Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FACULDADE PITÁGORAS
TÓPICOS ESPECIAIS EM NUTRIÇÃO I
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO
PACIENTE ACAMADO
Profª. MSc. Karla Vanessa do Nascimento Silva
• Induvíduos altamente dependentes e que
necessitam de cuidados contínuos.
– Acarreta graves dificuldades sociais e expressiva
carga econômica à família e à sociedade como um
todo.
PACIENTE ACAMADO
Recursos técnicos e profissionais disponíveis viabilizam uma maior sobrevida, mesmo em
pessoas gravemente incapacitadas.
• Grupos de risco:
– Idosos
– Pacientes com doenças debilitantes
– Acidentados
PACIENTE ACAMADO
• “Isso é normal na evolução da doença”
• “Não há mais o que ser feito”
• Atitudes mais humanas e racionais.
• Defesa da melhoria da qualidade de vida e da não aceitação passiva do estado de saúde.
Diagnóstico Precoce
• Sujeitos a intercorrências
– Embolia pulmonar, trombose, úlceras de decúbito,
pneumonia aspirativa.
• Risco nutricional
– Dependência para aquisição, preparo e/ou
ingestão de alimentos
– Doenças crônicas associadas
– Nº de medicamentos
CUIDADO ESPECIAL
• Risco nutricional
– Perda do pode aquisitivo
– Isolamento familiar
– Depressão
– Alterações fisiológicas que interferem no apetite,
digestão e absorção DESNUTRIÇÃO
CUIDADO ESPECIAL
Consulta Nutricional
Anamnese Nutricional
Avaliação Nutricional
Avaliação dietética
Identificação História clínica
Avaliação antropométrica
Avaliação clínica
Avaliação bioquímica
Diagnóstico Nutricional
Conduta/Tratamento
Informações do cuidador
Medidas recumbentes e estimativas
Medidas mais utilizadas
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Peso Altura Perímetros Dobras
Cutâneas
Estimados Fórmulas matemáticas
Medidas recumbentes
• Fórmulas para estimativa da estatura:
Homens = 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x AJ)
Mulheres = 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x AJ)
AJ = altura do joelho (cm)
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Altura Estimada
Fonte: CHUMLEA et al., 1985.
• Envergadura ou Extensão dos Braços
• Altura Recumbente marcação no lençol dos pontos referentes ao topo da cabeça e base do pé e medida com fita graduada.
Altura Estimada
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Homens = (1,73 x CB) + (0,98 x CP) + (0,37 x DCSE) + (1,16 x AJ) - 81,69
Mulheres = (0,98 x CB) + (1,27 x CP) + (0,4 x DCSE) + (0,87 x AJ)
CB = circunferência do braço (cm); CP = circunferência da panturrilha (cm); DCSE = dobra cutânea subescapular (mm); AJ = altura do joelho (cm)
Peso Estimado
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Posição para aferição de
dobras cutâneas
Medidas Recumbentes
Técnica para mensuração da dobra
cutânea subescapular
Técnica para mensuração do
perímetro da panturrilha
• IMC peso e altura estimados
IMC (kg/m2) Classificação
< 16,0 Magreza grau III
16,0 – 16,9 Magreza grau II
17,0 – 18,4 Magreza grau I
18,5 – 24,9 Eutrofia
25,0 – 29,9 Pré obeso (sobrepeso)
30,0 – 34,9 Obesidade grau I
35,0 – 39,9 Obesidade grau II
≥ 40,0 Obesidade grau III
Fonte: OMS, 1995 e 1998.
Adultos
IMC (kg/m2) Classificação
< 22,0 Baixo peso
22,0 – 27,0 Eutrofia
> 27,0 Excesso de Peso
Fonte: LIPSCHITZ, 1994.
Idosos
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
• Circunferência muscular do braço (CMB) verificar desnutrição
CMB (cm) = PB (cm) – [(DCT(mm) x 0,314)]
* Segundo valores de referência do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES).
PB = perímetro braquial; DCT = dobra cutânea tricipital.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Classificação do estado nutricional segundo adequação da CMB.
Fonte: BLACKBURN; THORNTON, 1979.
Desnutrição
grave
Desnutrição
moderada
Desnutrição
leve Eutrofia
CMB < 70% 70 a 80% 81 a 90% > 90
Distribuição em percentis da circunferência muscular do para homens.
Fonte: FRISANCHO, 1981.
Distribuição em percentis da circunferência muscular do para mulheres.
Fonte: FRISANCHO, 1981.
• Perímetro da panturrilha
– Obrigatório para idosos
– Útil para acamados em geral
< 31 cm indica perda de massa muscular (marcador desnutrição)
≥ 31 cm adequado (eutrofia)
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
• Dobra cutânea tricipital (DCT)
– Medida alternativa classificação do estado nutricional
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Técnica para mensuração da dobra
cutânea tricipital
*Segundo valores de referência do NHANES.
Desnutrição
grave
Desnutrição
moderada
Desnutrição
leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
DCT < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% >120%
Fonte: BLACKBURN; THORNTON, 1979.
Classificação do estado nutricional segundo adequação da DCT.
Distribuição em percentis da dobra cutânea tricipital para homens.
Fonte: FRISANCHO, 1981.
Distribuição em percentis da dobra cutânea tricipital para mulheres.
Fonte: FRISANCHO, 1981.
• Amputados
– Subtrair o peso estimado referente à extremidade amputada do peso antes da amputação.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Amp = amputação
Contribuição percentual do segmento corporal amputado.
*Para amputações bilaterais, as % devem ser dobrados.
Exemplo
Homem perdeu a perna em um acidente de trabalho (abaixo do joelho). Peso antes da amputação: 69 kg
Qual o peso corrigido?
• Edema
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Fonte: MARTINS, 2000.
Peso = peso atual – peso resultante do edema
Estimativa de peso de edema.
Estimativa de peso de ascite e edema.
Fonte: JAMES, 1989.
• Pacientes que aceitam a alimentação
considerar quantidade e qualidade, e também
apresentação e sabor da refeição.
• Oferecer alimentos ricos em fibra favorecer
o bom funcionamento intestinal.
• Atentar para higiene pessoal risco de
infecções.
CONDUTAS NUTRICIONAIS
• Considerar doenças presentes
suplementação se necessário.
• Fracionamento regular e refeições menor com
volume.
• Oferecer refeições com paciente sentado, em
posição confortável.
CONDUTAS NUTRICIONAIS
• Hidratar oferecer líquidos frequentemente,
exceto em casos de restrição
– Desidratação: apatia, sonolência e mal-estar
indefinido
• Não administrar líquidos/alimentos a
pacientes sonolentos e prostrados risco de
aspiração pulmonar.
• Planejamento individualizado!!!
CONDUTAS NUTRICIONAIS
• Cada paciente é único cuidados variam de acordo com as necessidades específicas
• Profissional motivado é essencial acessível constantemente.
• Relacionamento agradável com o cuidador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Ambiente deve estar organizado e limpo.
• Rotinas devem ser rigorosamente seguidas.
• Ter segurança em relação aos métodos utilizados para definir o diagnóstico e a conduta nutricional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS