Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
S E M E S T R E
AULA DE INTRODUÇÃO
PROF. ME. NICOLE FERRER
2020.1TÓPICOS INTEGRADORES EM ARQUITETURA
01
CONTEÚDO DE HOJE:
1. ARQUITETURA DE INTERIORES
2. METODOLOGIA
3. DESIGN
técnica de projetar o interior de edifícios residenciais, comerciais ou industriais; inclui a escolha e posicionamento de móveis, especificação de revestimentos, definição de acabamentos, iluminação, etc.
AULA DE INTRODUÇÃO
ARQUITETURA DE INTERIORES
Arquitetura de interiores é muito mais
que revistas de decoração...
A arquitetura de interiores estuda o
homem e suas particularidades
socioculturais, sendo a expressão
científica de seu modo de viver.
Em estudo minucioso, leva em conta
fatores objetivos e subjetivos.
– GURGEL, 2018.
GLOSSÁRIO
projetarplanejar, organizar as partes de um todo com o intuito de alcançar
certos objetivos.
projeto de interioresplanejamento dos espaços internos das edificações.
espaçoelemento primordial do projetista e do arquiteto, o item principal do
projeto de interiores.
FISCHER, 2018.
A arquitetura de interiores tem como função garantir que um
espaço interno seja capaz de atender as necessidades de seus
usuários. Isso pode implicar em sim, definir um espaço bonito,
cenográfico e visualmente apelativo, mas desde que sempre seja
levado em conta aspectos funcionais, psicológicos, técnicos, de
execução, de materiais, de uso, de sensações, de conforto, de
viabilidade financeira e assim por diante.
A arquitetura de interiores deve criar
ambientes onde a forma e a função, ou
seja, a estética e a funcionalidade,
convivam em perfeita harmonia e cujo
projeto final seja o reflexo das
aspirações de cada indivíduo.
– GURGEL, 2018.
DECORADOR
DESIGNER
ARQUITETO
Sua função restringe-se à escolha de acessórios,móveis ou cores sem que altere fisicamente a obra.
Elabora o espaço seguindo normas técnicas deergonomia, acústica, térmica e luminotécnica, alémde ser um profissional capaz de captar as reaisnecessidades dos clientes e concretizá-las atravésde projetos específicos.
Além de tudo que o decorador e o designer fazem,ele é o único que pode mexer com a estrutura físicado ambiente, como derrubar ou construir paredes.
A arquitetura projeta o edifício.
Renderização do arquiteto equatoriano Juan Pablo Ribadeneira Mora.
O projeto de interiores o qualifica.
Botequim Sapucaí em Belo Horizonte (2017) por Alfredo Lanna Neto + Mateus Castilho.
A decoração o personifica.
Apartamento em São Paulo (2017) pelo designer de interiores Newton Lima.
GURGEL, 2018.
O planejamento adequado dos
diferentes ambientes de uma casa
deve propiciar o acontecimento de
todas as atividades às quais a
casa se destina.
A casa não deve ser estátiva, pois
nossa vida não o é. Somos seres
em movimento e vivendo numa
sociedade em constante
evolução tecnológica.
ATENÇÃO!
Para resolver um projeto de
interiores NÃO BASTA pesquisar
referências de espaços atraentes
e replicar as soluções.
Entenda as necessidades de
quem vai utilizar o local e como
viabilizá-lo tecnicamente e
funcionalmente, além de garantir
que o espaço fique interessante.
FISCHER, 2018.
Arquitetura de interiores é mais
abrangente que a decoração,
sendo esta (eventualmente)
apenas uma mera competência.
estudo dos métodos, que são o conjunto de regras e procedimentos para a realização de um trabalho
AULA DE INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Utilizar uma metodologia de projeto para fazer interiores
residenciais facilita o processo, tornando-o mais rápido e
dinâmico. A metodologia vem para auxiliar a organização das
ideias, e as etapas facilitam a sistematização do processo de
projetos de interiores.
BARBOSA, 2018.
METODOLOGIA DE PROJETO
Apesar de ser normalmente apresentado como um processo linear,
com determinados passos a seguir, na verdade o projeto é um
ciclo iterativo, no qual uma série de modificações acontecem no
seu desenvolvimento e na interação entre os diversos integrantes
que o compõem.
No projeto, “[...] uma sequência de análises cuidadosas,
síntese e avaliação de informações disponíveis, insights
e soluções possíveis são repetidas até que se alcance o
ajuste adequado entre o que existe e o que se deseja”.
CHING, 2013, apud BARBOSA, 2018.
METODOLOGIA DE PROJETO
analisar e estudar a
realidade apresentada
sintetizar as informações
por meio da criação
avaliar o resultado até
chegar a uma boa proposta
• CONTATO COM O CLIENTE: orçamento e contrato
• BRIEFING / ENTREVISTA: perfil do cliente, programa de
necessidades e listagem de móveis e objetos
• LEVANTAMENTO DE DADOS: levantamento métrico e
levantamento fotográfico
Momento de identificação do problema do projeto, ou seja, as
intenções a serem alcançadas, os condicionantes espaciais e
programáticos, e o impacto das soluções para os usuários.
BARBOSA, 2018.
FASE DE ANÁLISE
FASE DE ANÁLISECONTATO COM O CLIENTE
ORÇAMENTO E CONTRATO
• Precificação: formação de preços do seu serviço.
• Proposta comercial: apresentação convincente do orçamento ao
seu cliente para fechar mais contratos.
• Formas de pagamento e contratos: opções de pagamento,
políticas de descontos, parcelamentos, garantias contra
inadimplência e boas práticas em formulação de contratos.
FASE DE ANÁLISEBRIEFING
O briefing é a relação do perfil, das necessidades e das exigências
do cliente para o projeto.
• Perfil do cliente: fornece as diretrizes necessárias para a
concepção e identidade de um projeto.
• Programa de necessidades: definição dos ambientes do
projeto a partir da análise as atividades.
• Móveis e objetos: anote ideias e sugestões de móveis, layout,
peças, cores, tecidos e acabamentos (existentes ou a serem
implantados).
FASE DE ANÁLISELEVANTAMENTO DE DADOS
Levantamento métrico
e levantamento fotográfico.
• ESTUDO PRELIMINAR: alternativas de layout e croquis
A síntese consiste no processo criativo e de tomada de decisões
que atendam às diretrizes e condicionantes identificados na
etapa anterior. Na síntese, surge a proposta de projeto de interiores,
representado pelo layout em planta baixa dos espaços e pelo
estudo em 3D em forma de croquis esquemáticos ou de maquetes
eletrônicas.
BARBOSA, 2018.
FASE DE SÍNTESE
SÍNTESE
CRIATIVIDADE
RESPOSTA
às questões funcionais, estéticas
e técnicas previamente levantadas
• ANTEPROJETO: layout, perspectivas, elevações, etc
Esse é o momento para aferir os aspectos positivos e negativos
do projeto, a fim de minimizar os possíveis danos, no caso de ele
vir a ser realizado. Nessa fase, o projeto proposto deve ser
comparado com as metas definidas na etapa de análise do
problema e deve ser verificado se ele atende às solicitações e
requisitos do programa de necessidades estabelecido.
BARBOSA, 2018.
FASE DE AVALIAÇÃO
Depois da aprovação do anteprojeto passa-se para o projeto
executivo, em que são realizados todos os desenhos técnicos
necessários para a realização da obra, assim como o memorial
descritivo e detalhamentos. Nessas etapas serão desenhadas as
plantas técnicas com todas as especificações necessárias para
realização do projeto.
INSTITUTO DE ARQUITETURA DO BRASIL, 2018.
PROJETO EXECUTIVO
PROJETO EXECUTIVO
• Memorial descritivo: materiais, técnicas, cores, tintas, tecidos, luminárias e
mobiliário.
• Plantas baixas técnicas: dimensões (cotas) horizontais necessárias para a
realização do projeto, como a localização de paredes, portas, janelas,
escadas.
• Planta mobiliada: distribuição do mobiliário e sua adequação ao ambiente.
• Cortes e vistas: elementos verticais, mostrando sua configuração e
dimensões.
• Perspectivas: ilustram a ideia como um todo; demonstram como ficará o
ambiente depois de pronto.
• Detalhamentos: desenhos técnicos necessários para a realização de
elementos do projeto, como móveis, lareiras, churrasqueiras e outros.
ETAPAS PROJETUAIS
CONTATO COM
O CLIENTE
orçamento;
contrato;
briefing
LEVANTAMENTO
DE DADOS
aspectos físicos;
programa de
necessidades
ESTUDO
PRELIMINAR
ideias/conceito;
planta de layout;
croquis
ANTEPROJETO
layout;
perspectivas;
elevações; etc.
PROJETO
EXECUTIVO
plantas;
detalhamento
OBRA
acompanhamento
concepção, elaboração e especificação de produtos; atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente orientada por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema.
AULA DE INTRODUÇÃO
DESIGN
Embora o sistema estrutural de uma edificacao determine a forma
basica e o padrao de seus espaços internos, esses espaços sao
configurados pelos elementos de arquitetura de interiores.
Ou seja, é a selecao e o arranjo de elementos internos que definem
e organizam o espaço interno de um recinto por meio de suas
relacoes visuais.
CHING, 2013.
CONFIGURAÇÃO DO ESPAÇO
O espaço e estruturado da forma como o usamos. A natureza de
nossas atividades e os rituais que desenvolvemos em sua
realizacao influenciam como planejamos, dispomos e organizamos
o espaço interior.
CHING, 2013.
CONFIGURAÇÃO DO ESPAÇO
ESPAÇO INTERNO
perfil
do usuário
componentes
construtivos
pares
pisos
forros
portas e janelas
mobiliário
móveis planejados
luminárias
eletrodomésticos
acessórios
1. Entender os usuários e como
eles vão se comportar dentro do
ambiente.
2. Compreender o uso e fluxos dos
espaços adjacentes ao que
estamos resolvendo.
3. Compreender as sensações
psicológicas que materiais,
mobiliários, iluminação e outros
aspectos de projeto criam nos
usuários.
FISCHER, 2018.
Como projetar espaços internos:
4. Entender as dimensões mínimas
para cada tipo de uso.
5. Consciência das condições
técnicas para viabilizar o projeto.
6. Pensar no conforto do usuário.
7. ...
FISCHER, 2018.
Como projetar espaços internos:
FISCHER, 2018
Arquitetura de interiores não
deve ser um artigo de luxo e sim
uma necessidade, uma vez que
passamos a maior parte do tempo
(ou pelo menos uma boa e valiosa
parte) dentro de espaços internos
de edifícios.
Arquitetura de interiores exige o
conhecimento de diversas áreas
distintas, não se restringindo
somente às tendências, cores ou
revestimentos do momento.
PARA QUE SERVE?
REFERÊNCIAS:BARBOSA, Marilia Pereira de Ardovino. Projeto de interiores residenciais. Porto Alegre:
SAGAH, 2018.
CHING, Francis D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. Traduc ao: Alexandre Salvaterra. 3ª. Ed.
Porto Alegre: Bookman, 2013.
FISCHER, Rafael. O que é arquitetura de interiores?. Como projetar. Disponível em:
<http://comoprojetar.com.br/o-que-e-arquitetura-de-interiores/>. Acesso em Fevereiro de 2018.
GURGEL, Miriam. Projetando espaços: design de interiores. 6ª Edição. São Paulo: Editora
Senac São Paulo, 2017.
GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas
residenciais. 8ª Edição. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018.