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SAÚDE EXTREMA NUTRIÇÃO VEGETARIANA CRUA EDUARDO CORASSA

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SAÚDEEXTREMA

NUTRIÇÃO VEGETARIANA CRUA

EDUARDO CORASSA

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Eduardo CORASSA

Eduardo Corassa, 32 anos, autor de cinco livros, consultor, palestrante e culinarista crudívoro/higienista é formado em letras e formando em

nutrição. Vivenciou graves problemas de saúde, tentando todas as práticas em voga, mas sem sucesso. Tornando um autodidata e aplicando o empirismo a tudo que estudava, simplesmente discernindo sua leitura com bom senso, curou-se totalmente, vivenciando saúde fora de qualquer parâmetro antes imaginado possível. Assim, prometeu a si mesmo propagar todo o conhecimento obtido, mediante o estudo das principais vertentes do mundo na área de saúde e nutrição vegana. Estagiou com o Higienista mundialmente famoso, Dr. Douglas Graham, aprendendo culinária e nutrição crua, a prática do jejum e do higienismo. Formou-se pela UNH (University of Natural Health), uma das únicas escolas higienistas da atualidade, como um Practitioner Certificado de Saúde Natural e Nutrição Holística. Busca auxiliar pessoas a adotarem o crudivorismo e a serem bem sucedidas, mediante uma abordagem holística baseada nos ensinamentos dos grandes higienistas. Vivendo há nove anos em uma dieta exclusivamente crudívora/frugívora, isto é, uma dieta vegana, crua, hipo-lipídica, composta exclusivamente de frutas, vegetais, sementes e nozes, parte vital do modelo da Higiene Natural, promove os benefícios desta prática, através de seu trabalho. Começou a palestrar e a ministrar workshops culinários no início de 2009 sobre os benefícios desse estilo de vida e a prestar consultoria, para facilitar aos interessados, a adoção do higienismo. Entrevistado por programas como Globo Repórter, Sem Censura, Câmera Record e outros, tem artigos publicados por diversas famosas revistas da área da saúde e nutrição. Acredita, veementemente, nos ensinamentos de seu mentor, Dr. Graham que leciona: “Sua saúde é definitivamente seu bem mais precioso”.

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Autor dos Livros

| O ATLETA CRUDÍVORO - Melhorando sua performance com a dieta crua |

| CRULINÁRIA FRUGAL - Cardápios simplificando a dieta crua |

| A FONTE DA JUVENTUDE - Vivendo mais que 100 anos |

| DÚVIDAS SOBRE CRUDIVORISMO E VEGANISMO? |

| A CIÊNCIA DA SAÚDE - O Sistema Higienista |

| O VEGANISMO PARA MÃES, PAIS E BEBÊS |

| VACINAS! - São benéficas? |

LIVROS A SEREM LANÇADOS:

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Índice Capítulo 1 5

QUÃO NATURAL E SAUDÁVEL É O AZEITE? 5 O VALOR NUTRITIVO E O GOSTO DOS ALIMENTOS 12 Prosperando em uma dieta frugívora a longo prazo 16 Entrevista D r. Douglas Graham 18 Estágio em Costa Rica 20 O jejum e a regeneração inerente 22

Capítulo 2 - RECEITAS 26

Leite de Coco 28 Molho doce e azedo 29 Pudim de Figo 30 Suco de Melancia 31 Contatos 32

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Capítulo

1

ARTIGOS E ENTREVISTA

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Capítulo 1

ARTIGOS E ENTREVISTAS

30 calorias a cada 100 gr e bananas 90, o azeite, como previamente mencionado, 900 calorias a cada 100 g. O processo de refinação é um processo de concentração de calorias e essa é uma das razões do porquê, o açúcar branco, o azeite, ou qualquer outra coisa industrializa-da tende a causar o ganho de peso não desejado. Para produzir 1 litro de azeite, são necessários quatro a cinco quilos de azeitonas 2.

No mais usual processo de produção do azeite, as azei-tonas são moídas inteiras, com o caroço, passando por uma centrífuga que separa o óleo (líquido), do caroço, fibras e outras porções nutritivas (sólido). Depois passa por outra centrífuga separando a gordura da água.

Sabemos que alimentos frescos são mais saudáveis que alimentos velhos. Que geralmente, quanto mais tempo após a colheita, mais nutrientes se perdem. Quão fresco é um alimento engarrafado, que pode durar de um até três anos sem “estragar”. Os alimentos verda-deiros, como bananas, vegetais etc. não passam de uma semana ou duas após a colheita geralmente, sem dete-riorar, já que há literalmente “vida”, micro biologicamen-te falando, ativa no interior do alimento, assim como é rico em água, que facilita sua degradação. A forma que a natureza desenvolveu para que tudo nela fosse biode-gradável e nutrisse e continuasse o fluxo da vida.

E logo depois de qualquer tipo de processamento, ex-pomos as moléculas do alimento ao oxigênio, causando o fenômeno chamado oxidação, que causa a perda de nutrientes a cada minuto que se passa. Portanto, por mais que prensado a frio e com os melhores cuidados tecnológicos possíveis, dá para se acreditar que não a oxidação durante o processo e não se causa dano aos nutrientes? Gordura, ao ser exposta ao ar, oxigênio ou a luz, começa a estragar, se tornando rançosa.

Tirando a famosa admoestação até mesmo dos nutricio-nistas que seguem o modelo em voga e acreditam que cozinhar é saudável, eles mesmos já são contra aquecer a altas temperaturas, fritar etc. com qualquer óleo, prin-cipalmente o azeite. Pois ao chegar ao ponto de ebulição de 160 graus Celsius produz os também famosos radi-

O azeite, uma gordura mo-noinsaturada, obtida da refi-nação do fru- to da oliveira, a

azeitona, foi tão marketeado na atualidade e tão amplamente comerciali- zado, usado em

restaurantes, que é visto como um artigo de luxo, um óleo, diferente dos ou- tros óleos extraí-dos de sementes e nozes, devido as suas supostas propriedades nutricionais. Obvia- mente, que após o processo de industrialização, um produto que era simples, natural e de bai- xo custo como a azeitona, pode virar extrema- mente caro e visto como uma iguaria.

Mas, como é algo muito lu- crativo é algo muito divulgado (valores variando de 15 a 325 reais 1. E como é denso, caloricamen- te falando, é fácil de ser apreciado pelo nosso cé- rebro, ao ser ingerido e, portanto, muito consumi- do pelos seus efeitos fisiológicos de liberação de hormônios de prazer.

A gordura pura refinada, que chamamos de azeite, tem uma densidade calórica de aproxima-damente 900 calorias a cada 100 gramas, enquanto a simples azeitona contém apenas 166 calorias a cada 100 gramas. Ou seja, uma colher de azeite tem quase a mesma densi- dade calórica de 30 azeitonas médias. É óbvio que é muito mais fácil comer 2 colheres de azeite em uma salada, do que 60 azeitonas, assim fa- cilitando o sobrepeso e obesidade (para entender como os mecanismos de saciação do organismo humano funciona, refira-se ao livro Saúde Frugal).

Pelo azeite e outros óleos serem 100% gordura, e 1 grama de gordura conter 9 calorias, ele é o “alimento” mais concentrando que existe, até mesmo mais calórico que pão ou açúcar refinado, grama por grama. No caso do açúcar branco ele contém em torno de 387 calorias a cada 100 gramas, mais de 2 vezes menos que o azei-te. Comparado a morangos, ou até mesmo bananas, o azeite é uma “bomba calórica, já que morangos tem

QUÃO NATURAL E SAUDÁVEL É O AZEITE?

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cais livres (moléculas instáveis, elétrons não parelhados na última camada eletrônica) que são correlacionados ao envelhecimento precoce, aumento do processo inflama-tório e várias DCD (doenças crônico degenerativas).

Tirando o fato que a fritura, e até mesmo o aquecimen-to a temperaturas altas produz composto cancerígenos como aldeídos e acroleínas 3 . E se você estiver fritando “proteína” animal, você forma compostos cancerígenos aminas heterocíclicas (AH) e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HAPs). Em ratos de laboratório expostos a AH em suas comidas, os mesmos desenvolviam proble-mas no sistema reprodutor, suas proles tinham defeitos de nascença, peso reduzido, problemas no sistema imu-ne etc. 4,5,6. E, se você estiver aquecendo carboidratos, no caso de fritar batatas fritas, você forma também outro famoso e potente cancerígeno, chamado acrilamida 7.

Sabemos que alimentos integrais são mais saudáveis que suas contrapartes refinadas, devido a jogarmos fora fibra, água e muitos outros micro e macronutrientes, de-pendendo do alimento e da extração. Quando a natu-reza criou os alimentos, ela colocou neles um complexo pacote nutricional, ainda não completamente compreen-dido pelo homem, mas que carrega diversos nutrientes conhecidos e desconhecidos que são importantes para a devida metabolização do mesmo, resultando na nutrição otimizada de nosso organismo.

ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

Foto ilustra o quanto se joga fora da azeitona após a extração do azeite. Essa polpa, contém nutrientes, como proteína e fibras, importantes para sua saúde.

A proporção dos nutrientes é fornecida em um equilí-brio perfeito pela natu-reza. Mas, quando co-meçamos a alterá-los de forma mecânica ou quí-mica (fogo), começamos a causar desequilíbrios. Por isso, alimentos indus-trializados ou alterados de qualquer forma são desequilibrados. Por exemplo, a gordura encontrada na azeitona ou qualquer outro alimento vegetal integral é benéfica, conhecidas como mono ou poli insaturadas. Mas quando aquecida a altas temperaturas, vai se tornan-do saturada (sem uma ligação dupla entre os átomos de carbono, a gordura satura de hidrogênio), a famosa gordura prejudicial e causadora de doenças car-díacas, pressão alta etc.

E ainda por cima, não podemos nos esquecer que até mesmo as gorduras vegetais contém algum nível de gordura saturada, a culpada por aumentar o colesterol sérico (no sangue). No caso do azeite, 16% da gordu-ra dele é saturada, antes mesmo de ir ao fogo. Se em uma dieta de 2500 calorias, uma pessoa levando a dieta ocidental padrão, ou até mesmo dietas veganas usuais, sabemos que ela consumirá em torno de 40% das suas calorias vindas da gordura 8. 40% de 2500 é 1000. Por-tanto, 1000 calorias virão da gordura. E 16% de 1000 é 160, o que já é bem mais do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como limite diário de gordura saturada e mais que o dobro determinado pela “4 Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose” da Sociedade Brasileira de Cardiologia 9,10. Portanto, em uma dieta hiper-lipídica, mesmo consu-mindo apenas gorduras vegetais, você acaba consumin-do uma quantidade elevada de gordura saturada, mais do que o considerado saudável.

Para piorar, muitos usam o azeite para cozinhar e fri-tar, sem saber que, ao aquecê-lo acima de 160 graus Celsius, a gordura começa a se saturar e se tornar can-cerígena. Ao ser aquecido, oxida mais rapidamente e vai perdendo os micronutrientes que restaram após sua refinação. A ideia de óleos termoestáveis (alguns tipos de gordura aguentam melhor o calor), não isenta por completo a perda de nutrientes e a formação de compostos tóxicos.

Os óleos, na natureza, seriam encontrados dentro dos alimentos gordurosos e não fora. A natureza produz árvores que fornecem azeitonas, ao invés de garra-fas de azeite, de óleo de soja, canola, girassol etc. Por uma simples razão, o alimento integral é mais saudável que

uma parte dele só refina-da. O alimento integral contém fibras, carboi-

dratos, proteínas e água, as quais são descartadas no processo de refinação. E ainda contém vitaminas, minerais e fi-tonutrientes, dos quais a grande maioria é perdida, devido ao processo oxidativo que ocorre quando processamos qual-quer alimento natural.E ainda por cima, a comprar algo in-

dustrializado, você está submetido a qualquer coisa, pois não consegue saber exatamente por quais processos o alimento passou ou o que realmente foi co-locado ali dentro. De acordo com a “Proteste Associação de Consumidores”, em uma pesquisa, após testarem 19 marcas de azeite extra virgem vendidos no Brasil, qua-tro tinham indícios de fraude, contendo outros óleos e gorduras adicionadas ao azeite. E outros 7 dos testados eram virgens apenas, ao invés de extra virgens 12.

O azeite, nada mais é do que gordura pura em uma garrafa. Tirando o fato que praticamente todas as pes-soas na atualidade comem muito mais gordura do que precisam, comparado ao que os estudos mostram e o que as civilizações mais longevas do mundo consomem, em torno de 10% das suas calorias diárias vindo da gor-dura, ou no caso dos Okinawans 6%, tida como a civili-zação mais longeva e saudável existente 12. Uma colher de azeite ao dia, mesmo em uma dieta extremamente hipo-lipídica, já é mais gordura do que o recomendado pelas principais autori- d a d e s veganas no mundo da nutrição e me-dicina, os verdadeiros pioneiros em curar doenças coronárias, cânceres e outras DCD 13.

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

A ideia de o povo do mediterrâneo ser mais saudável devido ao azeite é completamente enganoso. Eles são mais saudáveis devido a todo seu estilo de vida, porque comem mais frutas e vegetais, porque se exercitam mais, pegam mais sol, dormem mais cedo e, ao invés de se en-tupir de gordura saturada e colesterol dos animais, junto com diversas outras toxinas presentes na carne ou gera-das pelo processo do aquecimento, o azeite obviamente vai produzir melhores resultados por ser uma gordura boa e menos tóxica, mas ainda assim é longe do ideal.

Pesquisadores da Universidade de Creta, ao comparar indivíduos com doenças coronárias e outros livres da mes-ma, comprovaram que os doentes comiam dietas mais ri-cas em gordura monoinsaturada, principalmente do azei-te, e uma ingestão total de gordura maior 14.

De acordo com o especialista em Nutrição Dr. Jay Kenney do Centro de Longevidade Pritkin em Miami, “Existem ra-zões para se acreditar que os modestos benefícios a saúde de consumir azeite de oliva são em sua grande maioria devido aos benéficos químicos das plantas, tais como po-lifenóis e esteróis vegetais encontrado no azeite de oliva extra virgem, mas a grande maioria destes fitoquímicos são perdidos nos azeites comuns. Estes fitoquímicos for-necem uma proteção contra o efeito nocivo de refeições ricas em gordura 16“. Ou seja, ao invés de pegar partes de benefícios de nutrientes danificados pelo processo de ex-tração do azeite, porque não obter os benefícios integrais usando nozes, sementes e frutas gordurosas integrais, os quais contém estes e muitos outros componentes nutricio-nais em sua forma intacta?

Estudos mostram que após a ingestão de uma grande

quantidade de azeite, a habilidade de dilatação das ar-térias é prejudicada. Esta dilatação é imprescindível para o fluxo sanguíneo, que mantém nosso corpo saudável e nutrido com oxigênio e nutrientes que permitem as mi-

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

lhares de células do nosso organismo desempenharem suas funções. Enquanto com outros alimentos ricos em carboidratos como frutas, vegetais e vinho não ocorre esse problema, provavelmente também devido a rica composição de antioxidantes nestes alimentos 16.

“Os benéficos componentes da dieta mediterrânea, parecem ser os alimentos ricos em antioxidantes, tais como frutas, vegetais e seus derivados como o vinagre e peixes ricos em Ômega 3, protegendo o dano endote-lial produzido por alimentos ricos em gordura” Robert Vogel, cardiologista focado em pesquisas coronárias por mais de 30 anos17.

Devido a outros pesquisadores e minha própria expe-riência empírica, e por ser vegano, acredito que a remo-ção do peixe da sugestão de Robert seria mais saudável ainda.

Portanto, a ideia que azeite faz bem para o coração é completamente distorcida. Fato, gorduras monoinsatu-radas são melhores que gorduras saturadas, mas ainda assim mais gordura que o necessário é prejudicial a todo

o sistema vascular, inclusive o cardiovascular. E melhor não quer dizer mais saudável nesse caso, só quer dizer que é menos prejudicial.

“Cigarros com menos nicotina e toxinas são melhores que cigarros com mais, mas ainda assim ambos promo-vem câncer pulmonar.” Eugenia Killoran, Jornalista de Saúde e Forma Física do centro Pritkin

Cientistas alimentando macacos com uma dieta rica em gordura monoinsaturada (do azeite) por cinco anos, provaram que conseguiam causar placas ateroscleróticas nas artérias coronárias destes animais. Ou seja, como eles compartilham 99% do nosso material genético, praticamente tudo que ocorre neles, bioquimicamente falando, ocorre em nós. A muito tempo já é consenso científico que primatas antropoides em dietas ricas em gordura desenvolvem doenças cardíacas, iguais as nos-sas 18. Dietas ricas em gordura promovem obesidade e pioram o quadro inflamatório, aumentando as subs-tâncias relacionadas ao mesmo no sangue, como a PCR (Proteína C-Reativa) entre outros fatores 19.

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Tirando o fato que as pesquisas do Dr. Dean Ornish, médico forma-do em Harvard e professor de medicina, as quais foram publicadas no JAMA e outros dos jornais médico científicos mais respeitados do mundo 20,21, e as do Dr. Caldwell Esselstyn, ex-cirurgião de guerra americano, 22 mostram que para reversão de doenças coronárias e alguns tipos de câncer, o ideal é uma dieta sem óleos e no máximo 10% de gordura ao dia, o que apenas comendo grãos, leguminosas, frutas e vegetais, já é a média aproximada que alcançamos, sem a adição de nenhum tipo de alimento gorduroso como abacate, nozes etc.

Ou seja, em um estudo com dois grupos de pacientes cardíacos ou com câncer. O grupo que é colocado em uma dieta vegana, integral e hipo-lipídica, a doença dentro de dias a semanas para de progredir e

dentro de meses a anos se vê regressão da mesma. Enquanto o outro grupo, é posto na dieta recomendada pela Associação Americana do Coração, a qual contém óleos vegetais, carnes, leite e queijos magros, continua a cada ano a progredir com sua doença, necessitar de cirur-gias e vivenciar dores e problemas debilitantes, até mesmo a morte.

Ou seja, se dois dos mais famosos cardiologistas do mundo, até mesmo médicos do ex-presidente americano Bill Clinton, são contra o uso de óleos, inclusive o azeite, porque você ainda acha que é saudá-vel conseguir óleo em garrafa?

Se você está buscando gordura, busque nas naturais fontes forne-cidas pela natureza a nós, as sementes, nozes e frutas gordurosas. Esses alimentos não fornecem só gordura pura como o azeite fornece, mas água, carboidrato, proteína e muitos micro e fitonutrientes.

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

Referências bibliográficas1 - Azeite italiano extra virgemTenuta San Guido. Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/pascoa-surre-al-tem-ovo-king-size-de-2-mil-azeite-de-300-12148275 2 - http://www.borgesalimentos.com.br/azeite/voce-sabia 3 - Harinageswara Rao Katragadda et al. “Emissions of volatile aldehydes from heated cooking oils” Food Chemistry - 01/2010; 120(1):59-65. 4 - Jeong MS, Kang JH “Acrolein, the toxic endogenous aldehyde, induces neurofilament-L aggregation. BMB Rep. 2008 Sep 30;41(9):635-9.5 - Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), Public Health Statement,Polycyclic Aromatic Hydrocarbons, December 1990. U.S. Public Health Service, U.S.Department of Health and Human Services, Atlanta, GA, December 1990. Disponível em: http://www.epa.gov/osw/hazard/wastemin/minimize/factshts/pahs.pdf6 - United States Environmental Protection Agency, Office of Environmental Information,Emergency Planning and Community Right-to-Know Act – Section 313: Guidance forReporting Toxic Chemicals: Polycyclic Aromatic Compounds Category, EPA 260-B-01-03, Washington, DC, August 20017 - Journal of the National Cancer Institute, Vol. 96, No. 8, April 21, 20048 - Dr. Douglas N. G. “The 80/10/10” Diet9 - Institute of medicine U.S. (IOM). Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cho-lesterol, Protein, and Amino Acids (Macronutrients). Washington; NationalAcademic; 2002. 400 p.10 - Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. ArquivosBrasileiros de Cardiologia 2007; 88(S1): 2S-19S.11 - http://jornalggn.com.br/blog/proteste-associacao-de-consumidores/teste-de-azeite-de-oliva-pior-resultado-en-tre-os-quatro-ja-realizados-pela-proteste12 - Caloric Restriction, The Traditional Okinawan Diet, And Healthy Aging: The Diet Of The World’s Longest-Lived People And Its Potential Impact On Morbidity And Life Span, Annals of the New York Academy of Sciences, 200713 - Kuller LH. “Dietary fat and chronic diseases: epidemiologic overview”. J Am Diet Assoc. 1997 Jul;97(7 Suppl):S9-15.14 - Vrentzos GE. “Diet, serum homocysteine levels and ischaemic heart disease in a Mediterranean population”. British J of Nutr, 2004; 91 (6); 1013. 15 - Eugenia Killoran, Olive Oil Nutrition “What’s Wrong With Olive Oil?” Disponível em:https://www.pritikin.com/your-health/healthy-living/eating-right/1103-whats-wrong-with-olive-oil.html16 - Vogel RA. “The postprandial effect of components of the Mediterranean diet on endothelial function”. J. Am CollCardiol. 2000 Nov 1;36(5):1455-60.17 - Eugenia Killoran, Olive Oil Nutrition “What’s Wrong With Olive Oil?” Disponível em:https://www.pritikin.com/your-health/healthy-living/eating-right/1103-whats-wrong-with-olive-oil.html18 - Rudel LL. “Compared with dietary monounsaturated and saturated fat, polyunsaturated fat protects African green monkeys from coronary artery atherosclerosis”. ArteriosclerThrombVascBiol 1995 Dec;15(12):2101-10.19 - Rankin JW, Turpyn AD “Low carbohydrate, high fat diet increases C-reactive protein during weight loss”.J Am CollNutr. 2007 Apr;26(2):163-9.20 - Ornish D. “Intensive lifestyle changes for reversal of coronary heart disease.” Jama 1998 Dec 16;280(23):2001-7.21 - Ornish D. J “Intensive lifestyle changes may affect the progression of prostate cancer”. Urol 2005 Sep;174(3):1065-9; discussion 1069-70.22 - Esselstyn CB (1 Aug 1999). “Updating a 12-year experience with arrest and reversal therapy for coronary heart disease (an overdue requiem for palliative cardiology).”. Am J Cardiol 84 (3): 339–41, A8.

Fontes adicionais:

http://www.papacapimveg.com/2012/12/07/da-azeitona-ao-azeite-como-e-feito-o-azeite-de-oliva/

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

O VALOR NUTRITIVO E O GOSTO DOS ALIMENTOS

A busca pelo prazer é inerente ao ser humano. É fato que anatômica e fisiologicamente somos feitos para “buscar” e consumir açúcar, que é o principal combus-tível do corpo humano. Pesquisas indicam que o con-sumo de açúcar ocasiona imediatamente mudanças na química cerebral, isto é, a liberação de certas substân-cias similares às observadas em pessoas após o uso de narcóticos como o ópio, as quais produzem gran-de prazer. Essa é uma das razões pela qual desde crianças, sem nenhum conheci-mento fisiológico, ficamos vidrados em alimentos doces e apren-demos através do nosso cé-rebro que consumir doces (carboidratos simples) é algo muito bom.

Assim, diariamente, sabendo que aque-la substância irá promover sensações fortemente praze-rosas, aprendemos a sempre voltar a buscar tais ali-mentos devido a recompensa praze-rosa que nos é for-necida por consumir tais alimentos doces. Essa é uma maneira da natureza indicar-nos o ca-minho para a nutrição otimiza-da, porque através de coman-dos do nosso cérebro, consumimos somente o que é prazeroso. Entretanto, o que não sabemos, que na natureza, os alimentos naturais que são prazerosos ao paladar humano são também altamente nutritivos, diferente dos alimentos industrializados a qual encontramos dentro dos centros urbanos.

O primeiro gosto que sentimos em nossa língua é o doce e logo acima deste ponto o salgado. Nossos ali-mentos naturais são os mais ricos em açúcares e sais mi-nerais da natureza. E os produtores de alimentos tendo conhecimento da fisiologia humana, tiram proveito disto adicionando grandes quantidades de açúcar e sal refina-do em praticamente todos os alimentos industrializados; na maioria das vezes utilizando-se dos dois no mesmo produto, e, infelizmente, adicionando outros químicos nocivos à saúde, tais como o glutamato monossódico

(uma neurotoxina altamente nociva à saúde que estimu-la o cérebro a querer mais daquele determinado alimen-to. Por isso o famoso slogan do salgadinho de batatas industrializadas sugere que é “impossível comer uma só”).

Por exemplo, inúmeras pessoas consomem molho shoyu, sem nunca pensar que em sua composição exis-tem sal, açúcar e glutamato monossódico concentrados. É quase impossível não gostar de algo com um gosto tão salgado e doce e uma neurotoxina tão estimulante. Infelizmente, a maioria dos alimentos industrializados, são agradáveis ao paladar primariamente devido a estas substâncias que se encontram em abundância.

Através da industrialização concentramos aqueles sabores que nossa fisiologia busca nos

alimentos, assim podendo transformar inúmeros alimentos insípidos em

“saborosos”. Como o famoso Higienista J. Tilden sabia-mente, em sua época, citou:

“A natureza nunca produ-ziu um sanduíche”. Se

pararmos para pensar - quantas pessoas na atualidade pensam no valor nutricional

de um alimento antes de ingeri-lo? Os alimentos são comercial izados, promovidos e inge-

ridos pelo seu gosto, valor de excitação e estimulação prima-

riamente. A população precisa ter consciência

que tais alimentos in-dustrializados são sabo-

rosos apenas pelo simples fato de uma alta concentração

de açúcar e sal refinado assim como compostos químicos, tóxicos e nocivos

ao nosso organismo serem adicionados para que eles possam fornecer tamanha excitação e sabor.

Na natureza, todos os animais se alimentam sem ne-nhum conhecimento nutricional, sendo guiados apenas pelos seus instintos e capacidades distintas de obter e conseguir comer os alimentos para os quais foram cria-dos, ou seja, para os quais a sua fisiologia, anatomia e biologia foram designados. Por exemplo: Vacas comem grama e foram naturalmente “adaptadas” a comerem grama, sendo capazes de comer e digerir a mesma, pois possuem 4 estômagos. Se humanos “tentassem” a mes-ma coisa, não conseguiriam calorias o suficiente para se manter, pois possuem uma capacidade digestiva finita e não possuem a mesma fisiologia digestiva, sendo in-

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

capazes de digeri-la devidamente. Por outro lado, vacas seriam incapazes de coletar uma refeição de frutas como um primata ou literalmente caçar e devorar outro ani-mal, como um carnívoro.

Os animais confiam apenas em seus instintos e são “presos” às suas capacidades e “ferramentas” de obten-ção de seus respectivos alimentos. Mesmo sem nenhum conhecimento científico, enquadram-se dentro das leis da natureza e, por isso, vivenciam saúde otimizada e não demonstram/sofrem de nenhuma das doenças de-generativas ou sintomas dos quais o homem “civilizado” sofre. Os animais comem o que seus instintos indicam ser o certo e o que lhes agrada ao paladar, em seu esta-do ‘in natura’, sem alteração nenhuma no alimento em questão, literalmente sem precisar enganar seu paladar e cérebro através de temperos e condimentos, que fa-zem o nosso cérebro acreditar que tais alimentos são nu-tritivos, pois possuem as características doces e salgada que fomos feitos para apreciar.

O valor nutritivo de um alimento para cada espécie está altamente ligado a seu sabor e o paladar especí-fico daquela espécie. Podemos comprovar isto, quando vemos um leão salivando e olhando para sua presa e após a caça, a voracidade e gosto com que ele devora a carne crua, ossos, cartilagens, órgãos e outras partes do animal com gosto. Seres humanos não seriam capazes de degustar tal refeição, devido a nossa fisiologia não ser adaptada a isso, nem mesmo temos a capacidade de sentir o gosto da gordura. Outros claros exemplos são vacas salivando em um campo de grama, comendo a com prazer. Seres humanos, definitivamente não apre-ciam o gosto de grama. Entretanto, como os primatas antropoides, adoramos o gosto doce e a suculência das frutas.

Podemos guiar-nos e definir a alimentação otimizada da raça humana, na natureza e em seu estado natural, pelo que conseguimos facilmente nos apropriar e comer, e citar a refeição como um prazer gustativo. Assim, os alimentos mais nutritivos para os seres humanos são os que têm um gosto prazeroso em seu estado natural. Isto é, na natureza podemos guiar--nos pelo gosto, para determinar o que é

nutritivo e assim bom para a propagação da vida huma-na. Logo, na natureza, basicamente os únicos alimentos que conseguiríamos apropriar-nos com nossas faculda-des físicas e consumir com gosto são obviamente frutas, vegetais, sementes e nozes.

Mas infelizmente na atualidade, conseguimos alterar tanto a matéria prima produzida pela natureza, e devido a industrialização em massa ficou tão barato alterá-la que virou a norma em vez da exceção. Assim precisa-mos estabelecer certos alimentos como “saudáveis”, quando na verdade, durante praticamente toda a vida na terra, não era preciso nomear um alimento como “saudável”, porque não existia categorias a parte como o “junk-food”. Alimentos não saudáveis, simplesmente não eram consumidos porque não eram prazerosos ao paladar, assim como não conseguíamos produzi-los.

Consumir frutas e vegetais como a base de nossas ca-lorias, não é um experimento, e sim a norma através da história. Entretanto, o consumo da alimentação atual, é realmente uma experiência nova a qual os seres huma-nos estão testando a resiliência do corpo humano. Refi-nando, cozinhando, temperando, usando químicos, sal, açúcar, etc, conseguimos comer alimentos que seriam insípidos, inpalatáveis e incapazes de serem ingeridos, fazendo com isso que o ser humano viva, mas em condi-ções longe do ideal e do potencial de saúde, que o corpo humano pode e deveria vivenciar.

Por isso, respondo facilmente a todos, quando me per-guntam se é difícil levar uma dieta baseada em frutas e vegetais, nozes e sementes, que não é difícil, muito pelo contrário, e informo que todos aqueles que já tentaram, comprovam e afirmam, amarem e preferirem seus novos hábitos alimentares. É uma falácia acreditar que alimen-tação natural é insípida e quem adota tal mito desco-nhece os verdadeiros alimentos saudáveis em sua forma fresca, madura e orgânica. Ela parece apenas diferente, a um paladar pervertido durantes décadas por condi-mentos, temperos e alimentos cozidos.

Apesar de pervertermos nossa natureza com tais práti-cas de alteração dos alimen-

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tos, nossas preferências continuam vivas. Está afirmação é comprovada, devido ao fato de tentarmos reproduzir a suculência das frutas e dos vegetais em todas as receitas da atualidade. Por exemplo, comer arroz puro é um tanto quanto seco, assim acrescentamos o caldo do feijão por cima, ou o molhamos com o “caldo” da carne ou dos ve-getais cozidos. Também molhamos os biscoitos no leite, no café ou creme, tudo com bastante açúcar. Como sem-pre utilizamos maionese ou manteiga em um sanduíche devido ao pão puro ser seco demais para nossa fisiologia propriamente apreciar. Não comemos macarrão cozido e não o apreciamos seu gosto por si só, assim como sua falta de suculência, e por isso espalhamos molhos de queijos derretidos ou molhos à bolonhesa, em uma for-ma ingênua de reproduzir nossas necessidades. E todos estes ingredientes são adicionados com sal, ou açúcar refinado, ou em ambos.

Para uma vida longa, saudável e próspera, consuma o tipo certo de “açúcar”, em vez de tentar reproduzir as sensações e gostos para os quais fomos criados pela natureza para buscar nos alimentos. Perpetue a simbiose e o papel para qual os seres humanos foram criados, fazendo do consumo de grandes quantidades de frutas e vegetais uma prática diária. Assim ajudamos a nós mesmos e ao futuro da humanidade e a diminuição do aquecimento global com um mundo mais verde, auto sustentável,

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Prosperando em uma dieta frugívora a longo prazo(Possíveis erros cometidos por frugívoros de longa data)

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Muitas pessoas me perguntam se é possível viver de frutas e vegetais ao longo prazo. Devido à falta de co-nhecimento, por “falta de modelos”, ou seja, pessoas que levem uma dieta frugívora há anos ou décadas, elas ficam inseguras, achando que algum tipo de nutriente essencial não é encontrado nas frutas, vegetais, semen-tes e nozes e que ao curto prazo, uma dieta de frutas é o ideal para desintoxicação e regeneração do organismo, só que ao longo prazo ela é danosa e falta materiais de construção.

Eu discordo plenamente, por já viver há 6 anos e meio apenas destes 4 grupos alimentares, sendo que a maior parte da minha dieta é frutas. Entretanto, ela não é com-posta apenas de frutas e acho que uma dieta só de fru-tas, é sim insuficiente a longo prazo. Pode ser levada até por algumas semanas ou até mesmo meses, devido a capacidade do nosso organismo de armazenar diversos nutrientes, e até mesmo de reciclar alguns, como ele faz com aminoácidos (pequenos tijolos que formam as pro-teínas).

Temos o Dr. Douglas N. Graham e sua esposa que prati-cam o frugivorismo há mais de 30 anos. O líder crudívoro Aris La tham que alega viver basicamente de frutas e fru-tas vegetais e consumir pouquíssimos vegetais e nozes e sementes há mais de 36 anos, tendo vivido por dois anos apenas de frutas. O Dr. Dave Klein, Loren Lockman entre muitos outros frugívoros. Estes são alguns dos di-versos exemplos através do mundo. Infelizmente, brasi-leiros temos poucos. O Dr. Fernando Travi, que pratica o higienismo e o frugivorismo a longo prazo e eu, há 10 anos, entre diversos de meus leitores que já praticam também a muitos anos.

Os trechos em aspas abaixo são retirados de diversos

subtópicos do meu livro Saúde Frugal - O guia ao cru-divorismo. Os quatro pontos mais importantes para o sucesso em uma dieta frugívora a longo prazo.

* VARIEDADE

“Primatas antropoides obtém em média 125 diferentes variedades de alimentos das plantas por ano, assim fa-cilmente garantindo sua suficiência nutricional, da mes-ma forma que nossos antepassados, antes do período neolítico, comiam uma variedade muito maior do que a ingerida na atualidade. A única diferença é que na na-tureza, obteríamos inúmeras variedades de alimentos, entretanto, apenas através das estações, semanas e me-ses, assim que cada nova fruta ou vegetal entrasse em sua época, ao contrário de inúmeras variedades a cada refeição como é a norma atual.”

* DIVERSIDADE NÃO SÓ NOS ALIMENTOS, MAS CATEGORIAS

“Vegetais tenros – Alface, aipo, brotos verdes (como o de girassol), flores, funcho, espinafre (algumas varieda-des usualmente não comercializadas no Brasil) e tatsoi (quanto mais jovem melhor), entre outras folhas agradá-veis ao paladar e levemente doces.

Frutas vegetais – Tomate, tamarilo, pepino, pimentões coloridos, quiabo, abobrinha, chuchu, berinjela.

Vegetais crucíferos – Aspargos, brócolis, bok choy, cou-ve, couve de Bruxelas, repolho, couve-flor.

Frutas – Banana, caqui, jaca, fruta do conde, figos,

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abacaxi, laranja, tangerina, limão, kiwi, mamão, manga, uva, maçã, bagas (amoras, mirtilos, morangos etc).

Nozes – Amêndoa, avelã, noz juglan, macadâmia, cas-tanha do Pará, pecan, pistache, pignoli etc.

Sementes – Abóbora, girassol, gergelim, cânhamo.Frutas gordurosas – Abacate, durião, fruta pão, coco

verde, azeitonas. Alimentos diversos - Milho verde, leguminosas (ervilhas

doces, diversos tipos de feijões, guandu, amendoim, to-dos apenas quando recém-colhidos e jovens), cenoura, beterraba, palmito (in natura), cogumelos comestíveis, rúcula, brotos de leguminosas e frutas desidratadas. “

* CONSUMO SUFICIENTE DE VEGETAIS EM PROPORÇÃO A FRUTAS

“Recomendo que algo em média de 500 gramas de folhas verdes (ou vegetais crucíferos) e 500g de frutas vegetais por dia são o mínimo diário. Isto seria algo em torno de duas cabeças de alface pequenas e três toma-tes médios. Entretanto, isto é só uma média, já que, ob-viamente, a quantidade deve ser baseada na ingestão calórica total do indivíduo, para que exista um equilíbrio na dieta desde um atleta, até uma pessoa sedentária. Como um atleta comerá muito mais frutas que uma pes-soa sedentária, precisará comer também uma quantida-de maior de vegetais, então o mínimo para um atleta, seria maior do que está recomendação. E também, nos-sas necessidades variam de acordo com a estação e fru-gívoros tendem a relatar maiores desejos e consumo de vegetais nas épocas frias do ano e um menor na época do verão.

Sendo mais objetivo e preciso, algo em torno de 5 a 6% de suas calorias vindo dos vegetais. E no total, in-cluindo todos os vegetais e alimentos gordurosos (frutas vegetais, folhas verdes, vegetais crucíferos, sementes e nozes) seria um mínimo de 10% de suas calorias. En-tretanto, iniciantes podem não conseguir alcançar tais metas, o que não é um problema, durante o período de transição. Em pouco tempo, o indivíduo se acostuma a consumir maiores volumes e quantidade de vegetais, seguindo facilmente tais recomendações.

Em uma dieta frugívora, frutas predominam em termos de calorias e vegetais em termos de volume. A quanti-dade de vegetais é maior, entretanto, são tão baixos em calorias, que derivamos praticamente todo o nosso combustível (calorias) das frutas.

Enfatizo a importância de comer as quan-tidades necessárias de vegetais, não só para a saúde, mas para conseguir-mos manter uma dieta frugal a longo prazo. “

* ABUSE DOS TRÊS TIPOS DE CATEGORIAS DE VEGETAIS.

“Coma o suficiente de vegetais (folhas verdes, frutas vegetais e vegetais crucíferos).”

* Dieta hipo-lipídica não significa não consumir alimen-tos gordurosos e viver sem nozes e sementes comestíveis

Não existe dúvida de que na natureza, seres humanos consumiam pequenas quantidades de nozes e sementes, apesar de não sermos capazes de abri-las com facilida-de e até digeri-las em grandes quantidades. Diferente de esquilos que têm dentes apropriados e uma massiva força na mandíbula, seres humanos tem um trabalho la-borioso para abri-las.

Por serem mais fáceis de digerir e mais leves ao cor-po, assim como por questões éticas de que sementes e nozes são na verdade feitas como meios de reprodução das plantas, muitos frugívoros apesar de consumirem sementes e nozes, sempre que possível, dão preferên-cia às frutas gordurosas como sua fonte de gorduras. Entretanto, não recomendo tal prática e acho que uma dieta variada com as três fontes é mais apropriada. Mas obviamente, prefiro dar prioridade a alimentos frescos, e infelizmente, em grandes cidades temos uma dificulda-de de obtenção de nozes e sementes frescas, enquanto facilmente encontramos frutas gordurosas, as quais, ti-rando as azeitonas, sempre são frescas. “

A ideia é não consumir mais que 10% do seu total ca-lórico vindo da gordura e é desnecessário consumir ali-mentos gordurosos todo dia do ano, ou a cada refeição ou até mesmo por uma semana. Mas a médio e longo prazo, eles são necessários.

Assim como a ideia é consumir primariamente frutas, mas não obter praticamente todas suas calorias de frutas somente ao longo prazo. Como vegetais tem uma den-sidade calórica muito baixa, por mais que você consoma 500 gramas diárias dos mesmos, ainda assim pratica-mente a grande maioria das suas calorias virão das fru-tas e isso pode enganar o indivíduo, a achar que ele está obtendo calorias o suficientes de outras fontes, ou prin-cipalmente, o mais importante, equilibrando sua propor-ção de macronutrientes em 80/10/10 no longo prazo.

Portanto, visamos consumir aproximadamente 90% do nosso total calórico de frutas. Dependendo da estação e do período de tempo, podemos chegar até mesmo a 95%. Entretanto, ao longo prazo e o grande foco, é man-ter se próximo a proporção de macronutrientes 80/10/10.

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EntrevistaD r. Douglas Graham

CLIQUE PARA ASSISTIR

EDUARDO CORASSA: O Dr. Douglas N. Graham é o pai do mo-vimento Frugivorismo em todo o mundo e uma das autoridades em Raw Food (Alimentação Viva). Ele treinou pessoas como Marti-na Navrátilová, Demi Moore e vários outros atletas profissionais e celebridades. O Dr. Graham é responsável pela minha nova vida e saúde e também pelo meu renascimento.

DR. GRAHAM: Sempre me interessei por saúde, nutrição, ali-mentação. Sempre pratiquei esportes. Nos últimos anos, não te-nho me exercitado muito. Sou formado em Quiropraxia. Acompa-nho milhares de pessoas em seus jejuns supervisionados, tenho dado milhares de palestras sobre saúde para diversos grupos em todo o mundo nos últimos 30 anos e fico feliz que o mundo da alimentação viva tenha se tornado um mundo 80/10/10.

Acredito que o movimento da alimentação viva tenha desapa-recido. Nada mais de eventos e festivais, porque seus principais líderes (que voltaram a comer comida cozida) tentavam não co-mer 80/10/10, mas agora essa dieta vem crescendo ao redor do mundo, com eventos e tudo mais.

EDUARDO CORASSA: O que te levou ao Higienismo? DR. GRAHAM: O que me levou ao Higienismo foi o fato de que

nada mais funcionava. Eu procurava por saúde excepcional, por uma dieta que fizesse sentido e me desse um bom desempenho nos esportes, por clareza da mente, e não só procurei como tam-bém experimentei diversos tipos de dieta (macrobiótica, vegeta-riana, vegana etc.) e finalmente tentei viver de maneira saudável (ter horas suficientes de sono, fazer exercícios regulares), até que alguém me disse para tentar o Higienismo, há 35 anos.

CORASSA: Para mim, faz 7,5 anos. Por que ter uma dieta frugí-vora em vez de viva?

DR. GRAHAM: Acho que a alimentação viva implica que o

alimento tem pais e faz bebês e que está vivo. Uma maçã, por exemplo, ingiro sem as sementes, que seria a parte que faria be-bês. Quanto à alface, ingiro as folhas e não as sementes. Se você imaginar seu dedo, seu sangue... eles são vivos? Você está vivo, e suas partes suportam (sustentam) você. Certamente, há várias coisas vivas que eu não comeria: hera venenosa, plantas que me são irritantes, baratas (quer estejam mortas ou vivas).

Se considerarmos os primatas, por exemplo, todos eles se ali-mentam de frutas e vegetais. A maior parte de frutas para os mais espertos e a maior parte de vegetais para os que não são tão in-teligentes. Já que nos consideramos como os primatas mais inte-ligentes, faria sentido que nos alimentássemos principalmente de frutas e vegetais.

CORASSA: O que mais tem prosperado: os alimentos integrais, frescos, verdes, crus, orgânicos?

DR. GRAHAM: A primeira vez em que cunhei esses termos, há quase 30 anos, foi como uma descrição do que estava fazendo cerca de vinte anos atrás: pretendia descrever a qualidade do alimento em meu prato. Vinte e sete anos atrás, filmei um vídeo usando esses mesmos termos.

Há um conceito nos hotéis e restaurantes em que os cin-co estrelas são os melhores, então eu fazia o mesmo com meus hábitos alimentares, dando uma estrela se contivesse algo cru em meu prato, outra se contivesse algo fresco e assim por diante. Isso é extremamente simples e funciona.

CORASSA: Há quanto tempo faz uso da alimentação crua? Sei

que naquela época não existia o conceito de 80/10/10, mas gran-de parte da sua dieta tem sido frutas e vegetais frescos.

DR. GRAHAM: Passei por várias mudanças alimentares, desde a ingestão de carne e laticínios várias vezes ao dia, até passar a ingerir mais alimentos crus, mas, no final dos anos setenta, apesar de me deparar com a ideia de comer mais alimentos crus, não me comprometi à ideia de comer somente alimentos crus. Então,

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seriam vinte e cinco anos me alimentando de maneira bem-suce-dida de alimentos integrais, frescos, verdes, crus, orgânicos. Ne-cessitou de pesquisa.

CORASSA: De que você se alimenta hoje em dia? DR. GRAHAM: Não costumo me alimentar logo cedo pela ma-

nhã; em vez disso, faço algumas atividades, levo o cão para pas-sear e então, lá pela hora do almoço, consumo algo bem simples, frutas, também aipo, alface, pepino.

Mas hoje foram apenas bananas, umas dezesseis ou dezessete bananas, não sei ao certo, e me senti satisfeito (se fo-rem muito pequenas, umas vinte). Depois, fiz meus afazeres e, na hora da janta, tomei três litros de uma mistura de laranja e man-ga, uma bebida bem grossa. Normalmente, tomo dois litros, mas hoje tomei mais. Também consumo normalmente repolho, aipo, abobrinha, tipo uma salada de repolho, tomate e abacate, misturo tudo no processador e fica bem colorido.

CORASSA: Quantos quilos de alimento por dia? DR. GRAHAM: Dois kg de bananas, três litros de bebida, um ou

dois kg de salada... somando, uns sete kg de alimento por dia. CORASSA: Gostaria que você comentasse um pouco sobre a

saúde da sua filha e a dieta frugívora dela. DR. GRAHAM: O que acho mais notável na saúde dela é a satis-

fação e alegria dela, e o fato de não ter problemas de ouvido, não ter congestão nasal, não estar acima do peso, nem ficar doente. Ela é muito inteligente, atlética, não muito alta, mas eu também não sou alto!

CORASSA: O tamanho e o peso não significam saúde, certo? DR. GRAHAM: Não. CORASSA: Sempre me perguntam sobre a vitamina B12. Gos-

taria que comentasse um pouco sobre isto. Estou frugívoro há 7,5 anos e não tomo suplementação.

Se você apresenta deficiência em qualquer tipo de nutriente,

numa situação de vida ou morte ou de danos permanentes, faça uso de suplemento para ganhar tempo.

Não sabemos quais são os níveis de vitamina B12, porque ela é adicionada a tantas comidas que muita gente a consome todo dia, no cereal do café da manhã, no pão, nas massas e grãos, então não é justo, até mesmo os animais recebem injeções de vitamina B12. Assim sendo, não tenho nenhum motivo para suspeitar de deficiência, mas se uma pessoa ficar deficiente, ajudaremos a re-solver o problema e então procuraremos saber o que aconteceu para que ela se tornasse deficiente.

Não importa se for ferro, B12, vitamina A ou qualquer outra nova preocupação, se você não mostrar abertamente sintomas de de-ficiência, é desnecessário se preocupar. Examinemos os sintomas de deficiência de B12, por exemplo: fadiga, paranoia, falta de me-

mória, formigamento dos dedos dos pés e das mãos, calafrios ao abaixar a cabeça, perda de equilíbrio. Caso você esteja levemente deficiente em B12, mas não apresente qualquer sintoma, para que suplementar? Como isso ajudaria?

Acredito que a suplementação é promovida por aqueles que não estão promovendo uma dieta saudável. Se a dieta for com-pleta e nutritiva, não há necessidade de suplementá-la de manei-ra alguma. Mas não é apenas a dieta, mas sim a dieta e o estilo de vida. Muitas das pessoas que têm problemas com a B12, têm tido este tipo de problema porque não absorvem a vitamina de maneira adequada e têm problemas emocionais e estresse que têm a ver com o modo com que você leva sua vida e seu mundo, e como processa internamente o estresse.

CORASSA: Como o Higienismo Natural sugere, e como Herbert Shelton sugere, nutrição e comida não são sinônimos.

DR. GRAHAM: Obtemos a vitamina D através do sol, a B12 a partir de micróbios e outros muitos nutrientes que nem são re-lacionados à alimentação, e mesmo com relação àqueles que o são, não se trata apenas da dieta, mas da relação de um nutriente com outro. Você não pode apenas se concentrar na dieta, não pode isolar sua saúde em partes isoladas. Você dirá: “Estou super em forma, então sou bem nutrido”, isso não funciona. É preciso atentar para o todo.

VAMOS A UM QUESTIONÁRIO RÁPIDO AGORA: QUAL É SUA FRUTA FAVORITA?

DR. GRAHAM: A que estiver em mãos!CORASSA: O vegetal favorito?DR. GRAHAM: Aipo.CORASSA: Noz ou semente favorita?DR. GRAHAM: Eu diria castanha-do-pará, mas experimentei

dois dias atrás a primeira amêndoa deste ano e estava tão deliciosa que terei de dizer amêndoa! E quanto à semente, gergelim.

CORASSA: Melhor prato cru?DR. GRAHAM: Uma maçã, duas tâmaras, três bananas. Ou duas

maçãs, quatro tâmaras e seis bananas ou três maçãs, seis tâmaras e nove bananas no processador, para que as lâminas as misturem e cortem um pouco, e você terá as maçãs em pedaços, a banana amassada e as tâmaras misturadas. Esse seria meu prato favorito! Coma como um mingau. E um simples macarrão de pepino é um prato de que gosto muito!

CORASSA: Onde as pessoas encontram acesso a seus livros, consultas e site na Web?

DR. GRAHAM: No meu site na Web, é possível encontrar todas as informações e também artigos: www.foodnsport.com

Lá, você encontra diferentes tipos de dieta, ilha de banana (mo-nodieta), dicas de alimentação e de exercícios físicos e informações sobre a dieta 80/10/10 para que possa segui-la.

CORASSA: Recomendo. Foi um prazer conversar, admiro-o mui-to.

Dr. Graham: Fico feliz de vê-lo tão bem, desejo-lhe muita saúde!

(Traduzido por Taís Silva Monteiro e revisado por Katia MelchersErps)

ENTREVISTA COMPLETA

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Estágio em Costa Rica

Há quase 10 anos, o perito e altamente reno-mado líder crudívoro Dr.Douglas Graham foi uma de minhas maiores inspirações e melho-res fontes de informação de como adotar uma dieta crudívora e um estilo de vida saudável.

As recomendações e livros de famosos higie-nistas, que mudaram minha vida e minha saúde, leva-ram-me a reverter doenças tidas como incuráveis pelo modelo de saúde comum, motivando-me a estudar mais a fundo sobre o assunto, já tendo lido dezenas e deze-nas de livros de especialistas em crudivorismo, veganis-mo, saúde, medicina e nutrição, desde então.

Meus estudos, durante esses 03 anos, levaram-me a viver totalmente em uma dieta frugívora (frutas, vege-tais, sementes e nozes) e dentro do estilo de vida suge-rido pela Higiene Natural (um modelo de saúde, como a alopatia, homeopatia, etc. entretanto completamente antagônico a todos os usuais). Com o incrível sucesso obtido através de tais práticas de saúde e com um de-sejo voraz de obter mais conhecimento, experiência e informação, inscrevi-me no curso/estágio sobre jejum do Dr.Graham, que é oferecido na Costa Rica, perto da mais alta montanha daquele país chamada de Chirripo, onde está situado o hotel Rio Chirripo.

O evento tem duração de 37 (trinta e sete) dias, ofe-recendo a opção de estágio ou de jejum. Compareci ao evento como um estagiário. Os estagiários aprendem a monitorar e monitoram as pessoas que jejuam, assim como também tem aulas diretamente com o Dr. Graham desde jejum até nutrição. A outra opção é de quem vai

para jejuar, o que pode ser feito até no máximo 24 (vinte e quatro) dias, não podendo passar disso apenas devido a duração do evento.

Meu objetivo do curso foi aprender mais sobre o princi-pal intuito do centro, que é um dos meus assuntos pre-diletos: o jejum. Já tendo tido minhas próprias experiên-cias pessoais na área, com 05 (cinco) longos jejuns de água, sendo o menor com a duração de 07 (sete) dias e o maior de 24 (vinte e quatro) dias.

No evento ministrado pelo Dr. G, os estagiários apren-dem mais sobre jejum e como cuidar de pessoas jejuan-do, aprendendo ainda sobre a Higiene Natural, sobre a criação e manutenção da saúde através da abordagem holística da HN, conhecimentos sobre a dieta frugívora e sua aplicação culinária, bem como nutrição crudívora.

Estagiei junto com mais 07 (sete) pessoas de diferentes nacionalidades. A maioria já levava uma dieta frugívora higienista a algum tempo tanto como eu. E tínhamos mais 07 (sete) pessoas que foram ao evento para jejuar com o especialista em jejum Dr. Graham, que já supervi-

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siona jejuns a 25 (vinte e cinco) anos. Também presen-tes ao evento o staff do Dr. Graham, composto pelo seu assistente pessoal e ultra-maratonista Grant Campbell e seu Chef crudívoro Simon Flack.

Cheguei a San Jose na Costa Rica no dia 31 de dezem-bro de 2009 para a abertura do evento e no dia seguinte seguimos para o Chirripo.Nossa programação durante o evento ocorria da seguinte forma:

* Tomávamos café da manhã, geralmente melões e melancias, e tínhamos a primeira aula matinal. A seguir algum tempo livre para nos exercitar, depois algumas tarefas como monitorar, verificando detalhadamente os sinais vitais das pessoas que estavam jejuando, assim como outras formas de monitoramento utilizadas por hi-gienistas durante um jejum:

* No almoço tínhamos geralmente aulas de anatomia e fisiologia e durante a tarde aulas com o Dr. Graham, e ao final da tarde preparávamos outra refeição e tínhamos uma aula durante o jantar.

O local era muito bonito e com um clima tropical, sendo situado na base do Chirripo, que tem altitude de 3.820 metros de altitude. As frutas e vegetais, eram todas cres-cidas locais, com diversas variedades não comercializa-das no Brasil, todas bem gostosas e frescas. É impressio-nante a incrível diferença no ar tão puro e no bem estar, devido a vivermos afastados do trânsito, barulhos e con-vivermos com em torno de 20 pessoas (tivemos alguns visitantes), que se alimentavam apenas de uma dieta frugívora (frutas, vegetais sementes e nozes crus). Um ambiente tão natural, pessoas tão pacíficas, saudáveis e ativas fisicamente foram uma inspiração e motivação para dar continuidade ao meu trabalho e meu estilo de vida higienista.

Era impressionante a alegria, o clima e a energia do local e das pessoas presentes. Foi para mim uma prova real do que a vida saudável proporciona.Os jejuns va-riaram entre 08 (oito) até 22 (vinte e dois) dias, o mais longo. Todos ainda tinham visivelmente reservas nutri-cionais para continuar e ainda obter mais benefícios do jejum. A transformação, energia que retorna, problemas de saúde e sintomas desaparecendo, é impressionante de se presenciar. A capacidade de regeneração do or-ganismo é magnífica, como só pode ser propriamente admirada, através da observação de um jejum longo corretamente conduzido.

A parte de realimentação é muito importante, e como a duração do evento é só de 37 (trinta e sete) dias, o Dr. Graham pede que as pessoas que jejuam tenham pelo menos 12 (doze) dias de recuperação, para que possam aprender a adotar hábitos crudívoros, assim ele prefere que a realimentação ocorra no local e que seja supervi-sionada, com isso permitindo também que o indivíduo se recupere de forma integral, antes de seu retorno para casa.

Todos os jejuns foram realizados pelo modelo higie-nista, apenas com água, ocorrendo todos perfeitamen-

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te bem.O jejum apesar de ser algo visto na atualidade como uma ação feita com fins religiosos ou espirituais, foi utilizado pelo homem, bem como por todo o reino animal, através de toda a vida no planeta terra. O jejum é um dos principais meios que a Higiene Natural utiliza de fornecer ao corpo as condições ideais, para que ele se regenere e volte mais rapidamente a saúde. Todos nós já perdemos a fome, desde quando ficamos febris, até quando temos brigas e discussões ou momentos muito estressantes. Não sentimos vontade de nos empantur-rar de comida com um grande buffet, enquanto estamos febris, sentindo apenas a necessidade de descansar e beber água. O jejum é apenas um descanso fisiológico, que fornece o descanso necessário a todos os órgãos para que o corpo possa redirecionar toda sua atenção e energias para o processo de regeneração necessário.

É impressionante e magnífico assistir a velocidade do organismo de se regenerar, quando “fazemos nada inte-

ligentemente”, e “saímos de seu caminho”, parando de atrapalhar e interromper o processo inerente do corpo com nossos maus hábitos.É um processo magnífico de se presenciar o da regeneração, rejuvenescimento, a vol-ta de energia, o brilho nos olhos do indivíduo e a beleza e vivacidade sendo restituídas, através do jejum.

Preparávamos na cozinha e nos deliciávamos com tor-tas, vitaminas, sopas, saladas de frutas, saladas, salpi-cões, drinques, aperitivos, “salgadinhos” e macarrona-das. Todos os pratos deliciosos e 100% crus e compostos apenas de frutas e vegetais, no estilo do crudivorismo vegano higienista. O qual é também conhecido como uma dieta crudívora vegana hipo-lipídica.

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Trecho de um dos subcapítulos do livro “O Jejum Higienista – A Cirurgia da Natureza”.

“Até quando entendermos completamente a significância do fato de que a regeneração é um processo da vida e que o processo pelo qual a regeneração é realizada é uma função do organismo vivo, tanto quanto o processo de digestão, respiração, circulação, eliminação, reprodução, poderemos compreender que as tão chamadas “curas” podem vir e ir, mas a regeneração continua sempre”. Dr. Herbert M. Shelton

Se prestarmos atenção, conseguimos facilmente perceber que o corpo se regenera diariamente. A cada minuto, através de nossa vida, se existe algo a ser regenerado, o organismo está trabalhando em prol disso. Mas, infelizmente, esse processo regenerativo, apesar de estar em constante operação desde que nascemos, é quase que negligenciado por seres humanos.

Não é difícil constatar esse processo, já que conseguimos observar a olho nu a regeneração que ocorre no exterior do nosso organismo, ou, muitas das vezes sentir, a regeneração interna. Um exemplo da regeneração externa é quando cortamos a mão. Conseguimos ver a ferida a cada dia que passa cicatrizando. A cicatrização de cortes, arranhões, recuperação de hematomas ou inflamações é tão óbvia e comum que nos esquecemos de contemplar a capacidade de nosso corpo de se “autocurar”. Um exemplo da regeneração interna é quando quebramos a perna ou braço e um mês ou meses depois, sentimos os ossos novamente no lugar, a dor some e novamente, possuímos total funcionalidade daquele membro. A regeneração interna, apesar de poder passar despercebida por não conseguirmos vê-la, podemos senti-la e sabemos que está ocorrendo. Por mais que enfaixemos o corpo, para não mexermos a perna quebrada, todos nós, sem exceção concordamos que é o corpo que regenera sua estrutura interna. Assim o osso é cauterizado e volta ao lugar e funcionamento normal.

Foi o corpo que “curou” a perna, e não a tala, as faixas ou outros procedimentos

médicos praticados. Por outro lado, não sabemos é que mesmo doenças, desde as simples até as crônicas e degenerativas podem ser “curadas” por essa mesma capacidade regenerativa que fecha cortes e religa ossos. Um exemplo de que nosso corpo se “autocura” de doenças é a febre. Até mesmo a medicina, hoje em dia, concorda que a febre é uma ação benéfica instituída pelo corpo. Ela é literalmente a “cura” da doença. O corpo cria a febre para se purificar e consertar internamente. E, da mesma forma que existe uma grande diferença entre o tempo que leva para um corte cicatrizar por completo, comparado ao tempo de um osso regenerar-se e voltar a total funcionalidade, quanto mais grave for a doença, mais tempo leva para que o corpo se “cure” completamente dela.

Mas, da mesma forma que uma perna quebrada nunca ficará boa se não pararmos, descansarmos e a deixarmos imóvel por algumas semanas, nosso organismo jamais ficará saudável se não fornecermos a ele as condições necessárias para a melhora. E o jejum é a forma ideal de proporcionar ao nosso corpo as melhores condições para que esta “autocura” ocorra e seja executada o mais rápido possível.

O JEJUM E A REGENERAÇÃO INERENTE

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Frutose, vista como o açúcar das frutas devido a ser um monossa-carídeo (açúcar simples), presente também nas frutas, é o novo vi-lão do momento. A ingestão de frutose tem sido ligada ao aumen-to da obesidade, síndromes metabólicas, fígado gordo (esteatose hepática) diabetes e dislipidemia e até mesmo o câncer 1, 2. O que levou a ela a ser amplamente debatida, considerada como tóxica e recomendada por muitos profissionais a se reduzir seu consumo ao máximo. Devido a ela naturalmente ocorrer em praticamente todo alimento que tenha carboidrato e ser mais abundante nas frutas do que nos vegetais, ao ter o prefixo frut, as inocentes frutas, que também carregam esse açúcar simples acabaram sendo vistas como culpadas e hoje em dia muitos alegam que não comem fru-tas, devido a serem ricas em frutose. Sempre me perguntam, como sabem que minha dieta é predominada em termos de calorias por frutas, mas não é frutose em excesso? Ela não faz mal?

Geralmente, vegetais vão de 0.1 a 1.5 gramas de frutose a cada 100 gramas de alimento. Enquanto as frutas vão de 0.5 (o limão ou o abacate) até 9 gramas, uvas sendo um exemplo alto com 7.6 gramas a cada 100 gramas de fruta, o que é apenas 7.6% do seu peso. Ou seja, frutas giram em média de 5% a 9% apenas do seu peso composto de frutose.

E a questão principal é a quantidade de frutose em 100 gramas de fruta ou vegetal cru, fresco e integral, é infinitamente menor que a quantidade de frutose em qualquer alimento industrializado e açucarado. Como podemos ver na tabela de análise, comparan-do a banana, com 2.7 gramas de frutose e o xarope de milho, composto de 55% de frutose, sendo 55 gramas 3 a cada 100 ml. Portanto, você precisaria consumir quase 21 bananas, para obter quantidades similares a que você encontra no xarope de milho que adoça tudo hoje em dia, desde biscoitos até bebidas isotônicas, cereais matinais, barras de cereais, iogurte etc.

E existe uma imensa diferença ao comparar a frutose industria-lizada, ou seja, a frutose refinada, que é extremamente mais con-centrada do que a frutose encontrada nas frutas, e desbalanceada, sem os poderosos micros e fitonutrientes, antioxidantes, sem pro-teína, gordura, sendo quase que puro açúcar, sem água, fibra, etc. que acompanham todo o pacote nutricional no qual os alimentos vegetais do qual ela foi refinada continham. Esta frutose industrial vem geralmente do famoso HFCS-55 (Xarope de milho rico em fru-tose). E, devido a todos estes micro e macronutrientes, a fruta ob-viamente é metabolizada de forma diferente em nosso organismo do que a frutose isolada (adoçante), o açúcar refinado ou o HFCS.

E, praticamente toda a frutose ingerida na atualidade não vem das frutas, mas sim dos refrigerantes, bolos, balas, o qual sem as fibras e os respectivos fitonutrientes contidos nas frutas, causam a absorção dos açúcares ser extremamente rápida causando picos glicêmicos. E por estes alimentos industrializados geralmente se-rem ricos nas gorduras saturadas ou vegetais que são adicionadas a seu preparo industrial, causam a hiperglicemia, ao levarem o fe-

nômeno denominado LIMC (Lipídio Intramio Celular), que impede a metabolização da glicose, que fica presa na corrente sanguínea.

Sabemos que o consumo de frutas pelos brasileiros e através do mundo é baixíssimo, não alcançando nem a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de 400 gramas por dia (4 bananas médias ou 2 maças grandes). Segundo dados da Pesqui-sa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, menos de 10% da população em geral atinge as recomendações de consumo de FLV, preconizadas pelo Ministério de Saúde4.

Então como a frutose das frutas, que é praticamente não consu-mida por ninguém, e as frutas são vistas como o alimento mais saudável e nutritivo a seres humanos, pode ser a causa de tantas DCD (Doenças crônicas degenerativas) 5,6,7 ? Então como se a própria OMS prova e alega em diversos relatórios que FLV (Frutas, Vegetais e legumes) tem um papel crucial na manutenção da saú-de, peso e na prevenção contra inúmeras DCD, frutas poderiam ser de repente o vilão? E, já que sabemos por registros antropológicos das arcadas dentárias de nossos ancestrais, que seres humanos viveram a base de frutas por aproximadamente 50 milhões de anos, e a frutose obviamente não os tornou obesos ou propensos a doenças, de modo a serem fortes e saudáveis para sobreviverem na natureza 8.

O grande problema na nutrição em geral, é o excesso. O con-sumo excessivo de uma substância causa desgaste ao organismo que precisa trabalhar demasiadamente para digerir, absorver e as-similar aquele excesso, excretar dejetos metabólicos e corrigir os problemas bioquímicos induzidos por ele. O excesso de açúcares é transformado em gordura que acumula em sua corrente sanguí-nea e órgãos. Entretanto, com frutas, que são ricas em água, fibra, baixíssimas em calorias e tem o índice e a carga glicêmica baixa à moderada (para quase todas as frutas, tirando a melancia que tem o IG de 72, mas a CG de 4, o que é bem baixo) é praticamen-te impossível consumi-las em demasia. Agora o açúcar refinado e concentrado (50% frutose) e o HFCS, que são produzidos apenas pela refinação que joga fora estes componentes essenciais para a devida absorção, assimilação e utilização dos açúcares, leva seu GI (Índice Glicêmico) de 62 a 73 9, enquanto bananas, uma fruta bem doce e calórica, tem 52.

A frutose das frutas, ai já é completamente diferente e não po-demos misturá-las, na mesma categoria. A metabolização de um alimento natural, rico em milhares de nutrientes conhecidos e mui-tos ainda desconhecidos e suas interações complexas. E, de acordo com as evidências médicas científicas de diversos estudos, elas não são e não devem ser fontes de preocupação e, na verdade, inclu-ídas na alimentação saudável. De acordo com pesquisadores: “As legislações da Saúde Pública para eliminar ou limitar a frutose da dieta devem ser consideradas prematuras. Ao invés disso, esfor-ços deveriam ser feitos para promover um estilo de vida saudável que inclui atividade física e alimentos nutritivos enquanto se evita

FRUTOSE FAZ MAL? O AÇÚCAR DAS FRUTAS É O VILÃO OU O MOCINHO?

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

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“ “Que seu alimento seja seu

remédio, e seu remédio seja seu alimento.

Hipócrates (Pai da Medicina Moderna)

consumir calorias em excesso até evidências sólidas que apoiem a ação contra a frutose estejam disponíveis” 10. E a conclusão de outro estudo famoso, publicado no The JournalofNutrition é: “A fru-tose que naturalmente ocorre em frutas e vegetais fornece apenas modestas quantidades de frutose dietética e não devem causar preocupação” 11.

Frutas não são ricas em frutose, como o senso comum acredita. Se você tem medo de consumir frutose em excesso, deveria estar realmente preocupado com qualquer coisa que leva açúcar refi-nado e o HFCS e até mesmo o mel, que como mostra a tabela, é também tão rico em frutose, como o HFCS, esse açúcar industriali-zado do milho, que foi desenvolvido nos EUA, por ser a forma mais barata e eficiente de se obter açúcar e malignamente adoçar todo o tipo de comida doce e salgada com ele, fazendo com que nossos paladares acreditem que este é um alimento nutritivo, quando na verdade é apenas junk-food, calorias vazias, que agradam nossos receptores palativos e o cérebro mas destroem o organismo. Prati-camente todo “alimento” nos Estados Unidos, e agora em grande parte do mundo, é adoçado com este composto, ainda mais que depois da década de 60, devido a sua ampla produção e subsí-dio do governo americano, a sucrose, que era a principal forma de adoçante, perdeu uma boa parte do seu posto para o HFCS.

E, de forma errônea e absurda, muitos pesquisadores e profissio-nais na área da saúde, assim como o público leigo em geral, não diferenciam a óbvia diferença entre os açúcares saudáveis encon-trados nas frutas, vegetais e outros alimentos veganos integrais, da frutose em sua forma industrializada e concentrada. Os estudos que causaram todo esse furor que frutose é tóxica foram feitos com frutose pura ou HFCS, que não é nem de longe similar a consumir a fruta pura, integral, in natura ou qualquer outro alimento vegano que encontramos na natureza. Sabemos que a sinergia dos nu-trientes, a verdadeira sinfonia que a natureza cria na química de seus alimentos, é essencial para o funcionamento do organismo animal, tal designação que inclui o ser humano. Então isolar um nutriente em laboratório, dos milhares de outros que existem e vem juntos, ou comparar a frutose removida industrialmente do milho e concentrada em um xarope, é no mínimo absurdo e en-ganador, para o público leigo que não passa seu dia estudando nutrição, mas precisa urgentemente, de educação no assunto.

Portanto, por mais contraintuitivo que isso possa soar, devido a fruta e frutose serem nomes similares, se você quer reduzir o consumo de frutose drasticamente, corte todos seus pães, bolos, refrigerantes, balas, Milk-shakes, chocolates e qualquer tipo de ali-mento que contenha açúcar refinado ou adoçante. Para fazer isso de uma forma efetiva sem sofrer de desejos enlouquecedores por doces, você precisará aumentar drasticamente seu consumo de frutas. Assim, você não só consumirá uma frutose saudável, mas em concentrações muito menores das que vem dessas abomina-ções dietéticas geradas por seres humanos modernos.

Agora deixando toda a ciência e lógica de lado, eu e milhares de pessoas através do mundo que sofriam de inúmeros, incontáveis problemas de saúde crônicos, recuperaram suas saúde e vivem sem sintomas de suas prévias doenças após adotarem uma die-ta frugívora higienista rica em frutas. Eu particularmente era pelo menos pré-diabético, obeso, sedentário a ponto de fazer duas ci-rurgias e com uma pletora de outras enfermidades e por caso não

sabia o que era consumir nem uma fruta ou vegetal por dia. E após 7 anos e meio comendo pelo menos 2 quilos de frutas ao dia e entre um a dois quilos de vegetais crus, frescos e integrais, relato estar na melhor fase da minha vida, com meus exames todos em dia, e nunca me senti melhor, apesar de toda a “frutose”consumida diariamente. Ter medo da frutose das frutas enquanto se consome tudo industrializado e açucarado com frutose não natural, é tão absurdo quanto frequentar um restaurante de Fast-Food para co-mer saladas. Peço que veja meus vídeos no Youtube de exercícios e minhas fotos de antes e depois de uma dieta baseada em frutas e tire suas próprias conclusões,

EM PROL DA SUA SAÚDE.

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ARTIGOS E ENTREVISTASCapítulo 1

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Referências bibliográficas1- John P. Bantle “Dietary Fructose and Metabolic Syndrome and Diabetes” J Nutr. Jun 2009; 139(6): 1263S–1268S.2 - Tappy L et al. ““Fructose and metabolic diseases: new findings, new questions”. Nutrition. 2010 Nov-Dec;26(11-12):1044-9.3 – Nutritiondata. Disponível em: Nutritiondata.com4 – Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009 - Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes

e adultos no Brasil. Ministério da Sáude. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Gestão. Rio de Janeiro, 2010.5 - World Health Organization. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Report of aJoint WHO/FAO Expert Consultation. WHO Technical Report Series No. 916. Geneva; 2003.6 - World Cancer Research Fund / American Institute for Cancer Research. Food, Nutrition, PhysicalActivity, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. Washington DC: AICR; 2007.7 - World Health Organization. The world health report 2002 - Reducing Risks, Promoting Healthy Life. 20028 - Dr. Alan Walker of Johns Hopkins University of Maryland. May 15, 1979, The New York Times.9 – Suzanne Robin. What Is the Glycemic Index of Fructose Corn Syrup?Apr 25, 2011. Disponível em:www.lives-

trong.com/article/428383-what-is-the-glycemic-index-of-fructose-corn-syrup/10 - Tappy L & Mittendorfer B (2012) Fructose toxicity: is the science ready for public health actions? Curr Opin Clin

Nutr Metab Care 15:357-61.11- John P. Bantle “ Dietary Fructose and Metabolic Syndrome and Diabetes” J Nutr. Jun 2009; 139(6): 1263S–1268S.12 - John P. Bantle “Dietary Fructose and Metabolic Syndrome and Diabetes” J Nutr. Jun 2009; 139(6): 1263S–1268S.13 - FRUITS AND SUGARS SUGAR CONTENT OF FRUIT. Disponível em: http://thepaleodiet.com/fruits-and-sugars/14 – Nutritiondata. Disponível em: Nutritiondata.com

Artigos adicionais

Tappy L (2012) Q&A: ‘Toxic’ effects of sugar: should we be afraid of fructose? BMC Biology 10:42.Madero M et al “The effect of two energy-restricted diets, a low-fructose diet versus a moderate natural fruc-

tose diet, on weight loss and metabolic syndrome parameters: a randomized controlled trial.”Metabolism 2011 Nov;60(11):1551-9.

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Capítulo

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RECEITAS

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JANEIRO E JULHO REGIÃO DOS LAGOS - RJ

5 DIAS/MÓDULO EXTRAS

Ocorrendo sempre em janeiro e julho de cada ano na Região dos Lagos, a uma hora e meia da cidade do Rio de Janeiro. Cada módulo é composto de 5 dias úteis, 4 horas de aula culinária com Eduardo Corassa, mais uma hora e meia a duas de prática na cozinha e quatro palestras. Programação repleta de atividades físicas, documentários educativos, bate papo, debates e so-cialização, palestras didáticas científicas, café da manhã, degustação das duas aulas culinárias diárias e mais um jantar, preparado pelos próprios alunos

Eu quero participarEu quero participar

RETIROSCRUlinária Gourmet

C U L I N Á R I O E D I D Á T I C O

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Eu quero participarEu quero participar

RETIROSCRUlinária GourmetC U L I N Á R I O E D I D Á T I C O

MÓDULO 1

Palestras: O crudivorismo Frugal, A cura pelo jejum, Combinação alimentar e Revolução Vegana.

Aulas culinárias: Sobremesas, Salpicão Vegetal, Sopas, Tortas I, Sorvetes I, Macarronada crua, Saladas, Festa crudívora I.

MÓDULO 2

Palestras: Melhorando sua performance esportiva com nutrição crua vegana, A Higiene Natural - A ciência da Saúde, O frugivorismo na prática, Logística e frutas.

Aulas culinárias: Leites e queijos vegetais, Manteigas cruas veganas e artesanais, Sorvetes II, Arroz e risotto, Wraps e sanduíches, Tortas II, pastas, patê, e geleias, Festa crua 2.

MÓDULO 3

Palestras: O higienismo para mães, pais e bebes, Nutrição simplificada, A fonte da juventude - como viver até mais de 100 anos, A ciência médica vegana.

Aulas culinárias: Sorvetes III, Italiana I, Aula Oriental (Sushi, Sashimi, Temaki e Frushi), Cupcakes, Sobremesas II , Fondue, Brigadeiros e docinhos, Tortas 3.

MÓDULO 4

Palestras: O crudivorismo e a ciência médica, os benefícios cientificamente comprovados do jejum, Analisando seus resultados laboratoriais. Adequando uma dieta frugívora a ciência nutricional.

Aulas culinárias: Crepes doces e salgados, Quiches e salgados, Desidratação, Italiana 2, Brigadeiro II, Pizza Crua, Molhos para salada.

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Leite de CocoINGREDIENTES:

>>Água de um coco grande (400 ml) e polpa madura de um coco verde (140 gra-mas).

PREPARO:

Com um furador, abrimos o coco, liqui-dificando a sua polpa, por volta de trin-ta segundos, na própria água. Para essa receita, preferimos a polpa do coco ver-de, na forma de geleia, o mais maduro ao mais jovem. Este último, além de não render quase polpa, traz pouco gosto ao nosso leite de coco. Empregamos um teci-do voal, um coador comum ou de leite de nozes. A finalidade é evitarmos eventuais pedaços da casca do coco que adiram à polpa, antes da liquidificação. Impressio-nantemente delicioso em vista de tama-nha simplicidade.

OPCIONAL:

Para tornarmos o leite mais denso e doce, adicionamos a polpa de mais um coco verde maduro.

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Molho Doce e Azedo

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INGREDIENTES:

1 manga média (350 gramas); Suco de um limão pequeno (20 ml); 1 punhado de castanha de caju

crua sem sal (30 gramas)

PREPARO:

Esprema o suco do limão, descasque a manga e liquidifique os três ingredientes por um minuto.

DICA: De preferência para a manga Palmer nesta receita, bem madura e com a polpa tendo uma cor laranja escuro.

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Pudim de Figo

INGREDIENTES:

800 gramas de figo ou 2 caixinhas e 200 gramas de figo seco

PREPARO:

Liquidificar ambos os ingredientes até virar uma geleia bem cremosa. Gelar por algumas horas de preferência antes de servir.

DICA: O figo fresco vai primeiro no liquidificador. Se precisar use uma cenoura para socar os ingre-dientes.

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Suco de MelanciaREFRESCANTE

INGREDIENTES:

800 gramas de melancia, 60 a 100 gramas de tâmaras sem caroço, um punhado de hortelã e gelo a gosto

PREPARO:

Liquidifique todos os ingredientes por um minuto ou mais e coe em uma peneira ou voal. Delicie se.

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RESTAURANTE CRUDÍVORO/VEGANO

AO LADO DA PRAIA

HORTA ORGÂNICA

SACAREMA-RJ

ESPAÇOHOLÍSTICO

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motivação e confiança, acreditamos que a principal base para isso é a devida educação no assunto. Portanto, fornecemos um extenso material educativo gratuito online. As 20 primeiras páginas de cada um dos nossos livros publicados podem ser lidas ou baixadas diretamente do site ou blog.Um canal do youtube com centenas de vídeos

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