Arquidiocese em Movimento

Arquidiocese em movimentoAções socioeducacionais, políticas e culturais da Arquidiocese de Belo Horizonte 2012

Arquidiocese em movimentoAções socioeducacionais, políticas e culturais da Arquidiocese de Belo Horizonte 2012

ções que atendem a crianças,adolescentes, adultos e idosos emsituação de vulnerabilidade social.

Que trazem dignidade para moradores de rua,resgatam a infância e descortinam novoshorizontes para pessoas com deficiência ou emsituação de dependência química. Iniciativasque valorizam a cultura e promovem aeducação e a cidadania. São numerosas eefetivas as atividades da Arquidiocese de BeloHorizonte em todas as áreas.

Dividido em três eixos – ação social, saúde eeducação e cultura -, este Anuário apresentaalguns dos projetos e programas desenvolvidosno ano de 2012 pelas instituições quecompõem a Arquidiocese de Belo Horizonte.São resultados de obras desenvolvidas pelaspastorais sociais, pelas paróquias e suascomunidades de fé, por instituições de saúde –como a Fundação Hospitalar Nossa Senhora deLourdes e a Casa de Apoio Nossa Senhora daConceição – e de educação, como a PUC Minas,o Colégio Santa Maria e o Centro de EnsinoSuperior de Juiz de Fora (CES), para citar alguns.

Em muitos dos trabalhos, verificam-senúmeros expressivos, como o total deatendimentos realizados pelas pastoraissociais, que beneficiaram 152.900 pessoas em2012. Em outros, o efeito é mensurado pelavitória da vida sobre a droga, como mostrareportagem sobre a Pastoral da Sobriedade,que auxilia na recuperação de dependentesquímicos. Nas páginas seguintes, exemploscomo esses mostram a presença viva daArquidiocese em meio aos necessitados.

Equipe editorial

Valorização da vida 5 Palavra do Arcebispo

6 e 7 Palavra dos Bispos

8 a 13 Dimensão institucional

14 a 49 Ação Social

50 a 59 Saúde

60 a 77 Educação e Cultura

78 e 79 A Catedral Cristo Rei

80 e 81 Organograma

82 a 84 Arquidiocese em Números

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ExpedienteProjeto editorial Ana Maria Rezende Miranda - Assessora de Comunicação da Arquidiocese de BeloHorizonte, Prof. Mozahir Salomão Bruck - Secretário de Comunicação da PUC Minas | Edição Profª MarialiceEmboava, Marisa Cardoso | Textos Edson Cruz, Érika Dourado, Kátia Castro, Leandro Felicíssimo, MarcosAurélio Jr, Viviane Gonçalves | Produção Tereza Xavier | Fotografia Marcos Figueiredo | Projeto GráficoMiriam Barreto | Diagramação e arte Brava Design | Revisão Edson Cruz | Impressão Fumarc | Tiragem5 mil exemplares

Sumário

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A dança folclórica éuma das atividadesdo Espaço CriançaEsperança

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Palavra do Arcebispo

O mandamento doamor é o maior princí-pio, uma força capaz detransformar as relaçõeshumanas e, consequen-temente, as dinâmicasda vida. É o vértice daautêntica ética. O Evan-gelho de Jesus Cristo,segundo Mateus, evi-dencia esse princípiocomo um compromissocristão. No capítulo 25,

Jesus ensina que serão chamados benditos do Pai econvidados a receber a herança do Reino, preparadodesde a criação do mundo, aqueles cuja conduta foipautada pelo compromisso de fazer o bem, de lutarpela justiça, em favor dos que são pobres, pequeni-nos e fracos. Nessa passagem bíblica, Jesus disse aosseus discípulos: “Todas as vezes que fizestes isso aum destes mais pequeninos, que são meus irmãos,foi a mim que o fizestes”.

Com esse ensinamento, Jesus mostra que a cari-dade é um compromisso de todos, dom que precisaser cultivado no coração do mundo. Trata-se de umgrande tesouro que, conforme salienta o apóstoloPaulo, em sua carta aos Coríntios, tem o poder dequalificar a vida com a nobreza da solidariedade. Sema experiência das ações solidárias, não se alcança au-tenticamente o dom de um mundo fraterno. É portudo isso que a Igreja Católica desenvolve, apoia e in-centiva iniciativas que promovem o bem-estar dosmais pobres, assumindo seu compromisso de traba-

lhar, sempre, em prol dos “mais pequeninos”, que me-recem uma vida digna e uma sociedade mais justa.

A Igreja é, conforme apresenta sua Doutrina Social,“na humanidade e no mundo, o sacramento do amorde Deus e, por isso mesmo, da esperança maior, queativa e sustenta todo autêntico projeto de libertação epromoção humana. Ela é ministra da salvação, não emabstrato, ou em sentido meramente espiritual, mas nocontexto da história e do mundo em que o homemvive, onde o alcança o amor de Deus”. Este compro-misso inspira a Conferência Nacional dos Bispos doBrasil (CNBB) a realizar, em 2013, sua 5ª Semana SocialBrasileira, precedida de atividades e eventos significa-tivos em todas as dioceses e paróquias.

Neste caminho, a Arquidiocese de Belo Horizontevive sua vocação de Igreja servidora, cultivando a ale-gria de ajudar o próximo. Nas comunidades de fé, emcada uma de suas instituições, prevalece sempre odesejo de seguir a via da caridade. A sua históriaquase centenária apresenta incontáveis iniciativasque contribuíram e continuam a contribuir para aedificação de um mundo melhor.

Neste Anuário, ao apresentar alguns tesourosdesse rico acervo, reafirmamos o compromisso decontinuar vivendo e anunciando o dom de servir, ca-minho que tem força para fazer com que os ho-mens vivam na unidade, na fraternidade e na paz.

Que Nossa Senhora da Piedade, Padroeira deMinas Gerais, nos guie e nos fortaleça sempre nestecaminho – a via da caridade.

Dom Walmor Oliveira de AzevedoArcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

Compromisso social da féMary Lane Vaz

“Uma IGREJA VIVA, POVO DEDEUS, expressa sua adesão eseguimento de Jesus Cristoinclusive pelo seu compromissocom a edificação de umasociedade justa, fraterna esolidária. As múltiplasexpressões de zelo e cuidadocom os pobres por parte daArquidiocese de Belo Horizonte,por meio de tantos projetos einúmeras ações de inserçãosocial, atestam vivamente oamor preferencial pelospequenos e pobres tal comoJesus viveu e nos ensinou. Destecaminho nem um católico podedistanciar-se.”

Dom João Justino de Medeiros SilvaBispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte

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“Caridade é a expressão doamor de Deus que, por meio denós, se manifesta em gestos deserviço solidário ante asnecessidades do próximo. Esseamor é o que nos distingue enos caracteriza como cristãos.Foi o que disse Jesus: “Se vocêstiverem amor uns para com osoutros, todos reconhecerão quevocês são meus discípulos” (Jo.13,35). Cultivemos a caridade!Que ela seja a marca de tudo oque fizermos. Das virtudes quenos conduzem a Deus, a fé e aesperança cessarão no dia emque contemplarmos a Deus,mas a caridade permanecerápara sempre.”

Dom Wilson Luís Angotti FilhoBispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte

Palavra dos Bispos

“João Batista mandou perguntarao Senhor: És tu aquele que há devir ou devemos esperar outro?Jesus mandou a resposta: Cegosveem, paralíticos andam, leprosossão purificados, surdos ouvem,mortos ressuscitam, pobres sãoevangelizados (cf. Lc 7,19.22). Isto é extraordinário! As açõeslibertadoras de Jesus são acertificação de sua messianidade.O cristianismo não pode ser outracoisa senão o debruçar-se decompaixão sobre o outro, paracom o outro erguer-se, livre,digno. O futuro da Igreja dependeda sua fidelidade ao Evangelhohoje. A fidelidade ao Evangelhonos coloca lado a lado com ospequeninos.”

Dom Joaquim Giovani MolGuimarãesBispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte

“A caridade deve ser otermômetro de nossocristianismo. A caridadeverdadeira significa amor, amorque enxerga com os olhos deDeus e, por isso mesmo, enxergaEle mesmo, a quem não se vê,no irmão e na irmã a quemmuitas vezes não se quer ver (cf.1Jo 4,20). Assim, a caridade nãoé simplesmente ofereceralguma coisa. É contribuirverdadeiramente de coração. Eisso só acontece quando odoador faz de si mesmo aprincipal doação.”

Dom Luiz Gonzaga FechioBispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte

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A Arquidiocese de Belo Horizonte, instituídano dia 11 de fevereiro de 1921, congrega umagrande rede de comunidades de fé, reunidasem 272 paróquias e dez santuários. Mantéminstituições nas áreas da educação, saúde, cul-tura e comunicação, com ações voltadas espe-cialmente para os mais necessitados.

Sua ampla estrutura conta com três vicaria-tos episcopais especiais: de Ação Pastoral, deAção Social e Política e de Comunicação e Cul-tura. Inclui também o Seminário Arquidioce-sano Coração Eucarístico de Jesus, oitounidades do Colégio Santa Maria, as unidadesda PUC Minas em Belo Horizonte e em outrosseis municípios do Estado, além do Centro deEnsino Superior de Juiz de Fora.

No campo da comunicação, a Arquidiocesede Belo Horizonte mantém a Rede Catedral deComunicação Católica, que congrega as rádiosAmérica e Cultura, além da TV Horizonte e sites.Na área cultural, é responsável pelo MemorialArquidiocesano, formado pelo Museu de ArteSacra e pelo Arquivo e Inventário de Patrimônio.Já na área da saúde, a Arquidiocese é respon-sável pela Fundação Hospitalar Nossa Senhorade Lourdes, localizada em Nova Lima, na RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte, além da Casade Apoio à Saúde Nossa Senhora da Conceição.Mobiliza também uma série de iniciativas de-senvolvidas pelas pastorais sociais.

As incontáveis ações que resultam do tra-balho de colaboradores que integram essaampla estrutura organizacional tem comofundamento o Evangelho de Jesus Cristo. À luzda Palavra de Deus, a Arquidiocese de Belo Ho-rizonte cultiva sua vocação de Igreja servidora,buscando contribuir para a construção de umasociedade mais justa, fraterna e solidária.

Igrejaservidora

8 Dimensão Institucional

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Santuário Nossa Senhora da Piedade

Padroeira de Minas Gerais12

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1 Ermida da Padroeira de Minas Gerais2 Calvário 3 Cripta São José4 Espaço Padre Virgílio Resi:

Espaço CaféEspaço Boas Lembranças

5 Espaço Dom João Resende Costa (restaurante)6 Arena da Amizade7 Observatório Frei Rosário8 Casa dos Padres Dom Viçoso

9 e 10 Heliponto11 Praça Alcides da Rocha Miranda12 Igreja Nova das Romarias

Espaço de Exposições13 Mirante Santo Onofre14 Casa dos Peregrinos Dom Silvério15 Praça Cardeal Motta


As regiões episcopaisPresente em 28 municípios, aArquidiocese de Belo Horizonte écomposta por quatro regiõesepiscopais, que congregam umarede de 1.436 comunidades de fé,reunidas em 272 paróquias. São quase 69 mil pessoas atendidasnos 1.232 projetos. Conheça mais arespeito de cada Região e asiniciativas que se destacam emalgumas paróquias.

REGIÃO EPISCOPAL NOSSA SENHORADA ESPERANÇA (Rense)

Paróquia Bom Pastor (Bairro Dom Cabral)

❚ Projeto Vivendo Feliz: oferece atividades delazer e cultura a crianças e adolescentes, nafaixa etária de seis a 18 anos. Entre ostrabalhos, estão aulas de reforço escolar eoficinas: cabeleireiro, pintura em pano,bordado, tricô, psicomotricidade, artesanato,costura, atendimento de fonoaudiologia, aulasde flauta, violão e teclado, computação,atendimento psicológico, teatro, cursosdiversos.

❚ Creche: acolhe crianças de seis meses a seisanos.

❚ Distribuição de cestas básicas: mais de 36famílias recebem o benefício.

❚ Assistência e acompanhamento a gestantes ecrianças

❚ Grupo Esperança e Vida: acompanhamento eassistência aos idosos. Promoção de atividadesrecreativas, assistenciais e culturais.

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS (Bairro Carlos Prates)

❚ Farmácia Amor Fraterno: distribuição demedicamentos a pessoas carentes de diversasregiões de Belo Horizonte.

❚ Acompanhamento a pessoas doentes:voluntários da paróquia desenvolvem trabalhoassistencial aos enfermos.

❚ Distribuição de cestas básicas para pessoascarentes da comunidade.

Paróquia: rede de comunidadesPresentes em áreas urbanas e rurais, as comunidades de fé da Arquidiocese de Belo Horizonte, à luz do Evangelho, são responsáveis por importantes iniciativas de inclusão social, que promovem a vida. Veja alguns exemplos:

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Esmeraldas

Contagem

Betim

Ibirité

Nova Lima

Rio Acima

Caeté

NovaUnião

Taquaraçude Minas

LagoaSanta

Raposos

Sabará

Santa Luzia

Vespasiano

São José da Lapa

Confins

Brumadinho

SarzedoMário

Campos

RioManso

Bonfim

Belo Vale

Moeda

Piedadedos Gerais

Crucilândia

Belo Horizonte

PedroLeopoldo

Ribeirão das Neves

Nossa Senhora da Aparecida

Nossa Senhora da Conceição

Nossa Senhora da Piedade

Nossa Senhora da Esperança

Mais informações no final desta publicação

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Oficina de Artesanato é uma das atividades do Projeto Vivendo Feliz da Paróquia Bom Pastor

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REGIÃO EPISCOPAL NOSSA SENHORADA CONCEIÇÃO (Rensc)

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE LOURDES(Vespasiano)

❚ Cooperativa Paroquial de Reciclagem (Copare):proporciona emprego e geração de renda àsfamílias de baixa renda.

❚ Distribuição de cestas básicas para pessoascarentes da comunidade

❚ Cantinho de Arte e Cultura: desenvolveatividades de interesse pela arte, cultura e desociabilidade para crianças, adultos e idosos.

❚ Atendimento Psicossocial: orienta, apoia eacolhe dependentes químicos.

❚ Farmácia Popular Paroquial: desenvolvedistribuição gratuita de medicamentos

❚ Doação de roupas e calçados para famílias emsituação de risco social.

❚ Digitando o amanhã: cursos de informática einclusão digital.

❚ Cursos de inglês para crianças e adolescentes❚ Desenhando a Esperança: curso de desenho

artístico, voltado para adolescentes acima de10 anos, adultos e idosos.

❚ Campanha Solidária de Mãos Dadas com aEducação: distribuição de kits escolares parafamílias de baixa renda.

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA (Eldorado, Contagem)

❚ Cursos de Manicure e Pedicure, Cabeleireiro,Tricô, Crochê e Pintura de tecido

❚ Curso de informática voltado para a TerceiraIdade

❚ Na área da saúde, a Paróquia promoveatividades físicas diversas, orientações sobrenutrição, combate ao diabetes, controle dapressão arterial e colesterol.

REGIÃO EPISCOPAL NOSSA SENHORADA PIEDADE (Rensp)

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM (Bairro Funcionários, Belo Horizonte)

❚ Casa Santa Zita: acolhe idosas, com idadesentre 70 e cem anos, a maioria sem vínculosfamiliares.

❚ Centro Social Lar Frei Leopoldo: lar de meninas,com idade entre quatro e 17 anos. São criançasem situação de risco, afastadas do convíviofamiliar por decisão judicial.

❚ Creche Olívia Tinquitella: recebe crianças, detrês a seis anos, em horário integral.

❚ Obra do Berço: oferece kit básico de enxoval àsgestantes de famílias de baixa renda.

REGIÃO EPISCOPAL NOSSA SENHORAAPARECIDA (Rensa)

PARÓQUIA CRISTO REDENTOR(Barreiro de Cima, Belo Horizonte)

❚ Grupo de Fé e Política: promove a consciênciaeclesial e incentiva a participação cidadã.

❚ Pastoral Social: resgate da cidadania deaproximadamente cem famílias da Vila Cemig.Faz visitas à população em situação devulnerabilidade social, e, posteriormente,realiza um cadastro, para doação de cestasbásicas, gêneros de primeira necessidade, alémde orientações diversas.

❚ Em parceria com a PUC Minas, estagiários doNúcleo de Psicologia acompanham as famíliase fazem atendimentos individuais e em grupo. O trabalho vem gerando frutos e a comunidadevai contar com o programa de atendimento pormais quatro anos.

❚ Pastoral da Criança: acompanhamento dasmães gestantes, desde o início da gestação, edas crianças da comunidade, até completaremseis anos de idade.

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO MORRO (Barragem Santa Lúcia, Belo Horizonte)

❚ Aulas de Inglês para os moradores que vivemno Aglomerado Santa Lúcia

❚ Alfabetização de Adultos❚ Horta Comunitária: a produção destina-se às

famílias que mantêm o cultivo de frutas elegumes. Destina-se também às criançasassistidas pela Pastoral da Criança e aosenfermos que recebem assistência da Pastoral daSaúde.

❚ Cooperativa de Costura Copernossa:cooperativa formada por costureiras, instituídaem parceria com a Paróquia N. Sra. do Carmo.

PARÓQUIA SÃO MARCOS(Bairro Maria Goretti, Belo Horizonte)

❚ Projeto Sonoro Despertar: estimula vocaçõesartísticas, por meio da música, ensinando criançase adolescentes, em situação de risco social, atocarem flauta doce. Aproximadamente 5 milalunos do projeto ingressaram em faculdades demúsica.

❚ Biblioteca Comunitária São José de Calasanz:reúne um acervo de cinco mil volumes, deacesso livre à população.

❚ Grupo de Teatro Vida: formado por 15integrantes da comunidade, realizaapresentações culturais.


Cursos de informática e inclusão digital são oferecidos naParóquia Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano

Na Paróquia N. Sra. da Glória, curso de informáticavoltado para a terceira idade é oferecido para a população

Cooperativa formada por costureiras é um dos projetos daParóquia N. Senhora do Morro

O jornalista João Paulo Cunha e o prof. padre Márcio Paiva,da PUC Minas, durante o Seminário Ética e Corrupção

Marcos Figueiredo / PUC MinasMarcos Figueiredo / PUC Minas Marcos Figueiredo / PUC MinasPâmella Ribeiro/ PUC Minas

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AÇÃO SOCIAL

O Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política(VEASP) tem como um de seus principais objetivosfortalecer a inserção social da Igreja em diálogocom o projeto de evangelização Igreja Viva, Povo deDeus. Por isso mesmo, busca-se uma ampla inte-gração entre o Vicariato e a sociedade com a insti-tuição de políticas que procurem fortaleceragentes, pastorais e núcleos que contribuam parasolucionar problemas sociais.

O Vicariato estabelece suas ações prioritárias apartir de três amplas diretrizes: inserção nos espa-ços públicos de participação; construção de umaforça institucional do Vicariato frente a políticaspúblicas e incentivo a participação popular e a mo-bilização cidadã. Além dessas diretrizes, há inicia-tivas que aglutinam e orientam a ação social daArquidiocese de Belo Horizonte. A atuação do Vi-cariato se consolida como articulador, promotor e

assessor da ação social e política em âmbito paro-quial, forâneo e regional.

SIASPSempre buscando aprimorar e assegurar mais

eficácia e transparência aos processos, o Vicariatopara a Ação Social conta com o Sistema Integradode Ação Paroquial (SIASP), que promove uma maiorintegração entre as ações sociais desenvolvidaspelas paróquias e comunidades da Arquidiocese deBelo Horizonte. O SIASP atua como mecanismo deacompanhamento, registro, troca de experiência eaproximação das ações sociais e políticas das pa-róquias e comunidades com o Vicariato.

O trabalho integrado resulta em maiores bene-fícios para os mais necessitados, ao garantir agili-dade, organicidade e transparência em todas asfrentes de atuação.

Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política

Eu vim para que todostenham vida e a tenham emabundância.” (Jo 10,10).“

A Pastoral da Criançaatende mensalmente7.253 crianças

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1716 Ação Social

Grande parte das ações sociais desenvolvidas pelaArquidiocese de Belo Horizonte são coordenadaspelo Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política,coordenado pelo Padre Ademir Ragazzi. O Vicariatoconcentra todas as pastorais sociais da Arquidiocese.Uma delas é a Pastoral da Criança, cujo objetivo épromover o desenvolvimento integral de crianças atéseis anos de idade, com ações preventivas de saúde,nutrição, cidadania e educação.

Na Arquidiocese de Belo Horizonte, 1.843 líderes,treinados por capacitadores da Pastoral da Criança,atendem mensalmente a 7.253 crianças. As açõessão divididas em sete setores, que englobam a capi-tal e 27 munícipios da Região Metropolitana de BeloHorizonte. A metodologia conta com três grandesmomentos de interação. Os líderes fazem visitasmensais às famílias acompanhadas, há um mo-mento da celebração da vida, que ocorre uma vez pormês, em que as famílias se reúnem para celebrar ascrianças que estão saudáveis e para se ajudarquando estão em dificuldades. Há, ainda, a reuniãode reflexão e avaliação, em que líderes de umamesma comunidade se reúnem para refletir sobre asações e avaliar o trabalho realizado.

Durante as visitas às famílias, os líderes compar-tilham conhecimentos sobre nutrição, higiene, cida-dania, gestação, prevenção, educação infantil, entreoutros. “Os líderes observam o que pode ser mudado.Quando é verificado que há crianças com baixo peso,o trabalho é redobrado e as visitas são intensifica-das”, explica Rita Jardim Carnevalli, coordenadora daPastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Hori-zonte. Todas as visitas são catalogadas em formulá-rios padrão e os dados são encaminhados ao

Ministério da Saúde. De posse das estatísticas, o go-verno pode adotar outras medidas para melhorar asaúde de toda a população.

Um relatório divulgado em setembro de 2012pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni-cef) mostrou que o Brasil conseguiu com quatroanos de antecedência atingir as metas estipuladaspela Organização das Nações Unidas (ONU) para ín-dices de mortalidade infantil. Desde 1990, o Brasilreduziu em 73% a mortalidade entre as crianças deaté seis anos. A Pastoral da Criança contribuiu deci-sivamente para isso.

A Pastoral da Criança da Arquidiocese de Belo Ho-rizonte promove ainda ações complementares. Sãoiniciativas que contribuem para o desenvolvimentodas comunidades, como eventos, brincadeiras, pales-tras, exibição de vídeos, entre outras.

Entre elas, há o incentivo ao uso do soro caseiropara combater a desidratação entre as crianças; es-tímulo ao parto normal; conscientização sobre aimportância do leite materno para a saúde das

A coordenadora Aliana Aparecida e sua filha, Gleiciane,líder mirim da Pastoral da Criança

Fotos: Marcos Figueiredo / PUC Minas

Pastoral da Criança:infância resgatada

crianças e das mães; combate à hanseníase. Hátambém campanhas educativas sobre a importân-cia dos primeiros mil dias para a saúde da criança:estudos científicos mostram que os cuidados nosprimeiros mil dias de vida podem contribuir deforma efetiva para a saúde da pessoa ao longo desua vida; e sobre a saúde do bebê.

Cresce número de líderesEm Belo Horizonte, o número de líderes tem cres-

cido. Coordenador regional do centro da Pastoral daCriança, o pedagogo Luiz Gustavo Honório acompa-nhou o trabalho de líderes desse organismo de açãosocial em sua residência e simpatizou com a causa.Morador do Conjunto Palmital, em Santa Luzia, Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte, Luiz observouos cuidados que os líderes tinham com a saúde desua irmã e atentou para as instruções repassadaspara a sua mãe durante as visitas domiciliares.

Atualmente, a irmã do coordenador, GleicianeLourdes Silva Honório, de 14 anos, é líder mirim daPastoral das Crianças e sua mãe, Aliana AparecidaSilva, é coordenadora. “Trocamos experiências em fa-mília e estamos ajudando a transformar a vida demuitas crianças”, diz Aliana Silva. Um dos garotos as-sistidos por ela, P.R.S., possuía intolerância à lactosee baixo peso. Com uma mudança na dieta, o garoto,hoje com três anos, está bastante saudável.

Outros projetos envolvem o público infantil

Semelhante às atividades da Pastoral da Criança,a Arquidiocese tem outros projetos que envolvem opúblico infantil, adolescentes e jovens. Desde 2001,o Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política éparceiro do Serviço de Convivência e Fortalecimentode Vínculos para crianças até seis anos e suas famílias– a Casa do Brincar, vinculada ao Centro de Referên-cia da Assistência Social (CRAS) da Prefeitura Muni-cipal de Belo Horizonte. Trata-se de um espaço lúdicoque possibilita às crianças e seus familiares o acessoa brinquedos, jogos, CDs e livros, além de uma diver-sidade de outros materiais. O projeto atende men-salmente a 240 crianças.

O Oratório Festivo do Vicariato Episcopal para aAção Social e Política tem o objetivo de desenvolvero protagonismo e autonomia de crianças e adoles-centes entre seis e 14 anos em situação de vulnera-bilidade social. As interações são pautadas emexperiências lúdicas, culturais e esportivas, comoforma de expressão, aprendizagem, sociabilidade eproteção social. O projeto inclui a participação decrianças e adolescentes portadores de necessidadesespeciais retirados do trabalho infantil ou submeti-dos a outras violações de caráter social. O projetoatende a 300 crianças anualmente e, de forma indi-reta, a 500 famílias.

Destinado a crianças e adolescentes entre sete e14 anos e a jovens entre 15 a 23 anos, o projeto Cons-truindo a Esperança do Vicariato Episcopal para aAção Social e Política tem como objetivo a constitui-ção de espaço de convivência social e a participaçãocidadã. Por meio de experiências lúdicas, culturais eesportivas o projeto consegue transformar a reali-dade desse público, combatendo a violência, a droga,a prostituição infantil e a desigualdade social e inte-lectual. Atualmente, as ações estão sendo realizadasno bairro Jatobá IV, na região do Barreiro, em BeloHorizonte.

Além de projetos queenvolvem adolescentes e

jovens, a Arquidiocese tem também várias

ações voltadas para o público infantil

1918 Ação Social

A Pastoral da PUC Minas em Poços de Caldas, noSul de Minas, tem desenvolvido inúmeras ações deapoio à comunidade, com destaque para as ativida-des ligadas à Pastoral da Criança do município, coor-denada pela Paróquia São Paulo Apóstolo, localizadano bairro Jardim São Paulo, na zona leste da cidade.

Uma vez por mês, 20 alunos de vários cursos degraduação, professores e colaboradores da Univer-sidade atuam como voluntários em ações desen-volvidas em benefício de famílias carentes quemoram nos bairros Jardim Ipê, Jardim São Paulo eSanta Edwirges.

Os trabalhos começaram em 2003 e são volta-dos para a educação e cidadania, com a realizaçãode palestras para mães e atividades lúdicas paracrianças. O projeto visa a atenção à saúde integralda família, com apoio que se inicia desde a gravi-dez da mãe ao acompanhamento do crescimentodo bebê até a criança completar seis anos.

AtividadesAs equipes formadas pelos universitários e volun-

tários atendem, em média, 70 mães e 150 criançastodo mês. As atividades acontecem em salões das as-sociações de bairro e igrejas. As aulas abrangem a pro-dução de artesanato, orientação às mães com relaçãoà higiene, doenças e palestras, além de recreação in-fantil, utilizando métodos de jogos cooperativos, can-

Educação e cidadania

O nosso objetivo édiminuir a taxa demortalidade infantil,orientando as mãespara que os filhoscresçam com saúde. O apoio da PUC Minas é muito importante.”

Rosimeire de Almeida Albano

Coordenadora da Pastoral da Criança em Poços de Caldas

“ “ tigas de roda, danças e brincadeiras que estimu-lam a coordenação motora e agilidade. Os atendi-mentos são realizados nos horários entre as 14h eas 16h30, e a cada mês é escolhido um bairro quefaz parte do projeto.

A balconista Selegiane Cristina dos Reis é aten-dida pelo projeto há dois anos. Para ela, o apoiodos voluntários tem contribuído na criação e edu-cação dos cinco filhos. “Gosto muito de participardas palestras. Eles vêm ao meu bairro e isso faci-lita. Estou aprendendo muito e isso também meajuda na criação dos meus filhos”, afirma.

Ao longo do trabalho, o apoio espiritual e psi-cológico também faz parte da programação comas famílias.

Gosto muito de participardas palestras. Eles[voluntários] vêm ao meubairro e isso facilita. Estouaprendendo muito e issotambém me ajuda nacriação dos meus filhos.”Selegiane Cristina dos Reis

Selegiane, com os filhos, é atendida pela Pastoral da PUC Minas em Poços de Caldas há dois anos

Patrícia Rennó / PUC MinasLúcio Carvalho/ PUC Minas

2120 Ação Social

É no espaço localizado na entrada do Aglome-rado da Serra aproximadamente 800 crianças eadolescentes, de seis a 18 anos, praticam esportes,como natação e ginástica olímpica, fazem balé,dança de rua e folclórica, além de terem apoio es-colar e atendimento psicossocial, que se estende àsfamílias. Para eles, o Espaço Criança Esperança BeloHorizonte (ECE-BH) é a oportunidade de vivenciaruma realidade diferente, protagonizar e vislumbrarpossibilidades de mudança, a partir do acesso aoportunidades socioeducativas.

As atividades desenvolvidas por educadores devárias áreas permitem que essas crianças e adoles-centes desenvolvam o raciocínio lógico, o senti-mento de justiça, a criatividade, a imaginação e asaspirações profissionais.

O ECE-BH é um fruto de uma parceria entre PUCMinas, TV Globo, Unesco e Prefeitura de Belo Horizonte.

Trabalho missionário

Também no Aglomerado da Serra, os padresWagner Calegário de Souza, Ricardo Henrique deOliveira e François Marie Lewden (padre Chico) ini-ciaram o trabalho missionário, desde setembro de2012, com o objetivo de “articular a vida comunitá-ria na experiência com Jesus Cristo e irradiar essaexperiência”, dando assistência às famílias que per-deram seus entes queridos, visitando os enfermosem suas casas ou nos hospitais, oferecendo escutae acompanhamento a familiares de dependentesquímicos, entre outras ações. “O trabalho será in-tensificado em 2013, com a ajuda de pessoas quereceberão a formação específica para atuarem nes-sas atividades, para que a vida cristã no Aglomeradotenha horizonte fecundo e missionário”, afirma opadre Wagner.

Oportunidade de mudançano Aglomerado da Serra

Aproximadamente 800crianças e adolescentesparticipam dasatividades do EspaçoCriança Esperança

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“Quem acolhe ummenor, a mimacolhe.” (Mc 9, 37)

“Nosso trabalho é articulara vida comunitária naexperiência com JesusCristo e irradiar essaexperiência.”Padre Wagner Calegário de Souza

Marcos Figueiredo / PUC Minas

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2322 Ação Social

“A Casa das Meninas é o meu porto seguro. Émuito mais do que um abrigo. Foi onde cresci,aprendi valores e encontrei pessoas que me mos-traram um futuro melhor.” Assim a adolescente G.R. M., de 16 anos, educanda da instituição, contacomo sua expectativa de vida mudou. Atualmente,ela trabalha como menor aprendiz, graças a umaparceria firmada pela Casa, em 2012, com o ServiçoNacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

O local, criado em 1996, em Belo Horizonte,tem o objetivo de estimular a transformação devidas, acolhendo, por um período de seis meses,crianças e adolescentes do sexo feminino, na faixaetária entre sete e 16 anos, em situação de vulne-rabilidade social e pessoal.

As meninas são encaminhadas pelos conselhostutelares, Juizado da Infância e da Juventude epelo Ministério Público, por apresentarem um his-tórico de sofrimento familiar, serem vítimas de vio-lência, de situação de abandono, negligência oupor terem seus direitos ameaçados ou violados. A

intenção é modificar essa situação. São desenvol-vidas atividades lúdicas, de reforço escolar, oficinasde artes (pintura e desenho), bijuterias e artesa-nato, música, dança, jogos, entre outras ações,para estimular e ocupar o tempo das meninas.Também é realizado um trabalho de visitação e in-serção das crianças e adolescentes nas famílias.

Como sucesso dessa metodologia, somente em2012, oito meninas retornaram às famílias de ori-gem ou foram acolhidas por famílias substitutas.Além disso, nesse ano foram firmadas parcerias im-portantes com a sociedade civil organizada. Expe-riências culturais e de socialização também foramdecisivas para o desenvolvimento das internas,como a participação nas comemorações dos 26anos da Pastoral do Menor, na celebração da Páscoa(educandas e família) e na Semana Santa. As visitasrecebidas, como a do bispo auxiliar da Arquidiocesede Belo Horizonte Dom Wilson Angotti e a do padrePaulo Alves Campos, pároco na Paróquia SenhorBom Jesus também foram muitos proveitosas.

Futuro melhor paracrianças e adolescentes

Atividadesoferecidas pela Casa dasMeninas: reforço escolar,oficinas de arte (pintura e

desenho), brinquedoteca, jogoslúdicos, passeios externos, bijuterias,

culinária, participação emcelebrações e nas atividades da

comunidade.

Voluntários:

15pessoas trabalham nas

atividades da casa.

Passaram pelolocal, em 2012:

28educandas e seus grupos

familiares. Entre elas, oito foramencaminhadas para suas

famílias ou famíliassubstitutas.

* A entidade recebe doações de roupas, material escolar e de higiene pessoal e limpeza. Também depende do trabalho de voluntários.

A nossa demanda é grande.Se não fosse a parceria com a Arquidiocese de Belo Horizonte, que nos dá apoio moral, social efinanceiro, não seriapossível fazer esse trabalho.”Janete Rodrigues,Coordenadora da Casa das Meninas*, em Belo Horizonte

“Casa das Meninas

2524 Ação Social

A máxima “No seu coração cabe mais um”é o ponto de partida do Serviço de FamíliasAcolhedoras do Município de Belo Horizonte.O objetivo é sensibilizar a sociedade para oamparo a crianças e adolescentes até os 18anos, afastados de suas famílias por medidade proteção e que são recebidos por famíliasacolhedoras cadastradas. Depois de determi-nado tempo, crianças e adolecentes ou voltama sua própria família ou são encaminhadospara adoção.

Implantado há quatro anos pela PrefeituraMunicipal de Belo Horizonte, o serviço é de-senvolvido, desde agosto de 2011, pela Pasto-ral do Menor, vinculada ao Vicariato Episcopalpara Ação Social e Política.

Maria Margareth Pereira, coordenadora dainiciativa, esclarece que as atividades da equipesão divulgar, selecionar, capacitar, cadastrar eacompanhar as famílias acolhedoras, bem comorealizar o acompanhamento da criança e doadolescente acolhido e sua família de origem.

Durante o ano de 2012, foram realizadas ativi-dades de seleção, entrevistas, palestras, encontros,visitas domiciliares, capacitações, acompanha-mento psicossocial da criança e da família aco-lhedora, das famílias de origem ou da famíliaextensa (familiares como tios, avós, primos),bem como a articulação com o sistema de ga-rantia de direitos e a rede de serviços socioassis-tenciais, de educação e saúde.

Novo lar““Algumas pessoas traziam-lhe crianças para que tocassenelas, mas os discípulos asescorraçavam. Ao ver isto,Jesus indignou-se e lhesdisse: ‘Deixai vir a mim ascrianças, não as impeçais,pois o Reino de Deus é paraos que são como elas.” (Mc 10, 13 -16)

Famílias acolhedoras queacessaram o serviço até o

momento, demonstrando interesseem acolher (mas que não realizaram

nenhuma etapa da seleção como entrevista,

visita domiciliar ou capacitação):

631

Famílias que jáforam habilitadas,

desde aimplementação em

2008:

14

Crianças e adolescentesacompanhados pelo

Serviço Família Acolhedora,desde sua implementação:

19

Famíliasacolhedorashabilitadas

atualmente:

8

Criançase adolescentesacompanhados

atualmente pelo ServiçoFamília Acolhedora:

3

Dezessete crianças e adolescentes participaram doprograma, sendo que desses, dois estão reintegradosem família de origem; três foram integrados em fa-mília extensa; cinco estão integrados em famíliasubstituta, com fins de adoção; seis estão encami-nhados para acolhimento institucional; entre outro.

Acolhidos e reintegradosDe 2008 a outubro/2012

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26 Ação Social

O Serviço Socioassistencial na Vila Fátima, soba coordenação da Providência Nossa Senhora daConceição e da PUC Minas, começou as atividadesno segundo semestre de 2012. O objetivo do tra-balho é contribuir para que se criem novas opor-tunidades para os jovens e suas famílias da Regiãode Justinópolis, Ribeirão das Neves, ampliando osvínculos e oferecendo conhecimentos para a vidaem sociedade.

São oferecidas, gratuitamente, oficinas de in-formática, culinária, construção civil, montageme manutenção de computadores, rodas de cidada-nia e participação social, direitos humanos, afeti-

vidade e sexualidade, relações pessoais e interpes-soais, arte e artesanato, e habilidades e compe-tências para o trabalho. As atividades sãorealizadas no Centro de Evangelização Vila Fátima,localizado na rua Pedro Leopoldo, 2.300, distritode Justinópolis, em Ribeirão das Neves.

Mais de 20 profissionais, entre professores e alu-nos da Universidade, atuam diretamente na Vila Fá-tima, todos vinculados à Pró-reitoria de Extensão daPUC Minas. Para a realização das oficinas, foi revita-lizado um espaço do Centro, com dois laboratóriosde informática, além de salas para oficinas temáti-cas, atendimento psicossocial e assistência social.

Horizonte promissor em Justinópolis

O núcleo familiar é a matrizde toda a sociedade. Éconstruindo uma famíliaalicerçada na dignidade e naharmonia que conseguiremoster uma sociedade bemmelhor para todos.” Professor Wanderley Chieppe FelippePró-reitor de Extensão da PUC Minas

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Oficina de informática: o objetivo écontribuir para novas oportunidadespara os jovens e suas famílias

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Vila Fátima

“Nossa intenção é oferecer projetos sociais quevenham colaborar com a educação dos jovens.Acreditamos que a educação sempre promove aspessoas e lhes dá um posicionamento de cidadãs.”Dom Wilson Luís Angotti FilhoResponsável pela Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição, na qual Ribeirão das Neves está inserida

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2928 Ação Social

A Pastoral de Rua do Vicariato Episcopal paraAção Social e Política da Arquidiocese de Belo Ho-rizonte estima que, atualmente, 2,5 mil pessoasestejam vivendo nas ruas da capital mineira. Semacesso aos bens e serviços da cidade, com poucaou nenhuma qualificação profissional, fazem dasruas, praças e vãos de viadutos suas moradias.“Essa população tem uma identidade marcadapela condição e realidade em que vivem. Não pos-sui endereço fixo, não consegue emprego, nãopossui documentos, nem onde guardar seus pró-prios pertences. Encontra-se em uma situação dealto grau de vulnerabilidade social”, explica Clau-denice Rodrigues Lopes, coordenadora da Pastoralde Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte.

A Pastoral é formada por uma equipe de cercade 30 agentes, entre leigos e religiosos, que são

sensibilizados e comprometidos com a situaçãode quem mora nas ruas ou delas sobrevivem. Aequipe estabelece e mantém contato com a po-pulação em situação de rua e catadores de mate-riais reaproveitáveis. A missão é ser presençajunto ao povo de rua, fazer perceber a presença deDeus em meio à situação desfavorável, resgatar ahistória de cada um e desenvolver ações que pos-sam transformar a realidade dessas pessoas.

Há 20 anos prestando assistência jurídica gra-tuita aos moradores em situação de rua, o profes-sor do Curso de Direito da PUC Minas Fábio Alvesdos Santos diz que o principal trunfo da Pastoralde Rua é que não se trata de um trabalho assis-tencialista. “A Pastoral prefere tentar modificar asituação dos moradores, valorizando a participa-ção deles, conscientizando-os sobre os direitos e

Dignidade e autonomiapara moradores de rua

Jesus desce ao mais profundopoço da condição humana. Elearma tenda em nossa história(Jo 1,14) e a todos oferece aplenitude da vida.” (Jo 10,10)“

O educador social José Coelho daSilva conversa com morador de rua

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3130 Ação Social

fazendo uma articulação política para que, uni-dos, os moradores possam garantir direitos míni-mos que lhes possibilitem a sobrevivência comdignidade”, diz Fábio dos Santos. Ele cita como im-portante fruto do trabalho da Pastoral de Rua osurgimento da Associação dos Catadores de Papel,Papelão e Material Reaproveitável (Asmare). APastoral ajudou na organização da Asmare, fun-dada em 1º de maio de 1990, e lhe garantiu visi-bilidade política e social. A Asmare inspirou acriação de outras entidades semelhantes em vá-rios outros municípios mineiros, como a Associa-ção dos Catadores Autônomos de MateriaisRecicláveis de Contagem (Asmac), que tem, atual-mente, 54 associados.

Para realizar as ações, a Pastoral, por meio doVicariato Episcopal para a Ação Social e Política,mantém um amplo diálogo com a sociedade, omeio acadêmico, as instituições parceiras, o poderpúblico, na expectativa de que a população de ruapossa viver com dignidade e autonomia. Entreesses diversos parceiros, encontram-se a Congre-gação Sagrado Coração de Maria; a CongregaçãoFilhas de Jesus; o Instituto Nenuca de Desenvolvi-mento Sustentável (Insea); a PUC Minas; a Prefei-tura de Belo Horizonte; o Ministério Público doEstado de Minas Gerais; a Asmare; a FraternidadeAmor Francisco de Assis; e a Adveniat, entidade li-gada à igreja católica alemã, que apoia 1,5 milprojetos sociais e está presente em várias cidadesbrasileiras.

Além da abordagem realizada nas ruas, as açõesda Pastoral de Rua incluem a participação na formu-lação e implementação de políticas públicas, comogeração de trabalho e renda; a luta por moradias; oatendimento à saúde e a participação no fórum depopulação de rua e no comitê municipal. As açõestambém contemplam a sensibilização de estudan-tes, profissionais e população em geral para a causados moradores de rua.

A articulação do Vicariato, por meio da Pastoral

de Rua, com um convênio firmado entre a Providên-cia Nossa Senhora da Conceição e a Secretaria Ad-junta de Assistência Social do município, viabilizouo funcionamento da República Reviver e do Centrode Referência para a População de Rua. A RepúblicaReviver atende a 40 homens. Já no Centro de Refe-rência, a população de rua encontra espaço parafazer a higienização, guardar pertences, lavar rou-pas e participar de oficinas de arte, de esportes e decultura (biblioteca e sessões de vídeo). Em 2012, ocentro de referência fez 1.967 atendimentos.

Rompimento com oassistencialismo

O rompimento com práticas exclusivamente as-sistencialistas e a aposta na capacidade de mobili-zação dos moradores em situação de rua permitiuque a Pastoral de Rua auxiliasse, entre outras ações,na criação da Associação Moradia para Todos. A par-ticipação ativa dos moradores em situação de ruatambém proporcionou conquistas por meio do Or-çamento Participativo de Belo Horizonte, como a

possibilidade de atendimento dessa população noAmbulatório Carlos Chagas e a construção de umacreche para filhos de catadores.

Importante também é o trabalho desenvolvidopelos agentes voluntários da Pastoral de Rua da Pa-róquia Cristo Salvador, em Contagem. Desde marçode 2000, os agentes atuam com os catadores, incen-tivando a organização e, assim, lutando por melho-res condições de vida e dignidade. Um convênioentre a Arquidiocese e a Prefeitura de Contagem, fir-mado em dezembro de 2011, possibilitou que asações fossem ampliadas e fortalecidas. Durante oano de 2012, a equipe da Pastoral, em articulaçãocom o Serviço Especializado de Abordagem de Con-tagem (Searcom), abordou mais de 200 pessoas.Outra atividade realizada ao longo do ano foram asOficinas de Espiritualidade Bíblica e Direitos Huma-nos, em conjunto com o Projeto Aba Pai.

Perda de vínculos familiares

Muitas pessoas vivem nas ruas porque perde-ram os vínculos familiares devido a diversos fato-res de ordem socioeconômicas ou subjetivas.Nessa situação, encontra-se Edson Pereira Sucu-pira, 50 anos. Pai de um casal de filhos, o ex-mi-croempresário, que era proprietário de umalanchonete, foi abandonado por sua família. Háalguns anos, fez das ruas e avenidas sua moradia.Atualmente, reside em uma casa alugada com re-cursos do Programa Bolsa Moradia do município.

Apesar das adversidades, desde que encontrouos agentes da Pastoral de Rua, Edson teve sua vidatransformada. “Estava sem rumo, em meio a umatempestade em alto-mar e encontrei uma bús-sola. Hoje, ajudo várias pessoas a saírem das ruase estou completando o ensino médio”, diz.

Ex-morador de rua, Edson Pereira Sucupira teve sua vida transformada pelos agentes da Pastoral de Rua

A Pastoral de Rua ajudou na organização da Asmare e lhe garantiu visibilidade política e social

Fotos: Marcos Figueiredo / PUC Minas

3332 Ação Social

Oficina literáriaO Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política,

por meio da Secretaria de Alianças Estratégicas,criou, ainda, o Programa Café com Prosa da Lagoi-nha, depois de encontros com diversos membros dacomunidade da Paróquia Nossa Senhora da Concei-ção, do bairro Lagoinha. Participaram das reuniões,entre outras pessoas, empresários, comerciantes darua Itapecerica, diretores de escolas, representantesda Regional Noroeste da Prefeitura de Belo Hori-zonte e do Centro de Referência de Assistência So-cial (Cras). Durante os encontros do Café com Prosa,houve a proposta de inclusão social da pessoa emsituação de rua. Para esse desafio, foi construído o

projeto Aurora da Rua, que se destacou por ser umprojeto-piloto, com o objetivo de conhecer a identi-dade do morador em situação de rua. Essa ação sedeu por meio de uma Oficina Literária, patrocinadapela Campanha da Fraternidade de 2010 e peloFundo Diocesano de Solidariedade.

Em 2011, o projeto ganhou força e, a pedido dos160 participantes, surgiu o projeto Alvorada daRua. Trata-se de uma oficina literária em que se di-vulgaram as ações por meio de produção de textose declamação de poemas. Durante as oficinas,havia espaço para arte e cultura, turismo educa-tivo, palestras e orientações com especialistassobre várias questões de interesse da populaçãoem situação de rua. O projeto resultou em 12 edi-ções digitais de um jornal, A Voz da Rua. Nesse es-paço, os participantes produziam textos sobre arealidade vivenciada nas ruas. O jornal digital ori-ginou a produção da revista A Voz da Rua, com ti-ragem de dez mil exemplares. Essa publicaçãoencontra-se em seu terceiro número.

A realização das oficinas possibilitou visibili-dade e maior conhecimento do universo. “Perce-bemos que o morador de rua tenta superarperseverantemente três grandes obstáculos: aperda da família, a perda do emprego e o contatocom os vícios, como álcool e drogas. Para superartudo isso, é necessária uma força-tarefa de parce-rias nas esferas do poder público, resultado esseque nos dará esperança de que a realidade de mui-tas pessoas possa se transformar em breve”, diz acoordenadora social do Vicariato Episcopal para aAção Social e Política da Arquidiocese de Belo Ho-rizonte, Miryam Elizabeth Zárate Morais.

Vida plena na terceira idadeO censo do IBGE de 2010 mostrou que somente

em Belo Horizonte há 285 mil pessoas com idadeacima de 60 anos, o que representa aproximada-mente 12% da população da capital mineira. Emsua maioria, são pessoas fragilizadas, com muitosproblemas de saúde e de ordem emocional. Muitasdelas encontram-se em áreas de alta vulnerabili-dade social, o que as tornam ainda mais carentes.

Criada em 2004, a Pastoral da Pessoa Idosa temcomo missão valorizar os idosos, dando-lhes oportu-nidade para melhorar a qualidade de vida, respei-

tando seus direitos, proporcionando-lhes dignidade,esperança e uma vida plena. Na Arquidiocese de BeloHorizonte, mensalmente, 89 líderes voluntários visi-tam 342 idosos integrantes de 281 famílias. Durantea visita, os líderes orientam as famílias sobre a impor-tância de cuidar da saúde, fornecem dicas sobrecomo evitar acidentes domésticos e proporcionammomentos de oração e reflexão. Mensalmente, a Pas-toral produz relatórios que são enviados para a Pas-toral Nacional da Pessoa Idosa. As informações sãousadas para a elaboração de campanhas específicas.

Que cada comunidadeacompanhe com umacompreensão amorosa todos os que envelhecem.” (João Paulo II, 27/01/2005).

“O projeto Aurora da Rua tem o objetivo de conhecer aidentidade do morador em situação de rua

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O casal Regina Cassim Pedra eAnalfin Leopoldino Pedra recebea visita dos líderes comunitários

Pastoral da Pessoa Idosa

3534 Ação Social

Aumento da autoestima e da autoconfiança.Resgate da memória de vida. Melhoria do dina-mismo físico. Trocas entre gerações. Esses são al-guns dos objetivos do Programa PUC Mais Idade,desenvolvido desde 2004 com pessoas que te-nham a partir de 50 anos, nas unidades CoraçãoEucarístico, Barreiro, São Gabriel, Arcos, Betim eContagem. As atividades são vinculadas ao Nú-cleo de Meio Ambiente e Saúde (Numas), da Pró-reitoria de Extensão, com o apoio do Instituto deCiências Biológicas e da Saúde (ICBS), da Univer-sidade.

Por muito tempo, a sociedade brasileira dire-cionou ações e preocupações a crianças e jovens.Diante do envelhecimento crescente da popula-ção, como ressaltam vários institutos de pesqui-sas, faz-se necessário formar profissionais queatendam a essa nova demanda. Além disso, épreciso conhecer e integrar esse público, muitasvezes discriminado, ao cotidiano social. Assim,aulas de informática, passeios, aulas de dança,artesanato, palestras e outras atividades ofereci-das pelo PUC Mais Idade contribuem para umavelhice ativa, com a diminuição do isolamentosocial, ampliação da autonomia em diferentestarefas do cotidiano, o bem-estar físico, mentale espiritual e a otimização dos relacionamentosinterpessoais.

O programa conta com a parceria do Centro deConvivência Dom Cabral, dos Conselhos Regio-nais de Assistência Social, do Conselho Municipaldo Idoso de Belo Horizonte e da Coordenadoriade Direito da Pessoa Idosa de Belo Horizonte.

Maturidade ativa

O curso foi a melhor coisaque me aconteceu. Quandodeixo os encontros, saio maisleve. Não marco maiscompromisso nessas datas.”

Maria Ângela Peixoto Bicalho, de 65 anosParticipante do Programa PUC Mais Idade

“O trabalho com idosos tempor objetivo aumentar aconfiança deles, aumentar ainteração social entregerações e promovercidadania e cultura. Alémdisso, é importante paraaprenderem sobre o universoacadêmico.”

Profª Anna Cristina PegoraroCoordenadora do programa

“As atividades doPrograma PUC MaisIdade contribuempara o bem-estarfísico, mental eespiritual dos idosos

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3736 Ação Social

Há mais de 30 anos, a Pastoral de Direitos Hu-manos da Arquidiocese de Belo Horizonte pro-move a defesa e o acolhimento de familiares devítimas de violência da época da ditadura militarno Brasil (1964-1985). As ações da Pastoral sem-pre foram pautadas por políticas de proteção, re-paração e defesa dos direitos humanos.

A Pastoral presidiu o Conselho Estadual de Di-reitos Humanos de Minas Gerais entre 2002 e2009. Atualmente, oferece plantão jurídico, atuaem projetos de promoção de direitos, atende fa-miliares de presos e promove, periodicamente,cursos de educação para os direitos humanos,voltados para lideranças comunitárias e movi-mentos estaduais.

Para isso, a Pastoral de Direitos Humanosmantém parcerias com vários órgãos públicos ecom a sociedade civil, como o Movimento Nacio-nal de Direitos Humanos – Regional Minas e oNúcleo de Direitos Humanos e Inclusão da Pró-reitoria de Extensão da PUC Minas. Anualmente,2 mil pessoas são atendidas pelos projetos ela-borados pela Pastoral.

Os Agentes de Pastoral Negros (APNs) surgiramem 1983, a partir das Comunidades Eclesiais deBase (CEBs), pela iniciativa de negros ligados àspastorais da Arquidiocese de Belo Horizonte. Pormeio da fé, os agentes incentivam outros negrose negras, em suas comunidades, à conscientiza-ção, ao resgate da identidade do povo negro e àpreservação de valores e memória.

Os APNs ainda assessoram pessoas que, devido asua cor, raça, etnia e religião estejam sendo discrimi-nadas, exigindo-se que haja a aplicação da pena pre-vista em lei, denunciando e repudiando todas asformas de racismo. Também promovem eventos ecelebrações sobre a história e a participação da cul-

tura negra na formação da sociedade, além de parti-cipar de fóruns e de conselhos de políticas públicas ede promoção da igualdade racial. Os APNs atuaramcom destaque no processo recente de aprovação doEstatuto da Igualdade Racial e na definição de políti-cas de cotas nas universidades públicas brasileiras.

Em 2012, muitas ações foram voltadas para aconscientização de mulheres negras. Durante osencontros nas comunidades, os agentes promo-vem palestras e distribuem cartilhas. Tambémapoiam projetos de empreendedorismo e de ge-ração de renda, principalmente para as mulheresnegras. Em 2012, houve aproximadamente 1.920atendimentos.

Direitos, justiça e respeito

Ações contra adiscriminaçãoTodas as pessoas nascem

livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devemagir em relação umas às outras com espírito defraternidade.” (Artigo 1º da DeclaraçãoUniversal dos DireitosHumanos)

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Sheila Cleonice Costa Botelho é a coordenadora da Comissão de Gêneros dos Agentes de Pastoral Negros de Minas Gerais

3938 Ação Social

Pesquisa do site Direito Direto, associação quepresta informação jurídica para leigos, divulgada emnovembro de 2012, mostrou que o Brasil tem, atual-mente, 514.582 pessoas privadas de liberdade – o querepresenta a quarta maior população carcerária domundo. O Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos(2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).

A situação se agrava com as prisões superlotadas,com a população carcerária vivendo em condições su-bumanas. O sistema prisional brasileiro tem capacidadepara acolher apenas 307 mil presos. Na Arquidiocese deBelo Horizonte, a Pastoral Carcerária tem contribuídopara atenuar a situação desses encarcerados.

Criada na década de 1980 e rearticulada em 1996, aPastoral Carcerária conta com a atuação de aproxima-damente 250 voluntários que visitam mensalmenteem torno de 12 mil pessoas privadas de liberdade emembros de suas famílias. Durante as visitas, os agen-tes fazem reflexões sobre trechos bíblicos, proferem pa-lestras educativas, exibem vídeos sobre temasemergentes e promovem momentos de lazer, com sor-teios de brindes e apresentações musicais.

A Pastoral Carcerária conta com um grupo de ad-vogados que presta assistência jurídica gratuita aospresos. Os agentes ainda proporcionam ganho derenda aos detentos por meio da possibilidade devender produtos artesanais em feiras. Além disso,desenvolvem trabalhos que permitem a integraçãoentre os presos e suas famílias.

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Acolhida em prol da

liberdade

Kléber Lima/CB/D.A. Press

Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a umdestes mais pequenos, que sãomeus irmãos, foi a mim que ofizestes!” (Mt 25, 40).

4140 Ação Social

Dados da Sociedade Brasileira de Ontologiamostram que 25 milhões de brasileiros são porta-dores de diminuição auditiva. A surdez pode causargraves problemas psicológicos, como alteração doaprendizado e da fala, dificuldade em se relacionarno trabalho e tendência ao isolamento. Criada em1992, a Pastoral dos Surdos trabalha para diminuiro impacto do estigma da deficiência auditiva.

A Pastoral promove cursos de Libras (Língua Bra-sileira de Sinais) e incentiva os surdos a participa-rem de missas, da catequese e de encontros comtradutores e intérpretes. Atualmente, as atividadessão concentradas na Capela Bom Pastor, do ColégioSanta Maria, unidade Nova Suíça. Mensalmente,são atendidas mais de 200 pessoas surdas.

“Se quisermos uma sociedade mais justa, soli-dária e verdadeiramente comprometida com osvalores evangélicos, devemos investir na forma-ção política dos cidadãos”, já defendia Dom Wal-mor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitanode Belo Horizonte, na introdução da Cartilha Elei-ções 2006.

Há seis anos, o Núcleo de Estudos Sociopolíti-cos (Nesp), órgão da PUC Minas e da Arquidiocesede Belo Horizonte, foi criado com a intenção decontribuir para a formação e capacitação de agen-tes pastorais, lideranças comunitárias e cristãs, sa-cerdotes, religiosos, para o exercício da política nocotidiano, e também em funções públicas.

A instituição, que trabalha em conjunto com as-sessores de movimentos sociais e pastorais para for-mação crítica dos cristãos, vem fomentando efortalecendo ações sociais transformadoras nos 28

municípios da Arquidiocese de Belo Horizonte, apro-fundando o conhecimento acerca da realidade locale nacional. Também desenvolve ações a fim de des-pertar a consciência crítica de seu público-alvo, nosaspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.Segundo o coordenador do Nesp, professor RobsonSávio Reis, o trabalho é permanente. Nas práticas,estão incluídas articulação em rede (grupo de fé epolítica, movimentos sociais e pastorais da Igreja);produção de material didático, como subsídios vol-tados para a formação política; a realização de even-tos que discutam as formas de participação econtrole social com os poderes do Estado; divulga-ção (por meio da mídia em geral) de boas práticasdo exercício da política; assessoramento a grupos epastorais sociais na criação ou ampliação das açõespolíticas no âmbito local e atividades de monitora-mento dos poderes públicos, entre outras.

Gestos queincluem

Formação política dos cidadãos

Mensalmente, o Programa de Proteção a Víti-mas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), vincu-lado à Pastoral de Direitos Humanos do VicariatoEpiscopal para Ação Social e Política da Arquidio-cese de Belo Horizonte, atende a 82 pessoas. Oobjetivo do Provita é oferecer proteção aos cida-dãos que colaboram ou prestam declarações eminvestigações de processo penal e que, em conse-quência disso, estejam sendo ameaçados.

Por meio de uma equipe multidisciplinar, aspessoas sob proteção recebem auxílio jurídico,médico, psicológico e educacional. Também sãoorientadas sobre como conseguir um novo em-prego e sobre como receber ajuda de custo do Es-tado enquanto houver a situação de ameaça.

Em casos específicos, o Provita ainda auxilia aspessoas ameaçadas a buscar uma nova residênciae, até mesmo, providencia a mudança de identi-dade. Essa proteção justifica-se porque, a cada dia,cresce o número de crimes violentos. De acordocom informações da Secretaria de Estado de De-fesa Social (Seds), somente em setembro de 2012houve o registro de 3.211 crimes violentos – ten-tativas e roubos consumados, sequestros, estu-pros, extorsão mediante sequestro e homicídios.Esse número compreende os 42 municípios da Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte e corres-ponde a 107 ocorrências por dia. Em muitos casos,esses crimes são presenciados e, em seguida, astestemunhas sofrem ameaças dos transgressores.

Em favor da segurança e da vida

Lançamento da campanha Voto Consciente, em Brasília: Robson Sávio, coordenador do Nesp, a ministra-presidente doTSE, Cármen Lúcia, professora da PUC Minas, e o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner


Sônia Marta de Oliveira é uma das quatro tradutoras eintérpretes voluntárias da Pastoral dos Surdos

Divulgação CNBB

Voto consciente

4342 Ação Social

Apoio para novosempreendimentos

O Ministério do Trabalho e Emprego definea economia solidária como um jeito diferentede produzir, comercializar, comprar ou trocarbens essenciais ou supérfluos. Cooperando,pensando no bem de todos e no próprio bem.

Esses são os princípios do Núcleo de Geraçãode Trabalho e Renda e Economia Solidária do Vi-cariato Episcopal de Ação Social e Política da Ar-quidiocese de Belo Horizonte. Em parceria comoutras entidades, movimentos, administraçãopública, empresas e empreendimentos econô-micos solidários, o núcleo promove a educaçãopara a economia solidária por meio da forma-ção política e capacitação técnica; mantém umfundo rotativo (finanças solidárias); apoia a ins-talação de feiras e lojas e faz a análise de viabi-lidade de pequenos projetos empresariais.Anualmente, auxilia 1,5 mil pessoas a desenvol-ver projetos.

A coordenadora da Oficina da Bolsa, NeuzaMaria Ferreira, associou-se ao núcleo em2006. “Ele nos assessora em todas as ativida-des e mantém a viabilidade do negócio”, dizNeuza Ferreira. A Oficina da Bolsa produz bol-sas e mochilas, utilizando-se também de ma-teriais recicláveis.

A coordenadora da Oficina da Bolsa, Neuza Maria Ferreira,comprova o crescimento de sua atividade


❚ Criação de um blog com in-formações atualizadas, com ointuito de esclarecer dúvidasdo eleitor. Conteúdos que ofe-recem o detalhamento de in-formações sobre candidatos,partidos e coligações foramdisponibilizados no endereçoeletrônico: http://www.pucmi-nas.br/nesp/legislativo.❚ Serviço de assessoria e con-sultoria, utilizando a rede degrupos de fé e política presen-tes nas várias paróquias da Ar-quidiocese de Belo Horizonte.❚ Realização de uma série deatividades envolvendo debatescom candidatos, cursos de for-mação sobre as eleições 2012 ereuniões com lideranças locais;

❚ Articulação de encontros, de-bates, workshops e outroseventos em todas as quatroregiões episcopais da Arqui-diocese de Belo Horizonte,assim como em algumas fora-nias e paróquias, com o obje-tivo de apresentar e discutir omaterial produzido pelo Nú-cleo, visando à disseminaçãodesse conteúdo, assim comodiscutindo com candidatossuas propostas.❚ Produção do informativo Deolho na política, com notíciassemanais sobre as atividadesdos Três Poderes, além deanálises da política local, re-gional e nacional.

Em 2012, o Nesp deflagrou a campanha Eleições 2012: voto na cidade,desenvolvendo as seguintes atividades:

❚ Realização do SeminárioÉtica e Corrupção: dilemascontemporâneos, em parce-ria com o Departamento deFilosofia da PUC Minas, abor-dando o tema da ética e dacorrupção na gestão pública;❚ Produção de uma série dedez vídeos educativos, intitu-lados Eleições 2012: voto nacidade, para estimular o elei-tor a refletir sobre o voto cons-ciente e o acompanhamentodos eleitos. Trata-se de umainiciativa inédita de educaçãopolítica. Os vídeos foram utili-zados de variadas formas,além de serem exibidos emvárias emissoras de televisão.Em parceria com a CNBB ecom o Tribunal Superior Elei-toral (TSE), o material produ-zido pelo Nesp (vídeos e spotspara emissoras de rádio) foiutilizado em todo o Brasil,compondo a campanha inti-tulada Voto Consciente.

44 Ação Social

Num mercado de trabalho altamente competi-tivo, a qualificação profissional tem sido umgrande diferencial para a conquista de empregos.O Núcleo de Geração de Trabalho e Renda (NGTR)do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Políticada Arquidiocese de Belo Horizonte tem contri-buído para inserção de jovens e adultos no mer-cado de trabalho. Anualmente, são atendidas 250pessoas e, indiretamente, outras 1,2 mil benefi-ciam-se com as ações do NGTR.

Em 2012, o NGTR ofereceu cursos de auxiliaradministrativo, instalação e manutenção de equi-pamentos de segurança eletrônica e culinária.Além de promover a inclusão social, o objetivo doscursos é resgatar a dignidade e a autoestima dosalunos, fortalecendo a espiritualidade.

Instrutora do curso de culinária, Dilma LeiteCarvalho formou-se em uma das primeiras tur-mas, há mais de dez anos. “Hoje, tenho a felicidadede ajudar a formar profissionais. É com alegria queposso dizer que muitos alunos e ex-alunos já estãogerando renda com a venda de produtos”, dizDilma. Proprietária de um buffet, ela é fornecedorade bolos, salgados, tortas e doces finos para hotéisde Belo Horizonte e Lagoa Santa.

Capacitaçãopara novasconquistas

Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo.” (Mt 20, 4)“

45

Realizada desde 2010, no campus Coração Eu-carístico da PUC Minas, a Feira de Economia Soli-dária começou suas atividades como um gestoconcreto da Campanha da Fraternidade daqueleano, cuja temática foi Economia e Vida. A propostaé apresentar uma abordagem diferenciada para asquestões econômicas, a partir dos empreendimen-tos solidários, que prezam pela igualdade de direi-tos entre homens e mulheres, pela justiça social epela comercialização com respeito ao próximo,sem unicamente o interesse pelo lucro.

Assim, a parceria entre a Pró-reitoria de Exten-são da PUC Minas (Proex), o Vicariato Episcopalpara Ação Social e Política (Veasp) da Arquidiocesede Belo Horizonte e o Fórum Mineiro de Economia

Popular Solidária traz para a Universidade mais de60 grupos que comercializam produtos de artesa-nato, confecções, bolsas, artigos de reciclagem, me-dicina popular, alimentação, artigos da culturaindígena e quilombola.

Também na PUC Minas em Betim, o projeto deextensão Gestão de empreendimentos de econo-mia solidária atua em prol da redução da vulnera-bilidade social do indivíduo e de sua família, pormeio da incubação de empreendimentos solidá-rios. Dessa forma, é possível fomentar a sustenta-bilidade e promover a emancipação social, a partirde capacitações técnico-gerenciais, assessorias ge-renciais, formação humanística e mobilização e or-ganização social.

Por uma economia mais justa

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A Feira de Economia Solidária é realizada no campus Coração Eucarístico da PUC Minas, desde 2010Marcos Figueiredo / PUC Minas

Curso de culinária, entre outros, é oferecido pelo Núcleo de Geração de Trabalho e Renda

4746 Ação Social

O balanço da solidariedade na Arquidiocese deBelo Horizonte, em 2012, apresenta números ex-pressivos: 90 mil quilos entre alimentos não perecí-veis, agasalhos, cobertores, colchões, medicamentos,produtos de limpeza e de higiene pessoal, entreoutras doações arrecadadas; milhares de pessoasatendidas ou beneficiadas com doações, tendocomo resultado o resgate da vida e da dignidadede cidadãos necessitados. Esse quadro refere-senão apenas à Arquidiocese de Belo Horizonte, mastambém a várias regiões do Brasil e até do mundo,

que foram atingidas por catástrofes naturais, pelasituação de pobreza e miséria, ou, até mesmo, porguerras civis ou políticas.

As campanhas realizadas pela Igreja são for-mas concretas de manifestação da solidariedadedo povo e da comunidade de fé, que contribuemao dar respostas rápidas a situações de emer-gência ou ao denunciar situações em que a ex-clusão é originária da forma de organização dasociedade.

Veja, a seguir, algumas dessas iniciativas.

Amparo aos necessitados

Eu compreendi também que é dom de Deus que ohomem possa comer e beber,desfrutando do produto de todo o seu trabalho." (Ecl 3, 13)

“Na horta comunitária da Vila Pinho, na região do

Barreiro, em Belo Horizonte, alface, cebolinha ecouve são as hortaliças que os moradores da comu-nidade mais produzem, seja para o autoconsumo,doação ou venda. Desde que teve início, em 2011,o projeto de extensão Explorando o potencial dahorta comunitária da Vila Pinho, desenvolvido peloscursos de Engenharia de Produção, Enfermagem,Nutrição e Direito da PUC Minas no Barreiro, temajudado as famílias na geração de renda, por meioda comercialização de alimentos orgânicos, semagrotóxicos.

O projeto tem o objetivo de organizar o processoprodutivo de forma a garantir a sustentabilidade

da horta. A área de plantio foi dividida em lotes, eas 15 famílias envolvidas passaram a se responsa-bilizar pela área, cuidando do plantio e da comer-cialização.

Um dos agricultores urbanos é o aposentadoJosé Alves Custódio, 51 anos, conhecido comoZinho, que também é presidente da Associação deAgricultura Urbana. “Vendemos para três escolasda região e também na porta. Nosso objetivo hojeé melhorar a renda”, conta.

A implantação da horta, em 2003, foi fruto deparceria entre a Fundação Banco do Brasil, PolíciaCivil de Minas Gerais e Secretaria Municipal deAbastecimento de Belo Horizonte.

Colheita de bons frutos

Para a plena realização da atividade, é necessária a participação da populaçãobeneficiária durante todo o processo.”Professor Ricardo Cobério Lery SantosCoordenador do projeto

“Os agricultores José Alves Custódio (esquerda) e PedroNolasco Sousa, ambos moradores da Vila Pinho

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4948 Ação Social

Coleta de assinaturas em defesa da Saúde Pública

Em 2012, a Arquidiocese de Belo Horizonte semobilizou para recolher assinaturas (foto) para oabaixo-assinado do Movimento Nacional em Defesada Saúde Pública. Este tem como objetivo garantir orepasse de 10% das receitas correntes brutas daUnião para assegurar o atendimento da populaçãobrasileira pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa conta com o apoio de diversasentidades em todo o País, entre as quais a CNBB.Na Arquidiocese de Belo Horizonte, até outubro,foram recolhidas 15,2 mil assinaturas peloVicariato Episcopal de Ação Social e Política. Omovimento espera alcançar a marca de 1,5 milhãode assinaturas em todo o País.

Professor Edward Guimarães, coordenador doCestep Anima PUC Minas, e alunas da Universidade

Raphael Calixto / PUC Minas

Aqueça seu Coração, doe um cobertor ou agasalho

Por meio desta iniciativa, arrecadam-seagasalhos e cobertores e os distribuem aosmoradores de rua, dos aglomerados, de vilase favelas, que sofrem no período de frio. Asdoações são recebidas de junho a agosto.

Juntos pela SíriaHá mais de um ano, as comunidades de

fé ajudam as vítimas do confronto entretropas leais ao governo sírio e grupos deoposição.

Em julho de 2012, todos os recursos doofertório das missas celebradas na igreja doSagrado Coração de Jesus dos SiríacosCatólicos foram destinados à compra dealimentos e as doações recebidas foramenviadas à Igreja da Síria para iniciativas deassistência aos desabrigados e de combateà fome.

Pelas vítimas das chuvas no Sudeste

As vítimas das chuvas que atingiramMinas Gerais e o Rio de Janeiro, no início doano de 2012, receberam ajuda por meio daCampanha de Solidariedade aos atingidospelas chuvas no Sudeste. As doações foramem qualquer quantia ou donativos comoalimentos não perecíveis, água, material dehigiene pessoal e de primeiros socorros.

Pró-HaitiDesde janeiro de 2010, quando um

terremoto destruiu parte do Haiti e matoumilhares de pessoas, a Arquidiocese de BeloHorizonte tem levado a solidariedade da Igrejaao povo haitiano. Foram apoiadas ações nocampo, com produção de alimentos, criação deanimais, captação de água, construção decentro de alfabetização, formação eevangelização, e três missionários enviados aoHaiti, que permaneceram lá por quase um ano.A campanha segue agora buscando recursospara melhoria do saneamento básico; apoio aofuncionamento de 60 grupos de alfabetização;apoio à formação para a agroecologia noCentro de Formação; apoio a rádioscomunitárias e produção de mudas.

A Arquidiocese de Belo Horizonte tem levado asolidariedade da Igreja ao povo haitiano

Irmã Julieta / Centro de Estudos Bíblicos (Cebi)

Campanha da FraternidadeO tema da Campanha da Fraternidade de

2012 foi Fraternidade e Saúde Pública e o lema,Que a saúde se difunda sobre a terra (cf. Eclo38,8). O objetivo geral foi refletir sobre arealidade da saúde no Brasil em vista de umavida saudável, suscitando o espírito fraterno ecomunitário das pessoas na atenção para com osenfermos e pela melhoria do sistema público desaúde. Seminários e palestras a esse respeitoreuniram mais de 5 mil pessoas.

Atenção ao outro | Campanhas da Arquidiocese

Como doar | A divulgação das campanhasé feita com cartazes e materiais informativosenviados às paróquias e comunidades, e pelosmeios de comunicação arquidiocesanos, como

Campanha da Fraternidade, no Chevrolet Hall

Wagner Marques / Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política

a Rede Catedral e a Assessoria de Comunicação. As informações também são disponibilizadas nosite do Vicariato Social, no endereço eletrônico:www.arquidiocesebh.org.br/social

5150

Saúde

Pastoral da Sobriedade

Nos passos davalorização da vida Criada em 2001, a partir de um desafio lançado

pelo papa João Paulo II, que dizia ser preciso ter oamor e a vida como valores capazes de dar plenosentido à existência, a Pastoral da Sobriedade tempor objetivo geral realizar ações preventivas e recu-perar pessoas da dependência química e de outrassubstâncias por meio do programa Vida Nova, na vi-vência de 12 passos: admitir; confiar; entregar; ar-repender-se; confessar; renascer; reparar; professara fé; orar e vigiar; servir; celebrar e festejar. A Pasto-ral atua ainda em comunhão com outras pastoraisque cuidam de pessoas em situação semelhante.

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5352 Saúde

Atualmente, está sendo desenvolvido, na Pastoralda Sobriedade, o projeto Prevenir, que tem como ob-jetivo promover ações de mobilização para o traba-lho e a prevenção do uso de álcool e outras drogasnas regiões episcopais da Arquidiocese de Belo Ho-rizonte. Incentiva-se também a formação de agentesmultiplicadores de prevenção.

RecuperaçãoEm 2012, os 140 agentes da Pastoral da Sobrie-

dade realizaram 7.413 atendimentos (veja quadro).Além de dependentes químicos, a Pastoral assessoraseus familiares, pelos grupos de autoajuda e aten-dimento, a fim de encaminhá-los para a recupera-ção, seja em comunidades terapêuticas, seja na Rede

de Atenção Psicossocial, oferecida pelas políticas pú-blicas – Centro Mineiro de Toxicomania (CMT) e Cen-tro de Atenção Psicossocial para Usuários de Álcoole outras Drogas (Cersam AD).

Essa situação reforça a necessidade de um efi-caz combate ao álcool e outras drogas. Assim, aPastoral da Sobriedade tem a grande missão defazer parte dessa luta. “É uma ação concreta daIgreja que evangeliza e nela busca a sobriedadecomo um modo de vida e, pela Terapia do Amor,trata de qualquer tipo de dependência química,propõe mudanças e valoriza a pessoa humana”,explica a irmã marista Ivelina Martins Tavares, in-tegrante da coordenação arquidiocesana da Pas-toral da Sobriedade.

A Pastoral da Sobriedade tem transformado avida de muitas pessoas. Wilson Diniz começou ausar drogas aos 12 anos. Experimentou primeiroa bebida alcoólica e depois se tornou consumidorde cocaína e maconha. “Cheguei a passar cincodias acordado, cheirando e bebendo, até acordarna cadeia”, conta Wilson Diniz. Nesse período, elefoi preso e julgado por crimes vinculados às dro-gas, perdeu empregos, viu a sua família se afastare parou de estudar.

Em setembro de 2003, Wilson Diniz conheceu

o trabalho da Pastoral da Sobriedade e se entu-siasmou pela causa. “Ao conhecer a Palavra deDeus e ter convívio com pessoas maravilhosas,percebi que a minha vida se encheria de luz.Desde então, venho me dedicando à Pastoral.Tenho certeza de que quem colhe os melhores fru-tos sou eu mesmo”, diz ele que havia parado deestudar aos 13 anos e, estimulado pela Pastoral,cursou o EJA (Educação de Jovens Adultos) e atual-mente é um dos alunos do Curso de Administra-ção da PUC Minas.

Do fundo do poço à reabilitação

7.413 atendimentos realizados em 2012

crack 63,1%

álcool 16,5%

cocaína 4,5%

nicotina 3%

maconha 1,3%

outras drogas 11,6%

Atividades da Pastoral da Sobriedade incentivaram Wilson Diniz a retomar os estudos

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Irmã marista Ivelina Martins Tavares

5554 Saúde

O Hospital Nossa Senhora de Lourdes, instituiçãosem fins lucrativos, que tem a Fundação HospitalarNossa Senhora de Lourdes como mantenedora, é oresponsável por 80% dos atendimentos em saúde dosmunicípios de Nova Lima, Raposos e Rio Acima, loca-lizados na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Fundado em 1937 e instalado em Nova Lima, ohospital é referência no atendimento de casos demédia complexidade pelo Sistema Único de Saúde(SUS), para mais de 120 mil habitantes, em suamaioria carente.

Adriana Franca Araújo Cunha, diretora técnica dafundação, afirma que o local é o único a ofereceratendimento em várias especialidades, como no tra-tamento em pneumologia e a pacientes de hemo-diálise, sendo também o único hospital público a teruma maternidade da região. Assim, evita-se sobre-carregar o sistema de saúde da capital, suprindoainda demandas de cirurgias eletivas, das secreta-rias de saúde dos três municípios.

Em 2012, a instituição, vinculada à Arquidiocesede Belo Horizonte, na área de Arquitetura e Enge-nharia, passou por algumas reformas em sua estru-tura, dando mais segurança e agilidade na prestaçãode serviço aos pacientes. A Clínica Médica foi todareestruturada e houve um investimento na huma-nização do atendimento, sendo implantada a clas-sificação de risco, a organização do tempo de esperae a melhoria do espaço físico. Novos equipamentostambém foram adquiridos para a sala de urgênciado CTI e para a realização de cirurgias ortopédicas ede vesícula, aumentando, assim, a sobrevida e aqualidade de vida da população atendida no local.

Atenção à saúde

Funcionários: no local,trabalham mais de 500 profissionais, sendo 200 somente na área médica e de enfermagem.

Feliz o homem que cuidado fraco, no dia da desgraçao Senhor o libertará. Velarásobre ele o Senhor, e o faráviver feliz sobre a terra, nãoo entregará nas mãos dosinimigos. O Senhor osustentará no leito da dor;lhe dará alívio na suadoença.” (Sl 41,1-4)

“Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes

Fonte: Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes

Total de pessoas atendidas 7.949desse total, aproximadamente, 5,5 mil foram atendidas pelo SUS

Internações 509Sessões de fisioterapia 2.279Cirurgias 276Hemodiálise 1.075

A diretora técnica da Instituição, Adriana Franca Araújo Cunha: a Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes é aúnica da região de Nova Lima que oferece atendimento em várias especialidades

Marcos Figueiredo / PUC

Minas

5756 Saúde

Defender, promover, cuidar e celebrar a vida,levando a palavra do Evangelho e a esperançaàs pessoas acamadas, e que sofrem por algumaenfermidade, seja ela física, psíquica, social ouespiritual. Essa é a missão principal da Pastoralda Saúde, que, desde 1988, atua na Arquidio-cese de Belo Horizonte. Seu objetivo é sensibi-lizar a sociedade, a Igreja e o poder públicosobre a importância de garantir uma vida maisdigna e com saúde a todos os cidadãos, sobre-tudo, aos marginalizados, idosos, doentes termi-nais e aos deficientes físicos, que estão, muitasvezes, esquecidos no meio social. “A Pastoral daSaúde pretende prestar esse atendimento, sendoum instrumento, acima de tudo, de escuta aosque precisam”, defende padre Valdimir Sérgio daSilva, coordenador arquidiocesano da Pastoral.

Para tanto, em 2012, foram promovidas diver-sas atividades, entre elas, 25 cursos de formaçãomissionária dos agentes em toda a Arquidiocese,a participação no Congresso Nacional da Pastoralda Saúde, 16 mil visitas a 84 hospitais públicos eprivados de Belo Horizonte, e aproximadamente850 trabalhos desenvolvidos por voluntários nadivulgação dos programas e do direito ao atendi-mento gratuito oferecido pelo Sistema Único deSaúde (SUS), participação nas reuniões nas secre-tarias de saúde, além da fiscalização de ações eserviços públicos, como a doação de remédios, emateriais de locomoção para os deficientes, comocadeiras de rodas e muletas.

O Evangelho e os enfermos

Estava nu e me vestistes;doente, e cuidastes demim; na prisão, e fostesvisitar-me.” (Mt 25,36)

“Foram realizados

25cursos deformação

missionária deagentes

Mais de

800agentes atuam em

toda a Arquidiocese

Foram visitados

84hospitais de

Belo Horizonte

Total de pessoasatendidas:

16 milao todo, ou seja,

cerca de 20 visitas por dia

Trabalhos defiscalização a

postos de saúde:

850

Pastoral da Saúde| Números de 2012

Maria Augusta GonçalvesTeixeira (ao centro) énutricionista e agente daPastoral há 12 anos

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5958 Saúde

Dados do Ministério da Saúde mostram quedesde o início da epidemia HIV/Aids no Brasil, de1980 a junho de 2011, o País já contabilizou maisde 608 mil casos da doença. Somente em MinasGerais, já são mais de 42 mil pessoas infectadas.Organizações não governamentais (ONGs) tam-bém chamam a atenção da população para o fatode que, a cada ano, 11 mil soropositivos morrem,dado que equivale a uma média de uma morte acada 45 minutos, em todo o território nacional.

Sensibilizada com os altos índices de mortali-dade e com o aumento do número dos casos deHIV/Aids, a Igreja Católica atua na causa, por meioda Pastoral da Aids. Na Arquidiocese de Belo Hori-zonte, os trabalhos ocorrem, desde 2007, sensibili-zando a sociedade e as lideranças sobre aimportância de conhecer as formas de contágio, dedar assistência aos doentes e, sobretudo, de preve-nir contra as formas de contágio da epidemia.

Para tanto, a Igreja atua na capacitação deagentes, no controle social da epidemia – em par-ceria com ONGs e com os governos nas diversasesferas –, na prevenção e na promoção humana,baseada nos valores do Evangelho: na assistênciae solidariedade, na articulação com outras entida-des que lutam pela vida e contra a epidemia, e nocombate ao preconceito e à discriminação.

Mais do que um abrigo, uma verdadeira casa, comtoda infraestrutura para atender quem dela precisa.Os cômodos incluem salas de fisioterapia, informá-tica, refeitório, rampas de acesso a deficientes físicose cadeirantes, salas para atendimento psicológico emédico e para atendimento de cuidadores, além dequartos grandes e adaptados para acolher pessoas,em situação de vulnerabilidade social, que convivemcom o vírus HIV/Aids. Assim funciona a Casa de ApoioNossa Senhora da Conceição, um projeto do Vicariatopara a Ação Social e Política da Arquidiocese de BeloHorizonte, por meio da Providência Nossa Senhorada Conceição, que conta com o auxílio do Núcleo deApoio à Saúde e da Pastoral da Aids, além da parceriacom a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo doEstado de Minas Gerais.

De acordo com Vivaldo Ferreiras Ramos, coor-denador da casa, a proposta é recuperar a saúdedesses pacientes que chegam com quadro debi-litado, encaminhados pelo Sistema Único deSaúde (SUS) e ressocializá-los para que possamretornar as suas atividades e até voltar a vivercom a família.

A Arquidiocese de Belo Horizonte é referência noatendimento às pessoas em situação de emergên-cia que estão com a doença. No Estado, são dispo-nibilizados 50 leitos destinados a moradores pobrescom HIV/Aids, sendo 30 deles oferecidos somentena Casa de Apoio. Até agosto de 2012, aproximada-mente 42 residentes, entre moradores de rua, aca-mados, pessoas abandonadas pela família, jáhaviam sido atendidos pela casa.

Solidariedade: remédiocontra a discriminação

Mas um samaritano, queestava viajando, chegouperto dele, viu, e moveu-se decompaixão. Aproximou-sedele e tratou-lhe as feridas,derramando nelas óleo evinho. Depois colocou-o emseu próprio animal e o levoua uma pensão, onde cuidoudele.” (Lc 10,33-34)

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Acolhimento e reabilitação

A proposta é recuperar a saúde de pacientes que chegam com um quadro debilitado de saúde e ressocializá-los

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Criado na década de 1960, o Projeto Rondonnasceu com o objetivo de integrar acadêmicos àrealidade brasileira. Hoje, ainda conserva essa ca-racterística e também incorporou outras devido àsdiversas transformações pelas quais passou. Amais recente foi em 2010, quando o projeto desen-volvido pela PUC Minas ganhou nova vertente gra-ças à parceria com a Fundação Estadual do MeioAmbiente (Feam) de Minas Gerais – passou a enfa-tizar a redução dos resíduos sólidos e a abrangernúmero maior de municípios mineiros, totalizando26 localidades em 2012.

Assim, por semestre, aproximadamente 200

alunos de vários cursos e unidades da PUC Minas ede universidades parceiras ficam 15 dias em cida-des do interior do Estado de Minas Gerais, com oobjetivo de conscientizar gestores locais e popula-ção quanto à importância do cuidado com os resí-duos sólidos, isto é, com o lixo urbano: sua redução,reaproveitamento, reutilização e reciclagem. Orien-tados por profissionais, o grupo de aproximada-mente 15 estudantes executa ações para melhorara qualidade de vida de comunidades com algumavulnerabilidade econômica, social e cultural. Issotermina por proporcionar a troca de saberes entreos acadêmicos e a população local.

Sustentabilidade paraum mundo melhor

Educação e Cultura

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6362 Educação e Cultura

Empenhada em possibilitar educação de qua-lidade aos seus estudantes, a PUC Minas e as ins-tituições de ensino também mantidas pelaSociedade Mineira de Cultura (SMC) oferecem di-versos tipos de bolsas de estudo. Nos ensinos fun-damental e médio, as oito unidades do ColégioSanta Maria beneficiaram, em 2012, 1.030 bolsaspara alunos carentes e que se somam a outrascerca de 3.500 bolsas, distribuídas em função deconvenções coletivas de trabalho, entre outros.

Na graduação, a PUC Minas ofereceu 20.154 bol-

sas, em 2012. Desse total, 11.251 foram por meio doPrograma Universidade para Todos (Prouni). Tambémna pós-graduação, em que as pesquisas produzemconhecimentos relevantes para a sociedade, a Univer-sidade oferece bolsas – foram 716 no ano passado.

O Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora(CES/JF), que em 2011 passou a ser administradopela SMC, ofereceu 118 bolsas a estudantes doscursos de graduação, em 2012. Criado há maisde 40 anos, o CES/JF possui cursos de bachare-lado e tecnologia.

Acesso à educação

Colégio Santa Maria

Unidade Bolsas de estudo

Betim*

Cidade Nova 372

Contagem 1.190

Coração Eucarístico 648

Floresta 729

Nova Lima 609

Nova Suíça 553

Pampulha 468

TOTAL 4.569

*Esta unidade começará a funcionar em 2013Fonte: Colégio Santa Maria – base outubro/2012.

PUC Minas | Bolsas de estudo

Local Graduação Pós-graduação TotalNúcleo Universitário em Betim 1.764 3 1.767Unidade Barreiro 2.398 5 2.403IEC Cláudio Manoel 0 31 31Núcleo Universitário em Contagem 1.910 1 1.911Polo da pós-graduação em Divinópolis 0 5 5Campus Coração Eucarístico 7.773 357 8.130Programa de Pós-graduação Redentoristas 0 40 40Praça da Liberdade 549 84 633Programa de Pós-graduação Emaús 0 89 89IEC Sagrado Coração 0 15 15Unidade São Gabriel 2.614 32 2.646Polo da pós-graduação em Sete Lagoas 0 9 9PUC Virtual 145 15 160Campus Arcos 689 2 691Campus Guanhães 90 0 90Campus Poços de Caldas 2.050 28 2.078Campus Serro 172 0 172TOTAL 20.154 716 20.870

Fonte: Setor de Bolsas de Estudo da Pró-reitoria de Gestão Financeira (Progef) – base 31/10/2012.Colégio Santa Maria no bairro Cidade Nova

Divulgação Colégio Santa Maria

Campus Coração Eucarístico

Marta Carneiro / PUC Minas


Os cursos do Programa de Capacitação de Pes-soas com Deficiência para o Mercado de Trabalho,ministrados pelo Núcleo de Direitos Humanos eInclusão (NDHI) da Pró-reitoria de Extensão (Proex)da PUC Minas, existem desde 2003. Podem se ins-crever jovens com mais de 16 anos e adultos comdeficiência física, visual, intelectual e/ou múltiplaou reabilitadas pelo INSS interessados em apren-der um ofício ou se aperfeiçoar no emprego.

A prioridade é para pessoas de baixa renda.Atualmente, são oferecidos 11 cursos, ministra-dos, gratuitamente, na PUC Minas no Coração Eu-carístico, Barreiro, São Gabriel, Praça da Liberdade,Contagem e Betim. Entre os cursos, estão infor-

mática básica; artesanato com material reciclável eprodutos naturais; pedreiro; manutenção de micro-computadores. Os cursos recebem, por ano, aproxi-madamente 350 alunos.

O programa capacita pessoas para atender à LeiFederal nº 8.213/91, que determina que empresascom cem ou mais funcionários devem destinar de2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiên-cia e reabilitadas pelo INSS. Mas ele vai muito alémdisso: à medida que questões sobre cidadania, di-reitos e deveres, autoestima e capacidade de res-ponder bem à vida em sociedade são debatidas,valores como autonomia e independência são es-timulados e abraçados por muitos participantes.

Capacitação para omercado de trabalho

Oficina de informática básica

Fotos: Arquivo Proex / PUC Minas

Oficina de massagem e drenagem

Desenvolvido com moradores da periferia daRegião Nordeste de Belo Horizonte, o programaBeira Linha cria oportunidades para o desenvol-vimento humano e social, ao mesmo tempo emque coloca a PUC Minas, seus alunos e professo-res à disposição dos que vivem ao longo de ondepassaria a via férrea, nas proximidades da uni-dade São Gabriel. São implementadas ações deassistência social e desenvolvimento humano di-recionadas principalmente a adolescentes e jo-vens, vítimas da marginalização provocada pela

exclusão em todas as suas dimensões: social, cul-tural e política.

Dados de diagnóstico sociodemográfico reali-zado em 2004 pelos cursos de Ciências Sociais ePsicologia demonstram que quase 3 mil jovensvivem nesta situação na região. O programa épioneiro por unir, em suas atividades, ações pas-torais e de extensão, por meio da realização deoficinas de fotografia, vídeo, produção de jornalda comunidade, teatro, esporte, lazer e cursosprofissionalizantes.

Nos trilhos da solidariedade

A costureira Elizabeth Rodrigues frequentou uma das oficinas do programa Beira Linha

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Programa Beira LinhaAções que fazem a diferença*

PARTICIPANTESInformática básica 1.294Inglês 118Reciclagem e manutenção de computadores 158Criação de personagem e Construção de site 49Oficina de Orientação profissional e vocacional 342Oficina de fotografia, vídeo institucional e produção de narrativas para a construção de memórias culturais 10Oficina de matemática 26Clicando na Terceira Idade 46Auxiliar Administrativo 375Vendas 16Telemarketing e Geração de emprego e renda 111

Natal Solidário 800 crianças

Porque hoje é sábado arrecadou 4 milquilos de alimentos que foram entreguesa instituições filantrópicas da região

Campanhas de recolhimento dedonativos para pessoas carentes(incluindo Campanha da Solidariedade):5 mil quilos de alimentos

*A quantificação dos dados passou a ser realizadapela Pastoral na PUC Minas a partir de 2008, apesarde alguns projetos já existirem em anos anteriores.

Não estamos somenteproporcionando benefícios àcomunidade, mas tambémaos professores e alunos, quepassam a ter uma novaleitura da realidade. Aliar asteorias do saber à prática éuma questão fundamentalpara a construção de umprofissional ético e humano.”

Frei Mário TaurinhoCoordenador do programa Beira Linha e da Pastoral no São Gabriel

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Baixo custo e alto valor nutricional. À primeiravista, a equação pode parecer difícil de solucionar,mas, com criatividade e conhecimento, ela pode seraplicada facilmente no dia a dia das mais diversas fa-mílias. Para auxiliar nesse processo, três vezes por se-mestre o Curso de Nutrição da PUC Minas no Barreirooferece o curso de Aproveitamento Integral dos Ali-mentos, desenvolvido em parceria com o SistemaFiemg/Sesi.

Praticamente todas as partes dos alimentos sãoaproveitáveis, incluindo talos, sementes e cascas, comoexplica a professora de nutrição Sabrina Alves Ramos.

As aulas do curso são realizadas no Laboratóriode Técnica Dietética, e o conteúdo é transmitido

por um instrutor do Sistema Fiemg/Sesi, com oauxílio de voluntários, que são alunos do Curso deNutrição. Os estudantes ajudam no preparo dasreceitas e na orientação aos participantes. Desdeque teve início, no segundo semestre de 2008, atéo segundo semestre de 2012, mais de 3 mil pes-soas já foram beneficiadas pelo curso.

Uma delas é Marinalva Martins Dias Silva, 38anos, que trabalha na área de apoio e atendimentodo Restaurante Popular Dom Mauro Bastos, no Bar-reiro, em Belo Horizonte. Ela fez o curso no primeirosemestre de 2012 e elogiou a iniciativa. “O curso meajudou a economizar em casa”, conta a moradorado bairro Brasil Industrial, em Belo Horizonte.

Saúde à mesa, economia no bolso

As aulas do curso são realizadas no Laboratório de Técnica Dietética, que tem instalações adequadas para o preparodos alimentos e capacidade para atender 30 alunos por turma

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Humanização na saúdeFormar médicos para servirem às pessoas. Esse é

o enfoque adotado pelo curso de Medicina da PUCMinas (foto), implantado em Betim em agosto de2012. Como os outros nove cursos da área de saúdeoferecidos pela Universidade, seu diferencial está nahumanização do atendimento.

A parceria firmada com o poder público garantea atuação dos estudantes na Rede de Atenção àSaúde do SUS em Betim, além do Hospital Regionalde Betim, da Maternidade Municipal e dos hospi-tais de referência em Nova Lima e Belo Horizonte.A presença dos futuros médicos nas unidades desaúde e nas comunidades possibilita o relaciona-mento com o paciente em seu contexto de origem,o que lhe permite conhecer a realidade em que apessoa atendida vive.

O professor Marco Antônio Diniz, com aaluna Patrícia Gaspar, atende o pacienteFrancisco Honório da Silva

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Promovendo a inclusãoO Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora

(CES/JF) desenvolve o programa Promovendo Po-tencialidades e Inclusão que oferece atendimentoclínico, terapia por meio da arte, entre outrasações, às pessoas com HIV que não encontraramamparo na própria família. Esse programa bene-ficiou, em 2012, aproximadamente 60 pessoas.

Alunos e professores do CES/JF também par-ticipam de ações dedicadas a ajudar a popula-ção de baixa renda, sobretudo os jovens queintegram a Guarda Mirim de Juiz de Fora. Aolongo do ano, foram realizadas 1,6 mil sessõesde psicoterapia.

Solidariedade em destaqueO Colégio Santa Maria procura despertar

nos alunos o espírito solidário e, para isso, pro-move durante o ano diversas campanhas como objetivo de ajudar ao próximo. Entre elas,destacam-se a Coleta do Leite, a Coleta de Fral-das e a Coleta Solidária.

Na Coleta do Leite, a cada mês, uma unidadefica responsável por arrecadar leite do tipolonga vida para ser encaminhado ao ProjetoProvidência. Já na coleta de fraldas, no mo-mento do ofertório, os participantes são convi-dados a doar fraldas geriátricas, destinadas aospacientes da Clínica Nossa Senhora da Concei-ção, que atende soropositivos.

A Coleta Solidária ocorre em parceria com aPastoral da PUC Minas durante o mês de outu-bro. A comunidade escolar é convidada a doarmateriais de limpeza e de higiene pessoal paraas entidades selecionadas.

Nova unidade do Colégio Santa Maria em Betim

Em 2013, será inaugurada a oitava unidade doColégio Santa Maria na Região Metropolitana deBelo Horizonte. A escola funcionará em áreas e ins-talações da PUC Minas em Betim. A implantaçãoserá de forma gradativa, com turmas do 6º ao 9º anodo ensino fundamental e 1ª série do ensino médio.

Ermida da Padroeirade Minas Gerais, naSerra da Piedade

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Um tesouro que reúne fé, ecologia, arte e cultura

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No dia 31 de julho de 2012, durante as celebra-ções do Jubileu da Padroeira de Minas, o governa-dor Antonio Anastasia assinou o decreto dereconhecimento do Santuário Nossa Senhora daPiedade como Atrativo Turístico de Especial Relevân-cia. Referindo-se ao Santuário, o governador disseque “dessa arquitetura magnífica de Deus sente-se a força da fé, a manifestação do divino”. Durantea solenidade, que contou com a presença de fiéis,padres, religiosos e autoridades, o governador as-sinou a ordem de serviço para a implantação doCaminho Religioso da Estrada Real (Crer). Trata-sede uma rota de peregrinações, semelhante ao Ca-minho de Santiago de Compostela, na Espanha,que ligará o Santuário da Padroeira de Minas,Nossa Senhora da Piedade, ao Santuário da Pa-droeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Tam-bém em 2012, o Santuário foi homenageado peloInstituto Estrada Real (IER), que promoveu um con-curso para eleger as sete maravilhas da EstradaReal, considerando o Santuário da Padroeira deMinas como hors-concours.

Essas recentes conquistas demonstram o reco-nhecimento ao importante trabalho de revitalização

do Santuário da Padroeira de Minas, promovido pelaArquidiocese de Belo Horizonte desde 2010. O pro-cesso de revitalização contempla a readequação deespaços, além de iniciativas que objetivam a conser-vação do patrimônio histórico e artístico. Tambémbusca a preservação ambiental de toda a região doSantuário Nossa Senhora da Piedade, caracterizadapela presença de uma biodiversidade única, com es-pécies do Cerrado e Mata Atlântica. Atualmente, aArquidiocese de Belo Horizonte busca instituiçõesparceiras para implantar na região a Gestão Inte-grada de Território, metodologia desenvolvida peloInstituto BioAtlântica (IBio), que objetiva promover odesenvolvimento econômico sustentável.

O Santuário Nossa Senhora da Piedade recebe pe-regrinos desde o século 18. Localizado no alto da Serrada Piedade, a mais de 1,7 mil metros de altitude, oSantuário da Padroeira de Minas aproxima fé, arte ecultura. É tombado pelo Instituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Es-tadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). Aconsagração do Estado de Minas Gerais a Nossa Se-nhora da Piedade foi realizada no dia 31 de julho de1960, após decreto do papa João XXIII, em 1958.

A inventariação e a catalogação dos bens cul-turais da Arquidiocese de Belo Horizonte, queestão distribuídos nos 28 municípios que a com-põem, é tarefa primordial do Inventário do Patri-mônio Cultural da Arquidiocese de Belo Horizonte.Desde 2001, foram realizados 132 inventários emedificações religiosas localizadas em 23 municí-pios, incluindo a Região Metropolitana de BeloHorizonte. A capital mineira abrigou em 2012, noMuseu Histórico Abílio Barreto, a exposição dearte sacra Arte e Religiosidade – Vozes do Silêncio:memória cultural. A materialização do intangívelna cultura religiosa de Belo Horizonte.

O Inventário do Patrimônio Cultural tambémacompanha projetos de reforma e restauraçãodesses bens culturais e desenvolve, simultanea-mente, ações de salvaguarda, no sentido de impe-dir que esse patrimônio seja destruído, comoprojetos de reforma, assistência, obtenção de re-cursos para obras e divulgação em órgãos e em-

presas para assegurar parcerias. Isso é feito emconsonância com os procedimentos internacio-nais vigentes, por meio de acordos e parceriascom órgãos públicos e privados, entre eles o Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan), o Instituto Estadual do Patrimônio Histó-rico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), o Mi-nistério Público Estadual, por meio da PromotoriaEstadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Tu-rístico de Minas Gerais, a Diretoria do PatrimônioCultural do Município de Belo Horizonte, o Centrode Conservação e Restauração de Bens CulturaisMóveis da Universidade Federal de Minas Gerais,entre outros.

Nascido na PUC Minas, em 2000, o Inventáriointegra, desde 2005, o Memorial da Arquidiocesede Belo Horizonte, então criado com o Museu Ar-quidiocesano de Arte Sacra e o Centro de Promo-ção e Divulgação Cultural e Religiosa. Em abril de2010, o Memorial da Arquidiocese ganhou sede

Restauração dos retábulos laterais da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Raposos

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Igreja Nova das Romarias, Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte

Riquezas históricas


própria mantida pela Sociedade Civil EspíritoSanto. O Memorial procura unificar as ações deproteção, promoção e divulgação dos bens cul-turais da Arquidiocese, estimulando o envolvi-mento e conscientizando os cidadãos napreservação do patrimônio cultural religioso.

De acordo com a coordenadora do Inventá-rio, professora Mônica Eustáquio Fonseca, o In-ventário é pioneiro na implantação no Brasil deuma política de salvaguarda do patrimôniocultural religioso, projeto surgido a partir deorientação da Santa Sé. Os propósitos são osde assegurar o conhecimento, a valorização ea divulgação desse patrimônio por meio deações de inventariação e catalogação, pesquisae gestão, de forma a identificar essa produçãono contexto da produção cultural e artística doEstado de Minas Gerais e do País. Essa gestãose faz em parceria com órgãos públicos nas es-feras federal, estadual e municipal, que ope-ram com objetivos semelhantes, assegurandouma ação conjunta e complementar, alcan-çando economia de recursos e resultados cadavez mais positivos.

Exposição Concílio Vaticano IIA Arquidiocese de Belo Horizonte inaugurou

no dia 11 de outubro de 2012 a Exposição Con-cílio Vaticano II. Entre os objetos expostos, estáum solidéu utilizado pelo Papa João XXIII, um cá-lice que foi do Papa Paulo VI e um caderno comanotações de dom João Resende Costa, segundoarcebispo metropolitano de Belo Horizonte,sobre o Concílio Vaticano II.

O evento faz parte dos 50 anos de aberturado Concílio, solenemente iniciado pelo Papa JoãoXXIII no dia 11 de outubro de 1962 e concluídopelo Papa Paulo VI no dia 8 de dezembro de1965. Também marca a celebração dos 20 anosdo Catecismo da Igreja Católica e a abertura doAno da Fé.

Arquivo Inventário do Patrimônio Cultural da Arquidiocese de Belo Horizonte

Carla de Castro Silva

Rede Catedral de Comunicação Católica

Espaço decomunhão

Rede Catedral de Comunicação Católica: a serviço da fé e da cultura


Peças catalogadaspelo Memorial daArquidiocese deBelo Horizonte

Imagem deNossa Senhorade Lourdes, apósrestauração


Juntos podemos crescermais e levar o Evangelho aum número cada vez maiorde fiéis. Para isso, devemostrabalhar em rede, demaneira colegiada.”

Dom Walmor Oliveira de AzevedoAcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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A Rede Catedral de Comunicação Católica, ins-tituída em 2006, integrou ainda mais os veículosde comunicação da Arquidiocese de Belo Hori-zonte. A razão para a integração de todos os veí-culos segundo o arcebispo dom Walmor é a debuscar os bons resultados que proporcionadospelo trabalho conjunto, corporativo. “Juntos pode-mos crescer mais e levar o Evangelho a um númerocada vez maior de fiéis. Para isso, devemos traba-lhar em rede, de maneira colegiada”, ressaltoudom Walmor. Desenvolvendo coberturas e trans-missões em sinergia, os veículos de comunicaçãointegrados ampliaram seu alcance.

O espaço dedicado à comunicação se tornouuma referência para leigos, padres e religiosos, nadivulgação de ações pastorais, cultura, arte e edu-cação. Ao longo desses sete anos, a Rede Catedralde Comunicação Católica se consolidou como lugarde partilha e propostas, de serviço à fé e à cultura.

TV Horizonte:Evangelização,educação e cultura

A TV Horizonte registrou muitas renovações em2012 nos cenários e programações visuais, queconferiram mais dinamismo aos programas. Tam-bém em 2012, a emissora retomou as transmis-sões ao vivo das celebrações nos santuários e demomentos especiais nas paróquias, graças à novaunidade móvel adquirida.

Novos programas estrearam no ano passado.

Destaque para o Terço da Piedade, ummomento deoração em que os telespectadores rezam o SantoTerço, sempre na companhia de convidados espe-ciais. A produção é gravada no Santuário Nossa Se-nhora da Piedade - Padroeira de Minas Gerais.

Outra conquista importante foi a ampliação dosinal da TV Horizonte. Agora, a programação daemissora pode ser acompanhada pelos telespec-tadores de Ibirité (MG), Formiga (MG) e Poços deCaldas (MG). A expectativa é que em 2013 a TVHorizonte continue expandindo seu alcance. Osinal da emissora deve chegar às Dioceses de Cam-panha e Guaxupé, além da Arquidiocese de PousoAlegre e cidades da região metropolitana de BeloHorizonte.

Atualmente, a TV Horizonte mantem impor-tante parceria com a TV Aparecida. Filmes, progra-mas infantis e telejornais com cobertura nacionalpassaram a ser transmitidos pela emissora daRede Catedral. Produções da TV Horizonte tam-bém passaram a ser veiculadas na TV Aparecida,como o Dedo de Prosa e o Cidade da Gente.

Instituída em 1998, a TV Horizonte divulgaações educativas, de formação religiosa, promovea cultura e a cidadania. Entre as produções de des-taque, estão os programas Mãe Maria e Questõesde Fé, que promovem os valores do Evangelho.Também integram a grade da emissora, produçõesvoltadas ao público jovem, como o Caleidoscópio,Arte no Ar, além de noticiários esportivos – Jogadade Classe e Aqui Esporte.


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Em 2012, a Arquidiocese de Belo Horizonteavançou nos preparativos da Semana MissionáriaBH, evento que antecede a 27ª Jornada Mundial daJuventude (JMJ), que ocorre, de 23 a 28 de julho de2013, no Rio de Janeiro. As atividades planejadaspela Arquidiocese de Belo Horizonte serão realiza-das uma semana antes da JMJ, como forma de pre-paração para a chegada deste grande evento, quecontará com a presença do Papa Bento XVI. Todo otrabalho está sendo realizado com o objetivo deproporcionar aos jovens peregrinos a possibilidadede conhecer a vivência cristã dos mineiros, o traba-lho social e cultural da Arquidiocese, além de per-mitir a troca de experiências entre os participantes.

No contexto da Semana Missionária em Belo Ho-rizonte, também será realizado o Congresso Mundialde Universidades Católicas (CMUC), na PUC Minas,instituição vinculada à Arquidiocese de Belo Hori-zonte, entre os dias 18 e 21 de julho. A partir da te-mática central – Novos Tempos, Novos Sentidos –, oCMUC debaterá questões relacionadas à fé e à crisede sentido; à universidade e ao espaço para a cons-trução do humano; ao protagonismo juvenil; aos de-safios para um amor integral, entre outros assuntos.

Raphael Calixto / PUC Minas

Fé e juventudeLaís de Oliveira Assis, uma das representantes dos alunos na comissão organizadora do CMUC

Rádio América: a voz dacomunidade

A Rádio América, ao longo de 2012, consoli-dou sua audiência – segundo lugar entre asemissoras que transmitem na frequência AM.Segundo o Ibope, 15 mil ouvintes por minutosintonizam a emissora.

Conhecida como a “A voz da comunidade”, pordefender causas sociais, a Rádio América (AM750) rapidamente conquistou a audiência dosmineiros. A história da emissora começa na dé-cada de 1970, quando a Arquidiocese de Belo Ho-rizonte adquiriu a extinta Rádio Jornal de Minas.

Em 2006, a programação da Rádio América foireformulada, ampliando o espaço para a divul-gação da fé cristã católica. A emissora manteveseu compromisso em oferecer também informa-ção e cultura. Entre os programas de conteúdocatólico destacam-se o Encontro com o Pastor,Consagração a Nossa Senhora da Piedade, Mo-mento de Esperança e A Palavra de Deus.


Alcance da TV HorizonteTV ABERTA

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Minas Gerais Belo Horizonte (a partir das 12h)Betim (a partir das 12h)CaetéContagem (a partir das 12h)FormigaIbiritéPoços de CaldasSabaráSanta Maria do Itabira

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Bahia Lauro de FreitasTeixeira de Freitas

Espírito SantoAracruzColatinaGuarapariLinharesParanavaíSão MateusVitória

Mato Grosso Tangará da SerraMinas Gerais Belo Horizonte

FormigaParaná Apucarana

ColomboCornélio ProcópioCuritibaFrancisco BeltrãoIratiSarandiToledo

Rio de Janeiro ItaperunaNova FriburgoParaíba do SulPaty do AlferesPetrópolisTeresópolisTrês Rios

SATÉLITEA TV Horizonte é transmitida por satélite para todasas cidades do Brasil, através do satélite B4.

Fonte: Prof. Renato Augusto MoreiraAssessor de Desenvolvimento Tecnológico

Mais informações sobre a JMJ e a SemanaMissionária BH, no site

www.semanamissionariabh.org.br

Paulo Azeredo, apresentador do programa Tribuna Livreda Rádio América, um dos veículos da Catedral Rede deComunicação Católica


Sobre o CMUC 2013, acesse

www.cmuc.pucminas.br

78

❚ Todo este trabalho social,de serviço à saúde,cidadania, educação ecultura, desenvolvido pelascomunidades de fé einstituições diversas daArquidiocese de BeloHorizonte, vai ganhar umgrande coração: a CatedralCristo Rei.

❚ Com uma infraestruturaplanejada para cultivar efazer crescer muitasiniciativas, voltadas aos maispobres, a Catedral Cristo Reiserá edificada em localestratégico: a periferia dametrópole belo-horizontina– na região norte – e, aomesmo tempo, epicentro daArquidiocese.

❚ A previsão é que, em 2013,comecem as obras para aedificação destemonumento à fé, sede doserviço social da IgrejaCatólica, instrumento paraa nova evangelização.

A Catedral Cristo Rei

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Atendimentos por meio das instituições de ensino da Arquidiocese

PUC Minas Clínicas de Graduação e Pós-graduação - Atendimento

Fisioterapia Fonoaudiogia Odontologia Psicologia

Total 14.968 1.955 4.906 9.068

Fonte: PUC em Números – 1º semestre de 2012

Arquidiocese em números

Números sobrealgumas campanhas sociais da Arquidiocese

Campanha da Fraternidade 2012:Fraternidade e Saúde Pública

Mobilização de agentesmultiplicadores, seminários e

palestras:

5 milparticipantes

Campanha Aqueça seuCoração e Doe um Agasalho:

11 mil kg de doações:

agasalhos, cobertores e outraspeças.

Obras sociais desenvolvidas nas paróquias e suas comunidades de fé*

Região Paróquias Cadastradas Obras Cadastradas Pessoas atendidasRENSP 67 352 21.686RENSC 75 375 22.551RENSA 74 264 9.376RENSE 43 241 15.315

Total 68.928* Em 2012

Campanha em prol das vítimas das chuvas:

78,2 mil kgde doações:

colchões, cobertores, produtos dehigiene, alimentos não

perecíveis e medicamentos.

Total de atendimentos realizados pelas pastorais sociais:

152.900 pessoas

Total de atendimentos dos projetos sociais(iniciativas como o programa Família

Acolhedora, Casa das Meninas e tantasoutras que não estão vinculadas

especificamente a uma pastoral):

69.384pessoas

AS PASTORAIS SOCIAIS

Número de atendimentos ao longo do ano

Pastoral da Pessoa Idosa 1.000

Pastoral da Sobriedade 25.000

Pastoral do Surdo 7.200

Pastoral de Rua 6.000

Agentes Pastoral Negros 1.200

Pastoral Direitos Humanos 6.000

Pastoral Carcerária 14.000

Pastoral da AIDS 30.000

Pastoral da Saúde 10.000

Pastoral do Menor 6.000

Pastoral da Mulher Marginalizada 5.000

Pastoral do Mundo do Trabalho 1.500

Pastoral da Criança 25.000

Central de Acolhida Social 15.000

Pensando na qualificação de seus alunos de gra-duação e de pós-graduação e no atendimento à co-munidade, a PUC Minas oferece variados serviços àpopulação em suas clínicas de Fisioterapia, Fonoau-

diologia, Odontologia e Psicologia. No primeiro se-mestre de 2012, foram realizados 30.897 atendimen-tos nas quatro clínicas. O atendimento é feito poralunos dos cursos, supervisionados por professores.

84

Ações a serviço da comunidade

A Arquidiocese de Belo Horizonte amplia seu trabalho em favor do ser humano, mais especificamentena área educacional, de maneira plena, por meio da PUC Minas. A Extensão Universitária personifica amissão da Universidade, baseada nos valores da Arquidiocese, contribuindo, assim, para a formação hu-mana e científica de profissionais competentes, pautados pela ética, pela solidariedade e pelo compro-misso com o bem comum. Os mais de 130 projetos de edital, além dos vários vinculados aos cursos degraduação, beneficiam, anualmente, quase 500 mil pessoas, direta e indiretamente.

Atendimento na área jurídica

Além do aprendizado para alunos do Curso de Direito, o Serviço de Assistência Judiciária (SAJ) da PUCMinas atende pessoas carentes da comunidade, dando-lhes o suporte jurídico necessário na busca deseus direitos na Justiça. Oferece, ainda, às comunidades atendidas uma assessoria que contribua para aconquista de serviços básicos, como água, luz, esgoto e transporte. No primeiro semestre de 2012, foram ajuizadas 2.177 novas ações. No mesmo período, havia 15.673ações ativas, incluindo aquelas em andamento e as concluídas.

Projetos de ExtensãoEquipe envolvida Beneficiados Eventos Cursos

Unidades da Alunos PUC Minas Nº de Professores extensionistas

Projetos e Técnicos (Bolsistas e Diretos Indiretos Totalvoluntários)

Total 132 400 1.713 81.335 398.846 482.426 41 58


SAJ - Serviço de Assistência Ações novas ajuizadas Ações ativas no períodoJudiciária PUC Minas no período Em andamento(1) Concluídas(2) Total(3)

Total 2.177 13.078 2.595 15.673

(1) Total de ações em andamento, com início em qualquer data, que estavam ativas até 31/07/12. (2) Ações concluídas no 1º semestre de 2012, independentemente de quando foram ajuizadas.(3) Total de ações ativas no 1º semestre de 2012.


Documents

Arquidiocese em Movimento