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CURSO EXPOENTE LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSORA: CLÁUDIA A. CARVALHO. ASSUNTO: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. Questão 1) Bandeira Eu não quero ver você cuspindo ódio Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor Eu não quero ver você chorar veneno Não quero beber o teu café pequeno Eu não quero isso seja lá o que isso for Eu não quero aquele Eu não quero aquilo Peixe na boca do crocodilo Braço da Vênus de Milo acenando tchau Não quero medir a altura do tombo Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro O melhor futuro: este hoje escuro O maior desejo da boca é o beijo Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo Quero tudo ter, estrela, flor, estilo Tua língua em meu mamilo água e sal BALEIRO, Zeca. Bandeira. Intérprete: Zeca Baleiro. In: ______. Por onde andará Stephen Fry? São Paulo: Polygram, 1997. 1 CD. Faixa 2. O texto utiliza-se de diversos matizes intertextuais a fim de proporcionar uma poeticidade marcante, recorrendo a conhecimentos de mundo inerentes a várias áreas do conhecimento. Partindo dessa noção, percebe-se que o texto explora uma ideia de cunho paradoxal com base em um desses conhecimentos, o que se pode perceber em: a) “Eu não quero ver você cuspindo ódio Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor”. b) “Não quero beber o teu café pequeno Eu não quero isso seja lá o que isso for”.

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CURSO EXPOENTE

LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORA: CLÁUDIA A. CARVALHO.

ASSUNTO: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.

Questão 1)

Bandeira

Eu não quero ver você cuspindo ódio

Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor

Eu não quero ver você chorar veneno

Não quero beber o teu café pequeno

Eu não quero isso seja lá o que isso for

Eu não quero aquele

Eu não quero aquilo

Peixe na boca do crocodilo

Braço da Vênus de Milo acenando tchau

Não quero medir a altura do tombo

Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro

O melhor futuro: este hoje escuro

O maior desejo da boca é o beijo

Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos

Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo

Quero tudo ter, estrela, flor, estilo

Tua língua em meu mamilo água e sal

BALEIRO, Zeca. Bandeira. Intérprete: Zeca Baleiro. In: ______. Por onde andará Stephen Fry? São Paulo: Polygram, 1997. 1 CD. Faixa 2.

O texto utiliza-se de diversos matizes intertextuais a fim de proporcionar uma poeticidade marcante, recorrendo

a conhecimentos de mundo inerentes a várias áreas do conhecimento. Partindo dessa noção, percebe-se que o

texto explora uma ideia de cunho paradoxal com base em um desses conhecimentos, o que se pode perceber

em:

a) “Eu não quero ver você cuspindo ódio

Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor”.

b) “Não quero beber o teu café pequeno

Eu não quero isso seja lá o que isso for”.

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c) “Não quero medir a altura do tombo

Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro”.

d) “O maior desejo da boca é o beijo

Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos”.

e) “Peixe na boca do crocodilo

Braço da Vênus de Milo acenando tchau”.

Questão 2)

Tire suas dúvidas sobre a nova gripe

• Como é transmitida a Influenza A (H1N1)?

A Influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda causada por um novo vírus da gripe. Assim como a gripe

comum, a Influenza A (H1N1) é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro ou

contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

• Quando procurar atendimento médico?

Se você estiver com febre acima de 38 °C, tosse, acompanhada ou não de dor de garganta, procure o seu médico

ou a unidade de saúde mais próxima.

• Há tratamento para Influenza A (H1N1) no Brasil?

Sim. A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está preparada para atender os casos e tratar, quando indicado.

• Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?

Não. Ainda não existe vacina contra esse novo vírus.

• A vacina contra gripe comum protege contra a Influenza A (H1N1)?

Não há evidência de que a vacina contra a gripe comum proteja contra a Influenza A (H1N1).

Alerta: ninguém deve tomar medicamento sem indicação médica. A automedicação pode mascarar sintomas,

retardar o diagnóstico e até causar resistência do vírus.

Recomendação: os viajantes que se destinam a outros países devem seguir rigorosamente as recomendações das

autoridades sanitárias locais durante a permanência nessas localidades. O governo brasileiro está tomando todas

as medidas necessárias para reduzir a ocorrência de casos graves e mortes pela doença.

Disponível em: <http://portal.saude.gov.br>. Acesso em: 21 set. 2009.

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O texto anterior é um fragmento da cartilha distribuída pelo Ministério da Saúde, em 2009. Ao analisar os

elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação dele, pode-se inferir

que

a) a autoria desse texto se deve a representantes de um órgão privado de saúde e ele se destina à massa

populacional.

b) a leitura desse texto necessita, obrigatoriamente, ser iniciada pela primeira pergunta e seguir a ordem

apresentada.

c) pelo formato (pergunta-resposta), esse texto se enquadra como exemplar do gênero entrevista.

d) a ausência de coesão e coerência entre as partes atrapalha a compreensão da ideia principal.

e) no item “Alerta”, a palavra até coloca em evidência a terceira consequência da automedicação.

Questão 3)

Pela crítica presente nessa charge, pode-se inferir que o principal objetivo de seu produtor é fazer referência

a) à postura antissocial dos usuários das redes sociais.

b) à inutilidade das amizades virtuais.

c) ao formalismo engessado das redes virtuais.

d) à quantidade excessiva de amigos virtuais.

e) à ilusão criada acerca das amizades virtuais.

Questão 4)

Saiba impedir que os cavalos de troia abram a

guarda de seu computador

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A lenda da Guerra de Troia conta que gregos conseguiram entrar na cidade camuflados em um cavalo e, então,

abriram as portas da cidade para mais guerreiros entrarem e vencerem a batalha. Silencioso, o cavalo de troia é

um programa malicioso que abre as portas do computador a um invasor, que pode utilizar como quiser

o privilégio de estar dentro de uma máquina. Esse malware é instalado em um computador de forma

camuflada, sempre com o "consentimento" do usuário. A explicação é que essa praga está dentro de um arquivo

que parece ser útil, como um programa ou proteção de tela que, ao ser executado, abre caminho para o cavalo

de troia. A intenção da maioria dos cavalos de troia (trojans) não é contaminar arquivos ou hardwares.

Atualmente, o objetivo principal dos cavalos de troia é roubar informações de uma máquina. O programa destrói

ou altera dados com intenção maliciosa, causando problemas ao computador ou utilizando-o para fins

criminosos, como enviar spams. A primeira regra para evitar a entrada dos cavalos de troia é: não abra arquivos

de procedência duvidosa.

Disponível em: http://idgnow.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).

Cavalo de troia é considerado um malware que invade computadores, com intenção maliciosa. Pelas informações

apresentadas no texto, depreende-se que a finalidade desse programa é

a) roubar informações ou alterar dados de arquivos de procedência duvidosa.

b) inserir senhas para enviar spams, através de um rastreamento no computador.

c) rastrear e investigar dados do computador sem o conhecimento do usuário.

d) induzir o usuário a fazer uso criminoso e malicioso de seu computador.

e) usurpar dados do computador, mediante sua execução pelo usuário.

Questão 5)

Segundo uma pesquisa realizada por cardiologistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o prática

do Tai Chi Chuan (Taijiquan) tem impacto direto no sistema cardiovascular e na pressão sanguínea.

Os pesquisadores apontam que uma sessão de Tai Chi

Chuan pode benefi ciar o coração tanto quanto uma boa caminhada. Para chegar ao resultado, o

estudo comparou a pressão de pacientes com o hábito de caminhar toda manhã com a de cardíacos que

passaram a praticar a arte oriental. E o resultado surpreende: ambos os grupos empataram em matéria de

benefícios. A pesquisa indica que movimentos lentos podem baixar a pressão arterial, normalizando sua função.

Fonte: http://www.acupunturista.net/content/exercise/351/a-pratica-do-tai-chi-chuan-e-benefi ca-parapacientes-com-problemas-cardiacos/ disponível em 25/01/12

Diante do exposto, é possível perceber que o Tai Chi Chuan é:

a) uma modalidade de exercício físico de alto impacto que previne o envelhecimento precoce e melhora

a qualidade de vida do praticante.

b) uma arte marcial germânica caracterizada como uma forma de meditação em movimento.

c) uma atividade esportiva de baixo impacto e desvinculada de técnicas de relaxamento ou de

reeducação postural.

d) uma arte apreciada no ocidente porque oferece, aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades, uma

referência de tranquilidade e equilíbrio.

e) um estilo de arte marcial apreciado por pessoas que desejam o aumento de sua massa muscular, combinando

atividade física de médio impacto e alongamentos.

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Questão 6)

O lúdico e os jogos educacionais

Gilse A. Morgental Falkembach

Os jogos, as atividades para exercitar a habilidade mental e a imaginação, as brincadeiras tipo desafios, as

brincadeiras de rua, ou seja, toda a atividade lúdica agrada, entretém, prende a atenção, entusiasma e ensina

com maior eficiência, porque transmite as informações de várias formas, estimulando diversos sentidos ao

mesmo tempo e sem se tornar cansativo. Em um jogo, a carga informativa pode ser significantemente maior, os

apelos sensoriais podem ser multiplicados e isso faz com que a atenção e o interesse do aluno sejam mantidos,

promovendo a retenção da informação e facilitando a aprendizagem. Portanto, toda a atividade que incorporar a

ludicidade pode se tornar um recurso facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

Fonte: http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo13/etapa1/leituras/arquivos/Leitura_1.pdf em 20/01/2014

Com base no texto, podemos inferir que a ludicidade envolta nos jogos educacionais

a) preocupa-se com o desenvolvimento físico do aluno, mas esquece de trabalhar com os aspectos psicológicos.

b) proporciona um melhor desenvolvimento dos aspectos cognitivos do aluno, ajudando-o no aumento de seus

níveis de concentração.

c) atrapalha na socialização do indivíduo, pois reduz qualquer atividade escolar a uma mera distração.

d) desenvolve habilidades no indivíduo, mas interrompe o fluxo da aprendizagem num ambiente que deveria ser

caracterizado pela seriedade.

e) auxilia a construção de uma sala de aula mais homogênea, estável, multifocal e polissêmica no que tange aos

aspectos pedagógicos.

Questão 7)

A tirinha retrata uma situação em que um gato e um rato interagem por meio da linguagem. Observando a

expressão e o diálogo entre os interlocutores, percebe-se que o efeito de humor da tirinha ocorre

a) na intenção do gato ao dizer “Não adianta fugir! Você está encurralado!” era comer o rato.

b) através do comportamento do rato houve a intenção de enfrentar diretamente o gato.

c) pelo fato de o gato desejar apenas vender um bilhete de rifa ao rato, o que não foi compreendido.

d) na confusão gerada propositalmente pelo autor ao deixar obscura a intenção do gato.

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e) na expressão insegura do gato ao tentar vender o bilhete de rifa ao rato assustado.

Questão 8)

Considerando-se os sentidos produzidos pelo jogo de imagens presente no texto, as frases “Anos

rebeldes”, “Próximo capítulo”, “Fora Collor!” e “Impeachment já!” contribuem para a construção da ideia de que

a) o povo é nostálgico em relação às manifestações populares ambientadas no período da ditadura.

b) os jovens protagonizam sucessivas cenas de conflitos políticos no país.

c) os políticos tratam os problemas brasileiros como cenas de ficção televisiva.

d) a população brasileira é injustiçada pelos movimentos políticos de oposição.

e) o presidente da República deve ser exilado como punição às suas atitudes rebeldes.

Questão 9)

Nani

Com base na charge e nos conhecimentos sobre as formas de comunicação na sociedade contemporânea,

pode-se inferir que

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a) a denominada “sociedade de informação” estreita os vínculos diretos entre os indivíduos e intensifica a coesão

e a igualdade social.

b) as novas tecnologias da informação são responsáveis pelo surgimento do modo de produção pós-moderno ou

pós-industrial.

c) as redes sociais contribuem para a redefinição das fronteiras entre os espaços público e privado na seara da

comunicação.

d) o Twitter e outras formas de comunicação on-line evidenciam determinado grau de enfraquecimento das

forças produtivas.

e) as novas tecnologias como o Twitter alteraram, de forma significativa, os comportamentos das pessoas no

século XX.

Questão 10)

Há anos, quando se anunciou que haveria um “Rock Rio 2”, jovens começaram a circular pela cidade

usando com o símbolo do “Rock in Rio 1” e uma frase : “I was”. Ou seja: “Eu era”. Perguntei-me: por que era”?

No começo, escapou-me a relação entre a imagem a inscrição. Claro que, depois de árduo exercício

intelectual, que a camiseta queria dizer “Eu fui” ou “Eu estava lá” “Rock in Rio 1”), caso em que o correto em

inglês seria “I ” ou “I was there”. (...) E viva o verbo tó bé.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 03/09/2011.

Podemos inferir, através da análise dos procedimentos argumentativos utilizados, que a principal ideia defendida

por Ruy Castro em seu artigo também está contida no fragmento

a) “O uso abusivo de estrangeirismos deve ser combatido porque favorece a decadência da língua portuguesa”.

b) “Os empréstimos linguísticos representam um fenômeno legítimo e enriquecedor da dinâmica do português”.

c) “A incorporação de neologismos e anglicismos torna o uso da língua criativo e versátil”.

d) “Os anglicismos estão longe de ser inofensivos, pois podem prejudicar o nosso próprio idioma”.

e) “Estrangeirismos, usados como manifestações de status, podem representar uma armadilha para quem não os

domina”.

Questão 11)

Há anos, quando se anunciou que haveria um Rock in Rio 2, jovens começaram a circular pela cidade usando

camisetas com o símbolo do Rock in Rio 1 e uma frase dizendo: “I was”. Ou seja: “Eu era”. Perguntei-me: por que

“Eu era”? No começo, escapou-me a relação entre a imagem e a inscrição. Claro que, depois de árduo exercício

intelectual, deduzi que a camiseta queria dizer “Eu fui” ou “Eu estava lá” (no Rock in Rio 1), caso em que o correto

em inglês seria “I went” ou “I was there”. (...) E viva o verbo “to be”.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0309201105.htm. Acesso em 16/05/2013.

Com base nas ideias expostas acima, infere-se que a tese central defendia pelo texto é a de que

a) a utilização excessiva de estrangeirismos deve ser evitada, porque faz com que a Língua Portuguesa tenda a

sucumbir.

b) os registros linguísticos tomados por empréstimo representam um fenômeno legítimo e enriquecedor da

dinâmica do português.

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c) a incorporação de neologismos e anglicismos torna o uso da língua criativo e versátil, anulando qualquer

seriedade do português formal.

d) os anglicismos estão longe de ser inofensivos, pois podem prejudicar o nosso próprio idioma, afinal, são

irrelevantes na construção de uma identidade linguística específica.

e) estrangeirismos, usados como representações de status, podem representar uma armadilha para quem não os

domina.

Questão 12)

Divulgação

Levando em consideração o caráter persuasivo do anúncio, o melhor recurso argumentativo utilizado na intenção

de garantir a proximidade leitor-enunciador é

a) a metáfora, presente em “se fosse uma árvore”.

b) a presença impositiva de uma oração sem valor imperativo.

c) a segunda pessoa discursiva, que faz um apelo direto ao leitor.

d) a alusão enfática a termos semelhantes, como “árvore” e “fosse”.

e) a informação sobre as consequências do desmatamento ambiental.

Questão 13)

TEXTO I

Riqueza de 1% da população mundial supera a dos 99% restantes em 2015

A riqueza acumulada por 1% da população mundial – os mais ricos – superou a dos 99% restantes em

2015, um ano mais cedo do que se previa, informou hoje (18) a ONG Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico

Mundial de Davos, na Suíça.

“O fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da população aumentou de forma dramática nos últimos

12 meses”, diz relatório da ONG britânica intitulado “Uma economia a serviço de 1%”.

“No ano passado, a Oxfam estimava que isso fosse ocorrer em 2016. No entanto, aconteceu em 2015, um

ano antes”, destaca no texto.

Para mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos, a organização estima que “62 pessoas têm

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tanto capital como a metade mais pobre da população mundial”, quando, há cinco anos, era a riqueza de 388

pessoas que estava equiparada a essa metade. [...]

RIQUEZA de 1% da população mundial supera a dos 99% restantes em 2015. EBC Brasil. 18 jan. 2016.

Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 23 jan. 2016. (adaptado)

TEXTO II

ITURRUSGARAI, Adão. A vida como ela yeah. Folha de S.Paulo, São Paulo, 22 jan. 2016. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 5 abr. 2016.

Os dois textos fazem referência ao mesmo fato noticiado. No entanto, o texto II

a) alonga as informações descritas no texto I, tal qual uma reportagem amplia uma notícia.

b) trabalha com aspectos não verbais que traduzem as informações verbais dadas na notícia.

c) apresenta, no primeiro quadrinho, dados estatísticos divergentes, mudando as porcentagens.

d) é descritivo quanto ao conteúdo da reportagem, apresentando uma descrição objetiva dos dados.

e) faz parte de um gênero que usa o humor e apresenta os fatos de maneira mais subjetiva que o texto

jornalístico.

Questão 14)

Pawel Kuczyński

A imagem unifica dois conceitos que interagem de forma bastante complementar e paradoxal na

sociedade contemporânea, fomentando estruturas desiguais que, de acordo com a crítica promovida pela

pintura, se baseiam

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a) na ideia de que a preguiça humana é decorrente da exploração de estamentos menos desenvolvidos.

b) em um conceito de dominante e dominado, no qual as relações de poder determinam as posições sociais.

c) na exploração de ideais de liberdade, nas quais uma sociedade mais justa se estrutura por meio do trabalho.

d) em uma relação igualitária, em que privilégios são distribuídos equitativamente entre as classes sociais.

e) na concepção de justiça e igualdade, mostrando que o trabalho promove a evolução de classes desfavorecidas.

Questão 15)

COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS FÁCIL

1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cérebro que se ativam com nicotina.

2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles enlouquecem e você sente os desagradáveis sintomas da falta do

cigarro.

3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicotina terapêutica de forma controlada no seu organismo, facilitando

o processo de parar de fumar e ajudando a sua força de vontade. Com Niciga, você tem o dobro de chances de parar de

fumar. Revista Época, 24 nov. 2009 (adaptado).

Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente,

a) as rimas entre Niciga e nicotina.

b) o uso de metáforas como “força de vontade”.

c) a repetição enfática de termos semelhantes como “fácil” e “facilidade”.

d) a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fazem um apelo direto ao leitor.

e) a informação sobre as consequências do consumo do cigarro para amedrontar o leitor.

Questão 16)

O plural de “caráter”

Aldo Bizzocchi

Outro dia, em seu programa de TV, o apresentador Faustão se referiu a um certo artista como “um dos

melhores caráteres do meio artístico”. Após dizer isso, o próprio apresentador olhou para a câmera com

expressão de perplexidade, como se dissesse: “será que essa palavra existe?”. Pois é, se tomarmos por base a

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gramática normativa, o plural de “caráter” é “caracteres”. E o adjetivo “bom-caráter” (por exemplo, “ele é um

sujeito muito bom-caráter”) não admitiria um superlativo “melhor-caráter” (“ele é o sujeito melhor-caráter que

eu conheço”). Então quer dizer que o animador de televisão errou duas vezes? Do ponto de vista normativo, sim.

Mas como deveria ele dizer então? “Fulano é um dos profissionais mais bom-caráter do meio artístico”? Não me

parece uma solução muito melhor.

O primeiro problema é a palavra “caráter” ter como plural “caracteres”. Além da óbvia irregularidade na

flexão, “caracteres” já é plural de “caractere”, que significa “letra”, “sinal tipográfico”. Portanto, como saber se

estamos falando sobre personalidade ou tipografia quando temos de usar o plural? O segundo problema é que

“bomcaráter” é adjetivo composto. Então como passa-lo para o grau comparativo ou superlativo: “mais bom-

caráter”? Será que “mais bom” não soa pior, pelo menos para os padrões brasileiros, do que “melhor-caráter”?

(Em Portugal, “mais bom” é de uso corrente até na linguagem culta).

Disponível em <http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/o-plural-decarater-

257143-1.asp: Acesso em 27 jul. 2012.

Ao analisarmos o uso da língua feito pelo apresentador Faustão, podemos inferir que ele

a) utilizou uma variedade da língua típica das pessoas que dominam a norma culta padrão.

b) produziu um discurso escrito que impossibilitou a transmissão de uma mensagem coerente.

c) desrespeitou a norma culta da língua, mas conseguiu comunicar-se com seu público.

d) criou uma situação comunicativa capaz de refletir todo o apuro formal de seu vocabulário.

e) demonstrou amplo domínio das diferentes normas que compõem o universo da língua.

Questão 17)

Terceira dor

É Sião que dorme ao luar. Vozes diletas

Modulam salmos de visões contritas...

E a sombra sacrossanta dos Profetas

Melancoliza o canto dos levitas.

As torres brancas, terminando em setas,

Onde velam, nas noites infinitas,

Mil guerreiros sombrios como ascetas,

Erguem ao Céu as cúpulas benditas.

As virgens de Israel as negras comas

Aromalizam com os unguentos brancos

Dos nigromantes de mortais aromas...

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Jerusalém, em meio às Doze Portas,

Dorme: e o luar que lhe vem beijar os flancos

Evoca ruínas de cidades mortas.

Alphonsus de Guimaraens

Na segunda estrofe do poema anterior, percebe-se uma repetição sonora de cunho consonantal conhecida como

a) aliteração.

b) assonância.

c) eco.

d) onomatopeia.

e) sinestesia.

Questão 18)

Os textos publicitários procuram empregar uma linguagem que seja adequada ao produto que anunciam e ao

público que pretendem atingir. Observando-se o texto da ilustração, pode-se afirmar que o efeito ocorre por

meio do uso

a) do apelo ao consumidor, manifestado na imagem.

b) do paradoxo, pela oposição das ideias “seu pé quer” e “está cheio de dedos”.

c) do humor, a partir do emprego inusitado da expressão “seu pé quer”

d) da polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “cheio de dedos”.

e) da ironia, por conferir à expressão “cheio de dedos” um novo significado.

Questão 19)

Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de Deus, serem quebradas por

traição, interesses financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos,

sem traumas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados consultados, por

sua competência, estão acostumados a tratar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista

tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação? Não seria mais útil dar conselhos mais

básicos? Não seria interessante mostrar que a separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens?

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Que, seja qual for o tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo amigável

deve ser assinado com atenção, pois é bastante complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que

podem interessar ao leitor médio.

Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores

manifesta-se acerca de uma reportagem publicada na edição anterior.

Ao fazer sua argumentação, o autor do texto

a) faz uma síntese do que foi abordado na reportagem.

b) discute problemas conjugais que conduzem à separação.

c) aborda a importância dos advogados em processos de separação.

d) oferece dicas para orientar as pessoas em processos de separação.

e) rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando novas ideias.

Questão 20)

Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos

ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que

eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de

uma palavra no último “Quarto de Badulaques”. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das

Minas Gerais, falei em “varreção” - do verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular,

poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer

um xerox da página 827 do dicionário (...). O certo é “varrição”, e não “varreção”. Mas estou com medo de que os

mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai

me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário (...). Porque para eles não é o dicionário que faz a

língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção”, quando não “barreção”. O que me

deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio.

Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.

Rubem Alves http://rubemalves.uol.com.br/quartodebadulaques

“Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.”

Considerada no contexto, essa frase indica, em sentido figurado, que, para o autor,

a) a forma e o conteúdo são indissociáveis em qualquer mensagem.

b) a forma é um acessório do conteúdo, que é o essencial.

c) o conteúdo prescinde de qualquer forma para se apresentar.

d) a forma perfeita é condição indispensável para o sentido exato do conteúdo.

e) o conteúdo é impreciso, se a forma apresenta alguma imperfeição.

SUCESSO!

GABARITO

1E 2E 3E 4E 5D 6B 7C 8B 9C 10E 11E 12C 13E 14B 15D 16C 17ª 18D 19E 20B