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Fernanda Marinella
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ATO ADMINISTRATIVO
- Conceito - ato administrativo a declarao do Estado ou quem lhe faa
as vezes (pode ser praticado pelo Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder
Judicirio), expedida em nvel inferior lei a ttulo de cumpri-la (distingue
o ato administrativo da lei), sob regime de direito pblico (distingue do ato
administrativo do ato de direito privado) e sujeita a controle de legitimidade
por rgo jurisdicional (distingue o ato administrativo do ato jurisdicional).
- Elementos (requisitos de validade) -
competncia depende de previso na lei ou na CF, de exerccio
obrigatrio, irrenuncivel, imodificvel, no admite transao e
improrrogvel.
forma - somente a prevista em lei, sendo em regra por escrito,
admitindo-se de outra maneira quando a lei assim autorizar. O ato
administrativo est sujeito ao princpio da solenidade, exigindo-se
formalidades especficas, procedimento administrativo prvio e
motivao ( diferente de motivo, a correlao lgica entre os
elementos do ato, em regra obrigatria e deve ser realizada antes
ou durante a prtica do ato).
motivo - razes de fato e de direito que justificam a edio do ato.
Para que esse motiva seja legal e no comprometa a validade do
ato ele deve ser verdadeiro, estar compatvel com a previso legal
e compatvel com o resultado do ato.
objeto ou contedo o resultado prtico do ato. Exige-se que esse
seja lcito (previsto em lei), possvel e determinado.
finalidade s pode ser uma razo de interesse pblico que ser
definido por lei. O desrespeito ao interesse pblico compromete o
ato com o vcio de desvio de finalidade ( vcio ideolgico, vcio
subjetivo).
- Quanto ao fato de seus elementos serem vinculados ou discricionrios
poderamos definir: a competncia, a forma e a finalidade como
vinculados tanto nos atos vinculados quanto nos discricionrios. O motivo
e o objeto so vinculados, no ato vinculado. Sendo nos atos
discricionrios o motivo e objeto tambm discricionrios. Poderamos
ento concluir que a discricionariedade do ato discricionrio est no seu
motivo e no seu objeto. Esta discricionariedade que significa a liberdade,
a convenincia e oportunidade o que se denomina mrito do ato
administrativo.
A distribuio dos elementos ou requisitos do ato administrativo em:
sujeito competente, forma, motivo, objeto e finalidade, adotada pela
maior parte da doutrina, assunto divergente, encontrando-se em Celso
Antnio Bandeira de Mello1 as visveis discrepncias. Com o objetivo de
facilitar o estudo da matria, segue o quadro comparativo abaixo:
1 Curso de Direito Administrativo, ob. cit., p. 384-406.
Para Celso Antnio Bandeira de Mello para a maior
parte da
doutrina
ELEMENTOS
Exteriorizao da vontade FORMA
Contedo ( a deciso) OBJETO
PRESSUPOSTOS
DE EXISTNCIA
Objeto ( o assunto sobre o que o
ato dispe)
OBJETO
Pertinncia do ato ao exerccio
da funo administrativa
---------------
PRESSUPOSTOS
DE VALIDADE
Pressuposto subjetivo sujeito (o
produtor do ato)
SUJEITO
COMPETENTE
Pressuposto objetivo motivo
(fato que autoriza ou exige a prtica
do ato)
MOTIVO
Pressuposto objetivo requisitos
procedimentais (procedimento
administrativo que antecede o ato)
FORMA
Pressuposto teleolgico
finalidade
FINALIDADE
Pressuposto lgico causa ( o
vnculo de pertinncia entre o motivo
e o contedo)
MOTIVO
Pressuposto formalstico
formalizao (formalidade especfica
para a prtica do ato)
FORMA
Para Celso Antnio Bandeira de Mello, esse ttulo mais bem definido da
seguinte maneira: o termo elemento sugere a ideia de parte componente
de um todo, so realidades intrnsecas do ato, entretanto, alguns dos
elementos indicados pela maioria da doutrina (apontados no item 3.0.)
no podem ser considerados partes do ato administrativo, porque so
exteriores a ele. Visando a identificar esses aspectos exteriores ao ato, o
autor preferiu a terminologia pressupostos, que foram divididos em
pressupostos de existncia e pressupostos de validade.
Segundo esse autor, os elementos so requisitos para a existncia de um
ato jurdico: sem elementos no h ato algum, administrativo ou no.
Enquanto os pressupostos de existncia so indispensveis para a
existncia de um ato administrativo, os pressupostos de validade
condicionam a validade do ato.
Apresentada a anlise comparativa das duas orientaes doutrinrias,
possvel perceber que os elementos e pressupostos elencados pelo autor
tambm foram analisados neste trabalho, todavia, organizados de uma
forma diferente, exceto quanto exigncia de pertinncia do ato com o
exerccio da funo administrativa. Essa pertinncia exige que o ato
administrativo seja imputvel ao Estado, no exerccio de uma funo
administrativa; caso contrrio, trata-se somente de um ato jurdico e no
administrativo, em razo da ausncia de um pressuposto de existncia.
Esse raciocnio interessante quando se fala de atos que no provm de
entidades governamentais, como por exemplo, nas concesses de
servios pblicos, na delegao de funo pblica, particulares
requisitados, em que o ato deve ser imputado ao Estado por estar ligado
funo administrativa; do contrrio, decerto ser somente um ato
jurdico.
- Teoria dos Motivos Determinantes - relaciona-se com o motivo do
ato administrativo, aquela que prende o administrador no momento da
execuo do ato aos motivos que ele alegou no momento de sua edio,
sujeitando-se demonstrao de sua ocorrncia, de tal modo que, se
inexistentes ou falsos, implicam em sua nulidade.
- Atributos do ato Administrativo - presuno de legitimidade ou de
veracidade; auto-executoriedade (executoriedade e exigibilidade),
imperatividade e, para alguns autores, a tipicidade.
- Classificao:
quanto aos destinatrios: gerais (carter geral, abstratos,
impessoais, com finalidade normativa, atingem a coletividade
como um todo) e individuais (so os que dirigem a
destinatrios certos e determinados);
quanto ao alcance: internos (destinados a produzir efeitos
dentro das reparties administrativas) e externos (alcance
mais abrangente, dissemina seus efeitos sobre os
administrados);
quanto ao grau de liberdade: vinculado (a lei estabelece
todos os seus elementos, no resta liberdade para o
administrador, no h convenincia e oportunidade,
preenchidos os requisitos legais o administrador deve praticar
o ato, gerando direito subjetivo para o administrado - ex.
aposentadoria por tempo de contribuio) e discricionrio (h
liberdade, h juzo de valor, h convenincia e oportunidade,
no podendo fugir dos limites da lei, h discricionariedade
quando a lei estabelece opo, quando omissa, quando
estabelece a competncia mas no define a conduta e quando
utiliza conceito vago);
quanto ao objeto: ato de imprio (a Administrao pratica
usando da sua supremacia sobre o administrado), ato de
gesto (sem valer-se da sua supremacia) e atos de
expediente (destinam a impulsionar os processos
administrativos)
quanto a formao: simples (depende de uma nica
manifestao de vontade), composto (mais de uma
manifestao de vontade, sendo um principal e a outra
secundria) e complexo (depende de mais de uma
manifestao de vontade de rgos diferentes)
- Modalidades:
atos normativos: so os que contm comando geral visando a
correta aplicao da lei. Detalhar melhor o que a lei previamente
estabeleceu. Ex. decretos, regulamentos, regimentos, resolues,
deliberaes;
atos ordinatrios visam a disciplinar o funcionamento da
Administrao e a conduta funcional dos seus agentes (fundamento do
poder hierrquico). Ex. instrues, circulares, ordens de servio;
atos negociais so aqueles que contm uma declarao de vontade
da Administrao, coincidente com a pretenso do particular, visando
concretizar atos jurdicos, nas condies previamente impostas pela
Administrao Pblica.
atos enunciativos so todos aqueles em que a Administrao se
limita a certificar ou atestar um fato, ou ento a emitir uma opinio
acerca de um determinado tema. Ex. certido, emisso de atestado,
parecer.
atos punitivos so aqueles que contm uma sano imposta pela
Administrao queles que infringem disposies legais,
regulamentares e ordinatrias de bens e servios pblicos, visam punir
ou reprimir as infraes administrativas ou o comportamento irregular
dos servidores ou dos particulares, perante a Administrao, podendo
a atuao ser interna ou externa - ex. multas, interdies, embargos
de obras.
- Modos de desfazimento
Espcies Objeto Titular Efeitos
Anulao
(invalidao)
Ilegalidade do
ato
- Administrao
(Sum 346 e 473
STF)
- Judicirio (5,
XXXV)
Ex tunc
b)
Revogao
Razes de
convenincia e
oportunidade
(o ato vlido,
porm, no
mais
conveniente)
- Administrao
( Sum. 473
STF)
Ex nunc
cassao: quando o destinatrio descumpra condies que deveriam
ser mantidas, para o fim de continuar desfrutando da situao jurdica
- ex. transformao de um hotel formal em um motel;
caducidade: quando a supervenincia de norma jurdica torna
inadmissvel a situao, antes permitida pelo direito e outorgada pelo
ato precedente - ex. autorizao de uso de rea pblica para o
estabelecimento de um circo e seu cancelamento posterior, por fora
da implantao de novo Plano Diretor do Municpio, que ali consta uma
nova rua;
contraposio: que significa a edio de um ato com fundamento em
competncia diversa da que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos
so contrapostos aos daquele - ex. cancelamento da inscrio de
candidato a cargo pblico, anteriormente demitido pela prtica de
crime contra a Administrao.
Convalidao transformao de ato anulvel em vlido.
Converso e sanatria
- ESTABILIZAO DOS EFEITOS
- COISA JULGADA ADMINISTRATIVA
DECISES/NOTICIAS INTERESSANTES SOBRE O ASSUNTO
EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS
DA UNIO. COMPETNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ILEGITIMIDADE DO COORDENADOR-GERAL DE RECURSOS HUMANOS
DO MINISTRIO DOS TRANSPORTES. NEGATIVA DE REGISTRO A PENSO. PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA. GARANTIAS
CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. O Coordenador-Geral de Recursos Humanos do Ministrio dos Transportes
parte ilegtima para figurar no plo passivo da ao mandamental, dado que mero executor da deciso emanada do Tribunal de Contas da Unio. 2. A
inrcia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da penso,
consolidou afirmativamente a expectativa de pensionista quanto ao recebimento de verba de carter alimentar. Esse aspecto temporal diz
intimamente com: a) o princpio da segurana jurdica, projeo objetiva do princpio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado
de Direito; b) a lealdade, um dos contedos do princpio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). So de se reconhecer,
portanto, certas situaes jurdicas subjetivas ante o Poder Pblico, mormente quando tais situaes se formalizam por ato de qualquer das
instncias administrativas desse Poder, como se d com o ato formal de aposentadoria. 3. A manifestao do rgo constitucional de controle
externo h de se formalizar em tempo que no desborde das pautas elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo permeado por essa
preocupao com o tempo enquanto figura jurdica, para que sua prolongada passagem em aberto no opere como fator de sria instabilidade
intersubjetiva ou mesmo intergrupal. A prpria Constituio Federal de 1988
d conta de institutos que tm no perfazimento de um certo lapso temporal a sua prpria razo de ser. Pelo que existe uma espcie de tempo
constitucional mdio que resume em si, objetivamente, o desejado critrio da razoabilidade. Tempo que de cinco anos (inciso XXIX do art. 7 e arts.
183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 4. O prazo de cinco anos de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de
legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e penses. Transcorrido in albis o interregno qinqenal, a contar da penso, de se
convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditrio e da ampla
defesa (inciso LV do art. 5). 5. Segurana concedida. (MS 25403, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em
15/09/2010, DJe- 10-02-2011)
EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO. COMPETNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
NEGATIVA DE REGISTRO A APOSENTADORIA. PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO
CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. O impetrante se volta contra o acrdo do TCU, publicado no Dirio Oficial da Unio. No exatamente
contra o IBGE, para que este comprove o recolhimento das questionadas
contribuies previdencirias. Preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada. 2. Infundada alegao de carncia de ao, por ausncia de direito lquido e
certo. Preliminar que se confunde com o mrito da impetrao. 3. A inrcia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da aposentadoria,
consolidou afirmativamente a expectativa do ex-servidor quanto ao recebimento de verba de carter alimentar. Esse aspecto temporal diz
intimamente com: a) o princpio da segurana jurdica, projeo objetiva do princpio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado
de Direito; b) a lealdade, um dos contedos do princpio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). So de se reconhecer,
portanto, certas situaes jurdicas subjetivas ante o Poder Pblico, mormente quando tais situaes se formalizam por ato de qualquer das
instncias administrativas desse Poder, como se d com o ato formal de aposentadoria. 4. A manifestao do rgo constitucional de controle
externo h de se formalizar em tempo que no desborde das pautas
elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo permeado por essa preocupao com o tempo enquanto figura jurdica, para que sua prolongada
passagem em aberto no opere como fator de sria instabilidade inter-subjetiva ou mesmo intergrupal. A prpria Constituio Federal de 1988 d
conta de institutos que tm no perfazimento de um certo lapso temporal a sua prpria razo de ser. Pelo que existe uma espcie de tempo
constitucional mdio que resume em si, objetivamente, o desejado critrio da razoabilidade. Tempo que de cinco anos (inciso XXIX do art. 7 e arts.
183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 5. O prazo de cinco anos de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de
legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e penses. Transcorrido in albis o interregno qinqenal, a contar da aposentadoria,
de se convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditrio e
da ampla defesa (inciso LV do art. 5). 6. Segurana concedida.
(MS 25116, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 08/09/2010, DJe-027 DIVULG 09-02-2011 PUBLIC 10-02-2011 EMENT VOL-
02461-01 PP-00107)
REPERCUSSO GERAL SOBRE O TEMA
REPERCUSSO GERAL - RE 594296 (MRITO JULGADO)
Tema - N 138 (Anulao de ato administrativo pela Administrao,
com reflexo em interesses individuais, sem a instaurao de
procedimento administrativo.)
Assunto: Direito Administrativo. Anulao de ato administrativo cuja
formalizao tenha repercutido no campo de interesses individuais. Poder de
autotutela da administrao pblica. Necessidade de instaurao de
procedimento administrativo sob o rito do devido processo legal e com
obedincia aos princpios do contraditrio e da ampla defesa.
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. ANULAO DE ATO ADMINISTRATIVO
CUJA FORMALIZAO TENHA REPERCUTIDO NO CAMPO DE INTERESSES
INDIVIDUAIS. PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAO PBLICA.
NECESSIDADE DE INSTAURAO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
SOB O RITO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E COM OBEDINCIA AOS
PRINCPIOS DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. EXISTNCIA DE
REPERCUSSO GERAL. (RE 594296 RG / MG, STF, Relator(a) Min. Menezes
Direito, Julgamento: 13.11.2008, DJ: 13.02.2009).
EMENTA RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO.
EXERCCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISO DE CONTAGEM
DE TEMPO DE SERVIO E DE QUINQUNIOS DE SERVIDORA PBLICA.
REPERCUSSO GERAL RECONHECIDA. 1. Ao Estado facultada a revogao
de atos que repute ilegalmente praticados; porm, se de tais atos j
decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de
regular processo administrativo. 2. Ordem de reviso de contagem de tempo
de servio, de cancelamento de quinqunios e de devoluo de valores tidos
por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de
submetida a questo ao devido processo administrativo, em que se mostra
de obrigatria observncia o respeito ao princpio do contraditrio e da
ampla defesa. 3. Recurso extraordinrio a que se nega provimento.
(RE 594296, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em
21/09/2011, REPERCUSSO GERAL - MRITO ACRDO ELETRNICO DJe-
030 DIVULG 10-02-2012 PUBLIC 13-02-2012)
- RECURSO REPETITIVO JULGADO
Tema: Auto-executoriedade de ato administrativo emanado pela
autarquia ambiental que determina o embargo de obra irregular e
sua respectiva demolio, a afastar a atuao do Judicirio.
ADMINISTRATIVO. AUTO-EXECUTORIEDADE DOS ATOS DE
POLCIA.
Os atos de polcia so executados pela prpria autoridade administrativa,
independentemente de autorizao judicial. Se, todavia, o ato de polcia
tiver como objeto a demolio de uma casa habitada, a respectiva
execuo deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais
de justia. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1217234 PB, Rel.
Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA SEO, Julgado em 14/08/2013,
DJE 21/08/2013)
Tema - N 138 - Anulao de ato administrativo pela Administrao,
com reflexo em interesses individuais, sem a instaurao de
procedimento administrativo.
EMENTA RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO.
EXERCCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISO DE CONTAGEM
DE TEMPO DE SERVIO E DE QUINQUNIOS DE SERVIDORA PBLICA.
REPERCUSSO GERAL RECONHECIDA. 1. Ao Estado facultada a revogao
de atos que repute ilegalmente praticados; porm, se de tais atos j
decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de
regular processo administrativo. 2. Ordem de reviso de contagem de tempo
de servio, de cancelamento de quinqunios e de devoluo de valores tidos
por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de
submetida a questo ao devido processo administrativo, em que se mostra
de obrigatria observncia o respeito ao princpio do contraditrio e da
ampla defesa. 3. Recurso extraordinrio a que se nega provimento. (RE
594296, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em
21/09/2011, REPERCUSSO GERAL - MRITO ACRDO ELETRNICO
DJe-030 DIVULG 10-02-2012 PUBLIC 13-02-2012)
- EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE
CONTAS DA UNIO. CONTROLE EXTERNO DE LEGALIDADE DE ATO
CONCESSIVO DE APOSENTADORIA: INAPLICABILIDADE DA
DECADNCIA PREVISTA NO ART. 54 DA LEI 9.784/1999.
DETERMINAO DE TRANSFORMAO DE GRATIFICAO EM VANTAGEM
PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICVEL. INEXISTNCIA DE DIREITO
ADQUIRIDO FORMA DE CLCULO DA GRATIFICAO. PRECEDENTES.
SEGURANA DENEGADA. 1. O servidor pblico no tem direito adquirido
manuteno de regime de composio de vencimentos ou proventos, uma
vez que o que a Constituio lhe assegura a irredutibilidade de
vencimentos. 2. Servidor no tem direito adquirido a regime jurdico de
reajuste da gratificao incorporada, por isso que no contraria a
Constituio da Repblica lei que transforma as verbas incorporadas a esse
ttulo em vantagem pessoal nominalmente identificada, reajustvel pelos
ndices gerais de reviso dos vencimentos dos servidores pblicos (AI
833.985-ED, Rel. Min. Crmen Lcia, Primeira Turma, DJe 12.4.2011). 3. In
casu, no houve decrscimo da remunerao dos agravantes, o que afasta a
alegao de violao aos princpios do direito adquirido e da irredutibilidade
de vencimentos. 4. Precedentes: MS 24.381, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Plenrio, DJ 3.9.2004; RE 223.425, Rel. Min. Moreira Alves, Plenrio, DJ
1.9.2000; e RE 226.462, Rel. Min. Seplveda Pertence, Plenrio, DJ
25.5.2001. 5. Ordem denegada.(MS 31736, Relator(a): Min. LUIZ FUX,
Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, PROCESSO ELETRNICO DJe- 03-
02-2014)
- ADMINISTRATIVO - PROCESSUAL CIVIL - ACUMULAO DE CARGOS -
DECADNCIA - CINCO ANOS - ART. 54 DA LEI N 9.784/1999 - AUSNCIA
DE M-F - SMULA 7/STJ - ACRDO RECORRIDO NO MESMO SENTIDO
DA JURISPRUDNCIA DO STJ - SMULA 83/STJ - 1- Trata-se na origem de
mandado de segurana impetrado por servidora contra ato
administrativo que a notificou a optar por um dos cargos pblicos ocupados
(de professor aposentado e de direo/assessoramento pedaggico), por
suposta acumulao ilegal. 2- O Tribunal a quo deu soluo lide fundado
em dois argumentos autnomos que, por si ss, conduziam concesso da
segurana: a legalidade da cumulao dos cargos com base na legislao
local e na Constituio Federal ; E a ocorrncia de decadncia face
Administrao para determinar que servidora optasse por um dos cargos,
visto ultrapassados mais de 15 anos de acmulo. 3- O reconhecimento da
legalidade da acumulao dos cargos no pode ser revista nesta Corte em
razo do bice da Smula 280/STF e pelo fundamento constitucional do
acrdo recorrido, assim como no cabe nesta instncia rediscutir a boa-f
da servidora, por fora da Smula 7/STJ . 3- O direito da Administrao
de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorveis
para os destinatrios decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada m-f ( art. 54 da Lei n
9.784/1999 ). A acrdo recorrido que manifestou entendimento no
mesmo sentido da jurisprudncia desta Corte enseja a aplicao da Smula
83/STJ . Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg-AG-REsp. 428.329 -
(2013/0374409-5) - 2 T. - Rel. Min. Humberto Martins - DJe 14.02.2014 -
p. 362) - ATENO AO RECURSO REPETITIVO JULGADO ACERCA DA
APLICAPIBILIDADE DO PRAZO DO ART. 54 SOMENTE APS A
APROVAO DA LEI N.9784:
- Tema 214
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ART. 105, III, ALNEA A DA CF.
DIREITO PREVIDENCIRIO. REVISO DA RENDA MENSAL INICIAL DOS
BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS CONCEDIDOS EM DATA ANTERIOR
VIGNCIA DA LEI 9.787/99. PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS, A CONTAR
DA DATA DA VIGNCIA DA LEI 9.784/99. RESSALVA DO PONTO DE VISTA
DO RELATOR. ART. 103-A DA LEI 8.213/91, ACRESCENTADO PELA MP
19.11.2003, CONVERTIDA NA LEI 10.839/2004. AUMENTO DO PRAZO
DECADENCIAL PARA 10 ANOS. PARECER DO MINISTRIO PBLICO FEDERAL
PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO, NO
ENTANTO.1. A colenda Corte Especial do STJ firmou o entendimento
de que os atos administrativos praticados antes da Lei 9.784/99
podem ser revistos pela Administrao a qualquer tempo, por
inexistir norma legal expressa prevendo prazo para tal iniciativa.
Somente aps a Lei 9.784/99 incide o prazo decadencial de 5 anos
nela previsto, tendo como termo inicial a data de sua vigncia
(01.02.99). Ressalva do ponto de vista do Relator. 2. Antes de
decorridos 5 anos da Lei 9.784/99, a matria passou a ser tratada
no mbito previdencirio pela MP 138, de 19.11.2003, convertida na
Lei 10.839/2004, que acrescentou o art. 103-A Lei 8.213/91
(LBPS) e fixou em 10 anos o prazo decadencial para o INSS rever os
seus atos de que decorram efeitos favorveis a seus benefcirios.3.
Tendo o benefcio do autor sido concedido em 30.7.1997 e o procedimento
de reviso administrativa sido iniciado em janeiro de 2006, no se consumou
o prazo decadencial de 10 anos para a Autarquia Previdenciria rever o seu
ato. 4. Recurso Especial do INSS provido para afastar a incidncia da
decadncia declarada e determinar o retorno dos autos ao TRF da 5a.
Regio, para anlise da alegada inobservncia do contraditrio e da ampla
defesa do procedimento que culminou com a suspenso do benefcio
previdencirio do autor.(REsp 1114938/AL, Rel. Ministro NAPOLEO NUNES
MAIA FILHO, TERCEIRA SEO, julgado em 14/04/2010, DJe 02/08/2010)
- MANDADO DE SEGURANA - ADMINISTRATIVO - PORTARIA QUE
CONCEDEU ANISTIA POLTICA ANULADA, DE OFCIO, PELA
ADMINISTRAO, MAIS DE 5 ANOS APS A SUA PUBLICAO -
DECADNCIA - ART. 54 DA LEI 9.784/99 - ATOS PREPARATRIOS NO SO
APTOS A OBSTAR O PRAZO DECADENCIAL PARA O EXERCCIO DA
AUTOTUTELA - NECESSIDADE DE IMPUGNAO FORMAL E DIRETA
VALIDADE DO ATO, FORMULADA POR AUTORIDADE COM PODER DE
DECISO SOBRE A ANULAO DO ATO, ASSEGURADO AO INTERESSADO O
EXERCCIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITRIO - PARECER
MINISTERIAL PELA DENEGAO DA ORDEM - ORDEM CONCEDIDA, NO
ENTANTO - 1- O direito lquido e certo a que alude o art. 5o., LXIX da
Constituio Federal aquele cuja existncia e delimitao so passveis de
demonstrao documental, no lhe turvando o conceito a sua complexidade
ou densidade. Dessa forma, deve o impetrante demonstrar, j com a petio
inicial, no que consiste a ilegalidade ou a abusividade que pretende ver
expungida e comprovar, de plano, os fatos ali suscitados, de modo que seja
despicienda qualquer dilao probatria, incabvel no procedimento da ao
mandamental. 2- Assim, o Mandado de Segurana meio processual
adequado para verificar se a medida impugnativa da autoridade
administrativa pode ser considerada interruptiva do prazo decadencial para o
exerccio da autotutela, ainda que se tenha de examinar em profundidade a
prova da sua ocorrncia; O que no se admite, no trmite do pedido de
segurana, porm, que essa demonstrao se d no curso do feito
mandamental; Mas se foi feita a demonstrao documental e prvia da
ilegalidade ou do abuso, no h razo jurdica para no se dar curso ao
pedido de segurana e se decidi-lo segundo os cnones do Direito. 3- lio
constante (e antiga) dos tratadistas de Direito Civil que o instituto da
decadncia serve ao propsito da pacificao social, da segurana jurdica e
da justia, por isso que somente em situaes de absoluta excepcionalidade
se admite a reviso de situaes jurdicas sobre as quais o tempo j
estendeu o seu manto impenetrvel; O Direito Pblico incorpora essa
mesma orientao, com o fito de aquietar as relaes do indivduo com o
Estado. 4- O art. 54 da Lei 9.784/99 prev um prazo decadencial de 5
anos, a contar da data da vigncia do ato administrativo viciado,
para que a Administrao anule os atos que gerem efeitos favorveis
aos seus destinatrios. Aps o transcurso do referido prazo
decadencial quinquenal sem que ocorra o desfazimento do ato,
prevalece a segurana jurdica em detrimento da legalidade da
atuao administrativa. 5- Tratando-se de prazo decadencial, no h
que se falar em suspenso ou interrupo do prazo. Entretanto, a Lei
9.784/99 adotou um critrio amplo para a configurao do exerccio
da autotutela, bastando uma medida de autoridade que implique
impugnao do ato (art. 54, 2o.). 6- O art. 1o., 2o., III da mesma
lei, define autoridade como sendo o servidor ou agente pblico
dotado de poder de deciso. 7- Dessa forma, a impugnao que se
consubstancia como exerccio do dever de apurar os atos
administrativos deve ser aquela realizada pela autoridade com poder
de decidir sobre a anulao do ato. Alm disso, somente os
procedimentos que importem impugnao formal e direta validade
do ato, assegurando ao interessado o exerccio da ampla defesa e do
contraditrio, que afastam a configurao da inrcia da
Administrao. 8- O 2o. Do art. 54 da Lei 9.784/99 deve ser
interpretado em consonncia com a regra geral prevista no caput,
sob pena de tornar incuo o limite temporal mitigador do poder-
dever da Administrao de anular seus atos, motivo pelo qual no se
deve admitir que os atos preparatrios para a instaurao do
processo de anulao do ato administrativo sejam considerados
como exerccio do direito de autotutela. 9- In casu, impe-se
reconhecer a ocorrncia da decadncia, j que o impetrante Anistiado
Poltico, nos termos da Portaria 1.249, de 5.5.2004, do Ministro de Estado
da Justia, e sem nenhuma explicao ou justificativa para excepcionar a
decadncia ex ope temporis, a Administrao tornou, de ofcio, insubsistente
o dito ato, de sua prpria lavra, praticado h mais de 5 anos (anistia poltica
do impetrante), fazendo-o pela Portaria 184, de 20.6.2012, do Ministro de
Estado da Justia (ato coator). 10- Ordem concedida para reconhecer a
ocorrncia da decadncia da Administrao em anular a anistia concedida ao
impetrante. (STJ - MS 18.952 - (2012/0160223-0) - 1 S. - Rel. Min.
Napoleo Nunes Maia Filho - DJe 11.02.2014 - p. 799)
QUESTES SOBRE O ASSUNTO
1 - ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 8 Regio (PA e AP) - Analista Judicirio )
No que se refere aos atos administrativos, assinale a opo correta.
a) A convalidao, que ocorre quando o ato administrativo est eivado
de vcio sanvel, produz efeitos ex nunc, sem retroagir, portanto, para
atingir o momento em que tenha sido praticado o ato originrio.
b) O princpio da presuno de veracidade, atributo do ato
administrativo, no impede que o Poder Judicirio aprecie de ofcio a
nulidade de ato administrativo.
c) Em decorrncia do atributo da autoexecutoriedade dos atos
administrativos, a administrao pblica pode interditar
estabelecimento comercial irregular independentemente de
autorizao prvia do Poder Judicirio.
d) O motivo, requisito do ato administrativo, definido como a
exposio escrita das razes que justificam a prtica do ato pela
administrao.
e) A revogao pode atingir os atos administrativos discricionrios ou
vinculados e dever ser emanada da mesma autoridade competente
para a prtica do ato originrio, objeto da revogao.
LETRA C
2 - ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18 Regio (GO) - Analista Judicirio - rea
Judiciria)
Pode-se conceituar os atos administrativos como manifestaes de vontade
do Estado, as quais so dotadas de alguns atributos. Dentre eles, destaca-se
a presuno de legitimidade e veracidade, que
a) significa a presuno absoluta de conformidade com a lei,
dependendo de deciso judicial para eventual desfazimento.
b) consiste na presuno de que o ato praticado est conforme a lei e
de que os fatos atestados pela Administrao so verdadeiros,
admitindo, no entanto, prova em contrrio.
c) significa uma derivao do princpio da legalidade, na medida em
que os atos praticados pela Administrao possuem fora de lei,
podendo instituir direitos e obrigaes aos administrados.
d) consiste na necessidade de que sejam confirmados pelo poder
judicirio quando veicularem a produo de efeitos limitadores de
direitos dos administrados.
e) significa que os atos administrativos se impem a terceiros, mesmo
que esses no concordem, podendo a Administrao adotar medidas
coercitivas diretas e concretas para fazer valer sua deciso.
LETRA B
3 - ( Prova: VUNESP - 2013 - TJ-RJ - Juiz)
A Administrao Pblica
a) pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os
tornam ilegais, porque deles no se originam direitos, ressalvada a
apreciao judicial.
b) pode anular seus prprios atos, por motivo de convenincia ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
c) no pode declarar, em hiptese alguma, a nulidade dos seus
prprios atos.
d) no pode anular seus atos; somente autorizada a revogao por
motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, ressalvada a
apreciao judicial.
LETRA A
4 - ( Prova: TRF - 3 REGIO - 2013 - TRF - 3 REGIO - Juiz Federal )
Assinale a alternativa correta:
a) Para qualificar um ato jurdico como sendo ato administrativo
insuficiente a noo de regime jurdico, mas fundamental a
identificao do rgo de poder a que pertena o agente que o tenha
expedido.
b) O exame da legalidade de um ato administrativo deve ser levado a
efeito luz das regras jurdicas em vigor, sendo til, mas no
indispensvel, considerar tambm princpios jurdicos.
c) Ato administrativo s dotado de executoriedade quando a lei
expressamente o estabelece.
d) Ato administrativo expedido no exerccio de competncia
discricionria insusceptvel de controle judicial, pois esse controle
implicaria exame do mrito do ato, o que vedado ao Judicirio fazer
sob pena de ofensa ao princpio da independncia entre os Poderes.
e) Todo e qualquer ato administrativo susceptvel de apreciao pelo
Judicirio, no obstante a extenso do seu controle comporte limites
em face de sua classificao.
LETRA E
5- ( Prova: VUNESP - 2013 - TJ-SP - Advogado )
O ato administrativo.
a) invlido aquele anulvel por vcio de legitimidade.
b) eficaz poder ser extinto pelo desaparecimento do su- jeito da
relao jurdica.
c) discricionrio insuscetvel de exame pelo Poder Judicirio.
d) ineficaz somente poder ser extinto pelo instituto da recusa.
e) perfeito ser sempre vinculado.
LETRA B
6 - ( Prova: VUNESP - 2013 - TJ-SP - Advogado )
A anulao do ato administrativo.
a) opera efeitos ex nunc.
b) somente poder ser declarada pelo Poder Judicirio.
c) impede que o ato seja novamente editado.
d) poder ser ordenada pela Administrao Pblica
e) pressupe o descumprimento de obrigao fixada no ato.
LETRA D
7 - ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Pblico )
Julgue os itens a seguir, concernentes aos atos administrativos.
Caso verifique que determinado ato administrativo se tornou inoportuno ao
atual interesse pblico e, ao mesmo tempo, ilegal, a administrao pblica
ter, como regra, a faculdade de decidir pela revogao ou anulao do ato.
Errado
8 - ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Pblico )
Julgue os itens a seguir, concernentes aos atos administrativos.
A edio de atos administrativos exclusiva dos rgos do Poder Executivo,
no tendo as autoridades dos demais poderes competncia para edit-los.
Errado
9 - ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Pblico)
Julgue os itens a seguir, concernentes aos atos administrativos.
O direito da administrao de anular os atos administrativos dos quais
decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cinco anos,
contados da data em que tenham sido praticados, salvo comprovada m-f.
Segundo o STF, tal entendimento aplica-se s hipteses de auditorias
realizadas pelo TCU em mbito de controle de legalidade administrativa.
Certo
10 - ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-RR - Titular de Servios de Notas e de
Registros)
Assinale a opo correta no que se refere aos atos administrativos.
a) O Poder Judicirio, aps o incio de procedimento licitatrio seu,
destinado aquisio de computadores, poder revogar os atos
administrativos praticados, se entender ser conveniente e oportuno,
no momento, no comprar tais bens.
b) O Poder Judicirio pode convalidar atos administrativos do Poder
Executivo eivados de vcio, desde que o vcio seja sanvel.
c) Os atos administrativos praticados sob o regime de direito privado
gozam de presuno de legitimidade.
d) Dado o princpio da simetria, os atos administrativos discricionrios
praticados pelo Poder Executivo somente podem ser anulados pelo
prprio Poder Executivo.
e) Dado o atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo,
permite-se ao poder pblico, em caso de descumprimento, impor a
terceiros meios indiretos de coero que induzam obedincia ao ato.
LETRA A
11 - ( Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito)
Julgue os itens a seguir, relativos aos atos administrativos.
A revogao do ato administrativo, quando legtima, exclui o dever da
administrao pblica de indenizar, mesmo que esse ato tenha afetado o
direito de algum.
Errado
12 - ( Prova: TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de
Registros)
Assinale a alternativa correta.
a) A Administrao Pblica no tem disponibilidade sobre o interesse
pblico
b) A Administrao Pblica somente pode revogar atos
administrativos, sendo que a anulao apenas pode ocorrer por meio
de controle judicial.
c) Os atos administrativos so pblicos, sendo vedada qualquer
hiptese de sigilo.
d) Os atos administrativos so pblicos, sendo permitida a utilizao
da denominao pessoal do agente pblico.
LETRA A
13 - ( Prova: TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de
Registros - Remoo )
Assinale a alternativa correta.
a) O ato administrativo padece de vcio quanto ao sujeito, se o agente
pblico excede os limites de sua competncia, agindo em excesso de
poder.
b) O ato administrativo padece de vcio quanto ao motivo, quando o
resultado alcanado viola o ordenamento jurdico.
c) O ato administrativo padece de vcio quanto ao objeto, quando a
causa jurdica eleita pelo agente pblico inexistente ou inadequada.
d) O ato administrativo padece de vcio de forma, quando o fim
atingido diverso daquele previsto no ordenamento jurdico.
LETRA A
14 - ( Prova: TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de
Registros)
Assinale a alternativa correta.
a) O controle administrativo ocorre quando a Administrao Pblica
revisa internamente seus prprios atos, em decorrncia do poder de
autotutela.
b) A Administrao Pblica no se sujeita a controle externo pelo
Poder Legislativo.
c) Os atos administrativos ilegais e ilegtimos so passveis de
revogao.
d) Os atos administrativos legais e legtimos so passveis de
anulao.
LETRA A
15 - ( Prova: TJ-SC - 2013 - TJ-SC - Juiz / Direito Administrativo / Atos
administrativos; )
Analise as proposies abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Pode-se se definir o ato administrativo como a declarao do Estado ou de
quem o represente, que produz efeitos jurdicos imediatos, com observncia
da lei, sob regime jurdico de direito pblico e sujeita a controle pelo Poder
Judicirio.
II. So atributos de todo ato administrativo: a presuno de legitimidade,
que diz respeito conformidade do ato com a lei; a imperatividade, pelo
qual os atos administrativos se impem a terceiros; e a autoexecutoriedade,
pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execuo pela prpria
Administrao Pblica.
III. So elementos do ato administrativo: o sujeito, o objeto, a forma, o
motivo e a finalidade. Relacionada com o motivo, h a teoria dos motivos
determinantes, em consonncia com a qual a validade do ato se vincula aos
motivos indicados como seu fundamento, de tal modo que, se inexistentes
ou falsos, implicam a sua nulidade.
IV. Licena o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a
Administrao Pblica faculta ao particular a execuo de servio pblico ou
a utilizao privativa de bem pblico.
a) Somente as proposies I, III e IV esto corretas.
b) Todas as proposies esto corretas.
c) Somente as proposies I, II e III esto corretas.
d) Somente as proposies I e III esto corretas.
e) Somente as proposies II, III e IV esto corretas.
LETRA D