Aula 00 - Dir. Eleitoral - Teoria e Exercícios - Tribunais

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA Prof. RICARDO GOMES

Prezado(as) Concurseiros(as) de Planto,

com muita alegria que inicio o Curso de Teoria e Exerccios de Direito Eleitoral aqui no Ponto dos Concursos! Primeiro, irei me apresentar: Meu nome RICARDO GOMES, formei em Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA) no ano de 2007. Dei o primeiro passo na caminhada pelos concursos pblicos no mesmo ano, quando fui aprovado no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aps isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da Unio (CGU), no ano de 2008. Por ltimo, logrei xito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil, em 2009/2010. Assim, tambm sou concurseiro igual a vocs! Atire a primeira pedra quem no ou no foi! Rsrs. Trabalhei por mais de 1 ano no TSE, onde tive contato direto com o Direito Eleitoral ao elaborar minutas de decises e despachos a cargo do Ministro Corregedor-Geral, ao emitir pareceres jurdicos que subsidiaram referidas decises, ao instruir processos com forte pesquisa da jurisprudncia da Corte Eleitoral e da legislao eleitoral. Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanas e Controle na rea de Correio da Controladoria-Geral da Unio. Os concursos tm, a cada dia e de forma crescente, exigido conhecimentos de Direito Eleitoral. Isso no se restringe aos concursos de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e aos concursos da rea jurdica (Magistratura, Ministrio Pblico e Advocacia Pblica). Tem forte presena o Direito Eleitoral nos concursos das Assemblias Legislativas Estaduais, Cmaras Municipais e nos concursos do Senado Federal e da Cmara dos 1Prof. Ricardo Gomes

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES Deputados. De todo modo, um FILO DE MERCADO do mundo dos concursos so os cargos disponibilizados pelos TREs e pelo TSE. Isso porque, igualmente aos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), os TREs esto pulverizados em todos os Estados brasileiros, com PRESENA QUASE ABSOLUTA NOS MUNICPIOS. Todos os TREs detm uma estrutura administrativa enorme, o que demanda um nmero muito grande de servidores. Existem TREs no Acre, Alagoas, Amap, Amazonas, Bahia, Cear, Distrito Federal... Ao todo, so 27 Tribunais espalhados por todo o Brasil. No mnimo, em regra, cada Corte realiza 1 concurso a cada 4 anos. Logo, para quem quer especializar-se em concursos de TREs, teremos em mdia, pelo menos 6 provas por ano! Acho uma boa pedida, concorda? Alm disso, os concursos de TREs tm sido mais e mais concorridos pela excelente remunerao dos cargos de Tcnico e Analista Judicirios (com previso de aumento substancial da remunerao em decorrncia da mobilizao do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico da Unio no Distrito Federal (SINDJUS), do prprio Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Ministro-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral pela aprovao dos PLs ns 6613 e 6697/2009, que tentam acompanhar os aumentos concedidos aos cargos de Tcnico e de Analista do TCU e das Carreiras de Gesto do Poder Executivo Federal). Segundo a proposta contida nos PLs e segundo o SINDJUS, os salrios dos respectivos cargos do Poder Judicirio Federal devero alcanar o seguinte patamar:

REMUNERAO PREVISTA NOS PLs n 6613 e 6697/2009 CARGO Tcnico Judicirio Analista Judicirio SALRIO INICIAL R$ 6.800,00 R$ 10.200,00 SALRIO FINAL R$ 10.000,00 R$ 16.300,00

Alm disso, a qualidade do trabalho e do ambiente (horrio de trabalho mais flexvel, estrutura fsica, etc), possibilidade de remoo 2 Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES entre TREs de diferentes Estados, bem como a quantidade vagas oferecidas so os grandes atrativos dos certames desses Tribunais. Vale assinalar aos candidatos que, nesses concursos, nem sempre a quantidade de vagas iniciais previstas nos editais reflete a real quantidade de candidatos efetivamente convocados at a expirao do respectivo prazo editalcio. muito comum divulgarem, por exemplo, 10 vagas para o cargo de Tcnico Judicirio, e nomearem, ao final, 300-400 candidatos. Isso mesmo! Uma quantidade centenas de vezes maior do que as vagas iniciais! Para conferir isso, basta acompanhar de perto alguns concursos passados de TREs, de 2004-2005 para frente. A estrutura dos Tribunais Regionais, inclusive os Eleitorais, de fato exigem muita mo-de-obra. Por isso, aconselho ao concurseiros de planto que, mesmo diante de um edital de um TRE com poucas vagas previstas, no se furtem em se inscreverem e em estudarem. Vale a pena! Depois no digam que no avisei! Ok? Rsrs.

Bem, o CURSO DE TEORIA E EXERCCIOS DE DIREITO ELEITORAL visa munir vocs, estudantes prestadores de concursos, dos conhecimentos tericos e prticos suficientes para serem aprovados nos diversos concursos pblicos que exijam como pr-requisito a compreenso do direito eleitoral (legislao e institutos bsicos). O foco neste curso ser, preponderantemente, a resoluo de provas da FUNDAO CARLOS CHAGAS (FCC), que hoje a banca mais recorrente nos concursos dos TREs por todo o Pas.1 O curso ter um CARTER MAIS PRTICO, voltado para o que, efetivamente, vem sendo cobrado nas ltimas provas. Com isso, teremos uma parte terica, com destaques e dicas dos pontos altos, e uma lista de VRIAS QUESTES DA FCC de Direito Eleitoral comentadas! Abarcaremos, ademais, os ASPECTOS MAIS RELEVANTES DA LEGISLAO ELEITORAL, DA CONSTITUIO FEDERAL e da atual JURISPRUDNCIA DO TSE, na trilha do que tem cobrado a FCC, evitando-se as indesejveis discusses terico-doutrinrias (ineficientes para provas!),1

Observo que, em casos excepcionais, em virtude da especificidade da legislao eleitoral e por no existirem ainda questes da FCC sobre determinados assuntos, resguardo-me da possibilidade de serem utilizados exerccios oriundos de outras instituies (CESPE, ESAF, etc).

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES pouco frutferas para o resultado almejado pelos concursandos, que saber o necessrio para gabaritar as questes de eleitoral. Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de vocs, e no um Professor que passa o conhecimento eminemente tcnico. Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, destando os pontos mais relevantes. Creio que, com a exaustiva resoluo de questes e com uma metodologia mais prtica e didtica, conseguiremos fechar a matria de Direito Eleitoral da FCC! Que, para os concursos de TREs, so as que tm maior peso ponderado!

TRE/AC e TRE/RSPara aqueles que faro o TRE/AC Tribunal Regional Eleitoral do ACRE, resolvi adiar a finalizao do Curso para aps a prova do Concurso, marcada para o dia 05/09/2010!!! Com isso, todos aqueles que desejarem matricular-se no Curso at esta data, no estaro mais impedidos de Cursarem pelo Cronograma abaixo. As Aulas estaro disponveis imediatamente para download!! Por sinal, acabou de sair o Edital do TRE do Rio Grande do Sul (TRE/RS), com inscries abertas at o dia 08 de junho! E provas marcadas para o dia 18 de julho!!. S como um estmulo, lembro que o Estado do Rio Grande do Sul tem 173 JUNTAS ELEITORAIS! Alm deste, publicaro editais em breve os TREs do ACRE, AMAP, TOCANTIS, RIO GRANDE DO NORTE, ESPRITO SANTO, CEAR. No posso deixar de salientar que neste edital do TRE-RS a matria de Direito Eleitoral, dentro de conhecimentos especficos para todos os cargos, tem PESO 3, enquanto que as contidas em conhecimentos bsicos tem apenas peso 1. O CURSO DIREITO ELEITORAL TEORIA E EXERCCIOS , como veremos no cronograma abaixo, ser ministrado em 9 AULAS!!! At a data da prova do TRE/RS sero disponibilizadas, pelo menos, 6 AULAS!!! Friso que as aulas abrangem os conhecimentos exigidos para todos os cargos! Isto mesmo! Para os cargos de TCNICO JUDICIRIO e 4Prof. Ricardo Gomes

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES ANALISTA JUDICIRIO! Os assuntos mais relevantes do edital, os mais freqentes (com presena em mais de 80% das questes de Direito Eleitoral da FCC), e os mais densos sero abarcados at a 6 Aula!! Verifiquem vocs mesmos!! Neste Curso de DIREITO ELEITORAL abarcaremos praticamente a totalidade do Edital do TRE/RS. Para conferir, vejamos abaixo os conhecimentos de Direito Eleitoral exigidos para os cargos de TCNICO JUDICIRIO, ANALISTA JUDICIRIO E ADMINISTRATIVO. Para melhor visualizao dos assuntos que sero cobrados, pus em negrito e em sublinhado aqueles conhecimentos previstos no Edital do TRE/RS que sero vistos at a data da prova:TCNICO JUDICIRIO, ANALISTA PROCESSUAL E ANALISTA ADMINISTRATIVO: Direito Eleitoral: Conceito e fontes. Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965 e alteraes posteriores): Introduo; Dos rgos da Justia Eleitoral; Dos recursos (Disposies preliminares). Resoluo TSE n 21.538/2003 e alteraes posteriores. Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar n 64/1990 e alteraes posteriores): arts. 2; 3; 15 a 22; 24 e 25. Lei dos Partidos Polticos (Lei n 9.096/1995 e alteraes posteriores): Disposies preliminares; Da organizao e funcionamento dos partidos polticos (Da criao e do registro dos partidos polticos; Da filiao partidria; Da fuso, incorporao e extino dos partidos polticos); Das finanas e contabilidade dos partidos (Da prestao de contas); Do acesso gratuito ao rdio e televiso. Lei das Eleies (Lei n 9.504/1997 e alteraes posteriores): Disposies gerais; Das coligaes; Das convenes para a escolha de candidatos; Do registro de candidatos; Da arrecadao e da aplicao de recursos nas campanhas eleitorais; Da prestao de contas; Da propaganda eleitoral em geral; Da propaganda eleitoral na imprensa; Da propaganda eleitoral no rdio e na televiso; Do direito de resposta; Do sistema eletrnico de votao e da totalizao dos votos; Das condutas vedadas aos agentes pblicos em campanhas eleitorais; Disposies finais. Lei n 6.091/1974 e alteraes posteriores.

Acho que est de bom tamanho para a preparao do TRE/RS, no acham??? Friso que adiantaremos a entrega da 6 aula para que todos possam aproveitar o curso ao mximo ainda para este maravilhoso concurso!! No deixem de adquirir o curso!! Valer a pena tanto para esse TRE, quanto para eventuais outras provas no decorrer do ano!! No posso deixar de salientar que neste edital do TRE-RS a 5 Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES matria de Direito Eleitoral, dentro de conhecimentos especficos para todos os cargos, tem PESO 3, enquanto que as contidas em conhecimentos bsicos tem apenas peso 1. No mais a mais, destaco que este Curso mais indicado, portanto, para quem vai se candidatar s vagas de ANALISTA JUDICIRIO (REA ADMINISTRATIVA, JUDICIRIA e EXECUO DE MANDADOS) e TCNICO JUDICIRIO dos Tribunais Eleitorais (TREs e TSE), bem como para a multiplicidade de concursos que exijam a matria de Direito Eleitoral, especialmente os promovidos pelas Casas Legislativas. Com a finalidade de aproximar ao mximo do contedo exigido pela FUNDAO CARLOS CHAGAS (FCC), elaborei a programao das aulas tomando por base os 3 ltimos editais de TREs promovidos pela saudosa banca, a saber, dos concursos do TRE-RS, TRE-AL e TRE-AM. Como j explando, o Curso ser ministrado em 9 (NOVE) AULAS no total, sem contar com esta Aula Demonstrativa (que tem carter de amostragem de como ser o curso, abarcando apenas um nico assunto). A programao das aulas ser nos seguintes termos: AULA DEMONSTRATIVA Direito Eleitoral: Conceito e fontes. AULA 1 (14/06/2010) Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965) PARTE 1. Introduo; Dos rgos da Justia Eleitoral TSE, TRE, Juzes e Juntas Eleitorais; Da Qualificao e Inscrio (art. 42-50); Do Cancelamento e da excluso de eleitores (art. 71-81). Eleies: Do Sistema Eleitoral; Da Representao Proporcional. Dos Recursos Eleitorais. Disposies Penais: Disposies Preliminares. Dos Crimes Eleitorais. Dos Processos das Infraes.2 AULA 2 (21/06/2010) Cdigo Eleitoral PARTE 2; AULA 3 (28/06/2010) Cdigo Eleitoral PARTE 3; AULA 4 (05/07/2010) - Lei das Eleies (Lei n 9.504/1997) PARTE 1. Disposies gerais; Das coligaes; Das convenes para a escolha de candidatos; Do registro de candidatos; Da arrecadao e da aplicao de recursos nas campanhas eleitorais; Da prestao de contas; Da propaganda eleitoral em geral; Da propaganda eleitoral na imprensa; Da propaganda eleitoral no rdio e na televiso; Do direito de resposta; Do sistema eletrnico2

Obs: por ser bastante extenso, dividi a listagem de assuntos referente ao Cdigo Eleitoral, indicada na Aula 1, em 3

AULAS (Aula 1, 2, 3).

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES de votao e da totalizao dos votos; Das condutas vedadas aos agentes pblicos em campanhas eleitorais; Disposies finais.3 AULA 5 (12/07/2010) Lei das Eleies (Lei n 9.504/1997) PARTE 2. AULA 6 (19/07/2010) - Lei dos Partidos Polticos (Lei n 9.096/1995). AULA 7 (26/07/2010) - Resoluo TSE n 21.538/2003. AULA 8 (02/08/2010) - Lei Complementar n 64/90 (Lei das Inelegibilidades). AULA 9 (09/08/2010) - Direito Processual Eleitoral: Ao de impugnao de mandato eletivo - art. 14, 10 e 11 da Constituio da Repblica de 1988); Ao de investigao judicial eleitoral. Lei n 6.091/1974 (cobrada nos concursos do TRE/RS e do TSE). OBSERVAO: O Curso ter seu prazo estendido para at o dia 09/09/2010 para atender, entre outros, o Alunos que faro o Concurso do TRE/AC!!!

Ento vamos ao que interessa. Avante ao Direito Eleitoral!

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Obs: por ser bastante extensa e densa, tambm dividi o estudo da Lei das Eleies (Lei n 9.504/1997) em 2 AULAS. 7

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AULA DEMONSTRATIVA

1. Consideraes Iniciais.Antes de adentrarmos na matria, teo as seguintes consideraes. O Direito Eleitoral vem ganhando destaque no noticirio nacional com a crescente discusso na sociedade sobre a necessidade de uma Reforma Poltica no Brasil. Um exemplo claro disso repercusso do Projeto Ficha Limpa (Projeto de Lei Complementar de Iniciativa Popular n 518/2009, aprovado por unanimidade no dia 19 de maio de 2010 pelo Senado Federal, caracterizando como deciso histrica neste Pas). O referido PLP n 518/2009 visa alterar a Lei Complementar n 64, de 18 de maio de 1990 (Lei de Inexigilibilidades, que est presente em todos os editais de concursos de Tribunais Eleitorais), para estabelecer, em sntese, critrios mais rgidos para assuno de cargos pblicos eletivos em todos os nveis ao instituir hipteses restritivas de inexigibilidades, entre outras alteraes que sero esboadas no decorrer do presente curso caso seja convertido em Lei. Sou claro em dizer ao aluno que a legislao eleitoral no das mais prazerosas de se estudar. Talvez pela especializao do Direito Eleitoral, ou mesmo pela atpica atividade jurisdicional/administrativa do Poder Judicirio Eleitoral em realizar as Eleies. No entanto, como disse antes, me esforarei ao mximo para repassar os assuntos da forma mais simples e clara possvel. De todo modo, fato que a FCC costuma cobrar a literalidade ou frases muito prximas ao previsto no texto legal. Assim, o conhecimento dos pontos mais relevantes contidos na legislao eleitoral ser determinante na preparao e no sucesso do aluno nos concursos realizados pela banca. Por isso, friso aos prezados alunos que ser INDISPENSVEL a LEITURA DOS TEXTOS LEGAIS PREVISTOS NO EDITAL! No h como fugir dessa obrigao de concurseiro! E LEITURA e RELEITURA, no se restringe apenas numa passada de olho. O estudante assim deve proceder para que possa ficar, ao mximo, familiarizado com o texto normativo. Friso desde j que a partir de agora denominarei Tribunais Eleitorais a toda gama de Tribunais Regionais Eleitorais e, inclusive, 8 Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES o Tribunal Superior Eleitoral. Por fim, comeo o curso por institutos bsicos do Direito Eleitoral (Conceito e Fontes), que parece ser uma tendncia da FUNDAO CARLOS CHAGAS, ao exigir nos Editais mais atuais, inclusive neste ltimo edital do TRE do RIO GRANDE DO SUL. Desta feita, acho de bom alvedrio que comecemos por estes pontos. Vamos l? Boa aula a todos!

1. Direito Eleitoral. 1.1. Conceito.A conceituao de um ramo do Direito campo de vastas discusses e subjetividades dos juristas. O Direito Eleitoral no diferente. Cada doutrinar apresenta, a seu modo, o conceito que entende mais adequado. O Direito Eleitoral o conjunto sistemtico de normas e princpios que regulam o regime representativo moderno e a participao do povo na formao do governo. Por sua vez, Francisco Dirceu Barros ensina que o Direito Eleitoral o ramo do Direito Pblico que trata de institutos relacionados com os direitos polticos e das eleies, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituies do Estado. (BARROS, 2010, p. 1) Com outro raciocnio, Fvila Ribeiro, citada por Fernando Carlos Santos da Silva, assim define o Direito Eleitoral: O Direito Eleitoral, precisamente, dedica-se ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder de sufrgio popular, de modo que se estabelea a precisa equao entre a vontade do povo e a atividade governamental. (SILVA, 2008, p. 13) A despeito de compreendermos os conceitos apresentados pelos doutrinadores, para que possamos responder com preciso a uma eventual pergunta a respeito do Conceito do Direito Eleitoral, preciso que 9 Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES memorizemos os principais elementos que o estruturam. Abaixo, sistematizo 3 elementos conceituais: 1. RAMO DO DIREITO PBLICO Em contraposio ao Direito Privado, que rege preponderantemente as relaes particulares, o Direito Eleitoral faz parte do que a doutrina chama de Direito Pblico, que consiste, em breve resumo, nas regras jurdicas normatizadoras do Estado e de suas relaes com a sociedade civil. Compem o Direito Pblico os seguintes Direitos: Direito Administrativo, Constitucional, Tributrio, Ambiental, Eleitoral, etc.; 2. DIREITOS POLTICOS o Direito Eleitoral trata dos Direitos Polticos, que so o conjunto de regras que disciplinam as formas de atuao da soberania popular. Segundo Jos Afonso da Silva, consistem na disciplina dos meios necessrios ao exerccio da soberania popular. (SILVA, 2003, 344) Por sua vez, soberania popular conceituada pela prpria Constituio Federal no seu art. 1, pargrafo nico (Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio. A soberania popular um postulado normativo que implica na absoluta atribuio do poder poltico ao povo. Na vigncia de um regime democrtico (com soberania popular) no h espao para as Ditaduras, Regimes de Exceo ou Tiranias, pois o povo o dono do poder. A vontade do povo respeitada, permitindo-se o exerccio concreto da liberdade de participao no gerenciamento poltico do Estado. Com isso, o Direito Eleitoral rege os Direitos Polticos, que resguardam essencialmente a soberania popular. 3. ELEIES As eleies so a materializao do Princpio Democrtico insculpido na soberania popular, ao facultar o poder de escolha ou opo dos chefes dos Poderes Executivos e dos membros dos Poderes Legislativos Federais, Estaduais e Municipais. O fim ltimo do Direito Eleitoral consolidar o regime democrtico atravs da regulao e execuo do sufrgio e do voto popular (Eleies).

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1.2. Fontes do Direito Eleitoral.O que fontes do Direito? Parece at algo complexo, difcil, mas no . As fontes do Direito so apenas os suportes de onde emanam as normas jurdicas. So as formas como surge o direito. Ex: Constituio, Leis, Decretos, Resolues, Decises Judiciais, Jurisprudncia, etc. Quanto ao Direito Eleitoral, para se saber quais so as suas fontes, basta perquirir: onde esto as normas jurdicas de natureza eleitoral? Listaremos abaixo, de forma didtica, as principais fontes de direito eleitoral. A doutrina elaborou uma multiplicidade de classificaes das fontes do Direito Eleitoral, como por exemplo, fontes primrias e secundrias, fontes prprias e subsidirias, etc. Contudo, a forma como so colocadas, em sua maioria, no tem relevncia para o nosso estudo, porque no so consideradas pelas bancas concursais. As Fontes ou normas jurdicas de natureza eleitoral podem ser assim sistematizadas: 1. CONSTITUIO FEDERAL de 1988 (CF-88) Lei me de todas as leis. De qualquer ramo jurdico, a Constituio Federal sempre ser fonte. Especialmente nos artigos 14 a 17 e 118 a 121 da CF-88 residem as normas eleitorais constitucionais, ao estabelecer o constituinte os Direitos Polticos, Partidos Polticos e a organizao da Justia Eleitoral (Dos Tribunais e Juzes Eleitorais). Na CF-88 que foi originado o Direito Eleitoral, onde esto fincados seus princpios basilares;

2. LEIS FEDERAIS: Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965) principal diploma normativo nacional do Direito Eleitoral. Lei Ordinria recepcionada como Lei Complementar pela CF-88. Possui mais de 380 artigos; 11Prof. Ricardo Gomes

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES Lei das Eleies (Lei n 9.504/1997) estabelece normas gerais sobre o processo eleitoral; Lei Complementar n 64/90 (Lei das Inelegibilidades) estabelece hipteses de inexigibilidade e prazos de cessao; Lei dos Partidos Polticos (Lei n 9.096/1995) estabelece a organizao, funcionamento, finanas, acesso ao rdio e TV dos Partidos Polticos; Lei n 9.996/2000 disciplina a anistia de multas eleitorais; Lei n 10.408/2002 alterou a Lei n 9.504/97 (Lei das Eleies) para estabelecer normas para ampliar a segurana e a fiscalizao do voto eletrnico;

ATENO! Conforme preceitua a Constituio Federal no seu art. 22, inciso I, compete PRIVATIVAMENTE UNIO legislar sobre Direito Eleitoral. In verbis: Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, ELEITORAL, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho; Mas voc sabia que o ESTADO pode legislar sobre DIREITO ELEITORAL? Como assim Professor? Eu aprendi em Direito Constitucional que Direito Eleitoral matria de competncia legislativa privativa da Unio! Isto verdade. Ocorre que, em decorrncia da previso contida no art. 22, inciso I, combinado com o pargrafo nico, da CF-88, a Unio pode delegar aos Estados competncia para legislar tambm sobre Direito Eleitoral! Denomina-se esta previso constitucional de Delegao de competncia da Unio para os Estados (art. 22, pargrafo unido da CF-88). Vejam: Art. 22 (...) Pargrafo nico. Lei complementar poder autorizar os Estados a legislar sobre questes especficas das 12 Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES matrias relacionadas ELEITORAL...). CUIDADO! A Doutrina, no entanto, no encara as Leis Estaduais como fontes diretas do Direito Eleitoral, pois esta possibilidade reside apenas em tese no texto constitucional, no havendo registros de leis eleitorais estaduais ensejadores de sua incluso no rol das fontes formais eleitorais. PARA CONCURSO, as Leis Estaduais AINDA NO SO FONTES FORMAIS DO DIREITO ELEITORAL. Podero vir a ser, mas a doutrina quase unnime nesse sentido. Portanto, a delegao de competncia legislativa da Unio aos Estados quanto matria Eleitoral, deve ser lembrada na prova de Direito Constitucional! neste artigo (...DIREITO

3. RESOLUES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) O Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965), em seu art. 1, pargrafo nico, e art. 23, inciso IX, prev que o TSE expedir instrues normativas. Destaca-se, tambm, a previso contida no art. 105 da Lei n 9.505/1997. O TSE o faz, principalmente, por meio de Resolues. Elas so da maior relevncia para a regulamentao do processo eleitoral, suprindo as lacunas e as necessrias especificaes do Cdigo Eleitoral e das Leis Federais. Uma das mais importantes Resolues a Resoluo TSE n 21.538/2003, presente em mais 90% dos concursos dos Tribunais Eleitorais! Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965) Art. 1 (...) Pargrafo nico. O Tribunal Superior instrues para sua fiel execuo. Art. 23 Superior, Compete, ainda, Eleitoral ao expedir Tribunal

privativamente,

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES (...) IX - expedir as instrues que julgar convenientes execuo deste Cdigo;

Lei n 9.504/1997 Art. 105. At o dia 5 de maro do ano da eleio, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao carter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanes distintas das previstas nesta Lei, poder expedir todas as instrues necessrias para sua fiel execuo, ouvidos, previamente, em audincia pblica, os delegados ou representantes dos partidos polticos. (Redao dada pela Lei n 12.034, de 2009)

Ponto de grande relevo sobre as RESOLUES DO TSE, que, inclusive, matria quente a ser questionada em concursos pblicos, sobre a NATUREZA JURDICA DA RESOLUO ELEITORAL. Tecerei alguns comentrios, apesar do assunto tocar a seara dos Direitos Administrativo e Constitucional. Segundo Francisco Dirceu Barros, as Resolues do TSE podem ter 2 naturezas jurdicas. Antes de indicar a classificao do autor, fao uma incurso sobre a diferena entre Ato Normativo Primrio e Secundrio. Ato Normativo Primrio Constituio Federal, podendo inovar no primria. So atos que criam originalmente regulada por outra norma legal. Ex: Leis Medidas Provisrias, etc. Esto previstas no tem por fundamento a prpria ordenamento jurdico como fora a norma, normatizam situao no Complementares, Leis Ordinrias, art. 59, caput, da CF-88:

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaborao de: I - emendas Constituio; II - leis complementares; III - leis ordinrias; IV - leis delegadas; V - medidas provisrias; 14Prof. Ricardo Gomes

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES VI - decretos legislativos; VII - resolues. Dos atos normativos Inconstitucionalidade (ADIN). primrios, cabe Ao Direta de

Ato Normativo Secundrio regulamenta, interpreta e/ou executa o ato normativo primrio. Regulamentam as leis em sentido amplo. Desses atos no cabe ADIN. Vamos ento s 2 diferentes naturezas jurdicas das Resolues do TSE: 1. ATO NORMATIVO PRIMRIO as Resolues que normatizam as eleies, em decorrncia do permissivo legal contido no citado art. 105 da Lei n 9.504/1997, tm fora de lei ordinria federal, com mesmo status normativo da citada lei autorizadora. Por isso, dessas resolues com fora de ato normativo primrio, caberia Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADIN). 2. ATO NORMATIVO SECUNDRIO j as Resolues que meramente interpretam as diversas Leis Eleitorais ou a prpria CF-88, tm carter meramente regulamentar (so atos infra-legais), no cabendo, portanto, ADIN. Cabe, no entanto, o que chamado no meio eleitoral de Consulta ao TSE. Ento, as Resolues do TSE que regulamentam as Eleies, conforme previsto no art. 105 da Lei n 9.504/1997, tm carter de Ato Normativo Primrio. Por outro lado, as Resolues administrativas regulamentadoras so regulamentos comuns. Friso, contudo, que todas as Resolues do TSE so Fontes do Direito Eleitoral!

FONTES CONSIDERADAS NO FORMAIS (NO DIRETAS) DO DIREITO ELEITORAL: 1. Fontes Subsidirias: Cdigo Penal e de Processo Penal, 15Prof. Ricardo Gomes

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES Cdigo Civil e de Processo Civil, Direito Financeiro e Direito Tributrio; 2. Doutrina Eleitoral juristas, estudiosos do Direito Eleitoral, atravs dos Livros, Publicaes, artigos e teses; 3. Jurisprudncia do TSE decises reiteradas da Corte sobre determinada matria; 4. Estatutos dos Partidos Polticos.

Questo de prova!!! E est presente nos mais recentes editais de TREs da FCC.

QUESTO 1: [FCC] - 23/11/2003 - TRE-AM - Analista Judicirio Judiciria. Considere as seguintes normas jurdicas, alm da Constituio Federal e das Leis Complementares Federais: I. Leis Ordinrias Federais. II. Leis Complementares Estaduais. III. Leis Ordinrias Estaduais. IV. Leis Ordinrias Municipais. V. Resolues do Tribunal Superior Eleitoral. So fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS a) I e V. b) I, III e V. c) I, III, IV. d) II e V. e) IV e V. COMENTRIOS: No rol comentado um pouco acima, apenas so fontes do Direito Eleitoral a Constituio Federal, as Leis Federais e as Resolues do TSE. Logo, Leis Estaduais e Municipais no so fontes do Direito Eleitoral. Com isso, apenas esto certos os itens I e V, sendo a resposta certa a Letra A. 16Prof. Ricardo Gomes

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES Observe-se, todavia, que o aluno poderia tender ao erro ao pensar que pelo fato da CF-88 ter autorizado aos Estados a legislar sobre matria eleitoral na forma de Lei Complementar Federal especfica, Leis estaduais eleitorais fariam parte das fontes formais do direito eleitoral. A doutrina majoritria entende que, a despeito dessa previso constitucional, leis estaduais eleitorais NO SO FONTES DO DIREITO ELEITORAL. Se a questo viesse com outro vis, perguntando se seria possvel lei estadual regular matria eleitoral, a sim que a abordagem estaria correta. RESPOSTA CERTA: LETRA A Observao: Como um assunto, at ento, pouco abordado nos concursos da FCC, carecemos de novas questes que exigem o seu conhecimento. Contudo, at o final do presente curso, listaremos mais questes. Com efeito, entendo que um assunto importante a ser estudado em virtude, principalmente, da sinalizao da FCC em cobr-lo nos concursos mais recentes.

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RESUMO DA AULAConceito de Direito Eleitoral - o conjunto sistemtico de normas e princpios que regulam o regime representativo moderno e a participao do povo na formao do governo. Principais Elementos do Conceito O Direito Eleitoral integra o Direito Pblico, em contraposio ao Direito Privado, por tambm regular relaes da sociedade com o Estado. O Direito Eleitoral estabelece as diretrizes basilares dos Direitos Polticos, disciplinando a atuao da soberania popular. O fim ltimo e pragmtico do Direito Eleitoral a regulao das Eleies.

RAMO DO DIREITO PBLICO

TRATA DOS DIREITOS POLTICOS

REGULA AS ELEIES

Principais Fontes do Direito Eleitoral: 1. CONSTITUIO FEDERAL de 1988 (CF-88); 2. LEIS FEDERAIS: Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965); Lei das Eleies (Lei n 9.504/1997); Lei Complementar Inelegibilidades) n 64/90 (Lei das

Lei dos Partidos Polticos (Lei n 9.096/1995); Lei n 9.996/2000; Lei n 10.408/2002 18

3. RESOLUES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALProf. Ricardo Gomes

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FONTES NO FORMAIS (NO DIRETAS) DO DIREITO ELEITORAL: 1. Fontes Subsidirias: Cdigo Penal e de Processo Penal, Cdigo Civil e de Processo Civil, Direito Financeiro e Direito Tributrio; 2. Doutrina Eleitoral; 3. Jurisprudncia do TSE; 4. Estatutos dos Partidos Polticos.

DICASo O Direito Eleitoral matria de competncia privativa da Unio; o O art. 22, pargrafo nico, da CF-88 faculta a possibilidade de Lei Complementar Federal autorizar que os Estados possam legislar sobre Direito Eleitoral; o At ento, Leis Estaduais Eleitorais NO SO FONTES FORMAIS DO DIREITO ELEITORAL. o Todas as Resolues do TSE so Fontes do Direito Eleitoral!

Natureza Jurdica das Resolues do TSE As Resolues que regulam as eleies, conforme o art. 105 da Lei n 9.504/1997, tm fora de lei ordinria federal. Por isso, cabe ADIN

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES As Resolues que apenas interpretam/executam/regulamentam as Leis Eleitorais ou a prpria CF-88, tm carter meramente regulamentar (so atos infra-legais). No cabe ADIN, apenas Consulta ao TSE.

ATO NORMATIVO SECUNDRIO

2. Iniciao ao Cdigo Eleitoral (Lei n 4.737/1965). 2.1. Consideraes Iniciais.Nesta parte do Curso que ora se inicia, sero abordados em 3 AULAS os assuntos que literalmente DESPENCAM nos Concursos dos TREs, exigidos para qualquer cargo, seja Tcnico Judicirio, seja Analista Judicirio. Comentaremos uma exaustiva lista de questes para que fechemos o assunto. O Cdigo Eleitoral a norma infraconstitucional mais relevante para o Direito Eleitoral por estabelecer as regras do exerccio dos direitos polticos, da organizao e competncia da Justia Eleitoral, alistamento, eleies, garantias eleitorais, propaganda partidria, recursos e os crimes eleitorais, etc. Comearemos pela Parte Introdutria do Cdigo Eleitoral e pela Organizao e Competncia da Justia Eleitoral. No entanto, em virtude da extenso do assunto, sendo esta uma Aula eminentemente Demonstrativa, finalizo aqui os meus breves comentrios, convidando a todos para a prxima aula (AULA 1), que abordar preliminarmente o assunto a seguir:

2.2. Introduo do Cdigo Eleitoral (arts 1 ao 11).Espero a todos na AULA 1! Disponibilizo-me para eventuais dvidas, que podero ser enviadas para o Frum no Site do Ponto dos Concursos! Fraterno Abrao! e Bons Estudos! Ricardo Gomes 20Prof. Ricardo Gomes

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REFERNCIAS

BARROS, Francisco Dirceu: Direito Eleitoral: teoria, jurisprudncia. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 33. ed. So Paulo: Saraiva, 2010. CNDIDO, Joel Jos. Direito Eleitoral. Bauru: Edipro, 2002. Cdigo eleitoral anotado e legislao complementar. 8. ed. rev. e atual. Braslia : TSE, 2008. CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleies 2010. 6.ed. Curitiba: Juru, 2010. FAGA, Tnia Regina Trombini. Julgamentos e Smulas do STF e STJ. So Paulo: Mtodo, 2009. FERRAZ JUNIOR, Trcio Sampaio: Introduo ao estudo de direito: tcnica, deciso, dominao. 3.Ed. So Paulo: Atlas, 2001. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. So Paulo: Atlas, 2010. PLCIDO E SILVA. Vocabulrio Jurdico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001. RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 9.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009. RIBEIRO, Fvila. Direito Eleitoral. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998. SILVA, Fernando Carlos Santos da. Anotaes de direito eleitoral. Braslia: Vestcon, 2008.

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