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Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP Aos vinte e um dias do mês de junho de dois mil e dezessete, às oito horas e dez minutos, na 1 cidade de São Paulo, no Anfiteatro Nilceo Marques de Castro, Rua Botucatu, 840- subsolo do 2 Edifício Otavio de Carvalho reuniu-se ordinariamente a Comissão de Residência Médica - 3 COREME, sob a coordenação do Professor Doutor Adagmar Andriolo, com a participação dos 4 membros da COREME. Presentes: Residente Dr. Kalill Bueno Abdalla; Prof. Dr. Jose Carlos 5 Baptista Silva; Dra. Ana Virginia Lopes de Sousa; Dra. Marcela Fernandes; Prof. Dr. Carlos 6 Haruo Arasaki; Dr. Diego Adão Fanti Silva; Dr. Frederico Teixeira Barbosa; Dra. Elaine Cristina 7 Soares Martins Moura; Prof. Dr Fabio Nahas; Prof. Dr. Luiz Eduardo Villaça Leão; Prof. Dr. Luiz 8 Hirotoshi Ota; Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva; Profa. Dra. Elizabeth Malta Rezende; Prof. 9 Dr. Sergio Henrique Hirata; Dra. Ana Laura A. Giraldes; Prof. Dr. Valdir Ambrósio Moisés; Dra. 10 Adriana Siviero Miachon; Prof. Dr. Orlando Ambrogini Junior; Dra. Ana Cristina Fontenele 11 Soares; Dra. Ana Beatriz Alvarez Perez; Profa. Dra. Maria Lucia Cardoso Gomes Ferraz; Prof. 12 Dr. Roberto Jose de Carvalho Filho; Dr. Otelo Rigato; Prof. Dr. Eduardo Medeiros; Profa. Dra. 13 Dayse Maria Machado; dr. Daniel Almeida Gonçalves; Dr. Daniel almeida Gonçalves; Dr. 14 Guilherme Arantes Mello; Dr. Diego adão Fanti Silva; Dra. Daniele Yurie Vieira Tomotani; Sra. 15 Daniela Betinassi Parro Pires; Prof. Dr. Marcelo Costa Batista; Profa. Dra. Marina Carvalho de 16 Moraes Barros; Profa. Dra. Maria Fernanda Branco de Almeida; Dra Joice Fabíola Meneguel 17 Ogata; Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani; Profa. Dra. Nádia Iandoli de Oliveira; Profa. 18 Dra. Enedina de Oliveira; Prof. Dr. Ivan Maynart Tavares; Prof. Dr. Carlos Eduardo da Silveira 19 Franciozi; Dr. Vitor Guo Chen; Dra. Milvia Maria Simões e Silva Enokihara; Prof. Dr. Ricardo 20 Artigiani; Dra. Cecilia Micheletti; Dra. Marina Carvalho de Moraes Barros; Dra. Cecilia 21 Micheletti; Profa. Dra. Eloara Vieira Machado ferreira alvares da Silva Campos; Dra. Raquel Jales 22 Leitão; prof. Dr. Jose Cassio do Nascimento Pitta; Profa. Dra. Sheila C. Caetano; Prof. Dr. Artur 23 da Rocha Correa Fernandes; Dra. Marina Silva Zacarias; Sra. Andrea Puchnick; Profa. Dra. Maris 24 Salete Demuer; Profa. Dra. Rita Nely Vilar Furtado; Dr. Victor Gottardello Zecchin; Dr. Samuel 25 Saiovici; Profa. Dra. Emilia Inoue Sato. Ausências Justificadas: Profa. Dra. Andrea Fernandes 26 de Oliveira; Dr. Felipe Scipião Moura; Prof. Dr. Karlo Faria Nunes; Prof. Dr. Evandro Guimarães 27 de Souza; Prof. Dr. Gil Facina; Dra. Jellin Chiaoting Chuang; Prof. Dr. Paulo Cesar Koch 28 Nogueira; Dr. Victor Gottardello Zechchin; Profa. Dra. Therezinha Rosane Chamlian; Profa. Dra. 29 Carolina F. M. G. Pimentel; Dra Mary Hozokono; Prof. Dr. Ramiro Anthero de Azevedo; Profa. 30 Dra. Claudia M. R. Alves; Prof. Dr. Ivaldo da Silva; Prof. Dr. Cleber P. Machado; Dra. Maria 31 Lucia de Martino Lee; Profa. Dra. Maria Cristina de Andrade; Dra. Lia Bittencourt; Prof. Dr. Jose 32

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica ... PLENARIA... · 44 que caso do residente já esteve em Plenária em seu primeiro ano de residência, quando foi

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Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

Aos vinte e um dias do mês de junho de dois mil e dezessete, às oito horas e dez minutos, na 1

cidade de São Paulo, no Anfiteatro Nilceo Marques de Castro, Rua Botucatu, 840- subsolo do 2

Edifício Otavio de Carvalho reuniu-se ordinariamente a Comissão de Residência Médica - 3

COREME, sob a coordenação do Professor Doutor Adagmar Andriolo, com a participação dos 4

membros da COREME. Presentes: Residente Dr. Kalill Bueno Abdalla; Prof. Dr. Jose Carlos 5

Baptista Silva; Dra. Ana Virginia Lopes de Sousa; Dra. Marcela Fernandes; Prof. Dr. Carlos 6

Haruo Arasaki; Dr. Diego Adão Fanti Silva; Dr. Frederico Teixeira Barbosa; Dra. Elaine Cristina 7

Soares Martins Moura; Prof. Dr Fabio Nahas; Prof. Dr. Luiz Eduardo Villaça Leão; Prof. Dr. Luiz 8

Hirotoshi Ota; Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva; Profa. Dra. Elizabeth Malta Rezende; Prof. 9

Dr. Sergio Henrique Hirata; Dra. Ana Laura A. Giraldes; Prof. Dr. Valdir Ambrósio Moisés; Dra. 10

Adriana Siviero Miachon; Prof. Dr. Orlando Ambrogini Junior; Dra. Ana Cristina Fontenele 11

Soares; Dra. Ana Beatriz Alvarez Perez; Profa. Dra. Maria Lucia Cardoso Gomes Ferraz; Prof. 12

Dr. Roberto Jose de Carvalho Filho; Dr. Otelo Rigato; Prof. Dr. Eduardo Medeiros; Profa. Dra. 13

Dayse Maria Machado; dr. Daniel Almeida Gonçalves; Dr. Daniel almeida Gonçalves; Dr. 14

Guilherme Arantes Mello; Dr. Diego adão Fanti Silva; Dra. Daniele Yurie Vieira Tomotani; Sra. 15

Daniela Betinassi Parro Pires; Prof. Dr. Marcelo Costa Batista; Profa. Dra. Marina Carvalho de 16

Moraes Barros; Profa. Dra. Maria Fernanda Branco de Almeida; Dra Joice Fabíola Meneguel 17

Ogata; Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani; Profa. Dra. Nádia Iandoli de Oliveira; Profa. 18

Dra. Enedina de Oliveira; Prof. Dr. Ivan Maynart Tavares; Prof. Dr. Carlos Eduardo da Silveira 19

Franciozi; Dr. Vitor Guo Chen; Dra. Milvia Maria Simões e Silva Enokihara; Prof. Dr. Ricardo 20

Artigiani; Dra. Cecilia Micheletti; Dra. Marina Carvalho de Moraes Barros; Dra. Cecilia 21

Micheletti; Profa. Dra. Eloara Vieira Machado ferreira alvares da Silva Campos; Dra. Raquel Jales 22

Leitão; prof. Dr. Jose Cassio do Nascimento Pitta; Profa. Dra. Sheila C. Caetano; Prof. Dr. Artur 23

da Rocha Correa Fernandes; Dra. Marina Silva Zacarias; Sra. Andrea Puchnick; Profa. Dra. Maris 24

Salete Demuer; Profa. Dra. Rita Nely Vilar Furtado; Dr. Victor Gottardello Zecchin; Dr. Samuel 25

Saiovici; Profa. Dra. Emilia Inoue Sato. Ausências Justificadas: Profa. Dra. Andrea Fernandes 26

de Oliveira; Dr. Felipe Scipião Moura; Prof. Dr. Karlo Faria Nunes; Prof. Dr. Evandro Guimarães 27

de Souza; Prof. Dr. Gil Facina; Dra. Jellin Chiaoting Chuang; Prof. Dr. Paulo Cesar Koch 28

Nogueira; Dr. Victor Gottardello Zechchin; Profa. Dra. Therezinha Rosane Chamlian; Profa. Dra. 29

Carolina F. M. G. Pimentel; Dra Mary Hozokono; Prof. Dr. Ramiro Anthero de Azevedo; Profa. 30

Dra. Claudia M. R. Alves; Prof. Dr. Ivaldo da Silva; Prof. Dr. Cleber P. Machado; Dra. Maria 31

Lucia de Martino Lee; Profa. Dra. Maria Cristina de Andrade; Dra. Lia Bittencourt; Prof. Dr. Jose 32

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

Osmar Medina Pestana; Dra. Maria Angela Tardelli; Prof. Dr. Newton de Barros Junior; Profa. 33

Dra. Lucia Bizari Fernandes do Prado; Profa. Dra. Luisa Ceragoli Oliveira. O Professor Adagmar 34

inicia a reunião agradecendo a presença de todos, informando as ausências justificadas e 35

incentivando aos membros presentes estimularem os demais colegas a participarem das plenárias 36

futuras. Comenta sobre o site da COREME, discorrendo sobre as mudanças que estão sendo 37

efetuadas, a informatização para a solicitação de documentos via on line, que tornará a vida dos 38

alunos mais fácil e o trabalho da COREME otimizado, devido ao quadro reduzido da equipe 39

técnica. O próximo passo deverá ser a inclusão da possibilidade de assinaturas digitalizadas nos 40

certificados. Seguindo a pauta da Plenária, o Prof. Adagmar Andriolo apresenta o processo do 41

aluno do PRM em Oftalmologia, Dr. Fabricio Rodrigues de Andrade, o qual está sob avaliação da 42

Comissão de Averiguação de Atividade do Residente - CAAR. Resume aos membros presentes 43

que caso do residente já esteve em Plenária em seu primeiro ano de residência, quando foi 44

apresentado um problema em que foi caracterizado plagio em um trabalho por ele apresentado. 45

No histórico, fica claro que ele não foi um residente brilhante e que, também no segundo ano da 46

residência, não conseguiu acompanhar o treinamento adequadamente, nem nos aspectos teóricos 47

nem na prática. As cirurgias as quais o residente participou apresentaram algum grau de 48

complicação adicional. Os Responsáveis pelo Programa de Residência Médica em Oftalmologia 49

encaminharam para a COREME a declaração de reprovação. Segundo o regulamento da 50

COREME, o residente reprovado deve ser encaminhado para uma banca de avaliação. A banca 51

de avaliação foi composta por 1 presidente, 4 membros do Departamento de Oftalmologia e 1 52

membro do Departamento de Medicina, o residente não obteve a média na avaliação teórica como 53

também não demonstrou habilidades e competências técnicas, tendo sido reprovado pela banca 54

de avaliação. A CAAR avaliou o caso, acompanhou todo o processo, concluindo que o Residente 55

não apresentava condições para receber o certificado de Residência. A Plenária do mês abril da 56

COREME homologou esta decisão. O Residente recorreu da decisão. Por liberalidade da 57

COREME, apesar do processo ter seguido os tramites legais, decidiu-se apresentar, novamente, o 58

caso a esta Plenária. Prof. Adagmar Andriolo passa a palavra aos membros para manifestação. O 59

Prof. Dr. Jose Carlos Costa Baptista Silva toma a palavra e diz que o caso anterior, no qual foi 60

caracterizado o plágio já seria motivo para expulsão do Residente. Comenta que houve um caso 61

na USP em que um Professor foi expulso pelo plagio, e que a reitora da época também está sendo 62

processada e corre o risco até de perder a aposentadoria. O Prof. Adagmar Andriolo relata que 63

naquela ocasião foi levado em consideração uma certa imaturidade por parte do residente, 64

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

pressões sofridas.. A Profa. Dra Emilia Inoue Sato questiona se foi um trabalho por ele publicado. 65

|O Prof. Adagmar Andriolo esclarece que foi um trabalho de TCC. O Residente extraiu um artigo 66

de uma revista, de autoria de uma professora da Instituição. A professora, em escrevendo o 67

trabalho, em um determinado momento ela escreve: “ A autora observou.... “ E ele copiou, 68

literalmente, sugerindo fortemente que o Residente nem tenha lido o trabalho. Na ocasião, o 69

Residente foi advertido e refez o trabalho para aprovação no curso. A Prof. Dra. Emilia Inoue 70

Sato questiona se tudo foi documentado. Prof. Dr. Adagmar Andriolo informa que o processo 71

todo se encontra disponível na COREME. O Prof. Dr. Adagmar pergunta aos membros se podem 72

ratificar a decisão de desliga-lo do Programa de Residência Médica em Oftalmologia. Por 73

unanimidade a decisão foi homologada. Seguindo a pauta, o Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta 74

sobre o processo de revalidação, informando que a Instituição recebe, com frequência, os pedidos 75

para revalidar documentos de residentes, a Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM 76

encaminha somente a documentação, sem que termos contato com os interessados. Entende ser 77

uma falha do processo, mas que tanto a CONRM quanto o Ministério da saúde entendem ser esta 78

a forma de se proceder ao processo de revalidação. Informa termos recebido um pedido da CNRM 79

para análise de uma revalidação da área de cirurgia geral, passando a palavra para o Prof. Dr. 80

Carlos Haruo Arasaki, que assim se manifestou: “ Diz o relatório que pede um especialista da área 81

para analisar, diferentemente de outras situações em que se exigia uma comissão formada por 3 82

especialistas para analisar. Por que um especialista? “ Neste momento inicia o relato do caso. “Um 83

médico formado no Peru conseguiu validar seu diploma de médico aqui no Brasil e por já estar 84

atuando aqui, solicitou, também, a validação de sua residência “em cirurgia geral” feita em outra 85

universidade, se não me engano no Ceará. Esta solicitação foi rejeitada e ele recorreu. Foi 86

solicitado o parecer do especialista. Trata-se de um médico que já atua na região nordeste do 87

Brasil como clínico geral, casado com uma brasileira, com quem tem um filho. Em seu país de 88

origem, ele tinha feito uma especialização em cirurgia do aparelho digestivo e, inclusive, fazia 89

cirurgias gerais, a grande maioria delas do aparelho digestivo, salvo em situações que fazia 90

mastectomia e outras cirurgias na área de urologia e cirurgia para varizes na área de sistema 91

vascular. A pergunta é, basicamente, existe semelhança entre os programas que ele cursou no Peru 92

e a residência médica aqui no Brasil? A reposta é não. Não há semelhança entre o PRM em 93

cirurgia aqui Brasil e o que ele praticou em seu pais de origem. Porque? Por que em seu país de 94

origem é muito focado, voltado para cirurgião geral primário em que os procedimentos são mais 95

simples. Porém, a nossa portaria, em que se baseia o Programa de Residência, exige uma série de 96

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

informações adicionais voltadas para especialidades cirúrgicas que não eram contempladas no 97

currículo dele, não há similaridades entre os programas, embora a carga horária em que ele 98

estivesse praticado é muito superior àquela exigida aqui no Brasil. Então, não está em mérito se 99

ele é um bom médico ou não, se é capacitado em ir para o centro cirúrgico realizar cirurgias de 100

baixa complexidade. A pergunta é se existe semelhança ente os programas e a resposta foi não. 101

Ele até tentou justificar que, após o termino residência, continuou praticando cirurgias, mostrou 102

uma lista de procedimentos executados. Outra coisa que me chamou a atenção em relação ao curso 103

que ele fez é que a parte teórica da residência tem carga horaria menor daquela exigida aqui no 104

Brasil. Isso já depõe contra a aprovação. Ele fez o curso em meados dos anos 2000, há quinze ou 105

dezesseis anos atrás. Pensei em como iria validar? Agora, nesse momento, se ele recebeu 106

conhecimento mínimo e ter se passado quinze a dezesseis anos, eu não sei se ele fez r atualização 107

dos conhecimentos porque não anexou nenhum comprovante. Em suma, acabei corroborando com 108

a visão dos outros avaliadores. ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva solicita a palavra e argumenta 109

que o fato é muito grave e discorre: “ Primeiramente, pelo que entendi, o referido não realizou 110

residência médica, somente um curso. Realizou residência médica ou um curso? ” Questiona. 111

Prof. Dr. Carlos Haruo Arasaki responde ao questionamento do Prof. Dr. Jose Carlos Baptista 112

Silva explicando que, conforme a carta inicial, ela explica que o curso é um pouco diferente na 113

América Latina, quando o médico, na verdade, tem a obrigatoriedade de formação em que ele 114

atua tanto como médico como cirurgião na sua formação acadêmica, ele sai com diploma de 115

médico e cirurgião. Ele mostra o histórico escolar no qual consta que cursou dois anos de cirurgia 116

focado em cirurgia do aparelho digestivo, porém, lá o curso não é chamado de residência da 117

maneira como foi solicitado, é mais como um curso de especialização. Prof. Dr. Jose Carlos 118

Baptista Silva argumenta: “Então desta forma não pode, em segundo, ele tem comprovação deste 119

documento, é um documento fiel?” Questiona. Prof. Dr. Carlos Haruo Arasaki responde: “Existe 120

uma tradução juramentada.” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva responde: “Não, tradução não 121

adianta. Então eu acho que aqui nós não podemos brincar, na minha opinião a gente não pode 122

revalidar”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo ressalta que todas as avaliações e reavaliações feitas 123

tem passado por um processo rigoroso e que esse não é o primeiro que se rejeita”. Prof. Dr. Jose 124

Carlos Baptista Costa sugere que se o candidato se sente um cirurgião geral que preste exame em 125

nossa sociedade, o Colégio Brasileiro de Cirurgiões. “ Eu tenho diploma de cirurgião geral pelo 126

Colégio Brasileiro de Cirurgiões de 1981, quem quiser faça um exame no Colégio. Esse tem um 127

valor muito importante”. O Prof. Adagmar Andriolo pergunta aos membros se há algum 128

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

comentário sobre o parecer. O Prof. Haruo pede a palavra para fazer uma complementação sobre 129

o assunto. “ Gostaria de deixar bem claro que estou respondendo pelo Departamento de Cirurgia, 130

mas a partir do próximo mês não estarei mais responsável pela gastro cirurgia”. Prof. Adagmar 131

Andriolo agradece ao Prof. Haru e reitera a importância da COREME ser comunicada quanto as 132

mudanças na coordenação do PRMs. Seguindo a pauta o Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta 133

sobre o processo seletivo referente a 2018. “ O outro item é sobre o nosso processo de seleção de 134

residente para este ano já estamos trabalhando nisso embora ainda não encerramos o anterior sob 135

o ponto de vista formal. Na prática, esse processo acabou no dia 31/03/2017, quando se encerram 136

as inscrições, mas existe todo um trabalhado administrativo burocrático, financeiro que está em 137

andamento, mas imagino que neste ano foi bem mais tranquilo, as pessoas que trabalharam, 138

cumpriram todas as formalidades e foram devidamente remuneradas pelo trabalho feito, 139

evidentemente dentro das restrições do plano de trabalho e da legislação. Nós temos um último 140

detalhe: as assinaturas das guias de recebimento chamadas RPAs. Todos que receberam devem 141

assinar o documento, e esse documento deve constar na prestação de contas final, e isto está sendo 142

administrado pela FAP em breve receberemos esses documentos para que os senhores assinem 143

para que possamos então encerrar. Encerrado o processo, ele segue para a procuradoria da 144

Universidade e será encaminhado para o tribunal de contas da União. E a boa notícia é que nós 145

tivemos um processo relativamente econômico, gastamos dois terços da verba arrecadada e um 146

terço voltará para a União, mas existe um compromisso em que esse montante volte 147

especificamente para o Campus São Paulo e mais especificamente para os PRMs. Estamos 148

conversando com as pessoas envolvidas para que tudo isso aconteça mesmo”. O Prof. Dr. 149

Adagmar Andriolo passa a palavra para a Profa. Dra. Emília Inoue Sato: “ Bom dia a todos, é 150

sempre muito bom dizer que sobrou dinheiro. Essa notícia não é totalmente boa porque nós temos 151

algumas restrições porque tudo que sobrou tem que voltar. Chamávamos isso de “buraco negro” 152

por que depois que volta... mas houve um compromisso, o procurador, em várias reuniões 153

entendeu que nós estamos numa situação muito ruim, com falta de verbas, mas apesar de termos 154

falado com a Tania a Pró-Reitora de administração, não está ainda bem claro se o 155

contingenciamento, aquele valor de repasse, se “você” tem direito a X, mas você só pode gastar 156

Y e esse Y é bem menor que o X a que nós como Universidade temos direito. Se este valor ainda 157

vai ter algum contingenciamento ou não é o grande problema, mas mesmo que tenha algum, ou 158

não consigamos gastar tudo, me parece que pelo menos alguma coisa vamos receber. É muito 159

importante colocar: este dinheiro se voltando, como vai ser utilizado e que isto não atrapalhe, 160

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

porque se o Campus ganhar, mas ser dito: “ Esse é o valor total que o Campus vai ganhar para 161

gastar esse mês”, ficamos naquele impasse, tem o aluguel da casinha para pagar, a luz, e nós não 162

queríamos que entrássemos neste mérito e de qualquer forma o valor é bem menor do que temos 163

de dividas. Há esta conversa e a Rosana também entende que esse montante tem que voltar para 164

o nosso uso. O problema é como fazer que eles liberem sem falar: “Vocês têm o direito de 165

gastarem esse mês R$ 800,00 mil reais”. E dentro disto venho o dinheiro, então assim é ruim com 166

tudo que temos que pagar. Mas acho muito importante que para a COREME ficar pensando 167

antecipadamente, em vindo, o que vai ser prioritário de melhoras dos PRMs de um modo geral, 168

ou das instalações ou alguma coisa que possa melhorar para todos, não vamos ajudar só a um 169

programa a intenção é ajudar a todos. Então seria bom começarmos a pensar, embora não 170

possamos ainda garantir os valores”. Prof. Dr. Adagmar Andriolo fala em números acerca do 171

retorno da verba: “ Em números mais ou menos redondos estamos falando em um retorno de 1 172

milhão dentro os quais talvez 30% fiquem no chamado contingenciamento. Mas ainda é uma 173

negociação e depende, provavelmente, das necessidades da Universidade como do próprio 174

Campus de qualquer forma”. Profa. Dra. Emília Inoue Sato diz: “Deveríamos ter uma lista, temos 175

isto e gastamos nisto, temos que ter um planejamento porque, de repente, o montante vem e 176

precisamos utiliza-lo”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo foi indagado pelo Prof. Dr. Eduardo 177

Medeiros se era possível utilizar a verba para bolsa de preceptoria. Prof. Dr. Adagmar Andriolo 178

responde que não é possível e acrescenta: vale inscrição em congressos, vale material de consumo 179

especifico, não vale por exemplo café. Em congresso, vale a inscrição você não pode pagar a 180

passagem, por em enquanto, nós ainda estamos negociando, gostaríamos que fosse possível, 181

porque é interessante, muitas vezes o congresso é fora do Estado, você consegue a inscrição, mas 182

se não facilitar a ida do residente, fica difícil”. Profa. Dra. Emília Inoue Sato argumenta: “ Vale a 183

pena vocês colocarem e também não dá para dizer que vão dar inscrições para todo mundo, quem 184

receber a inscrição se tem trabalho para apresentar, quem tem prioridade para poder ganhar a 185

inscrição. É uma coisa que vocês já deviam estar bem alinhavados”. Prof. Dr. Adagmar 186

argumenta: “O porque a urgência por que esse dinheiro acaba em dezembro, ele não fica para o 187

ano que vem. Em vindo, temos que gastá-lo logo em termos oficiais, com três orçamentos, com 188

licitação pública, enfim uma série de procedimentos. ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva toma 189

a palavra e argumenta: “ Para o ano que vem o hospital tem uma previsão de trabalhar com 370 190

leitos, não temos como fugir disto é o máximo possível, pelo que nós estamos trabalhando na 191

diretoria. Ontem conversei com o Prof. Dr. José Roberto Ferraro e com o Marcelo Santos para 192

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

que se torne algo oficial. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta que o número citado se refere a 193

mais ou menos 50% da capacidade, isto significa que, em tese, o nosso campo de trabalho e o 194

treinamento do residente foi reduzido a 50% em relação a área hospitalar. “Prof. Dr. Jose Carlos 195

Baptista Silva comenta que isso terá um reflexo por mais quatro anos. “ O ano que vem nós 196

teremos o mesmo número de residentes que nós temos este ano, por mais quatro anos nós teremos, 197

provavelmente, porque os residentes estão aqui e vão ficando. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo fala: 198

“Infelizmente não só o hospitalar porque os ambulatórios também fazem contingência. ” Profa. 199

Dra. Emília Inoue Sato opina sobre o assunto “ Somente para vocês terem uma ideia, nós da Escola 200

Paulista de Medicina, na congregação foi decidido que nós não estamos mais recebendo alunos 201

com mobilidade, aliás nas Universidade Federais, mais ninguém, porque se nós não temos para 202

os nossos residentes como iremos receber os de fora? Fica difícil por que sequer os residentes tem 203

lugar para ficar, se recebe muitos residentes externos, será justo se nós não temos para os nossos 204

recebermos os externos? Ou será que já está na hora de também pensar nisso. É muito ruim esta 205

situação porque temos tanta propaganda negativa todos os dias, faltam coisas, o interesse por 206

nossa Instituição, obviamente, o pessoal que vai prestar vestibular deve pensar: Será que entro no 207

Einstein ou na Paulista? Fica a dúvida. Mas eu me preocupo com essa situação e também com a 208

residência. Será que fico na Paulista? Porque está tudo ruim. Eu tenho receio que, no próximo 209

ano, a concorrência não seja tão grande. Fico extremamente receosa, principalmente quando 210

falamos que não estamos mais aceitando residentes de fora, quem vem de fora fica sabendo que 211

não estamos aceitando já decidem por não vir para cá. Precisamos pensar no número de residentes 212

e no número de vagas. ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva toma a palavra e sugere: “ Se 213

diminuíssem as vagas de residentes? Se o hospital se recuperar, como tem excedentes, podemos 214

depois chamar, não sei se a lei permite isso. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo responde que a lei não 215

permite. ” Não, ano por ano. Podemos reduzir sem perder as vagas, isso é possível, a Comissão 216

Nacional permite. ”Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani pede a palavra: “ Os leitos nós já 217

sabemos serão 370, mas em que situação esses leitos estarão? Haverá cirurgias? O Centro 218

cirúrgico vai permanecer fechado? Vai haver contingenciamento? Em que situação nós 219

poderemos usar esses leitos? Do ponto de vista das carreiras cirúrgicas, isso se tornou 220

fundamental, nos também não estamos oferecendo o número mínimo de cirurgias para os nossos 221

residentes obterem os títulos de especialistas. Em que condições os 370 leitos poderão ser 222

utilizados? ” Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva responde aos questionamentos: “ De um modo 223

geral afetará a clínica e a cirurgia. Já está tudo pronto, estão disponibilizados 400 mil reais para 224

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

utilizações de órteses e próteses. Antes nós tínhamos 1 milhão e agora só temos 400 mil reais, 225

temos que trabalhar com isso. Estou trazendo aqui algo oficial da diretoria executiva e conforme 226

as coisas vão melhorando vamos comunicando a todos. ” Prof. Dr. Adagmar Andriolo relata: “ Eu 227

gostaria de lembrar a todos que esta decisão oficial da instituição tem uma repercussão na 228

Comissão Nacional de Residência Médica. Quando a comissão avalia os programas, um dos 229

critérios objetivos se refere aos números de leitos disponíveis para a residência e, evidentemente, 230

o número de cirurgias e o centro cirúrgico. Se nós não tomarmos a iniciativa de reduzir 231

temporariamente o número de vagas, a Comissão Nacional vai fazê-lo compulsoriamente. ” Prof. 232

Dr. Jose Carlos Baptista Silva comenta: “ Só não está pior, ou mais complicado porque a SPDM 233

nos ajuda muito, inclusive quando não temos dinheiro, o Prof. Nascimento assume o caso e leva 234

para os outros hospitais. ” O Prof. Adgmar Andriolo reitera que tem havido uma importante 235

colaboração da SPDM nesse sentido, inclusive no acolhimento dos residentes. ” Profa. Dra. Emília 236

Inoue Sato comenta sobre os ambulatórios: ”. Quem gera 40 % ou 45% das internações no pronto 237

socorro é o ambulatório, pacientes que em atendimento tem uma piora e acabam sendo internados. 238

Nosso ambulatório é enorme, eu acho que o ambulatório é maior do que precisamos. Na maioria 239

dos serviços, eu tenho residentes reclamando da demanda de pacientes para serem atendidos, isto 240

também tem que ser reduzido, porque eu não preciso de 700 pacientes com Lúpus para ensinar 241

lúpus para os residentes. A reumatologia tem 700 pacientes com lúpus, não há mais onde colocar 242

tantos pacientes, se eu tenho um ambulatório grande, esse ambulatório tem pacientes com 243

intercorrências que acabam sendo internados. Eu acho que a preocupação da cirurgia é maior 244

porque, enquanto estivermos internando somente urgências os cirurgiões só irão operar urgências. 245

Isso é algo a ser discutido, eles não vão ter cirurgias eletivas porque as poucas vagas da cirurgia 246

estão sendo ocupadas pelas urgências. Está sendo feito pela reitoria e o conselho gestor um grupo 247

de trabalho para estudar a redução, como vai ser reduzido. Pensar em redução precisa saber para 248

onde mandar, quem irá receber. Esta e uma conversa muito séria, pois já houve esta conversa 249

muitas vezes, mas nunca se resolveu, se a rede funcionasse adequadamente. Hospital das Clinicas 250

fechou e muitos pacientes migraram para cá. A Santa Casa também parou de funcionar, conclusão 251

estamos superinchados, mas a culpa também é nossa, atendemos mais do que tínhamos condições 252

e agora não sabemos como reduzir, vai ser uma dificuldade grande, estamos prevendo que será 253

difícil. Com relação à situação atual, nada de concreto foi feito, passeatas, idas para conselhos e 254

assembleias, tudo foi feito e está se fazendo para se bater na porta do próprio presidente. Estamos 255

em tal situação que no último conselho universitário, foi feita uma lista de pessoas que podem 256

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

entrar com recurso na justiça contra corte de custos, pode-se encaminhar um documento ao 257

ministério público em nome da população declarando que nós, como docentes, estamos sendo 258

prejudicados por essa medida de corte de custos. Só que esta medida não poderia ser apresentada 259

antes, agora já acabou o prazo legal de espera de respostas. O procurador mandou, um documento 260

de 50 páginas de justificativa que somos um hospital universitário e os motivos pelos quais 261

precisamos continuar recebendo as verbas como todos os anos. E que também não se pode cortar 262

verbas de uma hora para outra sem aviso prévio. Por causa disto, nós podemos entrar com uma 263

medida jurídica, esta medida ainda não foi implementada , esta resposta ao procurador demora 264

um tempo vamos acabar brigando com o “próprio patrão”, estamos com uma lista de docentes 265

dentro do conselho universitário que poderiam participar e estão assinando, temos um advogado 266

que faz parte do conselho universitário que se dispôs a usar o escritório dele a fazer a 267

representação, sem cobrar, chegou-se ao ponto que nós iremos brigar na justiça contra esta 268

injustiça que foi cometida conosco. Somente para dizer que não estamos parados, mandamos 269

cartas aos políticos. No conselho gestor sempre se fala de que adianta reduzir para 370 leitos e 270

continuar, vários programas já reduziram de 2015 para 2017, a neurologia reduziu a oftalmo, acho 271

que está na hora de pensarmos principalmente aqueles que diretamente têm sido afetados por esse 272

problema. E a carta vai ser para o conselho “considerando que o hospital e a restrição orçamentária 273

pelo corte que sofreu não tem mais condições de atender...”, é um absurdo, temos pessoas para 274

atender, temos local que é o hospital, muitas enfermarias recém reformadas e vamos dizer que 275

iremos fechar porque não se tem verba para manter. Também não adianta entrar pacientes e não 276

ter comida para a próxima semana, nem gaze para curativos. ” Profa. Dra. Eloara Vieira Machado 277

Ferreira Alvares da Silva Campos questiona como seria feita a redução na Pneumo que é clínica, 278

porém os residentes dão plantão, plantões na UTI, pois se diminui o número de vaga não será 279

possível dar conta dos plantões, pois existe os pós plantão, o residente em férias. O número atual 280

de residentes é oito, pensando nos plantões que os residentes devem dar na pneumo. Quando 281

houver a diminuição das vagas não será possível atender à demanda. Não existe médico 282

plantonista e nem concursados, à medida que os médicos foram saindo as vagas não foram 283

repostas. Não há concursados e faltam preceptores na pneumo. Profa. Dra. Emília Inoue Sato 284

interrompe e reitera: “ Acho que cada um deve pensar em o que pode fazer ou não. A longo prazo 285

está se pensando em o que se fazer no hospital se o hospital chegou ao problema em que está, não 286

só por falta de orçamento, mas também por falta de gerenciamento. É muito difícil, cada um é 287

dono de um pedaço, “aqui não se interna, aqui é meu “ tenho ouvido muito isto. A proposta é uma 288

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

UTI geral clínica, outra UTI geral cirúrgica. A clínica médica possui uma UTI com 5 leitos e é 289

necessário manter um plantonista para cuidar destes leitos, é totalmente contraproducente. A 290

longo prazo, ou a médio e longo prazos a reumato não vai mais ter uma enfermaria própria, a 291

endócrino também não, porque? Quando não há leito disponível no hospital, mas há leitos nestas 292

enfermariam esses leitos não são emprestados por que o respectivo médico quer internar o 293

paciente da sua clínica, não disponibilizando o leito para outra. Não é possível gerenciar este tipo 294

de hospital, essa vai ser uma conversa dura com a academia, mas vai ser preciso essa conversa. ” 295

Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva comenta: “ Para se ter uma ideia dos gastos, é múltiplo de dez 296

sempre, não importa quem tenha um leito na minha UTI, tenho que ter como se eu tivesse dez 297

leitos. É o mínimo, é sempre assim eu preciso ter de tudo para poder cuidar de dez, uma UTI não 298

pode ter menos do que dez leitos, ela é totalmente inadequada. As equipes de enfermagem estão 299

fazendo uma revisão no Hospital São Paulo estão solicitando enfermeiros nessa proporção, e nós 300

temos um outro problema no hospital nós temos técnicos em enfermagem que não podem mais 301

trabalhar, nós temos também um desequilíbrio no número de profissionais que atendem, 302

precisaríamos de muito mais, tudo isto está sendo discutido, inclusive em Brasília, para modificar 303

isso a coisa sé muito complexa. É um problema que tem que ser resolvido de alguma forma. Por 304

exemplo, uma UTI em que não se tem concursados, para não fechar, o hospital é obrigado a 305

contratar pessoal, onerando cada vez mais o hospital. ” Prof. Dr. Eduardo Medeiros toma a 306

palavra: “ Eu acho que nós precisamos ter uma racionalidade neste momento e ao mesmo tempo 307

não podemos perder a perspectiva que somos um hospital universitário, nossa prioridade não é 308

assistência, nosso item número um é a formação de profissionais. Claro que para isso é preciso 309

uma assistência de qualidade, com segurança, entretanto não podemos perder a perspectiva de que 310

somos um hospital universitário. Pode ser preocupante esta questão de que possamos, dentro desta 311

restruturação, nos transformar em um hospital assistencial com UTIs enormes, enfermarias 312

clinicas também enormes e com enfermarias cirúrgicas enormes e afastar mais ainda a academia 313

do hospital. Isto não podemos permitir, nós somos um hospital criado para a universidade. Nós 314

não temos que responder para o estado a quantidade de cirurgias que estão esperando dentro da 315

comunidade, a quantidade de casos clínicos que estão esperando eu acredito que esta não deve ser 316

nossa prioridade. E uma das razões pelas quais caímos nesta situação em que estamos também foi 317

um pouco de influência desta situação de atender uma demanda exorbitante que não tínhamos 318

condições estruturais para fazê-lo. Me preocupa esta questão, claro que precisamos ser racionais 319

não podemos ir para outro lado, mas também não se pode perder a perspectiva. Segunda questão 320

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

que acho importante me preocupa em “passar uma régua” e todo mundo igual, não sei como está 321

a discussão na diretoria, eu até irei participar de um grupo que vai discutir tudo isso. Cada 322

especialidade deve ser vista de forma individual diante da questão da sua importância da formação 323

número de especialista que se precisa dentro do serviço de saúde do país. Precisamos trabalhar 324

isso de uma forma bem organizada e estudar a questão dos hospitais afiliados a SPDM. Eu acho 325

que isso é uma força muito importante que com o PRM precisamos estudar isso muito bem talvez 326

o Vila Maria responda a muitas questões que a gente não consiga responder no hospital São Paulo, 327

que tenha uma preceptoria adequada, uma participação do docente, mas não nas condições atuais. 328

Não adianta recrutar o docente aqui e manda-lo para outro lugar para começar a orientação ao 329

residente. Este é um processo que não vai frutificar, mas a partir do momento que começarmos a 330

discutir estes hospitais ou algum hospital com uma estrutura universitária que possa ter um elo 331

mais próximo de nós, trabalhando com a direção clínica do hospital e da diretoria administrativa, 332

provavelmente, muitas das questões de hoje para cortar a vaga da residência, eu acho que nós 333

poderíamos ampliar esses processos. Mas precisamos estudar mais isto. A questão hoje dos 334

hospitais afiliados nós deixamos uma força de trabalho de lado para isso enquanto poderíamos 335

aproveitar um pouco mais disso de uma forma, obvio bem organizada. Agora somente finalizando 336

esta questão da distribuição de verbas, como tem até dezembro, é um tempo muito curto, somente 337

6 meses para fazer licitação e tudo o mais, acredito que a prioridade precisa ser a residência, a 338

verba deve ser pensada no ensino da residência, com o resto, nós poderíamos melhorar nosso 339

centro de simulação, poderíamos trabalhar isto com a residência, poderíamos melhorar a estrutura 340

dos departamentos e ensino da residência, eu acredito que este seja o ponto e o foco que eu 341

pensaria na verba”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo argumenta sobre a utilização outras instituições 342

da SPDM como campo de treinamento. “ Em relação ao utilizarmos as outras instituições da 343

SPDM como campo de treinamento, nós sofremos um certo revés, nós conseguimos com o 344

procurador, depois de várias reuniões, com a diretoria de campos e com a reitora, uma autorização 345

formal para realizar um convênio com as outras instituições, por exemplo hospitais como os da 346

Vila Maria, Pedreira e Brigadeiro que, na verdade já estão sendo utilizados , só que quando isto 347

chegou na mesa da pro- reitora de administração, trocou-se a pro- reitora. Agora a atual pro- 348

reitora quer rediscutir o assunto, isto significa então que voltamos à estaca zero, mas o processo 349

todo já havia sido feito nos esperamos que agora possa ser um pouco mais ágil. É uma das saídas, 350

lembrando que é sempre uma alternativa, não é a solução definitiva, porque é necessário levar 351

para lá o preceptor, o aluno de graduação, porque nós não temos um campus adequado para 352

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

formação”. Prof. Dr. Carlos Eduardo da Silveira Franciozi toma a palavra e sugere: “Prof. 353

Adagmar, não seria interessante chamar a nova Pró-reitora para a próxima reunião, pelo menos 354

ela já seria sabatinada”. Profa. Dra. Emília Inoue Sato relata que a nova pro – reitora participou 355

das últimas reuniões. Prof. Dr. Fabio Veiga de Castro Sparapani toma a palavra. “O que nos chama 356

a atenção é que no mês de março entrarão novos residentes e sairão residentes, então nós temos 357

que “trocar o motor com o carro andando” e temos decisões cada vez mais proteladas, situações 358

cada vez mais adiadas, e assim essas poucas situações de uso em outros hospitais que havíamos 359

utilizado, ortopedia, neurocirurgia e muitas outras usam com esta situação ficamos 360

impossibilitados, estamos perdendo estes hospitais porque estamos num limbo jurídico, num 361

limbo legal. Podemos ir ou não? O hospital fala: você não faz parte do corpo clinico daqui o que 362

você está fazendo aqui? Isso chama a atenção, o tempo está passando e os residentes irão embora. 363

Eu não sei sobre as outras disciplinas, mas pela SPDM a neurocirurgia somente há um hospital 364

credenciado e um auxiliar. Nós todos somos SPDM, nós temos dez cirurgias no Pirajussara, dez 365

no Diadema, dez no Brigadeiro dez no São Paulo e dez no Vila Maria eles podem simplesmente 366

falar que não seguimos as regras do programa e que poderemos ser descredenciados, claro que 367

ninguém é louco de descredenciar a Escola, mas, nós estamos cada vez mais protelando situações 368

que vão nos levar a algum problema mais sério”. Prof. Dr. Arthur Fernandes comenta: “ Além 369

disso poderíamos contatar o pessoal da AMEREPAM para fazerem uma manifestação ou uma 370

carta por que é de interesse deles afinal eles são os principais interessados na atual situação”. Prof. 371

Adgamar Andriolo ressalta que o representante da Amerepam está presente. Profa. Dra. Emília 372

Inoue Sato comenta: “Eles participaram junto com os alunos da LESPE, porque na verdade 373

chama-se coordenação de movimento em prol do Hospital São Paulo incluindo também a 374

graduação, a situação é difícil, o que eu concordo com o Medeiros quando se pensa em reorganizar 375

o hospital são oito ou oitenta, se pensar somente na assistência , obviamente como o Professor 376

Fabio está falando, se entrar todo mundo na cirurgia de urgência os residentes não farão nenhuma 377

eletiva precisamos pensar em proteger, mas também fazer tudo como nós estávamos fazendo não 378

adianta em chegar na situação em que estamos agora manter desse jeito não adianta, estamos nesta 379

penúria e não estamos indo nem pra frente nem para trás. Eu acho que nós teremos que fazer uma 380

coisa difícil pensando no que precisa para graduação e ensino, tanto os alunos como os residentes. 381

Porem vai chegar a hora em que se deve pensar se no caso, a redução em algumas áreas e também 382

ser uma força para justificar a Comissão Nacional, dizendo que estamos reduzindo não porque 383

queremos é porque não temos espaço para fazermos tudo aquilo que precisamos para oferecer 384

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

uma boa formação”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo discorre: “De qualquer forma o momento é 385

oportuno para discutirmos o assunto, refletir, dessa forma claro que não adianta “passar uma 386

régua” uniforme para todos os programas porque as complexidades são especificas, mas os 387

senhores receberam o edital do processo seletivo do ano passado, é o momento de rever, refletir, 388

e lembrar que enquanto nós não reduzirmos, é opção nossa, se nós deixarmos que a Comissão 389

|Nacional faça, e ela vai fazer, por conta desta mudança oficial do número de leitos do hospital 390

vai se tornar compulsório, o que significa, que se perde a bolsa. Se nós reduzirmos nós não 391

perdemos o direito a bolsa, perde-se a bolsa naquele período em que se tem o número reduzido, 392

se a Comissão nacional reduzir, a dimensão do nosso programa nos perdemos a possibilidade de 393

bolsas no futuro. Então eu gostaria que cada um dos senhores refletisse seriamente sobre isso. Só 394

uma informação que acho que a maioria de nós ouviu no rádio esta manhã a Universidade Federal 395

Fluminense ela terminou as inscrições ontem, o número de inscritos para o vestibular é 50% do 396

número do ano anterior descobriu-se que ela não era um bom lugar como faculdade de medicina 397

metade dos hospitais estão fechados ou falidos por causa das repercussões do estado do Rio de 398

Janeiro, eu temo que isto possa acontecer conosco também não só na residência como também na 399

graduação. Significa que nós podemos não estar selecionando os melhores candidatos. Mas nosso 400

processo do ano passado foi encerrado e agora estamos começando um novo, os senhores 401

receberam o edital para eventuais modificações peço que encarecidamente avaliam com cuidado 402

o número de vagas, revejam características de entrevistas de exigências que o programa requer 403

para que não tenhamos depois dificuldades com eventuais recursos dos candidatos. Este ano não 404

tivemos praticamente nada de recursos por causa do edital, haja vista foi bem elaborado, já temos 405

um cronograma, que na verdade é uma tentativa, ainda não assinamos o contrato com a FAP é 406

necessária uma avaliação da procuradoria, porém aparentemente está tudo certo”. Dr Ricardo 407

Artigiani tem a palavra e comenta sobre o PRM em Patologia: “Somente um comentário rápido 408

sobre o assunto anterior, a residência em patologia da UNIFESP é considerada a melhor residência 409

do país, temos uma estrutura linda, enorme bem montada, só que dependemos de peças e se o 410

hospital diminui não temos para onde mandar os residentes porque os hospitais afiliados utilizam 411

laboratórios priva0dos e os laboratórios privados não recebem residentes eles não têm interesse 412

em manter residentes pois é um passo a mais na rotina de exames. Se os exames diminuírem 413

acarreta problemas, precisamos de um mínimo de exames para formar os residentes. Estamos com 414

uma estrutura bem maior do que o número de exames eu convido a todos para visitarem a 415

Patologia. A nossa capacidade é bem maior e é a melhor residência do pais em patologia 416

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

seguramente, podem visitar que todos ficarão supressos com a estrutura do departamento. Nós 417

pensamos em fazer um convenio com o GRAAC, o Graacc monta seu centro cirúrgico, o 418

residente, teoricamente, passa pelo GRAAC mais ou menos conveniado já estruturado com a 419

Pediatria já possui uma situação de convenio com a UNIFESP. O certo seria se o departamento 420

de patologia fosse autorizado a fazer um convenio com os hospitais conveniados como era 421

antigamente como o Hospital de Vila Maria que foi retirado de nós. ” Profa. Dra. Emília Inoue 422

Sato refere solicitar um adendo especifico para o PRM em Patologia Clinica. Dr. Carlos Eduardo 423

dos Santos Ferreira refere já ter existido este adendo. “ Já houve, a patologia atendia no Hospital 424

de Vila Maria e no Hospital de Diadema, porém foram retirados”. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo 425

comenta: ” Vale a pena colocar este adendo como uma justificativa, porque estamos tentando 426

fortalecer o procurador para que ele tenha argumentos para...” Dr. Ricardo Artigiani comenta que 427

tentou fazer um convênio com o Hospital Amparo maternal sem sucesso e que teve que procurar 428

por peças pois não obteve autorização. Prof. Dr. Carlos Haruo Arasaki toma apalavra e discorre 429

sobre o PRM em Cirurgia Geral . “O PRM em Cirugia Geral detem 48 vagas para a residência, 430

24 vagas para R1 e 24 para R2, está razoavelmente equilibrado em termos de procedimento por 431

24% da carga horária é realizado em hospitais afiliados dessa maneira nós conseguimos manter 432

um equilíbrio. Caso suscita dúvidas, são 370 leitos no Hospital São Paulo não sei se entra na conta 433

os leitos dos hospitais afiliados para justificar as 24 vagas. Mas o que eu gostaria de esclarecer é 434

que não tenho pretensão de reduzir as vagas da cirugia geral por enquanto, a não ser que eu receba 435

uma ordem superior por escrito porque dentro da estrutura atual nós estamos funcionando 436

razoavelmente bem. Porém, alerto uma coisa, como do Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva 437

comentou por que o residente ele é o “plantonista”. Minha resposta é: Ao longo do tempo nos 438

fizemos aquilo que nós chamados de empoderamento do residente, tem certa autonomia dentro 439

do Hospital São Paulo. Nos hospitais afiliados não existe o empoderamento do residente, isto é 440

uma lei dentro dos hospitais afiliados onde o serviço assistencial funciona coma as pessoas que 441

estão lá. O residente é um visitante somente, ele pode obter algum ganho, mas ele jamais será 442

empoderado dentro dos hospitais afiliados. Profa. Dra. Emília comenta que a residência é um 443

aprendizado sob supervisão e comenta: ” é complicado deixar um residente a noite sozinho sem 444

supervisão, teoricamente é para ter alguma supervisão. ” Prof. Adgamar comenta que esse 445

“empoderamento” tem um “vício de origem. ” Nesse momento Prof. Dr. Adagmar Andriolo 446

agradece a presença da Profa. Emília que se despede de todos. Prof. Dr. Adagmar Andriolo 447

comenta sobre o seguro dos residentes. “Nós estamos com algumas dificuldades pois alguns 448

Ata da reunião ordinária da Comissão de Residência Médica da UNIFESP

residentes ainda não estão segurados, pois o processo de renovação de apólices termina agora, e 449

os residentes que entraram agora ainda não estão cobertos. Estamos negociando para renovar essa 450

apólice para cobrir os R1s pois ainda não estão cobertos”. Prof. Dr. Jose Carlos Baptista Silva 451

comenta o CNPJ da SPDM é igual para todos os hospitais e que todos os hospitais funcionam 452

como um só. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo e os demais membros corrigem informando que o 453

CNPJ da SPDM é um só porém os hospitais afiliados cada tem seu próprio CNPJ. O Prof. Dr. 454

Adagmar Andriolo esclarece que o hospital são Paulo é a empresa “mãe” e possui as filiais e que 455

os outros CNPJs de hospitais afiliadas são decorrentes do CNPJ do Hospital São Paulo, continua: 456

“O seguro dos residentes é definido para cá, mas é um argumento para a seguradora não assumir 457

o risco ou achar problemas. Por isso que agora estamos pensando em renovar o seguro para todos 458

inclusive expandindo a cobertura para os hospitais afiliados das SPDM para garantir essa 459

mobilidade. “Dra. Helena comenta que os residentes vão para o Hospital do Coração e ele exige 460

a cópia dos seguros dos residentes. Prof. Dr. Adagmar Andriolo concorda e comente que 461

possuímos uma apólice de seguro coletiva e reitera que concorda que o seguro não deveria ser só 462

de âmbito nacional como também internacional. Prof. Dr. Adagmar Andriolo reforça a 463

necessidade dos PRMs enviarem, as questões para elaboração das provas do processo seletivo de 464

2018. No cronograma informa a data da prova teórica dia 21/10/17, um domingo para tanto reitera 465

que para que isso ocorra a comissão já deve estar constituída embora ainda não haja a portaria. Os 466

PRMs devem encaminhar as questões pois já receberam os critérios para as questões. Prof. Dr. 467

Adagmar Andriolo comenta que é difícil montar o cronograma da UNIFESP baseando-se nos 468

cronogramas de outras universidades. Reitera novamente o envio das questões para a elaboração 469

das provas o mais rápido possível. O Prof. Dr. Adagmar Andriolo comenta sobre os informes: 470

“Entre os informes tenho a dizer que a ideia do preceptor afiliado, já discutido nas duas últimas 471

plenárias, foi aprovado pela Congregassão e encaminhado agora para a Procuradoria, se tudo se 472

encaminhar bem, provavelmente, no próximo semestre poderemos ter essa figua do preceptor 473

filiado. 474

Finda a pauta da Plenária e sem mais nenhum assunto a tratar deu-se por encerrada. 475