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Administração Geral para Administrador do Ministério da Integração Nacional – Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier – Aula 07 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 109 AULA 07: Liderança. SUMÁRIO PÁGINA 1. Palavras iniciais. 2 2. Liderança. 3 2.1. Estilos de liderança autocrática, democrática e liberal. 9 2.2. Os quatro sistemas de liderança de Likert. 10 2.3. Teorias dos Traços. 12 2.4. Teorias Comportamentais da Liderança. 15 2.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton. 17 2.5. Teorias Contingenciais da Liderança. 19 2.5.1. Modelo de Liderança de Fiedler. 19 2.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House. 21 2.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard. 22 2.5.4. O continuum do comportamento do líder. 26 2.6. Teoria de troca entre líderes e liderados (LMX). 27 2.7. Liderança Carismática. 28 2.8. Liderança Transformacional. 29 2.9. Liderança Autêntica. 30 2.10. Liderança Servidora. 31 3. Questões comentadas. 32 4. Lista de questões. 82 5. Gabarito. 109 6. Bibliografia principal. 109

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    AULA 07: Liderana.

    SUMRIO PGINA 1. Palavras iniciais. 2 2. Liderana. 3 2.1. Estilos de liderana autocrtica, democrtica e liberal. 9 2.2. Os quatro sistemas de liderana de Likert. 10 2.3. Teorias dos Traos. 12 2.4. Teorias Comportamentais da Liderana. 15 2.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton. 17 2.5. Teorias Contingenciais da Liderana. 19 2.5.1. Modelo de Liderana de Fiedler. 19 2.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House. 21 2.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard. 22 2.5.4. O continuum do comportamento do lder. 26 2.6. Teoria de troca entre lderes e liderados (LMX). 27 2.7. Liderana Carismtica. 28 2.8. Liderana Transformacional. 29 2.9. Liderana Autntica. 30 2.10. Liderana Servidora. 31 3. Questes comentadas. 32 4. Lista de questes. 82 5. Gabarito. 109 6. Bibliografia principal. 109

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    1. Palavras iniciais.

    Oi pessoal!

    Estamos de volta para mais uma aula (adiantada!) de administrao

    geral para administrador do Ministrio da Integrao Nacional.

    Na aula de hoje estudaremos os aspectos gerais sobre liderana nas

    organizaes e tambm as vrias teorias que tratam do tema.

    Vamos ao trabalho!

    Um forte abrao!

    Prof. Carlos Xavier

    www.facebook.com/professorcarlosxavier

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    2. Liderana.

    Em primeiro lugar, preciso estabelecer com clareza o que significa

    liderana. So vrios os conceitos possveis, ento o melhor que voc

    entenda, e no simplesmente decore. Para isso, o melhor comear dizendo

    que a simples chefia no caracteriza liderana.

    - O que isso quer dizer?!

    R.: Quer dizer que nem todo chefe lder! Na verdade, ser chefe

    ocupar uma posio hierarquicamente superior a outras pessoas na estrutura

    organizacional, possibilitando o uso do poder legtimo para forar as pessoas a

    fazer o que o chefe quer. Diferentemente do chefe, o lder a pessoa que guia

    o comportamento das outras para algo alm de seus prprios objetivos

    pessoais, fazendo com que eles queiram executar aquilo que o lder acha que

    deve ser feito.

    - E o chefe pode ser lder?

    R.: Sim, claro! Na verdade, espera-se que o ocupante de um cargo de

    chefia consiga influenciar as pessoas para que elas busquem a realizao dos

    objetivos organizacionais com boa vontade. O problema que nem sempre

    isso acontece, ento muitos chefes terminam no sendo verdadeiros lderes.

    - E qualquer pessoa pode ser lder, independente de possuir

    um cargo de chefia?

    R.: Sim! Nos grupos informais de uma organizao surgem muitos

    lderes, que mesmo no possuindo autoridade formal conseguem influenciar o

    comportamento de outras pessoas para algo alm de seus prprios interesses.

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    Podemos traar algumas diferenas entre o chefe e o lder:

    Chefe/Gerente Lder

    D ordens aos subordinados Atua como facilitador das aes

    organizacionais

    Exerce o controle dos subordinados Trabalha com base em mudanas

    Responde aos questionamentos do

    funcionrio

    Antencipa-se aos questionamentos e

    incentiva as pessoas

    Estabelece limites para os

    funcionrios

    Potencializa as competncias

    individuais no trabalho

    Assegura a disciplina dos funcionrios Estimula a criatividade do grupo

    Realiza avaliao de desempenho dos

    funcionrios

    Negocia aes e resultados com os

    membros da organizao

    Atua com base na estrutura

    hierrquica da organizao

    Atua com base nas situaes que se

    apresentam.

    Administra Inova

    Tem viso de curso prazo Tem viso de longo prazo

    uma cpia o original

    Pergunta como e quanto Pergunta o que e por qu

    Tem viso limitada Observa os horizontes

    D as limitaes D as origens

    Aceita o status quo Desafia o status quo

    um bom soldado a prpria pessoa

    Faz certo as coisas Faz as coisas certas!

    Outra forma de perceber essas diferenas vem da comparao que

    pode ser feita entre a influncia por meio da autoridade formal e da liderana.

    Vejamos algumas diferenas:

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    Autoridade Formal Liderana A autoridade formal est fundamentada em leis aceitas de comum acordo que criam figuras de autoridade possuidoras de poder para comandar.

    A liderana est fundamentada nas crenas dos seguidores a respeito das qualidades do lder e da sua vontade de segui-lo.

    O seguidor obedece s leis e regras que do o poder ao cargo com autoridade, e no a pessoa que o ocupa.

    O liderado segue o lder e busca a misso que o lder representa.

    A lei (regras) o instrumento para possibilitar o convvio entre os membros do grupo.

    O lder resolve os problemas do grupo.

    limitada no tempo e no espao, tendo sua rea de atuao definida por limites.

    limitada apenas pelo grupo que o segue por acreditar ou precisar dele. Os limites da liderana definem a sua rea de influncia.

    A pessoa que tem autoridade formal a possui em carter temporrio.

    A liderana dura pelo tempo que for til para o grupo de seguidores.

    Usa a fora do cargo para impor obedincia.

    O poder do lder est nos prprios liderados, no sendo necessria imposio.

    um atributo singular, que deriva da lei (regras).

    produto de vrios fatores, no sendo qualidade pessoal singular.

    Devo destacar que possvel dizer que a chefia est baseada na

    autoridade formal que lhe concedida por meio da aceitao da estrutura

    organizacional e das regras que determinam o poder de comando do chefe.

    Assim, comandar fazer com que as pessoas faam o que o chefe deseja que

    seja feito.

    Enquanto isso, a liderana est mais ligada capacidade de

    influenciar o comportamento dos outros para que eles realizem (com vontade!)

    aes que vo alm dos prprios interesses individuais. Pode-se dizer que

    liderar fazer com que as pessoas tenham vontade de realizar aquilo que o

    lder acredita que deve ser feito.

    Para os humanistas, a liderana pode ser vista de diferentes ngulos:

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    1. A liderana como um fenmeno de influncia

    interpessoal.

    Sob essa viso, a liderana decorre dos relacionamentos entre

    as pessoas, sendo resultado da influncia que efetivamente se

    exerce em uma determinada situao para que determinados

    objetivos sejam realizados.

    Algumas coisas so fundamentais para o exerccio da liderana:

    a. A comunicao humana, pela qual a influncia exercida;

    b. O controle, que representa as tentativas de influncia bem

    sucedidas;

    c. O poder, que o potencial de influncia que pode ser exercido.

    d. A autoridade, que o poder que se tem em virtude do cargo.

    o poder legtimo.

    2. A liderana como um processo de reduo da incerteza de

    um grupo.

    Sob essa viso, a liderana seria consequncia da capacidade do

    lder de dar maior assistncia e orientao para que os liderados

    alcancem seus objetivos.

    3. A liderana como uma relao funcional entre lder e

    subordinados.

    Neste caso, o grupo de liderados perceberia no lder a

    capacidade de satisfazer suas necessidades, por isso o

    seguiriam.

    4. A liderana como um processo em funo do lder, dos

    seguidores e variveis da situao.

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    Sob essa viso, a liderana dependeria do seguinte:

    Caractersticas do lder. O lder pode adotar uma

    postura bsica autocrtica (orientada para as tarefas) ou

    democrtica (orientada para as pessoas), surgindo

    variaes. H vrias teorias nesse sentido, como veremos

    mais diante;

    Caractersticas dos liderados. Os liderados podem agir

    de diferentes maneiras e influenciar a liderana. Uma das

    classificaes prope que eles podem ser fiis (quando

    seguem a liderana por razes morais, ideolgicas ou de

    f), ou mercenrios (quando seguem os lderes em busca

    de alguma recompensa pela qual se interessa).

    Caractersticas da tarefa (e da organizao). A tarefa

    ou misso o que liga o lder aos liderados. Podem existir

    dois tipos: a tarefa moral (trata-se de uma misso que

    gera apelo pelos valores, vontades, desejos, moral ... dos

    liderados. H uma misso a ser cumprida com

    compromisso e comprometimento pelos liderados, que

    podem agir como fiis); e a tarefa calculista (se refere a

    uma misso na qual os seguidores obedecem ao lder em

    troca de benefcios).

    Conjuntura econmica, social e poltica. So os

    aspectos mais amplos que envolvem a tarefa e a

    organizao como um todo.

    Apenas combinando-se essas caractersticas que se

    chegaria liderana.

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    Como vimos, sob determinada tica, as lideranas exercem, de fato,

    determinado tipo de poder sobre as pessoas para influenci-las. Geralmente a

    nfase sobre um dos tipos de poder existentes, que podem ser:

    1. Poder de recompensa: o poder de dar alguma recompensa

    por determinado tipo de comportamento ou meta atingida,

    servindo como reforo;

    2. Poder legtimo: o poder inerente ao cargo ou funo na

    estrutura organizacional;

    3. Poder coercitivo: representa a possibilidade de agir

    coercitivamente na aplicao de punies, visando eliminar,

    reduzir ou controlar comportamentos e atitudes indesejados

    pela organizao;

    4. Poder de especializao/perito/competncia: quando o

    lder possui algum tipo de especializao para o trabalho, por

    meio de experincias, conhecimento, talento, etc., essa

    especializao serve como mecanismo de poder dentro da

    organizao em relao aos liderados.

    5. Poder de referncia: um tipo de poder que est diretamente

    associado ao fato de determinada pessoa (o lder) ser tido como

    referencia em algum assunto. a legitimidade do conhecimento

    detido por uma pessoa e tambm associado ao carisma

    pessoal do lder, afeio e respeito por suas opinies;

    6. Poder de informao: trata-se do poder que se pode exercer

    por deter informaes que orientem processos decisrios,

    escolhas e que ajudem a organizao em determinadas

    situaes. Para que haja esse poder, a informao detida pelo

    lder tem que ser pouco ou nada conhecida.

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    Agora que voc j entendeu o fenmeno da liderana de uma forma

    mais ampla, vamos partir para as teorias da liderana propriamente ditas. De

    forma geral, vrios autores agregam as teorias de liderana em:

    Teorias de traos: do relevo aos traos que os lderes

    possuem naturalmente;

    Teorias dos estilos de liderana: enfocam os estilos que os

    lideres podem adotar e que os levaria a serem lderes.

    Teorias comportamentais da liderana: consideram a

    liderana um comportamento que pode ser aprendido.

    H autores que classificam de outras formas, incluindo ainda o grupo

    das teorias contingenciais da liderana e destacando algumas outras

    teorias em separado. Para evitar confuses, o melhor agregarmos as teorias

    conforme feito por autores consagrados.

    Vamos ento estudar as teorias de liderana!

    2.1. Estilos de liderana autocrtica, democrtica e liberal.

    Com base nos estudos de Kurt Lewin, da dcada de 1930, foi proposta

    a existncia de trs estilos de liderana distintos: a liderana autocrtica, a

    democrtica e a liberal (laissez-faire).

    A liderana autocrtica est ligada a lderes mais autoritrios no

    exerccio da liderana. Est voltada para o lder. Pode-se dizer que ela produz

    mais resultados, porm a frustrao dos indivduos e sua agressividade

    tendem a ser maiores. A liderana democrtica se refere ao estilo que

    considera a opinio e participao dos liderados no processo de liderana. Esta

    voltada para os liderados e o lder. A liderana liberal d grande liberdade ao

    grupo apresenta as alternativas para o grupo mas cabe a eles tomar

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    decises. O lder s participa quando solicitado pelo grupo. Trata-se de uma

    liderana voltada para os liderados.

    Vejamos uma tabela organizada com base nas caractersticas de cada um desses tipos de liderana:

    Liderana Autocrtica

    Liderana Democrtica

    Liderana Liberal (laissez-faire)

    Tomada de decises

    O lder toma decises sozinho, sem a participao do

    grupo.

    As decises so coordenadas pelo lder em conjunto com o grupo.

    O grupo toma suas prprias decises,

    com mnima interveno do lder.

    Programao dos trabalhos

    O lder d ordens e determina

    providncias para a realizao das

    tarefas, sem explicar ao grupo.

    Aconselha e d orientao para que o

    grupo possa desenvolver objetivos e aes. As tarefas ganham perspectiva atravs de debates.

    A participao do lder na programao

    dos trabalhos limitada. Informaes

    e orientao so dadas quando solicitadas pelo

    grupo.

    Diviso do trabalho

    O lder realiza a diviso do trabalho, indicando, a cada um, o que deve ser feito e

    com quem.

    O grupo responsvel por decidir sobre a

    diviso das tarefas. Cada membro da

    equipe tem liberdade para escolher seus

    colegas.

    O lder no participa do processo. O

    prprio grupo quem divide as tarefas e escolhe os colegas.

    Comportamento do lder

    Adota uma postura dominadora e pessoal nos elogios e crticas

    aos liderados.

    O lder adota uma postura objetiva,

    limitada aos fatos, no que diz respeito a crticas e elogios.

    O lder s comenta sobre as atividades quando solicitado

    pelo grupo.

    Fonte: Elaborado pelo autor com base em Chiavenato (2007)

    2.2. Os quatro sistemas de liderana de Likert.

    Outra viso sobre o comportamento dos lderes a dada por Likert.

    Para ele, a organizao pode adotar diferentes estilos de liderana em relao

    aos seus subordinados. Neste sentido, os sistemas organizacionais podem ser

    quatro:

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    Sistema I - Autoritrio-coercitivo: os lderes so

    autocrticos, muito arbitrrios e organizam e controlam tudo

    que acontece na organizao. O processo decisrio bastante

    centralizado e as comunicaes so fortemente verticais e

    descendentes. As relaes interpessoais podem gerar

    desconfiana e a organizao informal chega a ser indesejada.

    O foco do lder est nas punies e medidas disciplinares como

    forma de controlar o desempenho, e no em recompensas, que

    so raras.

    Sistema II Autoritrio-benevolente: os lderes so

    autoritrios e impositivos, mas atuam de forma menos rgida do

    que no sistema autoritrio-coercitivo. Neste caso, a deciso

    ainda concentrada, mas j h delegao das tarefas mais

    simples. As comunicaes funcionam um pouco melhor do que

    no sistema I, mas ainda so precrias. As relaes interpessoais

    so toleradas, mas a existncia de uma organizao informal

    tida como uma ameaa organizao formal. As recompensas

    salariais comeam a aparecer, mas as recompensas sociais so

    raras. Alm disso, as punies e medidas disciplinares so

    utilizadas com menor frequncia e intensidade do que no

    sistema I.

    Sistema III Consultivo: neste estilo, h menos

    arbitrariedades do que nos anteriores, pois as pessoas da

    organizao so ouvidas pela liderana. Na tomada de deciso,

    a liderana consulta a opinio de sua equipe e realiza delegao

    em alguns casos. As comunicaes fluem ainda melhor, tanto

    verticalmente quanto horizontalmente. As pessoas recebem

    mais confiana e os relacionamentos que geram uma

    organizao informal eficaz so estimulados. As punies aos

    comportamentos errados deixam de ser o foco. dada grande

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    nfase s recompensas materiais, havendo tambm certo nvel

    de recompensas sociais.

    Sistema IV Participativo: trata-se de um sistema

    organizacional com estilo democrtico. Nesse estilo, a liderana

    enfoca o controle dos resultados, definindo polticas e objetivos

    e deixando as demais decises para serem resolvidas de forma

    descentralizada. Trabalhando de forma mais orgnica, as

    comunicaes so centrais para o sucesso, sendo a base para o

    compartilhamento de informaes. O trabalho realizado em

    equipe e a existncia de uma organizao informal se torna

    muito positiva para o bom funcionamento da organizao. Ao

    recompensar sua equipe, os gestores do nfase s

    recompensas sociais, mas tambm oferecem recompensas

    materiais com certa frequncia. As punies so raras e, para

    que ocorram, a opinio do grupo fundamental.

    2.3. Teorias dos Traos.

    A Teoria dos Traos diz que os lideres possuem traos que os ajuda a

    exercer a liderana. Ela tenta explicar o que destaca os grandes lderes, como

    Napoleo Bonaparte, Moiss, Jesus Cristo, etc., do resto da populao.

    Neste sentido, a premissa central que certos traos se relacionam

    ao sucesso de uma pessoa enquanto lder. Assim, as pessoas detentoras dos

    traos corretos poderiam ser identificadas pelas organizaes e selecionados

    para serem lideres.

    De qualquer forma, diferentes autores argumentam estruturas

    diferentes para a Teoria dos Traos. Bryman (1992, apud Limongi-Frana e

    Arellano, 2002) cita a existncia de trs grandes tipos de trao:

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    Fatores fsicos: que tem relao com as caractersticas fsicas

    do indivduo, como peso, altura, aparncia, etc. Esses aspectos

    marcam as pessoas de formas distintas. Pessoas altas e com

    voz firme so percebidas de forma diferente do que pessoas

    mais baixas e com vozes mais fracas.

    Habilidades: as habilidades que cada um possui, como sua

    inteligncia, fluncia ao falar, nvel de escolaridade,

    conhecimentos especficos e formas de aplic-los, etc.

    Aspectos da personalidade: aqui se encontram questes

    como a forma de agir, a extroverso, a autoconfiana, a

    sensibilidade pessoal e o controle emocional.

    Outra classificao proposta por Robbins et al (2010). Esses autores

    acredita que o foco da teoria dos traos est sobre os traos de personalidade,

    que so os ltimos apresentados na lista anterior. Esses autores propem que

    os traos de personalidade podem ser apoiados no modelo de personalidade

    dos cinco fatores (Big Five), apresentado a seguir:

    Extroverso: a dimenso que se refere ao nvel de conforto

    de uma pessoa com seus relacionamentos. Quanto mais

    confortveis, mais extrovertidos. As pessoas extrovertidas

    costumam ser mais agregadoras, assertivas e sociveis do que

    as introvertidas.

    Amabilidade: trata-se de uma dimenso que se refere

    propenso que um indivduo tem de aceitar as ideias dos outros.

    Pessoas amveis costumam ser mais cooperativas, receptivas e

    confiveis do que as pessoas pouco amveis, que so mais

    frias, desagradveis e geradoras de conflitos.

    Conscienciosidade: o nvel de confiabilidade das aes que

    uma pessoa toma. Algum consciencioso persistente e

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    responsvel quando vai realizar determinada tarefa, ao

    contrrio dos que no possuem essa caracterstica, que so

    distrados, desorganizados e pouco confiveis quanto sua

    realizao.

    Estabilidade emocional: uma dimenso ligada ao quo

    calmas, autoconfiantes e seguras as pessoas so. O oposto

    disso seria o nervosismo, a depresso e insegurana.

    Abertura para experincias: trata-se de uma dimenso que

    se refere ao interesse de um individuo por novidades. As

    pessoas mais abertas costumam ser mais criativas e curiosas do

    que as pouco abertas, que tendem a ser convencionais e

    conservadoras.

    As caractersticas que parecem ter maior importncia para o

    surgimento da liderana a extroverso, pois sem ela difcil manter um alto

    nvel de interao entre lideres e liderados de modo que aquele influencie o

    comportamento destes.

    O enfoque dado pela teoria dos traos foi a principal forma de explicar

    a liderana at a dcada de 1950. Vrias limitaes dessa teoria fizeram com

    que ela no fosse bem aceita nos dias de hoje. Algumas limitaes so as

    seguintes:

    No h traos universais que possam prever a liderana em

    todas as situaes;

    Os traos so melhores em prever o surgimento da liderana

    em situaes pouco relevantes do que em situaes de grande

    importncia;

    No h claras evidncias entre causa e efeito dos traos sobre a

    capacidade de exerccio da liderana;

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    Os traos funcionam melhor para prever o surgimento da

    liderana do que para distinguir entre lderes eficazes e

    ineficazes.

    Vamos ver agora como funciona o conjunto de teorias

    comportamentais da liderana.

    2.4. Teorias Comportamentais da Liderana.

    As teorias comportamentais da liderana se opem radicalmente

    teoria dos traos. Enquanto para a teoria dos traos a liderana se explica por

    traos inatos, para as teorias comportamentais a liderana se explica por

    comportamentos tpicos de lderes.

    - E como isso coloca as duas em campos opostos?

    R.: Deixem que eu explique: A teoria dos traos, quando posta em

    prtica, faria com que a organizao procurasse por pessoas com traos

    especficos, pois elas seriam lderes naturais, j que no haveria a

    possibilidade de algum aprender a liderar. J as teorias comportamentais

    consideram que a liderana se explica pelos comportamentos adotados pelo

    lder, e no por seus traos inatos. Com isso, os comportamentos tpicos de

    um lder poderiam ser ensinados e aprendidos por qualquer pessoa,

    diferentemente do que acontecia com a Teoria dos Traos.

    Duas grandes correntes se destacam nas teorias comportamentais da

    liderana:

    O pensamento da Universidade Estadual de Ohio (Ohio

    State University). Para essa corrente de pensamento os lderes

    possuem dois tipos de comportamentos:

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    o Estrutura de iniciao: trata-se da capacidade do lder

    de estruturar no s o trabalho de seus subordinados,

    mas tambm o seu prprio trabalho. Lderes com alta

    pontuao nessa dimenso definem o padro de

    desempenho dos trabalhos, delegam tarefas especficas e

    enfatizam o cumprimento dos prazos acordados.

    o Considerao: essa dimenso se refere a capacidade de

    uma pessoa manter relacionamentos de trabalho de

    mtua confiana, de respeito as ideias dos outros e

    respeito pelos seus sentimentos.

    O pensamento da Universidade de Michigan. Assim como

    no caso anterior, a o grupo de pesquisadores que estudavam

    liderana na Universidade de Michigan props a existncia de

    duas dimenses comportamentais dos lideres. Para eles os

    lideres poderiam adotar os seguintes comportamentos:

    o Liderana orientada para a produo: o tipo de

    liderana que d maior nfase aos aspectos prticos das

    tarefas a serem realizadas no trabalho. O foco est em

    fazer com que as pessoas realizem a tarefa, mesmo que

    no compreendam o porqu de faz-lo. semelhante

    dimenso estrutura de iniciao, da Universidade

    Estadual de Ohio.

    o Liderana orientada para as pessoas: a liderana

    deste tipo d maior nfase s relaes interpessoais no

    trabalho, sendo pautadas pelo interesse nos funcionrios e

    suas necessidades e na aceitao das diferenas entre as

    pessoas. importante que os funcionrios compreendam

    o significado das tarefas realizadas. semelhante

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    dimenso considerao da Universidade Estadual de

    Ohio.

    2.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton.

    Com base nos estudos das duas correntes tericas da liderana

    comportamental, foi desenvolvida a teoria da Grade Gerencial de Blake e

    Mouton que buscava caracterizar o estilo de liderana adotado na organizao

    com base em duas dimenses: preocupao com as pessoas e preocupao

    com a produo.

    Vamos visualizar a Grade Gerencial de Blake e Mouton:

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    Como vocs observaram na Grade, das vrias possibilidades de

    gesto 5 se destacam como formas tpicas de gesto/liderana:

    Gesto Clube de Campo, ou country club (1,9). Trata-se da

    um tipo de gerencia que se preocupa muito com a necessidade

    das pessoas na organizao em busca de relacionamentos

    amigveis, mas que d foco muito baixo produo.

    Gesto de equipes (9,9). o estilo de liderana que leva em

    considerao mxima tanto as pessoas na organizao quanto

    os trabalhos a serem realizados.

    Gerencia de Organizao Humana, ou gesto meio-termo

    (5,5). um estilo de liderana equilibrado que busca manter a

    moral do pessoal elevada, ao mesmo tempo em que consegue

    um nvel satisfatrio de desempenho, j que h uma

    preocupao mdia tanto com as pessoas quanto com a

    produo.

    Gesto empobrecida ou enfraquecida (1,1). Trata-se do

    estilo de liderana que possui pouca preocupao com as

    pessoas e com as tarefas. um tipo de gesto que busca o

    mnimo esforo para o desempenho do trabalho esperado com

    o menor nvel de conflitos.

    Obedincia-Autoridade, autoridade-submisso, ou tarefa

    (9,1). A forma de trabalho do lder est mais ligada produo

    do que a eventuais preocupaes com as pessoas, de modo que

    o foco est na busca de mnima interferncia do elemento

    humano sobre a produo.

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    2.5. Teorias Contingenciais da Liderana.

    As teorias contingenciais da liderana representam uma importante

    mudana em relao s teorias dos traos e comportamentais. Isso porque as

    teorias contingenciais partem do principio de que para cada situao

    apresentada haver um estilo de liderana com comportamentos adequados,

    ao contrrio das anteriores, que consideravam que traos ou caractersticas

    absolutas eram suficientes para caracterizar a liderana.

    Neste sentido, o primeiro modelo abrangente da liderana

    contingencial foi o modelo de Fiedler.

    2.5.1. Modelo de Liderana de Fiedler.

    Segundo o Modelo de Liderana de Fiedler, o desempenho do

    grupo depende no s do estilo de liderana, mas tambm do grau de controle

    proporcionado ao lder pela situao, conforme apresentado a seguir:

    Estilo do lder:

    o Orientado para o relacionamento: quando o foco do

    lder est nos relacionamentos interpessoais.

    o Orientado para a tarefa: quando o foco do lder est no

    desempenho das tarefas na organizao.

    Grau de controle proporcionado pela situao:

    o Relao lder-liderados: trata-se da avaliao de se os

    membros do grupo confiam, acreditam e respeitam o

    lder. Pode ser classificada como boa ou ruim.

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    o Estrutura da tarefa: as tarefas e procedimentos a serem

    executados possuem estruturao e formalizao alta ou

    baixa.

    o Poder da posio: trata-se de uma avaliao sobre o

    grau de poder que o lder possui em virtude de sua

    posio para intervir sobre os liderados por meio de

    demisses, contrataes, aes disciplinares, etc. Pode

    ser forte ou fraco.

    Combinando-se o estilo do lder com as trs variveis contingenciais,

    chega-se ao modelo de contingncia de Fiedler propriamente dito, que

    apresenta como resposta o resultado do desempenho previsto, podendo ser

    bom ou fraco. Apresento, a seguir, o referido modelo, conforme apresentado

    por Robbins et al (2010):

    Fonte: Robbins et. al. (2010).

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    Com base nessa figura, possvel perceber que, em determinadas

    condies, a liderana orientada para a tarefa apresentar melhores resultados

    do que a liderana orientada para o relacionamento, enquanto em outras ser

    o contrrio!

    2.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House.

    A Teoria do Caminho-Meta foi desenvolvida por Robert House e

    tambm conhecida como Teoria da Liderana em Passos Gradativos, Teoria

    Caminho-Objetivos, entre outros. Para ela, o lder deve esclarecer o caminho

    que seus seguidores devero tomar para que possam atingir determinados

    objetivos do trabalho. Com isso, pretende-se reduzir obstculos e barreiras

    execuo dos objetivos, aumentando a motivao dos funcionrios para que

    eles possam atingir seus prprios objetivos e os objetivos da organizao.

    House visualizava a existncia de quatro diferentes tipos de liderana

    que poderiam ser praticadas pelo mesmo lder a depender de cada situao.

    Trata-se, deste modo, de uma perspectiva ampla e dinmica da liderana

    contingencial. Os quatro tipos de liderana so:

    Lder apoiador: aquele que trata os subordinados

    igualmente, e se preocupa com o seu bem-estar.

    Lder diretivo: extremamente objetivo, usando a

    comunicao para dizer exatamente o que pretende. Planos e

    padres so os seus objetos de trabalho e a base de seu

    comportamento.

    Lder participativo: valoriza e encoraja os subordinados a

    participarem da tomada de decises.

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    Lder orientado para objetivos ou resultados: o lder que

    prepara objetivos desafiadores e que se preocupa com o

    desempenho atingido, buscando os melhores resultados.

    2.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard.

    A Teoria Situacional de Hersey e Blanchard enfoca os liderados. Nesse

    sentido, o estilo de liderana a ser utilizado depende da maturidade dos

    funcionrios, que pode atingir um dos quatro estgios seguintes:

    Maturidade 1: as pessoas demonstram pouca capacidade e

    disposio para realizar as tarefas e assumir responsabilidades

    (motivao e capacidade baixas).

    Maturidade 2: as pessoas possuem motivao para o trabalho

    mas no possuem as competncias necessrias para realiz-lo

    (baixa capacidade e alta motivao).

    Maturidade 3: as pessoas possuem as competncias

    necessrias para a realizao da tarefa, mas no esto

    motivadas para tal (alta capacidade e baixa motivao).

    Maturidade 4: as pessoas possuem as competncias

    necessrias para a realizao do trabalho e desejam realizar as

    tarefas que lhe so passadas (alta capacidade e alta

    motivao).

    Como se v, o foco est na prontido dos seguidores para definir

    como o lder dever agir. A prontido caracterizada por duas dimenses: 1)

    o desejo dos seguidores cumprirem determinada tarefa; 2) a capacidade dos

    seguidores cumprirem as tarefas.

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    Com base nessas duas dimenses possvel elaborar a seguinte

    matriz a respeito de como os lideres devem agir em cada situao:

    Funcionrios capazes Funcionrios incapazes

    Funcionrios

    motivados

    O lder no precisar fazer

    muita coisa, dado que os

    funcionrios j esto

    motivados e so capazes de

    desempenhar as tarefas.

    O lder dever oferecer

    orientao para a realizao

    das tarefas, demonstrando

    apoio para conquistar o grupo.

    Funcionrios

    desmotivados

    O lder dever dar apoio aos

    funcionrios e permitir sua

    participao, como forma de

    melhorar a motivao do

    grupo.

    O lder precisar dar

    orientaes claras e

    especficas para cada tarefa.

    Ele pode buscar melhorar a

    capacidade e a motivao dos

    funcionrios.

    Em outras palavras, considerando o estgio da maturidade do grupo,

    o lder dever adotar uma das formas de liderana possveis, considerando

    tanto o comportamento de relacionamento (ou foco no apoio s pessoas),

    quanto o comportamento de tarefa (ou foco nas tarefas/produo),

    conforme apresentado a seguir:

    Estilo 1: Narrar/Determinar/Dirigir (Alto comportamento de

    tarefa e baixo comportamento de relacionamento): o estilo

    para grupos com a menor maturidade (M1). Nesse caso, o lder

    orienta claramente as tarefas a serem realizadas.

    Estilo 2: Vender/Guiar/Persuadir (alto comportamento de

    tarefa e alto comportamento de relacionamento): Quando a

    maturidade est entre baixa e moderada (M2), esse o estilo

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    ideal. Nele, o lder, ao mesmo tempo em que convence as

    pessoas, apoia o seu desenvolvimento, pois elas possuem baixa

    capacitao;

    Tipo 3: Participar (baixo comportamento de tarefa e alto

    comportamento de relacionamento): o estilo correto para a

    maturidade de mdia a alta (M3). Aqui, o papel do lder muito

    mais de apoiar as pessoas, enfatizando a criao de motivao,

    do que de dirigi-las para a realizao das tarefas, j que elas

    so capazes;

    Tipo 4: Delegar (baixo comportamento de tarefa e baixo

    comportamento de relacionamento): trata-se do estilo

    adequado para liderar pessoas com o maior nvel de maturidade

    (M4). Nessa condio, a maturidade dos liderados permite que

    eles executem os planos com maior liberdade e menor controle,

    possibilitando ao lder a delegao das tarefas.

    Elaborei uma representao grfica do modelo, para que vocs

    possam responder a uma questo de prova se ela cobra dessa forma:

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    M4 M3 M2 M1

    Comporta

    mento de

    relaciona

    mento

    Delegar

    Participar/

    Compartilhar

    Narrar/

    Determinar

    Vender/

    Persuadir

    Maturidade dos funcionrios

    Comportamento de tarefa

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    2.5.4. O continuum do comportamento do lder.

    Essa Teoria, de Tannenbaum e Schimidt, afirma que os lideres

    assumem comportamentos que variam em um continuum entre dois extremos:

    De um lado, a liderana focada no administrador, que utiliza

    seu poder de autoridade para liderar;

    De outro lado, a liderana focada nos funcionrios, que recebem

    delegaes para trabalhar livremente dentro de certos limites.

    Referindo-se a essa teoria, Chiavenato (2007) afirma que cada tipo

    de comportamento est relacionado com o grau de autoridade utilizado pelo

    lder e o grau de liberdade concedido aos subordinados na tomada de decises,

    dentro de um continuum de padres de liderana.

    Para este autor, o administrador dever escolher seu estilo de

    liderana para cada um dos subordinados e para cada situao, partindo das

    seguintes foras:

    Foras no administrador (sua personalidade e convices);

    Foras nos subordinados (sua personalidade e experincias);

    Foras na situao (tipo de organizao e de tarefa/misso a ser

    cumprida).

    Com base nisso, o estilo de liderana ser escolhido conforme o

    continuum apresentado a seguir:

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    Fonte: Chiavenato (2007)

    2.6. Teoria de troca entre lderes e liderados (LMX).

    Quem anda lendo jornais e revistas viu a sigla pode ter pensado: -

    ser uma Teoria do Eike Batista sobre liderana?! que as empresas dele

    tem siglas assim: MMX, OGX, EBX, ...

    No pessoal! Mas voc pode tentar associar com o Eike Batista

    para ajudar a memorizar! =)

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    Na verdade, essa sigla significa Leader-Member Exchange, cuja

    traduo livre seria Troca Lder-Membro, representando as trocas que

    ocorrem entre o lder e os membros do seu grupo de liderados.

    Neste sentido, o argumento central dessa teoria que, por conta da

    presso do tempo no dia a dia, os lderes estabelecem um relacionamento

    mais prximo com alguns de seus liderados, constituindo um pequeno grupo

    de confiana, chamado de grupo de dentro. As pessoas que participam desse

    grupo geralmente so escolhidas inconscientemente pelo lder com base em

    sua competncia e no fato de possurem atitudes e caractersticas similares s

    do lder. Os membros desse grupo costumam receber ateno desproporcional

    por parte do lder e podem at receber privilgios adicionais aos que os outros

    recebem.

    Os que no participam do grupo de dentro esto no grupo de fora.

    Trata-se do grupo de pessoas com quem o lder costuma manter uma postura

    mais centrada nas interaes formais de autoridade.

    Essa teoria tem recebido bastante respaldo em estudos recentes,

    confirmando que essa categorizao realmente tende a acontecer.

    2.7. Liderana Carismtica.

    Segundo Robbins et. al. (2010) o primeiro pesquisador a considerar a

    liderana carismtica e sua relao com o comportamento organizacional foi

    Robert House.

    Para essa teoria, os seguidores atribuem caractersticas heroicas ou

    extraordinrias quando observam determinados comportamentos de seus

    lideres. As caractersticas centrais para a liderana carismtica so:

    1. Viso do lder e articulao para tornar clara essa viso.

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    2. Risco pessoal que o lder est disposto a tomar para atingir

    sua viso.

    3. Sensibilidade s necessidades dos liderados. O lder

    percebe a capacidade dos outros e sensvel s suas

    necessidades e sentimentos.

    4. Comportamentos no convencionais. Os lderes apresentam

    comportamentos que so tidos como inovadores e contra as

    normas vigentes.

    A liderana carismtica potencializada por traos inatos que o

    individuo possui naturalmente, mas tambm pode ser aprendida. Para isso,

    preciso desenvolver uma aura de carisma, estar rodeado de pessoas, criando

    vnculos inspiradores e trazer a tona o potencial dos seguidores, mexendo com

    suas emoes.

    2.8. Liderana Transformacional.

    Trata-se de um modelo de liderana que busca complementar uma

    viso de liderana transacional.

    A liderana transacional aquela na qual o lder realiza transaes

    com os liderados cotidianamente, com o objetivo de fazer com que cada tarefa

    seja realizada conforme solicitado. Os modelos da Universidade de Ohio, de

    Fiedler e a teoria do caminho-meta descrevem lideranas transacionais.

    A liderana transformacional, por outro lado, possui lideres que

    inspiram seus seguidores a transcenderem os prprios interesses e que so

    capazes de causar um impacto profundo e extraordinrio em seus liderados

    (Robbins et. al., 2010).

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    importante entender que a liderana transacional no o oposto da

    transformacional. Na verdade, a liderana transformacional construda com

    base na liderana transacional, produzindo um desempenho bastante superior

    ao que seria conseguido apenas com essa ltima abordagem.

    Lderes transacionais e transformacionais apresentam caractersticas

    distintas, como pode ser observado no quadro a seguir:

    Liderana Transacional Liderana Transformacional Recompensa contingente:

    negocia a troca de recompensas por esforo, promete recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas.

    Administrao por exceo (ativa): procura e observa desvios das regras e padres, tomando as atitudes corretivas necessrias.

    Administrao por exceo (passiva): intervm apenas quando os padres no so alcanados.

    Laissez-faire: abdica das responsabilidades, evita tomar decises.

    Influncia idealizada: oferece uma viso e o sentido da misso, estimula o orgulho, ganha respeito e confiana.

    Motivao inspiracional: comunica suas altas expectativas, utiliza smbolos para focas os esforos, expressa propsitos importantes de maneira simples.

    Estmulo intelectual: promove a inteligncia, a racionalidade e a cuidadosa resoluo de problemas.

    Considerao individualizada: d ateno personalizada, trata cada funcionrio individualmente, aconselha, orienta.

    Fonte: adaptado de Bass (apud Robbins et al., 2010).

    2.9. Liderana Autntica.

    A teoria da liderana autntica considera que os lideres verdadeiros

    agem de forma honesta e aberta perante seus liderados, conhecendo de si a

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    ponto de saber quem so e poder agir exatamente conforme seus valores e

    crenas.

    Essa teoria considera dois fundamentos da liderana:

    tica: os lderes devem ser modelos de conduta tica para os

    seus liderados.

    Confiana: o que acontece quando uma pessoa est de

    acordo em se tornar vulnervel a outra, tomando por base as

    expectativas de como a situao ir evoluir.

    2.10. Liderana Servidora.

    Acontece quando o lder age como servo dos liderados. Ele favorece

    o trabalho dos liderados, ajudando-os sempre que necessrio, removendo as

    barreiras e dificuldades que possam dificultar a realizao do trabalho e o

    servio ao cliente. Em essncia, o lder-servo, conforme proposto por James

    Hunter no livro O Monge e o Executivo, aquele que trata as pessoas como

    gostaria de ser tratado.

    Para finalizar o contedo de hoje, vamos responder umas

    questes de concurso sobre os assuntos estudados!

    Um abrao!

    Prof. Carlos Xavier.

    www.facebook.com/professorcarlosxavier

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    3. Questes comentadas

    1. (CESPE/STJ/Tcnico/2008) O gestor de recursos

    humanos que utiliza a liderana centrada nas pessoas se

    preocupa em passar o significado das tarefas que os

    colaboradores iro desenvolver.

    Comentrio:

    A liderana centrada nas pessoas aquela que se pauta pelos

    funcionrios, dando nfase s relaes interpessoais. Por isso, sob este tipo de

    liderana, os funcionrios compreendem o significado das tarefas que esto

    realizando.

    GABARITO: Certo.

    2. (CESPE/MPE-PE/Tcnico/2012) A liderana

    contempornea caracterizada pela capacidade de o

    lder conduzir a equipe na direo de objetivos sob a

    autoridade do cargo.

    Comentrio:

    As teorias contemporneas da liderana possuem uma viso mais

    voltada para a capacidade do lder de inspirar comportamento nas pessoas,

    transformando sua viso pessoal em uma viso de terceiros. O foco no est

    no exerccio do poder do cargo, como previsto pelo item. Por isto, est errado.

    GABARITO: Errado.

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    3. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) A teoria da

    liderana transformacional baseia-se em traos de

    personalidade.

    Comentrio:

    A liderana transformacional aquela para a qual o lder inspira seus

    seguidores de modo a causar impactos profundos. uma viso mais

    contempornea, que acredita que a liderana pode ser desenvolvida. Neste

    caso especfico, a liderana estaria ligada comunicao, ao estmulo,

    considerao, e a outros fatores, que no dependem de traos inatos da

    personalidade.

    PS.: em geral, para as questes de concurso, a liderana com base

    em traos de personalidade uma ideia antiquada. A viso contempornea

    de que a liderana pode ser aprendida!

    GABARITO: Errado.

    4. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Nas

    organizaes, tanto as caractersticas individuais quanto

    as condies organizacionais referentes s interaes

    entre lder e liderado ou supervisor e subordinado

    determinam o exerccio do poder.

    Comentrio:

    Pode-se considerar que tanto as caractersticas do lder, dos

    liderados, das tarefas e da conjuntura influenciam a liderana. o que est no

    item avaliado, s que com outras palavras.

    GABARITO: Certo.

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    5. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Se uma pessoa

    exerce influncia sobre outra por saber fazer o trabalho

    de forma exemplar, ento, nesse caso, a relao de poder

    entre ambas baseia-se na referncia que uma para a

    outra.

    Comentrio:

    A influncia que se exerce por conta de saber fazer o trabalho de

    forma exemplar caracteriza o poder de especializao/de perito.

    O poder de referncia aquele que se d por conta da legitimidade

    do conhecimento e por conta do carisma.

    GABARITO: Errado.

    6. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Os enfoques

    comportamental e contingencial enfatizam os

    comportamentos do lder. A liderana, sob esses

    enfoques, relaciona-se adoo, pelo lder, de

    comportamentos tidos como adequados.

    Comentrio:

    As teorias comportamentais da liderana se opem radicalmente

    teoria dos traos. Enquanto para a teoria dos traos a liderana se explica por

    traos inatos, para as teorias comportamentais a liderana se explica por

    comportamentos tpicos de lderes.

    As teorias contingenciais da liderana representam uma importante

    mudana em relao s teorias dos traos e comportamentais. Isso porque as

    teorias contingenciais partem do principio de que para cada situao

    apresentada haver um estilo de liderana com comportamentos adequados,

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    ao contrrio das anteriores, que consideravam que traos ou caractersticas

    absolutas eram suficientes para caracterizar a liderana.

    Assim, o que est previsto pelo item est correto!

    GABARITO: Certo.

    7. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Teorias baseadas

    em traos de personalidade visam determinar as

    caractersticas pessoais de bons lderes.

    Comentrio:

    A Teoria dos Traos diz que os lideres possuem traos que os ajuda a

    exercer a liderana. Ela tenta explicar o que destaca os grandes lderes, como

    Napoleo Bonaparte, Moiss, Jesus Cristo, etc., do resto da populao.

    Neste sentido, a premissa central que certos traos se relacionam

    ao sucesso de uma pessoa enquanto lder. Assim, as pessoas detentoras dos

    traos corretos poderiam ser identificadas pelas organizaes e selecionados

    para serem lideres.

    exatamente o que est dito pelo item!

    Vale lembrar que alm dos traos de personalidade, traos fsicos

    tambm so considerados para este enfoque do estudo da liderana. Alm

    disso, para futuras questes, lembre-se que esta no uma perspectiva aceita

    como correta no mundo atual!

    GABARITO: Certo.

    8. (CESPE/MPE-PI/Analista/2012) Segundo as teorias

    contingenciais de liderana, as metas organizacionais s

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    so atingidas de maneira eficaz pelo grupo se o seu lder

    adota um comportamento democrtico.

    Comentrio:

    A liderana contingencial aquela onde o estilo de comportamento do

    lder depender da situao apresentada. No se pode falar que a nica forma

    possvel a de uma liderana com perfil democrtico.

    GABARITO: Errado.

    9. (CESPE/EBC/Tcnico-Administrao/2011) Liderana a

    habilidade de influenciar pessoas, dirigir seu

    comportamento em direo ao alcance de objetivos e

    metas, podendo ser orientada para pessoas e tambm

    para tarefas.

    Comentrio:

    Liderana a capacidade de influenciar o comportamento das

    pessoas para que elas possam desejar executar as atividades propostas para o

    atingimento da viso do lder. Ela pode ser de diversos tipos e abordar

    diferentes questes. Uma dessas vises considera que ela pode ser orientada

    para as pessoas ou para as tarefas. Assim, a questo est correta.

    GABARITO: Certo.

    10. (CESPE/EBC/Tcnico-Administrao/2011) Em uma

    organizao, existem, basicamente, trs estilos de

    liderana: o autocrtico, voltado para o lder; o

    democrtico, voltado para o lder e o subordinado; e o

    liberal, voltado para o subordinado.

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    Comentrio:

    Trata-se da viso de Kurt Lewin, para quem a liderana poderia

    adotar esses trs estilos.

    GABARITO: Certo.

    11. (CESPE/EBC/Analista-Administrao/2011) O lder

    deve despertar virtudes pessoais em cada indivduo e

    apontar um norte para a direo dos esforos do grupo.

    Comentrio:

    Trata-se de uma questo mais genrica sobre liderana. Sabe-se que

    o lder deve inspirar as pessoas para que elas adotem a sua viso e trabalhem

    na sua concretizao. Para isso, ele deve buscar despertar as virtudes de cada

    um e aplic-las na busca de uma viso de futuro, que o norte para os

    esforos do grupo.

    GABARITO: Certo.

    12. (CESPE/EBC/Analista-Administrao/2011) O

    compartilhamento de valores interfere negativamente na

    cooperao espontnea em apoio ao lder.

    Comentrio:

    Esta questo pedia que o candidato conhecesse tambm sobre

    cultura organizacional. A existncia de valores profundamente arraigados e

    compartilhados algo que torna a cultura mais forte e o relacionamento coeso.

    Com isso, certamente fica facilitado o exerccio da liderana, pois as pessoas

    tendem a colaborar de forma mais espontnea.

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    Como o item analisado diz exatamente o contrrio, deve ser

    considerado incorreto!

    GABARITO: Errado.

    13. (CESPE/EBC/Analista-Administrao/2011) Liderana

    no uma qualidade intrnseca da organizao formal,

    surgindo de forma natural nos agrupamentos humanos.

    Comentrio:

    O que decorre da organizao formal a autoridade formal da chefia,

    e no a liderana, que algo mais amplo e que existe de forma natural nos

    grupos humanos, como previsto pela questo.

    GABARITO: Certo.

    14. (CESPE/TJ-ES/Analista-Administrao/2011) Em

    qualquer situao, o estilo de liderana positiva,

    participativa e cordial o mais apropriado.

    Comentrio:

    De acordo com a viso situacional, o estilo de liderana decorrer da

    situao enfrentada pelo lder. No existe um nico estilo adequado para todas

    as situaes. Assim, o que est dito pelo item analisado est incorreto.

    GABARITO: Errado.

    (CESPE/PREVIC/Analista-Administrao/2011) No

    contexto das organizaes, pesquisadores ligados ao

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    estudo da liderana situacional tm apresentado diversas

    propostas de modelos para serem aplicados em

    instituies. Um desses modelos baseia-se em trs

    aspectos inter-relacionados: o comportamento de tarefa,

    o comportamento de relacionamento e a maturidade dos

    subordinados. Com base nessas informaes, julgue os

    itens que se seguem, referentes liderana situacional.

    15. (CESPE/PREVIC/Analista-Administrao/2011) A

    maturidade de um grupo ou de um liderado deve ser

    considerada globalmente, e no somente em relao

    tarefa especfica a ser realizada.

    Comentrio:

    Segundo a Teoria da Liderana de Hersey e Blanchard, a maturidade

    do funcionrio deve ser considerada em relao as tarefas e responsabilidades

    a serem assumidas:

    Maturidade 1: as pessoas demonstram pouca capacidade e

    disposio para realizar as tarefas e assumir responsabilidades

    (motivao e capacidade baixas).

    Maturidade 2: as pessoas possuem motivao para o trabalho

    mas no possuem as competncias necessrias para realiz-lo

    (baixa capacidade e alta motivao).

    Maturidade 3: as pessoas possuem as competncias

    necessrias para a realizao da tarefa, mas no esto

    motivadas para tal (alta capacidade e baixa motivao).

    Maturidade 4: as pessoas possuem as competncias

    necessrias para a realizao do trabalho e desejam realizar as

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    tarefas que lhe so passadas (alta capacidade e alta

    motivao).

    Deste modo, o item est errado quando diz que tal maturidade deve

    ser considerada de forma global.

    GABARITO: Errado.

    16. (CESPE/PREVIC/Analista-Administrao/2011)

    Consideram-se comportamento de tarefa o apoio

    socioemocional e o encorajamento dado pelo lder.

    Comentrio:

    O apoio emocional e encorajamento dado pelo lder so o ncleo do

    comportamento de relacionamento, segundo a Teoria de Hersey e Blanchard.

    O comportamento de tarefa d foco nas tarefas e na produo.

    GABARITO: Errado.

    17. (CESPE/PREVIC/Analista-Administrao/2011) O

    gestor, utilizando um processo decisrio mais

    participativo, tende a liderar com mais eficincia e a

    aumentar a motivao de seus colaboradores.

    Comentrio:

    Essa questo envolve conhecimentos amplos sobre liderana e

    motivao, alm do relacionamento dos dois construtos.

    Um processo decisrio mais participativo certamente tende a

    aumentar a motivao dos funcionrios, que passam a ter suas opinies

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    levadas em considerao no trabalho, o que torna mais interessante o

    contedo das tarefas a serem realizadas.

    A percepo de uma palavra-chave faria com que o candidato

    entendesse onde o Cespe quis complicar: na palavra tende. A banca no

    disse que o processo participativo far com que a liderana seja mais eficiente.

    Disse apenas que tende, ou seja, h uma tendncia, de que isso acontea.

    GABARITO: Certo.

    18. (CESPE/TRE-ES/Analista-RP/2011) Os lderes

    informais influenciam o ambiente de trabalho em menor

    grau do que os lderes formalmente designados.

    Comentrio:

    Os lideres informais exercem grande influncia sobre o ambiente de

    trabalho, muitas vezes maior at do que a influncia dos lideres designados

    pela estrutura organizacional.

    GABARITO: Errado.

    19. (CESPE/ABIN/Oficial-Administrao/2010) A

    liderana, por constituir trao de personalidade, no est

    relacionada a fatores situacionais relativos execuo de

    tarefas em uma organizao.

    Comentrio:

    Num contexto contemporneo, no se pode considerar que a

    liderana baseada em traos de personalidade, mas sim em uma interao

    situacional entre lderes e liderados.

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    GABARITO: Errado.

    20. (CESPE/ABIN/Agente-Administrao/2010) O

    investimento de uma organizao na capacitao de seus

    empregados, com objetivo de obter desempenho

    exemplar no trabalho, caracteriza situao de

    reciprocidade organizacional.

    Comentrio:

    A reciprocidade, segundo a ideia do equilbrio organizacional, acontece

    quando os participantes oferecem esforos e recebem incentivos em

    contrapartida. o que acontece no caso mencionado por este item.

    GABARITO: Certo.

    21. (CESPE/ABIN/Agente-Administrao/2010) Estudos

    sobre liderana demonstram que h correlao entre a

    personalidade do lder e a sua capacidade de influenciar

    os funcionrios, do que se conclui que a personalidade

    fator decisivo no exerccio da liderana.

    Comentrio:

    Mais uma questo que traz a ideia de que os traos de personalidade

    so fundamentais para o exerccio da liderana. Essa ideia errada, no sendo

    mais aceita nos dias de hoje. No h comprovao em estudos de que os

    traos so decisivos na liderana. Em questes do Cespe, a maior parte das

    vezes que se mencionam traos de personalidade, a questo est querendo

    confundir o candidato!

    GABARITO: Errado.

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    22. (CESPE/ABIN/Agente-Administrao/2010) O lder

    cujas aes voltam-se para as tarefas e para o

    relacionamento com seus subordinados atua de acordo

    com o princpio de liderana comportamental.

    Comentrio:

    Segundo a grade gerencial de Blake e Mouton (integrante da liderana

    comportamental), o comportamento do lder pode ser orientado para as tarefas

    ou para o relacionamento com as pessoas (funcionrios). o que diz a

    questo, que est correta.

    GABARITO: Certo.

    23. (CESPE/ABIN/Agente-Administrao/2010) A

    liderana carismtica exercida mediante apresentao

    de meta idealizada, compromisso com essa meta,

    assertividade e autoconfiana na relao com

    subordinados.

    Comentrio:

    A liderana carismtica possui as seguintes caractersticas:

    1. Viso do lder e articulao para tornar clara essa viso.

    2. Risco pessoal que o lder est disposto a tomar para atingir

    sua viso.

    3. Sensibilidade s necessidades dos liderados. O lder

    percebe a capacidade dos outros e sensvel s suas

    necessidades e sentimentos.

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    4. Comportamentos no convencionais. Os lderes apresentam

    comportamentos que so tidos como inovadores e contra as

    normas vigentes.

    Neste sentido, os lderes possuem idealizao e compromisso com

    uma viso (meta) e assertividade e autoconfiana para transmitir essa viso

    com sensibilidade s necessidades dos liderados.

    GABARITO: Certo.

    24. (CESPE/INCA/Analista-RH/2010) Em uma equipe, o

    poder deve ser compartilhado entre os membros para que

    a liderana no seja confundida com chefia.

    Comentrio:

    Na chefia, detentora da autoridade formal, o poder vem diretamente

    do cargo. Na liderana, o poder est nos liderados, no sendo necessrias

    imposies por parte do lder.

    Assim, o poder compartilhado caracterstica da liderana. Ao no se

    compartilhar o poder, se est diante de uma chefia.

    GABARITO: Certo.

    25. (CESPE/MS/Administrador/2010) O modelo de

    liderana situacional proposto por Hersey e Blanchard,

    integrante da abordagem comportamental, vincula a

    competncia e a motivao como elementos importantes

    do processo de liderana, alm de reconhecer que a

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    maturidade dos subordinados define o comportamento do

    lder mais orientado para a tarefa ou para o

    relacionamento.

    Comentrio:

    O erro desse item est em dizer que o modelo de liderana de Hersey

    e Blanchard faz parte da abordagem comportamental, quando na verdade ele

    pertence abordagem contingencial (situacional) da liderana.

    GABARITO: Errado.

    26. (CESPE/ANATEL/Tcnico Administrativo/2012) Caso

    determinado gestor empregue a teoria X para motivar

    sua equipe, correto afirmar que ele adota o estilo de

    liderana democrtica, ou mesmo laissez-faire, no

    relacionamento com sua equipe.

    Comentrio:

    Relembrando das teorias de motivao: a teoria X aquela na qual o

    funcionrio no gosta de trabalhar, e por isso a superviso deve ser mais

    prxima e coordenar de perto o desempenho das tarefas, no dando espao

    para o funcionrio simplesmente ficar de bobeira.

    Deste modo, como a superviso ser mais fiscalizatria o estilo de

    liderana que melhor se relaciona o autocrtico, e no o democrtico ou o

    liberal, como proposto pela questo.

    GABARITO: Errado.

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    27. (FCC/TER-SP/Analista/2012) No Grid Gerencial,

    propostos por Blake e Mouton so identificados cinco

    estilos de liderana: country club; enfraquecido; meio-

    termo; tarefa e

    a) equipe.

    b) democrtico.

    c) autoritrio.

    d) submisso

    e) carismtico.

    Comentrio:

    Esta questo busca apenas que voc se lembre dos 5 estilos de

    liderana tpicos da Grade Gerencial de Blake e Mouton.

    Vamos lembrar quais so:

    Gesto Clube de Campo, ou country club (1,9).

    Gesto de equipes (9,9).

    Gerencia de Organizao Humana, ou gesto meio-termo (5,5).

    Gesto empobrecida ou enfraquecida (1,1).

    Obedincia-Autoridade, ou tarefa (9,1).

    GABARITO: A.

    28. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) A autoridade formal e

    liderana nem sempre andam e nem precisam andar

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    juntas. A pessoa que ocupa uma posio de autoridade

    formal pode no ter liderana informal sobre seus

    colaboradores. Uma caracterstica da autoridade formal

    de que

    a) a liderana produto de inmeros fatores.

    b) o lder instrumento para resolver os problemas da

    comunidade.

    c) o colaborador participa ativamente na definio das metas de

    trabalho.

    d) a liderana tem durao de utilidade do lder para o grupo de

    colaboradores.

    e) se fundamenta em leis aceitas de comum acordo, que criam

    figuras de autoridades dotadas do poder de comando.

    Comentrio:

    A autoridade formal aquela exercida pelas gerncias das

    organizaes, que representam estruturas formais de autoridade e so

    ocupadas pelos chefes. A liderana, por sua vez, uma capacidade mais

    ampla de influenciar o comportamento das pessoas para que elas faam aquilo

    que a organizao deseja.

    Esse tipo de questo da FCC melhor resolver por eliminao, j que

    difcil decorar todos os conceitos que diferenciam liderana e autoridade,

    entre as vrias outras coisas que voc tem que estudar para o concurso:

    As alternativas A, B, e D tem relao com liderana, por isso devem

    ser esquecidas.

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    A alternativa C diz que os colaboradores devem participar ativamente

    na elaborao de metas. Isso verdade, mas s que num contexto mais

    amplo. Considerada apenas a autoridade formal, o colaborador no

    necessariamente ouvido, o que torna a alternativa incorreta.

    A alternativa E, por sua vez, afirma que a autoridade formal est

    fundamentada nas leis (regras) que criam as figuras de autoridade que

    possuem poder de comando. a essncia da autoridade formal das chefias

    que est baseada na estruturao da organizao.

    GABARITO: E.

    29. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) No se deve enxergar a

    liderana apenas como habilidade pessoal, mas como um

    processo interpessoal dentro de um contexto complexo,

    no qual outros elementos esto presentes. A liderana

    no apenas um atributo da pessoa, mas uma

    combinao de quatro variveis ou elementos: as

    caractersticas do lder; as dos liderados; as da misso ou

    tarefa a ser realizada e

    a) a conjuntura social, econmica e poltica.

    b) os elementos imponderveis apresentados na estrutura

    organizacional.

    c) o conjunto de regras estabelecido a ser cumprido por cada

    colaborador na empresa.

    d) os fatores socioambientais presentes na comunidade em que

    a empresa est instalada.

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    e) as crenas religiosas e culturais praticadas pelos

    colaboradores de uma dada comunidade.

    Comentrio:

    A liderana, sob uma perspectiva contingencial/situacional, pode ser

    considerada, segundo McGregor, uma combinao das seguintes variveis:

    Caractersticas do lder;

    Caractersticas dos liderados;

    Caractersticas da tarefa (e da organizao);

    Conjuntura econmica, social e poltica.

    GABARITO: A.

    30. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) O que liga o lder aos

    seguidores a existncia de uma tarefa ou misso. As

    misses que o lder prope ao grupo podem ser

    classificadas em dois tipos: moral e calculista. Na misso

    calculista o lder

    a) lana desafios e apela ao senso de responsabilidade, valores,

    desejos e aptides dos seus seguidores.

    b) usa palavras de ordem como comprometimento,

    engajamento para enfatizar a importncia de todos no

    cumprimento das metas.

    c) d valor aos seguidores que se dedicam a atividades em que

    encontram recompensas psicolgicas intrnsecas.

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    d) atua com promessas de recompensas em troca da obedincia

    dos seguidores.

    e) acredita que a recompensa que seu liderado recebe a

    satisfao no cumprimento de uma dada misso.

    Comentrio:

    As misses ou tarefas podem ser classificadas em moral e calculista:

    A tarefa moral uma misso que gera apelo pelos valores, vontades,

    desejos, moral... dos liderados. H uma misso a ser cumprida com

    compromisso e comprometimento pelos liderados, que podem agir como fiis;

    A tarefa calculista se refere a uma misso na qual os seguidores

    obedecem ao lder em troca de benefcios e recompensas pela misso,

    conforme est previsto na alternativa D.

    GABARITO: D.

    31. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) O lder orientado para as

    pessoas tende a apresentar os seguintes

    comportamentos:

    a) enfatiza o cumprimento de prazos e busca sempre superar a

    concorrncia para obter resultados superiores.

    b) esclarece as responsabilidades individuais; focaliza o trabalho

    do colaborador e do grupo e focaliza o cumprimento de metas.

    c) apoia os colaboradores; focaliza o prprio colaborador ou

    grupo, enfatizando as relaes humanas e o desenvolvimento

    da capacidade de trabalhar em equipe e amigvel.

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    d) busca sempre superar desempenhos passados; focaliza a

    necessidade do cumprimento dos padres de qualidade e cria

    controles de superviso sobre os trabalhos realizados por cada

    colaborador.

    e) identifica o que cada colaborador deve realizar no trabalho;

    atua com controles de qualidade bem estabelecidos e promove

    foco em resultados no grupo.

    Comentrio:

    A palavra chave para a liderana orientada s pessoas apoio s

    pessoas. De forma geral, a nica alternativa que se relaciona com o apoio

    tpico que o lder desse tipo d aos liderados para que eles possam se

    desenvolver e ter boas relaes interpessoais no trabalho para trabalhar de

    forma amigvel e em equipe est na alternativa c.

    GABARITO: C.

    32. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) Segundo Hersey e

    Blanchard existem quatro estilos ou formas de liderana.

    O Estilo 2 compreende

    a) alto nvel de comportamentos orientados para a tarefa e

    baixo nvel de relacionamento.

    b) alto nvel de comportamentos orientados simultaneamente

    para a tarefa e relacionamento.

    c) baixo nvel de comportamentos orientados para a tarefa e

    baixo nvel de relacionamento.

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    d) alto nvel de comportamentos orientados para a tarefa e alto

    nvel de produo.

    e) baixo nvel de comportamentos orientados para a tarefa e

    alto nvel de relacionamento.

    Comentrio:

    Questo chata, hein!? Voc teria que ter decorado os estilos...

    No lembra? Ento volte nessa parte da aula e decore! Esse modelo

    um queridinho da FCC e de outras bancas tambm!

    Vamos rever cada um deles:

    Estilo 1: Narrar/Determinar/Dirigir (Alto comportamento de

    tarefa e baixo comportamento de relacionamento): o estilo

    para grupos com a menor maturidade (M1). Nesse caso, o lder

    orienta claramente as tarefas a serem realizadas.

    Estilo 2: Vender/Guiar/Persuadir (alto comportamento de

    tarefa e alto comportamento de relacionamento): Quando a

    maturidade est entre baixa e moderada (M2), esse o estilo

    ideal. Nele, o lder ao mesmo tempo dirige as pessoas (por

    terem baixa maturidade) e apoia o seu desenvolvimento, pois

    elas possuem baixa capacitao;

    Tipo 3: Participar (baixo comportamento de tarefa e alto

    comportamento de relacionamento): o estilo correto para a

    maturidade de mdia a alta (M3). Aqui, o papel do lder muito

    mais de apoiar as pessoas, enfatizando a criao de motivao,

    do que de dirigi-las para a realizao das tarefas, j que elas

    so capazes;

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    Tipo 4: Delegar (baixo comportamento de tarefa e baixo

    comportamento de relacionamento): trata-se do estilo

    adequado para liderar pessoas com o maior nvel de maturidade

    (M4). Nessa condio, a maturidade dos liderados permite que

    eles executem os planos com maior liberdade e menor controle,

    possibilitando ao lder a delegao das tarefas.

    Veja que a FCC ainda tentou confundir o candidato que lembrasse que

    o 2 era alto-alto. A alternativa D fala em alto nvel de comportamentos

    orientados para a tarefa e alto nvel de produo. Est errada.

    O gabarito a alternativa B, que fala em orientados

    simultaneamente... foi uma forma de no falar alto-alto para dificultar a

    vida do candidato!

    GABARITO: B.

    33. (FCC/TER-CE/Analista/2012) O modelo de liderana

    situacional proposto por Hersey e Blanchard considera

    no s o estilo do lder, mas inclui o conceito de

    maturidade do colaborador que avaliada em termos do

    grau de

    a) desenvolvimento emocional e competncias tcnicas para

    fazer um bom trabalho.

    b) conhecimento e experincia para fazer um bom trabalho.

    c) capacidade e interesse para fazer um bom trabalho.

    d) relacionamento com pares e superiores e competncias

    tcnicas para fazer um bom trabalho.

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    e) maturidade emocional e experincia para fazer um bom

    trabalho.

    Comentrio:

    Pessoal! A maturidade do colaborador o foco da Teoria Situacional

    de Hesey e Blanchard, pois o estilo de liderana ir variar em funo desta. A

    maturidade uma funo de duas variveis:

    A capacidade do liderado de realizar as tarefas;

    O interesse (motivao) que o liderado possui em realizar as

    tarefas.

    GABARITO: C.

    34. (FCC/TRF-1/Analista/2011) Exercer a liderana numa

    organizao

    a) colocar os funcionrios para trabalharem.

    b) obter dos funcionrios os resultados acordados e esperados.

    c) fazer com que os funcionrios faam algo que voc est

    convencido que deva ser feito.

    d) fazer com que os funcionrios tenham vontade de fazer algo

    que voc est convencido que deva ser feito.

    e) manter funcionrios que ajam e trabalhem como

    funcionrios.

    Comentrio:

    Pode-se dizer que a chefia est baseada na autoridade formal que lhe

    concedida por meio da aceitao da estrutura organizacional e das regras

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    que determinam o poder de comando do chefe. Assim, comandar fazer com

    que as pessoas faam o que o chefe deseja que seja feito.

    Exercer a liderana, por outro lado, est mais ligado capacidade de

    influenciar o comportamento dos outros para que eles realizem (com vontade!)

    aes que vo alm dos prprios interesses individuais. Pode-se dizer que

    liderar fazer com que as pessoas tenham vontade de realizar aquilo que o

    lder acredita que deve ser feito.

    GABARITO: D.

    35. (FCC/TRT-8/Analista/2010) Um lder que conduz e

    orienta sua equipe, incentivando a participao das

    pessoas e desenvolvendo comunicao espontnea,

    franca e cordial, classificado como um lder com estilo

    de liderana

    a) liberal.

    b) autocrtica.

    c) democrtica.

    d) situacional.

    e) centralizadora.

    Comentrio:

    O lder democrtico aquele que leva em considerao as opinies de

    seu grupo de liderados, dando importncia ao que as pessoas dizem. Nesse

    contexto, a comunicao aberta e franca, considerando a existncia de uma

    organizao informal algo positivo.

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    GABARITO: C

    36. As teorias sobre liderana apresentadas por autores

    humanistas podem ser classificadas em trs grupos:

    a) inteligncia geral; interesses e atitudinais.

    b) contingenciais; reforo e motivacionais.

    c) traos de personalidade; estilos de liderana e situacionais.

    d) traos de carter; contingenciais e aprendizagem.

    e) estilos de poder; sistmicas e comportamentais.

    Comentrio:

    Existem trs grandes grupos de teorias de liderana:

    Teorias de traos: do relevo aos traos que os lderes

    possuem naturalmente;

    Teorias de estilos de liderana: enfocam os estilos que os

    lideres podem adotar e que os levaria a ser lderes.

    Teorias comportamentais da liderana: consideram a

    liderana um comportamento que pode ser aprendido.

    GABARITO: C.

    37. (FCC/AL-SP/Agente/2010) Um fator importante na

    compreenso da liderana a identificao e a anlise

    das fontes de poder. O poder que baseia-se no

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    conhecimento e know-how do lder em termos do

    trabalho denomina-se poder

    a) referente.

    b) de recompensa.

    c) coercitivo.

    d) legtimo.

    e) de perito.

    Comentrio:

    O poder que se baseia no conhecimento que o lder possui para o

    exerccio do trabalho o poder de especializao.

    Vemos que no existe essa alternativa, ento temos que procurar

    algo parecido, pois como a maioria desses estudos so desenvolvidos em

    lngua estrangeira, as tradues em portugus tendem a variar muito.

    A nica alternativa que traz o mesmo significado a que fala em

    poder de perito.

    GABARITO: E.

    38. (FCC/AL-SP/Agente/2010) No contexto de uma gesto

    de pessoas por competncias, exercer a liderana

    a) tomar decises individualmente, focado nas tarefas que

    devem ser executadas com a maior competncia possvel.

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    b) compartilhar as decises, envolvendo os colaboradores por

    meio da consulta ou da delegao de tarefas a partir das

    competncias de cada um.

    c) deixar que cada colaborador decida o que deve fazer com

    base nas suas competncias individuais.

    d) persuadir os colaboradores de que suas decises so as

    melhores e devem ser executadas sem questionamentos.

    e) seguir com rigor as diretrizes do planejamento, definindo

    com clareza as atribuies de cada colaborador.

    Comentrio:

    Voc foi pego de surpresa por uma questo dessas! no contexto da

    gesto de pessoas por competncias... e agora?

    Na verdade, a banca quer apenas complicar com uma bobagem. No

    contexto de gesto de competncias, a liderana certamente ter que

    considerar as competncias individuais! Em essncia, isso! Mas deve-se

    exercer a liderana, e no ficar s olhando os colaboradores!

    Assim, a nica alternativa que considera a liderana + competncias

    a alternativa B. As outras no fazem sentido...

    GABARITO: B.

    39. (FCC/AL-SP/Agente/2010) A influncia exercida pelo

    lder em virtude da afeio e do respeito que as pessoas

    tm por ele denomina-se poder

    a) situacional.

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    b) legtimo.

    c) do saber.

    d) circunstancial.

    e) referente.

    Comentrio:

    Mais uma vez, veja a definio e procure a resposta que esteja

    adequada.

    O poder que deriva da afeio e do respeito o poder de referncia.

    Nessa questo, ele foi chamado de poder referente.

    GABARITO: E.

    40. (FCC/AL-SP/Agente/2010) A diviso dos poderes de

    deciso entre o chefe e a equipe uma caracterstica do

    estilo de liderana denominado

    a) situacional.

    b) autocrtico.

    c) laissez-faire.

    d) demagogo.

    e) democrtico.

    Comentrio:

    Algumas pessoas iro confundir e achar que se trata da liderana

    laissez-faire, por isso vou comear por ela. No essa a resposta. A liderana

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