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Direito Tributário para ATA/MF
Teoria e questões comentadas
Prof. Aluisio Neto – Aula 01
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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES DA AULA 01
01 - (IESES - 2011 - TJ-MA - Titular de Serviços de Notas e de
Registros - Provimento por ingresso) Leia com atenção as afirmações e
assinale abaixo a única alternativa correta:
I. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei, e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador
da respectiva obrigação, sendo relevante igualmente, conforme o Código
Tributário Nacional, a destinação legal do produto de sua arrecadação.
III. O Empréstimo Compulsório, conforme a Constituição Federal, somente
pode ser instituído pela União, sendo que os Estados e os Municípios não
podem exercer tal competência.
IV. Com a redação do art.145, III, CF, o critério da valorização deixou de ser
importante para caracterizar o aspecto material da hipótese de incidência da
Contribuição de Melhoria, sendo esta a orientação majoritária da doutrina e
jurisprudência nacionais.
A sequencia correta é:
a) As assertivas I e III estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
c) Apenas a assertiva IV está correta.
d) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
Item I) Correto. Essa redação é cópia literal do que consta no caput do
artigo 3º do CTN, dispondo sobre a natureza dos tributos e das suas
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características primordiais e que devem ser conhecidas por todos os
candidatos aos cargos fiscais. DECORE esse artigo, caro aluno.
Item II) Incorreto. O artigo 4º do CTN dispõe que são IRRELEVANTES (e
não relevantes, como afirma a questão) para a definição na natureza jurídica
específica de um tributo a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação, sendo
RELEVANTE apenas o seu fato gerador.
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas
pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
Item III) Correto. O empréstimo compulsório é de competência exclusiva
da União, conforme determina o artigo 148 da CF/88, não podendo ser
instituído por nenhum outro ente político da nossa federação.
Item IV) Incorreto. Essa valorização imobiliária é a razão de existência da
contribuição de melhoria, sendo aquela decorrente de obra pública realizada
pelo ente competente para instituir o tributo. Somente será devida a
contribuição de melhoria caso seja observada a valorização imobiliária do
imóvel em decorrência de obra pública.
Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão.
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02 - (FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - Analista Técnico - Logística) O
sistema tributário nacional adota clara definição de tributo e os tipos de
tributos, que corresponde à seguinte alternativa abaixo:
a) A definição de tributo é a prestação pecuniária compulsória, em dinheiro,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei. Tipos de tributo:
IPTU, ICMS, ITBI.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. São
tributos: imposto, taxas e contribuição de melhoria.
c) Tributo é toda prestação compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
atividade administrativa plenamente vinculada. Tipos de tributo: imposto,
taxas e tarifas.
d) A definição tributo relaciona a exigência estatal de prestação pecuniária da
sociedade para fazer frente às despesas públicas, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, instituída em lei. São tributos: imposto, tarifa e preço
público.
e) Tributo é apenas a prestação pecuniária compulsória, em moeda nacional,
que não constitua poder de polícia, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada. Tipos de tributo: impostos
federais, estaduais e municipais.
Para responder a essa questão temos que saber a definição de um tributo
conforme o disposto no CTN em seu artigo 3º e as espécies tributárias,
previstas em seu artigo 5º e no artigo 145 da CF/88.
Quanto ao artigo 3º do CTN temos a definição clássica do que vem a ser um
tributo, cuja redação repito abaixo:
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“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Por sua vez, os artigos 5º do CTN e 145 da CF/88 nos dizem o seguinte
quanto às espécies tributárias existentes em nosso ordenamento jurídico
tributário atual:
“ Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.”
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
Conforme vimos na aula, o CTN adota a teoria tripartite, que considera como
tributos apenas os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria,
enquanto a teoria pentapartite, adotada pelo STF atualmente, considera,
além das espécies previstas na teoria tripartite, mais duas espécies: os
empréstimos compulsórios e as contribuições especiais.
Diante disso, não são espécies tributárias as tarifas, o que torna incorretas as
alternativas “c” e “d”.
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Por sua vez, a definição de tributo prevista na redação da alternativa “a” não
corresponde à adotada no CTN, estando incompleta, uma vez que os tributos
são ainda instituídos por meio de lei e cobrados mediante atividade
administrativa plenamente vinculada. Quanto aos exemplos presentes na
alternativa, estes realmente são espécies de tributos, estando presentes dois
impostos municipais (IPTU e ITBI) e um estadual (ICMS).
Por sua vez, a alternativa “e” não corresponde também ao que consta no
texto do artigo 3º do CTN, embora os exemplos de tributos estejam perfeitos
com o que dispõe a CF/88.
Assim, resta como correta a alternativa "b", gabarito da questão.
03 - (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - Advogado)
Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da
competência tributária e dos tributos. Tributo, definido como prestação
pecuniária compulsória em moeda, pode constituir sanção de ato ilícito,
cobrada mediante atividade judicial ou administrativa.
( ) Certo ( ) Errado
Conforme já vimos na aula e nas questões anteriores, quanto ao que consta
no texto do artigo 3º do CTN, um tributo JAMAIS será uma sanção pela
prática de um ato ilícito do contribuinte, embora a atividade que dê causa à
incidência do tributo seja ilícita, como, por exemplo, auferir renda em razão
do tráfico de drogas e entorpecentes proibidos. Tanto o traficante quanto
aquele que ganha seus rendimentos legalmente são obrigados a pagar o
imposto de renda, não sendo nem um nem outro penalidade em razão da
atividade por eles desenvolvida.
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada.
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04 - (CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Engenharia
Civil) Julgue os itens a seguir relativos à definição, às finalidades básicas e à
natureza jurídica do tributo.
Tributo é toda prestação pecuniária sancionatória de ato ilícito.
( ) Certo ( ) Errado
Vale a mesma explicação dada anteriormente na questão 03. Um tributo
JAMAIS, NUNCA, será instituído para penalizar uma atividade ou conduta de
um determinado sujeito passivo. Ele poderá ser punido normalmente pela
prática de um ato ilícito, mas nunca por meio da instituição de tributos.
Assim, resta também incorreta a assertiva apresentada.
05 - (FEPESE - 2010 - SEFAZ-SC - Auditor Fiscal da Receita Estadual -
Parte II) Assinale a alternativa correta.
a) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador
da respectiva obrigação, sendo relevante igualmente, conforme o Código
Tributário Nacional, a destinação legal do produto de sua arrecadação.
b) Tributo, nos termos do CTN, é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei, e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
c) O Empréstimo Compulsório, conforme a Constituição Federal, pode ser
instituído pela União e pelos Estados membros da Federação, nesse caso
desde que a Constituição estadual fixe sua competência.
d) Com a redação do art.145, III, CF, o critério da valorização deixou de ser
importante para caracterizar o aspecto material da hipótese de incidência da
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Contribuição de Melhoria, sendo esta a orientação majoritária da doutrina e
jurisprudência nacionais.
e) O costume não pode ser fonte primária ou secundária de direito tributário,
eis que, de acordo com o princípio da legalidade tributária, o tributo somente
pode ser instituído ou aumentado por lei, ato formal e materialmente
emanado do Poder Legislativo.
Alternativa a) Incorreta. Conforme vimos no artigo 4º do CTN, reproduzido
na questão 01, é relevante para a definição da natureza jurídica específica de
um tributo apenas o seu fato gerador, sendo IRRELEVANTES a denominação e
demais características formais adotadas pela lei e o destino legal da sua
arrecadação.
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas
pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
Alternativa b) Correta. É exatamente a redação do que consta no artigo 3º
do CTN, que, apesar de ainda estarmos na questão 05, já foi exaustivamente
visto e repetido. Coloque-o na veia, caro aluno.
Alternativa c) Incorreta. O empréstimo compulsório é um tributo
pertencente à competência tributária da União, e de forma exclusiva.
Somente este ente político é competente para instituir esse tributo. Não cabe
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a sua instituição, uma vez
que não detêm competência tributária conferida pela CF/88.
Alternativa d) Incorreta. “Cópia do que consta no item IV da questão 01,
professor?”. Exatamente, caro aluno. Cópia descarada, sem alterar uma letra
sequer. Se eles podem, eu também posso. ☺
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Essa valorização imobiliária é a razão de existência da contribuição de
melhoria, sendo aquela decorrente de obra pública realizada pelo ente
competente para instituir o tributo. Somente será devida a contribuição de
melhoria caso seja observada a valorização imobiliária do imóvel em
decorrência de obra pública.
Alternativa e) Incorreta. O costume, conforme veremos ao estudar a
legislação tributária, não é realmente uma das fontes do direito tributário do
nosso país, que adota apenas as fontes formais como possíveis de inovar e
produzir efeitos no mundo jurídico, como o são a CF/88, as leis e os atos
normativos infralegais.
Contudo, o erro da alternativa está no ponto que afirma que os tributos
somente podem ser instituídos ou majorados por meio de lei, o que não é
verdade em sua integralidade.
Para a instituição de tributos, realmente não há exceções, devendo todos os
tributos serem criados por meio de lei em sentido formal. Contudo, alguns
tributos presentes na nossa CF/88 admitem a sua majoração por meio de
atos infralegais, como o são as alterações de alíquotas do imposto de
importação e do imposto de exportação, que podem ser alteradas por meio
de ato do poder executivo, sem que seja necessária a edição de lei.
06 - (FEPESE - 2010 - SEFAZ-SC - Analista Financeiro - Parte II)
Tributo é:
1. instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.
2. sanção de ato ilícito.
3. toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir.
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Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
Veja uma resumão com os termos vitais do conceito apresentado:
Só com a figura apresentada já é possível responder essa questão. Decorou o
que consta no texto do artigo 3º do CTN?? Tributo nunca será uma sanção
pela prática de um ato ilícito, mas sim uma vontade do legislador em
determinar que você tire um pouco do que você tem para financiar a
sociedade, caro aluno. ☺
Assim, somente o item 2 é incorreto, sendo os outros dois corretos. Logo,
resta como correta a alternativa “c”, gabarito da questão.
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07 - (FCC - 2005 - PGE-SE - Procurador de Estado) Sobre o conceito de
tributo construído a partir da definição do Código Tributário Nacional, é
correto afirmar que o tributo:
a) pode constituir sanção de ato ilícito.
b) está submetido à reserva legal.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.
Alternativa a) Incorreta. Um tributo jamais poderá ser instituído ou
cobrado em função de uma atividade ilícita, o que não significa que a
obrigação de pagá-lo tenha resultado de um ato ilícito, como por exemplo,
auferir renda em razão de tráfico de drogas ou venda de armas.
Alternativa b) Correta. Todo tributo deve ser instituído por meio de lei, não
havendo exceção à essa regra.
Alternativa c) Incorreta. Tributo é uma prestação pecuniária, somente
podendo ser pago por meio de dinheiro, ou por aqueles que façam as vezes
desse (cheque, por exemplo).
Alternativa d) Incorreta. A atividade de cobrança é sempre vinculada, não
havendo qualquer margem de discricionariedade para a autoridade
administrativa.
Alternativa e) Incorreta. A obrigação de pagar um tributo é sempre
vinculada, não sendo facultado aos sujeitos passivos escolher pagar ou não
pagar o tributo a ele imposto.
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08 - (FCC - 2009 - SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Prova 2)
Conforme o art. 3º do CTN, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
Partindo da premissa de que o conceito de tributo previsto no Código
Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e
fazendo uma interpretação sistemática do Código Tributário Nacional inserido
na ordem constitucional vigente, é correto afirmar que no conceito legal de
tributo é possível identificar alguns dos denominados "princípios
constitucionais tributários". São identificáveis no conceito legal de tributo os
princípios
a) da capacidade contributiva e da uniformidade geográfica.
b) da isonomia e da liberdade de tráfego.
c) da capacidade contributiva e da anterioridade.
d) da anterioridade e da irretroatividade.
e) da legalidade e da vedação ao efeito de confisco.
Essa questão, embora se utilize do conceito apresentado no texto do artigo 3º
do CTN, trata dos princípios constitucionais tributários, solicitando ao
candidato que identifique aqueles presentes implicitamente no texto do artigo
do Codex.
Talvez o princípio mais perceptível no texto do artigo seja o da legalidade,
dispondo que somente por lei podem ser instituídos os tributos previstos na
CF/88, conforme consta na parte final da redação: “instituída em lei”.
Somente com essa certeza já era possível responder à questão, assinalando a
alternativa “e” com resposta correta.
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O segundo princípio constante no texto no texto do artigo 3º é o que diz
respeito à proibição de instituição de tributo com efeito de confisco, já que o
próprio texto do normativo nos diz que o tributo não poderá ser instituído
como forma de sanção por um ato ilícito, sugando do patrimônio do sujeito
passivo importâncias que venham a lhe retirar o mínimo indispensável à sua
sobrevivência como forma de puni-lo por um ato por ele cometido.
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão.
09 - (ESAF - 2009 - MF - Assistente Técnico-Administrativo) A
determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o
Código Tributário Nacional, decorre, especificamente:
a) do fato gerador da respectiva obrigação.
b) da destinação legal do produto da arrecadação.
c) da denominação.
d) da fixação do agente arrecadador.
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação.
Questão que cobrou a literalidade do que consta no CTN. Para a determinação
da natureza jurídica específica de um tributo, é relevante, CONFORME O CTN,
apenas o fato gerador da respectiva obrigação tributária, conforme o caput do
artigo 4º. Desse modo, somente o que consta na alternativa “a” atende a
questão.
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10 - (VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase)
No que tange à definição de tributo, é correto afirmar que é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir:
a) que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade plenamente vinculada.
b) que constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade plenamente vinculada.
c) que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei complementar e
cobrada mediante atividade plenamente vinculada.
d) que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada
mediante atividade legislativa.
Percebeu por que é importante saber e ter “na veia” a redação precisa do
artigo 3º do CTN, caro aluno??? Talvez ele seja o artigo mais repetido em
questões de prova de direito tributário. Essa questão cobrou apenas que o
candidato completasse o enunciado com o que consta nesse artigo.
Já tem em mente o artigo e o que cada palavrinha nele quer dizer?? Espero
que sim. Veja novamente o que diz o artigo 3º do nosso amado CTN:
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Agora veja novamente uma resumão com os termos vitais do conceito
apresentado:
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Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão.
11 - (FCC - 2005 - PGE-SE - Procurador de Estado) A natureza jurídica
específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei.
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
c) relevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor
arrecadado.
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
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Mais uma questão que cobrou apenas a puta e simples literalidade do que
consta nos artigos do CTN, mas dessa vez o constante no artigo 4º, que trata
da natureza jurídica específica dos tributos e dos fatores que serão
considerados relevantes ou irrelevantes para a sua definição. Contudo,
lembre-se que esse conceito é aceito atualmente em parte, uma vez que não
mais são aplicados às novas espécies tributárias instituídas por meio da
CF/88, quais sejam: os empréstimos compulsórios e as contribuições
especiais.
Veja o que nos diz o artigo 4º do CTN:
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas
pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
“Caramba, professor. Eu só precisava saber a palavrinha irrelevante para
matar quarto alternativas da questão!?!?!”
Exatamente, caro aluno. Como todas as alternativas de “a” a “d” dizem que
será relevante, o candidato mais “chegado” com a literalidade do artigo não ia
nem perder tempo lendo elas. Iria direto para a alternativa “e”, gabarito da
questão.
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12 - (ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento -
Planejamento e Orçamento - Prova 2) É sabido que, de acordo com o art.
3o do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária,
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada. Consoante tal entendimento, é errado
afirmar-se que:
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo,
para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão
administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica
exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa
pode ser exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3o do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.
Alternativa a) Correta. Conforme o CTN em seu artigo 113, §2º, a
obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem
por objeto o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária decorrente de
infrações à legislação tributária. Logo, a obrigação tributária principal pode
ser constituída tanto pelo pagamento de tributos quanto de penalidade de
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cunho pecuniário. Por sua vez, ambas seguem o mesmo regime de
constituição (por meio do lançamento tributário), discussão administrativa
(podem ser impugnadas e cobradas da mesma maneira), o mesmo ritual de
inscrição em dívida ativa e execução dos valores devidos.
Alternativa b) Correta. O poder de tributar conferido aos entes políticos é
uma das muitas prerrogativas atribuídas pela CF/88, que o fazem para fazer
custo frente às despesas do Estado e ao cumprimento da finalidade deste. Por
sua vez, somente a CF/88 pode atribuir essa prerrogativa, não possuindo
nenhum tipo de lei poder para tanto.
Já em relação à fiscalização se consubstancia no próprio exercício do poder de
polícia conferida ao Estado para fazer cumprir as leis e atos normativos
editados pelos órgãos competentes. É por meio da fiscalização que o Estado
verifica o correto pagamento de tributos, o cumprimento de obrigações
acessórias pelo contribuinte, iniba a ação fraudulenta, entre outras
atividades.
Alternativa c) Incorreta. Conforme consta na parte final do artigo 3º do
CTN, a atividade de cobrança do tributo devido pelo sujeito passivo é sempre
vinculada, não cabendo ao agente político qualquer margem de
discricionariedade. Se o tributo é devido, deve ser cobrado, ainda que com
aquele pagamento o sujeito passivo, após isto, não disponha de mais um
centavo sequer para comer o resto do mês.
Alternativa d) Correta. Como vimos anteriormente, não será a atividade de
jogo do bicho, atividade ilícita, que será tributada, mas apenas a aquisição de
renda e a circulação de mercadorias, que são hipóteses de incidência,
respectivamente, do IR e do ICMS. O mesmo aconteceria em relação à
atividades perfeitamente legais.
Alternativa e) Correta. Não será toda prestação pecuniária prevista em lei,
de dar dinheiro, que será tida como tributo, mas apenas aquelas de caráter
obrigatório e compulsório.
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Por exemplo, o pagamento de valores em relação ao programa Minha Casa
Minha Vida, por exemplo, é instituído em lei, e tem como objeto principal,
entre outros, o pagamento de valores pecuniários, mas não tem caráter
obrigatório.
13- (ESAF - 2008 - Prefeitura de Natal - RN - Auditor do Tesouro
Municipal - Prova 1) Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica,
assinale a única opção correta.
a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de
bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a
derrogação do art. 3º do CTN, que confere ao tributo uma prestação
pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia,
não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua
competência, por meio de decreto.
c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato
ilícito, não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas,
pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não
vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer
despesas previstas no orçamento.
e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da
respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da
destinação legal do produto de sua arrecadação.
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Alternativa a) Incorreta. Somente lei complementar, normativo de mesma
hierarquia do CTN, pode instituir outras hipóteses de extinção do crédito
tributário. Ao prever a hipótese de dação em pagamento de bens imóveis
como forma de extinção do crédito tributário, a lei complementar nº 104/01
não derrogou o artigo 3º do CTN, uma vez que o próprio artigo afirmar ser
um o tributo uma prestação pecuniária em moeda ou CUJO VALOR NELA SE
POSSA EXPRIMIR. Todo bem imóvel, de qualquer natureza, tem um valor a
ele relacionado, por mais ínfimo ou astronômico que seja. Além do mais, a
previsão de dação em pagamento em bens imóveis ainda carece de regulação
por meio de lei.
Essa lei reguladora, por sua vez, é que definirá os procedimentos a serem
seguidos para que seja extinto o crédito tributário, que poderá ser, por
exemplo, com a venda do imóvel anteriormente à extinção do crédito
tributário.
Alternativa b) Incorreta. A CF/88 admite a majoração de alíquotas de
tributo por meio de atos infralegais nos casos expressamente previstos em
seu texto, entre os quais não se inclui nenhum tributo municipal. Para estes,
sempre será necessária a edição de lei para tanto.
Alternativa c) Incorreta. Apesar da redação confusa, o elaborador quis
dizer que o Estado não pode tributar, por exemplo, os rendimentos oriundos
de uma atividade criminosa, o que é incorreto. Pode sim, mas a razão dessa
tributação não será a prática de um ato ilícito pelo contribuinte, mas apenas o
enquadramento da situação em uma hipótese de incidência prevista em lei.
Traficar armas, por exemplo, é uma atividade criminosa, mas quem a faz está
auferindo rendas (hipótese de incidência de um tributo federal – IR) e
circulando mercadorias (hipótese de incidência de um tributo estadual –
ICMS). Os mesmo tributos seriam devidos caso as armas fossem revendidas
por uma loja corretamente inscrita nas fazendas estadual e federal, pagadora
de tributos em dia e perfeitamente dentro do que determina a lei.
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Alternativa d) Incorreta. A atividade administrativa de cobrança de tributos
é sempre vinculada, não havendo margem alguma para qualquer margem de
discricionariedade do agente administrativo. O fato de as receitas oriundas da
arrecadação, EM REGRA, serem desvinculadas de qualquer destinação
específica não tem nada a ver com o caráter vinculado da cobrança dos
mesmos, o que vale para todos os outros tributos.
Alternativa e) Correta. É quase que uma réplica do que consta no artigo 4º
do CTN, estudado por nós anteriormente nas questões passadas. Veja o que
nos diz o artigo 4º do CTN:
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas
pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
14. (VUNESP/2009/TJ-MT/ Juiz) Escapa ao conceito de tributo a idéia de:
a) prestação pecuniária.
b) compulsoriedade.
c) penalidade.
d) atividade administrativa vinculada.
e) instituição por lei.
“De novo, professor? Já estou ficando cansado desse conceito do artigo 3º.
Estou até sonhando à noite com ele. ☺”
Vamos ver novamente a figurinha famosa resumindo e ilustrando esse artigo?
Veja novamente:
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Diante disso e do conceito que já estamos abusado de ver, temos que escapa
(não se adéqua) ao conceito de tributo a ideia de penalidade, uma vez que
tributo não é uma sanção por uma ato ilícito praticado pelo sujeito passivo.
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
15. (FMP – 2007 - Adjunto de Procurador do Ministério Público
Especial junto ao Tribunal de Contas do RS) Conforme disposto na
Constituição Federal, é vedada a vinculação da receita de impostos:
(a) a quaisquer órgãos, fundos ou despesas, sem ressalvas.
(b) a órgãos, fundos ou despesas, ressalvada a destinação de recursos para
investimentos em habitação popular, conforme dispositivos constitucionais
constantes do Título da Ordem Social.
(c) a órgãos, fundos ou despesas, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos e a destinação de recursos para ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, observado o
art. 167, IV, da CF e os demais dispositivos constitucionais pelo mesmo
referidos.
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(d) a órgãos, fundos ou despesas de outros entes políticos, mas não do
próprio ente tributante.
(e) a órgãos e fundos, mas não a despesas específicas, desde que a
vinculação decorra de lei.
Essa questão solicitou do candidato os únicos casos de despesas que poderão
ter recursos de impostos especificamente a ela destinados, o que, em regra, é
vedado quanto à essa espécie tributária. A regra, para os impostos, é a de
que a destinação final do produto da sua arrecadação não seja destinada a
nenhuma despesa específica, exceto nos casos previstos na CF/88. É o que
chamamos de tributo de arrecadação não-vinculada, característica dos
impostos.
Para responde essa questão, devemos saber o que consta no artigo 167, IV,
da CF/88, que assim nos diz:
“Art. 167. São vedados: (...)
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts.
158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165,
§ 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (...)
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas
pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos
recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II,
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para a prestação de garantia ou contragarantia à União
e para pagamento de débitos para com esta.”
Desse modo, conforme o artigo citado, é vedada a vinculação de receitas
oriundas da arrecadação de impostos a órgãos, fundos ou despesas, exceto
nos casos previstos em seu inciso IV.
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
16 - (COPEVE-UFAL - 2010 - CASAL - Advogado) Assinale a opção
correta quanto às características das espécies tributárias.
a) As contribuições não podem ter base de cálculo própria de impostos.
b) A contribuição para o custeio da iluminação pública tem natureza
extrafiscal.
c) As taxas, cobradas tão somente pela União, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível.
d) As taxas podem ter base de cálculo ou fato gerador idêntico aos que
correspondam a imposto.
e) A contribuição de melhoria pode ser instituída por qualquer dos entes da
federação.
Alternativa a) Incorreta. Conforme nos diz o §2º do artigo 145, as taxas é
que não poderão ter base de cálculo própria de impostos previstos na CF/88,
e não as contribuições. Não há na CF/88 uma vedação semelhante para as
contribuições a exemplo da que consta para as taxas.
“Art. 145. (...)
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.”
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Alternativa b) Incorreta. Os tributos extrafiscais, como o são, por exemplo,
o imposto sobre produtos industrializados (IPI) e a contribuição sobre
intervenção no domínio econômico (CIDE), têm como função primordial
permitir ao Estado intervir na economia ou nas relações de consumo, sendo o
caráter arrecadatório relevado a segundo plano, o que não acontece, por
exemplo, para o imposto sobre a renda, que possui caráter eminentemente
fiscal, ou seja, sua principal função é arrecadar recursos para o ente político
tributante.
Por sua vez, a função principal da COSIP é a de prover recursos para os
Municípios e o para o Distrito Federal, e não a de intervir na economia, o que
o caracteriza como um tributo marcantemente fiscal.
Alternativa c) Incorreta. A redação estaria perfeita, dispondo sobra a
natureza das taxas e as situações em que ela é devida, pecando apenas
quanto aos entes políticos competentes para instituí-la, uma vez que esta
prerrogativa foi conferida a todos os Entes políticos, e não apenas à União.
Alternativa d) Incorreta. Vale a mesma explicação dada na alternativa “a”,
quando falamos que as taxas não poderão ter base de calculo própria de
impostos previstos na CF/88, conforme o §2º do artigo 145 da CF/88.
Alternativa e) Correta. A contribuição de melhoria, decorrente de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária para os imóveis situados nas
zonas de influência da obra pública, poder ser instituída pelas três esferas
políticas da nossa federação, em razão da competência tributária comum
conferida pelo artigo 145, III, da CF/88.
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
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17 - (FGV - 2011 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual -
prova 2) A respeito das espécies de tributos, é correto afirmar que:
a) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir,
exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de
melhoria.
b) de acordo com o Código Tributário Nacional, considera-se imposto o tributo
vinculado a qualquer atividade estatal específica.
c) a taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal específica e tem,
como possível fato gerador, o exercício regular do poder de polícia.
d) a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, é de competência
exclusiva da União.
e) a contribuição de melhoria é o tributo cobrado em função da realização de
obras e prestação de serviços.
Alternativa a) Incorreta. A atual configuração do nosso sistema tributário
nacional prevê ainda mais duas espécies de tributos: os empréstimos
compulsórios e as contribuições especiais ou gerais. Os impostos, as taxas e
as contribuições de melhoria, por sua vez, pertencem à chamada competência
comum, podendo, dentro dos limites e campo de incidência estipuladas na
CF/88, ser instituídas por todos os entes políticos.
Alternativa b) Incorreta. Essa definição de tributo está relacionada ao
conceito de taxas, e não ao de impostos, que são tributos desvinculados de
qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Enquanto os
impostos são denominados de tributos não-vinculados, as taxas são
denominadas de tributos vinculados, uma vez que exigem uma atividade
estatal específica relativa ao contribuinte, seja por meio da prestação de um
serviço publico, seja por meio do exercício regular do poder de polícia.
Alternativa c) Incorreta. Vale a mesma explicação dada anteriormente,
uma vez que as taxas são tributos vinculados a uma atividade estatal
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específica relativa ao contribuinte, tendo como fato gerador, junto com a
prestação de serviço, o exercício regular do poder de polícia.
Alternativa d) Correta. Essa alternativa está de acordo com o que prevê o
artigo 149 da CF/88, que dispõe sobre a competência exclusiva da União
quanto à instituição dessas espécies tributárias. Veja o que nos diz o artigo:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.”
Alternativa e) Incorreta. A contribuição de melhoria é decorrente apenas
da realização de obras públicas de que decorra valorização imobiliária para os
imóveis, sendo a prestação de um serviço publico hipótese de incidência das
taxas.
18 - (CESPE - 2009 - TCE-ES - Procurador Especial de Contas) Com
relação aos tributos e às suas espécies, assinale a opção incorreta.
a) A contribuição de intervenção no domínio econômico é utilizada pela União
quando ela atua como agente normativo e regulador da ordem econômica,
exercendo as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, nos termos
da CF.
b) Sobre as receitas decorrentes de exportação incide a contribuição social,
mas não incide a contribuição de intervenção no domínio econômico.
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c) As contribuições no interesse de categorias profissionais ou econômicas,
conhecidas também por contribuições corporativas, incluem as contribuições
sindicais e as contribuições para os conselhos de fiscalização profissional.
d) A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública deve
obedecer tanto aos princípios da anterioridade quanto aos da noventena.
e) Apenas os municípios e o DF podem instituir contribuição para custear o
serviço de iluminação pública.
Alternativa a) Correta. Como seu próprio nome nos diz, as contribuições
são instituídas para permitir a intervenção estatal na economia, regulando
situações anômalas ou as prevenindo a sua ocorrência danosa na economia
nacional, caracterizando-se como um típico instrumento do Estado
intervencionista. Diante disso, vemos o nítido caráter extrafiscal do tributo.
Alternativa b) Incorreta. Em ambos os casos, não incidirá nenhuma das
contribuições previstas no texto da alternativa. Essa previsão está contida
expressamente no texto do §2º do artigo 149 da CF/88, que assim nos diz:
“Art. 149. (...)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico de que trata o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de
exportação;”
Alternativa c) Correta. As contribuições de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, também chamadas de contribuições
corporativas, são instituídas exclusivamente pela União, a qual detém a
chamada competência tributária exclusiva. Essas espécies normativas têm
como objetivo o financiamento de atividades de interesse de entidades que
realizam fiscalizações e representação de categorias profissionais ou
econômicas, atuando de forma paralela ao Estado (atividade parafiscal). São
exemplos clássicos dessas contribuições a Contribuição Sindical (categorias
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profissionais) e as Contribuições de Interesse dos Órgãos de Fiscalização do
Exercício de Profissões Regulamentadas, como e o caso da CRM e do CREA.
Alternativa d) Correta. A COSIP não é exceção a nenhum dos princípios
constitucionais previstos atualmente na nossa Carta Federal, estando
submetida integralmente aos princípios da anterioridade quanto da
noventena.
Alternativa e) Correta. Exatamente o que prevê o artigo 149-A da nossa
CF/88, atribuindo competência para a instituição desse tributo apenas a esses
dois entes políticos da nossa federação.
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.”
19 - (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz) A respeito do Sistema
Tributário Nacional, assinale a opção correta.
a) Consoante a jurisprudência do STF, as custas, a taxa judiciária e os
emolumentos constituem espécies de preço público. Assim, é admissível que
parte da arrecadação obtida com essas espécies seja destinada a instituições
privadas, entidades de classe e caixas de assistência dos advogados.
b) Compete aos entes federativos instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas, como instrumento de atuação nas respectivas áreas,
observado o princípio da anterioridade.
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c) A cobrança de taxa exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis não viola o texto constitucional.
d) A receita proveniente da arrecadação de empréstimo compulsório instituído
para atender a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública
ocorrida no sul do país pode ser destinada para a construção de escolas
públicas na região Nordeste, uma vez que é vedada a vinculação de receita
de tributos a órgão, fundo ou despesa.
e) Segundo o STF, a existência de órgão administrativo constitui condição
suficiente para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa
de localização e fiscalização, sendo um dos elementos para se inferir o efetivo
exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente.
Alternativa a) Incorreta. Taxas e preço público não se confundem, uma
vez que aquela possui natureza tributária, enquanto estas não possuem essa
prerrogativa. As taxas e os preços públicos possuem muitas diferenças que o
distinguem uns dos outros, as quais podem ser resumidas no quadro abaixo:
TAXA PREÇO PÚBLICO
DECORREM SEMPRE DE LEI
DECORRE DE CONTRATO
POSSUEM NATUREZA TRIBUTÁRIA
NÃO POSSUEM NATUREZA TRIBUTÁRIA
SUBMETE-SE AO REGIME JURÍDICO TRIBUTÁRIO
REGIME DE NATUREZA CONTRATUAL E
ADMINISTRATIVA
NÃO HÁ AUTONOMIA DE VONTADE
HÁ AUTONOMIA DE VONTADE
SÃO DEVIDAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU DO
EXERCICIO DO PODER DE POLÍCIA
SÃO DEVIDOS APENAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS
É INADMISSÍVEL A RESCISÃO DA RELAÇÃO
A RELAÇAO PODE SER RESCINDIDA
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PODE SER COBRADA EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO
POTENCIAL
SOMENTE COBRADA EM RAZÃO DA EFETIVA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
RECEITA DERIVADA RECEITA ORIGINÁRIA
ESTÁ SUJEITA AOS PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
NÃO ESTÁ SUJEITA A PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS, APENAS ADMINISTRATIVOS
É COMPULSÓRIA NÃO É COMPULSÓRIO
SOMENTE PODE SER EXIGIDA POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PÚBLICO
PODE SER EXIGIDA POR PESSOA JURICIDA DE DIREITO PÚBLICO OU
PRIVADO
NÃO TEM FINS LUCRATIVOS
POSSUI FINS LUCRATIVOS
Por fim, são válidas as seguintes taxas de serviços, tendo em vista
posicionamento do STF em sentido favorável:
� Taxa de serviços notariais e de registro (as custas e os emolumentos);
� Taxas judiciárias, em razão da prestação de serviços pelos órgãos
judiciários;
� Taxa de coleta de resíduos sólidos de serviços de saúde.
Alternativa b) Incorreta. Conforme vimos em questão anterior, essas
espécies tributárias são de competência exclusiva da União, e não de todos os
entes políticos. Somente esta poderá instituir os tributos previstos no artigo
149 da CF/88. Veja novamente o que nos diz o artigo:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
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observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.”
Alternativa c) Correta. Essa alternativa cobrou o conhecimento constante
no texto da Súmula Vinculante nº 18 do STF, que assim nos diz em seu texto:
“Súmula vinculante nº 19: “A taxa cobrada exclusivamente
em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, não viola o artigo 145, II da Constituição Federal”
Alternativa d) Incorreta. Toda e qualquer receita proveniente da
arrecadação dos empréstimos compulsórios será destinado à despesa que
fundamentou a sua instituição, não sendo possível a utilização em outras
despesas, conforme nos diz o parágrafo único do artigo 148 da nossa CF/88:
“Art. 148. (...)
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição.”
Alternativa e) Incorreta. Para que seja possível a cobrança da taxa de
polícia, a Administração Pública deve exercer efetivamente o poder de polícia
sobre os administrados, sob pena de ser ilegítima a cobrança. Para isso, deve
existir órgão criado para essa tarefa de fiscalização, sendo presumido o
exercício do poder de polícia pela simples existência do órgão fiscalizador,
ainda que este não tenha realizado nenhuma fiscalização efetiva sobre o
contribuinte sujeito à incidência do tributo.
Ou seja, não basta apenas a criação, devendo também estar o órgão em
exercício funcionamento para que seja devida a taxa de fiscalização.
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20 - (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário - Contabilidade)
Acerca dos tributos e seus impactos nas operações das empresas, julgue os
próximos itens: O imposto é uma espécie de tributo.
Questão simples, que cobrou apenas o conhecimento das espécies tributárias.
Tanto pela teoria tripartite presente no CTN, quanto pela teoria pentapartite
adotada pelo STF, os impostos são espécies tributárias.
TRIPARTITE PENTAPARTITE
IMPOSTOS IMPOSTOS
TAXAS TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
EMPRESTIMOS COMPULSÓRIOS
Assim, resta correta a assertiva apresentada.
21 - (EJEF - 2006 - TJ-MG - Juiz) A respeito das espécies tributárias
previstas na Constituição Federal, é CORRETA a afirmação de que:
a) assim como os impostos, as taxas e as tarifas deverão ter, sempre que
possível, caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica
do contribuinte, podendo ser exigidas em razão do exercício do poder de
polícia ou em razão da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis;
b) as contribuições de melhoria somente podem ser exigidas pela União
Federal como instrumento de sua intervenção no domínio econômico, pois
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que se destinam primordialmente a custear obras públicas que beneficiem
imóveis privados, adotando-se como parâmetro a valorização havida em tais
imóveis;
c) os impostos, tributos não vinculados, têm a competência para sua
instituição rigidamente prevista no texto constitucional, que ainda atribui à
União competência para instituir, por lei complementar, outros impostos além
daqueles já previstos, os quais não poderão ser cumulativos e nem poderão
ter base de cálculo e fato gerador próprios dos impostos já discriminados na
Constituição Federal;
d) os Municípios, os Estados e o Distrito Federal têm competência para
instituir contribuição cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, do regime previdenciário próprio, cuja alíquota deverá ser inferior à
da contribuição exigida pela União Federal dos servidores públicos federais,
ocupantes de cargos efetivos.
Alternativa a) Incorreta. Essa disposição se refere ao mandamento
constitucional presente no §1º do artigo 145 da CF/88, fazendo referencia
apenas aos impostos. A segunda parte do texto da alternativa, por sua vez,
diz respeito apenas às taxas, não sendo aplicada ás tarifas, que seguem
regime jurídico diferenciado do observado para as taxas.
Alternativa b) Incorreta. Um balaio de gato a redação dessa alternativa.
Primeiro: as contribuições de melhoria podem ser instituídas por todos os
entes federativos presentes na nossa Carta Federal de 1988. Por sua vez,
uma das formas de intervenção na economia pela União, por meio de
contribuições, diz respeito às contribuições de intervenção no domínio
econômico (as famosas CIDE’s’). Quanto ao fim da redação, esta se refere às
contribuições de melhoria, sendo a valorização imobiliária uma dos
parâmetros para se mensurar o valor da contribuição a ser paga pelos
contribuintes.
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Alternativa c) Correta. Essa alternativa nos falou sobre uma das
características dos impostos, qual seja, a serem tributos não vinculados, não
sendo devidos em razão de uma atividade estatal especifica relativa ao
contribuinte. Por sua vez, cada uma dos impostos previstos no corpo da
CF/88 foi expressamente conferida a um e apenas um ente político. Para a
União, além dos sete impostos previstos na sua competência tributária
originária, foi a ela atribuída ainda a chamada competência residual, que
permite a instituição de impostos residuais por meio de lei complementar,
desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de
calculo própria dos já discriminados no corpo da CF/88.
Alternativa d) Incorreta. O texto está perfeito, exceto em relação à
alíquota a ser aplicada, que não poderá ser INFERIOR à contribuição exigida
pela União dos seus servidores. Uma leitura rápida e o pequeno detalhe
podem passar imperceptíveis. É o que dispõe o §1º do artigo 149 da CF/88.
22 - (FUNIVERSA - 2011 - SEPLAG-DF - Auditor Fiscal de Atividades
Urbanas - Transportes) O valor cobrado pelo Estado do particular, por meio
de contrato e sob regime de direito privado, pela exploração de serviços
públicos é um(a):
a) receita derivada.
b) taxa.
c) preço público, que é uma receita originária.
d) tarifa, que é uma receita extraorçamentária.
e) tributo, que é uma receita originária.
Características básicas que não pertencem às taxas: regime de direito
privado, uma vez que são tributos e às quais se aplica o regime público; são
instituídas por meio de uma relação tributária, por meio de lei, e não por
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meio de contrato, típicas características dos preços públicos (receita
originária). Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
23 - (FUNIVERSA - 2009 - SEPLAG-DF - Analista - Planejamento e
Orçamento) Foi instituída, por parte do município, cobrança obrigatória de
valor para uso de espaço público por estabelecimento comercial. A respeito
dessa situação, assinale a alternativa correta.
a) Essa cobrança é preço público.
b) O valor cobrado tem natureza de imposto, por ser obrigatório.
c) A cobrança instituída tem fundamento no poder de polícia do ente da
Federação; portanto, trata-se de taxa.
d) Os municípios não têm competência para instituir cobrança obrigatória de
valor para concessão de uso de área pública.
e) Trata-se de taxa de serviço imposta em função de que a utilização do
serviço público é efetiva ou potencial.
Questão capciosa da banca, que tentou induzir o candidato a erro em razão
da utilização do termo “cobrança obrigatória”. Embora tenha sido utilizado o
termo, não se trata de algo compulsório, tendo em vista que ninguém é
obrigado a pagar nada caso não queira utilizar o espaço público.
A cobrança do valor não pode ter natureza tributária, uma vez que não se
reveste de caráter coercitivo, típico dessa espécie jurídica. Vejamos.
Por simples percepção, podemos notar que não se trata de empréstimos
compulsórios, contribuição especial ou contribuição de melhoria, sendo
descartadas todas estas.
Também não se mostra coerente classificar o valor cobrado como sendo um
imposto, uma vez que este possui caráter obrigatório e não vinculado, típico
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dessas espécies tributárias. Nos impostos, não há qualquer atividade estatal
especifica por parte do Estado relativa ao contribuinte.
Por sua vez, também não estamos diante de uma taxa, já que esta também
apresenta caráter obrigatório, sendo cobrado do contribuinte
independentemente da sua vontade. Para a instituição de uma taxa, deve
existir o poder de policia do Estado ou a prestação, efetiva ou potencial, de
um serviço publico especifico e divisível, o que não ocorre quando da
cobrança do valor para uso do espaço público.
Taxas e preço público não se confundem, uma vez que aquela possui
natureza tributária, enquanto estas não possuem essa prerrogativa. As taxas
e os preços públicos possuem muitas diferenças que o distinguem uns dos
outros, as quais podem ser resumidas no quadro abaixo:
TAXA PREÇO PÚBLICO
DECORREM SEMPRE DE LEI
DECORRE DE CONTRATO
POSSUEM NATUREZA TRIBUTÁRIA
NÃO POSSUEM NATUREZA TRIBUTÁRIA
SUBMETE-SE AO REGIME JURÍDICO TRIBUTÁRIO
REGIME DE NATUREZA CONTRATUAL E
ADMINISTRATIVA
NÃO HÁ AUTONOMIA DE VONTADE
HÁ AUTONOMIA DE VONTADE
SÃO DEVIDAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU DO
EXERCICIO DO PODER DE POLÍCIA
SÃO DEVIDOS APENAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS
É INADMISSÍVEL A RESCISÃO DA RELAÇÃO
A RELAÇAO PODE SER RESCINDIDA
PODE SER COBRADA EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO
POTENCIAL
SOMENTE COBRADA EM RAZÃO DA EFETIVA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
RECEITA DERIVADA RECEITA ORIGINÁRIA
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ESTÁ SUJEITA AOS PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
NÃO ESTÁ SUJEITA A PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS, APENAS ADMINISTRATIVOS
É COMPULSÓRIA NÃO É COMPULSÓRIO
SOMENTE PODE SER EXIGIDA POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PÚBLICO
PODE SER EXIGIDA POR PESSOA JURICIDA DE DIREITO PÚBLICO OU
PRIVADO
NÃO TEM FINS LUCRATIVOS POSSUI FINS LUCRATIVOS
Desse modo, mostra-se correta a alternativa “a”. Quanto à alternativa “d”,
cabe aos municípios a instituição de valores para a utilização do espaço
público, tendo em vista competir a estes entes temas de interesse local,
conforme o artigo 30, I e VIII, da CF/88.
Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão.
24 - (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado -
Direito (Finanças e Orçamento) Existem inúmeras classificações para os
tributos. Duas podem ser citadas como muito usuais. A primeira considera o
tributo como vinculado e não vinculado. A outra considera o tributo quanto à
destinação específica do produto da arrecadação. Recebe a classificação como
não vinculado e sem destinação específica do produto da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.
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Conforme vimos, os impostos são tributos não-vinculados a uma atividade
estatal específica e que possuem as receitas com ele arrecadados sem
destinação específica, sendo portanto tributo de arrecadação não-vinculada.
Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão.
25 - (CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia)
Julgue os itens a seguir acerca de taxas e preços públicos.
Taxas sujeitam-se aos princípios tributários, o que não ocorre com preços
públicos.
Conforme vimos na tabela apresentada na alternativa “a” da questão 19, os
preços públicos não estão sujeitos aos princípios constitucionais tributários,
uma vez que não são tributos, diferentemente das taxas, sujeitas a todos
eles. Essa é uma das características mais marcantes que diferenciam as taxas
dos preços públicos, tendo em vista a razoável semelhança que as espécies
apresentam.
Assim, resta correta a assertiva apresentada.
26 - (CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia)
Julgue os itens que se seguem acerca das espécies de tributo.
É facultado ao Distrito Federal instituir taxa com a mesma base de cálculo
utilizada em imposto de sua competência.
Lembra do que falamos sobre as taxas não poderem ter base de cálculo
própria das já atribuídas aos impostos? Isso é um mandamento
constitucional, presente já no texto do artigo 145, §2º, da nossa CF/88. Por
exemplo, não pode ser base de cálculo de nenhuma taxa o valo venal de um
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veiculo automotor, uma vez que este já é base de cálculo do IPVA, imposto
de competência dos Estados e do Distrito Federal.
Logo, é vedado ao Distrito Federal essa possibilidade, tendo em vista
imposição constitucional.
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada.
27 - (CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia)
Julgue os itens que se seguem acerca das espécies de tributo.
Ao contrário do que ocorre com os impostos, as taxas são conhecidas como
tributos não-vinculados.
É justamente o contrário, sendo os impostos tributos não-vinculados e as
taxas tributos vinculados a uma atividade estatal específica relativa aos
contribuintes. Para que possam ser cobradas taxas, deve haver uma
contraprestação por parte do Estado tributante, o mesmo não ocorrendo com
os impostos, que não tem caráter retributivo.
Assim, resta incorreta a assertiva apresentada.
28 - (CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia)
As taxas cobradas pelos estados, no âmbito de suas respectivas atribuições,
podem ter como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte.
É própria definição de taxas, presentes no artigo 77 do CTN, sendo ainda de
competência comum a todos os entes políticos. Veja o que diz o texto do
artigo:
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“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato
gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas.”
Assim, resta correta a assertiva apresentada.
29 - (FCC - 2006 - DPE-SP - Defensor Público) Considere as afirmações:
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da
pessoa política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e
cobrado, de que o Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte,
qualquer atividade específica.
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos e
divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou
potencial dos serviços pelo contribuinte.
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de
contribuição, que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime
jurídico tributário e possui uma única modalidade que é a contribuição social.
SOMENTE está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
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d) II.
e) III.
Item I) Incorreto. A previsão não se aplica a todos os tributos, mas apenas
aos impostos, às contribuições em geral e, a depender da lei instituidora, ao
empréstimo compulsório, como veremos mais adiante.
Item II) Correto. È a definição do que vem a ser uma taxa de serviços.
Item III) Incorreto. Conforme vimos já no enunciado desse item da aula,
as contribuições podem ser divididas em outras subespécies.
Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão.
30 - (FGV - 2008 - Senado Federal - Advogado) É tributo
contraprestacional:
a) a CSLL.
b) o IRPJ.
c) a COFINS.
d) a contribuição para o CREA.
e) a taxa judiciária.
Todas as hipóteses constantes nas alíneas “a” a “d” apresentam contribuições
especiais, conforme veremos mais adiante. Assim, todas elas são não-
contraprestacionais. Por sua vez, a taxa é a única espécie da lista em que
essa característica é observada.
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão
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31 - (FCC - 2010 - SEFIN-RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais)
Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que:
a) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
b) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal.
c) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
d) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública.
e) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
Alternativa a) Incorreta. Dois erros na assertiva: o empréstimo
compulsório é tributo previsto na competência tributária exclusiva da União,
que, para instituí-lo, deverá fazer por meio de lei complementa, conforme
artigo 148 da CF/88.
Alternativa b) Incorreta. Conforme vimos, a competência tributária para a
instituição e cobrança da COSIP é apenas dos Municípios e do Distrito Federal,
não sendo possível a instituição pelos Estados.
Alternativa c) Incorreta. Exatamente o contrário. Impostos são os tributos
em que não há nenhuma contraprestação estatal relativa aos contribuintes,
assim como as contribuições. A contraprestação se verifica nas taxas e nas
contribuições de melhoria.
Alternativa d) Incorreta. Obra pública está relacionada à contribuições de
melhoria, enquanto as taxas, à prestação de serviços ou ao exercício do
poder de polícia estatal.
Alternativa e) Correta. Perfeita definição para a contribuição de melhoria, a
qual é realmente um tributo vinculado e decorrente de obra pública.
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32 - (FUNIVERSA - 2010 - SEPLAG-DF - Analista - Ciências Contábeis)
Assinale a alternativa correta no que diz respeito a tributos.
a) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão instituir os
seguintes tributos: impostos; tarifas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; e
contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
b) As contribuições não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
c) É obrigatória, para maior transparência da cobrança do tributo, a cobrança
da tarifa para o custeio do serviço de iluminação pública na fatura de
consumo de energia elétrica.
d) Os municípios e o Distrito Federal poderão instituir tarifa, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública.
e) Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas.
Alternativa a) Incorreta. A instituição de tarifas não decorre do exercício
do poder de policia ou utilização efetiva ou potencial de serviços públicos,
sendo estas relativas às taxas. Quanto ao mais, o texto da redação mostra-se
correto, sendo os entes competentes para a instituição desses tributos.
Alternativa b) Incorreta. As contribuições poderão ter base de cálculo de
impostos, uma vez que não há qualquer vedação na CF/88. A vedação é
relativa á instituição de impostos residuais, estes sim não poderão ter base de
cálculo própria de impostos já previstos na CF/88. Por sua vez, o mesmo
acontece em relação às contribuições, mas apenas em relação às
contribuições já previstas na CF/88, conforme o artigo 195, §4º, da CF/88.
Alternativa c) Incorreta. A cobrança dos valores devidos a título de
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP) poderá
ser realizado na conta de energia elétrica, mas isso não é uma
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obrigatoriedade, mas uma faculdade atribuída aos municípios e ao Distrito
Federal. E o correto é a cobrança por meio de COSIP, e não por meio de
tarifa. Muita atenção nisso, caro aluno!!
Alternativa d) Incorreta. Vale a mesma explicação dada acima. O correto
é a instituição da COSIP, e não de tarifa. Por sua vez, cabe a cada um dos
entes municipais e ao distrito federal a instituição dos seus próprios tributos
por meio de leis internas, não sendo necessária a edição de lei complementar
para regular a matéria.
Alternativa e) Correta. É precisamente o que dispõe o artigo 149 da CF/88,
dispondo sobre mais essa competência exclusiva da União. Seu texto é o
seguinte:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.”
33 - (CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça ) Se um indivíduo é
notificado a pagar um tributo, por natureza, não-vinculado, é correto afirmar
que essa exação é um(a)
a) imposto.
b) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) empréstimo compulsório.
e) contribuição parafiscal.
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Tributo não vinculado é aquele que é cobrado independentemente de uma
atividade estatal especifica por parte do Estado tributante relativa ao
contribuinte. São cobrados exclusivamente em decorrência do Poder de
Império do Estado frente aos seus subordinados. Como exemplo clássico
temos os impostos, o que já torna correta a alternativa “a”, gabarito da
questão.
Por sua vez, as taxas, as contribuições parafiscais e as contribuições de
melhoria são tributos, por excelência, vinculados a uma atividade estatal
especifica, somente podendo ser cobrados caso exista uma contraprestação
por parte do Estado ao contribuinte das três exações.
Por fim, temos o empréstimo compulsório, que poderá ser tanto vinculado
como não vinculado, a depender do que dispõe a lei de instituição do tributo.
Cabe ao legislador federal dispor sobre a natureza do novo tributo, devendo
obediência apenas ao que determina a CF/88 em seu artigo 148.
34 - (FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador) São tributos de competência da
União, EXCETO a contribuição
a) de melhoria.
b) social para a seguridade social.
c) para o custeio do serviço de energia elétrica.
d) de intervenção no domínio econômico.
e) de interesse de categorias profissionais.
Conforme acabamos de ver nesse item, a COSIP é a contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública, e não de energia elétrica. Se essa
foi a intenção do elaborador ao redigir a questão, vejo a mudança de termos
como inadequada, uma vez que energia elétrica é uma termo muito vago e
impreciso nessa abordagem da questão.
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Assim, vamos por exclusão, que irá garantir a correção do gabarito, apontado
como sendo a alternativa “c”.
Alternativa a) As contribuições de melhoria são instituídas por todos os
Entes políticos, pertencendo à chamada competência comum.
Alternativa b) Conforme vimos, quanto à competência da União para a
instituição de contribuições, prevista no artigo 149 da CF/88, existe a
possibilidade dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios instituírem
contribuições sociais para o financiamento do regime previdenciário dos seus
servidores, conforme o §1º do mesmo artigo.
Alternativa d) Essa contribuições é de competência exclusiva da União,
conforme o artigo 149 da CF/88.
Alternativa e) Outra contribuições prevista na competência exclusiva da
União, conforme o artigo 149 da CF/88.
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão
35 - (PUC-PR - 2010 - COPEL - Advogado Júnior) Via de regra, os
tributos são criados por lei ordinária. Todavia, há tributos que podem ser
criados por Lei Complementar. São eles:
a) Empréstimo compulsório, Imposto sobre grandes fortunas, Imposto
residual e Contribuições sociais.
b) Empréstimo compulsório, Imposto de importação, Imposto de exportação e
Imposto sobre propriedade territorial rural.
c) Imposto sobre produtos industrializados, Imposto sobre operações de
crédito, Imposto sobre grandes fortunas e Imposto residual.
d) Imposto sobre produtos industrializados, Imposto extraordinário, Imposto
residual e Contribuições sociais residuais.
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e) Empréstimo compulsório, Imposto sobre grandes fortunas, Imposto
residual e Contribuições sociais residuais.
Os tributos a serem criados por meio de lei complementar estão
expressamente previstos no corpo da CF/88, quais sejam:
• Empréstimos compulsórios (artigo 148);
• Impostos residuais (artigo 154 I);
• Contribuições sociais residuais (artigo 195, §4º);
• Imposto sobre grandes fortunas (artigo 153, VII).
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão.
36 - (FCC - 2011 - TJ-AP - Titular de Serviços de Notas e de Registros)
Os emolumentos:
a) têm natureza tributária, mas não observam aos princípios da anterioridade
anual e nonagesimal e da irretroatividade tributária.
b) têm natureza tributária e a competência para instituí-los é da União,
devendo os Estados e Distrito Federal apenas definir os atos que estarão
sujeitos a sua incidência.
c) têm natureza tributária, mas podem ser instituídos por portaria conjunta
do Tribunal de Justiça do Estado e do Governo do Estado, devendo os valores
serem únicos para todos os atos notariais e de registro.
d) não têm natureza tributária e devem ser instituídos por lei dos Estados e
do Distrito Federal, levando em conta a natureza pública e o caráter social
dos serviços notariais e de registro.
e) não têm natureza tributária e, por isso, podem ser instituídos por portaria
ou decreto, devendo corresponder ao custo do serviço notarial e de registro
que remuneram.
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Essa questão foi um tanto polêmica, uma vez que foi de encontro ao que
prevê o STF, dispondo que os emolumentos e as custas judiciais têm natureza
tributária de taxas, conforme consta na seguinte decisão da Corte:
“(...) Custas e emolumentos: serventias judiciais e
extrajudiciais: natureza jurídica. É da jurisprudência do
Tribunal que as custas e os emolumentos judiciais ou
extrajudiciais tem caráter tributário de taxa. III. Lei
tributária: prazo nonagesimal. Uma vez que o caso trata de
taxas, devem observar-se as limitações constitucionais ao
poder de tributar, dentre essas, a prevista no art. 150, III, c,
com a redação dada pela EC 42/03 - prazo nonagesimal para
que a lei tributária se torne eficaz. (STF, ADI 3694/AP, de
20/09/2006)”
A banca deu como gabarito a alternativa “d”, enquanto o correto, conforme o
STF, seria considerar a questão nula, uma vez que a mesma não apresenta
resposta correta. Seguindo o que determina o STF, teríamos o seguinte
quanto às alternativas “a” a “c”.
A alternativa “a” seria incorreta, uma vez que os emolumentos, ao se
assemelharem às taxas, estariam sujeitos a todos os princípios tributários,
em especial ao da anterioridade anual e nonagesimal e da irretroatividade.
A alternativa “b” também estaria incorreta, já que competiria à União e aos
Estados e ao Distrito Federal a instituição das custas e emolumentos, uma
vez que apenas estes dispõem de competência para dispor sobre assuntos
relativos ao Poder Judiciário, no âmbito de suas respectivas competências.
Por sua vez, para a alternativa “c” vale a mesma explicação dada
anteriormente para a alternativa “b”.
Assim, contrariando o que determina o STF, a banca teve como correta a
alternativa “d”, dispondo que os emolumentos NÃO possuem natureza
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tributária, devendo ser instituídos por meio de lei competente de cada ente
político apto a tanto.
Quanto à alternativa “e”, não é possível, seja o emolumento de caráter
tributário ou não, a sua instituição por meio de decreto, apenas por lei.
37 - (AOCP - 2010 - Prefeitura de Camaçari - BA - Procurador
Municipal) Em relação à classificação dos tributos, analise as assertivas e
assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao
contribuinte.
II. A taxa é um gravame bilateral, contraprestacional e sinalagmático.
III. Segundo o Princípio da Exclusividade das Taxas, no Brasil são
modalidades de taxas: taxa de serviço público, específico ou geral, taxa de
segurança ou de iluminação pública, bem como a taxa de polícia ou de
fiscalização.
IV. O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização ou o benefício
imobiliário decorrente de uma obra pública.
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.
Item I) Correto. A natureza não-vinculada de um imposto é uma das suas
principais características, sendo cobrados independentemente de uma
contraprestação estatal relativa ao contribuinte.
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Item II) Correto. Essas são características próprias das taxas, que são
tributos (gravames) bilaterais (existem duas partes: sujeito ativo e passivo)
contraprestacionais (há prestação pelas duas partes da relação), e
sinalagmático (contrato bilateral em que ambas as partes se condicionam a
prestações mútuas).
Item III) Incorreta. No nosso atual sistema tributário nacional, só existem
duas modalidades de taxas: as cobradas em razão da prestação de serviço
público e em razão do exercício do poder de polícia estatal, conforme consta
no artigo 145, II, da CF/88.
Item IV) Incorreta. O fato gerador da contribuição de melhoria é
exclusivamente a valorização imobiliária decorrente da execução de obras
públicas pelo poder público. Ainda que tenha havido benefícios, mas não
tenha sido observada a valorização imobiliária, resta indevida a cobrança da
contribuição de melhoria.
Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão.
38 - (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça ) Assinale a opção
correta com relação aos conceitos e à classificação dos tributos.
a) A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência dos estados e do DF.
b) Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade
pública, a União pode instituir empréstimo compulsório, mediante lei
complementar, sem a observância dos princípios da anterioridade e da
irretroatividade.
c) A taxa pode ter como fato gerador a utilização potencial de serviço público
específico e divisível, posto à disposição do contribuinte mediante atividade
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administrativa em efetivo funcionamento, desde que tal serviço seja de
utilização compulsória.
d) A contribuição de melhoria, cujo fundamento ético-jurídico é o não
enriquecimento injusto, tem como fato gerador a realização de obra pública.
e) O imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens
ou direitos, de competência dos estados e do DF, tem suas alíquotas máxima
e mínima fixadas pelo Senado Federal.
Alternativa a) Incorreta. Conforme o artigo 149-A da CF/88, a
competência tributária para a instituição de contribuição para o custeio do
serviço de iluminação pública foi atribuída apenas aos municípios e ao Distrito
Federal, não cabendo a sua instituição por parte dos Estados. O Distrito
Federal pode instituir o tributo em razão da sua competência cumulativa,
tendo em vista a sua natureza anômala.
Alternativa b) Incorreta. Os empréstimos compulsórios podem ser
instituídos em razão de duas situações, previstas nos incisos I e II do artigo
149, quais sejam:
• Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
• No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Assim, apenas na segunda situação é que se deve obediência aos princípios
da anterioridade e da noventena, não sendo necessário na instituição do
tributo quando presentes as situações do primeiro item.
Entretanto, a alternativa fala em não atendimento ao princípio da
irretroatividade, o qual não comporta exceções quando o assunto é instituição
de tributos.
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Alternativa c) Correta. Para que seja possível a cobrança de taxas, é
imprescindível que haja a prestação de serviço publico ou o exercício do
poder de policia estatal. No caso da prestação de serviço público, este, para
que possa ser devida a taxa, pode se dar tanto em razão da prestação efetiva
do serviço quanto em razão da sua disponibilização ao contribuinte, como é o
caso da taxa de bombeiros. O contribuinte da taxa em questão pode passar
toda a sua existência terrena sem se utilizar do serviço, mas, caso precise,
ele estará lá para ser prestado.
Alternativa d) Incorreta. O fato gerador da contribuição da melhoria é
exclusivamente a valorização imobiliária decorrente de obra pública, sem a
qual não é devido nenhum valor de tributo. A simples realização da obra não
é suficiente para a cobrança da exação. Ainda que o custo da obra seja
superior à valorização imobiliária observada, nada mais poderá ser cobrado
além do valor desta.
Alternativa e) Incorreta. Conforme o artigo 155, §1º, IV, caberá ao
Senado Federal APENAS A FIXAÇÃO DAS ALIQUOTAS MÍNIMAS DO ITCMD.
Não há a obrigação de fixação das alíquotas mínimas.
39 - (CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz) Suponha que uma empresa
de combustíveis, além de produzir álcool e combustíveis fósseis e realizar
compras e vendas de petróleo e desses combustíveis no mercado
internacional, também possua um laboratório que preste serviços de análise
da qualidade de combustíveis para outras empresas. Nessa situação, assinale
a opção que apresenta um tributo que deve ser aplicado à empresa e o seu
correspondente fato gerador.
a) taxa, pela prestação do serviço de análise laboratorial, desde que
específico, divisível e efetivamente prestado
b) IPI em razão da venda de gasolina para as distribuidoras
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c) contribuição de intervenção no domínio econômico, em razão da
exportação de álcool
d) contribuição de intervenção no domínio econômico, em razão da
importação de petróleo
e) contribuição social sobre o lucro, em razão do faturamento, na hipótese de
a empresa apurar seu imposto de renda sobre o lucro real
A CIDE-Combustíveis foi instituída por meio da lei ordinária federal nº
10.336/01, e incide sobre a importação e a comercialização de petróleo, gás
natural e seus derivados e sobre o álcool etílico combustível. Logo, uma vez
que a empresa em questão compra petróleo oriundo do exterior, estará
sujeito à incidência da CIDE-combustíveis.
Não seria devida taxa alguma, uma vez que estas são cobradas pelo ente
políticos, e não por pessoas de direito privado. Já o IPI não é devido em razão
da venda de gasolina para os distribuidores, uma vez que não foi dito na
questão que a empresa realiza esse tipo de atividade.
Por sua vez, por expressa disposição constitucional contida no artigo 149,
§2º, I, as contribuições de intervenção no domínio econômico não incidirão
sobre as receitas decorrentes de exportação.
Por fim, como o seu próprio nome nos diz, a contribuição social sobre o lucro
líquido incidirá apenas sobre o lucro, e não sobre o faturamento, contábil e
tecnicamente diferente daquele.
Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão.
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40 - (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado –
Direito) Alguns tributos só podem ser instituídos por lei complementar, por
disposição constitucional expressa. Se enquadram nesta hipótese:
a) os impostos extraordinário e residual.
b) a contribuição de intervenção no domínio econômico e o empréstimo
compulsório.
c) o imposto residual e o empréstimo compulsório.
d) o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário.
e) a contribuição social e a contribuição de interesse das categorias
profissionais ou econômicas.
A normatização de alguns tributos, por expressa disposições constitucional,
deverá ser feita por meio de lei complementar, uma vez que esse foi o desejo
do legislador constituinte originário.
Entre os tributos que exigem a edição de lei complementar para a sua
instituição, temos o imposto sobre grandes fortunas, os impostos residuais a
serem instituídos pela União e os empréstimos compulsórios, também de
competência da União.
O imposto extraordinário, assim como as CIDE, podem ser instituídas por
meio de lei ordinária da União, não exigindo lei complementar.
Assim, dentre as alternativas, apenas a alternativa “c” se molda ao que nos
diz a Carta de 1988, sendo o gabarito da questão.
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41 - (CESPE - 2009 - PGE-AL - Procurador de Estado - Prova Objetiva )
O valor cobrado pela prestação de um serviço público feito por uma
concessionária ou permissionária corresponde:
a) a um tributo.
b) a uma taxa.
c) a um tributo, na modalidade de taxa.
d) apenas a um imposto.
e) tão-somente a um preço público.
As concessionárias e permissionárias são pessoas jurídicas de direito privado,
não podendo, em situação alguma, serem sujeitos ativos em qualquer relação
tributária, uma vez que elas não pode ser delegada a capacidade ativa. Dessa
forma, não podem cobrar tributo algum pela prestação de serviço público.
Dessa maneira, somente podemos falar em preço público, presente na
alternativa “e”, gabarito da questão apresentada.
42 - (FGV - 2008 - SEFAZ-RJ - Fiscal de Rendas - Prova 2 ) No Brasil,
em sede de tributação, assinale a afirmativa correta.
a) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal não têm competência para
instituir contribuição social, mesmo que para custeio do regime previdenciário
pertinente aos seus funcionários.
b) As taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras
públicas de que decorra a valorização imobiliária de particulares.
c) Os tributos intermunicipais, cobrados pelos Municípios, destinam-se a
estabelecer limitações ao tráfego de bens, tendo em vista o interesse público.
d) As contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de
serviços públicos divisíveis.
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e) Os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de
polícia, com bases de cálculo diferentes das dos impostos.
Alternativa a) Incorreta. Conforme vimos em questões passadas, a
competência para instituir contribuição social, mesmo que para custeio do
regime previdenciário pertinente aos seus funcionários, é a única atribuída
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, uma vez que todas as
demais contribuições são de competência exclusiva da União. É o que dispõe
o artigo 149, §1º, da CF/88.
Alternativa b) Incorreta. A redação está perfeita, exceto ao se referir as
taxas, quando o correto seria às contribuições de melhoria.
Alternativa c) Incorreta. Nenhum tributo, por expressa disposição
constitucional, pode ter como finalidade a limitação ao tráfego de pessoas ou
bens, ainda que em razão do interesse público. Essa proibição se encontra
insculpida no artigo 150, V, da CF/88. Logo, nenhum tributo municipal poderá
ter essa finalidade, nem provocar qualquer tipo de limitação dessa natureza.
Alternativa d) Incorreta. A redação da alternativa diz respeito às taxas, e
não às contribuições de melhoria, devidas em razão da valorização imobiliária
decorrente de obras públicas. Por sua vez, as taxas são devidas também em
razão do exercício de poder de polícia estatal, bem como em razão da
prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, seja efetiva ou
potencialmente.
Alternativa e) Correta. Exatamente o que falamos anteriormente, devendo
ser observado ainda o que dispõe o §2º do artigo 145 da CF/88, que veda a
instituição de taxas com a mesma base de cálculo atribuída aos impostos.
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43. (FMP – 2007 - Adjunto de Procurador do Ministério Público
Especial junto ao Tribunal de Contas do RS) São tributos, sujeitos às
limitações constitucionais ao poder de tributar:
(a) apenas os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.
(b) apenas os impostos e as taxas.
(c) apenas os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria e as
contribuições sociais, do interesse de categorias profissionais ou econômicas,
de intervenção no domínio econômico e de iluminação pública.
(d) os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições
sociais, do interesse de categorias profissionais ou econômicas, de
intervenção no domínio econômico e de iluminação pública, os empréstimos
compulsórios e as receitas patrimoniais.
(e) os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições
sociais, do interesse de categorias profissionais ou econômicas, de
intervenção no domínio econômico e de iluminação pública e os empréstimos
compulsórios.
Todo e qualquer tributo presente no nosso atual ordenamento jurídico está,
de uma forma ou de outra, sujeito ás limitações constitucionais ao poder de
tributar, que incluem os princípios e as imunidades tributárias, presentes
principalmente nos artigos 145 a 152 da nossa CF/88. Para alguns tributos,
deve ser observados que existem exceções, sejam em relação às imunidades,
seja em relação aos princípios. Como exemplo, temos as exceções ao
principio da anterioridade anual, conferidas às alterações das alíquotas do
imposto de importação.
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão.
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44. (FMP – 2007 - Adjunto de Procurador do Ministério Público
Especial junto ao Tribunal de Contas do RS) Compete aos Estados e aos
Municípios:
(a) a instituição de contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico.
(b) a instituição de contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública.
(c) a instituição de contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio,
em benefício destes, de regime próprio de previdência.
(d) a instituição de contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio,
em benefício destes, de regime próprio de previdência e de serviços de
saúde.
(e) a instituição de contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio,
em benefício destes, de sistemas de previdência, assistência social e saúde.
A questão quis saber apenas os tributos atribuídos constitucionalmente aos
Estados e aos Municípios. Observe que o enunciado pede aqueles que são
comuns aos dois entes políticos.
Nesse sentidos, preenchem os requisitos da questão apenas os impostos, as
taxas, as contribuições de melhoria e as contribuições previdenciárias
cobradas de seus servidores para o custeio, em benefício destes, de regime
próprio de previdência, e apenas por essa razão, o que torna incorreta a
alternativa “a” (essa competência é da União, exclusivamente), “b” (a COSIP
é de competência apenas dos Municípios e do Distrito Federal), “d” e “e”
(apenas a previdência é abrangida pelas contribuições).
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
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45. (FMP – 2007 - Adjunto de Procurador do Ministério Público
Especial junto ao Tribunal de Contas do RS) As contribuições de
melhoria:
(a) independem de lei instituidora específica para cada obra.
(b) devem observar, além dos dispositivos constitucionais aplicáveis, o
disposto no DL 195/67, diploma recepcionado com nível de lei complementar.
(c) podem ser instituídas para fazer frente ao custo de qualquer obra
realizada pelos Estados e pelos Municípios, desde que haja valorização
imobiliária.
(d) não estão sujeitas a limite total (custo da obra), tampouco individual
(valorização de cada imóvel).
(e) dependem de contrato com cada proprietário de imóvel na zona de
influência.
A figura abaixo traz um pequeno resumo das principais características da
contribuição de melhoria:
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Assim, resta como correta a alternativa "b", gabarito da questão.
46. (FMP – 2010 - ECONOMISTA - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO ACRE) Acerca das taxas e dos preços públicos, é correto dizer que
(A) não há distinção entre ambos.
(B) a tarifa é uma modalidade de taxa.
(C) os preços públicos têm caráter de compulsoriedade.
(D) a taxa tem natureza tributária e o preço público tem natureza contratual.
(E) a taxa não pode decorrer de atividade estatal específica e o preço público
não pode ser fixado em contrato de adesão.
Para solucionar essa questão, temos que conhecer bem as diferenças
presentes entre as taxas (tributo por natureza) e as tarifas e preços públicos
(que não têm natureza tributária). Veja mais uma vez o quadro apresentado
na alternativa “a” da questão 19 da nossa aula:
TAXA PREÇO PÚBLICO
DECORREM SEMPRE DE LEI DECORRE DE CONTRATO
POSSUEM NATUREZA TRIBUTÁRIA NÃO POSSUEM NATUREZA
TRIBUTÁRIA
SUBMETE-SE AO REGIME JURÍDICO TRIBUTÁRIO
REGIME DE NATUREZA CONTRATUAL E
ADMINISTRATIVA
NÃO HÁ AUTONOMIA DE VONTADE HÁ AUTONOMIA DE VONTADE
SÃO DEVIDAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU DO EXERCICIO DO PODER DE POLÍCIA
SÃO DEVIDOS APENAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS
É INADMISSÍVEL A RESCISÃO DA RELAÇÃO
A RELAÇAO PODE SER RESCINDIDA
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PODE SER COBRADA EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO POTENCIAL
SOMENTE COBRADA EM RAZÃO DA EFETIVA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO
RECEITA DERIVADA RECEITA ORIGINÁRIA
ESTÁ SUJEITA AOS PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
NÃO ESTÁ SUJEITA A PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS, APENAS ADMINISTRATIVOS
É COMPULSÓRIA NÃO É COMPULSÓRIO
SOMENTE PODE SER EXIGIDA POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PÚBLICO
PODE SER EXIGIDA POR PESSOA JURICIDA DE DIREITO PÚBLICO
OU PRIVADO
NÃO TEM FINS LUCRATIVOS POSSUI FINS LUCRATIVOS
Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão.
47. (FMP – 2011 - Auditor Público Externo do TCE/RS – Ciências
jurídicas e Sociais) Examine as proposições abaixo e escolha a alternativa
correta.
I. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador
o exercício regular do poder de polícia e a efetiva utilização de serviço público
específico e divisível prestado ao contribuinte, não podendo ser cobradas em
face da utilização potencial de tais serviços.
II. Serviço público específico é aquele destacável em unidades autônomas de
intervenção, de utilidade ou de necessidades públicas. Serviços públicos
divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização separadamente, por parte de
cada um de seus usuários.
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III. No julgamento da ADIN n. 3089, o Supremo Tribunal Federal declarou ser
inconstitucional a cobrança de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
– ISSQN sobre a prestação dos serviços cartorários, de registros públicos e
notariais, porquanto se trata de serviços públicos delegados pelos Estados e
por isso estão acobertados pela imunidade recíproca.
(A) Somente a afirmativa I está correta.
(B) Somente a afirmativa II está correta.
(C) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
(D) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
(E) Nenhuma alternativa está correta.
Item I) Incorreto. As taxas têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia e a utilização, EEFTIVA OU POTENCIAL, de serviço público
específico e divisível prestado ao contribuinte, podendo ser cobradas em face
da utilização potencial de tais serviços. É o que determina o mandamento
constitucional presente no inciso II do artigo 145 da CF/88. Essas são as duas
únicas situações em que as taxas poderão ser instituídas.
Item II) Correto. A redação da alternativa é cópia do que dispõe o artigo 79
do CTN, que nos fala sobre a natureza dos serviços a serem remunerados por
meio de taxas. Sua redação é a seguinte:
“Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77
consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento;
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II - específicos, quando possam ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de
necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.” (Grifos nosso)
Item III) Incorreta. A decisão do STF em sede do seu ADI 3089 foi
exatamente o contrário do que prevê a redação do item, permitindo a
cobrança do ISS sobre a prestação de serviços notariais e de registro, uma
vez que o STF entendeu que essas pessoas prestam serviços de índole
privada, devendo ser tributados normalmente.
“Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada contra os itens
21 e 21.1 da Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003, que
permitem a tributação dos serviços de registros públicos,
cartorários e notariais pelo Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza - ISSQN. Alegada violação dos arts. 145,
II, 156, III, e 236, caput, da Constituição, porquanto a
matriz constitucional do Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo
tão-somente sobre a prestação de serviços de índole
privada. Ademais, a tributação da prestação dos serviços
notariais também ofenderia o art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da
Constituição, na medida em que tais serviços públicos são
imunes à tributação recíproca pelos entes federados. As
pessoas que exercem atividade notarial não são
imunes à tributação, porquanto a circunstância de
desenvolverem os respectivos serviços com intuito
lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da
Constituição. O recebimento de remuneração pela
prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade
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contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou
prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e
não de particulares que executem, com inequívoco intuito
lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou
delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação
que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e
a não-tributação das atividades delegadas. Ação Direta de
Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada
improcedente.(ADI 3089, de 13 de fevereiro de 2008)”
(Grifos nosso)
Assim, resta como correta a alternativa "b", gabarito da questão.
48. (ESAF/ACE/MDIC/2002) O tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte, denomina-se:
a) taxa.
b) contribuição de melhoria.
c) imposto.
d) empréstimo compulsório.
e) preço público.
Mais uma vez estamos diante do conceito de tributo não vinculado, já
explorado em outras questões da aula. O tributo que tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica relativa
ao contribuinte é, por excelência, o imposto. Como vimos, os empréstimos
compulsórios, conforme vontade do legislador federal, poderão ser instituídos
tanto com características vinculadas quanto não-vinculadas.
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
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49. (ESAF/APO/EPPGG/União/2010) A extrafiscalidade é característica
que possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples forma de
ingresso de receitas nos cofres públicos, também de intervirem na economia,
incentivando ou não determinada atividade ou conduta do contribuinte.
Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter
extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.
Questão simples, que exigiu os conhecimentos relativos aos conceitos de
fiscalidade e extrafiscalidade dos tributos presentes na nossa CF/88. Quanto à
esse tema, as taxas jamais terão caráter extrafiscal, uma vez que possuem
caráter retributivo em decorrência da prestação de um serviço público ou do
exercício do poder de polícia pelo Estado. As taxas sempre terão caráter
fiscal, uma vez que remuneram as atividades do Estado, não se prestando a
intervir na economia ou regular situações, características bem mais
relacionadas aos impostos e às contribuições de intervenção no domínio
econômico.
Ademais, todos os tributos presentes nas alternativas “a” a “d” possuem
caráter marcadamente extrafiscal, uma vez que sua função primordial é a
regulação da economia ou situações de mercado, e não o intuito meramente
arrecadatório.
Assim, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão.
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50. (ESAF/RFB/AFRFB/2010) Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto,
que:
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam.
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir no exercício regular do poder de polícia.
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de
serviço público específico, divisível ou não.
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas.
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
A figura abaixo sintetiza as duas espécies de taxas e as hipóteses em que
elas serão cobradas.
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Ou seja, as taxas sempre devem ser cobradas em razão da prestação de
serviços públicos específicos e sempre divisíveis. Caso não apresentem a
características de indivisibilidade, não poderá ser cobrada taxa alguma, como
ocorre com o serviço de iluminação pública, que não podem ter os seus reais
destinatários mensurados.
Importante conceito está presente no texto da alternativa “a”, que afirma que
o fato gerador das taxas é uma fato do Estado, que exerce o poder de polícia
ou a prestação do serviço público, e não um fato relacionado ao contribuinte.
Para que seja devida a taxa, é imprescindível a atuação estatal.
Por sua vez, o texto da alternativa “e” é a literalidade do que consta no artigo
78 do CTN, que assim nos diz:
“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de fato, em razão de intêresse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão.
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51. (ESAF/RFB/AFRFB/2010) Em relação aos empréstimos compulsórios,
é correto afirmar que:
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3° do Código
Tributário Nacional.
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de
depósitos a vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por
ocasião do chamado “Plano Collor” (Lei n. 8.024/90).
c) o conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da
Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que
tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência.
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua
criação.
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o
houver instituído.
Podemos fazer uma pequena síntese do tema empréstimo compulsório por
meio da figura abaixo:
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Conforme disposição expressa no artigo 148 da CF/88, e diante da teoria
pentapartite do STF, os empréstimos compulsórios também são uma das
cinco espécies tributárias previstas no nosso Sistema Tributário Nacional,
atendendo perfeitamente o que dispõe o artigo 3º do nosso CTN. Assim, resta
como correta a alternativa "a", gabarito da questão.
52. (FCC/AGENTE FISCAL/SEFAZ /SP/2009) Os Empréstimos
Compulsórios
(A) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
(B) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso,
a observância ao princípio da anterioridade.
(C) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.
(D) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas
de sua criação.
(E) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório
desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.
Conforme o quadro apresentado na figura da questão anterior, na hipótese de
instituição de empréstimos compulsórios para atender às despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência, não devem ser verificados os princípios da anterioridade e da
noventena, o que torna correta a alternativa “a”, gabarito da questão.
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Por sua vez, nos casos de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, devem ser observados os princípios
anteriormente mencionados.
53. (FCC/Procurador de Contas/TCE/RR/2008) São características
comuns aos empréstimos compulsórios e às contribuições especiais:
(A) sempre são de competência da União.
(B) só podem ser instituídos por lei complementar.
(C) não são considerados tributos e não estão inseridos no Sistema Tributário
Nacional.
(D) possuem vinculação de receita.
(E) são restituíveis, os primeiros em prazo e forma fixado em lei ou depois de
um período de carência de contribuição.
Alternativa a) Incorreta. A alternativa está incorreta unicamente em razão
do que consta no §1º do artigo 149 da CF/88, que autoriza os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios instituir contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de
que trata o art. 40 da mesma Carta, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. Exceto em
relação à esse ponto, todas as demais contribuições e os empréstimos
compulsórios são de competência da União.
Alternativa b) Incorreta. Os empréstimos compulsórios sempre serão
instituídos por meio de lei complementar, enquanto algumas contribuições,
como as de intervenção no domínio econômico poderão ser instituídas por
simples lei ordinária. A regra, nas contribuições, é que sejam instituídas por
essa espécie normativa.
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Alternativa c) Incorreta. Ambas as espécies são tributos, estando também
inseridas no Sistema Tributário Nacional vigente.
Alternativa d) Correta. Em todos os casos, as receitas arrecadadas com as
espécies tributárias contidas no enunciado da questão possuem destinação
especifica, não podendo ser livremente utilizada pelo Poder Público.
Alternativa e) Incorreta. Apenas os empréstimos compulsórios possuem
caráter de restituição, devendo, no tempo previsto na lei de sua instituição,
serem devolvidos os contribuintes. O mesmo não acontece em relação a
nenhum outro tributo previsto na nossa CF/88.
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Gabaritos
1 A 28 C
2 B 29 D
3 E 30 E
4 E 31 E
5 B 32 E
6 C 33 A
7 B 34 C
8 E 35 E
9 A 36 D
10 A 37 A
11 E 38 C
12 C 39 D
13 E 40 C
14 C 41 E
15 C 42 E
16 E 43 E
17 D 44 C
18 B 45 B
19 C 46 D
20 C 47 B
21 C 48 C
22 C 49 E
23 A 50 C
24 A 51 A
25 C 52 A
26 E 53 D
27 E