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www.paroquiasantateresinha.com.br Ano VI - Número 64 - Maio de 2012 Assim começa a família M A T R I M Ô N I O Formação Paulo Henriques fala sobre o Sacramento do Matrimônio pág. 4 Destaque Relembre como foi celebrada a Semana Santa na paróquia págs. 8 e 9 Entrevista Há mais de 50 anos juntos, casal fala sobre a vida matrimonial em comunhão com Cristo pág. 16

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www.paroquiasantateresinha.com.brAno VI - Número 64 - Maio de 2012

Assim começa a família

MATRIMÔNIO

FormaçãoPaulo Henriques fala sobre o Sacramento do Matrimônio

pág. 4

DestaqueRelembre como foi celebrada a Semana Santa na paróquia

págs. 8 e 9

EntrevistaHá mais de 50 anos juntos, casal fala sobre a vida matrimonial em comunhão com Cristo

pág. 16

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Santa Teresinha em Ação 2

No dia 13 de Maio de 1917 os pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria. De repente, observaram dois cla-rões como de relâmpagos, e em seguida viram sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de be-leza incomparável.Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pe-los raios do sol mais ardente.Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um Rosá-rio. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés.Lúcia jamais conseguiu descrever perfei-tamente os traços dessa fisionomia tão bri-lhante. Com voz maternal e suave, Nossa Se-nhora tranquiliza as três crianças, dizendo:“Não tenhais medo. Eu não vos farei mal. Vim para pedir que venhais aqui seis me-ses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma sétima vez. Rezem o Terço to-dos os dias, para alcançarem a paz para o mundo, e o fim da guerra.”Em seguida, cercada de luz, começou a elevar-se serenamente, até desaparecer.

E assim se procedeu nas seis outras apari-ções, com o pedido veemente para a reza do terço, e conforme prometera no dia 13 de outubro ela se revela quem é:“Quero dizer-te que em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas”.Hoje também a linda Senhora nos convida a reza do terço diariamente pela paz no mundo! Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!Para conhecer melhor todas as aparições de Nossa Senhora de Fátima, acesse o site http://www.devotosdefatima.org.br/aparicoes2.html

Ir. Cleonice Ap. Lourenço, FMA

Caro Leitor,

Maria do MêsNossa Senhora de Fátima

IndicamosPonto de Decisão

estamos em pleno Mês das Noivas. Pode soar muito comercial este título, mas, se-gundo o padre e teólogo Pedro Iwashita, do Instituto Teológico de São Paulo, tudo indica que esse título remonta a uma tradição importada dos países do hemisfério norte, onde maio é um mês muito importante para os costumes populares. “Naquela parte do mundo, a chegada de maio é celebrada com muitas f lores, em homenagem à natureza que ref loresce e à primavera que por lá atinge a plenitude. Ao longo dos sé-culos, esses elementos foram sendo associados à celebração do amor no casamento. Essa mesma ligação com as f lores e a feminilidade fez com que maio, além de mês das noivas, também fosse considerado o mês das mães e de Maria”.Sendo mês das mães, seria coincidência ou providência que o Dia do padroeiro das grávidas São Domingos Sávio se comemorasse a 06 de maio? O porque dessa devo-ção você encontra no artigo do Caiá, na página 5. Outra coincidência ou providência que nos vem à lembrança é que será que por ser o Mês de Maria é que se comemoram dois títulos de Nossa Senhora, dia 13 Fátima e dia 24 Auxiliadora? Pelo sim pelo não, você pode conhecer as duas histórias, a de Fátima na página 2 como Maria do Mês e a de Auxiliadora, na página 5. Mas voltando ao título de Mês das Noivas, mesmo sendo comercial, quisemos lançar sobre ele uma visão de Igreja e daí vem então o grande número de artigos sobre o assunto. Desde o fundamento bíblico, dado por Paulinho na coluna Formação (pág. 4), passando pelas formas de se preparar para um casamento católico oferecidas pela Pastoral Familiar em sua coluna (pág. 11), até a compreensão de porque os jovens, mesmo contestando a sociedade ainda fazem questão de se casar na Igreja, conforme nos relata Mel na coluna Tá Ligado (pág. 13).Por ser um momento de grande importância na vida da família que se inicia, o casa-mento também é, nesta edição, objeto de explicação de Dr. Ricardo sobre os exames pré-nupciais necessários (pág. 14) e os direitos e deveres que dele advém, explicita-dos na coluna de Direito (pág. 11) do Dr. Aloísio. Certamente todos gostaríamos de ter um casamento capaz de inf luenciar nossos filhos, como nos relata a pequena Júlia na pág. 13 e para isso, nada melhor que tornar a data inesquecível. Essa ajuda pode vir de um cerimonial calmo, dedicado e simpático, como nos oferece a paróquia, através do trabalho voluntário de duas senhoras que você pode conhecer melhor na pág. 4.Enfim, pelo tamanho deste editorial, você percebe o quanto de novidades a respeito de um só tema conseguimos trazer a você caro leitor. Aproveite e faça uma boa lei-tura!

SC Carlos R. Minozzi

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Melissa e Thony Brandão - Foto: New Star

Expediente

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 – São Paulo – SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb - 48.108Usina Projetos Editoriais (11) 3872-5776

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

A estrada do amor verdadeiro sempre é es-buracada. No filme, o casal, depois de mui-tos anos de casamento, se vê testado pelas reviravoltas da vida. Um acidente de carro obriga Clarice a suspender temporariamen-te as suas atividades, e o casal tem que lidar com tentações carnais, problemas financei-ros e desafios emocionais que ameaçam o amor que um sente pelo outro. O filme está disponível para compra e locação.

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Santa Teresinha em Ação 3

Há 25 anos disseminando o amor e a fraternidade

Dom Tomé Ferreira da Silva, Vigário Epis-copal da Região Ipiranga, em São Paulo, carrega, em seu berço, uma formação reli-giosa muito forte. Nascido em Cristina, ci-

dade mineira que, dentre outros costumes, é tradicionalmente católica, foi a fonte de inspiração e o lugar onde o bispo recebeu sua missão. Ordenado padre em 1987, Dom Tomé começou sua vida sacerdotal no Semi-nário Diocesano Nossa Senhora das Dores, isso em 1975.

Antes de se tornar sacerdote, Dom Tomé já trilhava o caminho da vida monástica e esco-lheu, para estudar, temas que de uma forma e de outra lhe auxiliariam na missão. Com isso, em 1982 se formou em Filosofia e, em 1986, formou-se em Teologia, pela Universi-dade Católica do Rio de Janeiro. Além disso, também é bacharel em Estudos Sociais e em História.Para se aprofundar ainda mais, escolheu cur-sar mestrado em Roma, pela Universidade Gregoriana, que foi concluído em 1993. Dentre os inúmeros trabalhos pastorais do bispo, se destacam o serviço prestado a dio-cese de Campanha, onde trabalhou nas pa-róquias Nossa Senhora das Dores, em Boa Esperança; paróquia Santa Isabel, em He-liodora; Santa Catarina de Alexandria, em Netércia; Nossa Senhora da Conceição, em Conceição das Pedras; e na Sagrada Família, em Três Corações. Depois destes trabalhos, todos com muito empenho, Tom Tomé foi eleito bispo em 9 de março de 2005 e ordenado no dia 13 de maio do mesmo ano. Tomou posse de Bispo Auxi-liar na Arquidiocese de São Paulo no dia 28 de

maio de 2005.Além de ser Vigário Episcopal da Região Ipi-ranga, Dom Tomé também é Vigário Geral da Arquidiocese de São Paulo, Bispo Assessor da Pastoral Vocacional dos Seminários e da Di-mensão Missionária na Arquidiocese de São Paulo. Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Tomé é Bispo Referencial para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso no Regional Sul 1 da CNBB.Com todo este gabarito, Dom Tomé é respon-sável, em sua região, por mais de 35 paróquias e 6 capelas distribuídas nos diversos bairros da Região Ipiranga. E, para quem quiser conhecer mais o bispo, pode acompanhar seus “posts” no blog que alimenta de informação, o Blog Tomé, em www.domtome.comAlém disso, no site da própria Região Ipiran-ga, pode-se ouvir “podcasts” (gravações) com algumas opiniões do bispo sobre determina-dos assuntos. O último postado foi sobre a de-cisão do Superior Tribunal de Justiça, sobre o aborto de bebês anencefálicos. www.episcopal ipiranga-sp.org.

Nosso Pastor

Na conhecida canção ‘Maria de Nazaré’ nós cantamos: “Maria que fez o Cristo fa-lar. Maria que fez Jesus caminhar”. É bem assim: o Filho de Deus, fazendo-se huma-no, não só teve mãe como aprendeu com ela tudo o que uma criança aprende no seu processo de crescimento. Maria torna--se assim a educadora de Jesus. Do alto da cruz, ao entregá-la aos cuidados de João, Nosso Senhor a entrega também a toda a humanidade; torna-se assim a Mãe de to-dos nós, e também nossa educadora na fé.Esta experiência de ter Maria como mãe e educadora foi vivida intensamente por San-ta Teresinha. Quando perdeu a sua mãe, em tenra idade, acolheu a Mãe do céu como mãe em todas as circunstâncias. É o que ela experimenta sobretudo ao longo da doen-ça que a acometeu ainda menina: não tendo achado nenhum remédio na medicina hu-

mana recorre à graça divina, e, no sorriso da Mãe do céu reencontra a saúde perdida.Já no Carmelo, aprofunda ainda mais o sentido da sua filiação mariana, tendo Ma-ria como exemplo de oração, de contem-plação, de serviço e sacrifício. Espelha-se na Virgem pura para ser ela também toda pura, rica das graças que Deus concede àqueles que se entregam a Ele inteiramen-te. Na contemplação do mistério da Cruz, ao oferecer-se ao amor misericordioso como vítima, tem em Maria o estímulo e a presença firme e carinhosa que não a deixa esmorecer. Em todos os momentos, Maria é a mãe bondosa que guia, que eleva, que conduz sempre mais para perto do seu Di-vino Filho.O mesmo se dá com Dom Bosco. No sonho profético dos nove anos, o Bom Pastor in-dica ao menino aquela que lhe será Mestra,

a quem ele já tinha aprendido a saudar três vezes ao dia com a oração do Ângelus. Ao longo de sua vida, em todas as suas múl-tiplas e variadas atividades, a presença de Maria sempre se faz sentir. Não por acaso, ele vai exclamar: “Foi ela quem tudo fez”.Nos títulos de Imaculada e Auxiliadora ele condensa todo um programa de vida para os seus jovens. Enquanto preservada de todo pecado, Maria é aquela que ensi-na a viver intensamente a graça de Deus, colocando o Seu amor acima de tudo. O amor exige dedicação e, para amor pleno, dedicação plena. Auxiliadora dos cristãos, Maria é a guia de um exército em ordem de batalha. Ela conduz os cristãos pelas lutas da vida, conduzindo-os à vitória, vitória do amor.O exemplo de Dom Bosco e de Santa Te-resinha nos estimula a tomarmos também

nós Maria como Mãe, como Modelo, como Educadora em tudo o que fizermos. Sob a sua direção segura, aprenderemos a amar e servir, do mesmo modo que ela sempre fez, da mesma maneira que Jesus nos indi-ca. Sob o seu poderoso amparo, com o seu auxílio em todos os momentos, nos fortale-ceremos e encontraremos as respostas cer-tas para os problemas do dia a dia, e a força necessária para combatermos em todas as lutas do dia a dia. Seja ela, Mãe e Auxiliado-ra, nossa Educadora sempre, a interceder por nós, agora e sempre.Um abraço carinhoso a todos.

Palavra do Pároco

Mãe, a que educa com um sorriso

Uma vida dedicada à missão

Pe. Camilo P. da SilvaPároco de Santa Teresinha

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Santa Teresinha em Ação 4

Quando Adão contemplou a mulher que Deus lhe havia dado por companheira com-preendeu que havia sido chamado para for-mar uma unidade duradoura: “Deixará o homem a seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e se tornarão uma só carne” (Gn 2,24) .De um extremo a outro a Escritura fala do ca-samento e do seu “mistério”, de sua institui-ção e do destino que lhe foi dado por Deus, de sua origem e do seu fim, das suas diversas re-alizações ao longo da historia da salvação, das dificuldades provenientes do pecado e de sua renovação na Nova Aliança. (Cf Ef 5,31-32). A Escritura abre-se com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26-27) e se fecha com as “núpcias do Cordeiro”. (Ap 19,7-9)., (Cf Catec 1602). Assim torna-se claro que o matrimonio não é uma invenção humana. Sua instituição existe desde o principio. Deus criou o homem por amor e o chamou para o amor, vocação fun-damental e inata de todo ser humano, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus-Amor. Criados homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. (Cf Catec 1604).Todo o homem sofre a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiên-cia também se faz sentir nas relações entre o homem e a mulher, cuja união sempre foi ameaçada pela discórdia, pelo espírito de do-minação, pela infidelidade, inveja e por con-flitos que podem chegar ao ódio e à ruptura. Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher precisam da graça e misericórdia de Deus. Deus jamais recusa Sua Graça e sem ela o homem e a mulher não conseguem atin-gir a perfeição da união de suas vidas. Jesus foi questionado pelos fariseus sobre a le-gitimidade da carta de divórcio prevista na lei de Moisés e diante da questão sua palavra foi forte: “O que Deus uniu, o homem não sepa-re”. (Mt 19,6).Jesus restabelece a ordem ini-cial da criação. Ele mesmo dá a graça para viver o casamento na dimensão do Reino de Deus. O Matrimonio cristão é sinal eficaz da alian-ça de Cristo com a Igreja e isto é o que Paulo quer fazer entender quando diz: “E vós, ma-ridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela a fim de purificá-la” (Ef 5,25-26).Paulo Henriques

O Sacramento do Matrimônio

FormaçãoFamília Salesiana

Um sonho como guiaQuando pensamos em um projeto de vida, temos como referência nossa realidade (quem somos, aquilo que fazemos e vivemos, nossos limites, nossa qualidades) e nossos sonhos, isto é, o ponto em que queremos chegar. Estabelecidos esses extremos, tri-lhamos o caminho necessário a ser feito (o que preciso fazer? Como vou mudar? Como isso será diferente em minha vida?).O Sonho dos Nove Anos de Dom Bosco teve dois aspectos em sua vida: um profético e outro norteador. Profético, pois indicou àquela criança qual seria a missão de sua vida: cuidar das crianças e jovens, educando e evangelizando-os. Norteador, porque nos momentos de dificuldade de sua vocação, era para esse sonho que Dom Bosco se vol-tava para reencaminhar sua vida. E é sobre esse segundo aspecto que gostaria de me deter.Esse sonho, em um primeiro momento, não ficou claro para aquela criança, tanto é que

uma das frases marcantes da mu-lher que aparece é: “A seu tempo tudo compreenderás”. O sonho foi tomando forma e vida con-forme João Bosco caminhava em sua vocação. Com certeza houve momentos em que ele questionou se valia a pena esse sonho, se ele era capaz de alcançar tal objetivo, existiram momentos de entusiasmo e espe-rança, mas também os de crise e increduli-dade. Contudo, a formação recebida em sua casa e sua experiência de fé deram elemen-tos para não desistir do sonho, que outrora fora profético, mas que com o tempo passou a ser seu projeto de vida.Em nossas vidas, pode ser que não tenhamos sonhos proféticos como os de São João Bos-co, mas com certeza sonhamos com realiza-ções que são importantes para nós. A exem-plo do santo, precisamos torná-los projetos de vida. E como todo projeto, temos que

conhecer nossa realidade, onde queremos chegar, para saber trilhar o caminho.Nesse mês de maio, em especial, voltemos nossos olhos para Nossa Senhora Auxiliado-ra. “Foi Ela quem tudo fez” na vida de São João Bosco, pois ele depositara com inteira confiança todos seus sonhos, seu projeto de vida nas mãos dela. Roguemos para que ela também nos cubra com seu manto de amor e nos ajude a conciliar nossos projetos e so-nhos com aqueles que Deus tem para nós.Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós.

Roberto Giannini Macedo

O momento mais importante para os casais prestes a se unirem pelo matrimônio depen-de da equipe voluntária do Cerimonial da Igreja Santa Teresinha. À frente do Cerimo-nial e também na organização da lojinha e dos bazares de Santa Teresinha, estão duas voluntárias: a Salesiana Cooperadora Eliana Regina Vaz Minozzi e Nadir Monti Pinto.A disposição desta afinada dupla reflete o

que é ser Igreja em sintonia com Deus em todos os momentos do trabalho voluntá-rio frente ao Cerimonial da Paróquia. Nos finais de semana, Eliana e Nadir estão a postos com energia à toda prova para que as cerimônias dos casamentos sejam inesque-cíveis. Com muito carinho e comprometidas na orientação das noivas, dos padrinhos, das famílias, dos convidados, na organização da

documentação, na agenda e ho-rários a serem cumpridos nas cerimônias, esta dupla realiza na Paróquia, de coração aberto, a longa jornada voluntária às sextas-feiras e sábados. “Quan-do chegamos, a primeira coisa que fazemos é no Sacrário, em oração, pedir permissão a Deus - ‘estamos aqui a Seu serviço, pedimos que o Senhor passe à frente do nosso trabalho’. “Como dizia Dom Bosco, ‘O Senhor colocou-nos no mundo para os outros’ e esta é nossa

forma de servir” afirma Eliana. Eliana assumiu o Cerimonial a convite do Pe. Mauro Chiarot, pároco entre 2000-2007. Nadir integrou-se ao Cerimonial após convite do Pe. Mauro Bombo (2007). “É uma benção estar na Igreja servindo a Deus por meio deste trabalho voluntário. É muito prazeroso. Ser Igreja é você se dedi-car aos serviços pastorais”, afirma Nadir.As voluntárias destacam o apoio do novo pá-roco Pe. Camilo P. da Silva e a especial com-preensão de suas famílias. “Gostaríamos de agradecer nossas famílias porque têm muita paciência. Todas as sextas-feiras e sábados, nossos maridos nos esperam aqui até o en-cerramento dos trabalhos e, muitas vezes, nos ajudam a arrumar o altar e depois colo-car tudo no lugar. Eles acabam fazendo ser-viço voluntário junto. Fica tudo em família”.Nadir e Eliana destacam ainda: “Só temos a agradecer a Deus por nos ter proporciona-do esse trabalho e se alguém quiser colabo-rar, nosso convite está feito. As portas estão abertas”.

Eu sou Igreja

Eliana Regina Vaz Minozzi e Nadir Monte Pinto: as cerimonialistas da paróquia

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Santa Teresinha em Ação 5

Esta invocação mariana encontra suas raí-zes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça so-bre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cris-tãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladai-nhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos. No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxi-liadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os esta-dos pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês

seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vi-tória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cati-vo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua pro-messa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos fo-ram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice. Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.O grande apóstolo da juventude, Dom Bos-co, adotou esta invocação para sua Congre-

gação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que di-funde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Con-de Cavour, no auge dos ódios políticos e re-ligiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades. No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Tu-rim, de um santuário, que foi dedicado a Nos-sa Senhora, Auxílio dos Cristãos.A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o títu-lo Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o

seu amor e a sua gratidão para com Nossa Se-nhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Ma-zzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão. Dom Bosco ensinou aos mem-bros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXI-LIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Au-xiliadora a ponto de Ela ser conhecida tam-bém como a “Virgem de Dom Bosco”.Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Au-xiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.Fonte: Canção Nova

www.cancaonova.com

Devoção a Nossa Senhora AuxiliadoraEspecial

Vamos conhecer um garoto que marcou profundamente a vida de Dom Bosco, dos oratorianos e dos salesianos. Trata-se de São Domingos Sávio, cuja festa co-memoramos dia 06 de maio.Nasceu dia 2 de abril de 1842 em San Giovanni di Riva, perto de Chieri, província de Turim (Itália); e morreu em Mondônio, em 9 de mar-ço de 1857. Foi beatificado em 05 de março de 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954.Garoto alegre e sereno, foi admitido com ape-nas sete anos à primeira Comunhão, quando traçou num caderninho o seu projeto de vida: “Vou me confessar muito frequentemente e farei a comunhão sempre que o confessor me permitir. Quero santificar os dias festivos. Meus amigos serão Jesus e Maria. Antes a morte, que o pecado”.Domingos era um de três filhos de um ferreiro e cresceu com desejos de ser um padre. Quan-do São João Bosco começou a treinar jovens como clérigos para ajudá-los no cuidado de

meninos de rua, em Turim o padre da paróquia de Domingos o recomendou a João Bosco.O Primeiro encontro se deu em 02 de outu-bro de 1854, quando Sávio já com 12 anos, foi questionado por Dom Bosco: “Parece-me que temos aqui um bom tecido”. Domingos respondeu: “Eu serei o tecido; o senhor en-tão, seja o alfaiate”. E completou: “Ajuda-me a ser santo”.Naquele momento, Dom Bosco admirado com sua maturidade humana e cristã, aco-lheu-o no Oratório. Domingos Sávio era afável, sempre sereno e alegre, coloca grande empenho nos deveres de estudante e no serviço aos colegas, de to-dos as formas, ensinando-lhes o Catecismo, assistindo aos doentes, pacificando as brigas...Aos colegas que chegavam ao Oratório ele dizia: “Saiba que aqui, nós fazemos consistir a santidade em estar muito alegres”. Procu-ramos “somente evitar o pecado, como um grande inimigo que nos rouba a graça de Deus e a paz do coração e impede de realizar os nossos deveres com exatidão”.

Além de Dom Bosco, Mamãe Margarida e os oratorianos, sempre notavam e se admiravam com o exemplo, o carinho, a alegria, a dedi-cação aos deveres, e a devoção de Domingos Sávio, que era sempre firme em seu objetivo, em tudo participava, vivendo intensamente a prática dos sacramentos e a devoção a Maria, revelando cada vez mais seus dons especiais dados por Deus. Chegando até a entrar em êxtase profundo quando se coloca em oração.Movido por esses dons espirituais especiais, onde reconhecia a necessidade das pessoas, algumas vezes pedia que Dom Bosco o acom-panhasse pelo vilarejo de Valdocco, onde sentia ter algum enfermo precisando de uma oração, que muitas vezes ocasionava em cura aos doentes visitados.Uma dessas visitas, foi muito familiar, quando Domingos Sávio, muito inquieto e preocupa-do coma gravidez de sua mãe, pediu que Dom Bosco o acompanhasse urgentemente até sua casa, que ficava a considerável distância do Oratório. Partiram rápido e chegaram a tem-po de auxiliá-la no parto difícil de sua irmã.

Passado um tempo, o pequeno Sávio, que despontava em sabedoria e graça, rumo à vocação religiosa, fragilizou-se pela enfermi-dade adquirida, sendo aconselhado por Dom Bosco a se tratar em Mondônio, ficando mais próximo de seus familiares.Foi também aquele um momento de adeus, de despedida de um amigo que emocionou e tocou fundo o coração de Dom Bosco, que chorava sempre quando lia sua biografia.Pio XI definiu-o como “pequeno, ou me-lhor, grande gigante do espírito”. É patrono das mulheres grávidas, e por sua intercessão registram-se todos os anos um surpreende número de graças.

Grande abraço a todos Cariolando Soares Siqueira – (Caiá)

São Domingos Sávio: o garoto Santo do OratórioNosso Oratório

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Santa Teresinha em Ação 6

Estreia

JMJ 2013

Juventude: uma meta de vida da Família Salesiana

A todo vapor!

Em nosso último artigo, falamos sobre o novo pátio salesiano, utilizando as novas tecnologias como possibilidade de apro-ximação dos jovens e de seu mundo. De fato, a proximidade com a juventude é condição fun-damental para a missão de todo aquele que quer viver o carisma salesiano. Não se pode vivê-lo apenas à distância.O Reitor Mor, Padre Pascual Chávez, na Es-tréia 2012, explicitamente pede que, como Dom Bosco, façamos o esforço máximo para salvar os jovens:“Deus está pedindo a cada membro da Fa-mília Salesiana que sacrifique a si mesmo em favor deles. Viver a missão não é, por-tanto, um ativismo vão; pelo contrário, é conformar nosso coração com o coração do Bom Pastor que não quer que nenhu-ma de suas ovelhas se perca. É uma missão profundamente humana e profundamen-te espiritual. É um caminho de ascese; não se dá presença animadora entre os jovens sem ascese e sacrifício. Perder alguma coi-sa, ou melhor, perder tudo para enrique-cer a vida dos jovens, é o que sustenta nossa dedicação e nosso empenho.”É pedido a cada um de nós (muitas vezes com sacrifício) que sejamos presença entre os jo-vens. E não qualquer tipo de “estar ali”, mas

presença animadora ! Ou seja, é preciso que nos aproximemos dos jovens e façamos um esforço de comunicação para estarmos com eles. Assim, o “pátio” onde devemos estar não se refere tanto a um lugar geográfico, mas a um espaço onde os jovens estão. Dom Bosco assim fazia, visitava os jovens em suas situações mais difíceis, nas ruas e cadeias, inclusive. Entre brincadeiras, conversas e muita diversão, Dom Bosco tinha um jeito especial de se aproximar dos jovens e ganhar a confiança deles.Ainda que tenhamos, como Família Salesia-na, muitas oportunidades de acompanha-mento e motivação de grupos, esta animação não pode dar-se somente no “plural”. Se quisermos, de fato, ser presença animado-ra entre os jovens, devemos descobrir suas diferenças individuais, procurar pelo diálo-go e afeição, enten-der como cada um enfrenta suas d i f i c u l d a -des, seus medos e a n g ú s -tias e

como constrói o seu projeto de vida. Cada jovem é único. Animar de modo autên-tico é ter em conta o seu temperamento, seus gostos, suas inclinações, seus interesses e capacidades. Estar presente, saber escutar, valorizar suas descobertas, ajudá-los a ter uma visão positi-va de si mesmos (construção da auto-estima) e a obter autonomia com responsabilidade são tarefas não só da família, mas de todo aquele tem no coração o pulsar do carisma salesiano. Nos próximos artigos, veremos como ex-periências assim são possíveis quando se cria um ambiente aco-lhedor em nossos oratórios, obras so-

ciais, escolas e paróquias. Que Maria Auxi-liadora, lembrada de modo especial nesse mês de maio, seja nossa pedagoga e mestra também.

Pe. Marcos Sérgio, SDB

Responsáveis pela organização da JMJ se encontram para plane-jar a Semana MissionáriaPara que a Semana Missionária (dias antes da Jornada Mundial da Juventude) que aconte-cerá no ano que vem, no Rio Janeiro, seja um sucesso e desperte, de fato, a real vontade do jovem seguir Jesus Cristo, já tem muita gente trabalhando. Prova disso, foi que no começo de abril os as-sessores das Comissões Episcopais das Pasto-

rais da Juventude, Ecumenismo, Ministérios Ordenados, Caridade, Justiça e Paz, Educação e Cultura, representantes dos Salesianos, en-tre outros, se reuniram para planejar e discutir as atividades que serão oferecidas aos jovens durante a Semana que antecede a JMJ. A importância do planejamento das ativida-des se dá por conta das diferentes culturas dos milhares de jovens que participarão do evento. Não se pode contemplar a um gosto, apenas, é preciso atingir a todos, sem discri-

minação ou segregação. Para não perder a cruz de vista!

Jovens conectados lançam novo hotsite do Bote FéPara que os jovens de todo o mundo sigam a Cruz, símbolo da Jornada Mundial da Juven-tude, o movimento Bote Fé acabou de lançar o novo hotsite que, dentre outras novidades, permite que o internauta tenha, em um mes-mo lugar, todas informações sobre a Cruz e

sua andança pelo Brasil. (www.jovensconecta-dos.org.br/botefe).Além de seguir a Cruz, os internautas podem ter a real sensação e conferir como que foi a passagem da Cruz por meio de fotos e vídeos disponibilizados no site. Para se ter uma ideia, o site já conta com mais de mil fotos.Ainda com o intuito de seguir a Cruz nos qua-tro cantos do país, o internauta pode baixar o aplicativo Siga a Cruz, desenvolvido especial-mente para a JMJ Rio 2013.

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Neste terceiro encontro sobre o texto da Campanha da Fraternidade deste ano anali-saremos os fatores que interferem na saúde em geral. Todos sabem e têm acompanhado pela imprensa que, ultimamente, o setor da saúde tem passado por profundas trans-formações em diversos aspectos: demo-gráficos, epidemiológicos, tecnológicos e nutricionais. Nesta edição, vamos falar, pri-meiramente, sobre os aspectos demográfi-cos e os epidemiológicos.

Transição demográficaNas últimas décadas a expectativa de vida no Brasil tem apresentado evolução significati-va. Segundo o IBGE, em 2008, a esperança de vida dos brasileiros, ao nascer, chegou a 72 anos. De 1980 a 2000, a população de idosos cresceu 107%, enquanto a dos jovens de até 14 anos cresceu apenas 14%. Um dos fatores que contribuiu para maior longevi-dade da população foi a melhoria, no Brasil, das condições de vida em geral. O número de idosos aumentou e já chega a 21 milhões de pessoas. As projeções apontam para a duplicação deste contingente nos próximos 20 anos, ou seja, ampliação de 8% para 15%. Por outro lado, o percentual de crianças e jovens está em queda. Isto significa que uma impactante transição demográfica está em curso em nosso País.

Considerando as projeções, a transição de-mográfica mudará a face da população brasi-leira. Segundo estimativas, em 2050, haverá 100 milhões de indivíduos com mais de 50 anos, ocasionando reflexos diretos no setor da saúde. De acordo com o Suplemento de Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio em 2008, apenas 26,6% dos idosos declararam não ter doenças. Entre aqueles com 75 anos ou mais, este percen-tual caiu para 19,7%. Quase metade (48,9%) dos idosos sofria de mais de alguma doença crônica, especificamente na faixa a partir de 75 anos, o percentual atingia 54%.A hipertensão afeta metade dos idosos. Dores na coluna, artrite, reumatismo são doenças muito comuns entre as pessoas de 60 anos ou mais.Tudo isso indica que, se não for implantada uma política agressiva de prevenção de do-enças e promoção da vida saudável, haverá uma população de idosos com vários proble-mas de saúde, o que transtornará o sistema de saúde e dificultará seu financiamento.A Igreja sempre atenta a este novo perfil que se desenha na população brasileira, por meio da Pastoral da Pessoa Idosa, desenvol-ve ações para a consolidação dos direitos das pessoas nesta etapa da vida e para que tenham acesso a políticas públicas de saúde e à assistência social, que a idade requer.

Transição epidemiológicaNo passado recente, doenças infecto-para-sitárias, com desfecho rápido, eram as prin-cipais causas de morte na população brasi-leira, chegando a 26% do total de mortes. Nas últimas décadas, porém este cenário modificou-se e tais doenças, atualmente, representam apenas 6,5% dos óbitos. No entanto, as doenças crônico-degenerativas (como diabetes, hipertensão, demências),

os cânceres (neoplasias) e as causas exter-nas (mortes violentas) assumiram o papel de principais causas de mortalidade. O tra-tamento e a reabilitação dos pacientes aco-metidos por estas doenças figuram entre os altos custos do sistema de saúde.Na próxima edição, falaremos sobre os as-pectos tecnológicos e nutricionais.

Ir.Valentina Augusto, FMA

Panorama atual da Saúde no Brasil

Santa Teresinha em Ação 7

Campanha da Fraternidade

Por Dentro do SUS

Saúde amplia assistência a pacientes com AVCO Ministério da Saúde (MS) vai ampliar o atendimento às vítimas de Acidente Vas-cular Cerebral (AVC), que passarão a ter assistência integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as novidades, está a incorporação do trombolítico alteplase e o fornecimento de serviços habilitados para assistência às vítimas de AVC.A Portaria n° 665/2012 prevê a criação dos Centros de Atendimento de Urgência, clas-sificados em três tipos, dependendo do por-te e capacidade de atendimento. Estes cen-tros desempenharão um papel de referência no tratamento aos pacientes com AVC. A criação dos centros será articulada entre go-verno federal, estados e municípios.

“O nosso esforço é ampliar a rede de aten-ção básica, de prevenção e de tratamento com o objetivo de reduzir casos e óbitos. A linha de cuidado do AVC é uma das nossas prioridades e a incorporação tecnológica de qualquer procedimento ou medicamentos tem padrões para ser realizada”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.Até 2014, segundo o MS, serão investidos R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de AVC. Do total de recursos, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Serão criados 1.225 novos leitos nos 151 mu-nicípios onde se localizam os 231 pronto-so-corros, responsáveis pelo atendimento de ur-gência e emergência especializado em AVC.

Sobre o AVCO AVC é uma das mais importantes causas de mortes no mundo. Popularmente conhe-cido como derrame, a doença atinge 16 mi-lhões de pessoas no mundo a cada ano. Des-tes, seis milhões morrem. Para enfrentar a epidemia silenciosa que ocorre no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença, com o objetivo de colocar o tema em desta-que na agenda global de saúde.No Brasil, em 2011, foram realizadas 172.298 internações por AVC (isquêmico e hemor-rágico). Em 2010, foram registrados quase 100 mil mortes por AVC.

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Destaque

A Semana Santa da paróquia foi marcada por emoção e reflexão a cerca do sacrifício de Jesus CristoA Semana Santa de 2012 foi celebrada na Paróquia Santa Teresinha de uma maneira muito profunda em seus inúmeros momen-tos de reflexão, missas, procissões, adora-ção, com maciça participação da comunida-de de forma diária e consistente.Para se ter uma ideia, a Semana Santa da paróquia começou nos três dias que antece-deram o real tríduo pascal, preparando com carinho e piedosa participação os momen-tos fortes da semana.Já na segunda-feira, dia 02 de abril, a mis-sa das 19h30 foi seguida pela reza do Ter-ço Luminoso, onde os fiéis participantes transformaram-se em contas de um rosário dando vida às orações da Ave-Maria e do Pai-Nosso.Da mesma forma, na terça-feira, também após a missa das 19h30, dia em que o casal Rosely T. e José Atikian Jr. celebraram suas bodas de prata com especial bênção de Pe. Camilo, aconteceu a Via-Sacra que, este ano, trouxe uma inovação: ao invés dos fiéis caminharem ao redor da igreja, permane-ceram em seus lugares, tendo as estações da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

projetadas em uma tela colocada sobre o presbitério.

Quinta-Feira da PaixãoChega então a Quinta-feira Santa, dia em que se inicia o Tríduo Pascal, data que celebra-se a instituição da Eucaristia, lembrada por Pe. Camilo em sua homi-lia. É neste momento que a humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo é relembrada através da significativa cerimônia do Lava--Pés que, este ano, em consonância com a Campanha da Fraternidade, teve, na Paró-quia Santa Teresinha, representando os apóstolos, paroquianos ligados à área da saúde.

Sexta-Feira da PaixãoNa Sexta-Feira Santa, o reinício da Ado-ração ao Santíssimo Sacramento na capela montada no salão paroquial trouxe, desde às 7h da manhã, o afluxo de fiéis para uma compungida oração diante do Sacrário. Às 9h, uma movimentação incomum no estacionamento da paróquia: são fiéis que, tradicionalmente, participam da Via--Sacra pelas ruas do bairro conduzidos por Pe. Chico.A tarde da sexta-feira trouxe, às 15h, a ce-lebração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, momento de reflexão sobre a dor

Uma Semana profunda e santa

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As contas do rosário adquirem vida no

Terço Luminoso

Fiéis acompanham atentos a Via Sacra

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1. Pe. Camilo repete o gesto de humildade de Jesus 2. A comunidade acompanha Pe. Chico pelas ruas 3. Celebrantes se prostram na celebração da Paixão 4. O Senhor Morto é levado pelas ruas do bairro 5. As Verônicas lamentam o sacrifício de Jesus 6. Jesus venceu a morte! É Páscoa!

Veja todas as fotos emhttp://paroquiasantateresinha.com.br/

uma-semana-profunda-e-santa/

que representa para todos a condenação e a execução de Jesus por crucifixão. O significado do silêncio deste momento é motivo da homilia de Pe. Camilo.

Aleluia: Jesus ressuscitou!Mas chega o sábado à noite e em clima de grande alegria a comunidade se reúne para receber a boa notícia: o Senhor ressuscitou! Em sua homilia, Pe Camilo convidou os par-ticipantes a olharem para a Luz que o Círio Pascal traz e compreender a história da sal-vação relatada pelas oito leituras da Liturgia da Palavra dessa noite. O fogo santo trouxe a vida nova e, também, uma nova experiên-cia de vida para Jefferson Inoyei, batizado naquela noite.

É Páscoa!Domingo de Páscoa, ainda alegres pela res-surreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, to-dos acompanharam atentamente a homilia de Pe. Camilo, onde lembrou quem foi a pri-meira pessoa a perceber a grande novidade que todos ainda não haviam compreendido e que a faz merecedora do carinho e do per-dão do Senhor.Em todas as missas do dia, assim como na das 19h30, o novo tempo representado pela imagem de Jesus Cristo vencedor da morte é trazido ao presbitério com grande júbilo pela comunidade.Veja cobertura completa no site da paróquia – www.paroquiasantateresinha.com.br.

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Santa Teresinha em Ação 10

Espaço Vicentino

Os Paroquianos de Santa Tere-sinha participam da Campanha da Fraternidade com um gesto concreto, em prol do Abrigo dos Velhinhos Frederico OzanamA Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema: “Fraternidade e saúde pública” e como lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!”Como gesto concreto da Campanha, nossa comunidade acolheu a proposta de nosso Pá-roco, Pe Camilo, destinando o percentual que foi direcionado à Paróquia, ao Abrigo dos Ve-lhinhos Frederico Ozanam, uma Casa Vicen-tina que sobrevive de doações e eventos para a arrecadação de fundos, situada no Bairro do Tremembé que, em conformidade com o ca-risma vicentino, acolhe somente idosas com-provadamente carentes.O valor recebido foi totalmente utilizado em materiais voltados diretamente para os cuida-

dos da saúde de nossas Abrigadas. Foram ad-quiridos 2 aparelhos de Pressão Digital de Pul-so, 42 dúzias de Ataduras de Crepe, 5 pacotes de Compressas, 15 pacotes de Compressas de Gaze e 80 caixas com 50 pares de luvas, cada, itens essenciais para que possamos manter a higiene, a saúde e a qualidade de vida.Foram muito importantes esta doação e as demais, pois nos possibilitarão dar maior tran-quilidade às Abrigadas, bem como à equipe de enfermagem, pois poderemos agora melhorar ainda mais a qualidade de vida delas, fato já re-conhecido por todos que as visitam.O Abrigo é uma instituição que está de acordo com as normas da Vigilância Sanitária, o que muito orgulha a todos nós que fazemos parte do dia a dia: Diretoria, Funcionários e Volun-tários.É importante que nossos paroquianos visitem o Abrigo e constatem as Abrigadas com um sorriso no rosto, agradecidas pela atenção que recebem.

Diferentemente do que vemos nas re-portagens de jornais, revistas e principal-mente televisão, as Abrigadas do Abrigo dos Velhinhos Frederico Ozanam não conhecem o significado da pala-vra abandono: existe muito trabalho envolvido justamente para que as abrigadas se sintam acolhidas e jamais “abandonadas” como nor-malmente veiculam.O trabalho vicentino é voluntário e a Casa, sendo vicentina, naturalmente possui uma Di-retoria composta basicamente de vicentinos. Costumo dizer que, para conhecer o Abrigo, não basta entrar no site, é necessário visitá-lo para compreendê-lo, visto que palavras não nos possibilitam sentirmos odores e sensa-ções; somente podemos percebê-los no local, bem como através do brilho nos olhos das Abrigadas. A equipe de funcionários(as) faz com que no Abrigo sinta-se no ar o cheirinho de limpeza e a sensação agradável de bem--estar.

Assim, o gesto concreto de nossa paróquia veio justamente somar num momento de ne-cessidades mais prementes, que são os mate-riais ora adquiridos. A promoção das Famílias Assistidas no traba-lho Vicentino acontece de diversas formas, ações e gestos concretos. Nossa Assistida, Márcia, teve a iniciativa de buscar no serviço de Telemensagens, a promoção de sua família. Convidamos nossos paroquianos a presentea-rem suas mães com lindas mensagens de amor e carinho. Para isso basta entrar em contato com ela através do telefone (011)2950-0558. Vamos ajudar quem busca no trabalho honesto a sua qualidade de vida!Paroquianos de Santa Teresinha, que Deus os abençoe cada vez mais, a cada novo dia!Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Enio Elias é vicentino

Gesto concreto da Campanha da Fraternidade

Salesianidade

O sonho esclarecedorNesse mês, celebramos com muita satisfação Nossa Senho-ra Auxiliadora e as nossas ma-mães queridas. Toda prece, ca-rinho e atenção elas merecem de cada um de nós Continuando a reflexão sobre o bicentenário do nascimento de Dom Bosco e para maior conhecimento dos trabalhos e da história da sua vida para a congregação e também para o conhecimento da nossa comunidade, con-tinuamos com palavras do Reitor-mor para a comunidade mundial salesiana. Ele usa dois parâmetros temáticos especiais. O primeiro é o Sonho dos Nove Anos, que encerra algumas indicações: o seu campo de ação (os jovens); o objetivo da sua ação apostólica (fazê-los crescer como pessoas através da educação); o método educativo (o Sistema Preventivo); o horizonte em que se move toda a sua ação (o desígnio maravilhoso de Deus que ama os

jovens).O segundo parâmetro é dado pelas “Me-mórias do Oratório de S. Francisco de Sa-les” que contêm, sobretudo, a caminhada espiritual e pastoral de Dom Bosco. Es-critas por Dom Bosco para os seus filhos espirituais para que pudessem conhecer os inícios da vocação e da obra salesiana, en-cerram as motivações e as opções do San-to turinês. É interessante notar que nesse livro, As memórias do Oratório São Fran-cisco de Sales, ele aborda como iniciou a Congregação e como foi importante a his-toria e a vivência dos primeiros salesianos com Dom Bosco em Valdocco, junto com os meninos provenientes dos bairros pe-riféricos e pobres de Turim. Quanto Dom Bosco amou aquela opção de vida feita, ainda tão jovem e tendo seus colaboradores no início da caminhada.O terceiro ano de preparação: Espiritu-alidade de Dom Bosco, acontecerá de 16

de agosto de 2013 - 15 de agosto de 2014. Tempo propício para aprofundarmos e entendermos melhor a espiritualidade do nosso pai. É urgente, enfim, conhecer e viver a espiritualidade de Dom Bosco. Não basta conhecer a sua vida e ação e o seu método educativo. Fundamento da fecun-didade da sua ação e da sua atualidade é a sua profunda experiência espiritual. “Não é uma empresa fácil chegar à exata identi-ficação da experiência espiritual de Dom Bosco. Talvez seja este o âmbito menos aprofundado de Dom Bosco. Dom Bosco é um homem todo voltado para o trabalho, não nos dá descrições de suas evoluções interiores, nem nos deixa reflexões explí-citas sobre sua vida espiritual; não escreve diários espirituais; não dá interpretações; prefere transmitir um espírito, descreven-do as vicissitudes da sua vida ou através das biografias dos seus jovens. Não basta dizer, certamente, que a sua é uma espiri-

tualidade de quem desenvolve uma pasto-ral ativa, não contemplativa, uma pastoral de mediação entre espiritualidade douta e espiritualidade popular” (ACG 394 p. 13).Dom Bosco sentiu uma necessidade pro-funda de explorar a espiritualidade, pois tinha grande confiança na presença da Divina Providência e na guarda segura de Nossa Senhora Auxiliadora. Para nós, deve ser um momento de grande intensidade, compreendermos mais o que Dom Bosco fez na sua época e como podemos imitá-lo nos dias de hoje.Que Nossa Senhora Auxiliadora nos pro-teja nessa caminhada e que continue inter-cedendo a Deus por cada uma das mães de nossa comunidade. P. Aramis Francisco Biaggi

Pe. Aramis Francisco Biaggi

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Santa Teresinha em Ação 11

Direito

Você já deve ter ouvido a expres-são: “A família é a célula mater (célula mãe) da sociedade”. Isto revela a grande importância da

família na construção da sociedade. De fato, sob qualquer aspecto que se observe o núcleo familiar (sociológico, filosófico, econômico, jurídico) se descortina sua a força. Assim, se a família é a célula mãe, o casamen-to (celebração) é o processo quase gestacio-nal de sua formação, ou seja, uma nova célula se forma a partir de outras.

Casamento CivilSegundo pesquisadores, o casamento era basicamente civil até meados de 1500, po-rém a importância das cerimonias religiosas foi crescendo desde o Século XI até o Sécu-lo XVI.Com o advento do Concilio de Trento (1545-1563), a Igreja Católica reafirmou a importância do casamento como celebração religiosa e os efeitos civis dela decorrentes. Naquele momento o Estado e a Igreja esta-vam em muitos aspectos entrelaçados, tendo

a Igreja grande papel jurídico regulador. Esta permeabilidade entre Igreja e Estado começou a mudar a partir da Revolução Fran-cesa (1789) e seus ideais iluministas. No Brasil, a mudança no mundo jurídico mais visível ocorreu com a publicação do Decreto 3069/1863, que disciplinava o registro dos nascimentos, casamentos e óbitos dos não católicos.Posteriormente, o Decreto 181/1890 estabe-leceu ser o casamento civil o único válido, de-vendo este se realizar antes das celebrações religiosas.Desde então todas as Constituições Fede-rais do Brasil (1934, 1937, 1946, 1967 e 1988) trazem em seu bojo o conceito de casamen-to civil.

Casamento Religioso com efeito civilEmbora como regra geral somente o casa-mento civil gera efeitos jurídicos, a legislação (artigos 1511 e seguintes Código Civil) permi-te estender o alcance da celebração religiosa, dando-lhe os mesmos efeitos de um casamen-

to civil, mediante o registro no Cartório de Registro de Pessoas Naturais.Trata-se de um procedimento especifico que pode ou não ser realizado mediante habilita-ção prévia, ou seja, os nubentes se assim de-sejarem, podem requerer a habilitação antes da realização da cerimonia religiosa. Contu-do o registro do casamento religioso pode ser efetuado posteriormente à celebração religiosa sem qualquer procedimento prévio, bastando que tal registro seja requerido até 90 dias da data da celebração.

Efeitos juridicos do casamento – regime de bensRegime de Bens são as formas definidas na le-gislação para regular os efeitos patrimoniais decorrentes do casamento.São 4 os regimes de bens previstos na legis-lação brasileira e você pode conhecer cada um deles no artigo completo em nosso site, acessando http://paroquiasantateresinha.com.br/?p=1991.

Aloísio Oliveira é advogado

Casamento religioso com efeito civil e os regimes de casamento

A família bem estruturada é o me-lhor local para o desenvolvimento humano, quer no âmbito pessoal quanto no social. E o melhor mo-

delo de família é a iniciada com o Sacramento do Matrimônio. Por isso, a Pastoral Familiar dá grande atenção aos serviços que procuram dar solidez ao casamento, pois a vida a dois não é fácil, como podem testemunhar os ca-sais que vivem há décadas em comunhão de carne e de espírito. Em nossa paróquia, dois desses serviços se destacam.Na Preparação para a Vida Matrimonial, procura-se levar os jovens que estão prestes a se casar a uma reflexão sobre vários as-pectos pessoais, da vida em comum e espi-rituais, objetivando uma maior consciência sobre o sério passo que estão tomando e frisando que o casamento na Igreja Católi-ca é por toda a vida. São cinco encontros de aproximadamente três horas cada, mais o encerramento que ocorre na missa das onze

horas, onde a comunidade acolhe estas no-vas famílias. É muito pouco se pensarmos na importância que o matrimônio tem para a pessoa e compararmos com o tempo que ela leva, por exemplo, para se preparar para uma profissão. Nossa meta é antecipar e ampliar esta preparação, começando a refletir sobre família e matrimônio já com as crianças na preparação para a primeira eucaristia e conti-nuando com os jovens, até o casamento. Uma preparação sólida e contínua, para casais for-talecidos desde o primeiro momento da vida em comum.Mas e depois de casados, como ficam estes casais? É preciso também dar apoio e incenti-vo às novas famílias diante de tantos desafios que a vida nos oferece. Então, no Encontro de Jovens Casais com Cristo, a partir de um evento de um dia na paróquia, estimulamos os casais a se encontrarem periodicamente, em suas casas, acompanhando-os e fornecen-do um roteiro para discutir os problemas do

dia a dia, fortalecer a fé em Cristo e na Igreja e formar comunidade. Famílias ajudando fa-mílias. Quando partilhamos nossas alegrias e, também, nossas dificuldades, problemas e sofrimentos, encontramos motivação e alento para continuar na trilha da santidade,

vendo que outras famílias, mesmo sendo di-ferentes, muito têm em comum com a nossa.Noivos e recém-casados: venham participar!

Ana Filomena e Luiz FernandoPastoral Familiar

Pastoral Familiar

Serviços ao Matrimônio

Noivos, Eugênia e Jaime, no dia mais feliz de suas vidas; o casal foi preparado pela paróquia

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Ma

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Santa Teresinha em Ação 12

Juventude Salesiana

Nesta edição, mais um exemplo de como a educação salesiana tem modificado a visão do jovem e dando base para uma vida plena.

Experiência em PastoralDiariamente, a vida nos impõe desafios e surpresas a serem ultrapassados, para que possamos prosseguir.Ao fazermos nossas escolhas e ao tomar-mos decisões, mudanças significativas na nossa vida acontecem, por isso, a impor-tância do projeto Escola em Pastoral.Aqui no Mazzarello, o jovem encontra au-

xílio, apoio e oportunidade para se tornar um cristão de bem. Os grupos formados pertencem à mesma idade e têm as mesmas intenções: jovens dispostos a conversar, contar experiências e rezar, sempre bus-cando dinamismo, alegria, para que possa-mos contagiar outros amigos a realizarem a mesma experiência do Cristo presente.Esse é um dos motivos pelo qual me orgu-lho fazer parte da PJE – Pastoral Juvenil Escolar. Marina Marques dos Anjos – 1ª série do Ensino Médio – Curso Normal

Aprendendo a ser gente

Ensinamentos para uma vida inteiraOs alunos dos oitavos anos do Mazzarello começaram seus estudos falando sobre comunicação e informação nas redes sociais. As mais conhecidas, Fa-cebook, Orkut, Twitter.As redes são constituídas, consequentemente, por regras e valores culturais e, nesse sentido, foi que os alunos trabalharam, paralelamente, a vida e obra de Charles Chaplin, fazendo um contraponto entre o uso de novas tecnolo-gias e a necessidade de se reiterar algumas virtudes importantes, como: o respeito, a tolerância, a sensibilidade, o amor.

Comentários de alguns alunos sobre O último discurso de “O Grande Ditador “- Charles Chaplin:

Carolina Jorge A.Pereira- 8º ano A:“Charles Chaplin está passando uma mensagem de bondade e está falando que nós devemos ajudar uns aos outros e usar a inteligência para o nosso bem.”

Luiza Rodrigues de Andrade - 8º ano B:“Gostei muito da seguinte frase do texto, pois é a pura verdade: Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. O mundo está mais violento e para melhorarmos é preciso praticar essas virtudes. Muitos dizem que não é possível melhorar o mundo, mas cada um fazendo sua parte, acredito que funcionará”.

Beatriz F.Amaro - 8 ano C:“Precisamos ser mais próximos, nos ajudar mais, porque não adianta termos toda a inteligência e toda a tecnologia do mundo, se não nos ajudarmos, não nos amarmos.

#ficaadicaPara entender mais e aprender com este gênio do cinema mundial, assita O Grande Ditador, disponível na maioria das locadoras de São Paulo.

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Santa Teresinha em Ação 13

Papo de Criança

Como nossos pais, disse Elis Re-gina. Com o passar dos anos, você vai descobrir que tem mais deles do que supõe. Até as coi-

sas que você desaprova, as manias, o jeito de falar, de andar, de ver as coisas, de levar

a vida. As tradições. Quando eu rio, por exemplo, reparei que costumo tampar os olhos (simultaneamente), exatamente como o meu pai faz. E sou ágil e exaustivamente atenta, como a minha mãe. Não sei quais dos seus trejeitos herdaram de seus pais, mas sei

que a minha mãe herdou de seu pai a devo-ção católica. E meu pai, o rigor e respeito às tradições da religião. Meu avô materno era devoto fervoroso de Nossa Senhora e por isso o nome de todas as suas filhas começam com a letra M. M de Maria. M de Marlete. M de Mafalda. De Marlene. Todas elas fizeram Primeira Comunhão. Eu fiz e minhas irmãs também fizeram. Minha família me deu a oportunidade de estar sempre perto de Deus, mas principal-mente, foi por meio dela que aprendi a amar e temer ao Senhor e a chamá-lo de Pai. A par-tir do momento em que este relacionamento com Deus se estabelece, não há outra saída para o conforto do nosso coração e para que a nossa felicidade seja genuína e completa, do que tudo ser feito com Ele e por Ele. Ora, se é o meu Pai, como ser diferente? E com o Matrimônio, também é assim. Nós buscamos a plenitude do amor e as bases fortalecidas da família, porque temos sido criados desta forma. E buscamos tudo sob as bênçãos de Deus, porque o caminho natural do coração do ser humano é almejar o divino. A sociedade atribui aos pais a influência pela opção religiosa (ou não) dos filhos, e chama aquilo que eu e você temos por sagra-

do de “convenções”. Mas a verdade é que a sociedade segue sim as tradições como manda o figurino, com pouca ou total noção do quanto esta benção é sacra e dadivosa, contudo, o que realmente acontece dentro de cada coração destes jovens que desejam se unir e que escolhem fazê-lo recebendo o Sacramento do Matrimônio, é a busca e o encontro de seus corações com o coração de Deus, que é maior do que tudo e o que justifica a grandeza de um amor que nos leva a dizer um sim eterno. Foi assim com os jovens de ontem, é assim com os jovens de hoje e será assim com os de amanhã. É por isso que eu acredito que o quanto se modernize a sociedade e suas convenções, também se vai crescer, de modo proporcio-nal, a sua busca pelas bases verdadeiras do amor conjugal e da família. Afinal de contas, foram estas bases que nos trouxeram até aqui. Afinal de contas... como o Belchior escreveu e a Elis cantou - muito antes de nós existirmos e ainda que dentro de outro con-texto - “apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos com os nossos pais”.

Melissa Sliominas

Aquilo que o nosso coração sempre buscaTá Ligado?

Bom, confesso que esse tema é um dos mais difíceis. Pois essa foi uma comemoração que eu não pude participar. Mas andei

conversando com meus pais para saber um pouco mais sobre essa data tão importante e cheguei a conclusão que casar na igreja é ter a benção de Deus na união. Claro que é importante o cartório, mas não há nada mais emocionante do que comemorar um dia tão lindo aos olhos de Deus. Sei que algumas pessoas acham que é tudo perda de tempo, que se gasta muito dinhei-ro e que o importante é ter tudo no papel. Mas se pararmos para pensar veremos que não é só uma questão de beleza, do vestido de noiva, do tapete até o altar, das flores

combinando com o buque, com as luzes ou com os músicos, mas é a emoção de ter Deus dentro de si e sentir que ele está de acordo com a vida que decidimos seguir.Meus pais disseram que ficaram muito feli-zes por casarem na igreja e que depois dessa união Deus lhes enviou dois presentes in-críveis: eu e meu irmão. Mas Deus também concedeu dois presentes maravilhosos a mim e a meu irmão: os melhores pais que nós poderíamos ter. E eu fico muito feliz pela decisão dos meus pais de casarem na igreja e talvez por conta desta decisão o meu sonho também seja me casar aos olhos de Deus.

Júlia Nascimento tem 13 anos

O casamento dos meus pais!

Os pais de Melissa se casaram na Igreja N. Sra. de Fátima no Imirim

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Os noivos ao chegarem próxi-mo à data de seu casamento ge-ralmente estão tão atarefados com os preparativos da cerimô-nia, da festa, da viagem de núp-cias que acabam se esquecendo de algo que é de extrema impor-tância: o exame pré-nupcial.

Mas para que fazer consulta e exames antes do casamento? Qual a finalidade? Pergun-tam os noivos. É necessário?Sim caros noivos, é aconselhável que vocês dois agendem uma consulta com um clínico geral ou médico da família.Nesta consulta o médico com o histórico de vocês e um exame clínico acurado, terá condições de diagnosticar alguma doença pré existente que talvez vocês não tenham conhecimento da mesma e que poderão transmitir ao seu cônjuge.Há vários tipos de doenças que aí se encai-xam, mas as principais são as DST (doenças sexualmente transmissíveis). Sífilis, gonor-

réia, cancro, no inicio são facilmente detec-táveis, mas se não tratados passam desper-cebidas.A pior delas atualmente é o HIV que pode permanecer em latência (sem sintomas da doença) por 6 meses ou até mais e pode in-fectar seu cônjuge.Infelizmente ainda não temos vacina contra ela e com tratamento prolongamos a vida dos pacientes, mas cura definitiva também ainda não temos.E pior ainda, se houver gravidez certamen-te o feto será contaminado, se houver uma DST, que poderá produzir má formação e até morte do mesmo.Exceto HIV, as doenças quando diagnos-ticadas precocemente são perfeitamente curáveis com o arsenal terapêutico atual.Então, caros noivos, percam um pouco de tempo para uma consulta e exames pré-nup-ciais; a sua vida de casado será bem mais saudável e bem mais prazerosa e a saúde de seus futuros filhos lhe agradecem.

Dr. Ricardo de Oliveira, médico

Santa Teresinha em Ação 14

Espaço Pet

Cio e acasalamento em cães

Antes de decidir acasalar seu cão você deve analisar: disponibili-dade para cuidar da ninhada que no mínimo será por 45 dias até o

desmame dos filhotes; custos com assistên-cia veterinária da cadela que vai precisar de um acompanhamento pré-natal; destino dos filhotes, que deve ter a sua especial atenção, pois nem sempre é possível conseguir bons lares, mesmo que sejam de raça pura. Decisão tomada procure um macho da mes-ma raça ou de tamanho semelhante e que tenha um acompanhamento veterinário ade-quado. A fêmea deverá ser submetida a uma avaliação veterinária antes do acasalamento e as vacinas e vermifugação deverão estar em dia. As cadelas apresentam 1º cio entre 7 a 8 meses de idade (variando de acordo com a raça) que se repete a cada 6 meses porém, o acasalamento só deve ocorrer após o 3º cio. A duração do cio é bem variada e dura em

média 15 dias. Ao início do cio (proestro), a maioria das cadelas apresenta secreção sanguinolenta na vagina, edema e eritema (vermelhidão) da vulva e vagina e fica mais calma. Nesse período ela atrai o macho, porém dificilmente irá aceitá-lo. A próxima fase (estro) que ocorre a ovulação, a cadela não apresenta mais sangramento, e aceita o macho. O período do estro varia de acordo com a raça, raças pequenas com início no 8° dia e nas maiores do 11° dia ao 15° dia. Portanto, este é o período indicado para o acasalamento e caso não queira não descui-de para que ela não acasale e tenha uma prenhez indesejada. Algumas cadelas não aceitam o macho no momento do acasalamento por erro na determinação do início do cio, o ideal é o acom-panhamento veterinário

com citologia vaginal e dosagem hormonal. Cadelas ou machos submetidos a condições de estresse podem recusar o acasalamento. A recusa também pode ocorrer se a cadela não gostar do macho e vice e versa. É interes-sante proporcionar um encontro entre os cães antes do início do cio.E que venham lindos filhotinhos!

Raquel F. Raimondo, médica vete-rinária

Saúde

Exames Pré-Nupcial: uma prova de amor

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Santa Teresinha em Ação 15

AconteceuO batismo do futuro padre

Para conhecer melhor Dom Bosco

O dia 15 de abril foi um dia muito es-pecial para os oratorianos de Santa Teresinha. Anderson Jesus da Silva, que tem sete anos e, desde então, afirma querer ser padre, foi batizado perante a presença de seus amigos e familiares. Já desde cedo, o Oratório teve um domingo diferente, pois Pe. Sergi-nho, junto com o teólogo Alexandro Santana, SDB, vieram em visita ao Oratório trazendo 4 vocacionados para conhecer de perto essa experiência da missão salesiana por excelência, que é o Oratório festivo.Após concelebrar com Pe. Serginho, Pe. Adilson Morgado, SDB, convidou familia-res e amigos de Anderson a se dirigir à ca-pela do Colégio onde se realizou o batismo

do menino. Os padrinhos escolhidos foram os Salesianos Cooperadores Rosana de P. V. Nichio e Ibrahim Chain.A alegria do menino Anderson era indiscu-tível ao cortar seu bolo de batismo após a celebração e poder comemorar seu ingresso no seio da Igreja.

Com o objetivo de conhe-cer, com profundidade, a vida e a obra de Dom Bosco foi que Dom Pascual Chávez lançou, em agosto do ano passado, o projeto Rumo aos 200 anos. Serão 3 anos de temas que farão este papel. Para se ter uma ideia dos temas, de agosto de 2011 a agosto deste ano, o tema tra-balhado é A Figura de Dom Bosco. De 2012 a 2013, o as-sunto sera A Pedagogia de Dom Bosco. E, por fim, de 2013 a 2014, A Espiritualidade de Dom Bosco.Em consonância com o projeto, a Inspe-toria Salesiana vem promovendo diverso eventos e, entre eles, o Retiro da Família Salesiana que serve, dentre outras coisas, para falar e apresentar mais Dom Bosco.

Este ano o Retiro, que aconteceu no dia 14 de abril, também serviu para comemorar os 120 anos da presença das Filhas de Ma-ria Auxiliadora (FMA) aqui no Brasil. Ir. Dorce começou o retiro falando sobre história das FMAs brasileiras. Em seguida, Pe. Narciso, SDB, fez uma apresentação detalhada sobre a figura de Dom Bosco.

Logo em seguida, o teólogo Ra-fael e Ir. Rodrigo apresentaram um estudo sobre dois sonhos de Dom Bosco.Encerrou-se o retiro com a Co-munidade Canção Nova condu-zindo uma adoração ao Santís-simo Sacramento e Ir. Antonio Carlos, em sua fala final, lem-brou a todos do próximo evento inspetorial, a Romaria Salesiana à Aparecida, que será realizada em 18 de agosto de 2012.O teólogo Rafel e a oratoriana Dara de Santa

Teresinha, no Retiro da Família Salesiana

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Amor para vida inteira

Santa Teresinha em Ação 16

EntrevistaPor Daya Lima

Quem conhece o casal João Abrahão e Zuleica sabe que estamos falando de um casal diferente. Digo diferente porque, prestes a completar 51 anos de casado, a dupla ainda mantem viva a chama que os fizeram dizer o sim naquele 7 de outubro de 1961. Vamos conhecer (e aprender!) mais com este casal.

STA - O casamento de vocês deve ser motivo de orgulho para toda fa-mília certo? Como toda esta histó-ria começou?João e Zuleica - Sim, com certeza, e o nosso amor começou ainda quando éra-mos crianças. Morávamos numa grande vila, eu na casa 4 e ela na 10, aqui no bairro do Pari. Também frequentávamos a mesma igreja, a Santo Antônio do Pari. Confesso que eu (João) ia mais à missa por causa da Zuleica. Namorávamos sempre depois da missa e isso significava que andávamos e andávamos, a esmo, de mãos dadas pelas ruas do Pari e do Canindé.

STA - E como foi o grande dia, o do casamento, do que mais se recor-dam com saudosismo?João e Zuleica - Foi muito bonito. João era Congregado Mariano e eu Filha de Maria. Por conta disso, lembro que o caminho até o altar estava cheio de Fi-lhas de Maria e Congregados Marianos. Só quando cheguei ao altar que retirei a minha fita, marca das Filhas de Maria. Foi um dia muito especial para nós dois. Casamos, no civil, no dia 1 de outubro de 1961, mas, só comemoramos o dia 7, dia em que casamos na Igreja perante Deus, nossos amigos e familiares.

STA - E depois da Lua de Mel, a vida foi difícil?

João e Zuleica - Temos que dizer que não. Zuleica ganhava mais do que eu e juntos fomos morar em um apertamento. Apesar de pequeno, era a nossa casa, nosso lar, nossa vida. Éramos muito feli-zes, principalmente, depois do nascimen-to dos nossos filhos Valéria (1963) e Paulo César (1967).

STA - Mas, mesmo com muito amor, 50 anos de vida juntos não é só ma-ravilhas, ou é?João e Zuleica - Não temos do que nos queixar e acreditamos que os proble-mas só exaltam nossas vitórias. É claro que passamos por momentos difíceis, mas, nada que nos abalasse. Talvez um dos piores foi quando João entrou para a faculdade de Direito e se afastou da igre-ja. Eu (Zuleica) ficava muito sozinha, com um filho recém-nascido para criar e sem a presença do pai, primordial neste momento de vida. Mas, passou.

STA - Na opinião de vocês, por-que muitos casamentos dão errado hoje?João e Zuleica - Porque ele não está constituído na fé. Acreditamos que uma família não se forma do jeito que se fala hoje. É preciso ter consciência para cum-prir as promessas que se propõe. É preci-so elaborar um projeto de vida conjugal e isso não acontece na maioria das vezes.

STA – Qual é o conselho que dão aos paroquianos de Santa Teresinha que querem se casar e ter uma his-tória feliz tal como a de vocês?João e Zuleica - Precisam acreditar no casamento como um Sacramento, de fato. Precisam ser mais tolerantes, mais pacien-tes e deixar que Cristo conduza a vida do casal. O casamento é uma obra linda que

precisa ser vivida em sua veracidade e isso só acontece quando, de fato, existe amor e Jesus na vida do casal. Acreditamos que

este casamento ainda existe e que muitos poderão viver a linda história de amor que vivemos há mais de 50 anos.

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Há mais de 50 anos casados, João e Zuleica fala de como superaram e superam as desavenças do dia-a-dia

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