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GEOMETRIA E DESENHO TÉCNICO I UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO PROF a . FLÁVIA OLEGÁRIO PALÁCIOS AULA 02 Escalas Cotas Teoria das projeções

Aula 02 GDT II - Escala e Cota

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Desenho Técnico.

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GEOMETRIA E DESENHO TÉCNICO I

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROFa. FLÁVIA OLEGÁRIO PALÁCIOS

AULA 02 Escalas Cotas

Teoria das projeções

ESCALAS

ü  Escala é a relação entre as dimensões representadas no desenho e as

dimensões reais do objeto.

ESCALAS: REDUÇÃO E AMPLIAÇÃO

ü Redução: Quando o objeto a ser representado for muito grande, não

podendo ser desenhado no tamanho natural, deve-se reduzir.

ü  Ampliação: Quando o objeto a ser representado for muito pequeno, este

deverá ser ampliado. Em arquitetura normalmente empregam-se as

escalas de redução, uma vez que as medidas gerais são grandes.

ü O tamanho do objeto a representar

ü  As dimensões do papel disponível

ü  A clareza e a precisão do desenho

COTAS

ü  Para que um objeto possa ser fabricado, é necessário que se forneça sua forma e dimensões;

ü  As cotas podem ser colocadas dentro ou fora do desenho, com a máxima clareza, de modo a admitir interpretação única;

ü  A linha de cota é fina e traçada sempre paralela à dimensão representada.

Este material foi adaptado da apostila de Desenho Técnico I dos professores Denise Schuler, Heitor Othelo Jorge Filho e José Aloísio Meulam Filho, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG (Cascavel-PR)

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Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer

prejuízos e aborrecimentos.

As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora

do limite das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não

impede que algumas cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não

dificultar a leitura das informações. Na sua representação, são utilizadas linhas médias-

finas para traçado das "linhas de cota" - que determina o comprimento do trecho a ser

cotado; "linhas de chamada" - que indicam as referências das medidas; e o "tick" - que

determina os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos desenhos, a linha de cota,

normalmente dista 2,5 cm (em escala 1/1) da linha externa mais próxima do desenho.

Quando isso não for possível admite-se que esteja mais próxima ou mais distante,

conforme o caso. A distância entre linhas de cota deve ser de 1,0 cm (escala 1/1). As

linhas de chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado (mas sem

tocar – deixar 0,5 cm em escala 1/1), cruzar a linha de cota e se estender até um pouco

mais além desta (0,5 cm em escala 1/1). O tick, sempre a 45º à direita, ou uma

circunferência pequena cheia, que cruza a interseção entre a linha de cota e a de

chamada. Este deve ter um traçado mais destacado, através de uma linha mais grossa ou

circunferência cheia para facilitar a visualização do trecho cotado. O texto deve estar

sempre acima da linha de cota, sempre que possível no meio do trecho cotado e afastado

aproximadamente 2mm da linha de cota. Caracteres com 3mm de altura.

COTA

COTAS

ü  Escritas sem o símbolo da unidade de medida;

ü  Acompanhar a direção das linhas de cota;

ü  Representam a verdadeira grandeza das dimensões, qualquer seja a escala;

ü  As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota;

ü  Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;

ü  Não traçar a linha de cota como continuação da linha da figura; ü  Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas

que se indicam em porcentagem.

COTAS

§  Linha de cota;

§  Linha de extensão;

§  Finalização de linha de cota.

13 ARQ 3322 – DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO

Na tabela a seguir são listados os principais elementos representados nos desenhos de edificações, com as correspondentes espessuras e tipos de linhas.

A sugestão de espessuras da tabela a seguir é válida para desenhos na escala 1:50. Para desenhos representados em outras escalas a espessura das penas deve ser adaptada, conforme a ampliação do desenho. Por exemplo, em desenhos na escala 1:100 a linha larga, poderá ter 0.4mm de espessura (invés dos 0.6mm sugerido para a escala 1:50) sendo a espessura das demais linhas reduzida, também, na mesma proporção.

Elemento a representar Tipo de linha Espessura Sugestão de pena (mm) na escala

1:50 Estrutura e alvenaria em corte contínua larga 0.60 a 0.8 Elementos não estruturais em corte contínua média 0.30 Elementos em vista contínua estreita 0.15 a 0.2 Arestas invisíveis tracejada estreita 0.15 Marcação do plano de corte traço-ponto larga 1.00 Linhas auxiliares Cotas hachuras específicas quadriculados de pisos frios Arcos de abertura das portas

contínua estreita 0.10

tracejada (usual) elementos aquém do plano de corte traço-dois-pontos (norma) estreita 0.15

algarismo das cotas contínua estreita 0.15 a 0.2 5 COTAGEM E REFERÊNCIAS DE NÍVEL

Apesar dos desenhos componentes dos projetos usualmente serem representados em escala é necessária a representação numérica das dimensões dos elementos: a cotagem. As regras adotadas na cotagem têm como objetivo deixar sua representação clara e padronizada. Como regra geral para realização da cotagem deve-se privilegiar sempre a clareza e a precisão na transmissão das informações.

A seguir são descritos os princípios a serem observados na cotagem de projetos, tais como os elementos componentes da cotagem, seu posicionamento nos desenhos, e outros.

5.1 Elementos componentes da cotagem x� linha de cota: é a linha que contém a dimensão daquilo que está sendo cotado e na qual é posicionado

o valor numérico da cota. x� linha de extensão (ou auxiliar) de cotagem: é a linha que liga a linha de cota ao elemento que está

sendo cotado. x� finalização das linhas de cota (encontro da linha de cota e da linha de extensão): usualmente na

representação dos projetos de arquitetura as linhas de cota e de extensão se cruzam e são adotados pequenos traços inclinados a 45° neste ponto de intersecção das mesmas com pena mais grossa que os traços das duas anteriores. Pode, alternativamente, ser adotado um ponto mais largo no local desta intersecção. 2

Apostila desenho de projetos de edificações – Desenho Técnico II – ARQ 3322 – UFRGS

2 Na representação de edificações não é usual a utilização de setas na finalização das linhas de cotas, como ocorre em projetos de outras áreas, principalmente quando as dimensões das peças são representadas em milímetros.

Revisão junho/2007

COTAS

Este material foi adaptado da apostila de Desenho Técnico I dos professores Denise Schuler, Heitor Othelo Jorge Filho e José Aloísio Meulam Filho, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG (Cascavel-PR)

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Princípios Gerais:

As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm);

As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota;

Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira

grandeza das dimensões (medidas reais);

As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser

colocados ACIMA da linha de cota;

Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;

Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura;

Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas que se

indicam em porcentagem.

FUTUROS TÉCNICO(AS): Deve-se colocar as cotas prevendo sua UTILIZAÇÃO futura na

construção/obra, de modo a evitar cálculos pelo operário.

Cotas horizontais

As cotas verticais devem acompanhar a linha de cota, como se o observador estivesse à direita do desenho.

As cotas oblíquas devem acompanhar as linhas de cotas e estas devem ser paralelas à face cotada.

ATENÇÃO: Deve-se colocar as cotas prevendo a sua utilização futura na construção/obra, de modo

a evitar cálculos pelo operário.

TEORIA DAS PROJEÇÕES

ü  Projeções ortogonais: vistas tomadas de posições diferentes. Cada vista mostra a forma do objeto a partir de um plano de visão.

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2. Teoria das projeções

É tarefa dos engenheiros elaborar projetos e dirigir suas construções. Para desenhar e transmitir cada detalhe é necessário preparar descrições que mostrem os aspectos construtivos das “formas e das dimensões” do objeto. A expressão gráfica é o método fundamental de comunicação entre os projetistas e o construtor.

Os métodos projetivos empregados para facilitar os entendimentos entre o projetista e o construtor são as projeções ortogonais, as perspectivas e a visão tridimensional.

2.1 Projeções ortogonais

Consiste em uma ou mais vistas, separadas e tomadas de posições diferentes (vistas), geralmente em ângulos retos entre si, dadas por perpendiculares do objeto ao plano de projeção. Cada vista mostra a forma do objeto a partir de um plano de visão.

2.1.1. Plano de Vista Superior ou Horizontal de projeção (PVs ou PH)

Esta projeção produz a “vista superior” do objeto ou a de “cima”. O observador se posiciona acima do objeto e tem uma visão das dimensões

do objeto (largura e comprimento).

Figura 1: Vista Superior

ü  Métodos projetivos empregados para facilitar o entendimento entre projetista e construtor são as projeções ortogonais, perspectivas e visão tridimensional.

•  Plano de Vista Superior:

“vista superior” do objeto ou a de “cima”. O observador se posiciona acima do objeto e tem uma visão das d i m e n s õ e s d o o b j e t o (largura e comprimento).    

 

TEORIA DAS PROJEÇÕES

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2.1.2 Plano de Vista Frontal ou Vertical de projeção (PVf ou PF)

Produz a “vista de frente” do objeto O observador se posiciona frontalmente ao objeto e tem a visão das alturas do

objeto. Também é denominada de “fachada” ou “elevação”

Figura 2 : Vista Frontal 2.1.3 Plano de Vista Lateral ou de Perfil (PVL ou PP)

Nesta projeção tem-se a “vista lateral” do objeto. O observador se posiciona ao lado do objeto (à direita ou à esquerda) e tem

também a visão das alturas.

Figura 3 : Vista Lateral

•  Plano de Vista frontal: “vista de frente” do objeto. O observador se posiciona de

frente ao objeto e tem uma visão da altura. Também é chamada de “fachada”ou “elevação”.  

TEORIA DAS PROJEÇÕES

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2.1.2 Plano de Vista Frontal ou Vertical de projeção (PVf ou PF)

Produz a “vista de frente” do objeto O observador se posiciona frontalmente ao objeto e tem a visão das alturas do

objeto. Também é denominada de “fachada” ou “elevação”

Figura 2 : Vista Frontal 2.1.3 Plano de Vista Lateral ou de Perfil (PVL ou PP)

Nesta projeção tem-se a “vista lateral” do objeto. O observador se posiciona ao lado do objeto (à direita ou à esquerda) e tem

também a visão das alturas.

Figura 3 : Vista Lateral

•  Plano de Vista lateral: “vista lateral” do objeto. O observador se posiciona ao lado

do objeto e tem visão da altura.  

TEORIA DAS PROJEÇÕES

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2.1.4 Plano de Vista em Corte de projeção (PVc ou PC) Esta projeção produz a “vista vertical” cortando o objeto. O observador se posiciona internamente e tem uma visão frontal do

detalhamento interno (construções), podendo este estar em qualquer lugar de visão, tanto no comprimento quanto na largura, normalmente sempre onde há o maior detalhamento de informações. Exemplos de projeções ortogonais:

Figura 4 : Objeto 1