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FELIPE GUILHERME FLORES E SILVA
GUILHERME REZENDE REHDER
JOS DIAS NETO
MARCOS VINICIUS OLIVEIRA DE ASSIS
NEANDER DE ABREU PRATES
5ADM047 ADMINISTRAO PARA COMPUTAO
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
RESUMO
Este texto tem como tema principal o Aprendizado Organizacional,
abordando a sua definio e as teorias e modelos envolvidos, assim como um estudo de
caso de Aprendizagem Organizacional feito em uma empresa.
ABSTRACT
The main subject of this text is Organizational Learning, broaching its
definitions, theories, and models involved in it, and a case study at the means of
organizational learning use by a company.
SUMRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 2
ABSTRACT ............................................................................................................................... 3
1. Introduo ........................................................................................................................... 5
2. Mtodos de aprendizagem .................................................................................................. 6
2.1 Modelagem .................................................................................................................. 6
2.2 Configurao ............................................................................................................... 6
3. Teoria da Aprendizagem Cognitiva .................................................................................... 7
4. Estilos de aprendizagem ..................................................................................................... 9
5. Aprendizagem organizacional .......................................................................................... 10
6. Modelo de Dixon .............................................................................................................. 13
7. Modelo de Senge ............................................................................................................... 16
6. Estudo de Caso .................................................................................................................. 19
7. Concluso .......................................................................................................................... 21
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................................... 22
1. Introduo
Quando se trabalha em conjunto para um bem comum, numa empresa ou
organizao, o sentimento de pertencer a uma grande equipe normal. Essa sensao d-se
pelos resultados j alcanados, pela vontade de crescer e alcanar resultados ainda maiores,
e pela confiana que se gera entre os participantes. Mas esse um esquema de uma equipe
que j est em andamento.
Numa grande equipe, os indivduos aprendem, em conjunto, a desenvolver
constantemente suas habilidades e idias de acordo com os problemas da empresa que so
enfrentados pelo grupo e as solues descobertas para cujos problemas, criando uma
pequena cultura, que altera as opinies das pessoas envolvidas, devido aos novos
conhecimentos e percepes que adquiriram, junto com suas experincias fora da empresa,
fazendo com que cada membro dela seja importante. Essa aprendizagem organizacional.
Nesse texto, ser apresentada as teorias e estilos de aprendizagem que levam
a aprendizagem organizacional e sua definio, os fatores que estimulam e contribuem
para o aprendizado organizacional, os modelos de Peter Senge e Nancy Dixon, grandes
estudiosos de Aprendizagem Organizacional e um estudo de caso de uma empresa.
2. Mtodos de aprendizagem
Ao aprender uma habilidade complexa, se adquire mais que uma quantidade
hbitos, se aprende tambm, a reuni-los em padres interligados de conhecimento. Na
aprendizagem de habilidades complexas existem dois processos importantes que facilitam
esse processo, so a modelagem, conhecida tambm por imitao, e configurao, ou
formatao.
2.1 Modelagem
A modelagem ocorre quando se aprende uma habilidade observando uma
outra pessoa que est desempenhando tal habilidade. Para modelar preciso observar
detalhadamente a pessoa que desempenha a habilidade, para poder aprender com eficcia,
a fim de conseguir faz-la em seguida, como um representante de vendas que se modela
em outros vendedores de sucesso, a fim de conseguir expressar a mesma confiana em seu
produto, exaltando suas qualidades. A modelagem um modelo eficaz, mas exige
capacidade e motivao do aprendiz.
2.2 Configurao
A configurao o aprendizado passo a passo, onde o aprendiz recebe uma
srie tarefa, e ao aplic-las corretamente, recebe a seguinte srie, e assim segue, at o
aprendiz ter a capacidade de desempenhar corretamente sua funo. uma forma de
aprender habilidades complexas, desenvolvendo os hbitos por partes. O uso de
recompensas e punies pode estimular o aprendiz a se esforar mais a aprender suas
tarefas e desempenh-las corretamente.
3. Teoria da Aprendizagem Cognitiva
A teoria da aprendizagem cognitiva se trata do aprendizado que no provm
da organizao, mas sim, de um indivduo dela que, devido ao seu conhecimento,
experincia e personalidade, consegue formular uma idia nova em frente a um problema
ou situao. Caractersticas como habilidades analticas, raciocnio e dedicao contribuem
para esse tipo de aprendizagem. Um tipo de aprendizagem que explica a teoria da
aprendizagem cognitiva a aprendizagem informal.
A aprendizagem informal aquela que ocorre de uma maneira
cotidianamente no ambiente em que os indivduos vivem, ou seja, aquela aprendizagem
que acontece no dia-a-dia sem necessidade de se ter algum ensinando algo, e claro,
consequentemente sem necessitar de ser institucionalizada. Em relao s instituies
empresariais, a aprendizagem informal acontece de uma forma no programada, na qual as
pessoas aprendem conhecimentos importantes por meio de trocas de conhecimentos umas
com as outras, atravs de um compartilhamento, onde a aprendizagem ocorre em meio a
este processo.
O Instituto Norte Americano de Aprendizagem num inqurito realizado em
2006, constatou que 80% da nossa aprendizagem informal, contra somente 20% que
Formal 1. A partir desta citao podemos observar que as pessoas aprendem muito melhor
quando elas esto vontade em algum ambiente cotidiano, como por exemplo, enquanto
elas esto simplesmente conversando, observando outras pessoas, tentando por si prprias,
identificando alguns de seus prprios erros ou dos erros de seus colegas, utilizando a
internet, ajudando outras pessoas, etc. Assim sendo, podemos notar que os altos
investimentos em aprendizagem formal, como em treinamentos, palestras, capacitaes,
consultorias, entre outros meios, que so extremamente estimulados e utilizados pelas
organizaes, s vezes desnecessrios, no vem tendo um resultado significativo
comparado ao aprendizado informal que por muitas vezes deixado de lado, lembrando
que para o funcionrio o aprendizado informal mais agradvel do que o aprendizado
formal, pois esse ltimo visto como obrigao.
1 Disponvel em: . Capitado em: 25/05/2010
Em suma, ao considerarmos que o mercado imprevisvel e evolui a cada
segundo, tendo em vista que as coisas esto constantemente sofrendo mudanas em nosso
mundo, no sendo nada esttico, conclumos que em uma empresa as pessoas no podem
ficar dependendo de metodologias tradicionais de treinamentos e capacitaes, e sim
devem buscar uma forma em que se deve aperfeioar o lucro, minimizar o custo, buscar
inovaes sendo que a aprendizagem informal tem por conseqncia a tudo isso.
4. Estilos de aprendizagem
Os estilos de aprendizagem variam de acordo com as caractersticas pessoais
de cada indivduo. As pessoas tm estilos diferentes de aprendizagem. No h uma pessoa
igual outra. As preferncias de cada aprendiz no so exatamente as mesmas, mas isto
no quer dizer que so melhores ou piores (PAIVA, 2005). Tendo em vista isso e sabendo
que somos seres singulares, no somos capazes de entender como se pode aprender apenas
se fundamentando em teorias de educao, tratando o aprendizado como sendo igual para
todos. Devemos buscar aprender de forma mais especfica de acordo com as necessidades
individuais de cada um.
Considerando que os estilos de aprendizagem se caracterizam pelas
maneiras que as pessoas encontram para aprender as coisas, David Kolb (1939-), um
terico americano da educao que estuda a rea de aprendizagem experimental,
formulou quatro elementos que se constituem na essncia da espiral da aprendizagem, ou
crculo da aprendizagem. Este crculo composto pelos elementos: experincia concreta,
observao reflexiva, conceituao abstrata e experimentao ativa:
A experincia concreta se d pelo envolvimento do indivduo em novas
experincias, possibilitando a este indivduo aprender pelo sentir;
A observao reflexiva se d quando o indivduo comea a refletir e a observar
as experincias a partir de vrias perspectivas;
A conceitualizao abstrata se d pela apropriao de conceitos que integram as
observaes, propiciando o entendimento das explicaes como resultado do
pensar;
A experimentao ativa se d pela utilizao das teorias em meio prtica, nas
tomadas de decises e solues para os problemas, ou seja, se d pelo fazer.
Achamos conveniente explicitar aqui que, as mltiplas inteligncias de
Gardner no devem ser confundidas com os estilos de aprendizagens, ao quais so: a
Verbal/Lingstica, a Lgica-Matemtica, a Musical, a Espacial/Visual, a
Corporal/Cinesttica, a Interpessoal, a Intrapessoal, a Naturalstica e a
Existencialista.
5. Aprendizagem organizacional
A vida humana baseada em conhecimento. Desde o nascimento, quando
aprendemos a chorar para nos expressar; passamos por fases, precisamos andar, correr,
falar, construir, transformar, socializar... Aprendemos sozinhos, por meio de
conhecimentos passados de indivduo a indivduo ou mesmo com o prprio ambiente. E o
que dizer sobre as organizaes? Elas tambm aprendem?
Como ns, pessoas, as organizaes que aqui so representadas quase que
em totalidade pelas empresas no s aprendem como so obrigadas a aprender, por uma
questo de sobrevivncia. Elas aprendem a escutar e satisfazer os clientes, criar novos
produtos, servios, modos de produo e de atendimento.
Organizaes aprendem, essencialmente, porque so constitudas de seres
humanos, que trazem consigo a bagagem da aprendizagem passada, presente e futura, a
sede por mais sabedoria. Assim sendo, as organizaes so ambientes onde h uma troca
incessante de informaes,conhecimento.
O conceito de Aprendizagem Organizacional , em suma, metafrico, pois
uma organizao por si no aprende, mas as pessoas que a constituem, hoje, porm, muitos
autores consideram as organizaes como seres capazes de aprender.
Organizaes, como dito h alguns pargrafos, so entendidas
principalmente por pessoas jurdicas, empresas, constitudas de elementos materiais
prdios, mveis, equipamentos , elementos naturais seres humanos e elementos
imateriais tecnologia, modos de operao.
O modelo de trabalho existente desde o mais longnquo passado at o final
do sculo XIX era baseado na fora fsica, tanto humana quanto animal, as mudanas no
ocorriam, no era preciso um conhecimento maior do que aquele passado de pai para filho.
No incio do sculo XX esse processo passou por uma mudana brusca, passou-se a falar
em energia contida na matria, tomos, molculas e a fora de trabalho passou a usar a
fora para operar mquinas e instrumentos. J na metade do mesmo sculo a informao
comeou a se consolidar como principal instrumento da fora de trabalho, cada vez mais
necessria a habilidade do conhecer, do aprender, uma habilidade cognitiva necessria do
incio ao fim da vida no atual contexto social.
Assim como as pessoas que as formam, as organizaes passam por
processo semelhante, seno idntico, de evoluo do modelo de trabalho. Elas devem
adaptar-se ao contexto, modificaes, sob o risco de ficarem obsoletas e serem absorvidas
ou numa expresso mais forte, esmagadas pela concorrncia.
Para tanto devem dispor de recursos internos que garantam sua
sobrevivncia, recursos que no apenas manipulam fora e energia, mas tambm
informao. As pessoas so esses recursos, so elas que tm a tarefa de monitorar,
interpretar e aplicar as novas bases da sabedoria cientfica/social que ocorrem em mbito
mundial.
Aprender no consiste apenas em receber informaes cruas, mas tambm
em coloc-las em situaes consistentes, us-las na resoluo de problemas, contextualizar
para a realidade vivida. Porm, o aprender muitas vezes acontece por tentativa e erro,
assim como quando aprendemos a caminhar, o processo de implantao da saber leva a
equvocos que apenas sero percebidos ao longo do caminho. Pode-se dizer a partir disso
que os processos de aprendizagem organizacional esto em constante metamorfose,
passam por fases que podem ser chamadas at mesmo de amorais, mas que so necessrias
para que se chegue a um modelo sustentvel, algo favorvel a toda sociedade; uma utopia,
j que o ambiente em que se desenvolve uma organizao est em constante processo de
mudana. Assim sendo, as organizaes devem atualizar-se; atualizar seus recursos
materiais, imateriais e principalmente humanos.
Pode-se dizer tambm que as pessoas que compe uma organizao
aprendem com ela, por exemplo, uma empresa fundada por algum, este algum tem seus
prprios princpios, usados no alicerar de sua organizao. Tais princpios podem ser
imorais de um ponto de vista sustentvel, mas com base no alicerce da organizao, seus
componentes humanos aprendero a conviver com e seguir os mesmos passos ensinados
desde a sua juno mesma. Neste caso cabe prpria organizao como sendo
metaforicamente um ser dotado de inteligncia mudar seus prprios conceitos e pass-los
adiante, passando assim pelo nvel talvez mais evidente da aprendizagem organizacional:
aquele em que os princpios de conhecimento e sabedoria so usados no apenas em
sentido unidirecional, mas adquiridos tanto de organizao para indivduo quanto de
indivduo para organizao, contribuindo para um avano cada vez maior na busca
conceito utpico da aprendizagem organizacional, em que uma organizao passaria de
mera marionete corporativa a um ser dotado de inteligncia e discernimento de certo e
errado, moral e amoral cooperando assim para um incrvel progresso social.
6. Modelo de Dixon
Dixon diz que os profissionais de recursos humanos no contexto
organizacional so os principais facilitadores do processo da aprendizagem organizacional
nas empresas, desde que tenham autonomia para tal.
Dixon identifica cinco princpios fundamentais em seu modelo de
aprendizagem organizacional, tais princpios reproduzem etapas do processo, essas etapas
no so seqenciais ou independentes, estas so de acordo com o modo como a
organizao se relaciona com determinado conhecimento e informao.
Esses princpios so caracterizados como mostramos a seguir:
1. Aquisio de informaes: a organizao pode recorrer a dados internos para obter
as informaes necessrias, tais fontes podem ser congeniais, experienciais,
experimentais, de melhorias contnuas, reflexes crticas. As fontes congeniais
podem ser definidas como a histria da organizao, os acontecimentos
relacionados a origem desta , toda a informao, decises e acontecimentos
ocorridos no princpio e/ou passado da organizao; as fontes experienciais so
todas as informaes e atitudes tomadas pela empresa, todos os sucessos e
fracassos obtidos atravs da experincia; no caso das fontes experimentais, so as
informaes obtidas atravs da experimentao, ou seja, investigaes, projetos,
pesquisa, etc.; j as melhorias contnuas podem ser feitas pelo desenvolvimento de
grupos ou equipes de trabalho, com maior ateno no feedback das mudanas
incrementais; quando falamos de reflexes crticas queremos salientar a
importncia de rever e avaliar o funcionamento global da organizao, seja isso
efetuado atravs do dilogo ou o questionamento de pressupostos e algumas
normas bsicas.A organizao tambm pode buscar fontes externas de dados , que
podem ser obtidas atravs de conferncias, contrataes de consultores e utilizao
de todo tipo de material impresso; atravs de pesquisas com busca contnua e
recolhimento sistemtico de informaes ; atravs do denominado excertos que
nada mais do que a contratao de novos funcionrios ou novas fuses e
estabelecimento de alianas.
2. Interpretao e distribuio da informao: neste princpio se identificam duas
perspectivas de aprendizagem organizacional: a perspectiva sistmico-estrutural e a
perspectiva interpretativa. Quando citamos a perspectiva sistmico estrutural
estamos falando da viso da informao como uma mensagem que ser distribuda
pela organizao, de forma a servir de suporte eficaz ao processo de tomadas de
decises referentes s aes desenvolvidas e a transmisso de resultados. Nesta
perspectiva, defendida a relao de proporcionalidade direta entre a extenso da
aprendizagem organizacional e a extenso de como feita a distribuio dessa
informao, o centro dessa perspectiva so questes como quantidade, frequncia,
nvel de compreenso e instrumentabilidade das mensagens distribudas. J na
perspectiva interpretativa, focalizado o na analise de validez existente em uma
interpretao da informao, desta forma, torna-se importante reduzir, mitigar os
erros no recolhimento de dados, o que torna necessrio sistema logstico para
manusear a distribuio da informao.
3. Atribuio de sentido informao: se mostra como uma atividade de grande
relevncia no processo de aprendizagem organizacional, j que ela responsvel
por tornar vivel e instrumental a informao. Se considerarmos a perspectiva
sistmico-estrutural, as organizaes podem utilizar instrumentos racionais de
anlise para atribuir sentido a informao a partir de algum acontecimento passado,
j se considerarmos a perspectiva interpretativa, tm-se o conceito de que a prpria
ao conduz a compreenso, sendo que o significado de uma informao depende
dos atores envolvidos, sendo assim existiro mltiplas interpretaes sobre
determinado assunto, que poder conduzir definio coerente de um dado
fenmeno baseado na partilha de uma mesma informao, atingindo-se um plano
organizacional de interpretao que supera o nvel meramente individual.
4. Memria organizacional: a informao armazenada ao longo da histria de uma
organizao poderia ser recuperada para apoiar muitas decises atuais, ou seja,
decises, anteriormente, tomadas em uma empresa podem ser armazenadas em uma
espcie de histrico para que possa se consultada e influenciar de forma benfica
decises atuais. dito que este histrico pode ser encontrado em 5 diferentes
recipientes: nos indivduos, na cultura, nas prprias transformaes, na estrutura
organizacional e na estrutura fsica e organizacional da empresa. Tambm podemos
considerar informaes armazenadas no exterior, estas podem estar com antigos
colaboradores, relatrios externos organizao ou at registros efetuados pelos
prprios concorrentes. Dixon tambm difere a memria organizacional tcita da
memria intencional, onde a tcita se caracteriza pela cultura, estrutura, ecologia e
teorias de ao de uma organizao e a intencional os registros, os sistemas
especializados, relatrios polticas, competncias e transformaes. Ainda podemos
definir a memria organizacional externa, onde se pode identificar, registros de
concorrentes, relatrios financeiros divulgados e informaes mantidas por antigos
colaboradores.
5. Recuperao ou reconstruo da informao: pode ser um processo automtico que
proporcional a qualidade da aprendizagem efetuada, ou intencionalmente
controlada.
7. Modelo de Senge
Peter M. Senge, diretor do Programa de Aprendizagem Organizacional e
Raciocnio Sistmico na faculdade de Administrao Sloan, no Massachusetts Institute of
Technology, alm de um dos fundadores da firma de consultoria Innovation Associates, o
escritor do Best-seller A quinta disciplina (1990), aclamado livro do ramo da
administrao focado em explicar o funcionamento da Aprendizagem organizacional em
sua viso. Seu modelo, mesmo nem sempre sendo aceito pacificamente pelos estudiosos
da rea de forma imediata, se tornou uma das bases fundamentais para a criao de uma
organizao que possa aprender e, com isso, evoluir no mercado.
Em seu livro, Senge destaca a importncia da era da informao em todos os
ramos da sociedade (tais como nos negcios, nas escolas ou mesmo nos governos), pois
exige uma transformao radical nos conceitos tradicionais de tais ramos. Tambm
combate os conceitos de fragmentao herdados da revoluo industrial, onde cada
indivduo realiza uma pequena parcela do processo de produo, traduzindo a idia de
organizao em constante esforo de aprendizagem, a qual possui seu enfoque em grupos e
equipes de trabalho.
O enfoque principal do modelo de Aprendizagem Organizacional de Senge
est em seus conceitos de disciplinas, as quais so essenciais e devem ser desenvolvidas
pelas organizaes para possam se manter de forma contnua em processo de
aprendizagem. Tais disciplinas so tema principal do livro j citado A quinta disciplina,
e so: domnio pessoal, modelos mentais, viso partilhada, aprendizagem em grupo e
pensamento sistmico. Essas disciplinas sero detalhadas a seguir:
Domnio Pessoal: Uma disciplina importante no processo de aprendizagem
organizacional o domnio pessoal, o qual possui seu enfoque nos indivduos, seus
objetivos pessoais, em suas qualidades mpares dentro da organizao, tais como
perseverana e capacidade de analisar a realidade de forma objetiva. Permite a reflexo do
que verdadeiramente importante para cada indivduo, os envolvendo em processos de
aprendizagem pessoal.
Para Senge (1998, p.169-170), incorpora dois movimentos: O primeiro o
contnuo esclarecimento do que importante para ns. [...] O segundo aprender
continuamente como ver a realidade atual com mais clareza.
Modelos Mentais: Essa disciplina pressupe que os indivduos possuem
formas distintas de analisar objetos, pessoas e situaes, devido a suas experincias
passadas durante sua vida. Essas formas de analise determinam como os mesmos agem e
interagem, influenciando tanto no comportamento individual quanto no comportamento em
grupos.
Muitas vezes os indivduos possuem modelos mentais os quais o impedem
de interagir de forma efetiva com outros indivduos de um determinado grupo, o que pode
ser um obstculo na obteno do objetivo da organizao. Dessa forma, necessrio que se
questionem as suposies dos modelos mentais de cada indivduo, o possibilitando rever
tais conceitos de forma a possibilitar uma interao mais efetiva entre os vrios indivduos
que compem a organizao.
Viso Partilhada: Tal disciplina a responsvel pelo sucesso de muitas
equipes de trabalho, pois baseada na existncia de uma crena ou desejo em comum entre
os indivduos de um mesmo grupo, os quais possuem uma viso partilhada de como
alcanar seus objetivos. Atravs dessa disciplina, se renem as condies necessrias para
o desenvolvimento tanto individual e grupal, quanto organizacional, se utilizando de um
processo de aprendizagem que aceito por todos os indivduos integrantes de determinado
grupo de trabalho (ou mesmo organizao) de forma voluntria.
importante ressaltar que tal disciplina depende de uma liderana eficaz,
pois, como indivduos necessariamente so mpares, faz-se necessrio um lder capaz de
compreender e lidar com todos de forma a transformar o objetivo da organizao no
objetivo pessoal de cada um.
Aprendizagem em Grupo: a capacidade que os indivduos possuem de
buscar pensar conjuntamente em um grupo de trabalho ou organizao, visando alcanar
seus objetivos. Para isso, cada indivduo deve deixar de lado suas idias e conceitos
preconcebidos.
A aprendizagem em grupo auxilia uma organizao na soluo de seus
problemas, visto que todos os indivduos pensam de forma coletiva em solues, bem
como no desenvolvimento dos indivduos, os quais so capazes de crescer mais
rapidamente quando em comparao a indivduos que passam por processos de
aprendizagem individual.
Em uma organizao, a prtica da aprendizagem em grupo ou equipe est
intimamente ligada a praticas de dilogo (o qual deve ser exercitado em sesses
especficas), bem como criao de laboratrios de aprendizagem.
Pensamento Sistmico: Tambm conhecido como a quinta disciplina, a
mais importante das cinco disciplinas de Senge. Essa disciplina integra as outras quatro,
incorporando-as num conjunto lgico de teoria e prtica que possibilitam a aprendizagem
organizacional.
O pensamento sistmico descreve uma organizao como parte integrante
de vrios e diferentes sistemas em contnua integrao, no sendo um sistema isolado. No
conceito de aprendizagem organizacional o trabalho de cada indivduo afeta o trabalho de
todos os outros indivduos do sistema (organizao). De forma geral, essa disciplina nos
possibilita a compreenso de peas aparentemente isoladas (indivduos, entre outros) como
um todo, possibilitando a integrao da organizao como forma de proporcionar a
aprendizagem mesma.
Alm dos conceitos de unificao, o pensamento sistmico tambm
responsvel pela procura da verdadeira essncia dos problemas da organizao, os quais
sero abordados e resolvidos por meio da unificao das outras quatro disciplinas, que
permitem uma soluo gil e efetiva.
6. Estudo de Caso
Baseado nos conceitos de Aprendizagem organizacional abordados nesse
trabalho, principalmente nos pensamentos de SENGE(1990), o artigo APRENDIZAGEM
ORGANIZACIONAL: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE GRANDE
PORTE (n/a), escrito por Patrcia Lopes de Oliveira e Rosangela Maria Vanalle
aborda o estudo de caso em uma determinada empresa multinacional de grande porte, a
qual se localiza em So Paulo. Com base nesse artigo, descreveremos alguns mtodos
utilizados pela empresa visando promover o Aprendizado Organizacional entre seus
funcionrios.
Primeiramente, uma breve descrio do contexto da empresa deve ser
abordada para melhor compreenso do assunto. A empresa analisada faz parte de um grupo
norte-americano, o qual est no mercado desde 1802. uma multinacional que atua em 72
pases, possuindo 135 unidades de fabricao. A empresa analisada se localiza em So
Paulo e atua no ramo txtil, produzindo principalmente fios de Nylon Txtil para outras
empresas. composta por cerca de 1200 funcionrios, os quais apenas 350 so
terceirizados.
Com o intuito de melhorar a produo da empresa, foi decidido aplicar
procedimentos internos que propiciem a aprendizagem organizacional, os quais sero
abordados em seguida.
1- Networking o nome dados s reunies entre os funcionrios membros de grupos
dentro da prpria empresa, proporcionando a troca de informaes visando que
todos saibam o que ocorre dentro da empresa como um todo. Pode tambm
referenciar uma reunio mais abrangente, a qual rene funcionrios de diferentes
unidades da organizao, como forma de unificar a corporao. um procedimento
que se enquadra nas idias de SENGE(1990) de aprendizagem em grupo.
2- Quadros Informativos Refere-se ao procedimento de se espalhar pela empresa
quadros informativos que divulguem a seus funcionrios todas as principais aes
da empresa. Apesar de um meio prtico, no garante que os funcionrios realmente
leiam tais quadros, ou seja, no garante que aprendam de fato com tais quadros.
3- Workshop Universidade Nylon Tal procedimento se refere a workshops e
treinamentos disponibilizados aos funcionrios dentro da prpria empresa, visando
proporcionar o aprendizado de maneira confivel. Isso se d devido ao fato de que
os responsveis por tais treinamentos so os prprios funcionrios da empresa.
4- Caf da manh com a Diretoria Proporciona uma maior aproximao entre os
funcionrios e a Diretoria, objetivando a conversa entre funcionrios de vrios
setores com seu diretor de modo a possibilitar a troca de informaes e/ou
sugestes.
5- Reunio para solucionar problemas Reunies no apenas com a alta hierarquia da
empresa, mais com todos os setores envolvidos no problema, de forma a solucion-
lo de forma mais rpida e eficiente. A vantagem que o problema ser resolvido
atravs do acordo entre todos, no apenas do julgamento de um funcionrio que
supostamente o resolveria sozinho.
6- Grupo-Tarefa: Grupos formados entre funcionrios, sejam de uma mesma diviso
ou de divises diferentes dentro da empresa, com o intuito de se criar um objetivo a
ser alcanado por todos. Tal objetivo deve ser alcanado dentro do prazo de um
ano. Isso estimula o aprendizado em grupo, motiva os funcionrios a obterem
melhor desempenho dentro da empresa e auxilia tal empresa a evoluir no mercado.
Esses foram alguns dos meios utilizados pela empresa analisada os quais
utilizam a aprendizagem organizacional como forma de melhora geral na empresa, seja na
qualidade de seus servios ou mesmo na competitividade de tal empresa no mercado.
7. Concluso
Com as anlises apresentadas no texto, podemos concluir que o estudo de
aprendizagem organizacional uma nova e importante etapa para as organizaes, pois ela
visa fazer a empresa crescer junto com os seus empregados, formando uma equipe que
ensina e aprende com ela mesma a cada situao enfrentada, adquirindo conhecimentos e
experincias novas.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Disponvel em: . Acesso em: 25/05/2010.
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Acesso em: 25 de maio de 2010
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina. So Paulo: Editora Best Seller, 1990.
RICHE, G. A., Alto, R. M. As organizaes que Aprendem, Segundo Peter Senge: A
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