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 Ser + Eu  1 Sessão nº 1:  Apresentação do pro grama e seus módulos Módulo I: Treino de competências sociais Módulo II: Assertividade Módulo III: Gestão de sintomas e medicação Módulo IV: Auto-Estima Sessão nº 2: Treino de observação e de interacção social  Para desenvolvermos competências sociais adequadas precisamos de ser bons observadores das pessoas, pois uma má observação pode levar-nos a provocar desentendimentos e a tomar decisões erradas. Os exercícios desta sessão permitem-nos tomar consciência de que é importante ter informação, não só acerca dos factos, mas também dos sentimentos e atitudes das pessoas na interacção social. Pretende-se que os participantes interajam entre si, aplicando as competências que vão sendo adquiridas ao longo da sessão. Objectivos: 1. Conhecer os sinais sociais; 2. Perceber o impacto dos mesmos no relacionamento com os outros; 3. Promover ideias e temas de conversa; 4. Fomentar a interacção entre os participantes do grupo; 5. Aplicar competências adquiridas no treino de observação. Exercício 1 Após explicar aos participantes a importância do tema da sessão (sinais sociais gerais  treino de observação), o técnico dá um exemplo de uma situação social (comprar pão, falar com um colega, etc), pedindo aos participantes para darem exemplos deste tipo de situações concretas. Em seguida, é pedido aos participantes que descrevam uma dificuldade sentida, numa situação social recente.

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Sessão nº 1:  Apresentação do programa e seus módulos 

Módulo I: Treino de competências sociais

Módulo II: AssertividadeMódulo III: Gestão de sintomas e medicação

Módulo IV: Auto-Estima

Sessão nº 2: Treino de observação e de interacção social 

Para desenvolvermos competências sociais adequadas precisamos de ser

bons observadores das pessoas, pois uma má observação pode levar-nos a

provocar desentendimentos e a tomar decisões erradas.Os exercícios desta sessão permitem-nos tomar consciência de que é

importante ter informação, não só acerca dos factos, mas também dos sentimentos

e atitudes das pessoas na interacção social. Pretende-se que os participantes

interajam entre si, aplicando as competências que vão sendo adquiridas ao longo

da sessão.

Objectivos:1. Conhecer os sinais sociais;

2. Perceber o impacto dos mesmos no relacionamento com os outros;

3. Promover ideias e temas de conversa;

4. Fomentar a interacção entre os participantes do grupo;

5. Aplicar competências adquiridas no treino de observação.

Exercício 1Após explicar aos participantes a importância do tema da sessão (sinais

sociais gerais – treino de observação), o técnico dá um exemplo de uma situação

social (comprar pão, falar com um colega, etc), pedindo aos participantes para

darem exemplos deste tipo de situações concretas. Em seguida, é pedido aos

participantes que descrevam uma dificuldade sentida, numa situação social

recente.

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Considerações para o técnico: se o participante refere um problema recente

pouco específico (por exemplo, sentir-se ofendido), o terapeuta deve tentar

clarificar o evento, operacionalizando-o em elementos parciais, para melhor se

trabalharem as competências envolvidas em cada momento. Assim, relativamenteà situação problemática referida, deve perguntar-se ao participante: a) o que disse

especificamente; b) qual o volume de voz utilizado; c) se manteve ou não contacto

ocular com o outro interveniente; d) qual a distância física mantida entre eles, etc.

Exercício 2

Na sequência do exercício 1, e depois de todos os participantes terem

enunciado um problema social, propõe-se agora uma exploração maispormenorizada das situações discutidas anteriormente.

Pede-se aos participantes que descrevam a situação social problemática

referida no exercício 1, incidindo em informações relacionadas com o contexto:

1. Hora e dia da ocorrência.

2. Local (por exemplo, cidade, rua, mercado, loja hospital).

3. Tipo de situação (por exemplo, compras, conversa informal de café).

4. Condições físicas – descrição do contexto (por exemplo, local, luminosidade,sons, etc).

Num segundo momento pede-se uma descrição das pessoas presentes

(enfatizando que se devem focar apenas naquelas que são consideradas relevantes

para a situação):

1. Pessoas envolvidas.

2. Características das pessoas: nome, idade, sexo, personalidade, aparênciafísica e seus papéis (mãe, patrão, trabalhador, etc).

A seguir é pedido um relato do que aconteceu, especificando:

1. Acções (aquilo que se fez).

2. Conversas (aquilo que foi dito, pelo próprio e pelos outros intervenientes na

acção).

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Depois de a situação estar compreendida em todas as suas vertentes, tal e

qual como aconteceu, pede-se aos participantes que reflictam acerca da mesma.

Para isso, poderá ser útil perguntar:

1. O que poderia ter acontecido (por exemplo, era inevitável acontecer destaforma?).

2. O que poderia ter sido diferente (por exemplo, poderia ter reagido de outra

maneira?).

3. O que sentiu durante a situação problemática (por exemplo, constrangido,

envergonhado, à vontade).

Exercício 31. Pedir aos participantes que formem grupos de dois (se necessário o próprio

técnico pode fazer os grupos).

2. Antes de colocar os grupos em interacção verbal, podemos oferecer aos

participantes temas de conversa, no sentido de facilitar a tarefas.

3. Colocar um grupo de cada vez em interação verbal.

Questionar cada elemento dos grupos acerca da situação ensaiada.1. Que atitudes e sentimentos foram exprimidos pelo parceiro:

a.  Na conversa em geral (por exemplo, mostrava-se preocupado com o

assunto)?

b.  Em relação a si (por exemplo, mostrava interesse pela sua opinião)?

2. Como ficou com essa impressão? Que sinais evidenciou o outro (por exemplo,

estava exaltado enquanto falava; se sim, como notou que ele estava

exaltado)?

Perguntar aos outros participantes se concordam com as opiniões

manifestadas pelo elemento do grupo questionado anteriormente (por exemplo,

concordam que estava exaltado?; se não, quais as emoções que perceberam e

porquê?).

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Sessão nº 3: Sinais vocais e não verbais das emoções

Sinais não verbais das emoções

Sinais sociais específicos: nas sessões anteriores estudaram-se os sinais de umaforma geral. A partir desta sessão, vamos focalizar-nos em determinados aspectos

dos mesmos, trabalhando outras competências sociais relacionadas com os sinais

não verbais das emoções. Em primeiro lugar, aborda-se a expressão das emoções

e, de seguida, aprende-se a “ler” e a reconhecer melhor os sinais não verbais. 

Sinais não verbais das emoções: se reconhecermos a comunicação não verbal

dos outros podemos saber se estão interessados em falar connosco. Ao usarmos acomunicação não verbal tornamo-nos bons ouvintes e bons oradores. Esta

comunicação não verbal pode ser usada através de vários sinais não verbais, tais

como: os gestos corporais, o contacto visual, a postura corporal, a orientação

corporal, a expressão facial e a voz. A voz é muito importante, dado possuir várias

características importantes na comunicação, nomeadamente: o volume

(alto/baixo), o tom (grave/agudo) e o ritmo (depressa/devagar).

A tabela 1 dá-nos pistas da comunicação não verbal. Podemos saber através

dos sinais não verbais se o outro quer ou não falar connosco, se está ou não a

gostar da nossa companhia, se precisa de apoio, etc. Quando bem utilizada, esta

lista permite-nos mais facilmente ter conversas agradáveis.

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Tabela 1. Sinais não verbais das emoções.

Gestos

corporais

Contacto

corporal

Postura

corporal

Orientação

corporal

Expressão

facial

Preocupado

Poucos

gestos; anda

de um lado

para o outro

(pensativo).

Contacto

ausente (ou

intenso, se

estiver a

falar do seu

tempo).

Postura tensa. Virado para o

problema

(constanteme

nte a pensar

no

problema).

Séria.

 Amigável

Movimentadoe calmo.

Olha comfrequência

para nós.

Descontraído. Inclina-separa quem

fala.

Sorridente.

Zangado

Talvez com a

mão ou com

o dedo

apontado.

Olhar sério

e

penetrante;

sobrancelhas inclinadas.

Tenso, voltado

para a pessoa

com quem está

zangado.

Encara ou

ignora de

forma activa.

Franzir das

sobrancelha

s, expressão

tensa.

Triste

Testa

apoiada na

mão.

Olhar para

baixo.

Caída. Cara afastada

ou para baixo.

Nenhum

sorriso.

Objectivos:

1. Conhecer os sinais não verbais das emoções.

2. Perceber o seu impacto na comunicação.

3. Tornar consciente para cada participante os seus sinais não verbais mais

usuais.

4. Alterar os sinais não verbais menos apropriados.

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Exercício 1

1. Explicar aos participantes o tema da sessão (sinais não verbais).

2. Pedir aos participantes que formem grupos de dois.

Depois de formados os subgrupos, o técnico dá-lhes a seguinte tarefa:1. Um dos elementos do subgrupo deve escolher uma emoção para representar

(por exemplo, revolta, tristeza, felicidade).

2. Em seguida, deve seleccionar dois ou três sinais faciais ilustrativos dessa

emoção (por exemplo, sorrir, bocejar, franzir as sobrancelhas).

3. Num terceiro momento, deve representar para o colega de grupo os sinais

escolhidos.

4. No final da representação, o parceiro que assistiu deve adivinhar a emoçãorepresentada e os sinais faciais utilizados pelo seu colega.

Depois de todos os subgrupos terem executado a tarefa, é-lhes proposta uma

ou outra actividade de representação (o colega que esteve anteriormente a

observar deve agora representar):

1. Um dos elementos do subgrupo deve seleccionar um sinal facial e,

seguidamente, representá-lo para o colega.2. O colega tenta adivinhar o sinal utilizado e a emoção correspondente.

É provável que, para um mesmo sinal facial, surjam várias interpretações

(por exemplo, triste e/ou preocupado). O técnico deve explicar aos participantes

que um sinal não corresponde a uma só emoção, podendo ser usado em várias

situações. Neste sentido, propõe a última tarefa desta série de exercícios:

1. Um dos elementos do subgrupo deve seleccionar um sinal facial que se

adapte a duas emoções diferentes e deve representá-lo.

2. O observador deve adivinhar as emoções associadas, assim como o sinal

facial utilizado.

Considerações para o técnico: no passo 1, ao explicar como vai funcionar a

sessão, poderá ser útil apresentar a tabela 1 aos participantes, exemplificando

determinadas posturas, gestos corporais e expressões faciais.

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Exercício 2

O técnico mostra aos participantes uma folha com imagens de expressões

faciais (deve certificar-se de que todos os participantes têm oportunidade de ver).

Pede aos participantes, um de cada vez, que identifiquem alguma das expressõespresentes na imagem.

Considerações para o técnico: o técnico pode construir esta folha com imagens

de expressões faciais partindo de uma procura em jornais e revistas. Ainda que

seja mais difícil encontrar expressões de pessoas zangadas ou tristes, deve

procurar reunir um leque diversificado de expressões faciais, para que o exercício

se torne mais enriquecedor para os participantes.

Trabalho de casa

Como forma de continuar a praticar as competências trabalhadas, pede-se

aos participantes que façam o seguinte exercício até à próxima sessão:

1. Observem um indivíduo a comunicar outro (por exemplo, podem fazê-lo em

qualquer contexto: café, cabeleireiro, casa).

2. Que atitudes e sentimentos ele exprimiu?3. No geral?

4. Para com o outro?

5. Como ficou com essa impressão? (estar atento aos sinais sociais em geral,

mas também de forma mais específica, através dos sinais não verbais

percebidos pelo observador.)

Sinais vocais das emoções As pessoas comunicam os seus sentimentos e atitudes através de sinais ou

pistas sociais – da cara, voz ou corpo. Podemos melhorar a nossa capacidade de

detectar e exprimir sentimentos e atitudes ao aprender a praticar estes sinais.

Neste momento, estamos a aprender como são os sinais, mais tarde iremos aplicá-

los.

Após termos observado a expressão de emoção vamos, em seguida, aprender

a “ler” e reconhecer melhor as expressão não verbais. Somos já capazes de

reconhecer a comunicação não verbal dos outros, conseguimos saber se estão

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interessados ou não em falar connosco. Podemos ver que o tipo de comunicação

melhor é aquela que transmite que o sujeito é amigável. Assim, colocando em

conjunto as diferentes características de atitude amigável obtemos:

 Amigável

Face: expressão positiva (por exemplo, riso, sorriso).

Olhar: contacto ocular longo e frequente.

Voz: meiga, baixa.

Distância: perto.

Posição: cerca de 45o para o outro, braços e pernas descruzadas, movimentos

abertos.Orientação: cabeça e ombros dirigida para o outro.

Discurso: resposta adequadas, revelação de semelhanças, discurso oportuno.

Sinais vocais das emoções: uma das características apontadas na caracterização

da categoria “amig|vel” era a voz (baixa e meiga). Os exercícios abordados nesta

sessão consistem em detectar emoções através da voz, fazendo-se este julgamento

tendo em conta aspectos como: o volume, a tonalidade, a altua, a clareza, o ritmo eas perturbações da fala. Vamos efectuar alguns exercícios para treinar a

sensibilidade dos participantes às várias características da qualidade da voz.

Objectivos:

1. Detectar emoções através da voz.

2. Discriminar as características da qualidade da voz.

3. Treinar a sensibilidade dos participantes à expressão de emoções através davoz (role-play).

Exercício 3

1. Explicar aos participantes o tema da sessão (sinais vocais das emoções).

2. Pedir aos participantes que formem grupos de dois (se for necessário pode

ser o próprio técnico a formar estes grupos).

Depois de formados os subgrupos, o técnico dá-lhes a seguinte tarefa:

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1. Um dos elementos do subgrupo deve escolher dois ou três sinais vocais para

representar (por exemplo, revolta, tristeza, felicidade).

2. Deve representar para o colega de grupo os sinais vocais escolhidos.

3. No final da representação, o parceiro que assistiu deve adivinhar a emoçãorepresentada.

Depois de todos os subgrupos terem executado a tarefa, é-lhes proposta uma outra

actividade de representação (o colega que esteve a observar deve agora

representar):

1. Um dos elementos do subgrupo deve seleccionar apenas um sinal vocal e,

seguidamente, representá-lo para o colega.2. O colega tenta adivinhar o sinal vocal utilizado e a emoção correspondente.

Propõe-se agora a última tarefa desta série de exercícios:

1. Um dos elementos do subgrupo deve seleccionar um sinal facial e um vocal e

representá-los em conjunto.

2. O observador deve adivinhar a emoção associada, assim como os sinais

faciais e vocais utilizados.

Exercício 4 

Pede-se aos participantes que repitam a frase: “sim, eu faço isso!”, com

diferentes tons de voz, de forma a exprimi-la de forma:

- amigável

- preocupada

- zangada- triste

- aborrecida

Trabalho de casa

Escrever num cartão uma lista de sinais faciais e vocais para mostrar

sentimentos. Noutro cartão, esquematize os passos desta tarefa:

1. Realizar a tarefa de conversação e observação.

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2. Observar cuidadosamente as outras pessoas e reparar nos sinais faciais de

expressão de sentimentos.

3. Ouvir e reparar nos sinais vocais de expressão de sentimentos.

Sessão 4: Competências de escuta activa e reflexão de conteúdos

Racional

Ouvir: Precisamos de ter boas competências de observação numa conversação.

Precisamos igualmente de saber o que os outros estão a sentir para sermos bons

ouvintes e para que os outros queiram falar connosco. As competências de escuta

activa servem para mostrar a outra pessoa o nosso interesse e atenção naquilo que

ela está a dizer.

Respostas de escuta activa: Quando estamos a ouvir os outros - abanamos a

cabeça, dizemos “hum, hum”, “sim”, “estou a ver”, “pois”, fazemos perguntas entre

outras coisas. Isto faz com que o outro perceba que lhe estamos a dar a nossa

atenção e interesse e é recompensador para quem fala e para quem ouve.

As respostas de escuta activa são:

1.  Expressões de interesse: abanar com a cabeça

2.  Sons encorajadores: “hum, hum”, “sim”... 

3.  Pequenos comentários: estou a ver, estou a perceber

4.  Pedir explicações (por exemplo, poderia explicar melhor essa ideia?)

5.  Fazer perguntas (abertas e fechadas)

Objectivos:  Perceber em que consistem as competências de escuta activa

  Tomar consciência da sua importância na comunicação

  Praticar estas competências em situações de conversa informal (roleplay)

Exercício 1:

  Explicar o tema da sessão 

  Formar grupos de 2 elementos 

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  Um dos elementos do subgrupo deve falar com o outro acerca de um

assunto qualquer (por exemplo, o que vai jantar hoje) 

  O que está a ouvir deve fazê-lo atentamente 

  Enquanto ouve, deve pôr em pratica as respostas de escuta activa (quando

o outro pára e olha para si). 

Racional

Ouvir e responder: É também preciso fazer saber ao outro que o entendemos.

Esta competência é chamada de reflexão, isto é “dizer de volta”. Ou seja, repetir o

que os outros dizem nas nossas próprias palavras. Isto demonstra que estamos

interessados e faz com que os outros saibam aquilo que nos interessa mais na sua

conversa.

Reflectir expressões não verbais: podemos reflectir ou “dizer de volta” mais

eficazmente se tivermos em atenção os sinais faciais e vocais.

Objectivos:

  Aprender o que é “dizer de volta” ou reflectir 

  Aplicar esta competência numa conversação (roleplay) 

  Aperceber-se dos sinais não verbais que o emissor transmite em simultâneo

com o discurso 

  Usar essa percepção numa reflexão adequada (roleplay) 

Exercício 2

1.  Explicar o tema da sessão2.  Formar grupos de 2 elementos

3.  Um dos elementos deve falar acerca de algo

4.  O outro deve ouvir atentamente

5.  Enquanto ouve deve identificar o sentimento, crença ou opiniões expressas

por ele

6.  Deve também identificar os factos descritos

7.  Finalmente, deve dizer de volta, usando a frase “sente-se... pensa....acredita... porque (razão)” 

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Exercício 3

Na sequência do exercício anterior, é pedido aos grupos, que troquem de posições

(quem estava a ouvir assume a outra posição). Repete-se o mesmo exercício com

pequenas alterações:1.  Ouvir o parceiro e identificar os sentimentos e factos exprimidos por este

2.  Ver e ouvir os sinais faciais e vocais (reparar neles com atenção)

3.  Identificar os factos descritos

4.  Depois de apreendidos todos estes sinais, deve dizer de volta, como no

exercício anterior. 

Trabalho de casaRealize uma conversação com alguém (pode ser breve). Enquanto as outras

pessoas falam use algumas ou todas as respostas seguintes:

1.  Expressões de interesse: abanar a cabeça

2.  Sons encorajadores: “hum, hum”, “sim” 

3.  Pequenos coment|rios: “ estou a ver” “estou a perceber” 

4.  Pedir explicações

5.  Fazer perguntas

6.  Respostas completas (reflexões) “tu sentes-te... porque... “ 

7.  Respostas não verbais: reflicta as expressões dos outros.

Sessão 5: Comentários de escuta/ Iniciar e manter uma conversa

Racional

Como ouvintes, não reflectimos apenas acerca do que os outros dizem. Também

comentamos ou falamos acerca dos nossos próprios sentimentos e crenças, que

podem ser iguais ou diferentes daqueles que a pessoa que fala connosco exprime.

Parece ser um facto que às vezes concordamos e outras discordamos com o que

nos é dito. Assim, podemos sentir-nos satisfeitos, aborrecidos, interessados ou

incomodados. Podemos mostrar estas coisas pela expressão facial e corporal, pelo

tom de voz, ou mesmo, dizê-lo por palavras.

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Objectivos:

  Expressar adequadamente concordância e discordância ( roleplay) 

Exercício 11.  Escolha um parceiro com quem falar acerca de algo (por exemplo, episodio

de ontem da telenovela)

2.  Ouça cuidadosamente o que ele diz (factos e sentimentos)

3.  Revele sentimentos de semelhança (“eu também... porque...”) 

Exercício 2

1.  Escolha um parceiro com quem falar acerca de algo2.  Ouça cuidadosamente o que ele diz (factos e sentimentos)

3.  Revele sentimentos de diferença (“ mas eu sinto... porque”) 

Nos exercícios anteriores treinamos a expressão de concordância ou discordância

através de palavras. Os próximos exercícios seguem a mesma lógica dos

anteriores: grupo de 2 elementos, onde um fala sobre determinado tema e o outro

escuta atentamente.

Exercício 3

1.  Enquanto ouve a outra pessoa mostra-lhe que concorda com ela, usando

sinais não verbais (por exemplo, orientação corporal, expressões faciais)

2.  Mostre agora que está satisfeito

3.  Finalmente, mostre que está interessado.

Exercício 4

1.  Enquanto ouve a outra pessoa mostra-lhe que discorda com ela, usando

sinais não verbais (por exemplo, orientação corporal, expressões faciais)

2.  Mostre agora que está insatisfeito

3.  Finalmente, mostre que está desinteressado.

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Racional

Para iniciar e manter uma conversa precisamos de saber ouvir e falar. Após termos

treinado algumas competências de escuta vamos agora treinar as competências de

diálogo. As competências aprendidas até aqui encorajam os outros a falar mais,mas não os vão ajudar a iniciar uma conversa. Para isso precisamos de perguntas.

Normalmente começamos com perguntas gerais, passamos depois para as

perguntas especificas e finalizamos com questões de sentimentos. Estas são

questões que perguntam o que os outros sentem, acreditam e pensam acerca de

algo.

A seguir apresenta-se uma lista com assuntos/tópicos e questões que podem servir

como exemplos de como iniciar e manter uma conversa.

Assuntos/tópicos e exemplos:

Tópico 1. Qualquer assunto recente que envolva a outra pessoa.

Exemplos:

a.  Questões gerais: “O que é que tens feito ultimamente?”; “O que é que se tem

passado recentemente?”, “Como é que vão as coisas?” 

b.  Questões específicas: “O que é que fizeste exactamente?” c.  Questões de sentimentos: “Estavas zangado/surpreendido?” 

Tópico 2: Coisas que está a fazer, já fez ou que se relacionem com: trabalho,

casa, viagens, tempo livre e vida social

Exemplos:

a.  Questões gerais: “como vai o trabalho?”, “como vão as coisas em casa?”,

“como est| o teu bebé?” b.  Questões específicas: “O que é que fizeste exactamente em casa?” 

c.  Questões de sentimentos: “achas esse passeio interessante?”, “ficaste

aborrecido com?” 

Tópico 3: Coisas em comum: estar aqui (lugar comum); Tv: cinema; bar;

pessoas; amigos; profissão.

Exemplos:

a.  Questões gerais: “tens visto bons filmes ultimamente?” 

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b.  Questões específicas: “j| estiveste c| antes?”; “o que fizeste aqui da última

vez?; “De que tratava o filme?” 

c.  Questões de sentimentos: “gostas de estar aqui?”; “O que pensas acerca

de...?” 

Tópico 4: Assuntos locais e nacionais: noticias, desporto, personalidades,

acontecimentos.

Exemplos:

a.  Questões gerais: “aconteceu alguma coisa esta semana?” 

b.  Questões específicas: “vais ao...?” 

c.  Questões de sentimentos: “Como é que achas que isto vai ser?” 

Tópico 5: Elogie o comportamento ou aparência da outra pessoa

Exemplos:

a.  Questões gerais: “pareces óptima! que tens feito?” 

b.  Questões específicas: “que linda carteira que tu tens!”; “quem te cortou o

cabelo tão bem?” 

c.  Questões de sentimentos: “como te sentes com esse novo penteado?” 

Tópico 6: Escolha um assunto à sua volta

Exemplos:

a.  Questões gerais: “Como é que as coisas vão por aqui?” 

b.  Questões específicas: “Repara na televisão... parece que est| a dar um

programa interessante...”; “Repara no que aquele est| a fazer/dizer... parece

entusiasmado” c.  Questões de sentimentos: “Olha aquele quadro na parede... o que achas” 

Tópico 7: Peça informações à outra pessoa

Exemplos:

a.  Questões gerais: “o que é que se pode fazer por aqui?” 

b.  Questões específicas: “como é que se vai para o bar?”; “Qual é a hora do

lanche?” 

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c.  Questões de sentimentos: “Qual é a comida hoje? O que pensas da comida

daqui” 

Objectivos:  Aprender a iniciar e manter uma conversa

  Praticar com situações adequadas à realidade dos participantes (roleplay)

Materiais:

  Lista com tópicos de assuntos para iniciar conversas e exemplos

relacionados com situações concretas.

Exercício

Distribuir a lista de tópicos e exemplos pelos participantes, explicando-os e

exemplificando com situações fictícias concretas (por exemplo, vai conhecer o seu

novo terapeuta; está sentado à beira de alguém desconhecido no refeitório).

Pedir aos participantes que:

  Façam um questão geral ,(a), do tópico 1.

  Façam uma questão especifica, (b), do tópico 1.  Faça uma questão de sentimentos (c), do tópico 1.

  Repitam com outro aspecto do tópico 1 ou,

  Repitam com o tópico 2.

Racional

Encontrar assuntos/tópicos para iniciar ou manter conversa; é necessário quando

o outro tema é aborrecido, o tema já foi esgotado ou o assunto é desconfortávelpara nós e/ou para os outros. Encontrar novos assuntos para a conversa ajuda a

manter uma conversa amigável. Para isso é necessário primeiro ouvir o que a outra

pessoa diz e depois encontrar assuntos relacionados.

Objectivos:

 Praticar o treino de conversação com exercícios mais estruturados e

complexos (roleplay)

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Exercício 1:

Apresenta-se aos participantes uma situação fictícia, com o objectivo de, num

segundo momento do exercício, a pôr em prática através da representação em

grupos de dois elementos que devem seguir as directrizes do terapeuta. Situação: A e B conheceram-se anteriormente e agora encontram-se face a

face e querem conhecer-se melhor.

 Objectivo: acção – Cumprimentam-se a uma certa distancia através de um

breve contacto ocular e um ou mais dos seguintes actos: piscar o olho,

sorriso breve, aceno, abanar com a cabeça, breve cumprimento verbal.

Se o cumprimento for mútuo: olhe para o lado enquanto se aproxima e

depois olhe para a pessoa; coloque-se nua posição de frente a frente para aoutra pessoa, sorria, aperte a sua mão e use um cumprimento verbal

(usando o nome próprio), ao que se seguem as questões convencionais.

Iniciar uma conversa com questões de rotina gerais enquanto se coloca

numa posição adequada.

Exercício 2

Escolher uma pessoa do grande grupo e iniciar uma conversa agradável comela. Depois, responder às seguintes questões:

1.  Onde se realizou a conversa?

2.  Quem escolheu para falar?

3.  Que sinais não verbais observou que indicam que a pessoa quer falar

consigo?

4.  Que assunto escolheu para iniciar a conversa?

5.  Porque escolheu este assunto?6.  Como se sentiu nesta conversa com esta pessoa?

7.  O que aprendeu deste exercício?

Trabalho de casa

Escolha uma pessoa conhecida e inicie uma pequena conversa agradável com

ela (por exemplo, dizer às cozinheiras o quanto gostou da refeição, perguntar a

alguém próximo o que aconteceu num episódio duma série de TV que costumaver). Vá para um lugar onde encontre alguém que queira falar consigo (sinais não

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verbais e agradáveis). Escolha um assunto apropriado e inicie uma conversa

amigável. Mais tarde, responda às seguintes perguntas:

a. Onde se realizou a conversa?

b. Porque escolheu este local?c. Quem escolheu para falar?

-  Que sinais não verbais observou que indicaram que a pessoa queria

falar consigo?

-  Que assunto escolheu para iniciar a conversa?

1. Porque escolheu este assunto/tópico?

-  Como se sentiu nesta conversa com esta pessoa?

-  O que aprendeu com este exercício?

Sessão 6: Falar acerca de algo em geral e terminar uma conversa

Racional

Todos nós já vivemos e conhecemos muitas coisas. Mas muitas pessoas pensam

que o que sabem não é suficientemente importante para não partilhar e não falam.

De facto, a maioria das conversas são acerca de assuntos pouco importantes,

situações diárias sobre trabalho, filmes, etc.

Falar sobre sentimentos e opiniões (falar de si): numa conversa, para além de

oferecermos informação sobre o que fazemos ou experimentamos (por exemplo,

fui passear no fim-de-semana) por vezes também podemos falar sobre o que

sentimos relativamente a essas coisas (por exemplo, passei um tempo

maravilhoso). Falar a outra pessoa sobre nós serve para tornar a conversa mais

pessoal, o que leva a que nos conheçamos melhor.

Podemos falar acerca de nós em 3 graus de intimidade diferentes:

Pouca intimidade (por exemplo: “nasci em Famalicão”):

  Factos

  Não muito pessoal

  Fácil de partilhar com qualquer pessoa

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 Alguma intimidade (por exemplo “não gosto de sítios com muita gente”):

  Dados pessoais particulares 

  Opiniões 

  Por vezes é arriscado partilhar com alguém 

Muita intimidade (por exemplo: “a minha vida no hospital...”; aspectos

relativos a saúde, doença, medicação e tratamentos; aspectos relacionados

com a sua vida amorosa e familiar):

  É arriscado contar a qualquer pessoa 

  A usar apenas se confiamos no outro 

  A usar apenas se o outro mostra interesse em ouvir 

Objectivos:

  Perceber os diferentes níveis de intimidade e a sua aplicação em

contexto de interacção social. 

  Aplicar e treinar o conhecimento adquirido em conversas com

diferentes níveis de intimidade (roleplay). 

Exercício:

1.  Explicar o tema da sessão (apresentar e explicar aos participantes o

racional apresentado anteriormente – distinção entre diferentes níveis

de intimidade

2.  Pedir aos participantes que pensem num tema para falar com alguém

3.  Depois de escolherem o tema, devem enquadrá-lo num dos 3 graus de

intimidade apresentados.4.  Seguidamente, devem escolher uma pessoa com quem falar acerca do

assunto (tendo em conta o anterior enquadramento).

5.  Partilhar o assunto com a pessoa escolhida.

Considerações para o terapeuta: nos passos 1 e 3 deve ter muito cuidado em dar

um explicação clara acerca da relação entre “tema escolhido e pessoa com que se

vai partilhar o mesmo” (esclarecer dúvidas acerca da medicação com o médico outécnico e não com a empregada do bar.) Se, eventualmente, o assunto escolhido

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não se adequar a partilha do mesmo com elementos do grupo, o participante pode

realizar o passo 5 fora da sessão.

Exercício:1.  Os participantes devem escolher um tópico de conversa

2.  Depois, deve recordar uma situação que ilustre esse mesmo tópico (por

exemplo: se o tópico escolhido foi assuntos do dia a dia, podem lembrar-

se de uma conversa que tiveram ao pequeno-almoço)

3.  Centrando-se nessa situação concreta, devem prestar atenção ao seu

sentimento, crença, ou opinião acerca da situação (por exemplo: se acha

que estava bem disposto, com sono, animado)4.  Descreva-a em termos gerais (por exemplo: sobre o que falaram ao

pequeno-almoço: “Hoje vou ter tanto que fazer”) 

5.  Descreva-a em termos específicos (por exemplo: “ depois do pequeno-

almoço vou as compras, depois...”) 

6.  Descreva os seus sentimentos, crenças e opiniões (depois de ter

reflectido sobre eles no passo 3, deve partilhar com o resto do grupo

aquilo que pensou).

Considerações para o terapeuta: se for necessário, no passo 1, o terapeuta pode

relembrar ou voltar a mostrar a lista utilizada na sessão 5, no sentido de ajudar os

participantes a lembrarem-se de tópicos de conversa.

Racional

Nesta área vai aprender a terminar uma conversa agradavelmente e a despedir-seda pessoa com quem falou. Uma falha neste ponto pode levar a que os outros se

sintam insultados ou rejeitados. Vai beneficiar em saber como terminar bem uma

conversa porque desta forma as pessoas vão querer falara mais vezes consigo no

futuro. Para terminara agradavelmente uma conversa deve:

1.  Dizer a pessoa que tem que terminar agora a conversa

2.  Dizer a pessoa que gostava de falar com ele mais tarde ou outro dia

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Objectivos:

  Aprender a terminar uma conversa de forma assertiva

  Aplicar e treinar competências abordadas em sessões anteriores (roleplay)

Exercício

O exercício deve ser realizado em grupos de 2 e consiste em:

1.  Fazer de conta que encontrou pela primeira vez uma pessoa

2.  Iniciar uma conversa com ela. Falar durante alguns minutos e depois

terminar a conversa agradavelmente.

Para isto apresenta-se uma situação fictícia aos participantes que eles devem

representar, de acordo com as instruções do terapeuta:  Situação: A e B conversaram durante as alguns minutos e A deseja

despedir-se para falara com outra pessoa. Objectivo: terminar uma

conversa sem provocar ressentimentos

  Acção:

1.  Inicie a separação dizendo a pessoa que tem que terminar agora a

conversa. Faça comentários verbais que justifiquem a sua partida.

2.  Se a separação for aceite: sorria, faça contacto ocular, aperte a mão dooutro e despeça-se verbalmente

3.  Parta, afaste-se, despeça-se com um aceno e verbalize a partida (“

adeus”), quebre o contacto ocular e acabe com os gestos. 

Considerações para o terapeuta:

Os participantes podem não estar conscientes da importância do uso de

competências não verbais na forma de terminar eficazmente uma conversa. Devereiterar-se esta ideia junto deles, fazendo, se necessário, uma breve discussão em

grupo, para aprender a utilizar correctamente estes sinais numa situação

semelhante.

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Sessão 7: Aproximação a pessoas desconhecidas e Recompensar

os outros

Racional

As pessoas normalmente sentem-se ansiosas quando se aproximam deestranhos. Têm medo de dizer algo de errado, parecer “tolas” ou de ser rejeita das.

Há maneiras convencionais e aceitáveis de nos aproximarmos de estranhos podem

evitar esses problemas.

Objectivos:

  Aprender a iniciar conversas com estranhos

  Aplicar questões de seguimento para manter a conversa

  Treinar situações concretas (Roleplay)

Exercício:

Seguindo a lógica dos exercícios que têm vindo a ser realizados nas sessões

anteriores, irão simular-se situações, em grupos de 2 pessoas, com vista a

continuar a prática de competências adquiridas.

Situação: imagine que é um recém-chegado a uma casa de saúde. No bar repara

num estranho que poderá já conhecer o local.

Objectivo: conversar com o “estranho” 

Acção:

1.  Volte a cabeça para o outro, faça um breve contacto ocular, sorria

socialmente e cumprimente brevemente.

2.  Faça um pedido de informação ou diga algo convencional (por exemplo:

o tempo, o que acontece actualmente, usar uma TV, jornal ou assunto do

dia)

3.  Se for correspondido faça uma pergunta (por exemplo: “que tal são os

bolos aqui”) 

4.  Faça a sua apresentação (“chamo-me...”) com uma justificação (“acabei

de chegar”) 

5.  Troca de informação pessoal - trabalho, casa, etc. (“est| aqui h| muito

tempo”) e questões de seguimento – sobre o assunto introdutório; o

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sitio onde se encontra (condições, serviços, etc); as pessoas no local

(barulho, comportamentos)

6.  Se a outra pessoa se der a conhecer podemos pedir informação a cerca

de por exemplo: 1) como se deslocar a um determinado local; 2) comorealizar uma determinada tarefa; 3) acerca de como algo funciona.

Considerações para o terapeuta:

Os participantes deverão, com a pratica e com instruções, perceber que a

aproximação a pessoas estranhas se deve realizar em contextos específicos.

Deverão considerar locais apropriados para o conhecimento de pessoas estranhas

apenas os locais de visita regulara, tais como: o local de trabalho, o hospital ouclínica que possam residir ou frequentar.

Racional

A realização de um exercício que integre todas as competências sociais

treinadas ao longo das sessões vai permitir que a pessoa as integre como um

conjunto lógico e útil no contacto social. Acrescenta-se ainda a noção de

recompensa como forma de tornar o outro mais interessado e falador,respondendo com mais frequência. Esta competência apresenta-se também como

uma forma de terminara amigavelmente uma conversa, favorecendo encontros

futuros.

Objectivos:

  Usar adequadamente os elogios e a oferta de ajuda numa conversação

(roleplay)

Exercício:

a.  Escolha alguém com quem partilhar informação (se possível, informação

relevante)

b.  Cumprimente-o quando o vir

c.  Questione-o (perguntas de rotina, por exemplo, “então como estás?)

d.  Ofereça respostas de escutae.  Ofereça informação pessoal e sentimentos de similaridade

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f.  Seja expressivo (fazer uso dos sinais não verbais aprendidos)

g.  Ofereça elogios e ajuda

Modulo II – AssertividadeSessão 8: Desfazer os Mitos sobre a assertividade

Objectivos:

  Realização do exercício de auto-avaliação

  Esclarecer o que é e não é a assertividade

  Desfazer o mito de que a assertividade é agressiva

Procedimentos:

  Entregar o teste de assertividade, e no final ver os resultados com o grupo.

  Explicar que vamos clarificar o que é a assertividade e o que não é,

desfazendo alguns mitos.

  Num brainstorming perguntar o que ouviram sobre assertividade e anotar

tudo num quadro. De seguida devemos tentar separar os mitos das

verdades.

  Entregar o documento “Asserção, e não agressão” e lê-lo com o grupo.

  Entregar o documento “A de Assertividade” e ver os exemplos de

comportamentos assertivos e suas características.

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Qual o seu grau de assertividade?

SIM NÃO

1.  Consegue determinar as suas necessidades, com clareza e exactidão, sem se pôr a

pedir desculpa?

2.  Sabe pedir o que quer, sem estar com exigências?

3.  Consegue dizer “Não” a solicitações insensatas ao seu tempo, em vez de dizer “Sim”

ou “Talvez”? 

4.  Sabe dizer “Não”, sem parecer agressivo? 

5.  Está convicto de que tem o direito de mudar de ideias sobre decisões e acordos?

6.  Aceita os seus erros sem se culpar a si ou a outros?

7.  É capaz de pedir ajuda, sem pensar “Não sou suficientemente bom”? 

8.  É capaz de escutar criticas, ponderar calmamente se são validas e concordar ou

discordar?

9.  Assume a responsabilidade pelo que sente e diz “Sinto...” e não “Vocês fazem-me

sentir....?

10. Reconhecer a sua raiva e canaliza-a construtivamente para realizar mudanças, em

vez de ficar deprimido e incapaz?

11. Reconhece os seus pontos fortes e realizações e fala deles em voz alta para si e

para os outros? Se você não os reconhecer e não disser, os outros não vão saber,

pois não?

12. Consegue governar-se sem depender da aprovação dos outros?

13. Tem uma atitude positiva? Acredita que os números são positivos inclusive este?

14. Consegue ser directo e assertivo com pessoas indirectas e não assertivas que o

tentam manipular, desvalorizar, que são vagas ou dizem “não me importa”, para que

decida por eles?

15. Consegue negociar em pé de igualdade com as pessoas, independentemente do

seu papel ou estatuto?

16. De modo geral, tem boa ideia do seu próprio valor?

Se respondeu “Sim” a doze ou mais questões, está a aplicar a assertividade na suavida.

Se não, faça um esforço consciente para melhorar as |reas onde respondeu “Não”.

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 Asserção, e não agressão

  Assertividade é: Assertividade não é:

Reconhecer e expressar necessidades

sentimentos e opiniões positivas e

negativas

Ignorar as necessidades, sentimentos e

opiniões das outras pessoas

Pedir claramente o que quer Fazer exigências e seguir a sua própria

via

Dizer não com delicadeza e estabelecer

limites

Dizer não com agressividade e

sobranceria

Deixar cair os velhos padrões de

comportamento, situações e relações

não compensadoras

Agarrar-se aos padrões antigos e a

situações e relações não compensadoras

Assumir a responsabilidade dos seus

sentimentos e actos e utilizar

afirmações “Eu” 

Culpar os outros pelo que lhe acontece e

pelo que sente

Respeitar-se; Escutar o que o seu corpo

lhe diz

Tentar ser um sobre-humano e fazer

tudo, mesmo quando o seu corpo lhe

grita que pare

Respeitar e escutar os outros. Desprezar os outros e ignorar o que

dizem.

Estar pronto para aceitar compromissos

Para resolver os conflitos

Negar-se a negociar; ser inflexível no

que você quer, mesmo que seja

inaceitável para a outra parte.

Definir objectivos e planear os passos

para os atingir

Viver sem propósito

Capacitar os outros e desejar que sejam

felizes

Ressentir-se com o sucesso

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 A de assertividade

As pessoas assertivas são:

Frontais Honestas Concretas ClarasDecididas Estimulantes Diligentes Espontâneas

Igualitárias Compreensivas Não ajuizadoras Auto-conscientes

Você como é???

Pessoas assertivas:

  Utilizam afirmações “eu”   Escutam com atenção

  Pedem o que querem

  Recusam o que não querem

  Exercem a escolha, tomam decisões

  Escutam criticas e aceitam-nas ou rejeitem-nas

  Aceitam os elogios

  Reconhecem e elogiam as qualidades e realizações dos outros

  Aceitam que os outros tenham limitações

  Expressam sentimentos positivos e negativos

  Reconhecem e aceitam as suas fraquezas

  Têm um nível saudável de auto-estima

  Gozam o presente e estabelecem metas para o futuro

  Capacitam-se a si próprias e aos outros

Você faz isto?

M de Mitos sobre a assertividade

As pessoas agressivas são egocêntricas, insensíveis, prepotentes, querem tirar

vantagens a todo o custo! Você é assim? Pensa que isso é ser assertivo?

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Sessão 9: Pensar, Sentir, Agir

Objectivos:

  Introduzir os participantes a examinar e falar honestamente sobre o seu

comportamento habitual.

  Concentra-los no conteúdo e importância da assertividade

  Construir confiança e empatia no grupo

Procedimentos:

  Explique aos participantes que vão ter a oportunidade de aprender mais

sobre si próprios e sobre cada um dos outros.

  Entregue o documento “penso, sinto, faço” aos participantes e leia-o em voz

alta para o grupo e dê alguns exemplos. Por exemplo: “ uma vez ao ser

criticado, pensei “Não gostam de mim”; “senti-me esmagado e desculpei-me

profusamente, ao mesmo tempo que dizia a toda a gente que aquilo era uma

injustiça. Mas a assertividade mudou-me e agora penso “o que estão a

tentar dizer-me?. “Preocupo-me, por isso escuto e decido se concordo ou

não”.

  Após todos terem preenchido a ficha peça para lerem em voz alta e debata

as respostas.

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Penso, Sinto, Faço

Quando encontro um grupo de pessoas pela primeira vez

  Penso... _____________________________________________________________________________

  Sinto... ______________________________________________________________________________

  Faço... _______________________________________________________________________________

Quando peço a alguém que faça qualquer coisa

  Penso... _____________________________________________________________________________

  Sinto... ______________________________________________________________________________

  Faço... _______________________________________________________________________________

Quando digo “não” a alguém

  Penso... _____________________________________________________________________________

  Sinto... ______________________________________________________________________________

  Faço... _______________________________________________________________________________

Quando alguém me critica

  Penso... _____________________________________________________________________________

  Sinto... ______________________________________________________________________________

  Faço... _______________________________________________________________________________

Quando alguém me elogia

  Penso... _____________________________________________________________________________

  Sinto... ______________________________________________________________________________  Faço... _______________________________________________________________________________

Quando falo a alguém sobre as minhas qualidades (por exemplo: determinação,

entusiasmo, honestidade)

  Penso... _____________________________________________________________________________

  Sinto... ______________________________________________________________________________

  Faço... _______________________________________________________________________________

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Sessão 10: Vida Própria

Objectivos:

  Capacitar as pessoas para pensar e agir assertivamente 

  Ajudá-los a ter um sentimento positivo de si próprios 

Procedimento:

  Explique os objectivos da sessão, questione o grupo sobre o que sabe sobre

os direitos de cada um enquanto pessoas.

  Entregue o documento “os meus direitos como pessoa”, leia em conjunto

com o grupo todos os direitos.

  Peça aos participantes que se juntem aos pares e debatam os direitos que

consideram serem fáceis ou difíceis. Podem ser direitos ligados à sua vida

pessoal e de trabalho, família, amigos, colegas, filhos, estranhos etc.

  Exercício individual: peça aos participantes que assinalem com X os direitos

que atribuem a si próprios, mas negam aos outros. Depois peça que

coloquem XX nos direitos que dão aos outros, mas negam a si próprios.

  Faça um brainstorming anotando o que os impede de assumir esses direitos

e o que podem começar a assumi-los.

  Peça ao grupo que se divida em 2 ou 3 grupos, entregue-lhes folhas A3 e

marcadores. Explique que estes 14 direitos não são exaustivos, que as

pessoas têm direito a mais. Peça a cada grupo para fazer um cartaz de

direitos extra.

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Os meus direitos como pessoa

1.  Tenho direito a ser tratado com respeito, como ser humano igual,

independentemente do modo como são vistos o meu estatuto ou o meu papel

na vida.

2.  Tenho o direito de determinar quais são as minhas necessidades e de pedir o

que preciso.

3.  Tenho o direito de estabelecer os meus próprios limites, olhar pelas minhas

necessidades e dizer “não”. 

4.  Tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões.

5.  Tenho direito de pedir tempo para pensar, antes de concordar, discordar outomar uma decisão.

6.  Tenho o direito de tomar as minhas próprias decisões.

7.  Tenho o direito de reconsiderar e mudar de ideias.

8.  Tenho o direito de dizer “não percebo” e de pedir esclarecimentos ou ajuda. 

9.  Tenho o direito de cometer erros, sem me sentir culpado ou de me fazerem

sentir ridículo.

10. Tenho direito de defender os meus próprios valores.

11. Tenho o direito de ser ouvido enquanto falo.

12. Tenho o direito de recusar responsabilizar-se pelos problemas dos outros, se

for essa a minha opção.

13. Tenho o direito de definir os meus próprios objectivos de vida e lutar pela

realização das minhas expectativas, em alternativa aos objectivos e

expectativas que os outros definam para mim.

14. Tenho o direito de me relacionar com as pessoas, sem ficar dependente da sua

aprovação.

Responsabilidades:  reconheço que além de direitos, tenho responsabilidades; Não

tenho o direito de ultrapassar os direitos dos outros, considero que os outros têm osmesmos direitos que eu. 

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Sessão 11: Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro

Objectivos:

  Aumentar a consciência das nossas atitudes em relação ao dinheiro, e deonde provêm

  Capacitar as pessoas a ser assertivas

  Praticar e aprender competências de assertividade, dinheiro e auto-estima

Procedimentos:

  Explique os objectivos da actividade.

  Associações. Pergunte “o que lhes vem { cabeça quando dizem a palavradinheiro”? Escreva as respostas no quadro.

  Debata o tipo de dificuldades sentidas pelas pessoas em ser assertivas na

relação com o dinheiro.

  Debata o tipo de dificuldades sentidas pelas pessoas assertivas em relação

ao dinheiro

  Entregue o documento “Atitudes não assertivas em relação ao dinheiro” .

Peça para se juntarem aos pares e discutirem o documento.

  Gastar. Informe os participantes que vão analisar como analisar como

gastam o dinheiro, a fim de compreenderem melhor as suas atitudes e como

se valorizam a si próprios:

1.  Peça a cada pessoa que escreva uma lista das coisas onde gasta dinheiro

2.  Peça-lhes que reformulem a lista e distribuam os itens em colunas

intituladas “bem gasto” e “mal gasto”. 

3.  Peça-lhes para se juntarem em grupos de 3 e comparem as suas listas de

bem e mal gasto; cada um avalia o que é isto lhe diz acerca das suas

atitudes e a sua auto-estima, e os outros também lhe dão a sua opinião.

4.  Para finalizar inquira-os sobre o que aprenderam.

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 Atitudes Não Assertivas em Relação ao Dinheiro

Assinale as afirmações que se aplicam a si – são atitudes que o podem impedir de

ser assertivo.1.  Por vezes sou esquecido nas questões de dinheiro

2.  Sinto-me egoísta e mesquinho, quando peço a alguém para contribuir para

a gasolina ou para o lanche

3.  Estou à espera que as pessoas recusem o que peço (honorários, salário ou

aumento)

4.  Como mulher, não espero ganhar tanto como um homem

5.  Como homem, sinto-me na “obrigação” de ter êxito e sinto-me mal se não otiver.

6.  Por vezes sinto-me bastante descontraído em relação ao dinheiro

7.  Sinto-me incomodado em pedir a um colega ou amigo que me devolva o

dinheiro emprestado, especialmente se a quantia é pequena

8.  Sinto-me constrangido por ganhar uma quantidade substancial de dinheiro

9.  Sinto-me envergonhado por ter tão pouco dinheiro

10. Dou prioridade a pagar o que devo em relação a pedir que me paguem oque me devem

11. Evito pressionar quem me deve pagamentos em atraso

12. Acho que não consigo pedir ou concorrer a um emprego com um

vencimento demasiado alto

Que outras atitudes o impedem de ser assertivo?

Que mensagens não assertivas dá a si próprio?

Transforme estas mensagens não assertivas em afirmações que o preparem para

ser mais assertivo.

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Sessão 12: Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro 2

Objectivos:

  Aumentar a consciência das nossas atitudes em relação ao dinheiro, e de

onde provêm

  Capacitar as pessoas a ser assertivas

  Praticar e aprender competências de assertividade, dinheiro e auto-estima

Procedimentos:

  Distribua o documento “Carta de direitos do dinheiro”. Peça que cada um

leia um direito

  Divida-os em grupos de 3, para discutirem o que acham fácil e difícil, e qual

o direito em relação ao qual gostariam mesmo de agir

  Pergunte que direitos gostariam de acrescentar a lista

  Peça a cada pessoa para falar ao grupo de um direito em relação ao qual

gostaria de agir com mais assertividade

  Entregue o “question|rio de assertividade com o dinheiro”. Peça as pessoas

para colocarem um visto nos comportamentos assertivos e uma cruz nos

restantes. Divida os participantes em grupos de 3 para partilharem o que

descobriram

  Peça que cada um descreva uma situação, em que gostaria de fazer ou

recusar assertivamente um pedido de dinheiro

  Distribua o documento “capacidades assertivas com o dinheiro” e explora

as competências

  Divida os participantes em grupos de 3 para a prática ao vivo, lembrando-

lhes que cada um a vez deve ser o executante , interlocutor e observador. Se

um participante não conseguir lembrar-se de uma situação real dê-lhe o

documento “ dinheiro, dinheiro, dinheiro: prontu|rio”.

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Carta de direitos do dinheiro

1.  Tenha o direito de ser tratado com respeito, enquanto ser humano,

independentemente da minha situação financeira.

2.  Tenho o direito de pedir o que eu quero3.  Tenho o direito de dizer Não

4.  Tenho o direito a ter valores meus e a expressá-los

5.  Tenho o direito de ser generoso comigo próprio

6.  Tenho o direito de ser generoso com os outros

7.  Tenho o direito de gastar

8.  Tenho o direito de poupar

9.  Tenho o direito de pedir emprestado10. Tenho o direito de emprestar

11. Tenho o direito de investir

12. Tenho o direito de pedir mais informação

13. Tenho o direito de declinar responsabilidades pelos problemas financeiros dos

outros

14. Tenho o direito de possuir dinheiro

15. Tenho direito de usufruir do dinheiro16. Tenho o direito de me valorizar

E o mesmo para os outros!

Nota: Esta lista não pretende ser uma receita para o egoísmo, mas antes um meio

para o habilitar a fazer opções, declarações e decisões claras. Lembre-se de

equilibrar direitos e responsabilidades, e de se valorizar a si e aos outros.

Que direitos considera fáceis?

Que direitos considera difíceis?

Em que direitos gostaria de investir mais? Como é que isso o pode ajudar a sentir-

se melhor com o dinheiro e a lidar mais assertivamente com as situações que oenvolvem?

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Questionário de Assertividade 

Qual o seu grau de assertividade?

1.  Peço o preço que quero sem me sentir envergonhado ou culpado2.  Recuso os pedidos de forma clara, sem inventar desculpas

3.  Sinto-me à vontade para pedir às pessoas que me paguem o dinheiro que lhes

emprestei

4.  Queixo-me dos bens e serviços insatisfatórios e peço que mos troquem,

devolvam o dinheiro ou me compensem de forma justa

5.  Confronto quem me pede um preço que considero demasiado alto

6.  Lido com as dificuldades à medida que surgem, não deixo assuntos por finalizar7.  Expresso o que sinto acerca do dinheiro

8.  Trato sem demora dos atrasos de pagamento que me dizem respeito

9.  Estou pronto a declinar responsabilidades pelos problemas dos outros e tomo

decisões que equilibram os meus direitos e responsabilidades

10. Não tenho inveja da situação financeira dos outros

O que é que isto lhe revela sobre a sua pessoa?

O que pretende mudar?

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Capacidades Assertivas com o Dinheiro

Planear resultados – decida onde pretende chegar

Vai precisar sempre de voltar a este ponto. Mas pode alterar as suas prioridades.Pode querer um pagamento concreto, mas depois decidir que o melhor é ser um

pouco flexível, para consolidar uma relação de trabalho e só depois tratar dos

honorários. Se não tiver satisfeito com o que aufere, pode acabar a fazer o trabalho

de má vontade resultando em menos qualidade e consequente baixa de auto-

estima. Decida o que é mais importante, se os honorários se outras coisas.

Seja claro e especificoVá directo ao assunto. Seja breve e preciso. Defina o quê e quando. Não prefacie o

seu pedido ou a sua recusa de um pedido com centenas de desculpas.

Exemplos:

  o meu preço é de 650€ por dia e gostaria de ser avisado com 4 semanas de

antecedência em relação ao cancelamento

  pode, por favor, pagar a sua conta até sexta-feira, 11 de Fevereiro?

  por favor, pode devolver-me os 50€ que lhe emprestei a semana passada? 

  Este ano não vou contribuir para o Charity Annual Appel

Mostre empatia - agradeça a resposta

Faça saber à outra pessoa, agradecendo-lhe, que está a escutar e a ponderar o que

diz.

Exemplos:

  A outra pessoa argumenta, dizendo: “Mas eu conheço que faça o trabalho

por muito menos de 650€ 

  Você responde: “entendo que alguns levem menos” 

  A outra pessoa volta a objectar: “receio que esteja tudo bloqueado no

sistema inform|tico” 

  Você responde: “calculo que haja dificuldades de informatização” 

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Disco riscado – Repita a sua afirmação

Neste ponto decida se prefere manter a sua posição ou fazer um compromisso – 

mas esteja atento a ver se quer fazer um compromisso tão cedo ou se está a ceder

por falta de assertividade.

Exemplos:

  .... mas os meus honor|rios são 650€ 

  .... mesmo assim gostaria que me pagasse até 11 e Fevereiro

Compromisso viável

Quando ficar claro que não vai haver acordo, pode tentar chegar a umcompromisso aceitável.

Exemplos:

  Como se trata do nosso 1º projecto conjunto, aceito ser um pouco flexível e

trabalhar os 2 primeiros dias a 500€ por dia. Nos dias seguintes, os

honor|rios serão de 650€ por dia. 

  Se não for possível fazer absolutamente nada em relação ao sistemainformático deste mês, aceito receber um cheque a 22 de Fevereiro.

Gostaria, no entanto, de estabelecer um acordo firme para o próximo mês,

de modo a receber os horários a 11 de Março, o mais tardar.

 Auto-exposição – expresse o que sente

As questões de dinheiro emoções fortes em ambas as partem. Pense em que

situações e com que pessoas é útil exprimir o que sente. Mostrar-se vulnerávelajuda frequentemente em situações pessoais, mas não do mundo.

Exemplo:

  Sinto-me constrangido, mas pode pagar-me os 50€ que lhe emprestei na

semana passada?

  Expressar o embaraço ajuda-o a libertar-se de parte dele, tornando mais

fácil pedir o que quer. A outra pessoa vê que é humano.

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  Também pode exprimir sentimentos (sem ser de vulnerabilidade) noutras

situações

Exemplo:  Começo a ficar bastante irritado e pressionado, pois é a 3ª vez que me pede

para fazer um donativo

 Afirmações positivas

  Diga para si próprio frases positivas, antes de manifestar assertividade: por

exemplo, “ eu tenho o direito a pedir o que quero”. 

  Faça afirmações positivas que mostrem aos outros que dá valor a si próprio:por exemplo: “ Eu presto um serviço de excelente qualidade.” 

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Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro: prontuário

Será que algum destes exemplos o faz lembrar de alguma coisa em que gostaria de

ser mais assertivo? Se não se lembra de nenhuma situação real, desempenhe umdestes papéis, para aprender a ser assertivo.

  Peça ao seu chefe um aumento

  Peça a um colega que lhe pague o dinheiro que lhe emprestou há 3 meses

  Peça numa loja para lhe devolverem o dinheiro que pagou por um artigo emmás condições, em vez lhe de darem uma nota de crédito, como insistem.

  Peça a um amigo, um familiar, no trabalho que lhe emprestem dinheiro para...

  Peça a um colaborador para fazer chamadas pessoais no telefone publico

  Vai ter uma reunião com um possível empregador – peça os honorários e o

salário que pretende

  Peça ao seu chefe que melhore o seu ambiente de trabalho. Os cortes no

orçamento travaram melhorias que esperava no equipamento informático do

seu trabalho, e assim acha que não pode trabalhar com eficiência

  Peça uma compensação por danos que os artigos sofreram no transporte

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Sessão 13: Porque está a pedir?

Objectivos:

  Reconhecer os benefícios de ser assertivo, através da recordação de

experiencias pessoais

  Criar empatia e confiança no grupo

  Reconhecer os obstáculos a fazer pedidos com assertividade

  Treinar a prática em situações reais e apreciar os seus benefícios

  Aprender e aplicar as técnicas de comunicação assertiva, na situação de

fazer um pedido

Procedimentos:

  Explique a finalidade do exercício

  Peça ao grupo para formar pares e trabalhar com alguém com que se sintam

à vontade a partilhar experiências. Peça que partilhem: a) um pedido que

gostavam de ter feito assertivamente e porquê; b) um pedido que tiveram

prazer de fazer de forma frontal e porquê.

  Peça aos participantes que escrevam um pedido que gostariam de fazer

assertivamente, algo concreto e não demasiado emocional, por exemplo:

“Quero que o meu chefe fale mais devagar quando me d| instruções”;

“ Quero pedir a um colega que me ligue antes de vir ao meu gabinete para

conversar”. 

  De seguida cada um deve ler o seu pedido não podendo acrescentar

informação adicional.

  Distribua o documento “ Técnicas assertivas a fazer pedidos” e verifique se

as regras foram utilizadas no exercício anterior.

  Informe os participantes que vão praticar situações reais descritas no

documento: “ Fazer pedidos: ficha prontu|rio”. 

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Técnicas Assertivas a fazer pedidos

1.  Planear o resultado

Decida qual é o resultado que pretende. Se você próprio não sabe o que quer,ninguém mais o saberá, por mais eloquente que você seja.

2.  Ser claro e especifico

Decida qual o pedido mais eficaz para obter o resultado. Vá directo ao assunto.

Não se ponha com justificações nem desculpas. Seja concreto: “posso receber

este relatório por volta das quatro?” E não: “Veja se se despacha!” 

3.  Mostrar empatiaMostre que escutou a resposta e apreciou o ponto de vista expresso, mesmo

que tenha de manter o pedido. “Vejo que est| sob grande pressão, mas...” 

4.  Disco riscado

Repita o seu pedido para garantir que o ouvem e mostrar que fala a sério.

“...mas gostaria que desse prioridade ao relatório e o terminasse até {s 4h.

5.  Ser Educado

Quando o interlocutor concorda, mostre o seu apreço e agradeça.

6.   Auto-exposição

Se sentir dificuldade em fazer o seu pedido, identifique primeiro o sentimento

que o está a impedir e exprima-o. Por exemplo: “sinto-me incomodado em falar

nisto, mas gostaria de receber os 20€ que lhe emprestei na semana passada”.

Isso ajuda-o a fazer o pedido e o seu interlocutor vê que você é humano.Assegure-se que usa afirmações “EU” para se abrir. Diga “Eu sinto” e não “Você

fez-me sentir”. 

7.  Compromisso viável

Se a outra pessoa resiste a concordar com o seu pedido, procure um

compromisso aceit|vel para ambos. Por exemplo, “sugiro que deixe para

amanhã o documento em que está a trabalhar. Concentre-se no relatório de

hoje”. 

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Fazer pedidos: ficha prontuário

Quero pedir:

1.  mais apoio administrativo ao meu chefe

2.  a um colega que me pague o dinheiro que me pediu emprestado há 2 meses

e que parece ter-se esquecido

3.  mais tempo para acabar um projecto

4.  à minha secretaria para arrumar a mesa e guardar os papeis diariamente,

antes de sair do trabalho

5.  a um colaborador para assistir ocasionalmente a reuniões fora do horário

de trabalho (noites e fins de semana), quando estou ausente.

6.  ao meu supervisor para me transferir para outro departamento

7.  ao meu patrão que me sejam dadas maiores responsabilidades

8.  a um colega, para me ajudar a terminar um projecto, embora saiba que ela

também está sobrecarregada

9.  a um colega para fumar fora do gabinete

10. a um colega para atender o meu telefone, quando momentaneamente saio

do gabinete.

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Sessão 14: Não, Não, Não!

Objectivos:

  Fazer os participantes ouvirem o som da sua voz dizer “não” 

  Vivenciar os efeitos de dizer e de ouvir “não”, de forma assertiva e não-

assertiva

  Mostrar aos participantes que as escolhas que fazem afectam os níveis de

stress

  Praticar competências assertivas em situações em que desejam sentir-se

menos pressionados.

Procedimentos:

  Explique sumariamente os objectivos e procedimentos do exercício

  Peça ao grupo para se sentar em circulo. Peça a cada participante para se

virar para o colega { sua esquerda e dizer “não”, usando um

comportamento passivo verbal e não verbal.

  Faça ver aos participantes que algumas das suas escolhas e decisões

afectam o seu nível de stress.

  Distribua o documento “Bloqueadores e factores de stress”. Peça aos

participantes que se dividam em grupos de 3. Pergunte-lhes o que

consideram fácil e difícil na questão dos direitos.

  Distribua o documento “Situações Stressantes”. Peça aos participantes para

tomarem notas na sua ficha de trabalho, segue-se a discussão em grupo.

  Peça aos participantes que indiquem uma situação em que gostariam de

dizer “não”, pedir tempo ou mudar de ideias: ter| que ser um

acontecimento em que estejam à vontade perante o grupo. Se necessário

distribua o documento “Dizer não: prontu|rio”.

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Bloqueadores e factores de stress

Factores de stress

A incapacidade de dizer “Não” de pedir tempo para pensar ou de mudar de ideias

pode criar um stress evitável. Você acaba por fazer aquilo que não quer e censurar-

se a si próprio de ter sido tolo ao ponto de se deixar envolver num problema. Fica

ansioso e preocupado com pensamentos do género: “ Como vou sair disto?” Pode

ficar deprimido quando perceber que supriu as necessidades de outrem em

detrimento das suas. O resultado é a diminuição da auto-estima. Pode até inventar

uma dor de cabeça para evitar dizer que sim ao último momento; e às vezes essadoença inventada torna-se realidade.

Travões do stress

Direitos:

1.  Tenho o direito de definir os meus próprios limites, atender às minhasnecessidades e dizer “Não”.

2.  Tenho o direito de pedir tempo para pensar, antes de dizer se concordo ou

discordo de uma decisão.

3.  Tenho o direito de reconsiderar e mudar de ideias.

Técnicas:

  Diga “Não”   Peça tempo para pensar melhor no assunto

  Mude de ideias

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Situações stressantes

Dizer “NÃO” 

No trabalho:

Pense numa situação de trabalho em que você esteja a aumentar o seu stress e a

sua pressão, por responder “Sim”, quando realmente quer dizer “Não” 

  Porque razão disse “Sim”?

  Quais são os benefícios de dizer “Não”? 

Na vida pessoal:

Pense numa situação da sua vida pessoal, em que aumente o seu stress, por dizer

“Sim”, quando gostaria de dizer “Não”. 

  Por que razão diz “Sim”? 

  Quais são os benefícios de dizer “Não”? 

Pedir tempo para pensar

  Em que situações pode reduzir o stress e retirar benefícios de pedir tempopara pensar?

Mudar de ideias

Pense numa situação anterior em que podia ter beneficiado se tivesse mudado de

ideias

  Existe actualmente alguma situação em que poderia beneficiar com isso?

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Dizer “Não”: Prontuário 

Quero dizer “Não”: 

  quando o meu chefe me pedir para ficar até mais tarde

  a um colaborador que me está sempre a pedir para sair mais cedo, por

problemas familiares. Gostaria de dizer “ 

  a um colaborador que quer que a empresa lhe pague um curso que não traz

vantagens directas para o seu trabalho

  quando um assistente me devolve, para eu concluir, trabalhos que eu lhe

deleguei

  a ter fazer café para os outros colegas do departamento, só por ser mais

jovem

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Sessão 15: Informação sensível

Como colocar limites naquilo que diz

Objectivos:

  Mostrar ao grupo as componentes da linguagem corporal

  Identificar as características assertivas e não assertivas da linguagem

corporal

  Entender e vivenciar o efeito da linguagem corporal: na forma como as

pessoas se relacionam umas com as outras; como os indivíduos se sentem

consigo próprios

Procedimentos:

  Comece por esclarecer o que é a linguagem corporal; mostrar que a

linguagem corporal se expressa em 3 tipos diferentes de comportamento:

passivo, agressivo e assertivo; experienciar, através de um exercício de

movimento capacitador, a relação entre linguagem corporal e atitude

mental.  Recorra ao brainstorming para listar com o grupo os elementos da

linguagem corporal. Entregue o documento “Elementos da linguagem

corporal” 

  Divida os participantes em 3 grupos. Cada grupo assume um tipo de

comportamento diferente: passivo, agressivo ou assertivo – e transcreve as

suas ideias para o quadro: a linguagem corporal que associam aos

comportamento; como se sentem, ao serem receptores desse tipo delinguagem corporal. Entregue o documento “Linguagem corporal assertiva” 

  Peça aos participantes que se mantenham de pé e utilizem todo o espaço da

sala. Diga-lhes que vão demonstrar e experimentar os 3 tipos de linguagem

corporal.

1.  Peça que circulem na sala passivamente e saúdem aqueles por quem

passam. Pode ser tímidos, envergonhados, sem poder, evitarem o

contacto visual.

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2.  Peça que circulem agressivamente pela sala, adoptando uma postura

agressiva, passada larga, uso do espaço, olhar fixante, e saúdem todos

por quem passam.

3.  Peça que circulem assertivamente pela sala, adoptando uma posturacorporal correcta, contacto visual e distancia adequada, gestos e rosto

desanuviado, saudando todos por quem passam.

  Em grupo debata: as relações negativas criativas entre indivíduos, durante

os contactos passivo e agressivo; a relação positiva criada pelo

comportamento assertivo; os efeitos negativos da linguagem corporal não

assertiva sobre a auto-estima e o efeito positivo da linguagem corporal

assertiva sobre o modo como se sentem em relação a si próprios e ao seunível de confiança durante o exercício.

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Elementos da linguagem corporal

A linguagem corporal implica dar sinais sobre sentimentos e conteúdo; é como

o corpo se exprimir independentemente das palavras. Pode indicar raiva,medo, nervosismo, dor, amor, alegria. Pode dizer “respeito-o e desejo conhece-

lo”; ou afaste-se de mim; A linguagem corporal assertiva reforça a mensagem

das palavras; a linguagem corporal não assertiva torna a mensagem confusa. A

linguagem corporal assertiva é adequada à mensagem. Por exemplo, um

jornalista está com ar sério ao descrever um desastre natural. Um rosto

sorridente poderia confundir os espectadores e até ser ofensivo.

 A linguagem corporal inclui:

Acessórios Ritmo

Respiração Espaço pessoal

Vestuário Contacto físico

Cosméticos Postura

Contacto visual Odor

Expressão visual Óculos/lentes de contactoGestos Tatuagens

Corte de cabelo O carro que conduz

Aperto de mão O Jornal que traz

Tiques nervosos Voz/padrão de fala

O corpo envia mensagens poderosas. O impacto de uma mensagem resulta

aproximadamente de 20% conteúdo verbal, 25% dimensão vocal e 55%

impressão visual.

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Linguagem corporal e assertiva

Respiração:

Constante. Se estiver nervoso como uma situação relaxe, através de exercícios derespiração profunda, inspirando pelo nariz, contanto até 5 e expirando pela boca,

contando igualmente até 5. Isso ajuda a baixar o ritmo respiratório e pode baixar

também o seu nível de ansiedade.

Vestuário e acessórios:

Confortável, adaptado ao clima, ao ambiente e à ocasião. É o reflexo da sua pessoa

e respeita ao mesmo tempo as pessoas com quem está.

Contacto visual:

Directo, sem ser fixo nem duro. Olhe para fora, para os outros, não olhe só para

dentro de si. O contacto visual ajuda-o a ouvir e a concentrar-se e os outros

sentem-se escutados e valorizados.

Expressão facial:Adequada às palavras e aos sentimentos. Se estiver irritado, pareça-o , não sorria.

se estiver contente, sorria. Relaxe a boca e o maxilar.

Gestos:

Expressivos, mas não distractivos. Abertos. Não se agarre a hábitos distractivos,

como roer as unhas, tamborilar na mesa, ou pôr a mão a frente da boca.

Espaço pessoal:

Inclui distância e altura. Adequado à situação e ao grau de familiaridade. Distância

confortável. Respeite o espaço da outra pessoa. Se se sentir em desvantagem pela

altura da outra pessoa, surgira que ambos se sentem para falar.

Postura:

Direita mas não rígida, tanto de pé como sentado. Quando sentado, não tenha aspernas cruzadas

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Voz e padrão da fala:

Firme, fluente. A um bom nível, para que possa ser ouvido, sem ser intrusivo. Faça

silêncios apropriados; não preencha os vazios ou ganhe tempo para pensar, pelo

recurso a bordões como “realmente”, “bem”, “certo”. Fale a ritmo firme, sem acelerações, desacelerações ou hesitações bruscas.

Sumário:

A linguagem corporal assertiva é uma linguagem corporal adequada; confirma e

reforça o que diz, em vez de tornar a mensagem confusa, por um tom de voz ou

expressão facial inadequada. É reforço, não distracção. Pode mesmo dar-lhe poder

criando um senso íntimo de auto-estima, que por seu lado o ajuda a comportar-seassertivamente.

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Sessão 16: Olhos nos olhos

Contacto visual/gestos e expressões

Objectivos:

  Ajudar os participantes a serem proactivos na compreensão das pessoas

que contactam pela primeira vez 

  Assegurar que os participantes avaliam a importância do contacto visual, ao

relacionarem-se com os outros 

  Aumentar a consciência dos participantes em relação às mensagens não

verbais que enviam 

Procedimentos:

  Refira a importância do contacto visual; 

  Peça para imaginarem que chegam a uma recepção, onde não conhecem

ninguém. Ai tomam uma atitude proactiva, o papel de iniciar o contacto

visual com diversas pessoas. Não vão ter tempo de contactar toda a gente

até ao final da actividade. Peça que se mantenham de pé, captem o olhar dealguém e avancem para se apresentarem e tentarem saber mais sobre a

pessoa ou pessoas com quem falam. Podem falar com uma ou mais pessoas

ao mesmo tempo. Após uns minutos, peça-lhes que se dirijam a outra

pessoa.

  Realize um brainstorming para saber como se sentiram durante o contacto

visual.

  Pergunte quem já viu televisão com o som desligado e o que aprenderam

sobre isso.

  Visualização de um filme de Charlot e discussão das emoções/expressões

faciais visualizadas.

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Sessão 17: O Vestuário Fala

Parada da moda

Objectivos:

  Melhorar a compreensão dos participantes acerca das muitas mensagens

que emitem com o vestuário que escolhem 

  Dar aos participantes, individualmente, retorno sobre o modo como se

apresentam, quer no seu aspecto geral quer no seu modo de vestir 

Procedimentos:

  O que se pode aprender sobre alguém através das suas roupas? Entregue o

documento “O vestu|rio fala” 

  Peça aos participantes que escrevam o motivo que os levou a escolher as

roupas que vestem nesse dia

  Peça aos participantes que coloquem as cadeiras em 2 filas, uma diante da

outra, com um espaço amplo no meio como se fosse uma passerelle. Diga-

lhes que têm a oportunidade de receber dos outros um retorno sincero

acerca da impressão que causam com a roupa que escolheram e o modo

como a vestem.

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O vestuário fala

Qual a razão para as escolhas das pessoas acerca do que vestem?

Impressionar Exprimir crença religiosa

Atrair as atenções Mostra confiança

Evitar as atenções Exprimir valores

Mostrar estatuto Reflectir a idade

Indicar a posição financeira Disfarçar a idade

Dignidade Mostrar a personalidade

Sentir-se agasalhado Parecer bemMostrar autoridade Sentir-se bem

Parecer poderoso Mostrar experiência

Para dizer “afaste-se” Parecer inexperiente

Rebeldia Modéstia

Exprimir identidade nacional/étnica Indicar o estado civil

Esconder algo Conformismo

Não ser visto Sentir-se confortávelIndicar a posição politica Parecer vítima

Ter um ar deprimido Indicar a classe

Ter um ar divertido Parecer amigável/ hostil

Sumário

Escolhemos estes 3 níveis:

  necessidades prática (ditadas pela sociedade, clima, meio ambiente)

  escolha consciente

  escolha inconsciente

Exemplo: faz escolhas consciente de usar cores que o fazem passar despercebido?

ou coloca-as sem pensar que será por essa razão? ou é simplesmente por uma

questão de conforto?

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Sessão 18: Um bom conselho

Os benefícios da crítica

Objectivos:

  Pôr em relevo os benefícios da critica e reconhecer o valor de uma critica

construtiva

  Dissipar os medos de receber críticas

  Levar os participantes a aceitar o que é positivo e negativo deles próprios

  Mostrar que, independentemente do muito ou pouco que cada um pense ter

concretizado, toda a gente tem aspectos positivos e negativos e que ambasas coisas são aceites

Procedimentos:

  Explique os objectivos da sessão

  Faça os participantes falar e procurar alternativas a palavra “crítica”,

consideradas por eles positivas e aceitáveis.

  Peça aos participantes para referirem uma situação passada em que lhes

agradou terem recebido uma critica

  Divida-os em grupos de 3; Peça-lhes para se lembrarem de ocasiões em que

ficaram contentes com as criticas recebidas, devido aos benefícios que daí

resultaram. Entregue o documento “Um bom concelho: ficha de trabalho” 

  Explique: que vai realizar com os participantes um exercício que os ajuda a

expressar abertamente o que há de positivo e negativo neles, utilizando as

técnicas assertivas da auto-afirmação e de assertividade negativa, assim

como afirmações “EU”; que a auto-afirmação é declarar algo de positivo

acerca de si próprio, e a afirmação negativa é algo de negativo sobre si;

  Peça-lhes para se virarem para a pessoa à sua esquerda quando tiverem

feito a sua declaração, para lhe indicar que é a vez dela. Circule no sentido

dos ponteiros do relógio

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

57

  Diga “vamos começar com a auto-afirmação”. Auto-afirme-se, por exemplo,

com “Eu sou bem divertido”. Vire-se para a pessoa a sua esquerda e vai

correndo todo o grupo

  Diga “vamos afirmar algo negativo”. Por exemplo, “Não sou l| muitopaciente”... 

  Repita a auto-afirmação, mas com exemplos diferentes – “Sou um formador

criativo”- e continue até ao fim do grupo.

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

58

Um bom concelho: Ficha de trabalho

Relembre e anote situações passadas em que ficou contente com uma critica

recebida, mesmo que no momento isso não lhe tenha agradado.

Descreva a situação:

Pensamentos/sentimentos, na ocasião: Pensamentos/sentimentos agora:

Descreva a situação:

Pensamentos/sentimentos, na ocasião: Pensamentos/sentimentos agora:

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Sessão 19: O crítico Corajoso

 A arte da crítica

Objectivos:

  Clarificar o significado de crítica, que é diferente de desvalorização

  Desenvolver a consciência do comportamento actual 

  Treinar competências assertivas 

Procedimentos:

  Questione o grupo se consegue distinguir o significado de crítica do dedesvalorização. Mostre o documento “Critica ou desvalorização?”. 

  Mostre o documento “Obstáculos à crítica Construtiva” e discuta-o com o

grupo. 

  Divida os participantes em grupos de 4. Dê a cada grupo uma folha de

papel-cenário e um marcador. Peça-lhes que façam um brainstorming e

discutirem: os obstáculos a fazer críticas; os benefícios da crítica.

  Entregue o documento “O crítico corajoso: auto-avaliação”. Explique que

ele enumera as principais competências assertivas, cuja aprendizagem os

habilitará a fazer críticas mais espontâneas, frontais e honestas. 

  Peça-lhes para trabalharem em pares, a fim de preencherem o questionário

e debaterem e avaliarem o seu comportamento actual.

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

60

Crítica ou Desvalorização?

  A crítica é concreta, incide sobre um aspecto do comportamento 

  Quando a crítica é construtiva pode resolver o problema e melhorar a relação 

  Ao contrário, a desvalorização tem o propósito de ferir e provocar raiva, baixa

auto-estima e conflito 

  Exemplo de crítica: “estou preocupado com o número de erros neste relatório.

Por favor, reveja os relatórios com mais cuidado daqui por diante. Calculo que

seja difícil verificar por si mesmo tanto material; sugiro que peça a alguém do

departamento que o ajude nisso.” 

  Exemplo de desvalorização: “Que salgalhada impossível você fez disto!”

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Obstáculos à critica construtiva

A ansiedade ao fazer críticas e a falta de conhecimento das técnicas assertivas

geram comportamento não assertivo.

A experiência negativa de receber uma crítica (reactividade) levanta obstáculos ao

modo de fazer críticas (proactividade). Os chefes, por exemplo, podem expressar o

comportamento não assertivo das seguintes formas:

  Coloca-se na pele do receptor, pressupõe a dor e a rejeição que ele vai sentir

ao receber a critica e acaba por evitar completamente a questão (chefe

passivo)

  Não tem coragem para falar frontalmente com a pessoa, e em vez disso fala

com um colega (seu e dela), na esperança que as suas palavras cheguem

indirectamente ao destinatário, através de rumores (chefe agressivo

indirecto)

  A inabilidade para enfrentar os sentimentos difíceis associados à emissão

de críticas pode levá-lo a esconder tanta coisa debaixo do tapete que você

pode explodir violentamente – de forma imprópria, inesperada e ofensiva

(chefe agressivo)

Comportamento assertivo – fazer critica construtiva exige coragem e

conhecimento de técnicas assertivas.

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O crítico corajoso: auto-avaliação

Debata com o seu parceiro do grupo de pares os itens da auto-avaliação que se referem ao

seu modo passado e presente de fazer críticas. Ao debater cada ponto coloque um visto em

verdadeiro ou uma cruz se for falso, de acordo com uma avaliação honesta do seucomportamento.

Verdadeiro Falso

1. Reconheço que tenho o direito de criticar

2. Pondero com cuidado o que pretendo alcançar quando faço

uma critica

3. Escolho o momento e lugar apropriados

4. Pondero de antemão os benefícios que podem advir da critica

5. Antes de fazer uma crítica, asseguro-me que as minhas

emoções estão sob controlo

6. Não censuro (ex: Você é...); uso o “Eu” assertivo (ex: sinto-me

aborrecido quando você chega tarde)

7. Sou concreto nas críticas que faço e peço para mudarem o

comportamento (Ex: as actas são demasiado extensas. Por favor

registe apenas as decisões e não a decisão todas)8. Descrevo os efeitos nocivos do seu comportamento actual

9. Descrevo os benefícios resultantes de mudar esse

comportamento

10. Escuto com atenção o que me dizem e confirmo o que ouvi

11. Considero a critica essencial para uma boa gestão/

execução do meu trabalho

12. Agradeço à pessoa, quando se propõe mudar13. Tenho apreço pelos colegas e digo o que fizeram o que

fizeram me agradou

14. Sou leal – elogio os pontos fortes e critico as falhas

15. O meu objectivo é encontrar soluções para os problemas.

Faço perguntas como: “o que sugere para resolvermos isso?” 

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Modulo III: Gestão da medicação

Sessão 20: Lidar com Sintomas Residuais PersistentesObjectivos:

  Aprender a reconhecer os sintomas persistentes

  Aprender a procurar assistência de um profissional de saúde para

diferenciar entre sinais de alerta, sintomas persistentes, efeitos secundários

da medicação e alterações de humor

  Aprender como utilizar técnicas específicas para uma gestão adequada dos

sinais persistentes

  Aprender a monitorizar os sintomas persistentes diariamente

 

Procedimentos:

  É importante que os utentes que tem sintomas persistentes compreendam

que estes sintomas podem variar de indivíduo para indivíduo.

  Relembrar que os sintomas persistentes são sintomas da patologia que são

experienciados de forma constante. Os mais comuns são as alucinações

auditivas, sentimento depressivo ou ansiedade.

  Poderá ter estes sintomas durante meses ou mesmo anos, mas podem

desaparecer em horas ou mesmo dias. Quando os sintomas persistentes são

severos, poderão faze-lo sentir-se muito mal e interferir com a sua vida.

Poderá ser difícil para si trabalhar, na concentração, para ter actividades de

leitura e relacionar-se com outras pessoas.

  Mesmo que você faça tudo o que deve fazer, como tomar a medicação

regularmente, monitorizar os sinais de recaída e não beber álcool nem

drogas, poderá na mesma ter os sintomas. Nem todos os utentes tem

sintomas persistentes, no entanto com as recaídas aumenta a possibilidade

de eles aparecerem.

  A boa notícia é que os piores sintomas persistentes vão desaparecendo, com

o tratamento.

  Pedir ao grupo para partilhar as suas experiencias; Realização do exercício

“Severidade dos Sintomas Persistentes e Técnicas de Coping;

  Posteriromente devem ser apresentadas possíveis estratégias.

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Potenciais Sintomas Persistentes 

Sintomas Exemplos

Alucinações Auditivas Vozes e sons e que as outras

pessoas não ouvem

Outras experiências alucinatórias Ver coisas que os outros não vêem

Delírios Maus pressentimentos e sensações,

crenças pouco usuais, paranóia ou

superstições

Depressão Mau humor, tristeza e infelicidade

Ansiedade Nervosismo, medo ou apreensão

extrema

Sugestões de Técnicas para Lidar com os Sintomas Persistentes

 Alucinações

 Auditivas

(vozes, sons ou

nomes

idiossincráticos)

Cantar; Fazer uma sesta

Dizer as vozes para irem embora,

Pensar que elas param

Falar com os amigos

Ver um filme, ler um livro; Jornal ou revista

Encostar-se e relaxarDebater as vozes

Ouvir rádio, realizar exercício físico

Ver televisão; Realizar o seu hobby preferido

Outras

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Outras

experiências

alucinatórias

(visões)

Realizar o seu hobby preferido

Encostar-se e relaxar

Pensar que elas param

Ver televisão; Ler um livroRevista ou jornal

Realizar exercício físico

Falar com amigos

Ouvir rádio; Ver um filme

Delírios

(maus

pensamentos esentimentos,

crenças estranhas,

paranóia ou

superstições)

Falar com os amigos

Ver um filme, ler um livro; Jornal ou revista;

Ouvir rádio; Ver televisãoEncostar-se e relaxar

Debater as vozes

Pensar que elas param

Realizar exercício físico

Realizar o seu hobby preferido

Depressão

(Mau humor,tristeza e

infelicidade)

Falar com os amigos

Ver um filme, ler um livro ; Jornal ou revistaEncostar-se e relaxar

Debater as vozes

Ouvir rádio; Ver televisão

Realizar exercício físico

Realizar o seu hobby preferido

 Ansiedade

(medo, nervosismoe apreensão

extrema)

Falar com os amigos

Ver um filme; Ler um livro; Jornal ou revistaEncostar-se e relaxar

Debater as vozes

Ouvir rádio; Ver televisão

Realizar exercício físico

Ralizar o seu hobby preferido

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Severidade dos Sintomas Persistentes e Técnicas de Coping

O terapeuta irá ajudar-te:

  Escrever os seus sintomas persistentes à esquerda  Definir a severidade desse sintoma e escrever a sua definição à direita

  Escolher técnicas para ajudar a lidar com esses sintomas

Sintomas Persistentes Severidade Técnicas de Coping

1. Severo:

Moderado:

Leve:

2. Severo:

Moderado:

Leve:

3. Severo:

Moderado:

Leve:

4. Severo:

Moderado:

Leve:

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Sessão 21: Lidar com Sintomas Residuais Persistentes 2

Objectivos:  Aprender a reconhecer os sintomas persistentes

  Aprender a procurar assistência de um profissional de saúde paradiferenciar entre sinais de alerta, sintomas persistentes, efeitos secundários

da medicação e alterações de humor

  Aprender como utilizar técnicas específicas para uma gestão adequada dos

sinais persistentes

  Aprender a monitorizar os sintomas persistentes diariamente

Procedimentos:

  Neste exercício, os utentes pensarão em recursos que necessitam para

implementar as técnicas para lidar com sintomas persistentes, bem como de

que forma é que se pode obter esses recursos.

  Iniciamos a sessão por fazer revisão das técnicas de coping apresentadas na

sessão anterior; de seguida elabora-se uma listagem conjunta das técnicas

seleccionadas pelo grupo e questiona-se sobre que recursos são necessários

para a utilização das mesmas.

  Posteriormente os participantes realizam um exercício em que avaliam as

vantagens e desvantagens de diferentes recursos. Ver documento

“Vantagens e desvantagens de recursos”. 

  Cada utente irá realizar um roleplay onde será o especialista sobre

Sintomas Persistentes, e irá ajudar o terapeuta a lidar com eles.

Certificando-se de que a técnica que irá dizer é relevante. Ver documento

“Guião de Roleplay 1” 

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Vantagens e desvantagens de recursos

Recursos/Como obter Vantagens Desvantagens

Começar um livro1. Vai à biblioteca

2. Ler um livro que

 já tenha

3. Algum livro

emprestado

Escolher um local paraler

1. Biblioteca

2. Quarto

3. No parque

Como ir à biblioteca

1. Andar a pé2. Autocarro

3. Carro

Cartão da biblioteca

1. Adquirir um na

biblioteca

2. Usar o seu (casotenha)

3. Pedir emprestado

Outros

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“Guião de Roleplay 1” 

Perguntas Respostas

Olá (utente), eu preciso falar contigo.Eu tenho vindo a experienciar (usar

um dos sintomas persistentes do

utente) frequentemente.

Esse sintoma tem incomodá-lo muito?

Sim. Disturba-me e perturba a minha

vida. O que vai fazer a meu respeito?

Esses sons são um sintoma

persistente.

O que é um sintoma persistente? É um sintoma da sua patologia que se

mantém frequentemente ao longo dotempo.

Eu tomo a minha medicação

frequentemente. Porque ainda tenho

sintomas persistentes?

Bem, a medicação ajuda nos seus

sintomas, mas não nos sintomas

persistentes. Isto acontece por vezes.

Mas o que posso fazer então?

Sinto-me bastante mal.

Pode usar técnicas que o ajudem a

lidar com eles.

Como é que encontro as técnicas quefuncionam comigo?

Tem aqui uma lista com algumassugestões de técnicas (Sugestões de

Técnicas para Lidar com Sintomas

Persistentes).

Quais as técnicas que pensa que

resultariam melhor em mim?

(propor ao utente que recomende

técnicas de coping)

Tenho a certeza que não me vou

sentir tão mal e vou aprender a lidar

com os meus sintomas persistentes.

Gostei muito da sua ajuda. Obrigado.

É sempre bem-vindo.

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Sessão 22: Lidar com Sintomas Residuais Persistentes 3

Objectivos:  Aprender a reconhecer os sintomas persistentes

  Aprender a procurar assistência de um profissional de saúde paradiferenciar entre sinais de alerta, sintomas persistentes, efeitos secundários

da medicação e alterações de humor

  Aprender como utilizar técnicas específicas para uma gestão adequada dos

sinais persistentes

  Aprender a monitorizar os sintomas persistentes diariamente

Procedimentos:

  Novamente, o grupo terá de completar duas resoluções de problemas;

utilizar uma apresentada no manual, desenvolver uma, ou seleccionar

situações de uma lista providenciada nos exercícios.

  Relembrar aos utentes, que eles encontraram obstáculos quando tentarem

colocar em prática aquilo que aprenderam, uma vez que podem ser

trabalhadas apenas algumas situações. Ver documento “Exercício 1” e

“Exercício 2” 

  Preenchimento da ficha “Grelha de Monitorização dos Sintomas

Persistentes”. Esta ficha serve para o utente monitorizar os seus sintomas

diariamente, de modo a perceber como é que as técnicas de coping que

seleccionou estão a resultar consigo. O utente deverá preenchê-la durante

uma semana.

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Exercício 1

Vamos imaginar a seguinte situação: Vão ao seu médico de família, mas ele não

está lá, desta forma irá ter a consulta com um médico que nunca viu. Quando

descreve os seus sintomas persistentes, os quais não se modificaram desde a suaúltima visita ao médico. Este quer aumentar a sua medicação. Irá sentir-se

preocupado, porque no passado quando a sua medicação foi aumentada, esta não

ajudou e causou sérios efeitos secundários. O que faria?

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Exercício 2

Alternativas  Concretizável?  Resolve o

Problema? 

Vantagens /

Desvantagens O que é que o médico

disse para fazer?

Suponha que: Não quer

passar pelos efeitos

secundários.

Dizer ao médico que irá

aumentar a dose mas narealidade irá mantê-la.

Suponha que: Os novos

comprimidos

são diferentes dos

anteriores, e não sabe

quanto há-de tomar.

Explicar ao médico que o

aumento da medicação

provoca graves efeitos

secundários

Suponha que: O médico

dirá que o aumento

da medicação é o melhor

para ele.

Outras

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Folha de monitorização dos Sintomas Persistentes

1. Escolha quatro sinais de alerta que pretende monitorizar e escreva-os nas tabelas abaixo representadas, no espaço indicado.

2. Todos os dias, atribua um grau de severidade para cada sintoma.

1. Sintoma Persistente:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Severo

Moderado

Leve

Ausente

2. Sintoma Presistente:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Severo

Moderado

Leve

Ausente

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Sessão 23: Obter informação relativamente à medicação 1

Objectivos:

  Aprender a razão de tomar anti-psicóticos e em manter a medicação prescrita

após a alta hospitalar

  Obter conhecimento sobre o funcionamento das medicações

  Aprender os benefícios da medicação em regime de manutenção - alívio e

prevenção dos sintomas da psicose

  Promover uma mudança de atitude perante a medicação, tornando-a favorável

  Compreender a necessidade de manter a medicação por um período de tempo

indefinido

Procedimentos:

  O terapeuta deverá explicar ao grupo que a medicação antipsicótica proporciona

dois grandes benefícios: reduzir ou eliminar os sintomas de doença psiquiátrica,

anteriormente abordados neste programa, e prevenir a manifestação destes.

Deverá enfatizar ainda a necessidade da medicação para prevenir e retardar as

recaídas, promovendo a manutenção do bem-estar, após a alta hospitalar. Verdocumento “benefícios da toma de medicação”. 

  Realização de um roleplay e posterior discussão do mesmo. Ver “roleplay gestão da

medicação” . 

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Benefícios da Toma de Medicação

Alguns benefícios resultantes da ingestão correcta da medicação (tipo e dose) são:

1. Elimina vozes, visões e monólogos.

2. Reduz as ideias e crenças falsas que não são partilhadas pelos outros.

3. Diminui a tensão, agitação – tornando-no mais calmo e relaxado.

4. Ajuda-o a pensar com mais clareza e concentração; diminui os pensamentos estranhos,

hostis e agressivos.

5. Reduz medos, confusão e insónias.

6. Ajuda-o a falar coerentemente e melhora a sua auto-expressão – os outros irão

compreendê-lo melhor.

7. Fazem com que se sinta feliz e saudável.

8. Ajuda-o a agir adequadamente – perda do desejo de rir, chorar e sorrir sem razão.

9. Previne ou atrasa as recaídas e a necessidade de re-hospitalização.

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Roleplay - gestão da medicação

Pergunta Resposta do Utente

1. Obrigado por disponibilizar este tempo para mefalar acerca da minha medicação… Eu tenho uma

série de questões que gostaria que me respondesse.

Pode dizer-me porque tenho eu de tomar

medicamentos, agora que me sinto bem?

Os medicamentos não curam a doença mental;eles devem ser tomados regularmente para que

permaneça bem, ajudando a prevenir as

recaídas e as rehospitalizações.

2. Porque tenho de tomar mais que um tipo de

medicamentos?

Cada medicação tem um objectivo específico;

por vezes, a combinação é necessária para que

permaneça bem e para controlar os efeitos

secundários.

3. Estes medicamentos são perigosos ou aditivos?

(Se o utente responder não sem justificar,

pergunte-lhe Como saberei se uma droga é

aditiva?)

Não, não são aditivas (afastamento de sintomas

como a náusea, vómito, cefaleias, aperto no

estômago, sudação, e dor poderá estar

presente).

4. Estes medicamentos provocam o aumento de

peso?

Não, contudo a medicação pode estimular o

apetite, por isso deve realizar exercício e ter em

atenção a sua dieta.5. O que acontecerá se eu ingerir álcool enquanto

tomo estes medicamentos?

Pode aumentar os efeitos secundários, ou pode

ocorrer um retorno dos seus sintomas, ou

mesmo uma recaída.

6. Pode dizer-me alguns benefícios de tomar a

medicação? (Se necessário, incentive ao perguntar:

Pode pensar em mais benefícios? Caso o utente

efectue uma pausa, pergunte: O que fazem esses

medicamentos? De que modo eles me fazem sentir

melhor? O que muda depois de eu começar a tomar

a minha medicação?)

Elimina vozes, visões e monólogos.

Reduz crenças falsas que não são partilhadas

pelos outros.

Diminuem a tensão, agitação – tornam-no mais

calmo e relaxado.

Ajuda-o a pensar com mais clareza e

concentração; diminui os pensamentos

estranhos, hostis e agressivos. Reduz medos,

confusão e insónias.Ajuda-o a falar

coerentemente e melhora a sua auto-expressão

– os outros irão compreendê-lo melhor.

Previne ou atrasa as recaídas /re-

hospitalizações.

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Sessão 24: Obter informação relativamente à medicação 2

Objectivos:

  Promover o conhecimento de quais os recursos a utilizar quando necessário para amedicação

  Fomentar a identificação de soluções e suas vantagens e desvantagens para a

resolução de problemas

  Promover a generalização das competências aprendidas para outros contextos,

que envolvam um maior grau de independência

  Promover o desempenho de competências de forma independente pelo utente

Procedimentos:

  Nesta actividade, o terapeuta solicitará aos utentes a identificação de recursos, os

quais permitem obter conhecimento sobre a medicação. 

  Os recursos mais frequentes são: o tempo, dinheiro, pessoas, transporte, telefone e

locais. Contudo, o terapeuta enfatiza que os utentes apresentem outros tipos de

recursos, além dos mencionados, devendo estes ser realistas e relevantes para a

competência em causa.  Realização do exercício “Vantagens e desvantagens de diferentes recursos” 

  Realização do exercício “Resolução de problemas” 

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Vantagens e desvantagens de diferentes recursos

Recursos / Como os Obter Vantagens Desvantagens

Médico, enfermeiro, assistentesocial

1. Visitar um deles

2. Telefonar

3. Escrever uma carta

Caneta e Papel

1. Emprestados de um

amigo2. Comprar

3. Pedir à equipa do

programa

Telefone

1. Emprestado de um amigo,

relativo ou vizinho

2. Usar telefone público3. Perguntar à equipa do

programa para usar o

telefone da clínica

Suporte em papel da Informação

1. Questionar o medico,

enfermeiro ou

farmacêutico

2. Procurar a medicação

numa biblioteca ou

perguntar ao bibliotecário

3. Comprar um livro sobre

medicamentos

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Resolução de problemas

Problema A

Imagine que se encontra na seguinte situação: têm-se sentido muito bem, por estar a

tomar a sua medicação regularmente, conforme lhe foi prescrito. Contudo, apercebe-se

que não sabe para que serve um dos medicamentos; esqueceu-se de perguntar. Começa a

pensar o porquê de ter sido prescrito e quais os sintomas que abrange. Compreende o

porquê de tomar os outros comprimidos mas deste não.

O que deve faria?

Problema B

Imagine que se encontra na seguinte situação: está numa festa com um amigo novo,

que desconhece que você toma medicação. O anfitrião da festa oferece ao utente uma

bebida alcoólica ou droga e este recusa-a. O novo amigo incentiva-o a tomar para relaxar e

ser divertido.

O que deve faria?

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

80

Problema A

  Alternativas Concretizável? Irá resolver oproblema?

Vantagens /Desvantagens

Contactar o seu médico ou enfermeiro

do hospital para realizar questões.

Suponha que: O seu médico ou outro

membro da equipa não está disponível.

Contactar o seu farmacêutico e realizar-

lhe as suas questões.

Suponha que: A farmácia está fechada.

Contactar a serviço de urgência local erealizar-lhe as suas questões.

Suponha que: Eles dizem-te para

contactares o teu médico.

Parar de tomar a medicação até voltar à

clínica.

Suponha que: Tem receio de ficar

novamente doente, caso interrompa a

sua medicação.

Esperar até à sua próxima consulta,

efectuando a questão ao seu médico.

Suponha que: A próxima consulta é

daqui a dois meses.

Decide esquecer a questão.

Suponha que: O que pretende saber

continua na sua mente, e sente-se infeliz

por não compreender os seus

medicamentos.

Outras alternativas

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Problema B

Alternativas Concretizável? Irá resolver oproblema?

Vantagens /Desvantagens

Tomar uma bebida ou droga com

o seu amigo.

Suponha que: Tu pretendes

realmente evitar ter riscos com o

álcool ou droga.

Dizer ao teu amigo que decidiste ir

embora da festa mais cedo.

Suponha que: O amigo fica

chateado.

Dizer ao teu amigo que não bebes

nem fumas.

Suponha que: Ele continua a

pressionar-te.

Dizer ao teu amigo que estás a

tomar uma medicação especial e,por isso, não podes beber álcool

ou usar drogas.

Suponha que: Ele poderá

perguntar qual o tipo de

medicação e qual o seu propósito.

Tu irás evitar ligeiramente essas

questões.Outras alternativas

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Sessão 25: Identificar efeitos secundários da medicação

Objectivos:

  Promover o conhecimento dos efeitos secundários específicos mais comuns

resultantes da medicação

  Compreender as medidas que devem ser praticadas quando os efeitos ocorrem

Procedimentos:

  Informar: Todos os medicamentos utilizados no tratamento de condições médicas

e psiquiátricas encontram-se, infelizmente, associados a efeitos secundários. O

utente, ao aprender os efeitos secundários deste tipo de medicação, ficará dotadode capacidades para agir sempre que algum efeito ocorra, permitindo que

continue a receber o máximo de benefícios. O terapeuta reforçará o facto de ser

importante o utente referir ao médico todos os efeitos secundários que ocorram,

para este o avaliar imediatamente, proporcionando-lhe assim o melhor

tratamento possível.

  Ver possibilidade de fazer power point. Ver documento “Grelha de Controlo dos

Efeitos Secundários”.   Através do guião “Perguntas e respostas” (adaptar ao grupo) verificar o

conhecimento dos utentes e discutir possíveis estratégias para a resolução de

alguns efeitos secundários.

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Grelha de Controlo dos Efeitos Secundários

1-Sintomas Menos Severos 

Sintoma Acção a Tomar

Olhos sensíveis ao sol forte ou luz Usar óculos de sol e chapéu, evitando a

exposição prolongada.

Desidratação dos lábios e/ou boca Aumento da ingestão de líquidos, molhar

a boca com água.

Indisposições de estômago ocasionais Beber pequenas quantidades de água

gaseificada e comer tostas. Não deve

tomar anti-ácidos sem a permissão do

seu médico.Obstipações ocasionais Aumentar a ingestão de água, o exercício

físico, comer mais vegetais e cereais,

entre outros. Beber sumo de limão

aquecido, e ocasionalmente um tipo de

laxante sugerido pelo médico.

Tonturas ocasionais Levantar-se lentamente da posição de

sentado ou de deitado.

Cansaço / Fadiga Realizar períodos breves de descansodurante o dia, consultar o médico sobre

alterar a dosagem de um dia inteiro para

a noite.

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2 -Sintomas Mais Severos

Sintoma Explicação

Visão desfocada Dificuldade em focar os olhos.

Babar-se ou dificuldade em engolir Espasmos nos músculos da ingestão.

Espasmos ou tremor no corpo Pequenos movimentos ou contracções

involuntárias dos músculos.

Diarreia Fezes líquidas (por mais de dois dias).

Obstipação severa Incapaz de realizar os movimentos

intestinais (por mais de dois dias).

Rigidez muscular Dificuldade em movimentar-se.

Nervosismo, incapacidade para mentir ouestar sentado direito, ou confusão interior

Agitação muscular no corpo, membrossuperiores ou inferiores.

Irritação da pele Erupções ao nível da pele, inflamações

no corpo.

Descoloração da pele Pigmentação excessiva.

Dificuldade sexual ou desregulação

menstrual

Ejaculação atrasada, impotência,

alterações no peito, alterações no

período.

Queimadura solar Sensibilidade aos raios solares.Disquinésia tardive Lentificação, movimentos involuntários da

boca, língua, mão ou outras partes do

corpo.

Adormecer durante o dia Sedação excessiva

Dificuldade extrema em urinar Diminuição do tónus muscular da bexiga

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Perguntas e respostas

P. Porque é importante reconhecer os efeitos secundários dos medicamentos?

R. Para que possa geri-los melhor.

P. Qual foi o efeito secundário que o Eduardo experienciou?

R. Sensibilidade à luz solar.

P. Como pode ele aliviar este sintoma até que tenha a oportunidade de referi-lo ao seu médico?

R. Através do uso de óculos de sol quando em contacto com a luz solar ou luzes intensas. O

terapeuta pode sugerir o uso de um chapéu.

P. Porque é que a Joana adquire facilmente queimaduras solares?R. Porque o medicamento particular que ela está a tomar, torna a sua pele bastante sensitiva ao

sol.

P. O que pode a Joana fazer para se proteger das queimaduras?

R. Utilizar um protector solar forte, roupa a proteger o corpo, tal como um chapéu. Permanecer à

sombra e evitar a exposição completa ao sol, devendo comunicar isto com o seu médico.

P. Porque é que o Eduardo tem um problema de pele seca?

R. A medicação pode ter um efeito de desidratação na pele.

P. Que sintomas causa a pele seca?

R. Comichão. 

P. O que pode o Eduardo fazer para aliviar a comichão?

R. Usar sabonete suave, seguido de uma loção após o banho ou duche.

P. Porque é importante tratar a pele seca?

R. A pele seca pode tornar-se facilmente irritada e gretada, podendo levar a uma infecção.

P. Que efeito secundário está a Joana a experienciar?

R. Ela apresenta a boca seca.

P. Como pode ela aliviar este sintoma?R. Pode beber mais água.

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P. Que outro problema descreveu a Joana?

R. Obstipação 

P. O que se pode fazer acerca deste problema?

R. Ingerir líquidos e aumentar o consumo de vegetais e fibras.

P. Porque é que este tipo de alimentos a ajudam?

R. Porque adicionam fibras à sua dieta, o que ajuda a aliviar a obstipação.

P. Que outros alimentos ou líquidos poderão ajudar a aliviar a obstipação?

R. Sumo de limão em água quente.

P. Que outro problema apresenta o Eduardo e que ele pode fazer para ultrapassar isso?

R. Tem apresentado problemas ao urinar. Pode colocar as suas mãos em água quente quando

tenta urinar. Deve informar o seu médico, podendo ser aconselhado uma alteração na medicação.

P. O que disse a enfermeira à Joana relativamente às suas tonturas? 

R. Após o sentar ou deitar, ela deve mover as suas pernas antes de se

levantar, e colocar-se de pé lentamente. 

P. O que pode o Eduardo fazer relativamente à sua sonolência?

R. Ele pode realizar um breve descanso durante o dia ou exercitar-se um pouco.

P. O que referiu a terapeuta sobre o facto da sonolência persistir?

R. O problema pode diminuir após o seu sistema se ajustar à medicação. Caso contrário, deve

informar o seu médico.

P. O que pode o Eduardo fazer relativamente à sua agitação?

R. Andar a pé ou fazer exercício.

P. O que deve fazer, caso um efeito secundário persista, mesmo após ter

realizado o remédio sugerido na Grelha de Controlo dos Efeitos Secundários, durante alguns dias?

R. Consultar o médico.

P. O que pode o médico fazer quanto a isso?R. Pode prescrever uma droga para o efeito secundário ou alterar a medicação.

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P. Quais são os três aspectos fundamentais que deve dizer ao seu médico acerca de qualquer efeito

secundário que tenha experienciado?

R. 1. Descrever especificamente os sintomas

2. Dizer a duração e frequência com que experienciou esses sintomas

3. Explicar o grau de desconforto

P. Porque sugeriu a enfermeira que mantivesse o número de telefone do médico no formulário

efeitos secundários severos?

R. Esses efeitos secundários são importantes não devendo ser negligenciados. Caso ocorram, o

médico deve ser contactado rapidamente.

P. Todos experienciam estes efeitos secundários severos?R. Felizmente não. Eles não afectam muitos dos indivíduos e usualmente podem ser auxiliados

pelo médico.

P. A Joana perguntou à enfermeira sobre um efeito secundário. Qual era?

R. Discinécia tardia (movimentos involuntários e repetitivos)

P. O que é a discinécia tardia?

R. Os sintomas da discinécia tardia incluem a lentificação, movimentos involuntários das mãos,língua, boca e outras partes do corpo. Usualmente não aparecem até ao momento em que o

indivíduo tenha consumido drogas por um longo período de tempo.

P. Quando deve informar ao seu médico sobre qualquer sinal de discinécia tardia?

R. Imediatamente.

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Sessão 26: Identificar efeitos secundários da medicação 2

Objectivos:

  Estimular a criação uma lista de recursos para os efeitos secundários específicos  Promoção da avaliação dos recursos gerais

  Promover a identificação de vantagens e de desvantagens dos recursos

  Incentivar a troca de experiências entre os elementos do grupo

Procedimentos:

  Realização de Rolepays A e B.

  O Roleplay A apresenta-se complexo, podendo ser necessário repetir algumasvezes as instruções, de forma que os elementos do grupo as memorizem.

  Neste roleplay, o utente irá desempenhar o papel de uma pessoa que toma

medicação antipsicótica, e que na última semana tem experienciado tremor ao

nível da mão, suspeitando ser um efeito secundário da medicação. O utente

encontrar-se-à sozinho em casa, e apresenta como tarefa efectuar a acção

apropriada para aliviar o tremor da mão, tal como telefonar para o hospital ou

clínica.  Para que o roleplay A seja concretizado com sucesso, o utente deverá efectuar os

12 passos seguintes: Rever as Grelhas de Controlo dos Efeitos Secundários;

Telefonar ao hospital; Introduzir-se a si próprio ao receptor (nome); Explicar

quem é (utente do Dr. X ou Enfermeiro Y);Descrever o tipo de sintomas; Descrever

a duração do efeito secundário; Descrever a extensão do desconforto; Perguntar

para falar com o médico; Marcar uma consulta; Apontar o dia e hora da consulta;

Usar um nível de fluência adequado durante a conversa.  Atividade de gestão de recursos apresenta (dois exercícios). O terapeuta solicitará

aos utentes a elaboração de uma lista, na qual referem quais os recursos

necessários para agir apropriadamente, no sentido de obterem alívio

relativamente aos efeitos secundários da medicação (Exercício 1). Deste modo,

pretende-se que os utentes pensem sobre quais os recursos que seriam

necessários numa situação de controlo dos efeitos secundários, e como iriam

obter esses recursos. Numa segunda fase, os utentes imaginarão que descobremem si um efeito secundário: olhos muito sensíveis à luz solar, e que gostariam de ir

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trabalhar para o jardim, nas primeiras horas da manhã, quando o sol está

luminoso. Como poderia agir no sentido de aliviar este efeito secundário?

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Guião do roleplay B - Questões  Resposta do Utente

1. Olá, (nome do utente), estou contente por ter

esta oportunidade de falar consigo. Tenho tido

muito em que pensar ultimamente – é sobre a

medicação que o médico me receitou há algumas

semanas.

OK…. { vontade, etc. 

2. Passou um mês desde que comecei a realizar a

minha medicação, e desde a semana passada que

tenho notado a minha pele mais seca e ruborizada.

Está muito irritada e tenho pensado se poderá ser

um efeito secundário da medicação?

Sim, poderá ser. Deves informar o teu médico sobre

isso. Entretanto, podes tentar utilizar uma loção para

as mãos ou creme.

3. Parece uma boa ideia.Também tenho notado que durante a tarde fico

sonolento. Pode isto ser igualmente um efeito

secundário? O que posso fazer quanto a isto?

Poderás querer discutir com o teu médico a toma dasdoses diárias à noite (momento de ir dormir). Deste

modo, irias continuar a receber os benefícios da

medicação, mas apresentarias menos sonolência

durante o dia.

4. Se este é um efeito secundário, ele irá continuar

em mim desde que eu tome esta medicação?

Não necessariamente. A sonolência normalmente

diminui após o teu sistema se ajustar à administração

da medicação. Caso persista, deves ser visto pelo teu

médico e tentar tomar a medicação prescrita na hora

de ir dormir ou uma possível redução da dosagem.

5. Quais são alguns dos outros efeitos secundários

que os indivíduos experienciam enquanto tomam a

medicação antipsicótica?

Visão distorcida,  babar-se, problemas na ingestão,

tremor, obstipação, tonturas, queimaduras solares,

lentificação, cansaço, espasmos musculares, etc.

6. Conhecer esses sintomas irá ser uma grande

ajuda. Vejo que tens duas listas aqui… onde

poderei eu conseguir alguma informação como

esta?

Através do teu médico… ou eu poderei copiar estas

listas para ti.

7. Uma outra questão. Um dos meus amigos que

tomou medicação durante um longo período de

tempo teve alguns sintomas, chamados discinésia

tardia. Eu penso o que isso será e se eu poderei vir

a ter, também. Parece-me sério.

Lentificação, movimentos involuntários que afectam

as mãos, língua, boca e outras partes do corpo. Caso

estes sintomas ocorram, deves ver o teu médico

imediatamente.

8. Realmente, pareces saber muito sobre estes

efeitos secundários. Obrigado pela tua ajuda.

De nada.

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Exercício 1

Recursos / Como os Obter Vantagens Desvantagens

Grelhas de Controlo dos Efeitos

Secundários

1. Do terapeuta

2. Do médico ou hospital

1. Do farmacêutico

Qualquer informação adicional que

queira acerca dos efeitos secundários

1. Do terapeuta

2. Do médico ou hospital

1. Do farmacêutico

Transporte para ir ao médico, serviço

de urgência ou farmácia

1. Ir a pé

2. Ir de Autocarro

3. Pedir boleia a alguém

4. Chamar um táxi

Telefonar

1. Usar telefone de casa

2. Usar telefone do Centro do

programa

3. Perguntar ao vizinho ou outro

se pode usar o seu telefone

4. Usar telefone público

Caneta e papel

1. Emprestado

2. Comprar

3. Pedir no Centro do programa

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Recursos / Como os Obter Vantagens Desvantagens

Óculos de sol

1. Comprar

2. Emprestado de um amigo3. Ver se o médico os pode

providenciar para si (seguro de

saúde, política da clínica)

Chapéu com viseira para o sol

1. Comprar

2. Emprestado de um amigo

Outra

1. Consultar o médico, que pode

reduzir a dose ou trocar o

medicamento para um que não

provoque este efeito secundário

2. Trabalhar no jardim quando

estiver sombra

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Sessão 27: Identificar efeitos secundários da medicação 3

Objectivos:

  Promover a identificação de soluções e suas vantagens e desvantagens para a

resolução de problemas

  Fomentar a generalização das competências aprendidas para outros contextos, que

envolvam um maior grau de independência

  Incentivar o desempenho de competências de forma independente pelo utente

Procedimentos:

  Serão apresentados dois tipos de problemas: Problema A e Problema B. Em ambos,serão usados como exemplo, um de dois efeitos secundários específicos:

sonolência e tremor na mão. Para cada uma destas situações, os utentes deverão

enunciar pelo menos três possíveis soluções, cada uma com duas consequências

positivas e duas consequências negativas.

  Revisão dos sintomas e sua explicação.

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Resolução de Problemas

Problema A

Você encontra-se no emprego há duas semanas, tomando a sua medicação três

vezes por dia. Todos os dias ao almoço toma uma das doses, contudo a medicação faz comque se sinta subitamente sonolento. O seu supervisor notou este facto e referiu que se não

ficasse mais desperto, não o poderia manter no emprego. Você não quer ser despedido,

o que faria?

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  Alternativas Concretizável? Irá resolver oproblema?

Vantagens /Desvantagens

Contactar o médico e contar-lhe o problema

que tem no emprego; pergunte-lhe sobre

modificar a dose e/ou a frequência dos

medicamentos.

Suponha que: Está incapaz de convencer o

seu médico a alterar-lhe a dose ou

frequência dos medicamentos.

Modifique o horário da toma dos

medicamentos, de forma a não tomar uma

dose ao almoço. Por exemplo, tomar todasas doses do dia à noite.

Suponha que: Receia que ao tomar à noite,

não receba todos os benefícios da

medicação durante o dia.

Continuar a tomar os medicamentos,

deixando o emprego antes que o despeçam.

Suponha que: Não tem outra fonte de

rendimento e os empregos são difíceis de

encontrar.

Contar ao supervisor que toma medicação

três vezes ao dia, e que esta os faz sentir

subitamente sonolento. Refira que este

efeito secundário é temporário.

Suponha que: O supervisor refere que não

quer saber, reforçando que deve estaralerta em todos os momentos, ou não

consegue fazer o seu trabalho.

Sem consultar o médico, decide parar de

tomar a dose do meio-dia.

Suponha que: Necessita da medicação para

permanecer calmo e livre de sintomas.

Outras alternativas

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Problema B

Você vive sozinho no seu apartamento. Encontra-se no emprego há dois meses,

tomando a sua medicação e sentindo-se bem. Contudo, nos últimos dois dias, tem vindo a

experienciar tremor ao nível das mãos. Este tremor está a começar a aborrecê-lo, aointerferir com a sua escrita e com outros tipos de trabalhos manuais.

O que faria?

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  Alternativas Concretizável? Irá resolver oproblema?

Vantagens /Desvantagens

Contactar o médico para discutir o

problema, enfatizando a marcação

de uma consulta para ser

examinado.

Suponha que: A secretária diz-lhe

que o seu médico encontra-se de

férias por duas semanas.

Parar de tomar toda a medicação

Suponha que: Receia o retorno dos

seus sintomas iniciais.

Pare de tomar uma ou duas doses

de medicação por dia (diminui a

quantidade total de medicamentos

que toma).

Suponha que: Os tremores não

pararam.

Não faça nada e tenha esperança

que os tremores desapareçam.

Suponha que: Os tremores não

pararam.

Outras alternativas

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Sessão 28: Negociar aspectos relativos á medicação

Objectivos:

  Promove a prática de estratégias para a obtenção de ajuda quando têm problemas

com a medicação

  Aprender como efectuar um telefonema para um hospital ou médico e como

comunicar-lhe efectivamente os seus sintomas e progressos

  Promoção da avaliação dos recursos gerais

  Fomentar a selecção de recursos necessários para negociar a medicação com o

médico

  Promover a generalização das competências aprendidas para outros contextos,

que envolvam um maior grau de independência

  Promover o desempenho de competências de forma independente pelo utente

Procedimentos:

  Esta actividade visa a aprendizagem de diferentes modos para obter assistência

quando ocorrem problemas com a medicação (ex: como dizer ao médico quando

um efeito secundário ocorre). Por negociação, entende-se como o modo de obterassistência quando é necessário e o ser capaz de se situar ou afirmar as suas

necessidades e respostas ao tratamento que está a receber.

  O utente irá praticar diferentes modos de obter assistência quando lhe surgem

problemas ou questões, focando-se essencialmente em modos efectivos de

comunicar com o seu médico, de forma a referir-lhe os seus sintomas e progressos

com a medicação.

  Nesta actividade, os recursos são definidos como pessoas, competências,informação e meios de comunicação, bem como alguns objectos: telefones, papel e

lápis e autocarro. Alguns utentes poderão não considerar essenciais todos os

recursos listados, devido ao contexto em que se inserem no momento (ex: no

hospital não é necessário telefonar ao seu médico). O terapeuta incentivará os

utentes a pensarem nos recursos que serão necessários para negociar a medicação

com o médico ou outro profissional de saúde. É importante relembrar que os

recursos pretendidos, deverão facilitar o contacto com o médico e umacomunicação efectiva das necessidades e questões do utente.

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  Durante a elaboração dos recursos, poderá ser necessário que o terapeuta forneça

algumas pistas por meio de questões, como: “Que competências necessita?”; “Que

informação gostaria de ter?”; e “Consegue recordar-se de quais os meios de

comunicação que são adequados para conseguir o seu pedido com sucesso?”. 

Roleplay

Neste roleplay, os utentes irão assumir que estão a experienciar um sintoma que

poderá ser um efeito secundário da sua medicação, o qual os tem impossibilitado de

sentar direito ou sentir-se bem, nas últimas duas semanas. Além disso, os utentes sentem-

se agitados e os seus pés e pernas poderão encontrar-se em constante movimento. Osutentes Suponha quem que nunca experienciaram este problema. Assim, estes irão a uma

consulta para conhecer quais as acções mais apropriadas para lidar com esse sintoma.

Estes efeitos secundários poderão ser substituídos por outros tais como: tremor nas

mãos, espasmos no pescoço, língua e extremidades.

O terapeuta realizará o papel de médico, o qual irá prescrever uma nova

medicação. Com a nova medicação, os sintomas deverão desaparecer em alguns dias. Caso

isto não aconteça, o utente deverá contactar novamente o seu médico. O terapeuta ao

“prescrever” a nova medicação, não dever| descrever os seus benefícios, permitindo que

o utente realize questões sobre este tipo de medicação, a sua duração de actuação e quais

os efeitos secundários que poderão advir.

Durante o roleplay, o terapeuta deve permitir que os utentes tenham oportunidade

de descrever os seus sintomas e realizar os seus pedidos.

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Guião de Realização de Questões no Roleplay

Utente Médico

1. Olá, Dr. __________ Olá, _____. O que posso fazer porsi hoje?

2. Vim ter consigo porque sinto-me

desconfortável. Há duas semanas, que

me sinto agitado e como se esteve em

constante movimento.

Por vezes, é um efeito secundário

da sua medicação.

3. O que pode fazer para me ajudar? Vou prescrever uma nova

medicação, a qual deve ser

iniciada hoje à noite, juntamente

com os outros medicamentos.

(Receita a nova prescrição e dá ao

utente)

4. Em que difere esta nova medicação? Combate os efeitos secundários

neuromusculares que está a

experienciar. Os seus sintomas

devem desaparecer em poucos

dias. Caso isto não aconteça,

contacte-me novamente.

5. De acordo. Caso eu não melhore em

poucos dias, contactá-lo-ei novamente.

Exactamente.

6. Muito obrigado, Dr. ______. Até à

próxima.

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Recursos / Como os Obter Vantagens Desvantagens

Telefone

1.  Usar telefone próprio

2.  Usar o do vizinho ou amigo

3.  Usar o do Centro do programa

4.  Usar telefone Público

Papel e lápis

1. Comprar

2. Emprestado

Grelhas de Controlo dos Efeitos Secundários

1. Usar uma do Centro do programa

2. Fazer uma para siTransporte

1. Conduzir

2. Pedir boleia a um amigo

3. Ir de Autocarro

4. Ir a pé

5. Chamar um táxi

Nome e telefone do médico, e localização do

gabinete

1. Registar numa agenda

2. Agenda telefónica

3. Telefonar a um amigo que possa saber

Número e localização do centro de

emergência ou clínica mais próximos

1. Agenda telefónica

2. Perguntar a um amigo ou vizinho

3. Telefonar para as informações

Informação sobre os sintomas

1. Duração da experiência

2. Tipo de sintoma

3. Severidade do sintoma

Outra

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Sessão 28: Negociar aspectos relativos á medicação

Objectivos:

  Promover a identificação e treino de soluções, bem como reflectir sobre as suasvantagens e desvantagens, para a resolução de problemas relacionados com a

toma da medicação.

  Aprender como efectuar um telefonema para um hospital ou médico e como

comunicar-lhe efectivamente os seus sintomas e progressos.

Procedimentos:  Realização de exercícios de resolução de problemas.

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103

Resolução de Problemas

Este problema baseia-se na seguinte situação: você tem administrado a sua própria

medicação nos últimos dois meses. Visita o seu médico uma vez por mês. Ultimamente,tem notado que a sua visão encontra-se desfocada e a sua boca muito seca. Nos últimos

dois dias, estes sintomas têm afectado o seu trabalho, no qual está a maior parte do tempo

a ler facturas e a conversar com as pessoas. Decide, então, reportar estes sintomas ao seu

médico, uma vez que tem consulta nesse dia. No entanto, o seu médico regular não se

encontra e informam-no, que a preencher essa ausência, está um médico substituto, o

qual atenderá os utentes do outro médico. O médico substituto ouve as suas queixas,

consulta a sua ficha, mas no final, refere-lhe apenas que necessita de se preocupar, no

momento, com esses sintomas. O que deve fazer?

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

104

Exercício In Vivo

Esta actividade permite-lhe melhorar a prática das competências de comunicação,

enquanto negoceia a sua medicação com o seu médico.As linhas abaixo em branco são para escrever as questões que ainda tenha sobre a

sua medicação. É sempre bom ir preparado com notas e questões quando for visitar o seu

médico.

_______________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

O seu terapeuta desempenhará o papel do seu médico num roleplay, de forma a

conseguir praticar as competências de comunicação antes da sua consulta. Caso lhe seja

permitido, o terapeuta acompanhá-lo-á à sua consulta.

Pontos a lembrar

Caso seja revelante, informe o seu médico sobre o seguinte:

1.  Que tipo de sintoma está a experienciar. Explico o melhor que conseguir.

2.  Há quanto tempo está a experienciar este sintoma.

3.  A severidade do sintoma. Está a interferir com qualquer uma das suas actividades

de vida diária?

4.  Os sinais ou sintomas de aviso que usualmente tem experimentado, previnem-no

de quando vai sofrer uma recaída da sua doença (ex: insónia ou pensamentos

estranhos).

5.  Quais os sintomas que estão relacionados com o uso prévio da medicação e o que o

ajudou a aliviá-los no passado (ex: trocar de medicação).

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

105

Trabalho de Casa

Você deverá telefonar ao seu médico e marcar um pequeno encontro com este no

seu consultório, com o intuito de lhe realizar algumas questões sobre a sobre a suamedicação.

Nome do médico _________________________________________________

Telefone ___________________ Data e hora da consulta ________________

Deverá perguntar ao seu médico quais os três efeitos secundários mais severos,

relativamente à sua medicação, bem como pedir-lhe para explicar o que não

compreender.

Escreva as respostas do seu médico. Poderá querer anotar algumas notas enquanto

o médico fala, ou simplesmente escrever após a consulta. Peça ao seu médico para lhe

fornecer informação escrita sobre a sua medicação. A maioria dos médicos possui esta

informação disponível para distribuir aos utentes.

Lembre-se de usar boas competências de comunicação enquanto fala com o

médico.

Quais são os três efeitos secundários mais severos que podem advir da minha

medicação?

1.  _______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

2.  _______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

3.  _______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

106

Sessão 29: Medicação Antipsicótica Injectável de Longa Acção

Objectivos:

  Promover o conhecimento da medicação antipsicótica injectável de longa acção

  Aprender as vantagens e desvantagens deste tipo de medicação, comparando-o

com o método oral

Procedimentos:

  Os utentes aprenderão igualmente a frequência com que devem tomar a

medicação, quais os locais de administração, que efeitos secundários poderão

surgir ao usar esta medicação e como reagir a estes efeitos.  O terapeuta realçará a quantidade de informação que os utentes já aprenderam

sobre a medicação antipsicótica, relativamente à redução de sintomas, à sua

correcta administração, à identificação de efeitos secundários e à negociação desta

com outros profissionais de saúde.

  Inicialmente, os utentes irão responder a um pequeno teste (Pré-teste), Este teste

visa identificar o grau de conhecimentos dos utentes em relação a este tipo de

medicação.

  Analisar as vantagens e desvantagens deste tipo de medicação.

  Roleplay

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

107

Pré-testeVerdadeiro Falso

1. Eu posso reduzir o risco de ter uma recaída, aprendendo a gerir a minha doença.

2. Ao desenvolver um Plano de Emergência, eu posso reduzir a minha necessidade

de tomar medicação.

3. Pessoas próximas mim, podem identificar os meus sinais de alerta, antes de mim.4. Quando os meus sinais de alerta aparecem, devo contactar o meu médico porque

ele será capaz de me ajudar a definir estratégias de coping para lidar com os

sintomas.

5. Eu posso experienciar sintomas persistentes, mas posso ter uma vida satisfatória

se usar drogas para aliviar os sintomas.

6. É importante monitorizar os sintomas, uma vez por mês.

7. Usar álcool e drogas pode reduzir a sua capacidade para lidar com a doença.

8. Se me esquecer de tomar uma dose da medicação, devo dobrar a dose na vez

seguinte.

9. Se eu tomar a minha medicação todos os dias por 3 a 6 meses, ficarei curado.

10. Mesmo sentindo a minha boca seca e, por vezes, sonolento, devo continuar a

tomar a minha medicação.

11. A diferença entre um sintoma e um efeito secundário é que um sintoma é

causado pela medicação enquanto que um efeito secundário é causado pela doença.

12. Tenho o direito de questionar o meu médico sobre o objectivo da minha

medicação e de qualquer efeito secundário que possa resultar desta.

13. Se eu continuar a tomar a minha medicação, tornar-me-ei aditivo a esta.

14. O efeito secundário da discinésia tardia nunca pode ser controlado.

15. Desde que tome a minha medicação, nunca terei de ser novamente admitido no

hospital.

16. A medicação antipsicótica injectável é administradas dia sim dia não.

17. A medicação permanece no organismo por algumas semanas.18. Tomar a medicação antipsicótica por via injectável poderá tornar-me num

toxicodependente.

19. Nunca mais terei de tomar comprimidos se usar a forma de longa acção da

medicação antipsicótica injectável.

20. Os utentes que são tratados com a medicação injectável de longa acção têm

menos hipóteses de sofrer recaídas relativamente aos indivíduos que tomam

comprimidos.

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Lista de Vantagens, Desvantagens e Efeitos Secundários

da Medicação Injectável de Longa Acção

Vantagens

  Pode eliminar a toma diária de comprimidos

  Reduz o risco de recaída

  Possível diminuição da dose diária

  Mantém no organismo uma quantidade constante de medicação

  Sem necessitar de um lugar especial para guardar a medicação

  A medicação tem um uso mais privado

Desvantagens

  Deve ser responsável para cumprir as consultas do tratamento

  No início, pode conjugar a toma de ambas as medicações

  Com a mudança no modo de administração da medicação deve monitorizar-se

constantemente, reportando imediatamente ao seu médico qualquer sintoma ou

efeito secundário que sinta

Efeitos Secundários

  Os efeitos secundários por via injectável são iguais aos efeitos por via oral, da

mesma medicação

  Pode ter de continuar a tomar a medicação para os efeitos secundários, caso já

esteja a tomá-la

  Se a sua dose total for baixa, os efeitos secundários poderão ser minimizados

  Os efeitos secundários poderão durar mais tempo, uma vez que a medicação

permanece no organismo mais tempo do que com os comprimidos

Os efeitos secundários que deverão ser monitorizados e reportados logo que

possível são:

1.  Agitação nos movimentos das pernas

2.  Movimentos Lentos, dificuldades em realizar movimentos com os músculos

3.  Sensação de desequilíbrio ao andar e ao sentar-se

4.  Tremores ao nível das mãos

5.  Espasmos musculares

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109

Roleplay

Nesta actividade serão apresentados dois roleplays: Roleplay A e B.

O Roleplay A servirá para reforçar as competências apreendidas anteriormente.O terapeuta desempenhará o papel de um utente que apresenta dúvidas sobre a

medicação injectável de longa acção, enquanto que o utente desempenhará o papel de um

médico ou enfermeiro, com o objectivo de esclarecer as questões colocadas, bem como as

vantagens, desvantagens e efeitos secundários provenientes deste tipo de medicação.

Caso haja necessidade de relembrar as vantagens e desvantagens desta medicação,

o terapeuta remeterá os utentes à página 103 do Manual do Utente, para observarem a

lista das vantagens, desvantagens e efeitos secundários da medicação injectável de longa

acção.

Os utentes deverão ser encorajados a enunciar todas as vantagens e desvantagens

aprendidas, bem como os efeitos secundários que poderão advir do uso deste tipo de

medicação.

No início do roleplay A, o terapeuta abordará as competências de comunicação,

revendo-as e praticando-as com os utentes.

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110

Guião de Realização de Questões no Roleplay A

Questões Resposta do Utente

1. Olá, (nome do utente), obrigado por concordar

responder às minhas questões sobre medicação

injectável de longa acção. Penso que poderia

começar a tomar injecções, mas gostaria de

conhecer um pouco mais esta forma. Porque acha

que este modo de obter a medicação seria melhor

que os comprimidos.

Com as injecções de longa acção, tem sempre a

quantidade necessária de medicação todos os

dias. Por vezes, os utentes esquecem-se de

tomar os seus comprimidos. Quando isso

acontece, os seus sintomas poderão piorar

novamente, uma vez que não possui a

quantidade correcta de medicação

diariamente necessária.

2. É mais fácil que tomar medicamentos? Sim, é mais fácil. Não terá de se lembrar de

tomar os comprimidos todos os dias, não sepreocupará com as prescrições e recargas, e

não necessita de encontrar um lugar especial

para guardar a sua medicação. Apenas tem de

se lembrar de cumprir as suas consultas.

3. Com que frequência terei de tomar injecções? Apenas uma ou duas vezes por mês.

4. Porque não tenho de tomar uma injecção todos

os dias?

Porque a medicação é libertada lentamente no

organismo durante um longo período de

tempo, e por isso, o utente possui medicação

suficiente no seu organismo todos os dias,

durante o período de tempo entre as

consultas.

5. Não gosto muito de agulhas. A injecção é

dolorosa?

Por vezes dói, mas se permanecer imóvel não

lhe doerá tanto.

6. Irei apresentar piores efeitos secundários? Uma vez que a medicação na injecção é a

mesma que existe nos comprimidos, os efeitos

secundários permanecerão os mesmos. Caso

esteja a experienciar um efeito secundário

enquanto toma os comprimidos,

provavelmente continuará a tê-lo.

7. Ouvi dizer que os efeitos secundários poderão

permanecer mais tempo com as injecções – é isto

verdade?

É possível.

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111

Competências de Comunicação

1.  Manter bom contacto ocular .

2.  Mostrar uma boa postura nas posições de pé e sentado. Deve parecer relaxado,

mas atento, e usar movimentos adequados do corpo ou gestos enquanto fala.

3.  A sua expressão facial deve ser adequada, agradável e expressiva. Ocasionalmente

sorria e acene com a cabeça quando está a ouvir algo importante.

4.  O volume da sua voz  deve ser agradável, nem muito alta nem muito suave,

havendo algumas variações ao longo do discurso (evitar a voz monocórdica).

5.  Ter uma boa  fluência, assegurando que as suas frases são coerentes e que

explicam o que realmente quer expressar.

6.  O seu nível de energia deve demonstrar entusiasmo quando apropriado e reflectir

o seu interesse no tema discutido

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Sessão 30: Medicação Antipsicótica Injectável de Longa Acção 2

Objectivos:

  Promoção da avaliação dos recursos gerais  Fomentar a selecção de recursos necessários para negociar a medicação com o

médico

  Promover a identificação e treino de soluções, bem como reflectir sobre as suas

vantagens e desvantagens, para a resolução de problemas relacionados com a

toma da medicação

  Promover a generalização das competências aprendidas para outros contextos,

que envolvam um maior grau de independência

  Promover o desempenho de competências de forma independente pelo utente

Procedimentos:

  Gestão de recursos

  Nesta actividade, os utentes discutirão quais os recursos a que eles poderão

recorrer para encontrarem mais informação sobre a medicação injectável de longa

acção.

  O terapeuta deve ter em mente que ao enunciar a palavra recursos estará a referir-

se a tudo o que poderá facilitar o alcance do objectivo desta actividade.

  O terapeuta deverá encorajar os utentes a participarem nesta actividade com

entusiasmo, ao enunciarem um sem-número de recursos que julguem ser

adequados a esta.

  Assim que os recursos estejam listados, o terapeuta pedirá aos utentes que

enunciem diferentes modos de obter esses recursos. Posteriormente, o terapeuta

seleccionará um par de recursos e perguntará aos utentes quais as vantagens e

desvantagens dos métodos de obtenção dos recursos enumerados.

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113

Perguntar aos utentes para mencionarem um recurso e descreverem a forma como

o obteriam

Pretende-se que os utentes pensem sobre quais os recursos necessários paraobterem informação sobre a medicação injectável de longa acção, como adquiririam esses

recursos.

Ao longo da actividade, os utentes irão escrever os recursos e os métodos de

obtenção num quadro ou numa folha de papel.

Recursos / Como os Obter Vantagens Desvantagens

Outro utente1. Tomar café depois da

sessão

2. Telefonar-lhe

3. Encontrá-lo na clínica

1. Perguntar ao terapeuta

2. Pedir emprestada uma

cassete de vídeo da

clínica

3. Pedir emprestado da

biblioteca

Outra

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Resolução de Problemas

Esta actividade foi programada como forma de apoiar os utentes a superarem os

obstáculos que poderão encontrar, quando forem aplicar estas novas capacidades em

situações do dia-a-dia.

Nesta actividade, o utente deparar-se-á com o esquecimento de uma tratamento,

uma vez que a esquecera-se de consultar o Calendário de Monitorização, o qual indicava a

falha de um tratamento há uma semana. O que deve fazer?

O terapeuta deverá incentivar o grupo a gerar soluções para esta situação. Por

cada uma das soluções mencionadas faça surgir um outro problema que impeça a

implementação dessa solução, sendo por isso necessário a criação de novas alternativas.

Posteriormente, os utentes serão incentivados a discutir as vantagens e desvantagens de

uma das alternativas.

  Alternativas Concretizável? Irá resolver oproblema?

Vantagens /Desvantagens

Telefone ao seu médico e peça uma

consulta para esse dia.

Suponha que: A recepcionista dizque não há vaga no horário.

Esqueça esta consulta e espere pela

próxima semana.

Suponha que: Já começou a

experienciar alguns dos sintomas.

Vá à clínica mesmo sem ter consulta

marcada.

Suponha que: A recepcionista fica

chateada consigo porque não tem

consulta marcada.

Outras alternativas

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Ficha de Trabalho – De Resolução de Problemas

Passo A: Pare e pense: como resolve o problema?

Primeiro, imagine que se encontra numa situação, na qual não sabe o que fazere que necessitará de parar e pensar um minuto, de forma a solucionar o

problema. Decide, então, usar o método de resolução de problemas.

Passo B: Qual é o problema?

Decida mentalmente e escreva o problema.

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Passo C: Quais as formas de resolver o problema?

Liste todas as possíveis soluções. Aponte todas as ideias, mesmo as más. Não avalie

nenhuma das soluções agora.

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116

Passo D: Avaliar as alternativas

Escreva todas as vantagens e desvantagens das possíveis soluções listadas no

Passo C.

Vantagens Desvantagens

Passo E: Escolher e planear a implementação de uma ou mais alternativas.

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Passo F: Que recursos irá necessitar?

Liste os recursos que irá necessitar para resolver esse problema.

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Passo G: Marque uma data e hora para implementar a solução escolhida e Faça-a” 

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Módulo IV – Auto-estima

Sessão 31: O inimigo interior

Objectivos:

  Ajudar os participantes a reconhecer como este próprios desperdiçam o seu

potencial

  Incentiva-los a deixarem de se desvalorizar e a substituírem o comportamento de

depreciação pelo de afirmação

Procedimentos:

  Explique, em primeiro lugar, os objectivos da actividade. Explique a seguir os

fundamentos, falando na primeira pessoa:

a)  Muita da procura de aprovação resulta de não nos aceitarmos bem a nós próprios,

o que por sua vez vai induzir a nos desvalorizarmos;

b)  Se me desvalorizar com frequência, não preciso de ter inimigos exteriores, sou eu

próprio respons|vel por me prejudicar. Se continuar a dizer a mim próprio “não

sou capaz” não só estou a impedir a ser assertivo, como de aprender e

desenvolver. Começo a acreditar no não sou capaz, que digo a mim próprio, como

um facto. Dar um exemplo pessoal ao grupo.

c)  Se me desvalorizar continuamente diante dos outros dou abertura para que eles

me desvalorizem e isso serve para confirmar a fraca opinião que tenho de mim

próprio. Uma das maneiras de eu me desvalorizar diante dos outros era dizer “isto

não deve ser muito importante... mas... “, “antes de qualquer intervenção minha

nas reuniões”. 

  Brainstorming: pergunte ao grupo como se desvalorizam e as consequências que isso

tem para eles. Transcreva as ideias para uma cartolina, alinhadas em duas colunas

intituladas: A) Auto-desvalorizações; B) Consequências.

  Distribua o exercício “Derrotar o inimigo interior”. Peça ao grupo para preencher

apenas a parte superior com 3 formas de se desvalorizarem

  Peça aos participantes para formarem par coma alguém com quem se sintam a

vontade. Peça-lhes que digam um ao outro as suas próprias desvalorizações e que as

transformem em afirmações positivas acerca de si próprios. Escrevem estas na

segunda parte da folha.

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Exercício: Derrotar o inimigo interior

O inimigo dentro de nós é a baixa auto-estima

Três formas de me desvalorizar:

1.

2.

3.

O amigo dentro de nós é uma elevada auto-estima

Transforme as desvalorizações em declarações positivas sobre si e/ou compromissos

para introduzir mudanças na sua vida:

1.

2.

3.

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Sessão 32: Estratégias

Objectivos:

  Mostrar aos participantes que podem tomar na sua vida medidas concretaspara elaborar estratégias de auto-estima

  Habilitar os participantes a perceber os seus modos habituais de baixar ou

elevar o seu nível de auto-estima.

Procedimentos:

  Explique os objectivos da actividade e defina auto-estima (diferenciando de

auto-confiança). A auto-estima é o modo como cada um se avalia, o seusentimento interior de bem-estar, ao passo que auto-confiança é o

comportamento visível, o modo como nos mostramos aos outros. A auto-

estima ajuda-nos a agir assertivamente e o comportamento assertivo

aumenta a auto-estima.

  Entregue o documento “os círculos de auto-estima” (fotocopia) e explique

como a “pessoa sob controlo” é o reflexo positivo de todos os negativos do

circulo “vitima”.   Peça aos participantes para sublinharem nos círculos as expressões que se

aplica a eles.

  Diga-lhes para os debaterem em pares.

  Peça-lhes que digam uma coisa que lhes agrada, uma coisa que gostariam de

mudar e como.

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Sessão 33: Depressão matinal

Objectivos:

  Elaborar medidas praticas para combater a depressão matinal

  Preparar planos de acção e incorpora-los na vida quotidiana

Procedimentos:

1)  Explique os objectivos

2)  Coloque a questão: “acorda sempre com uma depressão matinal?”. Através

do brainstorming desenvolva boas ideias para superar essa depressão e

transcreva-as para uma cartolina.

3)  Divida os participantes em pequenos grupos; Dê a cada um uma folha de

papel e um marcador. Peça a cada grupo para traçar um plano de acção em

termos cronológicos para um dia positivo que apresentarão aos outros

grupos.

4)  Apresente os planos de acção. Comente-os acrescentando os pontos-chave

do documento “20 sugestões para acabar com a depressão matinal” que os

grupos não referiram.

5)  Distribua o documento “20 sugestões para acabar com a depressão

matinal”. Peça aos participantes para concluírem o exercício.

6)  Peça a cada participante para definir: o que vai deixar de fazer; o que

passará a fazer, como resultado desta actividade.

7)  Assinale ao longo do processo que os participantes podem construir um dia

de qualidade e auto-estima, com base no respeito e cuidado consigo

próprios. Incentive-os a procurar ideias práticas e benéficas a partir desta

actividade e a introduzi-las na sua vida de modo a aumentarem a sua auto-

estima a longo prazo.

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20 Sugestões para acabar com a depressão matinal

1)  Telefone a combinar um encontro com um amigo ou colega que seja positivo

ou de confiança

2)  Ofereça algo a si próprio

3)  Comece bem o dia: relaxe com um banho de sais aromáticos e tome um

pequeno-almoço delicioso

4)  Exprima o que sente/desabafe com alguém que tenha gosto em ouvi-lo e lhe

dê apoio positivo

5)  Faça um plano para esse dia na noite anterior, estabelecendo objectivos

exequíveis. Pode sempre rever o plano logo pela manhã

6)  Seja assertivo, peça o que deseja

7)  Formule declarações positivas a seu respeito - lembre-se das suas qualidades

8)  Interrogue-se: “qual é a pior coisa que pode acontecer se...?” 

9)  Seja assertivo: elogie alguém

10)  Reprograme o seu dia para não colocar pressão excessiva sobre si, embora

mantendo objectivos suficientes para por a funcionar a sua adrenalina

11)  Vista-se de forma a sentir-se realmente bem

12)  Dê um toque especial a sua aparência – para enaltece-la e ficar com a

sensação de bem-estar

13)  Faça algum exercício físico vigoroso – funciona como uma excelente fonte de

energia

14)  Sente-se indeciso??? Tome uma decisão

15)  Se está preocupado com alguma coisa tome medidas para resolver o

problema em vez de se por a rumina-lo

16)  Lembre-se das suas realizações na vida, tanto pessoais como profissionais

17)  Escreva um objectivo de vida, mesmo que lhe pareça um sonho. Enuncie 3

medidas para o atingir. Avance com uma.

18)  Planei uma viagem curta ou umas férias.

19)  Arranje tempo para si - lembre-se que é um ser humano e não robot em

hiper-aceleração

20)  Tem demasiado que fazer – Adie, elimine ou delegue!

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O que mais pode ajuda-lo?

Agora escolha e dê prioridade às sugestões que considerar mais úteis

estabelecendo um plano de acção para o dia.

Pode rever o seu dia e dizer: “Consegui concretizar X, Y ou Z?” 

Transfira para a sua vida as sugestões de sua escolha.

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Sessão 34: Desfrutar sem culpa

Objectivos:

  Ajudar os participantes a ser assertivos consigo próprios, planeando e

introduzindo a sua vida quotidiana agrados, recompensas, cuidados eprazeres.

Procedimentos:

  Reitere a importância de se valorizarem e recompensarem a si próprios,

com a incorporação de elementos que gostam nas suas vidas. Peça aos

participantes que, de futuro, planeiem conscientemente, para cada dia,

pequenos agrados nas suas vidas, e agrados mais importantes mensalmenteou anualmente.

  Peça a cada participante que informe o grupo sobre o seu compromisso em

tentar algo de novo.

  Peça aos parceiros de cada par que arranjem maneira de se contactar

semanalmente durante um mês, para conferirem o seu progresso em

relação os compromissos A, B, C do documento “desfrutar sem culpa”. 

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

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Desfrutar sem culpa

Primeira Parte

a)  Coisas que gosto de fazer e faço:

b)  Coisas que gosto de fazer e não faço:

c)  Coisas que gostaria de fazer pela primeira vez:

Segunda ParteEstabeleça agora o compromisso de fazer mais de a), começar a fazer alguma coisa

de b) e tentar fazer alguma coisa de c).

Compromissos de aumentar o meu contentamento:

a)

b)

c)

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

125

Sessão 35: Vangloriar-se ou afirmar-se

Objectivos:

  Levar os participantes a concentrarem-se exclusivamente nas suas

qualidades  Encorajara o reconhecimento da valia e aceitabilidade da afirmação franca

dessas qualidades

  Praticar a competência da auto-afirmação.

Procedimentos:

  Explique que os participantes se vão concentrar exclusivamente nas suas

qualidades, entregue o documento “Auto-avaliação das qualidades”. Peça-lhes para marcarem com um circulo as qualidades que têm sempre ou em

determinado momento. Explique que não se trata de uma competição para

descobrir quem tem mais ou menos dificuldades, mas é uma oportunidade

para se verem a si próprios de forma honesta e generosa.

  Divida os participantes em grupos. Diga-lhes para estabelecerem a ordem

em que afirmarão as suas qualidades perante o resto do grupo. Exponha as

qualidades que tem dando um breve exemplo e precedendo cada qualidadecom “gosto de mim porque eu sou...porque...” . 

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Ser + Eu_______________________________________________________________________________________________________________________________________________  

 Auto-avaliação das qualidades

Coloque um circulo nas qualidades que possui. Pode ter estas qualidades em

todas as ocasiões ou em parte delas.

Aceita o risco Com princípios Especial Interessado

Aceita-se Compassivo Espírito aberto Interessante

Acolhedor Comunicativo Espontâneo Justo

Ambicioso Confiável Estável Não ajuizador

Amigável Construtivo Estimulante Optimista

Amistoso Corajoso Expansivo Paciente

Amoroso Cortês Expressivo Perspicaz

Animado Curioso Extrovertido Pleno de recursos

Assertivo Dinâmico Flexível Ponderado

Atento Diplomata Franco Positivo

Atraente Directo Generoso Prestável

Aventureiro Divertido Honesto Realista

Bondoso Eficaz Humano Respeita-se

Calmo Eficiente Igualitário Responsável

Caloroso Eloquente Imaginativo Seguro de si

Capacitador Empenhado Incentivador Sensível

Carinhoso Empreendedor Independente Simpático

Carismático Engenhoso Informado Sossegado

Com aspirações Entusiasmante Inspirador Tolerante

Com iniciativa Entusiasta Inteligente Único