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FABIO HENRIQUE BRAVIM DA SILVA
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE: UMA ANÁLISE DOS
INGRESSANTES NO CURSO PREPARATÓRIO PARA BOMBEIRO MILITAR DO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR
Londrina - Paraná 2010
FABIO HENRIQUE BRAVIM DA SILVA
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE: UMA ANÁLISE DOS
INGRESSANTES NO CURSO PREPARATÓRIO PARA BOMBEIRO MILITAR DO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Profa. Ms. Aline Mendes Gerage
Londrina - Paraná 2010
FABIO HENRIQUE BRAVIM DA SILVA
ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE: UMA ANÁLISE DOS
INGRESSANTES NO CURSO PREPARATÓRIO PARA BOMBEIRO MILITAR DO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________ Profa. Ms. Aline Mendes Gerage
Universidade Estadual de Londrina
____________________________________ Prof. Ms. Ademar Avelar
Universidade Estadual de Londrina
____________________________________ Prof. Ms. Mathias Roberto Loch
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 29 de novembro de 2010
AGRADECIMENTOS
Agradeço a professora Aline, minha orientadora, não só pela
constante orientação neste trabalho, mas por ter aceito orientar este trabalho.
Ao grupo de pesquisa que realizou as medidas e os teste físicos
coletando os dados da amostra no campos da UEL.
Aos colegas bombeiros que me ajudaram durante o trabalho,
principalmente o Agnes e o Becker.
Por fim, gostaria de agradecer também a minha família que me
apoiou para concluir este trabalho.
DA SILVA, Fabio Henrique Bravim. ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE: Uma análise dos ingressantes ao curso preparatório para Bombeiro Militar do Município de Londrina/PR. Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação em Educação Física Bacharelado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.
RESUMO
O Corpo de Bombeiros é responsável por tarefas complexas e estressantes, além de apresentar, na maioria dos casos, o caráter emergencial envolvendo vidas humanas. Para isso, as capacidades físicas são de fundamental importância para a melhor eficiência do trabalho. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o nível de atividade física habitual e dos componentes da aptidão física relacionada à saúde (AFRS) dos ingressantes no Curso de Soldado do Corpo de Bombeiros de Londrina - PR em 2010. A amostra foi composta por 47 homens, com idade entre 18 e 30 anos, ingressantes na carreira de Bombeiro Militar do Estado do Paraná, selecionados intencionalmente. Foram realizadas medidas antropométricas, avaliação da atividade física habitual a partir do questionário internacional de atividade física habitual e, para a avaliação da aptidão física, além da avaliação da composição corporal, foi aplicada uma bateria de testes motores, envolvendo os seguintes componentes: (1) força de membros superiores; (2) força de membros inferiores; (3) resistência muscular; (4) flexibilidade; (5) aptidão cardiorrespiratória. Para análise dos dados, foi aplicada, posteriormente ao teste de normalidade, estatística descritiva no programa SPSS, versão 13.0. Os resultados apontam que a maioria dos avaliados ( 77%) foi classificada como ativa fisicamente. No que diz respeito aos componentes da AFRS, a maior parte dos sujeitos encontrava-se abaixo das recomendações no % de gordura ( 51%) e flexibilidade ( 62%). Em relação aos outros componentes, a maior parte dos avaliados atendeu os critérios recomendados para a saúde sendo que para a flexão de braço, resistência muscular localizada e VO2 máx, 83; 68 e 52%, respectivamente, foi classificada como excelente. Sugere-se, portanto, a realização de mais estudos envolvendo intervenção e acompanhamento do nível de atividade física habitual e aptidão física relacionada a saúde dessa população. Palavras-chave: Atividade Física; Saúde; Aptidão Física; Bombeiros.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Características Gerais da Amostra ......................................................... 24
Tabela 2 – Classificação do IMC de acordo com a OMS (1997) ............................. .24
Tabela 3 – Questionário de Atividade Física Habitual (IPAQ).................................. .24
Tabela 4 – Componentes da AFRS ......................................................................... .25
Tabela 5 –%G de acordo com Pollock e Wilmore (1993) ........................................ .25
Tabela 6 - Flexão de braço de acordo com Pollock e Wilmore (1993). .................... .25
Tabela 7 – Resistência Muscular Localizada (Abdominal) segundo Pollock e Wilmore
(1993) ....................................................................................................................... .26
Tabela 8 – Flexibilidade de acordo com Canadian Standardized Test of Fitness
(CSTF)...................................................................................................................... .26
Tabela 9 – Índice de Consumo de Oxigênio (VO2 máx) segundo Cooper (1982). .... .26
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 07
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 08
3 OBJETIVO ......................................................................................................... 09
4 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 10
4.1 ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL .................................................................................... 10
4.2 APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE .................................................................. 11
4.3 INTER RELAÇÃO ATIVIDADE FÍSICA, APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE ................................... 13
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 18
5.1 SUJEITOS ......................................................................................................... 18
5.2 ANTROPOMETRIA ................................................................................................... 18
5.3 ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL ................................................................................... 19
5.4 APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE .................................................................. 19
5.4.1 Composição Corporal ....................................................................................... 19
5.4.2 Força e Resistência Muscular .......................................................................... 20
5.4.3 Flexibilidade ..................................................................................................... 21
5.4.4 Aptidão Cardiorrespiratória ............................................................................... 22
5.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ............................................................................................ 23
6 RESULTADOS ....................................................................................................... 24
7 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 27
8 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31
ANEXOS ................................................................................................................... 34
ANEXO A – Termo de Consentimento ...................................................................... 35
ANEXO B – IPAQ – Versão curta .............................................................................. 37
7
1. INTRODUÇÃO
O Corpo de Bombeiros é responsável pelas ações de defesa civil,
prevenção e combate a incêndios, buscas e salvamentos aquáticos e terrestres,
atendimento ao trauma emergencial, além de outras formas e funções definidas em
lei. Art. 144, § 5º da Constituição Federal (1991).
A preparação para o exercício da atividade compreende um curso
preparatório de seis meses, no qual os candidatos selecionados passam
anteriormente por uma prova escrita de conhecimentos gerais, exames médicos,
psicológico e testes físicos como: teste aeróbico (corrida de 2400 m), de força
muscular (subida no cabo e flexão na barra fixa), agilidade (corrida de ir e vir/ shuttle
run) e testes específicos para o bombeiro como o teste de equilíbrio em altura e
aptidão no meio líquido.
Estas tarefas do cotidiano profissional do bombeiro militar são muito
complexas e estressantes, além de possuírem, na maioria dos casos, o caráter
emergencial envolvendo vidas humanas. Observa-se, assim, a necessidade desses
profissionais possuírem e manterem uma boa aptidão física, definida como a
capacidade que um indivíduo possui para realizar atividades físicas (NAHAS, 2006).
Isso se torna mais evidente quando estudos com diferentes
delineamentos permitem inferir que, tanto o nível de atividade física, como a aptidão
física relacionada à saúde (AFRS) de jovens e adultos, podem ser relacionados ou
influenciados pelo meio ambiente no qual estão inseridos (CRESPO et al., 1998).
Paralelamente a isso, a literatura aponta que a atividade física
habitual está diretamente associada à aptidão física relacionada à saúde e a
qualidade de vida do ser humano de uma forma geral (NAHAS 2006).
Não foram encontrados, porém, relatos na literatura brasileira,
indicando quais os níveis de atividade física habitual e da AFRS dessa população
(bombeiros) após busca realizada nas principais bases de dados. Essas
informações, todavia, seriam interessantes para que a corporação traçasse alguns
direcionamentos para a manutenção de bons índices dessas variáveis ao longo de
toda a vida profissional dos bombeiros.
8
2. JUSTIFICATIVA
Percebe-se que, em algumas profissões, como no caso dos
bombeiros, possuir uma boa aptidão física é de fundamental importância para o
desempenho satisfatório de suas funções. Assim, torna-se necessário a avaliação da
aptidão física e dos níveis de atividade física habitual dessa população, já no início
da carreira, para que a corporação crie estratégias de manutenção e/ou melhora
desses índices ao longo de toda a vida profissional do bombeiro. Além disso, a
identificação da proporção de ingressantes que atendem aos critérios de referência
para uma aceitavel AFRS pode ser uma informação relevante.
9
3. OBJETIVO
O objetivo do presente estudo foi verificar o nível de atividade física
habitual e dos componentes da AFRS dos ingressantes no Curso de Soldado do
Corpo de Bombeiros de Londrina em 2010.
10
4. REVISÃO DA LITERATURA
4.1 Atividade Física Habitual
Atividade física é conceituada como qualquer movimento corporal
produzido pela musculatura esquelética e, portanto, voluntário que resulte num gasto
energético acima dos níveis de repouso. Este comportamento inclui as atividades
ocupacionais (trabalho), atividades da vida diária – AVD (vestir-se, banhar-se,
comer), o deslocamento (transporte), e as atividades de lazer, incluindo exercício
físico, esportes, dança, artes marciais etc. Assim, o exercício físico seria uma das
formas de atividade física planejada com o objetivo de desenvolver a aptidão física
(NAHAS, 2006).
Para avaliar a atividade física habitual existem várias possibilidades
direcionadas à avaliação dos níveis de prática da atividade física, onde é utilizado o
dispêndio energético. Na literatura pode-se encontrar grande variedade de métodos
e procedimentos para determinar os níveis desta prática. Segundo Guedes e
Guedes (2006), no campo da educação física, a avaliação dos níveis de prática da
atividade física pode ser realizada através da observação direta, questionário,
entrevista, registro recordatório e monitoração mecânica e eletrônica. Dentre estes
métodos, os laboratoriais são os procedimentos mais precisos, porém, exigem
equipamentos sofisticados, demandam alto custo e não são recomendados para
avaliações rotineiras da atividade física.
Atualmente, a atividade física tem sido um fator importante na vida
das pessoas, tanto geral quanto relacionada à saúde. Individualmente, a atividade
física está associada à maior capacidade de trabalho, mais disposição para vida e
uma sensação de bem-estar. Segundo Nahas (2006), estilos de vida mais ativos
estão associados a menores gastos com saúde, diminuição de doenças crônico-
degenerativas e redução da mortalidade precoce.
Um amplo estudo divulgado pela OMS em 2005 (Comparative
Quantification of Health Risks) apresentou dados mundiais sobre níveis de atividade
física habitual no conjunto de países em que haviam dados disponíveis para análise.
Os autores estimam que aproximadamente 42% da população mundial com mais de
11
15 anos seja “ativa” (pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas em
cinco dias ou mais da semana). Outro 41% são considerados “pouco ativos” e 17%
“inativos”. Este mesmo trabalho estima que “a inatividade contribui diretamente para
21,5% das doenças cardíacas isquêmicas; 11% dos derrames; 14% dos casos de
diabetes; 16% dos cânceres de cólon e 10% de mama”.
4.2 Aptidão Física Relacionada à Saúde
Aptidão Física pode ser definida como a capacidade que um
indivíduo possui para realizar atividades físicas. Esta característica pode estar ligada
a genética da pessoa, do estado de saúde, da alimentação e, principalmente, da
prática regular de exercícios físicos (NAHAS, 2006). A aptidão física relacionada à
saúde (AFRS), abriga aspectos fisiológicos, que oferecem alguma proteção aos
distúrbios orgânicos provocados por um estilo de vida sedentário (GUEDES;
GUEDES, 1995).
De acordo com Nahas (2006), entre os componentes da aptidão
física: agilidade, equilíbrio, força e resistência muscular, flexibilidade, resistência
aeróbia, composição corporal, a velocidade e resistência anaeróbia destacam-se os
que relacionam com a saúde: força e resistência muscular, flexibilidade, composição
corporal e resistência aeróbia.
Aptidão Cardiorrespiratória (ou Resistência Aeróbica) – é a
capacidade do organismo como um todo de resistir à fadiga em esforços de média e
longa duração. Depende fundamentalmente da capacitação e distribuição de
oxigênio para os músculos em exercício, envolvendo o sistema cardiovascular e
respiratório (NAHAS, 2006).
Flexibilidade - refere-se ao grau de amplitude nos movimentos das
diversas partes corporais (NAHAS, 2006).
Resistência Muscular – é a capacidade de um grupo muscular em
realizar repetidas contrações sem diminuir significativamente a eficiência do trabalho
realizado (NAHAS, 2006).
Composição Corporal – é a gordura e a massa corporal magra. Um
dos métodos mais utilizados para determinar o percentual de gordura de um
12
indivíduo é através de medidas de dobras cutâneas. Pode-se, também, utilizar o IMC
(índice de massa corporal) para estimar a composição corporal em adultos (NAHAS,
2006).
Segundo Pollock e Wilmore (1993), estudos envolvendo a análise
destes componentes da AFRS são muito importantes, na medida em que, a partir
dos mesmos, torna-se possível verificar em que nível encontra-se determinada
população.
A aptidão física, na década de 40, significativa somente à
capacidade de se realizar esforços com um mínimo de gasto de energia e de fadiga.
Nesta linha, a aptidão foi e é usada, tendo como meta a afirmação política de
nações e a supremacia de raças e ideologias, seja na área militar, seja na esportiva.
Nos anos pós 2a Guerra Mundial, sobretudo a partir da segunda
metade dos anos 50, a aptidão física voltada para a saúde, ganhou incremento nos
países do primeiro mundo, por necessidades meramente econômicas, pois a
hipocinesia, gerada pelos avanços da tecnologia e da maquinaria, gerou prejuízos
às nações desenvolvidas, que precisaram ser prevenidos e superados pela
atividade. Enfatizaram-se a aptidão física, mesmo entre não atletas, surgindo
diferentes movimentos em todo o mundo, que conduziriam a esta direção. Entrou em
jogo um novo fator: a busca da aptidão qualificada, física ou fisiológica, e que
ganhou terreno entre nós a partir de 1968 quando COOPER publicou o livro
“Aeróbics”, traduzido para o português com o título “Aptidão Física em Qualquer
Idade”, onde ele desafia as pessoas a tomarem conta de seus estilos de vida para
combater as doenças coronarianas, a obesidade e os estresses da vida moderna.
A aptidão física relacionada à saúde diminui o risco de doenças
hipocinéticas e proporciona uma perspectiva de uma vida mais longa e autônoma.
Dessa forma a manutenção de hábitos saudáveis deve fazer parte do cotidiano de
todas as pessoas, independente da classe social. (NAHAS, 2006). Dentre os vários
componentes que caracterizam a aptidão física de um indivíduo, a capacidade
cardiorrespiratória tem sido considerada uma das mais importantes, tanto para a
grande maioria dos atletas das diferentes modalidades esportivas, como para os
indivíduos não atletas.
Segundo Guedes et al. (2002), no campo da saúde, componentes da
aptidão física procuram abrigar atributos biológicos que possam oferecer alguma
proteção ao aparecimento e ao desenvolvimento de distúrbios orgânicos induzidos
13
por comprometimento da condição funcional. Essa baixa aptidão física chega a
contribuir em 60% para o desenvolvimento de doenças cardíacas (ACSM 1996).
Em contrapartida, a aptidão física relacionada ao desempenho
atlético inclui aqueles atributos necessários exclusivamente à prática mais eficiente
dos esportes. Independentemente do sexo e da idade, a princípio, pode-se supor
que, quanto maior a solicitação dos esforços físicos, mais elevado deverão se
apresentar os índices de aptidão física, e acredita-se que esta relação venha a ser
causal (CORBIN; PANGRAZI, 1993; LIVINGSTONE, 1994).
4.3 Inter Relação Atividade Física, Aptidão Física e Saúde
De acordo com Nahas (2006), nos últimos 50 anos, ocorreram várias
modificações nas sociedades humanas, que fizeram com que a atividade física
passasse a ser estudada como fator de prevenção e tratamento de inúmeras
doenças. Estas mudanças sociais e ambientais incluíram a explosão populacional e
a urbanização acelerada. Com isso, houve um aumento significativo da expectativa
de vida devido aos avanços da medicina e melhorias na qualidade de vida em
geral.Tambem percebe-se a inversão nas principais causas de morbidade e morte,
que deixaram de ser as doenças infecto contagiosas e passaram a ser doenças
crônicas degenerativas, como as doenças do coração, o diabetes e o câncer. A
revolução tecnológica contribuiu em grande parte para o aumento da inatividade
física e do lazer passivo. Grandes concentrações urbanas, redução dos espaços
livres, máquinas que nos poupam esforços e a glorificação da vida sedentária como
símbolo de status social, criaram o cenário ideal para as doenças associadas a
inatividade física, também referidas como doenças da civilização.
Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (1997) tende a
considerar saúde como uma condição humana com dimensões física, social e
psicológica, caracterizada num contínuo com pólos positivos e negativos. A saúde
positiva seria caracterizada como a capacidade de ter uma vida satisfatória e
proveitosa, confirmada geralmente pela percepção de bem estar geral e a saúde
negativa estaria associada com morbidade e, no extremo, com mortalidade
prematura (NAHAS, 2006).
14
A inatividade física representa, portanto, uma causa importante de
debilidade e morte prematura nas sociedades contemporâneas. O número de mortes
associadas a inatividade física pode ser estimado combinando-se o risco relativo
deste comportamento com a prevalência de casos numa população. Considerando,
por exemplo, as doenças do coração, o risco de ocorrência de um infarto é duas
vezes maior para indivíduos sedentários quando comparados com aqueles
regularmente ativos. Se combinarmos este indicador (risco relativo) com a estimativa
de que em torno de 60% da população adulta não é ativa suficiente (prevalência),
Nahas (2006) aponta que o risco populacional atribuído à inatividade física é
bastante alto e precisa ser levado a sério pela saúde pública.
Nahas (2006), considera um individuo sedentario quando o mesmo
tenha um estilo de vida com um mínimo de atividade física e com o gasto energético
(trabalho + lazer + atividades domesticas + locomoção) inferior a 500 kcal por
semana. Já para uma pessoa ser considerada moderadamente ativa, ela deve
realizar atividades físicas que acumulem um gasto energético semanal de, pelo
menos, 1000 kcal. Isto corresponde, aproximadamente, a caminhar a passos rápidos
por 30 minutos, cinco vezes por semana. Segundo ele, pessoas com níveis
moderados de atividade física podem reduzir significativamente o risco de diversas
doenças, principalmente as cardiovasculares.
Dessa forma, o exercício físico sistematizado é uma das medidas
mais eficientes para a prevenção ou atenuação dos efeitos de doenças crônicas. As
pesquisas, no entanto, ainda não concluíram qual a melhor estratégia de prescrição
do exercício no que se refere ao tipo de exercício, à freqüência semanal, intensidade
e duração. Por exemplo, o estudo de Manson et al. (2002) comparou o efeito da
caminhada rápida e da corrida na prevenção da doença cardiovascular em mulheres
de 50 a 79 anos. Os autores não encontraram maior influência de um exercício
sobre o outro, ou seja, a prática do exercício, independentemente da intensidade,
repercutiu positivamente na saúde. No que diz respeito ao tipo de exercício, alguns
pesquisadores apontam que tanto o exercício de força quanto o aeróbio parecem
diminuir os riscos de doença cardiovascular (TANASESCU et al., 2002).
Segundo Polito (2010), o efeito do exercício na prevenção de
doenças crônicas parece estar condicionado a alterações fisiológicas decorrentes do
treinamento regular. Dentre essas, podem ser citadas: melhora da função endotelial,
controle lipídico e glicêmico, manutenção da pressão arterial em níveis adequados,
15
aumento da função autonômica (redução da frequência cardíaca de repouso),
estimulação da densidade óssea e aumento do sistema imunológico.
No final dos anos 90, a partir do lançamento do Programa Agita São
Paulo, começam a surgir dados de diversos segmentos da população paulista. Um
dos mais representativos desses estudos foi realizado em 2002 pelo grupo do
CELAFISCS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano
do Sul) (Matsudo et al. 2002), com uma amostra de 2001 pessoas de 14 a 77 anos,
de ambos os sexos. A coleta utilizou o questionário internacional de atividades
físicas (IPAQ-8), versão curta, encontrando os seguintes percentuais para os
insuficientemente ativos (inativos + irregularmente ativos): homens - 45,6%;
mulheres – 47,3%; geral – 46,4%. A proporção de sedentários ficou em 8,8% no
geral (homens – 9,7%; mulheres – 8,0%).
A relação entre aptidão física, saúde e atividade física deixa claro
que a prática de atividade física influencia a aptidão física e que esta tende a
influenciar a qualidade e intensidade desta prática (BOUCHARD et al., 1990).
Barbanti (1991) fala que, para a aquisição de saúde, todos os componentes de
aptidão física relacionados devem ser trabalhados juntos e de forma equilibrada,
dependendo da condição do indivíduo.
Neste contexto, pesquisas mostram diversas recomendações para
praticar diferentes tipos de exercícios. Segundo Polito (2010), o posicionamento do
ACSM de 1998 sugere a possibilidade de o exercício aeróbio ser realizado em
sessões de 10 min, três ou mais vezes por dia. Entre os exercícios mais
recomendados, pode-se citar os que utilizam grandes grupos musculares, como
caminhada, corrida, ciclismo, atividades aquáticas, remo e patinação. Jogos de
natureza aeróbia, tais como futebol, voleibol e tênis poderiam ser incluídos como
forma de complementar os referidos exercícios. Evidencias cientificas apontam que
o treinamento de força pode proporcionar a saúde efeitos protetores contra doenças
crônicas de forma semelhante aos do exercício aeróbio. Por essa razão, o Colégio
Norte-Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine –
ACSM) (1998;2002) e American Heart Association (AHA) (Pollock et al., 2000;
Fletcher et al., 2001) sugerem a inclusão desse treinamento para adultos saudáveis.
No entanto, a prescrição do exercício de força requer maiores cuidados, pois muitas
variáveis precisam ser controladas.
Em 2007 foi publicada uma nova recomendação atualizada revendo
16
os conceitos e as evidências relacionados à promoção e a manutenção da saúde.
De acordo com a publicação “os adultos saudáveis necessitam praticar atividades
aeróbias de intensidade moderada por no mínimo 30 minutos, cinco dias por
semana, ou atividades intensas pelo menos 20 minutos, três dias por semana”,
podendo haver combinações entre atividades moderadas e vigorosas. Além das
atividades aeróbias, é recomendado a pratica de exercícios de força e resistência
por no mínimo duas vezes por semana (HASKELL et al., 2007).
A resistência aeróbia ou aptidão cardiorrespiratória permite que o
indivíduo realize esforços de média e longa duração. É ainda uma variável que
indica capacidade funcional, pois depende da idade, condição geral de saúde,
necessidades e interesses pessoais. Além disto, a resistência aeróbia depende de
fatores ambientais, metabólicos, musculares, respiratórios e cardiovasculares. Para
mensurar a aptidão cardiorrespiratória duas variáveis são muito utilizadas: o VO2 máx.
e a freqüência cardíaca. De acordo com Powers e Howley (2000), o VO2 máx. “é
considerado por muitos cientistas do exercício como a medida mais válida do
condicionamento cardiovascular”, enquanto a FC pode “determinar a magnitude do
aprimoramento induzido pelo treinamento” (MCARDLE et al., 1998).
O VO2 máx. é “a capacidade máxima de transporte e de utilização de
oxigênio durante o exercício”, ou seja, ele “representa o teto fisiológico da
capacidade do sistema de transporte de oxigênio liberar O2 nos músculos que estão
se contraindo” (POWERS E HOWLEY, 2000). Pode-se também definir VO2 máx.
como “o ponto onde o consumo de O2 alcança um platô, ou aumenta apenas
ligeiramente com uma carga de trabalho adicional” (MCARDLE et al., 1998).
Powers e Howley (2000) afirmam que o treinamento com duração de
dois a três meses podem aumentar os valores de VO2 em torno de 15%. Entretanto,
esse valor pode ser muito menos expressivo, entre 2% e 3%, em indivíduos que
iniciaram o treinamento com valores altos de VO2 máx., ou mais elevado, 30% a 50%,
em indivíduos com baixos valores iniciais de VO2.
Segundo Nahas (2006), nos dias de hoje as pessoas têm muitas
vantagens sobre as gerações passadas, pois nunca houve tanta evidência dos
efeitos do comportamento individual sobre a saúde. Os recursos da medicina e as
condições de vida em geral também são muito superiores. Apesar disso, ainda
estamos longe de sermos tão saudáveis quanto poderíamos ser. Além de estilos de
vida que põem em risco a saúde – seja pelo stress, pela alimentação inadequada ou
17
pelo sedentarismo – ainda existem diferenças gritantes no padrão de vida de regiões
mais desenvolvidas comparando com as regiões mais pobres.
É importante lembrar que existe um componente genético que
influencia a aptidão física de cada ser humano, fazendo com que alguns tenham
mais facilidade para realizar certas tarefas motoras. Isso não quer dizer, porém, que
alguém que não tenha essa genética não possa desenvolver um nível satisfatório de
aptidão física para a vida, com os benefícios para saúde.
18
5. METODOLOGIA
5.1 Sujeitos
A amostra foi composta por 47 homens, com idade entre 18 e 30
anos, ingressantes na carreira de Bombeiro Militar do Estado do Paraná que foram
selecionados intencionalmente. Como critérios de inclusão no estudo, os sujeitos
deveriam ter passado por todas as etapas do concurso público como prova teórica,
realização de exames médicos e psicológicos, avaliação física e testes específicos
da corporação, como o teste de equilíbrio em altura e aptidão no meio líquido. Os
sujeitos do estudo foram informados quanto a sua participação do presente estudo,
alem de outros e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo A).
5.2 Antropometria
As medidas antropométricas foram realizadas em todos os
participantes do estudo, de acordo com os procedimentos descritos por Gordon et al.
(1988), sendo a massa corporal aferida por meio de uma balança digital da marca
URANO, modelo PS180A, com precisão 0,1 kg, e a estatura a partir de um
estadiômetro de madeira, com precisão 0,1 cm. Com base nessas informações, foi
calculado o índice de massa corporal (IMC) por meio do quociente massa corporal/
(estatura x estatura), sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a
estatura em metros (m).
Para a classificação quanto ao IMC, foi adotado o critério da OMS
(1997), sendo considerado baixo (<18,5), aceitável ou ideal (18,5 – 24,9), obesidade
leve (25 – 29,9), obesidade moderada (30 – 39,9) e obesidade severa (≥ 40).
19
5.3 Atividade Física Habitual
Para a avaliação da atividade física habitual foi adotado o
questionário internacional de atividade física (IPAQ) – versão curta (ANEXO B). Esse
questionário é composto por sessões de perguntas relacionadas ao tempo que a
pessoa gastou fazendo atividade física na última semana. As perguntas incluem as
atividades que as pessoas realizam durante o trabalho, para ir de um lugar a outro,
para o lazer, para o esporte, exercício ou como parte das suas atividades
domésticas.
5.4 Aptidão Física Relacionada à Saúde
A avaliação da AFRS foi realizada a partir da avaliação da
composição corporal e de uma bateria de testes motores, sendo avaliados os
seguintes componentes: força e resistêcia – flexão de braço; resistência muscular –
abdominais; flexibilidade – teste de sentar e alcançar; aptidão cardiorrespiratória -
corrida de 12 minutos.
5.4.1 Composição Corporal
As modificações nos diferentes componentes da composição
corporal foram determinadas por medidas de espessuras de dobras cutâneas. As
dobras cutâneas abdominal, supra-ilíaca e tricipital foram medidas do lado direito do
corpo, por um único avaliador experiente nesse tipo de medida, a partir de um
adipômetro científico da marca Lange (Cambridge Scientific Instruments, Cambridge,
MD), de acordo com o protocolo de Guedes, 1994 (3 dobras- características
brasileiras). O valor mediano, obtido a partir de três medidas em cada ponto,
realizadas em seqüência rotacional, foi registrado. A gordura corporal relativa (%
gordura) foi calculada pela fórmula de Siri (1961), a partir da estimativa da densidade
20
corporal determinada pela equação generalizada proposta por Jackson et al. (1980).
Para a classificação quanto ao percentual de gordura (%G), foi
adotado o critério de Pollock e Wilmore (1993), onde os indivíduos com faixa etária
de 18 a 25 anos são considerados muito ruins (26 – 36%), ruim (20 – 24%), abaixo
da média (17 – 20%), na média (14 – 16%), acima da média (12 – 13%), bom (8 -
10%) e excelente (4 – 6%). Já os indivíduos na faixa etária entre 26 e 35 anos são
considerados muito ruins (28 - 36%), ruim (20 – 24%), abaixo da média (22 – 24%),
na média (18 – 20%), acima da média (16 – 18%), bom (12 – 15%) e excelente (8 –
11%).
5.4.2 Força e Resistência Muscular
Para a avaliação da força e resistência muscular foram realizados os
testes de flexão de braços para avaliar a força de membros superiores, impulsão
vertical na plataforma de força para averiguar a força muscular dos membros
inferiores e o teste de resistência abdominal em um minuto.
No teste de flexão de braços, o avaliado deveria estar na posição
decúbito ventral, com quatro apoios, com os membros superiores estendidos e
perpendiculares ao solo, às mãos na linha dos ombros com os dedos estendidos e
direcionados à frente, os membros inferiores estendidos na linha do tronco e
ligeiramente afastados, a ponta dos pés em contato com o solo e a cabeça
acompanhando a linha do tronco. A partir daí, o sujeito deveria flexionar os membros
superiores até que os cotovelos formassem um ângulo de 90º e os braços ficassem
paralelos ao solo, em correto alinhamento entre a cabeça, o tronco e os membros
inferiores. Em seguida, o avaliado deveria retornar à posição inicial pela extensão
dos cotovelos para completar o movimento. Para a avaliação foi contabilizado o
número máximo de repetições completas executadas corretamente, sem limite de
tempo.
Para a classificação quanto à flexão de braço, foi adotado o critério
de Pollock e Wilmore (1993), onde os indivíduos com faixa etária de 15 à 19 anos
são considerados fracos (<17 repetições), abaixo da média (18 – 22), na média (23 –
28), acima da média (29 – 38), excelente (>39) e os indivíduos na faixa etária entre
21
20 e 29 anos são considerados fracos (<16 repetições), abaixo da média (17 – 21),
na média (22 - 28), acima da média (29 – 35) e excelente (>36).
O teste de abdominal em um minuto, por sua vez, consistiu da
realização do maior número de flexão de tronco em um minuto, sendo que o sujeito,
em decúbito dorsal, deveria estar com os braços cruzados à frente do peito, com as
mãos nos ombros e com os joelhos flexionados, com os pés no chão. A flexão do
tronco deveria ser realizada até que os cotovelos tocassem nos músculos do
quadríceps (coxa), retornando à posição inicial até que as escápulas tocassem o
solo, contando-se assim um movimento ou uma flexão. Caso não ocorresse o
contato da parte média superior das escápulas com o solo, a flexão era considerada
incompleta e não era computada.
Para a classificação quanto à resistência abdominal, foi adotado o
critério de Pollock e Wilmore (1993), onde os indivíduos com faixa etária de 15 a 19
anos são considerados como: fraco (<32 repetições), regular (33 – 37), médio (38 –
41), bom (42 – 47) e excelente (>48). Já os indivíduos na faixa etária entre 20 e 29
anos são: fraco (<28 repetições), regular (29 – 32), médio (33 - 36), bom (37 – 42) e
excelente (>43).
5.4.3 Flexibilidade
Para a avaliação da flexibilidade foi adotado o teste de sentar e
alcançar, com a utilização de um banco de Wells. O teste consistiu-se da realização
de três movimentos de flexão de tronco, com o intervalo de um minuto entre elas,
sendo adotado o maior valor como referência. Para tanto, o sujeito deveria ficar
sentado com as pernas estendidas e os pés ligeiramente afastados e apoiados
contra um anteparo de madeira de 25 cm de altura, em um ângulo reto e demarcado
com uma fita ou régua graduada em centímetros (cm). Em todas as tentativas, o
avaliado deveria manter a posição alcançada com as pontas dos dedos para que
fosse feita a leitura na régua.
22
Para a classificação quanto à flexibilidade, foi adotado o critério do
Canadian Standardized Teste of Fitness (CSTF), onde os indivíduos com faixa etária
de 15 a 19 anos apresentam níveis ruim (<23 cm), abaixo da média (24 – 28), na
média (29 – 33), acima da média (34 – 38), excelente (>39) e os indivíduos na faixa
etária entre 20 e 29 anos apresentam níveis ruim (<24 cm), abaixo da média (25 –
29), na média (30 - 33), acima da média (34 – 39) e excelente (>40).
5.4.4 Aptidão Cardiorrespiratória
Foi aplicado o teste de Cooper (1968) para avaliar a aptidão
cardiorrespiratória dos sujeitos. Todos foram encorajados a correr e/ou caminhar a
maior distância possível sem interrupção durante 12 minutos, sendo registrada a
distância total percorrida. Quando da interrupção, o avaliado deveria manter-se em
deslocamento caminhando no sentido transversal ao do deslocamento. A partir daí,
foi calculado o VO2máx dos sujeitos por meio da seguinte fórmula:
VO2max ml(Kg.min)-1 = D – 504
45
Onde: D = distância percorrida em metros.
Para aptidão cardiorrespiratória, foi adotado o critério de Cooper,
1982 onde os indivíduos com faixa etária de 13 a 19 anos são classificados como:
muito fraca (< 35), fraca (35,1 – 38,3), regular (38,4 – 45,1), boa (45,2 – 50,9),
excelente (51 – 55,9) e superior (> 56). Já os indivíduos na faixa etária entre 20 e 29
anos muito fraca (<33), fraca (33,1 – 36,4), regular (36,5 - 42,4), boa (42,5 – 46,4),
excelente (46,5 – 52,4) e superior (> 52,5).
23
5.5 Análise Estatística
Inicialmente, o teste de Shapiro Wilk foi utilizado para a análise da
distribuição dos dados. A partir daí, foi realizada análise descritiva, sendo as
variáveis expressas em valores de média e desvio-padrão (distribuição normal), os
valores mínimos, máximos e o percentual descritos. Todas as análises foram
realizadas no programa SPSS, versão 13.0.
24
6. RESULTADOS
As características gerais dos sujeitos são apresentadas na tabela 1.
Tabela 1. Características gerais da amostra. Média ± DP Mínimo Máximo Idade (anos) 24 ± 3 18 29 Massa Corporal (Kg) 71,5 ± 9,4 55,6 104,4 Estatura (m) 1,78 ± 0,06 1,67 1,97 IMC 22,4 ± 2,2 17,4 28,9 Nota:IMC = índice de massa corporal
Segundo a classificação da OMS (1997) a maioria dos avaliados
(83%) apresentou valores de IMC aceitável ou ideal (tabela 2).
Tabela 2. Classificação do IMC de acordo com a OMS (1997).
CLASSIFICAÇÃO N % Baixo 2 4 Aceitável ou Ideal 39 83 Obesidade Leve 6 13
A tabela 3 apresenta as informações quanto à classificação de
acordo com o nível de atividade física habitual. Observa-se que a maior parte dos
avaliados (77%), segundo o IPAQ, foi classificada como fisicamente ativa.
Tabela 3. Classificação do nível de atividade física habitual. CLASSIFICAÇÃO N % Muito Ativo 17 36 Ativo 19 41 Irregularmente Ativo 11 23
25
Os componentes da AFRS e seus valores encontrados referentes à amostra
são apresentados na tabela 4.
Tabela 4. Valores de média, desvio padrão, mínimo e máximo dos componentes da AFRS.
Média ± DP Mínimo Máximo % Gordura 19,6 ± 5,4 5,1 28,8 Flexão de Braço 39 ± 12 22 71 Abdominal 47 ± 9 18 64 Flexibilidade 27 ± 8 10 48 Aptidão Cardiorrespiratória (VO2 máx.) 45,8 ± 4,4 35,1 55,8
Nota: VO2 máx. = capacidade máxima de transporte e de utilização de oxigênio durante o exercício.
Segundo a classificação de Pollock e Wilmore (1993), houve uma
distribuição na classificação da amostra em relação ao %G, mas mais da metade
(51%) apresentava um %G ruim de acordo com a faixa etária (tabela 5).
Tabela 5. Classificação do percentual de gordura de acordo com Pollock e Wilmore (1993).
CLASSIFICAÇÃO N %
Bom 5 10 Acima da Média 6 13 Média 6 13 Abaixo da Média 6 13 Ruim 24 51
Segundo a classificação de Pollock e Wilmore (1993), pode-se
observar que, apesar da diferença entre o avaliado que realizou o menor número de
repetições e o que fez mais repetições, a maior parte do grupo (83%) foi classificada
como excelente neste componente (tabela 6).
Tabela 6. Flexão de braço de acordo com Pollock e Wilmore (1993). CLASSIFICAÇÃO N % Excelente 39 83 Acima da Média (bom) 7 15 Média (médio) 0 0 Abaixo da Média (regular) 1 2 Fraco 0 0
26
De acordo com a classificação de Pollock e Wilmore (1993),
percebe-se que a maioria da amostra (68%) apresenta uma excelente resistência
muscular abdominal (tabela 7).
Tabela 7. Resistência Muscular Localizada (Abdominal) segundo Pollock e Wilmore (1993).
CLASSIFICAÇÃO N % Excelente 32 68 Bom 4 9 Médio 8 17 Regular 2 4 Fraco 1 2
No que diz respeito à flexibilidade, percebe-se, segundo o Canadian
Standardized Teste of Fitness (CSTF) que uma parte da amostra está na média,
mas a maioria (62%) apresenta valores classificados como ruim e abaixo da média
(tabela 8).
Tabela 8. Flexibilidade de acordo com Canadian Standardized Test of Fitness (CSTF).
CLASSIFICAÇÃO N % Excelente 1 2 Acima da média 7 15 Média 10 21 Abaixo da média 13 28 Ruim 16 34
Segundo Cooper (1982) percebe-se que uma parte da amostra está
com o VO2 máx. regular, uma parte está com o VO2 máx bom, mas a maioria (52%) está
com o VO2 máx. excelente ou superior (tabela 9).
Tabela 9. Índices de VO2 máx segundo Cooper (1982). CLASSIFICAÇÃO N % Superior 3 7 Excelente 21 45 Boa 11 23 Regular 11 23 Fraca 0 0 Muito Fraca 1 2
27
7. DISCUSSÃO
Os resultados apontam que a maioria dos avaliados foram
classificados como ativos fisicamente e, no que diz respeito aos componentes da
AFRS, a maior parte dos sujeitos encontravam-se dentro das recomendações para a
saúde na maioria dos componentes. Apesar disso, verifica-se que alguns aspectos
podem ser melhorados .
A maior parte dos sujeitos do presente estudo, apesar de serem
fisicamente ativos, apresentou um %G ruim para a sua faixa etária segundo a
classificação de Pollock e Wilmore (1993).
Em outros componentes da AFRS como força, resistência abdominal
e capacidade aeróbica a maioria dos sujeitos estavam acima da média ou com um
nível considerado excelente. Esta característica pode ser devido à preparação para
os testes físicos exigidos no concurso. Percebe-se que a preparação foi importante
para a obtenção de ganhos em alguns aspectos, mas além desses benefícios,
também é observado que o componente flexibilidade ficou classificado abaixo da
média ou ruim. Isso, pode ser, pelo fato dos treinamento e preparação da maioria
dos sujeitos estarem voltados apenas para as provas do concurso e não para um
treinamento contínuo com objetivos de melhorar a sua AFRS como um todo.
A presente pesquisa serviu para caracterizar a amostra,
identificando o nível dos sujeitos para que os líderes da corporação percebam a
importância da aplicação de um programa de treinamento específico voltado às
principais necessidades do grupo em questão, com objetivo de formar pessoas aptas
ao desempenho da função. Essa caracterização da amostra verificada no estudo
também pode servir para comparar com outros estudos ou com sujeitos de outras
localidades.
Um outro estudo, por exemplo, publicado recentemente com objetivo
de investigar a aptidão física e sua influência para a saúde e para a capacidade de
trabalho dos bombeiros militares do Estado de Santa Catarina, verificou que a
grande maioria de seus integrantes possuíam aptidão física considerada ideal
84,44%. Com relação à incidência de doenças identificadas por médicos, 94,5% dos
avaliados identificaram que não possuem qualquer tipo de doença e quanto à
capacidade de trabalho 80,22% apresentaram o índice de capacidade de trabalho
28
nos índices considerados ideais. Além disso, foi identificado que a incidência dos
bombeiros com aptidão física baixa, doenças identificadas por médicos e o baixo
índice de capacidade de trabalho, na sua maioria encontram-se na faixa etária dos
40 aos 50 anos. Assim, pode-se inferir que com o envelhecimento existe uma perda
progressiva tanto da aptidão física quanto do índice de capacidade de trabalho (ICT)
(BOLDORI R., 2005).
Diante dos resultados encontrados por este estudo supracitado, foi
sugerido programas de exercício físico para os bombeiros classificados nas
categorias: "Precisa melhorar" e "Razoável" e a manutenção dos que possuem boa
aptidão, além da realização de avaliações físicas semestrais para acompanhar a
evolução da aptidão. Na capacidade de trabalho recomendam-se programas de
educação continuada e treinamentos das técnicas utilizadas nas atividades de
bombeiros.
Após as evidências citadas anteriormente, o presente estudo,
embora tenha indicado que a maioria dos avaliados era classificado como ativos
fisicamente, ressalta a importância de ser programado um treinamento no intuito de
melhorar e/ou manter a AFRS desses bombeiros, para que, então, possam ter um
bom desempenho na profissão, pricipalmente considerando que ocorre uma perda
de 5 ml/kg/min-1 no VO2 máx. por década a partir dos 25 até os 65 anos (ACSM,
1994).
Adicionalmente, alguns estudos mostram que o aumento da massa
corporal com a idade é um fator importante no declínio das funções avaliadas e a
atividade física regular ajuda a manter, dentro de um limite, as funções fisiológicas
com o passar do tempo. Pode-se citar um estudo onde a Força Militar Canadense,
preocupada com os possíveis efeitos adversos da obesidade sobre a imagem e o
desempenho de seus soldados, adotou o IMC para monitorar o excesso de peso
entre seu pessoal. O estudo mostrou que aproximadamente 50% dos homens e 25%
das mulheres apresentaram IMC maior do que 25 kg/m². Exceto pela força de
preensão manual, homens e mulheres com valores elevados de IMC apresentaram
aptidão física inferior àqueles com IMC abaixo do normal (JETTÉ e SIDNEY, 1990).
Em contrapartida, o estudo de Costa (2008) verificou alterações na
aptidão física e composição corporal durante um período de seis meses em 35
sujeitos, com idades entre 18 e 29 anos iniciando o processo de recruta de
Bombeiros do Porto. Concluiu-se que, a partir do modelo de treino selecionado, três
29
meses são suficientes para induzir melhorias significativas em vários componentes
como redução da massa gorda e aumento da massa magra, aumento da velocidade,
da força, da potência anaeróbica e a capacidade aeróbica e que a continuação do
mesmo treino tende a não produzir os mesmos efeitos. Portanto, é importante
verificar a intensidade e a periodização do treinamento.
De forma semelhante, Legg e Duggan (1996) pesquisaram os efeitos
do treinamento físico militar sobre a aptidão aeróbia, força e resistência muscular
dos Recrutas do Exército Britânico. Os resultados sugerem que três meses de
treinamento básico foi suficiente para melhorar a aptidão aeróbia, mas não para
melhorar a força e resistência muscular. Após cinco meses, porém, foi identificado
aumento da força muscular, sendo sugerido que o período do treinamento foi efetivo
no aumento do peso corporal, aptidão aeróbia e força muscular.
Ainda , um estudo publicado em 2003, na cidade de Maringá, teve
como objetivo verificar a influência do treinamento físico sobre o processo de
envelhecimento e o nível de aptidão física de bombeiros (de 33 a 42 anos – idade
final) durante um período de sete anos. Os resultados do teste de 12 minutos
mostraram que o treinamento físico ajuda a manter o nível de aptidão física de
acordo com a idade. De acordo com os resultados da pesquisa os autores chegaram
à conclusão de que o treinamento físico aeróbio (corrida e natação) e anaeróbio
(treinamento de força e futebol), realizado de três a quatro vezes por semana
durante sete anos, ajuda a manter o nível de aptidão física (VO2máx e potência
anaeróbia) em homens na faixa etária de 26 a 35 anos (idade inicial). Além disso,
também se verificou a manutenção do IMC dentro do limite normal (DALQUANO C.
H.; JUNIOR N. N.; CASTILHO M. M., 2003).
Sugere-se, portanto, a realização de mais estudos envolvendo
intervenção e acompanhamento do nível de atividade física habitual e aptidão física
relacionada a saúde dessa população. Assim, a pesquisa terá mais sentido, pois
poderão ser feitas comparações entre níveis pré e pós o período de intervenção,
verificando os possíveis ganhos. Futuros estudos com os mesmo sujeitos após um
longo período de tempo seriam interessantes para verificar como a população estará
e se haverá um trabalho de manutenção desta aptidão física.
30
8. CONCLUSÃO
Com base neste estudo, verifica-se que os ingressantes no curso
preparatório para a carreira de bombeiro militar na cidade de Londrina – PR, em
2010, são, em sua maioria, classificados como ativos fisicamente e, no que diz
respeito aos componentes da AFRS, encontram-se dentro das recomendações para
a saúde em alguns dos componentes (força e resistência muscular, VO2máx). Apesar
disso, verifica-se que alguns aspectos (% de gordura, flexibilidade) podem ser
melhorados durante uma intervenção.
31
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34
ANEXOS
35
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Titulo da pesquisa:
“Hábitos Alimentares, Atividade Física e Aptidão Física Relacionada à Saúde dos Ingressantes do Corpo de Bombeiros
de Londrina.”
Prezado(a) Senhor(a):
Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa “Hábitos Alimentares,
Atividade Física e Aptidão Física Relacionada à Saúde dos Ingressantes do
Corpo de Bombeiros de Londrina.”, realizada no Centro de Educação Física e
Esportes da Universidade Estadual de Londrina. O objetivo da pesquisa é “Avaliar
os Hábitos Alimentares, a Atividade Física Habitual e a Aptidão Física
Relacionada à Saúde dos ingressantes no Curso de Formação de Soldados do
Corpo de Bombeiros de Londrina”. A sua participação é muito importante e ela se
daria da seguinte forma: durante duas visitas ao laboratório serão realizadas as
seguintes avaliações, a) Preenchimento de Questionários e Registros relativos aos
Hábitos Alimentares e à Atividade Física Habitual; b) Medida de Variáveis
Hemodinâmicas: Frequência Cardíaca de Repouso e Pressão Arterial; c) Medidas
Antropométricas: Massa corporal, Estatura e Perímetros corporais; d) Medidas de
Composição Corporal, por meio de Dobras Cutâneas e Bioimpedância Elétrica; e)
Testes de Habilidade Motora para medir a Flexibilidade, Força e resistência
muscular; e f) Testes de Aptidão Cardiorrespiratória. Gostaríamos de esclarecer que
sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou
mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou
prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão utilizadas
somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e
confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade.
Os benefícios esperados são: Conhecer a sua condição física com base nos
aspectos relacionados.
Informamos que o senhor não pagará nem será remunerado por sua participação.
Garantimos, no entanto, que todas as despesas decorrentes da pesquisa serão
36
ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente de sua participação na
pesquisa.
Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos
contatar (Ademar Avelar de Almeida Júnior, Centro de Educação Física e
Esportes, Universidade Estadual de Londrina, Rodovia Celso Garcia Cid, km
380 – Campus Universitário, CEP 86051-990, Londrina-PR, (43) 3371-4772), ou
procurar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da
Universidade Estadual de Londrina, na Avenida Robert Kock, nº 60, ou no telefone
3371 – 2490. Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo
uma delas, devidamente preenchida e assinada entregue a você.
Londrina, 05 de Julho de 2010.
Pesquisador Responsável
Ademar Avelar de Almeida Júnior
RG::_10.349943______________
Eu,________________________________________________________ (nome
por extenso do sujeito de pesquisa), tendo sido devidamente esclarecido sobre os
procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa
descrita acima.
Assinatura (ou impressão
dactiloscópica):___________________________________
Data:______________________
37
ANEXO B
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – VERSÃO CURTA
38