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PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL COMUNIT COMUNIT COMUNIT COMUNIT COMUNIT COMUNIT COMUNIT COMUNIT Á Á Á Á Á Á RIA RIA RIA RIA RIA RIA RIA RIA Mestrado em Psicologia Social e das Organizações Susana Fonseca Carvalhosa [email protected] Gabinete 116, Ala Autónoma

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MPSO Psicologia Comunitária

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PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITÁÁÁÁÁÁÁÁRIARIARIARIARIARIARIARIA

Mestrado em Psicologia Social e das Organizações

Susana Fonseca Carvalhosa

[email protected] 116, Ala Autónoma

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PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITCOMUNITÁÁÁÁÁÁÁÁRIARIARIARIARIARIARIARIA

22 de Outubro de 201222 de Outubro de 201222 de Outubro de 201222 de Outubro de 201222 de Outubro de 201222 de Outubro de 201222 de Outubro de 201222 de Outubro de 2012

Psicologia Social Comunitária

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Psicologia Social Comunitária

PSICOLOGIA COMUNITPSICOLOGIA COMUNITÁÁRIARIA7 valores fundamentais7 valores fundamentais

� Bem-estar individual� Sentido de comunidade� Justiça social� Participação cívica� Colaboração e fortalecimento comunitário� Respeito pela diversidade humana� Fundamentação empírica

(Dalton, Elias e Wandersman, 2001)

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Bem-estar individual: Refere-se à saúde física e psicológica de todos os membros da comunidade, competências sócio-emocionais para manter o bem-estar pessoal, desenvolvimento da identidade, prossecução de objectivos pessoais.

Sentido de comunidade: Percepção de pertença e de compromisso mútuo que liga os indivíduos numa unidade colectiva, sentimento de pertença.

Justiça social: Questões de igualdade; igual distribuição de participação e poder na sociedade; preocupação não apenas com a vida interior dos indivíduos, mas com a melhoria das suas condições de vida. Estudo dos factores sociais e económicos que afectam o bem-estar individual.

Participação cívica: Processos colaborativos de tomada de decisão que permitam um envolvimento significativo de todos os membros da comunidade. Papel do empowerment. Apoio e desenvolvimento de contextos sociais que promovam a participação dos cidadãos. Ex.: grupos de ajuda, associações comunitárias, etc..

Colaboração e fortalecimento comunitário: Redefinição dos papéis dos profissionais; nova forma de relacionamento com os membros da comunidade com quem se trabalha. Relação colaborativa ao nível do planeamento e implementação de projetos e ao nível da avaliação.

Respeito pela diversidade humana: Recurso a diferentes metodologias que tenham em consideração a língua, a cultura, os valores da população em estudo.

Fundamentação empírica: Valorização da integração da investigação na ação (relação entre a criação de novos conhecimentos e a intenção de criar condições para a mudança social).

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A perspectiva ecológica, segundo Kelly (1987), transpõe para a

Psicologia, a necessidade da observação dos indivíduos nos

seus contextos naturais, propõe a impossibilidade de separação

da definição dos problemas, dos métodos de investigação, dos

valores subjacentes e o trabalho ou posição do interventor

social, pelo que a investigação comunitária é uma intervenção

no fluxo contínuo da vida comunitária.

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Propôs uma analogia entre a Ecologia e a Psicologia Comunitária e

articulou 4 princípios para a abordagem a problemas na

intervenção comunitária:

PRINCPRINCÍÍPIOS ECOLPIOS ECOLÓÓGICOS (KELLY, 1966,1968)GICOS (KELLY, 1966,1968)

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Interdependência – realça a complexidade dos processos de mudança; aponta a comunidade como base para a intervenção.

� Os sistemas sociais não estão isolados.� Reconhece as múltiplas interações e influências mútuas entre os

vários componentes de um sistema.� A mudança num dos componentes do sistema tem

repercussões noutros componentes. Ex.: desinstitucionalizaçãodas pessoas com doença mental tem efeito noutros sistemas como p.e. a justiça.

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Resultado do princípio da interdependência; baseia-se na 1ª lei da termodinâmica.

�Sistema social: Refere-se ao modo como os recursos são captados, utilizados e desenvolvidos, conservados e transformados para que o sistema obtenha a energia indispensável à sua manutenção e crescimento. Ex. a comunidade como um importante recurso para pessoas com doença mental e

para as suas famílias.

�Recursos: As pessoas, as ideias, as competências, os valores, os estilosde liderança, o dinheiro, o tempo. �Recursos potenciais: Os recursos que ainda não foram identificados e utilizados pelo sistema. Ex. implementação de um programa para melhorar o

funcionamento de uma escola – a escola dispõe de um conjunto de recursos (para

além dos professores, os pais, os alunos, etc.).

� Descobrir os recursos naturais dum sistema e criar condições para que os seus membros os reconheçam e valorizem.

� As ligações de um sistema a outros sistemas sociais constituem uma forma de captar e desenvolver novos recursos.

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Implicações

�Planeamento de processos de mudança: prevenir consequências não desejadas e antecipar soluções.

�Antes de se intervir na mudança de distribuição de recursos deve-se procurar conhecer como funcionam os ciclos de recursos comunitários existentes.

�O contacto e as transações com os sistemas sociais envolventes são um processo fundamental para a sobrevivência de um sistema. Ex. coligações comunitárias.

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� Ajustamento entre os indivíduos e os sistemas sociais.

� Ajustamento dos sistemas às condições de mudança dentro de um ecossistema.

� Não significa um ajustamento passivo; refere-se às múltiplas formas pelas quais os indivíduos, ao responderem às exigências exteriores, preservam as suas qualidades e simultaneamente desenvolvem novas competências e influenciam as qualidades dos contextos sociais.

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� Oportunidade de desenvolvimento.� Processo pelo qual os indivíduos lidam com os constrangimentos

e exigências do ambiente, mudando os seus hábitos e comportamento e/ou desenvolvendo novas competências, utilizando para tal os recursos disponíveis, no sentido de permanecerem nos contextos.

� Cada contexto requer diferentes processos de adaptação.� Ao nível dos sistemas: o desafio adaptativo consiste na preservação da

sua integridade ao mesmo tempo que desenvolvem novos recursos (implica flexibilidade).

� Ex.: maior participação das mulheres no mercado de trabalho - tem conduzido à adopção de novos modelos de flexibilização laboral que facilitem a conciliação da vida profissional com a vida familiar.

� Quanto maior for o número de recursos pessoais e sociais de um sistema mais fácil será o processo de adaptação.

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Adaptação e nicho

�Nicho - Habitat específico no qual um organismo pode viver.

�Quanto maior a diversificação do habitat maior será o nicho.

�Ex.: pessoas com doença mental institucionalizadas – o acesso a recursos diversificados possibilita o alargamento do seu nicho e o aumento da probabilidade de se adaptarem à vida na comunidade

�Ajudam a pensar no desenvolvimento de novos recursos (relevantes).

�Contribuem para a aceitação das diferenças entre indivíduos.

�Contribuem para se considerarem novas soluções (se necessário). Ex. reorganização de um ambiente em função das necessidades dos indivíduos com maiores dificuldades de adaptação ao meio.

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� Implica uma análise e compreensão da dinâmica de mudança dos 3 componentes anteriores numa perspectiva de longo prazo (implicação importante para a Psicologia Comunitária, Trickett, 1986)

� Foca a atenção para o contexto histórico de um problema, dos contextos sociais. Ex.: grupos de ajuda – são considerados uma forma de sucessão à utilização de profissionais na prestação de apoio às populações ou grupos em desvantagem.

� Foca a atenção para a necessidade de planeamento das intervenções comunitárias (partindo da resolução de problemas anteriores e limitações das comunidades).

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PARADIGMA ECOLPARADIGMA ECOLÓÓGICO GICO –– IMPLICAIMPLICAÇÇÕESÕES

Relação colaborativa com os participantes na definição, implementação e avaliação das intervenções comunitárias.

Potenciam-se as oportunidades de empowerment e bem-estar pessoal e colectivo, a geração de soluções diversificadas e ajustadas ao contexto, a eficácia e sustentabilidade dos processos de mudança e desenvolvimento dos contextos comunitários.

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(Ornelas, 1997)

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O resultado imediato da intervenção social é a mudanmudançça a socialsocial e em última instância a mudança individual.

Estes princípios, estabelecem o enquadramento para a conceptualização e para a ação na Psicologia Comunitária e contribuem para o design da avaliação da intervenção, para a estruturação de estratégias de mudança social e investigação neste domínio.

A intervenção social é entendida consensualmente como um processo intencional de interferência ou influência e que tem como objectivo provocar uma mudança.

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Constitui-se nas comunidades e instituições

Avaliação do estado inicial do sistema tendo em conta a sua estrutura interna, a sua relação com o meio, a sua história e a sua cultura.

Os objectivos e metas são fixados de acordo com a direção que se pretende imprimir àmudança.Avaliação prévia para se determinar os efeitos que se pretende alcançar.

Tem em conta a multidimensionalidade e complexidade do desenvolvimento humano. Áreas privilegiadas de intervenção: educação, saúde mental, abuso de substâncias, utilização de tempos livres, sistema judicial, sistema religioso.

Implicam o desenvolvimento de práticas inovadoras em domínios diversos (psicossocial, político-administrativo, organizativo, saúde pública, ambiental ou ecológico).

É determinado em função do tipo e profundidade da mudança que se pretende, a dimensão da população a abranger. Ex. intervenção de longa duração – quando implica mudanças estruturais, reorganização e mobilização de comunidades, criação de estruturas associativas e resolução de conflitos de grupo.

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A intervenção comunitária destina-se a trabalhar em colaboração e parceria com as comunidades para abordar as preocupações locais ou esperanças de melhoria (Trickett, 2009)

Este tipo de intervenção pode ser definida como sendo as influências planificadas na vida de um pequeno grupo, organização ou comunidade, com o objectivo de prevenir/reduzir a desorganização social ou pessoal e promover o bem-estar da comunidade (Kelly, Snowden, & Munoz, 1977).

A intervenção comunitária tem como objectivo específico provocar uma mudança na comunidade.

No campo da intervenção comunitária, realça-se a criação dos recursos comunitários com as ações concretizadas pela própria comunidade com maior ou menor índice de apoio externo, partindo-se do princípio que as comunidades possuem os potenciais recursos para gerarem o seu próprio desenvolvimento.

(Carvalhosa et al., 2010)

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Se analisarmos o conceito comunitário, ao nível da intervenção social e

não individual, adicionamos ao social, uma perspectiva política.

Por política, não nos referimos ao sentido tradicional do termo (eleições

ou partidos políticos), mas sim, à intervenção local no sentido da

resolução de problemas específicos, através da criação de novos

recursos.

Segundo Korchin (1976), a intervenção social está intimamente ligada à

ação política e às reformas sociais.

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INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA – ETAPAS

Caracterizar a comunidade onde se vai intervir

Organizar as estruturas ou espaços de encontro

Determinar o grau de concordância entre os interesses

Identificar as fontes atuais e potenciais de conflito

Envolver os membros da comunidade

Definir os objectivos

ExercExercííciocio……

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INTERVENINTERVENÇÇÃO COMUNITÃO COMUNITÁÁRIA RIA –– ETAPASETAPAS(Fairweather, Sanders, Cresslar, & Maynard, 1974)

1. Caracterizar a comunidade onde se vai intervir, assim como identificar e caracterizar o grupo ou grupo social que possam participar nesta intervenção.

2. Determinar o grau de concordância entre os interesses expressos pelo programa e os interesses da própria comunidade.

3. Identificar as fontes atuais e potenciais de conflito entre grupos com influência, tendo em conta que as mudanças provocadas pelas dinâmicas se alteram.

4. Organizar as estruturas ou espaços de encontro, onde os elementos da comunidade se encontram para debater as atividades propostas pelo programa de intervenção, de modo a que possa produzir efeitos nas decisões a nível local, governamental.

5. Envolver os membros da comunidade na planificação e execução do programa de ação e na clarificação dos limites do programa comunitário.

6. Definir os objectivos, estabelecendo as prioridades, e selecionando os métodos e tipos de intervenção.

(Carvalhosa et al., 2010)

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INTERVENINTERVENÇÇÃO COMUNITÃO COMUNITÁÁRIA RIA

• Pressuposto: as comunidades possuem os recursospotenciais para gerarem a dinâmica do desenvolvimento.

• Ênfase na criação de recursos comunitários, em ligação com as ações concretizadas pela própria comunidade.

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INTERVENINTERVENÇÇÃO COMUNITÃO COMUNITÁÁRIA: tipos RIA: tipos

Promoção de bem-estar

Mudança nas relações de

poder, eliminação de opressão

(Nelson & Prilleltensky, 2005)

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PSICOLOGIA COMUNITPSICOLOGIA COMUNITÁÁRIA: princRIA: princíípios e objectivospios e objectivos

Ênfase na prevenção e na intervenção precoce com o objectivo de promover as competências, resiliência e bem-estar dos indivíduos e das comunidades através de processos de auto-ajuda, desenvolvimento comunitário e ação social.

BemBem--estar individual estar individual (Dalton, Elias e Wandersman, 2001)

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Saúde em Contexto Educacional

● Saúde física e psicológica;● Sentimento de pertença;● Integração;● Realização e satisfação pessoal.

Ambiente envolvente do indivíduo (e.g., o contexto familiar, escolar, profissional e social)

Vivências(i.e., experiência de vida)

Sistemas próximos ou mais alargados (e.g., família, vizinhos, associações)

Bem-Estar

(Cowen, 2000)

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PSICOLOGIA COMUNITPSICOLOGIA COMUNITÁÁRIA: valores fundamentaisRIA: valores fundamentais

Bem-estar individual (refere-se à saúde física e psicológica de todos os membros da comunidade, competências sócio-emocionais para manter o bem-estar pessoal, desenvolvimento da identidade, prossecução de objectivos pessoais)

�Compreender os impactos das condições ambientais nos problemas de comportamento no sentido de prevenir os problemas sociais e de saúde mental�Foco: promoção da saúde e de comportamentos saudáveis (vs. tratamento da doença)�Ex., Implementação de programas em áreas como a prevenção e promoção da saúde, criação e suporte a grupos de ajuda mútua.

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The School Well-being Model.

Konu A , Rimpelä M Health Promot. Int. 2002;17:79-87

© Oxford University Press 2002

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O Bem-Estar tem múltiplas componentes que podem ser

agrupadas em duas abordagens principais:

(a)o bem-estar psicológico, que destaca características

pessoais necessárias para alcançar o bem-estar

(b)o bem-estar subjetivo, que estuda os factores e os

processos inerentes à avaliação que as pessoas fazem da sua

vida.

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Diener (1984) defendeu a existência de 3 componentes distintas do BES:1.satisfação com a vida (SV)2.afecto positivo (AP)3.afecto negativo (AN).

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Mais tarde, foi também considerada a satisfação com domínios específicos da vida (SD), como p.e., a satisfação com o trabalho (Diener et al., 1999).

A SV e a SD são consideradas componentes cognitivas pelo facto de reflectirem crenças avaliativas (i.e., atitudes sobre a própria vida).

O AP e o AN representam a dimensão afectiva e refletem a quantidade de sentimentos experienciados ao longo da vida (Schimmack, 2008).

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Reference group:NON-INVOLVED

Assertiveness Life satisfaction

VICTIMS -.02 -.25***

BULLIES .08*** -.15**

BULLY-VICTIMS

-.01 -.21***

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Capital social – refere-se às ligações entre indivíduos (redes

sociais, normas de reciprocidade e confiança que emergem

dessas ligações).

Vs.

Capital físico – refere-se a objetos físicos.

Capital Humano – refere-se às qualidades dos indivíduos.

(Putnam, 2000)

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Cognição/Confiança

ComportamentoSocial

Informal

FormalmenteOrganizado

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Cognição/Confiança

ComportamentoSocial

Informal

FormalmenteOrganizado

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“Percepção de semelhança com os outros, o reconhecimento da

interdependência com os outros, a vontade de manter essa

interdependência, dando ou fazendo pelos outros o que se espera

deles, o sentimento de que se é parte duma estrutura estável, da qual

se pode depender” (p. 157). Seymour Sarason (1974)

Previne “que as pessoas experimentem sentimentos prolongados de

solidão e que vivam estilos de vida destrutivos” (Sarason, 1974, p. 1).

Aplica-se a todo o tipo de comunidades.

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Outros modelos, mas este baseia-se em conceitos relacionados com a investigação comunitária.(Amaro, 2007)

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Tem sido usado para medir o SPCSPC, inicialmente de adultos, numa comunidade de vizinhança, mas é também um instrumento de medida eficaz em comunidades relacionais e de adolescentes (ex., Chipuer & Pretty, 1999).

(Chavis, Hogge, McMillan & Wandersman, 1986)

SPC:SPC:Componente importante das iniciativas de desenvolvimento comunitário.

• Catalizador da participação dos cidadãos• Orienta na definição de objectivos e no planeamento de

programas de intervenção.

Investigação: modelo muito útil para compreender os factores, mecanismos e estruturas que contribuem para a coesão dos grupos e comunidade.

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Está positivamente relacionado com: bem-estar; proteção e

segurança; predisposição para ajudar os outros, realização escolar e

várias formas de participação política (votar, contactar com agentes

políticos, colaborar na resolução de problemas comunitários).

O tempo de residência, o ambiente físico e as características

ambientais fortalece o sentimento de comunidade.

O sentimento negativo de comunidade pode ser adaptativo quando os

bairros constituem uma ameaça (ex., Brodsky, 1996).

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Está positivamente correlacionado com: o desenvolvimento de relações

positivas com os vizinhos, a participação em organizações locais, o

controlo percepcionado sobre o ambiente envolvente e a eficácia

colectiva.

Contextos escolares: Sentimento de comunidade está correlacionado

com maior participação nas atividades da escola, melhores

desempenhos e resultados académicos e menor abandono escolar.

Contextos de trabalho: Maior satisfação profissional e produtividade,

menores níveis de stress e conflitualidade laboral, desenvolvimento dos

indivíduos e da empresa.

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Psicologia Social Comunitária

O bairro está incluído em contextos comunitários e é mais fácil de definir, especialmente em áreas urbanas.

O bairro tem sido visto como uma influência importante no ajustamento psicológico das crianças (Bronfenbrenner, 1986) e os bairros em que as pessoas vivem e crescem influenciam fortemente a sua ligação com a violência (Khoury-Kassabri, Benbenishty, Astor & Zeira, 2004).

De acordo com Carvalhosa (2008), o bullyingbullying tem um impacto sobre a ecologia do desenvolvimento humano e, portanto, a promoção de boas relações dentro e entre famílias, amigos e comunidades, por longos períodos de tempo, é uma questão crucial.

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Psicologia Social Comunitária

Na literatura sobre as características do bairo, a coesão do bairro surgiu como uma componente interessante, medindo atração ao bairro, vizinhança (neighboring) e sentido psicológico da comunidade (Buckner, 1988; Li, Hsu, & Hsu, 2011; Wilkinson, 2007).

SPC é uma variável psicológica, definida como um sentimento de pertença, um sentido de influência, a satisfação das necessidades e da ligação emocional partilhada entre os membros de determinada comunidade (McMillan & Chavis, 1986).

Num estudo realizado por Farrell, Aubry e Coulombe (2004), que explorou o papel do sentido de comunidade e do neighboring, como mediadores da relação entre as características dos bairros e bem-estar individual. Os resultados desta investigação demonstraram que o SPC medeia a relação, e que o neighboring

aumentou o SPC.

Neighboring é uma variável comportamental e pode ser definida como as interações sociais entre vizinhos (Smith, 1975; Wilkinson, 2007).

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Psicologia Social Comunitária

Figure 1 – Structural model of full mediation

neigh1

1

Bullying

victim1

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1

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Neighboring

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e1

11

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psoc4

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e8

1

e7

1

Neighboring and bullying: the mediating role of psychological Neighboring and bullying: the mediating role of psychological sense of community (Carvalhosa, submitted)sense of community (Carvalhosa, submitted)

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Psicologia Social Comunitária

Figure 2 – Final model of causal structure

PSOC BullyingNeighboring

.13 -.10

Neighboring and bullying: the mediating role of psychological Neighboring and bullying: the mediating role of psychological sense of community (Carvalhosa, submitted)sense of community (Carvalhosa, submitted)

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Saúde em Contexto Educacional

● Carvalhosa, Domingos & Sequeira (2010)

● Farrell, Aubry & Coulombe (2004)

● Ornelas (1997)