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CURSO
INTRODUTÓRIO
EFES/SUPID/SUASE
SUBSECRETARIA DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE E INTEGRAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA SOCIALESCOLA DE FORMAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL
Núcleo de Treinamento das Medidas Socioeducativas – NTS / Atualizado em maio de 2015
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O ATENDIMENTO SOCIODUCATIVO NA
SUASE
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EDUCAÇÃO ESCOLAR
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A escola é o segundo campo das relações sociais e espaçode construção de conhecimento, bem como decivilização.
CF/1988 – Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e dafamília, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o execicio dacidadania e sua qualificação para o trabalho
LDB - Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nosprincípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem porfinalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para oexercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
ECA- Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando aopleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadaniae qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes (...).
(Função da Escola)
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EDUCAÇÃO ESCOLAR
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Importante eixo da medida socioeducativa e um direito o qual a Unidade deve garantir ao adolescente autor
de ato infracional.
O ponto de partida para o trabalho educacional nasUnidades é o conhecimento da trajetória escolar doadolescente, que deverá ser estruturada no PlanoIndividual de Atendimento (PIA)
possibilita organizar e planejar as ações das Unidades para a singularidade que cada
caso requer.
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EDUCAÇÃO ESCOLAR
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Na Medida Socioeducativa de Semiliberdade
A Escola é uma instituição indispensável para o trabalho nessamedida, ou seja, uma parceria que deve ser priorizada, devendo opedagogo, ou outro representante, buscar uma aproximação entre asequipes da escola e da Unidade:
• Inicialmente, deve-se buscar uma aproximação da escola com a medidasocioeducativa de semiliberdade apresentando-se seus eixos, objetivos edispositivos, assim como os recursos físicos e humanos.
• Cabe à casa pensar estratégias de não matricular muitos adolescentes namesma escola ou no mesmo turno.
• Esse primeiro momento, podendo ser também vinculado à solicitação davaga, deve ser sem a presença do adolescente, pois podem surgirtensionamentos e rejeição.
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Na Medida Socioeducativa de Semiliberdade
NESSE MOMENTO TRÊS PONTOS PRECISAM SER RESSALTADOS:
• Busca pela referência técnica de ambas as instituições.
• Aferição da frequência por parte da casa.
• Participação da unidade e dos adolescentes nas atividades dacomunidade escolar.
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Na Medida Socioeducativa de Semiliberdade
TANTO A ESCOLA QUANTO A CASA DE SEMILIBERDADEDEVEM TER UMA REFERÊNCIA INSTITUCIONAL ACESSÍVELPARA A COMUNICAÇÃO ENTRE AS INSTITUIÇÕES A QUALDEVERÁ ATUAR NOS CASOS:
• Resolução de conflito.
• Mediar tensões que por ventura surgirem.
• Esclarecer dúvidas gerais sobre o cumprimento da medida.
• Clareza para orientar a respeito da função da segurança socioeducativa.
• Problemas disciplinares com alunos e professores.
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Na Medida Socioeducativa de Semiliberdade
INFORMAÇÃO SOBRE FREQUÊNCIA E RENDIMENTOESCOLAR, BEM COMO SOBRE A EXECUÇÃO DA PROPOSTAPEDAGÓGICA DA ESCOLA PREVISTOS NA LDB, INCLUI:
• Frequência escolar e emissão de documento que comprove a informação.
• Solicitação semanal pela unidade (para que possa intervir em tempo hábilnos casos de infrequência).
• Para adolescentes que tenham um histórico de infrequência ou estejampassando por um momento na medida em que exija intensificação doacompanhamento, a apuração deverá ser realizada diariamente portelefone.
• No noturno um integrante da equipe de segurança ou outra pessoadesignada pela direção poderá desempenhar este papel.
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Na Medida Socioeducativa de Semiliberdade
ESTRATÉGIAS PARA INSERÇÃO, ACOMPANHAMENTO DA FREQUÊNCIA E APROVEITAMENTO ESCOLAR:
• Quanto antes o adolescente for inserido, mais serárespeitado em seu direito à educação.
• A inserção acontece em todos os meses do ano.
• Resistência quanto à inserção em diferentes períodos devemser levadas à Diretoria de Formação Educacional eProfissional - DFP .
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Na Medida Socioeducativa de Semiliberdade
Desafios:
• Motivar o adolescente a ir para escola (fora daUnidade), retomando ou refazendo o vínculo jádesconstituído;
• Construir com ela estratégias para entrada,permanência e aproveitamento do aluno.
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Na Internação Provisória Método de Acompanhamento Pedagógico
Em razão da rotatividade nesta medida, pensando a questão do tempo (45 dias), como previsto no ECA, busca-se regularizar a situação escolar do adolescente e ofertar algum encontro
possível com a escola, procurando no adolescente despertar o desejo pelo saber.
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Na Internação Provisória
o Acompanhamento escolar diário, com duração mínima de 02 horas.Aplica-se a pedagogia de projetos, projeto-aula ou projetossemanais, pois é importante a finalização de cada atividade com oaluno. A proposta do Acompanhamento Pedagógico é única em todoEstado de Minas Gerais.
o A resolução conjunta entre SEDS e SEE nº 170/2012 regulariza oatendimento escolar na internação provisória.
o Nesta modalidade o aluno terá sua ficha individual deacompanhamento onde constará carga horária cursada, dificuldadesou aspectos cognitivos. Formulários que serão encaminhados junto àdocumentação escolar para a escola que o receber.
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Na Medida de Internação
Unidades de Internação adolescentes sãoinseridos no ensino regular (parceria formalizadapor meio de convênio entre a SEDS e a SecretariaEstadual da Educação, exceto em “uma” Unidadede Belo Horizonte, onde a parceria foi firmada coma Secretaria Municipal de Educação).
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Na Medida de Internação
Articulação entre educação escolar e medida socioeducativa
Atribuições da unidade na interface com a escola – Pedagogo
• Efetuar matrícula.
• Acompanhar processo de ensino e aprendizagem.
• Sugerir planos de intervenção.
• Sugerir estratégias de recuperação.
• Conhecer o caso, histórico escolar do jovem,distorção/defasagem.
• Participação em reuniões escolares e conselhos de classe.
“ A responsabilidade técnica do acompanhamento escolar é dopedagogo. Contudo, o acompanhamento da adolescente namedida e no processo de escolarização é algo de toda a equipe.”(p.7) 15/131
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Na Medida de Internação
Articulação entre educação escolar e medida socioeducativa
Trabalho conjunto entre as equipes.
• A construção do PPP da escola deve levar em consideraçãoo PPP da unidade, a metodologia e política de atendimentosocioeducativo.
• Equipe escolar participar de estudos de caso.
• A equipe escolar contribui na construção do PIA.
Unidade deve possibilitar espaços a fim de que a escolavenha contribuir para a medida do adolescente e vice-versa.
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Na Medida de Internação
Articulação entre educação escolar e medida socioeducativa
Ações conjuntas para aproximação e envolvimento da família com aescola:
• Visitas familiares semanais, datas festivas ou demais encontrospromovidos pela unidade.
• Eventos criados pela escola.
Participação da família na matrícula escolar:
• Fornecimento de documentação.
• Informações da trajetória escolar do adolescente.
Na impossibilidade da presença da família, a matrícula doadolescente deve ser efetuada pela unidade.
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EDUCAÇÃO ESCOLAR
Na Medida de Internação
A medida deve promover, por meio da articulação
com a educação, a ressignificação dos espaços
escolares e possibilitar ao aluno uma aprendizagem
significativa.
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EDUCAÇÃO BÁSICA PARA O TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
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Desenvolver
habilidades
Adquirir
competências
necessárias
ao mercado
de trabalho
Conhecer
profissões
contribuindo
para a
escolha do
adolescente
Propiciar
a
inserção
no
mercado
EDUCAÇÃO BÁSICA PARA O TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Um dos eixos a serem trabalhados nas MedidasSocioeducativas, possibilitando ao adolescente:
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A oferta da educação profissional dá aoadolescente maiores condições de inserção e,consequentemente, meios para a aquisição derecursos financeiros tão fundamentais para a vidaem sociedade.
Ofertar outros lugares de investimento de seu interesse e busca de satisfação.
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Lei 11.741/2008 – a educação profissional e tecnológicaabrange os seguintes cursos:
I – De formação inicial continuada (FIC) ou qualificaçãoprofissional (mais apropriada para o contexto da maioria dosadolescentes que chegam nas Unidades).
II – De educação profissional técnica de nível médio.
III – De educação profissional tecnológica de graduação epós graduação.
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Fluxo indicado para o Eixo:
1) Oficinas de Orientação Profissional
Importante para qualificar os encaminhamentos futuros.Momento de autoconhecimento e conhecimento do mundodo trabalho para que os adolescentes façam escolhas maisadequadas ao seu perfil.
2) Cursos de Qualificação Profissional
3) Inserção no Mercado de Trabalho (O trabalho não éeixo de medida. É uma indicação, mas não é umaobrigatoriedade)
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INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
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INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
Orientação Profissional do adolescente
Encaminhamento para o trabalho
-Experiência em curso de qualificação ou formação básica para o trabalho;
-construção do encaminhamento pela
equipe junto ao adolescente;
- conciliar o trabalho com os demais eixos da
medida.
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Encaminhamento para o trabalho:
• 14 e 16 anos incompletos aprendiz;
• A partir de 16 anos trabalhador.
• Adolescentes com idade entre 16 a 18 anos podemtrabalhar com carteira assinada, porém deve-se serobservada o tipo de tarefa. Nessa faixa etária é vedadoo trabalho insalubre, penoso e noturno.
• A Unidade deve manejar com os adolescentes seusinteresses e as reais possibilidades de inserção
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OFICINAS E ATIVIDADE ARTÍSTICAS-CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE LAZER
A cultura, o esporte e o lazer formam um tripé que constituium eixo de suma importância para o cumprimento da medidasocioeducativa, constituindo ainda um dos direitos fundamentaisgarantidos no ECA.
Encaixa-se na categoria de educação não-formal e estãodiretamente relacionados com a vida em sociedade,desempenhando um papel relevante na conexão dos jovem comos diversos espaços da cidade.
Promovem a aquisição e desenvolvimento de habilidades físicase cognitivas, bem como valores como liderança, tolerância,respeito à diversidade, disciplina, confiança e criatividade, dentreoutros aspectos.
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OFICINAS E ATIVIDADE ARTÍSTICAS-CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE LAZER
Cultura Acolher cultura do jovem visando: •Adesão.•Legitimação do espaço de atividades culturais na unidade.•Introdução de novas expressões culturais.
Esporte •Desenvolvimento físico.•Disciplina, regras, competitividade, convivência, emoções e respeito. •Articulação com saúde.
Lazer •Integração equipe adolescentes.•Planejamento. •Articulação com infância e convívio familiar. •Lazer dentro e fora: novas possibilidades de lazer.
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OFICINAS E ATIVIDADE ARTÍSTICAS-CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE LAZER
Tais eixos podem ser garantidos aos adolescentes por meiode:
• Oficinas; atividades orientadas; palestras; eventos eatividades externas
Executadas por profissionais das Unidades ou por parceirosexternos (ONGs, OSCIPs, empresas privadas, voluntários,programas governamentais e etc.), por articulação formaldo Estado ou da própria Unidade.
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OFICINAS SOCIOEDUCATIVAS
• É mais que um “fazer coletivo”, é uma modalidade deintervenção em grupo. A oficina se destaca por suafunção de socialização, de expressão, comunicação,criatividade, promoção do protagonismo, dentre outras.
• Pode não ter como objetivo um produto final, mas simum meio para se acessar ao adolescente, para viabilizaro vínculo social.
• O sujeito passa a compreender como é a sua inserçãono grupo social, trabalhando, assim, questões referentesàs suas relações interpessoais, as diferenças, asmultiplicidades e a singularidade.
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OFICINAS SOCIOEDUCATIVAS
• São atividades planejadas pela equipe eorientadas pelos eixos norteadores das medidassocioeducativas elencados no SINASE e portemas transversais ao cumprimento da medida,os quais a equipe irá identificar, como porexemplo, convivência, espaço coletivo, etc..
• Devem ter um planejamento com objetivos,tempo definido, metodologia e conclusão.
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OFICINAS E ATIVIDADE ORIENTADAS
Porque diferenciar oficinas socioeducativas das atividades orientadas?• Para se dar lugar às duas atividades.• Para provocar as equipes a intervirem no planejamento e execução
de algumas atividades para assumirem um caráter educativo frenteaos eixos da medida, caso haja mais atividades que oficinas.
Manual de Oficinas – 2013
• Nortear a condução do trabalho.
• Ampliar as possibilidades de discussões sobre os temas.
• Qualificação do atendimento aos adolescentes.
• Qualificação do profissional que desenvolve a oficina.
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OFICINAS E ATIVIDADE ARTÍSTICAS-CULTURAIS
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OFICINAS E ATIVIDADE ESPORTIVAS E DE LAZER
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FESTIVIDADES E COMEMORAÇÕES
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Os eventos são momentos organizados pelasUnidades visando à integração da família,adolescente, rede, parceiros, comunidade e equipe(socioeducativa e escola).
Os convidados variam de acordo com o objetivo,sendo a família presente na maioria.
Ocorrem por meio de atividades recreativas, festastemáticas, datas comemorativas, mostras ouexposições e palestras.
FESTIVIDADES E COMEMORAÇÕES
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TRABALHO EM REDE
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TRABALHO EM REDE
O que é rede?
O termo genérico “rede” define um conjunto de entidades – objetos,
pessoas – interligados uns aos outros. Uma rede permite circular elementos entre cada uma destas entidades, que
possuem interesses ou relações em comum.
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Por que trabalhar em rede?
Incompletudeinstitucional
Oferta de novo encontro com a
cidade
Corresponsabilização dos parceirose garantia de direitos
Apontarpara
outrassaídas
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TRABALHO EM REDE
ECA - Art. 86: A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto
articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
INCOMPLETUDE INSTITUCIONAL
SINASE - Cap. 10: Concepção de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais para a
organização das políticas de atenção à infância e à juventude. O Socioeducativo não pode estar isolada dos
demais serviços e programas que visem atender os direitos dos adolescentes – Saúde, Profissionalização, Assistência
Social, dentre outros.40/131
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TRABALHO EM REDE
Como trabalhar em rede?
A articulação da rede social compreende um
trabalho ativo do serviço na busca de parcerias
para realizar os encaminhamentos necessários a
cada adolescente em cumprimento de medida
socioeducativa.
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TRABALHO EM REDE
A equipe de segurança tem papel importantenesse processo, pois participa da construção dasarticulações e dos encaminhamentos através dosestudos de casos e das reuniões.
Os agentes, em muitos momentos, executam osencaminhamentos realizando acompanhamentodos adolescentes em vários serviços da rede.
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TRABALHO EM REDEENCAMINHAMENTOS
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TRABALHO EM REDE
ALGUNS CUIDADOS NA ARTICULAÇÃO DA REDE
Postura profissional
Diálogo
Sem preconceitos
Sigilo
O Agente de Segurança Socioeducativo deveter ética profissional, respeitando a história do adolescente/família e acreditar na possibilidade
de novas construções.44/131
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SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Função das Saídas e Atividades Externas
• Fortalecimento do vínculo do adolescente coma família e a sociedade.
• Possibilitar o acesso aos diferentes espaçossociais, seja a outras instituições ou aosdemais serviços públicos (as Unidades nãosão instituições totais).
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Função das Saídas e Atividades Externas
• Garantia dos direitos fundamentais.
• Importantes para a avaliação do cumprimentoda medida ou como intervenção fundamentalpara o caso.
• Possibilitar um reencontro do adolescente coma cidade, em suas diversas nuances.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Conceitos
Saídas são todos os momentos que o adolescente deixa oCentro Socioeducativo.
As Atividades Externas ao Centro Socioeducativo sãoconsideradas saídas. Desenvolvidas individual oucoletivamente, desde que programadas e orientadas porum objetivo predefinido. Podem ocorrer com ou sem oacompanhamento de profissionais da instituição.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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A equipe técnica, juntamente com a equipe de
segurança, deverão avaliar se a atividade faz sentidopara aquele adolescente, assim como o seu momentode cumprimento da medida (a partir do estudo decaso).
A responsabilidade do planejamento e execuçãodas atividades externas é de toda a equipe -integrantes da equipe técnica e de segurança. Édesejável também a participação de um adolescente.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Modalidades de saída da unidade
Atividades culturais, esportivas, de lazer e deassistência religiosa.
Atividades de escolarização, profissionalização.
Atendimento de saúde.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Modalidades de saída da unidade
1) Atividades Externas Culturais, Esportivas e de Lazer
• Permite desenvolver posturas, valores e aprendizados,além de fortalecer os vínculos no plano das relaçõeshumanas e redes sociais.
- A cidade território educativo.- Espaço privilegiado para se garantir o direito de ir e vir.- Acesso a equipamentos de cultura, esporte e lazer.- Espaço de encontro.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Modalidades de saída da unidade
1) Atividades Externas Culturais, Esportivas e de Lazer
• Devem ser realizadas se bem planejadas e articuladas comoutros momentos da medida, como assembleias,atendimentos ou com a proposta pedagógica da instituição.
• Planejamento:- Objetivo da visita.- O local.- Maneira como será pensada a preparação e estruturação da
atividade.- Quantidade de adolescentes e acompanhantes.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Modalidades de saída da unidade
1) Atividades Externas Culturais, Esportivas e de Lazer
• Acompanhamento:- Pode ser realizado por Agente de Segurança,
Técnico ou Auxiliar Educacional, queimpreterivelmente, terão tido informações econhecimento antes da proposição ser feita aosadolescentes.
- O corpo diretivo da unidade deverá avaliar.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Modalidades de saída da unidade
1) Atividades Externas Culturais, Esportivas e de Lazer
• Desdobramentos:- O que foi apreendido e vivenciado pelosadolescentes nos momentos externos à Unidadepode ser articulado a outros conteúdos, inclusiveinternos, dando continuidade e servindo de pontapépara outras sugestões, pois é nas vivências do dia-a-dia que os sujeitos se interrogam e se abrem para aampliação do campo de aprendizagem.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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1) Atividades Externas Culturais, Esportivas e de Lazer
Articulação com entidades a serem visitadas
• A unidade deve construir um mapeamento das possibilidadesofertadas pela cidade: horário de funcionamento, custo, conteúdo aserem explorados no local, etc..
• Quanto mais a instituição souber do funcionamento e propósito damedida, mais poderá contribuir com o processo formativo.
• Quanto melhor o diálogo entre as duas instituições, melhor será aresolução de possíveis conflitos.
• O percentual de adolescentes inseridos em atividades externas é umdos indicadores de desempenho acompanhado anualmente pelaSUASE.
• A SUASE afirma esta ação como parte da metodologia que orienta oatendimento ao adolescente em cumprimento de medidasocioeducativa.
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Modalidades de saída da unidade
Trabalho e Cidadania
Alistamento Militar, Carteira de Trabalho, PrevidênciaSocial e Título de Eleitor
O procedimento deve se dar de maneira participativa, semalgemação e com o Agente de Segurança Socioeducativo nãouniformizado.
No caso de alistamento, que é uma obrigatoriedade, aUnidade deve garantir e discutir com a equipe de segurançaa melhor maneira de conduzi-lo, caso não seja avaliadapositivamente sua saída sem algemação.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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Trabalho e Cidadania
RG: Carteira de Identidade
Maior de 16 anos: O adolescente pode requerer seusdocumentos sem a presença dos pais ou responsáveis.
Nestes casos, a Unidade deve orientar o adolescente eacompanhá-lo, se for preciso, para que emitam seu documentocomo qualquer cidadão.
Os adolescentes devem ser levados aos postos Unidade deAtendimento Integrado - UAI para emissão de RG desde que jápossam sair da Unidade sem algemas, e o profissional que oacompanhe deve estar descaracterizado.
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Trabalho e Cidadania
RG: Carteira de Identidade
Se menor de 16 anos: A unidade encaminhará ofício ao
Delegado responsável, credenciando um servidor para
acompanhar o adolescente.
Após credenciamento, o servidor deverá acompanhar o
adolescente, descaracterizado.
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Trabalho e Cidadania
CPF: Para que a Unidade de Internação emita o documento
do adolescente, é necessário que seja habilitado um
cadastrador na Receita Federal. Para tanto, os formulários
devem ser enviados para a Gerência de Articulação da Rede
Social, que os encaminha para a RF. Na Semiliberdade, o
adolescente deve se dirigir até uma agência conveniada
(Correios, Banco do Brasil, Caixa) ou diretamente em uma
agência da Receita Federal.59/131
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Modalidades de saída da unidade
• Determinação judicial e convocações extrajudiciais.
• Visitas à família e outros eventos circunstanciais denatureza familiar, tais como: nascimento, registro, óbito,doença grave ou paternidade.
• Aleitamento materno e coleta de leite, para asadolescentes do sexo feminino.
SAÍDAS TEMPORÁRIAS E ATIVIDADES EXTERNAS
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O Atendimento SocioeducativoParte II
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SAÚDE
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O conceito de saúde está relacionado à qualidade de vida enão se restringe a ausência de doenças.
A saúde está conectada com a atuação de outras políticaspúblicas, como saneamento básico, educação, habitação edesenvolvimento econômico.A ética da saúde tem a ver com um compromisso com a vida.
Esse é o objetivo da medida socioeducativa e da prática dasaúde, que está vinculada com a apresentação aosadolescentes de outras formas de viver, que não sejamcomprometidas com a morte ou com as atuações.
O que é Saúde?
SAÚDE
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Constituição Federal/1988: Cap. II DireitosSociais: Art. 6º - São direitos sociais a educação, asaúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer,dentre outros.
Estatuto da Criança e do Adolescente/1990: DosDireitos Fundamentais - Capítulo I - Do Direito à Vidae à Saúde.
SINASE de 2012 – Art. 60: Prevê a garantia deatenção integral à saúde do adolescente emcumprimento de medida socioeducativa.
SAÚDE
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Portaria Nº 1.426/2004 – Ministério da Saúde,Secretaria Especial dos Direitos Humanos, SecretariaEspecial de Políticas para as Mulheres: Aprova asdiretrizes para a implantação e implementação daatenção à saúde dos adolescentes em conflito com alei, em regime de internação e internação provisória.
Portaria 1082 e 1083 de 2014 – Ministério daSaúde: Estabelece normas, critérios e fluxos para aadesão e operacionalização das diretrizes da atenção asaúde dos adolescentes em conflito com a lei e incluirecursos para Medida Socioeducativa deSemiliberdade.
SAÚDE
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As Unidades Socioeducativas são responsáveis por garantiro acesso dos adolescentes às ações de assistência,prevenção e promoção de saúde.
Priorização dos atendimentos na rede local, externa àUnidade, trabalhando em parceria com o Centro de Saúdede Referência, visando a integralidade da assistência.
A assistência em saúde envolve o acolhimento doadolescente pela Equipe de Saúde na internação e EquipeTécnica na Semiliberdade, assim como outras açõesintegradas com a rede municipal de saúde, de modo aviabilizar o cuidado necessário ao adolescente diante doestabelecimento de fluxos.
SAÚDE
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A Unidade deverá ainda, promover ações e práticaseducativas e a prevenção de doenças e agravos.
Oferta continuada de oficinas de saúde (auto cuidado,sexualidade, relação de gênero, cultura de paz,prevenção ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas,etc.).
SAÚDE
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É função da Unidade Socioeducativa iniciar ou dar continuidade aos cuidados de saúde dos adolescentes. Quando os mesmos já tiverem iniciado algum percurso na saúde, anteriormente ao cumprimento da medida, é essencial que a equipe da unidade dê continuidade a
estes. Para tanto, para operacionalizar o direito à saúde dos adolescentes, as equipes utilizarão os seguintes
dispositivos:
Avaliação inicial da equipe de saúde: Na internação, oprimeiro atendimento com o adolescente deveacontecer no primeiro dia útil após sua admissão.
SAÚDE
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Na Semiliberdade, a Equipe Técnica vai abordar o
adolescente sobre sua saúde logo após sua chegada e
articular na rede de atenção básica uma consulta
médica.
Busca de informação junto às medidas anteriores, rede
local de saúde e família sobre a saúde do adolescente
(medicação, vacinação, consultas agendadas,
tratamentos iniciados, etc.).
SAÚDE
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SAÚDE
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“A saúde na internação provisóriatorna-se importante eixo de atuação com os
adolescentes, uma vez que o tempo de permanênciae a rotatividade exigem da Unidade ações
dinâmicas e efetivas. Sendo assim, ações deprevenção e promoção de saúde constituem-se
como ofertas estratégicas para o acesso ao direitoà saúde, e também para trabalhar aspectos
subjetivos do adolescente em torno de sua relaçãocom a própria saúde”.
No Provisório
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SAÚDE
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No Provisório
Estratégia de Saúde na Família:Parceria com a rede municipal de saúde visando garantirmaior agilidade e qualidade.
Nas unidades de internação de Belo Horizonte, além daequipe de saúde da SUASE (enfermeira e auxiliar deenfermagem), uma equipe ESF - Estratégia de Saúde naFamília realiza atendimentos e atividades no interior doscentros.
É uma parceria com a rede municipal de saúde visandogarantir maior agilidade e qualidade nas ações de saúde comos adolescentes que estão acautelados provisoriamente.
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SAÚDE
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No Provisório
De acordo com a lógica de funcionamento dos CEIP`S, osadolescentes não realizam saídas como é a prática dos Centros deInternação e das Casas de Semiliberdade. Contudo, as açõesexternas de saúde vão fazer parte da rotina do provisório devido ocaráter prioritário desse eixo.
Várias situações que perpassam a saúde podem justificar arealização de trânsito externo no provisório: adolescentes que vãodar continuidade ou iniciar tratamentos, procedimentos diversos,como consultas, exames, etc..
As saídas podem ser contínuas, como em um caso de saúdemental que precisa ir ao serviço toda semana, ou pontual, comoem casos de queixa de dor ou outro sintoma que necessite de umatendimento no serviço de urgência/emergência.
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SAÚDE
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No Provisório
A Equipe de Saúde vai ser a referência para articular eplanejar essas atividades, mas isso é construído com aparticipação da equipe de segurança que será a responsávelpor acompanhar os adolescentes nos diversos serviços darede de saúde. É importante ressaltar que a Equipe deSaúde vai avaliar a necessidade ou não de uma saída e aEquipe de Segurança vai executar, mas as duas equipes, emconjunto com a Direção, devem buscar conversar sobre aorganização da logística (disponibilidade de carro,quantidade de agentes, necessidade de algemação, etc.),sempre visando garantir com agilidade e qualidade oatendimento ao adolescente.
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SAÚDE
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No Provisório
Atuação dos agentes de segurança socioeducativos noeixo saúde no Provisório:
- Participação, em conjunto, da equipe de saúde, técnica edireção. Construção e execução de ações diversas, como oficinase palestras, semana da saúde, campanha de vacinação, projeto delimpeza e outras ações que trabalhem a prevenção e a promoção.
- Realização de trânsito interno e externo de adolescentes paraatendimentos diversos com a equipe de saúde do centro e da redemunicipal de saúde.
- Acompanhamento de adolescentes que necessitem permanecerinternados em estabelecimentos de saúde.
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SAÚDE
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Na internação e na Semiliberdade
“Partindo do princípio de que a saúde pode seconstituir como importante elemento paratrabalhar com o adolescente seucumprimento de medida socioeducativa,bem como uma forma de exercício decidadania, deve-se buscar a constanteintegração da assistência prestada naunidade à rede de saúde local, de modo apossibilitar ao adolescente uma vinculaçãocom a saúde para além da medida”.
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SAÚDE
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As práticas descritas para o provisório também vão ser realizadaspela Equipe de Segurança nos Centros de Internação e nas Casasde Semiliberdade. Importante destacar que as atividades externasde saúde compreendem grande parte das ações que os Agentesrealizam no cotidiano do trabalho.
Nos Centros e nas Casas, principalmente nessa última, váriosadolescentes passam a realizar saídas desacompanhados,incluindo idas ao centro de saúde e a outros serviços da rede.Também nesses casos a participação da segurança é essencial,pois ela vai auxiliar nas construções das saídas visando propiciar oacesso do adolescente a rede de forma que o exercício dacidadania com autonomia e responsabilidade esteja presente.
Na internação e na Semiliberdade
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SAÚDE
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A algemação nas saídas de saúde segue a regra geral: vai ocorrerquando houver indícios consistentes de possível fuga ou apresença de outras questões de segurança, que após avaliação daSupervisão e/ou Direção de Segurança, justifiquem oprocedimento.
Pode acontecer das equipes avaliarem que é melhor adiar umaconsulta ou outra atividade de saúde, excluindo casos deurgência, para evitar que um adolescente que não faz uso dealgemação, ao sair, precise passar pelo procedimento devido auma agitação momentânea. A algemação nas saídas de saúde nasmedidas socioeducativas de internação e semiliberdade nãopodem ser rotina.
Na internação e na Semiliberdade
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SAÚDE
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O Agente tem um papel muito importante na instituição. Éuma função de educador que em muitos momentos se tornauma referência para o adolescente. O eixo saúde também éuma prática da Equipe de Segurança, pois possui temáticasque vão estar presentes nas intervenções e nos diálogoscom os adolescentes.
O Agente vai ajudar a sensibilizar sobre a importância dedeterminado tratamento, vai orientar sobre a higiene,estimular a participação em atividades que possam ajudá-loa fazer laços mais saudáveis, entre outros.
Na internação e na Semiliberdade
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SAÚDE
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A postura do Agente de Segurança Socioeducativo nasatividades externas de saúde precisa respeitar os fluxos quesão construídos previamente com os serviços da rede desaúde.
O Agente precisa agir com ética mantendo sigilo sobre ahistória e a condição atual do adolescente conduzindo oencaminhamento de forma a não causar constrangimentos.
É relevante que a orientação é garantir que o adolescentereceba atendimento como um cidadão que tem direito deacessar a rede de saúde.
Em todas as medidas...
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SAÚDE
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Nas Unidades, os Agentes vão realizar oacompanhamento da prática do aleitamento maternodas adolescentes acauteladas, tanto no provisórioquanto na internação ou semiliberdade.
A adolescente e o bebê têm o direito de permaneceremem contato o maior tempo possível e nesse momento aEquipe de Segurança deve agir com discrição auxiliandona garantia desse direito preconizado nas legislaçõesque orientam o sistema socioeducativo.
Em todas as medidas...
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SAÚDE
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Adolescência como momento decrise: ruptura e construção de novasformas de estar e ser no mundo.
Encontros e desencontros, a (re)descoberta do corpo e dasexualidade.
Variedade de respostas que podemsurgir nesse momento: entre elas,manifestações relacionadas atranstornos mentais.
Saúde mental e adolescência:
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SAÚDE
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Alterações quanti e qualitativas das funções cognitivascomo memória, percepção, pensamento, atençãodestacando-se: Delírios. Alucinações. Visão fragmentada de corpo. Concretude – dificuldade com a metáfora.
Em relação às respostas imaginárias: não desmentir,não ignorar, não inflar.
Alguns sintomas e como lidar com as manifestações do “transtorno mental”:
É importante perceber que toda a EquipeSocioeducativa faz parte do tratamento daquelecaso, já que a sua interação ocorre em todos osespaços da medida.
Construção de um saber a partir das relações queaquele sujeito estabelece com a instituição.Assim, ele poderá se apropriar desse saber.
Como cada um pode ajudar?
SAÚDE
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SAÚDE
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Avaliar os encaminhamento para rede externa: algumasqueixas podem ser trabalhadas pela própria equipe dosocioeducativo. A condição de privação de liberdade trazalguns efeitos na saúde física e mental dosadolescentes, como insônia, perda do apetite,alterações no humor, apatia e angústia.
É importante acolher e escutar o adolescente tentandotrabalhar essas situações.
SAÚDE MENTAL E TOXICOMANIA
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SAÚDE
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Em alguns casos os atendimentos com o Técnico aliviamesses sintomas e o adolescente começa a elaborar melhor amedida e sua condição de privação. Mas se são sintomasmuito persistentes e que se agravam, é fundamental oencaminhamento para a rede de saúde mental. A Equipe deSegurança tem papel importante nesse processo, poisparticipam das reuniões sobre a situação de cadaadolescente.
Sensibilizar o adolescente para aderir ao tratamento, explicarqual objetivo e motivo deste tratamento. Às vezes o próprioadolescente concorda que não está bem.
SAÚDE MENTAL E TOXICOMANIA
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SAÚDE
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Garantir o projeto terapêutico - em alguns momentos oprojeto terapêutico pode ser um ponto de impasse,porque alguns casos demandam muitas saídas durantea semana ou permanência do dia em alguma instituição.
As atividades de cunho terapêutico tem um propósitoespecifico e, além disso, trabalham com o objetivo deenlaçar o adolescente socialmente (não são atividadessem propósito).Por exemplo: jogar bola, construir mosaicos, cozinhar,pode ter efeitos de estabilização da crise eapaziguamento do adolescente.
SAÚDE MENTAL E TOXICOMANIA
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Precisamos escutar o que o sujeito inventa para
viver no mundo e a partir daí buscar conciliar com
as normas institucionais e o próprio cumprimento de
medida.
SAÚDE
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De perto ninguém é normal.
Todos nós construímos soluções para conviver e enfrentar asdificuldades do mundo.
As soluções são singulares, cada um tem a sua.
Resistimos quando nos tratam como iguais.
Para alguns, essa diferença é ainda mais radical e precisamde auxílio para conectar sua singularidade com as exigênciasde uma vida em sociedade.
Concluindo...
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Não há cumprimento de medida socioeducativa sem oatendimento técnico por equipe multidisciplinarespecializada.
Funções do atendimento:
Não somente minimizar os efeitos da privação deliberdade, mas estabelecer a construção e oacompanhamento sistemático do cumprimento demedida de cada adolescente.
Portanto, não se trata de realizar o atendimento, exclusivamente, a partir da demanda pontual do adolescente e, sim, de pensá-lo como dispositivo
fundamental da medida socioeducativa.
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Dispositivo fundamental da medida socioeducativa,não ocorrendo somente a partir da demandapontual do adolescente.
Sistemático: construção e o acompanhamento documprimento da medida pelo adolescente.
Visa assegurar que ele cumpra a medidasocioeducativa a partir de sua história, de seusimpasses e de seus desejos de formasingularizada.
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Ao considerarmos o atoinfracional como uma respostasingular para cada adolescentediante de alguma situação ouimpasse da vida, precisamos, nomesmo sentido, considerar que asaída da prática infracionaltambém se dará de formadiferente para cada um.
FUNÇÕES DO ATENDIMENTO
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Assegurar que o adolescente responda à medidasocioeducativa (ou à internação provisória) imputada a ele apartir de sua história, de seus impasses e de seus desejos,de forma individualizada.
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
Não há execução e, muito menos, cumprimento demedida socioeducativa sem o atendimento técnicorealizado por equipe multidisciplinar especializada.
O atendimento se orienta e se circunscreve a partirdo ato infracional cometido, o qual veio tomar olugar da palavra, a qual deve ter o seu postoretomado.
Não se trata de terapia, tratamento, defesatécnica, etc..
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Visa o singular do adolescente e sua relaçãoparticular com o ato que cometeu e não umaexigência de adequação comportamental.
Interessar-se pelo o que ele tem a contar sobre si,orientar-se pelo seu discurso e não só pelasinformações de outros: família, rede, prontuário,sentença, etc. .
Abordar a sua história, suas relações, o percursoaté o momento do acautelamento.
ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Não se trata de se orientar pela verdade dos fatosmas, inicialmente, de qual posição o adolescenterelata estar inserido.
Aguardar o seu tempo, ou seja, primeiro énecessário que um vínculo se estabeleça.
Ele só falará de questões importantes se o Técniconão se colocar como mecanismo de controle,aquele que tem o poder de decisão sobre suamedida.
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Escutar o que o adolescente tem a dizer etrabalhar com o que ele apresenta nos primeirosmomentos:
• coisas de que ele gosta de fazer;• relatos sobre seu ato;• relatos sobre a sua família;• queixas sobre a instituição.
Podem ser pontos de partida para os atendimentos e para o vínculo.
ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Escutar e acolher os impasses, conflitos, medos
e angústias, mas atento para localizar o que
cabe ao adolescente: sua responsabilidade e
suas possibilidades de mudar aquilo de que se
queixa.
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Ato infracional: pode não assentir com o ato mas épossível interroga-lo sobre o caminho que o levouaquela situação.
Insistir, apostar no que o adolescente tenha adizer e, principalmente, no dizer que há por trásdas atuações, convidando-o a entender melhor doque se trata.
Convidá-lo a decifrar esse enigma nosatendimentos.
ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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A medida deve ser a mais breve possível.
O Técnico precisa manejar o tempo doadolescente e possibilitar através do atendimentoque o mesmo elabore respostas que permitirão ocumprimento da medida e o desligamento.
Ter em vista que a saída da prática infracional sedará de forma diferente para cada um.
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ATENDIMENTO TÉCNICO INDIVIDUAL
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Construção e estudo de caso
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102102
CONSTRUÇÃO DE CASO
Construir caso é diferente de trocar informaçõesespecíficas de cada área.
A construção do caso possibilita a abordagemindividualizada do Plano de Atendimento, demaneira a fazer uma medida que sejaapropriada à singularidade do adolescente.
Permite construir um saber sobre o adolescentea partir do que ele próprio apresenta, para quea equipe compreenda melhor o que está emjogo para o sujeito e calcule as intervenções sobessa perspectiva.
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Dispositivo fundamental para orientar a condução do
ATENDIMENTO INDIVIDUAL, bem como as
estratégias de ações de toda a equipe socioeducativa.
Na construção do caso, o saber que está em foco éo do adolescente, a partir do recolhimento daspalavras que ele utiliza, da posição que ele seapresenta nos fatos e em sua história, dosmomentos de repetição e, principalmente, dosmomentos em que algo diferente se introduz.
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CONSTRUÇÃO DE CASO
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Deve-se evidenciar, durante a construção do caso,pontos que auxiliem na estruturação da medida doadolescente. Assim, há que se abordar a história doadolescente, seu contexto familiar, social, econômico,suas questões dentro e fora da unidade, sua relaçãocom a criminalidade, prática infracional e o próprioato, etc..
A construção do caso é o que vai possibilitar à equipeafirmar, posteriormente, se houve, efetivamente, umcumprimento de medida.
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CONSTRUÇÃO DE CASO
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Saídas apontadas pelo adolescente antes eapós o cumprimento da medida:
• uma pessoa de referência para o adolescente;• escola, cursos, esporte;• projetos sociais;• trabalho;• namoro;• conversar antes de agir;• entre outras.
CONSTRUÇÃO DE CASO
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Sua construção se orienta pelas normativas
trazidas pelo ECA e SINASE, quanto à
nomenclatura, e pelas diretrizes da SUASE quanto
ao conteúdo.
CONSTRUÇÃO DE CASO
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RELATÓRIOS
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Provisório: subsidiam o Poder Judiciário naaplicação da sentença, informam a SUASE sobrealgum evento extraordinário (circunstanciado),requisita inclusão em programa de proteção(PPCAAM).
Internação: subsidiam o Poder Judiciário paramanutenção ou desligamento da medida,informam a SUASE sobre algum eventoextraordinário (circunstanciado), requisitainclusão em programa de proteção (PPCAAM).
RELATÓRIOS
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O relatório é um documento jurídico, devendo teruma escrita condizente com tal.
Gírias, informalidades, expressões excessivamentetécnicas e escrita confusa devem ser evitados.
É preciso estar atento ao principal leitor dorelatório: Poder Judiciário.
DA FORMALIDADE NECESSÁRIA
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RELATÓRIOS
Impressão, sempre, de duas vias do documento:uma destinada ao Judiciário e outra para serarquivada no prontuário do adolescente,acompanhado do registro de protocolo.
Sempre enviar o documento com ofício assinadopelo Diretor Geral.
A revisão – assim como a responsabilidadecompartilhada acerca do documento – deve serfeita pela Direção de Atendimento.
DOS FLUXOS E PRAZOS
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RELATÓRIOS
Início de cumprimento de medida: curto e objetivo,com intuito de notificar o Judiciário acerca doacautelamento do adolescente.
Avaliação de Medida: relatório que diz documprimento da medida do adolescente, baseado noseixos da medida socioeducativa e do Plano deIntervenção do PIA. Caso os objetivos estabelecidos paraa medida do adolescente sejam cumpridos, esse relatóriodeve sugerir o desligamento; caso contrário, amanutenção da medida, sendo, neste caso, necessárioexplicar o que ainda é necessário ao cumprimentosatisfatório da medida.
DOS TIPOS DE RELATÓRIO
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RELATÓRIOS
Relatório Circunstanciado: são relatórioscontingenciais que visam informar ao Poder judiciárioe à SUASE sobre algum ocorrido extraordinário naunidade, como fuga, evasão, transferência, evento desegurança, etc.. Podem ser produzidos a qualquermomento, de acordo com a necessidade.
Circunstanciado de Segurança: possuem umaparticularidade, devendo ser entregues em até 48h àDiretoria de Segurança (DSS).
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RELATÓRIOS
Relatório de Ameaça: deve ser objetivo,elucidando os pontos mais relevantes da situação deameaça. Tendo em vista seu caráter específico, nãose faz necessário uma elucidação do cumprimento damedida do adolescente, focando-se, apenas, naameaça.
Relatório de Ameaça no Interior: deve-se copiaro parágrafo explicativo, redigido pela SUASE, emtodos os relatórios, de maneira literal.
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RELATÓRIOS
PRESSUPOSTOS:
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- Função: Convocar a comunidade socioeducativacom determinadas finalidades.
- Espaço com poder de deliberar,democraticamente, mudanças na rotina,convivência e funcionamento da unidade.
- Diálogo direto entre corpo diretivo,representantes das equipes e adolescentes.
- Deve haver um coordenador: costumeiramenteo Diretor Geral.
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INTERVENÇÃO EM GRUPO (ASSEMBLEIA)
Manejo direto das inclinações pessoais e do bomfuncionamento do espaço grupal.
Como administrar o uso desse espaço para evitar que nãose oscile, apenas, entre queixas vazias e individualismoexcessivo?
Define-se tempo estimado e ordem das pautas.
Assembleia é, também, um espaço de organização dafala, de produção coletiva para um fim proveitoso, alémde um instrumento crucial na noção de espaço alheio esocialização.
Local propício para a construção de uma instituiçãodemocrática, aberta, responsabilizadora e justa.
PRESSUPOSTOS:
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INTERVENÇÃO EM GRUPO (ASSEMBLEIA)
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ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
Segundo o ECA, precisamente no artigo 94, incisoXII, as entidades que desenvolvem programas deinternação têm por obrigação, dentre outras,“propiciar assistência religiosa àqueles quedesejarem, de acordo com as suas crenças”.
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De acordo com Simões (2010), coordenador dapesquisa intitulada Filhos de Deus – AssistênciaReligiosa no Sistema Socioeducativo, há doispressupostos que orientam as ações de assistênciareligiosa em uma medida de privação de liberdade:
A impossibilidade de o indivíduo buscar, por seuspróprios meios, o recurso religioso de que sentenecessidade;
O acerto de livre vontade de receber a assistência.(SIMÕES, 2010, P.28).
PRESSUPOSTOS
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ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
A participação do adolescente nas ações deassistência religiosa não é obrigatória. Comogarantir que não seja obrigatória?
A assistência religiosa deverá ser garantida somenteàqueles adolescentes que sintam necessidade de umsuporte religioso durante a passagem pelo SistemaSocioeducativo. “É por isso que se denominaassistência religiosa e não educação religiosa oucapelania”. (SIMÕES, 2010, p. 13).
Articulação de parcerias.
PRESSUPOSTOS
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ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
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PROGRAMA “SE LIGA”
Programa de Acompanhamento ao Adolescente Desligado das Medidas
Socioeducativas de Semiliberdade ou Internação em Minas Gerais
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PROGRAMA “SE LIGA”
Esta iniciativa ocorre em respeito aos preceitos legaisvigentes no país, sobretudo o inciso XVIII, Art. 94 do ECA,que imputa às entidades responsáveis pelas medidas deinternação “manter programas destinados ao apoio eacompanhamento de egressos”.
A SUASE executa o Se Liga em parceria com o InstitutoJurídico para Efetivação da Cidadania– IJUCI-MG.
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PROGRAMA “SE LIGA”
O Programa “Se Liga” tem por objetivo acompanhar osadolescentes desligados das medidas de Semiliberdade ouInternação em Minas Gerais. Implementado em grandeparte dos municípios onde há Unidades Socioeducativas,atende em média 230 adolescentes por mês.
OBJETIVOS
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PROGRAMA “SE LIGA”
Atualmente o “Se Liga”acompanha adolescentesdesligados residentes em:
• Belo Horizonte, RMBH e SeteLagoas;
• Juiz de Fora e Muriaé;• Montes Claros e Pirapora;• Governador Valadares e
Teófilo Otoni;• Uberlândia e Uberaba.
OBJETIVOS
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PROGRAMA “SE LIGA”
Trata-se de um Programa de livre inclusão, no qualo adolescente pode ser acompanhado por até 01ano.
Para tanto, o “Se Liga” possui dois momentos deatuação, o primeiro com os adolescentes emcumprimento de medida socioeducativa e osegundo, com os adolescentes desligados.
METODOLOGIA
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PROGRAMA “SE LIGA”
Para que os adolescentes conheçam o “Se Liga” antesdo desligamento, bem como para suscitar o interessedos mesmos pelo Programa, algumas atividades sãorealizadas ainda durante a medida socioeducativa.Entre elas, destacam-se:
Apresentação do Programa a todos os adolescentespúblico do Programa;
Oficinas com adolescentes em processo dedesligamento;
ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
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PROGRAMA “SE LIGA”
Atividades de cultura e lazer com adolescentes emprocesso de desligamento;
Atendimentos individuais para reapresentação doPrograma e vinculação do adolescente ao técnico dereferência.
TÉCNICO DE REFERÊNCIA: o Técnico do “Se Liga”, que é referência da unidade, é o mesmo que irá
acompanhar o adolescente caso ele seja incluído posteriormente ao Programa.
ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
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PROGRAMA “SE LIGA”
A proximidade do Programa com as UnidadesSocioeducativas é imprescindível para a vinculaçãodo adolescente ao “Se Liga”.
O Programa deve participar de pelo menos de umestudo de caso na unidade antes do desligamentodo adolescente.
“Se Liga” e Unidade Socioeducativa
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PROGRAMA “SE LIGA”
O acompanhamento do “Se Liga” aos adolescentesdesligados é composto pelo ATENDIMENTO e pelaARTICULAÇÃO DA REDE nos EIXOS:
Educação; Educação Profissional; Trabalho e Renda; Cultura, esporte e lazer; Saúde; Família.
ACOMPANHAMENTO DOS ADOLESCENTES DESLIGADOS
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PROGRAMA “SE LIGA”
O atendimento individual é destinado a todos osadolescentes acompanhados. A periodicidade varia deacordo com o caso, geralmente sendo semanal ouquinzenal.
O atendimento individual é de extrema importância para acondução do caso. É neste espaço que o adolescente podetratar as questões que o trouxeram ao Programa. Trata-setambém de um momento no qual o técnico se apropria dahistória e da demanda do adolescente, a fim de melhorintervir em seus possíveis encaminhamentos à rede(SUASE, 2012).
ATENDIMENTO
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PROGRAMA “SE LIGA”
O Programa “Se Liga” é um articulador da rede deatendimento ao adolescente. Trata-se de uma ponte entreo adolescente e o território.Cabe ao “Se Liga” mediar a relação do adolescente com acidade.
ARTICULAÇÃO DA REDE
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PROGRAMA SE LIGA – REGIONAL BELO HORIZONTE
Rua dos Tupis, 485, sala 201/202, Centro, Belo Horizonte-MG.
Telefone: (31) 2511-4457 / 2511-4456 (Programa Se Liga)
Email: [email protected]/131
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069, de 13 dejulho de 1990 (Disponível on line).
BRASIL. Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012. Institui o Sistema Nacional deAtendimento Socioeducativo (Disponível on line).
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Subsecretaria de Atendimento àsMedidas Socioeducativas. Regimento Único dos Centros Socioeducativos doEstado de Minas Gerais. Maio de 2011.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Subsecretaria de Atendimento àsMedidas Socioeducativas. Modelo de Gestão do Atendimento Socioeducativo.Junho de 2009 e atualizado em Outubro de 2012.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Subsecretaria de Atendimento àsMedidas Socioeducativas. Metodologia do Se Liga – Programa deAcompanhamento ao Adolescente Desligado das Medidas Socioeducativas deInternação ou Semiliberdade em Minas Gerais. Belo Horizonte, 2012.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Subsecretaria de Atendimento àsMedidas Socioeducativas. Metodologias das Medidas Socioeducativas deSemiliberdade, Internação Provisória e Internação. Belo Horizonte, 2012.
ARENDT, Hannah. Sobre a Violência. Trad. André de Macedo Duarte. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 2009. 167 p.
BARROS, Fernanda Otoni. Psicanálise Aplicada à rede socioeducativa. Revista Plural.2008.
FREUD, Sigmund (1930). O Mal-Estar na Civilização. Edição Standard Brasileira dasObras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol.21. Rio de Janeiro: Imago, 1969.
GARCIA, Célio. Psicologia Jurídica: Operadores do Simbólico. Belo Horizonte: DelRey, 2004. 184 p.
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GARCIA, Célio. Responsabilidade e cumprimento da medida. In: CAMPOS Jr.,Maurício et al. Seminário Estadual de Medidas Socioeducativas de Minas Gerais.Secretaria do Estado de Defesa Social de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009. 88 p.
LACADÉE, Philippe. A passagem ao ato nos adolescentes. Asephalus: Revistaeletrônica do Núcleo Sephora. v. 02, n. 04, maio a outubro de 2007.
LACAN, Jacques. Introdução teórica da função da psicanálise na criminologia.Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1998
MÉNDEZ, Emilio Garcia. Evolución histórica del derecho de la infância: Por que unahistoria de los derechos de la infância? In: ILANUD; ABMP; SEDH; UNFPA (orgs).Justiça Adolescente e ato infracional: socioeducação e responsabilização. SãoPaulo: ILANUD, 2006. 592 p.
MILLER, Jacques-Alain. Nada é mais humano que o crime. Intervenção realizada emuma mesa redonda em 29 de abril de 2008, no Anfiteatro da Faculdade de Direito deBuenos Aires. In: MILLER, Jacques-Alain. Uma fantasia. Opção Lacaniana - RevistaBrasileira Internacional de Psicanálise. n. 42. São Paulo, Eolia, 2005.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MORELLI, Antonio. Responsabilidade: medida do homem; questão para o sujeito. Lacan e aLei, Curinga, n. 17, 2001.
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SALUM, Maria José Gontijo Salum. Considerações sobre Passagem ao ato, acting-out e o crime.Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais. Almanaque nº 5.
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