24
ATO ADMINISTRATIVO - Conceito - ato administrativo é a “declaração do Estado ou quem lhe faça as vezes (pode ser praticado pelo Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário), expedida em nível inferior à lei – a título de cumpri-la (distingue o ato administrativo da lei), sob regime de direito público (distingue do ato administrativo do ato de direito privado) e sujeita a controle de legitimidade por órgão jurisdicional (distingue o ato administrativo do ato jurisdicional)”. - Elementos (requisitos de validade) - competência – depende de previsão na lei ou na CF, é de exercício obrigatório, irrenunciável, imodificável, não admite transação e é improrrogável. forma - somente a prevista em lei, sendo em regra por escrito, admitindo-se de outra maneira quando a lei assim autorizar. O ato administrativo está sujeito ao princípio da solenidade, exigindo-se formalidades específicas, procedimento administrativo prévio e motivação (é diferente de motivo, é a correlação lógica entre os elementos do ato, em regra obrigatória e deve ser realizada antes ou durante a prática do ato). motivo - razões de fato e de direito que justificam a edição do ato. Para que esse motiva seja legal e não comprometa a validade do ato ele deve ser verdadeiro, estar compatível com a previsão legal e compatível com o resultado do ato. objeto ou conteúdo – o resultado prático do ato. Exige-se que esse seja lícito (previsto em lei), possível e determinado. finalidade – só pode ser uma razão de interesse público que será definido por lei. O desrespeito ao interesse público compromete o

Ato Administrativo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Fernanda Marinella

Citation preview

  • ATO ADMINISTRATIVO

    - Conceito - ato administrativo a declarao do Estado ou quem lhe faa

    as vezes (pode ser praticado pelo Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder

    Judicirio), expedida em nvel inferior lei a ttulo de cumpri-la (distingue

    o ato administrativo da lei), sob regime de direito pblico (distingue do ato

    administrativo do ato de direito privado) e sujeita a controle de legitimidade

    por rgo jurisdicional (distingue o ato administrativo do ato jurisdicional).

    - Elementos (requisitos de validade) -

    competncia depende de previso na lei ou na CF, de exerccio

    obrigatrio, irrenuncivel, imodificvel, no admite transao e

    improrrogvel.

    forma - somente a prevista em lei, sendo em regra por escrito,

    admitindo-se de outra maneira quando a lei assim autorizar. O ato

    administrativo est sujeito ao princpio da solenidade, exigindo-se

    formalidades especficas, procedimento administrativo prvio e

    motivao ( diferente de motivo, a correlao lgica entre os

    elementos do ato, em regra obrigatria e deve ser realizada antes

    ou durante a prtica do ato).

    motivo - razes de fato e de direito que justificam a edio do ato.

    Para que esse motiva seja legal e no comprometa a validade do

    ato ele deve ser verdadeiro, estar compatvel com a previso legal

    e compatvel com o resultado do ato.

    objeto ou contedo o resultado prtico do ato. Exige-se que esse

    seja lcito (previsto em lei), possvel e determinado.

    finalidade s pode ser uma razo de interesse pblico que ser

    definido por lei. O desrespeito ao interesse pblico compromete o

  • ato com o vcio de desvio de finalidade ( vcio ideolgico, vcio

    subjetivo).

    - Quanto ao fato de seus elementos serem vinculados ou discricionrios

    poderamos definir: a competncia, a forma e a finalidade como

    vinculados tanto nos atos vinculados quanto nos discricionrios. O motivo

    e o objeto so vinculados, no ato vinculado. Sendo nos atos

    discricionrios o motivo e objeto tambm discricionrios. Poderamos

    ento concluir que a discricionariedade do ato discricionrio est no seu

    motivo e no seu objeto. Esta discricionariedade que significa a liberdade,

    a convenincia e oportunidade o que se denomina mrito do ato

    administrativo.

    A distribuio dos elementos ou requisitos do ato administrativo em:

    sujeito competente, forma, motivo, objeto e finalidade, adotada pela

    maior parte da doutrina, assunto divergente, encontrando-se em Celso

    Antnio Bandeira de Mello1 as visveis discrepncias. Com o objetivo de

    facilitar o estudo da matria, segue o quadro comparativo abaixo:

    1 Curso de Direito Administrativo, ob. cit., p. 384-406.

  • Para Celso Antnio Bandeira de Mello para a maior

    parte da

    doutrina

    ELEMENTOS

    Exteriorizao da vontade FORMA

    Contedo ( a deciso) OBJETO

    PRESSUPOSTOS

    DE EXISTNCIA

    Objeto ( o assunto sobre o que o

    ato dispe)

    OBJETO

    Pertinncia do ato ao exerccio

    da funo administrativa

    ---------------

    PRESSUPOSTOS

    DE VALIDADE

    Pressuposto subjetivo sujeito (o

    produtor do ato)

    SUJEITO

    COMPETENTE

    Pressuposto objetivo motivo

    (fato que autoriza ou exige a prtica

    do ato)

    MOTIVO

    Pressuposto objetivo requisitos

    procedimentais (procedimento

    administrativo que antecede o ato)

    FORMA

    Pressuposto teleolgico

    finalidade

    FINALIDADE

    Pressuposto lgico causa ( o

    vnculo de pertinncia entre o motivo

    e o contedo)

    MOTIVO

    Pressuposto formalstico

    formalizao (formalidade especfica

    para a prtica do ato)

    FORMA

  • Para Celso Antnio Bandeira de Mello, esse ttulo mais bem definido da

    seguinte maneira: o termo elemento sugere a ideia de parte componente

    de um todo, so realidades intrnsecas do ato, entretanto, alguns dos

    elementos indicados pela maioria da doutrina (apontados no item 3.0.)

    no podem ser considerados partes do ato administrativo, porque so

    exteriores a ele. Visando a identificar esses aspectos exteriores ao ato, o

    autor preferiu a terminologia pressupostos, que foram divididos em

    pressupostos de existncia e pressupostos de validade.

    Segundo esse autor, os elementos so requisitos para a existncia de um

    ato jurdico: sem elementos no h ato algum, administrativo ou no.

    Enquanto os pressupostos de existncia so indispensveis para a

    existncia de um ato administrativo, os pressupostos de validade

    condicionam a validade do ato.

    Apresentada a anlise comparativa das duas orientaes doutrinrias,

    possvel perceber que os elementos e pressupostos elencados pelo autor

    tambm foram analisados neste trabalho, todavia, organizados de uma

    forma diferente, exceto quanto exigncia de pertinncia do ato com o

    exerccio da funo administrativa. Essa pertinncia exige que o ato

    administrativo seja imputvel ao Estado, no exerccio de uma funo

    administrativa; caso contrrio, trata-se somente de um ato jurdico e no

    administrativo, em razo da ausncia de um pressuposto de existncia.

    Esse raciocnio interessante quando se fala de atos que no provm de

    entidades governamentais, como por exemplo, nas concesses de

    servios pblicos, na delegao de funo pblica, particulares

    requisitados, em que o ato deve ser imputado ao Estado por estar ligado

    funo administrativa; do contrrio, decerto ser somente um ato

    jurdico.

  • - Teoria dos Motivos Determinantes - relaciona-se com o motivo do

    ato administrativo, aquela que prende o administrador no momento da

    execuo do ato aos motivos que ele alegou no momento de sua edio,

    sujeitando-se demonstrao de sua ocorrncia, de tal modo que, se

    inexistentes ou falsos, implicam em sua nulidade.

    - Atributos do ato Administrativo - presuno de legitimidade ou de

    veracidade; auto-executoriedade (executoriedade e exigibilidade),

    imperatividade e, para alguns autores, a tipicidade.

    - Classificao:

    quanto aos destinatrios: gerais (carter geral, abstratos,

    impessoais, com finalidade normativa, atingem a coletividade

    como um todo) e individuais (so os que dirigem a

    destinatrios certos e determinados);

    quanto ao alcance: internos (destinados a produzir efeitos

    dentro das reparties administrativas) e externos (alcance

    mais abrangente, dissemina seus efeitos sobre os

    administrados);

    quanto ao grau de liberdade: vinculado (a lei estabelece

    todos os seus elementos, no resta liberdade para o

    administrador, no h convenincia e oportunidade,

    preenchidos os requisitos legais o administrador deve praticar

    o ato, gerando direito subjetivo para o administrado - ex.

    aposentadoria por tempo de contribuio) e discricionrio (h

    liberdade, h juzo de valor, h convenincia e oportunidade,

    no podendo fugir dos limites da lei, h discricionariedade

    quando a lei estabelece opo, quando omissa, quando

  • estabelece a competncia mas no define a conduta e quando

    utiliza conceito vago);

    quanto ao objeto: ato de imprio (a Administrao pratica

    usando da sua supremacia sobre o administrado), ato de

    gesto (sem valer-se da sua supremacia) e atos de

    expediente (destinam a impulsionar os processos

    administrativos)

    quanto a formao: simples (depende de uma nica

    manifestao de vontade), composto (mais de uma

    manifestao de vontade, sendo um principal e a outra

    secundria) e complexo (depende de mais de uma

    manifestao de vontade de rgos diferentes)

    - Modalidades:

    atos normativos: so os que contm comando geral visando a

    correta aplicao da lei. Detalhar melhor o que a lei previamente

    estabeleceu. Ex. decretos, regulamentos, regimentos, resolues,

    deliberaes;

    atos ordinatrios visam a disciplinar o funcionamento da

    Administrao e a conduta funcional dos seus agentes (fundamento do

    poder hierrquico). Ex. instrues, circulares, ordens de servio;

    atos negociais so aqueles que contm uma declarao de vontade

    da Administrao, coincidente com a pretenso do particular, visando

    concretizar atos jurdicos, nas condies previamente impostas pela

    Administrao Pblica.

    atos enunciativos so todos aqueles em que a Administrao se

    limita a certificar ou atestar um fato, ou ento a emitir uma opinio

  • acerca de um determinado tema. Ex. certido, emisso de atestado,

    parecer.

    atos punitivos so aqueles que contm uma sano imposta pela

    Administrao queles que infringem disposies legais,

    regulamentares e ordinatrias de bens e servios pblicos, visam punir

    ou reprimir as infraes administrativas ou o comportamento irregular

    dos servidores ou dos particulares, perante a Administrao, podendo

    a atuao ser interna ou externa - ex. multas, interdies, embargos

    de obras.

    - Modos de desfazimento

    Espcies Objeto Titular Efeitos

    Anulao

    (invalidao)

    Ilegalidade do

    ato

    - Administrao

    (Sum 346 e 473

    STF)

    - Judicirio (5,

    XXXV)

    Ex tunc

    b)

    Revogao

    Razes de

    convenincia e

    oportunidade

    (o ato vlido,

    porm, no

    mais

    conveniente)

    - Administrao

    ( Sum. 473

    STF)

    Ex nunc

  • cassao: quando o destinatrio descumpra condies que deveriam

    ser mantidas, para o fim de continuar desfrutando da situao jurdica

    - ex. transformao de um hotel formal em um motel;

    caducidade: quando a supervenincia de norma jurdica torna

    inadmissvel a situao, antes permitida pelo direito e outorgada pelo

    ato precedente - ex. autorizao de uso de rea pblica para o

    estabelecimento de um circo e seu cancelamento posterior, por fora

    da implantao de novo Plano Diretor do Municpio, que ali consta uma

    nova rua;

    contraposio: que significa a edio de um ato com fundamento em

    competncia diversa da que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos

    so contrapostos aos daquele - ex. cancelamento da inscrio de

    candidato a cargo pblico, anteriormente demitido pela prtica de

    crime contra a Administrao.

    Convalidao transformao de ato anulvel em vlido.

    Converso e sanatria

    - ESTABILIZAO DOS EFEITOS

    - COISA JULGADA ADMINISTRATIVA

  • DECISES/NOTICIAS INTERESSANTES SOBRE O ASSUNTO

    EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS

    DA UNIO. COMPETNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ILEGITIMIDADE DO COORDENADOR-GERAL DE RECURSOS HUMANOS

    DO MINISTRIO DOS TRANSPORTES. NEGATIVA DE REGISTRO A PENSO. PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA. GARANTIAS

    CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. O Coordenador-Geral de Recursos Humanos do Ministrio dos Transportes

    parte ilegtima para figurar no plo passivo da ao mandamental, dado que mero executor da deciso emanada do Tribunal de Contas da Unio. 2. A

    inrcia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da penso,

    consolidou afirmativamente a expectativa de pensionista quanto ao recebimento de verba de carter alimentar. Esse aspecto temporal diz

    intimamente com: a) o princpio da segurana jurdica, projeo objetiva do princpio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado

    de Direito; b) a lealdade, um dos contedos do princpio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). So de se reconhecer,

    portanto, certas situaes jurdicas subjetivas ante o Poder Pblico, mormente quando tais situaes se formalizam por ato de qualquer das

    instncias administrativas desse Poder, como se d com o ato formal de aposentadoria. 3. A manifestao do rgo constitucional de controle

    externo h de se formalizar em tempo que no desborde das pautas elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo permeado por essa

    preocupao com o tempo enquanto figura jurdica, para que sua prolongada passagem em aberto no opere como fator de sria instabilidade

    intersubjetiva ou mesmo intergrupal. A prpria Constituio Federal de 1988

    d conta de institutos que tm no perfazimento de um certo lapso temporal a sua prpria razo de ser. Pelo que existe uma espcie de tempo

    constitucional mdio que resume em si, objetivamente, o desejado critrio da razoabilidade. Tempo que de cinco anos (inciso XXIX do art. 7 e arts.

    183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 4. O prazo de cinco anos de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de

    legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e penses. Transcorrido in albis o interregno qinqenal, a contar da penso, de se

    convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditrio e da ampla

    defesa (inciso LV do art. 5). 5. Segurana concedida. (MS 25403, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em

    15/09/2010, DJe- 10-02-2011)

  • EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO. COMPETNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

    NEGATIVA DE REGISTRO A APOSENTADORIA. PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO

    CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. O impetrante se volta contra o acrdo do TCU, publicado no Dirio Oficial da Unio. No exatamente

    contra o IBGE, para que este comprove o recolhimento das questionadas

    contribuies previdencirias. Preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada. 2. Infundada alegao de carncia de ao, por ausncia de direito lquido e

    certo. Preliminar que se confunde com o mrito da impetrao. 3. A inrcia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da aposentadoria,

    consolidou afirmativamente a expectativa do ex-servidor quanto ao recebimento de verba de carter alimentar. Esse aspecto temporal diz

    intimamente com: a) o princpio da segurana jurdica, projeo objetiva do princpio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado

    de Direito; b) a lealdade, um dos contedos do princpio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). So de se reconhecer,

    portanto, certas situaes jurdicas subjetivas ante o Poder Pblico, mormente quando tais situaes se formalizam por ato de qualquer das

    instncias administrativas desse Poder, como se d com o ato formal de aposentadoria. 4. A manifestao do rgo constitucional de controle

    externo h de se formalizar em tempo que no desborde das pautas

    elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo permeado por essa preocupao com o tempo enquanto figura jurdica, para que sua prolongada

    passagem em aberto no opere como fator de sria instabilidade inter-subjetiva ou mesmo intergrupal. A prpria Constituio Federal de 1988 d

    conta de institutos que tm no perfazimento de um certo lapso temporal a sua prpria razo de ser. Pelo que existe uma espcie de tempo

    constitucional mdio que resume em si, objetivamente, o desejado critrio da razoabilidade. Tempo que de cinco anos (inciso XXIX do art. 7 e arts.

    183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 5. O prazo de cinco anos de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de

    legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e penses. Transcorrido in albis o interregno qinqenal, a contar da aposentadoria,

    de se convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditrio e

    da ampla defesa (inciso LV do art. 5). 6. Segurana concedida.

    (MS 25116, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 08/09/2010, DJe-027 DIVULG 09-02-2011 PUBLIC 10-02-2011 EMENT VOL-

    02461-01 PP-00107)

  • REPERCUSSO GERAL SOBRE O TEMA

    REPERCUSSO GERAL - RE 594296 (MRITO JULGADO)

    Tema - N 138 (Anulao de ato administrativo pela Administrao,

    com reflexo em interesses individuais, sem a instaurao de

    procedimento administrativo.)

    Assunto: Direito Administrativo. Anulao de ato administrativo cuja

    formalizao tenha repercutido no campo de interesses individuais. Poder de

    autotutela da administrao pblica. Necessidade de instaurao de

    procedimento administrativo sob o rito do devido processo legal e com

    obedincia aos princpios do contraditrio e da ampla defesa.

    EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. ANULAO DE ATO ADMINISTRATIVO

    CUJA FORMALIZAO TENHA REPERCUTIDO NO CAMPO DE INTERESSES

    INDIVIDUAIS. PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAO PBLICA.

    NECESSIDADE DE INSTAURAO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

    SOB O RITO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E COM OBEDINCIA AOS

    PRINCPIOS DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA. EXISTNCIA DE

    REPERCUSSO GERAL. (RE 594296 RG / MG, STF, Relator(a) Min. Menezes

    Direito, Julgamento: 13.11.2008, DJ: 13.02.2009).

    EMENTA RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO.

    EXERCCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISO DE CONTAGEM

    DE TEMPO DE SERVIO E DE QUINQUNIOS DE SERVIDORA PBLICA.

    REPERCUSSO GERAL RECONHECIDA. 1. Ao Estado facultada a revogao

    de atos que repute ilegalmente praticados; porm, se de tais atos j

    decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de

    regular processo administrativo. 2. Ordem de reviso de contagem de tempo

    de servio, de cancelamento de quinqunios e de devoluo de valores tidos

    por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de

    submetida a questo ao devido processo administrativo, em que se mostra

    de obrigatria observncia o respeito ao princpio do contraditrio e da

    ampla defesa. 3. Recurso extraordinrio a que se nega provimento.

    (RE 594296, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em

    21/09/2011, REPERCUSSO GERAL - MRITO ACRDO ELETRNICO DJe-

    030 DIVULG 10-02-2012 PUBLIC 13-02-2012)

  • - RECURSO REPETITIVO JULGADO

    Tema: Auto-executoriedade de ato administrativo emanado pela

    autarquia ambiental que determina o embargo de obra irregular e

    sua respectiva demolio, a afastar a atuao do Judicirio.

    ADMINISTRATIVO. AUTO-EXECUTORIEDADE DOS ATOS DE

    POLCIA.

    Os atos de polcia so executados pela prpria autoridade administrativa,

    independentemente de autorizao judicial. Se, todavia, o ato de polcia

    tiver como objeto a demolio de uma casa habitada, a respectiva

    execuo deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais

    de justia. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1217234 PB, Rel.

    Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA SEO, Julgado em 14/08/2013,

    DJE 21/08/2013)

    Tema - N 138 - Anulao de ato administrativo pela Administrao,

    com reflexo em interesses individuais, sem a instaurao de

    procedimento administrativo.

    EMENTA RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO.

    EXERCCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISO DE CONTAGEM

    DE TEMPO DE SERVIO E DE QUINQUNIOS DE SERVIDORA PBLICA.

    REPERCUSSO GERAL RECONHECIDA. 1. Ao Estado facultada a revogao

    de atos que repute ilegalmente praticados; porm, se de tais atos j

    decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de

    regular processo administrativo. 2. Ordem de reviso de contagem de tempo

    de servio, de cancelamento de quinqunios e de devoluo de valores tidos

    por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de

    submetida a questo ao devido processo administrativo, em que se mostra

    de obrigatria observncia o respeito ao princpio do contraditrio e da

    ampla defesa. 3. Recurso extraordinrio a que se nega provimento. (RE

    594296, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em

  • 21/09/2011, REPERCUSSO GERAL - MRITO ACRDO ELETRNICO

    DJe-030 DIVULG 10-02-2012 PUBLIC 13-02-2012)

    - EMENTA: MANDADO DE SEGURANA. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE

    CONTAS DA UNIO. CONTROLE EXTERNO DE LEGALIDADE DE ATO

    CONCESSIVO DE APOSENTADORIA: INAPLICABILIDADE DA

    DECADNCIA PREVISTA NO ART. 54 DA LEI 9.784/1999.

    DETERMINAO DE TRANSFORMAO DE GRATIFICAO EM VANTAGEM

    PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICVEL. INEXISTNCIA DE DIREITO

    ADQUIRIDO FORMA DE CLCULO DA GRATIFICAO. PRECEDENTES.

    SEGURANA DENEGADA. 1. O servidor pblico no tem direito adquirido

    manuteno de regime de composio de vencimentos ou proventos, uma

    vez que o que a Constituio lhe assegura a irredutibilidade de

    vencimentos. 2. Servidor no tem direito adquirido a regime jurdico de

    reajuste da gratificao incorporada, por isso que no contraria a

    Constituio da Repblica lei que transforma as verbas incorporadas a esse

    ttulo em vantagem pessoal nominalmente identificada, reajustvel pelos

    ndices gerais de reviso dos vencimentos dos servidores pblicos (AI

    833.985-ED, Rel. Min. Crmen Lcia, Primeira Turma, DJe 12.4.2011). 3. In

    casu, no houve decrscimo da remunerao dos agravantes, o que afasta a

    alegao de violao aos princpios do direito adquirido e da irredutibilidade

    de vencimentos. 4. Precedentes: MS 24.381, Rel. Min. Gilmar Mendes,

    Plenrio, DJ 3.9.2004; RE 223.425, Rel. Min. Moreira Alves, Plenrio, DJ

    1.9.2000; e RE 226.462, Rel. Min. Seplveda Pertence, Plenrio, DJ

    25.5.2001. 5. Ordem denegada.(MS 31736, Relator(a): Min. LUIZ FUX,

    Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, PROCESSO ELETRNICO DJe- 03-

    02-2014)

    - ADMINISTRATIVO - PROCESSUAL CIVIL - ACUMULAO DE CARGOS -

    DECADNCIA - CINCO ANOS - ART. 54 DA LEI N 9.784/1999 - AUSNCIA

    DE M-F - SMULA 7/STJ - ACRDO RECORRIDO NO MESMO SENTIDO

    DA JURISPRUDNCIA DO STJ - SMULA 83/STJ - 1- Trata-se na origem de

    mandado de segurana impetrado por servidora contra ato

    administrativo que a notificou a optar por um dos cargos pblicos ocupados

  • (de professor aposentado e de direo/assessoramento pedaggico), por

    suposta acumulao ilegal. 2- O Tribunal a quo deu soluo lide fundado

    em dois argumentos autnomos que, por si ss, conduziam concesso da

    segurana: a legalidade da cumulao dos cargos com base na legislao

    local e na Constituio Federal ; E a ocorrncia de decadncia face

    Administrao para determinar que servidora optasse por um dos cargos,

    visto ultrapassados mais de 15 anos de acmulo. 3- O reconhecimento da

    legalidade da acumulao dos cargos no pode ser revista nesta Corte em

    razo do bice da Smula 280/STF e pelo fundamento constitucional do

    acrdo recorrido, assim como no cabe nesta instncia rediscutir a boa-f

    da servidora, por fora da Smula 7/STJ . 3- O direito da Administrao

    de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorveis

    para os destinatrios decai em cinco anos, contados da data em que

    foram praticados, salvo comprovada m-f ( art. 54 da Lei n

    9.784/1999 ). A acrdo recorrido que manifestou entendimento no

    mesmo sentido da jurisprudncia desta Corte enseja a aplicao da Smula

    83/STJ . Agravo regimental improvido. (STJ - AgRg-AG-REsp. 428.329 -

    (2013/0374409-5) - 2 T. - Rel. Min. Humberto Martins - DJe 14.02.2014 -

    p. 362) - ATENO AO RECURSO REPETITIVO JULGADO ACERCA DA

    APLICAPIBILIDADE DO PRAZO DO ART. 54 SOMENTE APS A

    APROVAO DA LEI N.9784:

    - Tema 214

    RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ART. 105, III, ALNEA A DA CF.

    DIREITO PREVIDENCIRIO. REVISO DA RENDA MENSAL INICIAL DOS

    BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS CONCEDIDOS EM DATA ANTERIOR

    VIGNCIA DA LEI 9.787/99. PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS, A CONTAR

    DA DATA DA VIGNCIA DA LEI 9.784/99. RESSALVA DO PONTO DE VISTA

    DO RELATOR. ART. 103-A DA LEI 8.213/91, ACRESCENTADO PELA MP

    19.11.2003, CONVERTIDA NA LEI 10.839/2004. AUMENTO DO PRAZO

    DECADENCIAL PARA 10 ANOS. PARECER DO MINISTRIO PBLICO FEDERAL

  • PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO, NO

    ENTANTO.1. A colenda Corte Especial do STJ firmou o entendimento

    de que os atos administrativos praticados antes da Lei 9.784/99

    podem ser revistos pela Administrao a qualquer tempo, por

    inexistir norma legal expressa prevendo prazo para tal iniciativa.

    Somente aps a Lei 9.784/99 incide o prazo decadencial de 5 anos

    nela previsto, tendo como termo inicial a data de sua vigncia

    (01.02.99). Ressalva do ponto de vista do Relator. 2. Antes de

    decorridos 5 anos da Lei 9.784/99, a matria passou a ser tratada

    no mbito previdencirio pela MP 138, de 19.11.2003, convertida na

    Lei 10.839/2004, que acrescentou o art. 103-A Lei 8.213/91

    (LBPS) e fixou em 10 anos o prazo decadencial para o INSS rever os

    seus atos de que decorram efeitos favorveis a seus benefcirios.3.

    Tendo o benefcio do autor sido concedido em 30.7.1997 e o procedimento

    de reviso administrativa sido iniciado em janeiro de 2006, no se consumou

    o prazo decadencial de 10 anos para a Autarquia Previdenciria rever o seu

    ato. 4. Recurso Especial do INSS provido para afastar a incidncia da

    decadncia declarada e determinar o retorno dos autos ao TRF da 5a.

    Regio, para anlise da alegada inobservncia do contraditrio e da ampla

    defesa do procedimento que culminou com a suspenso do benefcio

    previdencirio do autor.(REsp 1114938/AL, Rel. Ministro NAPOLEO NUNES

    MAIA FILHO, TERCEIRA SEO, julgado em 14/04/2010, DJe 02/08/2010)

    - MANDADO DE SEGURANA - ADMINISTRATIVO - PORTARIA QUE

    CONCEDEU ANISTIA POLTICA ANULADA, DE OFCIO, PELA

    ADMINISTRAO, MAIS DE 5 ANOS APS A SUA PUBLICAO -

    DECADNCIA - ART. 54 DA LEI 9.784/99 - ATOS PREPARATRIOS NO SO

    APTOS A OBSTAR O PRAZO DECADENCIAL PARA O EXERCCIO DA

    AUTOTUTELA - NECESSIDADE DE IMPUGNAO FORMAL E DIRETA

    VALIDADE DO ATO, FORMULADA POR AUTORIDADE COM PODER DE

    DECISO SOBRE A ANULAO DO ATO, ASSEGURADO AO INTERESSADO O

    EXERCCIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITRIO - PARECER

    MINISTERIAL PELA DENEGAO DA ORDEM - ORDEM CONCEDIDA, NO

    ENTANTO - 1- O direito lquido e certo a que alude o art. 5o., LXIX da

    Constituio Federal aquele cuja existncia e delimitao so passveis de

    demonstrao documental, no lhe turvando o conceito a sua complexidade

    ou densidade. Dessa forma, deve o impetrante demonstrar, j com a petio

    inicial, no que consiste a ilegalidade ou a abusividade que pretende ver

  • expungida e comprovar, de plano, os fatos ali suscitados, de modo que seja

    despicienda qualquer dilao probatria, incabvel no procedimento da ao

    mandamental. 2- Assim, o Mandado de Segurana meio processual

    adequado para verificar se a medida impugnativa da autoridade

    administrativa pode ser considerada interruptiva do prazo decadencial para o

    exerccio da autotutela, ainda que se tenha de examinar em profundidade a

    prova da sua ocorrncia; O que no se admite, no trmite do pedido de

    segurana, porm, que essa demonstrao se d no curso do feito

    mandamental; Mas se foi feita a demonstrao documental e prvia da

    ilegalidade ou do abuso, no h razo jurdica para no se dar curso ao

    pedido de segurana e se decidi-lo segundo os cnones do Direito. 3- lio

    constante (e antiga) dos tratadistas de Direito Civil que o instituto da

    decadncia serve ao propsito da pacificao social, da segurana jurdica e

    da justia, por isso que somente em situaes de absoluta excepcionalidade

    se admite a reviso de situaes jurdicas sobre as quais o tempo j

    estendeu o seu manto impenetrvel; O Direito Pblico incorpora essa

    mesma orientao, com o fito de aquietar as relaes do indivduo com o

    Estado. 4- O art. 54 da Lei 9.784/99 prev um prazo decadencial de 5

    anos, a contar da data da vigncia do ato administrativo viciado,

    para que a Administrao anule os atos que gerem efeitos favorveis

    aos seus destinatrios. Aps o transcurso do referido prazo

    decadencial quinquenal sem que ocorra o desfazimento do ato,

    prevalece a segurana jurdica em detrimento da legalidade da

    atuao administrativa. 5- Tratando-se de prazo decadencial, no h

    que se falar em suspenso ou interrupo do prazo. Entretanto, a Lei

    9.784/99 adotou um critrio amplo para a configurao do exerccio

    da autotutela, bastando uma medida de autoridade que implique

    impugnao do ato (art. 54, 2o.). 6- O art. 1o., 2o., III da mesma

    lei, define autoridade como sendo o servidor ou agente pblico

    dotado de poder de deciso. 7- Dessa forma, a impugnao que se

    consubstancia como exerccio do dever de apurar os atos

    administrativos deve ser aquela realizada pela autoridade com poder

    de decidir sobre a anulao do ato. Alm disso, somente os

    procedimentos que importem impugnao formal e direta validade

    do ato, assegurando ao interessado o exerccio da ampla defesa e do

    contraditrio, que afastam a configurao da inrcia da

    Administrao. 8- O 2o. Do art. 54 da Lei 9.784/99 deve ser

    interpretado em consonncia com a regra geral prevista no caput,

    sob pena de tornar incuo o limite temporal mitigador do poder-

    dever da Administrao de anular seus atos, motivo pelo qual no se

  • deve admitir que os atos preparatrios para a instaurao do

    processo de anulao do ato administrativo sejam considerados

    como exerccio do direito de autotutela. 9- In casu, impe-se

    reconhecer a ocorrncia da decadncia, j que o impetrante Anistiado

    Poltico, nos termos da Portaria 1.249, de 5.5.2004, do Ministro de Estado

    da Justia, e sem nenhuma explicao ou justificativa para excepcionar a

    decadncia ex ope temporis, a Administrao tornou, de ofcio, insubsistente

    o dito ato, de sua prpria lavra, praticado h mais de 5 anos (anistia poltica

    do impetrante), fazendo-o pela Portaria 184, de 20.6.2012, do Ministro de

    Estado da Justia (ato coator). 10- Ordem concedida para reconhecer a

    ocorrncia da decadncia da Administrao em anular a anistia concedida ao

    impetrante. (STJ - MS 18.952 - (2012/0160223-0) - 1 S. - Rel. Min.

    Napoleo Nunes Maia Filho - DJe 11.02.2014 - p. 799)

    QUESTES SOBRE O ASSUNTO

    1 - ( Prova: CESPE - 2013 - TRT - 8 Regio (PA e AP) - Analista Judicirio )

    No que se refere aos atos administrativos, assinale a opo correta.

    a) A convalidao, que ocorre quando o ato administrativo est eivado

    de vcio sanvel, produz efeitos ex nunc, sem retroagir, portanto, para

    atingir o momento em que tenha sido praticado o ato originrio.

    b) O princpio da presuno de veracidade, atributo do ato

    administrativo, no impede que o Poder Judicirio aprecie de ofcio a

    nulidade de ato administrativo.

    c) Em decorrncia do atributo da autoexecutoriedade dos atos

    administrativos, a administrao pblica pode interditar

    estabelecimento comercial irregular independentemente de

    autorizao prvia do Poder Judicirio.

    d) O motivo, requisito do ato administrativo, definido como a

    exposio escrita das razes que justificam a prtica do ato pela

    administrao.

    e) A revogao pode atingir os atos administrativos discricionrios ou

    vinculados e dever ser emanada da mesma autoridade competente

    para a prtica do ato originrio, objeto da revogao.

  • LETRA C

    2 - ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18 Regio (GO) - Analista Judicirio - rea

    Judiciria)

    Pode-se conceituar os atos administrativos como manifestaes de vontade

    do Estado, as quais so dotadas de alguns atributos. Dentre eles, destaca-se

    a presuno de legitimidade e veracidade, que

    a) significa a presuno absoluta de conformidade com a lei,

    dependendo de deciso judicial para eventual desfazimento.

    b) consiste na presuno de que o ato praticado est conforme a lei e

    de que os fatos atestados pela Administrao so verdadeiros,

    admitindo, no entanto, prova em contrrio.

    c) significa uma derivao do princpio da legalidade, na medida em

    que os atos praticados pela Administrao possuem fora de lei,

    podendo instituir direitos e obrigaes aos administrados.

    d) consiste na necessidade de que sejam confirmados pelo poder

    judicirio quando veicularem a produo de efeitos limitadores de

    direitos dos administrados.

    e) significa que os atos administrativos se impem a terceiros, mesmo

    que esses no concordem, podendo a Administrao adotar medidas

    coercitivas diretas e concretas para fazer valer sua deciso.

    LETRA B

    3 - ( Prova: VUNESP - 2013 - TJ-RJ - Juiz)

    A Administrao Pblica

    a) pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os

    tornam ilegais, porque deles no se originam direitos, ressalvada a

    apreciao judicial.

    b) pode anular seus prprios atos, por motivo de convenincia ou

    oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    c) no pode declarar, em hiptese alguma, a nulidade dos seus

    prprios atos.

  • d) no pode anular seus atos; somente autorizada a revogao por

    motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos

    adquiridos, ressalvada a

    apreciao judicial.

    LETRA A

    4 - ( Prova: TRF - 3 REGIO - 2013 - TRF - 3 REGIO - Juiz Federal )

    Assinale a alternativa correta:

    a) Para qualificar um ato jurdico como sendo ato administrativo

    insuficiente a noo de regime jurdico, mas fundamental a

    identificao do rgo de poder a que pertena o agente que o tenha

    expedido.

    b) O exame da legalidade de um ato administrativo deve ser levado a

    efeito luz das regras jurdicas em vigor, sendo til, mas no

    indispensvel, considerar tambm princpios jurdicos.

    c) Ato administrativo s dotado de executoriedade quando a lei

    expressamente o estabelece.

    d) Ato administrativo expedido no exerccio de competncia

    discricionria insusceptvel de controle judicial, pois esse controle

    implicaria exame do mrito do ato, o que vedado ao Judicirio fazer

    sob pena de ofensa ao princpio da independncia entre os Poderes.

    e) Todo e qualquer ato administrativo susceptvel de apreciao pelo

    Judicirio, no obstante a extenso do seu controle comporte limites

    em face de sua classificao.

    LETRA E

    5- ( Prova: VUNESP - 2013 - TJ-SP - Advogado )

    O ato administrativo.

    a) invlido aquele anulvel por vcio de legitimidade.

    b) eficaz poder ser extinto pelo desaparecimento do su- jeito da

    relao jurdica.

  • c) discricionrio insuscetvel de exame pelo Poder Judicirio.

    d) ineficaz somente poder ser extinto pelo instituto da recusa.

    e) perfeito ser sempre vinculado.

    LETRA B

    6 - ( Prova: VUNESP - 2013 - TJ-SP - Advogado )

    A anulao do ato administrativo.

    a) opera efeitos ex nunc.

    b) somente poder ser declarada pelo Poder Judicirio.

    c) impede que o ato seja novamente editado.

    d) poder ser ordenada pela Administrao Pblica

    e) pressupe o descumprimento de obrigao fixada no ato.

    LETRA D

    7 - ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Pblico )

    Julgue os itens a seguir, concernentes aos atos administrativos.

    Caso verifique que determinado ato administrativo se tornou inoportuno ao

    atual interesse pblico e, ao mesmo tempo, ilegal, a administrao pblica

    ter, como regra, a faculdade de decidir pela revogao ou anulao do ato.

    Errado

    8 - ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Pblico )

    Julgue os itens a seguir, concernentes aos atos administrativos.

    A edio de atos administrativos exclusiva dos rgos do Poder Executivo,

    no tendo as autoridades dos demais poderes competncia para edit-los.

    Errado

  • 9 - ( Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Pblico)

    Julgue os itens a seguir, concernentes aos atos administrativos.

    O direito da administrao de anular os atos administrativos dos quais

    decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cinco anos,

    contados da data em que tenham sido praticados, salvo comprovada m-f.

    Segundo o STF, tal entendimento aplica-se s hipteses de auditorias

    realizadas pelo TCU em mbito de controle de legalidade administrativa.

    Certo

    10 - ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-RR - Titular de Servios de Notas e de

    Registros)

    Assinale a opo correta no que se refere aos atos administrativos.

    a) O Poder Judicirio, aps o incio de procedimento licitatrio seu,

    destinado aquisio de computadores, poder revogar os atos

    administrativos praticados, se entender ser conveniente e oportuno,

    no momento, no comprar tais bens.

    b) O Poder Judicirio pode convalidar atos administrativos do Poder

    Executivo eivados de vcio, desde que o vcio seja sanvel.

    c) Os atos administrativos praticados sob o regime de direito privado

    gozam de presuno de legitimidade.

    d) Dado o princpio da simetria, os atos administrativos discricionrios

    praticados pelo Poder Executivo somente podem ser anulados pelo

    prprio Poder Executivo.

    e) Dado o atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo,

    permite-se ao poder pblico, em caso de descumprimento, impor a

    terceiros meios indiretos de coero que induzam obedincia ao ato.

    LETRA A

    11 - ( Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito)

    Julgue os itens a seguir, relativos aos atos administrativos.

  • A revogao do ato administrativo, quando legtima, exclui o dever da

    administrao pblica de indenizar, mesmo que esse ato tenha afetado o

    direito de algum.

    Errado

    12 - ( Prova: TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de

    Registros)

    Assinale a alternativa correta.

    a) A Administrao Pblica no tem disponibilidade sobre o interesse

    pblico

    b) A Administrao Pblica somente pode revogar atos

    administrativos, sendo que a anulao apenas pode ocorrer por meio

    de controle judicial.

    c) Os atos administrativos so pblicos, sendo vedada qualquer

    hiptese de sigilo.

    d) Os atos administrativos so pblicos, sendo permitida a utilizao

    da denominao pessoal do agente pblico.

    LETRA A

    13 - ( Prova: TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de

    Registros - Remoo )

    Assinale a alternativa correta.

    a) O ato administrativo padece de vcio quanto ao sujeito, se o agente

    pblico excede os limites de sua competncia, agindo em excesso de

    poder.

    b) O ato administrativo padece de vcio quanto ao motivo, quando o

    resultado alcanado viola o ordenamento jurdico.

    c) O ato administrativo padece de vcio quanto ao objeto, quando a

    causa jurdica eleita pelo agente pblico inexistente ou inadequada.

    d) O ato administrativo padece de vcio de forma, quando o fim

    atingido diverso daquele previsto no ordenamento jurdico.

  • LETRA A

    14 - ( Prova: TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de

    Registros)

    Assinale a alternativa correta.

    a) O controle administrativo ocorre quando a Administrao Pblica

    revisa internamente seus prprios atos, em decorrncia do poder de

    autotutela.

    b) A Administrao Pblica no se sujeita a controle externo pelo

    Poder Legislativo.

    c) Os atos administrativos ilegais e ilegtimos so passveis de

    revogao.

    d) Os atos administrativos legais e legtimos so passveis de

    anulao.

    LETRA A

    15 - ( Prova: TJ-SC - 2013 - TJ-SC - Juiz / Direito Administrativo / Atos

    administrativos; )

    Analise as proposies abaixo e assinale a alternativa correta:

    I. Pode-se se definir o ato administrativo como a declarao do Estado ou de

    quem o represente, que produz efeitos jurdicos imediatos, com observncia

    da lei, sob regime jurdico de direito pblico e sujeita a controle pelo Poder

    Judicirio.

    II. So atributos de todo ato administrativo: a presuno de legitimidade,

    que diz respeito conformidade do ato com a lei; a imperatividade, pelo

    qual os atos administrativos se impem a terceiros; e a autoexecutoriedade,

    pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execuo pela prpria

    Administrao Pblica.

    III. So elementos do ato administrativo: o sujeito, o objeto, a forma, o

    motivo e a finalidade. Relacionada com o motivo, h a teoria dos motivos

  • determinantes, em consonncia com a qual a validade do ato se vincula aos

    motivos indicados como seu fundamento, de tal modo que, se inexistentes

    ou falsos, implicam a sua nulidade.

    IV. Licena o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a

    Administrao Pblica faculta ao particular a execuo de servio pblico ou

    a utilizao privativa de bem pblico.

    a) Somente as proposies I, III e IV esto corretas.

    b) Todas as proposies esto corretas.

    c) Somente as proposies I, II e III esto corretas.

    d) Somente as proposies I e III esto corretas.

    e) Somente as proposies II, III e IV esto corretas.

    LETRA D