Aprendizagem Organizacional

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  • FELIPE GUILHERME FLORES E SILVA

    GUILHERME REZENDE REHDER

    JOS DIAS NETO

    MARCOS VINICIUS OLIVEIRA DE ASSIS

    NEANDER DE ABREU PRATES

    5ADM047 ADMINISTRAO PARA COMPUTAO

    APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

  • RESUMO

    Este texto tem como tema principal o Aprendizado Organizacional,

    abordando a sua definio e as teorias e modelos envolvidos, assim como um estudo de

    caso de Aprendizagem Organizacional feito em uma empresa.

  • ABSTRACT

    The main subject of this text is Organizational Learning, broaching its

    definitions, theories, and models involved in it, and a case study at the means of

    organizational learning use by a company.

  • SUMRIO

    RESUMO ................................................................................................................................... 2

    ABSTRACT ............................................................................................................................... 3

    1. Introduo ........................................................................................................................... 5

    2. Mtodos de aprendizagem .................................................................................................. 6

    2.1 Modelagem .................................................................................................................. 6

    2.2 Configurao ............................................................................................................... 6

    3. Teoria da Aprendizagem Cognitiva .................................................................................... 7

    4. Estilos de aprendizagem ..................................................................................................... 9

    5. Aprendizagem organizacional .......................................................................................... 10

    6. Modelo de Dixon .............................................................................................................. 13

    7. Modelo de Senge ............................................................................................................... 16

    6. Estudo de Caso .................................................................................................................. 19

    7. Concluso .......................................................................................................................... 21

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................................... 22

  • 1. Introduo

    Quando se trabalha em conjunto para um bem comum, numa empresa ou

    organizao, o sentimento de pertencer a uma grande equipe normal. Essa sensao d-se

    pelos resultados j alcanados, pela vontade de crescer e alcanar resultados ainda maiores,

    e pela confiana que se gera entre os participantes. Mas esse um esquema de uma equipe

    que j est em andamento.

    Numa grande equipe, os indivduos aprendem, em conjunto, a desenvolver

    constantemente suas habilidades e idias de acordo com os problemas da empresa que so

    enfrentados pelo grupo e as solues descobertas para cujos problemas, criando uma

    pequena cultura, que altera as opinies das pessoas envolvidas, devido aos novos

    conhecimentos e percepes que adquiriram, junto com suas experincias fora da empresa,

    fazendo com que cada membro dela seja importante. Essa aprendizagem organizacional.

    Nesse texto, ser apresentada as teorias e estilos de aprendizagem que levam

    a aprendizagem organizacional e sua definio, os fatores que estimulam e contribuem

    para o aprendizado organizacional, os modelos de Peter Senge e Nancy Dixon, grandes

    estudiosos de Aprendizagem Organizacional e um estudo de caso de uma empresa.

  • 2. Mtodos de aprendizagem

    Ao aprender uma habilidade complexa, se adquire mais que uma quantidade

    hbitos, se aprende tambm, a reuni-los em padres interligados de conhecimento. Na

    aprendizagem de habilidades complexas existem dois processos importantes que facilitam

    esse processo, so a modelagem, conhecida tambm por imitao, e configurao, ou

    formatao.

    2.1 Modelagem

    A modelagem ocorre quando se aprende uma habilidade observando uma

    outra pessoa que est desempenhando tal habilidade. Para modelar preciso observar

    detalhadamente a pessoa que desempenha a habilidade, para poder aprender com eficcia,

    a fim de conseguir faz-la em seguida, como um representante de vendas que se modela

    em outros vendedores de sucesso, a fim de conseguir expressar a mesma confiana em seu

    produto, exaltando suas qualidades. A modelagem um modelo eficaz, mas exige

    capacidade e motivao do aprendiz.

    2.2 Configurao

    A configurao o aprendizado passo a passo, onde o aprendiz recebe uma

    srie tarefa, e ao aplic-las corretamente, recebe a seguinte srie, e assim segue, at o

    aprendiz ter a capacidade de desempenhar corretamente sua funo. uma forma de

    aprender habilidades complexas, desenvolvendo os hbitos por partes. O uso de

    recompensas e punies pode estimular o aprendiz a se esforar mais a aprender suas

    tarefas e desempenh-las corretamente.

  • 3. Teoria da Aprendizagem Cognitiva

    A teoria da aprendizagem cognitiva se trata do aprendizado que no provm

    da organizao, mas sim, de um indivduo dela que, devido ao seu conhecimento,

    experincia e personalidade, consegue formular uma idia nova em frente a um problema

    ou situao. Caractersticas como habilidades analticas, raciocnio e dedicao contribuem

    para esse tipo de aprendizagem. Um tipo de aprendizagem que explica a teoria da

    aprendizagem cognitiva a aprendizagem informal.

    A aprendizagem informal aquela que ocorre de uma maneira

    cotidianamente no ambiente em que os indivduos vivem, ou seja, aquela aprendizagem

    que acontece no dia-a-dia sem necessidade de se ter algum ensinando algo, e claro,

    consequentemente sem necessitar de ser institucionalizada. Em relao s instituies

    empresariais, a aprendizagem informal acontece de uma forma no programada, na qual as

    pessoas aprendem conhecimentos importantes por meio de trocas de conhecimentos umas

    com as outras, atravs de um compartilhamento, onde a aprendizagem ocorre em meio a

    este processo.

    O Instituto Norte Americano de Aprendizagem num inqurito realizado em

    2006, constatou que 80% da nossa aprendizagem informal, contra somente 20% que

    Formal 1. A partir desta citao podemos observar que as pessoas aprendem muito melhor

    quando elas esto vontade em algum ambiente cotidiano, como por exemplo, enquanto

    elas esto simplesmente conversando, observando outras pessoas, tentando por si prprias,

    identificando alguns de seus prprios erros ou dos erros de seus colegas, utilizando a

    internet, ajudando outras pessoas, etc. Assim sendo, podemos notar que os altos

    investimentos em aprendizagem formal, como em treinamentos, palestras, capacitaes,

    consultorias, entre outros meios, que so extremamente estimulados e utilizados pelas

    organizaes, s vezes desnecessrios, no vem tendo um resultado significativo

    comparado ao aprendizado informal que por muitas vezes deixado de lado, lembrando

    que para o funcionrio o aprendizado informal mais agradvel do que o aprendizado

    formal, pois esse ltimo visto como obrigao.

    1 Disponvel em: . Capitado em: 25/05/2010

  • Em suma, ao considerarmos que o mercado imprevisvel e evolui a cada

    segundo, tendo em vista que as coisas esto constantemente sofrendo mudanas em nosso

    mundo, no sendo nada esttico, conclumos que em uma empresa as pessoas no podem

    ficar dependendo de metodologias tradicionais de treinamentos e capacitaes, e sim

    devem buscar uma forma em que se deve aperfeioar o lucro, minimizar o custo, buscar

    inovaes sendo que a aprendizagem informal tem por conseqncia a tudo isso.

  • 4. Estilos de aprendizagem

    Os estilos de aprendizagem variam de acordo com as caractersticas pessoais

    de cada indivduo. As pessoas tm estilos diferentes de aprendizagem. No h uma pessoa

    igual outra. As preferncias de cada aprendiz no so exatamente as mesmas, mas isto

    no quer dizer que so melhores ou piores (PAIVA, 2005). Tendo em vista isso e sabendo

    que somos seres singulares, no somos capazes de entender como se pode aprender apenas

    se fundamentando em teorias de educao, tratando o aprendizado como sendo igual para

    todos. Devemos buscar aprender de forma mais especfica de acordo com as necessidades

    individuais de cada um.

    Considerando que os estilos de aprendizagem se caracterizam pelas

    maneiras que as pessoas encontram para aprender as coisas, David Kolb (1939-), um

    terico americano da educao que estuda a rea de aprendizagem experimental,

    formulou quatro elementos que se constituem na essncia da espiral da aprendizagem, ou

    crculo da aprendizagem. Este crculo composto pelos elementos: experincia concreta,

    observao reflexiva, conceituao abstrata e experimentao ativa:

    A experincia concreta se d pelo envolvimento do indivduo em novas

    experincias, possibilitando a este indivduo aprender pelo sentir;

    A observao reflexiva se d quando o indivduo comea a refletir e a observar

    as experincias a partir de vrias perspectivas;

    A conceitualizao abstrata se d pela apropriao de conceitos que integram as

    observaes, propiciando o entendimento das explicaes como resultado do

    pensar;

    A experimentao ativa se d pela utilizao das teorias em meio prtica, nas

    tomadas de decises e solues para os problemas, ou seja, se d pelo fazer.

    Achamos conveniente explicitar aqui que, as mltiplas inteligncias de

    Gardner no devem ser confundidas com os estilos de aprendizagens, ao quais so: a

    Verbal/Lingstica, a Lgica-Matemtica, a Musical, a Espacial/Visual, a

    Corporal/Cinesttica, a Interpessoal, a Intrapessoal, a Naturalstica e a

    Existencialista.

  • 5. Aprendizagem organizacional

    A vida humana baseada em conhecimento. Desde o nascimento, quando

    aprendemos a chorar para nos expressar; passamos por fases, precisamos andar, correr,

    falar, construir, transformar, socializar... Aprendemos sozinhos, por meio de

    conhecimentos passados de indivduo a indivduo ou mesmo com o prprio ambiente. E o

    que dizer sobre as organizaes? Elas tambm aprendem?

    Como ns, pessoas, as organizaes que aqui so representadas quase que

    em totalidade pelas empresas no s aprendem como so obrigadas a aprender, por uma

    questo de sobrevivncia. Elas aprendem a escutar e satisfazer os clientes, criar novos

    produtos, servios, modos de produo e de atendimento.

    Organizaes aprendem, essencialmente, porque so constitudas de seres

    humanos, que trazem consigo a bagagem da aprendizagem passada, presente e futura, a

    sede por mais sabedoria. Assim sendo, as organizaes so ambientes onde h uma troca

    incessante de informaes,conhecimento.

    O conceito de Aprendizagem Organizacional , em suma, metafrico, pois

    uma organizao por si no aprende, mas as pessoas que a constituem, hoje, porm, muitos

    autores consideram as organizaes como seres capazes de aprender.

    Organizaes, como dito h alguns pargrafos, so entendidas

    principalmente por pessoas jurdicas, empresas, constitudas de elementos materiais

    prdios, mveis, equipamentos , elementos naturais seres humanos e elementos

    imateriais tecnologia, modos de operao.

    O modelo de trabalho existente desde o mais longnquo passado at o final

    do sculo XIX era baseado na fora fsica, tanto humana quanto animal, as mudanas no

    ocorriam, no era preciso um conhecimento maior do que aquele passado de pai para filho.

    No incio do sculo XX esse processo passou por uma mudana brusca, passou-se a falar

    em energia contida na matria, tomos, molculas e a fora de trabalho passou a usar a

    fora para operar mquinas e instrumentos. J na metade do mesmo sculo a informao

    comeou a se consolidar como principal instrumento da fora de trabalho, cada vez mais

  • necessria a habilidade do conhecer, do aprender, uma habilidade cognitiva necessria do

    incio ao fim da vida no atual contexto social.

    Assim como as pessoas que as formam, as organizaes passam por

    processo semelhante, seno idntico, de evoluo do modelo de trabalho. Elas devem

    adaptar-se ao contexto, modificaes, sob o risco de ficarem obsoletas e serem absorvidas

    ou numa expresso mais forte, esmagadas pela concorrncia.

    Para tanto devem dispor de recursos internos que garantam sua

    sobrevivncia, recursos que no apenas manipulam fora e energia, mas tambm

    informao. As pessoas so esses recursos, so elas que tm a tarefa de monitorar,

    interpretar e aplicar as novas bases da sabedoria cientfica/social que ocorrem em mbito

    mundial.

    Aprender no consiste apenas em receber informaes cruas, mas tambm

    em coloc-las em situaes consistentes, us-las na resoluo de problemas, contextualizar

    para a realidade vivida. Porm, o aprender muitas vezes acontece por tentativa e erro,

    assim como quando aprendemos a caminhar, o processo de implantao da saber leva a

    equvocos que apenas sero percebidos ao longo do caminho. Pode-se dizer a partir disso

    que os processos de aprendizagem organizacional esto em constante metamorfose,

    passam por fases que podem ser chamadas at mesmo de amorais, mas que so necessrias

    para que se chegue a um modelo sustentvel, algo favorvel a toda sociedade; uma utopia,

    j que o ambiente em que se desenvolve uma organizao est em constante processo de

    mudana. Assim sendo, as organizaes devem atualizar-se; atualizar seus recursos

    materiais, imateriais e principalmente humanos.

    Pode-se dizer tambm que as pessoas que compe uma organizao

    aprendem com ela, por exemplo, uma empresa fundada por algum, este algum tem seus

    prprios princpios, usados no alicerar de sua organizao. Tais princpios podem ser

    imorais de um ponto de vista sustentvel, mas com base no alicerce da organizao, seus

    componentes humanos aprendero a conviver com e seguir os mesmos passos ensinados

    desde a sua juno mesma. Neste caso cabe prpria organizao como sendo

    metaforicamente um ser dotado de inteligncia mudar seus prprios conceitos e pass-los

    adiante, passando assim pelo nvel talvez mais evidente da aprendizagem organizacional:

    aquele em que os princpios de conhecimento e sabedoria so usados no apenas em

    sentido unidirecional, mas adquiridos tanto de organizao para indivduo quanto de

  • indivduo para organizao, contribuindo para um avano cada vez maior na busca

    conceito utpico da aprendizagem organizacional, em que uma organizao passaria de

    mera marionete corporativa a um ser dotado de inteligncia e discernimento de certo e

    errado, moral e amoral cooperando assim para um incrvel progresso social.

  • 6. Modelo de Dixon

    Dixon diz que os profissionais de recursos humanos no contexto

    organizacional so os principais facilitadores do processo da aprendizagem organizacional

    nas empresas, desde que tenham autonomia para tal.

    Dixon identifica cinco princpios fundamentais em seu modelo de

    aprendizagem organizacional, tais princpios reproduzem etapas do processo, essas etapas

    no so seqenciais ou independentes, estas so de acordo com o modo como a

    organizao se relaciona com determinado conhecimento e informao.

    Esses princpios so caracterizados como mostramos a seguir:

    1. Aquisio de informaes: a organizao pode recorrer a dados internos para obter

    as informaes necessrias, tais fontes podem ser congeniais, experienciais,

    experimentais, de melhorias contnuas, reflexes crticas. As fontes congeniais

    podem ser definidas como a histria da organizao, os acontecimentos

    relacionados a origem desta , toda a informao, decises e acontecimentos

    ocorridos no princpio e/ou passado da organizao; as fontes experienciais so

    todas as informaes e atitudes tomadas pela empresa, todos os sucessos e

    fracassos obtidos atravs da experincia; no caso das fontes experimentais, so as

    informaes obtidas atravs da experimentao, ou seja, investigaes, projetos,

    pesquisa, etc.; j as melhorias contnuas podem ser feitas pelo desenvolvimento de

    grupos ou equipes de trabalho, com maior ateno no feedback das mudanas

    incrementais; quando falamos de reflexes crticas queremos salientar a

    importncia de rever e avaliar o funcionamento global da organizao, seja isso

    efetuado atravs do dilogo ou o questionamento de pressupostos e algumas

    normas bsicas.A organizao tambm pode buscar fontes externas de dados , que

    podem ser obtidas atravs de conferncias, contrataes de consultores e utilizao

    de todo tipo de material impresso; atravs de pesquisas com busca contnua e

    recolhimento sistemtico de informaes ; atravs do denominado excertos que

    nada mais do que a contratao de novos funcionrios ou novas fuses e

    estabelecimento de alianas.

  • 2. Interpretao e distribuio da informao: neste princpio se identificam duas

    perspectivas de aprendizagem organizacional: a perspectiva sistmico-estrutural e a

    perspectiva interpretativa. Quando citamos a perspectiva sistmico estrutural

    estamos falando da viso da informao como uma mensagem que ser distribuda

    pela organizao, de forma a servir de suporte eficaz ao processo de tomadas de

    decises referentes s aes desenvolvidas e a transmisso de resultados. Nesta

    perspectiva, defendida a relao de proporcionalidade direta entre a extenso da

    aprendizagem organizacional e a extenso de como feita a distribuio dessa

    informao, o centro dessa perspectiva so questes como quantidade, frequncia,

    nvel de compreenso e instrumentabilidade das mensagens distribudas. J na

    perspectiva interpretativa, focalizado o na analise de validez existente em uma

    interpretao da informao, desta forma, torna-se importante reduzir, mitigar os

    erros no recolhimento de dados, o que torna necessrio sistema logstico para

    manusear a distribuio da informao.

    3. Atribuio de sentido informao: se mostra como uma atividade de grande

    relevncia no processo de aprendizagem organizacional, j que ela responsvel

    por tornar vivel e instrumental a informao. Se considerarmos a perspectiva

    sistmico-estrutural, as organizaes podem utilizar instrumentos racionais de

    anlise para atribuir sentido a informao a partir de algum acontecimento passado,

    j se considerarmos a perspectiva interpretativa, tm-se o conceito de que a prpria

    ao conduz a compreenso, sendo que o significado de uma informao depende

    dos atores envolvidos, sendo assim existiro mltiplas interpretaes sobre

    determinado assunto, que poder conduzir definio coerente de um dado

    fenmeno baseado na partilha de uma mesma informao, atingindo-se um plano

    organizacional de interpretao que supera o nvel meramente individual.

    4. Memria organizacional: a informao armazenada ao longo da histria de uma

    organizao poderia ser recuperada para apoiar muitas decises atuais, ou seja,

    decises, anteriormente, tomadas em uma empresa podem ser armazenadas em uma

    espcie de histrico para que possa se consultada e influenciar de forma benfica

    decises atuais. dito que este histrico pode ser encontrado em 5 diferentes

    recipientes: nos indivduos, na cultura, nas prprias transformaes, na estrutura

  • organizacional e na estrutura fsica e organizacional da empresa. Tambm podemos

    considerar informaes armazenadas no exterior, estas podem estar com antigos

    colaboradores, relatrios externos organizao ou at registros efetuados pelos

    prprios concorrentes. Dixon tambm difere a memria organizacional tcita da

    memria intencional, onde a tcita se caracteriza pela cultura, estrutura, ecologia e

    teorias de ao de uma organizao e a intencional os registros, os sistemas

    especializados, relatrios polticas, competncias e transformaes. Ainda podemos

    definir a memria organizacional externa, onde se pode identificar, registros de

    concorrentes, relatrios financeiros divulgados e informaes mantidas por antigos

    colaboradores.

    5. Recuperao ou reconstruo da informao: pode ser um processo automtico que

    proporcional a qualidade da aprendizagem efetuada, ou intencionalmente

    controlada.

  • 7. Modelo de Senge

    Peter M. Senge, diretor do Programa de Aprendizagem Organizacional e

    Raciocnio Sistmico na faculdade de Administrao Sloan, no Massachusetts Institute of

    Technology, alm de um dos fundadores da firma de consultoria Innovation Associates, o

    escritor do Best-seller A quinta disciplina (1990), aclamado livro do ramo da

    administrao focado em explicar o funcionamento da Aprendizagem organizacional em

    sua viso. Seu modelo, mesmo nem sempre sendo aceito pacificamente pelos estudiosos

    da rea de forma imediata, se tornou uma das bases fundamentais para a criao de uma

    organizao que possa aprender e, com isso, evoluir no mercado.

    Em seu livro, Senge destaca a importncia da era da informao em todos os

    ramos da sociedade (tais como nos negcios, nas escolas ou mesmo nos governos), pois

    exige uma transformao radical nos conceitos tradicionais de tais ramos. Tambm

    combate os conceitos de fragmentao herdados da revoluo industrial, onde cada

    indivduo realiza uma pequena parcela do processo de produo, traduzindo a idia de

    organizao em constante esforo de aprendizagem, a qual possui seu enfoque em grupos e

    equipes de trabalho.

    O enfoque principal do modelo de Aprendizagem Organizacional de Senge

    est em seus conceitos de disciplinas, as quais so essenciais e devem ser desenvolvidas

    pelas organizaes para possam se manter de forma contnua em processo de

    aprendizagem. Tais disciplinas so tema principal do livro j citado A quinta disciplina,

    e so: domnio pessoal, modelos mentais, viso partilhada, aprendizagem em grupo e

    pensamento sistmico. Essas disciplinas sero detalhadas a seguir:

    Domnio Pessoal: Uma disciplina importante no processo de aprendizagem

    organizacional o domnio pessoal, o qual possui seu enfoque nos indivduos, seus

    objetivos pessoais, em suas qualidades mpares dentro da organizao, tais como

    perseverana e capacidade de analisar a realidade de forma objetiva. Permite a reflexo do

    que verdadeiramente importante para cada indivduo, os envolvendo em processos de

    aprendizagem pessoal.

  • Para Senge (1998, p.169-170), incorpora dois movimentos: O primeiro o

    contnuo esclarecimento do que importante para ns. [...] O segundo aprender

    continuamente como ver a realidade atual com mais clareza.

    Modelos Mentais: Essa disciplina pressupe que os indivduos possuem

    formas distintas de analisar objetos, pessoas e situaes, devido a suas experincias

    passadas durante sua vida. Essas formas de analise determinam como os mesmos agem e

    interagem, influenciando tanto no comportamento individual quanto no comportamento em

    grupos.

    Muitas vezes os indivduos possuem modelos mentais os quais o impedem

    de interagir de forma efetiva com outros indivduos de um determinado grupo, o que pode

    ser um obstculo na obteno do objetivo da organizao. Dessa forma, necessrio que se

    questionem as suposies dos modelos mentais de cada indivduo, o possibilitando rever

    tais conceitos de forma a possibilitar uma interao mais efetiva entre os vrios indivduos

    que compem a organizao.

    Viso Partilhada: Tal disciplina a responsvel pelo sucesso de muitas

    equipes de trabalho, pois baseada na existncia de uma crena ou desejo em comum entre

    os indivduos de um mesmo grupo, os quais possuem uma viso partilhada de como

    alcanar seus objetivos. Atravs dessa disciplina, se renem as condies necessrias para

    o desenvolvimento tanto individual e grupal, quanto organizacional, se utilizando de um

    processo de aprendizagem que aceito por todos os indivduos integrantes de determinado

    grupo de trabalho (ou mesmo organizao) de forma voluntria.

    importante ressaltar que tal disciplina depende de uma liderana eficaz,

    pois, como indivduos necessariamente so mpares, faz-se necessrio um lder capaz de

    compreender e lidar com todos de forma a transformar o objetivo da organizao no

    objetivo pessoal de cada um.

    Aprendizagem em Grupo: a capacidade que os indivduos possuem de

    buscar pensar conjuntamente em um grupo de trabalho ou organizao, visando alcanar

    seus objetivos. Para isso, cada indivduo deve deixar de lado suas idias e conceitos

    preconcebidos.

    A aprendizagem em grupo auxilia uma organizao na soluo de seus

    problemas, visto que todos os indivduos pensam de forma coletiva em solues, bem

  • como no desenvolvimento dos indivduos, os quais so capazes de crescer mais

    rapidamente quando em comparao a indivduos que passam por processos de

    aprendizagem individual.

    Em uma organizao, a prtica da aprendizagem em grupo ou equipe est

    intimamente ligada a praticas de dilogo (o qual deve ser exercitado em sesses

    especficas), bem como criao de laboratrios de aprendizagem.

    Pensamento Sistmico: Tambm conhecido como a quinta disciplina, a

    mais importante das cinco disciplinas de Senge. Essa disciplina integra as outras quatro,

    incorporando-as num conjunto lgico de teoria e prtica que possibilitam a aprendizagem

    organizacional.

    O pensamento sistmico descreve uma organizao como parte integrante

    de vrios e diferentes sistemas em contnua integrao, no sendo um sistema isolado. No

    conceito de aprendizagem organizacional o trabalho de cada indivduo afeta o trabalho de

    todos os outros indivduos do sistema (organizao). De forma geral, essa disciplina nos

    possibilita a compreenso de peas aparentemente isoladas (indivduos, entre outros) como

    um todo, possibilitando a integrao da organizao como forma de proporcionar a

    aprendizagem mesma.

    Alm dos conceitos de unificao, o pensamento sistmico tambm

    responsvel pela procura da verdadeira essncia dos problemas da organizao, os quais

    sero abordados e resolvidos por meio da unificao das outras quatro disciplinas, que

    permitem uma soluo gil e efetiva.

  • 6. Estudo de Caso

    Baseado nos conceitos de Aprendizagem organizacional abordados nesse

    trabalho, principalmente nos pensamentos de SENGE(1990), o artigo APRENDIZAGEM

    ORGANIZACIONAL: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE GRANDE

    PORTE (n/a), escrito por Patrcia Lopes de Oliveira e Rosangela Maria Vanalle

    aborda o estudo de caso em uma determinada empresa multinacional de grande porte, a

    qual se localiza em So Paulo. Com base nesse artigo, descreveremos alguns mtodos

    utilizados pela empresa visando promover o Aprendizado Organizacional entre seus

    funcionrios.

    Primeiramente, uma breve descrio do contexto da empresa deve ser

    abordada para melhor compreenso do assunto. A empresa analisada faz parte de um grupo

    norte-americano, o qual est no mercado desde 1802. uma multinacional que atua em 72

    pases, possuindo 135 unidades de fabricao. A empresa analisada se localiza em So

    Paulo e atua no ramo txtil, produzindo principalmente fios de Nylon Txtil para outras

    empresas. composta por cerca de 1200 funcionrios, os quais apenas 350 so

    terceirizados.

    Com o intuito de melhorar a produo da empresa, foi decidido aplicar

    procedimentos internos que propiciem a aprendizagem organizacional, os quais sero

    abordados em seguida.

    1- Networking o nome dados s reunies entre os funcionrios membros de grupos

    dentro da prpria empresa, proporcionando a troca de informaes visando que

    todos saibam o que ocorre dentro da empresa como um todo. Pode tambm

    referenciar uma reunio mais abrangente, a qual rene funcionrios de diferentes

    unidades da organizao, como forma de unificar a corporao. um procedimento

    que se enquadra nas idias de SENGE(1990) de aprendizagem em grupo.

    2- Quadros Informativos Refere-se ao procedimento de se espalhar pela empresa

    quadros informativos que divulguem a seus funcionrios todas as principais aes

    da empresa. Apesar de um meio prtico, no garante que os funcionrios realmente

    leiam tais quadros, ou seja, no garante que aprendam de fato com tais quadros.

  • 3- Workshop Universidade Nylon Tal procedimento se refere a workshops e

    treinamentos disponibilizados aos funcionrios dentro da prpria empresa, visando

    proporcionar o aprendizado de maneira confivel. Isso se d devido ao fato de que

    os responsveis por tais treinamentos so os prprios funcionrios da empresa.

    4- Caf da manh com a Diretoria Proporciona uma maior aproximao entre os

    funcionrios e a Diretoria, objetivando a conversa entre funcionrios de vrios

    setores com seu diretor de modo a possibilitar a troca de informaes e/ou

    sugestes.

    5- Reunio para solucionar problemas Reunies no apenas com a alta hierarquia da

    empresa, mais com todos os setores envolvidos no problema, de forma a solucion-

    lo de forma mais rpida e eficiente. A vantagem que o problema ser resolvido

    atravs do acordo entre todos, no apenas do julgamento de um funcionrio que

    supostamente o resolveria sozinho.

    6- Grupo-Tarefa: Grupos formados entre funcionrios, sejam de uma mesma diviso

    ou de divises diferentes dentro da empresa, com o intuito de se criar um objetivo a

    ser alcanado por todos. Tal objetivo deve ser alcanado dentro do prazo de um

    ano. Isso estimula o aprendizado em grupo, motiva os funcionrios a obterem

    melhor desempenho dentro da empresa e auxilia tal empresa a evoluir no mercado.

    Esses foram alguns dos meios utilizados pela empresa analisada os quais

    utilizam a aprendizagem organizacional como forma de melhora geral na empresa, seja na

    qualidade de seus servios ou mesmo na competitividade de tal empresa no mercado.

  • 7. Concluso

    Com as anlises apresentadas no texto, podemos concluir que o estudo de

    aprendizagem organizacional uma nova e importante etapa para as organizaes, pois ela

    visa fazer a empresa crescer junto com os seus empregados, formando uma equipe que

    ensina e aprende com ela mesma a cada situao enfrentada, adquirindo conhecimentos e

    experincias novas.

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    PAIVA, V.L.M.O. Refletindo sobre estilos, inteligncias mltiplas e estratgias de

    aprendizagem In: PAIVA, V.L.M.O. (Org.). Prticas de ensino e aprendizagem de ingls

    com foco na autonomia. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2005.

    Disponvel em: . Acesso em: 25/05/2010.

    Oliveira, P. L., Vanalle, R. M. Aprendizagem Organizacional: Estudo de Caso em Uma

    Empresa de Grande Porte. Disponvel em: .

    Acesso em: 25 de maio de 2010

    SENGE, P. M. A Quinta Disciplina. So Paulo: Editora Best Seller, 1990.

    RICHE, G. A., Alto, R. M. As organizaes que Aprendem, Segundo Peter Senge: A

    Quinta Disciplina. Disponvel em:

    . Acesso

    em: 25/05/2010.