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AS MULHERES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Alessandra Schneider Coordenadora do Escritório Antena da UNESCO no RS Porto Alegre, 05/03/07

As mulheres na sociedade

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AS MULHERES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Alessandra SchneiderCoordenadora do Escritório Antena da UNESCO no

RS

Porto Alegre, 05/03/07

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“ A cada ano, o Dia Internacional da Mulher é um momento para contabilizar o progresso e os desafios a serem enfrentados em relação ao cumprimento das metas do Sistema das Nações Unidas sobre a igualdade de gênero por meio do empoderamento da mulher.”

Koichiro Matsuura - Diretor-Geral da UNESCO (2006)

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Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), sancionados por 189 paísesna Cúpula do Milênio das Nações Unidas, em setembro de 2000.

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• Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino básico.

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• Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, a mais tardar até 2015.

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• Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos.

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• Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna.

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• Até 2015, ter detido a propagação do HIV/Aids e começado a inverter a tendência atual.

Estima-se que quase 50% dos portadores do HIV/AIDS sejam mulheres. Mais alarmantes são os índices de infecção entre mulheres jovens com idades entre 18 e 25 anos e acima de 50 anos.

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No Brasil...

• As mulheres têm, atualmente, níveis de escolaridade superiores aos dos homens,mantendo-se à frente delesem praticamente todos os indicadores educacionais. Isso significa que os grandes entraves à promoção da igualdade de gênero e à autonomia feminina não se encontram no acesso ao ensino, mas em outros aspectos como a inserção no mercado de trabalho e na vida política ou a vulnerabilidade à violência doméstica e sexual.

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PARA AS MULHERES,OBSTÁCULOSÀ IGUALDADEDE GÊNERO ESTÃOALÉM DAEDUCAÇÃO FORMAL

• No ensino médio e no superior, a proporção de mulheres é 25% maior que a dos homens;

• Barreiras invisíveis interferem em escolhas no ensino superior (A distribuição nos cursos universitários remonta à divisão sexual, do trabalho,mas também do conhecimento:Elas tendem a estender à formação profissional sua formação familiar,concentrando-se em áreas que remetem ao exercício dos cuidados e da atenção. Já os homens encontram-se, predominantemente, nos cursos das áreas de ciências exatas,que são considerados “mais difíceis” e “exigentes” e formam profissionais com maior reconhecimento social.)

• Mulheres enfrentam dificuldades de inserção no mercado de trabalho (Dupla discriminação: mulheres negras são as que se inserem em condições mais precárias no mercado de trabalho)

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PARA AS MULHERES,OBSTÁCULOSÀ IGUALDADEDE GÊNERO ESTÃOALÉM DAEDUCAÇÃO FORMAL

• Embora mais escolarizadas, mulheres ganham menos (A desigualdade aumenta à medida que se avança na escolaridade.)

• Na política predomina a presença masculina, mas as mulheres avançam

• Violência contra as mulheres: fenômeno nacionalA violência doméstica e sexual praticada contra mulheres é uma das principais formas de violação dos direitos humanos, atingindo-as em seus direitos fundamentais à vida, à saúde e à integridade física e psíquica.Essa violência doméstica,que se manifesta cotidianamente das mais diferentes formas física,psíquica,sexual,patrimonial),fundamenta-se em relações desiguais de poder e autoridade que se estabelecem entre homens e mulheres em todas as esferas da vida e,em particular, na esfera privada, podendo, portanto, ser reconhecida como uma violência de gênero.

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Homens e mulheres experimentam

a pobreza de maneiras distintas

• A promoção da igualdade de gênero – o terceiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – é essencial não só para a garantia da cidadania como também para a consecução da meta de redução da pobreza. As mulheres sofrem uma série de desvantagens, em comparação com os homens, que passam pela realização de atividades domésticas não-remuneradas, maior desemprego e discriminação salarial, assim como desigualdade no acesso, uso e controle dos recursos produtivos.

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Homens e mulheres experimentam

a pobreza de maneiras distintas

• A vulnerabilidade econômica das mulheres está relacionada ao crescente desemprego feminino e à sua concentração em atividades de baixa qualificação e mal remuneradas, bem como às restrições de tempo e mobilidade, uma vez que elas têm de conciliar o trabalho remunerado com o trabalho reprodutivo (atividades domésticas e cuidado da família).

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Capacidade de gerarrecursos financeiros e tomar

decisõessobre os gastos

• Nas áreas urbanas observa-se que, em 2003, 36% das mulheres maiores de 16 anos careciam de renda própria, comparados com 18% dos homens. No caso das mulheres que vivem em zonas rurais essa dependência econômica é ainda maior (46% das mulheres não tinham renda própria). Essa condição se reflete na falta de autonomia econômica, o que potencializa as chances de essas mulheres tornarem-se ainda mais pobres ou enfrentarem a extrema pobreza, sobretudo se as circunstâncias familiares e conjugais forem modificadas (viuvez, rupturas matrimoniais).

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AS MULHERES E OS DESAFIOS DO MILÊNIO

• Nenhum desenvolvimento nacional poderá ser considerado satisfatório se as mulheres não tiverem plena participação na vida da comunidade, da sociedade e no trabalho.

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UNESCO cria Rede Internacional de Mulheres Filósofas

• Foi anunciada no dia 08 de março de 2007

• Objetivo é reunir o maior número possível de mulheres filósofas – artistas, escritoras, poetisas, etc – provenientes de todos os países de forma a integrá-las nos diferentes projetos e atividades da Organização sobre filosofia.

• “O papel crucial e indispensável das mulheres na reflexão filosófica e seu valiosíssimo aporte à compreensão cabal dos grandes desafios da nossa época.” (Pierre Sané – ADG Ciências Humanas e Sociais da UNESCO)