8
f"*"'/fvJ--"'" " '""^ijy "— æLL—a— i in 11 ¦ Francisco Juliáo, os Comunistas e a Revolução Brasileira ârMft dt •lOOONDO DUS, Bomba na Exposição: Juiz eitá acusando n polícia Ttito na 6* página 11\*\ ÍÁ [•x^i EOICAO PARA GUANABARA ANO IV Rio di Joneito, temono de 29 de iunho o 5 da julho de 1962 N" t?6f'" Congresso nacional dos barnabés: Belo Horizonte Texte ni 2' página Derrotar as Cúpulas Reacionárias e a Conciliação Povo Nas Ruas Para Exigir Dos Deputados um Nacionalista e Democrático üabinete ' i 0 Povo Decidirá Orlando Bomfim Jr. ACÚPIXA reacionária, enquislada principalmente nas altas direcóen do PSD e da UDN, está apre- sentando ao público um espetáculo edificante. Deseja- va ela, de inicio, resolver o problema da constituição do novo Gabinete â baae da distribuição de postos e van- tafens, à baae de um acordo de cavalheiros, de um "teutlemen. arreement", como disem os magnatas e caaptei. norte-americanos. Com a boca torta pelo uso do .achi-abo, i a única linguarem que essa (ente sabe .falte: a linenvetn.diw concha».,-.' t das minoJura.^íf- ' cttsas. Acostumada a decidir du questões do governo como quem decide de um negócio particular assim resolver tudo em beneficio dos rrupos parasitários que representa, pensava em continuar tranqüila e crimino- «mente a agir dessa maneira. Por isso espumou de õdio quando os trabalhadores começaram a manifestar sua intenção de influir, em beneficio de todo o poro. na composição do novo governo. Mas seu furor foi inútil. O certo é que os acontecimentos tomaram um rumo diferente e os chefóes políticos e sua eamorra tiveram de sair dos bastidores e aparecer no palco, re- velando aos olhos do público o papel que realmente representam. CONTRA a aprovação do nome do sr. San Tiago Dan- tas para primeiro-ministro desencadeou-se e de. sonvolve-M, na momento em que cücreveiuos, uma cam- panha na qual o que existe de pior e mata atrativo na vida politica brasileira se agrupa e ntilia* de todos oa processos para impor sua vontade. £ um negociata como o sr. Amaral Peixoto, tantas vèm» tepudiado nas urna. pela população fluminense, mm » vonhece muito bem. É um Herbert Levi, defenaor doa privilé- gios dos latifundiários do café e parceiro, na direção de muitas empresas, da espoliação de noi» povo pelos imperialistas ianques. É uma viúva de HlWer, como Pli- nio Salgado, que dispensa adjetivo, t um Ademar de Barros, que oficializou a filosofia politica do "roubo mas faço". São tipos como Lacerda e Armando Falcão. Essa. camarilha se junta num esforço em que todas as armas as mais torpes são empregada, para impor uma solução que atenda aon seus sujos interesses. QUE acusações fazem sr. San Tiago Dantas? Com- batem-no. por ter .seguido o ltamarati uma poli- tica de normalização das relações diplomáticas e co- merciais com os paises .socialistas e de defesa da auto- determinação dos povos. É o único fato concreto que apresentam. E esse fato constitui exatamente o úni- co aspecto realmente positivo da gestão do Gabinete Tancredo Neves ... Nosso povo, em demonstrações ine- quivocas, mais de uma vez apoiou essa politica exter. na e exigiu ainda mais, exigiu uma política externa conseqüentemente independente. E exige, alem disso, um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli- tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso não aconteça é que agem como desesperados os carcomidos das cúpulas reacionárias dos "grandes par- tidos". . .. i. QUE Amaral Peixoto, Herbert Levi, Lacerda et ca- - ter va. pretendem é i_ue o Brasil, ao-invés-de avan- çar recue. Tém falado em reformas. Mas, na verdade, contrário de reformar, querem levar o pais a retro- ceder. O sr. San Tiago Dantas, no discurso em que esboçou a orientação que seguiria no governo, se apro- vada sua indicação, fêz algumas evidentes concessões aos grupos reacionários. Reconhecendo embora que a inflação não poderá ser de imediato estancada, mas apenas amortecida, falou em "trégua salarial" e colo- cou a questão dos preços em lermos de "compromisso moral" com as chamadas classes produtoras. Mas a reação é insaciável e não se deu por satisfeita. Opõe- -ae a um simples passo, por mais curto que seja, para a frente. Como dissemos, quer caminhar para trás. AS MASSAS trabalhadoras e populares podem com- preender, assim, com clareza crescente qual o ca- minho a seguir na defesa dos seus interesses. Percebem que seu destino está em suas próprias mãos. Ja co. meçaram, por isso mesmo, a se movimentar, não acei- tando a posição de meras espectadoras dos aconteci- mentos. Enganam-se aqueles que desejam silenciá-la» e imobilizá-las. No Brasil, como aliás no mundo Intel- re, a situação inevitavelmente se desenvolverá no sen- tido de que as massas cada vez mais influam não apenas na vida politica, mas em toda a vida da so- ciedade. Enganam-se também aqueles que, com a de- cisão da Câmara sobre a indicação do nome do sr. San Tiago Dantas, julgam a batalha terminada. Lon- te disso. Qualquer que seja a solução, a luta continuara. Mesmo porque a simples escolha do primeiro-ministro significa apenas um passo na composição do Gabinete, E o sentido da luta deverá ser o mesmo seguido ate agora: a conquista de um governo nacionalista e de. mocratico, capaz de enfrentar e resolver os problemas indicados pelos comunista...... necessidade qtte «xis- 'te é exatamente a de intensificar essa luta. I A esta altura, todo n Pau é um comício em que ae exige da Câmara dos Deputados a forma* <,ão dc um Comclho tle Ministros que se compro- meta perante a Nat.-ão e o povo a põr em prática as tão prometidas refor- mas de base e conter, ur- gentemente, a inflação e a carestia de vida. Do Rio Grande do Sul ao Pará sucedem-se ** ma- nifestações de repúdio às manobras entreguis- tas das cúpulas dn PSD e UDN. Na (iuanahara e em São Paulo reali- zam-se grandes comícios de massas, enquanto de vários pontos do Pais di- rigem-se a Brasília cara- vanas de trabalhadores que vão exprimir pes- soalmente aos deputados a sua decisão de acei- tarem um gabinete que seja constituído por ho- mens de sua confiança. Na foto embaixo, comi- cio realizado no dia 22, na GB. 8.* página. ""^M__r 0MB^!____mm Ba _l AH i^ C^_i_S?"_^*^ fÊTJr* t /) k ¦ í *' ^^^P\ Sm» 1 ^mm^^^^^Ê^^^^^^-- Í0\ ' f.'_^':' }.'- \mmWam\mÊMw*nm!3Bm ' t "; , ¦ JP^tS-. vs^-tT'. ':""¦ 'í_Ç»N ¦ :- \ : mr^mt mm^Mm____r ^____K_____ __________ __P____r^____l_ _______!______________¦ mW *m\ ___________r_______H ^_y________________r^^__H____________________________ Y^V^^|l_PT____________r____H ______________!_______________________________L__L^_____k. ^m\ 'V_______»^^^____________________________H' _K_L____P _¦___________¦____^__Rji^t i _____________v-_H__¦ ¦¦¦¦ ¦¦¦¦¦flrn' ^H________ r!H____. ¥ ____!___. PHIIl Pwfflir v HmM &k* IWÊMmTmitWWl___P_r-"^íf_____ !_J_ _r^_r_i _________¦_, jb£pM?^ ^Wá5_Pi i__A.' 'àr^3_i __ \* 1 v* ^Bf. ~l _h íra^Qjr ^^fu^S&^v^''"-sT?t^-PhPB____. _.'__¦____B^^^. I(r&&*»$&&&#^***./ííí :&'&ffl^W ' .'% _______! ________¦$ "^^H___________ ''^ifr'> JmSiW^&w*Êk'"^W^^^mmmMM-^- ^M _F mr-' ®$LmLSÈ!\$8tft ¦'$l_. - ¦' ^"____. ^' vv,.- í*^*. ¦ -. "^Í^Sft^f*_5oHrBB____¦ '"*^^____l _______________W ^* _L __B___b*^__''* ¦ - __________!____¦' ..'V_I^^H_^ L:'____fl h ¦ r__H__lt_. ,_____i_______^___i _F ¦ ' '^Hkv _h_B_________*______J___________í J__i B__»_fe'' _¦______^^___r__'m \__i___F_R_>* _T j_n -_______V ____!^-_h "í^i\'"^______f^ Àt a ¦¦ 65^_tl__BB ¦ ^i^^H __H K_flK-** ___ r 11 mMr : *jtl %*: •&___________¦ ''vH___H ____*^^_B_________>' ____fl _B_aBB ______r^h_k i i _t_9____________^_____________r^•?**"t_______ . ^B ¦ ^mÊTAm»¦'-'¦' '"''__ ' Sk__'-Át^lMww^' l^^k- í^'* jSr ,s',; ¦'¦ •••'•IIP.B ¦ '^-mWÊSÉÈmah^*»*. '-; t-wnMF-mwi*»*- ¦__s*>^_a-''._* ~'*w-''- '-'-.ét-^Ç-W $jP**9fl§K' jjt.; §_.: j ... •*~ Am > M^m\ BBf ^*™''Mmm\mw-' '¦'*'' ^v^ ^V' " mm\ BaB H tE«_v*x.''- ?tmW _-_9_Bt ____£•_¦ _i__ai m*W' .'V8S*>: . .'.#___ __t7«____EB- ¦«''.;{'HrlH _____¦ V£____¦ ¦'-•-¦' ' *' _1___EH___B.. ~^^mmV?^-.- ¦ -•?'-. ' __É_L._BT.1__B_B__5__- -^'^ ^'," .V- '-f''*"'Jj_^__B ¦'¦¦"'' ''^__H_B3______^' J____[/^y>__u_.;3;J6Í?,;-' _____E'_Pi^^-i:-_l_fe_' ______ £ anJH__k. ";V«--____! ^_____________»w/iw-w- _••»¦ v ___ir_ _¦£- ahiL u_Na»fc_.. ¦:-- ______i W J ___r ___;."^v _y.-!_B BP*W>. | & ^dK~A___i U____B ¦¦WtÉa <áib_Hl__L__^______C_W* 1 W '"• fl B^B í r7 \ ¦ ¦¦¦¦^*^^**^m*^*m-'*nfaMv,mmmmmmmmmmmm*rmm**i^^PIMWSi. JR. r._Hi Porangalú: Posseiros Escrevem Con) Sangue um Novo Capítulo da Luta Pela Terra no Brasil"^ Texfa n;. 2* página ________________________________________n » ^^^_B ,1 W -& ___________ £___. A¦ _^ _____________________L^^R^ >«^__________r ' *«___! ____B_.^______L- ,_-_Br< * %.~>-_-IB k ^^fl mWLr ^____________________________F ^'fflB _.' ^B ^_K ^miM '•'¦ ___r_______F Hr- ^___E___*'^^^B t^B••4í9 __e1*<'. .Bvk . v___r ___i ¦*¦ ¦ « ^BHfl _¦_.: w_u A^____L_J ___r^^i B __. ^Q______H __¦_«___< VB... Mhfll1 -/«v9^____. !__*¦ ^ir^B E ^£-' *q_________ B ^'^_i__v B Bi___Pnl__^_te_-' . ^________LPE____B __H' * ^B _____________!*__H ______i_Br''* ^___Bt\"^^B____B%^__B ____BB _B________KC_b ¦*' *' WBs __--^^^B^H IH^H ^mmf3s''-.¦¦ 'IL.-»/ .••¦ fjj», w^ _/___B ¦l^-m^-^"'f••'¦¦•¦•'' ^ v_aB W. J____<; » ''V *l I m-___h *r^_______ jc ^j^ l_________r^"^^^ ^_ÜH______L_____L ___^__________H ¦¦^ ^Bl_______l_^ __ir m. '^1 %^___i_l B*_. TV. -.B. ____FJ___^_____i ¦ __e A*A. mm______ __________Bfl_B _¦_¦-_> Mm\ ¦ A ' ff^Y_____SS__Bl__. LB_i'V- _______¦__________H________________(V____!_____.' __B_______________________________________BB_p^_i________________________________________ ,HBHflfl '.' .'I_ BBB_k ^''_fl_H Exército Desfaz Acampanenti Dns ísUÉrtÉs «rWEC Mas Greve irá fite a Vitória _Vas primeira»: horas da ia rde da ontem tropas do I Exército expulsaram do Mi- íiisiéiio da Educaçfio cenic- nas dp universitários qne ali >c encontravam acampados. Os esiurianips haviam ocn- pado o chamado -Palácio ria Cultura ¦ em face da negati. va sistemática das aulorida- uos ministeriais em tomar unia atitude capa/, de pôr lim ao impasse criado pela obstinarão dos reitores, qne insistem no nào aiendimen- lo da reiviiidicai.'ã'o estudan. •. tll- de participação nos ór. gãos administrativos das universidades e faculdades, na base de uni terço da com- posição de tais organismos. A recusa dos reitores; cri- mo é sabido, originou a.gic. ve, que na Guanabara atin. gira seu clímax com, o acampamento, A nvedidà de íôrça tomada oiilem pelo go- vêrno em nada aitajleceii o movimento grevisjn, que prosseguirá lüiando taiu. bém, como o vinha fazon. dó, pov um conselho de mi- nislros de composição na- cionalista q. democrática, que apresente um minisirn da Educação interessado na resolução dos problemas do nosso sisloma.de ensino su. peVlqr e que não se interês. se pelos movimentos reivin- dlca.lórios dos estudantes apenas paia terítàr contê-los pela força. Logo após serem expulsos do MEC, os universitários reuniram.se todos na sede da UNE, de onde traçaram novos rumos para a greve. (Na folo ao alio os estudan. tos participando' tio comício do dia 22, por um gabinete nacionalista e democrático; na página 2, reportagem só- bre o acampamento). Kennedy é um Indesejável Para o Povo Brasileiro Texto na página Americanos Julgam o Presidente ^rti^UflGWHALt^t 4* página CÂMARA DEVE ANULAR LEI REACIONÁRIA DO SENADO SOBRE REGISTRO DE PARTIDOS Texto na 2' página INVASÃO: 15.000 POLICIAIS E MILITARES IANQUES ESTÃO INSTALADOS NO BRASIL Texto na 3* página Remessa de Lucros: Ameaçado _> Pelas Emendas do Senado o Projclo Aprovado na Câmara Texto na 7' página II Congresso Nacional da Mocidade Trabalhista o II Congresso Nacional riu M o c i d a d e Trabalhista instalar-se-á sexta-feira, dia 29 de junho. a> _n.:j() ho- ras. A solenidade, que terá como local o Palácio Tira- dentei contará cem a pre- 'nca rio presidente da Re- publica, sr. João Goulgrt e dn Rovernnd. r dn Estado dn Rm Grande do Sul. dr. Leo- nel Bri.ola.

B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

f"*"'/f vJ-- "'" " '""^ijy "—

—a— i in 11 ¦

Francisco Juliáo, os Comunistas e a Revolução Brasileira ârMft dt•lOOONDO DUS,

Bomba na

Exposição:

Juiz eitá

acusando

n polícia

Ttito na6* página

11\*\ ÍÁ [•x^iEOICAO PARA GUANABARA

ANO IV — Rio di Joneito, temono de 29 de iunho o 5 da julho de 1962 — N" t?6f'"

Congresso

nacional

dos barnabés:

Belo

Horizonte

Texte ni2' página

Derrotar as Cúpulas Reacionárias e a Conciliação

Povo Nas Ruas Para ExigirDos Deputados umNacionalista e Democrático

üabinete

'

i

0 Povo DecidiráOrlando Bomfim Jr.

ACÚPIXA reacionária, enquislada principalmente

nas altas direcóen do PSD e da UDN, está apre-sentando ao público um espetáculo edificante. Deseja-va ela, de inicio, resolver o problema da constituição donovo Gabinete â baae da distribuição de postos e van-tafens, à baae de um acordo de cavalheiros, de um"teutlemen. arreement", como disem os magnatas ecaaptei. norte-americanos. Com a boca torta pelo usodo .achi-abo, i a única linguarem que essa (ente sabe

.falte: a linenvetn.diw concha».,-.' t das minoJura.^íf-' cttsas. Acostumada a decidir du questões do governocomo quem decide de um negócio particular • assimresolver tudo em beneficio dos rrupos parasitários querepresenta, pensava em continuar tranqüila e crimino-«mente a agir dessa maneira. Por isso espumou deõdio quando os trabalhadores começaram a manifestarsua intenção de influir, em beneficio de todo o poro.na composição do novo governo. Mas seu furor foiinútil. O certo é que os acontecimentos tomaram umrumo diferente e os chefóes políticos e sua eamorrativeram de sair dos bastidores e aparecer no palco, re-velando aos olhos do público o papel que realmenterepresentam.

CONTRA a aprovação do nome do sr. San Tiago Dan-

tas para primeiro-ministro desencadeou-se e de.sonvolve-M, na momento em que cücreveiuos, uma cam-panha na qual o que existe de pior e mata atrativo navida politica brasileira se agrupa e ntilia* de todos oaprocessos para impor sua vontade. £ um negociatacomo o sr. Amaral Peixoto, já tantas vèm» tepudiadonas urna. pela população fluminense, mm » vonhecemuito bem. É um Herbert Levi, defenaor doa privilé-gios dos latifundiários do café e parceiro, na direçãode muitas empresas, da espoliação de noi» povo pelosimperialistas ianques. É uma viúva de HlWer, como Pli-nio Salgado, que dispensa adjetivo, t um Ademar deBarros, que oficializou a filosofia politica do "roubomas faço". São tipos como Lacerda e Armando Falcão.Essa. camarilha se junta num esforço em que todas asarmas — as mais torpes são empregada, para imporuma solução que atenda aon seus sujos interesses.

QUE acusações fazem a» sr. San Tiago Dantas? Com-

batem-no. por ter .seguido o ltamarati uma poli-tica de normalização das relações diplomáticas e co-merciais com os paises .socialistas e de defesa da auto-determinação dos povos. É o único fato concreto queapresentam. E esse fato constitui exatamente o úni-co aspecto realmente positivo da gestão do GabineteTancredo Neves ... Nosso povo, em demonstrações ine-quivocas, mais de uma vez apoiou essa politica exter.na e exigiu ainda mais, exigiu uma política externaconseqüentemente independente. E exige, alem disso,um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Paraque isso não aconteça é que agem como desesperados oscarcomidos das cúpulas reacionárias dos "grandes par-tidos".

. .. i.

QUE Amaral Peixoto, Herbert Levi, Lacerda et ca-- ter va. pretendem é i_ue o Brasil, ao-invés-de avan-

çar recue. Tém falado em reformas. Mas, na verdade,*é contrário de reformar, querem levar o pais a retro-ceder. O sr. San Tiago Dantas, no discurso em queesboçou a orientação que seguiria no governo, se apro-vada sua indicação, fêz algumas evidentes concessõesaos grupos reacionários. Reconhecendo embora que ainflação não poderá ser de imediato estancada, masapenas amortecida, falou em "trégua salarial" e colo-cou a questão dos preços em lermos de "compromissomoral" com as chamadas classes produtoras. Mas areação é insaciável e não se deu por satisfeita. Opõe--ae a um simples passo, por mais curto que seja, paraa frente. Como dissemos, quer caminhar para trás.

AS MASSAS trabalhadoras e populares podem com-

preender, assim, com clareza crescente qual o ca-minho a seguir na defesa dos seus interesses. Percebemque seu destino está em suas próprias mãos. Ja co.meçaram, por isso mesmo, a se movimentar, não acei-tando a posição de meras espectadoras dos aconteci-mentos. Enganam-se aqueles que desejam silenciá-la»e imobilizá-las. No Brasil, como aliás no mundo Intel-re, a situação inevitavelmente se desenvolverá no sen-tido de que as massas cada vez mais influam nãoapenas na vida politica, mas em toda a vida da so-ciedade. Enganam-se também aqueles que, com a de-cisão da Câmara sobre a indicação do nome do sr.San Tiago Dantas, julgam a batalha terminada. Lon-te disso. Qualquer que seja a solução, a luta continuara.Mesmo porque a simples escolha do primeiro-ministrosignifica apenas um passo na composição do Gabinete,E o sentido da luta deverá ser o mesmo seguido ateagora: a conquista de um governo nacionalista e de.mocratico, capaz de enfrentar e resolver os problemasjà indicados pelos comunista...... necessidade qtte «xis-

'te é exatamente a de intensificar essa luta.

I A esta altura, todo nPau é um comício emque ae exige da Câmarados Deputados a forma*<,ão dc um Comclho tleMinistros que se compro-meta perante a Nat.-ão eo povo a põr em práticaas tão prometidas refor-mas de base e conter, ur-gentemente, a inflação e

a carestia de vida. DoRio Grande do Sul aoPará sucedem-se ** ma-nifestações de repúdioàs manobras entreguis-tas das cúpulas dn PSDe UDN. Na (iuanaharae em São Paulo reali-zam-se grandes comíciosde massas, enquanto devários pontos do Pais di-

rigem-se a Brasília cara-vanas de trabalhadoresque vão exprimir pes-soalmente aos deputadosa sua decisão de só acei-tarem um gabinete queseja constituído por ho-mens de sua confiança.Na foto embaixo, comi-cio realizado no dia 22,na GB. 8.* página.

""^M __r

MB^!____ mm Ba _lH i^ C^_i_S?"_ ^*^ fÊTJr*

t /) k ¦ í *' ^^^P\ Sm» 1 ^mm^^^^^Ê^^^^^^-- Í0\ ' f.'_^':' •}.'- *» \mmWam\mÊMw*nm!3Bm'

t "; , ¦ JP^tS-. vs^-tT'. -¦ ':""¦ 'í_Ç»N ¦ :- \ :

mr^mt mm^Mm ____r ^____K_____ __________ __P____r^____l_ _______!______________¦ mW *m\ ___________r_______H^_y________________r^^__H____________________________ Y^V^^| l_PT____________r____H ______________! _______________________________L__L^_____k. ^m\'V_______»^^^____________________________H' k¦ _K_L____P _¦_____ ______¦____^__Rji^t i_____________v-_H __¦ ¦¦ ¦¦ ¦¦¦¦¦flrn' ^H ________ r!H____. ¥

____!___. PHIIl Pwfflir v Hm M &k*IWÊMmTmitWWl___P_r-"^íf_____ !_J_ _r^_r_i _________¦_,

jb£pM?^ ^Wá5_Pi i__A.' 'àr^3_i __ \* 1 v* ^Bf. ~l _híra^Qjr ^^fu^S&^v^'' "-sT?t^-PhPB____. _. *¦ '__¦ ____B^^^.

I(r &&*»$&&&# ^***./ ííí :&'&ffl^W ' .'% _______! ________¦$ "^^H_ __________ ''^ifr'>

JmSiW^&w*Êk '"^W^^^mmmMM-^- ^M _F mr-'®$LmLSÈ!\$8tft ¦'$l_. - ¦' ^"__ __. ^' vv,.-í*^ *. ¦ -. "^Í^Sft^f *_5oHr BB ____¦ '"*^^____l ______________ _W ^* _L

__B___b*^__''* ¦ - __________!____¦' ..'V _I^^H_^ L:'____fl h ¦r__H__lt_. • ,_____i _______^___i _F ¦ ' '^Hkv _h_B_________*______J___________íJ__i B__»_fe'' _¦_ _____^^___r__ 'm \__i ___F_R_>*_T j_n -_______V ____! ^-_h "í^i\'"^______f^ Àt a ¦¦ 5^_tl__BB ¦ ^i^^H__H K_fl K-** ___ r 11 mMr : *jtl %*: •&___________¦ ''vH___H

____*^^_B _________>' ____fl _B_ aBB ______r ^h_k i i _t_9____________^_____________r^•?**"t_______ . ^B

¦ ^mÊTAm»¦'-'¦' '"''__ ' Sk__'-Át^lMww^' l^^k- í^'* jSr ,s',; ¦'¦ •••'•IIP.B¦ '^-mWÊSÉÈmah^*»*. '-; t-wnMF-mwi*»*- ¦__s*>^_a-''._* ~'*w-''- '-'-.ét-^Ç-W$jP**9fl§K' jjt.; §_.: j ... •* ~ Am

> M^m\ BBf ^*™'' Mmm\ mw-' '¦'*'' ^v^ ^V ' " mm\BaB H _ü E«_v*x.''- tmW_-_9_Bt ____£•_ ¦ _i __ai m*W' .'V8S*>: . .'.#___

__t7«____EB- ¦«''.;{' HrlH _____¦ £____¦¦'-•-¦' ' *' _1___EH___B.. ~^^mmV?^-.- ¦ -•?'-. ' __É_L._BT.1__B _B__5__- -^'^ ^'," .V- '-f ''*"'Jj_^__B

¦'¦¦"'' ''^__H_B3______^' J____[/^y>__u_.;3;J6Í?,;-' _____E'_Pi^^-i:-_l _fe_' ______ £ anJH__k. ";V«--____!.¦ ^_____________»w/iw-w- _••»¦ v ___i r_ _¦£- ahiL u_Na»fc_.. ¦:-- ______i

W J ___r ___;. "^v _y.-!_B BP*W>. | & ^dK~A___i ____B

¦¦ WtÉa <áib_H l__L__^ ______C_W* 1 W '"• fl B^B í r7 \ ¦ ¦¦¦¦^*^^**^m*^*m-'*nfaMv,mmmmmmmmmmmm*rmm**i^ ^PIMWSi. JR. r. _Hi

Porangalú: Posseiros EscrevemCon) Sangue um Novo Capítuloda Luta Pela Terra no Brasil"^Texfa n;.

2* página

________________________________________n *» » ^^^_B

1 W &___________ £___. ¦ _^_____________________L^^R^ >«^_______ ___r ' *«___!

____B_.^______L- _-_Br< * %.~>-_-IBk ^^fl mWLr ^____________________________F ^'ffl B_.' ^B ^_K ^mi M '•'¦ ___r_______FHr- ^___E___*' ^^^B t^B ••4í9__e1*<'. .Bvk . v___r ___i ¦*¦ ¦ « ^BHfl_¦_.: w_u ^____L_J ___r^^i B __. ^Q______H__¦_«___< VB ... Mhfll1 -/«v9^____. !__*¦ ^ir^B

E ^£-' *q___ • ______ B ^'^_i__v BBi___Pnl__^_te_-' . ^________L PE____B __H ' * ^B _____________!* __H______i_Br''* ^___Bt\ "^^B____B %^__B ____B B_B________KC_b ¦*' *' WBs __-- ^^^B ^H IH ^H^mmf3s''-.¦¦ 'IL. -»/ .••¦ • fjj», w^ _/___B¦l^-m^-^"'f••'¦¦•¦•'' ^ v_aBW. J____<; » ''V *l Im-___h *r^_______ jc ^j ^l_________r^"^^^ ^_ÜH______L_____L ___ ^____ ______H¦¦^ ^Bl_______l_^ • __ir m. '^1

^___i_l B*_. TV. -. B.____F J___^_____i ¦ __e A* A.

mm ______ __________Bfl _B _¦_¦-_> Mm\ ¦ A '

ff^ _____SS__Bl__. B_i'V-_______¦ _________ _H________________(V ____! _____.'__B _______________________________________BB_p^_i ________________________________________

HBHflfl'. ' .' I_ BB B_k ^''_fl _H

Exército Desfaz AcampanentiDns ísUÉrtÉs «rWECMas Greve irá fite a Vitória

_Vas primeira»: horas daia rde da ontem tropas do IExército expulsaram do Mi-íiisiéiio da Educaçfio cenic-nas dp universitários qne ali>c encontravam acampados.Os esiurianips haviam ocn-pado o chamado -Palácio riaCultura ¦ em face da negati.va sistemática das aulorida-uos ministeriais em tomarunia atitude capa/, de pôrlim ao impasse criado pelaobstinarão dos reitores, qneinsistem no nào aiendimen-lo da reiviiidicai.'ã'o estudan.•. tll- de participação nos ór.gãos administrativos dasuniversidades e faculdades,na base de uni terço da com-posição de tais organismos.A recusa dos reitores; cri-mo é sabido, originou a.gic.ve, que na Guanabara atin.gira seu clímax com, oacampamento, A nvedidà deíôrça tomada oiilem pelo go-vêrno em nada aitajleceii omovimento grevisjn, queprosseguirá lüiando taiu.bém, como já o vinha fazon.dó, pov um conselho de mi-nislros de composição na-cionalista q. democrática,que apresente um minisirnda Educação interessado naresolução dos problemas donosso sisloma.de ensino su.peVlqr e que não se interês.se pelos movimentos reivin-dlca.lórios dos estudantesapenas paia terítàr contê-lospela força.

Logo após serem expulsosdo MEC, os universitáriosreuniram.se todos na sededa UNE, de onde traçaramnovos rumos para a greve.(Na folo ao alio os estudan.tos participando' tio comíciodo dia 22, por um gabinetenacionalista e democrático;na página 2, reportagem só-bre o acampamento).

Kennedy é umIndesejávelPara o PovoBrasileiro

Texto na 7» página

AmericanosJulgam oPresidente

^rti^UflGWHALt^t 4* página

CÂMARA DEVE ANULAR

LEI REACIONÁRIA DO SENADO

SOBRE REGISTRO DE PARTIDOSTexto na 2' página

INVASÃO: 15.000 POLICIAISE MILITARES IANQUES ESTÃOINSTALADOS NO BRASIL

Texto na 3* página

Remessa de Lucros: Ameaçado_>

Pelas Emendas do Senadoo Projclo Aprovado na Câmara

Texto na 7' página

II CongressoNacional daMocidadeTrabalhista

o II Congresso Nacionalriu M o c i d a d e Trabalhistainstalar-se-á sexta-feira, dia29 de junho. a> _n.:j() ho-ras. A solenidade, que terácomo local o Palácio Tira-dentei contará cem a pre-'nca rio presidente da Re-publica, sr. João Goulgrt edn Rovernnd. r dn Estado dnRm Grande do Sul. dr. Leo-nel Bri.ola.

Page 2: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

— Página 2NOVOS RUMOS — lie dt Jorurífo, ftmono d* 29 dt Mo • 3 d. luto éê \HÍ si

. -» «r - ******* **'*, w y 'tim rw*t•a DP»iMr*iaHl,l,p""v^*'Hr*»i*^^PWW1r*^^^l»**r^^^*TP^*f»«i, ,

¦MH ¦fe#^ ''^MMMtWlÊ^Êm^^^^^ È*

I . ¦ fcfdb'-tH W Màrt mW^^efA

V-~ 48»** '¦ '' B •••»ILvIpiya^lHIB»*»!*!»' :éÍ^"v',:''^1 ¦* '¦ Hr

I. Jm mmm w1lxMêêm\ Wl-m.' Jkw> . V. «¦-ijA^Mr^mM HBHPv**S^ft?Or^* ^*HbW

¦ v*WjII vil \\wS$rp- mÊÊl,^'! SÉfflRiPSí ' ¦ --#% - 't ' '•*.•/"-'•MmW -Im wBÊRr ¦ fc " -*íB&** ' v m f>%M Mm Mr ' >•'-Vf-T _^ ¦

IkM iF1! Hi^^áU

r? ¦BA *m faU ^^K7 ¦^T-^PEIIWtlMBIMBBMMaiMaMaMBBa^B^^^^^.»»^**'"»*"»**»***»**»****»*"*"*^

Porangatu: Novo EP««í?j° *?Luta Camponesa em ooia»

—.».-. *_¦*..*.*» •« dk^fitrtf»-*!

CONTANDO AS LUTASCamponeses d* Porangatu narram hlttoiiu duras •

reais do sua* duras vidas. O desamparo, a exploração dequa sao vitimas, a perseguição que lhes movem os art-leiros. Estes em Porangatu tem suai expressões mais ait».no prefeito municipal e no juiz de direito da ridadi». Ma.»bà na sua narrativa uma serenidade que reflete «ua es-

perança' os camponeses tem rm Oolás Jà uma boa tra-diçao de lutas, t os dt Poranantu comc<*tm » ter umnível de orcanizaçoo que acabam par conquistar para uuma vida digna. <A foto loi cedida gentilmente pelo•D-.ano da Tarde", de Goiânia i.

Universitários Ocuparamo Ministério e só o DeixarãoCom a Vitória de Sua Greve

Desde sepunda-feira. dia25. os universitária» carioca.*.em greve encontram-seacampados no Ministério daEducação, ocupando o pa-tio, a área de entrada e todoo segundo andar do Pala-cio da Cultura, onde estáInstalado o gabineto do pro-fessor Madureira de Pinho,substituto Imediato do mt-nlstro Oliveira Brito. Dali«o sairão — disse o acadè-mico Aldo Arames, presi-dente da UNE e do coman-do da greve —."quando íóratendida a reivindicação de 'participação do corpo dia-cente nos órgãos de adml-nlstração das universidadese faculdades, na base de uinterço da composição de taisorganismos".

Oi estudantes, que duran-te toda a semana passadaenfrentaram nas ruas da ei-dade a fúria fascista dapolicia de Carlos Lacerda,terminando por vencerema obstinação obscurantistadas autoridades policiais,realizaram já em paz, nofinal da semana duas ma-niíestações: no Largo doCACO, onde o Centro Po-pular de Cultura pôde re-

Í>resentar pela primeira vez

ivremente em praça públi-ca na Guanabara o "Autodos 99 )>or cento", e no Lar-go do Machado, onde tevelugar um comício que con-tou com uma assistência tãonumerosa quanto a queocorre aos comícios eleito-rals do auge das campa-nhas sucessórias. Antes deacamparem, os universitá-rios grevistas participaramtambém do grande comíciopromovido pelos trabalha-dores no dia 22, nas es-

.cadarlas do Palácio Tira-dentes, quando o povo ca-rioca manifestou com vi-bração a sua exigência de«ma composição nacionalis-ta e democrática para o ga-blnete que deverá substituiro atual Conselho de Minis-tros.

O acampamento vematraindo a atenção de ml-lhares de pessoas e está-seconstituindo, segundo os li-deres da parede, "num efi-ciente veículo para levar opovo as razões do movi-mento e a necessidade dareforma universitária". Portoda a grande área do edi-

NOVOSRUMOS

Dlr«WrKArto AlrtM

Diretor ExtcutlvoOrlando Bomfim Júnior

Redator CbofeFragmon Borge»

OerentaOuttemberE Cavalcanti

Redação: Av. Kl» H*»iic«.•57. 1"* andar 8/1111 — T«l!

42-T344Gsrencla: âr. Wo Brano»,

251, 9» andar S/»»SsnctnsAX de s. pautoKua 15 de Mavombro, 218

í.» «lidar 6/8*7Tel.: S5-045S

Endereço teltgrSfleo s«NOVOSBUMOS» *ASSINATURAS:

Anual ¦^KSemestral > -'?Trimestral » " •"?,Número avulso . > jo.wNúm»ro «:'-»sailo » io""

A«SIS».TrK.*. AfcBEAAnu» OS l.«"fi'i"Scmr.tr». • «?*«TrimeMrs! ... > S",J-0U

ficlo do MEC barracas es-táo inOladas. Estudantesde química levaram para aliate um pequeno laborató-rio no qual efetuam expe-riéncla ás visu do povo.Alunos da Escola de BelasArtes executam desenhos nahora sobre temas da refor-ma universitária. Desenhosque cão vendidos aos po-pulares, revertendo o dinhel-ro em ajuda financeira ágreve. Alunos das íaculda-des de filosofia dão aulassêbre diversos assuntos e es-tudantea da medicina atén-dem a qualquer pessoa 4u*>lhes lolicite os préstimos.Através de um serviço dealto-falantes o povo vai sen-do Informado autênticamen-te da pretensão dos univer-sitários e do que ela signl-fica para a população. Inú-meros murais espalhadosjielo pátio apresentam prá-ficos e exposições que fa-Iam eloqúeiitcniciuc da ca-ducidade do noáso sistemade ensino superior c do nal-baratamento das verbas aêle destinadas.

PROCLAMAÇÃOLogo após a instalação do

acampamento a União Na-cional dos Estudantes e aUnião Metropolitana dosEstudantes, em nota ofi-dal assinada por seus pre-sidentes, universitários Al-do Arantes e José de Sou-aa, respectivamente, explica-ram os motivos da medi-da. Dizem os estudantes: "Aomissão do governo federal,e em particular do Minis-tério da Educação e Cul-tura, que passiva e coníor-tàvelmente vêm assistindoao espetáculo do Impasseverificado entre alunos «conselhos universitários nosremeteu à tomada desteministério. Advertimos, nomomento em que se formanovo gabinete, que não maisaceitaremos um ministro daEducação vazio de defini-çóes que a hora presenteexige, que continue a fazerconferências, a fazer pro-nunciamentos, a anunciarteorias. E só. Estamos_ can-sados das acomodações eartimanhas com que há tan-to tempo nos procuram lu-dibriar. Conclamamos os co-legas universitários da Gua-nabara e do Brasil a se uni-rem com os colegas que aquijá estão, dando mais umademonstração de unidade ecoesão desta nossa luta rei-vlndlcatóría".

Já na terçe-feira. segun-do dia do acampamento,subia a mais de trezentos onúmero de universitáriosacampados, sendo grande aporcentagem de moças. Oacampamento funciona *-¦¦horas por dia. As refeiçõessão servidas pelo Restaura»-te Central dos Estudantes,da UME. A dormida é feitanum sistema de revezamen-to. nas barracas e naa poi-tronas localizadas no «-gundo andar. O Centro Po-pular de ÇuJtura. vem.en-cejbando no - lifcal. dlvtrsaspeças sobre a reforma nnl-versltárla, além do "Autodos Cassetetes'1, que é umasátira à violência da políciado governador golpista Car-los Lacerda.

NOS ESTADOS

Outra providência tomada,logo após a concretizaçãoda "operação ocupação', pe-los líderes da greve, íoi ade comunicar imediatamen-te aos comandos estaduaisdo movimento a realizaçãoda medida.

A greve prossegue firmeem todo o território nacio-nal. Náo há o menor reces-

so. Em vários Estados no-vas e ricas Iniciativas er.-Uo sendo postas cm prr-tica n» luta pela efetivaçãocie um terço de alunos nosconselhos universitários,conselhos departamentais econgregações.

Em Mo Faulo vem sendoutilizada com ótimos resul-tados a tática dos comícios-relâmpagos. Também a re-presentaéao de peças tea-trais onde são utilizados oamétodos obsolrUa. de ,ensl-noiriatendd

O movimento èm SioPaulo reivindica também •federallzaçao da Unlversl-dade do Mackemsle • o afãs-tamento do professor Ale-xandre Correia Filho da cá-tedra de Direito Romano daFaculdade de Direito daUniversidade de São Paulo.

No Rio Grande do Sul, osgrevistas realizaram na úl-lima semana grande passea-ta, no decorrer da qual pro-moveram o enterro slmbóli-co do reitor da unlversida-dt.

dos obsoletas... de >ensl-. m-ssxútiámtâ'' -a*»dos c*tc<ftit.4**, ix -í grande efeito. Wi%

IWtir4a.il tlMWC**) P*rt Bi - utniliiut sendo««rito m Orno», nos Wtt*mo* t«mp<>*. •*"¦ ••õ'° l *"titulo na historia <t lutacampo*1-'1* pfla urrt* odtrtlteUiKia «t>t latraitr*pobre* liara imptdir o rou*Du df •<*•« urras- A« fi|U*rtt centrais de**a luta «àooi pon*::.-* e o» anturot primeiro*. reprv>tntanduo prosr***". r i.» ftttundoi.oatraio do lalilúndlu v dosrritos ttudalt

Portueaiu, mumciplu »i.maio no médio Ooitt. romII mil habitantes e umtprodu-tn roroavfl dt trre?e milho, capa» de aumrniarrapidamente, em virtude dafertilidade de suat terra»,e o novo eenirio do cito*"flor entre ot eamponcws eo* ladrôet de terra, ehoiueque tende a ampllnr*»e namedida em oue at ms**8t.rurat» do Eiudo adcdrrm,„:,* ¦•.'•i-i.* de 'tia* fdreat.Poranitatu é mait um fo-oda lula que !* ae «rn*» emfbrmoso Peixe. Vale doParanS. Alvurrda. Juí-

,.rt Salaelnho. etc

OXIGf NS EOESENVOLVnMEN.CDA LUTA

A luta vem de longe erecrudesce no período da*colheitas, como ago"* A*terras de Porangatu forammedidos em 1W7 pelo go-vérno de então. Teve inicioum protesto de entrega dcterras tos posseiros, que.por pre Mao dot grilei-ro»-l3tlfundlár.o.t nào foicompletado. De vez emquando, a partir dessa épo-ca. ocorriam choques es-pai.*os. Hi seis rae^es. maisou menos. íot assast-inadoum posseiro, e. em revide,foi íe-ldo um grileiro, umtal d'Abadla. que apavora-do fugiu da região com seuscapangas.

Na área ocupada petas800 famílias dc po«sclro»ique o governo goiano ln-slite cm dtrer que são apr-nas 20. qualificando os de-mais de "Invasores"' hauma área de 60 alqueiresgoianos de terra de-voluta.Como é natural, os postei-ros desejam lnco-parares.sevazio econômico ás suasterror. Mas com isso naoconcordam os grileiros, queaspiram a roubar não so os60 alqueires, como tambemo terra Jà ocupada peloagrileiros hàmtls de 10 anos.

Os posseiros sabem que a'ocupação dos 60 alqueire*.^ls£«ril«lls>s fortalecera a

****-»*****MBS y.'^'.yWMMY*WMLmWtQw}Sm M0

rS ¦ .«'•.• <*Sf *l

hmvh '^'(!9^9I

rV +**Í^*&íM WM

I kil' *m K

^E mW 'Z+TP&mm

,^WmVmtm\

Mune' tü :At m>i&v'M WÀi&W WM*>&xmF

mS%rtilrW que'durantealgum tempo vacilaram. r«-icíveram ultimamente ¦ pas-sar à ação contra os campo-neses de Porsngotu. Depoisd> aliciarem capangas, pas-•aram a provocar os pos.teiros Há cerca de um mês.um camponês jovem de 21anos. dc nome CelestinoFerreira, saiu de sua w»par» ir à feira. No meio aocaminho foi assaltado porjagunços dos grileiros e as-losamodo. Os jagunços cor-taram a hngua e uma ore.lha do defunto para pro-var aos grileiros que o «ser-viço» estava cumprido. Trêsdias depois do assassinato,chegava à área dos 60 ai-

Sueires um caminhão cheio

e montimentos e homensutra ocupá-la em nome dosgrileirot. Maa on campone-tm estavam vigilantes econseguiram, com uma armaprimitiva por êle» mesmostabricada. atingir o cami-pago « ferir dois de seusocupantes, que foram, as-sim, cíirigtdos a bater emredrada. Os grileiros feri-doa íorsm Sebastião Lopes e.teu llliio.

O ato seguinte, e umanovo oçao dos grileiros: dei--¦a vez seus capangas, apro-veitando a ausência dos pos-serros qne estavam no tia-balho, atacaram ranchoscunposeses, queimando-os.Nessa ocasião, foram moi-tos velhos indefesos, entrees quais Celestino Ferreirada Paixão, Balbino Correiade Oliveira e Joaquim Me-deiros. A Federação dos La-vradores e TrabalhadoresAgrícolas do Estado deGoiás protestou pübJicamen-te contra este ato de vanda.lismo praticado . pelos gri-leiros. Outros dois possei-ros, que afrouxaram a vigi-lâncla e se afastaram dosseus companheiros, • foram

>4jMundti§ d.< (-.!*• m umsinpo o> f«ií*ngí* t> meou.ertdoa num» rapei», N*manha w*ii.ulnie lotar»'- t-.a.i-: , lonm m dU »••»sons.0I6ANIIAM >t OIr-CSSDtOI

u§ pmwlio* nao têm Wu.íú.»-, ihbem nu* enfrenlimmn inlntíBU iw*t e <ero«*«i«r I»**». •»•(.>» dmovl* •»«•tOS pilinelr»» t*Haii»iiiu»»*>

. Ji.:.. a utii,mi/.*r »»ro*pMtuetea de conbtlt. A•n, Irente e*ti*o o* rlnlgen.in itts A»socl#,fle* Catnpo.n *m» uc S**iri!iiw, Anurtjt->.i o Caia Umt*i. »ymaii»i.«*(ht pur um velliu e eapen.uno luiiuloi Jo»* tíwual*\t?s. um mltiu dt» iaii*»«*tcíio e laviaoor, lium* e in.•..!.....' llljtl tt»|H?tlU IUS-i,i « sá mun iilii, |*. •*.- o »f

Nfio lu dúvi.l4 de que «»|Hi«»ciii.» levam uma ite».v-anltgem; -nas aun«» imuem menor quantidade e Iníe.riutes as •!¦•* grileiros, A*êui¦ii. ... nfto comam, tomo «'•-•te*., cum « ajuda de uiüit..»auimiittukti. Tem. i•¦*»* '*¦ a

.-. favor 4 > • --iífJade «'ali.v u*.i ii-.ii.- '¦¦ !"¦. '¦:-. "lucnl e po^iinn ms-urw o«polo decidido dos |m»ic!h,«uns icploet límiiioie», comuos dc Formoso.OS GIIIEWOS E SEUSCHEfES

A quadrilii.i dos ;:-•.•:•-d.* fuiangatu >• . ii.-i... •¦• pt»Io Juiz. Cllio RodrlfiUCí.. epelo prefeito. Moarir Hlbel.in d«í Frelta*. O juiz. queao ui-uptir o M*u |h.siw t-iuum ;i..ii.- rapaz, que núnenteve legalmente ...... i <-¦¦¦oe ivndn o nio ser .*>eus ven.dmentos, e hoje um grandelatifundiário. poMUilUto. se-gundo inl«rnuun na regiãn.cerca de íris mil alqueires deterras na Fazenda Capivara.Possui também um pnlooete.que afirmem ter cusiado ümilhões e sei o maior da re-••ifio. O dlnhclr» porá tudo Is.»o. é claro, foi conseguido norendoso negócio da g.ilngem.

Ksistem outros grilciro>imporiantcs dcniie os quai.»se deve destacar, poi.i papelque desempenha, o chefe doPSD em Poniiigaiu.O MOVIMENTO DESOLIDARIEDADE AOSPOSSEIROS

Logo que se espalharampelo região as noticias daluta em Porangatu, come-çpu a organizar-se' ao Es-tido. um amplo movimentode-solidariedade aos possei-ros. A Associação de Itum-Mora. numa assembléia aque compareceram 300 cam-poneses, resolveu que se vol-tar o correr sangue em Po-rangatu serão enviados vo-luntários seus para ali. Re-soluções semelhantes estãosendo tomadas nestes diaspelas 16 associações filiadasa Federação dos La-vradores e TrabalhadoresAgricolas do Estado dcGoiás iFLTAGOj.

O movimento de solida-riedade ultrapassou as lron-teiras do movimento cam-ponés e já atingiu a outrasclasses e camadas. A opi-nião pública do Estado co-meça a ser ganha para oscamponeses. A Federaçãodos Trabalhadores na In-dústria, a mais importa»*.

oata«* i» e»U in'ffiada twinotliiunio d* solidai ledo*rte aos po*.*rirot de l-ottn*(„¦.„ Mert<*. potrm. «Mt»*ôue rsiwial o trate»»*» dotestuasine». que. ttlúo »>»*mas de «• -¦¦¦¦* ,•'••"* stnhandu a timpai»4 dopu.o iwrt o* P**'*1*?? 9iiaballiu do ar^mto II deMtlo .rtruldádr de Ulrri-to', da Ü*K e d» Aporia*çao du» fJríUiid»rt»ta» WM»ido n.tenw nos .01IHBM«IM» o Oiêmto II dr ÜMOentiou um «titerradw aola-sl da lula para vltlar oaefto doa autoridade» e de*nui.clar. t*e p.eclto. qual*qual uitiUri*ríc:*ade que *c*nha a ser eometidt contrao> poiwiiwt* Foi..m p.tmra*m^imT em conjunto, aluitniblií"»' em Oolánli de »o-Itdnriedado art» mm*»»»!»»**»**.

Im Fun*.iu*i». r*» emp^ne-sei dir.stdiH p;ir Jw*e "'r"l.río fâSo atenie* e ja •**•mecrom. dentro de mib<iioí»ii)llirla*V**. a ajudar r.euiIntifiM de Peranratu.A ATIIUDE DO COVCRNO00 ESTA30

Aiaun» n.nniiroí du Oo-verno cjiadual tem inustra-do »ut timpatia pau cun(•« camponeses d»» Porom*»*tu. Oiitro». porém, nâo •»•condem seu apoio aus uri-le:ras. Knlre ot primeiros <"••tt o secretario do Trabalho.tr. Erides Ouuivn <•> que«•pos uma viagem o tuna oaluta declarou: "Volto revnl-tado com ns açii» pratica-das por prvienao» duuo*. «iaFazenda Santo Aiuóiuo. áreapara a qual Ia loi solicitadauniu sç.-u díscrltntr.atorla afim de retwlver dlrcilat le-giUinos de posseiros que ali«•suo de 5 a 40 unos. noamanho honroso da terra".Entre os últimos, está o ae-creUrio de Segurança Públi-

m, que «m i« ttfufçaniír»imm l»t»ra» «*«> »«*lo»dw» m*iwliew n»it»»ar rontr» m p • •M-inn. H*siir*t« qae por pm-*..r ii..» siilrifuv ai au'*'»••dadM -.,....»»* rnviaraiti m»it.t IO de juntto. para !¦•¦•nneatiiu, uma tórea f**li**»alde lod •.:-..:-

ii.-'.. «aber qual a tlítii*dr que at-umtrt o goier*Mdor Mauro Dorcet em Ia*tr au roniliio Ot dineeniesnmpottiMi e t» fõi*»s ne«r-iun.*' •' de Onia». rmbo*n iu • - -M-iiü'— em ' ¦• •taleeer a t» • -. *•> dos eampo-*netet. < ,.¦; •"- que a drel-*fti» do Governador teja et,'*rente com a atitude a*;u-rnida por él* no cenário po*liilco nacional, eomo umdo* lideres dot corren.espr***rew'«.as,

83o ftstet os faro», Bem*»lfrrr"»'e«. nortanlo. e»i enetem dHf» oseorretnordente»ii» írí*..eUreae*r,,»i riot cor--»-OOIibs" eo-E^ado de 8.Pauto". 0*vi*e eles vt*o»c-imoone*et InttlROde» por••inliedoret comiin'*ta«". o«ur evltlr na realidade, ai1»trabalhadores da terra dis-p.*«tot a drfender *ua pro-nricd**'** e**nln a •**••»*»?li\<W*M*rt\ e»» i"*»t oe-(Pilhad« ladróet de terra.

Feijoada emhomenagem a .Roberto Morena

Por motivo de seu «0°aníverstrio. o veterano dln-gente sindical Roberto Mo-rena será homenageado, nopróximo dio 7 dc Julho, comuma feijoada que lhe seráoferecido pelos lideres sindi-cais e trabalhadores cario-cas. no Palácio do Mettldr-gleo.

w^ç^ V,*--— -*

**<* ""'*

jSP VAI AOCONGRESSOMUNDIAL: PAZ

Com a presença de LuizCarlos Prestes, deputadoCid Franco e o professorMário Schemberg, entre ou-trás personalidades, reali-zou-se segunda-feira, 25 dejunho, a solenidade de apre-sentação da delegaçãopaulista que Irá ao Congres-so Mundial pelo Desarma-mento e pela Paz, que sereunirá em Moscou de 9 a14 de julho.

A cerimônia, que super-lotou o Teatro LeopoldoFroes, íoi presidida pela cs-critora Helena Silveira, queem seu discurso conclamouos povos a fraternidade.

A delegação foi organiza-da pela Comissão Paulistade Apoio ao Congresso Mun-dial Pelo Desarmamento ePela Paz, que reúne cente-nas de personalidades, entreparlamentares, intelectuais,lideres sindicais e estudan-tis.

TEATRO PELO ENSINO EM SAO PAULO VEm São Paulo também' à greve unlvarsittrlt ganhou, os

ruas. Os vícios e os características de privilégio do ensino' superior, que vedam aos filhos dos operários a oportuni-; dade de ingressar nos faculdades, vêm sendo apontados pe-

los estudantes nas praças públicas. O arcaico t apodrecidosistema universitário discrimintdor e tlltntdo Ttm tendosatirizado e combatido por todo o estudtnttdo, coeso e'firme na stia denúncia. Os estudantes querem t presença ;dc um terço de colegas na composição doa órgãos adml- \nistradores e deliberativos de suas universidades e íoeul- 'dades. Por isto lutam c irão ate o fim. O teatro vem sendoum excelente portador do protesto estudantil. Na EscolaPolitécnica da Universidade de Sâo Paulo, doze alunosestiveram reunidos uma noite inteira. Pela manhã tinhamconcluído uma peça "gozando" a vitaliciedade da cátedra 'e desatualização dos professores. No mesmo dia a peça eraapresentada, com enorme sucesso, nos jardins da Facul-dade de Medicina (foto); ponto inicial de um giro portodas as faculdades da capital bandeirante.

CÂMARA DEVE ANULARLEI REACIONÁRIA DO SENADOSOBRE REGISTRO DE PARTIDOS

injustlíicadamente, a Co- :missão de Constituição eJustiça da Câmara monte-ve um dos dispositivos rea-clonárlos do Senado: o exi-liéncia de que, para regís-trar-se, o partido deveráapresentar listas assinadas "por 250 mil eleitores.

E uma exigência reacio-nária porque, nas condiçõesatuais, uma tal mobilizaçãode eleitores representariaenormes gastas que sònwn-te os partidos poderosos, dasclasses dominantes, podemefetuar. Sabe-se, além disso,que existe coação contra se-melhante coleta de assina-tura para os partidos jiopu-lares autênticos. Trata*-se,portanto, de uma medidaque a Câmara está na obri-gaçáo de retificar, co-.noóigãi, de representação po-pular que ela deve ser.Ou a pluralidade partidáriaserá mai? do que um mito,uma hipocrisia.

A Comissão de Constitui-ção e Justiça da CâmaraFederal rejeitou, na últimasemana vários dispositivosdos mais reacionários intro-duzidos pelo Senado na leique institui a cédula únicae modifica uma série de ar-tigos do Código Eleitoral.

Conforme já assinalamos,tratava-se de medidas emi-neu temente antidemocráti-cas, destinadas a impedir aorganização do.s partidos po-liticos populares, que r.áocontam cooi o.s recursos deque dispõem as organiza-ções partidárias da grandeburguesia e do latifúndio.

A Comissão referida con-denou a exigência de queos partidos, para serem rc-connecidos, tenham um mi-riimo de 250 mil eleitores,ó mil por circunscrição oupp'o monos 4 representou-tes no Congresso.

No entanto, inexplicável e

4

Congresso Nacional de BarnabésReunir em Belo HorizoniVai se

Vitoriosos na campanhapelo reajustamento de seusvencimentos . e vantagens,os barnabés movimentam-seem todo o pais, preparando--se para o IV Congresso Na-cional dos Servidores Públi-cos Federais, Autárquicos,Estaduais e Municipais quese reunirá de 9 a 13 de ju-lho próximo, em Belo Hon-zonte, no auditório da Se-cretaria de Saúde e Assis-1têncla do Estado. Um dosgrandes objetivos do con-clave é a conquista do di-reno de slndicalização *parao funcionalismo.

O engenheiro Carlos Tay-lor, presidente da Coníe-

deração Nacional dos Servi-dores, entidade que promo-ve o certame, falando à re-portagem de NR. declarouque a importância do con-clave pode ser medida nãosó pelos assuntos que de-baterá, mas. também, porse rcaizar num período pré--eleitoral, durant" o qual seíaz necessário que os ser-vidores públicos expressemclara e inequivocamente opensamento da classe sobreas suas próprias reivindica-ções, e exijam dos cândida-tos a cargos eletivos pro-nunciamentos concretos eó-brr os problemas do fundo-nalismo.

DELEGAÇjÔES

Após salientar o necessl-dade de se intensificar, emtodo o território nacional, ostrabalhos de preparação dasdelegações que participarãodo IV Congresso, de deba-ter e aprovar ss teses a se-rem apresentados em BeloHorizonte, o engenheiroCarlos Taylor declarou quacerca de 500 servidores te-derais, autárquicos e esta-duals da Ouanabara deve*rão seguir para Belo Hon-zonte. para participar doeon.clave. Do Estado de SãoPnu'o. segundo Informou,deverá seguir uma delega-

ção com mais de duzentosmembros. Numerosas dele-gaçôes também estão sen-do organizadas na Bahia,Pernambuco e outros Esta-dos. No Estado do Rio, emconvenção programada parao próximo dia 28, será es-oolhlda o delegação flurnl-

¦ nense oo conclave nacional.

. TIMAMOt o seguinte o temário do

TV Congresso Nacional doaServidores Federais, Aulár-quicos, E*tí.d'jnls e Miuii-clpais, que se Instalará emBeto Horizonte, no próximodia 9:

I — Organização da cias-se de servidores públicos:

1) Medidas práticas vi-sando ao fortalecimento or-gánlco da Confederação, d"sFederações e Entidades Na-clonais;

2) JStndlCttlizaçSo; a) es-tudo da legislação sindicalbrasileira ^e estrangeira; b)estudo dos projetos e propo-slcôes em tramitação noCongresso Nacional; ç) for-ma da organização sindicaldos Servidores Púbicos Fe-drrr;?. Aiitárnulcos, Esta-duals e Municipais, tendocm vista a unidade de classe

c as suas características c.i-pecífícás.

II — Defesa dos direitosdes servidores públicos:

aj Remuneração do tra-balho: b) Plano de Classi-ficaeão, . sua aplicação noâmbito Federal e extensãode seus princípios no âmbitoestadual e municipal: c) iíe-pulamentação dos direitos evantagens estabelecidos noPlano de Classificação taiscomo: gratificações por *! -co de vida c saúde insalu-bridarie e tempo intv-iH'r?ed?r>ta'-ão: di Aposenta-doria: e» Outras reirinc'1-cações dc interesses dos ser-vidores públicos.

III — Previdência e As-sístència Social:

ai Participação dos servi-dores, através de suas As-.socíações na direçáo doI.P.A.S.E.; b) Seguro de vidae contra acidentes; c) Cie-ches e restaurantes nos lo-cais de trabalho e conjun-tos residenciais: d) Arma-*zéns reembolsáveis ou eco-perativas; c) Assistênciamédica, odontologia e hos-pitalar; f) Ajuda às Enti-dades de servidores públi-cos para desenvolvimentode seus programas de ativi-dades sociais; g) Colônias deférias; h) Empréstimos «im-pies e imobiliário. /

Page 3: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

— lio d» Jontiro, itmono ém 39 dt (unho o 5 ém julho dt 1902 — ¦ NOVOS RUMOSy

3 -

I

Km mm momento como o •lu-.l. quando « «tidtnte ofra-ro-a» «• wlnic. u*«tU nt urre*, diu veihu mUu-•ura» • M in*»«alJi* a e<j».itt4o da qu« • nse**»«.rtO um•tf-OFoder, *MÍ«**nâJ>-»« »Mim 0 PfOCWO ie*umci««»à.fie, 4 MMHiWf compreensível qua m meinm m luta«¦ M tlím-rtMlaa tdeotógmi • poitUru. I qm ttu h tor*nando cada «Ua mal» sentirei o problema do podor. De«fl» W40, H forço» caducai da mriMada procuram encon*ir«v ot inaioa para conservar en» IUM mane o pt-ter Deoutro lado, H mrçM pragrw«lilM • rev«li»eton»rt»i m tm*pcnha-n tm buscar os caminho» qu* lerem à instauraçãode um noto poder político. nmt> «Ire* k nação t m povo.Riu-e «mi doU sli-ems» de força» eaiiie, naturalmente,um completo sntagonuma

Dada» m «ireunittnciM *m que te trava éwe com*Mie. e compreensível lambem que existam conl-adiçõet tíe».tro de cada um do* dota campo* em luta. No tampo da»riaMet dominante* há oa grupoi mau eatremadu* qua pre*tendem reoolrer todoa o« problema» através do terror po*lidai, t oa mipoa que, embora nio renunciando à vtoltn.cíb. consideram indispensável admitir certa* reforma* par-dal* como condição par» a aobreviiéncia da odtofoa prtvl-i niu>. KnquanU) o* prlinriro* agem aefmndo o lema "ludoou nadaH, o* outros peniam, como disi» há poucoa diaarom lôda m clarc«a o "Jornal do Brasil", que "è melhorperder oa anel* para conservar o» dado*". A* tua* dlacrt*panela* alo em torno do que é preciso laser para preacr*var o poder da minoria.

Entre a* íôrçaa progressista» e revoluclonirlaa. tr.\'-tem também, sobre certo» problema*. pontos-de-vista dl-Tenente*. Há uma concordância geral acerca da que t ne*cessado libertar o Braall da dominação imperlaluta nor*te-amerleana, acabar com o latifúndio • reallur umareforma agrária radical, elevar o nível de vida da* ma*-«a*, assegurar o* direito* do» trabalhadora» * do povo aconstituir um poder que «eja um servidor da esmagador*maioria da naçáo e náo. como hoje, de apenaa um punha,do de privilegiado*. Apesar dlaso. entretanto, há no cam*po formado pela» força*, nacionalista* o democrática* pon*tos-de-vtsta nem sempre coincilenies. principalmente noque se refere a questões como oa Instrumentos e método* deluta. a poslç&o da* classes social* na direção dessa luta.a ordem de prioridade dos problemas que derem ser en*firmado-, e resolvidos, etc. Náo pode surpreender a nln-guém a existência de semelhantes divergência* na frenteantilmpcrlolUta e antifeudal uma ves que dela partlcl-pam diferentes classes sociais e diferentes forca* políticas,cujo grau de conseqüência revolucionaria varia, cuja ex-pertencia nio c a mesma e cujo* objetivos, a longo prazo,sito diversos, t por isso exatamente que a frente única con-tém dois aspectos, Isto é. a uniáo e a luta. O dever dos re-voluclonários é trabalhar sempre visando ampliar e con-solidar a união. A luta na frente única devo «atar subor-limada a ésse objetivo.

Um exemplo de como as forças ou peraonalldades queintegram a frente antiimperiallsta e antifeudal nem sem-pre coincidem em seus pontos-de-vista, e a palestra pro-nunciada pelo deputado Francisco Juliào durante as co-memornçôc* do 46.° aniversário do CACO e publicada em"O Semanário'' de 31 de maio deste ano. O parlamentarpernambucano, cujo nome se projetou naelonalmenU II-gado à aseensão do movimento camponês em nosso pais,faa afirmações e formula uma «erle de teses com a* qual* náopodemos de modo algum estar de acordo. Trata-se de te-

Íses

que, sendo errôneas no plano doutrinário, repreeen-tam uma interpretação deformada da realidade brasilei.ra de no «os dias e, por Isso. causariam prejuízos à luta.rm que está lançado o oovo brasileiro, caso fossem acei-

i t :. O rcepeííi) que temos pelo deputado Francisco Juliàor.',o noa pode Impedir — ao contrário, exige de nós —ca falemos (rança e abertamente. Náo pretendemos im-Çir-lhc os novas pontos-de-vista, mas nos encontramosciente da necessidade de esclarecer posições, acreditandoque ay-im se possa dar novos passos à frente no caminhoda unidade."~^ Em sua palestra, afirmou o deputado Francisco Jn-lião que é possivel neste instante no Brasil "aalr para arevolução socialista."./! pena que uma afirmação tio se-ria tenha sido feita ide maneira tio •uperfldal. aem queo seu autor explicasse aa premissas que o levavam a essaconclusão nem esclarecesse .as conseqüência» t. qu» sem»-lhante tese pode conduzir, j De qualquer maneira, entre-tanto,' julgamos que ela enterra um gra** erro. 8e. porventura, o movimento revolucionário braatleiro foaae aeoriente» por tal •*concapeáo. os resultados aeriam profun-damente r»i-ÍToa.,,Tsríainoa então, no piano attoaUgto». d»considerar tam» «hjatlvo» fundamentais nio a elimina-çio do imperialismo norte-americano o «eus agente* e •latifúndio, mas a elimlnaçáo da burguesia brasileira comoelasw. A contradição principal a resolver Imediatamenteem nossa sociedade seria a contradição entre o trabalhoe o capital. Do ponto-de-vista tático, teria de ser postade lado a frente única antiimperiallsta e antifeudal e suba-tituidos os processos e as formas de luta. A politica deampla aliança de classes contra o Imperialismo, os en-treguistas e a oligarquia latifundiária daria o seu lugara uma política de estreiteza e isolamento.

Corresponde Isso à realidade brasileira? O que ae dáé que as etapa» da revolução não podem aer caracter!-sada» mediante critérios voluntaristas, segundo os nos-aos desejos ou Impulsos momentâneos, maa sim levando-•te em conta toda uma vasta série de fatores de ordemobjetiva o subjetiva. Quem não agir disse modo cometeuns leviandade e se lança numa aventura, cujo resulta-do inevitável será o fracasso, t exatamente a considera-eão daqueles fatores que leva a se caracterizar a revo-lução brasileira, na presente etapa, como uma revolução

Ti Eeses errôneas e iNocivasNGiocondo DIll

anuunpemlM* • anultudal. nacional t demorraitc* b*a revolução, na (a*e atual da seu desenvolvimento. »-¦-«ocialUta a contradição que primeiro teria de *#r re*rida » a que existe enire o proletariado e a burguesia >a primeira exigência, imposta pelo grau de agucamemnd*«sa contradição, seria a Mwialuaçao de iodo* os mem*.da produção fundamsn.au. Entretanto n,*» contradição— que existo e se desenvolve no seio d» sociedade brasi*letra a que se exprime na* vária* forma» d» lute d* classeentre operários » eaplUHslaa — nác exige. »*•»».» suasuperação de maneira radical. I*u> e. a •aoclatliaeto dmmelo* d» produção, a eliminação da burguesia e a instau.ração Imediata da ditadura do proletariado. Há, porem,outra» •eontndlçoM que exigem, agora, uma solução Ina*dtávet o definitiva, como uma Imposição do grau de agu-çamrnto que J* aunniram. Trata*se das conuadlçoea tn*tre a nação e o Imperialismo norte-americano e seu» agen*te* internos e entre a* força» produtiva» em desenvolvi*mento e a* relações «emifeudal» dominante* na agricui*tura.

Re rnrampeiv-**mos a lese exposu pelo deputado Fran-cUco Juliào tenainos de subverter a ordem de prioridadeque exute entre as contradições atuante* na sociedade bra*..eu. \i . dizer: paasana a ser pnnclpat e determi-iu me a contradição entre o proletariado e a burguesiae se rolocariam em plano secundário a* eontradiçAe» como Imperialismo e o latifúndio. Não é difícil perceber o*enorme» prejuízo» que resultariam dai para a revoluçãorm nosso pais. Rm primeiro lugar, estreitaríamos o cam*po revolucionário, submetendo-o a uma radicalização ar-tiflclal, e simultaneamente alargaríamos o campo lulmi*go. Em segundo lugar. Importemos à revolução brasileiratarefai que náo ae acham ainda •uflelentemente madd*ra* e que, portanto, catio eelma de suaa forças no mo*mento. como a imediata socialização do todos oa melo*de produção fundamentei», finalmente, em terceiro Iu-gar, teríamos de concentrar o fogo num alvo que não é.atualmente, o principal, deixando portanto de convergiro ataque contra aquele» inimigos que sio, de fato, osmal» importantes. Parece ficar evidente, assim, que a fra-seoloda ulira-revoluctonária em ves de aervlr i revolu-ção defende, na prática, uma política errônea cujo re--ultado. mesmo que sejam outras a» Intenções, «ária tor*nar mala fáceis aa coisa* para o» Imperialistas, oa entre-•mistas e oa latifundiários, dificultando desse modo W con-qulste, efetiva e não em palavras, do socialismo, qu» é o

.objetivo ao qual subordinamos toda a nossa lute,f O deputado Francisco Julião afirma, em sua pales*

tra, que se pode no Brasil, Já agora, "sair para a revo.lução socialista- devido a que "é possivel dar-se o salto,queimar •tepaa". Há aqui, sem dúvida, uma enorme con*fuaioj t certo que, na história da revolução, existem exem-pio» d» naoBea que. em circunstâncias especial», "quei*maram etapa»" na paaaagem ao «orialteno. Na União 8o-vletlca existem nacionalidade» que passaram dlretamen*te do feudallsmo. o até de formações mate atrasadas, parao socialismo. Mas lsao foi condicionado, historicamente,pelo fato do surgimento e consolidação do poder sovléti-co. isto é, da forma de ditadura do proletariado Instau-rada na Rússia, nos centro» decisivos da vida econúml-ca. política e social do pais. A ação do centro Já náo sefazia no sentido da contra-revolução, como antes, mos nosentido de ajudar os povoe mais atrasado» do pais a en-eontrar aa mesma» forma» de vida vitorio*»» no centro.Não pode av esquecida eaaa peculiaridade.

Aereditamea, porém, que • deputado Francisco Juliãotem em mira uma experiência mala recente » geográfica-mente mala próxima do nó»: a revolução cubana. 8» Mrassim, oomo pensamos. Incorra • parlamentar pernambu.cano em outro erro, desta ves interpretando falsamentea experiência eubana. Não 4 verdade que em Cuba te*nham aldo «queimada» etapa*". Ao contrario, a revolu*çio cubana, cuja importância nunca 4 demais reesaltar,percorreu etapa» distintas, perfeitamente eaneterteadas.Até fln» delWO eeomeçoa «a 1.961. ela foi definida, fomt*í*.A preeMo, mwppeteióUea • demoeráâee, na^ossai-uaoraaoer* o .(programa do FSP, aprovado em «ua VHZ AaaemhlélaNacional, em agosto de 1960). For qu» nio era definidaentão como uma revolução socialista? Forque aa tarefa»que tinha a enfrentar e os objetivos que tinha a atingir,naquela etapa, se situavam objetivamente nos marcos deuma revolução antiimperiallsta e agrária antifeudal. Sómais tarde ela passou a ser caracterizada como uma re-volução socialista, Isto é, devido ao fato de se terem es-gotado no fundamental as tarefas da primeira etapa eterem surgido, nesse processo, tarefas e objetivos que jáse situavam nos marcos socialistas. A experiência cubanaconfirma que para entrar na etapa socialista 4 previa-mente indispensável expulsar o explorador estrangeiro orealizar a reforma agrária. Houve, portanto, etapas dlstln-tas, com tarefas, objetivos e métodos de luta distintos. O queo deputado Francisco Julião parece não ter entendido éque se deu uma transição rápida de uma para a outraetapa. Isso, entretanto, não significa qu» as etapas náotenham existido, nem que a luta na primeira etapa tenhadeixado de ser conseqüentemente revolucionária. Uma coi-

*a é g n.;".ci...» da«r;«•.»., outra col-a è o ritmo de suawniiíH-. ji. a» etapa* nào podem ht suprimida» ....«.«.¦i«ri*mtMf. lambem i» ritmo* de transição náo podem=<¦; arbitrai lamente pie.drirrminac.ai. lua deptnd» da dt*itimira da rtvuuçáo, da* condiçôc* históricas concreta*nn que aluam *- leu da revolução. De modo geral ¦ - eesta ô uma dat valiosa* experiência* da revolução cuba*ii» |«w.i- i afirmar que no* paiives cm que as força*ritoiui ..n. tenham coetào e atuem rom firme/a,dt'igiut.0 lealmente as ma*-»»- trabalhadora» e popula.rt*. os ritmos de traniiição serão vclete*. Ai rondiçôt*....< n.4....1.41. de in- -.a época contribuem para iuo de ma*nelra decisiva. 14as stna um dcsast.r para a revoluçãoso a* força* dirigentes, nio tendo clareza sobre esses fe*nómenos, prelendoiem por volunterismo suprimir ela*pas. Ho o* Ingênuos podem imaginar que ot teus desejo»¦•*<» mait fortes que a* lei* social* objetivas, mais forte»que a própria vida.

D» pastagem, é necessário esclarecer que, contrária*mente ao que pensa o deputado Francisco Julião, o fatode compreender que existem etapa» no processo revoiucio*nario não significa admitir que a revolução antilmperia-luta e antifeudal em nosso umpo pertença ao mesmotipo d» revoluções democraUco*bu*iuesu do século pas-sado, qu» te processavam para abrir caminho ao capita-iitmo. Então, o capitalismo nascia ou ao desenvolvia Im*petuo-iamrnte, enquanto agora, como alstema, êle cami-nha para a «epuliura. Ao contrário ainda do que pen»»o deputado FranrUeo Julião, a maior on menor rapidez dosiitmo* de iramiçáo náo depende tanto *ie um pais qual-quer powulr ou nio colônias (Cuba náo só não tinha co-lonlo*. mos era uma semlcolónia dos Estados Unidos».quanto da realidade hoje exUtente e~n nosso plunei*: oavanço do sUlems mundial do socialismo, o enfraquecimentoIncessante do capitalismo como sistema mundial, o des-moronamento ão sistema colonial do imperialismo, a as-ren<ão do movimento de libertação nacional e do movi-mento operário c revolucionário cm todo o mundo, inclu-aive na América Latina e no «Brasil.

Mais confusa e extravagante ainda é a tese do depu-tado Francisco Julião quando êle passa a opaiar sobrea posição e o pspel das classes aoclaU no Brasil. Quantoa burguesia, não tem aparentemente uma opinião firma-da, llmltando-se a algumas ironias que nada esclareceme à Ingenuidade de dar um prazo (até o Congresso de LI-berteção) para que a burguesia decida se quer ou não"bater.se pela emancipação nacional". Evidentemente, dl-rlgentea revolucionários responsáveis não podem ter ae-melhante atitude no que se refere ao problema du rela.«¦"> s entre as clatscs sociais. No fundo. Io parlamentarpernambucano esposa o ponto-de-vista sectário, ultra-es-querdlsta, segundo o qual não existe uma burguesia 11-Kada aos Interesses nacionais, em choque eom os do Impe-riallsmo e. portanto, nenhum papel tem essa classe na,frente única nacionalista o democrática. Segundo novaopinião, ésse ponto-de-vista 4 errôneo, não correspondeà realidade e só pode trazer prejuízos á causa revoiucio-nárialA burguesia 4 dúpllce e vacilante, tendendo a con-•ciliar com o lmpariallamo e o latifúndio. Mas suas con-tradições com o imperialismo e os restos feudais são umdado concreto da realidade que não pode ser Ignorado.Fatos como a relativa resistência à Standard 011 ou àaprovação pela Câmara do projeto que limita as remessasde lucros comprovam a existência dessa contradirão, sãouma atitude positiva diante dela. Cabe-nos é eompreen-der bem o caráter da burguesia, e, assim, prevenir-noscontra duas falsas tendências: a ilusão de classes, queconsiste em esperar da burguesia mala do que ela podedar, e o sectarismo de negar que existem contradiçõesentra ela e o imperialismo, recusando-lhe qualquer papel,por menor que seja, no bloco daa forças nacionais e de-moçrátlea».

No que dia respeito ao proletariado e ad eampeslnatoeão também profunda» aa tacotnpreensóes manifestadas-pelo deputado Francisco Julião. Acha éle que "é possivelsair para a nvoluçio socialista eom o eampealnato á íren-to". Arma ainda «que ^quando a luta ae inicia no campoela toa». Imediatamente, caráter político, o que nio ocor- VmVbBBÇtUSSSi

o processo revolucionário brasileiro e conseguirá ln-fluir para que a classe operária ae assod» i luta." A quelevam semelhantes teses o eoncluafies? Primeiro: o cam.peslnato é a classe mais revolucionária e a sua lute (pelaterra) tem desde o Inicio um caráter político (socialis-ta?). Segundo: a classe operária tem Interesse apenas noaumento de salário e só participará na luta pelo Podersob a Influência dos camponeses. Terceiro: a "revoluçãosocialista" será desencadeada e dirigida pelos campone-ses. Seria difícil encontrar tantos e tão sérios erros emtio pouca» palavras. /

Na apreciação "dê um problema tão Importante comoo do papel daa classes sociais no processo da revoluçãonão podemos fazer nem admitir concessões de naturezademagógica, assim como não podemos querer transfor-mar em leis universal» experiência» d» outro» países, alémdo mala entendidas de maneira superficial e mecânica.Quando e em que parte do mundo o deputado FranciscoJulião encontrou um eampeslnato que se tivesse coloca-do à frente de uma revolução socialista? 'Acreditamos

iiNota Econômica

Acabam de ser divulgados os primeiro»dados relativos ao comércio exterior do Bra-sil, em 1962. Revela o Serviço de Estatis-tica Econômica » Financeira do Ministérioda Fazenda que no primeiro trimestre doano em curso as exportações situaram-seem cerca de 271 milhões de dólares e asimportações em 359 milhões. No mesmo pe-riodo de 1961, as exportações foram de cercade 300 milhões de dólares e as importaçõesde aproximadamente 345 milhões. Obser-va-se, assim, confrontados os dois periodosde 1961 e 1962, que as exportações brasi-iciras diminuíram de 28 milhões de dóla-res, ou 9,5%, oo passo que as importaçõescresceram em cerca de 14,5 milhões de dó-lares, ou 4,2%. O déficit nos transaçõescomerciais com o exterior, portanto, quefoi de 45,5 milhões no primeiro trimestrede 1961, passou a 83,5 milhões no mesmoperíodo deste ano, isto é, sofreu um acres-cimo de quase 90%. Adverte o Serviço deEstatística Econômica e Financeira que osdados relativos ao último mês do trimes-tre considerado estão sujeitos a retificação,mas não de molde a alterar substancial-mente o quadro acima.

Importantes conclusões podem ser tira-das dos números mencionados. Em primei-ro lugar, caem completamente por terraas razões apresentadas na esfera do co-mércio exterior para Justificar a politicacambial iniciada com a Instrução 204 daSUMOC por imposição dos magnatas doFundo Monetário Internacional. Que se di-zia, com efeito? Que era indispensável adesvalorização oficial do cruzeiro para pos-sibiliter o aumento das exportações. Ora, ocruzeiro foi desvalorizado sucessivas vezes,os preços-ouro da maioria dos nossos pro-dutósde exportação aviltaram-se, cresce-ram em alguns casos as quantidades expor-tadas, mas a receita cambial diminuiu. Acada dia que passa, mais se Impõe a con-clusfio de que esta politica cambial ê pro-fundamente lesiva aos Interesses nacionais.A chamada "verdade cambial" só é verda-de para-os exportadores que ganham mi-lhões com a depauperação dò pais e paraos especuladores que ganham milhões nojogo do câmbio.

entretanto a queda das nossas expor-talões também contém outras revelações eensinamentos. Confirma a tese sustentadapelas forças progressistas de que o Brasilprecisa intensificar decididamente suas re-

Fruto lógico de uma

política insustentável

lações comerciais com os países socialistas.Ao Invés disso, porém, o que se vê é a resis-tência, senão a sabotagem a. todo esforçosério nesse sentido. Os homens que coman-dam a politica econômico-financeira dopais, todos eles adeptos fiéis do catecls-mo colonialista do FMI, insistem em man-ter os relações econômicas do Brasil como exterior nos mesmos moldes superados emque elas existiram no passado. Falam nanecessidade de aumentar as exportações,mas, ao excluir virtualmente o incremen-to substancial do comércio com os paísessocialistas, restringem aos Estados Unidose à Europa Ocidental as áreas onde espe-ram atingir aquele objetivo.

Recapitulemos, brevemente, o que aquitemos dito. Na Europa Ocidental, sobretu-do depois do Mercado Comum, trata-se éde lutar para manter posições. É uma pe-rigosa utopia alimentar a ilusão de que po-deremos aumentar nossas vendas a um mer-cado que oferece preferências e vantagensa concorrentes dos nossos produtos. Quan-to aos Estados Unidos, basta examinar ototal das exportações dos quinze paises la-tino-americonos produtores de café paraaquele pais, no qüinqüênio 1956-1960. Man-tiveram-se tais exportações em torno de3.250 mil dólares, atingindo um máximo em1957 (3,4 bilhões) para dai virem decain-do consecutlvamente até chegar a 3,19 bl-lhões em 1960. De outro lado, a reallda-de ihesma da economia norte-americanaImpele os Estados Unidos, a favorecer, istosim;'-o aumento de suas próprias exporta-ções — e não dos importações. Talvez es-teja ai a explicação para fatos como a re-Jelção, pelo Senado dos Estados Unidos, dassubvenções ás importações de açúcar, como¦as gestões que estão sendo realizadas peloDepartamento de Defesa no. sentido de.rea-lizar exclusivamente pela frota mercantenorte-americana as importações de cafépara uso das forças armadas ianques, etc.Em «uma, o grande problema dos Esta-dos Unido» é formar saldos no comércioexterior para equilibrar seu balanço de pa-gamento. O mesmo problema do Brasil...

Eis por que persistir na posição atualde fechar caminhos à expansão do comer-cio do Brasil com os paises socialistas é im-pedir a expansão das exportações brasilei-ras, em geral. Essa política é criminosa enão tem nem pode ter nenhum futuro.

INVASÃO: QUINZE MIL POLICIAIS E MILITARESNORTE-AMERICANOS JÁ ESTÃO NO BRASIL v

Vários Jornais, nos últi*mos dias, revelam, com in-formações das própriasagências telegráficas norte--americanas, estar se re-gistrando um enorme aflu-xo de militares e agentessecretos Ianques para oBrasil. Não são dezenas, nemmesmo centenas: são mi-'lhares. No dia 25 de junho."A Noite", que várias vezestem embarcado no antico-munismo primário e irracio»nal, publicou como manche-te de primeira pagina estarevelação: "Dez mil G-Menno Brasil observam açãosubversiva". O texto, numapagina interna, diz: "Refe-rimo-nos à existência naBrasil de agentes norte--americanos". E adiante:"Dez mil passaportes /o-,ram visados pelos consula-dos brasileiros nos EstadosUnidos, ao que parece, todoseles para elementos do FBInorte-americanos, isto é,homens de grande escola,de grande experiência e ha-bituados às investigações eà ação".

A noticia não era de todoinédita, pois dias antes o"Jornal do Brasil" (14 dejunho) informara, em tale-gramas da UPI e FrancePress: "Grupos de oficiaisnorte-americanos, especia-Hzados no combate às guer-rilhas, estão dando instru-ções ás forças armadas dediversos paises sul-america-nos, segundo informou on-tem o Newsday".

Simultaneamente, na Cá-mara Federal o deputado Jo-sé Jofflly denunciava, basea-do em Informações de jornaisconservadores, que este ano,até 30 de abril, já haviamentrado no Nordeste brasi-leiro cerca de cinco mil ofi-ciais norte-americanos, dis-farçados em técnicos, via-jantes comerciais, Jornalis-tas, etc. Trata-se de uma

verdadeira ocupação militardo Nordeste, uma das zonasbrasileiras mais cobiçadaspelos Estados Unidos doponto de vista estratégico eeconômico.

O pretexto para ésse des-locamento de forças milita-res e agentes secretos ian*quês é o "combate ao comu-nismo na América Latina".A 23 de junho, a AssociatedPress ("Jornal do Brasil"dessa data) informava deWashington que (textual)"os Estados Unidos pedirammaior colaboração do He-misférlo na campanha paracombater a infiltração co-munlsta nas Américas". Emais: as autoridades ameri-canas haviam "censurado ospaíses do Hemisfério pornão fazerem o suficientepara neutralizar as investi-das comunistas".

No dia seguinte, na seção"Militares", ainda do "Jor-nal do Brasil", outra revê-lação vinha completar aque-Ias. Transcrevemos textual-mente: "Fontes do Estado-Maior das Forças Armadasconfirmavam junto à Em-baixada do Brasil em Wa-shington, através do Itema-rati, que o Departamento deDefesa (Ministério da Guer-ra) dos Estados Unidos estápreparando, dentro de umplanejomento global para oContinente, a execução deplanos de assistência militarpermanente destinada a evi-tar ou combater possíveisinsurreições comunistas. Oplano, integrado num pro-grama denominado de "açãocívica", vai começar afuncionar no Equador..."

Tudo indica que Jã entrouna fase prática o referidoplano, pois os jornais do dia26 noticiavam que a policiado governo tltere equatoria-no fizera fogo contra estu-dantes que se manifestavam

pelas liberdades democrátl-cas em praça pública.Esta é una das amea-pas que pairam sobre nos-so pais: a intervenção mill-tar norte-americana no Bra-sil, coordenada com asações dos agentes secretosianques, para implantar en-tre nós um clima de provo-cações e, numa segunda eta-pa, de terrorismo contra asforças democráticas, sob opretexto de combate ao co-munismo. Nessa esteira iátrabalham abertamente ul-tra-reacionários: Oarlos La-cerda, Armando Falcão,Frederico Schmidt, AmaralPeixoto, Herbert Levy, Mar-tins Rodrigues, contandocom a cobertura de "O Glo-bo", "Correio da Manhã","O Estado de São Paulo" eoutros jornais da extrema--direita.

Estamos vivendo uma ho-ra em que é necessária amaior vigilância e a denún-cia pronta Junto ao povodas manobras criminosasdos imperialistas e seus la-calos. É inadmissível que anossa soberania seja enxo-valhada pelas imperialistase seus agentes.

NOVOS RUMOS;PALESTRAE AJUDA

Um grupo de democratasdo Alto do Mandaqui teveuma grande iniciativa: rea-lizaram, no dia 16 último,uma festa durante a qualfoi realizada uma palestrasobre NOVOS RUMOS, pelopatriota Francisco Ferrazde Oliveira. Além disso, afesta rendeu CrS 1.150,00para o Jornal dos traba-lhadores.

quo, aiti Ia «feita ver, o quo aconteça é quo o deputadolui.t-.-iu ........ .i..cii-.n , <iiuiitdii.ciiir o ,<tUo--*-o exem*pio «....- Km Cuba » revolução <*• adquiriu o caráter:¦..¦..... a porttf do momento em que a direção do pro.»«•...•¦!... «-e afirmou de maneira incontestável, como alta»tem dito. repetidamente, o líder do povo cubano, Fldelra >.. ». • , r faelilmo de compreender, pois somente

proletariado eom m sus ideologia, por »er a uníca ela*.'.*ii .....1..4 oa pmprledede «obre os meios de produção,pt.de ii. . >ui-»r o ••'«<iHi.tmo t um completo contra-senioaltrmar*se. em nume da revolução noeíalista, que o cem-pesinato, ligauo por «ua própria condição á propriedadeprivada da terra, obedece a uma "dinâmica" da luta pelosocialismo, enquanto a "dinâmica" que move o proU;a<rlado e simplesmente o aumento de salário. Nâo se tratode "preferir" uma classe ou outra, de considerar uma n.•--Ihor que a outra, Trata-se. sim. da realidade, de comoas coisas se apresentam coneretamente na sociedade, o,i'*.iuiuii v o camprtinato l&m suas característicaspróprias, assim como interesse» comuns; São as classesmau» intercaladas no triunfo da revolução brasileira, imderrota do Imperialismo e do latifúndio, na formação doum poder que represente as forças nacionais e democra-

uras de nooo pais, £ ninguém pode pór rm dúvida ouoa revolução avançara tanto mais rapidamente para mvitória quanto mais firmemente se encontrar ã sua fren-te a classe operária. As massas camponesas têm nisso omaior Interesse.

A ¦ubestimação que o deputado Francisco Julifto ma-nifesta pelo papel político da classe operaria revela a suatendência a negar a hegemonia do proletariado na lutarevolucionaria. Para contestá-lo dlspen«amo*nos de maio.res considerações, bastando lembrar o que tem sido aatuação do proletariado brasileiro na vida politica dopais nos últimos anos contra o Imperialismo t a reação,por um governo nacionalista e democrático. Quem pode-ria ocultar ou rebaixar o papel da classe operaria na cri-se de agosto e setembro de 1061, apesar de todas a« debl-lidades verificadas? Quem poderia Ignorar ou subestimaro papel exercido pela classe operária na luta pela cons-tltuição de um Gabinete progressista, que se comprome-ta a realizar as reformas de base? Qurm poderia ne.gar o sensível avanço, através desse processo de lutas, daconsciência política do proletariado? Naturalmente, naoqueremos dlser que a classe operária brasileira tenha atln-gldo um nivel de consciência Já multo elevado, mas èIndiscutível o enorme progresso alcançado nesse sentido.

Um sinal desse avanço é a compreensão revelada pe-los setores mais esclarecidos do proletariado — graças, cmrrande parte, ao trabalho desenvolvido por sua vanguar-da, o Partido Comunista — da necessidade de dar todaajuda aos seus irmãos camponeses para que se organizeme travem com êxito a luta pela reforma agrária e con-tra os monopólios. Isso tem representado uma grandecontribuição para o fortalecimento da aliança entre osoperários e os camponeses.

Em suma, consideramos que sáo errôneos ambas asteses defendidas pelo deputado Juliào; é pernicioso carac-terlzar-se como revolução socialista a presente etapa rioprocesso revolucionário brasileiro e igualmente permeio»so negar-se o papel de vanguarda da classe operária.

As tarefas que temos hoje pela frente, repetimos, nãosão aa de uma revolução socialista, mas sim as de uma'revolução antiimperiallsta e antifeudal. nacional e de-moçrátlea. Sabemos multo bem que não existe uma mu-ralha chinesa, como tantas vezes se tem dito, entre umae outra, mos sabemos também que os condições concre-tas de um dado momento é que determinam a etapa deuma revolução. Para que essa revolução se torne vitorio-sa Impõe-se hoje no Brasil a formação da frente finleade toda.* as forças da sociedade brasileira Interessadas nalibertação nacional, na democracia, no progresso e napaz. Essa frente única se destina a conquistar um govér-no de coalizão que promova os transformações de estru-tura que as condições do pais reclamam. Evidentemente,varia o grau de conseqüência das classes e camadas queparticipam ou podem participar dessa força social, polienquanto o objetivo final da classe operária é o socialis.mo e o comunismo, o objetivo da burguesia, como elas.**»exploradora, é o lucro. Por Isso, é necessário reforçar ao'máximo e incessantemente a aliança operário-campone-sa como o sólido núcleo em que tem de apoiar-se a frenteúnica nacionalista e democrática. Isso, por sua vez. exi-ge que se realizem os maiores esforços visando ampliar oconsolidar a unidade da classe operária e, ao mesmo tem-po, estender e reforçar a organização e a combattvidade- ¦ «a*, -grandes maasas camponesas. -

Os comunistas, plenamente conscientes do seu papale das suas responsabilidades diante do povo brasileiro,não poupam nem pouparão energias até que esses obje-tivos sejam alcançados. Estamos convencidos de ser essaa política que corresponde aos Interesses essenciais doproletarlodo brasileiro e de todo o nosso povo. Temos cons-ciência, portanto, de que êste é o dever da vanguarda,marxista-leninista organizada e combativa da classe ope-rária. Nada nos afasturá desse ramlnho. Tudo faremostambém para impedir que possa ter êxito qualquer ten-tativa de dividir as forças revolucionárias e enfraquecer,'dessa maneira, a frente única.

Não somos, porém, exclusivistas nem nos considera-mos os senhores da verdade. Defendemos com firmezaos nossos pontos-de-vista, certos de que eles correspon-dem aos interesses de nosso povo. Mas associamos sempreessa atitude ao desejo de unir todos quantos estejam dis-postos a servir ã nação e ao povo. O que queremos é mar-char lado a lado de todos os que, como o deputado Fran-cisco Julião, ocupam um posto nessa luta.

Minas é Também Pelo GabmeteNacionalista e Democrático

Belo Horizonte, (Da su-cursai) — Cerca de 4 miloperários, estudantes, do-nas-de-casa, presidentes deSindicatos, Federações ope-rárlas, entidades estudantisrealizaram sábado, 23, umapoderosa concentração naSecretaria de Saúde e As-slstêncla. A finalidade dagrande assembléia era en-vlar uma numerosa delega-ção de trabalhadores a Bra-sí\\& para fazer sentir àCâmara e ao Senado a ne-cessidade de aprovação ur-gente de dois projetos delei de interesse vital dostrabalhadores: o 13.° mêsde salrrlo e o aumento doabono família.

Entre as personalidadespresentes se encontravamum representante do mi-nlstro San Tiago Dantas,sr. José Hugo Castelo Bran-co, o deputado c líder sin-dlcal Clodsmith Riani, pre-sidente da ConfederaçãoNacional do.s Traball-».do-res da Indústria, o depu-tado federal Almino Afon-so, que fot o principal ora-dor da concentração.

O deputado ClodsmithRiani, no discurso com quedeu a conhecer os objetivosda concentração, destacou aimportância da situação po-lítlca que está atravessandoo pais neste momento e anecessidade de os trabalha-dores se manterem unidos evigilantes para uma saídademocrática da atual crise.Acentuou que a "marchasobre BrasiMa" que estava•lido ameaçada por algu-mas autoridades, devido âcoincidência com a concer*-tração de trabalhadores naCapital Federal, com a es-colha do novo Gabinete, nãopodia ser detida. Os objeti-vos dos trabalhadores eramos mais .justos, a marchahavia sido programada há

mais de dois meses. Expres-sou finalmente a confiançade que os trabalhadores se-rão vitoriosos em suas rei-vindlcações.

Após falar o representan-te do sr. San Tiago Dan*tas, sr. Castelo Branco, dis-cursou, sob constantesaplausos, o deputado Alml*no Afonso. Disse considerara concentração ali realiza-da como uma demonstraçãode unidade e organizaçãodos trabalhadores. De cons-ciência da necessidade delevar-se a cabo reformasurgentes ao pais como & re-torma agrária, a reformaurbana, a reforma tributa-ria, a bancária, todas elasrelacionadas estreitas e in-dissoliivelmcnte à direçãoda politica nacional.

Quanto à substituição doGabinete, afirmou ser pes-sütilmcnte de todo favorá-vel a indicação do sr. SanTiago Dantas para o cargode primeiro-ministro, mas

que não poderia pedir paraéle o apoio imediato dostrabalhadores, uma vez queos trabalhadores só devemapoiar èste ou aquele nomadesde que houvesse um com*promisso sagrado de que onovo primeiro-ministro se

opusesse realmente a re-'ilve.r os graves problemasdo pais.Quando se encerrava a

grandiosa manifestação detrabalhadores de Minas Ge-rais, a mesa que presidia ostrabalhos comunicou quauma delegação de trabalha-dores da Guanabara quemomentos antes deixara asala para seguir rumo a¦ i-p-íilia fora detida na bar-'"ira pelas autoridades poli-nais do Estado. Imediata-mente movimentaram-se li-¦'-res sindicais e parlámen-tares, sendo levantada a in-ierdição. As demais delega-çoes seguiram normalmenteno domingo.

vw

Page 4: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

U'4 NOVOS PUMOS .— Me d. Jont.*©, Mmono dt 29 dt Junho • 5 dt (ulhe dt 19Ó2 —

Resoluto de Maio de 1962 Dos Comunistas GaúchosDelegado» âateermanlstat

i«u :-..- ti*uni4o»> etn l-< rtfim no* a\»» n.u p 29úp maio da INt, analisa *'im oa problema» Interna»rumai» e racionai* e a*

Siu*'-òt% fundamentai* do

stado e da atividade eo-muni»ia uo âmbito r»u.dual Depou de amplo* de»•<-»¦<-- chegaram as ronelu»SOCa M.-Uüttrt ,

- A at;J" r d«M ,*¦ USl*.i. ¦¦ - do mundo, do pau, dui.:-.:. e de na**a aii.ldsdeestadual ronfirma a l.nh-tpoli th-4 apiovada priaComençAu lurioiul duiro-mttnUtai de «demoro de ..l*-*t), P!.*:.-ub*:ai,Hí*''a iudtx-UiUer.lo "Rtsoluçáo Pu»liitca dos (' imuni ¦•..». Ora-stlpiro***.

II - Apttifu:;da->c arti»te acral da * -.* itali-tn raumfiii.nn a» • <,tí.ul:»-i-->dê«ie ststrinr.: tl.vmuroiu-•se o st-sema colonial doImperialismo; o socialismochega ate no continenteamericano. »*••-- a vj.»*.*4a

< a R ... rubana* o sis-tema socialista mundialtransforma-**,* no fator dcriulvo da dc-envolvlmcniuda -orlrdrde humana.

III — O dcicnvolvínientieconômico do Brasil e doRio Orande do Sul e entra-vado pela rxoloisçio doca-pitai tmper!»ll'ta intenta-cional e pelo monopo-io dapropriedade de terra rmmios da cIbmc dos latitun-diário». A crise de estrutu-ra em que se encontra opais estende-se ao nossoEstado, atingindo os scto-res fundamentais dn vidadeste: agricola-pastorll. in-dustrlal. bancário, comer-»-..il e administrativo, comoconseqüência da exploraçãoImperialista. latifundiária edo* grandes cspitalluas. Oresultado dessa situação édescarregado nas castas dopovo.

Crescem a miséria e n fo-me das massas. Avoluma--se a Juvntrde rtbf-ndona-da. c- *> ¦* ¦*¦* cr'-mlnnlldade. alastra-se apri-jtitu.»-. :. a i asfavelas e nv - "«. é radavez inslor a mortalidade In-fantil.

Dc outro lado. aumentam• unidade e a organizaçãodas massas populares, crês-cem a perspectiva de no-vas a potentes lutas e apoasibllldada de unificargrandes fArcas contra olmpertaUamo * o latifúndioe de lová-loe à derrota,abrindo caminho para oprogreaao do Satado e dopais, para a amenlzaçio eeliminação doa sofrimentosdo nosso povo.

IV — Crescem no pais ebo Estado a* forças demo-eráticas e populares, au-meu tam o nivel e combati-vidade de suas lutas, o queficou constatado na bata.lha pela Legalidade.

Saudámos entusiástica-mente o povo gaúcho pelovigor e coragem demons-trados na luta gloriosa pelaLegalidade, luta que infli-gíu uma derrota parcial aosagentes Internos do impe-rialismo norte-americano,que pretenderam, a 25 deagosto do ano passado, coma renúncia do sr. JânioQuadros, Implantar no paisuma ditadura a serviço dosmonopólios estrangei-ros. Nessa luta. os comunis-tas tiveram papel decisivo.

Saudámos também calo-rosamente o campeslnatodo Rio Grande do Sul pelolnvulgar crescimento de suaunidade, organização econsciência política.

O ar. Leonel Brizola, nu-tes quatro anoa de governo,náo enfrentou oa problemasdo Rio Orande do Sul, co-mo sejam o alto custo davida, a precariedade dasrodovia», etc. O governo fe.deral foi e continua sendoum entrave ao desenvolvi-mento do «stado, porém ogoverno estadual é respon-aivel por nio ter tomadomedida» concreta* para aomenoe amenlsar problemascomo o do alto custo da vi-da.

O sr. Leonel Brizola. en-tretanto, evolui no sentidoantllmperiallsta e antifeu-dal e toma posição contrao imperialismo norte-ame-ricano e em defesa das 11-herdades democráticas. En-campou a CEERO e a Com-panhla Telefônica Nacio-nal, duaa empresas Impe-rialista». Quando da crisepolitico-mllitar de agostodo ano passado, colocou-se

nesta de. luta pejajegali-dade e, hoje, vem~èstrnru-lando a unidade e organi-taçío doe camponeses noEstado.

V O qvadro dá situa-ção geral e da política na-cional cotoca na ordem-do--dia daa reivindicações dopovo brasileiro o problemada constituição de um po-der político, de um governopara o país, baseado nasfôrçae antMmperlallitas eanttfewtals, demoerátk»* •nackmalWae.

O período de *«tt«t?8opo-lltiea epat t******o» pela Is-esv-te, noa pràitimo»

****««•»*aprofundar a divisão dasforças políticas da nação,enfraquecendo a reação efortalecendo a frente únicada classe operária, doscamponeses, da pequena--burguesia e da burguesialigada aos interé*—-, nacio-nais.

As massas passarão a vi-T(r com mais claresa a ne-

«.«.!»*» de mudar a «¦**»¦udadr do K«-.-*nu>do Hra-i*A frente ume» df-Tnocnttfiit» nanoitaUtta, dentro d»qual a clsjat operaria eon*tmuara liuando por «ua he»gemoma. pa«*ara a teiapreciável* probabilidade»de atrrndrr ao poder,

Sem arruar que o renul*lado do próximo pleito ciei»'oral posta m-rcurar, pc:«i f«i, r •-, ¦ *,. de mudan»tra de governo, nio pode»mos. por outro lad.i «ubea-limar a importância quet-»r» para o íortalecimentuda frente unira um err-x-i*mento ponderável, dentrodo Conrtrevo. do numerode rep*r*entanles demo»¦•»•>• e v.i. .¦•.-•• • da" ¦• ¦> • -,"¦• •' > q*ie arei-ta e deneja um uoverno dr-moeratleo e nacional!-In.O* ic-ultedu*- aa* eleieae»nn« Estado* também deve-rio reíletir u rrr»eiiiienlodas forra» patrióticas,

Esteiamo*. pul*. prepa-m-d;»» r**ra d*fender, pelaforma que a* dreututin-cias lecsmendarem. a Ins-taurariiti de um governodemocrático e nacionalistapara o Brasil, cm ron-o»nàiirlu com a aspiração dn<-f.-ndt•» massas da popu!».ção

VI — São principal» to-refas políticas dos ron;u-nt*ta» dn Rio Orande doSul:

1) Impul-ienar nn***- ali-vidade na campanha elel»loral

Esta e nossa tarefa cen-trai nte 7 de outubro, de-vendo ajudar n impulsio-nar as demais tarefa** an-tilmperlalistas r antifeu-dais dreorpm*** de nossalinha política Tôdas asnofsas fú-cas no Estado de-vem ser mobilizadas para abatalha eleitoral. Intenslíl-randi a atuação entre nsmassase o alistamento e'ei.toral. organizando o mnlornúmero de Comitês Eleito-rais. eom comunistas c nãn--comunistas, nas fábricas,bairros, escolas, no campoe em outros locais de tra-balho e moradia.

Os comunistas, em todoo Estado, devem concen-'rar o máximo de esforço»,para a vitória dos cândida-tos que apoiarmos e pelaconquista de uma combati-va bancada comunista.

21 Intensificar a luta e aorganização fios rampone-sen

Concentrar esforças namobilização, luta e organl-zaç&o dos camponeses paraque se avolume e avance otrabalho ]á realizado nessesentido. Para tento é ur-gente que os comunistas,em todos o* municípios edesde a base. planlflquemImediatamente sua atlvlda-de no campo, em torno deuma reforma agrária raril-cal e das reivindicaçõesimediatas mais mentidas dohomem do campo, da rcaü-zaçào de encontros regio-nais de camponeses, de no-vos acampamentos c daparticipação do campcslna-to na preparação do I Con-gresso Estadual de Campo-neses. para que venha aPorto Alegre participar doconclave grande massacamponesa.

É necessário, ainda, ao la-do das Associações de Cam-poneses Já estruturadas,coordenar pela base a ati-vidade dos comunista- cam-poneses.

3» Consolidar a unidadeda classe operária

Os comunistas em todo oEstado d e v e m planificarsua atividade na frente sin-dical no sentido da unida-de, organização, luta rei-vindlcatórla econômica epolítica e luta ideológica daclasse operária. A atividadedeve concentrar-se na lutapor aumento de salários,na organização de Conse-lhos Sindicais nos locais tletrabalho, no reforcamentoou início da atuação dos' comunistas das empresasdiretamente nos sindicatos,na intensificação da lutacontra a carestia da vida,na defesa dos direitos tra-balhistas, no combate àfraudação da legislação so-ciai, na ampliação das li-berdades sindicais, na pre-paração do VI CongressoSindica! Estadual, a reali-

___zar-se em julho, na prepa-rã^ãõ~»tirs-«l«çÕÊi_shTdjcaise das JJR. na ativãçíSõ~aTr-Conselho da CNTI no Es-tado, e na criação, nosMunicípios, das frentes ope-rárto-campon**5-estuclant is.

4) Ampliar as lutas pelasreivindicações rins tle-mais camadas ria popu-lação e a organiüaçáortetfta

Os t-omunist-a* devom es-tor alertas para qoe sejadada maior atenção à Ju-Tcntude, em particular àJuventude es+udantll,npolando e levantando suasreivindicações, como a lutapor uma reforma universl-tárla democrática, contra oaumento de taxas escolares,em defesa da escola públi-ca, etc. tí necessário orna-nlzar a juventude nas fá-brie**,s. nos bairros e nocampo, • participar ativa-

mente da vida dai entlda»de* eftudantis, - = ¦-¦••- ¦••--¦'«•«luar amplo -.-.<tJi.ii, deprrpttrdcau pra «* n.vui druma drlrgacàti au FestivalMundial da Ju.entude, airaliísr**»* em fina de julhuem llrUmque.* n» Fmlàtt»dia.

O* ¦!» ¦¦-• rm todo r»t .¦..,.., .irirlíi -ut*... :.'.!.»•-*»(ü***im eom vlítaa a roor-Jrttavao da atividade det)4 . a»$ mulher*** comu*iu*\w. ao iiir-uin tempo,cm todo* o» munsnpiu» de»*«*••? incluir enUe a* tarr*fa* diárias dos romuiii-tJ*ii trabalha entre a* ¦¦•¦ ¦¦• •lemininas. t nere mim»•*om*«rrer pura que viva n»K<tado a Federação de Mu»Hieres, ou para que *e wierntidade que a «ub-t.tuaN»h Muniripio* tJevt-m exis-tir inmbem entidade* femi-ninas que diniain e oríen-tem a luta da* mulheresem *:•¦•¦¦ 4 dr seus (lireiKvs.em defesa da infância, ron»tra a carestia da vida. etc,

U.tda a importincla daorei: . - . > do povo nosbairros e vilas, e necessárioque os comunista* tirematenção a própria atuara»nas "Sociedade», de Amlcosde Bairro** e "Sociedades dev;*s". bem como nas orew-nizações de desempregados,ile ciutne.it Icas. etc.

O.: comunUtas devem dsrtotít» upoio e aiuda a lutatl.i classe média e do fun-nona. ¦¦-.¦'." publico. £ssesdois setores sofrem Imcn-samente com o aumento docusto de vida e dos Impôs-to», particularmente o fun-nonnlismo. onde existeittjtidr número de opera-rios.

Ê cie crande Importânciao trabalho dos comunistasentre a Intelectualidadeprogressista, que tem de-.-«empenhado papel signili-cativo nas lutas de nos-opovo por sua libertaçãoMais .-.::-'.i a intclectuall-dade é setor integrante In-dispensável da revoluçãobrasileira.

5» Cooperar para o rrescl-mrntn da organizaçãoda II.N' e do MovimentoNacionalista e para areOrnanirarSo dn Movi-mrnto de Resistência.

Os comunistas em todoEstado devem tomar me-dida.s a fim de concorrerpara que se impulsione aorganização de núcleos daFrento de Libertação Na-cional nos Municípios, nasfabricou, no campo, nas es-colas, em toda parte.'Ao,mesmo tempo devem tra-balhar no sentido de que asmais diversas organizaçõesde massa, sempre que pos-sivel, se filiem à FLN. tne-ressario promover a dlvul-gação da "Declaração deGoiânia" e cooperar para oenvio de uma ampla dele-gação ao Congresso de LI-bertacão Nacional, a reali-zar-se em São Paulo na se-gunda quinzena de julho.

O.s comunistas gaúchosdevem ajudar o MovimentoNacionaliáta a organizarnovos núcleos, assim comoa fazer viver os que já exis-lem. colaborando para aplanificação de suas ativi-dados.

Com vistas á intensifica-ção da luta nacionalista edemocrática e à organiza-ção da FLN, faz-se urgenteque, em todos os Municl-pios e desde a base, os co-nuinistas cooperem paraque revivam todos os Comi-tès de Resistência Democrá.tica estruturadas durante acrise de agosto de 1961, eajudem a criação de novosComitês.

6) Intensificar a luta pelapaz, pelas liberdades dn-mocráticas, pela solida-riedade a Cuba e a lc-galidade do PCB.

Todos os comunistas de-vem estar alertas p a r a operigo de uma nova guer-ra. A medida que avança oprocesso revolucionário e omundo marcha para o so-cialismo, à medida que ospovos criam consciência dobarbarismo de uma novaguerra e mobilizam-se con-tra ela, o imperialismo, ostrustes armamentlstas de-sesperam-se e preparam-secada vez mais ostensiva-mente para a guerra. Ê ne-cessaria uma luta perma-nente e ativa pela salva-guarda da paz mundial,pela coexistência pacífica,pela proibição das armas

tuc.leares, pelo desarma-mento geral e total:

O essencial é Imobilizar,a tempo, as mãos dos agres-sores para Impedir uma no-va guerra, mundial. Deve-mos fazer esforços para aida de expressiva delega-ção ao Congresso Mundialrio Desarmamento, a reali-za-r-se em Moscou no mêsdo Julho.

Diante das tentativas deoeroeamento do direito degreve, de restringir a 11-berdade de imprensa, dlan-te da perseguição abertaaos camponeses que lutampor seus direitos e pela re-forma ag-rária e da rearti-«ilação golpista no país, énecessário que os comunis-tas mobilizem o povo a fimde qup seja Intensificada aluta nelas liberdades de-mocráticas c o direito degreve. Ao masmo tempo é

neeettirto qu» o» romunts»sa» aumeitttm «ua vigilin»ria t> tnrpai.. -r paraqualquer emeigenels. deforma a nio terem pef»-de • ii ju '-.4

Diante da« ameaças f-oits»¦ .•- i soberania e a In»tit-pendenela de Cuba porparte do Imperialismo nor»te»amrrieano, os romum«»ta* devem empenhar»»-*pela inlensiflraçáo da lutade solidariedade ao povu«* ao Qovérno Socialista decuba. Defender a Repuhll-»*a Socialista de Cuba e de»ver de honra de todos osromuiiUta*.

O desenvolvimento demo-t-ratlco no pais esta a exi-ttir a Irgalldade jurídica do*comunistas brasileiro*. Ai»-un sendo, o* rtimunlsla»do Rio Orande do Sul dr-vem por em destaque a lulapela legalidade do PCB •-pela revogaçAo de todas a*reatricòes que impedem •<dirigentes comuni*ta> deroneorrerem aos pleitoseleitorais.

vil n ---ma mlnu-rt.-. .;.- e auiocltlco,da atividade doi comunis»ias no t :¦-¦•• mo-ti-o quetemo» •-¦•¦¦ exilo».

Aum*nt»u u número deromm*.-.-••»- e cresceu «uaItiacao com as massas, par»"...44.4.M!....-.c com aa mas-*as • 4-i.:-*'•- -•- onde -*eleVOU -.« '• .'".r.l.rlllr. II. 4 »atividadr Vitorias ponde»raveu foram conquistada»no movimento aindical eparticipam1** corretamentenos ai-uuifi-imrnio» poliu-roa mai» importantes doEstado, como seja no* deagôíio dc 1061.

Ao tado dessa atividadepoijtiva. ron*tataram»«edr»bilidadi - e falhas. Os prin-ripais erro* criticado* fo-ram: a fraca ligaçào dos¦ -I-»:*..-•..»¦• com a* massas:o -i. n.: trabalho sindicalna» rmpi • ¦•* e tnfluènrlano movimento itndtcal daideologia das classe* domt-nantta* a subesumaçào daatuidade romunbla comomotor do movimento de

maaatt t da remiutâoc u-t4t 4--« que grand*parte das'falhas deve-se afraca atuação da» dutgtn»lea romuni-u» Mtaduals

.to 8naUiar>se a posteiodt eamaradas que, no cor»$o da luta ideológica ira-vada em noa»a a fileiras,passaram da» dívtratnriMpaia o campo do olviaio»insulo e do aotiptrUdo,

*.»•'..4tnai*-.- a» inedldutomadaa em relaeio a• ¦ > no âmbeo estadual emunicipal. Devem »er dlvul-rado* publicamrnt* o* no-me» dos elementos ewlul»do* do movimento que U-nttam reipoiuabllldade dl-rigente e os daquelaa pes-soaa que nao mais perten-rem ãs *.. -.»* fileiras. Aomesmo tempo, entre o» queabandonaram nossas fitei»nu no processo da atualluta Interna, existem ele-mentOf confundidos e en-I a nado», aconselhando.-sa por -¦• i que no nivel dedireção e»tadual se façamesforços para recupera-tos.

Oi ramunlrts* no E§1«dOtrem currtgindo o» tttm dopaasado. d» mandurtumo.tccttftsmo. ele, mas, dtoutro lado. cornei a criarcorpo a lendencta do libe-raiuma. ao e>pontan<'Umo<k falta de disciplina rtro-lucionarta. tia. por parted» muitos militante* res»pofisavrts, verdadeira su.Lr-'.itusí*.» pelo movimentocomuntita; por qualquermotivo as tarefa* s&o dei-ladas paia segundo plano.t nece-strio que os comu-nlslas etn lodo o Citadoempenhem»te na luta pelasuperação dessa» falhas edrlirienrias

•Depois de. em seu ItemVIII. traçar tarefas pràtlrasrelativa* ao aumento dosefetivo» comunista* e de suaatividade; ao trabalho deeducação comunista; à ne-ceasidade de editar-te umJomal comunista no E-tadoe de ampl:ar»se a divulga-çao da literatura comum*-ta. »**'rn como de propa-gar.se e defender-se a»

Idéias dt atdâSMti I msMttd.mi.-a nas tuas frentes,tanio ru«ua oa dttwlttoporionlitaa de dlrtlte tt»mo dt •i-squerda*'. ate, •RttoliKto co-KltU eoa atpalavra» lefUlOltt.'!

Constderamoa qu» a m-Itaaçao das larefe» de»t»Resolução I POMlvtl. facauiéoecetséHot.-M.slâadi-jfçf*i a base. *• aiaaiSvmt coalfolt sua aptlcaçáe

Fajtmos um chaauuntn-to aot romunUtas dt todoo Estado paro a lata pelecumprimento da presenteResoiuçlo.

Chamamos a todo o ms-vimento comunista ao »-tado. a todo» ot militante».% cerrarem fileira* »as"«"»r-no da direção nadanal dtnouo movimento, eleti» namemorivel Convtnçto dtsetembro de INO. t a tra-varem uma luta sem tré-tuas e permanente ptloiM'a|ertmen'o e pela uni-

c* ¦¦¦* de nnua* fileira*PArto AIrire, JI dt

de 1M3.

OS COMUNISTAS DOS EUAE O GOVERNO KENNEDY

GUS HALLsecretáriogeral do PCA

Iniciamos neste número .*• publicação de um trabalhodo diriKrnte comunista nortr-americano (*u\ llall. secreta-rio-aeral tto PCA. sóbre o governo O Krnnedy e a atualconjuntura político norte-amerirana. O trabalho foi di-vulgado em fevereiro deste ano.

Continua avolumando-se,nos Estados Unidos, a ainea-ça da extrema direita. Aomesmo tempo, o govémo deKennedy segue uma poliu-ca de guerra fria, interven-clonísta e em geral antl-democrática. Defrontamo-nos, portanto, com um sc-rio problema que é o dacomo, nessas circunstância.',levar a cabo, da maneiramais eficiente, a luta pelapaz e pela democracia. Oproblema pode aer mais bemcolocado através de algu-mas perguntas.

t séria a ameaça -, da ,exiretría direita,) nb sen4td£ide que se aproxima da po-sição de onde pode exercerinfluência decisiva sóbre ogoverno ou de procurar elamesma conquistar o poder?

Qual a relação entre aextrema direita e o govér-no de Kennedy, e em quediferem? É necessário tra-çar uma linha de difercn-ciação?

Eis ai problemas sérios ecomplexo.-, ivluito se podeaprender com nossa própriahistória, principalmente nopenodo do New Deul, e ta-.n-bém com situações paralc-Ias em outros paires, comona França. Mas, aqui ocor-rem também aspectos novose especiais que precisam de.-.éria avaliação. Proponhoapenas começar essa ana-li.se.

Na opinião do Partido Co-munista, náo pode haverdúvida de que e séria aameaça da extrema direita.Ela decorre de uma situa-ção nova para qs Estados,Unidos. Estes, o mais po-deroso paLs capitalista, naopodem impor o seu cami-nho em um mundo no qualas forças do socialismo, dalibertação nacional e da pazdesempenham um impor-tante papel. Os contínuos re-veses e as derrotas da guer-ra fria e da política inter-vencionista unais recente-mente em Cuba e no Lausjcolocam o poder monopoiis-ta dominante diante de umaescolha, essencialmente en-tre duas alternativas. Uniaé a de por fim à guerrafria e procurar alguma for-ma de entendimento com omupdo socialista e nacio-nal-revolucionário, o quesignificaria uma guinadapara uma política de coexls-tencia e de emulação pa-cificas. Essa mudança depolítica iria. ao encontro dasnecessidades nacionais maisprementes no presente pe-riodo da história mundial,

O outro caminho é pro-curar conter e inverter amarcha das tendèn-dèncias mundiais a todo-custo, incluindo a chamadaguerra localizada e a guer-ra nuclear definitiva. E ne-cessárlo reconhecer que aatual política de guerra friacio governo aponta para essadireção. Contudo, temos dereconhecer que parte daextrema direita a expressãomais agressiva e extremadadessa política suicida,

A guerra é sua receitapara a crise com que se de-para o pais. O senadorOoldwater e Rlchard Nlxon,em luta pela liderança dosrepublicanos direitistas, de-fendem um caminho deguerra, como também o fa-zem seus aliados "sulista-cratas" democráticos, comoos senadores Eastland sSmathers. Acham-se pron-tos a ene .rar qualquer pro-blema mundial urgente, selaCuba ou Berlim, como

uma ocasião para desenca-deur uma ação militar. Att-va c agressivamente pro-curam a borda do precipi-cio. Ue fato. Nixon agoraapela continuamente paraque seja reencetada a po-litica ã beira da t-uerra, deDulles.

A &"DE FASCISTA

Por trás dessa coalizãopolítica bellcista, surge nopais um movimento orga-m/tido de tipo fascista, ti-nanciado pelos setores maisrhauvinistas e agressivos dosbrandes nef*6ctos. Isso °émais sério do que fatos an-terlores desse tipo, assu-mlndo mesmo uma amea-ça maior do que o movi-mento encabeçado pelo fl-nado senador Joe McCarthy.

Em primeiro lugar, a dl-ferença de correntes fascls-tas anteriores, o atual mo-vimento está tomando a for-ma de uma organização demembros, com grupos deação cousplratórlos, inclu-sive formações militares se-cretas. Sua ponta-de-lançaA Sociedade John Blrch

é essa organização, emlórno da qual se congre-gam uma rede de gruposdc ódio mais antigos, ca-madas fascistas, os Conse-lhos de Cidadãos Brancose outros grupos racistas deconservadores empederni-dos do Sul.

A rede fascista atua, se-gundo um tipo de divisãodo trabalho, em ligação comcomissões legislativas, co-mo a Comissão de Ativi-¦dades Antl-Nortc-Amerlca-nas da Câmara e a Comis-são de Segurança Internado Senado, e entidades si-milares nos Estados. Procla-ma a característica demu-gogica de movimentos ias-cistas, tal como a revoga-ção do imposto de renda,e começa também a lançarJemas antimonopolistas, afim de ludibriar o descon-tentamento da classe me-dia. A rede fascista desde-nha abertamente a demo-ciacia e a Carta de. Direi-tus, advogando o direito de"revoluoão", que. de lato, éa contra-revolução. Declarao objetivo de conquistar opoder político. Com consi-derável influência no go-vèrno atual, trabalha pordominá-lo completamente,

O COMPLEXO MILITAR EDA ALTA FINANÇA

Outra característica pro-nunciada desse crescentemovimento fascista é suaampla influência entre oalto pessoal militar. O casorio general Walker foi sóum sintoma de uma atribu-lação multo mais profunda.Mesmo o Pentágono-teve deadmitir, recentemente, quese adiava "preocupado" com:i extensão das influênciasblrchlstas e .similares entreos oficiais das. forças ar-madas.

Sabe-se agora que umaordem «ecieta, b?.íxoãa pejoConselho de Segurança Na-cional, em 1998, dava ins-truções aos oficiais coman-dantes no pais e no estran-ceiro no sentido de "escla-recer" à? forças armadas eaos civis de suas regiões arespeito da "política deeuerra fria". Isso era acom-nannado de mannats e ma--"risis p.dic'onais. também"víis-SificCitíO? rnrro -* •""*.-¦' ¦¦¦ditados pelo coa-.:::-V, ».*o;i-¦unto do Estado-Maior, ten-

do servido de base para aorganização de Ot-bates ereuniões pelo» comandosmilitares, freqüente-mente com a cooperação degrupoa de negócios locais.Choveram reclamações sóbreo Pentágono, contrarias asatividades políticas dos co-mandos militares, prlncl-palmente a ampla difusãooc propaganda birchila e asodiosas películas cincmuto-gráficas chamadas "Opera-ção Abolição" • "Comunis-mo no Mapa".

Toda essa linha política,associada a Agencia Centraide Inteligência, e treinamen-lo semelhante em atlvida-des subversivas a put.-clus-tas, somente pode servir pa-ra o aparecimento de nos-.som "generais franceses",que se sentem à vontade emcírculos fascistas e que seacham dispostos a concre-tizar seus objetivos. Isso éuma conseqüência de vin-te anos de mllitarizaçáo, daestreita colaboração entreas forças armadas e os mo-nopóllos na aplicaçúo de umorçamento anual de 40 bl-lhócs de dólares, e de umdesespero decorrente deuma política exterior fa-lida.

Éste complexo de mono-pólios e militares, alirae..-tado pela economia de guer-ra. desviou a ciência, quaseInteiramente, para objeti-vos militares, absorvendo osprincipais ramos do ensinosuperior e levando para oInterior dessa vasta redeamplos setores da moclda-de estudantil c dos lntelec-tuais.

Quando se considera essaaliança de oficiais de altapatente, organizações fas-cistas do Norte e do Sul,coalizão direitista republica-no-üulistacrata, e profundasincursões nos órgãos gover-namentals e no sistema deensino, pode-se afirmar co-.usegurança que a ameaça duextrema direita é realmen-te séria.

O objetivo dc.i.se movi-mento, compartilhado pordiversos elementos da extre-ma direita e da reação, éa completa destruição dademocracia, a abolição dasprincipais conquistas so-ciais alcançadas pelos tra-balhadores e o povo nas ul-limas décadas, a supressãoou subversão de organiza-çoes independentes do povocomo os sindicatos, os gru-po.s pacifistas, na socieda-des de negros, é a encar-nação do chauvinismo e doracismo como um credo na-cional, em .suma, um esta-cio ditatorial que procura-rá levar o pais á guerra ea autodestruição,2. O GOVERNO KENNEDY

A política e as atividadesdo govémo Kennedy, domi-nado pela alia finança, cs-tiveram, durante seus pri-meiros sei.s meses, na.s mãosda extrema direita. Substan-cialmente, a principal dire-ção de seus golpes foi con-tra a paz e a independer.-cia, contra os direitos de-moeriit.ipo**—e civis-r-ecnlraos trabalhadores.

Nesse curto período, o go-vèrno esforçou-se por pro-clamar uma política de in-tervenção "paiamilitar" con-tra movimentos de liberta-tação nacional, lrrcrcmen-tou a corrida annamenüs-ta e a guerra fria c de-sencadeou a aventura mlli-tar contra Cuba.

Procurou "congelar" osCavaleiros da Liberdade ese furtou à atividade le-gislativa e executiva no sc-tor dos direitos civis.

Invocou a Lei Taft-Har-Uey contra os grevistas ma-riíimos.

O Departamento de Jus*'¦rn dedsra a intenção dotrove: no de le.vor avante as•'•-,'. •'•;>!¦ decisões pntlcomu-•¦ •¦ .- (••: Suj-r" -.-..'. Corte,com redobrada perseguição

ao Partido Comunista.Ao proclamar o comunis-

mo como o "perigo rvul eIminente", o presidenteKennedy concordou com opretexto central aob o quala extrema direita e os fas-cistas procuram alcançarseus objetivos a consequén-temente estimulou a rea-ção.

NAO NO CAMINHOFASCISTA

O governo de Kennedy se-gue essa. linha porque seacha dominado pelos gran-des monopolistas e nego-cistas, a cujos Interesses éleserve. Isso deve ser consi-derado de maneira firme.Contud), embora reconhe-cendo que éle tomou me-duias que restringem os dl-reltos democráticos, seriaum grave èrto julgar queo governo de Kennedy seacha atualmente trilhandoo caminho fascista.

Diferenciar conveniente-'mente entre Kennedy e aextrema direita é o prlncl-pai problema tático comque se deparam toda a es-querda e todos os progres-sistas. Isso não é 3imple».Kennedy não é um Roose-velt. Desde sua eleição queéle vem tomando um ru-mo reacionário. Mas não eInevitável que continui porésse caminho, fazendo cadavez mais novas concessõesá extrema direita.

Se o problema tático fòrsolucionado de forma cor-reta, será possível bater aporta à extrema direitu, der-rolá-la e forçur uma mu-dança de polilica por par-te do governo, no rumo dapaz c da democracia.

O RUMO CONTRADITÓRIODE KENNEDY

Parece-me que devemoster sempre eni mente asdiferentes necessidades e en-cargos que o governo dcKennedy tem rie resolver,e que a uitradireila querignorar e fazer retroceder.

O governo de Kennedysegue um rumo contradito-rio, decorrente du Instablll-dade da posição imperialis-ta dos Estados Unidos, danova correlação de forçasmundiais 'o crescente for-taleeimento rias forças «o-cialislas, ai)tiimperiali.sta.s epacifistas i que éle reconhe-ce mas que náo coloca demodo integral e adequado.Sua direção hesitante resul-ta também das pressões demassas populares em nos-so pais, especialmente dac'.i ;¦ onurãri i, dos negros,das forças pacifistas, uueforam seu principal apoioe que elegeram Kennedy.

Esse rumo oscilante e zi-guezagueante p o d e serobservado em inúmeros lu-tos. Por exemplo, ainda quesustendo uma política deguerra fria, o governo con-tinua comprometido eomuma posição de negociaçãocom a União Soviética, co-mo nos problemas de Ber-lim, L a u s, experiênciasnucleares e desarmamento.Não é desprezível o fato de

. Kennedy, apesar de tudo oque dis.se contra, ter reto-macio as conversações comKruschlov em Viena, con-versações que tinham sidorompidas pelo Incidente doU-2.

Também é significativoque Kennedy tenha delibe-rado não apoiar a invasãode Cuba feita por refugia-dps com o apoio militar di-reto e imediato dos EUA, oque é tão criminoso e cen-surável quanto sua decisãode realizar a aventura mi-litar e tão grave quantoainda é o perigo c!e uma in-tervenção imperialista nor-te-mnericana. Também res-salta o fato de Kennedyter de ainda procurar sus-

tenlar pretens"***»tica» « a i,l i .mi»scu.s contatos cum oavinuntos de libertaçio nn-cional. embora sen» objeti-vo*. permaneçam tendo o»de conte-los t faae-ks ie-troceder. Isso lhe erU eer-tos embaraço» noa aanantwmundiais, aaa virtude dumedidas Interna» aattdeanavcritica». '

A DIFMINÇAIMl-OÜTANTI

t verdade, naturalnearle,que essaa manobra*, pre-tensões e conceaeôea ma St»impostas pela pt**me áa*forças mundlala dn pM, yeeadeter.oraçlo do InmfM»-mo, pelo deelinto és pm-tiglo e da noatfi» fiteido ünperialunM MftMMt-ricano em pnrtleihur, • petosentimento deeaoeráMe*» •pacífico profandnaMMU tr-ralgado do pom *»*mtaam.

Maa pmosm*** • tam ***.o govdné 4* *bn*# stei-ter feehado a poeto

"te da acomodação nrealidade» mundlak,formo deseja a extrema dl-reita, o lato envolvo *m tm-to reconhecimento daa no-vas neceutdadea do min-do atual no paia laon»trangeiro. Esta é «ma dlíe-t-ença Importante, qut devoser reconhecida pela» fôr-ças da paz e da democrá-cia e por elas explorada afim de ser concretizada anecessária mudança na po-litica nacional.

Voltando á cena domésti-ca. temos também de re-conhecer que em consequén-cia das eleições e do apo odos trabalhadores, dos ne-gros e dos liberais, torna--se difícil para Kennedyignorar os compromissos as-sumidos no campo da legls-lação social, o que a extre-ma direita gostaria de anu-lar por completo. Por maisque suas medidas sejam ma-decuiadas. elas têm de lu-tar" em um Congresso ref.-clonário.

Dois caminhosda revoluçãosocialista

A revolução socialista po-rie ser pacifica? Só pode

ser não pacifica? A estasperguntas responde um dosmais interessantes artigospublicados no último nume-ro cia revista Problemas da •Pu: e rfo **OL'i:/"í."»io 'á. re-fet-cmte a maio deste ano).Seu autor, Oeorg Karr, mos-Ira a multiplicidade t ri-queza de formas de lutapara alcançar a vitória ciarevolução socialista nos di-versos países. Mostra comoantes da revolução de outu-bro de 17. na Rússia. Lênlncomiderava possível a to-mudo rio Poder sem a revo-iução armada, íster é. atra-vés de meios pacíficos. De-pois, situações diferentessurgiram em vários paises.desde a Europa até a Ásiae a América Latina, ondeuma , revolução socialistatriunfou pela primeltra venem janeiro de 1959.

O assunto é controversoe digno de ser estudado.Georg Kar o faz com pro-ficiência que merece aten-Ção.

Além desse artigo, o n.°5 de PPS oferece ainda ma-terlais da maior oportuni-dade, entre eles o prosse-puimento do debate sobre odesenvolvimento econônVooe a luta de classes, os ca-minhos dos países f-ub-"»-«envolvidos e um artigo r-Carlos Marighella: A '-apelas liberdades democrá***-PCB

^ Pda Je8a!i<iacle d0

Page 5: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

— Ho ém hmmttm), iimenn de 39 é§ |ur,r>0 0 5 dt Julho dt 196?62 ¦¦ mm

l/

'.'""•'C" s.VOS 9 —

Combatendo o Analfabetismoe'Unindo o Estudante ao Povo

Conto f)«« Pagino âcomci-

__« _• I.. I __ ! *ÉftP_

Reportagem de Regme MorifêM. ini*. X_*M_*J àm »

tt ».».._ abriu «... anoi « uma tmoit dr l.t_i*.. campa nha . *u. or __ <_-_»___u- Nu itr_...;¦ ' m _-.*u d* 30 mtlh_t#• -i»:f--ei__. _. por t-t.11 d_ uopuiaçAo maior de: i .:-...« vive privada _• »en a n l f • a t a r p_n___B__t»ie ptiu voto apena* por ter•rrlfit.t* r apenas \meamali dr 1 por cento do*noum Joveft» ron-rt-eni

inilr a unherudade. Tal«.»-«.. «patético, miu atu-da awim Ineapax de levar »_<>ierno a tomar medida»p*ra luj.i __•!-• dlspens-«l_at*t_rr JueUfl-âUva» .«»¦mn a __¦____¦_____ da bata-lha fM «ra «_ eatodanir»Uo rkt» dt _radk_.o naluta pelas dlrHtnt dr nouopor-, toldam.

A CSmtSHHA

N_ sede da UNE eonver-ssmm tosn Arou Abrnd.roord_B_d_T d. morlmento.V 4 fia ourm dis: "A eam-parira nlo prateada aNabe-mar todo* o* analfabeto*.«_-tt_e____r aalIMM 4 Urefa«** a____a «turraano* ape--ta* da_MM_rar ¦ nu re-__¦__¦_& a 9___.btl.da''- drfase-h. Q_____M_ de_n#ttara optalio púrbltra para oproblema. K a UNE .'• umdtvt pouco* orjtanl-mt^ en-P-.e» d* faarr algo nea eaenUdo." Drpoti de referir-ae aa fs______o da eampa-nha contra • aaaMab. tlrnno

plaaejada prl» tovâti»Imira _--tm Ufehtajt c__nadr divtr*_. p___t__i mm dor*«n«a na* raveuu» do Jdiw»-urio da Iduraçào r Culta»ra detde .tM, frae_-_o orí-timüo na un*!__( :__<__ doa•»«_*_. r__.ul_.tr. dr UUi.i' -•_->. nu - dc M _t_r__i-i •_.- da* _r__.<*-_ .______.Arou rraftrata at grandes. ..(IIC.k-1 dr tn_.il__.r__popular de qur a UNE dit-pé*, "como entidade Utsd*ao povo ou» * r pouuidoradr l«n_<> acrrro dr luta* nn_'f«.--a da* rauia* popula-re*". E aerrscenta: "A«anjpanlia objrtira tambémunir rada vrx mala o r*tu-danle ao povo, pt-srarandntornar a m_ui eoiueirntrda *ua re_Jidadr. E multotem o» rrtudantr* aprendi-do rom o povo a eampanha•em tido um verdadeiro diá-logo entre o* qur ensinamr vio aprendendo r o* queaprendem r vio rntlnando."

COMO NASCfU

A id.lt dr -ruçar» do movimento surgiu no íilUraoCongre__o da UNE «lulho o>1MI. Niterói», quando foiarapJameciu discutido o pro-blrrca do voto do analfabr-to A diretoria entio rleltapara a orc.inl_.ic__ repre-Mif.iiivn dos universitário*;br.r !• ;r».«. considerou afine.:-io un» Importante in-v>i-\ a ser realizada E a d.s-p«»ito de mil dificuldade»,.nbr.tudn de ordem flnan-

m^mm^mm-m___ iHh--' ••-_______________________V^____.V_____T_r ¦ > •__ ¦¦ *.*-* _'-_¦ _____! ____P____r_t____Pf'1*' *

__K"__r"*' ¦'¦'¦'•ti.-¦:•• I

_E ______________f: '¦__¦ _2R?_ " ' - - - --•tín. -.& ^•.'-.•.. -JHçÊS •'-.' tv._»_*«_;-.:J__r»...»

__W_L ' -i*- ?V í>.4»,»tí-V.-J -Ar.._______-_r___.it.•*•.' ,- •..-._¦** _____________________________*__i<* '"-*' -'-•'"¦¦ 4

¦#»'.;•. 1**5 ¦'. "•','¦ 'T.'4____P4.:,Í.»_r^i;C«. - "-• VJ

¦_.-•*-'¦ ^___.?"*••'^

É • - t_í_^^'^_l___ÍmWf&íiWtè_______! _t> -

__ríBi--vIt- -mmr:-*_____$1_h BpííÇ'_____P_S___________________________________________________r -_______«_ ¦ I¦üH _f_fl Iv';'

____¦ ________t_l t;;v-__íl_l^__^« __rS____f^^^

_P!___.__________P^.^^^^il^S^^ • •"•H _____n8S_pAi8_» 9B_2%-mf&ÊmW1^ "^ •""**" i. __s5- t_A_P'_l_.'cr-r__Ri______P»-:*^''.'i'.--'.'-' '^mí-' ¦-^mmmm^'. v. .iIRASIL SÉCULO XX EM TCHECO

A Editora de Literatura Politica da Tchecoslováquiaacaba de lançar, em tradução teheca. o livro BRASILBÊCULO XX, de nosso companheiro Rui Facó. Trata-seAe uma bela ediçio ilustrada desta obra aparecida noBrasil em eomeços do ano passado. A tradução foi feitapelo conhecido fllólogo tcheco Zdenek Hampejs, O livrode Rnt Facó deve sair também naquele pais em língua•slovaea.

Top ros Típicos

•'•'••tINO

Quando • Brasil marcou . Urcci.o „òl. s vitória ron-tra o* tcbecos estava assegurada. L'm frêmito de entu-•iasmo percorreu sessenta milhões de pessoas, Até o pro-íessor Eugênio Gudin se sentiu brasileiro naquele mo-mento.

Os tchecos lutaram muito. O goleiro deles féz defe-•as espetaculares. Mas não havia jeilo. Um amigo meu,que . católico, chegou a comentar:

Nem Cristo fechava o gõl contra a linha do Bra-«il!

Depois caiu em si e reconsiderou: —Bem, Cristo fechava. Mas ia ser na base do mi-

lagre! '"""

Nos últimos minutos da partida. Garrincha recebeua bola, travou-a e esperou que os adversários viessemdisputá-la. Ninguém, contudo se atreveu a enfrentar ogênio do drible, tle, então, botou as mãos na cintura eficou e_p.r_.ndo: parecia um toureiro em fim de toura.da, tranqüilo, confiante.

Na Guanabara, o.s fogos de estampido estavam prol-bidos, mas ninguém ligou pra proibição. Perto da minhacasa, vi um garoto soltar uma bomba "cabeça de negro"junto de um velho. O velho achou ruim. O garoto inter-pelou-o:O senhor não tem senso de humor?

Porém o velho retarquiu:E você não tem senso de rumor?

Oepois de grandes esforços (e alguns momentos emo-cionant.s). o bêbado conseguiu subir no bonde. Então,começo» a dar vivas:

Viva Amarildo. Viva Zózimo. Viva Friedcnreich!O condutor goiou:

Friedenreich... é do time tia Tchecoslováquia?O bêbado encarou-o. com ar (lo n.iir.ir.tri.imentn.

Nâo sahc quem foi Fricdenreic.il? Poi., pra não serIjçnorante. não vou lhe pagar a minha passagem!

E nio p-gou meatn*.

eatra, a __japanha M «w*uda Cuca a Uaiio Metro*l>_li__i._ ___. Snmkst.it, foif>r«4_r__i_4_ _i_ua_» ajudaruAtmal. mu ao todo ar_ii"4>a.j.» ainda nio ««__.•nuu irm» n_U rruteiru., rja .*_. rom IM aluno*; en«quanto que o* _."*_•« «• -to* ram o* piaii^iamriito*t.-eeiT-tmmthi» nada raiue*¦ulram taitr. Drpoi* aindahá qurm dica qur o* eetu*dante* *ó «ervetn para pro-__over a.iuoão »__* _io *->-t«_ • _ü»_a«.n-'" que **-__tirando dinlirlro do própriobòtto para comprar tápt* era_rrTK* a f*m d«* cabrtt alacuna deixada pel* tnerria00 _o*>r.i'

oraiwmviMfMiotMITAPAS

rv-.._- ouiubro d* IK1 *ie.1-.. «..'.. inext. _«r_» «¦< fi«"•.ir.-i a Campanha uma lutaronii* •> '»«.<¦«»."lu».'!•> »que puti.-* experiência nd»*ir nr_ie »etOT. I*iim«.rainrt-.-le, ralram o* alíabetlrado.rr. uo puro t-_rtcl*roo. 1'rr.tendism anta «le qualqueratlU. olnltnrar .-..mili..- »«ll.rtiiir plano». r>*que«,ndo-_ae dr qur «¦ * prática po.«teria lhe* rnilnar o nunnm tomar. Ao «te*«*r_rrmi_»u rrn». ralram no txtrr.mo opnMo t'_n_«crr#m adar aulas i*em nenhum pia-it.. nn»\1«.. I>enii.i di»_le e».qu.m* pi. •!¦ ;.¦•• as aula*dada* n. t-n< i_ «1_ Ctta-«mmba falharam. Ch._nr..mé:«-. rnifio. aimv.s <l» rxpe.rl.ncl». * «•oníiu«t.o dr q»**rnt n«ve_*árlo unir n« d')i*aspei-tr... Nem traria umprnitm. n»n prt*.tl«.i vmteoria. Reuniram.**, o-t,..I^let-erarr, pis no» prelimina.ir*, dividíram-no em seiorrsrufa nm rom um respoiifi.vel, r -otnrçaram imedtat».mrn«r> a dar aula*. An mrs.mn trmt«. a Campanha c»-nhcva um salto qualitniiinmuito grande eom o rur»opara fllfa_rU__dore*. que lh>-veio tntmr uma nova dl-men*Ao. aumentando o nú-mero dr _Jta_e4__ad_r_* ede eaeola*. D_*t« curao foifrita uma frrande propaian.da pelo rádio e Jornal*, deforma que a aula tnaucural.dada por Aldeio Teixeira,foi um gran_r> miersso: as.•Istlram-na maia de 100 pe*-soa».

OtéDE DAM AULAS?Depois das duas primei,

ras fases, ao ter.se chegadoá ronelusfo da impostdbili-dade de teorizar a quettiorem a experiência prática enem ne dedicar a esta aemantes ter certa* perspectivasdelineadas, surge ttm pro.blema concreto. Onde darns aulas? Após debates eanálises dn situaçSo. con-eltii.sp que peln sentido am-pio da Campanha, por pre-tender aer ela uma campa-nha de massas, pelas difi.cuidado* de divulgacio etc.as aulas ad poderiam serdada» onde está o analfabr-to, e nft_ pretender traz*,-lo ao alfabetizado.. Pnroutro lado. era preciso pen.sar nas condições deste, nadificuldade de locomoção emesmo de tempo disponf-vel. Procurou-se conciliar olocai das aulas com a mo-radia da pessoa a ser alfa.betizada. O lugar com estasvantagens íoi encontrado nasconstruções de edifícios eoutras obras. At existe ttmgrande número de enalfabe-tos. salas disponíveis paraas aulas, e localização con.vement.es.

Primeirament., o» esíor.cos foram concentrados emquatro núcleos principais:uma obra na ma Barata RI-beiro, outra em Botafogo,na construção tia nova seriod.t FiindaO-io Getúli,, Var.Cas. outra ainda na Ilha (ioFundão e a última na Ave-nidn Rio Branco, na cons.trtição da Prolar.DIFICULDADES

As primeiras dific-ulda.des foram de organização efinanceiras, como vimos.Agora elas são de cresci-

_me:i4.. Existe um númeromuito reduzido de alfabeti.zarlores. São quinze, paracento c cinqüenta alunos.Alguns dão duas lioras deaula seguidas, trancados,muitas vezes, em porõesabafados. Há também a difi.culdade do material didáti-co. que tem sido conseguidopela boa vontade dos coi*.-oradores da campanha.

Ajuda aNOVOSRUMOSAmtgoa do Cear* .. 50.(100,00Ellas Nlcnlmi Mar-

tlns (Klo-GB) .... 1,600,00Hoteleiros (Rlo-GB) 650,00A. Ro.riKU-s (Jacaré-

pnSUá-GB) 2W,00

AJUDA A VICVA DO fAJI-1'OXftS JOÃO 1'KIIBO TKi-

Xlllt.V — n,\ r.Vl? .1,!..

Moi_.1or.« r'? r ,." ii i;i. -GR' _.<_5r»)

Além d_a_o twmm a faü*«ir »« _-

No «mtanio. e*tac difi.fitidadr» idnt tendo em

prlti áítir-u... cntuàiaano «*«ir__r_<áu do* _ií_i_r.u_>'.(r. pel* __• vunade * tu-• :i.. .í.,-_,itt_.(i_. ro* en_..¦.nii',» «U* o-f-t, qtt* oio•d fornerem a» tala», m_**'l*f»m utr.l_.nt a Inttalar«_.¦..._. lu/ r •!* quadro ne.».- vu. o principal aouloor apoio para o d-*envol.vimmio da Campanha, vem_rr_lo • prápria r-peitt-Uân¦'.-•«• no. ar_*riot pafmt*»rr*, Há uma rordadrira fo.•nr dr .»»». rw *rlo da ma***a analfatkMa. Muflo* prr._nnrr-.il drpoá* d*. aul*«|»r* di*c_tir roa* n* pf>-frMArrs: há uma tirreatld*.dr enorme dr euliura.

A medida rnrtmo qur *campanha »r dremvohr.nl* eaniia n povo, Proru-ramna. para aolicitar aula*r ofrrre.«r InoiU. No Jar-

.dlrn R«-iánlro foi ofrrrcidauma rerol»: uma eolftnla det. -... i..i.-. no l^hlon, mo.redore» do Salfuráro. drUralenao r mtiroit Iticar-*Um vindn pedir _dfahrtl..i.dore». No momento m___.<-rm qur no«sa iYport*f«>m ¦•rmvntrav* na *rdr da Cám.(tenha. n.rt-r_m algun*membros dn UNIÃO OOSMORADOFU3S Pt. LUCAS.

. b_.u-.io da pusMlulidadrdr levA-li. ate mia fn»r,,•íiili.:.-. Ia nn •...;„ l_flo 1 I.i.-Vlaa nn« rrdondrra.i porXi.i*Yi („^.,._. Coniar.n.."os . tr« ...nin esta noptiln-c*o vive a marrem .1* •_.«li.: a pr n a k tralvilhanln.miillnic tomando su* encha-rlnha mns w»m uber n f|U.»*r r.iM*. nrm porque *epssta.

-tlMIlIA.immir.cta.

A* . «•* que .rm •#?.,;..«t-n» aie aptra *-_ *. t_»r«;_. -,-r¦••_ , .Vau rM.ípainda um niriodo «l.-*^.*.-!-vi», nrm livro. ... * i »¦-irm apmai at ||nh*. errai,fomrrvt*. ._•'_» .«,|_>it.n.i_»jfdaa^et.-»» «Vi muM». atuai»'^tá. :-!. ¦• na ordem d«dia urra i «.,-m.».. í*_-,| .^...gira pera «i-tetnatirnr al-róiirií r»p?Ti*«i«4 da C*m,l».-.i.n.panna.

O nurlro • . _. n* ehr_«ta f.'..-:.' .ij Canadá, n*lua lui.v.1 i-. ,m apna* «t_l« mrvH «..ma j«•fim rérra de mma aluno»rm «lua* turma- .. ., ,¦>¦.¦pruK.|«am a ler • a eaere-*er. A !_i.i... • ¦!.. ¦-,-.,«to*. • •>. r.f.:i-«-.. IK a|.fabruradoir*. •.. <.in.rr>ui.

• ria. (-(•"•*• •« e-fAtço «lo«i.rftpr.-.. -•.•... \! , .... ../Ir» ..'... .1. •/.-..• -i., turma fificam dua* hora» rfrnoi- doirahalho e. pernndo a aula.

No ..¦•.-.. • 4-.., por par.«r «lo» .luou. um |{r_nd<»¦¦•¦•.'• ITltlir: ¦.. r mu--no. * profr»«_ra dn ohm«Is. IVnlar. Tinham »t-rconrw«t. .'._.:¦;'..- A_(»*a J» <_••"•mrm á vontade, mn.*crs_m r imla»,_m «lo pro-f«^*or. OIJioii ittm «-«rinlin*» provas a mo>trou.no»:• f.jite aqui i«í»r ..-;...... 4nIrnlMlIio r.,A (|Uaj_e reco,ma* \ejn _,. ,....;.,, i,... ||tTI.ttwlKki ... De fato, o. con-«ornuf a pritiripio tono. «•desajeitados i.m te tonian-«io. I mrxlldn qur a* f_lh..spueavam, mai* nítidos.•No» pens.xnmos a |.r.n«i.pin. entiiintinu. qitr („ -,.sfii tr.ib_]ho duro. . Ie» ir.r'ftm a m*o eni.jrriíln. e tr-riam que. ante* dr começar

a r-erever alquíiir mr«Nii'-_.tr» jiliatr. O* «i .i»l««>t/üjo .r... a rr*p*»i_ ot» um...»!..«... t , t. aquijwra apremirr a rt»Tiner rnâo |«»m t >«*r-t 14I11.,.» th>fitio a prv«ifra m<Hirou que.-,>.!.. rrn •_•»;.•. r»».rtt.

Ouir„ !-• .i. --_i_ da o>*r4da I*uiii_H-_o r.vlúik» Vai._•», rel_iiMi.ito<; lAconte.rnt ut¦-•. piivre-XH.; quan*<!. r«. «r..-««.-« m« «i_« .o a

l-l-vra IVlr. in|o. a rr-t»,idtrrrr_m ímr.ijaiamftiir rcniaram; 1'elr: Pr!*! IV.lei .l»UNO$

No mom*mi» «h pi-*n«>»«m«vwirflm--. rrutriio* áUiianitviM rmuramrnir.*»»im qu«. Imttxrr .tifirim-ir acúmulo dr ••_..• # der\|^ríf.iui_ik, _. i,.i. .!«•_ am.plindu- por irJn o pal« «-omapoio d*» l*Nlôí_. _STi'.DANT11 E_STADU.U8 r Dt.rt_rrúiuos acaormicos

11/. uma ofrria da fOSKCuma «Ias entidade* in-

.«•n.-. .<•¦¦•• * lio* .-Mi.;....:.¦•para ; ...... r nm semi.

Ilit.tn «Ir .'/.... i .-..I.i i. .-.nalm-mir. o crandr *o.

nltn da .'.;.....:•,„ * orfani./nr umn ÜNIVISRSIOAJ-KIHiPfLAR ondr ha\-erá rr.-ludnnir. . ,.; -.'.rr... ,.o mr*.mn t.mpn romo nltinos i»l>iofr*.Ar»*» a teoria r *1'r.Mlro nllndn . «• n« aiirsmciptilliafln. nn Inspirsráo|»nntilnr fi pnrn Ha* vnli*.da*».

1'nmn raniam n» rsludnn.!«•* na peça do cm. .O au-I». «in» Noventa r Nove pnrCento.: - «rolei»**. _*tu.dar r pr. :l,Ti„ / rins n,:r-fnram parn o rolef-in. ' :¦ni»! . 'In ...nii r ......-'. /»•.,.„_,. r_,h,.m ,,,, ró. ^

íenlitim In nó*r rampon**».

Fjtio ai, r_i forda* e farto*, «vi m»li dtre*t_.i aeontr-r.mento. (.,-... o ... _u.i« i.-'. | naturaim/nte u_otiru*rMM uma rnonn* roforia te ferct que - - -.ipot t@U o, --...r du pior t «ntacor do mundo rttudetttet -1-..-do*, a liberdade palavra tá fomr nmutn l*r'r>. i-_.¦ ..*» . ¦_• lei», «ai. árrof. frttán o» çtneum de pi,<_m_ni ne-

• ¦ 'l-ilr !!.• ...ií.»r r--r t„ . .,(..:. l.;:ó -,- . . „ bl« •d» -a 4uii;;ris'»-_.. «a • --.-•rf-j tudo virou fumada ¦¦¦«tola At fila* enorme» diantir- d<»( anna*.n* rnrcam a doerno* otho> dia r<:.'< A aeua lufiu ri-vamente oa* lom-t-•¦ --- Hilário flautam., )o.rm oprnirAc. dr d. rr <_*,•• ano», *rasado r rom um fUlio peqn_nln., nán aeu^ntou r**a fl-tuacáu >'• ¦ frnro diante de tante. calamidade ,.._..:..,Prisuu uma rana para tua máe qur e nem um rrtnitodrfta • =. :-«tr mulher dorotr. fiUio arm Ivitr, ele «rm di-nhriro, atratado o pa_am«utto da rata. ¦¦ tabrr o quafa/rr. dai.do duro a noite ..-•-.••¦ pera vanhar quarenta.-fU-rif" • -i •.¦.,:. :.d., o meti próprio ( Matou**e li-Inrio porque nào '«¦¦•• forras |mrn lutar rontra a advemi-dade, O «utrjda r «emprr um covarde. •..•..:-.. todo*, maaHilário, jovem operário nán te..< tempo,. equ«r para apren-der Imo.

Viver # irm duvida a me.hor roua do mundo. Prn*o«emprr auím. principalmente quando recebo como açora,rana* que ntr chegam por rtUi* crunir__ :;«¦ v notso Hf->'.'>:- RUMOK. Uma vem de áloriiia r r dt ttm leiKv qur,¦ ¦.-.:«••!. nào. r multo msiduo na leitura dè_tr jornal, noque mal a„r. Êle. eomo eu e tt»d__ no.. e»prra r ere) quatal rtirtar uni dia — aquele dia — rm que n&n mau ha.trra menina* r mrnino* trintr*. nem tr-tte» itrráo itomente miilherr* «Ah *r llilàrtn tlvri-tr aprrndtdi. l**o! Nào *amataria, o b«)bo • IVpots r Vlrrnlr Luciann de !..¦.. quontr manda usn prrsmtr i._.Mn_n: vitta* dr Tatui. etdade-rlnha pauli«t-i Ali moram 30 431 pr-r-ia* e. rom Vleenlae *eu prrteni.. vta|n prla praça Caro/nrl FVrnando Prestai• bonita icreírt. Vtceniri por ontra caraça chamada Paulo:-"..ti... «fie iti "r-n ai- P>i| um hl*Wtrlador multo frarotr,ma* rnfim.. » Rentrl na praça .....riinl.n Ouede* randrtpela ma Pnidnnte dr Morar* f. hom viver. Vicente, r mui-to obn_«da peía vintém Stuidr e toropem para voe* e oa«eus

...;.•_ stiUp boa no mundo para fn.rr a vida* boa:tanta sente ma querendo • ••:mr a tida ma Os primelroalutam rontra as segundos que usnni de tAdas a* arma*.prn*andn qta» com ímo íer«ni'w. romo o Jovem operárioHilário Pura bobatrem Aqueles que .«abem o valor da vidae porque sabrm o valor dn lu' * Parece apert-ut uma frasepomt.osa, ma. penaom bem qtir ela o multo verdadeira.

Tantos arotntcctiDrntos Um rnpa_ paulista escreveu--mr uma carta linda da qunl -isro --.te trecho: "A tua cró-nica no NOVOS RUMOS, comemorando mais um anlver-.trio do glorioso Partido Comunica, fèz-me srntlr o quan-to eu perdi, quando estava r. . Rio de .tar.' -n. cm evitar asorirdade do* comunistas, pois julguei erroneamente quotodos nào passAseem dr meros aproveitadores das ,-itiin-côrs Knganrl-meí. dei onvld.s a muitos fajsos seguldoreado sociallTno e mi apur. r n^ori. r. verdade, fiquei rabendoruão erandes fnn m e qnáo grandes Fâo!" Nunca r tardepara esses encon.ro1; rom a terdnd". Pode me chamar deamiga, lrmáo. >_, ,¦

UNE Pioneira na Luta Pela Unidade do Movimento Estudantil internacionalReportagem de Zuleika Alambert

K-lblndo acua aelo* ale-ffru a coloridos chegamdiariamente k sede da UNEcarta* de tfidaa aa partes domundo. Baa aao o melhortestemunho do prestigiointernacional de aue cota aEntidade diante du demaisorganiracftes estudantis ejuvenis de todos os conti-nentes. Êsse prestígio aünlào Nacional de Eitudan-tes o conquistou levantandobem alto a bandeira de so-iidariedade aos jovens quena Europa. Ásia, África ouAmérica Latina lutam pelaemancipação nacional, pelapaz e contra a guerra, pelaDemocracia e contra as di-liidurns fa.sclstas c pelaUnidade estudantil e inter-nacional.

ANTECEDENTESHISTÓRICOS

Embora poucos o saibam,a UNE faz parte daquelegrupo de .8 associações es-tudantis que, no ano de1848, visando a preservaçãoda paz, concebeu e tornourealidade a idéia de um in*-trumento a serviço de umamaior aproximação e coor-denação entre oe estudan-tet de todo o mundo: aUnião Internacional de Es-tudantes (UIE).

Somente em 1952 caindoem mãos de uma diretoriareacionária, a entidade, emCongresso realizado naqueleano, pediu seu desllgamen-to daquele organismo inter-nacional estudantil. Multocontribuiu para essa atitudea campanha difamatória deCarlos Lacerda que ontemcomo hoje Já se revelava omesmo ftiribttndo inimigodo movimento estudantilbrasileiro.

Reconsiderando tal atitu-de. o 24" Congresso da UNE,no ano passado aprovouunanimemente a sua filia-ção em caráter de membropleno aos organismos estu-dantis Internacionais: UniãoInternacional de Estudan-tes (UIE), com sede emPraga, e a Conferência, In-ternaclonal de Estudantes(COSEC), eom sede emHaia, mantendo Junto à prl-melra um representante.

Com a criação da vice--presidência de IntercâmbioInternacional, em 1959, crês-ceu e se desenvolveu aindamais a atividade interna-cional do estudante brasi-leiro.

NA LUTA PELA PAZ"Fiéis ao exemplo dos

melhores entre nós que cai-ram na luta dos povos de-mocriticos por sua liberta-de, afirmamos nosso pro-pósito de construir um mun-do melhor, ávido de liberda-de, de paz e de progresso."Estas palavras, que constamdo preâmbulo da Constitui-ção da UIE, têm norteadoem rumo certo a Unláo Na-cional de Estudantes, queem innro pais gora do pres-tft/io de ser uma entidadea serviço da paz e dn liber-dade. A UNE. através deretis congressos, conferén-cias, seminários e atos pú-

blico*, tem *e pronunciadofavoravelmente a uma poli-tica externa independentede nosso pais, que defendaa coexistência pacifica, odesarmamento, a proibição'!_^t____U_2__!*nas-a tt"iaç_.*_an todúa os camposcom oa poros de todo omundo. Seus delegados adiferentes conclaves inter-nacionais tém sido ponto deapoio firme na defesa e es-Ubeledmento de relaçõesculturais, esportivas, artís-ticas ou simplesmente deamizade entre os estudan-tes dt todos os continentes.Por essa razão é que hojepreside o Comitê EstudantilInternacional do VHI Festi-vai Mundial da Juventude ase realizar em Helsinque.mantendo ali um represen-tante efetivo.

SOLIDARIEDADE

Porque ama a paz e por-que não pode existir umapaz verdadeira enquantoexista o colonialismo nomundo, a UNE apoiou sem-pre e continuará a fazê-lo,todas as lutas estudantiscontra o colonialismo e oimperialismo, contribuindoassim à causa da lndepen-dência nacional dos povosainda subjugados. Sua soli-dariedade ativa não faltouà brava Juventude argelina,que durante meses a fio lu-tou bravamente contra oobscurantismo do colônia-lismo francês e por sua in- .dependência. Esteve presen-te à Conferência Internado-nal de Solidariedade aopovo argelino e integrou oComitê Internacional de So-

Iidariedade a o m r s m o.Apoiou e opoia a luta d_sestudantes alricanos que,de armas nas mãos, se ba-trm pela independência desua pátria: saiu àa ruas empasseata contra o assassina-to de Patrice Lumumba,pelos colonialistas belgas,como também participoucomo força ativa do último'congresso da Juventude an-goiana. Soube compreendera luta dura e dificil que de-«envolvem os estudanteshespanhóis e portuguesesconlra as ditaduras fascis-ta_, sob as quais ainda hojevivem e não lhes faltou comsua solidariedade: pronun-clou-se rm grande ato pú-blico contra a viagem deJ. K. a Portugal qnandoeste ainda era presidente daRepública; condenou vee-mentemente os acordos quelevavam o Brasil à uma po-sição de conivência com ocolonialismo português. Ematos públicos condenaramas ditaduras de Franco eSal azar.

O apoio ao povo cubano,em face da invasão do seuterritório por bandidos emercenários a serviço doimperialismo, constitui umcapitulo à parte nos movi-mentos de solidariedade 11-derados pela UNE. Os es-tudantes compreenderam osentido histórico da Revo-lução Cubana e defende-ram-na certos de que de-fendiam a revolução em nos-.so próprio pais. A UNE par-ticipou de várias concentra-ções populares, defendeu in-translgentcmcnte os princi-pios democráticos daquelarevolução, a autodetermtna-ção do povo cubano e seudireito de escolher livremen-te seus destinos.

A peça teatral Pdfrto ouMuerle. feita pelos estudem-tes. ganhou as praças puhli-cas. Na sede da UNE abriu--se o voluntariado. "Ouba81, Ianques No!" gritaramos estudantes de norte a suldo pais. Recentemente aEntidade máxima dos Estu-dantes brasileiros fêz-*_ re-presentar ém Montev-déuna Conferência Popular pelaNáo-tntervençáo e Autodo-terminação dos Povos, aotempo em que, em Punta deiEste, as forcas Imperialistastentavam destruir a obralibertária e pioneira da Re-volução Cubana, a primeirarevolução socialista dasAméricas.

PELA UNIDADEINTEUNACIONAL DOMOVIMENTO ESTUDANTIL

Um dos problemas qu.hoje mais preocupam o mo-vimento estudantil interno-cional é o problema, da sv.aunidade. O assunto tem sidoventilado em diferentes oca-siões. A UNE tem sido pio-neira dessa batalha. Por elabateu-se no Iü CongressoLatino .Americano de Estu-dantes realizado em Cara-cas em setembro de 1959 eem numerosos outros con-claves estudantis efetuadosna Europa, Ásia, África eAmérica Latina. Poi êssemesmo espírito qtto a ori-entott em outubro do anopassado ao receber na cldn-de de Natal os estudantesde todas as naçõers latino--americanas, quando resol-ven, como único meio defrustrar as manobras divislo-nistas e sabot_.do.Tes do Im-pcrialismo norte-americanoe seus instrumemtOR, não

p_tro(7.nnr uma reunião pré--fabricada e comprometidacmn Intrsrè.r.es estranhos: oIV C..AE. Nessa atitude foiapoiada pela maioria esma-ftadora das entidades estu-«iantls de todo o Continente.

ATIVIDADES ATUAIS

Atualmente, a vlce-presl--dência de Intercâmbio Inter-nacional da UNE é um doadepartamentos mais ativosda entidade. A seu cargoestão: a divisão de bolsas deestudo para o exterior, otrabalho com publicações,proveniente de todas aspartes do mundo, a elabo-ração de teses para a apre-sentação em conclaves in-ternacionals, a recepção dedelegações estrangeiras quepermanentemente visitam o;J. ÍS.

Ê bem simples o progra-ma Internacional da UNEque pode ser assim resumi-do: contribuir para a sal-vatrttarda da paz mundial,luta contra o colonialismo,pela reforma e democratiza-çíio do ensino, em defesados direitos democráticos omelhoria das condições devida dos estudantes, traba-lho em prol da unidade epela liquidação da atual di-visão do mundo estudantil.Este programa é sua plata-forma de luta cm todos osconclaves realizados no ex-terior. Ê a sua grande ban-deira no cumprimento da-quele postulado inscrito noproÃmbulo da Constituiçãoda União Internacional deEstudantes: "a luta porconstruir um mtmdo melhor,ávido de liberdade, de paz ede propresso."

LA AlUJEil SOvi.flCtA Se Você deseja saber como vive a mulher soviética,que papel ela desempenha na vida social e na família;

Se lhe interessam os problemas da educação infantil,da casa, do esporte e modas;

Se Você quer conhecer as novelas, reportagens e poe-sias dedicadas à mulher pelos autores soviéticos eestrangeiros;

IÉ U MIMEI. SOVIÉTICAEsta revista, mensal e ilustrada, aparece em russo, es-panhol, alemão, inglês, húngaro, chinês e japonês.

Cada número de LA MUJER SOVIÉTICA traz um molde como suplemento.

Faça o seu pedido Preço da assinatura; Cr$ 350,00No Rio de Janeiro: Em São Paulo:

Editorial Vitória Ltda.Rua Juan Pablo Duarte 50 - sobradoCaixa Postal 165 - Telefone 22-1613

Agência Intercâmbio CulturalJurandir GuimarãesRua 15 de Novembro 228 - 2? and. sala 209

Page 6: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

-9 NOVOS RUMOS — Rio dt Janeiro, Mmono dt 39 do (unho o 5 dt Julho dt 1962 —

MAIS UM NEGÓCIO ESCUSO DE LACERDA:

Decreto Dos Gabaritos AsseguraMllhOos Aos EspeculadoresImobiliários da Guanabara

(Oo Iboró do Borroí para NR)Coiutuuando uai do* mau

#kiaio*ivoa rM-ántUiu. ac «ugoverno, • Uvorwndo umaciiíjiícs» imu-mit.ua queicmpic cíwumu »ua* demo*rtuias «parlai iu ttiwuâucarioca, o ajoveritaaior Car*lua Lacerda baixou o ile*creio n" Mi, que f»tabeu*c«notnuu "paira co«*iruç<*-*de gabarito superior ao pre*visto no decreto 0000 « le*ajuliiçãu poniertor*.

Segundo o decreio de La*cerda *'s«ra pertnitida aaMiiuiruçào de prédios commaior numero de pavinnm*los que o estabelecido para

local aaiei desde que obr.decidas aa seguintes dt«po*alçoes:

? náo prejudicarem lo-cais, imerèAse» j»... i. -

guticos, histórico ou «riu-ii- ¦>. kUicito* o leeüittcuo

« ;»....i!? » nao .!¦¦¦•::«:..->¦ -.-. com

* decretos federal-, nnvigor.3 • ••'¦>¦• acarretarem ter*

:..;...i:i.i.'« ::i i>..ií;i Mil.i.o. :«>i i.i .:.••..• a configuraçãonatural do silto, atendidos•ts «-.ii ii'¦•> mínimas de cs-tabllldiide."

Atura isso, excluídas tuí. ¦¦ protegida.*, pela ..¦„..¦i..'.-a«> paüiAgíiitica e intll*lar. o negócio de coiutru*ç«3es pode avançar ao inli-nlto. A começar pelas ave-nidas Vieira Souto e DelfimMoreira...ONDE ENTRA«•NOBRE S. A

O» que acompanharam acampanha du governadorcontra a política externa doex-presidente Jàmo Qua-tíru.t. devem estar lembra-dos que a fir.ua patrocina-dura das aparições dc La-cerda uu video era a Com-p.inlua Construtora i In-corporadora Nobre S. A.

.linda agora. Nobre S. A.patrocina um programa dcentrevistas do deputadoudenistn Arnaldo Nogueira,uma das figuras da maiorintimidade de Lacerda. Poisbem. Onde Nobre S. A.incorpora e vende imóveis?Precisamente na área dcIpanema e Leblon onde ha-via uma riglda fixação degaoaritos... Uu na área dasavenidas Vieira Souto e Del-íim Moreira para a qual ha-¦ria o decreto n.° 6.986, de10 dc maio dc 1941, com aseguinte redação principal:"artigo 1.° — Os prédios aaerem construídos ou recons-truidos nas avenidas Vlei-ra Souto e Delfim Moreiratorto dois ou três pavlmen-tos, revogados qualquer dis-positivo regulamentar quefaculte acréscimo acima detrês pavlmentos.§ único — Acima do li-mite máximo estabelecidoneste decreto será permiti-da apenas, a construção comas menores dimensões pos-slveis de reservatórios, atui-go para máquina e entra-da do terraço, projetadas eexecutadas de maneira a fl-earetn Integrados na com-posição arquitetônica notdlficlo."

Pois com o decreto 991/62,Lacerda não apenas revo-sou o decreto 6.986 <comforça de lei porque ante-rior à Constituição de 1946e anterior também à LeiOrgânica do Distrito Fe-deral) como permitiu que osterrenos de Nobre S. A. so-íressem um violentíssimoprocesso de valorização, jáque a área que antes regts-

A Cidade

trava um gtbartto inferior* i pavimento* agora nãot-onia com nrntium limitede altura

Por troiüca coincidência,outra empresa enormeuien*le benttifisiia pelo decrviode Lacerda e a imubilia*ria Nova Iorque, patrocina*dura du programa "Ciuau>.'w in Mascara" que o depu*lado Amaral Ncio apte«en*ia as segundas-feiras, natelevisão Rio. Também aimobiliária Nova Iorque,financiadora du campa*niias do líder govrmuta naAucmbleia Legislativa, ga-nliaia alguma» centena* demilhòr» de crturlro» ,,••,; atalortiaçào de terrenos pro*vocada peto decreio lr9i 64.PIOTIStO OOSENGENHEIROS

Para que *e leiaiia umaIdéia ue quanto e lesivo aosinteresses da cidade o de-creio de Lacerda ¦'.>'..« aten-l ¦: para eue telegrama di*rígido pelo Sindicato dosEngenheiro* do Estado daOuanabara ao Chefe doExecutivo carioca:"Data vénla, tentáramosvosscncla grave perigo au-mento gabarito Praia lpn-nema c Lebluii, medidaque futuramente Irá sen-do modificada sabor con-vcnlénclas Interesses par-ticulores contrários Inte-résses cidade. Antigo ga-barlto sabiamente fixadolei protegendo aquelas praiascontra desenfreada cobiçaincorporadores. Cu«o vawcn-cia permita aumento gaban-to ficará futuramente Le-blon e Ipanema mesmo es*tado Copacabana, incons-cientemente desfigurada porInimigos cidade. Então danocausado será Irreparável."

Em resposta à manifesta-ç.ío do Sindicato dos En-pcnhelro*. Lacerda deten-deu-se, mas deixou escaparo verdadeiro objetivo do de-creto 991:"Tão errado quanto per-

milir muralha de der an*dare» de arranha-céus naprata e permlilr muro decasa de 4 andares O quee»!ama* fa.Tuj., r rever po*lúica ae gabarito* para per*mltir crescimento muralde»de que pte*orvado« rs*paço» livres em torno doprédio."••Cra-scímenio vertical" que«emento atendera ans ope-utes de Nobre 8, A. eImobiliária Nova Iorque,empresas que mais ontrn*sivameiite participam da"caixinha" radio-difu*sora do governador do Em-lado.IIECAUOAOE

-\.:< .imi • ,- que COMIseu «.11.1111111 p.u. ¦ i livre pa-ra o gabarito Lacerda pu-licamcitte revogou a .-,.¦• ¦•..«« contida no clumudodecreto 0.000, de I de ju-lho de 1937. Decreto quenpenu» tem o nome oe o«-creto (da época do lutadoNovo' porque sabidamentevaie como legislação o co*mo tal somente passível dcrevogação por ler emanadada Assembéia Legislativa.Pois o decreto 091/82 re-voga o Código de oh:.. ,notadamcnie os aulgos II,13, 14, 27. 804 e parágrafo10. Também foram Ilegal-mente revogados outros de-crelos dispondo sobre ga-barltos e todos com forcade lei. Notadamente os dc-cretos 5.062, 6.980, 7.036.7.044, 7.045. 7.056. 7131.7 226, 7236, 7.305. 7.315 e7.095.ATENTADO URBANÍSTICO

Ja do ponto de vista ur-baiiLstlco o decreto 991 62representa a repetição dovergonhoso espetáculo deCopacabana, onde a espe-culação Imobiliária, lmptil-sionada pela libcralldade dosgabaritos, fez com que adensidade demográfica che-gaste, em agumas quadras,a 4.100 habitantes por hec-tare quando a densidade,permitida por lei, 6 llmi-tada cm 2240 habitantes

por hectare! 8 evidente quetina nevada deiiMdaue uepopulação aa denuidade pm*¦-¦•<; que .:¦ Hdtaii., ua com*;•- i > luiruçao, nas con-•i.•.¦••¦•: iicrmitidas pela L«i,cliegu rm determinada* qua*«ii«a, a 8600 habitante» poiheciarei* ial densidade im*puisioim o prootema da fal*ta de água. agrava a situa*çao do •-•'... sanitário, mi-i>óè nova» diiiculdadrs detiaiego e de etiacíunamen-to r n.i.i « pode ignorar as¦ ¦ i..i. u .-• >.obre o« atrl*tus e ii. ¦ > . lamentai quederivam dtjssc desordtiuiduacumulo populacional.

Aliás, as i-.ni - doCenso Urbanuico de Co-';..i- -.ii.iuu an-j "Revista Mu-nicipoi de Kn senhoria". ]a-neiro 1B51M )á havia ater-tado a fldtiiiniftlraçáo pú-blica para nt runseqiiéneiasda libcralldade com que nconstrução civil irabalhnvaem Copacabana. Essas con-clunóes denunciavam a cxls-tenda tm Copacabana:"li — de uma barreira deprcdlos fcciiando & vista rao ar oceânico toda a zonado bairro compreendida ?»¦*,•(re os funde: Cm piedios«•onstruido*. Junto a avcnl-da Atlântica e os morros:

2> — muralhas de con-creto flanqueando os doislados de horríveis "ruascorredor";

3i — aumento dc popu-lação e densidade demográ-ficas correspondentes quecriaram pela ausência dcregulamentação complemen-lar. que atendesse menos aespeculação Imobiliária àfalta de serviços de utlll-dade pública c facilidadessociais, falta de áreas II-vrea e de recreação e as di-fieuldades de trânsito e es-tnclonamento. de que sofreatualmente o bairro."

Pois. não obstante aadvertência do Censo Ur-hanlstlco. Lacerda vai re-petir no Leblon e cm Ipa-nema o crime consumadopela especulação imobiliáriaem Copacabana.

* '•"'*'^^Tt,>,»'*,rf'-."íF'ti***-

1111 lül W^iSéí El'-

"ÜH H IIB ¦¦¦ ¦BaOl aOrkl*'!'•¦'' f-III JI llll lil It^aM^

-- ¦ ¦ ¦ |'¦¦.''"•" f''JnKBK|IH 111 ¦¦ ¦ .¦ ¦ : gUm * tJI ¦ PB M. ¦ fc, H H '¦ I MffLai ™.IB**»1IS'.*. P«kg_^—LS ^Ummmm K• ¦ H fiw<9K jjl HoO |P

—'iu gf^EOrl Or-fl oT^m— J

WSkMt w:^Mtmmm »*SS W- .. , '*¦M^9mW-'mÍ mmT^M^ aW ,J8

Marco Antônio fala nos sindicatosO auditório do Sindicato dos Bancários

do Estado da Guanabara esteve repleto têr-ça-feira, dia 19, quando o jornalista Mar-co Antônio Coelho proferiu ali, sob aplau-sos, uma conferência sobre "Inflação, Re-formas de Base e Carestla". A palestra éparte de um ciclo de conferência que Mar-co Antônio vem realizando, a convite dosdirigentes sindicais do Estado, nas sedes dasorganizações operárias. Na quinta-feira, dia .21. o jornalista falou aos operários navais¦obre o mesmo assunto. B no dia 26, em

horários diferentes, Marco Antônio foi ou-vido pelos ferroviários da Leopoldina e pe-los talfelros. Hoje, quinta-feira, o nosso con-frade estará às 18 horas na sede do Sindica-to dos Trabalhadores em Curtume. E nodia 30, às 13 horas, falará aos marinheiros,no sindicato da categoria. Na foto. MarcoAntônio dirlglndo-se aos bancários. A seulado o presidente do Sindicato, Antônio Pe-reira da Silva Filho. Vemos ainda um aspt-c-to da assistência. /

Ana Montonegra

UmProtestoDescabido

Carioca Poderá Ver CartazesPoloneses: Museu de Belas Artes

Um grupo do senhoras da "Aliança Eleitoral Pelanunilla" andou nag redações dos jornais protestando con-tra a Indicação do sr. San Tiago Dantas ao posto de pri-meiro-mlnlstro.

Considerando o zelo daquelas senhoras pelo bem-es-tar público (sic), é oportuno lembrar-lhes alguns fatosocorridos e em curso, ultimamente, que bem poderiam me-arecer um pouco de atenção. Famílias inteiras estão pas-¦ando os dias nas filas, para comprar açúcar. Até as crian-ças ficam à chuva e ao frio. As donas-de-casa sentem re-dobrados os seus sacrifícios e as suas apreensões. Não que-rerão as senhoras da "Aliança" protestar contra a mano-bra vergonhosa do IAA, que tem como presidente um em-baixador, que é um dos maiores plantadores de cana dopais? Não quererão protestar contra os usineiros que sone-gam milhões de sacas de açúcar da safra passada, parauma vergonhosa especulação? É lamentável, também, queaquelas senhoras não tenham protestado contra o crimi-noso "negócio" da liberação do leite, que diz respeito, di-retamente, à sobrevivência das crianças. No entanto, sò-mente a "Vigor" faturou, no exercício passado, 210 mi-lhões de lucros líquidos, enquanto, a média de criançasmortas em algumas cidades foi de oitocentas por mil. Eainda esta semana, a maquina capitalista que fabrica"anjos" em massa, e, em contrapartida, lucros fabulosos,fabricou um suicídio: o de um jovem pai de família quese desesperou com a miséria que lhe legou, injustamente,a sociedade. Antes de suicidar-se escreveu um bilhete emtermos simples e patéticos: "Minha mulher está doente eeu não posso comprar remédio. Meu filho há multo tem-po não bebe leite e está morrendo." E o que farão aquelassenhoras por todas as mulheres doentes que não têm re-médio por todas as crianças que não bebem leite e estãomorrendo?

Sendo uma -"Aliança Eleitoral pela FamAia**, elas eD. Jaime deveriam lutar por exemplo, pelo tabelamentodo leite "in-natura" e os seus derivados. Lutar, também,para que seja estabelecido o monopólio estatal do produ-to, considerando-o um alimento social.

E à semana passada, o governador e a sua maioria('ospejaram, através de um veto desumano, 53 íamí-lias que moram na ma Marquês de S. Vicente. São cercade 600 pessoas. Entre elas, centenas de crianças. Mas aque-Ias senhoras que se dizem defensoras das famílias nãolançaram uma palavra de protesto. Ou famílias são, apenas,as dos latifundiários, as dos proprietários s w do* expio-radores do povo?

Cartazes de autores polo-neses poderão ser vistos apartir do dia 26 deste mês,no Museu Nacional de Be-ias Artes (av. Rio Branco,199, 2.° andar), quando sedará a inauguração da mos-tra, às 17,30 horas.

Entre os autores que fl-gurarão na Exposição deCartazes Poloneses^ citaii--se: Henryk Tomaszewsky,professor da Academia oeBelas Artes, laureado cincovezes na Exposição de Vle-na; Tadeus Trepkowski, ar-tlsta famoso, laureado como "Orand Prlx" na Exposi-ção Internacional de Paris(1957); Wejciech Fanger,que já figurou em váriasmostras; Waldemar Swierzy,Prêmio Toulouse-Lautrec,Paris, 1959. Além desses,

apresentará seus trabalhoso artista e cineasta polo-nês Jan Lenica, premiadocom o "Leão de Prata", naBienal de Veneza, em 1957,e em Bruxelas, em 1958,com um filme experimental(1.° prêmio).

Os cartazes, de artistasdas Academias de Belas Ar-tes de Varsóvia, Cracóvia eoutras cidades da Polônia,expressam o intenso traba-lho de pesquisa de seusautores, no sentido de criarobras que falem ao senti-mento e à razão, ao mos-mo tempo em que contri-buem para o apuro do gôs-to artístico da população.

FLN DE BRASÍLIA PROTESTA:DEMISSÃO DO CEL. ROCHA LIMA

BRASÍLIA -—(Docorr«3spondente) — Osmembros do 4.° Núcleo(Vila do IAPI) da Penhada Frente de LibertaçãoNacional na capital doPaís enviaram ao pre-sidente da Repúblicauma nota de protestopela exoneração do co-ronel Rocha Lima da di-

reção da Companhia Na-cional de Álcalis.

A nota, que conside-ra o coronel Rocha Li-ma "um dinâmico admi-nistrador", exige comurgência "o retorno e aposse daquela autorida-de em suas funções napresidência da Compa-nhia Nacional de Álea-lis".

*^Bf"i t* À* ^^^^^^^^v^

^aW ^^mWm^t, ^"***BWí ^a^j mamj mmki wjt^mVr wmw mmmm ^aw ^a^V ^ài^i^aV ^a^a^s^av ™mmmmmar ^mmmmm^ MhmW ^mm^ffar

•- ¦ al-"V •$, ¦ m^^v^m^g- ^ Sv Y*'#. i •'¦'- *-l^ -¦ '-^ J*"1"^p"W ^ ' ¦:¦¦ *f" * ' - ^ '

g

V, • ,«*J j^ ¦ ^èfacjfc *•»•»<• AM%po •"•aHas, • tam ê» •**¦*•*io «Afoow -'*£-'¦

f'% 4na> ^^B WW ^V ^nP' " --S»^^^ »..¦*•*¦•>****'"*,.' ' m «T^j f'^aV É>\ .^M^^MJMaafeaisM

í*W%®-'4*/ '" *«*•*'• I «; TS ^BSmm\m\\mmmmlMʧ8È>y>w:-Í>aBrt *1S* '*Ví"' 'í'%' I

km» sW* \\\\ m\mT*±íã£i* '

4"-*.*.**£*'Ty "*'¦,¦*," *!<v'.*4 *V* ** *?"*" i* \í''* "' "^mmmmmm. " H' ''¦

'* '

A PROVA DA HORAOs ponteiros do despertador ifotot assinala n vinte e

duas horas e cinqüenta c sete minutos. E desmascaram La-cerda, sua poüc-o e seus "AraRiirças-boys". autores da farsaque a K.ubalxad*.* S-ivIctlca classificou multo oportunamentede "ptuvocaçÃo fracassada". A fonfarronada de Lacerda,

Indo à Exposiçio da URSS, "apurar os acontecimentos", niopassou, pois, de mais uma da* suas bravatas costumeiras,uma dos suas faina* expedições punitivas «vide Gulirlta eAlfi ¦>¦. com as quais pretende drsvlnr a atenção do pavudo .-.iu niunuinentiil fiuvèsto como gove.nanU.

JUSTIÇA COMEÇA A DESVENDAR A FARSA

LACERDA E SEUS CÚMPLICES MONTARAM HISTÓRIADA BOMBA PARA CRIAR UM CASO INTERNACIONAL

Um mes depois da colo-cação da bomoa-relogto uaExposição Industrial eComercial Soviética no Kiude Janeiro, fato ocorrido a19 de maio, a Justiça já co-meça a perceber que o epi-sódio foi mais uma farsamontada pela policia dogo-vornador Carlos Lacerda,com a cxclaslva finalidadede criar um problema queabalasse as relações Brasil--URSS, recentemente rea-tadas

O Juiz Ellezcr Rosa, da8.B Vara Criminal, lnterro-gando com habilidade dia20 de junho, quarta-feira,o Inspetor José Pereira Vas-concelos, do DPPS, que co-mandou as buscas à bom-ba no local da Exposição,conseguiu que êle reconhe-cesse que as fotos publica-das por "Manchete" e"M u n d o Ilustrado", nasquais o relógio da bombaassinalava 22,57 horas, ío-ram tiradas no momentoem que o engenho Ioi de-sarmado.

Com isso, desmascara-ram-se as versões da poli-cia — de que a bomba sonão explodiu porque o re-lógio parou às 18,50 — e dopróprio Lacerda, no seu de-poimento espalhafatoso, ei-nico e provocativo contraa URSS, publicado nos jav-nais de segunda-feira, dia21 de maio, — segundo oqual, a bomba "só não ex-plodiu porque uma pressãoqualquer na manivela dodespertador torecu-a ligei-ramente, fazendo o relógioparar às 21 horas, 60 minu-tos antes da hora prevista".

Em outras palavras: eramentira que a bomba ex-plodiria às 22 horas, e todosos implicados na tra m a,Lacerda e seus homens, sa-biam do fato. Colocaram abomba apenas para criar unicaso político.DEPOIMENTO

O depoimento do policialVasconcelos, cheio tle con-

tradições, compromete ai-guns de seus superiores,principalmente o diretor daDivisão Politica o Social,Carlos Aberto Antunes, e oChefe de Policia Substituto,dr. P o 11 e r, esclarecendoque: o chefe de policia sófoi ao local após a bombater sido encontrada pelospróprios soviéticos; o sr.Carlos Alberto Antunes nãofoi ao local, Umltando-se asair de casa para o seu Oa-bine te; o sr. Potier, apóscomunicar a Vasconcelos acolocação da bomba, nãopediu uma ambulância ouqualquer outro socorro parao caso de uma explosão; apcricla e seus técnicos sóchegaram ao local multotempo depois da hora mar-cada para a explosão.

Os quatro Itens acima,especialmente o que sc re-fere à ausência de qualquermedida dc socorro para osque se encontravam naEx-posição, deixam claro quea policia não acreditava emexplosão.O «HERÓI»

O governador Lacerdanão perde ocasião para umaíanfarronada policialesca.procurando esconder seuabsoluto fracasso adminis-trativo atrás de grotescasinvestidas à frente de expe-dições punitivas que pos-sam impressiolar os leito-rs de capa-e-espada. Entreesses golpes publicitários,s salientam-se, par exemplo,os episódios do contraban-do — em que èle chegoumesmo a interferir nos ne-gócios de outros Estados —,o da água — quando inva-diu o Estado do Rio, e o darebelião dos presos no Na-tal de 1961, quando chegouao local já depois de tudodominado.

Sua mais recente faça-nha foi o caso da bomba,uyora seriamente compro-metido com os últimos de-poimentos, que o apontamcomo um dos principais

elementos implicados nai.u.-a contta a Exuo iç.ioSoviética, da qual era gran-dc inimigo. ,

No depoimento dos pa-trulhelros da Policia Mili-tar, tomado no mesmo diado de Vasconcelos, os n<lli-danos afirmaram que eram21,40 horas quando o ma-jor Lameirão telefonou pa-ra o brigadeiro Ouedes Mu-nlz comunicando que colo-cara a bomba na Exposi-çâo.

Já Lacerda, em seu de-poimento publicado comgrande destaque no jornaldos irmãos Marinho do 21de maio, disse qne recebeuum telefonema do briga*delro Quedes Munlz, às ..21,30 horas, comunicandoa ocorrência.

E mais: os patrulheiros,conforme seu depoimentoperante o Juiz Eliezer Ro-sa, quando chegaram aopavilhão da mostra sovu-.ica lá encontraram o go-vernador. Como pôde che-gar êle com tal presteza aolocal? Como soube da bom-ba, se os patrulheiros, queestavam próximo ao locale viram o telefonema aobrigadeiro, chegaram dc-pois dele?

AP-DOVINOA participação do coro-

nel Ardovino Barbosa,' au-xiliar predileto de Laceraanos acontecimentos, vem kscomplicando dia a dia. Ti-ao imediatamente comosuspeito por suas ligaçõescom o MAC, o chefe ojtest.»sivo acabou sc irritandocom a insistência dos inter-.rogatórios buscando a ver-dade, e ameaçou delatartodos os figurões envolvi-rios nos atentados terroris-tas que vem abalando a ei-uade de.sde que Lacerda tò-mou posse como chefe doExecutivo.

E cumpriu parte daameaça, confessando que otelefone instalado na sala1120 cio edifício Avenida

Central, quaUel-gencral dusterroristas c local onde .ibomba foi feita, puncncc .«v pna pcücia c foi trau -lendo por uma ordem sua,a pedido da embaixadanorte-americana.

Essa confissão, publicadanos jornais dc 4 dc junho,foi confirmada dia 21 atra-vés de Informação prestai.»pela Companhia Tclcfònic.iao Juiz Ellezcr Rosa.INQUÉRITOS

Agora q u e a Justiça jãestá com o processo nasmãos, talvez se possa espe-rar que. algo seja elucida-do., Se, ficasse apenas .,. naesfera policial, já se podiadar o caso por encerrado,a exemplo de outros aten-tados planejados e executa-dos pelos mesmos persona-gens. tais como o metra-lhamento da sede da UNEcm janeiro de 1061, asbo---bas que explodiram na Mis-Fâo Comercial Soviética cmfevereiro deste ano e nscn.rgas de dinamite coloca-das em barracas da Feirade Livros, na Cln°'ândia,uma das quais explodiu.

INDUSTRIÁMOS DAPEKHA: GRÊMIO TEÍ.1NOVA DIRETORIA

O Grêmio Recreativo, Es-portivo e Educativo dos In-dustriários da Penha ele-geu recentemente sua novaDiretoria, que admlnís.trarúa entidade no período de ..1-5-62 a 30-4-64.

Luiz Oregório da Paixão,presidente; Luciano de 011-veira Pinto e Rodrigo IvoJosé dos Santos, 1." c 2°vice-presldentes; "M o a c 1 rLobo do Medeiros, secreta-rio-geral e Silvano José Ro-drlgues, tesoureiro geral,são alguns dos integrantesda nova Diretoria da agre-miaeão dos moradores doconjunto do IAPI naquelesubúrbio leopoldinense.

IINIOÃI SOVI ET! f&* inH-tit.it u i*>iu

' dm ü-srj WmwÊr -- *'M mmmmWÊÊ tmmW^^È •WmmmWm mmmmmtJr '"¦' •' •WkmãMÊm mWmm* ¦

1*WJP,,*H WmWaW&Kt'WK&.mi aW Pf^ y^J

W^mM ; ^^ÊmWií^^W^ÊÊÊmÊÊmWÊm W '¦rvmÊm%^Êãmms^sÊÊKmmkmm

Procure nas bancas de jornais

Union SoviéticaMensal, ilustrada, com fotos em cores.

A revista informa sobre todos os aspectos da vidados povos da URSS.

Já está à venda o n' 146, contendo, entre outras, asseguintes matérias:

• Reportagem sobre o 409 aniversário da Organiraçãode Pioneiros da URSS

Aulas de Física e Química no Museu Politécnico de MoscouProblemas de medicina: sobressalentes para o corpo liur. . .oA nova e magnífica estação rodoviária de Kiev 8 suas comodidades iReportagem sabre a Universidade da Amizade

dos Povos Patrício lumumba

A revista UNION SOVIÉTICA sai publicada em russo,espanhol, inglês, francês, alemão, árabe, chinês e japonês.Você pode faier a sua assinatura de UNION SOVIÉTICA e recebê-la em casa.

Preço: Ci$ 600,00No Rio de Janeiro:Pedidos

EDITORIAL VITÓRIA LTDARua Juan Pabln Duarte 50 — sobradoCaixa Postal 165 — Telefone 22.1613

J. GRECOAv. Presidente Vpreas, a#iíTelefones 23.0100 e 23''.405

grupo 304

Em São Paulo: AGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURALJttrandir GuimarãesRua 15 de Novembro 228 — 2.° and. — sala 209

Page 7: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

rj'*a

jrjij tte Jârtèlib. .•mono de 29 dl iunr.1. «i 5 He julho de 196? •'i". oiim*^** 7 —

KENNEDY É INDESEJÁVELPARA O POVO BRASILEIROEtia anuneiad* para os

ri.iiriítu o:», de aa«>-*ts>i>.s.simo uma visita do Pre.*.<.«**'• do*. lUudo* Unido»,John Kennedy, ao Brasil.Aparentem-Me. trata*te deuma visila de corlrsta, enire «-posta a que foi frita re*centemente pelo presldrtiieJoio Ooulart aos CVA. Naverdade, porem, o que menuextiie no cato é cortesia.íüi. outros, multo diferente*.o* objetivei reais da vindade Kennedjr ao nosso paU.Nenhum artificio, nenhumrecurso drmscoiiro como ode nreter.der ldentiflr?r estaviatten com a do presidenter-oieveU em 1042. cnnvegu*.• ri ocultar aos olho* dop*vo bra«l'eiro o car'ter eo-wnlSMOr da vinda de Ken-nedy.

'¦¦Ia é. por iüdu as ra*Jàes, una visita Indesejável.Nâo é ttut antWo do wm»brasileiro ou um defensorda demoraria que vem ai.lu/*. o principal executor do;¦ -MU-a esnoíbdore a enros*s'v* do* Estados Unidos, or*.«.rono do* trusie* Imorria-'•'lat ianques e da rama-nihí oue insliie em colo-car o mundo «t beira de umamUstroíe atômica, o povobrasileiro reoiidla essa v>i-te. como reoudlou a de E'-jenhower. anteemor deKcnnedy na Casa Branca.

OPRESfAO DA AMÍRICALATINA

Kennedy estará t ta se-ra..na no .México I.in oca-siõts anteriores, foi à Ve-nezuela e à Colômbia. Emtodos éasea paises. nos quaisestiva sempre sob a alega-çào de cortesia, o Presidenteianque o que fêt foi defen-

der ot ¦¦.in<-.=¦¦» do* trustesnorte.smertetano* Por U**u.r.mo tanto na Ventuelacomu na Calòmtria. eneun*trmi viGorwta manlfeauçoe*de proteeto e repudio Ato-ra, nu Mésiro, um verdadet-ro batalhão dr militares epoliciau ianque» ocupa llte*relmente o pais para qnenele ¦*• m» ae«**mt»r«*ar orepresentante do* oprewo*res da América Ullna. Osm-oprle* lorntis norte*ame*ricanos sio obrigados a con*fe-sar «íue uma simbroacompanha Kennedy: asombra dr ridrl Castro.

Mencionar a ealslênciadc**-. sombra é uma formaOr dlrrr quais o* «jmt-Mtoaoue Kennedy tem «ie fato emvWa durante M nu* an*danças pela América Urina:esmagar, por todos n* meiosposslveii. os anseios de II-bertaçào narional. de pro-Rre"*u e btm-estar do* 200mfhòc* de laSlno-amcrlea-no*

8 «Me o me*mo ohletivode *ua enunciada ..nda aoBra-ll.

SUBÔftNO E CHANFAIHO

A visita de Kcnnedy aoBrasil é precedida por umaIntensa barragem de pro-paganda. que pre«ende *o-bretudo apresentar o* impe-rialista* norte-amerlcanoaroni.1 nossos sinceros amigos.*** a nrop-*<-audn da phftma-t'". "Mlcnç-i para o Prourei-*»o". nova furntii de peneira-cãj «* dominação «ia Améri-ca Latina pelos monopóliosianques como tem lido de-nunciada nâo somente peloscomunistas, mas tambémpor outros patriotas, como oGovernador teonel Brl-zola.Além de distribuir algumas

iiumilhantes migalha*, prlu*ipalmeni- ertut ot arulgu*

oo peito, como Cariu* Lucer*..., • «.a Bampaio. a "Aiian*•a irau*toniiou a l*miiaixa<UA da* talado. Unido». ***•

âuiido a painoiica deuui.ru

e Drliola. uuma espeeic dr«ujtrigavirnu que ignora.ufrunl«*-aiitei)ir, o* põderr*d« Vulfto. Krii.ni> prrelea.vindo ao Ura.il. movimentarpe«-*oalinrnlc e*-**. maquinade engodo e suborno. Eu*quanto ela trabalha, os uto*nopdllos ianques continuamextraindo (urros fábulas*-**.o comercio exterior continuaa deteriorar-se, a nostamoeda cuntlnua a sofrerquedos - -i« ...»-> c o povubrafili ... continua a sofrer,rada dia cm prupoiçúes mal-aflitivas, a* cunstqutocla*do saque luípcrialuia.

Ao mesmo tempo, •• Oo*verno ianque atua em outroten eno: o da repressão ml-lltar c do recrudcsclmcntoda espionagem. Uma sériede fato* .da maior gravidade*e coloco. ne»;.e terrrno. naord'*m*do-dla: a criação druma Academia Militar. pri ¦OEA. funcionando em Wa«-hlngton para a "preparaçãoideológica'' dos oficiais da*força* armadas latlno-ame-ricanas: o envio dc c«pecla-listas ianques na "luta anti-guerrilheira" para váriospaises da America Latina,•¦•nforme tém cinicamentedeclarado ns própria* auto-lidaoVs utadiuiidenacs: a:•-.-..ii. 1...1 dc uma a- •: •...do Pentágono uo Eslado u.iOuanabura. sem que o Go-vèrno federal c o Ilamaratirecebessem ao menos umacomunicação: a instalaçãode uma vastíssima rédc dcespiões Ianques em todos osEstados, valendo aqui lem-

orar • denúncia hft '*•*<* -(viu peto Governador Brt*.• . • dr que alguiia >'¦*¦<-¦ (o*ram rnc**nirad«-* nu RiuOrande do Bu) nio terul"-.,¦.<• ji j- _,;. a'.. a «fUII*

erntraçáo dt mtlliare» deagente* do P<¦¦¦'¦*.: »¦• mili*tare* e elvi*. «o Kordesteu:.--..'.t.:, atuando junto apoUtiCQg :-¦ :•¦¦¦:¦ ¦ t gol*pi«ta* como o Br. Cid Saiu*paio.

APUTAI O CttCO

A* autoridades e a im*prensa norte-ameriranu» náoescondem a sua intranqui*lidade em facr do avançodo movimeniu o>morratiro ¦peta emancipação nacionalem r.-... Pais. Alarmou-o*um fato como a enrampa*çio Ua ITT pelo fl..n n...gaúcho O fortalecimento domovimento operário e a or-gamurio dos camponcM**.a amplitude .- o vigor crês*cenics da frente única anti*unpfrialUta no Brasil In*quietam profundamente o*monopolUtas Ianques. E I*«h>

•:ar«tudo agora.quando vioít.-wa and" ruldo.*4unentc a*próprios promev-as da "Ali-«nça paro o Progresso" e.Internamente, a economianorte-americana atravessauma grave crise que com-prova, mal* uma ver. a fa-lênela da "livre Iniciativa".

N«**-<n* clrcunsiílnrla*. avlslii de Kennedy uo Me-xico e ao Brasil — o* dois«¦abes da América Latinaém que • mais fitmr apcicio en defeío do dl-relto dc nutodetcrmlnacúodo povo cubano — tem rmvista, claramente, apertar ocirco. O Departamento dcEstado e o Pentágono exi-gem de todos os governos

'«Uw-amtictM» derièra*>:«**>• e autudea eoneretat«ti*** r.rmoiutitm total tut»*:rr*iáne*a ao governo do*¦¦¦cUr, fi.itju: Exigetn qu«-«•-a ** atrelem m«*ondi<io*«.«irnenie aot piaoot mlU*iate* de agressée ttorte*¦•¦¦'¦•¦ »m»- Eaifpit que' *¦-¦ ampliadas a* f*n i..udr. p«ra o* intetumen*tm de capilal pelos trut*te* de Wall Bueet Cugemque tarjam •*>=.** em pra*tica medida* poiieialt parau tsu.teamrn.0 da* aspira-Kte* Oe inCa-pa-f-Urnr!» 0piogretto do* mmkm potrot* -t- :n o romptmento com

governo Revolucionário deCuba r o apoio a novas.»r;r .wV., militares contra oa:urto*o povo cubano. Exi*gen que sejam suprimida*l*e!a violência manlfeata*

"¦. c«Jmo a do povo argen-tino na* urnas, embora con-•-..j-.ii dexcaradamenlt a'¦•'..: rm "democracia re-presrntaliva". e que á lfei.trdos governos esteiam to*mente us hument mais do-cels, de aua estrita conflen*ça. Exigem que se pratt*que nio uma politica exter-na de Independência, comorcclama-n os nossos povos,mas a politica de "aliena-çio progressiva da sobera-nla nacional", defendidapor tmVeráveb traidores dapátria, romo Joio Neves da

¦.• : * Exigem, enfim, aentrega de nossos países, demüos e nes atados, ao* In-so!rn*ri ma* frarasrados se-nliore* do dólar.

festa- é o sentido verda-deiro du visita de Kcnnedyao Brasi). Por isso é elauma visita Indesejável. Porliso o povo brasileiro re-pudln esse presidente dostrustes.

Remessa de Lucros: Retrocessoem Relação ao Projeto da Câmara

Constitui um evidente re-trocesso em relação ao pro-j.-io aprovado em novembroúltimo pela Câmara, p subs-tituMvo elaborado pelo se-nador udenista Mem de Sie que foi objeto de delibe-ração por parte da CombsãoMista de Deputados e Sena-dores. Conforme era prevls-to, a violenta campanhamovida principalmente pe-ias empresas estrangeiras— e antes de tudo pelas

norte-americanas — e pelosseus testas-de-ferro produ-ziu seus frutos. A essa cam-pshhh não faltou, como m*recorda, a intervenção maisdesabrida do embaixadori*orte-americano, sr. LincolnGordon —• o "progressista",¦niigo pessoal de Kennedy

—, oue em "sucessivos pro-nunciamentos colocou-secontra o projeto ap**ovadopor tão expressiva maiorianr Càmp.ra dos Deputados.

Aoesr.r (». não dispormosainda do texto inteprsl dosubstitutivo encaminhado aoSenado pela Comissão Mis-ta. alguns pontos do mes-nn já divulgados pela im-prensa evidenciam os re-c-os. es portas abertas, nu-ma palrvra o predomínio Ceum esoírito oposto àque'emie presidiu a decisão daCâmara.

No projeto que saiu daCãmsra. estabelecia-se acriação de um Conselho deInvestimentos Estrangeiros,com amplas atribuições decontrole sobre os investi-mentos iá existentes, assimcomo sobre os novos in-vestimenta1*, podendo, in-c'usive selecionar aquê'csadmissíveis ou não. Em vepdisso, o substitutivo da Co-missão Mista transfere va-çamente ao Conselho deMinistros, "com audiênciado Conselho Nacional deEconomia" algumas dasatribuições do referido Con-selho de Investimentos.

PREMIADO0 PROF. ANTENORNASCENTES

A Academia Brasileira deLetras acaba de conceder oPrêmio Machado de Assisde 1962 «200 mil cruzeiros)ao eminente filólogo brasi-"eiro Antenor Nascentes.

A candidatura do profes-sor Nascentes a este prêmioanual da Academia ioi apre-sentada simultaneamentecom a do sociólogo pernam-bucano Gilberto Freire. An-tenor Nascentes obteve 12Totós # Freire 6.

Uma Justa decisão daAcademia Brasileira de Le-trás. Antenor Nascentespossui um conjunto «je obraíilológiea digna de todoapreço e que é um patrimó-nio da cultura brasileiracontemporânea.

A emissão de capital porempresas estrangeiras, ve-dada pelo projeto da Cama-ca. foi substituída pela exi-gência de que as ações deempresas estrangeiras coio-cadas no mercado brasileirodêem direito a voto... De queadiantará essa restrição, se,nem ao menos i conferidoao governo o direito de re-presentar oa acionistas dis-persos?

LIMITAÇÃO DASREMESSAS

No projeto aprovado pelaCâmara, limitava-se cm10',s sobre o capital a quan-tia legalmente transferivelpara o exterior a título delucros de empresas estran-geiras. O substitutivo daComissão Mista troca essaexigência pelas seguintesnormas: só haverá limitaçãonas remessas «máximo de8%) para "os investimentosnão produtores de bens eserviços e aos que se .-o. -Unam à produção dc bense serviços suntuários", fór-mula, como se ve, bastanteelástica e onde pode caoertudo, ou quase tudo. Noscasos atinpidos pela Umi-tação. os lucros que exce-derem de 8^ poderão serreinvestidos "cm atividadesconsideradas do maior in-terésse para a economia na-cional" e. então, desapare-ecrão as restriçõe-.

OUTROS ASPECTOS

Estabe'ece, ainda, o subs-titutivo. que em caso de gra-ve desequilíbrio da balançade pagamentos, o Conselhoda SUMOC poderá imporrestrições por prazo limita-do á importação e às remes-sas de rendimentos dos ca-pitais estrangeiros. Ora, asituação cambial do país. nosúltimos «reis anos. que cias-sificaeão merece, senão a def-rave? Comi «-'-.•¦',-— ¦ ssucessivos deíicits do ba-lanço de pagamentos'' a':.....-ra-se, por acaso, que o setorexterno da economia entreei» colapso, para então co-locar o rótulo de "situaçãoKrave"? Por acaso não éesta, de agora, de junho de1962, uma situação cambial«trave, quando o déficit dobalanço de pagamentos jávai muito além dos 100 mi-lhões de dólares?

O substitutivo fixa. ain-da, um prazo de 30 diaspara que a SUMOC regu-lamente a forma pela qualas pessoas físicas ou júri-dicas domiciliadas no Brasilfaçam a declaração .dasbens e valores que possuamno exterior (1 bilhão e 600milhões de dólares, segun-do foi revelado em recon-te reunião da AssociaçãoComercial). Nao sabemosse foram mantidas as pe-naUdades previstas ao pro-jeto da Câmara para osque infringirem essa deter-minação, mas o espírito ge-ral do projeto, nio autori-za sunor que isto tcr.r.aocorrido. TamWm es puni-

ções para os que pratica-rem írauci» - cambiais fo-ram abrandadas pela Co-missão Mista..

O relatório apresentadopelo sr. Mem de Sá justlfi-•¦ando o seu substitutivo ium tratado (2.400 linhasdatilografadas) de defesado capital estrangeiro. En-tre outras coisas, segundoos jornais, afirma o sena-dor da UDN que "o lucro,por maior que seja. é sem-pre necessariamente, umafração do preço; dòste, as

maiores porcentagens sedestinam ao pagamento desalários, matérias-pri-mas. despesas geral* • lm-postos". A primeira parteda afirmação 4 óbvia. Mas,quanto á segunda, gosta-ríamos que o senador pu-desse conciliá-la com o queapurou a comissão de In-quérito sobre a Indústriafarmacêutica, segundo aqual, entre 1958 e 1960 hou-ve medicamentos que so-freram um acréscimo dep.reço de até 500'r 'qui-nhentos por centop. Trata-

-sa de um ramo controla-do pelo capital estrangei-ro, notadamentt norte-jmjÊSámtm\m*i\jmà» " **'""

rios situam-a» antra 1*7%dos preços d» venda. Comoexplicar aumento tão fan-tlstlco senão pela lnsaeiá-vel aêde de lucros? t aei-dento que oa lucros aaslmobtidos • remetidos nãofiguram nas estatísticas daSUMOC, que são os allcer-ces em que a* apoiam todoso* cálculos, juizo* e conclu-*ões do ilu*tre advogado docapital estrangeiro.

Uma Farsa a ReiAsrária de Beta

ormancou rt

CARACAS (Corrcspondèn-cia especial) — A reformaagrária alardeada pelo Go-vèrno de Romulo Betancourte o maior logro que se po-deria impor ao povo vene-zuelano, sob o íalaz pretex-to de levar o progresso aiagricultura e acabar con. amiséria no campo. Esta ca denúncia feita pela Fe-deraçáo Camponesa da Ve-nezuela, num manifesto e:nque analisa a política agra-ria do atual governo. O co-

¦municado aponta igualmen-te uma sorte de arbitrarie-dades e crimes praticadospelos homens de Betancourtcontra as massas campone-sas.

De acordo com a Lei doReforma Agrária, promul-gada em lUao, o governo seobriga a doar terras a tó-das as famílias campone-sas. Mas das 400 mil fami-lias rurais existentes noPaís, o governo reconheceque, no periodo de doisanos, apenas 30 mil famíliasforam registradas para orecebimento de terras. Onúmero real de registros nãochega, porém, a 15 mil. 8e-gundo uma rigorosa pesqui-sa realizada pela Federa-cão, a quantidade de fami-lias registradas é apenas umpouco superior a 10 mil.

Para se ter uma idéiamais clara do problema,acrescentamos que existemno país mais de 1.5O0 Co-mites de Camponeses Peti-cionárlos de Terra, desde apromulgação da Lei Agrária.Cada Comitê reúne uma me-dia de 100 a 150 famílias eo total de propriedades re-queridas se eleva a 54 mil.

O artigo 101 da Lei Agra.ria estabelece que seis me-ses após ser feito o pedidode uma prta-wiedade, o Go.vèrno deve fazer a entregadas terras ao Comitê Peti-cionárlo respectivo. Na ver.dade. porém o Governo nSosó nao entrega as terras,mas nem mesmo pi«sta aosComitês o menor esclareci,mtaito, apesar df> est.ar a if-

ps*ôr--io tam o texto da I.eiAgrária.

CAMPONESES OCUPAM

A Federação Camponesafêz todos os esforços pos.sjvois a fim de conseguiras doações de terras medi-ante os critérios fixados nalei. O Governo, no entantonâo fêz senão ludibriar oscamponeses. Estes, desilti-didos tanto das promessasfeitas por Betancourt du-.ante a campanha eleitoralcomo das garantias teórica,mente dadas pela Lei Ag.á-ria passaram a agir porsuas próprias mãos preíc-rindo ocupar as terras quehaviam requerido.

Assim, foram ocupadas •'nos últimos meses.cerca dc70 fazendas em tudo o ter.ritório nacional. A respos-ta do Governo — que nfiocumpre a Lei por éle pró.prio promulgada — é a re-pressão violenta contra oscamponeses. íiste é o papelque tom cabido á GuardaNacional e outros organis.mos do Governo.

Nos Valles dcjl Tuy sãoinúmeras as arbitrariedadescometidas pela Guarda Na-cional. Com a mesma bruta -

hy^m W

W%\ I"

II

Palestra de PrestesSábado último, dia 23. na Escola Car-

deal Leme. «*m .Rumos. I.uix Cario* Pr«**tr*prununcluu uma palestra <fotu« acirra dapresente situação uariotiale da* tarefa* dos.si:.i.:. ¦.• e «ii-::..ii« patriota*. Preste* dt-nunciou vigoroiMimente as manobras do* cir-cuios entreguistas e mais reacionários que.por todo* os meios, procuram pressionar oCongresso a fim de que se forme um Oa-bineu nlnda pior do que o atual, isto é, que

impeça a* trsn.*formaç«>« de e»trutura re-chamadas por lodo o povo e reprima o mo-vtiuciito i.j. . ...I..--.I e democrático, de arôr-do com aa exigências dos impei iallMu* nor-(«¦americanos. Prestes concltou o* patriotasa cerrar itirlrn* na luta contra c* muno-bra* ii.'.< !¦;.. '...- • ¦••'.•• prla rcm-tiuiçáode um Oovérno que rcrrespwda a* s»plra-çòcs de independência, progresso e demo-cracia da nosso povo.

CONLUIO ROBERTO MARINHO-TIME-UFE :

INTERVENÇÃO NA IMPRENSA BRASILEIRA

jidade tem a Guarda atuadocontra os camponeses nosEstados Lara. Aragua, Ya-íacuy, Zulia. Fálcón e Por.tuguesa. Não contente emespancai1 os <invasoi"es ¦ aGuarda Nacional destrólsolvagemente os casebres cas plantações dos campone.ses. Incendoia propriedadeso chega ao ponto de rolocararmas e produtos quimirosa.as ca*as dos camponesespara depois acusa.Ios deguerrilheiros, prende-los esubmetê-los a brutais tor.u-ras.

FARSA E SUBORNO

Naqueles casos em que oGoverno diz ter resolvido.fixando nas terras algumascentenas de camponeses, afraude é ainda mai*. ciní-ca.

Eis em que consiste:1) As fazendas desopro-

piladas foram pagas a pre-ços astronômicos ("preçosjustos", estabelece a LeiAgrária) e com a participa-çao aberta db -suborno;

2) Procurando lmpressio-nar a oplniào pública e oCongresso, o Governo fazaparecer como propriedadesrepartidas muitas que já ohaviam sido em anos ante-riorers, como aconteceu emCunamá com relação a pro-príedades que estavam ven-didas desde 1945 e 1940;

3) Várias entregas de ter-ias foram puro simulacro.Há casos em que os "títulosdc propriedade", entreguesaos camponeses em atos so-Ienes, são simples papéis embranco. Em outros casos,anuncia-se a repartição dcpropriedades que ninguém,muito menos os campone-ses. sabe onde se encontram.E em outros casos ainda, asterras entregues estão nasselvas, em regiões inacces-siveis e produtivas, como éo exemplo de "El Guapo";

4. Nos pouquíssimos ca-sos em que houve realmen-te entrega de terras, estas,em regra geral, carecem dosniali -e-lomcntares—íi^mços ".água, esgotos, luz, etc),sendo os camponeses, alémdo mais, envolvidos na piordesorganização econômica,a tal ponto que se vêemobrigados a abandonar aterra. Isso para náo falarem crédito, que ou nâo exis-te absolutamente ou é eon-cedido em condições pratica-mente impossíveis para oscamponeses.

Quanto à ajuda técnica— fornecimento dc maqui-naria, engenheiros agróno-mos, métodos de cultivo,vias de transporte, adubos',sistema de mercados, etc. —o fracasso do Governo é ain-da maior. Nada foi feito nes-se sentido, e nenhumapreocupação revela o Govér-no em fazer.

Enfim, a propalada refor-ma agrária do Governo Be-tancourt-COPEI é uma trá-gicr. farsa contra os cam-poneses e o povo da Vene-zuela.

Costumam dizer os colu-nistas sociais que "cm so-ciedade tudo se sabe". Há

Íioucos dias, um dèlcs revê-

ou um fato cujo Intercaleultrapassa os limites do'•soclcty". Vamos transcre-ver literalmente o tópico docolunista Pedro Müller«"Jornal do Brasil". 14/5/Í21.subordinado ao titulo "Uniãode capitais para a impren-sa". Lé-se ai:"Cinco publicitários dogrupo Time e lift janta-ram .-tiiuna-^oite- desta nr-mana. com o proprietário deimportante jornal, revistase rádio 'além dc salinas),tendo sido estudada a pos-sibilidade de uma associaçãocom o grupo Henr-f Lure.um dos mal* poderosos daimprensa norte-americana."Além de televisão, o gru-po brasileiro e norte-ame-ricano está considerando apossibilidade de lançamentode .mia revista semanal, cmportuguês, que aproveitaria70% da matéria editorialque sobra de suas publica-ções internacionais. Os res-tantes 30''. seriam compie-tados cora assuntos nacio-nais. A idéia está em sus-penso, á espera de que oitovérno brasileiro decida sô-bre a política de remessa delucros para o exterior."Superado este aspecto,entraráo em negociações, jána fase de detalhes."

IDENTIFICAÇÃO

No meios da Imprensa, iá-dio e televisão, em geral sesabe de quem se trata, seconhece o aparentementemisterioso personagem cujonome o colunista social si-lenciou. O leitor comum náoo identificaria. Vamos revê-lar-lhe o nome. pois estamosdiante de um assunto sério,que envolve interesses na-cionais sérios. O persona-gem aparentemente miste-rioso é o sr. Roberto Mari-nho, proprietário de váriasempresas comerciais e ior-nalistícas. entre elas "O Glo-bo", a Rádio Globo e umcanal de TV. Ninguém igno-ra que mesmo as empresasjornalísticas do sr. RobertoMarinho são sobretudo ca-sas de negócio e muitas vé-zes de negociatas, autènti-;-as organizações destinadasi render lucros e super-lucros, além de defendereminteresses contrários aos in-teresses nacionais do Brjvsiir"Para isto, recel*em--t5bulo-sas somjj£--i-fê~'empresas in-dtistfláis e comerciais cs-trangeiras, particularmentenorte-americanas. São essaspublicidades (pagas até a800 mil cruzeiros e mais apágina) que ditam a Unhapolítica de "O Globo", daRádio Globo, das revistecasdo sr. Marinho.

TENTANDO IUKIA* A LEIfim suas estreitas relações

ccM.i firmas norte-amenca-nas é que se baseiam asatuais negociações, Já emfase bem adiantadas, entreRoberto Marinho e o grupoTime-We, de Henry Luce,um dos magnatas da im-prensa e outros ramos denegócio dos Estados Unidos.

Pela Constituição Brasi-lelra, é absolutamente ve-dado » qualquer grupo es-trangeiro a propriedade deempresas jornalísticas ouafins. Diz textualmente oartigo 160 da Constitu^ioFederal: "í vedada a pro-priedude O e?nprêsas jor-

naüilicas. sejam polilitas ousimplesmente noticiosas, os-sim como a de radiodifusão.a sociedades anônimas portedes ao portador e a es-trangeiro» Sem Uses. nempessoas jurídicas, excetuadosos partidos politioos nacio-nai». poderão ser acionistaste sociedade» anôntmae pro-prietârtat dmut» empriiai".

Im suas eonfabula«*õeseom Roberto Marinho, ogrupo Time-Life objetivaburlar a lei brasileira, pe-netear-dirrtammte-no cam-po da imprensa, do rádio,da televisão. £' claro quetambém para faaer naco-cios, altamente rentáveisnum pais como o nosso, on-de a mão-de-obra é ineotn-parivelmenta mais baratado que noa Estados Uni-doa; mu também no ter-reno político procurandoinfluenciar ainda mais di-retamente a opinião públicabrasileira do que já o fa-zem os imperialistas atra-vég de certos jornais brasi-leiros que lhes defendem osinteresses.

Com esta finalidade, opresidente do grupo Ti mo--Life. Andrew Heislcel já ve:oao Rio diversas vezes. Quan-do o assunto «*om RobertoMarinho estava satisfatória-mente encaminhado, trou-xe, da última vez, toda umaequipe de "técnicos'' paradiscutir os detalhes.

AS «GARANTIAS» DEMARINHO

Como «se sabe, os ameri-canos sào comerciantes per-feitos, homens de negócioaltamente experimentados.Os chefes do grupo HenryLuce, nâo obstante as iden-tidades de interesses finai.-ceiros e políticos com o «.tu-po de Roberto Marinho,exigem deste, para levar atermo o acordo, uma sé-rie de garantias, a fi-n den&o serem logrados. Porque— "amigos, amigos, nego-cios â parU"... Roberto Ma-rinh.0 ofereceu com garan-tia doe •investimentos a se-

rem feitos pelo t*rupo ame-ricano a Radio Globo. !i-cando de fora o jorna.. p.a-ra salvar as aparent-.a* epara se precaver quanto aofuturo. Os americanos con-sideram Insuficiente a ga-rantis. Exigem também ojornal diário doa Martnhoa.Comprorutam-aa a con»-trair oa •dlflotoc apropria-dos para aa noeaa oeganl-zações: TV, revista eema-nal. os quais seriam arren-dados á Rádio Olobo. Emcompensação, o* Marinhoslhes dariam como garantiao próprio jornal "O Olobo".

CAVALO Dl T*OiA

Nas últimas aemanaa, te*.nou-st* moda í*^"*í•'I,,.Cavalo de Tróia* no Snati-ííste escandaloso negocioentre o grupo norte-ameriacano de Time.Lite • o gru*po brasileiro «Globo-TV-Ri-dio Clobo» é que constituium verdadeiro cavalo d«*Tróia, cm o qual os inte-.esse» financeiros e políti-ros ianques le.itam violar aConstituição Brasileira, coma ajuda do .comendador.**Roberto Marinho. £ umavergonha que este conluioimoral contra o povo bra*l-loiro tenha sido encaminha,aio a tal ponto que já sanoticia abertamente estaremagora ns-detalhe* dependeu-do apenas da politica brasi-'leira sobre remessa de lu-

i :»r. Teríamos, assim, umtruste norte-americano in-torvindo diretamente na vidaIjiaiiiiii. nacional através demeios «ir. difusão que só umaminoria insignificante debrasileiro* lem a possibill.dade cie utilizar: imprensa.radio e televisão.

Aqui fica * denúncia, quaé um alerta a todos os ps.t/iolas. Será inadmissívelque ras podêres públicos —dos quais depende em úl-tinia annlise n romponendaanil.constitucional — favo.reçam semelhante afronta *;nossH dignidade como Na.

O AVENTUREIRO SCHMiDTNum momento cm que se

discutem problemas nacio-nais tão importantes comoa escoll*i*^dj_un]_jGis.biaste-

.^sattoSIista e democrático,somos obrigados a descer onível cios debates para tra-tar de um aventureiro: o sr.Augusto Frederico Schnildt.Não só um aventureiro, mastambém um homem semcaráter. Êle mesmo se reco-nhece como tal quando es-ereve com todas as letras:"Náo tenho (...) a força decaráter c a obstinação depermanecer sempre fiel aosmeus critérios" .'O Globo, 12IV.1960L

É unia autodefinição <'o:iia qual n?Lu podemos deixarde concordar.

Por isso mesmo denuncia-mos como uma nova de-monstração de faltj dc ca-ráter do sr. Schmldt a suaentrevista ao jornal fascis-toixlo "O Globo" no dia 25de junho. Aí o ex-consclhei-ro do ex-Presidente Kubils-chek condena, como todosos reacionários e direitistas,a política externa Indepen-dente que vem tentando se-guir o Brasil. Schmldt í*on-corda aqui com Lacerda.Armando Falcão e outrosfascistas e golpistas da mes-

ma categoria. Está no seulugar. Segue o caminho dohístrião que semj3r£_íoS--me—--trdrr~ã"" páTêíico, enquantol.iziu bons negócios à custados interesses nacionais doBrasil.

São ésses interesses queditam a falta de caráter do¦x. Qchmid!., homem hojoligado às seguintes empre-sas, das quais é diretor ouacionista: Distribuidora deComesUveis-Dis.eo SA, Com-panhla Colonlzadofa Brasi-leira, Linhn de São Bor.iaS/A, Meridional Compitnhiade Seguros Gerais, BerçoIndústria Química MlnemlS A. Rilsan Brf>?<leirn fi A,MaiuifiiUirn Nacional dcPlásticos S A. Cernir.'-'. —Comércio de Materiais deConstrução s A, Mannes-man Irrigação S A, EstudosTécnicos Europa Brasil S/A,Banc0 do Comércio 8'A. 8a-be-sc também que o sr. Au-custo Frederico Schmldt foium dos primeiros trafícan-tes de areias monazitlcashr.psjiçiras — matéria-primaatômica — com firmas nor-tr-nmericanas,

Ai esta a origem da posl-c~\o do sr. QchmSdl contra:i p"'itica independente rioBrasil.

Page 8: B ^ K ^mi • B ^'^ i v B Povo Nas Ruas Para Exigir Dos ... · um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Para que isso

(â *I I f «I» ll*f II"

amor Popular em Todo o Brasil:ovo Quer Gabinete Nacionalista

Kl ¦*]mWeWm\ m^r •' ' \W MMT^kb^bM^bb b\W^ ftt.,mÊm ^H LB v-i

fl BmcV btbt «* Vfl Hl¦MM b\^b^ ••^H

EvTM B>a z*^*****! mW^ AmS -.*••¦¦i n ¦ ^^^»F!I L; -^^^^^«^^a raILP^íV ^mW^^L^^mWm^mm^^fíÊ^T^^ ^i

mW^mSmmmtm^9^mm\mt m\ M AmW *A- u\^^Íf*r ^fl ¦ y ÈÊ-fV"

f*> »**.^^ÉlH*»4. Jtfl Bu *íB H 1 'àtà^H BB ¦*T ülf JLmO rll III»- ii MW li**]b\^b«^^F .HHHIIH bN^p^^bhbN^I tB^a\n ..^H tB^km M »HH b^bw^ ^t\V LHH ¦•I L IH 11 K.»*H tBTfT*-BTBM m Bmll ¦¦*' -I ¦¦ «Hffl 1I r AbTbW fl I ¦ btbVS am^-sTár mM btb\Ib*I btbw • i t». « «P-bm * *»¦ l ^¦ iflamá^H II BI PS«I bUIU/ " *--*»«- mmmèmlmM. t^Lm -¦¦flbbV-sVHHH II lAil Br T^flPife-a <*-,*vA — ¦H I I lll *\Tr~ vm llb*b*b*b*b*b*b*b*b*b*b*b*b*b*bTb*I 1 ¦ iJt*B*Bal'^B*BTflH bTbT *» JHB ¦ ¦

¦¦ H VMVVmI ¦¦¦¦ HS ¦¦ Bw I ¦¦ ¦¦ ¦¦ BWH-Ai \'.M\ «tBbW

^¦9 Vi - «H J Jm .¦. fl H I V fl I¦W LwVlsH LvWbbI Ej-rmt* fl H flvÉVi H *¦¦ fll VmB

|| _y 1 1*1 \1 III il 1 flHsfl fl sflj áfl1 fl tfl^ BflMBL«s-*fl ¦B^**sBhBb'' fll V'

TRABALHADORES DIZEM

A JANGO QUE QUEREMAS REFORMAS DE BASE

PASSEATA VENCE LACERDAApesar das ameaça» do governador tacertla. centenas detrabalhador*», vollaram k% rua» da Ouanabara. na ultl-ria scxt-a-fclra. desfilando em pauvala rumo ao PalácioTiradentes, onde n reallsoa o (rende comício por um

ESPÍRITO SANTO

C.Bblnetc ttemocrélleo e narlonalUla. A frenU da pas-ea-ta. o* lidei**** do Paeto de 1'nidade e Açào. drntie éle» «*»-««aldo Pacheco, Jo-ú Paulo c Waldir Gomes do» Santos.

centena, de lidere*. »indt««-4I*. proveniente), da* mai*ttivrr»ai- rrgiõe* do Pai» enpre*<-iH*»iido milliôe* de

¦ ....• i.-"'. ire* de toda» a*.alfuoria» prottoiaiwl**. ex*u.r*>iinini ao ¦¦resideiiiejouo Goulart, no úliimodia 26. em Bra ,.i.. a sua«tri-òu dr lutar pela com*,-•... de um ttabinrte de*iiKM-tattco e nacionalista.c,ip.u dc levar a p.atlea a*refor nu* de ba*r preconi*mdH> nào só pela» «-rt-aiii*/4çór* uliu. -i- e e*tudan*li», ma* por membro* dopróprio governo e da maio-ria do* partido.» politi-cos. O* dirigentes »indl-mi*, que objetivavam. Ini-cialmente, reclamar do Con-•»!'¦¦.¦ o a aprovação do* pro*•«•to* que instituem o sala-riu família e o abono deNatal, aproveitaram a opor-tunidade para expie«ar aopresidente da República eao Parlamento sun posiçãoante a formação do novoGabinete.

O presidente da Repúbil-es. respondendo ao* lideressiiiQtcals que se concentra-

«.•im no PdUcio do PUnil*io, revelou *U4 «oiiu-nicda-'i. BO* -i.il-. ........¦,:- in,-i..ir.t...,an---.- favorável st.(¦¦ri... de gw drfeiibi*

«j» i><- ¦• muv.meiuo *md(*ral. Afirmou. ne**e »entldo.u «i •• ««ido. e .»»nho a coragem dedlrercomi- ..<,n.... i,... um pai* ja*mal» poderá •>¦>• uu • »uut-iaiid*.- > p a sua Indcpcn*déncla «ubre a ml«>erla da*• !¦¦..«¦*. populaief. Entendoque um pai» nunca lerairanqüilidadr, *c a intian*qttllldadr lavrar no <i" dnni.- .i popular. Portanto,quero dtrer, rom ttida a ela*i c-ii e a responsabilidade derhefe da Nação, no momen*to em que recebo tio expres*slva dc-noimraçào de lide*rr» ¦Indicai*, que estou con-vencido de que será atra*ves dessas reformas de pro*fundldade que eoiucgulre*mos o clima dc paz e detranqüilidade, com o fona-Icclmcnto das imlltulçõc.*democráticas r- com o re*-peito do povo a democrá*cia."

SÃO PAULOCon-rorado pei»* organi*

***,át> unoiebi», fitudaitit-*e Oi» ..o.l*»*.ir*. a = a úe .-««¦•Pnulo. ifal»(iou*-< tegunda*•feira, dia Vi dt» junlm.t-rainii, * . . .ni.. i.i IIB ri«- -da *¦.<.. ¦¦¦>"• uma ma* a pu«pulsr ,4icul4da em nproxi*niadameiitf 10 OW u«**oai.

A trdiitk t***embicin pu*puiar moiveu entlar teir*

I.U1..1- 40 l'!'' "'•' "'• ,;-'iti pubhca. »r ¦.¦-»- Uoulari.au pre*idenie da i*ãmaraKruera., deputado llmiierim-..i! r bo Comandantedo I liXército. general ü»vl*no Ferrelta Alve*, reivindi*raudo b foniiBçào de umConcelho de MinUiro* Na*cionalUta e Demo-rniliru.

O* pir.ente* atcumlram o.*..!iuir..uii*... de garantir qutmilhar-.» de lelcarams* emen*agen/. par fmpré***.«erào enviado*. r< cismandoa reivindicação citada.

GREVE GERAI

O movimento em SâoPaulo pela formação donovo Gabinete e de tal or*dem. que os trabalhadoresBC-ttisráo a palavra-dc-or-dem da Con fede raçfio Nacio*nal do** Trab-'lhi«dore* naIndústria «CNTIi de grevegeral caso seja dnlcnad'*um Gabinete reacionário e

rntrriuiMa que nio atendaam a.,-ni.* populirM,?.r -r riiüU.. MrtO re-s.lt-..-!..¦. B**embleiaa prepara-• i.f em ioda» aa organi*.-4ço*« »mdleat*. a domingo,ais I ¦ de Julho, todos oa dl-ngrn.t» sindicais do Eatado»e rruiuráo na ***de do 8ln*dicalo do» Mr*8lúralroi paiaexaminar 4 qu-atao. Se oG4binete funuauo nâo pre*uielier o* rcqui-ito* nacio*nallMa» a democráticos rxi-gido» a palavri-dr-ordemda CNTI *erá fonerrllr»d»r o •¦¦¦ 'i» i.i • em 8io Pauloserá *"-n-:i ¦

0'ADURESN> comício d» Praça dB

Se falnr.»m o lltíer sindicalCrraldo Rodricuea dos San-to*, o pre«iden'e do Slndf».-¦ i dos Trabalhadores naComtruçio Civil. sr. JoséXavier do» Santos, uma re-prerentonie da FederaçJod*- Mulheres. -«Mudant»Maurtdo Pinheiro. r/ns\-dente da Unlâo aTatadualdt» Estudanus, deputadoLuciano Lepera, sr. LagaroP. Moin. diretor do Sindica-to do*. JforcrnelrOB. sr. Pe-«iru lovlnr. presidente doSindicato dc* Bancários. *•J.-s* dr Araúlo P'íc!do. *-••"¦-•nre'ldentr do Sindicato dosMetalúrgicos.

"As classes trabalhadorasdo Estado dn E pinto San-to manifestam a v. excia. oseu grande desejo de que onovo Conselho de Ministrosrepresente as suas justasaspirações bem assimde túdas as forças demo-cr.it.'-:, c progressistas. Dai,nossa luta cm defesa daConstituição c das liberda-des democráticas que outroideal não objetivam >enãogarantir a aplicarão riasreformas de base nelas fòr-ças vivas do Brasil."

O trecho acima é damensagem enviada ao prr-.«•'dente da República, sr.João Goulart, pelos lideressindicais do Espirito Santo,onde a luta pela formaçãode um Gabinete Naciona-lista e Democrático vemempolgando todos os seto-res da população.

O documento e assinadopor Manoel Santa, presl-dente do Conselho Sindi-cal; Anno de Moraes, pre-sldente do Sindicato dosPortuários: Manoel Vieirade Deus, presidente do Sin-dlcato dos Arrumadores;Hélio Vicente doa Santos.Sindicato dos Trabalhado-rea Marítimos; MaurícioPereira Bareellos, Sindica-to doa Estivadores; ManuelJorge, presidente da Asso-claçlo Profissional dos Vi-glas Portuários; DazidioRibeiro de Araújo, tesourei-ro da Federação dos Tra-balhàdores na Indústria;Vespaslano Metrelles. secre-tário do Sindicato dos Tra-balhàdores na ConstruçãoCivil; Ase*/ Castello Mc--donça, secretário do Snuii-cato dos Gráficos: HélcinAlves da Mota; presidentedo Sindicato dos Emprega-dos no Comércio: MiltonXlmenes, presidente doSindicato dos Empregadosem Hotéis; Zózlmo Gomesdo Nascimento, presidentedo Sindicato dos Trabalha-dores na Indústria Hidrelé-trica- Antônio Bernardlnoda Silva, presidente do Sin-dlcato dos Trabalhadoresem Carris Urbanos: Bara-qulel Pinto de Medeiros,presidente da Associaçãodos Vendedores Ambulan-tes; José Martins rte Frei-tas, presidente do Sindica-to dos Bancários; AntônioRodrigues Flores, presiden-te da Associação dos Apo-sentados do IAPT: AlcidesSemblano, delegado sindi-cal dos Ferroviários daLeo-poldlna; Teimo Lopes So-dré, presidente do Sindicatode Carnes e Derivados; Jo-sé Gomes Barreto, presl-dente da Associação Profis-—siònàPfltos Alfaiates; Her-_mes da Silva Freire, presl-dente da Federação dos La-vradores e TrabalhadoresAgrícolas do E. Santo; AlcyCorrelra da Silva, presiden-te dos Empregados em Em-presas Ferroviárias de Vi-tória.

CONSELHO SINDICAL

Firmado por todos os pre-sidentes de Sindicatos, oConselho Sindical dos Tra-balhàdores do Espirito San-to lançou um manifestoonde são apontadas as re-formas- e medidas urgentesmais solicitadas pelo povo

Alertando para a movi-mentação "dos grupos eco-nômlcos ligados aos trustesestrangeiros e aos latifun-diários" que pressionam opresidente da República e oParlamento para a compo-slção de um Gabinete quedefenda seus interesses, oConselho Sindical conclamaos sindicatos a se manteremem assembléia permanentepela formação de um Con-selho de Ministros naciona-lista e democrático.

As primeiras assinaturasdo documento são de ManoelOlímpio de Santana, presl-dente do Conselho; Zozinro

Gomes do Nasclmrnto. vice--presidente; Dlvaldo de Al-varenga Ribeiro, secretário--geral; Hélrlo Alves daMotta. secretário; MaurícioPereira Bareellos. tesourei-roá e Antônio Bernardlnoua Silva, 2.° tesoureiro.

Os trabalhadores assina-Iam no manifesto que náopodem ser mais adiadasmedidas tais como a lutaconcreta contra a carestia,reforma agrária radical, rc-forma urbana, reforma elei-toral com direito de votoaos analfabetos e aos cabosc soldados, repudio á poli-tica do Fundo Monetário In-tcrnacional, manutenção sampliação dos aspectos In-dependentes da atual politi-ca externa, encampação dasempresas estrangeiras queexploram serviços públicos,limitação da remessa delucros, garantia do direitode greve, participação dostrabalhadores nos lucrosdas empresas, fortaleci-mento da Petrobrás e ime-dlato funcionamento da Ele-trobrás.ARRUMADORES

Fruto de memorável as-sembléla em sua sede, o Sin-dlcato dos Arrumadores edos Carregadores e Ensaca.dores de Café e Sal do Es-plrito Santo enviou vigoro-sa mensagem ao presidenteJoão Goulart, assinalandoque somente um Conselhode Ministros composto de¦ brasileiros independentes,nacionalistas e democrataspoderá atender, realmente,ás necessidades do pais e dopovo brasileiro».

A mensagem foi assinada1-elo presidente do Sindica,to, Manoel Vieira de Deus,e mais 471 associados.

INTELECTUAISDarly Santos — jornalis-

ta; Anselmo Gonçalves —radialista; Luiz Noipnlía —radialista: Fernando jackas—• publicitário; Hermes Xa-vier da Silva — radialista;Aloysio Rocha — radialista;Aloysio Mesquita de Souza

radialista; Alvina Mariada Conceição — radialista;Evcraldo Nascimento — ra-dialista; Maurício de Olivei.ra — músico; Nelson Orte-ga _ jornalista; Mario Mai-nardi — jornalista; OtacilioNunes Gomes — jornalista;Severino Bezerra Cabral Fi-llio — jornalista; Audifaxde Amorim — jornalista;Hormógenes Lima1 Fonseca

jornalista; Francisco Oli-veira Neves — jornalista;Audifax i,'uacimento — jor.nalista; e Wilson Vieira Ma-«-liado — jornalista; também

enviaram ao presidente .loãoGoulart —mensagem salien.tando ser «-indispensável, emnossa opinião, que seja for.mado um Gabinete autênti-camonte nacionalista, deci-dido a tornar realidade oque atô agora não tem pas.sado de palavras: as Reíor.mas de Base».

A mesma exigência é for-mulada pelo Diretório deVitória do Partido SocialistaBrasileiro que enviou do-cumento ao Presidente daRepública apoiando suasatitudes à frente do govér-no e afirmando estar certode que neste momento o sr.João Goulart não recuarána formação de um Gabine-te Nacionalista e Democrá-tico.

Ao pé da mensagem figu-ram as assinaturas dos di-rlgentes do Diretório: JoséLeão Borges, presidente;Darly Santos, secretário-ge-ral; Nilton Dias, vice-presl-dente; Walter Braga, 1.°secretário; Ellsio Natalino,2." secretário; Manoel Deus-dedit Silva, 1.° tesoureiro;Erly Silva, 2.° tesoureiro;Eugênio Goulart, José Vlcen-te e Moisés Barbosa Olivei-ra, secretários sindicais; eYvonne Amorim, secretáriade Propaganda,

Luta Pelo Gabinete: Reação CEARAQuer Vetar Reformas de Base

Semanai- antes de comu-mar-se. por força de dis-positivo constitucional, a re-núncla coletiva do gabine-te Tancredo Neves, desenca-deava-se, sobretudo no Rioe em Sáo Paulo, uma de-sesperadora crise de abas-tectmento. A carestia Já In-suportável Juntava-se a so-negação total de gêneros co-mo o açúcar, o feijão e oarroz, eiibora as safras dés-ses gêneros fossem dasmaiores dos últimos anosc nos depósitos se encon-trassem enormes estoques.O.s exploradores do povoexigiam, como sempre, no-vos aumentos. Mas haviaum outro objetivo nessa ma-nobra: o de tumultuarmais ainda o panorama po-litlco e pressionar o pre-sldente da República e aCâmara dos Deputados nosentido de que nao viesse aser constituído um novo ga-blnete capai de levar k prá-tica as tio prometidas re-formas de base e realizarum governo que se com-prometesse a conter o pro-cesso inflaclonário e a ca-réstia de vida. No auge dacrise de abastecimento, ogolpista Carlos La-cerda ameaçava: não pode-

mos "manter a ordem" naGuanabara. Era uma for-ma de exigir um "govêr-no forte", em condições deesmagar pela violência os"agitadores", isto é, um go-vêrno ainda mais reacloná-rio do que o que chegavaao fim.

Logo em seguida, punham--se em campo todas as for-cas do entreguismo e dareação — nos partidos, naimprensa, em setores daIgreja, etc. —- dizendo aber-tamente o que queriam: aentrega do posto de primei-ro-ministro a um homemcomo Juracl Magalhães, Car-valho Pinto ou Walter Mo-relra Sales. Batiam os pé*5'furiosamente, intimando opresidente da República ea Câmara a formarem umConselho de Ministros quevoltasse atrás dos passosultimamente dados no ter-reno da política exterior eaplicasse ainda mais rígida-mente, dentro do Pais, osesquemas econômlco-finan-ceiros impostos pelo FundoMonetário Internacional eos trustes norte-americanos.As cúpulas do PSD e daUDN —tendo á frente o ne-goclsta Amaral Peixoto e obanqueiro Herbert Levy —,"O Globo" e "O Estado deSão Paulo", o fascista D. VI-cente Scherer e outros ex-poentes da reação entrega-ram-se à tarefa de exercertodo tipo de pressões, varl-ando desde o mais grossel-ro anticomunismo até asameaças de golpe armado.

REAÇÃO E HIPOCRISIA

A histeria entreguista au-mentou desde o instante emque se tornou pública a de-cisão do presidente Goulartde submeter à Câmara onome do chanceler San Tia-co Dantas. Perfeitamenteidentificados. Amaral Peixo-to e Herbert Levy, sem ou-vir sequer as bancadas deseus partidos, .vetaram» aindicação do Planalto, em-bora seja atribuição exclusi-va do presidente da Repú-blica, nos termos do AtoAdicional, propor ao Parla-mento o candidato a primei,ro.ministro. Em notas ofi-ciais, verdadeiros modelosde hipocrisia e reacionaris-mo. as cúpulas dirigentes daUDN e do PSõ «fixaramclaro que só dariam apoioa um homem inteiramentedócil às suas exigências einteresses, embora tivessem" cinismo dc se dizerem rieacordo com reivindicações

patrlótn-as r democráticasii-mo a liinlia,-'io da remes,sa de lucro.-, a icloiniaagrária e a contenção docusto de vida. -Apoiavam*essas reivindicações ao mos-mo tempo em que. na irlhu-na da Câmara. Herbert Lo-\y defendia que fôsse cn-tregue «os barões do caleuma parte ainda maior dasdivisas provenientes dasvendas dc nosso principalproduto è Amaral Pfllxoloadvogava ostensivamente o*,usineiros de açúcar. Iui.mi.do pelo aumento do preçodesse gênero. Falavam emlimitar as remessas de lu-cros. mas simultaneamente,através da comissão presidi,da pelo udenlsta Mem de Sá,estropiavam o projeto apro-vado pela Câmara, a\>^ai<>novas brechas para a espo.Ilação do Brasil pelos mono-pólios imperialistas ianques.

Os jornais financiadospela Embaixada norte-ame..ricana passaram ao insultomais desabrldo, adotando atática de condenar a «pres-sâo» do movimento sindical.e das forças patrióticas sô-bre a Câmara dos Deputa,dos, enquanto elas pressio.navam da maneira mais In-solente. Tentaram desvir-

.tuar o sentido das carava.

nas de trabalhadores a Bra.»ü.i e. por último, conse-gtiiiHm até o deslocamento.de iropas do Rio para a Ca-pitai — manobra que. entre,tanto. Ioi logo desmarcara,da. ordenando o presidente«ia República o retomo dosparaquellsta** r-vIVos oelosr. Ranleil Mazzili o man-«tados |ielo ex-itiinlsiro Se.v wl.i» Viana.POVO EM IUTA v

Os objetivos i|n voto aonome do sr. San Tiago Dan.tas e. cm geral, da políticadas cúpulas PSD-UDN eseus Jornais rstâo bastanteclaros para todo o povo. Oque eles querem é impedira formação de um Gabine.te que possa mostrar-sesensível aos interesses na.cionais e populares, um Go.vêrno que. como disse opresidente Goulart, arregaceas mangas e ponha em prá-tica, corajosamente, as re-formas de base reclamadaspor toda a Naçâ". files nâoquerem que se toque no mo-nopóllo da terra, nos pri vi.légios revoltantes-do capitalestrangeiro, na Inflação quecorrói os salários e enrique-cem os negocistas na cares-tia de vida. na miséria dasgrandes massas. Eles não

admitem que o Brasil adoteuma politica externa quenâo seja de total submissãoao Departamento de Estadoe ao Pentágono.

Isso está claro para a opl-nião pública. L por issomesmo é que o povo. par-tícularmcnte os trabalhado-res, considera que o atuale;)i;ód!o da elricão do pri-melro-mlnlstro c parte deuma lula que vem se tra-vando há anos e nào ter-minará senão no momentoem que se constituir eunosso Pais um governo real-mente identificado com asforças nacionalistas e de-mocráticas.

A perspectiva que hoje seapresenta ao nosso povo éa de sofrerem as forças maisreacionárias uma séria der-rota. Mas para que isso seconcrettze é indispensável,antes de tudo, que as mas-sas se mobilizem e atuem,não admitindo recuos oucambalachos com os seuspiores inimigos, mas tor-nando claro ao presidenteda República e à Câmarados Deputados que só con-cordarão com um gabineteque se comprometa a efe-tivar, imediatamente, astantas vezes prometidas re-formas de base.

Fortalc7a «Do corre.ipon-dentei — Os trabalhadoresde todas as categorias pro-fisslonals, os servidores pú-blicos. os estudantes, os Ia-vradores e todos os pátrio-tas do Ceará e-tào sendomobilizados para a luta porum Conselho de Ministrosdemocrático e nacionalista,decidido a realizar, com oapoio das forças progressis-tas. as reformas dc b.-ucexigidas pelos Interesses na-cionais.

Um longo manifesto cbn-clamando os cearenses a semobilizar para repelir osgolpistas e exigir a compo-slção de um Gabinete na-

rlonalisla e democrático feilançado pelo P.>*..». de Uni-dide e Açào Sindical, pelaFederação dos Lavradores eTrabalhadores Agrícolas doCeara, pela Frente Unidados Servidores Públicos epela União Estadual dos Es-tudantes. O referido maní-ff.«to vem sendo anipiamen-te distribuído e debat'-*'?nos principais centros Ue••'Ividade do Estaciu. O.» ira-balhàdores do Ceará perma-necem em estado tle a«.t-ta, mobilizados e formandoao lado- dos trabalhadoresde todo o pais, na luta con-tra os golpistas e por umGabinete democrático e na-cionalista.

NOVOS

GB: Povo no Comício Aprova ProgramaPara um Ministério Nacionalista W^rMíxarOs trabalhadores de todas

as categorias profissionaise os estudantes da Guana-bara ratificaram sua deci-sáo de lançar todas às suasforças na luta'pela compo-slção de um Gabinete de-;mocrático e nacionalista,capaz de executar um pro-grama de Governo que in-clua o combate efetivo a in-fiação, aos especuladoresda bolsa de gêneros allmen-ticios e que se empenhe narealização das reformas debase, indispensáveis a aber-tura do caminho para odesenvolvimento econômico,politico e social do pais.

Uma decisão nesse senti-do foi adotada na noite da-última sexta-feira, quandomilhares de trabalhadores,estudantes e donas-de-casascariocas, novamente reuni-dos nas escadarias da As-sembléia Legislativa do Es-tado da Guanabara, reafh-maram sua decisão de lutarpela composição de umConselho de Ministros dc-mocrático e nacionalista, etornaram mais veemente asua condenação à condutados políticos reacionários,que pretendem negar aopovo o legitimo direito ciese manifestar sóbre a cons-tituição do novo Gabinete.

PASSEATA SEM POtiCIAA concentração da última

sexta-feira, promovida pe-Ias organizações sindicaissediadas na Guanabara, foiprecedida de uma passeatados portuários, que se. reali-mu sem incidentes, emboraos rumores de quo seria dis-solvida .pela policia do go.vernador Lacerda. As 17 ho.ras. centenas de portuários,tendo a frente uma bandade música, deslocaram-se doArmazém 3, do Cais do Pòr-to, rumo às escadarias doPalácio Tiradentes. Percor-rendo as principais mas riacidade, sempre . aplaudidospelo povo, os manifestantes,filiados ao Pacto dc Unida.de e Ação, entidade que dc-sempenhou papel de relevona luta contra o.s golpista.»-,cm agosto do ano passado,conduziam inúmeros cartn.zes, dentre os quais anota-mos: «O Pacto de Unidade

e Ação é o Garrincha Sin-dical». «Políticos Arcaicos,Saiam de Nossa Frente.,-Seremos Bi na Luta Con-tra o Golpismo^., «Exigimosum Gabinete Nacionalista**.

Também os trabalhadoresda indústria de construçãocivil compareceram organi-zados à manifestação da úl-tima sexta-feira, saindo empasseata da Central do Bra.sil, até o Palácio Tiradentes.GREVE CONTRA OGOtPE

Os lideres sindicais Os.waldo Pacheco, rio Pacto deUniuaáe e A(,ao; CloúsmlthRiani, da CNTI; Luis Vie.gas ria Mota Lima, daCONTEC; e Roberto More-na, da CPOS, falaram cmnome dos trabalhadores, roa-firmando que será deflagra,da a greve geral no Pais.no momento exalo em queos golpistas tentarem reali-zar no Brasil o que fiaramos egorilas» na Argentina.Após reafirmarem sua deci-são de, lutar ao lado de to-gos os patriotas para man-ler e ampliar as liberdadessindicais e democráticas noPais. contra qualquer golpereacionário, os lideres cias-Sisias salientaram que o mo-vimento sindical lançara tô.rias as suas forças em apoioa designação rio chancelerSan Tiago Dantas para pri-meirp-ministro, desde queo atual titular da pastario Exterior comprometa-secom os trabalhadores e opovo a constituir um Gabi.nets operativo, composto riodemocratas e nacionalistas,decididos a tornar realidadeo programa minimo de re-formas rie base, aprovadopelas organizações <\-::rVc-••*c estudantis, e que comacom o apoio dos patriota.-civis e milhares.«O AUTO DOSCASSETETES»

Após se fazerem ouvir vá.rios outros orado.-es. on.rios quais Aldo Arantes. pre-sidente da UNE; ClaraCharp. ria Liga i-Vn-initia;padre Aliíwi da Freitascombatam*1 pela reformaa grári a, ''n Maranhão;deputados estaduais Roland

Corbisier e Paulo Alberto;e o .jornalista Marco Antô.nio Coelho, • que falou emnome de Luiz Carlos Pres.tes, situatido a posição doscomunistas em favor de umGabinete democrático e na-cionalista, os estudantes,componentes do Centro i'u-pular de Cultura, encena,ram, com grande êxito, apeça «O Auto dos Cassete-tes.:, uma sátira às violên-cias praticadas pelo Gover.nador Lacerda contra os es.tudantes,

O DOCUMENTO ASAN TIAGO

O documento aprovado naconcentração da última sex-ta.feira, para ser encami-nhado ao chanceler SanTiago Dantas, e aos parla,meiuares, situando a posi-ção dos trabalhadores antea designação do titular daPasta do Exterior, para Pri-meiro-mmistro. pelo prosi-dente da República, foi apre-sentado pela Federação Na-cional dos Estivadores, Fe.rieração Nacional rios Mari.limos, Federação Nacionalrios Portuários FederaçãoNacional dos Ferroviários,Federação Nacional riosGráficos, Federação Nacio-nul dos Arrumadores, Uniãodos Portuários rio Brasil eComissão Permanente cia-Organizações Sindicais riaGuanabara.. O documento,que está sendo amplamentedistribuído e debatido entreos trabalhadores*, c;.iu,'.a,,.,.c o povo rie um modo ger».!icm o seguiu!: texto:"Em virtude do que facm-ta o Ato Adicionai, o exmc.sr. presidente da Rcpúbü-ca encarregou vossa cx.i;-léncia de entabolar, juntoas direções dos partido» po-liticos. as necessárias nego-ciações à concretização dadesignação do atual titularda Pasta das Relaçõe:. Eà-teriores para desempenhar oalto encargo de presidenteao Conselho de Ministros.

Levando-se or. considera-cão a posição firme e.pa-triótica desempenhada poivossa excelência tio encami-nhamento ri? politica ex-

camadas populares e pro-gresslstas do povo poderáratificar essa designaçãodesde que comprometa-se,ouvidos os trabalhadores, acompor os demais postos deGabinete de Ministros comhomens já provados na lutade libertação nacional, bemcomo o solene compromis-so de lutar pelo programa(já aprovado pelos traba-lhadores em suas assem-bléias) que permitlmo-nosapresentar nesta oportuni-dade:

—- Luta concreta e efi-caz contra a inflação e acarestia, mobilizando todosos meios ue transporte paraa condução de gêneros es-senciais dos centros produ-tores pára os consumidores,chegando-se, se necessário,até ao confisco dos esto-quês existentes;

— Reforma agrária ra-dical e, imediato, reconheci-mento dos Sindicatos deTrabalhadores Rurais:

— Reforma urbana co-mo única solução nara oproblema da casa própria;- Reforma bancáriacom a nacionalização dosdepósitos;"

—¦ Reforma cV *¦•¦com direito de voto aosanalfabeto..-, aos cab . •. ¦ .,dados das Forcas Armadas ca instituição da cédttlfi únl-ca para as eleições ttu 7 deoutubro;

—- Reforma''ia e a i^-.-tici-jde estudante;

lema noperária uniria 9° demais

universitú-'.'Ao rie 1/3- '!?..• <.'.': ..-ivt-

Kaç.je-j, .Conselhos üí-ba-ia-mentai- -. Cbnselhúl* Uni-vcrsltarlci;- Ampliação ri,? atua!

política externa do Brasilpela cr ;qulsta dc novosmercados, tm defesa da paz.do desarmamento total e daautodeterminação dos po-vos;

— Repúdio c desmasra-ramento da politica flnàn-celra do Fundo MonetárioInternacional;

— Aprovação da lei qutpssci-ure o direito de greve,nos termos do projeto tipro-vado pela Câmara Ft5deral,com as emendas propostas e";-.. F."'fov '''.,. pelos trabalha-(" :.•:.•• i ;¦¦ s s conferênciase congresso*,;

10 — *l(a-*s**apaçào. comtoml»mf*alo, de todas f>semprttoé .Mt-Anfeira: qneexploram ob Berviços púbu-COS*

li — Coatró)e na inversãode oapitrds estrangeiros nopais a limitação da remessade lut-ro**;

12 — Participação de tra-balhàdores hoé lucros dasemprèns-

13 — Revogação de todoe qualquer acordo lesivo aosinteresses nacionais;•14 — Fortalecimento daPETROBRÁS com o mono-pólio estatal da importaçãode óleo bruto, da distribui-cão de derivados à granel,da indústria petroquímica ea encampação das refina-rias particulares;

15 — Medidas concretasc eficazes para o funciona-mento da ELTROBRAS:

lfl — Criação da AERO-BRÁS. instituindo o mono-pólio estatal na aviação co-mercial;

17 — Manutenção dasaui&is autarquias que expio-ram o transporte maiitiir*-,assegurando-se-lhes o r.er-centuai rie 50c. rias ça.-ç.fstransportadas, nu imóortâ-cio e exportação, as cm-''.'vrvóes mercantes nacio-

13 — Aprovação da Leiem* institue o pagamento do3.1° mês de salário.

Constituído c vovó Gabi-nele de Ministres de formaí: nreuder as iiev-ciáldat ..sn;..\o.iais. de í oníormidatlecom i)s pontus a-mia con-siderados, bem comp o cúm-promisão kobnt ;'.c todos ósfuturos ministres de lutarpela sua concretização, ape-Íamos para os exceleníL-.-.i-mos líderes de Bancada c atodos os congressistas, ',:-distlntariieiíte-, a riárem ovoto de confiança á compo-sieão do Conselho que se"ásubmetido á alta consirie-ração do Poder LegislativoNacional, pois os tra.ba'ha-deres têm .certeza de cetendo os deputados c sena-core? representantes do po-vo nào se colocarão em po-slção contrária aos interès-se- da pátria."

Rio rie .T-*"iciro, 22 de ju-nho dc 1962.