obstrução das mesmas.

- Via sublingual (SL) : os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado para aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua. Nesse procedimento, solicita-se que o cliente abra a boca e repouse a língua no palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua (em comprimidos ou gotas); o cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua até a sua absorção total. Nesse período, o cliente não deve conversar nem ingerir líquido ou alimentos. As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca. Essa via é utilizada para aplicar medicações em algumas urgências, como, por exemplo: medicações para precordialgia e para hipertensão.

2. Via Retal Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem também ser

administrados por via retal, em forma de supositório. São receitados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por VO: -náuseas e vômitos; -impossibilidade de engolir; -algumas restrições à ingestão, como ocorre em seguida a uma cirurgia. Pela via retal são aplicados também os enemas. � Procedimento:

• Lavar as mãos e calçar as luvas; • Orientar o paciente sobre o procedimento que será realizado; • Manter a integridade física do paciente, utilizando biombo e expondo apenas a área do

corpo que será utilizada durante o procedimento; solicitar aos acompanhantes que se retirem do quarto durante o procedimento;

• Realizar higiene do paciente antes do procedimento;

Após a administração do medicamento por VO verificar se o paciente deglutiu realmente a medicação.

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Page 20: Apostila Pronta

• Deitar o paciente sobre o lado esquerdo , na cama, mantendo o joelho direito flexionado em direção ao peito e a perna esquerda esticada (posição de Sims). Os braços devem ficar relaxados, apoiados sobre a cama;

• Introduza o aplicador no reto do cliente; • Acionar o mecanismo do aplicador até que todo o seu conteúdo seja transferido para o

intestino; • Retirar a cânula do reto; • Manter o cliente deitado , orientando que ele segure o líquido até que sinta forte vontade

de evacuar. Em pacientes comatosos colocar comadre antes de iniciar a infusão do líquido para o intestino;

• Higienizar o paciente após evacuação. Se o paciente estiver lúcido encaminha-lo ao banheiro;

• Desprezar o material utilizado em local apropriado; • Trocar a roupa de cama se necessário; • Retirar as luvas e despreza-las em local apropriado; • Lavar as mãos; • Registrar o procedimento no prontuário. Sem esquecer, se teve retorno e qual aspecto

do eliminação.

3. Via parenteral: via injetável Os medicamentos administrados por via injetável têm a vantagem de fornecer uma via mais rápida; quando a VO é contra-indicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida. Para realizarmos esse procedimento, é necessário entender sobre a seringa e sua graduação e o calibre das agulhas disponíveis. ���� Tipos de agulha:

• 13 x 4,5 = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; • 25 x 7 ou 25 x 8 = utilizadas para as vias subcutâneas, intramuscular e endovenosa; • 30 x 7 ou 30 x 8 = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa; • 40 x 10 ou 40 x 12 = utilizadas para aspiração das medicações, durante o preparo.

���� Tipos de seringa:

• 1ml = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; • 3ml = utilizadas para as vias subcutânea e intramuscular; • 5ml = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa (no caso de medicações que

não são diluídas); • 10ml = utilizadas para a via endovenosa; • 20ml = utilizadas para a via endovenosa; • 60ml

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Page 21: Apostila Pronta

- Intradérmica (ID) : feita entre as camadas da pele. - Subcutânea (SC): feita sob a pele, mas acima do músculo - Intramuscular (IM): no interior do tecido muscular - Endovenosa (EV): o medicamento é instilado na veia.

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Page 22: Apostila Pronta

Preparando a injeção:

- Identificar o medicamento a ser administrado, de acordo com a prescrição médica; - Lavar bem as mãos antes e após de preparar e aplicar a injeção; - Abrir a embalagem da seringa e da agulha, conectando-as sem tocar na agulha, no bico

e nem na haste da seringa, para não contaminá-la; - Não esquecer de fazer a assepsia da ampola e do fraco ampola com álcool a 70%, antes

da aspiração (passar o algodão com álcool a 70% três vezes na ampola); Preparando medicações armazenadas em ampola: - Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70%; - Proteger os dedos com o algodão embebido em álcool ao destacar o gargalo da ampola; - Aspirar a solução da ampola para a seringa; - Proteger a agulha com a própria capa e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro; - Não esquecer de identificar o medicamento com os 5 Certos, antes da administração; - Após administração, NUNCA reencapar a agulha, e desprezá-la no descarte apropriado. Preparando medicações armazenadas em frasco ampola:

- Retirar o lacre do frasco ampola e realizar a desinfecção da tampa de borracha com algodão embebido em álcool a 70% (passando o algodão 3 vezes); - Realize a desinfecção do gargalo da ampola do diluente com algodão e álcool 70%, abra a ampola, aspire o conteúdo e injete-o pela parede interna do frasco ampola; - Homogeneíze bem o pó com o diluente colocando o frasco ampola entre as mãos e realizando movimentos rotacionais;

- Aspire o conteúdo e retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a suspensão; - Despreze o frasco ampola no descarte apropriado.

3.1. Via Intradérmica (ID)

Após aspirar a medicação estar atento para a diluição preconizada para cada medicação.

Após aspirar o conteúdo do frasco ampola lembrar de rediluir a medicação conforme padronização.

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Page 23: Apostila Pronta

Nesta via, os medicamentos são administrados na pele (na derme). Via muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5 ml). Usada para reações de hipersensibilidade, como provas de ppd (tuberculose), e sensibilidade de algumas alergias. O local de aplicação mais utilizado é a face interna do antebraço. É também utilizada para aplicação de BCG (vacina contra tuberculose), sendo de uso mundial a aplicação ao nível da inserção inferior do músculo deltóide.

� Material necessário: • Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 1 ml (100UI), medicação

a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (13x4,5), bolas de algodão e álcool a 70%.

� Técnica para aplicação:

• Observar os protocolos de preparo ; • Realizar a antissepsia do local de aplicação com algodão embebido em álcool a

70%; • Esticar a pele utilizando os dedos polegar e indicador para inserir a agulha; • A agulha deve ser introduzida com o bisel para cima e com angulação de

15graus; • Injetar o medicamento que não deve ultrapassar 0,5ml, observando a formação

de pápula (elevação da pele); • Descartar a seringa e agulha em recipiente apropriado.

3.2. Via Subcutânea (SC) Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido subcutâneo. Nesta via a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura. Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina). O volume não deve exceder 1,0 ml. As regiões de injeção SC incluem regiões superiores externas dos braços, o abdome ( entre os rebordos costais e as cristas ilíacas), a região anterior das coxas e a região superior do dorso. Essa via não deve ser utilizada quando o cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois a circulação periférica diminuída retarda a absorção da medicação.

���� Material necessário:

• Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 1ml ou 3ml, agulha para aspiração da medicação (25x7 ou 25x8), medicação a ser aspirada, agulha

Os locais de administração nesta via devem ser alternados com rigor, evitando iatrogenias.

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Page 24: Apostila Pronta

Locais para administração de medicamentos SC

locais para administração de medicamentos ID

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Page 25: Apostila Pronta

para aplicação da medicação (13x4,5 ou 25x7), bolas de algodão e álcool a 70%.

���� Técnica para aplicação:

• Lavar as mãos antes e após o procedimento; • Preparar o medicamento; • Orientar o cliente quanto ao procedimento; • Escolher o local a ser aplicada a injeção; • Realizar antissepsia do local , sempre com algodão embebido em álcool a 70%; • Com a mão não dominante, fazer uma prega no tecido subcutâneo; • Realizar a aplicação no ângulo de 90° com agulha 13x4,5 e ângulo de 45° com

agulha 25x7, 25x8; • Realizar aspiração após introdução da agulha certificando-se que não houve

punção de vaso sanguíneo, caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado;

• Injetar o medicamento após aspiração local; • Após administração do medicamento retirar a agulha num único movimento; • Realizar uma leve compressão no local da aplicação; • Descartar o material utilizado no local apropriado; • Lavar as mãos após o procedimento.

3.3. Via Intramuscular (IM) A administração via intramuscular permite que você injete o medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade variados. É usado para administrar suspensões e soluções oleosas, garantidno sua absorção a longo prazo. Devemos estar atentos quanto a quantidade a ser administrada em cada músculo. É necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber.

����A medicação SC deve ser feita longe de áreas vermelhas, cicatrizes, inflamações, hérnias, feridas cirúrgicas ou escoriações; ����NÃO realizar aspiração, no caso de Heparina, pois pode ocorrer a formação de hematomas no local da aplicação; ����NÃO realizar massagem no caso de Insulina, pois pode ocorrer aceleração no processo de absorção do medicamento; ����NÃO realizar massagem no caso de Heparina, pois podem ocorrer hematomas locais.

Atenção: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do cliente, quanto menos a dose aplicada, menor o risco de possíveis complicações.

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A escolha do músculo utilizado vai depender do volume a ser aplicado:

• 1ª escolha: vasto lateral da coxa - máximo de 5ml; • 2ª escolha: glúteo ( ventro glútea e dorso glútea) – máximo 5ml; • 3ª escolha: deltóide ( exceto em vacinas) – máximo 3ml.

� Vasto Lateral da Coxa

- Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes; - Extensa área de aplicação; - Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas. - O local de aplicação é 12cm abaixo do trocanter e de 9 a 12cm acima do joelho (no centro dessa região delimitada)

� Dorso Glútea - Indicada para administração de grandes volumes (máximo de 5ml); - Não é indicado para crianças menores de 2 anos; - ATENTAR para localização do nervo ciático; - O local de aplicação é o quadrante superior externo do glúteo.

� Deltóide -Massa muscular relativamente pequena, não sendo capaz de receber grandes volumes (máximo de 3ml); - Não deve ser usado em injeções consecutivas e com substâncias irritantes, pois podem causar abscesso e necrose. - Contra-indicado para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular.

���� Material necessário:

• Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 3ml ou 5ml, agulha para aspiração da medicação (40x12), medicação a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (25x8 ou 30x8), bolas de algodão e álcool a 70%.

���� Técnica para aplicação:

• Lavar as mãos antes e após o precedimento; • Explicar ao cliente o que será realizado. Orientando-o a manter uma

posição que auxilie o relaxamento do músculo onde será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor;

• Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação; • Calçar as luvas de procedimento; • Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%; • Com a mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação

da injeção; • Introduzir a agulha no músculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado,

num ângulo de 90°; 25

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• Após introdução da agulha, realizar aspiração certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado;

• Injete lentamente o medicamento após aspiração local; • Retirar a agulha em movimento único; • Realizar leve massagem no local da aplicação (é contra indicado para

medicamentos de ação prolongada, como os anticoncepcionais injetáveis); • Descartar o material utilizado em local apropriado; • Lavar as mãos.

� Ventro Glútea

- É mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos); - Indicada para qualquer faixa etária; - Ainda é muito pouco utilizada. ����Técnica para aplicação:

• O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar para a virilha e os outros dedos para a cabeça do cliente, colocar o indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca. Esta posição formará um V. O centro da letra V é o local para aplicação.

Aplicação Método Trajeto Z É uma técnica utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de tecidos subcutâneos, é um método eficaz na vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares. Deve ser realizada em grandes e profundos músculos, como Glúteo Dorsal ou Ventral. ���� Técnica para aplicação:

• Segure a pele esticada com a mão não dominante; • Realizar antissepsia do local de aplicação; • Introduzir a agulha no músculo com angulação de 90°; • Aspirar a seringa após introdução da agulha, SEM soltar a pele; • Injete o medicamento lentamente. Ao término da injeção permaneça com a

agulha introduzida aproximadamente por 10 segundos, permitindo melhor distribuição do medicamento;

����Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois podem dificultar a absorção do medicamento; ����As complicações mais comuns desta via incluem o aparecimento de nódulos locais, abscessos, necrose e lesão de nervo.

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• Retire a agulha num único movimento e solte a pele. A soltura da pele implicará em vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento.

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• Retire a agulha num único movimento e solte a pele. A soltura da pele implicará em vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento.

3.4. Via Endovenosa (EV) É a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua. Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a reposta do cliente também é imediata. A biodisponibilidade instatânea transforma a via EV na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. Como a absorção pela corrente sanguínea é completa, grandes doses de substâncias podem ser fornecidas em fluxo contínuo. Indicam-se diluições em seringas de 10 e 20ml, ou seja, com 10 ou 20ml de água destilada. Para medicamentos com altas concentrações, indica-se diluições em frascos de soluções salinas (Soro Fisiológico 0.9%) ou glicosadas (Soro Glicosado 5%). ����Locais mais utilizados para punção venosa:

� Região do dorso da mão: - veia basílica; - veia cefálica; - veia metacarpianas dorsais.

� Região dos membros superiores: - veia cefálica acessória; - veia cefálica; - veia basílica; - veia intermediária do cotovelo; - veia intermediária do braço.

� Região cefálica: utilizada com freqüência em pediatria, quando não há

possibilidade de realizar a punção em regiões periféricas. ���� Material necessário:

• Bandeja contendo: luva de procedimento, garrote, bolas de algodão e álcool a 70%, cateter periférico (scalp ou gelco), esparadrapo para fixar o cateter.

���� Técnica para punção venosa:

���� O scalp deve ser trocado a cada 48 horas ou quando houver necessidade (p.ex.; flebite); ���� O gelco deve ser trocado a cada 72 horas ou quando houver necessidade.

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APLICAÇÃO DE CALOR

Consiste na aplicação de calor sobre a pele: • Calor seco por meio de bolsa de água quente, bolsas elétricas, raios infravermelhos. • Calor úmido: Por meio de compressas quentes

FINALIDADE DA APLICAÇÃO

• Relaxar a musculatura • Aquecer o paciente • Aumentar a circulação no local da aplicação • Aliviar a dor

CONTRA-INDICAÇÃO

• Hemorragias • Lesões abertas e feridas cirúrgicas • Fenômenos tromboembolíticos nos membros inferiores • Hemofilia ou fragilidade capilar

BOLSA DE ÁGUA QUENTE

Material: Bolsa de borracha, fronha ou toalha. Técnica: Por água quente na bolsa, colocar em superfície plana e expelir pelo gargalo o excesso de ar e água,

fechar a rolha, secar a bolsa, colocá-la dentro da fonha, aplicar na região indicada COMPRESSAS QUENTES : PODEM ALIVIAR A DOR Material: Compressas, bacia com água quente, toalha impermeável. Técnica: Forrar a cama com o impermeável e a toalha, colocar as compressas dentro da água quente e torcê-las,

colocar compressa na região indicada, repetir procedimento por 15min., secar a região e envolver com toalha ao terminar as aplicações, observar temperatura da água para não provocar queimaduras.

APLICAÇÕES FRIAS : PODE ALIVIAR A DOR

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Page 32: Apostila Pronta

É a aplicação de frio sob a forma de: - Frio seco: bolsa de gelo - Frio úmido: compressas úmidas FINALIDADE DA APLICAÇÃO: - diminuir hipertermia - Diminuir dor - Estancar hemorragia - Diminuir processos inflamatórios - Diminuir dor e edema nas luxações ou contusões CONTRA INDICAÇÕES - Paciente com estase circulatória - Paciente desnutrido

BOLSA DE GELO Material: Bolsa de gelo, fronha e cuba com pedras de gelo Procedimento: • Encher a bolsa com pedaços de gelo até a metade; • Retirar o ar e fechar • Colocar a bolsa numa fronha • Aplicar num local indicado • Deixar o tempo necessário, renovando quando o gelo derreter COMPRESSAS FRIAS Material: Bacia com água gelada ou gelo, compressas, toalhas. Procedimento: • Forrar a cama e o local da aplicação com uma toalha • Molhar as compressas, torcê-las • Retirar a toalha e aplicar compressas frias • Preparar outra compressa para substituir a que está no paciente • Ao final, enxugar o local com a toalha • Observar sinais de isquemia e necrose nas aplicações demoradas

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES • Ao usar qualquer forma de compressa (quente ou fria) é importante checar a temperatura • Não aplicar calor ou frio diretamente à pele

Aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias são eficazes no alívio da dor

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Page 33: Apostila Pronta

PROCEDIMENTOS E ATENÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO E PREPARO DE MEDICAMENTOS 1- A DOSAGEM CERTA Os medicamentos devem ser administrados na dose exata prescrita pelo médico, pois ao prescrever a dose levou-se em consideração os fatores abaixo: •Peso •Idade •Sexo •Via de administração patologia Aproximar as dosagens é prática perigosa, errar cálculos pode gerar graves problemas. 2- TERMOS IMPORTANTES POSOLOGIA: é o estudo da dosagem ou um sistema de dosagem. DOSE LETAL: é a dose que mata SOLUÇÕES: são misturas compreendidas por um SOLVENTE ( liquido no qual uma substância é dissolvida) e um SOLUTO (substância que se coloca num solvente)

3- AS DROGAS DE USO PARENTERAL

•O medicamento em forma sólida (pó liofilizado), após diluição, geralmente aumenta de volume, portanto, depois de dissolvido se não tiver certeza do volume atual aspirar o conteúdo para saber o volume.

•Nos frascos ou nas bulas de medicação na maioria das vezes vem escrito quantas miligramas de soluto tem por solvente. – já vem com o volume a ser diluído definido. •Ao fazermos os cálculos de medicação devemos sempre trabalhar com as mesmas unidades de medida. •Se ao diluir der número decimal acrescente diluente até dar número exato, exceto se ocorrer algum problema. EXEMPLO Administrar 0,25 g de Oxalacina (antibiótico) EV. Quando vocês tiverem contato com o frasco verão que ele contém 500 mg do produto. 1- converter gramas em miligramas 0,25g = 250 mg 2- dissolver o soluto do vidro em X de diluente, como por exemplo, em 5 ml. 3- fazer a conta assim: 500 mg – 5 ml X = 250 X 5 / 500 = 2,5 ml 250 mg - X Resposta: será administrada então 2,5 ml de oxalacina, o que corresponde a 250 mg 4- CÁLCULO DE GOTEJAMENTO

É importante saber fazer cálculos de gotejamento corretos e o controle do volume infundido. 5- MODELO DE RÓTULO PARA COLOCAR NO SORO

OXIGENOTERAPIA

É uma intervenção terapêutica, através da administração de oxigênio, visando melhorar a oxigenação das células. A terapia requer: •Uma fonte de oxigênio

•Um fluxômetro ( regula a quantidade de oxigênio oferecida ao paciente)

•Umidificador ( o oxigênio resseca as mucosas por isso na maioria das vezes é oferecido umidificado

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Método de administração de oxigênio mais usados 1-Cateter nasal : simples , tipo óculos . Usado para administrar concentrações baixas de O2 ( mais de 4l resseca a mucosa). .É de fácil aplicação 2- Máscara de venturi: método mais seguro e exato para liberar concentração necessária de oxigênio.

Considerações importantes: •O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente. •Ele alimenta a combustão •A gasometria ( determinação laboratorial dos gases arteriais), é a forma de averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia. OXIMETRIA: ( aparelho oxímetro, fixado em alguma parte do corpo: dedo, orelha) .mede a saturação de O2 do sangue . Uma medida inferior a 90% é preocupante . Se permanecer abaixo de 70% exige terapia . Explique o procedimento ao paciente. . O tremor do paciente pode interferir na medida . O sensor é conectado a um microprocessador. HIPÓXIA: concentração de oxigênio insuficiente a nível celular HIPOXEMIA: concentração de oxigênio insuficiente no sangue arterial SINAIS DE MÁ OXIGENAÇÃO taquipnea, taquicardia. Inquietação, confusão mental, prostração, convulsão, podendo ocorrer até parada respiratória 33

Page 35: Apostila Pronta

• Lavar as mãos antes e após o procedimento; • Explicar o cliente o que será realizado; • Calçar as luvas de procedimento; • Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada; • Escolher o local para punção ( sempre iniciar a punção pelas veias das

extremidades); • Garrotear o local para melhor visualizar a veia; • Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% no

sentido do proximal para distal; • Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado

para cima, introduzir a agulha num ângulo de 45°; • Após a punção realizar a fixação adequada com esparadrapo; • Identificar o esparadrapo com data para controle de uma nova punção; • Reunir o material utilizado e coloca-lo em local apropriado; • Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local

e intercorrências.

Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso:

1. Extravasamento: ocorre infiltração da medicação ou solução que está sendo injetada, causando a formação de edema, dor local. A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado; 2. Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum momento e o

dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da solução. Indica-se a injeção de solução salina ou água destilada (10ml em seringa de 10ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter;

3. Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e/ou

administração da medicação; o cliente apresenta dor local, calor, edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado.

���� Atenção para não esquecer perfuro-cortante no leito ou no quarto do cliente. É risco de auto-contaminação para o cliente e para a equipe. ���� NÃO reencape as agulhas após realizar o procedimento de aplicação injetável de medicamentos (ID, SC, IM e EV). Risco de auto-contaminação.

���� Durante infusões endovenosas podem ocorrer reações pirogênicas ou bacterêmicas e é importante observar suas manifestações clínicas. Em ambas as situações poderão ocorrer calafrios intensos, elevação da temperatura, tremores, sudorese, pele fria, queda da pressão arterial, cianose de extremidades e/ou labial, com abrupta queda do estado geral do paciente. Estas reações se verificam logo após o início da administração de uma terapia endovenosa, e devem cessa assim que esta é interrompida. Em caso de suspeita, deve-se:

� Interromper imediatamente a administração da terapia endovenosa; � Retirar o cateter da veia do cliente e puncionar novo acesso; � Medicar o cliente conforme prescrição médica. 34

Page 36: Apostila Pronta

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE MEDICAÇÃO

1) O médico prescreveu Novalgina gotas 1G, Via Oral. Temos em nosso estoque

Novalgina gotas 500mg/ml, quantos ml devo administrar?

2) Foi prescrito Benzetacil 800.000 UI, por via IM profunda em glúteo. Porém,

dispomos de frasco ampola de Penicilina Benzatina 1.200.000 UI, para diluir

em 4 ml de AD. Quanto vou aspirar do frasco para seguir corretamente a

prescrição médica?

3) Foi prescrito Gentamicina 40mg, IM. Em nossa farmácia dispomos de ampola

de Gentamicina 60mg/2 ml. Calcule quantos ml devo administrar?

4) Prescrito Keflin 780 mg, EV. Em nosso estoque de medicamentos temos

disponível frasco ampola de Keflin 1,0 gr. Sabemos que temos que diluir em

10 ml de AD. Quantos ml devo administrar?

5) O médico pediatra prescreveu S.F.0,9%/500 ml de 4/4 horas. Calcule

quantas microgotas irão infundir por minuto?

6) Foi prescrito em um prontuário a seguinte prescrição: Penicilina Cristalina

4.000.000 UI, por via EV. Disponível, frasco ampola de 5.000.000 UI. Como

devemos proceder? Não esquecer que o soluto contido no frasco ampola

acrescenta um volume de 2 ml.

7) Quantas gotas deverão correr em um minuto, para administrar 1.000 ml de

Soro glicosado (SG) a 5% de 6/6 horas?

8) Quantas gotas deverão correr em 1 minuto, para administrar o seguinte

soro prescrito:

SF 0,9%_______200ml

SG 10%_______800ml

KCL 19,1%_______8ml EV 12/12 horas

Plasil______1 amp (2ml)

Dramin_____1 amp (1ml)

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Page 37: Apostila Pronta

9) Devemos administrar 100 ml de bicarbonato de sódio a 10% em 30

minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto?

10) Devemos administrar 250 mg de Vancomicina em 50 ml de SF 0,9% em 30

minutos. Quantas microgotas deverão correr por minuto, uma vez que

utilizaremos uma bureta para administrarmos o medicamento?

11)Foram prescritos 45 mg de Ranitidina VO de 12/12 horas. Temos na clínica

frascos de Label (Ranitidina) de 120 ml. Frasco-ampola: 150 mg/10 ml

12)Devemos administrar 250 mg de Novamin (amicacina) IM de 12/12 horas.

Temos na Clínica ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml devemos

administrar?

13)Foram prescritos 100 mg de Neozine (Levopromazina) de 12/12 horas.

Temos na Clínica somente a apresentação em gotas sendo que as

informações contidas no frasco indicam que 1 gota=1 mg. Quantas gotas

devemos administrar no paciente?

14)Foram prescritos 5 mg de morfina EV. Temos na clínica ampolas de

40mg/ml. Quantos ml devemos administrar?

15)Temos que administrar 1.500.000 UI de Penicilina cristalina EV de 4/4

horas. Temos na clínica somente frasco/ampola de 5.000.000 UI. Quantos

ml devemos administrar?

16)Temos que administrar 2.000.000 UI de Penicilina Cristalina EV de 4/4

horas. Há na farmácia somente frasco-ampola de 5.000.000 UI. Quantos ml

devemos administrar?

17)Foram prescritos 50 UI de Insulina NPH por via SC e não temos seringa

própria, só de 3 ml e agulhas de 10X5. Como devemos proceder?

18)Foram prescritos 35 UI de Insulina regular por via SC e não temos seringa

própria, só de 3 ml. Como devemos proceder? Frasco-ampola: 100UI / ml.

19)Temos que administrar 2.500 UI de Heparina SC de 12/12 horas e só temos

frasco-ampola com 5.000 UI / ml. Quantos ml desta solução devemos

administrar?

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Page 38: Apostila Pronta

20)Temos que administrar 0,5 ml de heparina SC e queremos utilizar a seringa

de Insulina para fazer o procedimento. Quantas unidades correspondem os

0,5 ml?

21)Temos na clínica ampolas de glicose a 50% com 20 ml. Quantas gramas de

glicose têm nesta ampola?

22)Quantas gramas de glicose tem na solução de SG 5% em frascos de 1.000

ml?

23)Preparar um litro de uma solução de KMnO4 a 1:20.000 utilizando

comprimidos de 100 mg.

24)Preparar um litro de uma solução de KMnO4 a 1:40.000 utilizando

comprimidos de 100 mg.

25)Preparar dois litros de uma solução de KMnO4 a 1:20.000 utilizando

comprimidos de 50 mg.

"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a

encontrar a resposta dentro dele mesmo."

Galileu Galilei

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Bom Estudos a Todos, Obrigada!