Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
ATA DA 3ª REUNIÃO DA COORDENADORIA DA JUSTIÇA ESTADUAL (AMB), realizada
às 14h30 do dia 11 (onze) de setembro de 2014, no Hotel Mercury, Brasília/DF, conforme convocação
anterior, Presidida pelo Coordenador da Justiça Estadual, Gervásio Santos, com
participação na mesa da Vice-Presidente de Integração da AMB Nartir Dantas Weber e o
Subcoordenador da Região Centro Oeste da Justiça Estadual da AMB João Luís Fischer. Iniciada a
reunião, o Coordenador Gervásio Santos cumprimentou todos os presentes. Item 1. Aprovação da
Ata anterior: Aprovada por unanimidade. Item 2. Acesso de Advogados/Criminalização de
Prerrogativas – Projetos: O Coordenador Gervásio Santos relatou os problemas vividos em diversos
Estados com a OAB, sobretudo em seu Estado (Maranhão), e lembrou que já há alguns anos esses
problemas vem acontecendo. Registrou que a OAB tem tido apoio de certa forma, do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), em vários casos, e disse que entende que a OAB tem tentado cooperar, mas
que com esse fato tem interferido nos trabalhos do Judiciário, e que esse comportamento tem refletido
em um assunto já considerado superado, mas que voltou ao debate, que se trata do acesso de
advogados, no interior das Unidades Judiciárias. Sob o argumento que o art. 7º do inciso 6º, do
estatuto, garante ao advogado, livre acesso, a todas as dependências judiciais. Informou que foi
relatado ter acontecido em alguns estados, problemas com advogados que, não estando de posse da
devida autorização, seja do diretor de secretaria, seja do juiz, ingressaram no interior das Unidades
Judiciárias, relatou ainda um acontecimento em seu estado (Maranhão), no qual, um advogado ao
chegar ao gabinete do juiz, chutou a porta insistentemente, e que, mesmo com esse comportamento, a
porta foi aberta pelo assessor e o advogado foi atendido pelo juiz, que solucionou o problema. Em
seguida, antes de se retirar, o advogado pegou um papel que mencionava o art. 7º, inciso 6º do
estatuto, e atirou ao chão. Sem reação, o assessor acompanhou o advogado até a porta para que se
retirasse e a fechou. Não satisfeito, o advogado retornou e novamente começou a bater violentamente
na porta. Diante dessa situação, o juiz foi até a porta e disse ao advogado que aquela situação era
inconcebível, quando então foi empurrado pelo advogado. O Coordenador Gervásio Santos continuou
o relato informando que o mais grave é que o advogado, apesar desse comportamento, recebeu apoio
da OAB local e da OAB nacional, que divulgou duas notas, inclusive citando o nome do juiz na
segunda nota. O Coordenador Gervásio Santos avaliou que, com esse comportamento, a OAB
demonstrou sua pretensão de acesso a qualquer custo, às Unidades Judiciárias, revivendo uma situação
que foi motivo de debate, ocorrido entre 1994 e 1996, logo após a edição do Estatuto do Advogado. O
Coordenador informou que, em virtude desse acontecimento com o juiz de seu Estado, a AMAM fez
um pleito para o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), que por sua vez baixou uma Resolução,
que se assemelha a uma Resolução do Rio Grande do Norte, quando a Justiça do Trabalho baixou uma
Portaria, que disciplina o acesso ao interior das Unidades Judiciárias (neste momento, o Coordenador
Gervásio Santos explicou que, quando se refere ao interior das Unidades Judiciárias, não se refere ao
Fórum, mas sim, ao interior das secretarias e dos gabinetes), esclareceu que, essa Portaria, foi
contestada, à época, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que o CNJ, por maioria, manteve a
Portaria e estabeleceu que, esse livre acesso dos advogados nas Unidades Judiciárias, tem que ser
observados com os temperamentos naturais da administração do Fórum, ou da própria equidade entre
as partes e inclusive da segurança de todos aqueles que prestam serviço à Justiça. Na sequência, o
Coordenador informou que esse movimento dos advogados se nacionalizou, e que, no dia anterior, o
2
presidente da OAB nacional esteve no Maranhão, juntamente com outros representantes das OABs
seccionais, para participar de um Ato Público contra a Portaria, com o objetivo de levar ao Supremo
Tribunal Federal (STF), um pedido para que o acesso às Unidades Judiciais seja irrestrito, a toda e
qualquer dependência dos Fóruns. Em virtude desse Ato, o Coordenador Gervásio apresentou duas
razões para discutir com os colegas. (1ª) se o pedido da OAB for contemplado, e se houver uma nova
decisão do CNJ, ou até mesmo do STF, no sentido de autorizar esse acesso, inúmeros conflitos
ocorrerão por todo o Brasil e se transformará em um caos. (2ª) os magistrados possam sair na frente,
provocando os Tribunais nos Estados em que não haja qualquer tipo de regulamentação, para que
façam suas regulamentações, nos moldes do que foi feito no Rio Grande do Norte, já chancelada no
CNJ. Essa medida viria para se contrapor a uma eventual ação da AMB. O Coordenador Gervásio
ressaltou que o fato ocorrido no Maranhão, citado anteriormente, não é um ato isolado e que o mesmo
já aconteceu em outros estados, como por exemplo, no Piauí, na Bahia e em Tocantins. Em seguida,
lembrou que as cópias dos documentos relacionados ao processo, bem como o Projeto de Lei, estão na
pasta entregue aos colegas. O colega Leonardo Trigueiro, Presidente da Associação dos Magistrados
Piauienses (AMAPI), cumprimentou a todos e complementou que, a questão veio à tona no estado do
Maranhão, mas que poderia ter surgido em qualquer um dos Estados da Federação. Em seguida
lembrou-se dos fatos semelhantes que ocorreram no Piauí e citou um caso em que, um juiz daquele
estado, publicou uma Portaria nos mesmos termos do Rio Grande do Norte e do Maranhão, e com isso
foi alvo, de uma tentativa de um processo administrativo, com argumento de violação de
prerrogativas. O colega afirmou que seu estado tem muito interesse nessa questão, bem como deve ser
com todos os estados, que essa questão não se restringe ao estado do Maranhão e que há necessidade
de urgência nesse debate, pois o Ato Público e a manifestação de repúdio em relação à Portaria, feitos
pela OAB nacional, faz com que esse assunto extrapole os limites daquele estado, tornando-se
efetivamente uma questão nacional, razão pela qual o colega já havia mostrado interesse em levar essa
questão a seu estado para ser debatida. O colega Leonardo Trigueiro sugeriu que, aproveitando o
momento da reunião, se aprovasse a padronização de tal regulamentação, em todos os Tribunais
brasileiros, para que a medida seja adotada nacionalmente. O colega Marcelo Moreira, 1º Vice-
Presidente da Associação de Magistrados do Maranhão (AMMA), cumprimentou os colegas e
registrou que, após o fato que considerou lamentável em seu Estado (mencionado pelo Coordenador
Gervásio), a OAB, quase diariamente, inclusive por meio de matérias pagas, em órgãos de imprensa, e
em notas institucionais, tem assacado a Magistratura do Maranhão, sob o argumento de que os juízes
do seu estado querem exercer o seu trabalho encastelados, de que estão vilipendiando as prerrogativas
dos advogados, e de que estão descumprindo Norma disposta em Lei Federal. O colega disse ainda
que desde então se iniciou uma discussão que tem exorbitado o que se poderia imaginar como
razoável, até mesmo porque em tempo de mídias sociais, se lê muita notícia que não corresponde à
realidade. O colega Parima Dias Veras, Presidente da Associação de Magistrados de Roraima
(AMARR), cumprimentou a todos e registrou que estão passando pela mesma situação em Roraima,
que a diretora do principal Fórum baixou uma portaria regulamentando a entrada em determinadas
áreas apenas para os servidores e os juízes, e com isso foi representada pela OAB local. O colega
informou que a associação local está fazendo a defesa da colega, e endossou as palavras dos colegas
que o antecederam nessa reunião, se posicionando favorável a uma orientação nacional por parte da
3
AMB, para que haja uniformidade e pelo fato do problema ser comum a todos os Estados. O colega
Gilmar Coelho, Presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO),
cumprimentou a todos e informou que em seu estado houve a mesma situação, quando uma advogada
invadiu o gabinete do juiz e o agrediu com xingamentos. Alguns dias após, uma comissão de
prerrogativas formada na OAB local, fez uma investigação, dentro do Fórum, procurando
testemunhas, no intuito de representar contra o juiz, alegando que na ocasião ele havia agredido
verbalmente a advogada. Informou ainda que a situação foi levada à associação do estado. O colega
registrou o fato a todos e salientou que se deve haver uma reação a esse tipo de atitude. O colega
Frederico Mendes Junior, Presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR), ressaltou
que as atitudes da OAB em relação ao Judiciário precisam de uma resposta à altura, e que essas
atitudes contaminaram a advocacia do país inteiro, pois acontecem casos semelhantes em todos os
estados. Citou um caso ocorrido há poucos dias no Paraná, onde um colega juiz deu voz de prisão a
um advogado, por desacato, durante uma audiência, e que o advogado chamou o Presidente da
Comissão de Prerrogativas da OAB, que deu voz de prisão ao juiz, por abuso de autoridade, e levou o
réu embora. O colega ressaltou que a postura de alguns presidentes de Tribunais, é de ignorar esses
fatos, e passar a responsabilidade às associações de magistrados, ou ao próprio magistrado que passou
pelo problema. Salientou que a própria composição da OAB faz com que ela esteja presente em casos
que envolvem os advogados, e que os membros da Ordem podem votar, quando há processos.
Acredita que a Magistratura deve contar com o apoio dos Tribunais e não apenas das associações
estaduais e da AMB. O colega Frederico Mendes é favorável que se entre em contato com os
presidentes dos Tribunais e apoiou a sugestão dos colegas Leonardo e Gilmar. Leonardo Trigueiro,
Presidente da Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI) complementou que alguns advogados,
no Piauí, se dizendo violados em suas prerrogativas, estão enviando notificações aos juízes, assinadas
pelo presidente da OAB local, para que os juízes prestem declarações no prazo de quinze dias, e que a
recomendação da associação é de que não respondam as notificações e encaminhem o fato à
corregedoria. Informou a AMAPI está oficiando à corregedoria para que oficie a OAB para que não
faça expedição de ofício com tal conteúdo. Sugeriu que algum movimento seja feito pela AMB, junto
às presidências e às corregedorias de cada Estado, nesse sentido. O colega Francisco Borges Ferreira
Neto, Presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (AMERON) cumprimentou a
todos e informou que em Rondônia, o Conselho de Prerrogativas da OAB, está notificando os
magistrados a prestarem declarações de seus atos. Ressaltou que não havia como entrar com pedido
para impedir que a OAB fizesse tal notificação, e que posteriormente essas notificações poderiam ser
encaminhadas ao CNJ. Sugeriu que o presidente da AMB, João Ricardo Costa, juntamente com os
colegas de cada associação estadual, assine um documento a fim de que se impeça essa atitude, e que
se marque uma data para marcar esse posicionamento nacional, contra a imposição da OAB. O
Coordenador da Justiça Estadual Gervásio Santos, lembrou que o Projeto de Lei, que criminaliza a
ofensa às prerrogativas da advocacia, já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, em 2008 foi
remetido para o Senado Federal, recebeu uma emenda do ex-Senador Demóstenes Torres, a emenda
está sendo rejeitada pelo parecer do Senador Gim Argello (PTB-DF), e o Projeto de Lei está pronto
para ser enviado à pauta da Comissão de Constituição me Justiça (CCJ), do Senado, o que significa
que está adiantado. Recomendou que se trabalhasse esse tema, paralelamente à PEC 63, junto aos
4
senadores. O colega Sérgio Luiz Junkes, Vice-Presidente Institucional da AMB e Presidente da
Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), cumprimentou a todos, se mostrou solidário no
caso do Maranhão e registrou que a postura da OAB deve ser repelida. Avaliou que essa postura
ofende a dignidade da Magistratura e que já participou de conversas sobre o assunto em Santa
Catarina. Mostrou-se satisfeito pelo diálogo sobre o tema na reunião da Coordenadoria da Justiça
Estadual. O colega João Fischer, Subcoordenador da Justiça Estadual, informou que os juízes podem
tomar atitudes a respeito do assunto e abrir processos por danos morais, e que a discussão sobre uma
postura nacional é positiva. O colega Eugênio Terra, Presidente da Associação de Juízes do Rio
Grande do Sul (AJURIS), cumprimentou a todos e demonstrou que as reuniões da Coordenadoria da
Justiça Estadual têm mostrado resultados muito produtivos. A respeito da questão de se mobilizar os
Tribunais, fazendo uma mobilização nacional, por meio de um modelo de protocolo fornecido pela
AMB, se mostrou com receio de se criar um movimento muito grande por um motivo que não
acontece tão corriqueiramente em alguns estados. Sugeriu que se administre a questão da forma que
foi feita no Rio Grande do Sul, com uma nota das associações, em parceria com a AMB, apoiando a
questão das prerrogativas e o que ela poderia ocasionar, e reafirmando a posição da AMB e das
associações, e posteriormente se discuta a questão, que tem preocupado muito. O Coordenador da
Justiça Estadual Gervásio Santos, listou as três propostas sobre o tema, sugeridas pelos colegas
durante a reunião. (1ª) de que a AMB fosse ao CNJ, para que o Conselho regulamentasse o assunto
junto aos Tribunais. (2ª) de que se fizesse um protocolo, da AMB junto com as associações locais,
solicitando que os Tribunais regulamentassem o acesso ao interior das Unidades Judiciais. (3ª)
complementar à segunda, de que essa ação fosse realizada em um único dia, que seria a data para
marcar o ato, além de uma nota reafirmando a posição da AMB em relação às prerrogativas
Deliberou-se, que se fizesse um modelo de protocolo, encaminhado às associações, de acordo com
seu interesse, fizesse o movimento, pois em alguns estados esse movimento não seria necessário
no momento. Além disso, será redigida uma nota, que seria apresentada no dia seguinte, na
reunião do Conselho de Representantes. Essa nota, redigida pela Coordenadoria da Justiça
Estadual, seria uma nota da AMB, assinada pelo Presidente João Ricardo Costa. Aprovado por
unanimidade. . Item 3. IR sobre Auxilio Moradia/Alimentação: O colega Sérgio Junkes - Vice-
Presidente Institucional da AMB e Presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)
informou que a questão sobre o Auxílio-moradia foi detectado em vários Estados. Lembrou que, há
uma consulta na Receita Federal, que partiu de um procurador, que se deve incidir o imposto de renda
sobre o auxílio-moradia. Ressaltou que foi agendada uma reunião com o Secretário Nacional da
Receita Federal Carlos Alberto Freitas Barreto, para tomar conhecimento do que se pode ser feito a
respeito dessa questão. O colega informou que foi apresentado ao Secretário que o auxílio é de cunho
indenizatório, e de que sendo assim, não é possível incidir o imposto de renda. A sugestão do
Secretário é de que se fizesse uma consulta a nível nacional, o que foi considerado temerário pelo
colega Sérgio Junkes, considerando também, juntamente com o advogado da AMB, receio em
judicializar a questão, pelas consequências que podem vir a ter em alguns estados. Informou que teve
um encontro com Everardo Maciel, consultor jurídico e ex-Secretário da Receita Federal, que orientou
que a AMB faça um levantamento de como é hoje a situação no Brasil, em relação a essa tributação
nos estados, bem como a legislação vigente, e encaminhe esse levantamento ao ex-Secretário, para que
5
se faça um estudo, e posteriormente mostre o melhor caminho a ser seguido. Ressaltou que Everardo
Maciel recomendou que não dessem entrada com uma medida judicial nos casos em que já houve
cobrança de multas, para não queimar uma etapa importante, que é a defesa administrativa. Informou
que a defesa administrativa que houve em Santa Catarina e todo material relacionado está disponível
na pasta fornecida na reunião a todos os colegas, bem como o questionário com as questões sobre a
tributação. Solicitou que os colegas que não responderam e puderem fazê-lo até o dia seguinte será de
grande ajuda, pois haverá um encontro com Everardo Maciel e os dados serão apresentados ao ex-
Secretário, na sexta-feira (15/08), às 16h. Convidou os colegas que quiserem acompanhar. O
Coordenador Gervásio Santos informou que na próxima semana a defesa administrativa seria
encaminhada, em formato Word, a todos os presidentes de associações. O colega Gustavo Adolpho
Plech, Presidente da Associação dos Magistrados de Sergipe (AMASE), lembrou ter trazido o tema em
questão em fevereiro, e que a preocupação é pelo fato de que a receita é um órgão Federal, e a
legislação atua no Brasil inteiro, com isso, a questão acabaria chegando a outros estados. Reforçou que
conta com a força da AMB para agir em relação a esse tema. Informou que, em seu estado,
diferentemente do que ocorreu em Santa Catarina, todos os magistrados que receberam auxílio, estão
sendo notificados, e que houve um bloqueio. Mencionou também que alguns magistrados, após o
parecer do advogado da AMB, entenderam que não era tributável, e devido à multa de 75%,
preferiram retificar, o que deu a diferença de dois anos de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) para entrar
com ação para reaver. Outros preferiram aguardar a notificação. Informou que a Receita Federal não
questionava sobre se tratar de uma verba indenizatória, mas que era necessária uma comprovação da
despesa, por conta do Ato Declaratório nº 87 de 1999. O colega continuou dizendo que, após as
autuações começarem a chegar, a Receita Federal manteve essa posição, mas argumentou que: “O
contribuinte considerou as verbas recebidas do TJSE sob a denominação de Auxílio-Moradia, como
rendimento isento, ocorre que, tais verbas, não são isentas, pois não possuem natureza indenizatória,
já que foram recebidas mensalmente, em percentual fixo, do subsídio e sem a necessidade de
comprovação”. O Presidente da AMASE levou a situação à Assembleia, que exigia um
posicionamento da associação, e foi deliberado entrar com ação coletiva, ajuizada no dia 11/08/2014.
O pedido dizia o seguinte: “depois de todos os argumentos, pede a concessão de tutela antecipatória,
no intuito de determinar que União se abstenha de tributar os juízes de direito do Estado de Sergipe,
com imposto de renda sobre auxílio-moradia, que eventualmente percebam, abstendo-se de efetuar
lançamento tributário, e aplicar penalidade relativa à exigência da referida exação, suspender a
exigibilidade do crédito tributado constituído, ordenar que o Estado de Sergipe não efetue a retenção
na fonte, do referido tributo”. O Coordenador Gervásio Santos lembrou que, qualquer que seja o
auxílio fornecido pelo estado, está sujeito à interferência da Receita Federal, assim como o auxílio-
moradia. O colega Frederico Mendes Junior, Presidente da Associação dos Magistrados do
(AMAPAR), informou que, no Paraná, é o sexto mês em que o auxílio-moradia é oferecido, e que há
uma demanda de 1/5 (um quinto) dos associados da AMAPAR, que são aposentados. Informou que,
em conversa anterior com o colega Sérgio Junkes, o colega já havia informado que está sendo feito um
estudo em Santa Catarina, já adiantado, que se refere à paridade, e aos colegas que se aposentaram
antes da Emenda Constitucional, e solicitou que o colega compartilhasse esse estudo. Sérgio Junkes
relatou que incluiu os aposentados na proposta, em virtude da paridade, que era uma regra até que foi
6
quebrada com a Reforma Constitucional. Como não foi possível a equiparação com os inativos,
solicitado em projeto anterior, no estado de Santa Catarina, está sendo proposto que, quem ingressou
na carreira até a Reforma, e depois se aposentou, terá direito à paridade. Explicou que, no estudo
concluído em Santa Catarina, feito por uma empresa de cálculo atuarial, contratada pela AMC, a
diferença salarial chega a R$ 9.000,00 a mais, em relação aos inativos. O estudo aponta ainda, entre
outros pontos, quanto aumentaria em folha mês a mês, e até quando o benefício seria pago. Informou
que o estudo será apresentado no Conselho de Gestão do Tribunal, e posteriormente na Assembleia
Legislativa, com o objetivo de alteração da Legislação vigente, no que diz respeito ao auxílio-moradia,
ao auxílio-alimentação e ao abono permanência. Sérgio Junkes solicitou novamente que se
respondessem o questionário, para que fosse apresentado ao ex-Secretário Everardo Maciel. Item 4.
Alimentação SJE/Avaliação: Coordenador Gervásio Santos informou que a funcionária Shirley
Costa tem recebido muitas ligações de colegas presidentes de associações, solicitando o login e a
senha do sistema da Justiça Estadual, e que, por essa razão, foi colocado novamente em cada pasta, em
um envelope, o respectivo login e senha. Reafirmou a importância dessa ferramenta, e que auxilia no
trabalho do presidente da associação estadual, e que, por esse instrumento, se tem condições de saber
cada avanço dos Estados na Coordenadoria Estadual. Solicitou ainda que as associações não deixem
de atualizar seus dados, que as senhas são destinadas aos presidentes e às pessoas que ele definir, e que
os dados não podem ser divulgados de forma aleatória. O colega Francisco Borges, Presidente da
Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (AMERON), sugeriu que se fizesse um índice por
assunto, para facilitar a busca no sistema. O Coordenador Gervásio mencionou que o sistema de busca
já havia sido solicitado, e ressaltou que os presidentes podem incluir e atualizar os dados no sistema de
suas próprias associações, não sendo necessário encaminhar os dados para a AMB. Item 5. PEC 63:
Posição dos Senadores por Estado: Coordenador, Gervásio Santos, informou que os colegas
receberam nas pastas, separada por estado, a relação dos senadores. Nessa relação, atualizada pela
Assessoria Parlamentar da AMB, tem um campo a ser preenchido com a posição dos senadores, em
relação à PEC 63, pois, como já houve a 5ª leitura, o próximo passo será a votação em Plenário, que
ocorrerá após as eleições, para que não haja falta de quórum. O Coordenador solicitou que os
representantes das associações estaduais preenchessem colocando como está a posição do senador de
seu estado em relação à PEC 63, e ao final da reunião essa ficha seria recolhida pela funcionária
Shirley Costa, para que se tenha uma noção real da postura de cada senador. Item 6. Cronograma de
Votação das Diretas nos Tribunais: O Coordenador Gervásio Santos lembrou que a AMB, a AJUFE
a ANAMATRA, constituíram uma estratégia, no que diz respeito às eleições diretas, na qual a ideia
básica é a de que, cada entidade, que designou um representante para a formação de uma Comissão,
que realize, principalmente naqueles estados que estão sem movimentação, uma ação para mobilizar
os Tribunais, mas também como forma de sinalizar ao Congresso Nacional, o empenho da luta da
classe nessa proposta. Informou que o Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Henrique
Alves (PMDB-RN), se comprometeu a instalar a Comissão Especial, em outubro, após o processo
eleitoral. O Coordenador orientou que se faça, em cada estado, um contato com os parlamentares
representantes. Comunicou que haverá, no dia 15 de setembro, junto com a AMATRA e a AJUFE, um
encontro sobre o tema. Ressaltou a importância de uma mobilização nacional. O colega Rossidélio
Lopes da Fonte, Presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ),
7
confirmou que, no dia 21 de agosto, o Pleno do Rio de Janeiro iria se reunir, para fazer as alterações
no Regimento Interno, e discutir com destaque as Eleições Diretas nos Tribunais Brasileiros. Informou
ser um momento de definição política, pois os magistrados querem, também, que todos os
desembargadores possam concorrer aos cargos eletivos, além de ser discutida ainda, uma terceira
pauta, que se trata da possibilidade de reeleição. Haverá na ocasião do dia 21, uma votação, aberta e
nominal, com participação de 180 desembargadores, para saber se será adotada ou não as Eleições
Diretas, já para dezembro desse ano. O colega Jayme Martins de Oliveira Neto, Presidente da
Associação Paulista de Magistrados (APAMAGIS), salientou que, se o voto fosse fechado, em São
Paulo, teriam alguma chance, no Órgão Especial, de ter votação favorável, mas que como será aberto,
o resultado pode não ser positivo. Informou também que alguns colegas, com posição a favor das
Eleições Diretas nos Tribunais, incluindo três ex-Presidentes da APAMAGIS, que defenderam em
suas gestões as Eleições Diretas, não deverão votar por entenderem que a matéria não se regula dessa
forma e, somente por Emenda Constitucional. Salientou que os desembargadores que são contra as
Eleições Diretas têm uma força muito grande em relação a não criar uma Comissão Especial para
discutir o assunto no Congresso Nacional. O colega informou que, o que se tem feito em São Paulo, e
que pode ser seguido pelos colegas, se concordarem, é uma publicação, com as declarações e os votos
dos colegas, pois alguns são favoráveis às Eleições mas não à mudança do Regimento Interno, com o
intuito de levar esses votos ao Congresso Nacional, bem como aos Tribunais. Considerou ser
importante mostrar aos parlamentares de cada estado, a posição do Tribunal, sendo favorável às
eleições e comunicou que, em função de estarem aguardando uma posição do Piauí, a votação em São
Paulo no Órgão Especial foi protelada. O colega Leonardo Lúcio Freire, Presidente da Associação dos
Magistrados Piauienses (AMAPI), informou que a votação deveria acontecer no dia 29 de agosto, e
que existem nove votos a favor. O Coordenador Gervásio Santos, registrou que, em Mato Grosso, há
um caso atípico, onde a Assembleia Legislativa aprovou uma Emenda Constitucional, nos mesmos
termos da Emenda Constitucional de São Paulo e que o Tribunal de Justiça do Mato Groso (TJMT)
resolveu cumprir a Emenda. Ocorre que, o atual Corregedor do TJMT impetrou um mandado de
segurança, tendo como impetrado, não apenas o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, como
também todos os demais desembargadores, e esse mandado de segurança foi para o Supremo Tribunal
Federal (STF), e foi entregue para a Ministra Rosa Weber. O Coordenador informou ainda que, na
semana anterior à essa reunião da Coordenadoria, a Ministra deu a decisão, declinando e mandando
voltar para o TJMT. Gervásio reconheceu que esse movimento que as associações estaduais e a AMB
estão fazendo no âmbito dos Tribunais é mais político do que jurídico, e tem a função de sinalizar para
o Congresso o interesse dos próprios Tribunais, em optar pelas Eleições Diretas, e que sabe-se que,
após a votação no Piauí, tendo resultado positivo, algum desembargador contrário à proposta poderá
contestar a questão no âmbito o STF. O colega Antônio Alves de Araújo, Presidente da Associação
Cearense de Magistrados (ACM), informou ter anunciado aos colegas de seu estado, dependendo dos
resultados das mobilizações já agendadas em alguns estados, e da posição da AMB, será agendado em
outubro ou novembro, a movimentação pelas Eleições Diretas no Estado do Ceará. O Coordenador
Gervásio alertou o colega Araújo, que seria importante o colega sugerir duas datas, para que se possa,
a partir disso, entrar em contato com a Magistratura do Trabalho, e com a Magistratura Federal, para
que se possa definir o melhor momento para essa movimentação. Chegou-se à conclusão que a data
8
seria novembro e que ficaria pendente o dia certo. Item 7. Apresentação da Campanha de
Mobilização da Magistratura (AMAB) O Coordenador Gervásio Santos informou que, a
Magistratura da Bahia está passando por uma situação peculiar, que também ocorre em outros estados,
e ressaltou a postura que a AMAB adotou, fazendo uma mobilização da Magistratura Baiana, e que em
todos os estados há condições de mobilização. No caso da Bahia, a mobilização inclui melhores
condições de trabalho, mas que pode ser de acordo com a necessidade de cada estado. A colega
Marielza Brandão Franco, Presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB),
cumprimentou a todos e iniciou sua apresentação informando que, na Bahia, começaram a pensar na
campanha que inclui entre outros temas reivindicações por melhores condições, no início do ano
corrente, quando houve a posse do Presidente do Tribunal, Desembargador Mário Simões Hirs, que
expôs em seu discurso de posse que faria uma administração participativa e transparente. Ressaltou
que, desde então, só houve uma audiência com o Presidente, quando assumiu a presidência da AMAB.
Posteriormente, devido a algumas medidas tomadas pelo Presidente do TJBA, que desagradaram a
Magistratura, como por exemplo, a criação de uma Câmara de 2º Grau no Estado da Bahia, e também
a extinção de 34 Varas de Juízes de 1º Grau, para criação do mesmo número de Varas para o 2º Grau.
Informou que essas medidas foram trazidas para a reunião do Conselho de Representantes da AMB,
que autorizou o ingresso de uma ADI, já protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), e pela qual
estão esperando o Ministro Teori Zavascki, atual relator, apreciar o pedido. A colega relatou que, em
função da crise pela qual a Bahia está atravessando, pela falta de diálogo da Associação do Estado
com o Tribunal, conseguiu o apoio de todas as entidades como a AMB, a OAB, o Ministério Público,
a Defensoria Pública, os sindicatos e até mesmo o Sindicato dos Médicos, que emitiu uma nota. Em
virtude disso, foi realizado um ato de mobilização, no dia 23 de julho, quando surgiu a ideia da
campanha, mencionado anteriormente. A colega comunicou que foi contratada uma agência de
publicidade para a criação da campanha, e as sugestões propostas pela agência foram levadas para a
reunião da Diretoria, onde um colega sugeriu um slogan que foi aprovado, descartando então, as ideias
sugeridas pela agência. O slogan é “Questão de Justiça – Os Juízes da Bahia lutam por uma Justiça
eficiente”. Foi feito para o Ato do dia 23 um cartaz, uma carta aberta à população, um vídeo, bottons,
camisetas da campanha e contaram com a presença da AMB, representada pelo colega Sérgio Junkes,
Vice-Presidente de Assuntos Institucionais da AMB, além de todos os Juízes, vestidos com a camisa
da campanha. O Ato contou com a presença da sociedade civil. Foi montado em frente ao Fórum Rui
Barbosa, um painel no qual foi colocado um panorama da Justiça Baiana, que mostrava todas as
deficiências, e sugestões para se resolver essas questões. Ao final, os participantes tiraram uma foto
em frente ao Fórum. O Ato contou com a presença da imprensa, inclusive foi noticiado no Jornal
Nacional, da Rede Globo e na primeira página no Jornal A Tarde, que tem a maior circulação na
Bahia. A colega informou ainda que, no Dia do Magistrado, foi realizado um evento, aberto ao
público, com a presença do professor e Juiz Federal da Bahia Dirley Cunha especialista em Direito
Constitucional, que fez uma palestra, no Salão Nobre do Fórum Rui Barbosa, quando conseguiram
agregar mais de 500 pessoas, no dia 8 de agosto, data de lançamento da campanha. A colega Marielza
Brandão Franco comunicou que a campanha está sendo veiculada na televisão, foi publicada nos dois
jornais de maior circulação do Estado, além de uma matéria paga. Foram feitas visitas nos jornais e
está havendo ampla cobertura, não apenas na capital, mas também no interior da Bahia. Além disso,
9
foram colocados outdoors e distribuídos cartazes, e panfletos. No material foram apresentados os
quatro motivos mais graves que motivaram a campanha, sendo: 1 – A Bahia é o segundo Estado com
menos juízes por habitantes, sendo quatro juízes para cada 100.000 habitantes (a colega realçou que
viu uma pesquisa realizada pela AMB, que mostra que na Alemanha, por exemplo, existem 24 juízes
para cada 100.000 habitantes). Informou também que existem mais de 4.000.000 de processos
tramitando em 1º instância no seu Estado; 2 - Fóruns sem segurança, que estão sendo arrombados e
incendiados, além de juízes sofrerem atentados. Salientou que no interior do Estado a situação é pior e
não existe nenhum tipo de controle em relação ao acesso. 3 - Existe uma defasagem de mais de
10.000 servidores e que há mais de 10 anos não é realizado concurso público para juiz. 4 - Sistema de
informática caótico e diferente entre as comarcas. Deu exemplo do SAJ, que há quatro meses não
emite relatório. Outra questão é a falta de assessores, que hoje precisam entregar uma declaração de
que, se prestar assessoria, não terá prejuízo em seu trabalho, o que torna inviável a indicação do
servidor. Há também a questão da falta do auxílio-moradia, do auxílio-substituição, e de gratificações.
Concluiu, apresentando o filme da campanha que está sendo veiculado na TV e o filme do dia do Ato
realizado na Bahia. O Coordenador Gervásio Santos retomou a palavra e lembrou que não é apenas na
Bahia que está havendo problemas. Em seguida fez uma proposta aos colegas da Coordenadoria
Estadual, que, via de regra, se reúne com o Conselho de Representantes e o Conselho Executivo da
AMB, para que submetesse à apreciação dos colegas de que, a próxima reunião da Coordenadoria
Estadual, marcada para novembro, seja feita apartada da reunião do Conselho de Representantes e do
Conselho Executiva da AMB, e realizada em Salvador, por duas razões (1ª) que a realização da
reunião na capital da Bahia será sinalizada como apoio à Magistratura Baiana. (2ª) que se espera que
até a data da reunião, algum fruto da campanha já tenha rendido e, caso não tenha, será uma forma de
pressionar. O Coordenador destacou saber que esse procedimento vai gerar um custo a mais, pois os
colegas terão que se deslocar para Salvador, para a reunião da Coordenadoria Estadual, e para Brasília,
para participar da reunião do Conselho de Representantes. Seria feita uma agenda para a reunião em
Salvador, incluindo uma visita ao Tribunal de Justiça, ao Governo do Estado e outros órgãos que
possam vir a ser interessantes no intuito de apoiar a campanha. Essa agenda seria montada pela
AMAB, de acordo com as necessidades identificadas. A colega Nartir Dantas informou que houve um
evento na Bahia, que foi a inauguração da subsede da AMB em seu Estado, onde houve uma discussão
sobre algumas questões que estavam pendentes, e que contou com a presença de 21 associações
estaduais. Avaliou que esse apoio foi fundamental e com isso viu a necessidade de se colocarem na
AMB como deveriam. Ressaltou que há a necessidade de se fazer um ato forte, com o apoio da AMB
e de toda a Magistratura e seria muito bom que o pleito sugerido pelo Coordenador Gervásio Batista
fosse aprovado. O Coordenador fez uso da palavra para avaliar o quão importante é o apoio mútuo, e
argumentou com os colegas sobre a possibilidade de aprovação da proposta de realizar a reunião da
Coordenadoria da Justiça Estadual em Salvador. Deliberou se poderia ser definida a próxima reunião
para o dia 7 de novembro de 2014, em Salvador, e ressaltou o simbolismo do ato de apoio, e que esse
apoio poderá ser necessário a qualquer momento em outro Estado. O colega Antônio Alves de Araújo,
Presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM), ressaltou que a campanha da Bahia está
evoluída. Avaliou que a situação da Bahia parece ser pior do que a do Ceará, em matéria de estrutura,
e que no Ceará houve um fechamento total de relações com o Tribunal do Estado. Mencionou que
10
desde fevereiro não há nenhum tipo de evolução a respeito. Apoiou a realização da reunião da
Coordenadoria Estadual na Bahia. Solicitou que em momento oportuno, seja avaliada a situação do
Ceará, que vive situações como, por exemplo, a falta total de assessores para juízes e o auxílio-
alimentação sem retroativo, além outras situações peculiares e bastante parecidas com o caso da
AMAB. O colega afirmou estarem fazendo manifestações constantes, e que a última mobilização do
ano está marcada para 4 de dezembro deste ano. Também haverá manifestações em agosto, setembro,
outubro e novembro e, por essa razão, não pode confirmar presença na próxima reunião da
Coordenadoria Estadual da AMB, a não ser que a data possa ser flexibilizada. Espera que até janeiro
de 2015 a situação seja resolvida, pelo menos na Bahia e no Ceará. O colega Raimundo Nonato,
Presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Acre (ASMAC), informou que, devido ao
grande número de juízes de seu Estado, a realização da reunião em Brasília seja mais viável. O
Coordenador Gervásio Santos reconheceu ter consciência que existe sim essa dificuldade, e por essa
razão, estava submetendo a proposta para deliberação dos colegas. A colega Marielza informou que
faria o bloqueio dos 24 quartos disponíveis para a AMAB, nos casos de confirmação dos colegas. A
proposta do Coordenador Gervásio Santos, para que a 4ª reunião da Coordenadoria da Justiça
Estadual, seja realizada em Salvador/BA no dia 07 de novembro do ano em curso, foi aprovada
por unanimidade. Item 8. Proposta de LC para regulamentação da aposentadoria especial de
magistrado por risco de atividade (art.40, §4º, II da Constituição Federal) - (AMEPE): Assunto
retirado da pauta. Item 9. Assuntos gerais. 9.1 Sérgio Ricardo: Presidente da Associação dos
Magistrados do Espírito Santo (AMAGES), informou que o Deputado Federal Camilo Cola
(PMDB/ES), apresentou um Projeto de Lei, do conhecimento de todos, pois está inclusive na pasta
entregue aos Presidentes, regulamentando a questão do atendimento aos advogados, sobre os
agendamentos desses atendimentos. Citou um fato ocorrido no Espírito Santo, quando houve a posse
dos substitutos no Tribunal local, e o Presidente da OAB local fez uma reclamação alegando que os
substitutos haviam sido designados para a Vara, sem ouvir a OAB, o que o colega considerou um
absurdo, pois, pelo que diz a Constituição Federal, a OAB não faz parte do processo legislativo.
Propôs que se apresentasse, por meio de um deputado federal, uma emenda no Estatuto da Ordem dos
Advogados do Brasil, estabelecendo que, no Conselho Federal da Ordem, fosse prevista e permitida, a
participação de Magistrados e de membros do Ministério Público, de um representante da Câmara dos
Deputados e do Senado, assim como acontece no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Informou ainda
que nem o Tribunal de Contas da União (TCU) tem acesso às contas da OAB. Solicitou que os colegas
avaliassem a questão e deliberassem se haveria apoio e se continuasse com a proposta da Emenda. O
Coordenador Gervásio Santos lembrou que esse tema foi amplamente discutido na reunião, pautado no
Item 2, e afirmou não ver nenhum impedimento na solicitação do colega Sérgio Ricardo. Avaliou
ainda que a discussão deve ser ampliada e debatida no próprio Conselho de Representantes. Orientou
que o colega encaminhasse antes o projeto de estudo para que se fizesse uma avaliação prévia e
sugeriu que após essa análise, o tema volte à pauta na próxima Reunião da Coordenadoria Estadual.
Sérgio Ricardo informou que o colega Ezequiel Turíbio, foi eleito, em chapa única, como seu sucessor
na Presidência da Associação dos Magistrados do Estado do Espírito Santo (AMAGES), e que ficou
como Vice-Presidente na atual composição que assumirá a gestão. 9.2 Eugênio Terra, Presidente da
Associação de Magistrados do Rio Grande do Sul (AJURIS), cumprimentou os colegas e expôs um
11
assunto que considerou de extremo interesse da Magistratura Estadual que tinha a intenção de
apresentar o tema também no Conselho de Representantes, dependendo do resultado na Reunião da
Coordenadoria da Justiça Estadual. O assunto em questão é sobre o fato de algumas Magistraturas
Estaduais receberem substituição pela acumulação de atividades judiciais, em mais de uma Vara.
Informou que a Resolução nº 3 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estabelece que essa
gratificação de substituição, está incluída no teto salarial. Considerou que essa gratificação, na visão
da AJURIS, tem caráter indenizatório, pois acumula trabalho. Solicitou uma movimentação maior da
AMB nesse sentido. Mencionou que, foi aprovado, na Câmara dos Deputados, um Projeto de Lei, para
a Magistratura Federal, estabelecendo a substituição, que havia sido tirado da Magistratura no Senado,
voltou para a Câmara dos Deputados, e a Câmara estabeleceu, expressamente, no Projeto de Lei
aprovado, que irá à sanção presidencial, que a substituição feita agora, pelos Magistrados Federais,
terá caráter indenizatório. Estabelece que, quando o substituto estiver cumulando com o titular, ou
vice-versa, receberá por isso e, nesse caso, ficará excluída do teto. Avaliou que, a partir desse fato, a
AMB deve trabalhar a respeito, junto ao CNJ, no intuito de se modificar a Resolução. Propôs que a
Coordenadoria Estadual leve a questão ao Conselho de Representantes. O Coordenador Gervásio
Santos informou que a Resolução em questão é de número 13, e não 3, como citado pelo colega e, na
maioria dos Estados, onde já existe a substituição, ela é considerada salarial, seguindo os termos da
Resolução nº 13, do CNJ. Comunicou que, a aprovação pelo Congresso, da substituição, para os
Magistrados Federais e Trabalhistas, traz especificamente esse dispositivo, que altera a natureza
jurídica e estabelece claramente que se trata de verba indenizatória, o que não é aplicado em nenhum
Estado. Salientou que, no caso dos Estados, ainda se incide o imposto de renda. Avaliou que seria
prudente esperar a sanção presidencial, que poderá haver vetos e, tão logo a sanção aconteça, passará o
tema à Presidência da AMB, para requerer, junto ao CNJ, a alteração da Resolução nº 13, nesse
aspecto particular. Com isso, já ficaria decidido que o tema será pauta confirmada na próxima reunião,
dependendo apenas da sanção presidencial. O colega Eugênio Terra (AJURIS), ressaltou que, caso a
sanção não aconteça, o assunto poderá voltar a ser discutido no sentido de mudar a Resolução. 9.3
Frederico Mendes Junior, Presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR),
apresentou um tema, referente a uma declaração do Ministro Luís Roberto Barroso, dizendo que, para
os crimes de corrupção, que envolvem políticos, deveria ser criada uma Vara Federal, em Brasília,
para o julgamento de todos esses fatos, acabando com o Foro Privilegiado. O colega avaliou que as
pessoas devem ser julgadas, nesses casos, tal como a regra de competência normal, e não em Varas
especiais. Mencionou que o argumento, (antes de continuar, ressaltou que pode ter sido apenas uma
entrevista, e que não evolua) é que, se fosse julgado nos Estados, os julgamentos desses casos ficariam
muito sujeitos à influência externa. Considerou ainda que pode ter sido apenas uma infelicidade, na
construção da frase, na entrevista, mas que a Justiça Estadual é capaz de julgar esses casos sem
influência externa, e que a Coordenadoria Estadual tem a competência de defender o papel da Justiça
Estadual. Em seguida, acessou o link da entrevista e leu para todos, ressaltando que gostaria de
discutir a questão. O Coordenador Gervásio Santos solicitou que o colega Frederico passasse o link, e
assim, avaliaria melhor o assunto. O colega Sérgio Ricardo lembrou que o argumento utilizado é o
mesmo para existência do Foro Privilegiado, que já existe. O que houve foi a sugestão da criação da
Vara Federal, o que considerou um absurdo, pois o argumento já tem como base, o fato dos Juízes
12
Estaduais estarem sujeitos às pressões externas. 9.4. Marcos Salles, Assessor da Presidência da AMB,
fez uso da palavra e informou ter recebido uma determinação, do Conselho de Representantes, para
que, em nome da AMB, se dirigisse a cada Presidente de Tribunal e a cada Presidente de Associação,
para que informasse à AMB, qual o percentual de transferência da receita corrente líquida, de cada
Unidade da Federação, com o propósito de levar esse percentual, como uma política emergencial, para
que, efetivamente, cada Unidade Federada, possa dispor de recursos suficientes, para fazer frente às
necessidades. Comunicou que foi feito um ofício há mais de um mês, e só houve resposta dos Estados
do Rio de Janeiro, Acre, Espírito Santo, Tocantins, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Roraima, Rio
Grande do Norte e Paraíba. Pediu aos colegas, que entrem em contato com cada Presidente de
Tribunal, por meio de sua assessoria, ou por intermédio da própria entidade associativa, e passe essa
informação para a AMB, para que se possa fazer um levantamento e um estudo técnico com
especializados em orçamento e, se avaliar a criação de uma campanha nacional de convencimento da
sociedade e, sobretudo, do poder político, em relação a essas necessidades. Ressaltou a importância de
se instrumentalizar de argumentos políticos convincentes, para que a AMB possa prestar o melhor
serviço, para cada entidade filiada. O Coordenador Gervásio Santos, solicitou que o colega Marcos
Salles encaminhe o ofício a funcionária Shirley Costa, para que a Coordenadoria Estadual faça a
solicitação, pois algumas associações afirmam que não receberam o ofício, que, e lembrou que se
refere ao percentual de transferência da receita corrente líquida, de cada Unidade da Federação. O
colega Frederico Mendes ressaltou que é importante saber que, cada estado tem sua base de cálculo da
receita corrente líquida, e que isso deve ser levado em consideração. Mencionou que alguns estados
tem um conceito mais restrito e contabilizam a receita corrente líquida excluindo algumas verbas,
entre elas, o Fundo de Participação dos Estados, que é enviado pela União. Ressaltou que nos estados
onde esse fato acontece, pode haver um percentual alto, recebendo pouco, pelo fato de a base de
cálculo ser pequena. Informou que, no Paraná, em 2010, conseguiram incluir o Fundo de Participação
dos Estados e os convênios, no conceito de receita corrente líquida, para o repasse. O colega Marcos
Salles ressaltou que o objetivo, com o ofício, é justamente ter conhecimento técnico, para que se
tenham argumentos de discussão. O colega Leonardo Trigueiro, Presidente da Associação dos
Magistrados Piauienses (AMAPI), informou que no Piauí estão passando por um problema de
orçamento, e que pretendem entrar com representação do Tribunal no CNJ, para que o Conselho
Nacional de Justiça obrigue o Tribunal a cobrar o que lhe é devido pelo Executivo. Avaliou que o CNJ
deveria ter um posicionamento mais aprofundado nessa questão, para que os Tribunais não fiquem
frágeis na discussão orçamentária. O colega Sérgio Ricardo, Presidente da Associação dos
Magistrados do Espírito Santo (AMAGES), lembrou que, na gestão anterior da AMB, foi aprovada
uma proposta, pelo Conselho de Representantes, que seria levada ao Conselho Nacional de Justiça,
para que se criasse uma equipe técnica, no âmbito do CNJ, para apoiar os Tribunais, na questão
orçamentária local. Não teve mais conhecimento sobre o destino da proposta. O colega Francisco
Borges, Presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (AMERON), informou que
esteve presente em uma reunião com o Ministro Gilmar Mendes, então Presidente do STF, no Colégio
de Presidentes, e na época, foi colocado pelo Ministro Gilmar Mendes que qualquer Presidente que
precisasse, pudesse pedir autorização, por meio de uma Comissão, e ter acesso às gestões dos repasses,
no CNJ. Sugeriu que esse tema fosse retomado no Conselho Nacional de Justiça. O colega Sérgio
13
Ricardo complementou que, a ideia que ele apresentou ao Conselho de Representantes da gestão
passada da AMB, e que foi aprovada, era nesse sentido proposto pelo Ministro Gilmar Mendes. O
sentido de causar uma provocação das associações, nos casos de omissão do Tribunal, para que
houvesse um interesse do próprio CNJ em fazer essa negociação dos repasses de forma correta. O
Coordenador Gervásio Santos então informou que o ofício seria remetido pela Coordenadoria
Estadual, para que se fizesse esse levantamento e, tão logo as informações cheguem à AMB, seja
retomado o tema sobre a Comissão no CNJ, o que considerou um assunto importante, levantado pelos
colegas Sérgio Ricardo e Francisco Borges. Afirmou que desconhece a criação de alguma comissão
nesse sentido no CNJ. Para finalizar, o Coordenador Gervásio Santos informou que havia na pasta da
reunião, uma carta aos candidatos à Presidência do Brasil, que foi entregue ao comitê da candidata
Dilma Rousseff, seria entregue ao candidato Eduardo Campos e agora em virtude do acidente ficou
definido ser mais prudente esperar o rumo das eleições. O Coordenador Gervásio Santos agradeceu a
todos, considerou a reunião muito proveitosa, procurou ter uma postura totalmente democrática,
informou que seria feito um relatório para ser apresentado no Conselho de Representantes na reunião
do dia seguinte onde seriam encaminhadas as deliberações tomadas na reunião. Lembrou da posse do
colega Ezequiel Turíbio na Presidência da Associação dos Magistrados do Estado do Espírito Santo
(AMAGES) e comunicou o convite do colega Sérgio Ricardo a todos os colegas, no dia 24 de
setembro.
Gervásio Protásio dos Santos
Coordenador da Justiça Estadual da AMB