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ATA DA 2.626ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Ao primeiro dia do mês de agosto de 2012, às 15h10min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.626ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Roberto Braguim, Corregedor, Eurípedes Sales e Domingos Dissei, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia e os Procuradores Fábio Costa Couto Filho e Claudia Adri de Vasconcellos. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões 2.622ª (extraordinária) e 2.625ª (ordinária), as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou a presença em Plenário do Senhor Eduardo Augusto A. de Faria, Estagiário do Escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 16 a 27 de julho de 2012: Dia 16, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães Castro; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. No período da tarde, analisou processos. Dia 17, às 8 horas - Reunião de pauta com Assessores do Gabinete. No período da tarde, analisou processos. Dia 18, às 9h30min – Devido à solicitação da agilização da aposentadoria por parte da Supervisora da Creche, Delma Azzar, o Presidente reuniu-se com o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo, com a Coordenadora de Recursos Humanos, Marília do Amaral e com a Supervisora para formalizar a aposentadoria requerida. Em virtude da vacância do cargo, o TCM pediu o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que indicou a Professora Luciana França Otranto Chagas para a direção do Centro Infantil. Na sequência, assinou documentos. Às 15 horas – Presidiu a 2.625ª Sessão Plenária Ordinária. Dia 19, no período da manhã – Realizou despachos administrativos. No período da tarde, realizou reuniões internas de praxe. Dia 20, no período da manhã – Assinou documentos. Às 12 horas – Reuniu-se com o Secretário Municipal de Transportes, Marcelo Branco, que veio se inteirar de alguns processos em andamento no TCM, relativos à sua Secretaria. No período da tarde, reuniu-se com Assessores do Tribunal para discutir a transição da Creche do TCM para a Secretaria Municipal de Educação, bem como a reorganização do Centro de Educação Infantil. Na sequência, recebeu e analisou os relatórios de atividades semanais das diversas áreas do TCM. Dia 23, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães Castro; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. No período da tarde, reuniu-se com Assessores de várias áreas do TCM para discutir o planejamento das atividades da semana. Dia 24, no período da manhã – Reuniu-se com assessores do seu Gabinete. No período da tarde, analisou processos. Dia 25, no período da manhã – Realizou reuniões internas de praxe. Às 14 horas – Presidiu a 2.622ª Sessão Plenária Extraordinária, iniciada e adiada no dia 27/6/2012, destinada à apreciação do Balanço da Prefeitura do Município de São Paulo, exercício 2011. Dia 26, às 9 horas – Recebeu a visita de cortesia do Deputado Estadual Jorge Caruso. Na sequência, assinou documentos. Dia 27, no período da manhã – Realizou despachos administrativos. No período da tarde, recebeu e analisou os relatórios de atividades semanais

ATA DA 2.626ª SESSÃO (ORDINÁRIA) - tcm.sp.gov.br · Assessores do Tribunal para discutir a transição da Creche do TCM para a Secretaria Municipal de Educação, bem como a reorganização

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ATA DA 2.626ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Ao primeiro dia do mês de agosto de 2012, às 15h10min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.626ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Roberto Braguim, Corregedor, Eurípedes Sales e Domingos Dissei, o Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia e os Procuradores Fábio Costa Couto Filho e Claudia Adri de Vasconcellos. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões 2.622ª (extraordinária) e 2.625ª (ordinária), as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a Corte registrou a presença em Plenário do Senhor Eduardo Augusto A. de Faria, Estagiário do Escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados. A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, no período de 16 a 27 de julho de 2012: Dia 16, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães Castro; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. No período da tarde, analisou processos. Dia 17, às 8 horas - Reunião de pauta com Assessores do Gabinete. No período da tarde, analisou processos. Dia 18, às 9h30min – Devido à solicitação da agilização da aposentadoria por parte da Supervisora da Creche, Delma Azzar, o Presidente reuniu-se com o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo, com a Coordenadora de Recursos Humanos, Marília do Amaral e com a Supervisora para formalizar a aposentadoria requerida. Em virtude da vacância do cargo, o TCM pediu o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que indicou a Professora Luciana França Otranto Chagas para a direção do Centro Infantil. Na sequência, assinou documentos. Às 15 horas – Presidiu a 2.625ª Sessão Plenária Ordinária. Dia 19, no período da manhã – Realizou despachos administrativos. No período da tarde, realizou reuniões internas de praxe. Dia 20, no período da manhã – Assinou documentos. Às 12 horas – Reuniu-se com o Secretário Municipal de Transportes, Marcelo Branco, que veio se inteirar de alguns processos em andamento no TCM, relativos à sua Secretaria. No período da tarde, reuniu-se com Assessores do Tribunal para discutir a transição da Creche do TCM para a Secretaria Municipal de Educação, bem como a reorganização do Centro de Educação Infantil. Na sequência, recebeu e analisou os relatórios de atividades semanais das diversas áreas do TCM. Dia 23, às 8 horas – O Presidente Edson Simões reuniu-se com o Secretário Geral, Murilo Magalhães Castro; a Assessora Jurídica Chefe do Controle Externo, Izabel Camargo; o Chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Augusto de Toledo Reis; o Subsecretário Administrativo, Cláudio Figo e o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para reunião da Alta Direção. No período da tarde, reuniu-se com Assessores de várias áreas do TCM para discutir o planejamento das atividades da semana. Dia 24, no período da manhã – Reuniu-se com assessores do seu Gabinete. No período da tarde, analisou processos. Dia 25, no período da manhã – Realizou reuniões internas de praxe. Às 14 horas – Presidiu a 2.622ª Sessão Plenária Extraordinária, iniciada e adiada no dia 27/6/2012, destinada à apreciação do Balanço da Prefeitura do Município de São Paulo, exercício 2011. Dia 26, às 9 horas – Recebeu a visita de cortesia do Deputado Estadual Jorge Caruso. Na sequência, assinou documentos. Dia 27, no período da manhã – Realizou despachos administrativos. No período da tarde, recebeu e analisou os relatórios de atividades semanais

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das diversas áreas do TCM. Em seguida, reuniu-se com assessores de algumas áreas para discutir o relatório de atividades. A seguir, o Presidente submeteu ao Egrégio Plenário os seguintes processos: 1) TC 4.633.05-48 – TCMSP – Resolução 04/2011 "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Roberto Braguim, Corregedor, e Domingos Dissei, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de sancionar a Resolução 04/2012, a qual altera dispositivos da Resolução 06/2005, que disciplina o encaminhamento de processos de despesas realizadas sob o regime de adiantamento e dá outras providências." 2) TC 3.013.11-76 – TCMSP – Luiz Carlos Sandrini – Comissionamento nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Roberto Braguim, Corregedor, e Domingos Dissei, o Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de solicitar o comissionamento do Servidor Luiz Carlos Sandrini, Registro Funcional 505.251-3, Motorista, lotado na Subprefeitura M'Boi Mirim para, sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens do seu cargo, prestar serviços junto a este Tribunal de Contas, até 31 de dezembro de 2012." Prosseguindo, o Presidente participou, com pesar, o falecimento da Senhora Mercedes de Almeida Rago, mãe da servidora Haydee Hourneaux de Moura, lotada na Unidade Técnica de Serviços Gerais, ocorrido no último dia 07 de julho. Também participou o falecimento da Senhora Onofra Maria dos Santos Alcides, mãe do Servidor João Cássio dos Santos Alcides, lotado na Unidade Técnica de Serviços Gerais, ocorrido no último dia 23 de julho e, ainda, do falecimento da Senhora Amélia Soares da Silva, mãe do Servidor Aldemário José da Silva, lotado no Gabinete do Conselheiro Eurípedes Sales, ocorrido no dia 25 de julho, próximo passado. A Presidência, em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou ofício de condolências às famílias enlutadas. A palavra aos Senhores Conselheiros para qualquer comunicação à Corte. Com a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, para relatar os processos de sua pauta, tendo como Revisor o Conselheiro Domingos Dissei. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – a) Diversos: 1) TC 2.044.11-64 – STS Segurança e Vigilância Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face do Edital de Concessão 001/2011-SMS.G, cujo objeto é selecionar a melhor proposta para a celebração de contrato de concessão administrativa para construção e modernização de Unidades Hospitalares, construção de Centros de Diagnósticos e prestação de serviços e utilidades não assistenciais ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta, uma vez que preenchidos os requisitos de admissibilidade e, quanto ao mérito, em julgá-la totalmente improcedente. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o envio de cópia do presente Acórdão à empresa representante e à Secretaria Municipal de Saúde – SMS, em cumprimento ao que dispõe o artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, bem assim à Companhia São Paulo de Parcerias – SPP, para conhecimento. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o posterior arquivamento dos autos. Relatório: Em julgamento a Representação interposta pela empresa STS Segurança e Vigilância Ltda., em 18.07.2011, em face de exigências constantes do Edital de Concorrência Pública nº 001/2011-SMS.G, referente à Parceria Público-Privada (PPP), na modalidade concessão administrativa, cujo objeto é a construção e modernização de unidades hospitalares, construção de centros de diagnósticos e prestação de serviços e utilidades não-assistenciais, do tipo menor preço da contraprestação anual máxima, com pré-qualificação, aberta no âmbito da Secretaria Municipal da Saúde, e com data de abertura dos volumes das garantias das propostas e das propostas técnicas, à época, prevista para o dia

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25.07.2011. A licitação da PPP da saúde no Município de São Paulo será feita na modalidade concorrência pública, e tem por finalidade selecionar a melhor proposta para a celebração de um contrato de concessão administrativa que objetiva a construção de três novos Hospitais (Hospital Municipal do Balneário São José; Hospital Municipal de Brasilândia e Hospital Municipal da Capela do Socorro) e de quatro Centros de Diagnósticos, bem como a reforma e/ou substituições de outros nove Hospitais, juntamente com a posterior prestação dos serviços e utilidades não-assistenciais nesses locais, os quais consistem na manutenção e limpeza de equipamentos e prédios, lavanderia, vigilância, suporte às atividades de informática, telefonia, nutrição, esterilização e recepção, pelo prazo da concessão. Especificamente no que diz respeito à presente licitação, o representante ateve-se à questão dos serviços de vigilância que serão prestados após a entrega, pela concessionária, da infraestrutura mencionada. Primeiramente cabe informar que não ocorreu a sessão pública inicial de abertura dos volumes das garantias das propostas e das propostas técnicas, uma vez que houve sua prorrogação, pela Origem, desde a primeira publicação do Edital, em 09.06.2011, por quatorze vezes, sendo que a última data prevista foi 16.05.2012 quando, pouco antes, deu-se a suspensão cautelar da licitação por essa Corte de Contas. Nessas quatorze oportunidades de adiamento da data da sessão pública inicial, em apenas duas ocasiões houve a retificação do edital e os outros doze adiamentos tiveram por fundamentação o "interesse público". O representante insurgiu-se contra as seguintes disposições do Edital: (1) a exclusividade da atividade de vigilância privada, que dada a sua especificidade, especialização e exclusividade não poderia ser prestada em conjunto com outros tipos de serviços por uma única empresa, de modo que entende deve a Origem licitá-lo em lote ou edital distinto ou, ainda, subsidiariamente, que a concessionária vencedora realize licitação ou processo seletivo para tais serviços; (2) a não exigência, como condição de habilitação, da apresentação de documentação imprescindível e específica à comprovação da qualificação da empresa proponente para a prestação dos serviços de vigilância; (3) a possibilidade de remuneração do concessionário, quanto à parcela de disponibilidade, à qual é atrelada à fruição da infraestrutura por ela disponibilizada e que é composta pela remuneração assegurada e pela remuneração variável, em valor que extrapolaria o limite máximo de 100% de ocupação dos leitos; (4) a subjetividade da fórmula de remuneração da concessionária quanto à parcela de desempenho, a qual é atrelada à prestação dos serviços e utilidades não-assistenciais, e que é composta pela remuneração assegurada e pela remuneração variável, bem como a falta de finalidade, a seu ver, dos critérios de indicação de qualidade. Ao final requereu liminarmente a suspensão do procedimento licitatório, o que foi por mim denegado após a apreciação das razões da Origem, porque os argumentos carreados não trouxeram elementos suficientes para a demonstração da existência de risco de dano irreparável a autorizar a suspensão cautelar do certame. Oficiada inicialmente a Origem, o Secretário Municipal de Saúde teceu considerações acerca do contexto em que se inserem as Parcerias Público Privadas, argumentando que foram instituídas com o propósito de viabilizar o emprego, pela Administração Pública, da flexibilidade gerencial do setor privado e sua capacidade de investimento em infraestruturas, bens e serviços públicos, suplementando e aprimorando a capacidade de gestão e investimento do Estado. Explicou que a lógica das PPPs é a delegação de uma atividade ou conjunto de atividades a um particular, que a exercerá por sua conta e risco, diferindo inteiramente daquela lógica regulada pela Lei Federal nº 8.666/93, que visa à aquisição de bens, obras ou serviços. No que diz respeito aos argumentos lançados pelo representante, especificamente com relação à alegação de exclusividade da atividade de vigilância privada, que não poderia ser prestada em conjunto com outros tipos de serviços por uma única empresa, de modo que deveria ser licitado em lote ou edital distinto ou, ainda, subsidiariamente, que a concessionária vencedora realize

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licitação ou processo seletivo para tais serviços, e que o Edital não previu como condição de habilitação a apresentação de documentação imprescindível e específica da empresa proponente para a prestação dos serviços de vigilância, disse que as alegações não se sustentam. Salientou que em momento algum o Edital desrespeita a legislação aplicável às atividades objeto da concessão e que o Anexo 6 do contrato assevera reiteradamente que na prestação desses serviços a concessionária deverá observar a legislação específica aplicável a cada uma das atividades. Disse que o apêndice III do anexo 6, que trata especificamente dos serviços de vigilância, estabelece que 'Os serviços de vigilância, controle e fiscalização definidos neste instrumento se caracterizam por estarem configuradas como serviços que somente podem ser desempenhados por profissionais regidos e regulamentados por regulamentação específica, quais sejam: Lei Federal nº 7.102, de 20/06/83, alterada pelas Leis Federais nº 8.863, de 28/03/94, 9.017, de 30/03/95, e 11.718, de 20/6/2008 e Medida Provisória nº 2.184, de 24/08/2001, regulamentadas pelo Decreto nº 89.056, de 24/11/83, alterado pelo Decreto nº 1.592, de 10/08/95, bem como pelas Portarias DG/DPF nº 387/2006 alterada pela Portaria DG/DPF nº 515/2007, DG/DPF nº 358/09, DG/DPF nº 408/09 e DG/DPF nº 781/10' e que a prestadora de serviços deve ter seu registro na Polícia Federal. Argumentou que desta forma a prestação dos serviços está obrigatoriamente sujeita à observância da regulamentação específica e que decorre da própria lógica das concessões e das parcerias público-privadas a delegação da gestão de toda uma atividade ao particular, aproveitando-se da melhor organização e flexibilidade da iniciativa privada, que ainda assume o risco por estas atividades dentro dos limites da proposta. Já o modo de prestação dos serviços será definido pela própria concessionária, que poderá executá-los diretamente ou mediante a contratação de terceiros, a depender inclusive das restrições legais aplicáveis. Quanto à alegação que este serviço deveria ser licitado em lote ou edital distinto ou, ainda, subsidiariamente, que a concessionária vencedora realize licitação ou processo seletivo para tais serviços, disse que a lógica de delegar ao concessionário a totalidade dos serviços objetiva um ganho na eficiência e qualidade na sua gestão, que não existe vedação legal à delegação, uma vez que seu caráter é meramente acessório em relação às demais atividades objeto da concessão e que a Lei Federal nº 8.666/93 é aplicada subsidiariamente, restringindo-se aos dispositivos compatíveis com o regime das PPPs. Assim, seria absurda a hipótese de a concessionária realizar licitação para contratar serviços de vigilância, pois o modo de execução dos serviços e os fornecedores devem ser definidos exclusivamente pela concessionária, já que representam componentes da própria competitividade da proposta por ela apresentada. Quanto ao argumento de que haveria a possibilidade de remuneração do concessionário, quanto à Parcela de Disponibilidade, em valor que extrapolaria o limite máximo de 100% de ocupação dos leitos ou exames disponíveis, explicou que a parcela de disponibilidade remunera a infraestrutura disponibilizada pela concessionária e é composta pela remuneração assegurada e remuneração variável. A remuneração assegurada foi fixada em 39% dos leitos e exames disponibilizados e será iniciada a partir de sua disponibilização. A remuneração variável, por outro lado, dependerá de efetiva ocupação dos leitos e realização dos exames, somando-se ao valor da remuneração assegurada. Assim, a totalidade dos valores em hipótese alguma poderá remunerar mais que 100% dos leitos e exames disponíveis, conforme inclusive previsão na minuta do contrato – item 17.2.3 que estabelece: 'A somatória da Remuneração Assegurada da Parcela de Disponibilidade e da Remuneração Variável da Parcela de Disponibilidade não poderá ser superior a 1/12 (um doze avos) da Parcela de Disponibilidade da Contraprestação Anual Máxima indicada na Proposta'. Assim, ainda que haja taxa de ocupação das unidades de saúde maior que 61%, a parcela de disponibilidade estará limitada a 100% da remuneração proposta para cada lote. O último pleito do representante consistente na alegação de subjetividade da fórmula de remuneração

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da concessionária quanto à parcela de desempenho, bem como a falta de finalidade dos critérios de indicação de qualidade, sendo, segundo ele, insuficientes a garanti-la quanto aos serviços prestados, foi também rebatido pela Origem, que argumentou que os indicadores de desempenho foram elaborados com base em parâmetros consolidados na prática de gestão hospitalar nacional e internacional. Somou ainda que uma leitura atenta dos indicadores de qualidade evidencia a sua objetividade e que eventuais denúncias de irregularidade na prestação do serviço e na fiscalização serão devidamente apuradas nas vias próprias. Em manifestação, a Auditoria entendeu que a representação é improcedente, acrescentando quanto a alegação de subjetividade dos indicadores de avaliação de desempenho do serviço que eles são objetivos, conforme descrição do Anexo 8, e que para assegurar sua efetiva qualidade há previsão na minuta do contrato de instrumentos de fiscalização da concessão, cuja prerrogativa é do poder público, em especial os incluídos na cláusula 13 do contrato em retificação ao Edital inaugural, cujo objetivo é garantir o bom nível de qualidade dos serviços. A AJCE entendeu que os documentos e justificativas apresentadas por SMS, bem como a análise da equipe técnica, afastaram a caracterização das irregularidades arguidas na inicial, motivo pelo qual entendeu que a representação é improcedente. No mesmo sentido posicionou-se a Douta PFM e a Secretaria Geral. É o relatório. Voto: Conheço da representação interposta, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade. No mérito, cumpre fazer esclarecimentos preliminares acerca do projeto que se intenta licitar. Conforme já salientado, a licitação da PPP da Saúde no Município de São Paulo será feita na modalidade de concorrência pública, cuja finalidade é selecionar a melhor proposta para a celebração de contrato de concessão administrativa que objetiva a construção de três novos Hospitais (Hospital Municipal do Balneário São José; Hospital Municipal de Brasilândia e Hospital Municipal da Capela do Socorro) e de quatro Centros de Diagnósticos, bem como a reforma e/ou substituições de nove Hospitais Municipais. O objeto da licitação ainda compreende a confecção de todos os projetos de engenharia e arquitetura relacionados às Unidades de Saúde, o fornecimento, instalação, atualização e manutenção dos equipamentos médico-hospitalares e demais equipamentos para essas Unidades, bem como dos mobiliários necessários, e a prestação dos serviços e utilidades não-assistenciais de manutenção e limpeza de equipamentos e prédios, de lavanderia, vigilância, suporte às atividades de informática, telefonia, nutrição, esterilização e recepção. O critério de julgamento será o do menor preço, correspondente ao menor valor de contraprestação anual máxima ofertado por cada proponente em cada lote, havendo etapa prévia de qualificação das propostas técnicas. A previsão de investimentos, cujos números foram referenciados em 2010, totaliza a cifra de R$ 3.638.376.840,00 para os 15 anos de projeto, sendo que as obras representam 15,4% deste total, ou seja, R$ 560.476.313,00. Se forem somados os investimentos representativos de obras, bem como o custo dos terrenos, tecnologias, ambientação e informática, a soma chega a R$ 861.943.167,00, ou 23,7% do valor total previsto para o projeto de PPP. O restante, na monta de R$ 2.215.957.360,00, representa 76,3% do custo do projeto e diz respeito aos valores da operação/serviços a serem prestados ao longo dos 15 anos de concessão. O objeto da concessão está dividido em três lotes, sendo o lote 1 composto pelos Hospitais Municipais Dr. Alípio Correa Neto, Dr. Alexandre Zaio, Tide Setúbal e Waldomiro de Paula, o lote 2 pelos Hospitais Municipais Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, Balneário São José, Capela do Socorro e Dr. Benedito Montenegro, bem como pelo Centro de Diagnóstico Sul e o lote 3 é composto pelos Hospitais Municipais de Brasilândia, Dr. Ignácio Proença de Gouveia, Dr. José Soares Hungria e Dr. Mário Degni e pelos Centros de Diagnóstico Centro Oeste, Norte e Leste. No que toca às alegações do representante, seus argumentos não prosperam. Conforme demonstrado durante a instrução processual, e corroborado à unanimidade pelos órgãos técnicos desta Casa, não há que se alegar que, diante da especialidade da atividade de

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vigilância privada, esta não poderia ser prestada em conjunto com outros tipos de serviços por uma única empresa, de modo que deveria ser licitado em lote ou edital distinto, nem que o Edital não previu como condição de habilitação a apresentação de documentação específica da empresa proponente para a prestação dos serviços de vigilância. Conforme demonstrado, o Anexo 6 da minuta do contrato da PPP estabelece que, na prestação dos serviços objeto da concessão, a concessionária deverá observar a legislação específica aplicável a cada uma das atividades. O apêndice III deste mesmo Anexo, inclusive, elenca a legislação de regência afeta aos serviços de vigilância, determinando ainda que a prestadora de serviços deve ter seu registro na Polícia Federal. Com efeito, cada licitante deverá apresentar a documentação referente à PPP dividida em cinco volumes, quais sejam: (1) garantia da proposta, (2) proposta técnica, (3) oferta de contraprestação anual máxima, (4) documentos de habilitação e (5) demonstrativos de viabilidade econômico-financeira. De acordo com o item 15.1.1 do Edital (fl. 31 verso), a Licitação será iniciada com a abertura das garantias das propostas e das propostas técnicas das proponentes. A Comissão de Outorga analisará, inicialmente, a adequação da garantia da proposta, passando à etapa de análise apenas das propostas técnicas daquelas proponentes que tiverem suas garantias aceitas. A etapa de qualificação das propostas técnicas será feita com base nos parâmetros e regras definidos no Anexo 4 do Edital, com a atribuição de uma nota técnica para cada proponente, considerado o cumprimento de cada uma das exigências ali consignadas. De acordo com o Anexo 4, a proposta técnica a ser apresentada deverá ser composta por três partes distintas: (i) proposta técnica do projeto e execução das obras; (ii) proposta técnica de prestação dos serviços; e (iii) capacidade de estruturação e execução de projetos de grande porte. A proponente obterá a nota total prevista para cada subitem se lograr cumprir com todas as premissas, ao passo que obterá nota igual a 0 (zero) se não considerar em sua proposta as premissas estipuladas em cada subitem. Como a licitação será julgada exclusivamente pelo melhor preço, não haverá gradação das propostas técnicas em relação às soluções apresentadas, servindo especificamente a qualificação da proposta técnica para desclassificar aquelas proponentes que não atinjam pontuação mínima, segundo os critérios estabelecidos no item 12.8 do Edital. No que diz respeito à proposta técnica de prestação dos serviços, objeto da insurgência do representante, deverá ser apresentada documentação que comprove que a empresa proponente possuiu a visão geral do projeto, com enfoque voltado à prestação dos serviços solicitados, demonstrando o conhecimento em aspectos fundamentais da gestão, bem como o conteúdo proposto em matéria de formação, gestão do meio ambiente, qualidade de serviços e emergência. Ademais, a proposta técnica deverá individualizar os serviços e utilidades não-assistenciais que integram o objeto da concessão, devendo demonstrar conhecimento do que propõe e, em especial (1) descrever o serviço proposto sobre a base mínima das obrigações gerais e especificações técnicas definidas no Edital e seus Anexos, expondo a metodologia, o planejamento, a organização e os sistemas de informação propostos, (2) descrever o número e a capacitação dos recursos humanos que se propõe para cada serviço, com a finalidade de se examinar a sua adequação com a metodologia de execução proposta e (3) explicitar os recursos materiais e técnicos referentes à prestação de cada serviço, levando-se em consideração sua viabilidade e funcionabilidade (fl. 151 verso). Conforme se verifica, estará automaticamente desqualificada a Proponente que não atingir nota mínima na proposta técnica ou que descumprir alguma das exigências ou requisitos previstos no Anexo 4. Somente após este procedimento é que será novamente convocada sessão pública que tratará da (3) oferta de contraprestação anual máxima, (4) dos documentos de habilitação e (5) dos demonstrativos de viabilidade econômico-financeira. Por todo o exposto, verifica-se que a empresa proponente que, ao final, sagrar-se vencedora passou pelo crivo da comissão de outorga no que diz respeito às etapas de qualificação, de modo que estará apta a prestar todos

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os serviços que dizem respeito ao projeto da PPP, cabendo decidir, com relação especificamente aos serviços de vigilância, se os prestará diretamente ou se o fará por intermédio da contratação de terceiros. Na própria introdução do anexo 6 da minuta do contrato de PPP está estabelecido que a concessionária estará obrigada à prestação dos serviços diretamente ou por meio da contratação de terceiros. Os apêndices deste anexo, em especial o apêndice III, que trata dos serviços de vigilância, estabelecem as especificações técnicas globais para a prestação de serviços, e devem orientar a montagem dos manuais operacionais de cada um dos serviços de acordo com as especificidades de cada unidade, os quais deverão ser obrigatoriamente aprovados pelo poder concedente antes do início da prestação. Ademais, eles deverão ser adequados à obtenção de certificado nacional de acreditação de qualidade, sendo necessário atingir o primeiro nível da certificação. A legislação trabalhista, as normas de segurança do trabalho, as regulamentações da ANVISA, e todas as demais que regem a prestação de serviço em unidades de saúde devem ser consideradas obrigatórias e devem ser citadas nos manuais operacionais. Por fim, quanto à alegação de que a concessionária vencedora realize licitação ou processo seletivo para tais serviços, também não cabe razão ao representante na medida em que o modelo afeto à PPP disponibiliza à concessionária a escolha da melhor forma de prestá-los, incluindo-se nessa seara a escolha do prestador nos moldes estabelecidos pelo mercado, já que a ela, concessionária, compete gerenciar tanto a remuneração a fazer frente a tal prestação quanto o gerenciamento da matriz de risco envolvida, razão que reforça ainda mais a certeza de que a escolha do prestador deverá caber à concessionária. Comprova tal argumento a previsão da cláusula 9.1.1 da minuta do contrato de PPP, que estabelece que é obrigação da Concessionária a prestação direta ou indireta dos Serviços e Utilidades Não-Assistenciais necessários à execução do Contrato, de acordo com as condições e os requisitos mínimos estabelecidos no Anexo 6, por sua conta e risco, com integral atendimento à regulamentação do Poder Concedente, aos Indicadores de Desempenho e às demais exigências estabelecidas no Contrato, segundo as melhores práticas e os regulamentos aplicáveis. Por todo o exposto, são improcedentes as razões do representante. Quanto ao argumento de que haveria a possibilidade de remuneração do concessionário, na parte afeta à parcela de disponibilidade, em valor que extrapolaria o limite máximo de 100% de ocupação dos leitos ou exames realizados, é importante observar que a contraprestação mensal efetiva é o valor a ser pago mensalmente à concessionária, composto pela parcela de desempenho e pela parcela de disponibilidade. A parcela de disponibilidade remunerará a infraestrutura disponível nas unidades de saúde, mediante uma distribuição do risco de demanda entre poder concedente e concessionária, e será mensalmente calculada, tendo em vista sua decomposição em remuneração assegurada e remuneração variável. O poder concedente pagará mensalmente a título de remuneração assegurada um valor correspondente à ocupação de 39% (trinta e nove por cento) dos leitos disponíveis de cada unidade hospitalar, bem como ao emprego de 39% (trinta e nove por cento) dos exames disponíveis em cada centro de diagnósticos, independente da efetiva demanda. Já a remuneração variável será paga, adicionalmente à remuneração assegurada, pelo valor correspondente à efetiva fruição da infraestrutura das unidades de saúde, ou seja, a fruição dos demais 61% de leitos ou exames disponíveis. Assim, a somatória de ambas não poderá ser superior a 1/12 (um doze avos) da parcela de disponibilidade da contraprestação anual máxima indicada na proposta, conforme previsto na minuta do contrato – item 17.2.3, razão pela qual este valor jamais extrapolaria o limite máximo de 100% de leitos ou exames disponíveis, de modo que as alegações do representante são improcedentes neste aspecto. Por fim, o último argumento do representante, no sentido de que haveria subjetividade da fórmula de remuneração da concessionária quanto à parcela de desempenho, bem como falta de finalidade dos critérios de indicação de

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qualidade também não prospera. A parcela de desempenho diz respeito aos serviços e utilidades não-assistenciais e será calculada de acordo com o volume prestado, bem como com o cumprimento, pela concessionária, dos indicadores de desempenho definidos no Anexo 8. É composta pela parcela de desempenho quantificada (serviços e utilidades não-assistenciais que não sofrem variação de volume, como limpeza hospitalar, portaria, vigilância, telefonia, manutenção integral de equipamentos, manutenção predial e manutenção de sistemas de informação) e parcela de desempenho quantificável (serviços e utilidades não-assistenciais de lavanderia, de nutrição e de esterilização, que sofrem variação de volume). De acordo com o Anexo 8 do contrato, poderão incidir sobre a parcela de desempenho (tanto quantificada quanto quantificável) descontos oriundos do descumprimento dos indicadores de desempenho estipulados pelo poder concedente. Previu-se ainda que a avaliação da qualidade está baseada em acompanhamento de indicadores de desempenho que possibilitam, de forma objetiva, estabelecer o correto ou incorreto funcionamento dos serviços e utilidades não-assistenciais e a mensuração dos descontos a serem impostos. Especificamente quanto aos serviços de vigilância, são indicadores de qualidade a verificação: (1) se os funcionários estão corretamente uniformizados, portam crachás de identificação visíveis e sua apresentação pessoal é adequada, (2) se possuem instrução mínima equivalente ao primeiro grau completo, (3) se utilizam os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) adequados à sua atividade, (4) se existe um Manual Operacional atualizado, aprovado, de conhecimento dos funcionários, (5) se as instruções técnicas do fabricante dos equipamentos estão disponíveis para consulta, (6) se existe um plano de manutenção periódica efetivo, (7) se há plano de emergência e contingência e se ele é de conhecimento de todos, (8) se há plano de gestão de meio ambiente para o setor, (9) se os funcionários são previamente treinados para executar suas atividades e, depois de integrados, recebem treinamento mensal, (10) se recebem treinamento quanto à segurança de trabalho e prevenção de incêndios, (11) se são observados os horários de troca de turnos de trabalho e as informações relativas ao trabalho são transferidas à rendição, (12) se o registro das ocorrências é executado diariamente de maneira adequada, (13) se a segurança é comunicada de maneira rápida sempre que ocorrem problemas que possam afetar a segurança da Organização e se o acesso aos setores é controlado, (14) se é executado inventário mensal dos ativos do setor, (15) se o controle de movimentação desse ativo é adequadamente escriturado, (16) se existe um controle sobre o tempo de execução das atividades e consumo de materiais, (17) se o controle de fluxo de visitantes e pacientes é executado de forma adequada, (18) se o controle dos automóveis nos estacionamentos é executado de forma adequada, (19) se os vendedores ambulantes são identificados e afastados da Unidade de Saúde, etc. De acordo ainda com o Anexo 8, o poder concedente é responsável por monitorar, controlar e avaliar todos os serviços e utilidades não-assistenciais, cobrando seu correto funcionamento, e aplicando as deduções, se for o caso, pelo não cumprimento dos indicadores de desempenho estabelecidos. Cada descumprimento dos indicadores de desempenho é catalogado com base em parâmetros cuja ponderação conjunta determinará o nível de prestação do serviço, dando lugar a uma porcentagem pré-estabelecida de dedução, de modo a concluir-se não ser subjetiva a fórmula de remuneração, bem como que os critérios pré-estabelecidos de avaliação são condizentes com o que se espera dos serviços a serem prestados. Por todo o exposto, julgo a presente Representação totalmente improcedente, para em seguida serem os autos arquivados, e determino o encaminhamento de cópia do Acórdão ao representante, à Secretaria Municipal da Saúde e à Companhia São Paulo de Parcerias – SPP, para conhecimento. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro

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Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." b) Contratos: 2) TC 2.817.08-52 – São Paulo Turismo S.A. – SPTuris e B Esse Construtora Ltda. – Tomada de Preços 003/08 – Contrato CCN/GCO/092/08 R$ 812.324,70 e TA 096/08 R$ 185.222,79 (alteração do valor contratual de R$ 812.324,70 para R$ 997.547,49, em virtude de readequação das necessidades, conforme planilha anexa ao Termo de Aditamento) – Contratação de empresa especializada para empreitada global de serviços de engenharia para execução de reforma e requalificação do Auditório "Elis Regina" (Tramita em conjunto com o TC 2.860.08-81) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 2.860.08-81, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares a Tomada de Preços 003/08, o Contrato CCN/GCO/092/08 e o Termo de Aditamento 096/08. Relatório e voto englobados: v. TC 2.860.08-81. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 3) TC 2.860.08-81 – São Paulo Turismo S.A. – SPTuris e B Esse Construtora Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato CCN/GCO/092/08, cujo objeto é contratação de empresa especializada para empreitada global de serviços de engenharia para execução de reforma e requalificação do Auditório "Elis Regina", está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste (Tramita em conjunto com o TC 2.817.08-52) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 2.817.08-52, e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar irregular a execução contratual, considerando o pagamento realizado sem a correspondente verificação do serviço executado, bem como diante da não aplicação de multa contratual prevista na avença. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar que a São Paulo Turismo S.A. – SPTuris tome as providências no sentido de apurar e regularizar as diferenças de valores apontados. Acordam, ainda, à unanimidade, em aplicar a multa no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) ao Senhor Albano Soares Martins Jr., com fundamento no inciso II do artigo 52 da Lei Municipal 9.167/80. Relatório englobado: Trata-se das análises da Tomada de Preços nº 003/08, do Contrato CCN/GCO nº 92/08, do Termo de Aditamento CCN/GCO nº 96/08 e do acompanhamento da execução do contrato, firmado entre a São Paulo Turismo S.A. – SPTuris e a empresa B Esse Construtora Ltda., tendo por objeto serviços de engenharia para a execução de reforma e requalificação do auditório "Elis Regina". Por meio da Ordem de Serviço nº 7.2.0.0547/08 foram realizados os procedimentos de análise, cujos resultados estão sintetizados nos relatórios elaborados pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC, com as seguintes conclusões: - Tomada de Preços nº 003/08 – REGULAR. - Contrato CCN/GCO nº 092/08 – IRREGULAR, considerando que as Certidões Negativas de Débito referentes a tributos estaduais e federais encontram-se vencidas, infringindo os art. 29, inciso III, da Lei Federal nº 8.666/93 e art. 37, inciso III, do Decreto Municipal nº 44.279/03. - Termo de Aditamento CCN/GCO nº 096/08 – IRREGULAR, por decorrer de contratação também considerada irregular e pela publicação extemporânea do Termo de Aditamento no DOC, desrespeitando o disposto no art. 26 da Lei Municipal nº 13.278/02, bem como pelo não envio da remessa da informação ao SERI, infringindo a Instrução nº 01/02, aprovada pela Resolução nº 05/02 deste Tribunal. Ressalta-se, ainda, que no Termo de Aditamento não há a definição da quantidade de parcelas a serem pagas, ou seja, não está evidenciado se o

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pagamento do aditamento será efetuado em parcela única ou após as medições estipuladas contratualmente. A Assessoria Jurídica de Controle Externo – AJCE opinou pela regularidade dos ajustes, uma vez que as falhas apontadas são passíveis de relevação. Devidamente intimados, a Origem e o gestor do Contrato, Sr. Albano Soares Martins Jr., apresentaram defesa de igual teor. A Contratada deixou transcorrer "in albis" o prazo assegurado para manifestação. Após a análise das defesas apresentadas, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC retificou seu parecer, concluindo, desta feita, pela regularidade da contratação, em razão da junção das certidões estaduais e federais pela Origem, ressalvada a falta de previsão da apresentação das CNDs referentes ao FGTS e INSS para efetuar o pagamento dos serviços prestados, e pela regularidade do termo de aditamento, ressalvadas a publicação extemporânea do instrumento no DOC, a ausência da definição de quantidade de parcelas a serem pagas e a falta de remessa de informações ao SERI. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento da licitação e dos ajustes, relevando-se as impropriedades apontadas. Por fim, a Secretaria Geral, na esteira dos órgãos preopinantes, concluiu pela regularidade dos instrumentos, sem prejuízo das recomendações eventualmente pertinentes. Já no tocante à execução contratual, a Auditoria apontou as seguintes irregularidades: 1 - Não foi identificada no Cronograma Físico-Financeiro a data do recebimento e sua aprovação pela São Paulo Turismo, além do fato do cronograma prever duas medições dos serviços executados e o contrato, três. A indicação do responsável técnico pelos serviços contratados e a guia de recolhimento da ART foram apresentados com atraso. 2 - A SPTuris não manteve sob sua guarda a documentação exigida pelos subitens 8 "b", "c", "subitem I" e quadro fl. 128 do Edital, referente à Segurança e Medicina do Trabalho, resultando em infringência ao art. 8º, § 1º, do Decreto Municipal nº 44.279/03. 3 - O serviço não foi entregue em conformidade com o estipulado no Anexo I do Edital, precisando, inclusive, ser refeito, sem que houvesse registro formal no Diário de Ocorrências ou no processo administrativo. Apesar do ocorrido, a SPTuris não manifestou intenção de aplicar penalidade contratual. Desta forma, houve o descumprimento dos itens 1.3 e 6.1.1 e 6.2.10 do Contrato e infração aos arts. 67, § 1º, e 87 da Lei Federal nº 8.666/93 e ao art. 54 do Decreto Municipal nº 44.279/03. 4 - Foi efetuado um pagamento no valor de R$ 243.697,41 sem que houvesse a terceira medição dos serviços executados. 5 - As impropriedades verificadas nas medições dos serviços executados revelam fragilidades na fiscalização do contrato por parte da SPTuris. 6 - Não aplicação de multa referente à fração do objeto contratual não executada na forma pactuada, alcançando o montante de R$ 4.745,54. 7 - Foram realizados pagamentos dos serviços prestados com certidão negativa de débito relativa ao INSS sem cobertura de período válida, contrariando o subitem 6.1.6 do Contrato e infringindo os artigos 27, inciso IV, 29 e 55, inciso XIII, da Lei Federal nº 8.666/93. 8 - Para a realização dos pagamentos, a SPTuris não exigiu a apresentação das últimas guias de recolhimento do ISS nem a comprovação da quitação dos recolhimentos referentes ao INSS, contrariando o item 5.3 e o subitem 5.3.1 da cláusula quinta do contrato. A Assessoria Jurídica de Controle Externo – AJCE opinou pela irregularidade da execução. Entretanto, sugeriu o encaminhamento de ofício à Origem para prestar esclarecimentos. Devidamente intimados, a Origem e o gestor do Contrato, Sr. Albano Soares Martins Jr., apresentaram defesa de igual teor. A Contratada deixou transcorrer "in albis" o prazo assegurado para manifestação. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC manteve o parecer pela irregularidade da execução, considerando que as defesas apresentadas não trouxeram elementos que pudessem alterar seu posicionamento. A Procuradoria da Fazenda Municipal opinou pelo acolhimento da execução ou, ao menos, o reconhecimento de seus efeitos financeiros e patrimoniais, ante a ausência de comprovação de dano ao erário, bem como por não se vislumbrar dolo, culpa ou má-fé por parte dos agentes públicos responsáveis. A Secretaria Geral, por sua vez, calcada nas

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manifestações dos órgãos técnicos desta Corte, opinou pelo não acolhimento da execução contratual. É o relatório. Voto englobado: Uma vez que não foram apontadas objeções em relação à licitação, passo à análise da contratação, do termo de aditamento, bem como da execução contratual. No tocante ao contrato, corroboro o entendimento esposado pela Assessoria Jurídica de Fiscalização e Controle – AJCE em relação à falta de certidões estadual e federal atualizadas na ocasião da lavratura do contrato. Assim, conforme parecer da AJCE 'para efeito de formalização do contrato, a Administração só tem obrigação de atestar as Certidões de Tributos Imobiliários, FGTS e INSS que, no caso sub examine, foram devidamente juntadas às fls.190, 236 e 237 dos autos.' Ressalta-se, por oportuno, que a Origem acostou à sua defesa as certidões atualizadas que comprovam a regularidade da Contratada perante o fisco estadual e federal, motivo pelo qual a SFC considerou sanada a irregularidade apontada. Em relação à ressalva da falta de previsão da apresentação das CNDs referentes ao FGTS e ao INSS, acolho os argumentos apresentados pela Origem no sentido de que tais obrigações encontram-se subentendidas no subitem 5.3 e 6.1.6 do contrato. Demais disso, a Origem informou que alterou as minutas-padrão dos contratos a fim de propiciar maior clareza no tocante a previsão de apresentação das certidões negativas de débito relativas ao FGTS e ao INSS. Sendo assim, entendo regular o instrumento de contratação. No que concerne ao Termo de Aditamento, considero da mesma forma regular, tendo em vista que a publicação extemporânea do ajuste é falha formal passível de relevação, uma vez alcançada a finalidade legal de dar publicidade ao ato. Do mesmo modo, a falta de remessa de informações ao SERI também é passível de ser relevada, não tendo o condão de macular o ajuste. Quanto à ausência no Termo de Aditamento da definição de quantidade de parcelas a serem pagas, havia previsão no sentido de ratificação das cláusulas contratuais, naquilo que não colidissem com o referido termo. De outra forma, no tocante à execução contratual, entendo que os esclarecimentos prestados pela Origem não foram suficientes para afastar as irregularidades apontadas pela Especializada. Com efeito, a Origem admitiu que juntou o cronograma físico-financeiro em período posterior ao previsto. Demais disso, o cronograma previa duas medições dos serviços contratados em dissonância ao contrato que previa três. Quanto à indicação do responsável técnico, convém ressaltar que esta ocorreu quase um mês após o início do contrato. Ademais, a Origem não manteve sob sua guarda toda documentação relativa à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme lhe competia. Por diversas vezes o Órgão Técnico solicitou cópias de tais documentos que, entretanto, nunca lhe foram apresentadas. Para ressaltar a ausência de fiscalização, cumpre destacar que o serviço de instalação do piso vinílico precisou ser refeito e, ao mesmo tempo, não houve qualquer registro formal no Diário de Ocorrências ou no processo administrativo a esse respeito. A Origem atestou que os serviços estavam de acordo com as condições contratuais, o que não ocorreu segundo o relatório da Especializada que, inclusive, sugeriu a aplicação de multa. Há registro de pagamento no valor de R$ 243.697,41, sem que houvesse a terceira medição dos serviços executados. Também foram realizados pagamentos sem comprovação de regularidade perante o INSS, o que contraria os artigos 27, IV, 29 e 55, XIII, da Lei Federal 8.666/93. Verifico, portanto, que houve desídia da Origem na fiscalização dos serviços realizados, o que não se admite, tratando-se de recursos públicos envolvidos. O Princípio da Eficiência, conforme lição do mestre Hely Lopes Meirelles, é 'o que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros' (Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo. Ed. Malheiros, 2003, pg. 102). Diante do exposto, JULGO REGULARES a Tomada de Preços n° 003/08, o Contrato n° 92/08 e o

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Termo de Aditamento n° 96/08 e IRREGULAR a execução contratual, considerando o pagamento realizado sem a correspondente verificação do serviço executado, bem como diante da não aplicação de multa contratual prevista na avença. Neste sentido, aplico multa ao Sr. Albano Soares Martins Jr., no valor de R$ 350,00, bem como determino que a Origem tome as providências no sentido de apurar e regularizar as diferenças de valores apontados. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO EURÍPEDES SALES – a) Diversos: 1) TC 4.173.05-30 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento – Verificar a regularidade do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, considerou que restou prejudicada a análise do edital da Concorrência 01/SES/05, pela perda do objeto, uma vez que os itens apontados pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte ensejaram a elaboração de um novo edital, o qual está sendo acompanhado no processo TC 2.958.06-12. Ademais, o Conselheiro Roberto Braguim – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 2.958.06-12 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento do Edital Reformulado da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo, verificando se foi elaborado de acordo com os dispositivos legais pertinentes, em especial, se foram reformulados os itens questionados nos relatórios constantes do TC 72-004.173.05-30 (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, acolheu o edital da Concorrência 01/SES/05 na presente versão, por está em conformidade com a legislação vigente e com a boa técnica. Sua Excelência, ainda, determinou o envio de ofício, acompanhado de cópia do V. Acórdão a ser alcançado pelo Egrégio Plenário, bem assim dos relatórios técnicos deste Tribunal ao Ministério Público do Estado de São Paulo, em atendimento ao Ofício 2733/2006, PJC-CAP 823/05 – 10a PJ; ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Cidadania, em resposta ao Ofício 439/2005, registro CAO 4556/05; ao DIPO – Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária, em atenção ao Ofício DIPO 3.1.1. 050.05.099131-0,

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I.P. 25/2005 – 1ª Seccional – SIG; à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, em atendimento ao Ofício 0102/2011, PJPP 1263/2010 (7a PJ) e ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Cidadania do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ofício 0439/2005, registro CAO 4556/05. Ademais, o Conselheiro Roberto Braguim – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 4.456.05-54 – Marca Construtora e Serviços Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 4) TC 4.458.05-80 – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 5) TC 4.460.05-21 – Arclan – Serviços, Transportes e Comércio Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 6) TC 4.463.05-10 – ABESMUR – Associação Brasileira das Empresas de Serviços e Manutenção Urbana – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo

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(Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 7) TC 2.765.06-99 – SELUR – Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 8) TC 3.335.06-85 – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.336.06-48, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 9) TC 3.336.06-48 – ARCLAN – Serviços, Transportes e Comércio Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.341.06-88, 3.400.06-45 e 155.07-78) 10) TC 3.341.06-88 – SPL Construtora e Pavimentadora Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública 01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.400.06-45 e 155.07-78) 11) TC 3.400.06-45 – Iudice Mineração Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de suspensão, em face do edital da Concorrência Pública

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01/SES/05, cujo objeto é a execução dos serviços indivisíveis de limpeza pública no Município de São Paulo, compreendendo: varrição manual de vias e logradouros públicos, varrição mecanizada de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos da varrição de vias públicas; lavagem de logradouros públicos; limpeza de monumentos; varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas após as feiras-livres, instalação com fornecimento, manutenção e higienização de lixeiras de pequeno porte e serviços complementares e acessórios de limpeza, em toda área do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88 e 155.07-78). Após o relato das matérias, "o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, conheceu das representações formuladas, por estarem presentes os pressupostos de admissibilidade e, quanto ao mérito, considerou que restou prejudicada suas análises, pela perda do objeto, tendo em vista que o edital da Concorrência 01/SES/05, publicado pela Secretaria Municipal de Serviços – SES, objeto das representações, fora revogado. Sua Excelência, ainda, determinou o envio de ofício aos representante e à representada, dando cumprimento ao artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Ademais, o Conselheiro Roberto Braguim – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidões) 12) TC 155.07-78 – Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos – SNJ – Encaminhamento, para conhecimento deste Tribunal, de cópia do Processo Administrativo 2006-0.171.469-1 referente à apuração preliminar efetivada no âmbito da Secretaria Municipal de Serviços – SES, cujo objeto é a verificação de supostas irregularidades quanto a alterações nos itens dos editais de concorrência para contratação de serviços de limpeza urbana, possibilitando que as empresas apresentassem impugnações junto a este Tribunal (Tramita em conjunto com os TCs 4.173.05-30, 2.958.06-12, 4.456.05-54, 4.458.05-80, 4.460.05-21, 4.463.05-10, 2.765.06-99, 3.335.06-85, 3.336.06-48, 3.341.06-88 e 3.400.06-45) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, em conhecer da apuração efetivada no âmbito da Secretaria Municipal de Serviços – SES e, no mérito, em confirmar a ausência de indícios de irregularidades, conforme apurado pelos Órgãos Técnicos desta Corte. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales – Relator." 13) TC 2.263.08-00 – Consplana Construções e Serviços Ltda. – Subprefeitura Jabaquara – Representação em face do edital do Pregão Presencial 25/SP-JA/2008, cujo objeto é a contratação de serviços de limpeza mecânica de bocas de lobo e desidratação dos resíduos gerados através de equipamento combinado hidrojato/sugador ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, considerando que a Subprefeitura Jabaquara promoveu a retificação no Edital do Pregão Presencial 25/SP-JA/2008, em julgar prejudicada a representação formulada pela empresa Consplana Construções e Serviços Ltda., pela perda de seu objeto. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a remessa de ofício, acompanhado de cópia do presente Acórdão, à representante e à representada, em cumprimento ao que dispõe o artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, bem como à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em resposta ao Ofício 2580/2009, ref. Inquérito Civil PJPP-CAP

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524/2008. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales – Relator." b) Contratos: 14) TC 417.08-01 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Emprefour Indústria e Comércio Ltda. – Contrato 199/SME/2007 R$ 3.332.641,29 – Fornecimento de 874.709 camisetas – Lote A – de acordo com as especificações constantes da Ata de RP 12/SME/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Eurípedes Sales. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, consoante notas taquigráficas insertas nos autos, considerando que a Administração Pública não tinha como saber a quantidade de alunos que seria efetivamente matriculada no ano de 2008, considerando ainda que em decisões anteriores o Egrégio Plenário, à unanimidade, julgou regulares contratações semelhantes, bem como a Secretaria Municipal de Educação – SME efetua consulta prévia, por ocasião dos pagamentos ao fornecedor, em acolher o Termo do Contrato 199/SME/2007, firmado entre a SME e a empresa Emprefour Indústria e Comércio Ltda. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales – Relator." 15) TC 6.816.97-07 – Secretaria Municipal de Planejamento – SEMPLA e Sociedade Vendome Empreendimentos e Participações Ltda. – Tº de Compromisso 57/97/SEMPLA – Operação Urbana Faria Lima nº 07 – Alteração dos índices e características de uso e ocupação do solo do imóvel localizado na Avenida Horácio Lafer, Rua Iguatemi, Rua Aspásia e Avenida Nova Faria Lima. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta do citado processo, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidão) – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR ROBERTO BRAGUIM – a) Diversos: 1) TC 831.12-99 – Câmara Municipal de São Paulo – CMSP – (Presidente Vereador José Police Neto) – Consulta acerca de questões relativas à interpretação de dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal PARECER: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Decidem os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, conhecer da consulta, a qual tem assento nos artigos 48, inciso I, da Lei Orgânica deste Município, e no artigo 18 da Lei Municipal 9.167/1980, e atende aos requisitos estabelecidos no artigo 29, "caput", do último Diploma, c/c o artigo 60 do Regimento Interno desta Egrégia Corte de Contas. Decidem, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, responder aos quesitos formulados na seguinte conformidade: Quesito I – Em consonância com o disposto no artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, pode a Administração Pública Municipal dar prosseguimento em licitações de obras e serviços de engenharia, devidamente autorizadas e instauradas antes de 30 de abril de 2012, porém ainda não finalizadas? Resposta: O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal não impede a continuidade dos certames autorizados e instaurados antes de abril de 2012, e a formalização dos respectivos ajustes durante os dois últimos quadrimestres do exercício em que se expira o ano eletivo. Quesito II – Se positiva a resposta à pergunta anterior, os contratos oriundos das referidas licitações poderão ser assinados ainda no corrente ano, sem caracterizar ofensa ao citado dispositivo legal? Resposta: O parágrafo único do mesmo preceito legal não inibe a formalização dos ajustes decorrentes de licitações processadas nas condições enunciadas na resposta anterior, desde que as respectivas obrigações estejam devidamente cobertas com a verba compromissada no

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exercício ou provisionada para os restos a pagar, observando-se que o artigo 35 da Lei Federal 4.320/1964 dispõe que as despesas pertencem ao exercício financeiro onde foram legalmente empenhadas. Acrescente-se, além disso, a inexistência de vedação para que se assumam obrigações plurianuais no período questionado, desde que tal obrigação conste dos instrumentos de planejamento governamental, quais sejam, a Lei Orçamentária Anual – LOA e o Plano Plurianual – PPA, quando for o caso, tudo em perfeita consonância com a Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO. Na hipótese das despesas desse exercício serem inscritas como "restos a pagar", o Administrador deverá deixar provisionado recurso bastante para sua liquidação no exercício seguinte, sem comprometer a verba da nova gestão da entidade pública envolvida. Relatório: Nos termos do ofício encaminhado, a Egrégia Edilidade consulta este Tribunal, através de sua ilustre Presidência, sobre dúvidas emergentes da interpretação e aplicação do artigo 42 da Lei Complementar nº 101/20001, formulando os seguintes quesitos: 'Quesito I – Em consonância com o disposto no art. 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, pode a Administração Pública Municipal dar prosseguimento em licitações de obras e serviços de engenharia, devidamente autorizadas e instauradas antes de 30 de abril de 2012, porém ainda não finalizadas? Quesito II – Se positiva a resposta à pergunta anterior, os contratos oriundos das referidas licitações poderão ser assinados ainda no corrente ano, sem caracterizar ofensa ao citado dispositivo legal?' O expediente vem instruído de cópia do requerimento da Comissão de Finanças e Orçamento e do parecer do Consultor Geral de Economia e Orçamento. A Auditoria respondeu afirmativamente aos dois quesitos, mediante o atendimento destas condições: '1) os empenhos correspondentes às obras e serviços realizados no exercício de 2012 possam ser pagos dentro do exercício, e 2) haja disponibilidade financeira em 31.12.12 suficiente para pagar os restos a pagar correspondentes a estas obras e serviços realizados no exercício de 2012 e mais todas as outras dívidas de curto prazo do órgão existentes em 31.12.12, observada a distinção de recursos livres e vinculados.' A mesma Auditoria destacou as regras sobre o controle da execução orçamentária e financeira, estatuídas no artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal2 e do Decreto Municipal nº 52.934/123, editado para o corrente exercício, alertando para as limitações estatuídas pelos artigos 3º e 4º daquele Édito4

1 Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

(fls. 14/15). No substancioso parecer de fls. 17/30, o Assessor Jurídico Wellington Urbano Marinho, avalizado pela douta Chefia, à fl. 31, fez um alentado estudo sobre as normas que disciplinam a responsabilidade fiscal dos Governantes e dirigentes das Entidades Públicas, trazendo à luz os ensinamentos da Doutrina, e concluindo pelo acompanhamento das conclusões da Subsecretaria de Fiscalização e Controle. A Procuradoria da Fazenda Municipal não dissentiu das conclusões externadas pelas Unidades Técnicas especializadas, trazendo ao bojo do expediente parecer exarado pela Procuradoria Geral do Município e Assessoria Técnica e Jurídica da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos sobre a interpretação do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal apropriado às conclusões alcançadas nesse estudo (fls. 32/95).

2 Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. 3 DECRETO Nº 52.934, DE 20 DE JANEIRO DE 2012 - Fixa normas referentes à execução orçamentária e financeira para o exercício de 2012. 4 Art. 3º (VETADO) Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

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Apreciando essa manifestação a Assessoria Jurídica de Controle Externo observou que o parecer emitido pela Procuradoria Geral do Município, aprovado pelo Excelentíssimo Secretário dos Negócios Jurídicos, corroborou as conclusões da Equipe Técnica Especializada, ratificando a exegese do artigo 42 da Lei Complementar nº 101/2000, em consonância com os princípios do planejamento, do equilíbrio e da anualidade, sem desprezar a continuidade administrativa e a compatibilidade das obrigações com o exercício financeiro em que contraídas, mormente quando decorrentes de programas de média e longa duração. A Secretaria Geral, dando uma exegese mais abrangente ao dispositivo legal, opinou também positivamente em conformidade com os preopinantes, porém formulando as seguintes respostas, na ordem de quesitos: - Quesito I: Sim. Não há impedimento legal para que a Administração prossiga nas licitações devidamente autorizadas e instauradas antes de 30 de abril de 2012. - Quesito II: Sim, os contratos oriundos de licitações instauradas antes de 30/04/12 poderão ter seus contratos ainda formalizados no corrente ano, sem nenhuma ofensa às regras previstas no artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal. É o relatório abreviado. Parecer: A Consulta em exame tem assento no artigo 48, inciso I, da Lei Orgânica deste Município,5 e no artigo 18 da Lei Municipal nº 9.167/19806, e atende aos requisitos estabelecidos no artigo 29, "caput", do último Diploma7, c/c o artigo 60 do Regimento Interno desta Egrégia Corte de Contas8

5 Art. 48. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, ao qual compete:

, ensejando, destarte, a apreciação, discussão e resposta aos quesitos formulados. O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que embasa a proposição da Egrégia Edilidade, prescreve, às expressas: 'Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.' Analisando o dispositivo comentado, no sistema das Leis nºs 4.320/1964 e 8.666/1993, Flavio de Toledo Jr. e Sérgio Ciquera Rossi anotam que: 'O conceito de obrigação de despesa acha-se estreitamente vinculado ao de obrigação de pagamento; não há que falar naquele sem que antes se materializem os pré-requisitos deste último (empenho e liquidação). Por outra forma, não há obrigação de despesa se o fornecedor ainda não cumpriu sua missão contratual.

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito, pela Mesa da Câmara e pelo próprio Tribunal, que serão apresentadas obrigatoriamente até 31 de março de cada exercício, mediante parecer prévio informativo, que deverá ser elaborado e enviado à Câmara Municipal no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data de seu recebimento, já incluídos nesse prazo eventuais diligências e apreciação definitiva de recursos administrativos. - Alterado pelo artigo 2º da Emenda nº 29, de 29/11/07 6 Lei nº 9.167/1980 - Dispõe sobre a reorganização, competência, jurisdição e funcionamento do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, e dá outras providências. Art. 18. A competência do Tribunal compreende a apreciação das contas do Prefeito Municipal e as da Mesa da Câmara Municipal, a apreciação da aplicação das parcelas ou quotas partes transferidas ao Município, provenientes de recursos tributários arrecadados pela União, o desempenho das funções de auditoria financeira e orçamentária sobre as contas das unidades administrativas dos órgãos municipais, e o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos e da legalidade das concessões iniciais de aposentadorias e pensões concedidas pelo Município, bem como o exame e o julgamento da aplicação de auxílios e subvenções concedidos pelo Município a entidades particulares de caráter assistencial. 7 Art. 29. O Tribunal emitirá parecer sobre consulta que lhe for feita pela Administração, por intermédio do Prefeito ou Presidente da Câmara Municipal, a respeito de dúvidas suscitadas na execução de disposições legais concernentes à matéria financeira e orçamentária. 8 Art. 60. O Plenário emitirá parecer sobre consultas decorrentes de dúvidas suscitadas na interpretação de dispositivos legais ou regulamentares concernentes à matéria de competência do Tribunal.

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De seu lado, a obrigação da despesa nasce com o ato do empenho; equipara-se este ao tempo de contrato (art. 62 da mencionada lei). Na medida em que o particular tem na Nota de Empenho sua garantia documental, a LRF proíbe que a Administração aceite ou avalize títulos emitidos por fornecedor de bens, mercadorias ou serviços (art. 37, III)9.' As questões suscitadas na Consulta formulada, como já acentuado no segmento relatorial, foi objeto de amplo estudo pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, que, acompanhando a Auditoria, respondeu afirmativamente aos quesitos submetidos à apreciação deste Tribunal. Com efeito, na interpretação do artigo 42, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, está claro o objetivo do legislador de restringir a assunção de obrigações nos dois últimos quadrimestres do ano em que se encerra o mandato eletivo. No entanto, não há vedação para o prosseguimento dos certames licitatórios instaurados antes do período limitativo e sua conclusão com a formalização dos ajustes com seus vencedores, desde que as obrigações decorrentes tenham suficiente provisão de fundos no mesmo exercício, ainda que elas venham a ser inscritas como restos a pagar. As despesas não pagas no exercício financeiro em que forem geradas são catalogadas, na técnica contábil como "restos a pagar", que, na conceituação do artigo 36 da Lei Federal nº 4.320/1964, 'são despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas'. O artigo 42 da Lei Complementar nº 101/2000 está contido justamente nessa rubrica de "Restos a Pagar". Assim, em "ultima ratio", não pode o agente político, com mandato a expirar no ano eleitoral, transferir a liquidação da obrigação assumida ao seu sucessor, onerando a verba orçamentária do período financeiro seguinte. Esse entendimento, no entanto, não obsta que as Administrações, em fins de mandato, deem continuidade aos programas instituídos nos Planos Plurianuais – PPA, abrangente de contratos cuja execução ultrapassou o exercício financeiro, visto que o comando do artigo 42 determina, tão somente, que o gestor público garanta a existência de recursos suficientes para a quitação das parcelas relativas ao respectivo exercício. É o que explicitam os autores citados Flavio de Toledo Jr. e Sergio Ciquera Rossi, no trato do tema, "in verbis": '4. frente ao princípio orçamentário da anualidade as receitas arrecadadas no exercício são carreadas para as despesas assumidas nesse mesmo período; tal princípio não considera que despesa futuramente realizada ampare-se em receita atual'. '5. os empenhos de obras e serviços continuados tal qual já se viu, oneram cada orçamento, na mesma proporção em que se executa, no exercício a despesa (art. 7º, § 2º, III, e art. 57, ambos da Lei nº 8.666/93)10

9 Flavio C. de Toledo Jr. E Sérgio Ciquera Rossi, Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada, Editora NDJ, 2ª. Edição, 2002, pág. 225.

.' Aliás, como bem lembrou a Procuradoria da Fazenda Municipal esse tema já foi objeto de exaustivos estudos pela Procuradoria Geral do Município e Assessoria Jurídica da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos que, atendendo às consultas das Secretarias interessadas, firmaram a seguinte orientação, com aprovação do Excelentíssimo Senhor Secretário de Negócios Jurídicos: '(1) o artigo 42 refere-se exclusivamente à inscrição em restos a pagar de obrigações relativas ao respectivo exercício, sem que tenha sido efetuado o pagamento; (2) referido dispositivo veda a assunção de obrigações em ano eleitoral, sem que haja disponibilidade financeira para quitação integral das parcelas relativas exclusivamente à execução no exercício financeiro, não dispondo sobre despesas ou créditos de outros exercícios; (3) não há vedação para assunção de obrigações plurianuais nos dois últimos quadrimestres do final do mandato, sendo necessário apenas que haja disponibilidade financeira para o pagamento das parcelas relativas ao respectivo exercício e que tal obrigação esteja incluída nos instrumentos de planejamento estatal, quais sejam, a LOA e o PPA, quando for o caso, devendo estar em consonância também com a

10 Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal, Editora NDJ, 2002, pág. 225.

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LDO; (4) os responsáveis por unidades orçamentárias deverão providenciar, para efeito do disposto no artigo 42 da LRF, o prévio empenho de todas as obrigações assumidas pelo órgão com execução prevista para o exercício; (5) além disso, a celebração de novos contratos ou assunção de obrigações deve ser precedida da emissão do respectivo empenho, ocasião em que o próprio sistema de execução orçamentária fará automaticamente a verificação da disponibilidade financeira e (6) na hipótese de inexistência de disponibilidade financeira, o órgão poderá solicitar, mediante justificativa pormenorizada, autorização especial para a Secretaria de Finanças.' As ilações da Auditoria, acolhidas pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, em substancioso estudo, e pela Procuradoria da Fazenda Municipal, estão perfeitamente afinadas com as teses aprovadas pela Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos, na medida em que responderam afirmativamente aos quesitos da Egrégia Edilidade, desde que: a) os empenhos correspondentes às obras e serviços realizados possam ser pagos no exercício de 2012; b) haja disponibilidade financeira em 31.12.2012 suficiente para pagar os restos relativos às obrigações cumpridas naquele exercício e demais dívidas existentes até aquele termo, distinguindo-se os recursos livres dos vinculados. É oportuno ressaltar, também, que os contratos e obrigações que se estendem por mais de um exercício financeiro poderão ser concretizados nos dois últimos quadrimestres do último ano de mandato desde que: 1) haja suficiente disponibilidade de caixa para a quitação das parcelas relativas à sua efetiva execução naquele exercício; e 2) as prestações, com execução projetadas por mais de um exercício, devem estar incluídas nas respectivas leis orçamentárias anuais e em programa previsto no PPA, quando for o caso, além de estarem adequadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias. De outro lado, os contratos e obrigações que se estendem por mais de um exercício financeiro, mesmo em ano de eleição, devem submeter-se aos instrumentos de planejamento previstos no nosso Ordenamento Positivo, quais sejam, a Lei Orçamentária Anual (LOA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA), de sorte que, nas hipóteses de execução plurianual, a respectiva despesa deverá estar contida em programa previsto no Plano Plurianual (PPA) e no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) enviado à Câmara pelo Chefe do Executivo, além de estar em sintonia com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Dentro dessa ótica, tenho para mim que o dispositivo em comento não permite que o Administrador contraia obrigações durante o período restritivo sem que haja disponibilidade de caixa até o fim de seu mandato, ponto esse, "permissa venia", não abordado pela Douta Secretaria Geral na resposta ao quesito II. Ainda, na mesma linha de raciocínio desenvolvida pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle, Assessoria Jurídica de Controle Externo e Procuradoria da Fazenda Municipal, e, também amparado nas diretrizes fixadas pela Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos, no expediente suso mencionado, respondo aos quesitos formulados na seguinte conformidade: Quesito I - O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal não impede a continuidade dos certames autorizados e instaurados antes de abril de 2012, e a formalização dos respectivos ajustes durante os dois últimos quadrimestres do exercício em que se expira o ano eletivo. Quesito II - O parágrafo único do mesmo preceito legal não inibe a formalização dos ajustes decorrentes de licitações processadas nas condições enunciadas na resposta anterior, desde que as respectivas obrigações estejam devidamente cobertas com a verba compromissada no exercício ou provisionada para os restos a pagar, observando-se que o artigo 35 da Lei nº 4.320/1964 dispõe que as despesas pertencem ao exercício financeiro onde foram legalmente empenhadas. Acrescente-se, além disso, a inexistência de vedação para que se assumam obrigações plurianuais no período questionado, desde que tal obrigação conste dos instrumentos de planejamento governamental, quais sejam, a Lei Orçamentária Anual – LOA e o Plano Plurianual – PPA, quando for o caso, tudo em perfeita consonância com a Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO. Na hipótese das despesas desse exercício serem inscritas

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como "restos a pagar", o Administrador deverá deixar provisionado recurso bastante para sua liquidação no exercício seguinte, sem comprometer a verba da nova gestão da entidade pública envolvida. É o decisório, que submeto à aprovação deste Egrégio Plenário. Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC 606.07-95 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Consórcio Enerconsult CRA – Acompanhamento – Verificar se o edital de Concorrência C01/SES/07, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados em consultoria e assistência técnica financeira ao gerenciamento dos contratos do Departamento de Iluminação Pública do Município de São Paulo, com vistas à otimização da operação do Sistema de Iluminação, foi elaborado de acordo com os dispositivos legais pertinentes (Acomp. TC 2.221.08-52). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim – Relator conheceu do edital da Licitação C01/SES/07, considerando que as irregularidades de início constatadas foram devidamente sanadas, mediante as adequações operadas pela Secretaria Municipal de Serviços – SES, inclusive com a elaboração de um novo edital, e considerando, também, que o certame restou consumado sem que novas irregularidades fossem apontadas. Ademais, o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) b) Contratos: 3) TC 2.221.08-52 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Consórcio Enerconsult CRA – Concorrência C01/SES/07 – Contrato 10/SES/08 R$ 11.399.142,32 e TA 01/08 (red. de R$ 227.982,85 – desconto e alteração sobre o valor contratual) – Prestação de serviços técnicos especializados em consultoria e assistência técnica financeira ao gerenciamento dos contratos do Departamento de Iluminação Pública do Município de São Paulo, com vistas à otimização da operação do Sistema de Iluminação (Acomp. TC 606.07-95). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim – Relator julgou regulares a Concorrência C01/SES/07, o Contrato 10/SES/08 e o Termo de Aditamento 01/08, uma vez que as impropriedades diagnosticadas ficaram afastadas. Sua Excelência, ainda, esclareceu que o acompanhamento da execução do Contrato 10/SES/08, proposto pela Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte, em face das peculiaridades que envolvem a contratação, já está ocorrendo nos autos do processo TC 1.738.08-42, que deixou de acompanhar os presentes processados nos termos do Despacho cuja cópia encontra-se às fls. 510/511 do processo TC 606.07-95 e 234/235 destes autos. Ademais, o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – a) Recursos: 1) TC 1.712.06-97 – Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interposto contra o V. Acórdão de 23/9/2009 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Associação Comunitária Monte Azul – Continuidade das atividades desenvolvidas pelo Programa Saúde da Família em conjunção de esforços da Secretaria com a conveniada. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Domingos Dissei – Relator conheceu do recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, visto que os pressupostos de admissibilidade estão devidamente preenchidos e, quanto ao mérito, considerando a natureza dos atos apreciados, a relevância das atividades executadas e a ausência nos autos de qualquer notícia de prejuízo ao erário, ou que tenha havido dolo ou má-fé dos agentes envolvidos, aliado aos devidos temperamentos que o intérprete do direito deve ter no momento de subsunção do fato à norma jurídica aplicanda, deu-lhe provimento, para

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reformar integralmente o V. Acórdão guerreado e julgar regular o Convênio 003/2006-SMS.G/PSF, bem como os Termos Aditivos 01 e 02/2006, relevando as falhas constatadas. Ademais, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Eurípedes Sales solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) b) Contratos: 2) TC 477.08-25 – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Starbene Refeições Industriais Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 020/2006-AHMRN, cujo objeto é o fornecimento de refeições para pacientes e funcionários dos Hospitais e Prontos Socorros pertencentes à Autarquia, está sendo executado conforme o pactuado, bem como se existem controles internos. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Domingos Dissei – Relator acolheu a execução do Contrato 020/2006-AHMRN, com o valor empenhado de R$ 4.047.126,48 e pago no montante de R$ 1.568.884,60, referente ao período auditado de 01/6/2007 a 31/12/2007. Sua Excelência, ainda, deixou de fazer qualquer recomendação, tendo em vista o encerramento do pactuado. Outrossim, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, consoante voto apresentado em separado, não acolheu a execução contratual, por violação aos artigos 72 e 78, inciso VI, da Lei Federal 8.666/93, haja vista que "além de a Origem não ter autorizado ou admitido algum limite para a subcontratação da empresa Eco & Sapore pela contratada Starbene Refeições Industriais Ltda., constatou-se a subcontratação total dos serviços de fornecimento de refeições entre as referidas empresas", não prevalecendo o argumento de que se trata de uma reestruturação de empresa familiar, uma vez que ficaram caracterizadas duas empresas distintas, inclusive com diferentes inscrições no Cadastro Nacional da Pessoa Física – CNPJ. Sua Excelência, ademais, reconheceu os efeitos financeiros da execução contratual, uma vez que a Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte considerou que os serviços foram de fato prestados e que se procurou sanar as irregularidades apontadas, adotando recomendações de melhoria de controle interno nas rotinas administrativas de acompanhamento da execução contratual. Ademais, o Conselheiro Eurípedes Sales, acompanhou, na íntegra, o voto do Conselheiro Domingos Dissei – Relator. Ainda, o Conselheiro Roberto Braguim acompanhou "in totum", o voto do Conselheiro Maurício Faria – Revisor. Afinal, o Presidente Edson Simões, nos termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) – PROCESSOS DE REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES – 1) TC 1.069.07-73 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Trindade Martins Izidoro interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 08/4/2008 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Trindade Martins Izidoro – Prestação de contas de adiantamento bancário – junho/2002 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 23.08-18, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.609ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votou o Conselheiro Roberto Braguim, tendo votado os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora, Maurício Faria – Revisor e Eurípedes Sales, na 2.606ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer dos recursos voluntários, uma vez que os pressupostos de admissibilidade restaram atendidos, assim como do "ex officio", por regimental. Acordam, ainda, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.606ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno

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deste Tribunal, em negar provimento aos apelos voluntários que intentam a reforma da R. Decisão de Juízo Singular para que seja reconhecida totalmente regular a prestação de contas, visto que o fundamento que conduziu ao julgamento pela irregularidade da mesma deve permanecer. Vencidos, quanto ao mérito, os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, nos termos de seu voto apresentado em separado, e Roberto Braguim, consoante declaração de voto apresentada, que deram provimento parcial aos recursos voluntários. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora, Maurício Faria – Revisor e Roberto Braguim, em dar provimento parcial ao recurso "ex officio" para reformar em parte a R. Decisão recorrida, com o fito de considerar irregular a prestação de contas em julgamento, porém sem imputação de débito, nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011 deste Tribunal, dando quitação à interessada. Vencido o Conselheiro Eurípedes Sales, que negou provimento ao recurso "ex officio", assim como determinou a intimação da servidora para recolher o valor glosado com a devida atualização monetária e juros de mora. Relatório e voto englobados: v. TC 23.08-18. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 23.08-18. Declaração de voto englobado apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 23.08-18. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 23.08-18. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Relatora, na 2.606ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Yara Tacconi – Relatora." 2) TC 23.08-18 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Vera Lucia de Oliveira Salvatore e da Secretaria do Governo Municipal, interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 09/02/2008 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria do Governo Municipal – SGM – Vera Lucia de Oliveira Salvatore – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 1.069.07-73, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.609ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votou o Conselheiro Roberto Braguim, tendo votado os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora, Maurício Faria – Revisor e Eurípedes Sales, na 2.606ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Relatora, em conhecer dos recursos voluntários, uma vez que os pressupostos de admissibilidade restaram atendidos, assim como do "ex officio", por regimental. Acordam, ainda, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.606ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno deste Tribunal, em negar provimento aos apelos voluntários que intentam a reforma da R. Decisão de Juízo Singular para que seja reconhecida totalmente regular a prestação de contas, visto que o fundamento que conduziu ao julgamento pela irregularidade da mesma deve permanecer. Vencidos, quanto ao mérito, os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, nos termos de seu voto apresentado em separado, e Roberto Braguim, consoante declaração de voto apresentada, que deram provimento parcial aos recursos voluntários. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Relatora, Maurício Faria – Revisor e Roberto Braguim, em dar provimento parcial ao recurso "ex officio" para reformar em parte a R. Decisão recorrida, com o fito de

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considerar irregular a prestação de contas em julgamento, porém sem imputação de débito, nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011 deste Tribunal, dando quitação à interessada. Vencido o Conselheiro Eurípedes Sales, que negou provimento ao recurso "ex officio", assim como determinou a intimação da servidora para recolher o valor glosado com a devida atualização monetária e juros de mora. Relatório englobado: Em julgamento os Recursos "ex officio", bem como os voluntários interpostos contra as r. Decisões monocráticas, proferidas em sede de Juízo Singular, que aprovaram parcialmente as prestações de contas, dando quitação às responsáveis e glosaram as importâncias correspondentes à extrapolação dos limites estabelecidos na legislação de regência da matéria. Foram feitas, ainda, determinações aos responsáveis. A Procuradoria da Fazenda Municipal interpôs recursos objetivando a modificação das rr. Decisões com o fito de cancelar a glosa imposta. Intimadas, as responsáveis pelos adiantamentos apresentaram recursos alegando vários fatores a serem considerados no momento do julgamento para que as despesas possam ser consideradas regulares. O Secretário do Governo Municipal ofereceu recurso nos autos do TC 23.08-18 e tentou demonstrar a regularidade da execução das despesas alegando tratar-se de despesas realizadas para atender necessidades imperiosas do Gabinete do Prefeito e da própria Pasta. A propósito, há de ser salientado que referida intimação foi equivocada. Portanto, a documentação juntada às fls. 61/63, não será tratada como recurso, sendo certo, ademais, que seu subscritor não era o titular da Pasta, quando da apreciação da prestação de contas, ora tratada. A Coordenadoria III concluiu pela manutenção do quanto decidido pelo Juízo Singular, uma vez que os recursos interpostos não trouxeram elementos novos capazes de alterar a Decisão recorrida. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento dos recursos interpostos e, no mérito, pela improcedência dos mesmos. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu que fossem conhecidos e providos os recursos interpostos, de forma a tornar a glosa insubsistente e, consequentemente, restarem acolhidas as contas examinadas. É o relatório. Voto englobado: Conheço dos Recursos voluntários, uma vez que os pressupostos de admissibilidade restaram atendidos, assim como do "ex officio", por ser regimental. No mérito, observa-se que as glosas impostas pelas rr. decisões recorridas decorreram do fato das interessadas não terem respeitado os limites estabelecidos na legislação regente da matéria, o que impede o reconhecimento de regularidade das prestações de contas. Entretanto, mantendo a mesma linha decisória vazada nos termos de minha declaração de voto proferida no TC 2.812.08-39, cujas razões passam a fazer parte integrante deste, julgo não procedente o recolhimento da importância glosada, pois, do que se observa nos autos, os valores em questão foram dispendidos pela Administração e recebidos pelos fornecedores em conformidade com as compras e as entregas dos produtos que foram, de fato, utilizados pela Administração. Portanto, tratamos aqui, no que excede ao valor permitido pela legislação, de ato praticado de maneira irregular, mas sem desvio do interesse público. Por todo o exposto, nego provimento aos apelos voluntários que intentam as reformas das Decisões Singulares, para que sejam reconhecidas totalmente regulares as prestações de contas, visto que o fundamento que conduziu ao julgamento pela irregularidade das mesmas deve permanecer. Entretanto, dou provimento parcial ao recurso "ex officio" para reformar em parte as rr. Decisões recorridas, com o fito de considerar irregulares as prestações de contas em julgamento, porém, sem imputação de débito, nos termos do inciso III, do art. 1º, da Instrução nº 03/2011 deste Tribunal, e dou quitação às interessadas (2.606ª S.O). Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Conheço da remessa de ofício, bem como dos recursos voluntários interpostos, ante a presença dos pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte de Contas, na esteira dos pareceres da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral. O mérito da

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discussão está relacionado à glosa parcial de prestação de contas de adiantamento bancário, diante de afronta ao disposto no artigo 3º, § 3º, inciso I, do Decreto Municipal 43.731/2003, vigente à época dos fatos, que fixa limites para aquisição de um mesmo material, independentemente de sua especificação, pelo regime do adiantamento. Este tema que, no caso em exame, enfrentei em sede de Juízo Singular, segue a mesma linha por mim adotada em outros 22 processos similares que tratavam de casos idênticos. Nesse sentido, a irregularidade apontada está relacionada, especificamente, à aquisição de cartuchos de tinta para impressoras extrapolando o limite legal. Dentre as condições estabelecidas em lei para uso do regime de adiantamento, duas se mostram primordiais e indispensáveis: 1) a primeira, que a despesa exija pronto pagamento, ou seja, que reste caracterizada no processo uma situação decorrente de fato superveniente, justificando a urgência da aquisição, de modo que não se possa aguardar os trâmites processuais normais de realização da despesa, sem ocasionar prejuízos às atividades da Unidade, ou ainda que, em face da natureza ou do valor do material ou serviço, não seja viável ou adequada sua obtenção pelo processo de licitação ou mesmo de dispensa; 2) a segunda, de forma adicional, é que a despesa seja realizada em valor limitado, para que o regime seja utilizado de forma comedida, visto que se trata de exceção à regra, e como tal, deve ser limitado a situações excepcionais, devidamente justificadas e comprovadas, priorizando-se o processo normal de aplicação. Nos casos em exame, nota-se que a Origem vem utilizando o regime excepcional de adiantamento como processo normal de aquisição para suprir insuficiências de seu almoxarifado, visto que o material tratado neste processo é de uso contínuo, e, portanto, deveria ter sido regularmente licitado e estocado, em almoxarifado: trata-se de material de suprimento, claramente identificado como cartucho de tinta para impressora Lexmark. Depreende-se dos autos que a Origem possuía vários equipamentos em diversas unidades e que, portanto, deveria programar-se para manter estoques em almoxarifado, mediante aquisição pelo processo normal de aplicação. Em uma análise mais rigorosa, podemos observar que, embora a Origem argumente a urgência do material, nenhuma evidência dessa situação foi apresentada de modo a justificar que tais materiais exigiam o pronto pagamento e, portanto, não poderiam subordinar-se ao processo normal de aplicação, condição indispensável e preliminar, conforme estabelecido no artigo 1º da Lei nº 10.513/88. Assim, os materiais em foco nem deveriam ter sido adquiridos pelo regime de adiantamento, quanto mais, em valor superior ao limite estabelecido. Não obstante, considerando as novas disposições da Instrução nº 03/2011, e por entender que, em que pese caracterizada a irregularidade na forma explicitada neste voto, a mesma não seria passível de glosa, mas sim, de eventual aplicação de penalidade, não aferível, todavia, em sede recursal; voto, quanto ao mérito, pela manutenção do julgamento pela irregularidade do procedimento, mas pelo provimento parcial dos recursos em exame para, exclusivamente, afastar a glosa aplicada, dando-se quitação integral às prestações de contas em exame (2.606ª S.O.). Declaração de voto englobado apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: No julgamento dos recursos voluntários e "ex officio" interpostos contra as Decisões Singulares nos TCs da pauta da 2.606ª Sessão Ordinária, a ilustre Conselheira Relatora e o Conselheiro Revisor votaram pelo seu provimento parcial em consonância com o artigo 1º, inciso III, da Instrução nº 03/201111

11 Art. 1º As prestações de contas relativas às despesas por regime de adiantamento analisadas pelo Tribunal serão julgadas: (...) III - Irregulares, com ou sem imputação de débito, quando comprovada infração às normas legais ou regulamentares, ressalvando o disposto no inciso II deste artigo.

desta Egrégia Casa, divergindo apenas na fundamentação, ao passo que o nobre Conselheiro Eurípedes Sales negou provimento a todos os apelos, mantendo a glosa imposta aos responsáveis pela prestação analisada. Conheço também de todos os recursos, por sua

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adequação às normas legais e regimentais, afinando-me com os votos já proferidos. De outra face, a incidência das novas regras editadas pela Instrução nº 03/2011, aprovada pela Resolução nº 04/2011, da mesma data, aos casos ainda não definitivamente julgados, já foi por mim amplamente analisada e interpretada, com base nos ensinamentos dos doutos, no TC nº 1.134.07.03, pelo que me reporto aos estudos e considerações técnicas expendidos no voto proferido naquele procedimento, para evitar repetição cansativa. Nos casos em exame, ficou perfeitamente caracterizada a infringência, pelos prestadores, ao artigo 3º, § 3º, inciso I, do Decreto Municipal nº 43.731/0212, e o não cumprimento dos prazos estabelecidos pelas Portarias da Secretaria de Finanças, dando, assim, total embasamento às rr. Decisões recorridas. Contudo, entendo que a hipótese vertente se enquadra na situação prevista no artigo 1º, inciso III, da novel Instrução nº 03/2011, visto que não houve a ocorrência de qualquer dos fatos catalogados nas alíneas "a" a "d" do § 2º do mesmo dispositivo13, que determinaria a imputação de débito, e, consequentemente, o recolhimento da verba glosada, atualizada monetariamente, e acrescida de juros. Com efeito, não ficaram plenamente comprovados a má-fé dos servidores responsáveis, e prejuízos aos cofres públicos, de sorte que incide, na espécie, o disposto no artigo 1º, § 1º, da Instrução nº 03/201114

12 § 3º - As despesas realizadas por adiantamento bancário limitam-se aos percentuais previstos nos incisos I e II deste parágrafo, calculados sobre o valor estabelecido no inciso II do artigo 24 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e suas alterações, fixado por portaria expedida pela Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico: (...) I - 14% (quatorze por cento), por material, independentemente de sua especificação;

, afastando, todavia, as sanções ali previstas para evitar a "reformatio in pejus", vedada pelo nosso sistema processual civil. Nessa linha de exposição, também dou provimento parcial a todos os recursos, considerando igualmente irregulares as prestações "sub examine", porém sem imputação de débito, afastando, destarte, a glosa ordenada pelas rr. Decisões monocráticas nos dois processos (2.609ª S.O.). Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC nº 1.069/07-73, da análise de recursos "ex officio" e voluntários da Procuradoria da Fazenda Municipal e de Trindade Martins Izidoro interpostos em face da decisão de juízo singular que aprovou parcialmente a prestação de contas de adiantamento bancário realizado pela Secretaria Municipal de Saúde à referida servidora, glosando o valor de R$ 508,00 (quinhentos e oito reais) em razão da extrapolação do limite fixado para a aquisição de mesmo material, infringindo o disposto no artigo 3º, § 3º, inciso I, do Decreto nº 40.533/2001, com determinação de cumprimento do disposto nos itens 5.4 e 5.5 da Portaria SF 32/2001 e no artigo 38, inciso VII, da Lei 9.167/80. O TC 23/08-18, julgado de forma englobada, trata da análise de recursos "ex officio" e voluntários da Procuradoria da Fazenda Municipal, de Vera Lúcia de Oliveira Salvatore e da Secretaria do Governo Municipal interpostos em face da decisão de juízo singular que aprovou parcialmente a prestação de contas de adiantamento bancário em nome da referida servidora, glosando o valor de R$ 328,30 (trezentos e vinte e oito reais e trinta centavos), ante a extrapolação do limite legal para aquisição de mesmo material imposto no artigo 3º, inciso I, do Decreto Municipal nº 43.731/2003. Na sessão nº 2.606, a Conselheira Relatora Yara Tacconi, em ambos os TCs conheceu dos recursos e, no mérito, negou

13 § 2º - As despesas irregulares com imputação de débito sujeitam os infratores ao recolhimento da glosa atualizada monetariamente, acrescida de juros e ocorrem quando verificadas as seguintes infrações: a) Omissão no dever de prestar contas; b) Dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; c) Desfalque ou desvio de bens ou valores públicos; d) Qualquer irregularidade de natureza grave. 14 Art. 1º As prestações de contas relativas às despesas por regime de adiantamento analisadas pelo Tribunal será § 1º - As despesas irregulares sem imputação de débito sujeitam os responsáveis às sanções previstas na Lei Municipal 9.167/80 e no Regimento Interno deste Tribunal.o julgadas

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provimento a todos os recursos voluntários e deu provimento parcial aos recursos "ex officio" para afastar a imputação de débito nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011 deste Tribunal, dando quitação às Interessadas. O Conselheiro Revisor Vice-Presidente Maurício Faria, em ambos os TCs conheceu de todos os recursos e deu-lhes provimento parcial apenas para afastar a imputação de débito nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011 deste Tribunal, quitando as Interessadas. O Conselheiro Eurípedes Sales conheceu dos recursos e, no mérito, negou-lhes provimento, mantendo-se a decisão recorrida por seus próprios fundamentos. Na sessão 2.609ª, o Conselheiro Corregedor Roberto Braguim conheceu de todos os recursos e, no mérito, deu-lhes provimento para afastar a imputação de débito, com base na citada Instrução 03/2011 deste Tribunal. Com efeito, registrou-se empate quanto ao mérito dos recursos voluntários e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente da Conselheira Yara Tacconi e do Conselheiro Eurípedes Sales, restando, por maioria de votos, negado provimento aos recursos voluntários da Procuradoria da Fazenda Municipal, da Secretaria do Governo Municipal, de Trindade Martins Izidoro e de Vera Lúcia de Oliveira Salvatore. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Relatora, na 2.606ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Yara Tacconi – Relatora." 3) TC 3.984.98-86 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Servi – Segurança e Vigilância de Instalações Ltda. – TAs 002/98-ARS.3 (alteração parcial da cláusula 1 do Contrato), 01/99-ARS.3 R$ 969.621,36 (prorrogação de prazo), 023/2000 R$ 1.004.471,28 (prorrogação de prazo), 080/2000 R$ 100.246,92 (acréscimo de 23% sobre o objeto do ajuste, incluindo mais 8 homens às 4 Unidades Básicas reintegradas, nos termos do Decreto 39.020/00, com início a partir de 01/9/2000), 001/2001-ARS.3 R$ 1.311.667,56 (prorrogação de prazo), 012/2002 R$ 1.386.360,24 (prorrogação de prazo e alteração da dotação orçamentária), 127/2002 (para fazer constar o remanejamento de prestação dos serviços nas Unidades do Posto Avançado 3, a partir de 01/6/2002) e 157/2002 (retirratificar o TA 127/2002, para constar o número correto de postos de serviços no ambulatório de especialidades de Sapopemba) e Acompanhamento da Execução do Contrato 001/98-ARS.3, conforme determinação contida no V. Acórdão proferido em 21/3/2001 – Prestação de serviços de segurança e vigilância nas dependências da Administração Regional de Saúde 3 e Unidades subordinadas ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.609ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votou o Conselheiro Roberto Braguim, tendo votado os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales, na 2.607ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Maurício Faria – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales, em julgar regulares o Termo Aditivo 012/2002 e a execução do Contrato 001/1998-ARS.3 referente ao período de 04/02/1998 a 03/02/1999, no montante de R$ 932.993,10. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim, que, consoante declaração de voto apresentada, não acolheu o Termo Aditivo 012/2002 e a mencionada execução contratual; porém, tendo em vista o tempo decorrido, reconheceu os efeitos financeiros dessa execução já produzidos, em respeito ao princípio da segurança das relações jurídicas. Acordam, ademais, à unanimidade,

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em julgar irregular a execução do Contrato 001/1998-ARS.3 para a quantia de R$ 6.055,29 (seis mil, cinquenta e cinco reais e vinte e nove centavos), por consistir em pagamento a maior no mês de fevereiro de 1998, bem como em determinar à Secretaria Municipal da Saúde – SMS medidas para o ressarcimento dessa quantia aos cofres públicos. Acordam, também, à unanimidade, em julgar irregulares os Termos Aditivos 001/1999-ARS.3, 023/2000, 080/2000, 001/2001-ARS.3 e 127/2002. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales, em reconhecer os efeitos financeiros desses termos aditivos, ante as justificativas trazidas aos autos, caracterizadoras da situação fática relativa à dificuldade de liberação de recursos financeiros que atingia a Administração em determinado período, diante também da impossibilidade do serviço objeto do contrato sofrer solução de continuidade, bem como em razão da ausência de comprovação de má-fé e de prejuízo ao erário. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em julgar regular o Termo Aditivo 002/1998-ARS.3. Vencido, neste particular, o Conselheiro Maurício Faria – Relator, que o julgou irregular, mas reconheceu os seus efeitos financeiros. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar irregular o Termo Aditivo 157/2002. Vencidos os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales, que o julgaram regular. Acordam, também, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales, em aceitar os efeitos financeiros do Termo Aditivo 157/2002. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim, que não acolheu os efeitos financeiros do instrumento. Relatório: Trata o presente da análise de execução do Contrato 001/98-ARS-3, julgado regular por esta E. Corte (Acórdão de fls. 277/278), firmado entre o Município de São Paulo (Secretaria Municipal da Saúde) e a empresa SERVI SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE INSTALAÇÕES LTDA., tendo por objeto a prestação de serviços de segurança e vigilância nas dependências da Administração Regional de Saúde-3 e unidades subordinadas. No curso da referida análise, foi constatado por AUD (fl. 378), por meio dos processos de pagamento solicitados, a existência de TERMOS ADITIVOS não encaminhados a esta Corte. Foram requisitadas as cópias necessárias para análise, efetuada nestes autos, dos TERMOS ADITIVOS de nº 02/98, 01/99, 023/2000, 080/2000, 01/2001, 012/2002, 127/2002 e 157/2002. Em sua primeira análise, entendeu SFC, quanto à execução contratual do ajuste em tela, referente ao período de 04/02/98 a 03/02/99, com despesas realizadas no montante de R$ 939.048,39, pela regularidade no valor de R$ 160.649,10 e irregularidade no montante de R$ 778.399,29 por pagamento a maior de R$ 6.055,29 em fevereiro/98 e por realização de despesas sem prévio empenho de R$ 772.344,00. Quanto aos TERMOS ADITIVOS, concluiu pela regularidade com ressalvas dos TAs nº 02/98 e 157/2002 e pela irregularidade dos TAs nº 01/99, 023/2000, 080/2000, 01/2001, 012/2002 e 127/2002. Em primeira manifestação, a AJCE acompanhou as conclusões de AUD quanto à execução contratual e quanto à regularidade com ressalva dos aditivos 002/98 e 157/02 e irregularidade dos demais, superando, todavia, a questão relativa ao empenho insuficiente do TA 001/99, por constatar a emissão de empenhos complementares e tempestivos às despesas, sem, contudo, considerá-lo regular, visto que maculado por outras ilegalidades. Regularmente intimada (fls. 540/541), a Origem deixou transcorrer o prazo sem qualquer manifestação. Apresentaram defesas o Sr. CÉSAR PRATES CASTANHO JR., ordenador das despesas referentes aos TAs nº 001/99 e 023/2000 (fls. 563/565); o Sr. GILDO VIEIRA RAMOS DE VASCONCELOS, ordenador da despesa do TA nº 080/2000 (fls. 566/570); o Sr. PAULO

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CARRARA DE CASTRO, em relação aos Termos Aditivos nº 001/2001, 012/2002, 127/2002 e 157/2002; o Sr. CARLOS ALBERTO ERGAS, em relação ao Termo Aditivo nº 002/98, além da empresa contratada (fls. 574/597). Feita nova análise pela Auditoria C IV, concluíram os Auditores pela manutenção do entendimento anterior. A AJCE, em derradeira análise, manifestou-se pela irregularidade da totalidade dos aditivos, considerando que nos TAs 02/98 e 157/2002 houve ofensa ao princípio da publicidade, propondo, ainda, o prosseguimento do acompanhamento da execução contratual, no que foi acompanhada pela Subchefia que, por sua vez, sugeriu o acolhimento dos efeitos financeiros produzidos pelos ajustes. A PFM requereu a relevação das falhas formais apontadas em razão da inexistência de qualquer referência a má prestação do serviço contratado, bem como de prejuízo ao erário, com o reconhecimento da regularidade dos Termos Aditivos e de toda a execução contratual, ou, alternativamente, aceitação dos seus efeitos econômicos. É o relatório. Voto: Inicialmente, quanto à execução contratual, entendo que as falhas apontadas pela auditoria relativas à insuficiência de empenho no valor de R$ 772.344,00 (setecentos e setenta e dois mil, trezentos e quarenta e quatro reais) podem ser relevadas, uma vez que os recursos – ainda que intempestivamente – foram empenhados dentro do exercício, não comprometendo a execução orçamentária do mesmo, além do que os serviços foram efetivamente prestados, inexistindo notícias de eventual prejuízo ao erário. De fato, a insuficiência dos valores empenhados para atender a despesa contraída no exercício e a intempestividade da emissão das notas de empenho, quanto ao aspecto da estrita legalidade, implicam em infringência aos artigos 60 e 61 da Lei Federal 4.320/64, bem como ao Decreto Municipal nº 23.639/87. Todavia, há que se ponderar que a Origem demonstrou a realização dos empenhos de todas as despesas realizadas no exercício, ainda que extemporaneamente, não dando origem a nenhum pagamento para o exercício seguinte, a título de Despesas de Exercícios Anteriores, o que seria inadmissível frente ao princípio da anualidade orçamentária. Também entendo regular o empenhamento "a posteriori" do valor de R$ 77.234,40, uma vez que feito com base no Decreto de Execução Orçamentária do exercício de 1999, que autorizava, excepcionalmente, que os empenhos efetivados no mês de janeiro produzissem efeitos retroativos à data de início de realização da despesa, pela indisponibilidade, à época, do Sistema de Execução Orçamentária. No entanto, deixo de acolher do montante da despesa realizada no período de execução analisado a quantia de R$ 6.055,29, com base na análise da auditoria desta Corte, que concluiu consistir em pagamento a maior no mês de fevereiro de 1998. Destarte, do total de despesa realizada no período de execução contratual analisado (R$ 939.048, 39), julgo regular o montante de R$ 932.993,10 e irregular a quantia de R$ 6.055,29, pelas razões acima aduzidas. No que tange aos oito TERMOS ADITIVOS detectados e analisados pelos órgãos técnicos desta Corte, julgo irregular o TERMO ADITIVO nº 02/98 na esteira da manifestação da AJCE, que passa a integrar o presente voto. Quanto ao Termo Aditivo nº 001/99, em que pesem os argumentos trazidos pelo ordenador da despesa, Sr. CÉSAR PRATES JR., no sentido de lapso quanto ao envio de documentos; indução a erro pela existência de vários setores responsáveis; não existência de prejuízo ao erário; caráter formal das irregularidades; imprescindibilidade e urgência dos serviços de segurança, e a possibilidade de relevação de algumas das irregularidades nele detectadas – tais como a publicação extemporânea, por consistir em falha meramente formal e a insuficiência de empenho, visto que restou constatado por AUD a emissão de "empenhos complementares e tempestivos à realização das despesas" – remanescem, entretanto, outras máculas à legislação, como a ausência de realização de pesquisa de mercado, não comprovação de regularidade junto ao INSS na data do ajuste, assinatura de despacho autorizatório após o início de vigência da prorrogação e caracterização de contrato verbal. Ressalte-se que as certidões da previdência social anexados à defesa da contratada, foram desconsideradas pelos

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órgãos técnicos desta Corte por referirem-se à empresa EMSA, estranha aos autos. Esta mesma irregularidade, qual seja, a ausência de certidão negativa do INSS, macula o TERMO ADITIVO nº 023/2000, sobre o qual também argumentou o Sr. CÉSAR PRATES JR., ordenador da despesa e Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal da Saúde a época, para quem isso deveu-se "a questão de serem vários os departamentos dentro desta pasta, e que, a cada um deles cabia determinada responsabilidade", argumentos estes que não suprimem sua responsabilidade enquanto ordenador da despesa, tampouco sanam a violação ao artigo 195, § 3º da CF. Quanto ao TERMO ADITIVO nº 80/2000, ainda que passíveis de relevação as impropriedades relativas à extemporaneidade de publicação e remessa a este TCM, por não afetarem substancialmente o ajuste, ou mesmo, ainda que passíveis de sopesamento as justificativas de defesa trazidas pelo Sr. GILDO VIEIRA RAMOS, ex-Chefe de Gabinete de SMS, relativas ao empenhamento extemporâneo, inclusive com emissão de Nota de Empenho no exercício seguinte, configurando DEA (fls. 525 e 690), no sentido de que "somente ocorreram em face do congelamento imposto pela Secretaria de Finanças, impedindo que a Origem empenhasse a despesa" uma vez que, à época, "todas as Administrações Regionais de Saúde, perderam sua autonomia em relação às suas finanças, visto que deixaram de ser unidades orçamentárias" e, ainda, que no momento da celebração deste aditivo, "já havia dificuldade de liberação de recursos financeiros em face de sua escassez (..) o que dificultava a emissão de notas de empenho", culminando com a expedição da Portaria SF nº 42/00 que "dispôs acerca do encerramento da execução da despesa referente ao exercício de 2000 e determinou que os empenhamentos necessários seriam efetuados por autorização específica do Secretário de Finanças", persiste, sobre o mesmo, a ausência de CND relativa ao INSS, revestindo-o de ilegalidade, portanto. Acerca dos Termos Aditivos de nº 001/2001, 012/2002, 127/2002 e 157/2002, manifestou-se o Sr. PAULO CARRARA DE CASTRO, alegando que a empresa Servi "tinha situação regular perante a Previdência Social, como demonstram os documentos anexos", e que, "desde maio de 1997, a empresa em foco tem obtido a sistemática emissão de certidões negativas de débito (DOC. 1) e, no período em que vigoraram os Termos Aditivos nº 001/2001, nº 012/2002, nº 127/2002 e nº 157/2002, sua situação era absolutamente regular". Compulsando os autos verifica-se que, de fato, as CNDs referentes à previdência social, apresentadas por este ex-Chefe de Gabinete de SMS (fls. 645/658), ainda que emitidas com o CNPJ da matriz da empresa em Goiás (CNPJ 01437326/0001-43), e não com o da filial de São Paulo constante dos Termos Aditivos e Notas de Empenho, como observou AUD, são válidas "para todos os estabelecimentos da empresa, matriz e filiais" conforme está expressamente consignado em seu teor, motivo pelo qual não subsiste a irregularidade de suposta ofensa ao artigo 195, § 3º da CF, nos Termos Aditivos nº 01/2001, 012/2002, apontada pelos órgãos técnicos. Contudo, sobre os Termos Aditivos nº 01/2001 e 157/02 ainda subsiste a irregularidade pela ausência de publicação violando o artigo 26 da Lei Municipal nº 13.278/02, além do "caput" do artigo 37 da CF e, sobre o de nº 127/2002 a caracterização de contrato verbal, com a assinatura do despacho autorizatório e lavratura do termo aditivo posteriormente ao início de sua vigência, em contradição com a legislação de regência da matéria. Por fim, ressalto que os 08 (oito) aditivos ora em julgamento não foram enviados a esta E. Corte de Contas, o que configurou violação as Instruções nº 01/92, alterada pela Resolução nº 04/96, a qual relevo por consistir em falha que não macula substancialmente os mesmos. Ante o exposto, JULGO regular a execução contratual referente ao período de 04/02/98 a 03/02/99 no montante de R$ 932.993,10 e, irregular para a quantia de R$ 6.055,29. Também com base na fundamentação acima exposta JULGO regular o Termo Aditivo de nº 012/02 e irregulares os demais de nº 002/98; 001/99; 023/00; 080/00; 001/01; 127/02 e 157/2002. Reconheço, contudo, os seus efeitos financeiros, ante as justificativas trazidas aos autos, caracterizadoras

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da situação fática relativa à dificuldade de liberação de recursos financeiros que atingia à Administração em determinado período, diante também da impossibilidade do serviço objeto do contrato sofrer solução de continuidade, bem como em razão da ausência de comprovação de má-fé e de prejuízo ao erário. Determino providências para o ressarcimento do valor de R$ 6.055,29 por irregularidade na execução contratual (2.607ª S.O.). Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: A análise da instrução processual efetuada nestes autos leva-me a considerar regular apenas o TA nº 002/98, cujas impropriedades – atraso na publicação do ajuste e falta de remessa da documentação a este Tribunal – podem ser relevadas, por seu caráter formal. Os demais Termos Aditivos, entretanto, portam vícios que impedem o seu acolhimento, levando à sua rejeição, pelos motivos a seguir aduzidos: a) TA nº 001/99 – por infringência ao artigo 57, II, da Lei Federal nº 8.666/9315 e ao artigo 83, III, da Lei Municipal nº 10.544/8816, vigente à época, em razão de não realização de pesquisa de mercado para prorrogação da avença; ao artigo 60 da Lei Federal nº 4.320/6417, pela realização de despesa sem prévio empenho; ao artigo 76, §§ 1º e 2º18, do mencionado diploma municipal, pela atribuição de efeitos financeiros retroativos, caracterizando contrato verbal; ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/6419, pelo empenhamento insuficiente para cobertura das despesas no exercício; ao artigo 195, § 3º, da Constituição Federal20, pela não apresentação da Certidão Negativa de Débitos – CND; e, ainda, pela publicação extemporânea do extrato e não remessa de documentação a este Tribunal. b) TA nº 023/00 – por afronta ao artigo 195, § 3º, da Constituição Federal, ao artigo 79, parágrafo único, da Lei Municipal nº 10.544/8821 e às Instruções 01/92; c) TA nº 080/00 – pelas mesmas infringências apontadas em relação ao TA nº 023/00 e também ao artigo 61 da Lei Federal nº 4.320/6422 (empenhamento extemporâneo); d) TA nº 001/01 – afronta ao artigo 195, § 3º, da Constituição Federal, ao artigo 79, parágrafo único, da Lei Municipal nº 10.544/88 e às Instruções nº 01/9223

15 Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: (...) II - a prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas a obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses;

; e) TA nº 012/02 – infringência ao artigo 195, § 3º, da

16 Art. 83. Observado o limite fixado no artigo 71, os contratos de prestação de serviços, ou de fornecimento, mantidas as mesmas condições avençadas, poderão ser prorrogados, por prazo igual ou inferior ao originalmente pactuado, desde que: (...) III- Pesquisa prévia de mercado não revele preços inferiores. 17 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 18 Art. 76. (...) § 1º - Será nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o que importe em pequenas despesas, de pronto pagamento, que deverá se efetuar de acordo com a legislação pertinente. § 2º - É vedado atribuir efeitos financeiros retroativos aos contratos regidos por esta lei, sob pena de invalidade do ato e responsabilidade de quem lhe deu causa. 19 Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. 20 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...) § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 21 Art. 79. (...) § Único - O termo de contrato, bem como de seus aditamentos, deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no órgão de divulgação oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias, contados da data da assinatura. 22 Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. 23 Dispõe sobre a remessa de documentos ao TCM para verificação da regularidade da despesa, da Administração Direta, CMSP, TCM e Autarquias Municipais.

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Lei Maior e às Instruções nº 01/92; f) TA nº 127/02 – afronta ao artigo 60, parágrafo único, da Lei Federal nº 8.666/9324; ao artigo 43 do Decreto nº 41.772/0225 (contrato verbal) e às Instruções 01/92; g) TA nº 157/02 – infringência ao artigo 26 da Lei Municipal nº 13.278/0226

24 Art.60. () Parágrafo único - É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

(publicação) e às Instruções nº 01/92. Ressalto que, no meu entendimento, a irregularidade do TA nº 001/99 já conduziria à rejeição de todos os demais, por sucederem ajuste irregular. No que concerne à execução contratual, também não posso acolhê-la, por referir-se, ainda que parcialmente, a período relativo a instrumentos considerados irregulares, reconheço, porém, tendo em vista o tempo decorrido, os efeitos já produzidos, em respeito ao princípio da segurança das relações jurídicas, com exceção da importância de R$ 6.055,29 (seis mil, cinquenta e cinco reais e vinte e nove centavos), que, por ter sido paga a maior, deve ser devolvida ao erário. Isto posto, julgo regular o TA nº 002/98 e irregulares os TAs nºs 001/99, 023/00, 080/00, 001/01, 012/02, 127/02 e 157/02 (2.609ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC nº 3.984/98-86 do acompanhamento da execução do Contrato nº 01/98 firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a empresa Servi – Segurança e Vigilância de Instalações Ltda., tendo por objeto a prestação de serviços de segurança e vigilância nas dependências da Administração Regional de Saúde 3 e Unidades Subordinadas, e da análise dos Termos Aditivos nº 2/98, 1/99, 23 e 80 de 2000, 01/2001 e 12, 127 e 157 de 2002. Na sessão 2.607, o Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria julgou regular a execução contratual, no valor de R$ 932.993,10 (novecentos e trinta e dois mil, novecentos e noventa e três reais e dez centavos) e irregular no valor de R$ 6.055,29 (seis mil, cinquenta e cinco reais e vinte e nove centavos). Julgou regular o Termo Aditivo nº 12/2002 e irregulares os demais, reconhecendo, contudo os seus efeitos financeiros. Divergiu a Conselheira Revisora Yara Tacconi apenas quanto aos Termos Aditivos nº 2/98 e 157/2002, julgando-os regulares, sendo acompanhada pelo Conselheiro Eurípedes Sales. Na sessão 2.609 o Conselheiro Corregedor Roberto Braguim julgou irregular a execução contratual, reconhecendo todavia os seus efeitos financeiros, com exceção da importância de R$ 6.055,29 (seis mil, cinquenta e cinco reais e vinte e nove centavos) que deveria ser devolvida ao erário. Quanto aos Termos Aditivos, julgou regular somente o nº 2/98 e irregulares todos os demais. Diante do registro de empate quanto ao Termo Aditivo nº 157/2002 e, conforme disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle e da Assessoria Jurídica de Controle Externo, voto, alinhado à corrente do Conselheiro Relator Maurício Faria e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria, julgado irregular o Termo Aditivo nº 157/2002. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.607ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Maurício Faria – Relator." 4) TC 756.07-08 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho – SEMDET e de Alexandre Lalau Guerra interpostos contra a R.

25 Art. 43. Será nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a administração, salvo o que importe em pequenas despesas de pronto pagamento, que deverão ser efetuadas de acordo com a legislação vigente. 26 Art. 26. O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no Diário Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura.

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Decisão de Juízo Singular de 22/9/2008 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho – SEMDET – Alexandre Lalau Guerra – Prestação de contas de adiantamento bancário – julho/2004 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.610ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da remessa de ofício, por regimental, e dos recursos voluntários, ante a presença dos pressupostos de admissibilidade delineados no artigo 147 do Regimento Interno desta Corte. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, consoante voto apresentado em separado, e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em negar provimento aos apelos voluntários. Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em dar provimento ao recurso "ex officio", para reformar em parte a R. Decisão de Juízo Singular de 22/9/2008, a fim de manter a irregularidade da prestação de contas, mas sem imputação de débito, nos termos da Instrução 03/2011 deste Tribunal. Vencidos, quanto ao mérito, os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Eurípedes Sales que, deram provimento aos apelos para considerar as contas apresentadas regulares com ressalvas, razão pela qual outorgaram a quitação integral do valor concedido no adiantamento, bem assim exararam determinação à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho – SEMDET. Relatório: Cuida o presente da análise de recurso "ex officio", bem como dos recursos voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal, pelo Servidor Alexandre Lalau Guerra e pelo Secretário Municipal Marcos Cintra, em face da Decisão em Juízo Singular que glosou a despesa em sua totalidade na importância de R$ 1.334,20 (um mil trezentos e trinta e quatro reais e vinte centavos), referente a despesas com passagens aéreas pagas antes do recebimento do numerário com infringência ao item 7.4.3 da Portaria SF nº 15/04 e pelo pagamento de diária após a realização da viagem, infringindo o artigo 3º do Decreto nº 28.767/90. A Procuradoria da Fazenda Municipal afirma, em suas razões recursais, que os atos foram praticados em benefício da Municipalidade e são perfeitamente justificáveis e que talvez a inércia do interessado fosse passível de reprimenda. Observou que não há irregularidade, uma vez que o interessado agiu na direção do interesse público e em obediência a determinação hierarquicamente superior. Asseverou que não houve qualquer notícia de prejuízo ao erário ou má-fé, e que uma eventual glosa implicaria em enriquecimento sem causa da Administração e que não pode a mesma receber o serviço ou bem e ficar também com os recursos relativos aos respectivos pagamentos. Por sua vez, o servidor Alexandre Lalau Guerra, responsável pelo numerário, justificou que não houve alternativa senão providenciar a aquisição das passagens por sua conta, uma vez que ocorreu recusa por parte da empresa detentora da Ata de Registro de Preços em efetuar o fornecimento, conforme se comprova à fl. 08 do PA, não tendo, portanto, tempo hábil para se realizar a compra antes da realização do evento. Quanto ao pagamento posterior à viagem alegou falha formal, e que a despesa foi executada em favor do interesse da Administração. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle, após analisar os recursos, opinou pela manutenção da decisão em Juízo Singular, mantendo a determinação ali exarada, no que foi acompanhado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o conhecimento e provimento dos recursos, para o fim de aprovar as contas em exame e cancelar a glosa. A

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Secretaria Geral exarou parecer pelo conhecimento dos recursos interpostos, porém, pelo improvimento dos mesmos, mantendo-se a r. Decisão prolatada por seus próprios e jurídicos fundamentos. É o relatório. Voto: Conheço da remessa de ofício e dos Recursos voluntários interpostos pelos interessados, ante a presença de seus pressupostos de admissibilidade delineados no artigo 147 do Regimento Interno deste Tribunal. Quanto ao mérito, verifica-se da análise do processo de prestação de contas em questão que, após diligência ao responsável, restaram remanescentes as seguintes impropriedades: passagens aéreas pagas antes do recebimento do numerário e pagamento de diária após a realização da viagem. De nossa parte, ora em sede recursal, e considerando a evolução trazida pela Instrução 03/11, ponderamos que tais impropriedades, de fato, implicaram no descumprimento do prazo previsto e autorizado para a realização das despesas, porém em diminuto lapso temporal e de modo a viabilizar, naquelas circunstâncias excepcionais, a realização de objetivos no atendimento do interesse público. Assim, as falhas apontadas configuram inobservância de exigência meramente formal. Ademais, a despesa já havia sido regularmente autorizada pela autoridade competente e os recursos correspondentes encontravam-se garantidos, uma vez que a Unidade Orçamentária respectiva já havia processado no Sistema de Execução Orçamentária-NOVOSEO, no dia anterior ao evento, os atos de reserva, empenho e liquidação dos recursos, ficando somente postergado o efetivo pagamento, em decorrência de atrasos na liberação dos recursos pelo Departamento do Tesouro. Sendo assim, frente às estipulações da Instrução nº 03/11, considerando que não houve a constatação nos autos de irregularidade de natureza grave, e que a despesa foi realizada em circunstâncias excepcionais e atendendo ao interesse público, voto pelo provimento dos recursos para considerar as contas apresentadas regulares com ressalva, razão pela qual outorgo a quitação integral do valor concedido no adiantamento em exame. Não obstante, determino que, de futuro, o responsável observe o cumprimento do prazo estabelecido para a realização das despesas, notificando-o que, em caso de reincidência, a referida falha será objeto das sanções previstas, sem prejuízo da eventual imputação do débito correspondente, e ainda, que o Controle Interno cumpra o estabelecido no item 5.4 da Portaria SF 015/04 (2.610ª S.O.). Voto em separado proferido pela Conselheira Yara Tacconi: Em razão da infringência ao dispositivo legal, voto pela irregularidade da prestação de contas, porém, sem imputação de débito, nos termos da Instrução nº 3 de 2011 deste Tribunal (2.610ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC nº 756/07-08, da análise de recursos "ex officio" e voluntário da Procuradoria da Fazenda Municipal interpostos em face da decisão de juízo singular que julgou irregular a prestação de contas de adiantamento bancário realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho ao Servidor Alexandre Lalau Guerra, glosando-o no valor de R$ 1.334,20 (um mil, trezentos e trinta e quatro reais e vinte centavos), por infringência ao disposto no item 7.4.3 da Portaria SF nº 15/2004 e no artigo 3º do Decreto nº 28.767/90, em razão do pagamento das passagens aéreas ter ocorrido antes do recebimento do numerário, bem como por ter o pagamento da diária ocorrido em momento posterior à viagem. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria conheceu dos recursos e, no mérito, deu-lhes provimento, para tornar regular a prestação de contas de adiantamento bancário, no que foi acompanhado pelo Conselheiro Eurípedes Sales. Divergiu a Conselheira Revisora Yara Tacconi que, negou provimento ao recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal e de Alexandre Lalau Guerra e deu provimento parcial ao recurso "ex officio" apenas para afastar a imputação de débito nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 3/2011 deste Tribunal, mantendo, contudo, a irregularidade da despesa, sendo acompanhada pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Registrado empate, profiro o voto de desempate, consoante disposição legal. Acompanho a corrente da Conselheira Yara Tacconi e do

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Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, negado provimento ao recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal e provido em parte o recurso "ex officio", apenas para afastar a imputação de débito, com fundamento na Instrução nº 03/2011 deste Tribunal, haja vista que, no caso, o pagamento ocorreu apenas um dia antes do recebimento, podendo ser considerada falha de caráter formal, sendo mantida, contudo, a irregularidade da despesa. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.610ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Yara Tacconi – Conselheira Revisora, prolatora do voto da corrente vencedora, designada para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 5) TC 3.203.07-25 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 28/8/2008 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS – Maria Apparecida Ferrari Bruzadin – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.610ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos "ex officio", bem assim do voluntário, ante a presença dos pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte de Contas. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.610ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim, em julgar prejudicado o recurso "ex officio" pela perda de seu objeto. Vencido, em parte no mérito, o Conselheiro Maurício Faria – Relator, que negou provimento ao recurso "ex officio" e aprovou a prestação de contas, e a Conselheira Yara Tacconi – Revisora que, nos termos de seu voto apresentado em separado, deu provimento ao referido apelo, a fim de considerar irregular a prestação de contas em julgamento, porém, sem imputação de débito, bem como determinou a intimação da interessada para, querendo, providenciar a repetição do indébito. Acordam, ainda, à unanimidade, em dar quitação à Servidora Maria Apparecida Ferrari Bruzadin. Acordam, afinal, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em negar provimento ao recurso voluntário da Procuradoria da Fazenda Municipal. Vencidos os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Relatório: Em julgamento, o exame de Recursos "ex officio" e voluntário da Fazenda Pública Municipal que, por força de lei, remetem nesta oportunidade ao Egrégio Plenário a revisão de Decisão proferida em Juízo Singular referente a processo de Adiantamento Bancário realizado em nome da Servidora Maria Apparecida Ferrari Bruzadin, que glosou o valor de R$ 80,00, em razão de ter sido extrapolado o limite estabelecido, nos termos do inciso I do § 3º do artigo 3º do Decreto Municipal nº 43.731/03. Expedida a respectiva intimação dando ciência à servidora da Decisão proferida, a mesma fez juntar a fl. 67 do processo, documento de arrecadação do Município de São Paulo – DAMSP, comprovando o recolhimento correspondente ao valor glosado. Diante disso, a Coordenadoria III concluiu pela

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regularidade total das contas, em face das providências adotadas pela Origem, não obstante o valor da glosa ter sido recolhido sem os correspondentes juros e correção monetária, em desacordo com as disposições da Lei 13.275/02. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pela intimação da responsável para regularizar o valor recolhido. No mesmo sentido foi o pronunciamento da Procuradoria da Fazenda Municipal. A douta Secretaria Geral opinou pelo conhecimento dos recursos e, no mérito, pela perda de seu objeto, em razão do cumprimento da Decisão proferida. Não obstante, propôs a intimação da interessada para que proceda ao recolhimento complementar, na forma prevista pela Lei nº 13.275/02. É o relatório. Voto: Conheço da remessa de ofício e do Recurso da douta Procuradoria da Fazenda Municipal, ante a presença dos pressupostos de admissibilidade. Quanto ao mérito, na esteira das manifestações dos órgãos técnicos, nego provimento aos recursos em exame, por entender que a irregularidade da despesa não restou afastada pelas razões recursais, a qual, em conformidade com o § 1º do artigo 1º da Instrução nº 03/11, seria passível de aplicação de multa. Todavia, considerando a comprovação do recolhimento do valor originalmente glosado, aprovo a prestação de contas em exame e dou quitação à responsável, afastando a aplicação de eventual sanção, por não cabível em sede de recurso. Quanto aos juros e correção monetária devidos sobre o valor do principal, na forma estabelecida na Lei Municipal nº 13.275/02, considerando o seu pequeno valor e o custo da movimentação da máquina administrativa, deixo de determinar providências para a regularização da pendência, pelo critério da insignificância (2.610ª S.O.). Voto em separado proferido pela Conselheira Yara Tacconi: Conheço dos recursos. No mérito, os autos demonstram que a responsável não observou os termos da legislação pertinente à matéria, o que impede o reconhecimento de regularidade da prestação de contas, conforme requerido no recurso voluntário. Entretanto, mantendo a mesma linha decisória da minha declaração de voto proferida no TC 2.812.08-39, julgo não procedente o recolhimento da importância glosada. Como não restou demonstrado nos autos qualquer prejuízo à Fazenda Pública Municipal, entendo não ser cabível determinação para o recolhimento aos cofres públicos da quantia glosada. Por todo o exposto, nego provimento ao apelo do órgão fazendário e dou provimento ao recurso "ex officio" para reformar em parte a r. Decisão monocrática para considerar irregular a prestação de contas em julgamento, porém, sem imputação de débito, nos termos do inciso III do art. 1º da Instrução nº 03/2011 deste Tribunal, dando quitação à interessada. Intime-se a interessada para, querendo, providenciar a repetição do indébito (2.610ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC nº 3.203/07-25, da análise de recursos "ex officio" e voluntário da Procuradoria da Fazenda Municipal interpostos em face da decisão de juízo singular que aprovou parcialmente a prestação de contas de adiantamento bancário realizado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social à Servidora Maria Aparecida Bruzadin, glosando o valor de R$ 80,00 (oitenta reais) em razão de ter sido extrapolado o limite estabelecido no inciso I do § 3º do artigo 3º do Decreto Municipal nº 43.731/2003. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria conheceu dos recursos e, no mérito, negou-lhes provimento, mantendo-se a decisão recorrida, dando quitação à Responsável ante o recolhimento do valor glosado. Divergiu a Conselheira Revisora Yara Tacconi que, negou provimento ao recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal e deu provimento parcial ao recurso "ex officio" apenas para afastar a imputação de débito nos termos do inciso III do artigo 1º da Instrução 03/2011 deste Tribunal, quitando a Interessada e determinando a intimação da mesma para, querendo, providenciar a repetição do indébito. O Conselheiro Eurípedes Sales julgou prejudicados os recursos, por perda de objeto, em razão do recolhimento do valor glosado pela Interessada, dando-lhe quitação, no que foi acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Com efeito, apesar de já ter sido mantida a

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decisão recorrida, por maioria de votos, registrou-se empate quanto ao mérito do recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Relator Maurício Faria, restando, por maioria de votos, negado provimento ao recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal, mantendo-se a decisão recorrida na íntegra, dando-se quitação à Interessada ante o recolhimento do valor glosado. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.610ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Maurício Faria – Relator." 6) TC 3.924.03-93 – Secretaria Municipal de Educação – SME e São Paulo Alpargatas S.A. – Pregão 14/SME/2002 – Contrato 10/2003-SME/CONAE R$ 13.513.280,00 – TA 37/03-SME/CONAE R$ 608.097,60 (acréscimo do objeto contratual) – Aquisição de 352.000 unidades de agasalho esportivo de tecido plano tipo tactel (Tramita em conjunto com os TCs 3.925.03-56 e 4.556.03-37) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.610ª S.O., em razão do mesmo tramitar em conjunto com o TC 4.556.03-37. Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar irregular o procedimento licitatório Pregão 14/SME/2002, diante das impropriedades não superadas, quais sejam: 1) não atendimento das exigências editalícias no que diz respeito às especificações técnicas do objeto; 2) alteração do edital de licitação sem a publicidade pelos mesmos meios adotados para a primeira versão do mesmo, e a inexistência de devolução do prazo. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, consoante voto apresentado em separado, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em não acolher o Contrato 10/2003-SME/CONAE e o Termo Aditivo 37/2003-SME/CONAE, uma vez que, à vista do princípio da acessoriedade, não pode uma licitação irregular ensejar regularidade nos atos subsequentes. Vencido o Conselheiro Maurício Faria – Relator, que considerou os aspectos concretos que fundaram o contrato e seu aditamento e afastou o argumento de mera acessoriedade para o comprometimento dos mesmos, razão pela qual julgou regulares o ajuste e o termo aditivo, bem como exarou determinação à Secretaria Municipal de Educação – SME. Relatório e voto englobados: v. TC 4.556.03-37. Voto em separado englobado proferido pela Conselheira Yara Tacconi: v. TC 4.556.03-37. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 4.556.03-37. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.610ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Yara Tacconi – Conselheira Revisora prolatora do voto da corrente vencedora, designada para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 7) TC 3.925.03-56 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Diana Paolucci S.A. Indústria e Comércio – Contrato 11/2003-SME-CONAE R$ 10.871.793,00 – TA 38/2003-SME-CONAE R$ 796.100,00 (acréscimo de 19.000 conjuntos de agasalho esportivo de tecido plano tipo tactel) –

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Aquisição de 259.470 unidades de agasalho esportivo de tecido plano tipo tactel (Tramita em conjunto com os TCs 3.924.03-93 e 4.556.03-37) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.610ª S.O., em razão do mesmo tramitar em conjunto com o TC 4.556.03-37. Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora, consoante voto apresentado em separado, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em não acolher o Contrato 11/2003-SME/CONAE e o Termo Aditivo 38/2003-SME/CONAE, uma vez que, à vista do princípio da acessoriedade, não pode uma licitação irregular ensejar regularidade nos atos subsequentes. Vencido o Conselheiro Maurício Faria – Relator que, nos termos de seu relatório e voto, considerou os aspectos concretos que fundaram o contrato e o termo aditivo, afastou o argumento de mera acessoriedade para o comprometimento dos mesmos, razão pela qual julgou regulares o ajuste e seu aditamento. Relatório e voto englobados: v. TC 4.556.03-37. Voto em separado englobado proferido pela Conselheira Yara Tacconi: v. TC 4.556.03-37. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 4.556.03-37. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.610ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Yara Tacconi – Conselheira Revisora prolatora do voto da corrente vencedora, designada para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 8) TC 4.556.03-37 – Secretaria Municipal de Educação – SME e Diana Paolucci S.A. Indústria e Comércio – Acompanhamento – Execução Contratual – Proceder ao acompanhamento da execução do Contrato 11/2003-SME/CONAE, cujo objeto é a aquisição de agasalho esportivo de tecido plano tipo tactel, objetivando verificar se o ajuste está sendo realizado conforme as cláusulas contratuais (Tramita em conjunto com os TCs 3.924.03-93 e 3.295.03-56) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.610ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelo voto da Conselheira Yara Tacconi – Revisora, com voto apresentado em separado, bem assim pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.610ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim, em não acolher a execução contratual. Vencido o Conselheiro Maurício Faria – Relator, que, nos termos de seu relatório e voto, considerou os aspectos concretos que fundou o contrato e afastou o argumento de mera acessoriedade para o comprometimento do mesmo, razão pela qual julgou regular a execução do Contrato 11/2003-SME/CONAE. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em não acolher os efeitos financeiros da execução contratual. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora, que aceitaram os efeitos financeiros produzidos pela execução contratual. Relatório englobado: Em julgamento o Pregão 14/SME/2002, cujo objeto é a aquisição de

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agasalho esportivo de tecido tipo tactel, bem como os ajustes dele decorrentes, quais sejam, o Contrato nº 10/2003-SME/CONAE e o respectivo TA 37/03, celebrado com a empresa São Paulo Alpargatas S/A (Lote 1), e o Contrato nº 11/2003-SME/CONAE e respectivo TA 38/03, celebrado entre a PMSP e a Diana Paulucci S/A Indústria e Comércio (Lote 2). Em julgamento, ainda, a execução contratual de ambos. A Auditoria desta Corte apontou irregularidades no pregão e, após os esclarecimentos prestados pela Origem, mesmo considerando que algumas seriam passíveis de relevação, posicionou-se no sentido do comprometimento da licitação, em face dos seguintes destaques: a) Falta de ciência das modificações introduzidas no edital pelos mesmos meios utilizados em sua primeira divulgação, que incluiu a publicação em jornal de grande circulação, e, também, a não devolução do prazo após as referidas alterações; b) Falta de convocação dos demais licitantes, diante da inabilitação daquele que ofereceu o menor preço para o lote 3 e, num segundo momento, a consequente falta de justificativa da decisão que tornou prejudicada a licitação referente aos lotes 3 e 4, sem inclusive haver um despacho de homologação desta decisão. c) Não inabilitação imediata da empresa que não comprovou o capital social, correspondente ao lote 3; d) Inexistência de apresentação, pelo licitante definitivamente habilitado, de três amostras dos lotes respectivos, com obediência rigorosa às especificações do ANEXO I, e falta de qualquer pronunciamento que justificasse a aceitação de produtos em desacordo com especificações técnicas previstas no edital. Já em relação aos Contratos nº 10/2003 e nº 11/2003, afirmou sua posição de irregularidade como consequência acessória do comprometimento da licitação, ressaltando, ainda, a fragilidade da pesquisa de preços ao tempo do certame e da assinatura do contrato. Quanto aos aditamentos contratuais, da mesma forma é suscitado o comprometimento por acessoriedade, a não realização de pesquisa prévia necessária à prorrogação e, por fim, a falta de comprovação de regularidade fiscal ao tempo da lavratura. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, em sua primeira manifestação, teceu considerações que foram ao encontro do relatório de Auditoria. Após a manifestação do ordenador de despesa e da contratada, a Auditoria acolheu as justificativas relacionadas à Certidão Negativa de Débito, porque a Resolução 128/INSS/DC prorrogou a validade da certidão apresentada. A AJCE superou não somente o aspecto da regularidade fiscal, no que diz respeito ao TA, como entendeu também relevável a ausência de pesquisa de preço pelo curto espaço de tempo (3 meses) entre sua lavratura e a celebração do ajuste. A Chefe da AJCE entendeu possível o reconhecimento dos efeitos financeiros. No mais, tanto a Auditoria como a AJCE mantiveram as opiniões lançadas anteriormente. A Procuradoria da Fazenda propugnou pelo acolhimento do pregão, dos contratos dele decorrentes e respectivos termos de aditamentos, afirmando que as alterações efetuadas no edital não foram substanciais, sendo meros esclarecimentos às dúvidas apresentadas pela empresa Alpargatas, e que foram os mesmos adequadamente publicados, tendo todas as empresas sido cientificadas de todo o conteúdo. Em relação à inabilitação, considerou que, ao final, não houve alteração no resultado do certame. Ponderou ainda que restou evidenciada a inviabilidade de reabertura para os itens 3 e 4, de modo que a ausência de justificativa pode ser relevada. A Secretaria Geral considerou insuperável o vício relacionado à não devolução de prazo e nova publicação, diante da natureza das alterações promovidas e, também, à efetiva contratação apesar das amostras terem sido consideradas inadequadas, no caso do contrato nº 10/2003. Quanto aos Termos de Aditamento, considerou que, apesar dos mesmos não padecerem de vício autônomo, devem ser julgados irregulares em decorrência do princípio da acessoriedade. Ponderou, ao final, que a existência de vários procedimentos instaurados e ainda não concluídos, mas que podem concluir pela existência de prejuízo ao erário, torna inviável a aceitação dos efeitos financeiros. Finalizando o relatório, cabe agora versar sobre a execução do contrato 11/2003. Neste, a Auditoria opinou pela sua regularidade, apontando

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apenas a necessidade de aprimoramento dos lançamentos de entrada e saída de mercadorias no sistema informatizado de controle interno de estoque do almoxarifado II. A AJCE entendeu a falha relevável, sobretudo considerando a manifestação da Origem no sentido de que o almoxarifado seria cientificado sobre a necessidade do aprimoramento dos controles, e opinou pelo acolhimento da execução. A PFM propugnou pelo acolhimento da execução e a Secretaria Geral acompanhou as manifestações precedentes considerando regular a execução contratual. É o relatório. Voto englobado: As falhas apontadas na instrução definem-se por campos distintos, compondo-se por um grupo que afirma o comprometimento do certame e dos atos dele decorrentes, e por um subgrupo, contido no primeiro, que diz respeito exclusivamente às questões referentes aos lotes 3 e 4. Quanto a este subgrupo atinente aos lotes 3 e 4, valho-me da posição defendida pela Procuradoria da Fazenda Municipal para, da mesma forma, reconhecer que os procedimentos que culminaram com a não retomada da licitação e, por consequência, a correspondente inexistência de adjudicação destes lotes, não devem ser vistos como conteúdo passível de efetivo comprometimento de todo o certame, pois não redundaram em contratação ou qualquer demonstração efetiva de prejuízo. Em paralelo, a ausência de justificativa para a posição tomada pela Origem de desistência dos lotes 3 e 4 tampouco deve ser encarada como mácula que implique em tal gravame. É possível depreender da ata de fls. 1037/1038 que a superação da fase de lances com base no preço ofertado pela empresa habilitada provisoriamente, e posteriormente inabilitada, traduziu-se, de fato, num equívoco na condução dos trabalhos, mas a desistência de prosseguimento por parte da Administração para os lotes 3 e 4, propriamente, ocorreu por premência do calendário letivo e o decurso do tempo, o que não pode ser considerado, na prática, algo irrelevante. Sendo assim, digressões quanto a não inabilitação imediata da empresa que não comprovou o capital social, no lote 3, deixam de ser conteúdo essencial de análise, considerando que não redundaram em vínculos obrigacionais ou de responsabilização para a Administração, e, ao mesmo tempo, a solução final dada se mostrou voltada para a retomada do certame nos lotes 1 e 2, com vistas ao cumprimento do programa social na data de início das aulas, o que ocorreu minimamente através desses lotes, conforme a conclusão pela regularidade da execução contratual por parte dos órgãos técnicos. O que cabe apreciar, então, é o conjunto das demais irregularidades apontadas, que confrontam justamente com esses lotes contratados, quais sejam, a falta de pronunciamento sobre o fato de as amostras dos lotes 1 e 2, analisadas pelo IPT, não estarem de acordo com as especificações técnicas previstas e, também, a alteração do edital sem a publicidade dada pelos mesmos meios adotados para a sua primeira versão, com a consequente inexistência de devolução do prazo. 1 - exigências editalícias no que diz respeito às especificações técnicas do objeto: Segundo laudo apresentado pelo IPT juntado às fls. 573/576, as amostras não atenderam todas as especificações do edital. No entanto, para realizar tal adjudicação, a Administração valeu-se de critério não inserto no edital que estabelece a tolerância de 8% para o recebimento do objeto. Esse ponto representa uma irregularidade que mereceria uma resposta por parte da Origem. No entanto, não houve sequer manifestação direta da Administração confrontando o laudo produzido. Não havendo elementos de superação do questionamento aventado, mantem-se esta irregularidade. O desdobramento dessa situação será contemplado na parte dispositiva da presente decisão. 2 - alteração do edital sem a publicidade pelos mesmos meios adotados para a primeira versão do edital e a inexistência de devolução do prazo: O órgão licitante, em decorrência de esclarecimentos solicitados pela empresa Alpargatas, complementou o ANEXO I que trata das especificações do objeto e procedeu à publicação no Diário Oficial do Município para que os demais licitantes retirassem os dados complementares. Pelo conteúdo dos questionamentos anexado à fl. 97 dos autos, e igualmente pelo conteúdo das informações prestadas pela unidade, denota-se que

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o edital estava incompleto e as informações complementares eram indispensáveis para a formulação das propostas. Esse apontamento também não restou superado em face da defesa produzida, uma vez que, apenas para exemplificar, o anexo I não trazia a composição, gramatura, espessura, resistência e solidez da cor do tecido, informações indispensáveis para a composição do preço a ser ofertado pelos licitantes. Sem prejuízo da conclusão pela irregularidade, entendo, contudo, que o crivo definidor da gravidade desta impropriedade deve inclusive considerar a realidade verificada a partir da própria execução dos contratos. Frise-se, não há qualquer possibilidade de afastar a certeza de que os responsáveis extravasaram as regras do edital, assumindo uma margem de desconformidade dos produtos de 8%, sequer prevista. Porém, entendo que isso deve ser cotejado com três pontos que perpassam a realidade concreta da execução contratual, sendo o primeiro deles a verificação de uma suposta licitação dirigida, o segundo traduzido na verificação de adequação do produto final que foi entregue e, por fim, o terceiro, que é a verificação de preço praticado em relação com o mercado. Esta é, pois, a razão maior de proceder-se ao julgamento conjunto do TC 4.556.03-37 – análise de execução contratual, pois só assim se torna possível assegurar uma visão ampla sobre os questionamentos mencionados. Em relação à execução contratual do Contrato 11/2003, não se vislumbrou irregularidade, de forma que todos os órgãos técnicos opinaram pelo acolhimento da execução. Assim, não obstante as falhas procedimentais ocorridas na fase licitatória, que atingiram de certa forma os ajustes, o contrato foi executado de acordo com o pactuado e a contento. Nesse aspecto, e considerando o tempo decorrido, ponderou a AJCE, quanto à contratação, pela viabilidade da aceitação dos efeitos financeiros, o que foi rechaçado pela Secretaria Geral em face da existência de procedimentos instaurados paralelamente visando a averiguação da regularidade na execução dos ajustes, dos quais poderia ocorrer a conclusão pela existência de prejuízo, o que, na prática, não se verificou. Cumpre destacar, neste aspecto, que por ocasião da realização de uma auditoria programada para verificação dos valores envolvidos com a distribuição de uniformes, realizada no período de 06 de junho a 07 de julho de 2003 (TC 2.509.03-86), período em parte coincidente com os ajustes em julgamento, concluiu a Auditoria desta Corte de Contas que, apesar da existência de problemas relacionados ao planejamento para as aquisições de uniformes, os valores dispendidos estavam em consonância com o mercado. Tal apontamento no TC 2.509.03-86, somado às informações constantes destes autos leva à conclusão de que haveria, em tese, de ser acatada a sugestão da Assessoria Jurídica de Controle Externo pelo reconhecimento dos efeitos econômicos dos ajustes, caso julgados irregulares. Assim, no âmbito das análises realizadas nos processos em julgamento não há indicação de dano ao erário, tampouco da adoção de preços incompatíveis com aqueles praticados pelo mercado à época da contratação, de forma que, em tendo sido executado o ajuste pelo contratado de acordo com o pactuado, devem ser aceitos seus efeitos financeiros. Considero que a existência de procedimentos apuratórios por outras instituições, por si só, não deve ser fator a inibir a formação de juízo pelo Tribunal de Contas, sobretudo quando existem informações suficientes, nos processos em julgamento, de que os preços praticados não destoaram da prática de mercado e de que não se verifica prejuízo aos cofres públicos. Quanto à hipótese de eventual cogitação de dirigismo, não se extrai dos autos nenhum indício nesse sentido. Ademais, apesar da publicação dos esclarecimentos lançados posteriormente no edital não terem sido publicados em jornal de grande circulação, houve publicação formal no Diário Oficial da Cidade e, da mesma forma, consta que foram cientificados os demais participantes que retiraram o edital. Com isso, a regra valeu da mesma forma para todos e o aspecto de restritividade não foi cogitado quanto a este ponto. Em suma, no que se refere a produto, preço e eventual privilégio a particular, a análise do conjunto da licitação, do contrato e de sua execução não apontam favorecimento indevido ou prejuízo. Diante de todo

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o exposto, julgo irregular o Pregão nº 14/SME/2002, diante dos apontamentos não superados. No entanto, diante dos aspectos concretos que fundaram os contratos, os termos aditivos e suas correspondentes execuções, afasto o argumento de mera acessoriedade para o comprometimento dos mesmos, razão pela qual julgo-os regulares. Determino à Origem que atente, no futuro, para a rigorosa observância das fases no pregão, com vistas a evitar anomalias da mesma ordem (2.610ª S.O.). Voto em separado englobado proferido pela Conselheira Yara Tacconi: Voto com o relator em relação à irregularidade do pregão (TC 3.924.03-93). Deixo de acolher os instrumentos contratuais analisados no TC 3.925.03-56. Não acolho a sua execução mas aceito os efeitos financeiros, no TC 4.556.03-37, em razão da execução no período auditado ter cumprido o que estava no contrato, e em face do dispositivo do parágrafo único do artigo 59 da Lei Federal 8.666/93, no sentido de que a nulidade do ajuste não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado (2.610ª S.O.). Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 3.924/03-93 da análise do Pregão nº 14/2002, do Contrato nº10/2003 e do Termo Aditivo nº 37/2003 enquanto o TC 3.925/03-56 trata do Contrato nº 11/2003 e do Termo Aditivo nº 38/2003, firmados entre a Secretaria Municipal de Educação e a empresa São Paulo Alpargatas S.A. o primeiro e, o segundo, com a empresa Diana Paolucci S.A. Indústria e Comércio, objetivando a aquisição de 352.000 (trezentos e cinquenta e dois mil) e 259.470 (duzentos e cinquenta e nove mil, quatrocentos e setenta) unidades de agasalho esportivo de tecido plano, respectivamente. O TC 4.556/03-37, julgado de forma englobada, cuida do acompanhamento da execução do Contrato 11/2003. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria julgou irregular o Pregão27

27 Irregularidades remanescentes no Pregão: 1) não atendimento das exigências editalícias no que diz respeito às especificações técnicas do objeto; 2) alteração do edital de licitação sem a publicidade pelos mesmos meios adotados para a primeira versão do mesmo, e a inexistência de devolução do prazo.

e regulares os Contratos, os Termos Aditivos e a execução contratual. Divergiu a Conselheira Revisora Yara Tacconi que julgou irregulares o Pregão, os Contratos, os Termos Aditivos e a execução contratual, aceitando, contudo, os efeitos financeiros da execução do Contrato nº 11/2003. O Conselheiro Eurípedes Sales julgou irregulares o Pregão, os Contratos, os Termos Aditivos e a execução contratual, não acolhendo os seus efeitos financeiros, no que foi acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Assim sendo, registrou-se empate quanto à aceitação dos efeitos financeiros da execução contratual e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, não acolhidos os efeitos financeiros da execução contratual. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.610ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 9) TC 2.794.08-59 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Gilberto Jorge, de Antonia Helena Maderic Riquino e de Francisco Carlos Rocca interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 01/6/2009 – Julgador Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal da Saúde) – Sandra Maria Sabino Fonseca – Prestação de contas de adiantamento

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bancário – setembro/2006 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.614ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Maurício Faria – Relator, bem assim pelos votos dos Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales, em conhecer dos recursos "ex officio", por regimental, e voluntários interpostos pelos Senhores Gilberto Jorge, Antonia Helena Maderic Riquino e Francisco Carlos Rocca, por presentes os requisitos de admissibilidade. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator e Eurípedes Sales, em conhecer do apelo da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, por atendidos os requisitos de admissibilidade. Vencida a Conselheira Yara Tacconi – Revisora que, nos termos de seu voto apresentado em separado, não conheceu do recurso da PFM, tendo em vista ter ocorrido desistência de seu apelo. Acordam, também, à unanimidade, no mérito, em preliminar, quanto aos recursos apresentados pelos membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamento, que se insurgiram contra a responsabilização solidária pela Decisão recorrida, divergiram do entendimento fixado em sede de Juízo Singular, por não vislumbrar a existência de conduta omissiva relacionada à análise da prestação de contas encaminhada pela Servidora Sandra Maria Sabino Fonseca, mas sim, o regular exercício de suas atividades de controle interno, ainda que com interpretação diversa da legislação em exame, e, no mesmo sentido, deve ser entendida a solidariedade imposta à Secretária Municipal da Saúde – SMS, à época dos fatos, ainda que tenha deixado transcorrer "in albis" o prazo recursal, por entender que a responsabilidade pela utilização e prestação de contas de numerário recebido mediante adiantamento bancário é pessoal e exclusiva do servidor solicitante. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator e Eurípedes Sales, em negar provimento ao recurso "ex officio", mantendo a irregularidade da parcela de despesa impugnada no valor de R$ 528,76 (quinhentos e vinte e oito reais e setenta e seis centavos), a qual, em conformidade com o § 1º do artigo 1º da Instrução 03/2011, seria passível de aplicação de multa, e considerando a comprovação do recolhimento do valor originalmente glosado, bem como em aprovar a prestação de contas em exame, dando quitação à responsável, Sandra Maria Sabino Fonseca, afastando a aplicação de eventual sanção de valor equivalente, mantendo-se, ainda, as determinações previstas na R. Decisão de Juízo Singular de 01/6/2009. Vencida a Conselheira Yara Tacconi – Revisora, que deu provimento ao recurso "ex officio" e determinou a ciência da responsável pela prestação de contas. Acordam, ainda, no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora, em dar provimento aos apelos voluntários dos Senhores Gilberto Jorge, Antonia Helena Maderic Riquino e Francisco Carlos Rocca, por entender incabível a imputação de responsabilidade solidária, com fulcro no inciso II do artigo 180 da Lei Municipal 8.979/1979. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelo voto do Conselheiro Maurício Faria – Relator, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em negar provimento ao recurso da PFM. Vencido o Conselheiro Eurípedes Sales que, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.614ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, considerou prejudicada a análise dos apelos da PFM e dos voluntários interpostos, pela perda do objeto, em razão de a responsável pela prestação de contas ter recolhido corretamente o valor glosado, nos termos da Lei Municipal 13.275/2002. Relatório: Em julgamento o reexame de

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prestação de contas de Adiantamento Bancário realizado em nome da Servidora Sandra Maria Sabino Fonseca, ora em instância recursal. Examinam-se, nesta oportunidade, os recursos "ex officio" e voluntários, da Procuradoria da Fazenda Municipal e dos membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamento, todos interpostos contra a Decisão proferida em sede de Juízo Singular, que responsabilizou, de forma solidária, a responsável pelo adiantamento, os membros da referida Comissão Permanente de Controle de Adiantamento, e a Sra. Secretária Municipal da Saúde, à época, determinando o recolhimento do valor glosado no importe de R$ 528,76 (quinhentos e vinte e oito reais e setenta e seis centavos). A servidora responsável pelo adiantamento, sem interpor recurso, limitou-se a anexar, à fl. 86, o comprovante do recolhimento do valor glosado, devidamente atualizado. Em análise inicial, a Auditoria retificou sua conclusão inicial, opinando pela regularidade da prestação de contas no valor integral de R$ 2.000,00, diante da comprovação do recolhimento do valor glosado, devidamente corrigido. No mesmo sentido foi o parecer da Assessoria Jurídica de Controle Externo, considerando que, em face do recolhimento da glosa imposta, os recursos perderam seu objeto, ensejando assim a regularidade das contas apresentadas. A Procuradoria da Fazenda Municipal propugnou pela reforma da Decisão prolatada, para o fito de dar conhecimento e provimento aos recursos interpostos. Por derradeiro a Secretaria Geral posicionou-se pelo conhecimento dos recursos e, diante da perda do seu objeto, opinou pelo arquivamento dos presentes autos. É o relatório. Voto: Conheço dos recursos em exame, posto que presentes os requisitos legais de admissibilidade. No mérito, passo a enfrentar, preliminarmente, os recursos apresentados pelos Membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamento, que se insurgiram contra a responsabilização solidária determinada pela Decisão recorrida. Nesse particular, acolhendo as razões recursais, divirjo do entendimento fixado em sede de Juízo Singular por não vislumbrar, no caso em exame, a existência de conduta omissiva relacionada à análise da prestação de contas encaminhada pela servidora, por parte destes servidores; mas sim o regular exercício de sua atividade de controle interno, ainda que com interpretação diversa da legislação em exame. Desta forma, não há que se falar em responsabilização funcional com fulcro no inciso II do art. 180 da Lei Municipal 8989/1979. No mesmo sentido deve ser entendida a solidariedade imposta à Secretária Municipal de Saúde, à época dos fatos, ainda que tenha deixado transcorrer "in albis" o prazo recursal, por entender que a responsabilidade pela utilização e prestação de contas de numerário recebido mediante adiantamento bancário é pessoal e exclusiva do servidor solicitante. Por sua vez, quanto à irregularidade da despesa que deu ensejo à glosa fixada na Decisão recorrida, fato é que a mesma não restou afastada pelas razões recursais apresentadas, mantendo-se inalterado o seu fundamento, na medida em que restou caracterizada a utilização do regime de adiantamento para a compra de material que, diante de sua finalidade, seria passível de aquisição pelo processo normal de aplicação, infringindo, assim, o artigo 1º da Lei 10.513/88. Não houve êxito, pois, em demonstrar a efetividade da urgência na aquisição dos materiais, posto que destinados a evento programado, presente no Cronograma de atividades da Unidade. Referida urgência somente se justificaria em decorrência de fato superveniente, que sequer foi aventado pela Origem, ou seja, foi alegada a urgência dos materiais, mas não justificados os motivos que lhe deram causa. O que se depreende da instrução dos autos é que os materiais foram requisitados em momento tardio, muito próximo da data do evento, incorrendo em situação emergencial originada, em realidade, de falta de planejamento, situação esta que não se coaduna com a premissa básica para o uso da verba de adiantamento, externada no § 1º do art. 3º do Decreto 43.731/03, vigente à época dos fatos. Desta forma, e tendo presente as novas disposições introduzidas pela Instrução 03/11 deste Tribunal, quanto aos recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal, nego-lhes provimento, mantendo a irregularidade da parcela de despesa

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impugnada no valor R$ 528,76 (quinhentos e vinte e oito reais e setenta e seis centavos), a qual, em conformidade com o § 1º do artigo 1º da Instrução nº 03/11, seria passível de aplicação de multa. Não obstante, considerando a comprovação do recolhimento do valor originalmente glosado, aprovo a prestação de contas em exame e dou quitação à responsável, afastando a aplicação de eventual sanção de valor equivalente, mantendo-se, ainda, as determinações previstas na decisão do Juízo Singular. Quanto aos recursos voluntários apresentados pelos Srs. Francisco Carlos Rocca, Gilberto Jorge, Antonia Helena Maderic Riquino e Maria Aparecida Orsini de Carvalho, dou-lhes integral provimento por entender incabível a imputação de responsabilidade solidária com fulcro no inciso II do art. 180 da Lei Municipal 8.979/79 (2.614ª S.O.). Voto em separado proferido pela Conselheira Yara Tacconi: Conheço dos recursos em julgamento, à exceção daquele interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal, tendo em vista ter ocorrido desistência de seu apelo. No mérito, mantendo a mesma linha de votos por mim proferidos, dou provimento ao recurso "ex officio" e aos interpostos pelos Membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamentos para reformar parcialmente a r. Decisão de Juízo Singular, com o fito de tornar insubsistente a glosa alvitrada, por considerar equivocada a menção ao fato de que a despesa teria sido realizada em desacordo com o artigo 1º da Lei Municipal nº 10.513/88, especialmente neste caso, que outra alternativa não havia. Ainda, se assim não fosse, não tendo se configurado prejuízo ao Erário, o caso presente exige aplicação das disposições da Instrução nº 03/11, deste Tribunal. Considerando que somente após a apreciação do mérito do recurso "ex officio" é que se impõe a obrigação imputada pela Decisão Singular, dê-se ciência à servidora Sandra Maria Sabino Fonseca do quanto ora decidido, para que, querendo, adote as providências administrativas no sentido de solicitar a restituição do valor recolhido em razão da glosa imposta na r. Decisão Singular (2.614ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 2.794/08-59, da análise de recursos "ex officio" e voluntários da Procuradoria da Fazenda Municipal, Gilberto Jorge, Antonia Helena Riquino e Francisco Carlos Rocca interpostos em face da decisão de juízo singular28

28 Antonio Carlos Caruso.

que aprovou parcialmente a prestação de contas de adiantamento bancário realizado pela Secretaria Municipal de Saúde à Servidora Sandra Maria Sabino Fonseca, glosando o valor de R$ 528,76 (quinhentos e vinte e oito reais e setenta e seis centavos) em razão da utilização do regime de adiantamento para compra de material que, diante de sua finalidade, seria passível de aquisição pelo processo normal de aplicação, infringindo assim, o artigo 1º da Lei 10.513/88 e o § 1º do artigo 3º do Decreto Municipal 43.731/03. A decisão recorrida responsabilizou de forma solidária a responsável pelo adiantamento e os membros da Comissão Permanente de Controle de Adiantamento. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria conheceu dos recursos e, no mérito, negou provimento aos recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal, mantendo-se a decisão recorrida. Quanto aos recursos de Gilberto Jorge, Antonia Helena Riquino e Francisco Carlos Rocca, deu-lhes provimento parcial apenas para afastar a responsabilidade solidária, entendendo-a incabível, visto ser direta, exclusiva e pessoal da tomadora do adiantamento. Finalmente, deu quitação à Responsável, ante a comprovação do recolhimento do valor glosado. Divergiu a Conselheira Revisora Yara Tacconi que não conheceu do recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal e conheceu dos demais recursos voluntários e do "ex officio". No mérito, deu-lhes provimento parcial apenas para afastar a imputação de débito, quitando a Interessada e determinando a intimação da mesma para, querendo, providenciar a restituição do valor recolhido. O Conselheiro Eurípedes Sales conheceu dos recursos e, no mérito negou provimento ao recurso "ex officio" e julgou

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prejudicados todos os recursos voluntários, em razão do recolhimento do valor glosado pela Interessada, dando-lhe quitação. Registrado empate quanto ao mérito do recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal, profiro o voto de desempate consoante disposição legal. Acompanho na íntegra o voto do Conselheiro Relator (Maurício Faria), restando, por maioria de votos, negado provimento ao recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal, em razão de não terem sido trazidos elementos novos aptos a afastar as irregularidades que ensejaram a glosa, bem como diante do recolhimento do valor glosado pela Interessada sem que a mesma tenha interposto recurso, denotando, assim, aquiescência à decisão. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Revisora e Eurípedes Sales. Presentes à sessão, nesta data, sem direito a voto, os Conselheiros Roberto Braguim, ausente na 2.614ª S.O, e Domingos Dissei, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora naquela sessão. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Maurício Faria – Relator." 10) TC 1.009.10-47 – Secretaria Municipal de Finanças – SF e Paineiras Limpeza e Serviços Gerais Ltda. – Pregão Eletrônico SF/CPL 36/2009 – Contrato 002/2010 R$ 1.415.174,04 est. – Serviços de limpeza, conservação, dedetização/desinsetização, desratização, limpeza das caixas d'água e copeiragem com o fornecimento de mão de obra, saneantes domissanitários, incluindo o fornecimento de papel higiênico, papel toalha e sabonete líquido para as mãos, materiais e equipamentos, visando à obtenção de adequadas condições de salubridade e higiene ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.615ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora, Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.615ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, considerando os entendimentos alcançados pelos Órgãos Técnicos deste Tribunal, e, considerando, ainda, que esta Corte de Contas já julgou irregulares as exigências constantes dos processos TCs 2.723.08-00, 1.733.09-00 e 2.057.08-00, em julgar irregulares os instrumentos analisados. Vencidos os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora e Maurício Faria – Revisor, que acolherem, excepcionalmente, o Contrato 002/2010, conheceram do procedimento licitatório Pregão Eletrônico SF/CPL 36/2009, exararam determinação ao Secretário Municipal de Finanças e relevaram as demais falhas constatadas. Relatório: Em julgamento o Contrato SF nº 002/2010, celebrado pela Secretaria Municipal de Finanças e a empresa Paineiras Limpeza e Serviços Gerais Ltda., tendo por objeto a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de limpeza e congêneres. Analisa-se, ainda, o Pregão Eletrônico n° 36/SF/2009. A Coordenadoria I concluiu pela regularidade da licitação, com ressalva à falta de assinatura do edital e sugeriu recomendação à Origem para que faça constar do processo administrativo a comprovação de publicação do extrato da licitação na internet. Sobre a contratação, a conclusão também foi no sentido de sua regularidade, ressalvando, no entanto, a exigência indevida de documentação para a liberação dos pagamentos à contratada. Sugeriu recomendação para que conste nos autos prova do depósito da garantia contratual, bem assim, a disponibilização de informações relativas à publicação do ajuste na internet em atenção aos preceitos da Lei Municipal nº 13.226/01. Por determinação do então Relator, os autos seguiram para a AJCE para pronunciamento, em especial sobre o apontamento

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referente às cláusulas contratuais e de disponibilização das informações do ajuste no "site" da Prefeitura. No que se refere à disponibilização de informações na internet, ponderou ser ônus do Poder Executivo prestá-las e mantê-las atualizadas nos termos da Lei Municipal n° 13.226/01, porém, as contratações não divulgadas não podem ser desacolhidas, eis que não há previsão legal nesse sentido. Assinalou que o contrato traz, de fato, cláusulas consideradas irregulares por esta Corte de Contas, padecendo de ilegalidade as que condicionam o levantamento da garantia contratual e a liberação dos pagamentos à comprovação da não ocorrência de pendências junto à Justiça Trabalhista. Opinou, consequentemente, pela irregularidade do ajuste. Intimada, a Secretaria Municipal de Finanças encaminhou defesa, às fls. 131/137, cujo teor foi examinado pela Coordenadoria I, a qual ratificou as ressalvas referentes ao certame licitatório. No que toca ao contrato, a especializada manteve a ressalva referente à exigência indevida de documentação para liberação do pagamento, assinalando ter sido atendido o item 15.15 do seu relatório e esclarecida a publicação do ajuste no "site" da Prefeitura. A AJCE, a seu turno, ratificou seu entendimento, opinando pela irregularidade do ajuste. A Procuradoria da Fazenda Municipal, lastreada nas justificativas colacionadas pela Origem, requereu o acolhimento do Pregão e do Contrato, posto que formalmente regulares ou, ao menos, a aceitação dos efeitos financeiros e patrimoniais dos atos praticados, ante a ausência de prejuízo ao erário. A Secretaria Geral ponderou ser a ausência de assinatura do edital irregularidade formal passível de relevação e que a falta das publicações tinha sido superada. Entretanto, as exigências contratuais examinadas eram irregulares, em face de julgados do Tribunal, a exemplo dos exarados nos TCs 1.723.08-75 e 1.733.09-00. Destarte, opinou pela regularidade do Pregão e irregularidade do contrato. É o relatório. Voto: As análises produzidas nos autos revelaram que o instrumento contratual e o ato convocatório do certame continham cláusulas incompatíveis com as diretrizes traçadas pela legislação aplicável à espécie, quais sejam: – retenção da garantia prestada; – comprovação dos direitos trabalhistas como condição de pagamento. A inserção de tais exigências tanto no ato convocatório quanto no instrumento contratual revelou-se, essencialmente, a motivação das conclusões da AJCE e da Secretaria Geral no sentido da irregularidade da contratação. Este Tribunal já se posicionou no sentido de que a retenção da garantia contratual e a de pagamentos, em face de eventuais ações trabalhistas em que a Municipalidade figurasse no polo passivo é ilegal, a exemplo das decisões exaradas nos TCs 57.08-00, 1.644.08-09, 2.057.08-00 e 1.733.09-00, nos quais tal desiderato foi julgado contrário à legislação e princípios regentes da matéria. Não obstante, há uma atenuante no caso dos autos, que reside no fato da Origem ter seguido os padrões determinados pela Secretaria Municipal de Gestão, Desburocratização e Modernização, que editou a Portaria SMG nº 52/06, em consonância com o Decreto Municipal nº 46.662/05 e, presume-se, não teve conhecimento dos julgados desta Corte. Isto posto, acolho excepcionalmente o Contrato nº 002/2010 e conheço do Pregão nº 36/SF/2009, com relevação das demais falhas apontadas, posto que meramente formais. Finalizando, esclareço ao Plenário que o contrato, ora julgado, teve seu prazo de vigência prorrogado até 28 de fevereiro de 2013, conforme verificado pela Assessoria do meu Gabinete. Por essa razão, determino ao Secretário Municipal de Finanças que: a) expurgue as cláusulas contratuais julgadas ilegais pelo Tribunal, quais sejam, 5.3.9.4 até 5.3.9.7, 10.3.1 e 10.3.1.1; b) dê nova redação à cláusula 10.6, adaptando-a ao disposto nos artigos 56, § 4º, e 86, § 2º, da Lei 8.666/93; c) encaminhe ao Tribunal cópia do Termo Aditivo com as devidas correções no prazo de 20 (vinte) dias (2.615ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 1.009/10-47, da análise do Pregão nº 36/2009 e do Contrato nº 2/2010, firmado entre a Secretaria Municipal de Finanças e a empresa Paineiras Limpeza e Serviços Gerais Ltda., tendo por objeto a prestação de serviços de limpeza e congêneres. A Conselheira Relatora Yara Tacconi conheceu do Pregão

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e acolheu excepcionalmente o Contrato, no que foi acompanhada pelo Conselheiro Revisor Vice-Presidente Maurício Faria. Divergiu o Conselheiro Eurípedes Sales que julgou irregular o Contrato29, sendo acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Com efeito, registrou-se empate quanto ao Contrato e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, julgado irregular o contrato30

29 Irregular em razão de: os subitens 5.3.9.4 e 5.3.9.7 terem sido considerados "cláusulas exorbitantes", na medida em que restringem o pagamento dos serviços prestados à apresentação de determinados documentos e, também, ante a ilegalidade do subitem 10.3.1 que exige pesquisa em nome da Contratada junto à Justiça do Trabalho para fins de levantamento da garantia contratual, com possibilidade de retenção em caso de existência de reclamação trabalhista em que a contratada figure no polo passivo.

, pelas razões expostas em seus votos. Participaram do julgamento os Conselheiros Yara Tacconi – Relatora, Maurício Faria – Revisor e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Relatora, na 2.615ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 11) TC 2.529.99-35 – Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação – SEME e Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. – TAs 01/00 (supressão do item 3.2 da cláusula terceira do ajuste), 02/01 (R$ 480.988,80 – redução de 25% de homem/posto 24 horas ininterruptas a partir de 22.10.01), 03/01 R$ 8.006.169,60 (prorrogação de prazo e redução do valor homem/hora para R$ 7,92 pelo desarmamento em 95 postos), 34/2002 R$ 2.668.723,20 (prorrogação) e 008/2003 R$ 5.170.153,46 (prorrogação de prazo), relativos ao Contrato 74/98, no valor de R$ 35.314.704,00, julgado em 02/4/2003 – Prestação de serviços de Segurança Vigilância e Guarda Patrimonial armada para o Autódromo Municipal "José Carlos Pace", Estádio Municipal "Paulo Machado de Carvalho" e Unidades da Secretaria ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.616ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regulares os TAs 01/00, 34/02 e 08/03, com relevação das falhas constatadas. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar irregular o TA 02/01, em virtude de não ter sido apresentada a CRF-FGTS no momento da lavratura desse ajuste, bem como em não reconhecer seus efeitos financeiros. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora, que julgaram regular o TA 02/01. Acordam, ainda, à unanimidade, em julgar irregular o TA 03/01, em razão da não comprovação da situação de regularidade fiscal da contratada frente ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, por ocasião de sua formalização. Acordam, afinal, por maioria, pelos votos dos Conselheiros

30 Responsáveis: Ordenador da Despesa do Contrato: Fábio Teizo da Silva (Chefe de Gabinete da Secretaria de Finanças e Francimary Gomes (Signatária do Contrato). Secretário Municipal de Finanças à época : Walter Aluísio Rodrigues, mas não assina nada.

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Eurípedes Sales e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em não reconhecer os efeitos financeiros do TA 03/01. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora, que reconheceram os seus efeitos financeiros do TA 03/01. Relatório: Nesta oportunidade, examinam-se os Termos Aditivos nºs 01/00, 02/01, 03/01, 34/02 e 08/03 ao Contrato nº 074/98-SEME, celebrado com a empresa Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda., tendo por objeto a execução de serviços de segurança, vigilância e guarda patrimonial armada para o Autódromo Municipal 'José Carlos Pace', o Estádio Municipal 'Paulo Machado de Carvalho' e as demais unidades daquela Secretaria, contrato já acolhido por esta Corte, consoante Acórdão de fl. 438, que, em sede recursal, reformou o Acórdão de fls. 381/382. A Auditoria preopinou: a) pela regularidade do TA nº 01/00; b) pela regularidade, com ressalvas, dos TAs nºs 02/01, 34/02 e 08/03, apontando a lavratura extemporânea de todos e a não apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS relativamente ao TA nº 02/01; c) pela irregularidade do TA nº 03/01, tendo em vista a não apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS, a não realização de pesquisa de mercado e a sua lavratura extemporânea. Apresentaram defesas o representante máximo da Origem e a então ordenadora da despesa, Sra. Nádia Campeão. A Auditoria entendeu que os esclarecimentos dos defendentes não justificaram as infringências constatadas, razão por que manteve seu posicionamento precedente, ressalvando, contudo, a questão da não apresentação do CRF-FGTS por ocasião da lavratura do TA nº 02/01, considerando que este apenas reduziu o objeto do ajuste. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pela relevação da falha no que diz respeito à publicação extemporânea, por entender que, embora com atraso, os aditamentos foram publicados. Posicionou-se, ainda, pela relevação excepcional da não realização de pesquisa prévia de mercado por ocasião do TA nº 03/01, considerando que este foi firmado apenas dois meses após o TA nº 02/01 e que objetivou a redução do valor homem/hora (de R$ 8,9826 para R$ 7,92). Assim, concluiu pela regularidade dos TAs nºs 01/00, 34/02 e 08/03, com as devidas relevações, em face das justificativas da Origem, e pela manifesta irregularidade dos TAs nºs 02/01 e 03/01, frente à constatação da não apresentação do CRF-FGTS por ocasião da lavratura desses ajustes, considerando o disposto no artigo 2º da Lei Federal nº 9.012/95. A Procuradoria da Fazenda Municipal propugnou pelo acolhimento dos Termos de Aditamento, com relevação das impropriedades formais apontadas. A Secretaria Geral posicionou-se pela regularidade dos TAs nºs 01/00, 34/02 e 08/03, com relevação das impropriedades, e pela irregularidade dos TAs nºs 02/01 e 03/01. É o relatório (2.450ª S.O.). Voto: Pelo relatado, verifica-se não ter sido feita qualquer objeção pelos órgãos pré-opinantes quanto ao acolhimento do TA nº 01/00. O mesmo não se demonstrou quanto aos demais termos aditivos, em relação aos quais, guardadas as correspondências, conforme exposto, foram apontadas as seguintes impropriedades: publicação extemporânea, ausência de pesquisa prévia de preços e falta de comprovação da situação de regularidade da contratada perante o FGTS. Passo, pois, a considerá-las. Na linha do posicionamento dos órgãos preopinantes, e levando em conta a existência de inúmeros precedentes desta Corte, entendo que também nos casos que se examina possa ser relevada a questão da publicação extemporânea, a uma porque o princípio da publicidade restou atendido, a duas porque, dos autos, não se evidencia a presença de notícias ou indícios de que o atraso nas publicações tenha causado prejuízo ao Erário. No que concerne à ausência de pesquisa de preços previamente à celebração do Termo Aditivo nº 03/01, não comungo do argumento expressado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo para efeito de relevação da falha, uma vez que não se constata nos autos a existência de documentos que demonstrem haver sido realizada pesquisa prévia de preços em data

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próxima, ou seja, quando da formalização do TA nº 02/01, procedimento este que, de fato, prescindia da referida averiguação, porquanto realizado ainda no transcorrer dos trinta e seis meses do prazo contratual e que intentou apenas a redução, no limite legal, do objeto contratado. Inclino-me, todavia, a relevar a aludida falha do TA nº 03/01, por constatar que, não obstante a ausência de prévia pesquisa de preços, o preço contratado manteve-se abaixo daqueles praticados pelo mercado no período de vigência do contrato, conforme a seguir exposto. A Origem celebrou o Contrato nº 074, em 22 de dezembro de 1998, para vigorar pelo prazo de 36 meses, nos termos da Cláusula Quarta do ajuste. Ao prorrogar, em 22 de dezembro de 2001, por meio do TA nº 03, o prazo de vigência do Contrato por mais 12 (doze) meses, também reduziu o preço unitário originalmente contratado, de R$ 8,79 para R$ 7,92, valor este que se manteve pelo prazo estendido de vigência contratual, de acordo com os TAs que lhe foram posteriores, de nºs 34/02 e 08/03. É fato que a prévia pesquisa de preços era requerida, à época, pelo artigo 83, III, da Lei Municipal nº 10.544/88, como forma de demonstrar a não existência de preços inferiores no mercado em comparação com o preço ajustado no contrato. Embora seja assim, constata-se, pelos elementos dos autos, que o preço ajustado no Contrato nº 074/98, nas oportunidades em que a Origem procedeu ao seu cotejo com os praticados pelo mercado, manteve-se sempre aquém da média alcançada. Basta verificar que: a) no momento da licitação, o valor da proposta contratada revelou-se 2,44% abaixo da média obtida a partir das propostas licitadas, da ordem de R$ 9,01 (fls. 217); b) na pesquisa de preços que antecedeu o TA nº 34/02, o valor contratado, já então reduzido para R$ 7,92, era 14% inferior à média de mercado, da ordem de R$ 9,21 (fls. 527); c) na pesquisa de preços que antecedeu o TA nº 08/03, o percentual foi de 14,56% abaixo da média, da ordem de R$ 9,27 (fls. 558). Ou seja, levando-se em conta a acentuada curva de elevação dos preços de mercado durante o período da contratação, o valor do ajuste, na verdade, significou sensível declínio, revelando, por conseguinte, a economicidade da contratação. Atinente ao aspecto relacionado ao FGTS, entendo que a falha possa ser relevada apenas em face do TA nº 02/01 e assim penso porque, como antes destacado, o intento do aditivo, celebrado no decorrer dos 36 meses do prazo inicial do Contrato, foi reduzir em 25% o objeto contratado, estando os correspondentes pagamentos condicionados, pela Cláusula Terceira do Contrato, à apresentação das guias de recolhimento tanto do INSS como do FGTS. A mesma conclusão pela relevação da irregularidade, no entanto, não acolhe o TA nº 03/01, de prorrogação do prazo de vigência do Contrato, em virtude do disposto no artigo 195, § 3º, da Constituição Federal, e na Lei Federal nº 9.012/95. A questão da não comprovação da situação de regularidade da contratada frente ao FGTS, para efeito da celebração do TA nº 03/01, não restou sanada sequer pelas defesas apresentadas, constatando-se nos autos que a omissão da própria contratada evidenciou seu desinteresse quanto a eventual prova em contrário, ao deixar transcorrer "in albis" o prazo assinalado pela Intimação de fls. 610. Feitas essas considerações, e diante dos elementos constantes dos autos, concluo pela regularidade dos TAs nºs 01/00, 02/01, 34/02 e 08/03, com relevação das falhas, nos termos já colocados. Quanto ao TA nº 03/01, julgo-o irregular, em razão da não comprovação da situação de regularidade fiscal da contratada frente ao FGTS por ocasião da sua formalização. Não obstante, ante a ausência nos autos de notícia de prejuízo ao Erário, ou mesmo de indício de dolo, má-fé ou fraude por parte dos agentes responsáveis, reconheço os efeitos financeiros produzidos pelo referido TA nº 03/01, em homenagem ao princípio da segurança e estabilidade das relações jurídicas (2.616ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 2.529/99-35, do exame dos Termos Aditivos 1/2000, 2 e 3 de 2001, 34/2002 e 08/2003, celebrados entre a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação e a empresa Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda., objetivando a prestação de serviços de segurança, vigilância e guarda patrimonial

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armada para o autódromo Municipal "José Carlos Pace", Estádio Municipal "Paulo Machado de Carvalho" e Unidades da Secretaria. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria julgou regulares os Termos Aditivos 1/2000, 2/2001, 34/2002 e 08/2003 e irregular o Termo Aditivo 03/2001, reconhecendo, contudo, os seus efeitos financeiros, sendo acompanhado pela Conselheira Revisora Yara Tacconi. Divergiu o Conselheiro Eurípedes Sales que julgou regulares os Termos Aditivos 1/2000, 34/2002 e 08/2003 e irregulares os Aditamentos 2 e 3 de 2001, no que foi acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Do exposto, registrou-se empate quanto ao Termo Aditivo 2/2001 e quanto à aceitação dos efeitos financeiros do 3/2001 e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, julgado irregular o Termo Aditivo 2/2001 e não acolhidos os efeitos financeiros dos Termos Aditivos 2 e 3/2001. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.616ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 12) TC 1.484.08-26 – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS e Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda. – Contrato 44/SMADS/2007 R$ 2.558.880,00 e TA 010/SMADS/08 R$ 167.155,81 (acréscimo, no subitem c da cláusula primeira, de 3 veículos) – Prestação de serviços de transporte de veículos, incluindo motorista e combustível, de quilometragem livre ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.616ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, assim como, na 2.541ª S.O., os Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator e Maurício Faria – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.616ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, considerando que a Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte discrimina uma série de irregularidades na documentação dos veículos, bem como a apresentação de veículos não pertencentes à empresa por ocasião das assinaturas dos ajustes, apontando ainda que o Termo do Contrato 44/SMADS/07 é irregular, em razão de conter exigência ilegal relativa à retenção do levantamento da caução, afrontando o § 4º do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93, em julgar irregulares o Contrato 44/SMADS/07, bem como o Termo de Aditamento 010/SMADS/08, pelo princípio da acessoriedade. Vencidos os Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator, nos termos de seu relatório e voto, e Maurício Faria – Revisor, acolheram o contrato e o termo de aditamento, assim como determinaram o arquivamento dos autos. Relatório: Trata o presente da análise do Contrato nº 44/SMADS/07 e do Termo de Aditamento nº 10/SMADS/08, firmados entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a empresa Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda., para a prestação de serviços de transporte com veículos, incluindo

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motorista e combustível com quilometragem livre, para uso em representação e gabinete. Inicialmente, a Coordenadoria III concluiu pela regularidade do contrato, ressalvando as inconsistências em relação aos veículos disponibilizados para a prestação dos serviços. Concluiu, também, pela regularidade do Aditamento que acrescentou mais 3 (três) veículos ao objeto do contrato. Em cumprimento ao meu despacho de fls., a Subsecretaria de Fiscalização e Controle manifestou-se esclarecendo alguns itens do relatório inicial, considerando, inclusive, questões já julgadas por este Tribunal. Em novo pronunciamento, mantido em seus termos, inclusive, após as defesas apresentadas, a equipe técnica passou a considerar irregulares os ajustes em razão das exigências ilegais condicionadoras do levantamento da caução por parte da contratada. Ademais, verificou especificamente a documentação relacionada aos veículos e concluiu que houve infringência à Cláusula Décima do ajuste, nos subitens 10.2.1, 10.2.2 e 10.2.4, dos veículos relacionados às fls. 108, concernentes à entrega de documentação incompleta, não apresentação de apólices de seguro total e não apresentação de contratos de locações ou outro que lhe transferisse a posse, no caso dos veículos que não eram de propriedade da contratada. A Procuradoria da Fazenda Municipal, apropriando-se dos argumentos da Origem, opinou pelo acolhimento dos ajustes, ou, alternativamente, pela aceitação de seus efeitos financeiros. A Secretaria Geral opinou pela irregularidade do contrato e do aditamento, sem prejuízo das determinações cabíveis. É o relatório. Voto: Analisando as subcláusulas 10.2.7.2.1 e 10.2.7.2, da minuta do contrato – Anexo XI do edital –, e do contrato, respectivamente, é forçoso reconhecer a presença de exigências ilegais relativas ao levantamento da caução pela contratada que contrariam, expressamente, as disposições legais pertinentes a matéria e também os recentes julgados desta Corte de Contas. Apesar de tais constatações, no caso dos autos, assim como no caso do ajuste julgado no TC 1.483.08-63, as mesmas ponderações devem ser feitas, levando-se em consideração o momento de elaboração do edital e as recentes decisões deste Tribunal. Primeiramente, há que se levar em conta que a Origem, ao elaborar o instrumento convocatório seguiu a normatização imposta pela Portaria nº 052/SMG-GAB, que, ao padronizar os editais para uso dos órgãos da Administração direta e indireta do Município de São Paulo, inseriu a questionada cláusula, que passou a ser exigida, obrigatoriamente, em todos os procedimentos de contratação dos serviços comuns de limpeza, vigilância e segurança patrimonial e de transportes. Ademais, à época da publicação do edital e da assinatura dos ajustes, ocorridos no final do ano de 2007, esta Corte ainda não havia proferido nenhuma decisão relativa às exigências feitas pela Portaria em comento, a qual só veio a ser prolatada em junho de 2008. Assim sendo, outro comportamento não poderia ser esperado do gestor público, àquela época, senão o de seguir o edital-padrão imposto pela Portaria nº 052/SMG-GAB. Quanto aos demais apontamentos feitos ao Contrato, em razão da não apresentação de documentos dos veículos indicados no relatório da auditoria, observa-se que se tratam de infringências à cláusulas contratuais secundárias, que por si só, não impedem a execução dos serviços e nem o julgamento de regularidade do pacto avençado, sendo, pois, passíveis de relevação. Por todo o exposto, ACOLHO o Contrato nº 44/SMADS/07 e do Termo de Aditamento nº 10/SMADS/08. Após as medidas regimentais, arquivem-se os autos (2.541ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 1.484/08-26, da análise do Contrato 44/2007 e do Termo Aditivo 10/2008, celebrados entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda., visando a prestação de serviços de transporte de veículos, incluindo motorista. Na sessão 2.541 o então Conselheiro Relator Antonio Carlos Caruso julgou regulares o Contrato e o Termo Aditivo, sendo acompanhado pelo Conselheiro Revisor Maurício Faria. Na sessão 2.616 o Conselheiro Eurípedes Sales julgou irregulares o Contrato e o Termo Aditivo, no que foi

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acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Registrado o empate, profiro o voto de desempate, de acordo com a disposição legal. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, julgados irregulares o Contrato 44/2007 e o Termo Aditivo 10/2008. Participaram do julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator, Maurício Faria – Revisor e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pelo Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Relator, na 2.541ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 13) TC 3.776.05-60 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (com interveniência da Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia – AFIP) – Contrato 001/SMS.G/2005 R$ 8.513.301,03 – TAs 001/2005 (acréscimo do parágrafo único à Cláusula Onze), 002/2005 R$ 8.513.301,03 (prorrogação de prazo) e 003/2005 R$ 5.675.534,02 (prorrogação de prazo) – Execução de serviços laboratoriais, de acordo com as normas do SUS, através de interveniente ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.616ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, assim como, na 2.542ª S.O., os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Antonio Carlos Caruso – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.616ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar irregular o Termo do Contrato 001/SMS.G/2005 e o Termo Aditivo 003/2005, em virtude da insuficiência da lavratura das notas de empenho respectivas, que devem preceder aos ajustes, bem como os Termos Aditivos 001 e 002/2005, pelo princípio da acessoriedade. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator, nos termos de seu relatório e voto, e Antonio Carlos Caruso – Revisor, que julgaram regulares o contrato e seus aditivos, relevando as impropriedades. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar, em resposta às solicitações recebidas durante a instrução processual, a expedição de ofício acompanhado do relatório e voto e do presente Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Relatório: Em julgamento o Contrato nº 001/SMS.G/2005, celebrado entre a Secretaria Municipal da Saúde e a Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, com a interveniência da Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia – AFIP, que tem por objeto a prestação de serviços laboratoriais pela interveniente, de acordo com as normas do SUS, bem como os três Termos de Aditamento dele decorrentes. O Contrato foi celebrado por dispensa de licitação, com fundamento no artigo 24, XIII, da Lei Federal nº 8.666/93. A Coordenadoria IV opinou pela irregularidade do Contrato, diante da lavratura extemporânea do respectivo Termo, da insuficiência de recursos empenhados, no valor de R$ 717.160,62, e do atraso na remessa das informações a esta Corte por meio do SERI. Asseverou que, no presente caso, era dispensável a justificativa dos preços, uma vez que, de acordo com a cláusula nona do ajuste, a contratada seria remunerada pelo valor dos exames fixados na Tabela SUS. Não obstante,

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apontou que alguns exames não constavam da Tabela SUS, sendo que estes representavam 0,08% do total mensal do Contrato. A Coordenadoria IV reconheceu a regularidade dos Termos de Aditamento nºs 001 e 002/2005, ressalvando, em relação a ambos, a extemporaneidade no encaminhamento das informações pelo SERI e, em relação ao segundo ajuste, a não apresentação de Certidão Negativa de Débito-CND. Opinou, outrossim, pela irregularidade do Termo de Aditamento nº 003/2005, diante da insuficiência dos recursos empenhados. A Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou o entendimento da Coordenadoria IV pela irregularidade do Contrato, acrescentando que a execução de serviços laboratoriais não é objeto que se enquadra no disposto no artigo 24, XIII, da Lei Federal nº 8.666/93 e que os preços não restaram justificados, conforme exige o artigo 26, parágrafo único, inciso II da mesma lei. Opinou, ainda, pela rejeição de todos os Termos de Aditamento, em razão dos vícios havidos no Contrato, cujos efeitos se refletiram nos ajustes que o seguiram. A subchefia da Assessoria Jurídica de Controle Externo asseverou, ademais, que as irregularidades detectadas foram agravadas pelo fato de ter havido subcontratação dos serviços, irregularmente denominada de interveniência, uma vez que os contratos celebrados com fundamento no artigo 24, XIII, da Lei Federal nº 8.666/93 são "intuitu personae". Nessa fase processual, o Ministério Público do Estado de São Paulo encaminhou ofício a esta Corte, requerendo informações sobre convênios celebrados entre a Prefeitura de São Paulo e a UNIFESP ou entre aquela e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, o qual foi devidamente respondido. Intimados, os ordenadores da despesa e a própria Origem alegaram, em síntese, que o atraso no encaminhamento das informações através do SERI e na lavratura do termo de Contrato eram falhas de natureza formal que não afastaram a regularidade do ajuste. Quanto à insuficiência das verbas empenhadas, esclareceram e comprovaram que a solicitação de crédito adicional foi suficiente para cobrir todo o ajuste, o qual foi concedido por meio do Decreto Municipal nº 46.109/2005, que precedeu a emissão da Nota de Empenho nº 55.444/2005. Em relação à ausência de CND, quando da celebração do Termo de Aditamento nº 02/2005, afirmaram que, embora não houvesse CND válida na data de assinatura do Termo, a situação já estava regularizada quando o referido Termo de Aditamento começou a produzir efeitos. A UNIFESP e a AFIP salientaram que esta última, além de ser uma associação sem fins lucrativos, de utilidade pública, voltada à pesquisa e ao ensino, é também órgão suplementar da Universidade e que nesta qualidade não só realiza a prestação de serviços de diagnósticos laboratoriais, como também desenvolve inúmeros estudos a partir do material coletado. Assim, a execução do Contrato em exame objetivava, ao mesmo tempo, o atendimento à população usuária do SUS e a orientação de alunos, pós-graduandos, doutorandos e pesquisadores. Rechaçaram a afirmação da Assessoria Jurídica de Controle Externo sobre a existência de subcontratação, ao insistir na ligação institucional existente entre as duas entidades. A AFIP trouxe aos autos inúmeras publicações técnicas, a maioria em língua inglesa, com o objetivo de comprovar o reconhecimento e a excelência do trabalho de pesquisa científica por ela realizado. Em manifestação conclusiva, a Coordenadoria IV e a Assessoria Jurídica de Controle Externo mantiveram seus posicionamentos anteriores, embora a Assessoria Jurídica tenha afastado a irregularidade quanto à ausência de justificativa dos preços do Contrato e à falta de CND quando da celebração do Termo de Aditamento nº 02/2005. A Procuradoria da Fazenda Municipal, em extensa manifestação que reproduziu boa parte da instrução processual e se apropriou das razões de defesa apresentada pelos interessados, asseverou que as impropriedades detectadas não tiveram o condão de acarretar a irregularidade do Contrato e dos Termos de Aditamento. A Secretaria Geral, depois de anexar cópia de parecer lançado nos autos do TC nº 4.621.03-05, que analisa ajuste similar àquele que é objeto deste processo, concluiu pela possibilidade de contratação direta da UNIFESP, fundamentada no inciso XIII do artigo 24, com a

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interveniência da AFIP. No entanto, opinou pela irregularidade do Contrato, em face da insuficiência das Notas de Empenho. Afirmou, ainda, que a irregularidade do Contrato não contaminou os posteriores Termos de Aditamento, que merecem ser julgados regulares, com ressalva das falhas apontadas. Ao término da instrução processual, a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo requereu informações sobre a existência de processos tendo por objeto a fiscalização de repasses de verbas da Administração Municipal para a Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia. Em resposta, esta Relatoria noticiou a existência de três processos, dentre os quais se incluiu o presente. É o relatório. Voto: Os aspectos de maior relevo para o presente julgamento centram-se na fundamentação do ajuste, consubstanciada em dispensa de licitação nos termos do artigo 24, XIII, da Lei Federal nº 8.666/93 e na existência de nexo de pertinência entre o objeto contratual e as finalidades sociais da contratada. Sob este ângulo, inclino-me a adotar as razões aduzidas pela Secretaria Geral, que já mereceram acolhimento deste Pleno, quando do julgamento dos TCs nºs 4.621.03-05 e 2.492.06-28, tanto no que toca ao reconhecimento da presença dos requisitos para a contratação embasada no inciso XIII do artigo 24 da Lei de Licitações, como no que diz respeito à existência de nexo de pertinência entre o objeto e os fins da contratada. Os elementos constantes dos presentes autos demonstram ser a UNIFESP uma autarquia federal destinada ao ensino superior, instituição de referência em todo o País, que se organiza por meio de órgãos complementares e suplementares criados consoante previsão estatuária. Nos termos do artigo 3º do Estatuto da UNIFESP, compete-lhe o desempenho de atividades inter-relacionadas de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no campo das ciências de saúde, estando contemplada a possibilidade de complementação de suas atividades por meio de institutos e entidades reconhecidos pelo Conselho Universitário, órgão superior da Universidade, ao qual compete, inclusive, decidir sobre a filiação de órgãos suplementares (artigos 5º e 6º, inciso III). No Contrato examinado, verifica-se que a Universidade Federal ocupa a posição de contratada, sendo responsável por sua execução, que se fará por intermédio de um de seus órgãos suplementares, a Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia – AFIP, afastando a ocorrência da figura da subcontratação, já que a AFIP participa do ajuste celebrado entre a Secretaria Municipal da Saúde e a UNIFESP como interveniente executora. Ademais, a UNIFESP e a AFIP não estão ligadas por um vínculo contratual, mas institucional, visto que o Instituto integra a estrutura daquela, motivo pelo qual afasto, desde já, a ocorrência de subcontratação. Sob este aspecto, portanto, entendo não haver impedimento para a contratação da UNIFESP com fundamento no artigo 24, XIII, da Lei Federal nº 8.666/93, além de restar configurada a pertinência entre o ajuste celebrado e os fins da contratada, uma vez que, por se tratar de uma Universidade, seus departamentos e órgãos só realizam atividades pertinentes aos seus fins, consoante bem salientou a Secretaria Geral. De outra parte, afasto a irregularidade quanto à ausência de justificativa de preços, encampando a manifestação da Coordenadoria IV, que reconheceu sua compatibilidade com os preços vigentes no mercado, já que o ajuste adotou a Tabela SUS do Ministério da Saúde para a maioria dos exames lá previstos, excetuando-se o equivalente a apenas 0,08% do valor total do Contrato. As irregularidades atinentes à lavratura extemporânea do Contrato e à insuficiência do valor empenhado podem ser superadas por não terem acarretado prejuízo ao Erário, uma vez que ambas foram sanadas ainda durante a execução do Contrato. Conforme se verifica das razões de defesa e dos documentos apresentados pela Origem naquela oportunidade, o Decreto Municipal nº 46.109/2005 foi editado para abrir crédito adicional, suficiente para cobrir todo o ajuste. Não se constata, pois, a realização de despesa sem que existisse verba apropriada para cobri-la. O mesmo raciocínio aplica-se à insuficiência de Empenho apontada quando da lavratura do Termo de Aditamento nº 003. Os demais apontamentos referentes à ausência de CND quando da celebração do Termo de Aditamento

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nº 002 e ao atraso na remessa das informações por meio do SERI são falhas que merecem ser relevadas, conforme restou demonstrado durante a instrução processual, posto que de menor gravidade e de natureza formal. Não obstante a exigência de comprovação de regularidade com o Sistema da Seguridade Social seja de vertente constitucional, conforme artigo 195, § 3º, da Carta Magna, no presente caso, é de se verificar que o Termo de Aditamento começou a viger em 15 de abril e que a CND foi emitida logo no dia 18 do mesmo mês, o que permite o acolhimento do ajuste. Á vista do exposto, julgo regulares o Contrato nº 001/SMS.G/2005, assim como os Termos de Aditamento nºs 001, 002 e 003/2005, com relevação das impropriedades havidas, por não apresentarem maior gravidade e em face da importância dos serviços prestados, da inexistência de indício de conduta dolosa ou de má-fé dos agentes, além da não constatação de ter havido prejuízo ao Erário. Em resposta às solicitações recebidas durante a instrução processual, determino o encaminhamento de ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, com cópia deste voto e do respectivo acórdão (2.542ª S.O.). Voto de desempate proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos do TC 3.776/05-60, da análise do Contrato 1/2005 e dos Termos Aditivos 1, 2 e 3 de 2005, celebrados entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, tendo por objeto a execução de serviços laboratoriais, de acordo com as normas do SUS, através de interveniência da Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia. Na sessão 2.542 o Conselheiro Relator Maurício Faria julgou regulares o Contrato e os Termos Aditivos, sendo acompanhado pelo Conselheiro Revisor à época, Antonio Carlos Caruso. Na sessão 2.616 o Conselheiro Eurípedes Sales julgou irregulares o Contrato e os Termos Aditivos, no que foi acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Com efeito, registrou-se empate e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações unânimes da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, julgados irregulares o Contrato 1/2005 e os Termos Aditivos 1, 2 e 3 de 2005. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Antonio Carlos Caruso – Revisor e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pelo Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Revisor, na 2.542ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 14) TC 2.960.10-40 – Docprint Service Ltda. – ME – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Representação em face do Pregão Presencial 204/2010, cujo objeto é a contratação de empresa para prestação de serviço de impressão departamentalizada e centralizada (Sistema Outsourcing) para a sede e unidades da Autarquia (Tramita em conjunto com o TC 2.982.10-83) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 2.982.10-83 e 879.11-34, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.616ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, assim como, na 2.599ª S.O., os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta pela empresa Docprint Service Ltda. – ME, na esteira do parecer exarado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito,

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pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, considerando a revogação do Pregão Presencial 204/2010, em declarar prejudicada a análise da representação, pela perda do objeto. Vencidos, no mérito, os Conselheiros Maurício Faria – Relator, nos termos de seu relatório e voto, e Yara Tacconi – Revisora, que, consoante declaração de voto apresentada, julgaram-na parcialmente procedente. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Relatório e voto englobados: v. TC 879.11-34. Declaração de voto englobado apresentada pela Conselheira Yara Tacconi: v. TC 879.11-34. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 879.11-34. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.599ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 15) TC 2.982.10-83 – Claudio Mendonça Souza do Ó – ME – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Representação em face do Pregão Presencial 204/2010, cujo objeto é a contratação de empresa para prestação de serviço de impressão departamentalizada e centralizada (Sistema Outsourcing) para a sede e unidades da Autarquia (Tramita em conjunto com o TC 2.960.10-40) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 2.960.10-40 e 879.11-34, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.616ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, assim como, na 2.599ª S.O., os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta pela empresa Claudio Mendonça Souza do Ó – ME, na esteira do parecer exarado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões, para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, considerando a revogação do Pregão Presencial 204/2010, em declarar prejudicada a representação, pela perda do objeto. Vencidos, no mérito, os Conselheiros Maurício Faria – Relator, nos termos de seu relatório e voto, e Yara Tacconi – Revisora, que, consoante declaração de voto apresentada, julgaram-na parcialmente procedente. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Relatório e voto englobados: v. TC 879.11-34. Declaração de voto englobado apresentada pela Conselheira Yara Tacconi: v. TC 879.11-34. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 879.11-34. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.599ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º

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de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 16) TC 879.11-34 – Docprint Service Ltda. – ME – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Representação em face do Pregão Presencial 050/2011, cujo objeto é a prestação de serviços de impressão departamentalizada (Sistema Outsourcing) para a sede e unidades da Autarquia ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 2.960.10-40 e 2.982.10-83, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.616ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Maurício Faria – Relator, na 2.599ª S.O., e a Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.601ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação interposta pela empresa Docprint Service Ltda. – ME, na esteira do parecer exarado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo desta Corte. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.616ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em julgar prejudicada a análise da representação, por perda de objeto, em razão da revogação do Pregão Presencial 050/2011. Vencidos o Conselheiro Maurício Faria – Relator e a Conselheira Yara Tacconi – Revisora, que, nos termos de sua declaração de voto apresentada, julgaram-na improcedente e aplicaram determinações à autarquia. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar a remessa de ofício à representante e à representada, em cumprimento ao que dispõe o artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Relatório englobado: Estão em julgamento representações formuladas contra editais de licitação visando a contratação de serviço de impressão departamentalizada e centralizada (sistema outsourcing), para a rede das unidades da Autarquia Hospitalar Municipal, nos seguintes termos: TC 2.982.10-83: representação interposta pela Empresa CLAUDIO MENDONÇA SOUZA DO Ó – ME, insurgindo-se contra exigências de qualificação técnica contidas no subitem 8.3.3 do Edital de Pregão Eletrônico 204/2010; TC 2.960.10-40: representação interposta pela Empresa DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME, também se insurgindo contra exigências de qualificação técnica contidas no subitem 8.3.3 do Edital de Pregão Eletrônico 204/2010; e TC 879.11-34: nova representação interposta pela Empresa DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME, insurgindo-se contra a decisão pela sua inabilitação no novo Edital de Pregão Presencial 050/2011, para o mesmo objeto em exame, por não cumprimento de exigências de habilitação técnica. 1) Quanto ao Pregão Eletrônico 204/201031

31 TCs 2982.10-83 e 2960.10-40

, a Auditoria elaborou relatório conclusivo sobre os seguintes questionamentos formalizados pelos Representantes, onde se destaca o entendimento de que: (a) a quantidade fixada para comprovação de capacitação técnica operacional de, no mínimo, 50% da quantidade buscada pela Administração, mostrou-se razoável tendo em vista a grande quantidade de equipamentos envolvidos no objeto; entendeu inadequado, todavia, a limitação de comprovação através da soma de, no máximo, dois atestados, para comprovar o cumprimento de tal requisito habilitatório (alínea "a" do subitem 8.3.3); (b) o questionamento das seguintes exigências habilitatórias mostrou-se pertinente, vez que incompatíveis para a atividade de prestação de serviços de impressão: I) Comprovação de que a empresa licitante seja unidade

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de assistência técnica autorizada pelo fabricante dos equipamentos, ou que está apta a prestar serviços de manutenção, suporte e assistência técnica, através de, ao menos, um certificado de parceria ou declaração de acordo comercial (alínea "b" do subitem 8.3.3); II) comprovação de o interessado possuir, em seu quadro permanente de empregados, profissional de nível superior devidamente registrado, na data da licitação, junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA (alínea "e" do subitem 8.3.3); III) comprovação de registro da empresa licitante no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA (alínea "f" do subitem 8.3.3), com apresentação de Certificado de Acervo Técnico – CAT, referente aos atestados de capacitação técnica (alínea "g" do subitem 8.3.3). Considerando que as exigências impugnadas poderiam de fato resultar em restrição injustificada à ampla participação dos interessados na licitação, determinei a suspensão temporária do certame, "ad cautelam", decisão esta submetida ao referendo do Pleno, em atendimento ao procedimento contido no item "d" do § 1º do art. 101 do Regimento Interno deste Tribunal32

32 Sessão Ordinária 2.529ª

. Intimada, apresentou a Origem suas justificativas nos autos do TC 2.960.10-40, informando que promovera alteração do instrumento convocatório. Nesses termos, excluiu os itens impugnados que vinculavam exigências de qualificação técnica ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, mantendo, no mais, as exigências contidas nas alíneas "a" e "b" do subitem 8.3.3, parcelas estas que permaneceram controvertidas nos autos. Em nova manifestação, acrescida às fls. 200/201, a Autarquia informou que, além dos pontos já excluídos do Edital relacionados aos subitens "e", "g" e "f" do item 8.3.3, promoveu, também, a exclusão do item relacionado à exigência habilitatória de declaração do fabricante, republicando em 30.11.2010 a nova versão corrigida, com devolução do prazo legal, em cumprimento aos apontamentos desta Corte. Ante a republicação do Edital do Pregão Presencial 204/2010, a Representante DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME (fls. 267/307) e a empresa CLAUDIO MENDONÇA SOUZA DO Ó – ME (fls. 325/330) protocolaram novos arrazoados, mantendo sua discordância com a manutenção da exigência de comprovação do quantitativo de 50% dos equipamentos em apenas 2 atestados (item 8.3.3 "a"), e da permanência do item 11.4, letra "c", que, não obstante não figurar mais como exigência habilitatória, ainda estabelecia a necessidade da futura contratada contar com equipe técnica e comercial certificada pelo fabricante, para a execução do suporte técnico; além de questionar a incorporação no Edital do novo subitem 12.4.2 no Anexo I, que passou a exigir que a licitante deveria comprovar o atendimento, mediante contrato, de quantidade/especificação de bens semelhantes aos equipamentos objeto de contratação por parte da AHM, durante o período de 01 (um) ano. Instada a se manifestar sobre o acrescido, a Auditoria reafirmou como superadas as questões habilitatórias repisadas no novo arrazoado, remetendo à análise às fls. 146/150. Quanto ao novo subitem 12.4.2, acrescido no Anexo I do Edital, entendeu a Especializada por descabidos os argumentos da representante, por observar compatibilidade com o objeto. Esclareceu que tal exigência estaria a refletir apenas a garantia da boa execução do contrato, tendo em vista que a contratação objetiva não só a instalação de equipamentos, mas também, a manutenção dos mesmos. Acresceu, nessa medida, que a comprovação de capacidade para esse fim só se configura no transcorrer de um prazo razoável de tempo de contratação, durante o qual pode ocorrer a necessidade da manutenção dos equipamentos em razão de desgaste, após sua utilização contínua no período. Diante do exposto, concluiu pela improcedência da representação nos novos pontos questionados, confirmando que, em relação às alterações efetuadas no edital republicado, as exigências das alíneas "b", "e", "f", e "g" do subitem 8.3.3 foram suprimidas e adequadas, em conformidade com o entendimento deste Tribunal. Diante do processado, bem como das razões

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apresentadas pela Origem, esta Relatoria entendeu por bem revogar a determinação de suspensão do certame, autorizando a sua retomada. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo destacou que as representações poderiam ser conhecidas, com fundamento nos artigos 74, § 2º, e 75, "caput", da Constituição Federal, c/c o artigo 55, § 1º, do Regimento Interno deste Tribunal. Quanto ao mérito, ressalta que, com a notícia de exclusão das alíneas "b", "e", "f", e "g" do item 8.3.3, houve perda do objeto em relação aos mesmos. Acompanha a Auditoria quanto à adequação da alínea "a" do mesmo item 8.3.3, atinente à comprovação de capacidade de fornecimento de 50% do quantitativo licitado. Por fim, quanto ao item acrescido 12.4.2, que passou a exigir comprovação pretérita de capacidade operacional em no máximo 2 atestados, opina pela procedência parcial da representação, por entender que tal exigência caracterizou-se como uma duplicidade conflitante de comprovação habilitatória. A Procuradoria da Fazenda Municipal exara parecer pelo conhecimento e perda superveniente do objeto em relação aos itens excluídos, e pela improcedência das representações no que tange aos itens restantes, de forma a se acolher as justificativas apresentadas pela Origem. Encerrando a análise do Pregão Presencial 204/2010, a Secretaria Geral opina pelo conhecimento das representações em exame e, no mérito, pela perda do objeto, eis que todas as questões citadas no curso da instrução restaram superadas, ou, se ainda se entender pela apreciação do mérito, pela sua improcedência, vez que suprimidas as irregularidades apontadas. Visando melhor aclarar o desenrolar do certame em análise, esta Relatoria determinou à fl. 342 que a Auditoria informasse sobre a finalização do Pregão Presencial 204/2010, após o despacho que autorizou o seu prosseguimento. Nesses termos, acrescentou a Auditoria que, em razão da inabilitação de todas as licitantes classificadas, por despacho de 02.03.2011, foi declarado fracassado o referido certame33

33 Das 07 (sete) empresas credenciadas, foram classificadas 06 (seis) empresas, sendo habilitada e declarada vencedora a empresa DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME. Entretanto, com o provimento dado ao recurso interposto pela empresa TECNOSET, a empresa declarada vencedora foi inabilitada, por não apresentar especificação detalhada dos softwares de gerenciamento, conforme disposto no item 12.2 do Edital, sendo retomado o certame com as 2ª e 3ª(s) classificadas, em 11.01.2011.

. 2) Ato contínuo, novo Edital foi publicado pela Administração – Pregão Presencial 50/2011 – mantendo-se a exigência contida no item 8.3.3, letra "a" do Pregão anterior, no sentido de limitar a capacidade de fornecimento de 50% do quantitativo licitado a, no máximo, dois atestados de capacidade técnica. Este novo pregão foi objeto de análise nos autos do TC 879.11.34, também em julgamento, através de outra representação proposta pela empresa DOCPRINT, em face da decisão da Comissão de Licitação que a inabilitou neste segundo Pregão, de nº 50/2011. Posteriormente, em razão da inabilitação das demais licitantes, por despacho de 22.03.2011, foi publicada a revogação do certame. A análise de Auditoria nestes autos foi conclusiva pela procedência da representação, diante da constatação de que a decisão exarada pela Comissão de Licitação foi despida de motivação, sem observância da

Na Sessão Pública de 11.01.2011 foram inabilitadas as empresas, TECNOSET e a MR. COMPUTER no tocante ao item 8.3.3 do Edital, por não apresentarem atestados comprovando a prestação dos serviços objeto do certame, compatíveis em características com o exigido no item 1 do objeto, do Anexo I do Edital. Foi retomado o certame, em 27.01.2011, com as 4ª e 5ª classificadas - AMC INFORMÁTICA LTDA. e IT2B TECNOLOGIA e SERVIÇOS LTDA., sendo que estas empresas foram inabilitadas no tocante ao item 8.3.3 do Edital, por não apresentarem atestados comprovando a prestação dos serviços objeto do certame, compatíveis em características com o exigido nos itens 5, 6,7 e 8 do objeto, do Anexo I do Edital. Observe-se que, depois disso, foi autorizada a abertura de novo certame – Pregão Presencial 050/2011, com sessão pública realizada em 18.03.2011, na qual, das 09 (nove) empresas credenciadas, foram classificadas 04 (quatro), sendo que o menor valor foi novamente apresentado pela empresa DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME, que, conforme constou em ata foi inabilitada pelo não atendimento ao item 8.3.3, letra "a" do Edital, por ter apresentado atestado de capacidade técnica não compatível com o solicitado no edital. A mesma situação ocorreu com as outras 2 (duas) empresas classificadas – CNC SOLUTIONS e TECNOSET.

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garantia constitucional ao contraditório e à ampla defesa. Informou, ainda, que novo procedimento licitatório foi instaurado pela Origem, por meio do Pregão Presencial 066/2011, para o mesmo objeto. Neste, o item 8.3.3, letra "a" do Edital foi modificado, admitindo a somatória de atestados para comprovação do desempenho anterior da licitante, sem, contudo, limitar o número máximo de atestados. O pedido de suspensão liminar desse novo pregão, restou prejudicado (fls. 169/170), considerando que a empresa DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME também impetrou Mandado de Segurança34

34 Mandado de Segurança 0009873-79.2011.8.26.0053 – 11ª Vara da Fazenda Pública da Capital

em razão de sua inabilitação no Pregão Presencial 050/2011, e, em Comunicado publicado no DOC em 07.04.2011, página 80, a Origem determinou a suspensão do Pregão Presencial 066/2011 em decorrência de decisão liminar do Poder Judiciário, que declarou ilegal aquele ato de inabilitação, com consequente adjudicação e assinatura do objeto contratual com a representante, de forma precária. Analisando o Pregão Presencial 50/2011, a Assessoria Jurídica de Controle Externo destacou que a nova representação poderia ser conhecida, com fundamento nos artigos 74, § 2º, e 75, "caput", da Constituição Federal, c/c o artigo 55, § 1º, do Regimento Interno deste Tribunal. Quanto ao mérito, o parecer foi conclusivo pela sua procedência, destacando o fato de que, inclusive, a Representante estava prestando serviços de natureza similar à Origem, através de contratação emergencial, fato este que indicaria a existência de capacidade técnica mínima necessária, em confronto com a decisão pela sua inabilitação no certame. Não obstante, diante da notícia de que foi proferida decisão judicial denegando a segurança pretendida pela empresa (ainda que sem julgamento de mérito), houve a retomada do Pregão 066/2011 através de publicação realizada em 06/09/2011. Diante desse cenário, a Procuradoria da Fazenda Municipal destaca a prejudicialidade da análise de mérito da representação, diante da revogação do Pregão 050/2011, reconhecida pelo próprio Poder Judiciário, razão pela qual requer, de igual forma, seja reconhecida a perda do objeto ou, caso assim não seja o entendimento, que seja julgada no mérito pela improcedência dos argumentos lançados. Encerrando a instrução processual, a Secretaria Geral, na esteira dos pareceres precedentes dos órgãos técnicos, acompanha o entendimento pelo conhecimento da representação examinada nos autos do TC 879.11.34 e, no mérito, pela sua procedência. É o relatório resumido. Voto englobado: Conheço das representações interpostas, na esteira dos pareceres exarados pela Assessoria Jurídica de Controle Externo. Por primeiro, no que tange à análise de mérito das exigências impugnadas do Edital de Pregão Eletrônico 204/2010, levada a efeito nos TCs 2.982.10-83 e 2.960.10-40, temos a considerar que a procedência das Representações quanto à inadequação das exigências habilitatórias contidas nos subitens "b", "e", "f" e "g" do item 8.3.3, restou caracterizada, dada a incompatibilidade com a natureza do objeto contratado, o que levou ao reconhecimento pela própria Origem, que excluiu tais itens do referido Edital. Das questões remanescentes, acompanho entendimento da Auditoria quanto à regularidade da exigência acrescida no subitem 12.4.2, do Anexo I do Edital em apreço, vez que tal exigência mostrou-se razoável diante das dimensões dos quantitativos envolvidos, bem como diante do fato de que a contratação em tela objetiva não só a instalação de equipamentos, mas também, a manutenção dos mesmos, questões estas que deságuam na necessidade da Administração resguardar-se em relação a boa execução do contrato. Nesta senda, a comprovação de capacidade operacional da empresa para atender a totalidade do objeto contratual, nesse particular, só se configura no transcorrer de um prazo razoável de tempo de execução, durante o qual surge a necessidade da manutenção dos equipamentos em razão de desgaste, após sua utilização contínua no período. Contrariamente ao entendimento esposado pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, pois, tem esta exigência finalidade diversa daquelas

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constantes do subitem 8.3.3, inexistindo duplicidade entre elas, mas sim, relação de complementaridade, compatível com a amplitude do objeto licitado, com bem aferido pela Auditoria. Pelas mesmas razões entendo regular a obrigação prevista no item 11.4, letra "c", que, além de não figurar como exigência habilitatória, estabelece como exigência contratual a necessidade da futura contratada contar com equipe técnica e comercial certificada pelo fabricante, para a execução do suporte técnico. Sobre o tema, este Tribunal já registra precedente35

35 TC 72.000.707.10-06

de julgamento, no sentido de diferenciar a garantia de fornecimento da garantia do produto. Nesses termos, quando a exigência de declaração se destina à comprovação de capacidade técnica do fabricante ou visa conferir confiabilidade à empresa fornecedora, mostra-se a mesma inadequada, à semelhança da alínea "b" do subitem 8.3.3, extirpado do Edital de Pregão 204/2010. Por outro lado, nada obsta a inclusão de exigência visando assegurar a adequação da assistência técnica e garantia dos equipamentos, condições estas a serem atendidas por ocasião da assinatura do contrato. Isso ocorre na medida em que o "outsourcing", no modelo tradicional do mercado, tem sua margem de ganho voltada para a expectativa de grande produção de cópias, sendo que, no caso em exame, os serviços abrangerão todas as Unidades da Autarquia Hospitalar Municipal. Há que se reconhecer, pois, o sentido diferenciado da exigência, em especial quando o objeto envolve o campo da tecnologia da informação, que tantos riscos trás diante de produtos facilmente montados com peças não originais. Por derradeiro, quanto à questão relativa à exigência de demonstração de capacidade técnico-operacional em até 02 (dois) atestados, e seu eventual caráter restritivo, a análise deve ser feita à luz do caso concreto, a fim de investigar as justificativas técnicas apresentadas e sua compatibilidade com o objeto da licitação (inc. II do art. 30 da Lei 8.666/93), de forma a se evidenciar a razoabilidade da mesma. Nesse sentido, o Tribunal de Contas da União através do Enunciado de Decisão 351, assim se manifesta: "A proibição de cláusulas ou condições restritivas do caráter competitivo da licitação não constitui óbice a que a Administração estabeleça requisitos mínimos para participação no certame considerados necessários à garantia da execução do contrato, à segurança e perfeição da obra ou do serviço, à regularidade do fornecimento ou ao atendimento de qualquer outro interesse público (fundamento legal, art. 3º, § 1º, inc. I da Lei 8.666/93)". A Origem justificou a exigência enquanto forma de garantir a exequibilidade do objeto contratual, argumentando acerca do volume previsto no objeto, cuja execução exigiria a operacionalização simultânea de todos os equipamentos, inclusive no que tange aos serviços de manutenção preventiva e corretiva, razões estas que, em sede de juízo cautelar, bastaram para autorizar o prosseguimento do certame, com a permanência da referida cláusula (alínea "a" do subitem 8.3.3). E tal entendimento se comprovou ao longo da instrução processual, na medida em que o objeto licitado, envolvia 8 tipos distintos de equipamentos de impressão, totalizando 421 unidades, com quantidade de cópias estimada por mês de 13.979.500 (ou 167.754.000 de cópias estimadas ao ano!), com a logística necessária vinculada aos equipamentos distribuídos na sede e nas 14 unidades da Autarquia Hospitalar Municipal.

tipo de equipamento

estimativa mensal

quantidade de impressoras-copiadoras

quantidade total estimada mensal

quantidade total estimada anual

idem para 60 meses

1 65.000 10 650.000 7.800.000 39.000.000 2 30.000 44 1.320.000 15.840.000 79.200.000 3 3.500 66 231.000 2.772.000 13.860.000

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Por esta razão, neste item, nosso entendimento é pela improcedência das representações relacionadas ao Pregão Eletrônico 204/2010. Por sua vez, quanto à análise de mérito relacionada à Representação contida nos autos do TC 879.11-34, temos a ponderar o quanto segue: Em novo Pregão Eletrônico, agora de nº 50/2011, procurou a Autarquia Hospitalar processar novo certame para o mesmo objeto do anterior, numa segunda tentativa de licitar os serviços almejados, diante do resultado fracassado do Pregão Eletrônico 204/2010. Aqui, a impugnação proposta pela Representante DOCPRINT limita-se a questionar a decisão pela sua inabilitação, proferida pela Comissão de Licitação, nos seguintes termos, "in verbis": "Aberto o 2º envelope do licitante que inicialmente apresentou a melhor proposta, DOCPRINT SERVICE LTDA. – ME e analisados os documentos de habilitação, foi verificado o não atendimento ao item 8.3.3 letra "a", apresentou atestado não compatível com o solicitado no edital e o licitante inabilitado." Dos argumentos lançados pelo representante, percebe-se que, nesta oportunidade, não houve questionamento quanto ao item editalício em apreço, reproduzido no novo Edital; mas sim, apenas contra a insuficiência de motivação da decisão pela sua inabilitação. Nesses termos, constatou-se que a Comissão de Licitação, diante da inabilitação de todos os demais interessados também por falta de compatibilidade técnica para o objeto licitado, deixou de conhecer do recurso apresentado pela interessada, sob a alegação de perda de objeto provocada pela revogação do Pregão Presencial 050/2011, também fracassado. Diante deste cenário, de fato, equivocou-se a Origem em não fundamentar tecnicamente a inadequação do atestado apresentado pela Representante, de forma a precisar quais os motivos que levaram a essa decisão. Constata-se da instrução que não houve fundamentação técnica adequada por parte da Origem, para refugar os atestados de capacidade técnica apresentados pela representante DOCPRINT, razão pela qual pode-se entender pela nulidade do ato administrativo praticado, numa vertente de análise, conforme sugerem os pareceres exarados pelos órgãos técnicos nos autos. Todavia, quanto à matéria de fundo relacionada à adequação da inabilitação (ainda que motivada de forma insuficiente), as justificativas acrescidas pela Origem, encartadas às fls. 205/282 com farta documentação, descrevendo o arrazoado apresentado pela Pregoeira Suplente, Sra. Cristiane Ciglioni, evidenciam os esclarecimentos sobre a recusa dos atestados de capacidade técnica, nos Pregões 204/2010 e 050/2011, vinculados, pois, ao fato de que "as empresas não satisfizeram as exigências dos respectivos Editais no que se refere a atestarem, com no máximo a soma de 02 (duas) certidões de prestação dos serviços, expedidos por pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, compatíveis em CARACTERÍSTICAS, PRAZO E QUANTIDADES descritas. Ou seja: para cada um dos 08 (oito) tipos descritos, deveria ser atestado com no máximo 02 (dois) atestados, a prestação de serviços compatíveis, de no mínimo 50% (cinquenta por cento) da quantidade exigida, conforme Item 8.3.3." Do teor dos esclarecimentos prestados, constata-se que a recusa dos atestados de capacidade técnica ocorreu, em ambos os certames, em razão da não compatibilidade dos atestados em características, prazo e quantidades descritas, considerando que, para cada tipo descrito, deveria ser atestada a capacidade apresentando no máximo 02 (dois) atestados, exigência esta que entendemos compatível com o objeto licitado, conforme já comentado neste voto. Esclareceu-se no curso da instrução, de igual forma, que o objeto do contrato emergencial

4 5.000 244 1.220.000 14.640.000 73.200.000 5 10.000 1 10.000 120.000 600.000 6 2.500 19 47.500 570.000 2.850.000 7 300.000 35 10.500.000 126.000.000 630.000.000 8 1.000 1 1.000 12.000 60.000 13.979.500 167.754.000 838.770.000

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firmado com a representante não era similar ao licitado pelos pregões em julgamento, este de amplitude bem maior, razão pela qual tal argumento não poderia ser utilizado para dar suporte à evidenciação de condições habilitatórias suficientes, por parte da representante. Diante do exposto, voto, no mérito: a) Em relação ao Pregão Eletrônico 204/2010, pela procedência das Representações em relação às alíneas "b", "e", "g" e "f" do subitem 8.3.3, e pela improcedência em relação a alínea a do subitem 8.3.3, ao item 11.4, letra "c", e subitem 12.4.2 no Anexo I, por entendê-las compatíveis com o objeto licitado; b) Em relação ao Pregão Eletrônico 50/2011, pela improcedência da representação em exame, por entender que as razões de fundo que embasaram a decisão restaram evidenciadas no processo, mas determinando à Origem que: 1) Faça constar motivação detalhada das decisões proferidas em licitações, de forma a evidenciar as razões da incompatibilidade da documentação apresentada com as exigências habilitatórias. 2) Encaminhe a esta Corte informações sobre eventual reavaliação da opção de licitar o objeto em questão em apenas um único contrato, e não por itens, ou utilizando o sistema de registro de preço, com atas disponibilizadas, inclusive, pela PRODAM (2.599ª S.O.). Declaração de voto englobado apresentada pela Conselheira Yara Tacconi: Meu voto segue o posicionamento do Nobre Conselheiro Relator com pequenas nuances. Conheço das representações, posto que preenchidos os pressupostos de admissibilidade. No mérito, meu voto segue o do Nobre Relator no que tange ao Pregão Eletrônico 204/2010. Divirjo apenas no que toca à alínea "a" do subitem 8.3.3, votando pela procedência das representações também neste tópico, uma vez que entendo ser restritiva a limitação da apresentação de no máximo 2 (dois) atestados para comprovação de capacidade técnica. Em relação ao TC 879.11-34 voto com o Relator, porém, excluo a determinação para que a Origem encaminhe ao Tribunal 'informações sobre eventual reavaliação da opção de licitar o objeto em questão em apenas um contrato, e não por itens, ou utilizando o registro de preços, com atas disponibilizadas, inclusive, pela PRODAM'. Isto porque entendo que refoge ao objeto em julgamento, tratando-se de uma interferência, a destempo, na esfera decisória da Autarquia Municipal (2.601ª S.O.). Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos dos TCs 2.960.10-40, 879.11-34 e 2.982.10-83, julgados de forma englobada, de Representações formuladas, respectivamente, por Docprint Service Ltda. e Claudio Mendonça Souza, em face do Edital do Pregão nº 204/2010 e 50/2011 realizados pela Autarquia Hospitalar Municipal, tendo por objeto a prestação de serviços de impressão departamentalizada. Na sessão nº 2.599 o Conselheiro Relator Maurício Faria conheceu de todas as Representações. No mérito, julgou as Representações dos TCs 2.960.10-40 e 2.982.10-83 de 2010 parcialmente procedentes quantos aos subitens "b", "e", "f" e "g" do item 8.3.3 e improcedentes quanto aos demais itens. Quanto à Representação do TC 879.11-34, julgou-a totalmente improcedente. A Conselheira Yara Tacconi acompanhou o voto do Relator, mas também julgou procedentes as Representações referentes ao Pregão 204/2010 quanto ao subitem "a" do item 8.3.3 do Edital. Na sessão nº 2.616 o Conselheiro Eurípedes Sales conheceu de todas as Representações e, no mérito, julgou-as prejudicadas em razão da revogação dos Pregões, sendo acompanhado pelo Conselheiro Corregedor Roberto Braguim. Assim sendo, registrou-se empate e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Com fundamento nas manifestações da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, julgadas prejudicadas todas as representações, por perda de objeto, em razão da revogação dos Pregões 204/2010 e 50/2011. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei,

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sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.601ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 17) TC 1.121.11-78 – Flymed Representação Comercial Ltda. – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Representação em face do edital do Pregão Presencial 078/2011, cujo objeto é a aquisição de material hospitalar (campo cirúrgico descartável, aventais descartáveis e outros), para uso das Unidades da Autarquia (Tramita em conjunto com o TC 1.550.11-54) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 1.550.11-54, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.618ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Maurício Faria – Relator, bem assim pelo voto da Conselheira Yara Tacconi – Revisora, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em não conhecer da representação formulada pela Flymed Representação Comercial Ltda., uma vez que o signatário da peça inicial, qualificado como sócio proprietário, não mais integrava os quadros societário da empresa, no momento de sua interposição. Vencidos os Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.618ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim que, uma vez sanadas a irregularidades, julgaram prejudicada a análise do processo pela perda do objeto. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a remessa de ofício à representante e à representada, em cumprimento ao que dispõe o artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Relatório e voto englobados: v. TC 1.550.11-54. Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: v. TC 1.550.11-54. Participaram do julgamento a Conselheira Yara Tacconi – Revisora e os Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.618ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Maurício Faria – Relator." 18) TC 1.550.11-54 – Flymed Representação Comercial Ltda. – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM – Representação em face do edital do Pregão Presencial 078/2011, cujo objeto é a aquisição de material hospitalar (campo cirúrgico descartável, aventais descartáveis e outros), para uso das Unidades da Autarquia (Tramita em conjunto com o TC 1.121.11-78) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC 1.121.11-78, e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente Edson Simões, após determinação de Sua Excelência, na 2.618ª S.O., para que os mesmos lhe fossem conclusos, a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão votaram os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales, consoante notas taquigráficas – referentes à 2.618ª S.O. – anteriormente insertas nos autos, e Roberto Braguim, votando o Conselheiro Presidente Edson Simões para efeito de desempate, nos termos do artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Corte, em não

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conhecer da representação formulada pela empresa Flymed Representação Comercial Ltda., com fundamento no artigo 301 e seus parágrafos do Código de Processo Civil, pela litispendência decorrente. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator e Yara Tacconi – Revisora, que conheceram da representação interposta, por cumpridos os requisitos de admissibilidade e, no mérito, julgou-a improcedente. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a remessa de ofício à representante e à representada, em cumprimento ao que dispõe o artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal. Relatório englobado: Em julgamento as Representações interpostas por Flymed Representação Comercial Ltda., em 20/04/2011 e em 25/05/2011, autuadas, respectivamente sob os nºs 1.121.11-78 e 1.550.11-54. Em ambas as Representações, a empresa insurge-se contra exigências constantes do Edital de Pregão Eletrônico nº 78/2011, com data de abertura inicialmente prevista para 25/04/2011, que teve por objeto a aquisição de material hospitalar (campo cirúrgico descartável, aventais descartáveis e outros) para uso das unidades da Autarquia Hospitalar Municipal. Nos autos do TC 1.121.11-78, o representante insurgiu-se contra as seguintes disposições do Edital: (1) previsão indistinta de prazo de até 5 dias úteis anteriormente à data da sessão pública para qualquer interessada impugnar o Edital, sem que constasse a previsão disposta no art. 41, parágrafo segundo, da Lei Federal nº 8.666/93 de que o prazo para o licitante impugnar tal ato é de 2 dias úteis anteriores à sessão pública; (2) incoerência na gramatura dos aventais a serem adquiridos, pois segundo o representante quanto maior o avental menor era a exigência de sua gramatura, além de as medidas serem limitadas, acarretando a impossibilidade de competição por outros fabricantes; (3) obrigatoriedade de apresentação de Certificado de Boas Práticas de fabricação/linha de produção/produto, expedido pela ANVISA, pois a exigência atentaria contra os princípios da Administração Pública, conforme já decidido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo no processo 30.291/026/03, pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo no processo 001.001.000.776/2005 e pelo Poder Judiciário no processo nº 053.03.026320-0. Ao final requereu liminarmente a suspensão do certame, o que foi acolhido, em observância ao Acórdão proferido por esta Egrégia Corte de Contas nos autos do TC 2.895.07-85 que, embora não tenha retratado a minha compreensão sobre a matéria, prestigiava o julgamento por maioria de votos ocorrido na ocasião. Essa decisão liminar de suspensão do certame foi referendada pelo Tribunal Pleno na 2.553ª Sessão Ordinária ocorrida em 27/04/2011. Oficiados a Origem e o Representante, a Autarquia Hospitalar Municipal apresentou defesa, reconhecendo que faltava ao Edital a previsão assentada no art. 41, parágrafo segundo, da Lei Federal nº 8.666/93. Quanto à gramatura dos tecidos, explicou que se presta a conferir maior proteção ao cirurgião e ao paciente e que a equipe técnica da Autarquia iria adequar o objeto do certame, alterando a gramatura mínima para os itens 01, 02 e 03 para 35g/m², bem como fazendo o mesmo para os itens 04, 05 e 16, em que pese não terem sido incluídos na representação. Ademais, comprometeu-se a alterar os requisitos gerais referentes aos produtos para, em vez de cumular a exigência de apresentação do laudo de BFE de no mínimo 95% e laudo de referência à água/álcool de acordo com a NBR 14142, elas seriam tornadas alternativas, acrescendo ainda outro laudo como possibilidade de entrega, qual seja, o laudo de análise com desempenho satisfatório em todos os itens descritos na EM 13795-3:2006, uma vez que, embora não tenha sido objeto da presente representação, foi impugnada por outro licitante, perante a própria Autarquia. Já em relação à obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Boas Práticas de fabricação/linha de produção/produto, disse que é documento emitido pela ANVISA, sendo a única maneira de atestar que a empresa cumpre não só a Resolução RDC nº 59 como também outras leis. Aduziu que na cartilha da ANVISA intitulada 'Vigilância Sanitária e Licitação Pública' há a menção à necessidade do certificado para garantir-se o controle dos fatores de risco da saúde do consumidor, que a

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Instrução Normativa nº 13/2009 tornou o certificado como obrigatório para o protocolo de registro, sua alteração ou revalidação para equipamentos enquadrados nas classes de risco I e II sob o regime de vigilância sanitária e que os materiais objeto do pregão serão utilizados em procedimentos cirúrgicos com áreas cruentas abertas, que possibilitam contaminação dos médicos e demais profissionais que atuam na saúde, pugnando que seria fundamental a manutenção da exigência do certificado. Na 2.556ª Sessão Ordinária desta Egrégia Corte, ocorrida em 04/05/2011, submeti ao colegiado a documentação enviada pela Autarquia Hospitalar Municipal, tendo o pleno decidido, por maioria, pelo votos proferidos pelos Conselheiros Eurípedes Sales, Roberto Braguim e por mim, que a exigência de apresentação do Certificado de Boas Práticas de fabricação/linha de produção/produto era válida, acolhendo o pedido de reconsideração da Autarquia Hospitalar Municipal, razão pela qual a decisão de suspensão da licitação foi revista, e comunicada à Origem, que remarcou a sessão de abertura do certame para 26/05/2011. Em manifestação, a Auditoria entendeu que originalmente a representação era parcialmente procedente e que, tendo a Origem corrigido os apontamentos feitos pelo Representante, as infringências restariam superadas, concluindo ao final pela improcedência do instrumento. A Assessora Subchefe da AJCE entendeu que, ainda que procedentes as razões expostas na inicial, a republicação do instrumento convocatório solucionou o conflito anteriormente existente, tornando sem objeto a representação quanto aos dois primeiros apontamentos. Quanto ao terceiro apontamento, qual seja, a exigência do Certificado de Boas Práticas, como o Tribunal Pleno desta Casa entendeu-o cabível, a referida infringência restaria improcedente. Observou, ainda, que a representante foi oficiada para instruir devidamente seu pedido nos termos regimentais, porém o ofício havia sido devolvido pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, restando pendente o preenchimento dos requisitos de admissibilidade. Observou também que em 25/05/2011 a mesma representante ingressou com outra representação nesta Casa, autuado sob nº 1.550.11-54, insistindo na alegação de que seria ilegal a exigência do Certificado de Boas Práticas. Referido TC passou a tramitar em conjunto com o presente. Oficiada para nova manifestação, a Origem deixou transcorrer "in albis" o prazo para resposta. A PFM requereu que novo ofício fosse expedido, o que foi denegado, uma vez que a Origem havia sido regularmente intimada na pessoa da Superintendente da Autarquia Hospitalar Municipal, oportunidade em que tomou ciência dos pareceres exarados pelas áreas técnicas desta Corte de Contas. Em nova manifestação, a PFM pugnou que preliminarmente a representação não fosse conhecida, por instrução deficiente e que, superada a preliminar, no mérito fosse julgada prejudicada, vez que a Origem refez o Edital sanando as irregularidades. A Secretaria Geral entendeu que foram preenchidos os requisitos de admissibilidade e, no mérito, opinou pelo improvimento da representação, eis que restaram sanados os questionamentos formulados, de modo que, em consequência, a representação ficou prejudicada. O segundo TC em julgamento, TC nº 1.550.11-54, trata de representação interposta pelo mesmo representante em face do mesmo Edital, em 25/05/2011, um dia antes da data da sessão pública do Pregão Presencial nº 78/2011. Insurgiu-se novamente contra a exigência de apresentação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação, entendendo-a ilegal e limitadora da competição, requerendo nova suspensão do Edital com sua correção. A Auditoria entendeu que dada a pertinência da justificativa apresentada pela Origem nos autos do TC nº 1.121.11-78, demonstrando a necessidade específica de segurança na área de saúde e o interesse público envolvido, haveria a possibilidade de incluir no edital a exigência do referido certificado, disciplinado pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 59/00 da agência reguladora, e que, nos autos do mesmo TC já referido, esta Corte de Contas já decidiu pelo cabimento da exigência do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle em decisão proferida na Sessão Plenária de 11/05/2011. A AJCE opinou inicialmente pelo não

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conhecimento da segunda representação, em virtude da litispendência. No mérito, acompanhou a Auditoria, pugnando pela sua improcedência. Intimada, a Origem deixou transcorrer "in albis" o prazo de defesa. A PFM e a Secretaria Geral entenderam que a representação, em análise preliminar, não deveria ser conhecida em razão da litispendência, e no mérito deveria ser julgada improcedente. É o relatório. Voto englobado: Inicialmente, observo, quanto aos requisitos de admissibilidade, que, em que pese a representante não ter anexado nos autos do TC nº 1.121.11-78 a documentação comprobatória de regência, ela instruiu devidamente o TC nº 1.550.11-54, que tramita em conjunto com o presente, razão pela qual aquela documentação pode servir de suporte à superação de lacuna no presente TC. No entanto, não obstante a representante tenha apresentado cópia do contrato social quando da segunda representação, observo que o signatário da primeira representação, qualificado como sócio proprietário na peça inicial, não mais integrava os quadros societários da empresa no momento da interposição da peça. Por esta razão, deixo de conhecer a representação autuada no TC 1.121.11-78. Apesar do não conhecimento da Representação, anoto que os dois primeiros itens objeto da impugnação restaram prejudicados diante da alteração promovida pela Origem. Quanto ao terceiro item, verifico que é idêntico ao objeto da representação autuada no TC 1.550.11-54, cujos requisitos de admissibilidade foram cumpridos, razão pela qual conheço-a e passo à análise do mérito. Insurge-se a representante contra a obrigatoriedade de apresentação de Certificado de Boas Práticas de fabricação/linha de produção/produto, expedido pela ANVISA. Conforme declaração de voto da lavra do Excelentíssimo Conselheiro Roberto Braguim, nos autos do TC nº 2.895.07-85, trata-se de Certificado que deve ser apresentado pelo fabricante para a obtenção do registro do produto e que deve ser renovado anualmente, enquanto que o referido registro do produto tem validade de 5 (cinco) anos, o que permite que determinado fabricante possa ter registro e não o Certificado, em razão de sua não renovação, causando, com isso, transtornos ao adquirente do produto, que não disporia de plena garantia quanto à sua qualidade. Uma vez que o objetivo do Pregão é a aquisição de produtos destinados ao tratamento da saúde da população, e proteção dos profissionais em certos procedimentos, a exigência não se revela excessiva, até porque cabe à Administração, ao zelar pela saúde das pessoas, garantir a qualidade do produto, a eficácia da aquisição, o bom desempenho dos materiais e a execução contratual satisfatória. Ademais, a exigência de apresentação do Certificado não fere a legislação infraconstitucional que rege a matéria, posto que amparada pelo disposto no artigo 30, IV, da Lei Federal nº 8.666/93, que admite como condição de qualificação técnica a comprovação de atendimento de requisitos previstos em lei especial. No caso, a Lei Federal nº 6.360/76, que cuida do controle sanitário de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos – entre os quais se incluem os campos cirúrgicos e aventais – exige o registro desses produtos no Ministério da Saúde, dispondo, ainda, que a norma regulamentadora desse diploma prescreverá as condições, exigências e procedimentos concernentes ao registro. Os Decretos que regulamentam a Lei mencionada são os de nºs 79.094/77 e 3.961/01, cujo artigo 17 deste último estabelece, como condição para obtenção do registro, a comprovação do cumprimento de Boas Práticas de Fabricação e Controle, mediante a apresentação do respectivo Certificado. Os decretos referidos são complementados pelas Resoluções de Diretoria Colegiada da ANVISA nºs 59 e 95, ambas de 2000, que também disciplinam a matéria e versam sobre a instituição e o procedimento para obtenção do referido Certificado. Igualmente, não vislumbro, "in casu", afronta ao princípio da ampla competitividade, insculpido no artigo 37, XXI, da Constituição Federal, eis que o que visa a Secretaria Municipal da Saúde é à proteção ao interesse preponderante, que é o interesse público. Assim também considerei ao rever meu posicionamento em sede de recurso ordinário, nos autos deste mesmo TC nº 2.895.07-85, quando ponderei que se não for atribuído um efeito para a

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não certificação nos anos subsequentes ao registro de determinado produto, estaríamos diante da negação do certificado como requisito para esse registro, enquanto o mesmo, por sua vez, é efetivamente contemplado como exigência pela legislação de regência. Ademais, a exigência do certificado amplia as garantias quanto às boas condições do produto, o que é de interesse público. Em que pese essa tese não se ter logrado vencedora naquela ocasião, observo que na 2.556ª Sessão Ordinária desta Egrégia Corte, ocorrida em 04/05/2011, ao submeter ao colegiado a documentação enviada pela Autarquia Hospitalar Municipal, houve decisão liminar, por maioria, de que a exigência de apresentação do Certificado de Boas Práticas de fabricação/linha de produção/produto era válida, de modo que entendo ser a orientação atual desta Egrégia Corte. Por todo o exposto, a representação autuada no TC 1.550.11-54 é improcedente. Dê-se ciência à Superintendente da Autarquia Hospitalar Municipal e ao representante e, posteriormente, arquivem-se os autos (2.618ª S.O.). Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Edson Simões: Cuidam os autos dos TCs 1.121/11-78 e 1.550/11-54 de 2011 de Representações formuladas pela empresa Flymed Representação Comercial Ltda., em face do edital do Pregão nº 78/2011 realizado pela Autarquia Hospitalar Municipal, tendo por objeto a aquisição de material hospitalar para uso das Unidades da Autarquia. O Conselheiro Relator Vice-Presidente Maurício Faria não conheceu da Representação autuada no TC 1.121/11-78, haja vista que o signatário da Inicial, qualificado como sócio proprietário, não mais integrava os quadros societários da empresa no momento da interposição da peça. Com relação à Representação autuada no TC 1.150/11-54, conheceu e julgou-a improcedente, sendo acompanhado pela Conselheira Revisora Yara Tacconi. Divergiu o Conselheiro Eurípedes Sales que não conheceu da Representação autuada no TC 1.550/11-54, em razão de litispendência, haja vista que repete o conteúdo da Representação autuada no TC 1.121/11-78. Quanto à Representação do TC 1.121/11-78, conheceu da mesma e, no mérito, julgou-a prejudicada uma vez que as irregularidades foram sanadas pela Origem. Com efeito, registrou-se empate quanto à admissibilidade das Representações e, consoante disposição legal, profiro o voto de desempate. Quanto à Representação autuada no TC 1.550/11-54 acompanho a corrente do Conselheiro Eurípedes Sales e do Conselheiro Roberto Braguim, restando, por maioria de votos, não conhecida a representação, ante a ocorrência de litispendência. No que concerne à Representação autuada no TC 1.121/11-78 acompanho a corrente do Conselheiro Maurício Faria e da Conselheira Yara Tacconi, restando por maioria de votos, não conhecida a representação, em razão do signatário da inicial não pertencer mais aos quadros societários da empresa no momento de sua interposição. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Yara Tacconi – Revisora e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Revisora, na 2.618ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente, com voto; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." A seguir, o Conselheiro Presidente Edson Simões, a fim de que pudesse relatar o processo de sua pauta de reiclusão, solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos. Prosseguindo, o Presidente em exercício concedeu a palavra ao Conselheiro Edson Simões, que passou a relatar o processo de sua pauta de reinclusão. – CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1) TC 6.416.00-04 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Construtora Queiroz Galvão S.A. – TAs 001/2000 red. de R$ 504.960,00 (alteração de cláusula contratual e do valor contratual) e 002/2002 R$ 14.517.997,33 (acréscimo de serviços extracontratuais, redução de serviços contratuais, extensão contratual,

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redução contratual, prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), relativos ao Contrato 30/LIMPURB/00, no valor de R$ 21.969.325,84, julgado em 06/12/2006 – Serviços de monitoramento e manutenção do Aterro Sanitário Vila Albertina e do Aterro de Inertes Itatinga, bem como a implantação, operação e manutenção de Estação de Transbordo de Resíduos Sólidos Inertes e de Rejeitos nos referidos Aterros. "O Conselheiro Edson Simões – Relator devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após solicitação de adiamento que lhe fora concedida na 2.556ª S.O. Outrossim, o Conselheiro Antonio Carlos Caruso solicitou vista na fase de discussão, na 2.492ª S.O., devolvendo os autos na 2.556ª S.O. Ademais, na presente sessão, o Conselheiro Edson Simões – Relator, acompanhando as conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos e pela Secretaria Geral, ambos desta Corte, julgou irregular o Termo de Aditamento 001/2000. Sua Excelência, ademais, julgou regular o Termo de Aditamento 002/2002. Sua Excelência, ainda, considerando a atestada regularidade do Termo de Aditamento 002/2002, aceitou os efeitos financeiros do Termo de Aditamento 001/2000, tendo em vista que os serviços já foram integralmente executados e, atualmente, os aterros encontram-se desativados, por terem atingido suas capacidades de saturação. Ainda, os Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Roberto Braguim acompanharam, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Edson Simões – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Domingos Dissei solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Edson Simões. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Edson Simões concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria para relatar os processos de sua pauta de reinclusão. – CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.611.07-60 – Empresa Municipal de Urbanização – EMURB (atual São Paulo Obras – SP-Obras/São Paulo Urbanismo – SP-Urbanismo) – Acompanhamento – Verificar se o Edital da Concorrência 006970100 – EMURB, cujo objeto é a contratação de empresa especializada de engenharia para execução do remanejamento das linhas de alta tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi, incluindo o projeto executivo e execução das obras complementares necessárias à operacionalização do Complexo Viário Real Parque, foi elaborado de acordo com os dispositivos legais pertinentes (Tramita em conjunto com o TC 2.007.07-51) 2) TC 2.007.07-51 – CONSTRUCAP – CCPS Engenharia e Comércio S.A. – Empresa Municipal de Urbanização – EMURB (atual São Paulo Obras – SP-Obras/São Paulo Urbanismo – SP-Urbanismo) – Representação em face do Edital de Concorrência 006970100 – EMURB, cujo objeto é a contratação de empresa especializada de engenharia para execução do remanejamento das linhas de alta tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi, incluindo o projeto executivo e execução das obras complementares necessárias à operacionalização do Complexo Viário Real Parque (Tramita em conjunto com o TC 1.611.07-60). "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 3) TC 3.176.04-01 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos em face da R. Decisão de Juízo Singular de 30/11/2007 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Walmir Vasconcelos – Prestação de contas de adiantamento bancário – janeiro/2003. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 4) TC 2.976.10-80 – Secretaria Municipal de Educação – SME – Acompanhamento – Verificar a regularidade do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação

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de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito (Tramita em conjunto com os TCs 3.066.10-51, 123.11-68 e 127.11-19) 5) TC 3.066.10-51 – Stillus Alimentação Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação, com pedido de suspensão liminar, em face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 123.11-68 e 127.11-19) 6) TC 123.11-68 – Fernanda de Oliveira Caldeira – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 127.11-19) 7) TC 127.11-19 – E. B. Alimentação Escolar Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação em face do edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 123.11-68). "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 8) TC 1.972.08-70 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Centro de Estudos e Pesquisas Doutor João Amorim – CEJAM – Convênio 005/2008–SMS.G R$ 1.268.975,18, TAs 001/2008 (para fazer constar que a data de início da

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vigência do Convênio é 28/12/2007 e não como constou) e 002/2008 R$ 6.130.572,62 (prorrogação de prazo) – Conjunção de esforços para a implantação, implementação e execução de ações de saúde no Município de São Paulo, em regime de cooperação técnica, administrativa e científica em matéria de interesse recíproco dos partícipes delimitados neste convênio, com vistas a assegurar que a Assistência Médica Ambulatorial – AMA torne-se um núcleo de atendimento resolutivo para a Região Sul, atendendo à demanda não agendada aos portadores de patologia de baixa e média complexidade de forma resolutiva e qualificada cumprindo as diretrizes e metas estabelecidas pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde 9) TC 1.653.08-91 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Centro de Estudos e Pesquisas Doutor João Amorim – CEJAM – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Convênio 005/2008–SMS.G, cujo objeto é a conjunção de esforços para a implantação, implementação e execução de ações de saúde no Município de São Paulo, em regime de cooperação técnica, administrativa e científica em matéria de interesse recíproco dos partícipes delimitados neste convênio, com vistas a assegurar que a Assistência Médica Ambulatorial – AMA torne-se um núcleo de atendimento resolutivo para a Região Sul, atendendo à demanda não agendada aos portadores de patologia de baixa e média complexidade de forma resolutiva e qualificada cumprindo as diretrizes e metas estabelecidas pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, está sendo executado de acordo com o Plano de Trabalho, com ênfase na regularidade das prestações de contas. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 10) TC 4.096.07-52 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e da Secretaria Municipal de Educação – SME interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 01/7/2008 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Educação – SME – Maria Janete Correia Alves – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Maurício Faria – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.584ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Relator. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental. Acordam, ademais, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, nos termos do voto divergente apresentado, Eurípedes Sales, consoante notas taquigrafias insertas nos autos, e Roberto Braguim, em conhecer do recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, por presentes os pressupostos de admissibilidade contidos no artigo 140 do Regimento Interno desta Corte. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em não conhecer do recurso da Secretaria Municipal de Educação – SME, por ter sido interposto por quem não detém legitimidade de representação da Pasta. Vencidos os Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator, que não conheceu do recurso voluntário da PFM, por ter ocorrido desistência de seu apelo, e Maurício Faria – Revisor, que conheceu do recurso da SME. Acordam, ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em negar provimento ao recurso "ex officio", mantendo-se a R. Decisão de Juízo Singular de 01/7/2008. Acordam, ainda, no mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em julgar prejudicada a análise do apelo do Órgão Fazendário, pela perda do objeto, uma vez que a responsável pela prestação de contas, Servidora Maria Janete Correia Alves, recolheu corretamente o valor glosado. Vencidos, no mérito, os Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator, que deu

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provimento ao recurso "ex officio" para reformar parcialmente a Decisão recorrida, bem como determinou a notificação da citada servidora, e Maurício Faria – Revisor, que negou provimento ao recurso da PFM. Acordam, afinal, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em dar quitação à responsável, diante da comprovação do recolhimento da quantia glosada aos cofres públicos, devidamente corrigida, sem apresentação de recurso voluntário por parte da interessada. Relatório: Em julgamento o Recurso "ex officio", bem como os voluntários interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela Secretaria Municipal de Educação, objetivando a reforma da r. Decisão Singular de fls. 17, que aprovou parcialmente a prestação de contas em nome da servidora Maria Janete Correia Alves, dando-lhe quitação no valor de R$ 4.357,00 (quatro mil, trezentos e cinquenta e setenta reais) e glosou a quantia de R$ 143,00 (cento e quarenta e três reais), correspondente à aquisição de fechadura eletrônica, considerada bem permanente, adquirida sem autorização do Titular da Unidade Orçamentária e não ter sido incorporada ao patrimônio Municipal. Fez, ainda, determinações aos responsáveis no sentido de obediência à legislação pertinente ao regime de adiantamento. Em seu apelo, a Procuradoria da Fazenda Municipal, preliminarmente, requereu a manutenção da decisão da Administração Pública que aprovou integralmente as contas. No mérito, pleiteou a reforma da r. Decisão guerreada por entender exacerbada a glosa imposta, por não se coadunar com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, ter restado demonstrado nos autos que os bens foram utilizados em benefício da Municipalidade e que a devolução dos valores despendidos implicaria enriquecimento sem causa da Administração. A Secretaria Municipal de Educação, por intermédio da Assessoria Técnica, apresentou recurso e tentou demonstrar que a despesa não tem característica de bem permanente. Por seu turno, a responsável pelo adiantamento encaminhou cópia do comprovante da arrecadação no valor glosado aos cofres municipais. A Coordenadoria III, em face do recolhimento do valor glosado, manifestou-se pela regularidade total da prestação de contas, mantidas as determinações exaradas na Decisão recorrida. A Assessoria Jurídica de Controle Externo concluiu pela perda de objeto dos recursos em julgamento. Nesse mesmo sentido se pronunciou a Procuradoria da Fazenda Municipal. A Secretaria Geral opinou pela admissibilidade e improvimento dos recursos em julgamento. É o relatório. Voto: Não conheço do Recurso voluntário da Procuradoria da Fazenda Municipal, visto ter ocorrido desistência de seu apelo, e também não conheço do apelo da Secretaria Municipal de Educação, posto que interposto por quem não detém legitimidade de representação da Pasta. Conheço do Recurso "ex officio", por regimental. Quanto ao mérito, o r. Juízo Singular ao decidir a questão dos autos, embasou-se na análise da Coordenadoria III que considerou a despesa como bem permanente, logo dependia de autorização do Titular da Unidade Orçamentária e precisaria ser incorporado ao patrimônio da Municipalidade, sendo que lhe faltaram tais pressupostos. De fato, o Decreto regulamentador da lei que dispõe sobre o regime do adiantamento exige que a aquisição de bem, como no caso, deve ser precedida de prévia autorização do Titular da Unidade Orçamentária e, sob tal prisma, o ato da servidora padeceria do vício apontado pelos técnicos desta Corte, posto que realizado em afronta ao art. 19, inciso I, do Decreto nº 43.731/03, que exige, além da autorização do Titular da Unidade Orçamentária, comprovação de urgência e necessidade, a razoabilidade dos gastos e o limite fixado no inciso I, do § 3º, do art. 3º do mesmo Decreto. A necessidade e a urgência da aquisição, assim como a razoabilidade do gasto, não foram objetos de apontamento pelos técnicos do Tribunal, que opinaram pela glosa tão só pelo fato de não ter havido, no tempo oportuno, a autorização do Titular da Unidade Orçamentária. Não obstante tal intelecção, o ato da servidora, viciado em seu procedimento formativo, teve sua invalidade suprida quando o Titular da Unidade Orçamentária aprovou a sua prestação de contas. Reforçando tal entendimento, oportuno citar as lições sempre claras

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de Celso Antônio Bandeira de Mello ao esclarecer que a convalidação, "Quando promana da Administração, esta corrige o defeito do primeiro ato mediante um segundo ato, o qual produz de forma consoante com o direito aquilo que dantes fora efetuado de modo dissonante com o Direito. Mas com uma particularidade: seu alcance específico consiste precisamente em ter efeito retroativo." (Curso de Direito Administrativo, São Paulo: Malheiros, 2010, p. 474). Noutros termos, o ato de aprovação das contas da servidora pelo agente competente legitimou seus efeitos pretéritos. Quanto à ausência da Nota de Incorporação de Bens Patrimoniais Móveis igualmente não pode se constituir em um impeditivo à aprovação das contas, pois se trata de ato posterior à aquisição do bem de natureza permanente, cuja responsabilidade é da área contábil-financeira, devendo, apenas, integrar a instrução processual, nos moldes estabelecidos no item 4.1, alínea "q", da Portaria 15/04. Assim sendo, não pode subsistir glosa imposta quanto a este aspecto, por se tratar de uma exigência que não se impõe ao responsável pelo adiantamento bancário. Por todo o exposto, dou provimento ao recurso "ex officio" para reformar parcialmente a r. Decisão de Juízo Singular, com o fito de tornar insubsistente a glosa alvitrada. Notifique-se a servidora Maria Janete Correia Alves para tomar as providências no sentido de restituição do valor recolhido em razão da glosa imposta na r. Decisão recorrida (2.584ª S.O.). Voto divergente proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Em julgamento o reexame necessário de Prestação de Contas de Adiantamento Bancário, bem como os recursos voluntários da Procuradoria da Fazenda Municipal e do Sr. Assessor Técnico da Secretaria Municipal de Educação, responsável pela Comissão Permanente de Controle de Adiantamento, à época dos fatos. Preliminarmente, conheço dos recursos em exame por entender presentes os pressupostos de admissibilidade contidos no art. 140 do RITCMSP, na medida em que restou demonstrado o nexo de interdependência entre o interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação desta Corte, estabelecendo-se, desse modo, a legitimidade recursal dos interessados que se vincula, em última análise, ao intuito de aferição da regularidade do ato administrativo praticado. No mérito, ainda que a irregularidade atinente à ausência de prévia autorização do titular da Unidade Orçamentária, pudesse ser relevada – seja por conta da sua superação ante a aprovação da prestação de contas pela mesma autoridade, dando ensejo à convalidação; seja por se entender tal fato como de natureza meramente formal, excluída, inclusive, dos normativos posteriores ao Decreto Municipal nº 43.731/03 c/c o subitem 4.1, "q", da Portaria SF 15/04 (vigentes à época dos fatos) – fato é que persiste no caso em exame a ausência da emissão da Nota de Incorporação de Bens Patrimoniais Móveis. Nesse aspecto, entendo que tal irregularidade apontada pelo órgão técnico mostra-se suficiente para impedir a revisão do julgado, na medida em que, de fato, a despesa foi realizada para aquisição de bem permanente, conforme definição contida no art. 1º do Decreto Municipal nº 45.858, de 28 de abril de 2005, razão pela qual a solicitação do registro contábil de incorporação do mesmo deveria ter sido realizada, posto que de responsabilidade pessoal do servidor, nos termos previstos tanto na Portaria 15/04 (então vigente), quanto na Portaria atual de nº 26/08, sob pena de, com tal omissão, inviabilizar-se o controle sistemático dos bens patrimoniais móveis da Administração Municipal. Diante do exposto, no mérito, nego provimento aos recursos e mantenho a decisão proferida, pela irregularidade da despesa. Não obstante, diante da comprovação do recolhimento aos cofres públicos da quantia glosada, devidamente corrigida, sem apresentação de recurso voluntário por parte da interessada, dou quitação à responsável. Participaram do julgamento os Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Relator, Maurício Faria – Revisor e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pelo Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Relator, na 2.584ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet

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Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales – Conselheiro prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte." 11) TC 2.733.04-30 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da empresa Consladel Construtora e Laços Detetores Ltda. e de Roberto Luiz Bortolotto interpostos contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio Alusa – Consladel – Start – Serviços técnicos e fornecimento de materiais para ampliação do Sistema de Iluminação Pública, estimado em 40 mil novos pontos, incluindo atividades acessórias de remodelação nas Unidades adjacentes (Tramita em conjunto com os TCs 3.416.03-32 e 3.510.03-09) (Julgados os autos, retorno à pauta, por ter sido relatado englobadamente com o Processo TC 3.510.03-09) 12) TC 3.510.03-09 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Michael Maurice Warren, Tania de Carvalho Pizzi, José Roberto Reis, Aurélio Pavão de Farias e de Marcos de Oliveira Rossi, interpostos contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras – SIURB – Acompanhamento da Concorrência 1.002/2003/SIURB, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos e fornecimento de materiais para ampliação do Sistema de Iluminação Pública, estimado em 40 mil novos pontos, incluindo atividades acessórias de remodelação nas Unidades adjacentes (Tramita em conjunto com os TCs 2.733.04-30 e 3.416.03-32) 13) TC 631.07-32 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Jairo de Almeida Machado Júnior e da Secretaria do Governo Municipal – SGM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 29/4/2010 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria do Governo Municipal – SGM – Jairo de Almeida Machado Júnior – Prestação de contas de adiantamento bancário – fevereiro/2005. "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 14) TC 2.801.08-12 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Paulo Sérgio Maranhão interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 15/7/2010 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Executiva de Comunicação – SECOM – Paulo Sérgio Maranhão – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2005 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o processo TC 2.810.08-03, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Maurício Faria – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.597ª S.O., ocasião em que votou a Conselheira Yara Tacconi – Relatora. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Conselheira Yara Tacconi – Relatora, bem assim pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, apresentado em separado, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em conhecer dos recursos voluntários, visto que os pressupostos de admissibilidade restaram preenchidos, assim como do "ex officio", por regimental. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar-lhes provimento para reformar parcialmente a R. Decisão de Juízo Singular de 15/7/2010, com o fito de tornar insubsistente a glosa alvitrada. Relatório e voto englobados: v. TC 2.810.08-03. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: v. TC 2.810.08-03. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Relatora, na 2.597ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Yara Tacconi – Relatora." 15) TC 2.810.08-03 – Recursos "ex

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officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Paulo Sérgio Maranhão interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 15/7/2010 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Executiva de Comunicação – SECOM – Paulo Sérgio Maranhão – Prestação de contas de adiantamento bancário – outubro/2006 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o processo TC 2.801.08-12, e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Maurício Faria – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.597ª S.O., ocasião em que votou a Conselheira Yara Tacconi – Relatora. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto da Conselheira Yara Tacconi – Relatora, bem assim pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor, apresentado em separado, Eurípedes Sales e Roberto Braguim, em conhecer dos recursos voluntários, visto que os pressupostos de admissibilidade restaram preenchidos, assim como do "ex officio", por regimental. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em dar-lhes provimento para reformar parcialmente a R. Decisão de Juízo Singular de 15/7/2010, com o fito de tornar insubsistente a glosa alvitrada. Relatório englobado: Em julgamento os recursos "ex officio" e os voluntários interpostos contra as R. Decisões proferidas em sede de Juízo Singular, que aprovaram parcialmente as prestações de contas e glosaram parte das despesas correspondentes às aquisições realizadas em contrariedade às normas do regime de adiantamento, por não caracterizarem necessidades urgentes, serem previsíveis e passíveis de realização pelo processo normal de aplicação, infringindo os termos do artigo 1º, da Lei 10.513/88 e orientações do Comunicado 13/91 – CONT. A despesa realizada no TC 2.801.08-12 refere-se à compra de remédios e implicou no valor de R$ 52,19 (cinquenta e dois reais e dezenove centavos) e, no TC 2.810.08-03, foram adquiridos remédios, pratos para vasos de plantas, filtro permanente e bules, e implicou no montante de R$ 115,57 (cento e quinze reais e cinquenta e sete centavos). Foram feitas determinações aos responsáveis no sentido de observância às normas aplicáveis ao regime de adiantamento. O Órgão Fazendário apelou das decisões alegando que os atos foram praticados em benefício da municipalidade e são perfeitamente justificáveis, motivos pelos quais requereu a aprovação integral das contas em julgamento. Por seu turno, o Servidor Paulo Sérgio Maranhão, responsável pelos adiantamentos, apresentou recursos sustentando que as despesas havidas referem-se a pequenas necessidades relativamente urgentes. Ainda, adotando os argumentos do Órgão Fazendário, requereu a reforma das R. Decisões recorridas. A área auditora concluiu que os apelos não trouxeram elementos novos capazes de alterar o quanto decidido pelo Juízo Singular. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento e improvimento dos apelos. O Órgão Fazendário propugnou pelo provimento dos recursos em julgamento. É o relatório. Voto englobado: Conheço dos apelos voluntários, visto que os pressupostos de admissibilidade restaram preenchidos, assim como do "ex officio", por regimental. Quanto ao mérito, julgo incabível a glosa imposta com fundamento no Comunicado 13/91, do Departamento de Contadoria, pelo fato de tal ato não ter caráter normativo com vista à correta aplicação da lei, veiculador de um comando geral, a exemplo dos regulamentos, instruções normativas, regimentos, resoluções e deliberações de órgãos colegiados. Tampouco se insere na categoria dos atos administrativos ordinatórios, que objetivam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Pelo contrário, tal ato só incide no âmbito interno das repartições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que o expediu. Por outro lado, entendo também equivocada a menção ao fato de que as despesas glosadas teriam sido realizadas em desacordo com o artigo 1º da Lei Municipal 10.513/88, sendo certo que o diploma municipal em apreço é que lhes deu suporte e legitimidade. Aliás, a mencionada lei especifica em seu artigo 2º as hipóteses de utilização do adiantamento para atender despesas, dentre outras, as

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de pequeno vulto. Este é exatamente o caso dos autos. As despesas são de pequeno vulto e, sendo assim, estão perfeitamente enquadradas no dispositivo legal em apreço e não há de se perquirir outras questões como foi feito no exame das despesas. Por todo o exposto, dou provimento aos recursos voluntários e ao "ex officio" para reformar parcialmente as R. Decisões de Juízo Singular, com o fito de tornar insubsistentes as glosas alvitradas (2.597ª S.O.). Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Em julgamento, o reexame necessário da Prestação de Contas de Adiantamento Bancário, bem como os Recursos Voluntários da Procuradoria da Fazenda, bem como do servidor responsável pelo Adiantamento. Conheço dos Recursos ante a presença dos pressupostos de admissibilidade. Mantenho meu entendimento pela irregularidade da execução da despesa, referente à aquisição de remédio, conforme voto proferido em voto de Juízo Singular. Não obstante, acolho parcialmente o apelo, ora com base na recente Instrução nº 03/2011, aprovada pela Resolução nº 04/2011, nos seguintes termos. De fato a despesa impugnada se apresenta irregular, visto se tratar de remédios para o suprimento do ambulatório da Secretaria, cujo consumo é perfeitamente previsível e, portanto, passível de aquisição programada em conjunto com outros materiais do gênero, por meio do processo normal de aplicação. Nesse contexto, os referidos materiais desatendem à condição imprescindível para a utilização da verba de pronto pagamento, que é a impossibilidade de serem adquiridos pelo regime normal, conforme estabelece o artigo 1º da Lei Municipal nº 10.513 e regulamentação complementar, reportando-se, neste particular, aos fundamentos de meu voto anterior já proferido nestes autos. Não obstante, considerando as novas disposições da citada Instrução nº 03/2011, voto pelo provimento parcial dos recursos para o fim de, não obstante manter a irregularidade da despesa, afastar a imputação de débito ao responsável, determinada em Juízo Singular, deixando de aplicar multa ou advertência ao servidor pela infringência perpetrada, o que seria impróprio por não caber em sede de Recurso. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Eurípedes Sales e Roberto Braguim. Presente à sessão, nesta data, o Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pela Conselheira Yara Tacconi – Relatora, na 2.597ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 1º de agosto de 2012. a) Edson Simões – Presidente; a) Yara Tacconi – Relatora." 16) TC 3.219.07-65 – Recursos "ex officio" e da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 14/4/2008 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Educação – SME – Ana Maria Ottoni Sakai – Prestação de contas de adiantamento bancário – setembro/2005. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) – CONSELHEIRO EURÍPEDES SALES – 1) TC 2.463.95-03 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Alfredo Mario Savelli e de Marcia Heloisa Pereira da Silva Buccolo interpostos contra o V. Acórdão de 05/3/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Companhia Auxiliar de Viação e Obras – Cavo – Serviços de limpeza de vias e logradouros públicos, coleta e transporte de resíduos domiciliares, de varrição, de feiras livres e de todos aqueles resultantes dos serviços de limpeza nas áreas e vias pertencentes às Administrações Regionais de Vila Mariana, Ipiranga e Vila Prudente – Agrupamento V (Acomp. TC 2.342.97-42). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 3.468.07-60 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Inspeção para apurar a ausência de farmacêuticos

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nas unidades básicas e ambulatórios da Rede Municipal de Saúde, bem como verificar a situação das UBS e ambulatórios no tocante à área de dispensação e condições de armazenamento de medicamentos e das farmácias hospitalares 3) TC 2.491.09-08 – Brasil Dez Locadora de Veículos e Transportes Ltda. – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação em face do Pregão Presencial 431/2008, cujo objeto é a prestação de serviços de transporte de pessoas e cargas, com fornecimento de veículos, para atender às necessidades da Secretaria. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 4) TC 7.073.99-81 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de João Octaviano Machado Neto interpostos em face do V. Acórdão de 27/6/2007 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Cliba Ltda. – Execução dos serviços de operação, manutenção e vigilância da Estação de Transbordo Vergueiro e transporte de resíduos sólidos urbanos da Estação de Transbordo ao Aterro Sanitário São João. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 5) TC 2.379.03-72 – Agravo Regimental interposto contra o R. Despacho do Conselheiro Antonio Carlos Caruso, publicado no DOC de 28/01/2011, indeferindo o Recurso interposto pela Cohab-SP contra o V. Acórdão de 02/12/2009 – Relator Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP – Balanço referente ao exercício de 2002 (Acomp. TCs 3.742.02-03, 5.238.02-76, 5.239.02-39, 1.212.03-11, 1.949.03-43 e 2.000.03-89) 6) TC 1.460.02-72 – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Contrato 001/02-SMT.GAB R$ 26.000.000,00 – TA 01/2002 R$ 52.098.125,00 (prorrogação de prazo), TA 02/2002 R$ 40.542.638,00 (prorrogação de prazo) e TA 03/2002 R$ 15.579.740,00 (prorrogação de prazo) – Prestação de serviços de administração e engenharia, voltados à operacionalização, gerenciamento, fiscalização, planejamento, supervisão e coordenação e administração de todo o Sistema de Transporte Urbano na Cidade de São Paulo 7) TC 1.808.09-07 – Embargos de Declaração interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM em face do V. Acórdão de 1º/12/2010 – Relator Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo – SECONCI-SP – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato de Gestão 009/2008-NTCSS-SMS-G, cujo objeto é o gerenciamento e execução das atividades e serviços de saúde a serem desenvolvidos no território da Penha/Ermelino Matarazzo, composta pelos distritos de Arthur Alvim, Penha, Vila Matilde, Cangaíba, Ponte Rasa e Ermelino Matarazzo, está sendo executado conforme o Plano de Trabalho 8) TC 1.870.09-80 – Embargos de Declaração interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM em face do V. Acórdão de 1º/12/2010 – Relator Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo – SECONCI – SP – Contrato de Gestão 009/2008-NTCSS/SMS-G – Gerenciamento e execução das atividades e serviços de saúde a serem desenvolvidos no território da Penha/Ermelino Matarazzo, composta pelos distritos de Arthur Alvim, Penha, Vila Matilde, Cangaíba, Ponte Rasa e Ermelino Matarazzo 9) TC 3.471.07-74 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Comatic Comércio e Serviços Ltda. – Concorrência 01/SP-AD/2004 – Contrato 01/SP-AD/2005 R$ 816.000,00, TAs 012/CRSS/2005 R$ 1.836,67 (alteração do preâmbulo do ajuste, cuja titularidade passa a ser da Coordenadoria Regional de Saúde Sul e alteração do Anexo I), 021/CRSS/2006 R$ 137.394,94 (prorrogação de prazo), 029/CRSS/2006 R$ 2.077,66 (alteração no Anexo I – mudança de endereço e acréscimo de

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valor do contrato), 40/CRSS/2006 R$ 206.884,35 (prorrogação de prazo), 075/CRSS/2006 R$ 360.304,22 (prorrogação de prazo), 002/CRSS/2007 R$ 30.190,68 (inclusão de posto de trabalho) e 12/CRSS/2007 R$ 508.989,84 (prorrogação de prazo) – Serviços de limpeza, conservação e desinfecção com fornecimento de mão de obra, material de consumo, utensílios, máquinas e equipamentos, nas áreas que compõem as unidades de saúde sob administração e responsabilidade da Subprefeitura Cidade Ademar 10) TC 2.218.10-62 – Secretaria Municipal de Participação e Parceria –SMPP e Instituto de Organização Racional do Trabalho – IDORT – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 279/SMPP/2009, cujo objeto é a prestação, pela Contratada, de serviços de planejamento, atividades de inclusão digital e apoio para gerenciamento do Programa de Inclusão Digital da Cidade de São Paulo, está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 11) TC 1.813.06-02 – Recursos de Maria Aparecida Perez e de Carlos Eli Gonçalves interpostos contra o V. Acórdão de 29/7/2009 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS – Secretaria Municipal de Educação – SME e Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente – Atendimento às crianças de 0 a 6 anos e 11 meses de idade por meio do Centro de Educação Infantil Parque Santa Madalena II 12) TC 359.07-18 – Recursos "ex officio", de Sidnei Leriano e da Subprefeitura Ipiranga interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 18/9/2007 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura Ipiranga – Prestação de contas de adiantamento bancário – março/2005) 13) TC 1.403.10-49 – Vereadora Juliana Cardoso – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Representação solicitando a apuração de eventuais irregularidades no Contrato de Gestão 009/2008, firmado entre a Secretaria Municipal da Saúde – SMS e o Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo – SECONCI, cujo objeto é a prestação de serviços médicos especializados na área de Medicina Ambulatorial com recursos para a realização de exames complementares, cuja prestação se dará na circunscrição da microrregião Penha/Ermelino Matarazzo. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 14) TC 1.829.06-34 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Pregão Presencial 057/2005 – Ata de Registro de Preços 001/SMG-DGSS-DME/2006 – Contrato 001/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 17.883.600,00 – Aquisição de 3.000.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 01, 02 e 04 (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86, 2.057.06-49 e 2.058.06-01) 15) TC 2.056.06-86 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Contrato 082/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 6.900.000,00 – Aquisição de 1.150.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 1 (Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.057.06-49 e 2.058.06-01) 16) TC 2.057.06-49 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Contrato 083/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 7.068.600,00 – Aquisição de 1.190.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 2 (Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86 e 2.058.06-01) 17) TC 2.058.06-01 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. – Contrato 084/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 7.246.800,00 – Aquisição de 1.220.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 4 (Acomp. TC 1.829.06-

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34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86 e 2.057.06-49) 18) TC 1.828.06-71 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Tangará Importadora e Exportadora S.A. – Contrato 003/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 6.350.400,00 – Aquisição de 1.060.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 3 (Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.998.06-00, 2.055.06-13, 2.056.06-86, 2.057.06-49 e 2.058.06-01) 19) TC 2.055.06-13 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG e Tangará Importadora e Exportadora S.A. – Contrato 081/SMG-DGSS-DME/2006 R$ 6.115.200,00 – Aquisição de 1.040.000 quilos de leite em pó integral – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação – Lote 3 (Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 1.998.06-00, 2.056.06-86, 2.057.06-49 e 2.058.06-01) 20) TC 1.998.06-00 – Secretaria Municipal de Gestão – SMG – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se a execução dos contratos decorrentes do Pregão Presencial 057/2005, cujo objeto é a aquisição de leite em pó – Programa Leve Leite e demais Programas de Alimentação, por meio de atas de registro de preços, estão sendo realizados conforme as cláusulas das Atas de RP e dos contratos (Acomp. TC 1.829.06-34) (Tramita em conjunto com os TCs 1.828.06-71, 2.055.06-13, 2.056.06-86, 2.057.06-49 e 2.058.06-01). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 21) TC 6.429.04-71 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de Rejane Calixto Gonçalves interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 06/12/2007 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Rejane Calixto Gonçalves – Prestação de contas de adiantamento bancário – abril/2002. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 22) TC 143.02-84 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. – TA 001/2002 R$ 31.916.013,10 (prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), relativo ao Contrato 43/LIMPURB/01, no valor de R$ 31.916.043,11, julgado em 13/12/2006 – Serviços e obras de operação, manutenção, monitoramento e recuperação ambiental do Aterro Sanitário Bandeirantes. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 23) TC 1.643.08-38 – Subprefeitura São Mateus e Construtora Anastácio Ltda. – Pregão 023/SMSP/SP-SM/2007 – Contrato 018/SP-SM/2007 R$ 4.872.000,00 – Prestação de serviços para limpeza e desassoreamento com remoção de material não inerte para destino final, conservação de áreas do reservatório compreendendo áreas ajardinadas, caiação de muretas e elementos de concreto, limpeza com equipamentos de alta pressão e desinfecção de áreas contaminadas por inundações dos reservatórios de amortecimento de cheias da Subprefeitura, através de empresa especializada 24) TC 2.770.06-29 – Vereador Paulo Frange (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Via Pública Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Pública e das Organizações de Interesse Público – Representação em face do Termo de Parceria 001/2006, cujo objeto é a formação de vínculo de cooperação entre os partícipes, para fomento, desenvolvimento e implantação de um novo modelo de gestão dos serviços de saúde promovidos pela Secretaria, a fim de proporcionar um melhor atendimento aos usuários, conforme Programa de Trabalho (Tramita em conjunto com o TC 3.848.06-50) 25) TC 3.848.06-50 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Via Pública Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Pública e das Organizações de Interesse

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Público – Termo de Parceria 001/2006 R$ 2.430.843,37 – Formação de vínculo de cooperação entre os partícipes, para fomento, desenvolvimento e implantação de um novo modelo de gestão dos serviços de saúde promovidos pela Secretaria, a fim de proporcionar um melhor atendimento aos usuários, conforme Programa de Trabalho (Tramita em conjunto com o TC 2.770.06-29). "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 26) TC 3.278.01-39 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Jofege – Pavimentação e Construção Ltda. – Concorrência 001/00/SVP – Contrato 006/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 1 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 27) TC 3.279.01-00 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Araguaia Construtora Brasileira de Rodovias S.A. – Contrato 007/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 2 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 28) TC 3.280.01-80 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e CONSTRUCAP CCPS – Engenharia e Comércio S.A. – Contrato 008/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 3 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 29) TC 3.281.01-43 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e SOEBE – Construção e Pavimentação Ltda. – Contrato 009/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 4 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 30) TC 3.282.01-06 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio Pavipar – Contrato 010/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 5 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 31) TC 3.283.01-79 –

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Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Serveng-Civilsan S.A. – Empresas Associadas de Engenharia – Contrato 011/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 6 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 32) TC 3.284.01-31 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio Queiróz Galvão – DUCTOR – Contrato 012/SIURB/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 7 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e 793.06-53) 33) TC 3.285.01-02 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio Pavimentação Comunitária – Contrato 013/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 8 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01 -80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.484.01-20 e 793.06-53) 34) TC 3.484.01-20 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB e Consórcio Pavimentação São Paulo – Contrato 027/SIURB/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 9 (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 793.06-53) 35) TC 793.06-53 – Vereador José Ferreira dos Santos – Vereador Paulo Roberto Fiorilo (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) – Petição – Solicitação de auditoria nos contratos oriundos do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, firmados a partir de 2005 pelas Subprefeituras e Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP (Tramita em conjuntos com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 36) TC 796.04-80 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas – ATECH – Contrato 2003/106 R$ 8.250.012,00 – Prestação de serviços de apoio à gestão de contrato e validação da integração do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e do Centro de Controle Operacional Integrado de Transporte e Trânsito. "O Conselheiro Eurípedes Sales requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) – CONSELHEIRO CORREGEDOR ROBERTO BRAGUIM – 1) TC 7.02-76 – Secretaria Executiva de Comunicação – SECOM e Consórcio Parceria São

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Paulo – Concorrência 001/2001/SMCIS – Contrato 003/2001/SMCIS R$ 20.000.000,00 est., TAs 001/2002 R$ 5.000,00 (acréscimo do valor contratual), 002/2002 R$ 20.000.000,00 (prorrogação de prazo), 003/2002 (alteração da cláusula 2 do TA 002/2002), 004/2002 R$ 1.500.000,00 (acréscimo do valor contratual), 005/2002 R$ 20.000.000,00 (prorrogação de prazo), 006/2003 R$ 20.000.000,00 (prorrogação de prazo), 007/2003 R$ 1.186.000,00 (acréscimo do valor contratual), 008/2003 R$ 10.000.000,00 (prorrogação de prazo), 009/2004 R$ 5.000.000,00 (acréscimo do valor contratual), 10/2004 (adequação do objeto, alteração da remuneração do serviço, prorrogação de prazo e redução do valor contratual para R$ 16.000.000,00), 11/2004 R$ 6.800.000,00 (prorrogação de prazo e redução do valor contratual), 12/2005 R$ 2.100.000,00 (prorrogação do prazo e redução do valor contratual), 13/2005 R$ 4.661.400,00 (acréscimo do valor contratual), 14/2005 R$ 13.291.600,00 (prorrogação do prazo e redução do valor contratual), 15/2005 R$ 960.000,00 (acréscimo do valor contratual), 16/2005 R$ 2.000.000,00 (acréscimo do valor contratual), 17/2006 R$ 8.748.400,00 (acréscimo do valor contratual), 18/2006 R$ 11.200.000,00 (prorrogação do prazo e redução do valor contratual), 19/2006 R$ 2.000.000,00 (acréscimo do valor contratual), 20/2006 R$ 2.500.000,00 (acréscimo do valor contratual), 21/2006 R$ 50.000,00 (acréscimo do valor contratual), 22/2006 R$ 600.000,00 (acréscimo do valor contratual), 23/2006 R$ 6.316.000,00 (prorrogação do prazo e redução do valor contratual), 24/2006 R$ 1.600.000,00 (acréscimo do valor contratual) e 25/2006 R$ 1.000.000,00 (acréscimo do valor contratual) – Serviços técnicos de projetos de divulgação de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos municipais, compreendendo o estudo, concepção, pesquisa, produção, execução, veiculação, bem como a distribuição de materiais, peças ou campanhas (Tramita em conjunto com o TC 130.06-66) 2) TC 130.06-66 – Secretaria Executiva de Comunicação – SECOM e Consórcio Parceria São Paulo – Acompanhamento – Verificar se o Contrato 003/2001/SMCIS, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos de projetos de divulgação de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos municipais e seus aditivos estão sendo executados conforme pactuado (Tramita em conjunto com o TC 7.02-76). "O Conselheiro Roberto Braguim requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1) TC 1.416.06-04 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo S.A. – PRODAM/SP – S.A. – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 049/2005 – SMS-G, cujo objeto é a prestação de serviços na áreas de informática e telecomunicações, está atendendo aos seus objetivos 2) TC 2.569.05-70 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Clínica e Nefrologia Leste S/C Ltda. – Contrato 105/2004-SMS-G R$ 371.117,77 est. – TA 001/2004 R$ 24.586.584,00 (modificação dos valores de repasses, a contar de 22/09/2004, custeados pelo Fundo Nacional de Saúde) – Execução de serviços de Terapia Renal Substitutiva, a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, nos limites quantitativos, que serão distribuídos por níveis de complexidade e seguirão as normas do Sistema Único de Saúde – SUS (Tramita em conjunto com o TC 2.431.05-52) 3) TC 2.431.05-52 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Clínica e Nefrologia Leste S/C Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 105/2004-SMS-G, cujo objeto é a execução de serviços de Terapia Renal Substitutiva, a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, nos limites quantitativos, que serão distribuídos por níveis de complexidade e seguirão as normas do Sistema Único de Saúde – SUS, está sendo executado conforme o pactuado (Tramita em conjunto com o TC 2.569.05-70). "O Conselheiro Domingos Dissei – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos

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do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) Prosseguindo, o Presidente concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros, bem como à Procuradoria da Fazenda Municipal, para as considerações finais. Por derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para a Sessão Ordinária 2.627ª a realizar-se no dia 8 de agosto, quarta-feira, às 15 horas. Nada mais havendo a tratar, às 17h45min, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim, MURILO MAGALHÃES CASTRO, ____________________________, Secretário Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pela Procuradora Chefe da Fazenda e pelos Procuradores. São Paulo, 1º de agosto de 2012.

_______________________________ EDSON SIMÕES

Presidente

________________________ __________________________ MAURÍCIO FARIA ROBERTO BRAGUIM Vice-Presidente Corregedor

_________________________ __________________________ EURÍPEDES SALES DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro

__________________________________ MARIA HERMÍNIA P. P. S. MOCCIA

Procuradora Chefe da Fazenda

____________________________ _______________________________ FÁBIO COSTA COUTO FILHO CLAUDIA ADRI DE VASCONCELLOS Procurador da Fazenda Procuradora da Fazenda

LSR/amc/mfc/mcam/smvo ATA DA 2.626ª SESSÃO (ORDINÁRIA)