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Organizadores Alexandre da Silva Simões Daniele Frascareli Vanessa Nogueira Leite III Fórum de Extensão Universitária do Câmpus Experimental de Sorocaba A inovação para o desenvolvimento social: políticas públicas e internacionalização Sorocaba, SP Outubro, 2013

III Fórum de Extensão Universitária do Câmpus Experimental ......Jul 05, 2013  · residenciais, escolas, instituições filantrópicas, organizações não governamentais e outros

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Organizadores

Alexandre da Silva Simões

Daniele Frascareli

Vanessa Nogueira Leite

III Fórum de Extensão Universitária do

Câmpus Experimental de Sorocaba A inovação para o desenvolvimento social: políticas

públicas e internacionalização

Sorocaba, SP

Outubro, 2013

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Alexandre da Silva Simões (Org.)

Daniele Frascareli

Vanessa Nogueira Leite

Realização:

III Fórum de Extensão Universitária do

Câmpus Experimental de Sorocaba A inovação para o desenvolvimento social: políticas públicas e

internacionalização

Sorocaba, SP

Outubro, 2013

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Os textos e opiniões desta obra são de exclusiva responsabilidade dos seus autores. Os

textos não foram editados, salvo modificações necessárias para o enquadramento no

formato do documento.

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.

Produção Brasileira – Distribuição Digital

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Unesp – Campus

Experimental de Sorocaba

T315

III Fórum de Extensão Universitária do Câmpus

Experimental de Sorocaba: a inovação para o

desenvolvimento social: políticas públicas e

internacionalização / Alexandre da Silva Simões,

Daniele Frascareli e Vanessa Nogueira Leite

(Organizadores). – Sorocaba : Unesp - Campus

Experimental de Sorocaba, 2014

63 f. : il.

ISBN 978-85-64992-10-8

1. Extensão universitária. 2. Educação. 3.

Engenharia. 4. Meio ambiente. I. Simões, Alexandre da

Silva. II. Frascareli, Daniele. III. Leite, Vanessa

Nogueira. IV. Título.

CDD 378.81

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COORDENAÇÃO

Prof. Dr. André Henrique Rosa (Coordenador Executivo)

Prof. Dr. Alexandre da Silva Simões (Vice-Coordenador Executivo)

COMISSÃO PERMANENTE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA (2013-2014)

Prof. Dr. Alexandre da Silva Simões (Presidente)

Prof. Dr. Pedro Miguel Rebelo Resende (titular)

Prof. Dr. Mauricio Becerra Vargas (suplente)

Prof. Dr. Ivando Severino Diniz (titular)

Prof. Dr. Everson Martins (suplente)

Prof. Dr. Roberto Wagner Lourenço (titular)

Prof. Dr. Antonio Cesar Germano Martins (suplente)

Prof. Dr. Paulo Sergio Tonello (titular)

Prof. Dr. Alexandre Marco da Silva (suplente)

Sr. Carlos Henrique Reche (titular)

Srª. Lilian Helena Mathilde (suplente)

Srª. Carolina Laskievic Colombo (titular)

Sr. Pedro Luiz Martins Marques (suplente)

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PRODUÇÃO EDITORAL

Prof. Dr. Alexandre da Silva Simões

Daniele Frascareli

Vanessa Nogueira Leite

CONTATO

www.sorocaba.unesp.br

[email protected]

ENDEREÇO

Comissão Permanente de Extensão Universitária (CPEU)

UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Campus de Sorocaba

Av. Três de Março, 511 - Alto da Boa Vista.

Sorocaba, SP

CEP 18087-180

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APRESENTAÇÃO

Com grande satisfação apresentamos aqui os trabalhos do III Fórum de Extensão do Câmpus Experimental

de Sorocaba, desenvolvidos no contexto do 7º Congresso de Extensão Universitária da UNESP, no âmbito

do Câmpus Experimental de Sorocaba. O evento mobilizou a comunidade acadêmica do Campus Sorocaba

da UNESP – docentes, discentes e servidores técnicos-administrativos – na produção de trabalhos

associados às temáticas da educação, engenharias, meio ambiente e tecnologias.

Neste caderno encontram-se reunidos os trabalhos que foram apresentados no evento. Esperamos que o

material aqui apresentado, de incalculável riqueza técnica e cultural, sirva como material de referência e

reflexão para a disseminação dos conhecimentos adquiridos no âmbito do ensino e da pesquisa

universitária em prol de uma sociedade mais igualitária, solidária e com qualidade de vida.

Prof. Dr. Alexandre da Silva Simões

Vice-Coordenador Executivo do Campus Experimental de Sorocaba (UNESP)

Presidente da Comissão Permanente de Extensão Universitária (CPEU)

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SUMÁRIO

Agricultura urbana: Desenvolvimento de um protótipo para produção agrícola em áreas residenciais. ........ 1

Análise comparativa entre metodologias para formação de uma Com- vida ................................................. 3

Análise das transformações locais feitas por com-vidas na região de sorocaba-sp. ........................................ 5

Calçadas Ecológicas ........................................................................................................................................... 7

Catálogo sobre a classificação de resíduos sólidos recicláveis ......................................................................... 9

Conscientização do uso da energia elétrica através do ensino dos impactos ambientais devido as diferentes

fontes de energia elétrica ............................................................................................................................... 11

Conscientização do uso da energia elétrica por meio da realização de investigação do comportamento dos

consumidores .................................................................................................................................................. 13

Contribuição do núcleo local da UNATI – Universidade aberta à terceira idade – Unesp/Sorocaba para a

sociabilização e a qualidade de vida dos cidadãos da terceira idade….. ........................................................ 15

Desenvolvimento de material didático no projeto robótica itinerante .......................................................... 17

Dinâmica engenharia junior – empresa junior do campus de sorocaba ......................................................... 19

Econdomínios – Condomínios mais sustentáveis ........................................................................................... 21

Encontro sobre Gestão de Impactos Ambientais ............................................................................................ 23

O projeto de extensão “engenhocas.com” ..................................................................................................... 25

Estudo da distribuição geográfica dos participantes da olimpíada brasileira de robótica ............................. 27

Gestão de resíduos sólidos em instituição filantrópica aplicando tecnologia limpa ...................................... 28

grupo acadêmico de iniciativa ambiental: "Recicla" ....................................................................................... 30

Impetus – motivando alunos para as áreas tecnológicas ............................................................................... 32

O desafio robótico como atividade educacional e de extensão universitária na eng. de controle e

automação ...................................................................................................................................................... 34

O ensino de informática para os alunos da terceira idade através do núcleo local da unati sorocaba ......... 35

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O uso da percepção ambiental como ferramenta para a compreensão de avaliações diagnósticas da água

no córrego do bugre em Alumínio – SP. ......................................................................................................... 37

Projeto “Reviva Educa” - Educação Ambiental ............................................................................................... 39

Projeto cursinho Gerabixo Sorocaba .............................................................................................................. 41

Projeto de extensão associação atlética acadêmica unesp sorocaba: promovendo atividades de esporte,

cultura e lazer. ................................................................................................................................................. 42

Rede de educação ambiental Unesp Campus de Sorocaba Reauso ............................................................... 44

Reestruturação do robô humanoide cp01 para atividades de pesquisa e extensão universitária. ................ 46

Resíduos sólidos gerados no campus de Sorocaba da Unesp: resultados sobre seu gerenciamento. ........... 47

Seminário sobre agricultura, urbanização e meio ambiente. ......................................................................... 49

Tec-óleo – logística e tecnologias do óleo residual de cozinha. ..................................................................... 51

Unesp Sorocaba Sem Fronteiras. .................................................................................................................... 53

Unesp-educa: ações de arrecadação de donativos em prol de instituições filantrópicas. ............................. 55

União pró tietê - Observando o rio sorocaba.................................................................................................. 57

Uso de ferramenta de crowdfunding para aumento na eficiência de reciclagem de resíduos na central de

reciclagem de Sorocaba. ................................................................................................................................. 59

Utilização de sementes na aderidas em faixas de t juta em (corchorus capsularis) na semeadura de taludes

em terraplanagem. .......................................................................................................................................... 60

Utilização de técnicas de bioengenharia junto a alunos e comunidade no controle de erosão nos parques

urbanos do município de Sorocaba. ................................................................................................................ 62

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7° Congresso de Extensão

Universitária da UNESP

7° Congresso de Extensão Universitária da UNESP

Pró Reitoria de Extensão

Universitária

AGRICULTURA URBANA: DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA PRODUÇÃO AGRÍCOLA EM ÁREAS RESIDENCIAIS.

Executores: Pedro Lallo Barbosa, Jonas Caçador Cavalca de Barros, Gerson Araujo de Medeiros, Admilson Irio Ribeiro

Palavras Chave: desenvolvimento sustentável, segurança alimentar

Introdução O Brasil historicamente sempre apresentou a vocação para um país de características agrícola. No entanto, nas ultimas décadas surgiram polos de intensa urbanização. Essa urbanização avançou sensivelmente em áreas de agricultura e também preservação. Como consequências surgiram metrópoles com problemas de transporte, saúde, lazer e abastecimento. Nessa inserção, a agricultura urbana é um paradigma de produção que vem atender a uma demanda da população para a melhoria da qualidade de vida e produção de alimentos com aproveitamento de resíduos e reduzido impacto ambiental. Nesse Viés, A agricultura Urbana se apresenta como uma alternativa educacional para a laboreoterapia de pessoas contribuindo para a redução da pobreza e aproveitamento de espaços urbanos, incluindo residências, escolas e empresas. Trata-se, portanto, de uma atividade limpa com potencial aplicação para fins sociais, econômicos, culturais e de desenvolvimento sustentável.

Objetivos O presente projeto tem por objetivo geral desenvolver e divulgar a Agricultura Urbana por meio de processos e protótipos para produção agrícola em residências e espaços urbanizados, além de disseminar os princípios da produção agrícola sustentável, no município de Sorocaba - SP. Objetivos específicos:

a) Desenvolver uma tecnologia para a produção de alimentos e plantas medicinais em áreas urbana, enfocando o interior de residências ou locais desprovidos de solo para cultivo, como instituições filantrópicas, instituições de ensino fundamental e médio, prédios públicos, entre outros, com potencial de reprodutibilidade por outros atores sociais do meio ambiente urbano;

b) Avaliar o desempenho técnico do sistema de produção de alimentos e plantas medicinais,

aplicado a dinâmica e especificidades da instituição parceira do projeto;

c) Avaliar o desempenho de culturas nas condições de manjo de água e nutrientes da tecnologia proposta;

d) Desenvolver uma linha de extensão na UNESP, Campus Sorocaba, relacionada a educação ambiental e agricultura urbana, tendo como temática central a produção de alimentos de baixo impacto em ambiente urbano. Essa temática terá como módulo didático e instrumento de repercussão social o evapotranspirômetro. e) Desenvolver uma tecnologia que possa ser

utilizada para a disseminação de conceitos científicos e tecnológicos relacionados a agricultura urbana, uso eficiente da água, crescimento de plantas e educação ambiental, em feiras de ciências e eventos junto a comunidade de Sorocaba – SP;

Forma de Aplicação Etapas de desenvolvimento da tecnologia social e ambiental:

A) Desenvolvimento, construção e teste hidráulico dos protótipos para a produção de alimentos em ambientes residenciais e urbanos.

Serão construídos e testados no Laboratório de Hidráulica e Mecânica dos Fluídos da UNESP, Campus de Sorocaba, lisímetros de drenagem e com o nível de lençol freático constante (ABOUKHALED et al., 1982) de diferentes tamanhos, para contemplar desde espaços residenciais reduzidos (apartamentos) até canteiros de jardins e hortas. Os protótipos serão feitos a partir de materiais como tubos de PVC, garrafas PET e reservatórios de 300 L, 500 L e 1.000 L. Serão testados sistemas de alimentação de água por gravidade e automatizados, conforme descrito em Medeiros, Arruda (1999).

B) Teste do desempenho de plantas e consumo de água nos protótipos.

Após a construção e teste hidráulico dos protótipos, serão feitas avaliações de desempenho dos protótipos com o cultivo de espécies vegetais como folhosas e plantas medicinais. Nesses testes

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7° Congresso de Extensão

Universitária da UNESP

7° Congresso de Extensão Universitária da UNESP

Pró Reitoria de Extensão

Universitária

serão mensurados parâmetros biométricos das plantas, como altura, e os indicadores de desenvolvimento comprimento do ciclo e florada. O consumo de água ao longo de todo o ciclo será monitorado.

C) Avaliação da produção final. No final do ciclo das culturas será feita uma

análise da produção, incluindo a matéria seca da parte aérea e das raízes.

Resultados O combate a pobreza, a segurança alimentar e o uso eficiente dos recursos naturais são questões potencializadas nos ambientes urbanos das cidades brasileiras, destacando-se o município de Sorocaba, no qual a supressão da área rural é um desdobramento do desenvolvimento industrial e especulação residencial. Esse importante aspecto justifica o desenvolvimento de tecnologias que contribuam para a viabilização da agricultura urbana no município. Outro ponto importante é o controle na produção do alimento, realizado em recipiente isolado, o que reduz os riscos de contaminação do solo e da água, quando comparado ao sistema convencional de cultivo, o que caracteriza a presente proposta como um desenvolvimento de tecnologia limpa. Ressalte-se ainda o potencial de replicação dessa proposta e a sua aplicabilidade junto a diferentes atores sociais do município de Sorocaba e de seu entorno, além de outras regiões industrializadas brasileiras, como a Região Metropolitana de São Paulo e a Região metropolitana de Campinas, as quais possuem taxa de urbanização semelhante a esse município. O desenvolvimento do protótipo está em fase de construção, já sendo definidos os principais elementos do projeto.

Conclusões A principal área a ser beneficiada com esse projeto relaciona-se a extensão universitária junto ao público externo a Instituição de Ensino Superior, e constituído por sociedades de bairro, condomínios residenciais, escolas, instituições filantrópicas, organizações não governamentais e outros segmentos sociais do município de Sorocaba. Junto a esses grupos sociais serão desenvolvidas atividades de educação ambiental, realizadas com a participação dos alunos da Engenharia Ambiental, e relacionadas a questão da produção de alimentos e tecnologias limpas, tendo como instrumento de conscientização o evapotranspirômetro, o que demonstra a repercussão social e interdisciplinaridade do projeto.

Agradecimentos Agradecimentos Pró Reitoria de Extensão da UNESP pela concessão de bolsas BAE II aos dois primeiros autores e ao apoio financeiro.

Bibliografia ABOUKHALED, A., ALFARARO, A., SMITH, M. Lysimeters. Roma: FAO, 1982. 68 p. (Paper, 39). MEDEIROS, G. A.; ARRUDA, F. B. Adaptação e avaliação de evapotranspirômetros para a obtenção do coeficiente de cultura basal (kcb) do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Irriga, Botucatu, v. 4, n. 2, p. 92-103, 1999.

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Análise comparativa entre metodologias para formação de uma Com-Vida

Executores: Fernando Sampaio de Almeida Guedes, Jully Yumi Tanabe e Leonardo Fraceto.

Palavras Chave: Educação Ambiental, Agenda 21, Com-Vida

Introdução Com um sistema competitivo e altamente demandante de recursos naturais, presencia-se níveis altíssimos de degradação ambiental, que a pouco começam a ser relacionados com a piora da qualidade de vida. A Educação Ambiental (EA) trata-se de uma resposta a este crescimento, tem a intenção de formar uma nova percepção ambiental que enfatize a importância do desenvolvimento sustentável, proporcionando uma nova cidadania ambiental [REIGOTA, 2006]. O ambiente escolar é um exemplo de espaço onde é possível maximizar o efeito da EA, dado que é um promotor de ações de cidadania, mediador de conhecimentos e consciência critica. É de suma importância portanto, que haja comprometimento envolvimento de corpos discente e docente na consolidação de um ambiente harmonioso, equilibrado e saudável. Com base nesses princípios, surge a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), proposta pelos participantes da I Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente em 2003 [MMA, 2007]. Para o fortalecimento da Com-Vida, trabalha-se com a implantação de uma agenda 21, uma agenda de compromisso e ações sustentáveis, que possui diversas ordens, na escola, busca-se instaurar uma agenda 21 escolar, que é um processo em que a comunidade do local busca elaborar em conjunto um Plano de Ação que visa a melhoria da qualidade de vida entorno da escola [MMA, 2007].

Objetivos Comparar as metodologias aplicadas entre

a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida) criada nas escolas: Escola Estadual Professor Genésio Machado e Escola Municipal Matheus Maylasky, buscando determinar a melhor metodologia na criação e perpetuação de uma Com-Vida, e esclarescer pontos de sucesso e fracasso de cada metodologia.

Forma de Aplicação Na Escola Municipal Matheus Maylasky, em

2012, trabalhou-se semanalmente com estudantes voluntários de classe social média-alta do 7o e 8º ano do ensino fundamental, utilizou-se de espaços disponibilizados pela escola para a execução das atividades e criou-se um cronograma que priorizasse a capacitação desta Com-Vida e posterior disseminação dos conhecimentos adquiridos para o 3o ano do ensino fundamental. O cronograma programado para esta escola contou com 6 meses de capacitação da Com-Vida e 6 meses de transmissão de conhecimentos por parte dos novos agentes transformadores, sob fiscalização dos monitores do projeto. Ensinou-se aos alunos no 7o e 8º ano conceitos básicos de educação ambiental, de forma que fossem capazes de ministrar as atividades com os alunos do 3º ano.

Na Escola Estadual Genésio Machado, em 2013, trabalhou-se semanalmente com estudantes voluntários de classe social média-baixa do 9o ano do ensino fundamental, utilizou-se do espaço de recreação da escola para a execução das atividades e criou-se um cronograma que priorizasse a transformação da escola e dos alunos participantes, de modo que cada indivíduo compreendesse que é capaz de perceber os problemas sócio-ambientais do meio, questionar suas origens, propor metodologias de resolução e as colocar em prática. O cronograma programado contou com 2 a 3 meses para a resolução de cada problema proposto pelos alunos, bem como diagnósticos mensais da escola, reuniões de planejamento mensais e conversas semanais com a diretoria. Durante as atividades semanais trabalhou-se conceitos de meio ambiente, cooperação e cidadania.

Resultados Ainda que o projeto tenha sido realizado com metodologias e escolas diferentes, foi possível atribuir a cada variável um efeito direto.

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Universitária

A Escola Municipal Matheus Maylasky, demonstrou maior infra-estrutura e recurso em relação à Estadual Genésio Machado. Por outro lado a escola estadual, revelou-se mais mobilizada, pró-ativa e com maior engajamento dos alunos em projetos extra-curriculares. Da primeira, foi cedido, de acordo com a necessidade, espaços isolados do convívio escolar que atendessem a demanda, da segunda, utilizou-se o pátio, ambiente comum a todas as crianças da escola e sem qualquer recurso. A diretoria da escola municipal permitia as atividades, sugeria soluções aos problemas emergenciais, mas era pouco acessível e não tinha a preocupação de avisar em casos de impossibilidades de realização das atividades do projeto, a diretoria da escola estadual era mais colaborativa, tomando compromissos, ainda que muitas vezes incapaz de demonstrar resultados.

Pode-se observar ainda que a escola Matheus Maylasky teve, em um primeiro momento grande quantidade de participantes (Figura 1), sem muita rotatividade, e posteriormente, em sua segunda etapa uma média de dois alunos. Enquanto na escola Genésio Machado, o número de participantes revelou-se pequeno inicialmente, altamente rotativo (Figura 2), mas com tendência a crescer.

Figura 1: Número de participantes por atividade e linha de tendência linear.

Figura 2: Número de participantes por atividade e linha de tendência linear. Considerando o numero de participantes, o espaço utilizado e o tipo de abordagem dado pela metodologia, pode-se dizer que o número de

pessoas alcançado na escola municipal foi, diretamente 7o, 8o e 3o anos, e indiretamente as comunidades e família de cada criança, enquanto que na escola estadual foi, diretamente 9o ano, interessados do grêmio estudantil e do grupo Jovens Brasileiros em Ação (JBA), indiretamente a escola toda. O grau de mobilização dos alunos participantes foi outro efeito de destaque na mudança da metodologia, evidenciado pela postura dos alunos e pela lista de presença. Na escola Matheus Maylsky os alunos eram pouco mobilizados, chegavam atrasados, resistiam quando sugerido que ministrassem apresentações aos menores e não eram pró-ativos, já na escola Genésio Machado, os alunos eram mobilizados, pontuais, perguntavam do resultado das conversas com a diretoria, da possibilidade de continuidade mesmo em datas de feriado e eram, sobretudo, pró-ativos. Diagnosticou-se uma maior fixação dos conceitos ambientais por parte da Com-Vida realizada na escola municipal. Os alunos da outra comissão de meio ambiente e qualidade de vida criada, por outro lado, perceberam sua capacidade como agentes transformadores de gerar mudanças positivas no seu ambiente.

Conclusões É impossível prever o resultado final da nova metodologia, todavia percebe-se uma maior motivação, quantidade de pessoas envolvidas no projeto e sensação de realização por parte dos alunos, quando comparando-se a primeira metodologia aplicada, o que leva a crer que haja uma maior possibilidade da Com-Vida alcançar seus objetivos. Entretanto, a diretoria se mostra desconfiada da capacidade dos alunos de fazerem as transformações sozinhos e advém disso um desafio a perpetuação da comissão de meio ambiente e qualidade de vida, assim como a não ciclagem dos seus membros.

Agradecimentos Agradecimentos a Proex e fundunesp pelo apoio financeiro ao projeto.

Bibliografia BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Formando Com-vida, Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola : construindo Agenda 21 na escola: 2. ed. Brasília: Mec, Coordenação Geral de Educação Ambiental, 2007. 56 p REIGOTA, Marcos Antônio dos Santos. O que é Educação Ambiental. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora Brasiliense, 2006.

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Presença - E. M. Matheus Maylasky

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Presença - E. E. Genésio Machado

Presença - E.E. GenésioMachado

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Análise das Transformações Locais Feitas Por COM-VIDAS Na Região de Sorocaba-SP.

Executores: Jully Yumi, Fernando Guedes, Artur Fonte e Leornado Fernandes Fraceto.

Palavras Chave: Educação Ambiental, Agenda 21, COM-VIDA, transformação local.

Introdução Diante de um cenário de alta degradação ambiental e paradigmas que não correspondem mais as expectativas de um sistema sustentável, a educação ambiental (EA) surge a partir da necessidade de participação popular engajada em transformar essa realidade, priorizando a melhor qualidade de vida. Uma das ferramentas da EA é a Agenda 21, que tem como consenso o desenvolvimento sustentável, com planos de ação para o século XXI, prevendo a tomada de consciência do público sobre a questão ambiental e sua capacitação para a transformação local, global (MONTEIRO, 2009). Uma forma de colaborar e somar esforços para a realização da Agenda 21 é a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA), uma organização formada pela comunidade em prol da melhoria da qualidade de vida do entorno da escola, propondo a formação de agentes multiplicadores de conhecimento, e promovendo uma perspectiva de um ambiente justo, plural e ambientalmente sadio (SANTOS, 2009).

Objetivos Identificar as principais transformações locais que ocorreram em 5 anos de Projeto Natureko – Formação de uma COM-VIDA.

Forma de Aplicação O projeto tem como duas frentes: formar uma Comissão Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida e implantar uma Agenda 21 escolar. O público-alvo são os adolescentes do ensino fundamental, entre 13 a 15 anos de idade, devido a maior maturidade e responsabilidade que uma COM-VIDA necessecita. Em três escolas públicas foram aplicadas dois tipos de metodologias. Para a E. M. Prof. Flávio de Souza Nogueira e na E. M. Matheus Maylasky foram aplicadas atividades semanais que seguiam as diretrizes do MEC, visando criar um sentimento de pertencimento, responsabilidade e motivação para que o jovem se sentisse capaz de transformar o seu meio ambiente. As atividades foram divididas em módulos segundo os temas abordados, que são: resíduos sólidos, energia, problemática da água, biodiversidade, problemas ambientais e a relação homem-natureza.

A forma de aplicação foi através de aulas teóricas, atividades lúdicas e cooperativas, oficinas, visitas e vídeos para sensibilização, relacionando com a realidade onde a comunidade está inserida, identificada pelo diagnóstico inicial. Após a capacitação dos agentes socioambientais e a formação da COM-VIDA, são feitas ações para inciar a Agenda 21 escolar. Na E. M. Prof. Flávio de Souza Nogueira iniciou-se uma horta na escola, em que a comissão era responsável pela sua manutenção. Já a COM-VIDA da E. M. Matheus Maylasky foi responsável pela conscientização sobre a importância do descarte correto do lixo e da coleta seletiva para 3ª série. Uma outra metodologia foi proposta para a E. E. Genésio Machado, foi dar prioridade a Agenda 21, em atividades que dêem sentimento de pertencimento e mobilizem os alunos voluntários a transformarem o ambiente escolar. Inicialmente é feito o diagnóstico sobre os principais problemas dentro da escola e para solucioná-los é feito um planejamento de ações em conjunto com os adolescentes. A COM-VIDA será formada através da motivação que encontram em resolver as atividades, cooperação em prol de um bem maior e na conscientização ambiental dos outros alunos da escola.

Resultados O projeto teve início em 2009 na E. M. Prof. Flávio Gagliardi, a COM-VIDA foi formada por 6 alunos da 6ª série. Eles eram muito interessados, participativos e espertos, contudo, a COM-VIDA ficou desmotivada quando as atividades começaram a ficar mais sérias, com menos brincadeiras e mais discussões, reflexões críticas sobre a atuação da comissão. Ao final de 2010, foi feita uma horta na escola em que cada um dos participantes da COM-VIDA tinha responsabilidade de regar, retirar parasitas, matinhos que cresciam em volta da planta. Porém, a direção da escola não deu apoio necessário para a realização das atividades, fechando o local da horta, ou proibindo os alunos de trabalharem em a sua manutenção. Em 2011, a COM-VIDA feita na E. M. Matheus Maylasky contou com 8 participantes, sendo mais

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heterogênea, formada por alunos do 7ª e 8ª série (Figura 1). A capacitação desses agentes foi muito eficaz, de modo que lembravam de todo o conteúdo antes trabalhado. Para implantar a Agenda 21 escolar foi feito um diagnóstico sobre os reais problemas na escola, em seguida, foi aberta uma discussão sobre o planejamento das atividades para resolver tais problemas. O principal fator apontado por eles foi o descarte incorreto do lixo, que se encontravam em coletores errados, ou no chão. Portanto, a COM-VIDA entrou em um consenso de que havia a necessidade da conscientização sobre o problema do lixo, contudo, não seguros para trabalharem com turmas mais velhas, logo, preferiram atingir os alunos menores da 3ª série. As atividades propostas para essas turmas foram vídeos de sensibilização de fácil entendimento, uma gincana e uma visita para maior compreensão sobre o tema. Contudo, foram feitas apenas 4 atividades, pois a escola estava atrasada com a matéria e não poderiam liberar os alunos para fazerem a atividade de EA, também não forneceram estrutura para apresentação do vídeo e da gincana. Apesar dos problemas desta COM-VIDA, os 2 alunos que permaneceram no projeto foram capazes de explicar a problemática do lixo de forma simples e correta para as turmas da 3ª série. Devido as dificuldades encontradas, o projeto teve que iniciar suas atividades em outra escola.

Figura 1: Com-Vida da E. M. Prof Flávio de Souza Nogueira e Com-Vida da E. M. Matheus Maylasky em atividade de sensibilização da 3ª série. Em 2013, iniciou as atividades do Projeto Natureko na E. E. Genésio Machado. Após 2 COM-VIDAs sem grande sucesso, esta nova escola mostrou já grande poder de mobilização, já exisitiam as instituições Grêmio e Jovens Brasileiros em Ação (JBA da Polícia Civil). Logo, foi decidido utilizar uma metodologia já de mobilização, resolvendo os problemas identificados em diagnósticos e conversas com os próprios alunos e funcionários. O problema que os alunos apontaram como o mais problemático foi uma sala que continha vários livros em bom estado ou novos em um estado de abandono, com indícios de ratos e baratas. Os alunos retiraram todos os livros, organizaram em setores por disciplinas e arrumaram a sala para permanecer apenas os livros para professores (Figura 2).

Figura 2: Livros retirados da sala e livros organizados em setores por disciplina. Esta COM-VIDA contém 8 participantes, todos do 9º ano do fundamental, muitos participam do teatro e de outras instituições da escola, mostrando-se diferente de outras comissões antes formadas, sendo muito mais unida, com sentimento de pertencimento, motivada e segura da capacidade na transformação da escola. Além disso, encontrou-se nesta escola um maior apoio da direção quando a parte material, um local para ocorrer as atividades do Natureko e auxílio em solucionar os próprios problemas da escola. As atividades estão em continuidade, com a meta de conscientizar a escola quanto a problemática dos resíduos sólidos, com avisos durante as aulas, colocando lixeiras maiores nas salas, cartazes de conscientização e palestras para sensibilização das outras turmas.

Conclusões As COM-VIDAs formadas poderiam ter um impacto maior se tivessem maior apoio da direção das escolas e uma melhor forma de conciliar as duas metodologias, de forma que tenha a capacitação dos alunos e a mobilização na escola.

Agradecimentos Agradecimentos a Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX) e a Fundação para o Desenvolvimento da UNESP (Fundunesp) pelo apoio financeiro. A Cassia Pimentel, Rafael do Valle e a todos colaboradores que apoiaram na realização deste projeto.

Bibliografia MONTEIRO, T. R. N. Educação ambiental e transformações no espaço urbano: experiências das escolas estaduais de belem/pará. 147 f. Dissertação (Pós-graduação) - Unama, Belém, 2009. SANTOS, E. C. Educação ambiental e ensino de ciências: a transversalidade e a mudança de paradigma. In: encontro nacional de pesquisa em educação em ciências, 7. Florianópolis: 2009. p. 1 - 13.

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CALÇADAS ECOLÓGICAS

Executores: Marcel Gobbi de Alvarenga; Bruno Oliveira Garcia; Gabriel Marques Rodella; Marcos Paulo Minussi Bini e Profa. Dra. Maria Lúcia Pereira Antunes – [email protected]

Palavras Chave: Meio Ambiente; Reciclagem; resíduo.

Introdução Os diversos resíduos gerados nas indústrias representam um grande desperdiço de matéria-prima, além de representarem potenciais riscos à sociedade e ao meio ambiente. O gerenciamento dos resíduos sólidos industriais é um dos principais problemas enfrentados pelas empresas, seja por questões ambientais e legais, seja por questões financeiras. A destinação desses resíduos são em geral lixões, aterros sanitários ou mesmo terrenos abandonados ou inabitados. Observa-se então, a necessidade de buscar novos processos que permitam a redução dos resíduos gerados pelas indústrias, bem como novas formas de reaproveitamento desses resíduos. Uma possibilidade de reaproveitamento dos mesmos é a sua utilização na construção civil, substituindo, parcialmente, matérias-primas como a brita e areia por resíduos industriais. Esta é uma alternativa positiva, uma vez que reduz a deposição de resíduos em aterros e ainda contribui com a redução de insumos e custo na indústria da construção civil. É com essa perspectiva que foi criado o projeto de extensão “Calçadas Ecológicas”, que procura contribuir com solução para os resíduos industriais da região de Sorocaba.

Objetivos O projeto “Calçadas Ecológicas” tem como objetivo identificar os resíduos industriais da cidade de Sorocaba e região, que possuem potencial para serem utilizados na confecção de tijolos de cimento para calçamento, realizando os ensaios e os experimentos necessários. Por fim, o material produzido, poderá ser distribuído para a construção de calçadas e pequenas passarelas de Instituições beneficentes da cidade.

Forma de Aplicação Neste primeiro semestre de desenvolvimento do projeto, este foi dividido em duas etapas. Na etapa inicial foi feito contato com as empresas da região de Sorocaba e selecionados alguns resíduos sólidos que não são aproveitados no processo produtivo e

que têm potencial para incorporação em cimento. Ainda nessa etapa foi feita uma caracterização do resíduo, através de análise química (fluorescência de raios-X - Axios Advanced, da marca PANalytical) ou através de informações da indústria sobre a sua composição. Na segunda etapa do projeto, foi dado início a confecção de tijolos de argamassa, no formato cilíndrico, produzidos sem resíduo. Esta etapa propiciou aos alunos bolsistas aprenderem a confeccionar corpos de prova e a construírem modelos de calçamento que poderão ser utilizados nas futuras instalações.

Resultados Foram identificados dois tipos de resíduos sólidos, cedidos pelas empresas da região, com potencial para serem utilizados em corpos de prova de cimento portland. O primeiro resíduo é proveniente de uma indústria produtora de aerogeradores. Em seu processo de produção, as pás eólicas são furadas para serem fixadas aos motores, gerando um pó fino como resíduo (Resíduo I). O segundo resíduo foi coletado em um sistema de exaustão de uma indústria metalúrgica da região (Resíduo II). A Tabela I apresenta a composição desses resíduos. Tabela 1 – Composição dos Resíduos Industriais utilizados fornecidos pelas indústrias da região. Composição Resíduo I Madeira balsa, resina

epóxi e fibra de vidro. Resíduo II 32% Fe2O3, 21% Cr2O3,

17% SiO2, 16% Al2O3, 8% MgO.

De acordo com a composição desses resíduos, nota-se a presença de elementos que podem ser reaproveitados e incorporados em massas de cimento, proporcionando boas propriedades mecânicas [1]. Quanto a granulometria desses resíduos, estes são semelhantes a areia. Sendo o Resíduo II identificado como areia de fundição. Estes resíduos

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apresentam grande potencial para substituir uma fração do agregado fino na argamassa. A próxima etapa deverá identificar a porcentagem de areia que pode ser substituída pelo resíduo de forma a não alterar as propriedades mecânicas necessárias para a obtenção de corpos de argamassa. Como resultado da segunda etapa deste projeto, foram confeccionados tijolos de argamassa de formato cilíndrico, como apresentado na figura 1. Foram feitos testes iniciais para a utilização desses tijolos para a produção de calçamento. Desta forma foi possível identificar geometrias possíveis de distribuição e fixação desses tijolos e pode-se aprender o processo de produção de calçadas. Os resultados obtidos são apresentados na figura 2.

Figura 1 – Corpos de Prova de argamassa em formato cilíndrico.

Figura 2 – Diferentes geometria para a confecção de calçadas.

Conclusões Pelos resultados de composição e granulometria dos resíduos, é possível concluir que estes podem ser utilizados em substituição a uma fração do agregado miúdo na argamassa. A confecção de tijolos em formato cilíndrico, proporciona diferentes geometrias que pode sem utilizadas nas calçadas.

Agradecimentos

Agradecimentos a PROEX pelo apoio financeiro e pelas bolsas BAAE II, e a todos os alunos que participam voluntariamente do projeto.

Bibliografia 1- PINTO, C. A. Estudo da estabilização por solidificação de resíduos contendo metais pesados. 2005. 229 f. Tese (Doutorado em Engenharia Química) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

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CATÁLOGO SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

RECICLÁVEIS

Executores: Prof.ª Dr.ª Luiza Amalia Pinto Cantão, Prof. Dr. Sandro Donnini Mancini, Larissa de Lima Pitondo, Prof.ª Dr.ª Maria Lucia Pereira Antunes

Palavras Chave: Resíduos Sólidos Recicláveis, Reciclagem, Catálogo.

Introdução Nos dias atuais, a preocupação com o Meio Ambiente tem ganhado espaço tanto no setor público, devido a exigências governamentais, quanto no setor privado, que precisa de certificações de qualidade para ganhar espaço no seu mercado de negócios. Esta preocupação também se estende à população em geral, pois sabe-se que a sua colaboração fará diferença. Porém este esclarecimento ainda não atinge toda a população, nem todo o setor privado. Até mesmo em cooperativas há dificuldade em separar corretamente os materiais recebidos e sua destinação. Um dos principais motivos é a falta de informação sobre o que é reciclável. Logo, temos por meta formatar e divulgar um catálogo sobre resíduos sólidos recicláveis com a finalidade de esclarecer toda a cadeia de geração de resíduos sólidos sobre o que é reciclável, resultando na produção de menos resíduos para os aterros sanitários e evitando a sua contaminação por outros resíduos. Portanto, educar sobre a coleta seletiva é melhorar a qualidade de trabalho dos cooperados (associados) e catadores.

Objetivos Elaboração do catálogo sobre resíduos sólidos recicláveis com a finalidade de esclarecer, tanto as pessoas que trabalham diretamente com este resíduo quanto à população que colabora com a sua separação, sobre o tipo de material é passível de reciclagem, informando de maneira clara e ilustrativa suas principais características, nome popular e técnico e curiosidades. Distribuição do catálogo em cooperativas, empresas e comunidades. Conscientização da população em geral. A proposta do material a ser divulgado aborda alguns dos aspectos da Educação Ambiental muito discutidos atualmente, devido aos diversos problemas relacionados ao Meio Ambiente, como a destinação correta dos resíduos sólidos gerados. O resíduo sólido gera um alto custo para as prefeituras municipais, pois manter um aterro sanitário é dispendioso e sua vida útil não é longa.

Capacitação dos cooperados através da abertura de um canal com a Universidade. Com a implantação de cooperativas e associações de reciclagem, os trabalhadores conseguiram melhorar a renda, através de parcerias com a comunidade local, que fornece o material, e com os receptores, além de garantir melhores condições trabalhistas.

Forma de Aplicação Elaboração e formatação do material de divulgação, como o catálogo, pôster e folders. Ainda, a divulgação do material desenvolvido através da sua distribuição em locais públicos, empresas, cooperativas e residências, além do desenvolvimento de uma página na internet contendo o material desenvolvido, que deverá ser hospedada no site da unidade universitária.

Resultados Os materiais desenvolvidos são um cartaz (Figura 1), um folder (Figuras 2 e 3) e o catálogo, com aproximadamente 40 páginas, contendo informações mais detalhadas sobre os materiais passíveis de reciclagem (Figura 4). Uma página na internet está sendo elabora e deverá ser hospedada no site da unidade universitária. Além disso, todo o material confeccionado será distribuído na região de Sorocaba – SP, para empresas, cooperativas, comércio e distribuídos em pontos de maior circulação da população desta cidade.

Figura 1: Poster sobre material reciclável.

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Figura 2: Primeira parte do folder.

Figura 3: Segunda parte do folder.

Materiais Caixa Longa Vida

ESPÉCIE Caixa Longa Vida PRODUTOS Embalagens de alimentos líquidos em geral.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

A caixa longa vida é formada por três materiais: papel, plástico e alumínio. Tem sua distribuição feita em 6 (seis) camadas. As proporções dos componentes são:

Funções: Papel: Oferece resistência à embalagem e recebe

a impressão. Alumínio: Protege o alimento da luz. Plástico: Isola o papel da umidade, impede o

contato do alumínio com o alimento e funciona como elemento de adesão entre os materiais.

UTILIDADE Mantém os alimentos conservados sem resfriamento e os conserva por mais tempo.

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS

A embalagem é 100% reciclável, podendo o papel ser utilizado novamente no seu próprio processo de fabricação e o alumínio junto com o plástico serão transformados em cabos de pá, vassouras e coletores, e outros materiais.

CURIOSIDADES O plástico utilizado é o polietileno de baixa densidade (PEBD).

Figura 4: Página do catálogo.

Conclusões A temática “reciclagem” gera pesquisa em diversas áreas de conhecimento, englobando desde os aspectos sociais, sua composição fisíco-química e sua agregação em outros materiais, para citar

alguns exemplos. Este trabalho visa o aspecto social de divulgação, conscientização e esclarecimento sobre reciclagem. Além disso, o projeto tem a finalidade de elaborar um material de apoio à população, cooperativas e empresas. O produto gerado busca um maior esclarecimento sobre um assunto amplamente discutido e corrobora com a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), auxiliando os municípios na sua execução.

Agradecimentos À PROEX (Pró-Reitoria de Extensão) pelo auxílio financeiro e à concessão de bolsa.

Bibliografia L. A. P. Cantão, M. de M. Cardoso, S. D. Mancini. Um Catálogo Sobre os Resíduos Sólidos Recicláveis. II Congresso Paulista de Extensão e I Congresso de Extensão Universitária da UNIFESP, 2012. M. de M. Cardoso. Análise Estatística e Classificação dos Perfis dos Resíduos Sólidos das Cidades de Sorocaba e Itapira. Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Ambiental, 2012.

Papel 75%

Plástico 20%

Alumínio 5%

Componentes da caixa Longa Vida

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Conscientização do uso da energia elétrica através do ensino dos impactos ambientais devido as diferentes fontes de energia elétrica Executores: Roberta Negri Superbia, Thaís Berrettini Bosco, Flávio Alessandro Serrão Gonçalves e Paulo Jose Amaral Serni Palavras Chave: fontes de energia elétrica, conscientização do uso, impactos ambientais

Introdução Cada vez é mais estreita a relação do desenvolvimento de um país com a quantidade de energia que este produz, desta forma, todas as variáveis envolvidas na geração, distribuição, armazenamento e consumo são amplamente estudadas e analisadas. Devido a possível escassez de recursos naturais e aos impactos ambientais que as energias não renováveis produzem, a geração de energia baseada em fontes alternativas renováveis passou a ser opção para a transformação de um sistema energético maduro e tradicional. Podem ser caracterizadas como renováveis a biomassa (em geral proveniente do bagaço de cana), hidráulica, lenha e carvão vegetal, eólica e solar. Já como não renováveis tem-se o gás natural, carvão mineral, nuclear, petróleo e derivados. No entanto através de estudos mais aprofundados nota-se que todas as formas de obtenção de energia causam algum tipo de impacto ao meio ambiente, estando as energias renováveis também inclusas, seja de grande ou pequena proporção aquele nunca sai intacto e sem vestígios das consequências das extrações e das intervenções antrópicas. Assim, a preocupação com o desperdício de energia, independentemente da forma com que este foi gerado, é de extrema importância e com o passar dos anos tem sido objeto de diversas campanhas de conscientização.

Objetivos Este presente estudo tem por objetivo trazer um panorama geral das diversas formas de geração de energia, de seus respectivos impactos ao meio ambiente, através de análises comparatórias, bem como seus percentuais na matriz energética brasileira. Além disso, permitir que essas análises sejam a base de pesquisa para a elaboração de campanhas de conscientização sobre o uso de energia elétrica.

Forma de Aplicação

Com o intuito de realizar campanhas de conscientização sobre uso de energia elétrica na população foram elaboradas duas cartilhas educativas para que ambas as classes de usuários pudessem ser atingidas. Uma delas foi construída com uma linguagem mais simples, com diversas imagens ilustrativas e com um personagem que pudesse interagir com o leitor, que neste caso seria uma criança.

A outra cartilha emprega uma linguagem mais completa e específica, de forma a proporcionar um conteúdo mais completo e abrangente ao leitor, que neste caso, seria uma pessoa com já algum conhecimento na área abordada.

Outra forma de aplicação da conscientização é através de palestras em escolas, em que além da distribuição da cartilha haja um maior contato com os leitores infantis.

Resultados

A partir do estudo realizado sobre os diversos impactos que as diferentes formas de geração de energia causam no meio ambiente, foi possível fazer uma análise de dimensionamento do grau de cada impacto na natureza. Para esse dimensionamento, foi estipulada uma escala de gravidade, sendo zero o de menor impacto e cinco o de maior, conforme mostra a Figura 1. Também para facilitar a visualização e o entendimento do gráfico, as formas de energias também foram coloridas, seguindo-se os seguintes parâmetros:

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Figura 1 – Estimativa dos impactos ambientais em

função das formas de obtenção de energia.

Analisando-se o gráfico, nota-se que a energia nuclear está representada pela cor verde, visto que foram analisadas sobre condições ideias de funcionamento. No entanto, sabe-se que em casos de acidentes, ela causaria danos imensos. A partir dessas diversas análises foi possível confeccionar as duas cartilhas para a concretização da etapa de conscientização do projeto.

Conclusões Após o presente estudo, foi possível concluir que

todas as formas de produção de energia, apresentadas neste trabalho, contribuem com a poluição de alguma forma o meio ambiente. Assim, a realização da estimativa do grau de impacto ambiental, possibilitou dimensionar as diferenças e comparar os diferentes impactos ambientais entre os variados tipos de geração de energia. O resultado da utilização desta ferramenta de análise é a separação das formas de geração energética em três grupos distintos, de acordo com o seu respectivo dano ambiental.

A partir de então, foi verificado que mesmo as energias renováveis, não estão excluídas de causar poluição. Diante disso é notável ressaltar que até mesmo as energias que aparentemente são as mais ecologicamente corretas, poluem em algum estágio do processo, tornando-se imprescindível a economia e racionamento de energia, independentemente da forma como ela foi produzida.

Por fim, entende-se que estudos como estes tem se tornado cada vez mais frequentes, visto que

servem como base a outras possíveis pesquisas e área de atuação, como, por exemplo, no caso de usá-lo como base para criação de campanhas de conscientização do uso de energia elétrica.

Agradecimentos Agradecimentos à PROEX – Pró Reitoria de

Extensão Universitária pelo apoio financeiro e aos orientadores pela atenção durante o projeto.

Bibliografia [1]-GOMES, Carla da Gama Soares. Noções de

Geração de Energia Utilizando Algumas Fontes de Baixo Impacto Ambiental. 92 f. Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. [2]-GODOY, José Marcus de Oliveira. Energia Nuclear e Impacto Ambiental. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010.

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Conscientização do uso da energia elétrica por meio da realização de investigação do comportamento dos consumidores

Executores:Thaís Berrettini Bosco, Roberta Negri Superbia, Flávio Alessandro Serrão Gonçalves e Paulo Jose Amaral Serni

Palavras Chave: fontes de energia elétrica, conscientização do uso, impactos ambientais

Introdução Em um consumidor residencial o valor da

energia elétrica a ser paga é calculado com base na potência dos utensílios domésticos e o seu tempo de utilização de acordo com o comportamento de uso do consumidor. Assim, a energia elétrica consumida por um determinado aparelho é obtida por meio da multiplicação entre a sua potência e seu tempo de uso durante todo o mês. A unidade utilizada para a potência é o kW (Kilowatt) e a unidade de tempo utilizada é a hora (h), portanto o consumo é dado em kWh [1].

Para que os cidadãos tomem o conhecimento da influência do consumo de cada utensílio doméstico na sua conta de energia elétrica, desenvolveu-se o projeto Conscientização do Consumo da Energia Elétrica. Dessa forma, através de pesquisas realizadas por meio de questionários, podem ser identificados certos padrões de comportamento dos usuários. Então, em função destes padrões, são determinados quais os fatores principais que contribuem para o aumento no valor de suas contas. Esses fatores são de extrema importância e estão relacionados com os hábitos das pessoas os quais podem muitas vezes resultar em um desperdício no consumo de energia elétrica. Considerando-se quem esta energia elétrica mal utilizada deve ser gerada, por exemplo, de forma não renovável por uma usina termoelétrica baseada na queima do óleo diesel, esta falta de consciência no consumo acarreta grandes prejuízos ao meio ambiente.

Objetivos O objetivo inicial deste projeto de extensão é estabelecer mecanismos de avaliação de padrões de comportamento no consumo de energia elétrica de consumidores residenciais [2]. Nesta primeira fase um questionário foi desenvolvido e aplicado a consumidores [3], por meio do qual informações importantes são obtidasnum sistema de perguntas e

respostas em papel. Todas as questões são relativas aos hábitos de utilização de equipamentos eletrodomésticos entre outros. Como evolução da proposta, a investigação realizada manualmente, deve ser transformada em uma ferramenta eletrônica com acesso disponibilizado através da internet.Com esta análise, pode-se conscientizar os consumidores e por consequência a sociedade sobre aquilo que se pode evitar ou melhorar, para que além do benefício financeiro com a queda na conta do consumo de energia elétrica, seja minimizado o prejuízo ao meio ambiente.

Forma de Aplicação

Um exemplo do conjunto de perguntas efetuadas no questionário segue abaixo:

Quantas pessoas moram em sua casa? Todas elas trabalham ou estudam em período integral? (Senão: Quantas?) Quantos cômodos há? Usa lâmpada incandescente ou fluorescente?(Se os dois: quantas de cada?) Costuma deixar as luzes acesas durante a noite? Quando fica em casa, costuma deixar as luzes acesas?

Costuma deixar luzes acesas quando sai de casa?

Tem televisão? Quantas? Que marca? Que modelo? Costuma deixar os aparelhos em stand by, desligando-os pelo controle remoto, por exemplo? Assiste TV com que frequência? Costuma fazer uso de ventiladores? Com que frequência? Qual a marca? Possui ar condicionado? Qual a marca? Usa com que frequência? Possui aquecedor de água? Usa com que frequência? Qual a marca? Possui umidificador de ar? Qual a marca? Usa com que frequência? Tem ducha ou chuveiro?

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Costuma deixar o chuveiro sempre no inverno, ou de acordo com as estações? Demora cerca de quanto tempo no banho? Tem o costume de secar o cabelo? Com que frequência? Com secador ou chapinha? Qual a marca? Cozinha em casa? Quantas vezes ao dia? Quanto tempo leva para aprontar uma refeição?

Tem quantas geladeiras? Qual a marca? E o modelo? Costuma escolher a comida com a geladeira aberta? Ou escolhe antes de abri-la? Tem quantos fogões? Qual a marca e o modelo? Faz muito uso de microondas? Qual a frequência? Qual a marca? Costuma deixar o microondas conectado a tomada mesmo quando não esta utilizando? Tem Freezer? Qual a marca? Quantos? Tem lavadora de louça? Qual a marca? Usa com que frequência? Tem purificador de água? Tem cafeteira elétrica? Usa com que frequência? Lava roupas em casa? Com que frequência? Possui maquina de lavar roupas? Qual a marca? Possui ferro de passar roupas? Qual a marca? Limpa a casa com que frequência? Possui aspirador de pó? Qual a marca? Que tipo de pergunta lhe causou incômodo?

Resultados Como resultado das análises efetuadas com

base no conjunto de perguntas pode-se dividir os consumidores em 4 classes distintas.

Então se tem a classe dos consumidores com numero alto de cômodos na casa e que passam o período integral em suas casas (1), a classe dos consumidores com numero alto de cômodos e que passam parte do dia em suas casas (2), a classe dos consumidores que tem numero baixo de cômodos e passam período integral em suas casas (3), e a classe dos consumidores que tem numero baixo de cômodos e passam parte do dia em suas casas (4).

Pelas classes, tem-se que a classe 1 é a que possui uma quantia maior de hábitos inadequados, como por exemplo, deixar aceso um número maior de lâmpadas para ir de um cômodo a outro, deixar a televisão ligada mesmo quando esta não está sendo utilizada, entre outros, e juntamente com a exigência de mais eletroeletrônicos devido a casa ser maior e com o maior tempo de uso com o período integral, acaba por consumir mais energia elétrica que as demais classes.

Os principais hábitos inadequados do ponto de vista de conscientização encontrados com as

pesquisas foram: deixar muitas luzes acesas por conforto visual, deixar a televisão ligada mesmo quando não é assistida, manter aparelhos como microondas ligados as tomadas mesmo fora de uso, manter chuveiros na opção de inverno durante outras estações, deixar aparelhos como televisão em stand-by e abrir a geladeira antes mesmo de saber o que pegar dentro dela, portanto, deixando a porta aberta durante muito tempo .

Pode-se dizer, então, que se estes comportamentos inadequados forem evitados, haverá um decréscimo considerável no consumo de energia elétrica, tornando-o consciente.

Conclusões As previsões indicam que as ações deste

projeto de extensão irão resultar na conscientização da importância de hábitos adequados no consumo de energia elétrica. Com a adoção de hábitos adequados espera-se que a população economize energia elétrica, além do que o gasto descontrolado da mesma resulta sabidamente em malefícios ao meio ambiente.

Para tanto, os principais fatores que contribuem para o aumento no valor da conta de energia elétrica foram exibidos durante as pesquisas, afim de que as pessoas tenham a percepção do quanto os hábitos inadequados tem influência sobre o consumo de energia. Dessa forma, existe a contribuição deste projeto junto aos consumidores na criação de novos hábitos economicamente e ecologicamente corretos.

Agradecimentos Agradecimentos à PROEX – Pró Reitoria de Extensão Universitária pelo apoio financeiro e institucional e aos orientadores pela atenção durante o projeto.

Bibliografia [1] COTRIM, Ademaro A.M.B., Instalações Elétricas, São Paulo: Printece Hall Brasil, 5ª edição, 2008, ISBN: 85-7605-208-3. [2] CREDER, Hélio, Instalações Elétricas, Rio de Janeiro: Livro Técnico Científico Editora S.A, 15ª edição, 2007 [3] CPFL - Cliente BT - Fornecimento em tensão secundária de distribuição - GED13.pdf. Disponível em: www.cpfl.com.br.

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CONTRIBUIÇÃO DO NÚCLEO LOCAL DA UNATI – UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE – UNESP/SOROCABA PARA A SOCIABILIZAÇÃO E A QUALIDADE DE VIDA DOS CIDADÃOS DA TERCEIRA IDADE

Executores: Prof. Dr. Márcio Alexandre Marques; Profa. Dra. Luiza Amalia Pinto Cantão; Profa. Dra. Marilza Antunes de Lemos; Prof. Dr. Galdenoro Botura Jr; Amanda C. Diniz; Gianni Dias Sasso, Lucas Sola G. de Campos e Mariana Bittu de Oliveira

Palavras Chave: UNATI, Idoso, Terceira Idade, Cursos, Sorocaba.

Introdução Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, indicam que em 2030 aproximadamente 40% dos brasileiros terão entre 30 e 60 anos demonstrando que o aumento do número de pessoas idosas é significativo e, consequentemente, elas estão envelhecendo mais e a sua expectativa média de vida está crescendo. Preocupada com a qualidade de vida desse grupo, a Universidade Estadual Paulista – UNESP institucionalizou a Universidade Aberta à Terceira Idade – UNATI, projeto que visa estimular a sociabilidade dos idosos participantes das atividades da UNATI e possibilitar a eles acesso à Universidade, o que caracteriza a sua função social. Assim, desde março de 2008 o Núcleo Local da UNATI/Sorocaba, desenvolve atividades através de palestras, oficinas, workshops, eventos musicais e cursos de artesanato, idiomas e informática, todos voltados ao público da terceira idade de Sorocaba e região. Essas atividades abrangem diversas áreas do conhecimento e são organizadas por alunos voluntários e bolsistas com o apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão Universitária – PROEX e da Fundação para o Desenvolvimento da UNESP – FUNDUNESP.

Objetivos A UNATI é um projeto institucional da Universidade Estadual Paulista – UNESP que tem como objetivo possibilitar às pessoas que estão envelhecendo acesso à Universidade Pública, o que caracteriza a sua função social. Também oferece à elas a oportunidade de usufruir do espaço educacional e cultural para a ampliação de seus conhecimentos, permitindo uma educação continuada, convivência social, troca de experiências de vida e a integração entre gerações. O projeto do Núcleo Local da UNATI/Sorocaba tem como objetivos oferecer programas de integração social do idoso no convívio

universitário por meio de atividades que visam estimular a sociabilidade e o exercício pleno da cidadania, contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida promovendo atividades de atualização de conhecimentos, orientação e integração de gerações. Objetiva também, contemplar os anseios do público-alvo num ambiente diversificado culturalmente, mediante um trabalho interdisciplinar com novas formas de relacionamento, estimulando grupos compostos por pessoas com interesses comuns.

Forma de Aplicação Através da sensibilização e da mobilização de docentes, funcionários, alunos voluntários e bolsistas, a UNATI/Sorocaba vem desenvolvendo diversas atividades presenciais: palestras, workshops, oficinas, cursos etc. Nos cursos de idiomas (espanhol, alemão e inglês) é dada aos alunos a noção básica de um novo idioma; nas oficinas e workshops de artesanato, eles aprendem de forma prazerosa, promovendo transformações pessoais – maior liberdade, autonomia e confiança; nos cursos de informática, é feita a inclusão digital de alunos sem acesso prévio a um computador e atendem outros com conhecimentos básicos de informática e internet. Especificamente em 2012, novos cursos de informática básica, internet, redes sociais e inglês foram oferecidos além de workshops de arte francesa, artesanato e origami, bem como palestras sobre meio ambiente e estatuto do idoso. Novos cursos de inglês, informática e workshops de artesanato foram oferecidos no primeiro semestre de 2013. Além dessas atividades, outras já estão previstas e serão desenvolvidas no segundo semestre deste ano.

Resultados No Núcleo Local da UNATI/Sorocaba já foram oferecidas aproximadamente 30 atividades entre

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cursos, oficinas, workshops etc. envolvendo cerca de 500 idosos, com a participação de 24 alunos de graduação e vários palestrantes externos à universidade. As atividades foram diversificadas para atender diversas áreas do conhecimento sendo organizadas por alunos voluntários e bolsistas, supervisionados por professores orientadores, que acompanharam o desenvolvimento destas atividades.

As aulas dos cursos inglês foram oferecidas pelos alunos bolsistas da UNATI/Sorocaba e atenderam aproximadamente 30 alunos entre o 2º semestre de 2012 e o 1º semestre de 2013. O ensino aos alunos da terceira idade de um novo idioma, faz com que o domínio da linguagem cause efeitos transformadores na mente humana.

A Figura 1 apresenta alguns trabalhos desenvolvidos pelos alunos que participaram das oficinas de artesanato.

Figura 1: Trabalhos de artesanato desenvolvidos.

Os cursos de informática foram oferecidos

para realizar a inclusão digital de alunos que nunca tiveram acesso a um computador e também atender outros que já possuem conhecimentos básicos de informática (Figura 2).

Figura 2: Aulas dos cursos de informática.

Conclusões Pode-se concluir que a UNESP, através da UNATI/Sorocaba, vem cumprindo o seu papel social promovendo e incentivando ações para melhorar a qualidade de vida dos idosos, criando um espaço de convivência em grupo, valorizando suas potencialidades e talentos, e estimulando o resgate da sua autoestima e da vontade de viver. Desta forma, por meio da UNATI/Sorocaba, mostra-se à sociedade que o idoso pode interagir com diferentes gerações, inovações tecnológicas e culturais, e que a universidade vem desempenhando o seu papel estimulando nos idosos a atualização do conhecimento, não apenas como produtora de saber, mas também abrindo espaço para um trabalho de coeducação e extensão. Finalizando,

tudo isto conduz a uma visão positiva de um processo de envelhecimento saudável e uma expectativa de vida melhor e mais ativa.

Agradecimentos Agradecimentos: PROEX e FUNDUNESP.

Bibliografia INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Projeção da População do Brasil. 2008. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=1272>. Acesso em 15 abr. 2013. MARQUES, Márcio Alexandre ; BOTURA JUNIOR, G. ; DINIZ, A. C. . Projeto Universidade Aberta à Terceira Idade - UNATI da UNESP/Campus de Sorocaba-SP, Brasil. In: XI Congreso Iberoamericano de Extension Universitaria, 2011, Santa Fé. XI Congreso Iberoamericano de Extension Universitaria. Santa Fé: Ediciones UNL, 2011. MARQUES, Márcio Alexandre ; BOTURA JUNIOR, G. ; LEMOS, M. A. ; DINIZ, A. C. . Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade UNATI do Campus de Sorocaba com Ênfase aos Cursos de Informática. In: 8vo. Congreso Internacional de Educación Superior - Universidad 2012, 2012, Havana. 8vo. Congreso Internacional de Educación Superior - Universidad 2012 La universidad por el desarrollo sostenible. Havana, 2012. MARQUES, Márcio Alexandre, CANTAO, L. A. P., BOTURA JUNIOR, G., Silva, Flaíse Lauren, Ferreira, Matheus Yuri da Silva, Leme, Mateus Oliveira; Projeto de Extensão: Atividades Oferecidas no Núcleo Local da UNATI – Universidade Aberta à Terceira Idade da UNESP/Sorocaba In: II Congresso Paulista de Extensão Universitária e I Congresso de Extensão Universitária da UNIFESP, 2012, São Paulo. II Congresso Paulista de Extensão Universitária e I Congresso de Extensão Universitária da UNIFESP. São Paulo, 2012. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA (UNESP – PROEX). Guia da extensão Universitária da UNESP/Universidade Estadual Paulista. 2. ed. São Paulo: UNESP, 2007. Disponível em: <http://unesp.br/proex/mostra_arq_multi.php?arquivo=6801>. Acesso em 15 abr. 2013.

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DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO NO PROJETO ROBÓTICA ITINERANTE

Executores: Profa. Dra. Marilza Antunes de Lemos, Prof. Dr. Marcio Alexandre Marques, Felipe Guerra Soares, Mateus Mussi Brugnolli, Guilherme Cano Lopes.

Palavras Chave: Engenharia, Robótica, Ensino Médio.

IntroduçãoO Brasil vive um momento em que o número de profissionais de engenharia dá indícios de escassez. A tabela 1 compara o número anual de formandos do Brasil com o de outras nações do bloco Brics [SEESP,2013]. Considerando-se quetodos esses países possuem grande extensão territorial e população, o Brasil é o que apresenta menor número de formandos, com grande diferença dos demais.

Tabela 1. Formandos em engenharia por ano

A OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development) divulgou em 2010 dados que compara o Brasil com mais de trinta países (Europa, EUA, Canada, Japão, Chile, México, etc.) em termos do número de graduados em Engenhariapara cada 10.000 habitantes [IEDI, 2010]. Nessa classificação o Brasil aparece em último lugar com 1,95% de graduados. O diretor da EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. José Roberto Cardoso, também coordenador do Conselho Tecnológico do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) estima que para cada milhão de dólares investido no país há a necessidade de se criar uma vaga para engenheiro, sendo que somente para as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal) estão previstos 250 bilhões de dólares em investimentos, o que cria uma demanda de 250 mil engenheiros [SEESP, 2013]. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, acada ano, os vestibulares oferecem 197 mil vagas, mas apenas 120 são preenchidas, ficando então já no primeiro ano do curso 77 mil vagas desocupadas. Dados do SEESP apontam que a evasão dos estudantes de engenharia chega a 60% e acontece no primeiro e no segundo ano principalmente. Diante desse panorama, várias

propostas estão surgindo para incrementar o número de engenheiros no Brasil. Uma delas consiste em adotar estratégias para atrair estudantes de segundo grau para o campo da engenharia.

ObjetivosEste projeto tem como objetivo motivar alunos de ensino médio a ingressarem em carreiras tecnológicas, particularmente em cursos de engenharia por meio da apresentação de artefatos tecnológicos de reconhecido interesse por parte de estudantes, tais como robôs.

Forma de AplicaçãoA idéia é mostrar aos alunos de ensino médio que um robô baseia-se num sistema microprocessado, apresentando os passos básicos para programá-lo, abstraindo a complexidade inerente ao hardware e software de tais sistemas, de tal forma que o estudante possa visualizar resultados de forma imediata. Na primeira fase de desenvolvimento, os alunos de graduação do curso de engenharia de controle e automação desenvolveram material didático na forma de programas, em linguagem gráfica, em três ambientes de desenvolvimento diferentes, que atendem três plataformas dehardware: robô Lego NXT, Robotino e Raspberry Pi. O material trabalha conceitos básicos da engenharia de controle e automação, envolvendo a utilização de sensores, atuadores, microprocessadores e procedimentos para compilação e execução de programas no hardware objeto. A segunda fase do projeto consiste de apresentações práticas domaterial desenvolvido, em eventos que envolvam a presença de estudantes de ensino médio.

Resultados

Robô Lego NXT O primeiro artefato tecnológico construído consiste de um robô-carro que utiliza quatro tipos de sensores (distância, luz, som e toque) (Figura 1). Um programa que controla o robô-carro foi

País FormadosChina 400 milÍndia 250 milRússia 100 milBrasil 32 mil

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desenvolvido no ambiente Lego Mindstorms NXT com a linguagem gráfica NXT-G (Figura 2).

Figura 1 – Robô-Carro Lego NXT

O robô-carro começa a se movimentar quando detecta a emissão de som (por ex. palmas). Assim que o sensor de distância detecta um obstáculo, o carro para, dá ré, faz um giro e continua para frente, permanecendo nesse ciclo de ações, até que um novo som seja emitido, desta vez, parando o carro.

Figura 2 – Visão parcial do programa para o carro-robô

Robotino O segundo artefato tecnológico é o Robotino para o qual foi preparada uma aplicação de navegação autônoma que utiliza cinco sensores de distância para desviar de obstáculos (Figura 3).

Figura 3 – Robotino desviando de obstáculos

O programa é uma simplificação do trabalho de Pereira [2013], que possui um controlador fuzzy. Nesta proposta, a intenção é mostrar para os estudantes que o desvio do robô é mais preciso que o caso anterior e varia de acordo com a proximidade do obstáculo. Assim como no robô Lego, o ambiente de desenvolvimento RobotinoView deve ser apresentado aos estudantes, além dos procedimentos de compilação, envio e execução do programa no robô.

Raspberry Pi Lançada em 2012, a placa microprocessadabaseada em ARM, pode ser configurada como um pequeno computador pessoal de baixíssimo custo ($ 35,00), com diferentes possibilidades de conectividade (Ethernet, USB, WiFi, USART, GPIO, etc). A placa permite que o programa de aplicação seja executado no Sistema Operacional Raspbian,uma distribuição Linux, residente num cartão de memória acoplado à placa, eliminando o uso de dispositivos programadores de microcontroladores. Neste projeto optou-se por demonstrar o ambiente Simulink para Raspberry Pi, no MatLab, pela facilidade da programação em blocos, compilação, envio do programa e execução deste na placa. AFigura 4 mostra um dos programas desenvolvidos para demonstração, onde uma onda quadrada égerada no ARM e enviada a um led conectado em um de seus pinos de saída.

Figura 4 – Programa em blocos no ambiente Simulink

ConclusõesAs atividades realizadas mostraram impacto positivo no processo de ensino-aprendizagem dos alunos de graduação, pois implicaram na ampliação do entendimento de conceitos da engenharia, consolidando as teorias do curso durante a preparação de materiais e atividades práticas a serem utilizadas junto à comunidade do ensino médio. De acordo com os recursos disponíveis para o projeto, estão previstas apresentações dentro do projeto Unesp sem Fronteiras, Semana da Engenharia do campus Sorocaba e Feira de Profissões na cidade de Sorocaba.

BibliografiaSEESP. Brasil deveria formar o dobro de engenheiros. Sindicado dos Engenheiros no Estado de São Paulo. 2013. Disponível em: <http://www.seesp.org.br/site/cotidiano/1213-brasil-deveria-formar-o-dobro-de-engenheiros.html>. Acesso em 03/07/2013. IEDI. A Formação de Engenheiros no Brasil: Desafio ao Crescimento e à Inovação. Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, 2010. Disponivel em: <http://www.iedi.org.br/admin_ori/pdf/20100723 _engenharia.pdf>. Acesso em: 03/07/2013. PEREIRA, A. H. S. Sistema de Navegação Reativo para o Robotino. Trabalho de Graduação, UNESP Campus Sorocaba, 2013.SCHMIDT, M. Raspberry Pi: A Quick-Start Guide. E-book, ISBN-13:978-1-937785-04-8, The Pragmatic Programmers Ed., 2012.

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Dinâmica Engenharia Junior – Empresa Junior do Campus de Sorocaba Autor: Renan Capoia Professor Coordenador: Roberto Wagner Lourenço UNESP Campus Sorocaba. Palavras-Chave: Qualificação, Capacitação, Engenharia.

Introdução A Dinâmica Engenharia Junior é uma empresa júnior que foi criada em 2006 e é composta por alunos dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia de Controle e Automação da UNESP de Sorocaba, sendo que ao longo de suas sequentes gestões, atuou em projetos de diversas áreas dentro das Engenharias que compõem o campus.

Objetivos Frente a cada vez mais exigentes necessidades do mercado de trabalho, é a partir das atividades desenvolvidas na empresa júnior, que os membros participantes superam expectativas de clientes e sociedade. Aliando conhecimentos nas áreas de Engenharia Ambiental e de Controle e Automação, é incessante a busca por maior capacitação técnica, bem como experiência no funcionamento de uma empresa por si só. Garantindo qualidade, inovação e respeito ao meio ambiente.

Métodos Buscando maior similaridade possível com empresas competitivas no atual mercado, a empresa júnior se divide hierarquicamente em quatro diretorias e duas secretarias, todas coordenadas pela presidência e o professor orientador. Para determinar o perfil dos membros que virão a compor a empresa, o setor de recursos humanos organiza processos seletivos periódicos, visando acima de tudo, o constante aperfeiçoamento de suas atividades. Além disso, esta diretoria desenvolve trabalhos no âmbito relacional da empresa, buscando a melhoria do bem estar de seus membros. Responsável pela visibilidade externa, a diretoria de marketing trabalha na divulgação dos potenciais e atividades da empresa, como projetos executados, portfólio para captação ativa de clientes, oferecimento de cursos e palestras, bem como o próprio processo seletivo. Mantendo acima de tudo o compromisso com a transparência em suas publicações. Responsável pela lida com as questões jurídicas e financeiras, a diretoria administrativa possui

responsabilidades como balanços financeiros, atualizações de seu cadastro, licitações para compra de fins diversos, além do desenvolvimento de metodologias de caráter organizacional tanto para a própria diretoria quanto para as demais, bem como checagem periódica do estatuto da empresa, para possíveis alinhamentos. Partindo de nosso atual portfólio, este guiado pelas disciplinas dos cursos envolvidos, a diretoria de engenharia realiza projetos envolvendo análise de parâmetros ambientais, georreferenciamento, soluções ambientais, integração de sistemas, automação residencial, desenvolvimento de sistemas embarcados e controle de sistemas hidráulicos e pneumáticos. Além destes, a diretoria junto aos demais membros da empresa realiza treinamentos e capacitações nas áreas de engenharia, gestão de projetos e gestão de pessoas. Paralelamente as diretorias, estão as duas secretarias recentemente criadas: Secretaria de Responsabilidade Sócio Empresarial e Secretaria de Qualidade. A primeira, com trabalhos internos e externos, visa manter o comprometimento da empresa com sua missão, visão e valor, no que diz respeito ao meio ambiente e sociedade. A segunda, baseada principalmente em organização, tem como meta o melhor gerenciamento de membros, desenvolvimento de procedimentos operacionais padrões e estudo de logística para melhor aproveitamento de recursos.

Resultados Entre 2012 a 2013 estão em desenvolvimento projetos, organização de eventos e oferecimento de cursos e treinamentos, tais como: - Pesquisa e Desenvolvimento: Tatuador suíno – PUC Sorocaba (Figura 1); Integração de sistemas para georeferenciamento de imagens – Cartovias (Figura 2); Automação do sistema de captação de água da chuva – Dinâmica Engenharia Jr.

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Figura 1 – Protótipo Tatuador Suíno.

Figura 2 – Sistema para georeferenciamento de imagens. - Projeto:Determinação do grau de compactação, umidade ótima e permeabilidade de solos – Proactiva Aterro Sanitário de Iperó (Figura 3).

Figura 3 – Análises de solos. - Proposta de Projeto:Tratamento de poluentes, Gestão de resíduos sólidos e Segurança do trabalho – AdimaxPet; Sistema de sinalização para garagem e sistema de intertravamento e segurança de portões – Edifício Piazza di Salerno. - Organização de Palestra:Ozires Silva sobre o tema A criação da Embraer; Junior Portare sobre o tema Auto Planejamento (Figura 4 e 5).

Figura 4 – Palestra Ozires Silva.

Figura 5 – Palestra Junior Portare. - Treinamentos:Photoshop; Técnica de gestão SMART; Kanbam& 5S; - Cursos:Gestão do tempo; Excel para engenheiros; ISO 14001 - Certifica; Gestão de Projetos – RocketMind (Figura 6).

Figura 6 – Curso Gestão de Projetos. - Participação em eventos: ENEJUNESP2012; Semana do Meio Ambiente 2012 UNESP Sorocaba; Semana da Engenharia 2012 UNESP Sorocaba; EPEJ2013; Semana do Meio Ambiente 2013 UNESP Sorocaba.

Conclusões No que cabe o desenvolvimento intelectual e profissional de universitários, o movimento empresa junior se mostra uma grande ferramenta. No ambiente em que a Dinâmica Engenharia Jr. se encontra, graças ao trabalho desenvolvido é proporcionado grandes oportunidades de inserção na indústria regional. Como diferencial este projeto permite aos alunos o desenvolvimento de um olhar sustentável e de melhoria técnica dada à experiência adquirida.

Agradecimentos Aos alunos que desde 2006 compõe a Dinâmica Engenharia Junior da UNESP de Sorocaba. Ao PROEX e a UNESP Campus de Sorocaba por seu apoio e incentivo. A todas as empresas parceiras que ajudaram com cursos, palestras e treinamentos.

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ECONDOMÍNIOS – CONDOMÍNIOS MAIS SUSTENTÁVEIS

Executores: Bruna Luiza Bento, Ana Paula Loro, Gerson Araujo de Medeiros, Sandro Donnini Mancini

Palavras Chave: Gestão Ambiental, Coleta Seletiva, Reciclagem.

Introdução O panorama atual da gestão de resíduos sólidos no

Brasil está sendo regido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, a partir da qual todos os municípios tem que apresentar seu Plano Diretor de Resíduos Sólidos. Essa lei impõe também ao cidadão comum a obrigação de colaborar com a gestão mais racional dos resíduos, bem como o gerador de elaborar planos de gestão que visem estabelecer metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem (Mancini et al., 2012). Nesse contexto, os condomínios tem um papel de

destaque, pois seus resíduos gerados podem ser reintroduzidos na cadeia produtiva com o apoio das cooperativas de reciclagem, que atuam no segmento da logística reversa, pois transportam, triam os materiais e os direcionam para as empresas recicladoras. Para que a atuação das cooperativas seja mais

eficiente, é de profunda importância a colaboração do condomínio, principalmente quanto a disposição e alocação do material a ser retirado. A logística interna do rejeito gerado em um condomínio requer, imprescindivelmente, um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), uma vez que esse plano apresenta uma série de diretrizes que, se seguidas, fornecem um sistema otimizado e eficaz para transporte, alocação e disposição do resíduo descartado. Nesse processo, assume considerável relevância a educação ambiental como instrumento de conscientização e de informação sobre os preceitos da gestão de resíduos, que inclui a redução, a reciclagem e o reuso dos mesmos. O projeto Econdomínios foi criado e desenvolvido

na abrangência da UNESP, Campus de Sorocaba, para atender a demanda de se difundir os princípios da gestão sustentável dos resíduos sólidos de origem doméstica, mais especificamente no setor de condomínios residenciais, os quais vêm apresentando considerável crescimento na cidade de Sorocaba e região. Para esse fim, estratégias de extensão e educação

ambiental foram delineadas, desde 2012, com apoio dos discentes da UNESP, Campus de Sorocaba, por meio do GAIA – Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental, em parceria com a Cooperativa de Reciclagem (Central de Reciclagem de Sorocaba).

Objetivos O objetivo do presente trabalho é apresentar as

abordagens e resultados do projeto ECOndomínios, consubstanciado pelo diagnóstico dos resíduos sólidos domésticos recicláveis de um condomínio residencial, no município de Sorocaba, como parte de um plano de gestão ambiental para se estabelecer estratégias de redução na geração, valoração do lixo recolhido pelos cooperados, viabilização da cadeia da reciclagem e lançar as bases para a sustentabilidade da gestão de resíduos sólidos urbanos em aglomerações residenciais, com potencial de replicabilidade.

Forma de Aplicação As etapas do projeto são apresentadas a seguir: 1ª etapa: estabelecimento de reuniões com o

Condomínio Lagoa Azul em Sorocaba, para a proposição da parceria; 2a etapa: Caracterização dos resíduos gerados

pelo condomínio, incluindo a identificação, separação e quantificação. Essa etapa foi realizada em parceria com uma cooperativa Central de Reciclagem de Sorocaba, a qual disponibilizou seu espaço e um de seus cooperados para ajudar os estudantes na separação; 3a etapa: Estudo e apresentação de um PGRS,

com base no diagnóstico dos resíduos gerados no ano de 2012; 4a etapa: Análise do lay out do condomínio Lagoa

Azul, considerando-se aspectos como a logística interna dos resíduos; 5a etapa: reuniões com a Central de Reciclagem

de Sorocaba para ajustes na logística dos resíduos e atendimento ao condomínio estudado; 6a etapa: Reuniões com o representante da

associação dos moradores ou síndico para apresentação das análises de lay out, caracterização e planos e estratégias para gestão dos resíduos sólidos do condomínio; 7a etapa: aplicação do plano de gestão de

resíduos sólidos no condomínio, com dias de campo, campanhas de conscientização e educação

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ambiental, bem como modificações necessárias no lay out do condomínio; 8a etapa: início de um novo projeto de gestão de

resíduos sólidos no condomínio Encanto, onde mora grande parte dos estudantes da UNESP Sorocaba;

Resultados Os levantamentos e eventos de educação

ambiental do projeto ECOndomínios, junto a comunidade, tem uma significativa participação de alunos do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Sorocaba, sendo uma atividade que se demonstrou complementar à formação do Engenheiro Ambiental da UNESP, Campus de Sorocaba.. Na Figura 1 pode-se visualizar a participação e

envolvimento dos alunos da UNESP na triagem dos resíduos sólidos de origem doméstica, realizada na Cooperativa Central de Reciclagem de Sorocaba.

Figura 1. Triagem e separação dos resíduos sólidos de origem doméstica do Condomínio Lagoa Azul, na cidade de Sorocaba, em 2012.

Os resultados apontaram para uma geração

mensal de 780 kg de resíduos sólidos domésticos recicláveis, no condomínio Lagoa Azul, o que corresponde a 13 kg/mês, por condômino que participa do programa de coleta seletiva. O município de Sorocaba produz cerca de 500 a

550 toneladas de RSU. Considerando-se uma população de 584.000 habitantes, referente ao Censo Demográfico de 2010, tem-se uma geração diária de aproximadamente 0,85 kg/hab.dia de resíduos. Esses resíduos são diariamente enviados para um

aterro sanitário privado, localizado no município de Iperó, pois Sorocaba não possui aterro próprio, o que torna imprescindível um amplo programa de gestão de resíduos sólidos nesse município, envolvendo todos os setores da sociedade. Verificou-se um predomínio na geração de papel e

papelão, no condomínio Lagoa Azul, a qual

alcançou 443 kg/mês, o que corresponde a 56,8% do total ou 7,34 kg/(habitante.mês), superior ao observado por Mancini et al. (2007). Nesse trabalho atingiram-se índices de geração de 2,07 kg/(habitante.mês), no município de Indaiatuba. Destacou-se, a seguir, o plástico, o qual atingiu 150

kg/mês (19,2% do total) ou 2,50 kg/(habitante.mês), sendo 25% superior aquela observada por Mancini et al. (2007) e que correspondeu a 1,88 kg/(habitante.mês). Já a geração do vidro medida no condomínio Lagoa Azul atingiu 132 kg/mês ou 2,20 kg/(habitante.mês), correspondendo a 17% do total. No município de Indaiatuba, Mancini et al. (2007) observaram uma geração de 0,42 kg/(habitante.mês), cerca de 20% daquele observado no condomínio de Sorocaba. Os metais apresentaram uma geração de 28

kg/mês ou 3,5% do total gerado equivalendo a 0,46 kg/(habitante.mês), sendo 5,7% superior aquela observada por Mancini et al. (2007), em Indaiatuba-SP. Consequentemente, essa maior geração aponta

para a importância da coleta seletiva no segmento de condomínios, como forma de viabilizar economicamente as cooperativas de reciclagem, incorporando os princípios da sustentabilidade na gestão de resíduos sólidos, por meio da integração dos aspectos sociais, econômicos e ambientais envolvidos.

Conclusões Pode-se concluir que os condomínios possuem

falhas nos seus processos de gestão de resíduos, porém são passíveis de correção com o projeto.

Agradecimentos Agradecimentos Pró Reitoria de Extensão da

UNESP, pela concessão de bolsa BAE II aos dois primeiros autores e pelo apoio financeiro ao projeto. Agradecimento cooperativa de reciclagem de Sorocaba pelo apoio aos trabalhos de campo.

Bibliografia MANCINI, S.D.; FERRAZ, J.L.; BIZZO, W.A. Resíduos sólidos. In: ROSA, A.H.; FRACETO, L.F.; MOSCHINI-CARLOS, V. Meio ambiente e sustentabilidade. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 347-374. MANCINI, S. D.; NOGUEIRA, A. R.; KAGOHARA, D. A.; SCHWARTZMAN, J. A. S.; MATTOS, T. Recycling potential of urban solid waste destined for sanitary landfills: the case of Indaiatuba, SP, Brazil. Waste Management & Research, v. 25, p. 517-523, 2007.

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ENCONTRO SOBRE GESTÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Executores: Afonso Peche Filho1, Gerson Araujo de Medeiros2, Admilson Irio Ribeiro2, Leonardo Fernandes Fraceto2, André Henrique Rosa2, Regina Marcia Longo3, Felipe Hashimoto Fengler1

1 Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, Jundiaí, 2 UNESP, Campus de Sorocaba; 3 Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Palavras Chave: Extensão, Gestão Ambiental, Gestão Urbana.

Introdução A era moderna foi marcada por um grande

desenvolvimento científico e tecnológico, onde partes das nações foram industrializadas promovendo um aumento na necessidade de recursos naturais e uma dependência por combustíveis fósseis. Com uma compreensão incompleta de

desenvolvimento e crescimento, o inicio do século XXI se caracteriza por uma fase onde grande parte da humanidade aumenta sua percepção sobre a condição finita dos recursos naturais. Nessa inserção, o entendimento da bacia hidrográfica, fragmentos florestais, áreas de preservação e outros patrimônios ambientais urbanos e rurais podem ser tratados como riquezas da comunidade. Esse entendimento potencializa a relevância dos espaços locais, principalmente quando os mercados se mostram em intensa globalização trazendo diferentes padrões, o que muitas vezes se confronta culturalmente com o local comunitário. No entanto, nem sempre a comunidade consegue ter uma visão comum sobre suas riquezas ambientais, pois o retorno dos serviços ambientais prestados pelos parques urbanos, fragmentos florestais e áreas de preservação não são sentidos tão diretamente pelos envolvidos. Nesse contexto, a sensibilização, conscientização

e capacitação de pessoas da comunidade para a gestão das questões ambientais se torna tema prioritário. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita

Filho, Campus de Sorocaba, vem desenvolvendo, desde 2011, junto com o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, um evento extensionista para apoiar a discussão sobre a gestão de impactos ambientais, levantando a discussão sobre a percepção ambiental (Peche Filho et al., 2011).

Objetivos O objetivo do presente projeto é apresentar uma

estratégia extensionista para a formação de lideranças regionais por meio de uma abordagem metodológica incorporando o estudo dos impactos ambientais como ferramenta de sensibilização da comunidade para os seus problemas sociais e ecológicos.

Forma de Aplicação Essa abordagem metodológica apresenta se com o

intuito de fornecer um subsídio extensionista para a promoção do debate e entendimento das questões ambientais da sociedade. A estratégia de sensibilização da comunidade se

dá por meio de uma série de eventos, sendo um deles realizado anualmente nas dependências do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, em Jundiaí - SP. Nesses eventos, denominados “Encontro sobre

Gestão de Impactos Ambientais”, desenvolvem-se palestras e oficinas sobre essas temáticas, por especialistas convidados. O programa do evento contempla uma base teórica

e outra prática. A atividade teórica apresenta-se como fundamental para subsidiar o entendimento da dinâmica ambiental ocorrente no espaço rural e urbano, bem como a forma pela qual a comunidade pode estabelecer um modelo de gestão baseado nas competências necessárias para administrar, gerenciar e operar as questões de uso e ocupação do solo. A base prática contempla uma atividade de

reconhecimento a campo dos principais fatos ambientais ocorrentes no local a ser analisado e a seleção de elementos para comporem a estrutura de planejamento de um Modelo de Gestão de Impactos – MGI. O evento é dividido em dois períodos. Na parte da

manhã há o desenvolvimento das atividades

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teóricas, enquanto no período da tarde programa-se uma oficina de auditoria e planejamento ambiental, finalizando com a consolidação de propostas para um MGI local. As atividades são realizadas dentro de uma carga horária de 8 horas distribuídas entre as 9 e 17 horas. O evento vem consolidar as tentativas da

UNESP/IAC de organizar, difundir e aperfeiçoar as iniciativas de praticar a gestão ambiental.

Resultados No ano de 2012, o Professor Gerson Medeiros

proferiu a palestra: “Conceitos fundamentais para gestão de impactos ambientais na agricultura”. Nessa palestra abordaram-se tópicos como os impactos ambientais da agricultura, aspectos legais, valoração da erosão, técnicas de manejo do solo e uso dos resíduos agrícolas no setor sucroalcooleiro. Já o Professor Admilson Irio Ribeiro, proferiu uma

palestra sobre o tema de “Recuperação de Áreas Degradadas”, abordando conceitos e temas relacionados ao entendimento de degradação de terras e sistemas de recuperação de áreas degradadas No fim de ambas as apresentações os mediadores:

Pesquisadores Afonso Peche Filho e Moisés Storino promoveram debates com os participantes. Concluíram-se as atividades com uma dinâmica

nas dependências do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, no qual os participantes realizaram um estudo da paisagem, elencando os fatores de degradação, risco e recuperação (Figura 1).

Figura 1. Avaliação de impactos ambientais por meio da avaliação da paisagem e da técnica de percepção ambiental, no CEA em 2011.

O público do evento foi composto por estudantes e

professores do curso de Engenharia Ambiental da UNESP e de outras instituições de ensino superior de Jundiaí, relacionadas principalmente as áreas de

meio ambiente, engenharia e arquitetura, produtores rurais, representantes de sindicatos e associações agrícolas, e de secretarias municipais, atingindo cerca de 60 pessoas.

Conclusões O evento “Encontro sobre Gestão de Impactos

Ambientais” vem ao encontro de demandas sociais relativas ao entendimento da importância da percepção ambiental do meio rural nos municípios e sua importância para a conservação ambiental e qualidade de vida da população. Acrescente-se a discussão sobre a qualidade de

vida, as quais integram fatores essenciais para a sustentabilidade no meio rural e em grandes centros urbanos. A iniciativa gerou desdobramentos como o II Encontro sobre Gestão de Impactos Ambientais.

Agradecimentos Agradecimentos Pró Reitoria de Extensão da

UNESP pelo apoio financeiro ao evento. Agradecimentos ao Centro de Engenharia e

Automação do Instituto Agronômico pelo apoio financeiro ao evento.

Bibliografia PECHE FILHO, A.; RIBEIRO, A.I.; MEDEIROS, G.A.; LONGO, R.M. Sensibilização ambiental como estratégia extensionista para a gestão de impactos no meio urbano e rural. In: FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CAMPUS DE SOROCABA, 2011, Sorocaba. Anais... Sorocaba: UNESP, 2011. P. 16-17.

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O Projeto de Extensão “ENGENHOCAS.COM”

Executores: Rafael Monteiro Barroso; Marcos Vinicius de Castro e Profa. Dra. Maria Lúcia Pereira Antunes – [email protected]

Palavras Chave: Educação, Engenharia, Física, Reciclagem.

Introdução O desenvolvimento de um país está diretamente atrelado à engenharia, uma vez que esta ciência tem a capacidade de transformar os conhecimentos das ciências básicas em tecnologias avançadas (CARDOSO, 2008). O Brasil hoje apresenta uma relação de seis engenheiros para cada mil profissionais economicamente ativos (CONFEA, 2013), o que caracteriza uma quantidade deficitária de engenheiros atuantes no país. Em decorrência desse panorama, para manter o ritmo de desenvolvimento econômico e tecnológico do país, é necessário que haja um grande avanço na engenharia do país tanto na quantidade de profissionais quanto na qualidade de formação dos mesmos. Visando incentivar e contribuir para uma melhor formação dos engenheiros da UNESP de Sorocaba, surgiu em 2012 o projeto “ENGENHOCAS.COM”. Este projeto de extensão estimula os alunos de engenharia a colocarem em prática a teoria aprendida em sala de aula, através da construção de experimentos, com material reciclável ou de baixo custo, que envolvam conceitos de física clássica.

Objetivos O projeto de extensão “Engenhocas.com” tem por objetivo a aplicação prática dos conhecimentos teóricos na confecção de produtos e experimentos feitos com material reciclável ou de baixo custo, que envolvam os conceitos de física clássica. Uma vez criados, esses produtos são divulgados à comunidade através da internet, a fim de que possam ser reproduzidos e utilizados por outras instituições.

Forma de Aplicação O projeto “ENGENHOCAS.COM” é desenvolvido junto aos alunos do primeiro ano do curso de graduação em Engenharia Ambiental da UNESP/Sorocaba. Ao longo do semestre letivo, os alunos da disciplina Laboratório de Física II

trabalharam no desenvolvimento de um projeto que envolva conhecimentos teóricos de física clássica. A metodologia utilizada para isso procura incentivar a aplicação da teoria para a produção de um experimento de física, procurando aumentar a importancia da formulação e resolução de problemas e a atuação em equipe. Para isso, foram criadas três fases principais: 1) A pesquisa; 2) a fase da construção e resolução de problemas decorrentes da experimentação e 3) a divulgação dos resultados. Todas as etapas dos projetos são divulgadas semanalmente no site oficial do “ENGENHOCAS.COM”. E ao final do projeto, os experimentos criados são divulgado contando com uma explicação básica e vídeos que mostram o funcionamento dos mesmos. Desta forma, os experimentos podem ser reproduzidos por outras pessoas, e podem ser utilizados em atividades práticas de sala de aula ou feria de ciências, utilizando para isso a credibilidade e conhecimento da Instituição UNESP e divulgando o nome da Instituição.

Resultados Neste ano de 2013, participaram da produção dos experimentos 59 alunos de graduação. Foram produzidos 10 experimentos. A Tabela 1 apresenta os temas escolhidos pelos alunos, neste ano. Entre os temas da física clássica, o mais escolhido para o desenvolvimento dos projetos foi a mecânica clássica. Tabela 1 – Temas escolhidos pelos alunos para os projetos.

Tema Número de projetos Mecânica 6 Termodinâmica 2 Hidrostática e Hidrodinâmica

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Óptica 1 A seguir são apresentados alguns exemplos dos projetos desenvolvidos em 2013.

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A) Título: Trebuchet – Autores: André B. Boralli; Fabricio J. C. Vieira; Mateus C.V. Silva; Pedro B. Costa; Victor E. de Oliveira. Objetivo: estudar o lançamento de projeteis. B) Título: Carrinho movido a energia potencial gravitacional – Autores: Amanda S. Batista; Fernanda Tranjan; Giovanna S. de Oliveira; Mariana B. de oliveira; Mayara C. M. Barbosa; Objetivo: estudar conservação de energia.

C) Título: Dilatômetro – Autores: Ana Bertoncin; Bruna Azevedo; Camila Juiz; Giovanna Dutra; João Peruchi; Objetivo: Construir um dilatômetro e estudar dilatação linear.

D) Título: Fogão Solar Parabólico – Autores: Bruno O. Garcia; Juliano R. Pappalardo; Rafael C. Beozzo; Objetivo: Construir um fogão utilizando conceitos de óptica e estudar o aquecimento da água nesse sistema. A divulgação de todos os projetos é feita pelo site do “ENGENHOCAS.COM”, nesta fase os alunos tem a oportunidade de criar vídeos e textos que divulguem os seus projetos de forma a estimular outros alunos a produzirem os seus projetos. A figura 1 apresenta a página de divulgação dos projetos na internet.

Figura 1. Divulgação dos Projetos 2013 no site do “ENGENHOCAS.COM” O projeto começa agora no segundo semestre uma nova fase, a fase de divulgação para a comunidade. Haverá a participação do projeto ENGENHOCAS.COM no UNESP sem Fronteiras e no cursinho.

Considerações Finais Com o projeto “Engenhocas.com”, as aulas de Laboratório de Física possibilitaram o desenvolvimento de novas habilidades por parte dos

alunos. Estes passaram a ter uma atitude ativa em busca de conhecimento e não mais de mera recepção de forma passiva de informações e conhecimento.

A finalização das atividades com a divulgação dos resultados através da internet é uma motivação grande e algo muito próximo do cotidiano dos alunos.

Agradecimentos A todos os alunos de graduação que participaram do projeto ENGENHOCAS.COM e a PROEX pelo apoio através de bolsa BAAE I.

Bibliografia CARDOSO, José Roberto. A engenharia e os engenheiros. Revista da USP, São Paulo, v.76, p.44-51, 2008. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Disponível em: http:WWW.confea.org.br/CGI/cgilua.exe/sys/htm.sid=1201. Acesso em: 6 ag. 2013.

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ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS PARTICIPANTES DA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ROBÓTICA Maria Letícia Negreiros Ventura, Esther Luna Colombini, Alexandre da Silva Simões, UNESP, Campus de Sorocaba, Engenharia de Controle e Automação, [email protected], [email protected], [email protected]. Bolsista BAAE II.

Palavras Chave: Educação, Olimpíadas Científicas, OBR.

Introdução Em 2009 foi proposto o sistema eletrônico OLIMPO, o primeiro sistema no país voltado para o gerenciamento de ações de políticas públicas em educação, tais como as Olimpíadas e Mostras Científicas, com apoio do CNPq e UNESP. Os dados armazenados neste sistema sobre dezenas de milhares de pessoas em todo o território nacional permitem realizar diversas reflexões sobre o sistema de ensino brasileiro, bem como propor melhorias no sistema educacional brasileiro considerando questões regionais, sociais e econômicas. O sistema armazena dados dos mais de 100.000 alunos e docentes dos 27 estados que já participaram da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR1), e de mais de 20.000 escolas.

Objetivos O presente trabalho busca analisar como estão distribuídos os alunos participantes da OBR em relação à distribuição geográfica dos alunos do ensino fundamental brasileiro, de forma a promover uma reflexão sobre a abrangência e efetividade da iniciativa.

Forma de Aplicação Foram levantados dados da população matriculada no ensino básico de todos os estados brasileiros2. Da mesma forma, através de consultas ao sistema OLIMPO, foram levantados dados dos estudantes que participaram da OBR. As duas consultas referem-se ao ano de 2012.

Resultados A Figura 1 apresenta o percentual dos estudantes brasileiros matriculados no ensino básico, por estado. A Figura 2 apresenta o percentual de participantes da OBR por estado do Brasil. É possível perceber que o alcance da OBR não segue a mesmas distribuição da educação básica, e que a temática da robótica tem despertado mais a atenção dos jovens particularmente no eixo sul-sudeste-nordeste. A OBR 2012 teve 40.000 participantes nos 27 estados.

Figura 1-Porcentagem dos estudantes brasileiros por estado

Figura 2 Porcentagem dos participantes da OBR por estado

Conclusões Pode-se concluir que a OBR tem sido uma ação bem distribuída pelo país, cumprindo seu papel de apoiar a educação e difundir a ciência e a tecnologia em todo o país. Ações mais efetivas precisam ser realizadas pela Olimpíada junto às regiões historicamente menos aderentes à temática da tecnologia. O trabalho terá como próximo passo a produção de anuário estatístico do sistema OLIMPO a ser distribuído para as secretarias de educação.

Agradecimentos Os autores agradecem à UNESP, CNPq e PROEX pelo apoio financeiro e institucional. 1OBR. Acessível em <www.obr.org.br>. Acesso em 20/08/2013. 2Anuário Brasileiro da Educação Básica 2012. Editora Moderna.

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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA APLICANDO TECNOLOGIA LIMPA

Executores:, Diogo Torres Amancio 1, Artur Fonte Batista1, Ana Carolina Dutra1, Fernanda Sgoti Agostini1, Gustavo Ferraz1, Anderson Misumi Gonçalves1, José Rafael Bergamo de La Coleta1 Gerson Araújo de Medeiros2, Admilson Irio Ribeiro2

¹ Graduando(a) em Engenharia Ambiental pela UNESP, Campus de Sorocaba – SP, Brasil.

²Docente da UNESP, Campus de Sorocaba – SP, Brasil.

Palavras Chave: Biodigestão, Gestão de resíduos, Educação Ambiental, Instituição Filantrópica

Introdução Um dos principais problemas sócio-ambientais da

sociedade contemporânea está relacionado a geração, disposição e gerenciamento dos resíduos sólidos, e seus desdobramentos para os órgãos públicos envolvidos com o saneamento e a saúde pública. Esse problema tem se potencializado pelo crescimento populacional associado às mudanças dos hábitos de consumo da população, principalmente nos centros urbanos, cujos principais destinos do lixo ainda têm sido os aterros sanitários, os aterros controlados e os chamados lixões. Os impactos no meio ambiente e na saúde humana

provocados pela disposição dos resíduos sólidos urbanos levam a necessidade de se desenvolverem tecnologias para a redução do lixo associado ao seu potencial de geração de energia, por meio da queima do gás metano. Nesse aspecto, o biodigestor pode reduzir a massa de resíduos em média 37,5%, além da produção de biogás. Acrescente-se que historicamente o biodigestor tem sido utilizado para o tratamento de resíduos agrícolas gerados por pequenos produtores e o seu produto final pode vir a ser utilizado como fertilizante. Nesse contexto, tem sido estabelecidas estratégias

de extensão e educação ambiental voltadas a questão da gestão dos resíduos sólidos, desde 2011, com o apoio dos discentes da UNESP, Campus de Sorocaba, por meio do GAIA – Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental, em parceria com o Educandário Bezerra de Menezes.

Objetivos O objetivo desse trabalho é apresentar as etapas

de definição e implementação de estratégias de gestão de resíduos sólidos aplicadas a uma instituição filantrópica, em Sorocaba-SP, incorporando o uso da tecnologia limpa do

biodigestor. Trata-se, portanto, de uma tecnologia limpa com potencial aplicação para fins ambientais e de desenvolvimento sustentável, reduzindo o impacto da disposição de lixo em aterros sanitários ou lixões.

Forma de Aplicação As etapas do presente projeto incluem: a) Realização de um diagnóstico do lixo gerado

no educandário Bezerra de Menezes, o que incluirá a identificação, caracterização, separação e quantificação dos resíduos, em todas as etapas do processo, desde a aquisição da matéria prima, sua transformação e comercialização e destinação final do lixo, além dos recursos gastos, como água e energia;

b) Elaboração de estratégias de gestão dos resíduos sólidos, incluindo: alternativas para a sua redução, reuso e reciclagem.

c) Implementação das estratégias de gestão de resíduos sólidos, incluindo a elaboração de material gráfico de divulgação interna e externa, realização de palestras junto aos usuários externos e internos;

d) construção e teste de um protótipo de biodigestor para o tratamento dos resíduos orgânicos gerados no restaurante do Educandário Bezerra de Menezes;

e) Realização de atividades de educação ambiental junto ao público usuário do restaurante do Educandário Bezerra de Menezes, como forma de conscientização para a questão do lixo.

Na etapa de testes utilizou-se de um sistema simples com oito reatores (Figura 1). Em quatro reatores foi colocado somente o resíduo gerado no Educandário Bezerra de Menezes (reatores 1, 2, 3 e 4), e no restante adicionou-se um acelerador de decomposição EMBIOTEC (reatores 5, 6, 7 e 8). Nesses reatores o volume do gás liberado foi medido.

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Figura 1. Reatores para avaliação da produção de biogás.

No final do período de geração de gases será

realizado um teste de chama e o material resultante da decomposição (biomassa) será analisado para emprego como adubo.

Resultados Tem sido realizado o mapeamento da geração

dos resíduos sólidos do Educandário Bezerra de Menezes e já iniciou-se o esboço do sistema de gestão dos resíduos sólidos domésticos. Resultados preliminares do diagnóstico dos resíduos sólidos foram publicados por Ferraz et al. (2102) e Ferraz et al. (2011).

Os resultados dos testes de mesa são apresentados na Figura 2. O teste № 8 sofreu uma queda e vazou, por isso não houve possibilidade de coletar dados deste.

Após 27 dias o volume médio de gases gerados atingiu 191,8 cm3. O volume médio de gases gerados nos reatores que receberam a adição do acelerador EMBIOTEC atingiu 185,8 cm3, o qual foi inferior aquele observado nos reatores alimentados somente com os resíduos de alimentos, e que alcançou 196,3 cm3. Todavia, observou-se um coeficiente de variação (CV) de 18,1% nos resultados dos reatores com a adição do EMBIOTEC, enquanto no outro grupo o CV atingiu 72,3%.

Figura 2. Geração de biogás em reatores a partir da decomposição de resíduos de restaurante do Educandário Bezerra de Menezes, em 2013.

Essa menor variabilidade nos resultados dos

reatores que receberam o acelerador de decomposição é uma característica desejada, considerando-se o emprego da tecnologia em se produzir gases para fins energéticos.

Conclusões O projeto encontra-se em andamento e em fase de

desenvolvimento e testes. Todavia, pode-se observar que houve uma produção consideravel de gás nos testes e que aparentemente os aceleradores de compostagem usados (EMBIOTIC) reduziram a variabilidade da geração de gases. Quanto à gestão de resíduos constatamos que

será necessária a realização de atividades de educação ambiental com os funcionários do local.

Agradecimentos Agradecimento ao Ministério da Educação pelo apoio financeiro ao projeto Agradecimento a Pró Reitoria de Extensão da UNESP pelo apoio financeiro ao projeto e pela concessão de duas bolsas BAE II.

Bibliografia FERRAZ, G.; AMANCIO, D.T.; GONÇALVES, A.M. et al. Gestão de resíduos sólidos por meio da inserção de tecnologia limpa. In: FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CAMPUS DE SOROCABA, 2., 2012, Sorocaba. Anais... Sorocaba: UNESP, 2012. P. 05-06. FERRAZ, G.; AMANCIO, D.T.; GONÇALVES, A.M. et al. Diagnóstico de resíduos sólidos: instrumento de extensão para gestão ambiental em instituição filantrópica. In: FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CAMPUS DE SOROCABA, 2011, Sorocaba. Anais... Sorocaba: UNESP, 2011. P. 11-12.

398,39

66,73

168,78

151,11

196,25 164,85 196,25

191,76

050

100150200250300350400450

1 2 3 4 5 6 7

cm3

№ dos Testes

Volume de Gás Produzido em Cada Teste

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GRUPO ACADÊMICO DE INICIATIVA AMBIENTAL: "RECICLA"

Executores: Marina Zanini Vieira, Guilherme Carnaíba Chaves e Júlia Koury Ferreira.

Palavras Chave: Resíduo da construção civil

Introdução O projeto iniciou com a proposta de implantação da ISO 14000 na cooperativa de reciclagem de Sorocaba e, posteriormente, um estudo sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos para compreender a destinação e separação correta do tipo de resíduo estudado baseando-se na resolução nº307 de 5 de julho de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil Foi também realizada uma palestra sobre as certificações percebendo com esta, a inviabilidade do projeto, focando assim, apenas na área de resíduos inertes da construção civil. Para que fosse possível compreender de forma adequada sobre o assunto, a equipe visitou o aterro de inertes da cidade de Sorocaba e uma obra de grande porte próximo à faculdade UNESP.

Objetivos O objetivo inicial do Recicla era implementar a ISO 14000 na cooperativa, porém, conversando e conhecendo as pessoas do local, percebemos que as vantagens, apesar de boas, não seriam suficientemente impactantes. Dessa forma, decidiu-se focar o trabalho do grupo na análise de resíduos de construções civis. Assim, o novo objetivo é analisar a disposição de todo o material da construção, os riscos que eles podem trazer para os trabalhadores e para o meio ambiente, e futuramente buscar novas tecnologias de reutilizar os resíduos para a produção de argamassa barata sendo essa utilizada na própria obra.

Forma de Aplicação Primeiramente foi realizada a palestra com a empresa Certifica sobre ISO 14000, posteriormente, realizadas diversas reuniões para que fosse decidida a mudança de foco do projeto para resíduos de construção civil. Essa mudança foi devido a vários fatores que, com o passar tempo, convivendo, ouvindo e aprendendo, a cooperativa de reciclagem de Sorocaba não necessitava mais da nossa colaboração, pois muita coisa já tinha sido

feita, refeitório, melhorias na estrutura para os próprios cooperados, remanejamento das disposições dos materiais para haver uma maior mobilidade etc. A partir disso, foram realizados com a equipe diversos estudos sobre o assunto, uma visita ao aterro de inertes e também à uma obra de grande porte, para verificar como esta lidava com os resíduos ali gerados.

Resultados Sabe-se que a gestão de resíduos de construções muitas vezes tem um enfoque menor devido ao fato de não apresentarem odores ao serem depositados de forma incorreta, apesar de ter um grande impacto ambiental. Os resíduos devem ser separados em diversas classes, cada qual com uma destinação e cuidados necessários diferentes. Para que fosse possível compreender de forma adequada sobre o assunto, a equipe visitou o aterro de inertes da cidade de Sorocaba. No qual, foi possível notar a negligência da população em relação ao descarte deste material, verificando a presença de diversos materiais não inertes, ocupando espaço no aterro e atrasando o processo de separação do material desejado. Como aplicação prática do que foi visto no aterro, visitamos uma obra de grande porte próximo à faculdade UNESP, e mais uma vez verificamos o descaso em relação aos impactos que podem ser causados com o descarte incorreto destes materiais. Dessa forma, foi possível esclarecera equipe sobre as normas de certificação, sobre a separação e destinação correta dos resíduos de construção civil. Além de conhecer todo o processo de geração e armazenamento dos resíduos, a visita foi importante, pois resultou em alguns contatos essenciais para a continuidade do projeto, como a empresa Souza Filho Impermeabilizantes, que nos ajudou a compreender um pouco mais sobre a reciclagem destes materiais. Para a próxima etapa do projeto, estudaremos a possibilidade de produzir argamassa a partir dos rejeitos da obra.

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Como continuidade do projeto, pretendemos realizar visitas periódicas para que seja possível acompanhar os diferentes tipos de resíduos gerados em cada etapa da obra, e de alguma forma tentar conscientiza-los para os erros cometidos. A partir do contato conseguido na obra, fizemos uma visita na empresa Souza Filho de impermeabilizantes, que nos ajudou no processo de reciclagem. Na etapa final do projeto, serão necessárias diversas pesquisas sobre a produção de argamassa através dos rejeitos gerados na obra.

Conclusões Concluímos que a população não tem a conscientização correta sobre o descarte e armazenamento dos resíduos de construção civil, principalmente devido à falta de informação sobre o assunto. Analisando a gestão dentro da obra, a reciclagem de materiais para produção de argamassa pode ser uma alternativa viável para diminuir os impactos causados por esse tipo de rejeito.

Agradecimentos Prof. Dr. Sandro Donnini Mancini, orientador do projeto, a Profª. Drª. Maria Lúcia Pereira Antunes, pela atenção durante o projeto. Agradecimento a toda a equipe do Recicla, Vivian Farias, Flaise Lauren e Veridiana Rodero. A Daniela Adriani Ribeiro pela palestra ministrada e a empresa Souza Filho de impermeabilizantes.

Bibliografia CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Resolução nº307, de 5 de julho de 2002.

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Impetus – Motivando alunos para as áreas tecnológicas

Executores: Amanda Slonik Batista, Victor Eduardo de Oliveira, Antonia Andréia Alves da Costa e Antonio Cesar Germano Martins

Palavras Chave: tecnologia, motivação de alunos, processamento de imagens, meio ambiente, robótica

Introdução O nível de desenvolvimento de um país está

atrelado à qualidade e quantidade de mão de obra especializada nas áreas de engenharia e tecnologia.

No entanto, as dificuldades inerentes de disciplinas como física e matemática, acabam por afastar o interesse de alunos do ensino médio em seguir carreiras ligadas a estas áreas.

Neste sentido, torna-se importante a realização de ações que busquem apresentar a importância e riqueza da ciência e tecnologia além de aproximar os conceitos relacionadas a física, matemática e computação das aplicações.

O projeto Impetus tem realizado atividades com temas relacionados às pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI) do Campus da UNESP em Sorocaba, abordando tópicos de ciência e tecnologia junto a alunos e professores de escolas públicas e entidades que trabalham com população de risco.

Neste artigo será apresentada a metodologia e os resultados obtidos nas atividades realizadas no primeiro semestre de 2013 com alunos do primeiro ano e segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Francisco Eufrasio Monteiro.

Objetivos O desenvolvimento do projeto tem como objetivo

motivar alunos do ensino médio a prosseguirem nos estudos e a se engajarem em atividades de ciência, tecnologia e inovação através da realização de atividades associadas aos conceitos envolvidos nas pesquisas realizadas pelo Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI) do Campus da UNESP em Sorocaba.

Metodologia Foram programados encontros semanais com os

alunos participantes para a realização de atividades referentes às áreas de Processamento Digital de Imagens, Meio Ambiente e Robótica.

Em cada encontro teve-se um assunto como foco de forma a se discutir os conceitos envolvidos

e a realização de atividades práticas que permitissem que os alunos associassem a aplicação à teoria abordada.

Neste sentido, foram preparadas apresentações e selecionados vídeos da Internet que foram mostrados aos alunos no início de cada encontro.

Durante as atividades práticas, buscou-se discutir conceitos relacionados ao método científico.

No âmbito do Processamento de Imagens discutiu-se as principais etapas realizadas em um projeto, desde a aquisição até o reconhecimento. No laboratório, com o uso de software específico, implementou-se técnicas de segmentação baseadas em limiares e crescimento de regiões.

Utilizando-se imagens de satélite discutiu-se ainda a importância da localização espacial, as formas de aquisição de imagens aéreas, o uso de satélites artificiais e foram apresentados exemplos de imagens com diversas resoluções. Foram realizadas atividades de localização de pontos de referências em imagens obtidas da Internet.

Com relação ao Meio Ambiente, apresentou-se os principais tipos de poluição e as conseqüências que estes acarretam. Foram realizadas análises de imagens para a localização de áreas relacionadas ao tema.

No tocante a Robótica, durante a apresentação inicial definiu o conceito de robô, discutiu-se as motivações associadas a construção destas máquinas, além de se mostrar aplicações e plataformas de desenvolvimento.

Como atividade inicial, os alunos montaram o robô de palito de baixo custo que foi desenvolvido pelo projeto Impetus [MARTINS, 2009].

Em seguida, abordou-se os conceitos relacionados a velocidade, aceleração, atrito, tração e torque.

Por fim, utilizou-se a plataforma Lego Mindstorm [SATO, 2002] para a construção de robôs e o estudo dos conceitos físicos apresentados.

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Resultados Participaram da execução do projeto 20 alunos

da Escola Estadual Francisco Eufrasio Monteiro, do município de Sorocaba.

Os alunos se deslocavam semanalmente para o Campus da UNESP em Sorocaba no período da tarde em horário que não tinham aulas regulares. Deve-se notar que as participações eram livres e os custos de deslocamento eram cobertos pelos próprios alunos.

Foram realizados 9 encontros onde pôde-se perceber o grande entusiasmo e interesse dos alunos tanto pelas apresentações bem como pelas atividades práticas.

Observou-se que 7 alunos tiveram 100% de presença aos encontros, 8 tiveram 89% (1 ausência), 4 tiveram 78% (2 ausências) e apenas 1 teve 67% (3 ausências).

Foram solicitados trabalhos aos alunos para serem realizadas fora dos horários dos encontros, tendo-se recebido um retorno expressivo, sendo que 85% executaram todos os trabalhos.

Em levantamento feito com os alunos, após o término das atividades, verificou-se que 56% prefeririam as atividades relacionadas à robótica, 28% ao meio ambiente e 17% ao processamento de imagens, mostram que a robótica é uma abordagem interessante ao se buscar motivar alunos. Tais resultados estão de acordo com trabalhos encontrados na literatura [Ruiz-Del-Solar, 2004][Nagchaudhuri, 2002].

Obteve-se também que 68% dos alunos gostariam de continuar as atividades, 32% teriam que avaliar a possibilidade de continuar e 0% não considerariam continuar.

Conclusões Pelos resultados apresentados, pode-se

considerar que a metodologia implementada possibilitou manter o interesse dos alunos em continuar participar de atividades relacionadas à ciência e a tecnologia.

Agradecimentos Os autores gostariam de agradecer a Pró-

Reitoria de Extensão Universitária da UNESP pelo apoio financeiro e a concessão das bolsas de extensão para os discentes que participam da realização do projeto Impetus.

Bibliografia MARTINS, A. C. G. ; SIMÕES, A.S.; CARRION, R.; SILVA. K.C.; MONTAGNOLI, R.M. Robótica como Ferramenta de Inclusão Tecnológica. Extensão em Foco (Curitiba), v. 4, p. 211-218, 2009.

NAGCHAUDHURI, A.; SINGH, G.; KAUR, M.; GEORGE, S. LEGO robotics products boost student creativity in precollege programs at UMES. In: Anais da ASEE/IEEE Frontiers in Education, Boston, MA, v. 3 p. S4D-1 – S4D6. 2002. RUIZ-DEL-SOLAR, J.; AVILES, R. Robotics courses for children as a motivation tool: the Chilean experience. IEEE Transactions on Education, v. 47, n. 4, p. 474-480. 2004. SATO, J. Jin Sato's Lego Mindstorms: the master's technique. São Francisco: No Starch Press. 2002.

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O DESAFIO ROBÓTICO COMO ATIVIDADE EDUCACIONAL E DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA ENG. DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

Allan Bressiani Tannous Makhoul, Murillo Augusto da Silva Ferreira, Alexandre da Silva Simões. Campus de Sorocaba. Engenharia de Controle e Automação. [email protected], [email protected], [email protected]. Bolsa BAAE II.

Palavras Chave: Robótica, Competição, LEGO. Introdução

Desde o ano de 2003, o campus de Sorocaba da UNESP realiza uma competição interna com calouros do curso de Engenharia de Controle e Automação (ECA), intitulado Desafio Robótico (DR). O DR se tornou uma tradição no campus e a equipe vencedora tradicionalmente representa a unidade na Competição Brasileira de Robótica (CBR) – evento nacional anual que ocorre em várias localidades do Brasil – ou, então, na Latin American Robotics Competition (LARC) – evento internacional anual que ocorre em países da América Latina. Além destas ações, materiais desenvolvidos no âmbito do DR (robôs, arenas, material didático, etc.) são utilizados em ações de extensão universitária para divulgação do curso e da universidade, bem como em palestras e exposições.

Objetivos O presente trabalho tem por objetivo promover o desafio robótico no campus de Sorocaba da UNESP, bem como realizar ações de cunho extensionista utilizando esta plataforma.

Forma de Aplicação Um novo tipo de arena modular – de mais fácil manuseio, armazenamento e transporte – foi projetada em ambiente CAD e construída em MDF. Um mini-curso de robótica (contemplando mecânica, elétrica e informática) foi desenvolvido. No desafio para os calouros do curso, kits robóticos LEGO® foram distribuídos em grupos. Após a aplicação dos cursos, os discentes recebem a descrição de uma prova e tiveram em torno de 2 (duas) semanas para construírem os robôs. A prova é tradicionalmente aberta ao público.

Resultados A figura 1 mostra fotos do DR. A participação das equipes do DR em competições nacionais já trouxe significativa visibilidade para a unidade, como mostrado na Tabela 1. A aplicação de mini-cursos, palestras e exposições – para o público interno e externo - com o material produzido encontra-se em andamento.

Figura 1. a) arena modular construída; b) protótipo desenvolvido; c) exemplo de integração.

Tabela 1. Histórico de premiações. Ano Premiação 2004 Campeão na CBR (UFBA) 2005 Campeão na CBR (UFMA) 2006 Vice-campeão na CBR (UCDB) 2006 3o colocado no LARC (Chile) 2007 Vice-campeão na CBR (UFSC) 2010 3º colocado no LARC (FEI)

Conclusões Ao longo desses 10 (dez) anos de história, o DR se mostrou uma importante ferramenta de cunho pedagógico e extensionista. Apenas a participação nas competições nacionais nesse período já foi responsável pela divulgação presencial da universidade para mais de 20.000 pessoas, sem contar seu alcance indireto através de programas de TV, rádio e web.

Agradecimentos Agradecimentos à UNESP – campus de Sorocaba e à PROEX pelo apoio financeiro e institucional, bem como à PROGRAD e ao grupo PET-ECA.

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O ENSINO DE INFORMÁTICA PARA OS ALUNOS DA TERCEIRA IDADE

ATRAVÉS DO NÚCLEO LOCAL DA UNATI SOROCABA

Executores: Prof. Dr. Márcio Alexandre Marques, Profª. Drª. Luiza Amalia Pinto Cantão, Letícia Dias Castilho, Pedro Luiz Martins Marques

Palavras Chave: Informática, Inclusão Digital, Redes Sociais, Internet, Terceira Idade, UNATI.

Introdução Desde a criação do primeiro computador eletrônico, o ENIAC (Eletronic Numeric Integrator And Calculator), na década de 40, até os aparelhos atuais, como os Tablets e Smartphones, houve uma grande revolução na área da informática. O que antes era um equipamento restrito a trabalhos acadêmicos e profissionais devido a uma interface pouco amigável e softwares complexos, nos dias de hoje é uma ferramenta tanto de trabalho como de entretenimento e de uso geral. Além disso, os custos destes equipamentos atualmente são acessíveis para a grande parte da população e estes, por sua vez, integram programas e softwares de fácil manuseio. Este conjunto de fatores facilita a interação com o que hoje chamamos de mundo virtual. Mesmo com a popularização da informática, muitas pessoas da terceira idade não puderam acompanhar toda sua evolução e poucos conseguem usufruir de todos os recursos disponíveis. Por isso, o Núcleo Local da UNATI Sorocaba vem oferecendo cursos de Informática e Internet para esta parcela da população, com a finalidade de ajudá-los a utilizar melhor esta tecnologia, tanto para tarefas do seu dia-a-dia como para lazer e entretenimento.

Objetivos O Núcleo Local da UNATI Sorocaba visa, entre outras coisas, realizar à inclusão digital de pessoas idosas através de cursos presenciais de Informática e Internet, que são ministrados por alunos bolsistas e orientados pelo coordenador do projeto. Nestes cursos é feita a inclusão digital de alunos sem acesso prévio a um computador e atendem outros com conhecimentos básicos de informática e internet. Os cursos são práticos e ajudam os alunos que possuem equipamentos de informática e que apresentam dificuldades em utilizá-los. Logo, temos ainda como foco prestar uma assistência aos alunos além do conteúdo formal de cada aula dos cursos oferecidos.

Forma de Aplicação Nos cursos ministrados na UNATI Sorocaba, apresentamos as ferramentas de informática numa linguagem de fácil compreensão, com um direcionamento adequado para este público, além de fornecer apostilas e nas aulas utilizar um Datashow para ilustrar os tópicos das aulas. As aulas são ministradas nos laboratórios de informática da UNESP/Sorocaba por alunos bolsistas, orientados pelo coordenador do projeto, com uma frequência de 2 (duas) horas semanais e no mínimo 8 (oito) aulas presenciais por semestre. Os bolsistas também estão encarregados da divulgação dos cursos, das inscrições dos alunos, e da adequação das apostilas e das aulas, uma vez que o conteúdo precisa ser continuamente atualizado.

Resultados Desde 2008, o Núcleo Local da UNATI Sorocaba vem oferecendo cursos de informática nas modalidades apresentadas na Tabela 1. Tabela 1: Cursos ministrados na UNATI/Sorocaba.

Ano / Semestre Curso Nº de

alunos 2008 /

1º Sem.

1. Internet Básica 2. Informática Básica e Word 3. Word Avançado

25 20 25

2010 / 1º Sem. 1. Word Avançado 20

2010 / 2º Sem.

1. Word Avançado 2. Internet Básica

20 10

2011 / 1º Sem. 1. Informática Básica e Word 15

2011 / 2º Sem.

1. Informática Básica e Word 2. Internet e Redes Sociais 3. Redes Sociais

20 10 24

2012 / 1º Sem.

1. Informática Básica 2. Redes Sociais e Internet

10 10

2012 / 2º Sem.

1. Informática Básica 2. Redes Sociais e Internet

10 10

2013 / 1º Sem.

1. Informática Básica 2. Internet e Redes Sociais (2 cursos)

11 17

2013 / 2º Sem.

1. Informática Básica (Nível I) 2. Informática Básica (Nível II) 3. Internet e Redes Sociais (Nível I) 4. Internet e Redes Sociais (Nível II)

Previstos

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Inicialmente foram propostos os cursos de Informática Básica e Word®, Internet Básica e Word® Avançado, porém com o avanço das mídias sociais, houve a necessidade de reformulação dos cursos, onde passamos a oferecer os cursos Informática Básica e Internet e Redes Sociais. Agora no 2º Semestre de 2013, os cursos de Informática Básica e Internet e Redes Sociais serão divididos em dois módulos cada um, pois há alunos sem conhecimentos de informática e internet e outros com noções de internet e que pretendem melhorar as suas experiências. Em geral os cursos tem um nível de satisfação muito bom entre os participantes e os bolsistas desenvolvem suas habilidades didáticas e de comunicação, além do benefício de interação com um público diferente do seu convívio diário. Para os alunos da UNATI, os cursos os habilitam a utilizar o computador com mais facilidade, a replicar os conhecimentos adquiridos e a usufruir dos benefícios que o seu uso oferece. As Figuras 1 e 2 apresentam aulas já ministradas pelos bolsistas para os alunos da UNATI Sorocaba.

Figura 1: Aula de Informática Básica.

Figura 2: Aula de Internet e Redes Sociais.

Conclusões O Núcleo Local da UNATI Sorocaba busca, através dos cursos de informática, realizar a inclusão digital dos idosos possibilitando uma melhor qualidade de vida, uma vez que se torna um meio de comunicação entre familiares e amigos geograficamente distantes, de localização de amigos antigos através das redes sociais, de criação de novos círculos de amizades com interesses em comum, além do benefício de usufruir dos vários serviços oferecidos digitalmente. O processo de aprendizagem em qualquer idade, sempre nos retira da chamada zona de conforto e estimula o desenvolvimento de outras áreas do cérebro, o que por sua vez retarda ou até mesmo inibe doenças degenerativas. Assim, a UNATI vem cumprindo o seu papel de educar e compartilhar com a comunidade os conhecimentos acadêmicos, além de disponibilizar recursos pessoais e de infraestrutura. A comunidade acadêmica também se beneficia da interação com os alunos da terceira idade, pois suas experiências nos ensinam a direcionar e remanejar, sempre que necessário, o oferecimento de cursos, entre outras questões pertinentes a este público.

Agradecimentos Agradecimentos à PROEX (Pró-Reitora de Extensão Universitária da UNESP) pelo auxílio financeiro e concessão de bolsas, e à FUNDUNESP (Fundação para o Desenvolvimento da UNESP) pelo auxílio financeiro.

Bibliografia MARQUES, Márcio Alexandre ; BOTURA JUNIOR, G. ; LEMOS, M. A. ; DINIZ, A. C. . Núcleo Local da Universidade Aberta à Terceira Idade UNATI do Campus de Sorocaba com Ênfase aos Cursos de Informática. In: 8vo. Congreso Internacional de Educación Superior - Universidad 2012, 2012, Havana. 8vo. Congreso Internacional de Educación Superior - Universidad 2012 La universidad por el desarrollo sostenible. Havana, 2012. MARQUES, Márcio Alexandre, BOTURA JUNIOR, G., CANTAO, L. A. P., DINIZ, A. C.. UNATI – Sorocaba e os Desafios da Informática Para a Terceira Idade In: UNATI Espaço aberto ao ensino e à criatividade. 1ª ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012, v.1, p. 217-226.

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O USO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA A COMPREENSÃO DE AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS DA ÁGUA NO CÓRREGO DO BUGRE EM ALUMÍNIO – SP.

Executores: Pedro Paulo dos Santos Tersariol & André Henrique Rosa – UNESP / Campus Sorocaba

Palavras Chave: educação, percepção, recuperação

Introdução Os ecossistemas aquáticos acabam de uma

forma ou de outra, servindo como reservatórios temporários ou finais de grande variedade e quantidade de poluentes, descartados no ar, no solo ou diretamente nos corpos de água. Com relação aos efluentes líquidos, para Aisse (2000), embora o esgoto provoque tantos problemas como poluição, contaminação bacteriana e o aparecimento de doenças, entre outros, seu tratamento inexiste na maior parte dos municípios brasileiros. Em Alumínio, SP, o córrego do Bugre sofre descargas de esgotos domésticos e industriais sem que antes haja um tratamento adequado destes efluentes. Os componentes tecnológicos atuais sugerem uma nova concepção de saneamento envolvendo o tripé formado pelo homem, a natureza e as obras físicas, sem que um dos aspectos predomine sobre os outros, fundamental para se atingir um patamar de dignidade social. Assim, dois aspectos são fundamentais para uma nova abordagem: a educação ambiental e a sustentabilidade do desenvolvimento humano (JULIO et. al. 2008). A educação torna-se indispensável no sentido de propor uma conscientização e mobilização da população em torno do meio ambiente, de modo a propor um planejamento e conservação dos recursos naturais. Leff (2001) afirma que a transição para uma sociedade sustentável será através do investimento dado á educação na interface ambiente/sociedade como forma estratégica para esse processo. Assim é pertinente aplicar o conceito de topofilia (TUAN, 1980), isto é, realizar uma verificação do elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico, cabendo, portanto, a proposta de percepção ambiental

Objetivos Desenvolver eventuais trabalhos de campo

com alunos da 8ªsérie C da escola Eng. Antônio de Castro Figueiroa, Alumínio – SP.

Realizar análises de 14 parâmetros da água no Córrego do Bugre, Alumínio – SP.

Avaliar as análises citadas.

Propor a educação ambiental através do contato do aluno com o Córrego do Bugre

Aplicação de uma avaliação diagnóstica em sala de aula sobre o conteúdo abordado em campo.

Forma de Aplicação 1) Levantamento em campo

A escolha do trabalho de campo ocorreu no sentido de propor aos alunos um maior contato com o lugar que é comum a todos: o município de Alumínio. De acordo com Suetegaray (2002), didaticamente, o trabalho de campo deverá contribuir para um aprofundamento dos conteúdos e o reconhecimento efetivo da realidade.

2) Análises da água

Os catorze parâmetros da qualidade da água foram avaliados através dos dados das análises em campo, com base nos métodos e variáveis estabelecidas pela Fundação SOS Mata Atlântica, no Projeto “Observando os Rios”. O monitoramento é feito com um Kit de análise, desenvolvido pela Rede das Águas e que utiliza como indicadores 14 parâmetros físico-químicos, biológicos e de percepção, como temperatura, turbidez, espumas, lixo, odor, peixes, larvas, vermes brancos ou vermelhos, coliformes totais, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, potencial hidrogênio iônico, nitrato e fosfato. A escolha deste método teve como objetivo avaliar e dar pontos (de 1 a 3 pontos) a cada um dos catorze parâmetros. Quanto mais alta a pontuação na soma dos quesitos, melhor a qualidade da água.

Tabela 1 - níveis de qualidade da água

Fonte: Rede das Águas (2013)

Ótima Boa Regular Ruim Péssima

Maior que 40

Entre 35 e 40

Entre 26 e 35

Entre 20 e 26

Menor que 20

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Resultados Para o efeito de comparação nas

avaliações, o ano de 2007 serve de referência no sentido de possuir mais dados em relação aos demais.

Meses Análises (2007) (a) Janeiro 25,50 - ruim

Fevereiro 28,00 - aceitável Março 27,50 - aceitável Abril 28,00 - aceitável Maio 29,50 - aceitável

Junho 26,50 - ruim Julho 27,50 - aceitável

Agosto 26,00 - ruim Setembro 24,50 - ruim Outubro 25,00 - ruim

Novembro 25,00 - ruim Dezembro 27,00 - aceitável

Tabela 2 – Resultados mensais das análises do Córrego do Bugre em 2007 (a) e 2012 (b). Fonte: Rede das Águas (2012) adaptado.

Todos os ensaios dos parâmetros

analisados foram realizados e discutidos em campo. (Figura 1).

Figura 1 – Atividade em campo. Fonte: Tersariol (2012)

Segundo Suetegaray (2002), a experiência

do trabalho de campo em nossas disciplinas permite

a discussão e o conforto de experiências entre grupos de trabalho, em termos de validade, de aquisição de informações e idéias novas produzidas ou a investigar

Ao observar as tabelas, é notável a diferença da situação da água nos meses mais secos e nos chuvosos. De maio a setembro, os meses apresentam em média qualidade ruim, pelo fato dos efluentes estarem mais concentrados. De outubro a abril, qualidade aceitável, devido à diluição dos efluentes. Desde o início das análises em 2006, a água do Córrego do Bugre ainda não obteve uma qualidade boa ou ótima.

Conclusões A partir da correção das avaliações em sala

de aula, é importante destacar que através da educação ambiental, a maioria dos alunos envolvidos nesta atividade começaram a ter a percepção de que os problemas diagnosticados no Córrego do Bubre não estão vinculados apenas à realidade dos habitantes de Alumínio, mas também aos habitantes e cursos hídricos de outros municípios afetados principalmente a jusante de Alumínio, como Sorocaba.

Agradecimentos Á Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio financeiro e institucional; á Fundação S.O.S Mata Atlântica pelo apoio logístico e á meu orientador Pr. Dr. André Henrique Rosa pela atenção durante o projeto.

Bibliografia AISSE, M. M. Sistemas Econômicos de Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro: ABES, 192p, 2000. JULIO, M.; FILHO, A., G., A.; WIECHETECK, G., K.; BUSCH, O., M., D.; HINSCHING, M., A., O.; PILATTI, F. Diagnóstico sobre a disposição do esgoto doméstico na Bacia do Manancial Alagados, Ponta Grossa/PR. 2008. LEFF, E. Saber Ambiental: Sustentabilidade, Racionalidade, Complexidade, Poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. REDE DAS ÁGUAS. Fundação SOS Mata Atlântica.Disponível em < http://sosobstiete.znc.com.br/relatorio/> acessado em 28/04/2013 SUETEGARAY, D. M. A. Geografia física e geomorfologia. Ed. UNISUL, RS. 2002, p. 100 – 111. TUAN, Y. F. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1980.

Meses Análises (2012) (b) Janeiro 28,00 - regular

Fevereiro 26,00 - ruim Março 30,15 - regular Abril 25,45 - ruim Maio 27,00 - regular

Junho 25,85 - ruim Agosto 28,00 - regular Outubro 25,00 - ruim

Dezembro 24,00 - ruim

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Projeto “Reviva Educa” - Educação Ambiental

Executores: Paula Cristina S. Medeiros, Raquel Forti, Tais Martinelli, Profa. Dra. Maria Lúcia Pereira Antunes – [email protected]

Palavras Chave: Educação Ambiental, Meio Ambiente, Educação.

Introdução A situação do meio ambiente em nosso planeta requer atenção especial, pois resulta, muitas vezes, de práticas insustentáveis que geram escassez, distribuem injustamente os benefícios, dificultam o acesso das comunidades aos recursos naturais e colocam em risco o equilíbrio ambiental e as condições de vida. Para modificar esse quadro, é necessária a participação e conscientização de toda a sociedade. Ter acesso, através da educação ambiental, a uma vivência integrada com o meio ambiente, a fim de perceber a importância de sua preservação, é um direito de todo cidadão. Sendo assim, em 1999 a educação ambiental se tornou, por lei, uma componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo [1]. Nesse contexto a Universidade tem papel fundamental, pois pode contribuir através de projetos de extensão com aprendizado e conscientização de práticas que melhorem a convivência e o respeito ao meio ambiente. Nesse contexto, foi criado, em 2007, no Campus de Sorocaba, o projeto de extensão “Reviva Educa”. Este projeto vem, desde então, desenvolvendo atividades de educação ambiental semanalmente com as crianças do Educandário Bezerra de Menezes, instituição de caráter educacional da cidade de Sorocaba. Desta forma o projeto contribui com a formação do engenheiro em desenvolver e aplicar projetos de educação ambiental e ainda atende e contribui com a comunidade em relação a questão da educação ambiental.

Objetivos O objetivo do projeto “Reviva Educa” é desenvolver com as crianças e jovens atividades lúdicas e oficinas planejadas para que desta forma se promova a conscientização a respeito das questões ambientais, além de inseri-los na sociedade e mostrar a responsabilidade que têm no ambiente em que vivem.

Forma de Aplicação

As atividades de educação ambiental do projeto “Reviva Educa” tem ocorrido semanalmente, aplicadas pelos alunos do curso de Engenharia da UNESP de Sorocaba, sob a coordenação de alunos bolsistas do projeto. Neste primeiro semestre de 2013, o projeto contou com a parceria de Educadores ambientais do parque Chico Mendes. Inicialmente foram realizadas as atividades de quebra-gelo. São brincadeiras rápidas que proporcionam maior interação e descontração entre os alunos e os coordenadores e voluntários do projeto. Em seguida são realizadas as atividades socioambientais envolvendo alguns problemas e suas respectivas soluções. As brincadeiras são previamente explicadas aos alunos, depois são desenvolvidas com o auxílio dos coordenadores e voluntários utilizando-se os materiais necessários de acordo com a atividade proposta. Por fim é feita uma discussão sobre a finalidade da atividade e observada a conclusão alcançada. Todas as atividades são registradas em portfólio, para que possam ser divulgadas a comunidade através da internet.

Resultados De abril a junho foram realizadas oito atividades com grupos de treze crianças em média, na faixa etária de nove a treze anos. As atividades versaram sobre os temas de meio ambiente e cidadania, destacando-se os seguintes assuntos: biodiversidade, resíduos sólidos, poluição, e boas práticas ambientais. Geralmente são utilizados materiais simples e lúdicos que permitem a fácil visualização às crianças sobre a temática. Algo observado durante a realização das atividades foi a participação das crianças, que mostraram muito empenho e curiosidade sobre os temas abordados, mostrando respostas muito satisfatórias a perguntas feitas no decorrer do semestre. Com o objetivo de ampliar a divulgação das atividades de educação ambiental desenvolvidas no projeto “Reviva Educa” foi inicializada a montagem de uma página para a internet. Além disso, o site pretende mostrar a importância da Educação Ambiental e Social para o desenvolvimento de

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crianças e jovens. A princípio, o conteúdo apresentado no site de divulgação do projeto, envolve o histórico, depoimentos dos alunos que participaram do projeto desde a sua criação, a descrição de algumas atividades realizadas e galeria de fotos, além do portfólio de atividades de educação ambiental.

Considerações Finais O projeto durante todo o seu tempo de execução apresentou respostas satisfatórias no que diz respeito à participação e aprendizagem dos alunos. Foi possível notar o interesse e envolvimento que os alunos tem em relação às atividades desenvolvidas e ao papel deles para ajudar no que diz respeito a sustentabilidade.

Agradecimentos Agradecimentos a PROEX pelo apoio financeiro e pelas bolsas BAAE I e BAAE II, e a todos os alunos que participam voluntariamente do projeto.

Bibliografia [1] Educação Ambiental. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental>. Acesso em 13 de Agosto de 2013.

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Projeto Cursinho Gerabixo Sorocaba

Executores: José Arnaldo F Roveda; João Vitor Borgheresi Palavras Chave: Educação de Jovens e Adultos.

Introdução Diante do cenário de defasagem da educação pública do país e frente a importância pessoal e profissional de se ter um curso superior, criou-se, em agosto de 2006, o cursinho pré-vestibular da UNESP Sorocaba de caráter sócio-inclusivo, proporcionando maiores possibilidades de alunos de baixa renda de ingressarem no ensino superior com aulas ministradas, majoritariamente, pelos alunos do campus. No início das atividades, o projeto contava com 20 alunos da Rede Municipal e, atualmente, oferece duas turmas extensivas totalizando 120 estudantes, da Rede Pública Municipal e Estadual de Sorocaba e Região, com material didático individual e gratuito.

Objetivos O projeto de extensão “Cursinho pré-vestibular Gerabixo” foi criado com o objetivo de, por meio da participação de alunos do campus, ministrar aulas expositivas diárias para alunos financeiramente carentes, provenientes da rede pública de ensino da cidade de Sorocaba e região.

Forma de Aplicação O cursinho GERABIXO seleciona seus alunos através de um processo seletivo composto de duas etapas: 1) Prova de conhecimentos gerais; 2)Avaliação sócio-econômica dos candidatos. Anualmente, são disponibilizadas 120 vagas, sendo 60 no período matutino e 60 no período noturno. Além das aulas, o Gerabixo oferece duas atividades extras aos sábados, que visam aprimorar o aprendizado do aluno: a) o Sabadão, no qual os alunos tem a oportunidade de rever e aprofundar a matéria vista em sala de aula; b) Aulas de reforço, que surgiram a pedido dos alunos, para suprir a carência dos mesmos em matemática básica. A comunicação entre professor e aluno é feita também por meio de redes sociais de internet, visando estimular o aluno no estudo em sua própria casa, com plantão de dúvidas presencial e online, com plantonistas, em horários extra classe no campus da Unesp. A fim de acompanhar a qualidade de ensino ao longo do ano, o curso Gerabixo realiza mensalmente uma prova simulada de vestibular múltipla-escolha ou dissertativa bem como uma avaliação semestral dos professores do cursinho,

possibilitando assim o aperfeiçoamento constante do ensino.

Resultados O projeto GERABIXO cresce a cada ano, visto que as aprovações em instituições públicas e privadas desde o ano de 2006 aumentaram cerca de 600%. Foram 7 aprovações logo no primeiro ano, e este número subiu para 20 aprovados no segundo ano de projeto. Em 2008 foram 17 aprovações contando apenas instituições públicas. Nos anos de 2009 e2010 a tendência foi a mesma, com 36 aprovações no primeiro ano e 20 candidatos aprovados em universidades públicas no segundo, além das instituições privadas, através do ProUni. No ano de 2011, foram 26 em universidades públicas além também de concursos públicos, faculdades técnicas e privadas através do ProUni Em 2012 tivemos um total de 47 aprovados, sendo 37 em universidades públicas, 10 em instituições privadas através do ProUni. Apesar do crescimento e do crescente número de beneficiados, o alto índice de evasão, relacionado principalmente ao alto custo do transporte e distância entre o curso e a moradia, é o grande desafio do GERABIXO. Neste sentido, o projeto passará a dar uma atenção psicológica aos alunos na expectativa de minimizar este problema.

Considerações Finais O projeto Cursinho Gerabixo da Unesp Sorocaba tem proporcionado, a alunos oriundos de escolas públicas, a oportunidade de concorrer a vagas de vestibulares em Universidades Públicas, oferecendo ensino de qualidade, material gratuito e uma série de atividdes extras como aulas aos sábados, plantão de dúvidas e simulados. O aumento substancial das aprovações ao longo dos oito anos de existência do projeto mostra que o Cursinho Gerabixo, mesmo com todas as dificuldades encontradas, está no caminho certo e espera-se que as aprovações sejam cada vez maiores nospróximos anos.

Agradecimentos A Proex pelo apoio financeiro e a Unidade de Sorocaba pelo suporte institucional.

Bibliografia

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PROJETO DE EXTENSÃO ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA ACADÊMICA UNESP SOROCABA: PROMOVENDO ATIVIDADES DE ESPORTE, CULTURA E LAZER

Autor: Leonardo da Mota A. M. Couto Professor Coordenador: Roberto Wagner Lourenço Unesp Campus Sorocaba. Palavras Chave: Esporte; Cultura; Lazer; Saúde e Meio Ambiente

Introdução A Associação Atlética Acadêmica UNESP

Sorocaba (AAUSo) foi fundada em 2006 por alunos que verificaram a necessidade de incentivar o esporte, a cultura e o lazer como forma de promover a integração entre os diferentes segmentos estudantis no Campus de Sorocaba. A AAUSo foi se consolidando e tornou-se uma Associação sem fins lucrativos que possui todos os seus membros e associados vinculados a UNESP Campus Sorocaba, sendo hoje empresa jurídica devidamente registrada.

A AAUSo é responsável pelo incentivo de práticas esportivas, culturais e de lazer por meio da organização de campeonatos internos e externos de diversas modalidades, da escalação e treinamento das equipes que representam o Campus em jogos externos e da compra e manutenção de equipamentos esportivos. Também é responsável por convênios e parcerias com instituições que contribuem com a infraestrutura necessária para a prática de esportes, apresentação de ações culturais e eventos de lazer, tal como clubes e academias.

Uma das ações de maior relevância de âmbito cultural é a ação através da “Trombateria”, nome dado à bateria do Campus, composta por mais de 30 instrumentos tocados por alunos e ensaiada de forma rotineira.

Além disso, estas ações esportivas e musicais, aliadas a de lazer lúdicos como oficinas e seminários voltados para apoiar ações voltadas para comunidades e associações de apoio a comunidades e jovens carentes de escolas públicas e demais entidades do município de Sorocaba e região.

Objetivos A Atlética tem como principal objetivo promover

entre os alunos o hábito da prática esportiva, cultural e de lazer com frequencia de forma rotineira, para não só desenvolver um hábito saudável para os alunos, mas também formar um grupo apto para disputa de jogos externos e levar

ações com caráter social e prático representando o Campus. São premissas da AAUSo a valorização de atividades culturais, social e de lazer que promovam o bem estar dos alunos e da comunidade. Também é um objetivo integrar os alunos do campus, não só entre si, mas também com outros jovens de outras instituições de ensino através da participação de eventos esportivos, culturais e de lazer. Por fim, promover o atendimento as comunidades escolares e carentes por meio da pratica de ações comunitárias esportivas, culturais e de lazer.

Métodos A aplicação é feita através de oferecimento de atividades semanais esportivas, que promovem um hábito saudável para os alunos do campus, além de formar um grupo apto para participar de torneios e campeonatos esportivos do âmbito local e regional. Promoção de eventos voltados para implantação do esporte, música e lazer dentro de escolas públicas de Sorocaba. Oferecimento de oficinas e seminários aos alunos nos temas voltados para práticas de esportes menos incentivados, música e lazer, assim como participar de ensaios e apresentações. Todas as atividades realizadas pelo Projeto de Extensão são planejadas e executadas por alunos da UNESP Campus Sorocaba

Resultados Foram oferecidas práticas dos principais esportes, cultura e lazer de maneira que atinja a maioria dos alunos e as

comunidades envolvidas no projeto. Para isso,

as atividades abrangeram participantes do sexo masculino e feminino semanalmente, mantendo uma constância nas atividades de esporte, cultura,

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lazer e lúdicas resultando na criação de um hábito saudável de âmbito físico e psicológico. As atividades do projeto permitem que os alunos participantes ampliem seus conhecimentos sobre diversos temas, como: educação, sustentabilidade, cidadania, integração entre o homem e meio ambiente. O projeto tem buscado a mudança de comportamento mediante a proposta de aplicação de programas que garantem alteração na forma comportamental da sociedade, principalmente os voltados para o esporte, cultura e lazer. É proeminente que as ações a partir de ações educativas que considerem práticas esportivas e culturais têm demonstrado resultados de âmbito de melhorar a qualidade de vida das comunidades inseridas no projeto. As atividades do projeto permitem que os alunos participantes ampliem seus conhecimentos sobre diversos temas, como: educação , sustentabilidade, cidadania, integração entre o homem no meio em que vive.

Conclusões A articulação entre os objetivos e a

fundamentação teórica do ponto de vista institucional esta na ampliação dos conhecimentos dos envolvidos na proposta a partir das atividades a serem desenvolvidas de diversos setores sociais. No campo da extensão busca o atendimento das demandas sociais com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva, através da formação de uma sociedade preocupada e consciente quanto ao seu papel social e cultural.

O Projeto Atlética UNESP Sorocaba proporciona a visibilidade da UNESP Campus Sorocaba diante de instituições sociais de âmbito local, regional e nacional, escolas e outras de âmbito educacional. Além disso, as diferentes ações de esporte, cultura e lazer estão implicitamente articuladas de forma transversal em quase todas as áreas do curso e reflete diretamente no atendimento para melhoria da qualidade de vida da população.

Agradecimentos Aos alunos que compõe o Projeto de Extensão e os que já participaram desde a sua formação em 2006. Ao PROEX e a UNESP Campus de Sorocaba por seu apoio e incentivo.

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REDE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL UNESP CAMPUS DE SOROCABA REAUSo

Autor: Artur Fonte Batista, Natália Beatriz dos Santos Oliveira Professor Coordenador: Roberto Wagner Lourenço Unesp Campus Sorocaba. Palavras-Chave:REAUSo,Educação Ambiental,Capacitação, Agentes multiplicadores.

Introdução Diante dos atuais problemas ambientais vividos, é evidente a importância da construção de uma cidadania ambiental, dentro da sociedade. Nesse contexto que se encaixa a Educação Ambiental. A definição de Educação Ambiental é bastante variável, depende de interpretações, de cada contexto e da influência e vivência de cada um. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, é um processo permanente em que o indivíduo e a sociedade tomam consciência do seu papel no meio ambiente. Adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências que os permitem resolver problemas ambientais presentes e futuros (MMA, 2005). Mais que isso, a Educação Ambiental busca a mudança comportamental através de um processo contínuo e permanente, com enfoque interdisciplinar sobre o meio ambiente em sua totalidade, despertando o pensamento crítico e consequente quebra de paradigmas (TELLES et. al, 2002). É importante ressaltar que cada tipo de público-alvo apresenta algumas especificidades que contribuem para a diversidade e criatividade da aplicação da educação ambiental, que se torna um processo permanente, dinâmico e com metodologia que deve ser adequada às faixas etárias a que se destina.A finalidade em se desenvolver programas de Educação Ambiental para a atuação em rede é o de suprir esta deficiência e atender as especificidades de um trabalho articulado, possibilitando a formação de agentes multiplicadores. A Universidade tem um papel importante na formação ambiental de profissionais para que estes sejam capazes de trabalhar em grupos multidisciplinares e em ações interdisciplinares. Essas ações devem ser interativas e reflexivas, capazes de promover a participação dos diferentes agentes da sociedade, na construção individual e coletiva do conhecimento. E foi neste contexto que, em 2005, surgiu a Rede de Educação Ambiental da UNESP de Sorocaba (REAUSo), um grupo de universitários com o interesse de fazer Educação Ambiental. Tudo começou dentro do próprio Campus, buscando melhorar o ambiente e as relações sociais entre alunos e sociedade. Aos poucos foram sendo

desenvolvidos projetos fora do campus, trabalhando em escolas públicas, estabelecendo parcerias com outras instituições e até promovendo a capacitação de professores e estudantes, como Educadores Ambientais. O grupo se mantém sólido até hoje participando de diversos eventos, promovendo palestras, cursos, oficinas.

Objetivos Desenvolver ações socioculturais no âmbito da Educação Ambiental junto aos alunos do Campus, bem como em alunos de escolas públicas e comunidades carentes através de seminários, oficinas, e atividades lúdicas.

Forma de Aplicação A Rede de Educação Ambiental UNESP Sorocaba, tem sua estrutura conectada com outros projetos de extensão, buscando um trabalho articulado e interligado. Promove também o Curso de Formação de Educadores Ambientais, que se encontra em sua 5ª edição. O curso conta com uma abordagem pedagógica composta por palestras, e nele são abordados os seguintes assuntos:

Conceito; Aplicação; Metodologias; Experiências; Atividades Lúdicas cooperativas; Elaboração de Projetos;

Contém visitas técnicas em locais identificados com a temática em questão, buscando a sensibilização e contato direto com as questões envolvidas no processo de construção do conhecimento. Além de possuir material didático apostilado. Além de realizar o curso, a REAUSo participa de eventos como a IX Semana do Meio Ambiente UNESP Sorocaba, através de stands informativos e oficinas sustentáveis. Já apresentou palestras dentro de eventos empresariais, tentando despertar o sentimento de pertencimento ao meio ambiente no público.

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Outra iniciativa da REAUSo é o trote de cunho socioambiental, que se aplica nos calouros do Campus Sorocaba. Todo ano é feito algo diferente buscando sensibilizar este público que acaba de ingressar na faculdade, podendo ser uma saída de campo, um plantio de mudas ou um mutirão para construção de uma horta escolar.

Resultados Nos meses de abril e maio a REAUSo realizou a 5ª edição do Curso de Formação de Educadores Ambientais, com um grupo de quinze pessoas. Contou com sete dias de palestra, duas visitas técnicas e a construção de um projeto voltado para uma situação problema. Nesta edição o público foi bastante diversificado, constituído por estudantes e profissionais de variadas instituições, o que permitiu uma importante troca de experiências.

Figura 1: Palestra na 5ª edição do curso.

Em maio a REAUSo participou da IX Semana do Meio Ambiente UNESP Sorocaba, que ocorreu dentro de um Shopping de Sorocaba. Nesta edição, a REAUSo organizou uma oficina que ensinou a montagem de carteiras a partirde caixas TetraPak. As caixas usadas na oficina foram arrecadadas através da mobilização dos alunos da própria universidade.Também apresentou alguns de seus trabalhos em um stand. Pensando na chegada dos calouros, a REAUSo organizou um trote decunho socioambiental, o “Mutirão da Horta”, em julho. O mutirão reuniu cerca de vinte e cinco calouros para a construção de uma horta na escola estadual Flávio Gagliardi, localizada no Jardim Saira, em Sorocaba. Nas Figuras 2 e 3 pode-se ver o espaço antes e depois do mutirão. A horta será utilizada para sensibilizar os alunos da escola e viabilizar novas abordagens dentro da educação ambiental.

Figuras 2 e3: Antes e depoisdo mutirão na escola.

Ainda tendo em vista os alunos ingressantes da UNESP Sorocaba, os membros da REAUSo elaboraram blocos de anotação cujas folhas são reaproveitadas. Os bloquinhos podem ter suas folhas facilmente substituídas quando necessário, o que estimula os calouros a refletir sobre a reutilização de materiais.

Conclusões Ao divulgar o curso para fora dos portões da Unesp Sorocaba, o público formado foi bastante heterogêneo, desde diferentes instituições de ensino até órgãos governamentais. Isto garantiu um aprendizado sólido, visto que a maioria dos inscritos já tinha alguma experiência com Educação Ambiental, podendo compartilhar seus conhecimentos com todos, inclusive com os organizadores do curso. Outro ponto importante foi a zona de impacto, pois foi possível gerar agentes multiplicadores que atuam em diferentes regiões de Sorocaba. Nas outras edições o curso foi oferecido apenas aos alunos do campus, logo esta abrangência ficava limitada. A participação na IX Semana do Meio Ambiente UNESP Sorocaba, teve grande importância ao se trabalhar com diversas pessoas que passavam no shopping e paravam para realizar a oficina e conhecer mais sobre boas práticas ambientais. O mutirão realizado para a construção da horta foi um grande sucesso. Em apenas uma manhã o espaço foi totalmente transformado e também foi implantada a estrutura básica da horta escolar. Além disso, foi possível trabalhar com os novos universitários e divulgar os projetos em que podem contribuir como extensão.

Agradecimentos Aos alunos que desde 2005 compõe a Rede de Educação Ambiental da UNESP de Sorocaba REAUSo. Ao PROEX e a UNESP Campus de Sorocaba por seu apoio e incentivo.

Bibliografia BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria

de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável. Passo a passo da agenda 21 local. Brasília: MMA, 2005. 54 p.

TELLES, M. Q. et al. Vivências Integradas com o Meio Ambiente: Práticas de Educação Ambiental para Escolas, Parques, Praças e Zoológicos. São Paulo: Sá, 2002. 144 p.

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REESTRUTURAÇÃO DO ROBÔ HUMANOIDE CP01 PARA ATIVIDADES DE PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Palavras Chave: Robótica, Robô Humanóide, TORP

Introdução Robôs humanoides são hoje uma importante área de pesquisa e também uma tendência de mercado importante para o engenheiro. O robô CP01 foi o primeiro torso de robô humanoide feito no Brasil, parceria entre pesquisadores da UNESP e ITA. Seu projeto e construção foram baseados em um protocolo modular denominado TORP (The Open Robot Project). Esse protocolo visa a construção de robôs humanoides através de projetos abertos, isto é, todos os programas e projetos (elétricos e mecânicos) ficam disponíveis para download. Outra característica fundamental do TORP é o fato de ser colaborativo, ou seja, é possível construir partes de robôs em diferentes instituições com diferentes tecnologias e seus módulos podem ser acrescentados ao projeto.

Objetivos O presente projeto prevê a reorganização do robô CP01 – nas dimensões elétrica, mecânica e computacional – de forma a permitir sua maior utilização para ações de pesquisa e extensão universitária.

Forma de Aplicação Para o desenvolvimento do trabalho houve, inicialmente, um estudo dos projetos elétrico, mecânico e módulos computacionais do robô, além do estudo de artigos e relatórios técnicos. Dessa forma, a partir do projeto inicial foi possível realizar alterações nos desenhos em ambiente Solidworks. Os projetos mecânicos foram reorganizados nas estruturas modulares em repositório SVN.

Resultados A figura 1 apresenta o projeto do CP01 em SolidWorks. A imagem da esquerda apresenta uma visão geral robô, enquanto as outras duas imagens apresentam seu desenho técnico. A partir da análise dos desenhos, cases para transporte do robô foram especificados e encontram-se em processo de aquisição. A tecnologia da impressão 3D foi selecionada para impressão das partes plásticas do robô (cabeça e tórax), e novos desenhos das mesmas encontram-se em elaboração.

Figura 1: Projeto mecânico do robô CP01.

Conclusões A partir do trabalho realizado conclui-se que é possível continuar no aprimoramento do robô. Sua estrutura modular permite fácil montagem e desmontagem, bem como fácil transporte, características importantes em trabalhos de pesquisa e principalmente extensão universitária. Os próximos passos do trabalho serão a reconstrução das partes plásticas do robô CP01 utilizando técnicas de impressão tridimensional – disponível nas instalações do GASI –, a montagem final do protótipo e sua apresentação em programas de extensão universitária dentro e fora do campus de Sorocaba da UNESP.

Agradecimentos Os autores agradecem à PROEX e ao Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI) pelo suporte ao trabalho. Projeto CP01. Disponível em: <http://www.gasi.sorocaba.unesp.br/assimoes/projects/CP01/>. Acesso em 20/08/2013. TORP. Disponível em: <http://www.theopenrobotproject.org/>. Acesso em 20/08/2013.

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Resíduos Sólidos Gerados no Campus de Sorocaba da Unesp: resultados sobre seu gerenciamento

Executores: Maria Clara Onias Alves Pereira, Jacqueline Mayume Oshiro, Sandro Donnini Mancini

Palavras Chave: Resíduos, material recicláveis, coleta

Introdução

O campus Unesp Sorocaba, por contar com a circulação diária de cerca de 700 pessoas dentre discentes de graduação, pós-graduação, docentes e funcionários técnico-administrativos, além de pessoal terceirizado. Pode ser considerada uma fonte geradora de resíduos em potencial. São diversos tipos de materiais gerados, como restos de comida, plásticos, metais, vidros e papéis além de alguns resíduos sólidos perigosos como lâmpadas fluorescentes exauridas, pilhas e baterias. A ideia de aliar um projeto de extensão ao gerenciamento de resíduos vem de encontro à Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010. Ainda, está de acordo com legislações estaduais pertinentes: lei Nº12.528/2007 que tornou obrigatória a prática da coleta seletiva em repartições públicas e a lei Nº14.470/2011 que permite a destinação dos resíduos recicláveis separados em instituições da administração pública estadual a uma cooperativa de catadores. Desde seu início, o projeto viabilizou várias ações. O campus realiza a coleta e armazenamento de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes descartadas, cuja destinação adequada é custeada pela empresa Flextronics International Tecnologia Ltda. Os resíduos da coleta seletiva de papéis, vidros, metais e plásticos que antes eram comercializados pela equipe de limpeza, são destinados semanalmente à Cooperativa de Reviver. Para que a coleta seletiva se torne cada vez mais eficaz, são necessárias contínuas campanhas de conscientização envolvendo a comunidade em questão. Neste contexto, o projeto conta com o apoio de outros projetos de extensão existentes no campus, como a Rede de Educação Ambiental e a Semana do Meio Ambiente.

Objetivos Realizar o gerenciamento de todo tipo de resíduos sólidos gerados dentro da Unesp, Campus de Sorocaba, além de práticas de reaproveitamento e redução desses materiais. Para isso, a conscientização de um meio ambiente equilibrado, seguimos a regra dos 3 R’s: reduzir, reaproveitar e reciclar.

Forma de Aplicação O campus gera resíduos variados de coleta seletiva e resíduos perigosos. Os resíduos da coleta seletiva acumulados nos cestos coletores e armazenados, pelos funcionários responsáveis pela limpeza, para então serem destinados semanalmente à Cooperativa de Reviver. Os resíduos perigosos, como pilhas e baterias, são descartados em coletores próprios por qualquer pessoa da comunidade, sendo que sua destinação final é custeada pela “Flextronics International Tecnologia Ltda”. Parte do resíduo orgânico é separada pelos alunos do campus e depositada em uma composteira, a qual é monitorada semanalmente. Além disso, a prática de reaproveitamento de materiais como folhas de rascunho geradas pelo campus, folhas que não poderiam ser aproveitadas e papéis reciclados vêm sendo adotadas por meio de oficinas.

Resultados Resíduos comuns como o vidro, papel, metal, plástico, pilhas e baterias são recolhidos em cestos coloridos de coleta seletiva (figura 1) e são encaminhados para um ponto de armazenamento provisório até serem retirados pela cooperativa. Os funcionários da limpeza são responsáveis por levar os materiais das lixeiras de coleta seletiva para o local de armazenamento provisório (figura 2).

Figura 1: Cestos de coleta de resíduos

Figura 2: Ponto de armazenamento

Alguns resíduos orgânicos gerados pelos alunos e dentro da universidade, são encaminhados a uma composteira (figura 3) que futuramente será utilizado com adubo na horta realizada em um dos projetos da Rede de Educação Ambiental da Unesp Sorocaba. Foi instalada uma caixa coletora de bitucas de cigarro (figura 4), onde empresa parceira recolhe semanalmente os resíduos, que as transformas em composto para uso como condicionador de solo.

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Figura 3: Composteira Figura 4: Caixa coletora bituca de cigarro

Para tentar tornar o gerenciamento de resíduos mais eficaz, foram realizadas palestras com os funcionários da limpeza, como mostrado na figura 5.

Figura 5: Palestra para os

funcionários da limpeza Além dessas palestras informativas, foram realizadas oficinas e atividades com crianças do Educandário Bezerra de Menezes e alunos da própria faculdade Unesp Sorocaba (figuras 6 e 7), todas com ênfase de reutilizar o material e reduzir a quantidade de resíduos que é levado para a cooperativa ou até mesmo para o aterro sanitário.

Figura 6: oficina de mural

Figura 7: Oficina de Bloquinhos

Conclusões Com uma grande circulação de pessoas no campus e a alta rotatividade tanto dos alunos como dos próprios funcionários da limpeza, há a necessidade de conscientização periódica de todos, com relação à correta gestão e gerenciamento de resíduos. Observa-se a complexidade do assunto, bem como a dificuldade de tornar o campus e seus frequentadores mais responsáveis e conscientes pelos resíduos que geram.

Agradecimentos PROEX – Pró-Reitoria de Extensão Universitária da Unesp Grupo ReaUso – Rede de Educação Ambiental UNESP - Sorocaba

Bibliografia

Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Lei nº12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Brasília, 2 de agosto de 2010; 189o da Independência e 122o da República Lei Nº 14.470, DE 22 DE JUNHO DE 2011.

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SEMINÁRIO SOBRE AGRICULTURA, URBANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Executores: Admilson Irio Ribeiro1, Gerson Araujo de Medeiros1, Iwao Akamatsu2, Afonso Peche Filho3, Leonardo Fernandes Fraceto1, André Henrique Rosa1

1 UNESP, Campus de Sorocaba; 2 Presidente do COMAPA – Sorocaba; 3 Instituto Agronõmico

Palavras Chave: Extensão, Gestão Ambiental, Gestão Urbana.

Introdução As áreas de produção agrícola em aglomerações

urbanas tem uma grande importância ambiental pelo seu papel de zonas de infiltração das águas da chuva; zonas de amortecimento de remanescentes reservas florestais; regulação térmica das ilhas de calor geradas pelas construções e vias públicas, estoques de carbono etc. Destaque-se ainda a importância social da

atividade agrícola nos centros urbanos, por sua condição de geradora de empregos diretos e indiretos e pela segurança alimentar. No entanto, nem sempre a comunidade consegue

ter uma percepção sobre a importância da manutenção do meio rural no município, pois aspectos relacionados a pressão imobiliária, ao crescimento dos setores industrial e de serviços, tem levado a ocupação das áreas de várzea, de proteção ambiental e das áreas rurais, como ocorre no Sorocaba. Nesse contexto, a sensibilização da comunidade

para a gestão das questões ambientais se torna tema prioritário. Portanto, o desenvolvimento de atividades de extensão é uma oportunidade para o aprimoramento da prática de um conhecimento acadêmico, consubstanciado por métodos, procedimentos ou tecnologias desenvolvidas para atender a demanda de atores sociais por soluções e alternativas que levem em consideração suas especificidades sociais, econômicas e ambientais. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita

Filho, Campus de Sorocaba, vem desenvolvendo, desde 2011, um evento extensionista para apoiar a discussão sobre a gestão do espaço urbano de Sorocaba, levantando a discussão da importância do espaço rural (Ribeiro et al., 2012; Ribeiro et al., 2011).

Objetivos O objetivo do presente trabalho é apresentar uma

abordagem extensionista de sensibilização da comunidade sobre a importância da integração

agricultura, urbanização e meio ambiente no espaço do município de Sorocaba, por meio de fóruns de discussão envolvendo a universidade e a sociedade.

Forma de Aplicação Essa abordagem metodológica apresenta se com o

intuito de fornecer um subsídio extensionista para a promoção do debate e entendimento das questões ambientais da sociedade de Sorocaba, uma das principais cidades do estado de São Paulo, com uma população de aproximadamente 600 mil habitantes. O poder público desse município vem discutindo o

seu Plano Diretor, havendo propostas de redução ou supressão de sua área rural, o que deverá afetar a condição de vida da população. A estratégia de sensibilização da comunidade se

dá por meio de uma série de eventos, sendo um deles realizado anualmente nas dependências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Sorocaba. Nesses eventos, denominados “Semana sobre

Agricultura, Urbanização e Meio Ambiente”, desenvolvem-se palestras e oficinas sobre essas temáticas, por especialistas convidados. No ano de 2012 foram convidados o Prof. Dr. Wanderley José de Melo, da Universidade Estadual Paulista; o sociólogo Dr.Vidal Dias de Mota Junior, que trabalha na área de Gestão Ambiental na Prefeitura de Sorocaba. No encerramento desse evento tem sido

organizada uma mesa redonda para a discussão dos temas abordados, com a participação de membros do Sindicato Rural de Sorocaba.

Resultados No ano de 2012, o Professor Vidal proferiu a

palestra: “Interfaces rural e urbana em Sorocaba”, baseado no plano diretor ambiental da cidade. Falou de tópicos como os desafios futuros da cidade,

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concentração populacional, caracterização do Rural e Urbano em Sorocaba, Áreas de Preservação Permanente da cidade e sobre uso e ocupação do solo no município de Sorocaba. Por fim, o professor apresentou os desafios para um cenário favorável ao setor rural, citando alguns aspectos os quais é necessária atenção para que haja uma valorização do setor rural. Alguns deles são: fomentar a qualificação da produção agropecuária por meio do Parque Tecnológico e Universidades, o melhorar a infraestrutura e segurança e também fomentar opções de renda com maior valor agregado de produtos e agro turismo. Já o Professor Wanderley (Figura 1), palestrante

do tema “Agricultura e crescimento urbano – necessidades e conflitos”, falou sobre os desafios contemporâneos como a produção de alimentos, a criação de cidades com qualidade de vida e a preservação do ambiente. Ademais, citou como seria o manejo correto de água na agricultura e os impactos do uso agrícola no solo. Em seu ponto de vista, para diminuir a área das cidades seriam necessários um planejamento urbano com construção de prédios mais altos, manutenção de um do número de habitantes por município, transporte fluvial e zoneamento econômico-ecológico. Sendo que, alguns deles são viáveis e outros se encontram longe da nossa realidade.

Figura 1. Palestrantes discutindo assuntos relacionados à Agricultura, Urbanização e Meio Ambiente, em 2012.

No fim de ambas as apresentações os mediadores:

Prof. Dr. Admilson Irio Ribeiro e o Urbanista Iwao Akamatsu falaram das necessidades do município de Sorocaba nessa integração agricultura, urbanização e meio ambiente e por fim abriram à plenária local a possibilidade de questionamentos que se inserissem dentro do tema geral do seminário. O público do evento foi composto por estudantes e

professores do curso de Engenharia Ambiental da UNESP e de outras instituições de ensino superior de Sorocaba, relacionadas principalmente as áreas

de meio ambiente, engenharia e arquitetura, produtores rurais, representantes de sindicatos e associações agrícolas, representantes dos conselhos municipais correlatos (CMDES – CMT – COMAPA) e de secretarias municipais, atingindo cerca de 140 pessoas.

Conclusões O evento “Semana sobre Agricultura, Urbanização

e Meio Ambiente” se articula com o ensino e pesquisa de Engenharia Ambiental, pois envolve diferentes áreas que se inter-relacionam, como a Gestão Ambiental, a Gestão dos Recursos Naturais, o Estudo de Impactos Ambientais, a Gestão Ambiental Urbana, entre outras. Além disso, a proposta vem ao encontro de demandas sociais relativas ao entendimento da importância da conservação do meio rural dos municípios e sua importância para a conservação ambiental e qualidade de vida da população, inserindo-se na temática de extensão ambiental. Acrescente-se a discussão sobre a qualidade de

vida e segurança alimentar, as quais integram fatores essenciais para a sustentabilidade nos grandes centros urbanos. A iniciativa gerou desdobramentos como o II Seminário Sobre Agricultura, Urbanização e Meio Ambiente e a implantação do senso agropecuário de Sorocaba realizados em 2012.

Agradecimentos Agradecimentos Pró Reitoria de Extensão da

UNESP pelo apoio financeiro ao evento. Agradecimentos ao Conselho Municipal de

Agricultura, Pecuária e Abastecimento pelo apoio financeiro ao evento.

Bibliografia RIBEIRO, A.I.; MEDEIROS, G.A.; AKAMATSU, I.; ROSA, A.H. Agricultura, urbanização e meio ambiente no município de Sorocaba: abordagens de extensão para o entendimento de suas relações. In: FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CAMPUS DE SOROCABA, 2., 2012, Sorocaba. Anais... Sorocaba: UNESP, 2012. P. 25-26. RIBEIRO, A.I.; MEDEIROS, G.A.; ROSA, A.H. Seminário sobre agricultura, urbanização e meio ambiente: um instrumento extensionista de sensibilização da comunidade de Sorocaba. In: FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DO CAMPUS DE SOROCABA, 2011, Sorocaba. Anais... Sorocaba: UNESP, 2011. P. 13.

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TEC-ÓLEO – Logística e Tecnologias do Óleo Residual de Cozinha Executores: Leandro Ueta Suzuki, Luiz Paulo Pereira Barbosa, Bruno Hitoshi Muramoto Kuroda, Isadora Bertini, Júlia Ferreira, Marcella G. Villas Bôas, Paula Medeiros, Thaís Lopes Toledo, André Henrique Rosa. Palavras Chave: Óleo Residual, Logística, Tecnologia, Reciclagem.

Introdução

O óleo residual de cozinha é um dos resíduos mais perigosos, possuindo grande potencial danoso ao meio ambiente. Se descartado incorretamente é capaz de impermeabilizar fossas sépticas e encanamentos além de criar uma fina camada sobre corpos d’agua alterando o potencial de penetração de luminosidade e as trocas de oxigênio. Outro perigo encontra-se na contaminação do solo na qual gera uma impermeabilização do mesmo impedindo a passagem de água e consequentemente contaminação do lençol freático. Pesquisas mostram que 1 litro de óleo pode contaminar milhares de litros de água. Para isto foram criadas cooperativas que destinam corretamente os resíduos da sociedade.

Objetivos Realizar o gerenciamento do óleo de cozinha junto às cooperativas e no campus da UNESP na cidade de Sorocaba. Além da construção de novas tecnologias relacionadas ao resíduo.

Forma de Aplicação A geração de óleo nas casas necessita principalmente da destinação correta que são enviados as cooperativas parceiras do projeto e posteriormente sua reciclagem. A forma utilizada será a de criação de ecopontos (pontos de coleta) através de parcerias com estabelecimentos nos diversos bairros de Sorocaba, além de informes criados alertando a população do benefício do gerenciamento. Haverá a coleta do óleo no campus UNESP Sorocaba e um estudo sobre sua utilização para posterior implementação do mesmo em outras universidades e na própria cidade. Na parte tecnológica há a construção de um filtro a base de bombas, mangueiras e jeans com posteriores pesquisas e análises com o mesmo.

Resultados O óleo residual da cidade de Sorocaba possui muita torta, restos de farinha e gordura, portanto será

realizada a construção do filtro para remover tais rejeitos melhorando assim a qualidade do óleo, onde ele pode ser transformado principalmente em biodiesel ou sabão pelas cooperativas. Este está sendo realizado com parceira entre UNESP, ITA, MIT e USP (figura 1).

Figura 1: Filtro de óleo

Em parceria com a cooperativa IESA, foram feitas arrecadações do óleo em diversos bairros divulgando o trabalho da mesma que geraram um total de mais de 700 litros de óleo. A conscientização da população é de extrema importância devido ao grande malefício do óleo descartado incorretamente, acarretando o início das campanhas de conscientização que pretendem se estender em toda cidade. A logística da retirada do óleo das casas está sendo trabalhada a partir de mapas da cidade. Em parceria com a REAUSo, será criado o primeiro ecoponto dentro do campus UNESP. Este será avaliado como primeiro ecoponto para posterior implementação dos demais.

Conclusões Visto que são de extrema importância a reciclagem e captação do óleo na cidade, o projeto vem por propor a redução deste efeito danoso ao meio ambiente. A cooperativa IESA demonstrou ser de grande ajuda à sociedade que, porém necessita de ajuda técnica e em sua logística. A necessidade de uma conscientização da população também vem de encontro aos conceitos que o projeto oferece socialmente.

Agradecimentos Agradecimentos à PROEX por bolsas e suporte financeiro. Agradecimentos à UNESP campus Sorocaba pelo apoio e suporte no projeto.

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Agradecimentos ao GAIA – Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental. Agradecimentos ao Grupo ReaUso – Rede de Educação Ambiental UNESP – Sorocaba Agradecimentos à IESA – Instituto de Educação Sócio Ambiental

Bibliografia

[1] Ecóleo – Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível. Disponível em: <http://www.ecoleo.org.br/index.html> Acesso em: 09/07/2012 [2] OIL WORLD. Diponível em: <http://www.oilworld.biz/app.php?ista=55c14ba3183a43647297d9dd0e6c47f4> Acesso em: 04/04/2012

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UNESP SOROCABA SEM FRONTEIRAS

Executores: Gustavo André Gruber, Manuel Francisco Toledo de Simas, Sandra Regina Monteiro Masalskiene Roveda, José Arnaldo Frutuoso Roveda

Palavras Chave: Universidade, ensino médio, escolha profissional

Introdução

O cenário atual mostra cada vez mais um aumento dos segmentos de profissões desencadeando naturalmente maiores possibilidades de escolhas aos jovens. No entanto, apesar de todo o conhecimento ao qual estes estão expostos tem sido notado que os critérios de escolha de suas profissões estão mais voltados para referenciais externos do que para seus próprios interesses.

Objetivos

O projeto Unesp Sorocaba Sem Fronteiras tem por objetivo oferecer referenciais para subsidiar as escolhas profissionais dos alunos que estão no ensino médio e pretendem ingressar no ensino superior.

Forma de Aplicação

Para atingir os objetivos propostos serão desenvolvidas atividades investigativas, educativas e participativas articuladas entre si por meio dos procedimentos da metodologia da pesquisa-ação. Estão sendo elaboradas atividades que ajudem o participante na reflexão sobre os diversos aspectos que envolvem a escolha profissional para que a tomada de decisão seja mais consciente e menos sofrível. Essas atividades serão desenvolvidas na escola origem, e deverão gerar um levantamento das expectativas dos jovens em relação à escolha de suas carreiras. Na etapa seguinte os participantes visitarão o campus, podendo conhecer os laboratórios didáticos e de pesquisa, participar de oficinas práticas, visitar exposições de

arte-tecnologia robótica de modo que a dinâmica do ensino superior seja apresentada de forma concreta. Na etapa final serão desenvolvidas outras atividades, que poderão incluir visitas a espaços culturais e acadêmicos, jogos, leitura e produção de textos que possibilitem o acesso a mais informações sobre as carreiras.

Resultados

Sendo realizado desde 2009 este projeto tem se estabelecido como um importante instrumento de comunicação com as escolas de ensino médio de Sorocaba e região. Em 2012 o projeto contou com a colaboração de 15 docentes, 3 servidores técnico-administrativos , 3 bolsistas do projeto de extensão, 1 bolsista BAAE I e 70 alunos voluntários. Um aspecto de destaque tem sido a participação a participação dos aluno de graduação nesse projeto pois a interlocução entre alunos, participantes e universitários, é fundamental sobretudo por conta da

socialização das suas experiências no ensino superior e da sua visão de ampliação dos horizontes profissionais e pessoais por estar cursando uma universidade de qualidade. Além disso, no projeto os universitários tem a oportunidade de apresentar as suas carreiras aos participantes fazendo uma reflexão sobre suas escolhas e a forma de atuação deste profissional, que logo virá a ser, na sociedade. Tem sido notória também a articulação entre ensino, pesquisa e extensão promovida pelo projeto. As atividades elaboradas para o os alunos do ensino médio demandam conteúdos discutidos nas disciplinas dos cursos de Engenharia Ambiental e de Engenharia de Controle e Automação e/ou apresentação de resultados desenvolvidos em projetos de iniciação científica, proporcionando a socialização destes saberes à comunidade. Além disso, o projeto articula diversas atividades do campus procurando apresentar aos participantes da Feira de Profissões, realizada anualmente pela Prefeitura Municipal, um retrato do que é desenvolvido bem como da área de atuação dos profissionais egressos dos cursos deste campus.

Conclusões

Este projeto tem realizado uma atividade educativa que busca democratizar o conhecimento acadêmico em diferentes dimensões de atuação que pode ser notada na formação de um cidadão mais autônomo em suas

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ações além de disponibilizar de forma específicamente voltada para a comunidade a exposição das atividades científicas e tecnológicas desenvolvidas na Unidade. Envolve a participação de alunos de graduação, bolsistas e voluntários, professores e servidores técnicos- administrativos, promovendo, de forma harmônica, uma integração da comunidade acadêmica e sua interrelação com toda a comunidade. De forma geral, este projeto tem buscado proporcionar os jovens um processo de conscientização de suas potencialidades e escolhas profissionais que estejam pautadas na possibilidade de realização pessoal e comprometimento social.

Agradecimentos

Agradecimentos à Pro Reitoria de Extensão pelo apoio financeiro e à direção da Unidade pelo apoio institucional.

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UNESP-Educa: Ações de arrecadação de donativos em prol de instituições filantrópicas. Executores: Luiz Paulo Pereira Barbosa, Anderson Misumi Gonçalves, Bruna Luiza Bento, Diogo Torres Amancio, Júlia Koury Ferreira, Leandro Ueta Suzuki, Lucas Hubacek Tsuchiya, Marina Zanini Vieira, Veridiana Silveira Rodero, André Henrique Rosa. Palavras Chave: Arrecadação de Alimentos, Ação Social.

Introdução Nascido do GAIA (Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental) da UNESP campus Sorocaba, o projeto UNESP-Educa tem em sua essência retribuir para a sociedade o que em nós, alunos da UNESP, é investido. Analisando o ambiente próximo ao campus identificamos as necessidades de uma instituição filantrópica onde crianças carentes são atendidas. Havia uma demanda por donativos para que o cuidado das mesmas acontecesse de maneira ideal. Dessa maneira, criamos o projeto UNESP-Educa onde realizamos periodicamente ações sociais para contribuir com as instituições filantrópicas que necessitam de donativos para realizar as suas atividades.

Objetivos O principal objetivo do projeto UNESP-Educa é colaborar com instituições filantrópicas da cidade de Sorocaba e se possível com instituições de outras cidades também, que necessitam do auxílio de iniciativas externas a sua estrutura para poderem desenvolver suas atividades de maneira ideal. Buscamos, de uma maneira geral, instituições que atendem crianças carentes porém pretendemos expandir nossas atividades a outros grupos que necessitem de ajuda. Em nossas campanhas realizamos arrecadações de alimento, roupas, brinquedo, entre outros tipos de donativos.

Forma de Aplicação Para desenvolvermos o projeto, desenvolvemos nossas atividades em três abordagens: 1ª – Campanha na UNESP Sorocaba – Aqui divulgamos e realizamos a uma campanha de arrecadação dentro da comunidade da UNESP Sorocaba, contando com a colaboração de alunos, docentes e funcionários do campus. 2ª – Campanha de rua – Neste tipo de campanha, formamos uma equipe para arrecadar nas ruas da cidade de Sorocaba os donativos, contando com o auxílio de toda a população Sorocabana. 3ª – Campanha em Hipermercados – Neste tipo de atividade realizamos uma parceria com

hipermercados de Sorocaba para realizar as campanhas de arrecadação. Novamente, levamos uma equipe até o local e contamos com a colaboração de toda a população Sorocabana.

Resultados Nos últimos anos realizamos diversas ações sociais pra diversas entidades em Sorocaba e também para fora da cidade. Abaixo temos a instituição com a qual colaboramos e qual foi a ação realizada. *Educandário Bezerra de Menezes (Instituição que auxilia mais de 50 crianças carentes em Sorocaba-SP). Campanhas de Arrecadação de Alimentos – mais de 2 toneladas de alimentos não perecíveis. *Centro de Orientação e Educação Social – COESO (Instituição que auxilia mais de 200 crianças carentes em Sorocaba-SP). Campanhas de Arrecadação de Alimentos – mais de 3 toneladas de alimentos não perecíveis.

Campanha de Arrecadação de Roupas e Brinquedos. Campanha de Páscoa 2013 – mais de 50 caixas de chocolate arrecadadas. *Casa de Belém (Instituição que auxilia crianças com HIV em Sorocaba-SP). Campanha de arrecadação de Material Escolar. *Instituto de Educação Sócio Ambiental (Instituição que auxilia a COESO em Sorocaba-SP) Campanha de Arrecadação de Óleo Residual de Cozinha para a fabricação de sabão – Mais de 700 litros arrecadados com em parceria com o Projeto Tec-Óleo do GAIA.

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*Aldeia Boa Vista (Aldeia de índios Guaranis em Ubatuba-SP). Campanha de Arrecadação de Alimentos – mais de uma tonelada de alimentos não perecíveis. Campanha de arrecadação de Roupas.

Conclusões Nestas diversas ações que realizamos nos últimos anos podemos ver a importância deste tipo de iniciativa para a sociedade. Existem milhares de pessoas ao nosso redor que necessitam de colaboração para poder viver de uma maneira digna e o nosso projeto vem desempenhando o seu papel para que contribuir com isso. A população de Sorocaba se mostra muito aberta a contribuir com estas ações e considera este tipo de iniciativa extremamente importante para a construção de uma sociedade mais digna. Podemos comprovar isto através dos números de uma maneira geral. Desde o início do projeto arrecadamos mais de 6 toneladas de alimentos não perecíveis, além de roupas, brinquedos, etc, para diversas instituições de Sorocaba e de outras cidades.

Agradecimentos Agradecimentos à PROEX por bolsas e suporte financeiro. Agradecimentos à comunidade da UNESP campus Sorocaba que sempre contribuiu para a realização destas campanhas, seja com as doações em si ou com a presença durante as arrecadações. Agradecimentos também a toda a população sorocabana que foi a principal responsável por atingirmos números tão expressivos ao longo de nossa jornada. Agradecimentos ao GAIA – Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental.

Bibliografia [1] Rede Vanguarda – Gincana da Solidariedade. Disponível em: <http://www.vanguarda.tv/gincana.html>. Acesso em: junho/2013.

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UNIÃO PRÓ TIETÊ - OBSERVANDO O RIO SOROCABA

Executores: Daniele Frascareli, Vitória Preto Manzaro

Orientadora: Viviane Moschini Carlos e André Henrique Rosa

Palavras Chave: Água, Educação Ambiental, Rio Sorocaba, Recursos Hidricos.

Introdução Os projetos de educação ambiental estão

diretamente associados ao conceito de cidadania. Entende-se que este está fortemente ligado aos direitos e deveres de cada indivíduo e a participação na sociedade em que vive. O Projeto União Pró-Tietê – Observando o Rio Sorocaba em parceria com a Ong SOS-Mata Atlantica, é uma ferramenta de educação ambiental, que visa agregar e sensibilizar a participação da comunidade nas questões ambientais relacionadas aos recursos hídricos, bem como seus direitos e deveres em relação a água. A cidade de Sorocaba, localizada na Bacia do Médio Tietê, é a unidade de atuação do projeto, juntamente com a SOS Mata Atlântica fazendo o monitoramento continuo da qualidade da água do Rio Sorocaba desde 2006, ano em que o projeto teve início juntamente com a Rede de Educação Ambiental da Unesp -Sorocaba. O Rio Sorocaba é um dos mais importantes rios do Estado de São Paulo, é formado pelos rios Sorocabuçu e Sorocamirim, também é o principal afluente da margem esquerda do rio Tietê possui 180 km de extensão em linha reta e 227 km, considerando seu leito em seu trajeto natural. Sua vazão regulada é de 13 m³/s. A continuidade do trabalho segue desde a data de início, com a participação de voluntários, buscando sempre novas soluções a respeito da preservação dos recursos hídricos, e conscientização da sociedade por meio da capacitação das crianças.

Objetivos Tem como objetivo principal à conscientização direta do público jovem aos problemas e soluções à temática dos recursos hídricos. Fazendo com que os mesmos se sensibilizem e aprendam sobre a importância da relação do homem com a água: o ciclo, o uso, a importância, o saneamento, a saúde e a poluição; garantindo a geração de agentes capazes de atuarem práticas socioambientais em suas diferentes comunidades, atingindo novos públicos, indiretamente (família, professores, funcionários, bairros agregados). Toda a pesquisa realizada pelo projeto é usada como material em

aplicação da educação ambiental na escolar Estadual Flávio Gagliardi com alunos do 6° ano do ensino fundamental uma turma de 30 alunos, aplicando e desenvolvendo conceitos de Meio Ambiente relacionado a Recusos Hidricos. Assim, além das análises quinzenais do Rio Sorocaba com o material fornecido pela parceria com a ONG, usam-se os conhecimentos obtidos na graduação e práticas laboratoriais e faz-se um levantamento sazonal do índice de qualidade da água e indice de estado trófico em 3 pontos distribuidos no Rio Sorocaba.

Forma de Aplicação Para o monitoramento do Rio Sorocaba, são realizadas coleta quinzenais de água usando um kit desenvolvido pelo programa Rede das Águas, da Fundação SOS Mata Atlântica, que possibilita uma análise que engloba diversos parâmetros físico-químicos, sendo eles transparência da água, lixo flutuante, odor, material sedimentável, larvas e vermes vermelhos, coliformes totais, demanda química de oxigênio (DBO), Nitrogênio Amoniacal, espumas, peixes, larvas e vermes transparentes ou escuros/ conchas, oxigênio dissolvido, potencial hidrogeniônico (pH), Nitrato e Fosfato. O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), aceitável (de 27 a 35 pontos), boa (de 36 a 40 pontos) e ótima (acima de 40 pontos). O monitoramento tem caráter educativo, pois a proposta é apresentar uma percepção ambiental sobre a região analisada. Para as atividades de educação ambiental, são ministradas aulas semanais com alunos de 6º ano de escolas estaduais da cidade de Sorocaba. As atividades buscam a conscientização das crianças em relação a importância da preservação dos recursos hídricos e do meio ambiente como um todo, através de métodos educativos como debates atividades lúdicas e dinâmicas, garantindo a aprendizagem da importância da participação coletiva/individual na preservação do meio ambiente e no consumo da fonte vital : água. Também são realizadas saídas de campo, afim de que as crianças observem as coletas e análises da água, para que tenham

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também maior contato direto com a natureza, com atividades ao ar livre nos espaços abertos da escola.

Resultados Os dias de monitoramento foram: 07 e 24 de maio, 06 e 21 de junho de 2013 nos quais todos obtiveram classificação Aceitável, o Gráfico 1 apresenta a variação do parâmetro de acordo com a data analisada.

Gráfico 1 – Resultados monitoramento.

07/05/2013 27 - Aceitável 24/05/2013 29 - Aceitável 06/06/2013 33 - Aceitável 21/06/2013 30 - Aceitável 21/06/2013 34 - Aceitável 21/06/2013 29 - Aceitável

Tabela 1 – Dias de Monitoramento e Classificação.

O projeto União Pró-Tietê teve início em 2006, e sua continuidade deve-se a entrada anual de calouros na universidade interessados nos objetivos do trabalho. Neste período foram aplicados métodos de educação ambiental para crianças de 6º ano, em diferentes escolas estaduais da cidade de Sorocaba, com turmas de em média 40 alunos por classe, tendo inclusive a realização de algumas coletas com a participação destes, sempre com enfoque na preservação dos recursos hídricos, e do meio ambiente. Os alunos na grande maioria das atividades demonstram grande interesse, participando das atividades e relembrando os conceitos passados nas atividades anteriores. No semestre passado foi feito um trabalho em conjunto com o professor de ciências da escola, o que resultou em maior aprendizado das crianças , já que complementou as atividades cotidianas escolares.

Foi possível perceber um maior aproveitamento por elas dos conceitos passados.

Conclusões O projeto possibilita conhecer e diagnosticar os problemas da sociedade na informação da utilização dos Recursos Hídricos. As atividades propostas visam a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva, passando para as crianças conceitos de cidadania, com o propósito de conscientizá-las quanto a seu papel em relação a preservação do meio ambiente em especial a água, fonte de manutenção da vida. Os resultados das análises mostram que o Rio Sorocaba tem níveis aceitáveis para a manutenção de vida aquática. De acordo com o histórico de análises, desde 2006 o projeto vem sendo desenvolvido na cidade, no total já foram feitas mais de 90 coletas e análises e foi possível obter um padrão para a caracterização do Rio.

Agradecimentos Agradecimentos PROEX-UNESP que disponibiliza apoio financeiro aos projetos desenvolvidos. Também, agradecimento especial a nossa orientadora Viviane Moschini Carlos pelo apoio e atenção.

Bibliografia Sos Mata Atlântica – Acessado em: 09 de agosto 2013 Disponível em: <http://www.rededasaguas.org.br/> Compainha Ambiental do estado de São Paulo CETESB – Acessdo em: 09 de agosto de 2013 Disoinível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/aguas-superficiais/35-publicacoes-/-relatorios>

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Qualidade Rio Sorocaba

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Uso de ferramenta de Crowdfunding para aumento na eficiência de reciclagem de resíduos na Central de Reciclagem de Sorocaba Executores: Diogo Torres Amancio, Luiz Paulo Pereira Barbosa, André Henrique Rosa.

Palavras Chave: Crowdfunding, Central de Reciclagem de Sorocaba, Cooperativa de Reciclagem.

Introdução Dentro da cooperativa de reciclagem de Sorocaba, os resíduos separados são armazenados em grandes sacolas que chegam a pesar mais de 80 quilos. Tais sacolas são empilhadas manualmente para um galpão onde são armazenadas até a compra do material, as pessoas que se habilitam a carrega-las são mulheres, idosos e até crianças, tornando as condições do trabalho inadequadas. As plataformas de crowdfunding vêm ganhando força nos últimos tempos, ao introduzem um conceito onde todos podem expor seus projetos e qualquer pessoa pode ajudá-lo com a quantia que ela puder contribuir. A partir destas informações o GAIA (Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental) irá formar uma equipe que trabalhará para mobilizar sua rede junto à população sorocabana para a contribuição na compra de uma empilhadeira para a central de reciclagem de Sorocaba utilizando uma plataforma de crowdfunding (Benfeitoria).

Objetivos O objetivo principal do projeto é de melhorar as condições de trabalho na Central de Reciclagem de Sorocaba bem a eficiência de seus processos. Estes objetivos serão alcançados utilizando uma plataforma de crowdfunding para financiar a compra de uma empilhadeira que será utilizada dentro da cooperativa.

Forma de Aplicação Será criado um vídeo visando a sensibilização da sociedade em relação às demandas da Central de Reciclagem de Sorocaba, mostrando a necessidade de aquisição de equipamento para a expansão do potencial da capacidade de reciclagem e melhora nas condições de trabalho dos cooperados. Em seguida, o vídeo será disponibilizado na internet e serão realizadas campanhas de divulgação na cidade e nas de redes sociais, tentando ampliar e amplificar a forma de obtenção de contribuição. A partir das contribuições recebidas pela plataforma de crowdfunding, iremos viabilizar as condições do processo burocrático para receber a verba e em seguida adquirir e realizar a entrega da empilhadeira à Central de Reciclagem de Sorocaba.

Resultados Esperados Pretende-se a partir do projeto conseguir recursos a partir das contribuições voluntárias da sociedade, para que assim possamos melhorar as condições de trabalho e aumentar a capacidade de reciclagem do Central de Reciclagem de Sorocaba. Além disso, realizaremos um trabalho de conscientização da população Sorocabana da importância da preservação ambiental realizando desta maneira um novo despertar da cidadania nas pessoas.

Conclusões Identificou-se que a Central de Reciclagem de Sorocaba está com uma defasagem logística em seus processos, onde os cooperados (geralmente homens, mulheres e até crianças) são, por vezes, submetidos a condições precárias carregando sacolas com mais de 80 quilos de material reciclável, até o local de armazenagem. A Central de Reciclagem de Sorocaba é um elemento fundamental para toda a sua população. Ao realizarmos o projeto, iremos potencializar o fluxo de triagem da mesma, diminuindo a quantidade de resíduos descartados indevidamente, melhorar as condições ergométricas dos cooperados e trazer benefícios para toda a sociedade sorocabana.

Agradecimentos Agradecimentos à PROEX por bolsas e suporte financeiro. Agradecimentos à UNESP campus Sorocaba pelo apoio e suporte no projeto. Agradecimentos ao GAIA – Grupo Acadêmico de Iniciativa Ambiental.

Bibliografia [1] Benfeitoria: crowdfunding sem comissão para projetos de impacto. Disponível em < http://benfeitoria.com/>. Acesso em: agosto/2012. [2] A maior comunidade de crowdfunding do Brasil! Catarse. Disponível em: < http://catarse.me/pt/projects> Acesso em: agosto/2012.

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UTILIZAÇÃO DE SEMENTES ADERIDAS EM FAIXAS DE JUTA (Corchorus capsularis) NA SEMEADURA DE TALUDES EM TERRAPLENAGEM Executores: Laís Muchatte Trento(1), Admilson Irio Ribeiro(1), Maria Lúcia Solera(2), José Vitor Gonçalves Piovezan(1), Roberto Wagner Lourenço(1) e Gerson Araujo Medeiros(1)

(1) Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Sorocaba. Sorocaba, (2) Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) – São Paulo, São Paulo, Brasil Palavras Chave: recuperação de áreas degradadas, solo, escoamento superficial, talude

Introdução Uma das técnicas de minimizar os problemas de erosão em talude consiste em revegetar seu comprimento de rampa de maneira evitar o contato direto do solo com o agente erosivo da chuva. A hidrossemeadura tem sido utilizada com relativo sucesso, no entanto, o processo de covoamento e o tratamento da encosta como homogêneo pode provocar efeitos não desejáveis. O método utilizando as faixas de juta (Corchorus capsularis) com sementes aderidas se apresenta como uma inovação podendo ser utilizado com hidrossemeadura, passível de mecanização, e também de maneira isolada sem modificar muito a rugosidade do comprimento de rampa. O processo de erosão em solos brasileiros ocorre devido a uma gama de fatores, tanto humanos quanto naturais. Esses fatores, quando humanos, tem sua principal forma a mudança na cobertura vegetal do solo. A recuperação ambiental no Brasil possui uma base legal definida, porém existe a necessidade de se aperfeiçoar os métodos de recuperação, incluindo os métodos de recobrimento de taludes. O aprimoramento é útil para a contenção e mitigação dos impactos ambientais negativos causados pela ação dos fenômenos naturais no solo ou atividade antrópica. Métodos de utilização de técnicas de bioengenharia dos solos possuem resultados positivos para a estabilidade de taludes e podem ser difundidos como tecnologias sociais

Objetivos Desenvolver uma metodologia para reabilitar as áreas com processos de degradação antrópica utilizando técnicas de engenharia natural de modo a sugerir e avaliar o potencial da semeadura de talude por meio de sementes aderidas em faixas de juta com cola artesanal.

Forma de Aplicação

O projeto foi realizado numa área pertencente a uma indústria dentro do município de Sorocaba. Um talude que foi dividido em quatro tratamentos (Figura 1): testemunha (T), gramínea braquiária (B), leguminosa soja (S) e leguminosa + gramínea (B+S). As sementes escolhidas para semeadura foram a soja perene (Glycine wiighytii) e a braquiária (Brachiaria decumbens). Figura 1: Tratamentos instalados em campo.

Foram utilizados materiais de forma a manter o projeto de uma maneira mais sustenátel como a utilização de grampos de bambu, faixa de juta e cola artesanal produzida com farinha, vinagre e água. Foram realizados testes estatísticos para garantir a efetividade do sistema, usando a contagem de cobertura verde através de um quadro de contagem e análise de escoamento superficial do solo em cada tratamento.

Resultados Foi realizada a análise estatística da contagem de cobertura verde pelo software Assistat versão 7.6 beta (2013), em função do Teste de Tukey para parcelas subdivididas no tempo. Foram usados o Tratamento A como os tratamentos experimentais (S, S+B, B, T) e o Tratamento B como o tempo (Janeiro, Fevereiro, Março e Abril). O teste mostrou que os tratamentos diferem entre si e que a maior média de crescimento vagetativo está relacionado ao tratamento experimental braquiária (21.4) e ao mês de Abril (26.8), representados na Figura 2.

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Figura 2. Tratamento B no mês de Abril.

Os resultados da análise do escoamento superficial mostrou que em todos os tratamentos, com exceção do Tratamento T-(testemunha), houve uma diminuição de aproximadamente 0.8g/L de água escoada. A cola artesanal apresentou efeito positivo de aderência ao identificar que as sementes germinaram somente onde a cola foi aplicada, indicando que não houve escoamento de sementes em função da precipitação.

Conclusões A metodologia foi desenvolvida com sucesso e pode ser aplicada na recuperação de taludes. Assim, por ser uma tecnologia de baixo custo e fácil aplicação o método pode ser utilizado por comunidades como uma tecnologia social.

Agradecimentos Agradecimentos ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) pelo apoio financeiro e institucional e aos orientadores pela atenção durante o projeto.

Bibliografia BATISTA, K. & MONTEIRO, F.A. Sistema radicular do capim-Marandu, considerando as combinações de doses de nitrogênio e de enxofre. R Rev. Bras. Ciênc. Solo vol.30 no.5 Viçosa Sept./Oct. 2006. CUNHA, M. A.; FARAH, F.; CERRI, L. E. S.; GOMES, L. A.; GALVÊS, M. L.; BITTAR, O. Y.; FILHO, O. A.; SILVA, W. S. Ocupação de encostas. São Paulo: IPT, 1991. 216 p. Diretoria de Planejamento e Pesquisa / IPR. NORMA DNIT 072/2006 – ES, Tratamento ambiental de áreas de uso de obras e do passivo ambiental de áreas íngremes ou de difícil acesso pelo processo de revegetação herbácea - Especificação de serviço. Disponível em http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT072_2006_ES.pdf FERNANDES, Leonardo Silva. Avaliação de Mantas Comerciais na Vegetação de Talude

em corte de Estrada, Universidade Federal de Viçosa, 2004 Viçosa (MG). Disponível em: < http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/fernandes,ls.pdf>

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UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE BIOENGENHARIA JUNTO A ALUNOS E COMUNIDADE NO CONTROLE DE EROSÃO NOS PARQUES URBANOS DO MUNICÍPIO DE SOROCABA

Executores: Admilson Irio Ribeiro1; Gabriel Rosa Sette1; Bruna Cancellaro Azevedo; Alice Gabriela Santos Freire1; Matheus Yuri da Silva Ferreira1; Gerson de Araújo de Medeiros1; Vidal Mota Junior2

Felipe Hashimoto Fengler3

1 - UNESP Sorocaba 2 – Secretaria do Meio Ambiente-Sorocaba 3 – Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, Jundiaí

Palavras Chave: Bioengenharia de solo, recuperação, parques, vegetação.

Introdução Engenharia natural ou bioengenharia é a utilização de materiais inertes como pedra e madeira, combinados com elementos vivos, como a vegetação, para prevenir deslizamentos e erosão em taludes e margens de cursos d’água. A principal função desta técnica é utilizar as raízes das plantas como suporte estrutural e mecânico para contenção de solos, melhorando assim a drenagem e o fortalecimento da encosta além de dar uma característica natural ao talude melhorando a paisagem local. Atualmente a engenharia tradicional dispõe de vários métodos capazes de conter a erosão marginal fluvial. Dentre eles pode-se destacar o uso de gabiões (caixa ou colchão), manta de geocélulas, elementos articulados, enrocamentos, painel de concreto armado, cortinas atirantadas, diques e espigões. Estas estruturas em grande parte dos casos apresentam custo elevado, além de não se integrarem à paisagem e podem causar efeitos desconhecidos ao local de intervenção. As técnicas de bioengenharia se apresentam como uma possível solução para o controle de erosão e estabilização de taludes, uma vez que sua implantação geralmente é de baixo custo, se comparados às técnicas tradicionais e suas estruturas entram em maior consonância com a paisagem cênica local. A proposta desse projeto é utilização de técnicas de bioengenharia junto a alunos e comunidade no controle de erosão nos parques urbanos do município de Sorocaba. Esse projeto está sendo realizado em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Sorocaba A proposta desse projeto de extensão se mostra articulada com ensino, considerando que se trata de um tema de interesse, que é a questão ambiental. A perda da qualidade ambiental e consequente ruptura com a paisagem cênica, deprecia o paisagismo dos parques diminuindo a visitação

tornando-os redutos de marginalização. O contrario, permite a promoção dos valores sociais, com a recuperação do meio, bem como a apreciação dos serviços ecológicos oferecidos pelos parques.

Objetivos A proposta desse projeto é utilização de técnicas de bioengenharia junto a alunos e comunidade no controle de erosão nos parques urbanos do município de Sorocaba

Forma de Aplicação Os projetos de bioengenharia estão sendo realizados dentro dos parques urbanos de Sorocaba com a participação de três alunos bolsista do curso de Engenharia Ambiental e voluntários. Sorocaba conta com mais de 20 parques municipais, espalhados por diversas regiões. Sete deles são áreas de preservação naturais fechadas, administradas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema): Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, Parque Natural dos Esportes Chico Mendes, Parque da Biquinha, Parque da Água Vermelha João Câncio Pereira, Parque Natural Ouro Fino, Reserva Florestal Bráulio Guedes e Unidade de Preservação Governador Mário Covas. Nesse ano de 2013 foi inaugurado o mais novo parque com a denominação de Parque Natural Municipal Corredores de Biodiversidade.

Resultados A Figura 1 apresenta a área degradada na condição real. O modelo numérico do terreno (MNT) utilizando a técnica de interpolação “Modified Shepard’s Method” representa o talude antes da construção da Paliçada e da Grade viva, como pode

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7° Congresso de Extensão

Universitária da UNESP

7° Congresso de Extensão Universitária da UNESP

Pró Reitoria de Extensão

Universitária

ser observado na Figura 2. As Figuras 3 e 4 elucidam a técnica construtiva de paliçada combinada com grade viva.

Figura 1 – Encosta erodida.

Figura 2 – Modelo numérico do terreno(metro). Ao comparar o modelo digital do terreno com a encosta erodida real (Figura 1), observou-se que o modelo foi representativo.

Figura 3 - Grade viva e paliçada em construção

Figura 4 – Área em recuperação no parque Chico Mendes

Conclusões A utilização de técnicas de bioengenharia junto a alunos e comunidade no controle de erosão nos parques urbanos do município de Sorocaba está promovendo valores sociais, com a recuperação do meio, bem como a apreciação dos serviços ecológicos oferecidos pelos parques.

Agradecimentos Agradecimentos a Pró-reitoria de extensão (PROEX-UNESP) e a Secretaria do Meio Ambiente de Sorocaba.

Bibliografia http://meioambiente.sorocaba.sp.gov.br/ SETTE G. R. Recuperação de uma área erodida no parque natural “chico mendes”, município de Sorocaba, combinando as técnicas de engenharia natural: paliçada e grade viva. Trabalho de Conclusão de Curso Eng. Ambiental. UNESP Sorocaba-SP, 59 pag. 2012.

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