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INSTITUTO DE ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL
AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS AO USO DE ANTIBIOTICOS PARA A PRODUÇÃO DE CODORNAS
Daniel Malagoli
Nova Odessa Fevereiro - 2016
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS
INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL
Avaliação de alternativas ao uso de antibioticos para a produção de codornas
Daniel Malagoli
Orientador: Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño Co-orientadora: Dra Carla Cachoni Pizzolante
Nova Odessa
Fevereiro - 2016
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA – SP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável.
Ficha Catalográfica elaborada pelo
Núcleo de Documentação e Informação do Instituto de Zootecnia Bibliotecária: Tatiane Helena Borges de Salles – CRB 8/8946
M237a Malagoli, Daniel. Avaliação de alternativas ao uso de antibioticos para a produção de
codornas / Daniel Malagoli Nova Odessa, SP: [s.n.], 2016. 71p.; il. Dissertação (mestrado) – Instituto de Zootecnia. APTA/SAA, Nova Odessa. Orientadora: Dr. Fábio Enrique Lemos Budinõ Co-orientadora: Dra. Carla Cachioni Pizzolante
1. Microbiologia. 2. Peso da carcaça. 3. Probíoticos. 4. Sistema digestivo. I. Budinõ, Fábio Enrique Lemos. II. Pizzolante, Carla Cachioni. III. Título.
CDD – 636.59
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS
INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
TÍTULO: AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS AO USO DE ANTIBIOTICOS PARA A PRODUÇÃO DE CODORNAS
AUTOR: DANIEL MALAGOLI
Orientador: Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño
Co-orientadora: Dra Carla Cachoni Pizzolante
Aprovado como parte das exigências para obtenção de título de MESTRE em
Produção Animal Sustentável, pela Comissão Examinadora:
Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño
Dr. Lúcio Francelino Araújo (FMVZ – USP)
Dra. Luciana Morita Katiki (Instituto de Zootecnia)
Data da realização: 04 de fevereiro de 2016
Presidente da Comissão Examinadora Prof. Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño
DEDICATORIA
Dedico essa monografia a minha amada avó, Dna. Izaura Roza Medeiros
Malagoli, que aos seus 96 anos, ainda tem muito a nos ensinar sobre a vida.
Finalmente, e não menos importante, dedico esse trabalho a minha mãe e ao
meu pai, sem os quais jamais teria tido a base necessária para me dedicar aos
estudos.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter colocado pessoas
maravilhosas em meu caminho, e ter dado saúde, paz e sabedoria para que eu
conseguisse chegar até aqui.
Agradeço aos colegas de mestrado, professores e pesquisadores
do Instituto, por todos os ensinamentos, e em particular ao Dr Fabio Enrique
Lemos Budiño, Dra Carla Cachoni Pizzolante, MSc José Evandro de Moraes,
Dra. Keila Maria Roncato Duarte, mestrandos Natália Yoko Sitanaka, Daniela
F. Soares e Gustavo Paschoalin e ao MSc Sérgio Kenji Kakimoto e sua equipe,
não menos importante também à professora Dra Lizandra Amoroso e sua
equipe (Júlia Ribeiro Bevilaqua, Ariel de Castro, Carolina), do Laboratório de
Análises Microscópicas do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da
FCAV (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal) – Unesp
campus Jaboticabal – SP, por terem feito parte da minha formação acadêmica
e por passarem um pouco de sua sabedoria e todo o apoio que tornou esse
projeto de pesquisa possível.
Minha família que sempre colaborou, me apoiou e que soube
compreender minhas faltas e com isso ajudando em minha formação. Em
especial minha mãe (Maria Eugênia), meu pai (Adlon) e meus irmãos (Eurico e
Ricardo), que me incentivaram e me deram forças todo esse tempo, muito
obrigado.
Aos amigos do passado e presente por entender minha ausência
e por não terem deixado que eu estivesse só em nenhum momento dessa
minha caminhada, vocês são inesquecíveis e muito importantes, adoro vocês.
Por último, fica a primeira, minha esposa (Rosana Canova
Malagoli), que soube me agüentar durante todo esse período, meus
nervosismos e minha ausência, mas mesmo assim, sempre me respeitando e
entendendo. Obrigado meu amor, te amo demais.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Composição dos tratamentos nas dietas experimentais. ................. 42
Tabela 2. Composição centesimal das dietas experimentais, fornecidas na fase
cria (1 a 15 dias) e recria (16 a 35 dias) ........................................................... 42
Tabela 3. Composição nutricional calculada para rações nas fases Cria (1 a 15
dias) e Recria (16 a 35 dias) ............................................................................ 43
Tabela 4. Médias de peso vivo médio inicial, peso vivo médio final aos 35,
consumo de ração médio no período de 7 dias(CR), consumo de ração médio
diário (CRD), consumo de ração acumulado aos 35 dias(CRA), ganho de peso
médio (GP), ganho de peso médio diário (GPD), índice de conversão alimentar
(CA) e viabilidade (%) para o período de 1 a 35 dias de experimento ............. 50
Tabela 5. Tabela de médias e erro padrão das médias de UFC. ..................... 51
Tabela 6. Peso e proporção de carcaça e cortes das codornas ao final de 35
dias de idade. ................................................................................................... 52
Tabela 7. Peso médio absoluto e relativo e biometria das vísceras de codornas
aos 35 dias de idade. ....................................................................................... 53
Tabela 8. Histomorfometria de duodeno para avaliação de PC, AV, LV e
relação entre AV/PC e LV/AV. .......................................................................... 55
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Filtro purificador tipo Dileka ®......................................................... 39
Figura 2 – Foto do aviário utilizado no setor de coturnicultura ........................ 40
Figura 3 – Unidade experimental formada por 38 codornas de 1 dia. ............. 41
Figura 4 – Pesagem das codornas de 1 dia de idade para formação da unidade
experimental. .................................................................................................... 44
Figura 5 – 5a pesagem das codornas, com 35 dias de idade. ......................... 44
Figura 6 – Análise de carcaça, pesagem dos cortes comerciais. .................... 45
Figura 7 – Amostra da porção média do duodeno fixada em formal a 10%. ... 47
Figura 8 – Imagem da morfometria dos tratamentos 1 a 4 de cima para baixo
nos aumentos de 4x a direita e 10x a esquerda. .............................................. 48
RESUMO
AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS AO USO DE ANTIBIOTICOS PARA A PRODUÇÃO DE CODORNAS
A produção de codornas vêm aumentando a cada ano no Brasil. Com a proibição do uso de antibióticos por países importadores e restrições no Brasil, a descoberta por novas fontes de tratamento preventivo e de promotores de crescimento se faz necessário. Há muito se tem estudado o uso de probióticos, prebióticos e simbióticos como alternativa. Esse estudo objetivou avaliar a resposta de codornas a diferentes aditivos alternativos ao uso de antibióticos como promotores de crescimento. O presente projeto de pesquisa foi desenvolvimento pelo Instituto de Zootecnia do estado de São Paulo em parceria com a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Brotas / APTA Regional, no setor de Coturnicultura, onde foram estudadas codornas japonesas em fase inicial (1-35 dias). Foram utilizadas 912 codornas, em delineamento experimental inteiramente casualizado, distribuídas em quatro tratamentos com 6 repetições cada, sendo 38 aves por unidade experimental. Os tratamentos utilizados foram: T1=ração basal com antibióticos, T2= ração basal sem antibióticos, T3= ração basal com probióticos e T4= ração basal com água modificada. A avaliação de desempenho zootécnico foi acompanhado semanalmente e não mostraram diferenças significativas estatisticamente (p<0,05). Para as avaliações de carcaça e vísceras, foi eutanasiado 1 animal de cada repetição, por deslocamento cervical, respeitando um período de jejum de 8 horas. Nas avaliações de carcaça e rendimento de carcaça e cortes, foi observado que animais que receberam probióticos (T3), apresentaram rendimento de peito de 4,29% e foi superior (p<0,05) ao grupo que recebeu ração sem antibiótico (T2). A dieta com adição de antibiótico (T1) propiciou maior peso das asas (6,48g) e o tratamento com água modificada (T4) o menor (5,01g)(p<0,05). Nas avaliações histomorfométricas, foi observado menor largura de vilo nos tratamentos 3 e 4, quando comparados com os tratamentos 1 e 2 (p<0,05), indicando maior capacidade de absorção dos nutrientes pela mucosa.Foi possível concluir que é possível a substituição de antibióticos por probióticos em ambiente com alto nível sanitário, sem que haja prejuízos para a produção e com possibilidade de maior lucrabilidade, uma vez que a carne de peito é a de maior valor agregado, na avicultura. Novas pequisas se fazem necessárias, visando custos dos tratamentos e tratamentos compostos, podendo ser uma nova alternativa ao uso de antibióticos na coturnicultura. Palavra- chaves: Microbiologia, Peso da carcaça, Probióticos, Sistema
digestivo.
ABSTRACT
ADDITIVES AS ALTERNATIVE TO THE USE OF ANTIBIOTICS IN QUAILS PRODUCTION
The production of quail are increasing every year in Brazil. To ban the use of antibiotics aiming the importing countries and restrictions in Brazil, the discovering by new sources of preventive treatment and growth promoters is required. There has been a long study on the use of probiotics, prebiotics and symbiotic instead. The objective of this work was to assess the quail response to different additives alternative to antibiotics as growth promoters. This research project was developed at Institute of Animal Science (IZ-APTA) in partnership with the Unit of Research and Development Sprout / APTA Regional in coturniculture sector, which were studied Japanese quails in the initial phase (1-35 days) . 912 quails were used in a completely randomized design, distributed in four treatments with six repetitions each, 38 birds each. The treatments were T1 = basal diet with antibiotics; T2 = feed without antibiotics; T3 = basal diet with probiotics and T4 = basal diet with modified water. Evaluation of growth performance was monitored weekly and showed no statistically significant differences (p <0.05). For carcass and viscera evaluations, it were euthanized one animal of each repetition, by cervical dislocation, following an 8-hour fasting period. In the carcass evaluations and carcass yield and cuts, it was observed animals receiving probiotics (T3) had breast yield of 4.29% and was higher (p <0.05) in comparison to the group that received feed without antibiotics (T2 ). The diet with antibiotic (T1) afforded greater weight of the wings (6.48g) and for modified water treatment (T4) the lower rate (5.01g) (p <0.05). In Histomorphometric assessments was observed smaller villus width in 3 and 4, compared with the treatments 1 and 2 (p <0.05), indicating greater absorption capacity of nutrients by the mucosa. It was concluded that it is possible to replace antibiotics for probiotics in an environment with high health level, without damage to the production and the possibility of greater profit, since the breast meat means the higher value added in poultry. New searches are necessary, seeking treatment costs and mixed treatments, to reach good alternative to the use of antibiotics in coturniculture. Key words: Carcass weight, Digestive system, Microbiology, Probiotic.
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 22
2.1 Nutrição de codornas para a produção de carne............................ 24
2.2 Antibióticos como promotor de crescimento.................................. 26
2.3 Alternativas como promotores de crescimento .............................. 30
2.3.1 Probióticos ..................................................................................... 31
2.3.2 Ração Fermentada ........................................................................ 36
2.4 Água na produção de codornas ........................................................... 37
3 MATERIAL E METODOS ............................................................................. 40
3.1 Local ................................................................................................... 40
3.2 Ensaio de Desempenho ................................................................... 40
3.2.1 Delineamento Experimental ........................................................... 41
3.2.2 Rações Experimentais ................................................................... 42
3.2.3 Desempenho Zootécnico ............................................................... 43
3.2.4 Avaliação da Carcaça e Vísceras .................................................. 44
3.2.5. Avaliação microbiológica das excretas ......................................... 45
3.2.6. Avaliação histomorfométrica ......................................................... 46
3.2.7. Avaliação Estatística..................................................................... 48
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 50
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 56
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 57
19
1 INTRODUÇÃO
Codornas são aves exóticas, pertencentes à ordem dos galináceos da
Família Faisanidae, gênero Coturnix e espécie coturnix, originárias da região
norte da África, da Europa e da Ásia e sua exploração se iniciou na China e
Coréia em 1910 e seguida pelo Japão para fins ornamentais (Pastore et al.,
2012).
A partir dos anos 90, tem sido relatado o uso de três tipos de codornas
para exploração industrial: a Coturnix coturnix coturnix (europeia), a Coturnix
coturnix japonica (japonesa) e a Bobwhite Quail (americana), cada uma com
sua aptidão, carne ou ovos. A japonesa é a mais difundida mundialmente, por
sua grande precocidade e alta produtividade (Baungartner, 1994).
De acordo com Silva (2009), a coturnicultura brasileira industrial se iniciou
no ano de 1989 na região sul do país e desde então investimentos tem sido
realizados nessa cultura, sendo comercializadas carcaças de codornas
congeladas, que já atingem países do Mercosul e Oriente Médio.
No Brasil, segundo dados do IBGE (2014), o efetivo de codornas de corte e
postura para o ano de 2014, foi de 20,34 milhões de animais, um aumento de
11,9 % sobre o número registrado em 2013, sendo observado um grande e
constante incremento da espécie nos últimos 10 anos. A grande concentração
deste efetivo foi na Região Sudeste (78,2%), sendo o Estado de São Paulo o
maior produtor, com 54,5% do total nacional. O comparativo entre 2013 e 2014
mostrou queda do efetivo de codornas somente no Sul, mais precisamente no
Estado de Santa Catarina. Por outro lado, o Sudeste registrou aumento
expressivo (15,0%), sobretudo nos Estados de São Paulo (12,8%) e Espírito
Santo (44,3%), que representam, juntos, quase a totalidade do acréscimo
ocorrido regionalmente. No Nordeste, o crescimento foi de 11,2%, sendo
observado em quase todas as Unidades da Federação, exceto em Alagoas (-
7,0%) e Maranhão (-21,6%). No Norte, o acréscimo foi de 57,2%, resultado,
principalmente, do desempenho do Estado de Rondônia, com 82,2% de
incremento. No Centro-Oeste, os efetivos aumentaram no Distrito Federal
(40,1%) e no Mato Grosso do Sul (1,6%). Os Municípios de Bastos (SP), Iacri
20
(SP) e Santa Maria de Jetibá (ES) possuíam os maiores efetivos desta espécie,
respondendo, respectivamente, por 19,7%, 14,8% e 11,3% do efetivo nacional.
Na alimentação de codornas, a ração representa cerca de 65 a 75% do
custo de produção (Freitas et al.,2005). Segundo Barreto et al. (2007) a
nutrição de codornas tem sido pesquisada visando constantes melhorias nos
índices produtivos e, em virtude do progresso genético aplicado a esta espécie,
é necessário estabelecer e atualizar constantemente os níveis nutricionais das
dietas, pois as formulações dessas rações, de acordo com Silva e Ribeiro
(2001), dependem de dados contidos em tabelas estrangeiras, obtidas em
condições ambientais muito diferentes da brasileira.
Butaye et al. (2003) descrevem que o uso de agentes antimicrobianos
começou em 1953, incorporados a ração animal, por ter efeito melhorador no
desenvolvimento ponderal de aves e suínos. Após a consolidação dessa
prática, esses antimicrobianos ganharam o nome de promotores de
crescimento, pois reduzem a morbidade e a mortalidade causadas por
patógenos em forma de doenças clínicas e subclínicas, melhoram ainda
conversão alimentar e favorecem o crescimento.
Após anos do uso de antibióticos como promotores de crescimento na
alimentação de aves, os produtores continuaram a utilizar os mesmos
princípios ativos de antibióticos que eventualmente podem ser também usados
para humanos ou apresentavam moléculas cuja estrutura induzia resistência
cruzada a antibióticos. Resíduos desses antibióticos poderiam permanecer na
carne e, assim, passar ao consumidor final, propiciando o aparecimento de
resistência bacteriana a essas moléculas (Butolo, 2002, Fukayama et al.,
2005).
Tal fato desencadeou, na década de 90 (Rizzo et al., 2008) a
proibição do uso de alguns destes antimicrobianos (Mendes, 2005). A proibição
total da utilização de vários antimicrobianos pela união europeia foi oficializado
em janeiro de 2006, de acordo com o regulamento CE N°. 1831/2003
(Huyghebaert et. al., 2011).
Palermo Neto (2006) relaciona os antimicrobianos autorizados como
promotores de crescimento para aves de corte, entre eles: avilamicina, tilosina,
virginamicina, lincomicina, colistina, flavomicina, bacitracina, espiramicina e
21
enramicina. Já a espiramicina, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), foi proibida a partir de maio de 2012.
Com a regulamentação do uso de antibióticos, as empresas de
produção de carnes de frango tiveram que se adaptar, melhorando práticas de
gestão e biossegurança, seleção genética, controle ambiental das instalações e
mudanças na composição da dieta e no programa alimentar das aves (Costa et
al., 2011).
Diante deste cenário, a proibição da utilização de antibióticos como
promotores de crescimento tem levado os pesquisadores e os produtores a
uma busca de aditivos alternativos (Lorençon et al., 2007; Albuquerque, 2005),
com a finalidade de reduzir as perdas na produtividade de aves de corte
(Araújo et al., 2007). Dentre os aditivos alternativos que têm sido utilizados
para substituírem os antibióticos promotores de crescimento situam-se os
prebióticos, probióticos, simbióticos, ácidos orgânicos e compostos fitogênicos,
os quais propiciando a produção de alimentos de origem animal de forma
segura e livres de resíduos (Brenes e Roura, 2010).
O presente trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho, o
rendimento de carcaça, a altura de vilosidades e profundidade de cripta do
duodeno e microbiologia da cama de codornas submetidas a dietas contendo
antibióticos como promotores de crescimento em comparação a ração basal
sem nenhum aditivo, ração basal com adição de ração fermentada (Bokashi®)
e ração basal com administração de água tratada pelo sistema Dileka®.
22
2 REVISÃO DE LITERATURA
A procura do mercado consumidor atual por carne de qualidade e outros
fatores, como rápido crescimento dos animais, precocidade na produção e
maturidade sexual, alta produtividade, baixo investimento inicial e o rápido
retorno financeiro, tornam a coturnicultura de corte atividade altamente
promissora no país (Pinto et al., 2002).
A codorna é uma excelente alternativa para a alimentação humana, pois
pode ser utilizada tanto para produção de ovos como para produção de carne,
que é aceita universalmente por ser um produto de excelente qualidade e rica
em aminoácidos essenciais (Fugikura, 2002). Na Europa, além dos ovos, a
codorna foi selecionada para produção de carne e atualmente as aves
melhoradas atingem 260 a 280 gramas ao abate. Na França, Itália, Espanha e
Grécia o consumo per capita/ano de carne de codorna é de 300 gramas. Na
Espanha e França a produção de carne de codorna representa 0,4 e 1,4%,
respectivamente do total de carne de aves (Moraes e Ariki, 2000).
A carne de codorna é escura, macia, saborosa e pode ser preparada da
mesma maneira que a de frango de corte. Pesquisas indicam que a carne de
codorna é uma excelente fonte de vitamina B6, niacina, B1, B2, ácido
pantotênico, bem como de alguns ácidos graxos. A carne de codorna
apresenta maiores concentrações de ferro, fósforo, zinco e cobre quando
comparada à carne de frango. A quantidade de colesterol da carne de codorna
atinge valores intermediários (76mg/100g) entre a carne de peito (64mg/100g)
e da coxa e sobre-coxa (81mg/100g) do frango. A maioria dos aminoácidos
encontrados na carne de codorna são superiores aos de frango (Moraes e
Ariki, 2000)
Os consumidores estão cada vez mais exigindo qualidade e inocuidade
dos produtos alimentícios que adquirem. Na Europa, EUA e Japão, os
consumidores buscam informações a respeito de novos produtos, estão
interessados em questões relacionadas ao bem-estar animal, se eles ingerem
promotores de crescimento ou não, entre outras preocupações (Zamudio et al.,
2009).
O gasto com alimentação é o mais representativo da criação de
codornas, de modo que a proteína e a energia contribuem com quase a
23
totalidade desse custo. O ótimo desempenho de codornas depende da
interação complexa entre a nutrição e uma variedade de fatores internos
(genética, sexo, estágio fisiológico, doenças e bem-estar) e externos ao corpo
da ave (temperatura, densidade, higiene, debicagem e vacinações) (Silva et al.,
2004ab).
Segundo Cristani (2008), a microbiota natural do trato gastrintestinal
(TGI) é composta de aproximadamente 400 espécies de diferentes
microrganismos em equilíbrio entre si e ainda com o organismo do hospedeiro.
Estima-se que 90% da microbiota seja composta por bactérias aeróbicas e
anaeróbicas, produtoras de ácido láctico (Lactobacillus spp., Bifidobacterium
spp.), além de outras exclusivamente aeróbicas, como os Bacterioides spp.,
Fusobacterium spp. e Eubacterium spp.. Nos 10% restantes desta microbiota
estão as bactérias consideradas nocivas ao hospedeiro, destacando-se a
Escherichia coli, Clostridium spp., Salmonella spp., entre outras. A presença
dessa microbiota autóctone, é tão necessária, quanto benéfica para a saúde do
animal.
A legislação brasileira estabelece critérios que recomendam a
fiscalização de todo produto e estabelecimento destinado à alimentação animal
através da Lei 6198 de 26/12/1974, regulamentada pelo Decreto 6296 de
11/12/2007, que “dispõe sobre a inspeção e a Fiscalização Obrigatória dos
Produtos à Alimentação Animal, e dá outras providencias” (BRASIL,1974;
BRASIL, 2007). A Portaria SARC (Secretária de Apoio Rural e Cooperativismo)
no 013 de 30/11/2004 tem por objetivo estabelecer os procedimentos básicos
que devem ser adotados para avaliação de segurança de uso, registro e
comercialização dos aditivos utilizados nos produtos destinados à alimentação
animal. Nesta portaria define-se aditivo como: “substância, microrganismo ou
produto formulado, adicionado intencionalmente aos produtos, que não é
utilizada normalmente como ingrediente, tenha ou não valor nutritivo e que
melhore as características dos produtos destinados à alimentação animal ou
dos produtos animais, melhore o desempenho dos animais sadios e atenda às
necessidades nutricionais”. (BRASIL, 2004).
Segundo a mesma portaria, para ser considerado aditivo, o produto tem
que ser indispensável como componente da ração, influenciar positivamente
24
nas características dos produtos de origem animal, “ser utilizado em
quantidade estritamente necessária à obtenção do efeito desejado” e ser
autorizado e registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA).
A referida portaria classifica os aditivos em quatro categorias:
a) aditivos tecnológicos: qualquer substância adicionada ao produto
destinado à alimentação animal com fins tecnológicos.
b) aditivos sensoriais: qualquer substância adicionada ao produto para
melhorar ou modificar as propriedades organolépticas destes ou as
características visuais dos produtos.
c) aditivos nutricionais: toda substância utilizada para manter ou
melhorar as propriedades nutricionais do produto.
d) aditivos zootécnicos: toda substância utilizada para influir
positivamente na melhoria do desempenho dos animais.
Toda atividade produtiva animal possui preceitos básicos responsáveis
por induzir o sucesso da produção, são eles: boa genética dos animais,
sanidade adequada e alimentação de qualidade. Dentre estes, a nutrição
merece destaque, pois é um dos fatores determinantes para alcançar bons
índices de produção. A coturnicultura é uma atividade que não foge a regra
quando o assunto é a busca por formas eficientes de alimentação (Oliveira et
al., 2014).
2.1 Nutrição de codornas para a produção de carne
Para que se obtenha uma produção animal com bons índices
zootécnicos, é necessário conhecer questões relacionadas aos alimentos
utilizados e à sua aplicabilidade na alimentação animal conhecer a composição
bromatológica dos alimentos, entender questões sobre os efeitos dos alimentos
na fisiologia digestiva do animal, dentre outros (Oliveira et al., 2014).
Embora já existam informações nacionais sobre exigências de codornas
japonesas de postura (Murakami e Ariki, 1998), as informações disponíveis
sobre codornas de corte são escassas, conflitantes e obtidas de literatura
25
estrangeira, em condições totalmente diversas das existentes no Brasil
(Oliveira, 2001).
Na cadeia do agronegócio, a avicultura tem se destacado e representa a
maior produção de proteina animal, destinando-se tanto ao mercado interno
quanto exportação, trazendo as principais somas das divisas brasileiras na
atualidade. De acordo com Bertechini (2010), a coturnicultura vem se inserindo
na avicultura industrial, com o desenvolvimento rápido de novas tecnologias de
produção, onde a atividade tida como de subsistência, passa a ocupar um
cenário de atividade altamente tecnificada com resultados promissores aos
investidores. Em criação de codornas, a alimentação representa em média
65% a 75% dos custos de produção quando fabricadas nas propriedades;
neste sentindo os ingredientes utilizados na composição das rações, por
exemplo o milho, devem ter atenção em sua aquisição (Freitas et al.,2005).
A alimentação afeta os custos de produção das codornas desde a base,
a indústria do melhoramento genético, até o topo da cadeia produtiva, os
abatedouros e frigoríficos. Ao considerar que as rações de codornas contêm
mais proteína que as rações de frangos e poedeiras, o custo de alimentação
das codornas por unidade de produto carne ou ovos é, supostamente, maior.
Entretanto, à medida que o conhecimento em nutrição evolui, as dietas são
formuladas com custo mínimo e máximo retorno econômico (Silva et al., 2012).
Embora as codornas utilizem a energia do milho e do farelo de soja de
forma semelhante aos frangos e galinhas, as exigências nutricionais são
diferentes entre as espécies. Por razões óbvias, não é aconselhável alimentar
codornas com rações de frangos e galinhas, porque as codornas exigem mais
proteína (aminoácidos) e menos cálcio na ração (Silva et al., 2012).
A eficiência com que a codorna japonesa retém proteína e energia no
corpo aumenta com a idade (Silva et al., 2004ab), mas é sempre menor se
comparada àquela da codorna europeia, em crescimento, e de outras espécies
de aves como frangos e galinhas, em crescimento e postura. (Jordão Filho et
al., 2011). Essa menor eficiência de retenção ajuda a explicar as variações nas
exigências das codornas em relação a outras espécies de aves e corrobora a
hipótese de Silva e Costa (2009) de que as codornas devem ser alimentadas
com rações formuladas, considerando as exigências de cada linhagem.
26
As codornas japonesas, quando alojadas no piso, apresentam maior
demanda de energia para mantença do que codornas alojadas em gaiolas, em
função do maior espaço disponível para a ave expressar livremente o
comportamento da espécie na vida selvagem como andar, ciscar, correr e voar
(Jordão Filho et al., 2011).
Oscilações na densidade de alojamento típica das criações comerciais
(95 a 160cm2/ave) podem não afetar o ganho de peso (Silva et al., 2007) e a
produção de ovos em codornas (Lopes et al., 2006), mas, o alojamento, em
baixa densidade (1089cm2/ave), ou em piso, comparado às gaiolas (Jordão
Filho et al., 2011) estimula o ganho de peso das codornas.
Segundo Silva et al. (2007), o aumento em 1ºC acima de 18 até 28ºC
diminui o consumo de ração em 83 mg/ave/dia. Lima et al. (2009) também
observaram que o consumo de ração caiu de 100 para 88 mg em codornas
japonesas alojadas dos 20 a 37 dias de idade em ambiente com 25 e 34ºC.
As codornas europeias apresentam crescimento mais rápido que as
japonesas, em todas as idades, atingindo o peso de abate mais rápido, e
ambas apresentam o pico máximo de taxa de crescimento aos 27 dias,
provavelmente, o período de maior deposição de proteína e água na carcaça
(Silva et al., 2012).
Alguns estudos foram realizados no Brasil para estimar as exigências
nutricionais de codornas europeias em crescimento. Estas exigem mais
aminoácidos que as codornas japonesas (Silva e Costa, 2009). Resultados de
Jordão Filho et al. (2011) mostraram que codornas europeias também exigem
mais energia para mantença e são mais eficientes no uso da energia para
ganho do que as japonesas.
2.2 Antibióticos como promotor de crescimento
Em 1928, Alexandre Fleming descobriu a penicilina, a partir de cultura
de fungo do gênero Penicillium. Uma década depois, Ernst Chain e Howard
Flanley purificaram o princípio ativo e receberam o prêmio Nobel em 1945. No
início da década de 50, Couch e colaboradores, ao testar a utilização de
vitamina B12 para animais, observaram que o fornecimento da vitamina não
27
purificada produzia melhores resultados que quando purificada. Isto se devia a
presença de antibiótico na cultura de fungo utilizada para a produção da
vitamina. Mais tarde, Coates e colaboradores descobrem que o fornecimento
de antibióticos a animais livres de patógenos é inócuo: os antibióticos agem,
então, sobre os microrganismos do trato digestório (Névoa et. al.,2013).
A avicultura industrial moderna tem por objetivo a alta produção animal,
com baixo custo e qualidade. Para a obtenção desses pontos faz-se necessário
o uso de sistemas de produção cada vez mais intensivos. Na atividade avícola,
a produção de ovos férteis e a eclosão das aves, em escala industrial, são
realizadas de forma a reduzir, ao máximo, as contaminações por
microrganismos. Essa ausência de contato do pintainho com uma microbiota
natural interfere no desenvolvimento intestinal e geral da ave (Silva, 2000), que
além de ser considerada como um fator limitante para a digestão, também
possibilita a colonização intestinal por patógenos entéricos. O efeito negativo
desse processo tem sido contornado, em parte, com o uso de promotores de
crescimento (Lourençon et al., 2007).
Qualquer fator que leve ao desequilíbrio da microbiota intestinal, como o
uso indevido de antimicrobianos e estresse de qualquer natureza do
hospedeiro, poderá permitir a instalação e a multiplicação de microrganismos
patogênicos. Logo, fica evidente que o equilíbrio da microbiota reflete
diretamente em um bom estado de saúde do hospedeiro (Miles, 1993).
Os efeitos patogênicos incluem diarréia, infecções, danos hepáticos,
carcinogênese e putrefação intestinal, enquanto os efeitos benéficos à saúde
do hospedeiro são determinados pela inibição do crescimento de bactérias
patogênicas, estímulo às funções do sistema imune, redução na distensão por
gases, melhor digestão e absorção de nutrientes essenciais e síntese de
vitaminas (Gibson e Roberfroid, 1995).
Atualmente os promotores de crescimento são os principais aditivos de
uso na alimentação animal, em particular na dieta de aves, sendo responsáveis
pela melhoria na produtividade animal, principalmente nas fases iniciais de
criação (Lorençon et al., 2007).
A maioria é constituída por produtos antibacterianos utilizados em doses
subterapêuticas por quase toda a vida do animal, respeitando, apenas, o
28
período de retirada antes do abate. Os antibióticos promotores de crescimento
têm por finalidade controlar os agentes prejudiciais ao trato digestivo e
proporcionar os efeitos benéficos na absorção de nutrientes (Vassalo et al.,
1997).
Os microrganismos na natureza estão constantemente competindo por
recursos (nutrientes, espaço) e, para tanto, utilizam diversos mecanismos. O
termo antibiose designa “um processo natural de seleção pelo qual um ser vivo
destrói outro para assegurar sua sobrevivência” (Vuillemin, 1889, apud
Andrade, 2007). Dentre os mecanismos utilizados, existe a produção de
substâncias com efeito inibitório do desenvolvimento de determinadas
espécies. Temos, assim, o conceito de antibiótico, como sendo “substâncias
elaboradas por seres vivos, geralmente microscópicos, capazes de agir como
tóxicos seletivos, em pequenas concentrações, sobre microrganismos”
(Walksman, 1942, apud Tavares, 2001).
O surgimento de uma população microbiana no trato gastrintestinal de
todos os animais, logo após o nascimento é inevitável. Conseqüentemente, os
antibióticos diferem no que diz respeito a sua habilidade a influenciar
determinados estados da doença ou melhorar o crescimento e/ou a eficiência
alimentar (Miles et al., 2006).
A utilização de antimicrobianos como promotores de crescimento na
avicultura de corte vêm sendo utilizado há muitos anos, sendo uma prática
frequente e rotineira. No entanto, nos últimos anos os mesmos vêm sofrendo
severas restrições, pelo motivo da possibilidade de causar resistência
bacteriana em humanos (Fukayama et al., 2005; Yegany e Korver, 2010).
De acordo com Rostagno et al. (2003), na década de 80, a segurança
dos antibióticos passou a ser questionada, principalmente, em virtude do seu
uso rotineiro na alimentação animal. A possibilidade de os microrganismos
patogênicos adquirirem resistência ao antibiótico, devido à adição contínua em
doses subterapêuticas nas dietas é um dos maiores problemas de sua
utilização. Também é possível a transferência dessa resistência à população
humana, chamada resistência cruzada.
Os primeiros questionamentos ocorreram já há algum tempo. Em 1969,
uma comissão criada pelo ministério inglês para estudar o uso de antibióticos
29
na produção animal e medicina veterinária, elaborou o denominado “Relatório
Swann”. Nele, foram estabelecidos alguns critérios sobre o uso de antibióticos
promotores de crescimento (APC´s), visando principalmente evitar a resistência
dos microrganismos aos medicamentos. Recomendava, então, que não
deveriam ser utilizados como promotores de crescimento os antibióticos
utilizados na terapêutica humana e veterinária, bem como aqueles que
pudessem oferecer resistência cruzada a estes medicamentos (Névoa et al.,
2013).
A Europa, desde a divulgação do relatório “Swann”, vem proibindo o uso
de APC´s, mas, sobretudo na última década, quando foram retirados a
avoparcina (em 1997, em virtude da incidência de bactérias resistentes a
vancomicina, antibiótico estruturalmente semelhante) e depois em 1999, foram
proibidos os antibióticos, bacitracina, espiramicina, virginiamicina e tilosina,
além dos quimioterápicos carbadox e olaquindox. Em 2006 foram proibidos
todos os tipos de APC´s na nutrição animal (Névoa et al., 2013).
Em 1998, a União Europeia (UE) proibiu o uso de alguns
antimicrobianos como APC„s, sendo eles a espiramicina, fosfato de tilosina,
virginiamicina e bacitracina de zinco, ficando liberados somente a monensina,
salinomicina, avilamicina e flavomicina. Em 2006 foram proibidos todos os
antibióticos (incluindo monensina sódica, salinomicina sódica, avilamicina e
flavofosfolipol) usados como APC„s, sendo que desde 2007 nenhum
antimicrobiano mais é usado com esta finalidade na UE (UE, 2008).
No Brasil, está proibido pelo Ministério da Agricultura o uso dos
seguintes princípios ativos como aditivos zootécnicos (Portarias do MAPA
números, 193 de 12/05/98; Portaria 448 de 10/09/98; Ofício circular 19/98 de
16/11/98); Tetraciclinas, Penicilinas, Cloranfenicol, Sulfonamidas, Avoparcina,
Furazolidona, Nitrofurazona e Ácido Arsanílico; permanecem liberados para
uso, na avicultura: Avilamicina, Sulfato de Colistina, Enramicina, Flavomicina,
Sulfato de Tilosina, Virginiamicina e Bacitracina de Zinco. O quimioterápico
Olaquindox foi proibido em 2004.
A agroindústria brasileira se submete a portarias, normativas ou leis que
restringem, limitam ou proíbem determinados produtos como aditivos para
alimentação animal. Entretanto muitas agroindústrias acatam voluntariamente e
30
adicionalmente certas proibições que vigoram em outros países, especialmente
na UE, como forma de atender estes mercados internacionais, com isso,
algumas empresas brasileiras têm voluntariamente suspenso o uso de
bacitracina de zinco, tilosina, virginiamicina e espiramicina, atendendo a
proibição total destas drogas pela Comunidade Europeia. É questão de tempo
e da pressão do consumidor, para que empresas agroindustriais do Brasil
também adotem esta medida, por enquanto voluntária (Névoa et al., 2013).
Devido a essas restrições, novas pesquisas mostraram que alguns
vegetais tem em sua composição alguns princípios ativos com efeito contra
bactérias (Brenes e Roura, 2010), fungos e leveduras, ação antioxidante
(Racanicci et al, 2008) e digestivo (Kamel, 2000; Mellor, 2000).
2.3 Alternativas como promotores de crescimento
Os antibióticos promotores de crescimento agem principalmente no
intestino melhorando a eficiência alimentar (Dibner e Richards, 2005). De
acordo com Huyghebaert et al. (2011) as estratégias de usar produtos
alternativos aos antibióticos, na alimentação das aves, deverão apresentar
efeitos semelhantes aos antibióticos melhoradores de desempenho.
Como exemplo de melhoradores de desempenho alternativos, citam-se
ainda, enzimas, extratos de plantas, óleos, ácidos orgânicos, prebióticos,
probióticos e suas associações, os simbióticos (Huyghebaert et al., 2011).
A utilização de probióticos, prebióticos, simbióticos, ácidos orgânicos,
entre outros, têm recebido atenção por parte de pesquisadores, como
eventuais substitutos dos atuais antibióticos utilizados como aditivos ali-
mentares, pois não deixam resíduos nas carcaças (Menten e Pedroso, 2005) e
é uma forma a restringir o uso de antibióticos apenas na forma terapêutica.
A microbiota intestinal é composta de inúmeras espécies bacterianas,
formando um sistema complexo e dinâmico, responsável por influenciar
decisivamente fatores microbiológicos, imunológicos, fisiológicos e bioquímicos
no hospedeiro (Tannock, 1998).
Diante da previsível proibição do uso dos tradicionais antibióticos, como
promotores de crescimento, e da necessidade de manter os atuais níveis de
31
desempenho das aves, faz-se necessário o uso de produtos alternativos, pois a
pura e simples retirada dos antibióticos como promotores, causaria sérios
problemas à produção devido à possível redução de desempenho das aves.
Nesse contexto, os produtos de origem microbiana, como probióticos,
apresentam-se não como substitutos, mas como alternativa aos antibióticos
promotores de crescimento (Macari e Furlan, 2005).
2.3.1 Probióticos
Os probióticos vêm despontando como produtos inovadores, não tóxicos
e que não induzem resistência bacteriana em produção de aves (Ramos et al.,
2011). A utilização de probióticos em humanos data do final do século 19 e
início do século 20 (Fuller, 1991). Em animais, na UE, seu uso foi
regulamentado a partir da década de 70 (Anadón et al., 2006) e, embora já
tenham sido testados, foi a restrição do uso de antibióticos que estimulou o
crescimento das pesquisas.
Metchnikoff (1907) foi o primeiro a observar que agricultores búlgaros
consumindo leite fermentado contendo Lactobacillus acidophilus,
apresentavam maior longevidade, o que levou a suposição de Rettger e
Chaplin (1921) e afirmação de Silva (2000) e Macari e Furlan (2005) de que
este efeito benéfico era proveniente da colonização intestinal pelo L.
acidophilus.
O termo probióticos foi usado pela primeira vez por Lilly e Stillwell
(1965). Fuller (1989), posteriormente, definiu-os como suplementos compostos
de microorganismos vivos que beneficiam a saúde do hospedeiro por meio do
equilíbrio da microbiota intestinal. Posteriormente, o mesmo autor ressaltou
que, para serem considerados probióticos, “os microorganismos deveriam ser
produzidos em larga escala, permanecerem estáveis e viáveis em condições
de estocagem, devem ser capazes de sobreviver no ecossistema intestinal e
possibilitar, ao organismo, os benefícios da sua presença”. Mais tarde,
Havenaar et al. (1992), complementou a definição de Fuller (1989), definindo-
os como uma única ou mistura de culturas de microrganismos vivos que,
afetam beneficamente o hospedeiro, melhorando as propriedades da
32
microbiota endógena. Estas duas definições (Fuller, 1989; Havenaar et al.,
1992) são aceitas e mais comumente utilizadas pela comunidade científica,
como citado por Pedroso (2003) e Junqueira e Duarte (2005).
A implantação de um determinado microrganismo interfere com a
implantação de outros microrganismos. Esse fenômeno é devido à competição
por nutrientes essenciais ou por produção de substâncias, como bacteriocinas
ou outras inespecíficas, como peróxido de hidrogênio e ácidos, que eliminam
microrganismos competidores. Desta forma estabelece uma microbiota normal
que se mantém em equilíbrio impedindo a implantação de outras espécies
(Coppola e Turner, 2004).
As bacteriocinas, definidas por Tagg et al. (1976), como substâncias
produzidas por bactérias que apresentam ação bactericida ou antagônica a
outros tipos de bactérias, são freqüentemente relacionadas com a ação dos
probióticos. As bactérias intestinais, utilizando-se de ingredientes alimentares
não absorvidos integralmente pelo hospedeiro – prebióticos – produzem alguns
ácidos orgânicos, como o propiônico, acético, butírico, láctico, bem como
peróxido de hidrogênio, cujo espectro de ação inclui também a inibição do
crescimento de bactérias patogênicas gram negativas (Cherrington et al.,
1990).
Em sua revisão, Petri (2000) citou os cinco principais mecanismos de
ação destes produtos: 1) efeito físico (barreira): as bactérias fixam-se à mucosa
intestinal, formando uma barreira protetora que evita a adesão de bactérias
nocivas; 2) efeito biológico: as bactérias anaeróbias constituintes dos
probióticos promovem um ambiente de baixa tensão de oxigênio, inibindo o
crescimento de enteropatógenos; 3) efeito químico: a produção de ácidos
orgânicos por bactérias causam redução do pH intestinal, desfavorecendo a
colonização por microrganismos causadores de doenças; 4) efeito bioquímico:
produção de bacteriocinas; 5) efeito nutricional: as bactérias do probiótico
competem com os enteropatógenos por nutrientes, diminuindo sua colonização
no intestino.
Os probióticos promovem o equilíbrio da microbiota intestinal e
melhoram o ganho de peso e a eficiência alimentar das aves, justamente por
competirem com os patógenos no intestino (Mutus et. al., 2006) e evitarem
33
lesões no vilo, permitindo a regeneração da mucosa intestinal (Sato et al.,
2002). Esta competição em que os microrganismos benéficos são favorecidos
é importante, pois o desequilíbrio em favor de bactérias indesejáveis pode
resultar em infecção intestinal, o que comprometeria a digestibilidade da ração
devido a aderência à mucosa intestinal parece ser o mecanismo chave da
colonização das bactérias patogênicas e seus efeitos nocivos sobre a saúde do
hospedeiro (Petri, 2000).
O mecanismo de ação dos probióticos está relacionado à competição
por sítios de ligação ou exclusão competitiva, verificando-se também
competição por nutrientes, produção de substâncias antibacterianas e enzimas
por parte dos probióticos e estímulo do sistema imune (Silva, 2000; Macari e
Furlan, 2005).
O estado imunológico do hospedeiro está diretamente relacionado com a
microbiota intestinal, uma vez que a carga antigênica resultante destas
bactérias, induz ao estímulo do sistema imune (Tannock, 1998). Os estímulos
produzidos pela colonização dos probióticos são essenciais para o
desenvolvimento de um sistema imunológico funcional e balanceado, incluindo
a presença de linfócitos T e B na lâmina própria, assim como a expansão e
maturação de IgA e também na indução de tolerância por parte dos antígenos
presentes (Borchers et al., 2009). A presença de bactérias comensais na
microbiota é essencial para a produção de IgA intestinal em alguns animais,
pois ela não é encontrada em animais livres de patógenos e a colonização do
trato gastrintestinal por estas bactérias estimula o desenvolvimento dessa
imunoglobulina (Bos et al., 2001).
A administração de microrganismos da microbiota intestinal de aves
pode determinar alguma proteção às aves contra a colonização por alguns
patógenos, como Salmonella spp. (Andreatti Filho et al.1997, 1998),
Escherichia coli (Jin et aI. 1996) e Campylobacter spp. (Bailey, 1993).
A principal função do uso dos probióticos na produção animal é a
obtenção de melhores índices de desempenho zootécnico. Esta melhora pode
estar associada à redução da contaminação por Salmonella sp. (Vilà et al.,
2009) e à melhora da imunidade do animal (Khaksefidi e Ghoorchi, 2006).
34
Os probióticos devem ser usados para corrigir disfunções locais do
sistema imunológico, estabilizar a função da barreira mucosa do intestino, para
impedir a fixação de microorganismos patogênicos e influenciar o metabolismo
intestinal (Holzapfel et al., 1998).
A utilização de probióticos como aditivos alimentares supostamente
podem proporcionar melhor desempenho (Jin et al., 1998) , porém, para que
esse benefício seja alcançado é necessário avaliar fatores como, idade do
animal, tipo de probiótico, viabilidade dos microrganismos no momento de
serem agregados às rações, cepas utilizadas, condições de armazenamento,
condições de manejo (nível de estresse) e sanidade (Furlan et al., 2004).
Os probióticos podem melhorar o aproveitamento dos alimentos e
reduzir a excreção de nutrientes. O uso de probióticos com alta atividade
enzimática fornece benefícios adicionais reduzindo a atividade de enzimas
endógenas (Yu et al., 2007).
A descrição geral das bactérias incluídas neste grupo é que sejam gram-
positivas, não esporulantes, cocos ou bastonetes “não respirantes”, que
produzam ácido láctico como principal produto final durante a fermentação de
carboidratos (Axelsson, 2005). Os principais microrganismos utilizados como
probióticos são dos gêneros Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus,
Bacillus e leveduras (Rostagno et al., 2003, Morais e Jacob, 2006). Para
máxima eficácia do probiótico, há necessidade de as bactérias serem
hospedeiro-específicas (Silva, 2000).
Espécies de Lactobacillus, até por razões históricas no desenvolvimento
dos produtos lácteos, têm lugar garantido nos probióticos. Supondo-se que as
outras propriedades não "tradicionalmente conhecidas" sejam advindas do
gênero Bifidobacterium: além de suas propriedades, como o estímulo do
sistema imune e o auxílio na digestão e absorção de nutrientes, especialmente
em relação a ação sobre os sais biliares e, também, pela ação inibitória ao
crescimento de bactérias patogênicas, em virtude de produção de
bacteriocinas, substâncias formadas por peptídeos, proteínas ou complexos
protéicos e de carboidratos que agem inibindo o crescimento de outras
bactérias (Tannock, 1998). Nazef et al. (2008) demonstraram que o
Enterococcus faecalis apresentou atividade antilisteria e, de forma mais fraca,
35
anticampylobacter. Segundo os autores, o E. Faecalis é capaz de produzir
tanto bacteriocinas como peptidios antimicrobianos.
Na União Europeia, as principais espécies utilizadas como probióticos
pertencem aos gêneros Bacillus (B. cereus var. toyoi, B. licheniformis, B.
subtilis), Enterococcus (E. faecium), Lactobacillus (L. acidophilus, L. casei, L.
farciminis, L. plantarum, L. rhamnosus), Pediococcus (P. acidilactici) e
Streptococcus (S. infantarius). Outros probióticos pertencem ao grupo das
leveduras, como Saccharomyces cerevisiae e Kluyveromyces (Anadón et al.,
2006). No Brasil, as espécies de probióticos mais utilizadas na avicultura são
similares às utilizadas na União Europeia (Faria Filho et al., 2006).
Para uma boa eficiência, devem-se utilizar os probióticos já nos
primeiros dias de vida, para que ocorra a exclusão competitiva, principalmente
beneficiando um bom equilíbrio entre os microrganismos benéficos e para se
obterem, assim, melhores resultados (Lorençon et al.,2007).
Os resultados de pesquisas com probióticos, até o momento, são
bastante contraditórios quanto à sua eficiência. Essa contradição observada
entre os trabalhos justifica-se mediante os dados obtidos em relação à idade do
animal, tipo de probiótico utilizado, viabilidade dos microrganismos, no
momento, serem agregados às rações e condições de armazenamento delas
(Araújo et al., 2000).
Lora Graña (2006) em estudo onde avaliou o desempenho de frangos
de corte, machos, de um a 42 dias de idade alimentados com rações
suplementadas com probiótico compostos por Bacillus subtilis e com antibiótico
como promotor de crescimento, e criadas em ambiente considerado
inadequado (sujo) como forma de desafio, o autor não observou diferenças no
ganho de peso entre as aves que receberam os compostos de probiótico e
antibióticos, nestes mesmos grupos apresentaram maior valor de viabilidade.
Flemming (2005), ao avaliar a utilização de mananoligossacarídeos
(MOS), probióticos (Bacillus licheniformis e Bacillus subtilis) e antibiótico
(avilamicina) na alimentação de frangos de corte observou que quando se
utilizou o probiótico de 1 a 42 dias de idade houve melhor ganho de peso.
36
Santos et al., (2013) quando avaliaram o efeito de diferentes tipos de
probióticos observaram que a altura das vilosidades no duodeno apresentam
maiores valores quando receberam microbiota indefinida e um simbiótico.
2.3.2 Ração Fermentada
A ração fermentada(Bokashi®), teve sua origem no Japão no século
XIX, com o objetivo de multiplicar microrganismos benéficos em um substrato
para serem utilizados como aceleradores de compostagem ou para melhorar a
sanidade de mudas. Porém, com o advento do uso de fertilizantes químicos,
essa prática teve sua importância reduzida pela maioria dos agricultores
japoneses. No final da década de 80, quando se começou a questionar com
maior ênfase as condições da agricultura convencional, em relação ao
desequilíbrio da biota do solo, a segurança alimentar comprometida pela
contaminação com agrotóxicos, bem como a contaminação do meio ambiente,
as publicações resgataram os benefícios do uso de bokashi na agricultura. A
ração fermentada é uma mistura não específica de farelos inoculados e
fermentados por microrganismos. É comum serem utilizados vários tipos de
microrganismos para se obter a ração fermentada e a finalidade desta
utilização é acelerar o processo de fermentação e produzir um produto rico em
microrganismos benéficos. A matéria prima utilizada para confecção da ração
fermentada pode variar, entretanto a melhor opção será determinada pela
disponibilidade na região e a espécie animal objetivada, podendo ser feito
inclusive com a própria ração formulada sem a adição dos suplementos
vitamínico e mineral (Fundação Mokiti Okada, 2002).
Dahal (2001) descreveu que o uso de ração fermentada preparada com
farelo de arroz e fermentado com microrganismos específicos, chamados de
microorganismos eficazes, diminuiu a mortalidade das aves, melhorou a
digestibilidade da ração aumentando o ganho de peso, além de ter um menor
custo de produção quando comparado ao uso de antibióticos e substâncias do
gênero.
A adição de microorganismos eficazes nas dietas aumentou o ganho de
peso, melhorou a conversão alimentar e reduziu a gordura abdominal e
37
melhorou a qualidade da carne de frango de corte e aumentou a produtividade
e reduziu a produção de amônia em poedeiras (Sun et al., 1999). Segundo
Anjum et al. (1998), apud por Sun et al. (1999), além de reduzir a quantidade
de colesterol presente na gema do ovo em poedeiras comerciais, diminuiu a
população de patógenos intestinais em frangos de corte.
Trabalhos têm mostrado que o uso de ração fermentada ou bokashi® na
alimentação de frangos reduz a taxa de colesterol sérico (Sun et al., 1999), a
produção de amônia em galpões (Sun et al., 1999; Li et al., 1995), a
mortalidade e possuem efeito promotor de crescimento (Li et al., 1995), além
de aumentar a produção de ovos em poedeiras (Yongzhen e Weijiong, 1994),
podendo ser utilizados como alternativa aos antimicrobianos.
A ração fermentada reúne características de pré e próbiose, além de
conter produtos do metabolismo fermentativo dos microrganismos como ácidos
orgânicos, açúcares, aminoácidos e enzimas. A combinação de prebiótico e
probiótico é denominada simbiótico e constitui um novo conceito na utilização
de aditivos em dietas de aves. Esta associação é uma alternativa interessante
no sentido de melhorar a sanidade do intestino delgado e cecos dos frangos de
corte, através dos mecanismos fisiológicos e microbiológicos. A ação simbiótica
estabiliza o meio intestinal e aumenta o número de bactérias benéficas
produtoras de acido láctico, favorecendo a situação de eubiose (Fuller, 1989;
Furlan et al., 2004).
Além da ração fermentada feita para ser adicionado à ração das aves e
para atuar como substituto aos promotores de crescimento, pode-se
confeccioná-la com matérias primas mais baratas para ser adicionado à cama
dos aviários, promovendo uma redução da emissão de amônia pela cama (Yeo
e Kim, 1997).Assim, Schwarz (2002), conclui que é perfeitamente possível
substituir os antibióticos por probióticos, prebióticos e simbióticos, sem perdas
no desempenho de aves.
2.4 Água na produção de codornas
A água é a mais importante riqueza natural do mundo, é também
o nutriente necessário para a sobrevivência de todo tipo de ser vivo. Do total de
água disponível no mundo, 97,5% é salgada e está em oceanos e mares, 2,4%
38
é doce, porém está armazenada em geleiras ou regiões subterrâneas de difícil
acesso. Apenas 0,1% da água doce do planeta é encontrada em rios, lagos e
na atmosfera, de fácil acesso às necessidades do homem, e o Brasil detém
12% do total dessas reservas (Gama et al., 2008).
A água deve ser inodora, insípida e transparente, sendo desta maneira
essencial ao desenvolvimento e sobrevivência de todos os seres vivos (Gama
et. al., 2008).
Em várias regiões do mundo, a disponibilidade de água é o fator mais
limitante para a produção de frangos de corte. Entretanto, em muitas regiões, a
água está disponível mas sua qualidade é que limita a produção (Penz Jr,
2003).
Para as aves a água é considerada o nutriente essencial mais
importante, pois é necessária em maior quantidade e qualidade, o que não
ocorre com os animais domésticos de maior porte (Sguizzardi, 1979). Segundo
Penz Junior e Figueiredo (2003), sua falta só é menos crítica que a falta de
oxigênio.
O consumo de água com pH diferente de 6,0 a 8,0, pode alterar o
desempenho das aves, afetando performance de frangos, a produção e
qualidade dos ovos, precipitar antibióticos e interferir na eficiência da cloração
da água (Gama et. al., 2008).
A água de má qualidade representa um grande risco à saúde dos
animais, fazendo com que ocorra a redução no consumo de ração, problemas
sanitários e até a morte (Krabbe e Romani, 2013).
O consumo de água é um ótimo indicador de bem estar e sanidade das
aves. Mas na maioria das vezes pode afetar drasticamente o bom
desempenho, principalmente se for disponibilizado em quantidade e qualidade
insuficiente para o metabolismo do animal (Krabbe e Romani, 2013). Este
comprometimento ocorre porque a falta de água causa prejuízos à anatomia e
à fisiologia do animal e também compromete o seu sistema imune (Penz Jr,
2003).
Apesar de não fornecer as condições ideais para a multiplicação de
microrganismos, a água é uma excelente via de transmissão de agentes
patogênicos para seres humanos e animais, principalmente, aqueles que fazem
39
a rota fecal-oral, uma vez que as atividades urbanas e rurais têm contaminado
os lençóis de água utilizados em nosso meio. Pode-se considerar a água como
um importante veículo na transmissão de doenças infecto-contagiosas,
intoxicações por diversos elementos ou mantenedora da condição ideal para
que determinados patógenos fiquem propícios a infectar as aves (Gama et. al.,
2008).
O fornecimento de água é uma questão de bem estar animal.. Portanto,
se por alguma razão houver uma redução do consumo de água (seja por
qualidade ou por disponibilidade) ocorre também uma redução do consumo de
alimento, implicando em diminuição do ganho de peso e piora do desempenho
zootécnico (Macari, 1996; Krabbe e Romani, 2013).
Pensando na questão da qualidade da água, os japoneses projetaram
um equipamento que promete melhorar a qualidade da água em diversos
setores da produção agropecuária. O DILEKA ® ( Figura 1) é um “Gerador de
Fotoelétrons” autoalimentadas, lançado no mercado japonês em 2002 e
desenvolvido pela EPOCH KANKYO GIKKEN Co (Epoch Environmental
Technology Co). O desenho do Dileka combina ciências naturais com
nanotecnologia avançada e múltiplos efeitos fotoelétricos*. A água circulada
através do Dileka recupera algumas das qualidades perdidas devido à
reciclagem e aos processos de desinfecção intensivos (Tamura,2015).
O produto não agrega propriedades extras à água, mas tem por objetivo
permitir que os usuários recuperem algumas das propriedades originais
presentes na água, antes dela passar pelo processo de tratamento. O Dileka foi
predominantemente projetado para produzir água saudável para organismos
vivos, sem eliminar os microrganismos presentes na água. É por esta razão
que o Dileka é combinado com condensadores do tipo Silver Condenser e/ou
MS Stone (mineral à base de sal com excepcional capacidade desinfetante –
sem efeitos colaterais) para tal finalidade (Tamura,2015).
Figura 1 – Filtro purificador tipo Dileka ® Fonte: Tamura, 2015
40
3 MATERIAL E METODOS
3.1 Local
Foi conduzido um ensaio no Setor de Coturnicultura , na Unidade de
Pesquisa e Desenvolvimento de Brotas/APTA Regional, durante o período de
29 de Maio de 2015 a 03 de Julho de 2015.
O presente projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética no
Uso de Animais do Instituto de Zootecnia e recebeu o número 217-15.
3.2 Ensaio de Desempenho
O ensaio de desempenho foi realizado durante a fase inicial de
crescimento de codornas japonesas (1-35 dias de idade). As codornas com um
dia de idade foram alojadas em um aviário de cria/recria medindo 3,0 x 12,0 m,
com as laterais formadas por 0,50 m de muretas e 1,50 m de telas de arame
galvanizado equipadas com cortinas, com oitões fechados e cobertura de telha
francesa, contendo 24 boxes, com dimensões de 1,00 m2 sendo equipados
com comedouros semi-automáticos e bebedouros tipo copo de pressão (Figura
2).
.
Figura 2 – Foto do aviário utilizado no setor de coturnicultura Fonte: Malagoli, D.
As codornas foram alojadas em número de 38 aves por boxe, aquecidos
com lâmpadas infravermelhas de modo a fornecer temperatura adequada até o
desenvolvimento do sistema termoregulador das aves, sendo submetidas a
41
idênticas condições de manejo e alimentação com água e ração à vontade. O
programa de luz utilizado foi de 23h de luz na primeira semana e luz natural até
os 35 dias de idade.
Os valores de temperaturas mínima e máxima (21,2 e 30,5 °C) e umidade
relativa (56,56 e 71,58%), respectivamente observadas e aferidas no galpão
experimental podem ser classificados como confortável para as codornas não
tendo, portanto influenciado negativamente nos resultados de desempenho das
aves.
3.2.1 Delineamento Experimental
Foram utilizadas 912 codornas, com mesma idade inicial. O
delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com 4 tratamentos e seis
repetições, e cada box (unidade experimental) foi formado por 38 codornas
(Figura 3).
Figura 3 – Unidade experimental formada por 38 codornas de 1 dia. Fonte: Malagoli, D.
Foram testados quatro tratamentos compostos por uma dieta basal
adicionada ou não de antimicrobianos Bacitracina de Zinco ou probióticos
(Bokashi®) e uma dieta basal e tiveram acesso a água modificada (Dileka®),
formulados de acordo com a tabela abaixo.
42
Tabela 1. Composição dos tratamentos nas dietas experimentais.
Tratamentos Inclusão ração
T1 (RBCA) Ração basal com antimicrobianos 40g/ton
T2 (RBSA) Ração basal sem antimicrobianos -
T3 (RBCM) Ração basal com microrganismos (Bokashi®) 2 kg/ton
T4 (RBAM) Ração basal sem antimicrobianos + água modificada -
3.2.2 Dietas Experimentais
Foram utilizados dois tipos de rações, de acordo com cada fase, sendo a
ração inicial, de 1 a 15 dias e ração recria de 16 a 35 dias de experimento.
As dietas experimentais todas isonutritivas, foram formuladas à base de
milho e farelo de soja, seguindo as recomendações descritas por Silva et al.
(2007) e a composição química dos ingredientes utilizados na formulação
obtida de Rostagno et al., (2011) (Tabela 2 e Tabela 3).
Tabela 2. Composição centesimal das dietas experimentais, fornecidas na fase cria (1 a 15 dias) e recria (16 a 35 dias)
Descrição Cria Recria
Milho grão 7% PB 52,80 56,70
Soja Farelo 45% PB 41,40 38,50
Calcário 38% 1,13 1,32
Óleo vegetal 2,00 0,90
Fosfato bicálcico 1,26 1,18
Suplemento vitamin. e min.1 0,60 0,60
Sal 0,40 0,40
Prius 0,20 0,20
L-Lisina 78% 0,10 0,10
DL-Metionina 99% 0,05 0,04
Liposorb 0,05 0,05
L-Triptofano 98% 0,006 0,006
TOTAL 100 100
(1) Produto Comercial BRMulti Aves Recria Post; Níveis nutricionais por kg de ração: Vit. A – 2.000.000,000 UI; Vit. D3 – 483.333,334 UI; Vit. E 3.500,000 UI; Vit. K – 533,333 mg; Vit. B1 – 500,000 mg; Vit.B2 – 1.000,000 mg; Vit.B6 – 683,000 mg; Vit. B12 – 2.000,000 mcg; Niacina – 6.833,000 mg; Biotina – 17,000 mg; Ac. Pantotenico – 5.000,000 mg; Ac. Folico – 167,000 mg; B.H.T. – 16,667 mg; Fitase – 50.000,000 ftu; Endo-1,4 – Beta xilanase 250.000,000 u; Metionina – 226,730 g; Lisina – 91,933 g; Treonina – 57,166 g; Colina – 25,360 g; Betaína – 48,000 g; Cobre – 1.666,667 mg; Ferro – 8.333,333 mg; Iodo – 200,000 mg; Manganês – 13,333 g; Selênio – 33,333 mg; Zinco – 10,000 g.
43
Tabela 3. Composição nutricional calculada para dietas nas fases Cria (1 a 15 dias) e Recria (16 a 35 dias)
Composição Cria Recria
Nutricional (%) 1 a 15 dias 16 a 35 dias
EM (kcal/kg) 3.015 2.987
Proteína Bruta (%) 23,06 22,02
Extrato Etéreo % 4,92 3,95
Cálcio (%) 0,99 1,04
Fósforo Total (%) 0,72 0,70
Fósforo disponível (%) 0,47 0,45
Sódio (%) 0,18 0,18
Lisina total % 1,42 1,35
Metionina total (%) 0,54 0,52
Metionina+Cistina Total (%) 0,91 0,87
Treonina Total (%) 0,90 0,86
Valina total (%) 1,07 1,02
Xantofilas (mg) 9,50 10,21
3.2.3 Desempenho Zootécnico
A duração do experimento foi de 35 dias, com cria (1 a 15 dias) e recria
(16 a 35 dias). Foram avaliadas para o teste de desempenho as seguintes
variáveis: Peso médio inicial (g), peso médio final (g), consumo de ração médio
(CR), consumo de ração médio diário (CRD), consumo de ração acumulado
(CRA), ganho de peso médio (GP), ganho de peso médio diário (GPD), índice
de conversão alimentar (CA) e viabilidade (%).
Para obtenção destes dados, foram realizadas pesagens das codornas
ao início e a cada 7 dias (Figura 4 e 5). Semanalmente foi avaliado as variáveis
consumo de ração (g/ave/dia) pela diferença entre a ração fornecida e a sobra
de cada período experimental, com correção de mortalidade; ganho de peso (g)
e de viabilidade (%).
44
Figura 4 – Pesagem das codornas de 1 dia de idade para formação da unidade experimental. Fonte: Malagoli, D.
Figura 5 – 5a pesagem das codornas, com 35 dias de idade.
Fonte: Malagoli, D.
3.2.4 Avaliação da Carcaça e Vísceras
Foram escolhidas aleatoriamente seis aves de cada tratamento.. As
mesmas foram pesadas individualmente, na seqüência a codorna foi
sacrificada por deslocamento cervical e eviscerada para separação dos cortes
comerciais.
Foram pesados em balança de precisão os seguintes cortes: carcaça
completa, asa, peito, coxa e sobre coxa, pés, pescoço e pele, como também as
penas e cabeça (Figura 6). Após a pesagem, foi feito o cálculo de rendimento
45
de carcaça e dos cortes, relacionando seus pesos com o peso da carcaça
(peso relativo), segundo metodologia de Vasconcelos et al.(2014).
Figura 6 – Análise de carcaça, pesagem dos cortes comerciais. Fonte: Malagoli, D.
Para a avaliação das vísceras,foram separados e pesados os seguintes
órgãos: pâncreas, fígado, intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo) e intestino
grosso. Foi executado também a biometria dos órgãos tubulares, ou seja, as
frações intestinais, assim como intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo),
intestino grosso e ceco, segundo a metodologia de Rezende et. al., (2004).
Assim como na avaliação da carcaça, os pesos foram comparados ao peso
total da ave viva, para verificar o peso relativo.
3.2.5. Avaliação microbiológica das excretas
Esta etapa do trabalho foi realizada no Laboratório de Produção de
Anticorpos e Imunoensaio do Instituto de Zootecnia.
Ao final do experimento foram coletadas 24 amostras simples dos boxes
em pontos representativos de toda área do alojamento, representando seis
repetições de cada tratamento, sendo evitadas as áreas próximas ou abaixo
dos comedouros e dos bebedouros, conforme metodologia utilizada por Singh
et al. (2004). Cada ponto de coleta amostral da cama correspondeu a um
círculo de aproximadamente 20 cm de raio e 7 cm de altura, sendo as amostras
retiradas com a ajuda de trado e pá. Das 24 amostras simples coletadas, foram
obtidas 4 amostras compostas, que foram descompactadas, homogeneizadas
e acondicionadas em sacos de polietileno devidamente identificados e
46
armazenadas em temperatura de -18 a -23º, sendo posteriormente avaliados
em laboratório.
Como meio de cultura, foi utilizado o BDA (Batata 200 g, Dextrose 20 g,
Agar 20g). Para preparo do meio de cultura, as batatas foram picadas e
cozidas em 500 mL de água até que ficassem macias. Foram coadas em filtro,
e posteriormente adicionados os outros reagentes, o volume foi completado
para 1 L e autoclavado por 20 minutos, 1 atm. Logo em seguida vertidos em
placas de Petri de 9X15 mm.
As amostras foram colhidas dos tratamentos e acondicionadas sob
refrigeração até o momento das inoculações. De cada amostra foi pesado 0,5 g
em tubo de 50 mL, tipo Falcon, adicionados de 50 mL de água destilada
esterelizada. Destas soluções, foram realizadas diluições para que no
plaqueamento tivessemos um fator de diluição de 10-6. A inoculação foi feita
por espalhamento com auxilio de alça de Drigalski. As placas foram mantidas
a temperatura de 30 °C, por 24 horas, quando foi realizada a observação
visual das colônias crescidas de acordo com metodologia de Pelczar Jr et
al.,(1996).
3.2.6. Avaliação histomorfométrica
Os animais foram pesados, eutanasiados e dissecados para coleta do
material de interesse. Em seguida, o intestino delgado, repleto, foi pesado e
seus segmentos foram individualizados e pesados. Amostras de 5 cm da
porção média do duodeno foram obtidas e fixadas com formol 10% (Figura 7).
Posteriormente, o material foi enviado para o laboratório Vetpat unidade de
Campinas, onde foi desidratado em séries crescentes de álcool de 70% até
100%.
47
Figura 7 – Amostra da porção média do duodeno fixada em formal a 10%. Fonte: Malagoli, D.
As amostras foram recortadas, diafanizadas em benzol, processadas, e
inclusas em resina histológica. A seguir, foram realizados cinco cortes
histológicos semisseriados de sete micrômetros de espessura e corados
segundo a técnica de Hematoxilina e Eosina – HE (Tolosa et al. 2003).
Posteriormente o material foi acondicionado em caixas histológicas
devidamente enumeradas. As lâminas coradas foram analisadas ao
microscópio de luz, no Laboratório de Análises Microscópicas do
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da FCAV (Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal) - Unesp. A nomenclatura
anatômica utilizada foi a de Mclelland (1993). As imagens pertinentes à
avaliação morfométrica foram capturadas na microcâmera Olympus DP 11
acoplada ao microscópio de luz e armazenadas em um pendrive (Figura 8). As
fotomicrografias foram descarregadas em um microcomputador e a análise
morfométrica foi realizada no programa Image Pro Plus, Media Cybernetics®,
Brasil, versão 6.0. As medidas da mucosa incluíram a profundidade das criptas
intestinais e altura e a largura das vilosidades intestinais.
48
Figura 8 – Imagem da morfometria dos tratamentos 1 a 4 de cima para baixo nos aumentos de 4x a direita e 10x a esquerda.
Fonte: Malagoli, D.
3.2.7. Avaliação Estatística
Os dados do experimento foram analisados através do programa
SISVAR (Ferreira, 2011), a partir do qual foi realizada a análise de variância. O
49
contraste entre médias consideradas diferentes significativamente ao nível de
5% de probabilidade (p<0,05), pelo Teste de Tukey.
50
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados de desempenho para dados das médias de peso vivo
médio inicial, peso vivo médio final aos 35 dias, consumo de ração médio (CR),
consumo de ração médio diário (CRD), consumo de ração acumulado (CRA),
ganho de peso médio (GP), ganho de peso médio diário (GPD), índice de
conversão alimentar (CA) e viabilidade (%) de codornas recebendo dietas sem
e com a inclusão de antimicrobianos são apresentados na Tabela 4.
Tabela 4. Médias de peso vivo médio inicial, peso vivo médio final aos 35, consumo de ração médio no período de 7 dias(CR), consumo de ração médio diário (CRD), consumo de ração acumulado aos 35 dias(CRA), ganho de peso médio (GP), ganho de peso médio diário (GPD), índice de conversão alimentar corrigida (CA) e viabilidade (%) para o período de 1 a 35 dias de experimento.
Variáveis
Tratamentos
RBCA
RBSA
RBCM
RBAM Média geral (%)
CV (%)2
Peso inicial (g) 1 7,08 7,13 7,13 7,14 7,12 2,09
Peso final (g) 1 123,24 124,52 122,28 124,13 123,54 1,49
CR (g) 1 80,69 78,69 77,95 79,13 79,11 2,78
CRD(g)1 11,53 11,24 11,13 11,30 11,30 2,78
CRA(g)1 403,44 393,44 389,73 395,64 395,56 2,78
GP (g) 1 115,30 117,19 115,31 114,41 115,55 1,91
GPD(g)1 3,29 3,33 3,26 3,32 3,30 1,93
CA 3,87 3,66 3,57 3,73 3,71 3,26
Viabilidade1 99,47 99,10 99,08 99,55 99,30 0,82
RBCA (ração basal com antibiótico), RBSA (ração basal sem antibiótico), RBCM (ração basal com microorganismos), RBAM (ração basal sem antibiótico + água modificada) 1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05) 2.CV(%): coeficiente de variação.
O peso vivo médio inicial, peso vivo médio final aos 35, consumo de
ração médio (CR), consumo de ração médio diário (CRD), consumo de ração
acumulado (CRA), ganho de peso médio (GP), ganho de peso médio diário
(GPD) e viabilidade, não diferiram estatisticamente (p>0,05) entre os
tratamentos, no período estudado (0 a 35 dias). Concordam com os resultados
encontrados por Pelicano et al.(2004), aonde não foi detectado efeito da
suplementação com probióticos sobre consumo de ração em frangos de corte
no período de 1 a 35 dias de idade. A viabilidade também corrobora com os
resultados observados por Pedroso et al. (2002), onde também não se
51
observou influências no período de 1 a 21 e de 1 a 42 dias de idade em frangos
de corte. Já para ganho de peso, diferiu do encontrado por Loddi et al.(2000a),
em que o autor encontrou um menor ganho de peso no período de 1 a 21 dias
quando se adicionou probiótico à ração em frangos de corte.
Na tabela 5, estão apresentados os resultados da avaliação da cama de
acordo com o tratamento, onde pode ser observado que a contagem de
unidade formadora de colônia (UFC) não diferiu de um tratamento para outro
pelo teste Tukey (p>0,05).
Tabela 5. Tabela de médias e erro padrão das médias de UFC das camas utilizadas nos Box durante o período experimental.
Tratamentos UFC(1)
RBCA 1,5752*108 + 93035321 a
RBSA 1,6775*108 + 93035321 a
RBCM 7,6231481*107 + 93035321 a
RBAM 8,22*107 + 93035321 a
RBCA (ração basal com antibiótico), RBSA (ração basal sem antibiótico), RBCM (ração basal com microorganismos), RBAM (ração basal sem antibiótico + água modificada) 1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05) 1. Estatística referente aos dados transformados para log (x+1).
As variáveis de carcaça avaliados foram: peso aves (g), carcaça
completa (g), percentagem de carcaça (%), peito (g), percentagem de peito
(%), coxa e sobre-coxa (g), percentagem de coxa e sobre-coxa (%), pés (g),
percentagem de pés (%), pescoço (g), percentagem de pescoço (%), asas (g),
percentagem de asas (%), pele, pena e cabeça (g) e percentagem de pele,
pena e cabeça (%), são apresentados na tabela 6.
52
Tabela 6. Peso e proporção de carcaça e cortes das codornas ao final de 35 dias de idade.
Variáveis
Tratamentos
RBCA
RBSA
RBCM
RBAM
Média geral (%) CV (%)2
Peso aves (g) 1 117,66 125,66 121,66 116,66 120,42 6,37
Carcaça completa (g) 1 76,25 83,98 79,55 74,77 78,64 7,27
Carcaça completa (%)1 64,84 66,81 65,30 64,10 65,26 2,78
Peito (g) 1 29,32 32,29 34,15 31,75 31,88 10,39
Peito (%) 38,63a
b 37,85b 42,89a
42,45ab
40,45 7,23
Coxa - sobre coxa (g) 22,06 24,64 23,56 21,98 23,06 10,83
Coxa - sobre coxa (%)1 28,91 29,51 29,57 29,40 29,35 9,41
Pés (g) 1 2,56 2,66 2,59 2,69 2,63 6,39
Pés (%)1 2,18 2,13 2,14 2,30 2,19 6,98
Pescoço (g) 1 3,40 3,59 3,12 3,16 3,32 12,30
Pescoço (%)1 4,47 4,28 3,94 4,23 4,23 11,84
Asas (g) 6,48a 5,65ab 5,77ab 5,01b 5,73 15,67
Asas (%) 8,47a 6,75ab 7,27ab 6,69b 7,30 13,88
pele, pena e cabeça (g) 1 2,58 2,78 2,67 2,56 2,65 9,36
pele, pena e cabeça (%)1 2,20 2,21 2,20 2,20 2,20 8,41
RBCA (ração basal com antibiótico), RBSA (ração basal sem antibiótico), RBCM (ração basal com microorganismos), RBAM (ração basal sem antibiótico + água modificada) 1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05) 2.CV(%): coeficiente de variação.
Os resultados referentes a avaliação de carcaça diferem quanto ao
rendimento de peito e asas, das encontradas por Loddi et al. (2002) e Vargas
Jr et al. (2002), que não observaram melhoras nas características de carcaça
de frangos de corte com uso de probiótico, já Corrêa et al. (2003) verificou
maior rendimento em coxa de frango de corte tratado com probiótico em
relação ao que se utilizou bacitracina de zinco e probiótico, resultado que difere
do encontrado por Aristides et al.(2012) e Silva et al. (2011), que não
encontraram diferença significativa para os cortes comerciais (asas, pernas,
peito e dorso), influenciados por antibióticos, probióticos e simbióticos
adicionados a ração experimental de frangos aos 42 dias de idade.
Os resultados de vísceras avaliados foram: Peso aves (g), peso
pâncreas (g), percentagem de pâncreas (%), peso fígado (g), percentagem de
fígado (%),comprimento intestino delgado (cm), peso intestino delgado (g),
percentagem de intestino delgado (%) comprimento duodeno (cm), peso
duodeno (g), percentagem de duodeno (%), comprimento jejuno (cm), peso
jejuno (g), percentagem de jejuno (%), comprimento íleo (cm), peso íleo (g),
percentagem de íleo (%), comprimento intestino grosso (cm), peso intestino
53
grosso (g), percentagem de intestino grosso (%) e comprimento ceco (cm) (%),
são apresentados na tabela 7.
Tabela 7. Peso médio absoluto e relativo e biometria das vísceras de codornas aos 35 dias de idade.
Período Tratamentos
RBCA
RBSA
RBCM
RBAM
Média geral (%) CV (%)2
0 - 35 dias
Peso pâncreas (g) 1 0,425 0,475 0,356 0,425 0,436 21,29
Pâncreas (%)1 0,401 0,387 0,297 0,363 0,362 20,49
Peso fígado (%)1 2,720 2,752 2,630 2,430 2,632 14,74
Fígado (%) 1 2,305 2,176 2,168 2,083 2,188 14,12
Intestino delgado (cm) 1 46,0 48,4 47,1 46,3 46,8 6,81
Intestino delgado (g) 1 3,21 3,11 3,18 3,01 3,13 14,88
Intestino delgado (%)1 2,72 2,5 2,62 2,59 2,61 16,17
Duodeno (cm) 1 6,57 7,2 7,42 6,83 6,98 9,37
Duodeno (g)1 0,686 0,794 0,792 0,635 0,722 19,45
Duodeno (%) 1 0,583 0,630 0,657 0,543 0,601 21,04
Jejuno (cm) 1 21,43 21,0 21,83 22,0 21,58 11,93
Jejuno (g) 1 1,55 1,39 1,43 1,55 1,49 19,60
Jejuno (%)1 1,32 1,1 1,18 1,34 1,24 21,86
Íleo (cm) 1 18,0 20,2 17,83 17,17 18,21 13,25
Íleo (g)1 0,980 0,924 0,958 0,832 0,926 25,04
Íleo (%)1 0,827 0,730 0,785 0,717 0,769 23,71
Intestino grosso (cm) 1 4,71 4,3 3,83 4,08 4,25 16,02
Intestino grosso (g) 1 0,341 0,412 0,315 0,257 0,328 33,66
Intestino grosso (%)1 0,286 0,324 0,258 0,218 0,270 32,93
Ceco (cm) 1 6,57 6,4 6,25 7,17 6,6 13,38
RBCA (ração basal com antibiótico), RBSA (ração basal sem antibiótico), RBCM (ração basal com microorganismos), RBAM (ração basal sem antibiótico + água modificada) 1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05) 2. CV(%): coeficiente de variação.
Não houve influência dos tratamentos sobre o comprimento de intestino
delgado das codornas. Resultados semelhantes foram observados por Otutumi
et al. (2008), provavelmente por não haver a colonização do intestino pela
cultura contida no probiótico. Trabalhos conduzidos por Loddi et al. (2000b) e
Sato (2001) apresentaram a mesma ausência de efeito sobre comprimento do
intestino quando da suplementação do probiótico na ração de frangos de corte.
Paz et al.(2010) obteve resultados semelhantes ao da presente pesquisa
quanto a, rendimento de coxa, peso de fígado e de intestino, porém diferiu em
relação ao rendimento de peito em frangos com idade de 1 a 10 dias de idade.
54
A pouca diferença encontrada entre os tratamentos para avaliação dos
índices zootécnicos, avaliação de carcaça e avaliação de vísceras, pode ter
ocorrido pelo fato relatado por Dale, (1992) e Maruta, (1993), devido a mínimo
estresse e desafio, fazendo com que os probióticos não manifestem resultados
tão evidentes, quanto o esperado, o que poderia explicar também, a ausência
de alguns resultados benéficos.
As avaliações morfométricas estão descritas na Tabela 8 em que foram
avaliados profundidade de cripta (PC), altura de vilo (AV), largura de vilo (LV) e
as relações entre altura de vilo e profundidade de cripta (AV/PC) e largura de
vilo e altura de vilo (LV/AV). Apenas a largura de vilo da RBSA, diferiu
estatísticamente da RBCM e RBAM, respectivamente.
Os resultados apresentados no presente trabalho estão de acordo com o
de Otutumi et al. (2008), que não verificou diferença significativa nem em
relação a altura de vilo (AV), nem em profundidade de cripta (PC) do duodeno,
provavelmente por não ter ocorrido sua colonização. Já em trabalho conduzido
por Santos (2014), o uso de ácidos orgânicos proporcionou maior comprimento
das vilosidades do duodeno de codornas em fase pós pico de postura e Bueno
et al., (2012), observaram um efeito significativo (P<0,05) da interação
(probiótico/dia) aos 35 dias de idade, em que a adição do mesmo na dieta
causou um menor comprimento na profundidade de cripta no duodeno em
relação ao controle.
Para os outros parâmetros morfológicos (altura de vilo, relação vilo/cripta
e número de células caliciformes), não foi observado, por Bueno et al., (2012),
efeito estatístico do aditivo no primeiro segmento intestinal (duodeno), assim
como os evidenciados no presente trabalho. Quanto a largura de vilos, esses
resultados corroboram aos verificados por Lemos et al. (2013), quando
utilizaram prebióticos e ácidos orgânicos comparados ao tratamento controle
em codornas japonesas. De acordo com a definição de Kisielinski et al. (2002),
quanto menor a proporção largura/altura das vilosidades intestinais, maior o
aumento na área de absorção de nutrientes, evidenciando a melhor absorção
ao grupo tratado com probióticos e água do dileka em relação ao tratamento
basal sem antibiótico e sem diferença estatística, quando comparado ao
tratamento basal com antibiótico.
55
Tabela 8. Morfometria de duodeno para avaliação de profundidade de cripta (PC), altura de vilo (AV), largura de vilo (LV) e relação entre AV/PC e LV/AV.
Tratamentos PC(µm)1
AV(µm)1
LV(µm) AV/PC(µm)1
LV/AV(µm)1
RBCA 57,37 523,32 68,11ab 10,08 0,131
RBSA 40,80 499,42 71,20a 12,26 0,143
RBCM 56,70 488,78 59,44b 9,08 0,122
RBAM 41,37 468,10 58,32b 11,56 0,126
CV(%)2
28,20 9,09 10,60 21,69 15,54
RBCA (ração basal com antibiótico), RBSA (ração basal sem antibiótico), RBCM (ração basal com microorganismos), RBAM (ração basal sem antibiótico + água modificada) Medidas seguidas de letras diferentes apresentam diferença estatística pelo teste de Tukey (p>0,05). 1 Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05) 2.CV(%): coeficiente de variação.
56
5 CONCLUSÃO
A substituição do uso de antibióticos por alternativas como probióticos
e/ou água modificada pelo Dileka® é possível, pois considerando as mesmas
condições climáticas e de desafios sanitários, os grupos tratados com
probióticos e água, sem antibiótico, apresentaram melhor absorção, melhor
rendimento de peito (carne de maior valor), sem afetar os demais indices em
relação ao tratamento basal sem antibiótico e pouca melhora em relação ao
tratamento basal com adição de antibiótico. Novas pequisas se fazem
necessárias, visando custos dos tratamentos e tratamentos compostos,
podendo ser uma nova alternativa ao uso de antibióticos na coturnicultura.
57
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