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Prof. Maria Sara de Lima Dias Grupos, organizações e instituições

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Prof. Maria Sara de Lima Dias

Grupos, organizações e instituições

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Grupos, organizações e instituiçõesO peixe.

A vida humana é grupal, está relacionada a estar sempre em convivência com o outro, sendo assim é necessária que existam regras para que a vida em grupo se torne possível.

Às vezes um comportamento pode se manifestar inadequado em um determinado contexto, porque o seu emissor estava utilizando como referência um grupo distinto àquele com o qual está interagindo momentaneamente.

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InstituiçõesInstituição é o conjunto de normas que regem

a padronização de um determinado hábito na sociedade e que garantem a sua reprodução.

Falando sobre a origem das instituições, Berger e Luckmann dizem que o hábito fornece a direção e a especialização da atividade que faltam no sistema biológico do indivíduo, oferecendo um fundamento estável, no qual a atividade humana pode avançar com o mínimo de tomada de decisões durante a maior parte do tempo.

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Grupo de referênciaAquele no qual o indivíduo é motivado a manter

relações. Quando um grupo de relações (p.ex. colegas de trabalho),torna-se um grupo de referência, este passa a desempenhar um papel normativo no comportamento do indivíduo.

Vale salientar, ainda, que um grupo normativo tem a função de imprimir aos seus membros valores e normas amplamente compartilhadas pela sociedade.

( Zanelli, BorgesAndrade, Bastos e Cols. P.358)

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Definição e características dos grupos

Embora todos conheçamos grupos e pertençamos a vários deles, é mais fácil descrever um grupo que defini-lo.

Uma definição que tem se mostrado adequada é a de que um grupo é um conjunto formado por duas ou mais pessoas que para atingir determinado(s) objetivo(s) necessita algum tipo de interação, durante um intervalo de tempo relativamente longo, sem o qual seria mais difícil ou impossível obter o êxito desejado.

Ou dito de outro modo, um conjunto de pessoas se caracterizará mais fortemente como grupo segundo as seguintes condições:

a) quanto menor for o número de seus membros; b) quanto maior for a interação entre os seus membros; c) quanto maior for a sua história e d) quanto mais perspectiva de futuro partilhado seja

percebido pelos seus membros.

Definições funcionais que pretendem apenas compreender o processo que se estabelece em uma relação na qual se pode dizer que existe um grupo.

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Características dos gruposNormas Pertencer ao grupo implica em se submeter às

suas regras e normas. Para isto são também estabelecidos prêmios e castigos.

As organizações não fogem à regra, ali também os grupos existem e constituem a matéria prima do seu desenvolvimento.

Em duas organizações que têm mesmo objetivo, como dois colégios, duas lojas comerciais ou duas fábricas de automóveis, muitas vezes o que vai diferenciar uma da outra é a maneira como as normas grupais foram estabelecidas.

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OrganizaçãoEm sentido geral é o modo como se organiza um

sistema. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações. Em Administração, organização tem dois sentidos:

Combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Exemplo: empresas, associações, órgãos do governo, ou seja, qualquer entidade pública ou privada. As organizações são compostas de estrutura física, tecnológica e pessoas.

Dependem do modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho.

A organização é o embasamento de uma sociedade, onde representa ostentação que reflete o conjunto de criações no habitual da sociedade, sendo o fundamento visível.

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Interação grupo x comportamentoEm que medida o seu comportamento

representa a sua individualidade ou reflete as características do seu grupo.

São as duas coisas. Somos fruto de nossa personalidade, porém somos ao mesmo tempo resultado da interação dessa personalidade com os grupos a que pertencemos, aos quais valoramos.

Todos queremos aparecer bem ante os demais. A questão é que não a todos os demais e sim àqueles que elegemos como mais importantes para nós.

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O grupo é maior do que os indivíduos

Para administrar pessoas, possuir uma visão global ou sistêmica é o caminho mais adequado para conseguir estabelecer padrões de comportamento desejáveis em uma organização.

Compreendendo que os grupos existem, que estabelecem normas de convivência e que estas normas podem ir a favor ou em contra dos objetivos organizacionais.

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Influência social

Os anos iniciais do século passado foram tomados por enormes discussões entre os sociólogos e psicólogos de então sobre se de fato existiam os grupos, se estes eram determinantes para o comportamento; se existia alguma entidade supra-individual formada pela interação entre os indivíduos, ou se os indivíduos eram quem determinavam em última instância os comportamentos.

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Influência socialVariavam as opiniões de um extremo a outro.

Alguns defendiam que a sociedade era basicamente constituída por grupos, e que seria a partir desses grupos que se poderia modificá-la de maneira a ser mais ética, justa e equilibrada; ou que os grupos constituíram uma espécie de força própria, de consciência coletiva que suplantaria, em determinadas circunstâncias a consciência individual, como Dukheim, Tarde, Le Bon e McDougall ou, como se posicionava Floyd Allport.

No outro extremo, se existia unicamente o indivíduo e como tal todo o comportamento e toda a sociedade somente poderia ser explicada através dele, considerando o seu processo de aprendizagem, individual e intransferível (Álvaro, & Garrido,2003).

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McDougall (1987) chama atenção para o contraditório que existe na participação na vida grupal, já que, se por um lado degrada a pessoa, como afirmava Le Bon, por outro a eleva a sua máxima potencialidade como ser humano.

McDougall pensa encontrar na organização do grupo a solução. Quando o grupo está organizado, e não é simplesmente uma multidão, as tendências degradantes são minimizadas.

A medida que os diversos graus de organização( continuidade, autoconsciência, integração, tradições, costumes grupais e especialização funcional) se dão no grupo, produz se um espírito grupal, frente ao qual surge uma mente grupal. Um sistema organizado de forças que tem vida própria, e a capacidade de mudar a todos e a si memo.

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Segundo Morales (1994) um grupo de teóricos pré-experimentais cujos expoentes principais foram LeBon, McDougall e Freud, defendia que os grupos se caracterizam realmente por uma psicologia diferente, impossível de reduzir à psicologia do membro individual mas igualmente real.Postulavam alguma versão da idéia segundo a qual nos contextos grupais ou coletivos os indivíduos eram possuídos por uma mente de grupo que transformava de forma qualitativa sua psicologia e sua conduta (pág. 8).

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Poder e influencia dos gruposPara compreender o funcionamento dos grupos

é preciso compreender a natureza de sua influência social.

Pressões de uniformidade se exercem mediante a interação social na qual os membros tentam modificar suas crenças, atitudes e ações de forma mútua.

Os grupos tendem a se ajustar entre seus membros, influenciando para alcançar seu fim.

Existe um jogo de papeisHaverá sempre uma dinâmica propria de poder

que é a contradição entre a mudança e a resistência a mudança, em uma relação dialética.

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Quanto mais coeso o grupo mais poder e maior resistencia interna à mudança.

Nas organizações grupos que são minoritários em um primeiro momento passam a exercer o poder em outro.

Uma das características do poder é que ele é exercido de maneira desigual entre os membros do grupo.

O paradigma do grupo mínimo.

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Processos implicados no rendimento grupal.Pesquisas realizadas na Westerb Eletric

Company, estudo de Hawtorne.Escola das Relações Humanas.O sentimento de pertença , de ser

importante, de ter um grupo de amigos com objetivos comuns é provavelmente um conjunto de variáveis que pode influenciar definitivamente o exito ou o fracasso de um empreendimento.

Que deve ser levado em conta pelo psicologo ao trabalhar com pessoas em organizações.

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Processos implicados no rendimento grupal.A teoria dos grupos é composta por uma

dinâmica, que aborda vários temas citados por BOCK, Ana Mercês Bahia, em Psicologias, uma introdução ao estudo de psicologia, sendo os seguintes:

“Coesão do grupo: condições necessárias para a sua manutenção”.

“Pressões e padrão do grupo: argumentos reais ou imaginários, manifestos ou velados que seus membros utilizam para garantir a fidelidade dos demais aos objetivos do grupo e ao padrão de conduta estabelecido.”

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Processos implicados no rendimento grupal.“Motivos individuais e objetivos do

grupo: elementos que garantem fidelidade que estão relacionados com a escolha que cada individuo faz ao decidir participar de um grupo.”

“Liderança e Realização do Grupo:força de convencimento – carisma – exercido por um ou mais indivíduos sobre os outros e o tipo de atividade exercida pelo grupo.”

“As propriedades estruturais dos grupos: padrões de comunicação, desempenho de papeis e relações de poder.”

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Comunicação grupalUm dos aspectos que deveria ser mais cuidado nas

organizações seria o da comunicação entre as pessoas, as equipes e grupos de trabalho.

Uma comunicação mais franca e aberta deve se dar presente para a realização das tarefas.

Novas formas de grupalidade. Novas tecnologias de comunicação ,

videoconferências, scanner, bases de dados , estão permitindo criar equipes e grupos virtuais nas organizações que separadas temporal e espacialmente fazem que seus membros partilhem conhecimento e colaborem entre si de forma mais rápida apesar da distância e do tempo.

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Desta forma, o mundo social e institucional é visto como uma realidade objetiva, concreta, esquecendo;se que esta objetividade é produzida e construída pelo próprio homem.

Cabe à psicologia apreender como se dá a internalização da realidade concreta e como ela faz mediação na determinação do comportamento do indivíduo.

Podemos verificar que toda a análise que se fizer do indivíduo terá de se remeter ao grupo a que ele pertence, a classe social, enfocando a relação dialética homem sociedade, atentando para os diversos momentos dessa relação.

O papel do psicologo

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ReferênciasLANE, Sílvia T.M. O processo grupal. Em: LANE,

Silvia T.M.; CODO, Wanderley (orgs.). Psicologia Social: o homem em movimento.13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

Francisco José Batista de Albuquerque e Katia E. Puente Grupos e equipes de trabalho nas organizações. Em : Psicologia, organizações e Trabalho no Brasil, Ed. Artmed, 2004.

Bock, Ana Mercês Bahia. Psicologias, uma introdução ao estudo de psicologia.13° edição reformulada e ampliada-1999