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8/20/2019 Bases de Farmacologia e Cosmetologia
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BASES DE FARMACOLOGIA E COSMETOLOGIA
Brasília-DF.
8/20/2019 Bases de Farmacologia e Cosmetologia
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Elaboração
Marcus Vinícius Dias Souza
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................... 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ................................................................................. 6
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA .................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
FARMACOLOGIA GERAL: CONCEITOS FUNDAMENTAIS E FARMACOCINÉTICA ............................................ 13
CAPÍTULO 2
FARMACODINÂMICA .................................................................................................................. 16
CAPÍTULO 3
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS .................................................................................................... 18
CAPÍTULO 4
CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM COSMETOLOGIA ............................................................................. 21
CAPÍTULO 5
IMUNOLOGIA CUTÂNEA E COSMETOTOXICIDADE:
VISÃO GERAL .......................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 6
INGREDIENTES COSMÉTICOS NATURAIS ......................................................................................... 40
UNIDADE II
COSMETOLOGIA APLICADA ...................................................................................................................... 45
CAPÍTULO 7
ACNE: CUIDADOS COSMÉTICOS ..................................................................................................48
CAPÍTULO 8
COSMÉTICA MASCULINA ........................................................................................................... 54
CAPÍTULO 9HIPERCROMIA CUTÂNEA IDIOPÁTICA DA REGIÃO ORBITAL ................................................................... 58
CAPÍTULO 10
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ESTRIAS, CELULITES E GORDURAS LOCALIZADAS ............................................................................ 60
CAPÍTULO 11
INGREDIENTES COSMÉTICOS DESPIGMENTANTES ............................................................................ 65
CAPÍTULO 12
INTRODUÇÃO AOS PEELINGS ....................................................................................................... 68
CAPÍTULO 13
COSMÉTICA ANTI- AGING E NEUROCOSMÉTICA ................................................................................ 73
CAPÍTULO 14
CUIDADOS COSMÉTICOS INICIAIS COM A QUEDA CAPILAR .................................................................. 79
CAPÍTULO 15
COSMÉTICOS PARA GRUPOS DE RISCO .......................................................................................... 82
CAPÍTULO 16
HIDRATAÇÃO CORPORAL E PRODUTOS ANTIPOLUIÇÃO....................................................................... 84
CAPÍTULO 17
MANEJO COSMÉTICO DE CICATRIZES ............................................................................................ 87
CAPÍTULO 18
NUTRICOSMÉTICA E NUTRACÊUTICOS ........................................................................................... 90
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................... 94
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem necessários
para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica
e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura ormal,
adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos a
serem oerecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de orma competente
e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a ormação continuada para vencer os desafios
que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a acilitar sua
caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a como
instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
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ORGANIZAÇÃO DO CADERNODE ESTUDOS E PESQUISA
Para acilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de orma
didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão,
entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas,
também, ontes de consulta, para aproundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Pensamentos inseridos no Caderno, para provocar a reflexão sobre a prática
da disciplina.
Para refletir
Questões inseridas para estimulá-lo a pensar a respeito do assunto proposto. Registre
sua visão sem se preocupar com o conteúdo do texto. O importante é verificar
seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. É fundamental que você
reflita sobre as questões propostas. Elas são o ponto de partida de nosso trabalho.
Textos para leitura complementar
Novos textos, trechos de textos referenciais, conceitos de dicionários, exemplos esugestões, para lhe apresentar novas visões sobre o tema abordado no texto básico.
abc
Sintetizando e enriquecendo nossas informações
Espaço para você fazer uma síntese dos textos e enriquecê-los com sua
contribuição pessoal.
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Sugestão de leituras, filmes, sites e pesquisas
Aprofundamento das discussões.
Praticando
Atividades sugeridas, no decorrer das leituras, com o objetivo pedagógico de
fortalecer o processo de aprendizagem.
Para (não) finalizar
Texto, ao final do Caderno, com a intenção de instigá-lo a prosseguir com a reflexão.
Referências
Bibliografia consultada na elaboração do Caderno.
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INTRODUÇÃO
O presente Caderno de Estudos e Pesquisa oi elaborado com o objetivo de propiciar conhecimento
e direcionamento para os estudos em Farmacologia e Cosmetologia. A disciplina visa a oerecer a
undamentação teórica necessária para a prescrição cosmética, considerando a elaboração adequada
do prontuário, o veículo, as incompatibilidades, o pH, entre outros aspectos.
Cada capítulo oi pensando com base nas horas que você dedica ao trabalho destinado às atividadeseducativas bem como às práticas desenvolvidas no ambiente universitário. No entanto, você é
protagonista da história que estamos construindo, portanto, tenha esse caderno como direção, mas
não se limite a ele.
A Farmacologia é uma ciência biomédica que estuda o comportamento de moléculas ativas com
finalidade de diagnóstico, cura ou tratamento de doenças. A Cosmetologia é uma ciência armacêutica
que estuda o desenvolvimento de produtos para limpar, alterar a aparência, perumar e/ou corrigir
odores corporais. Como integrar essas ciências, a princípio tão antagônicas, para o estudo dos cuidados
com condições inestéticas?
Basicamente, os conceitos de Farmacologia são aplicáveis em Cosmetologia: os ingredientes cosméticos
possuem mecanismos de ação semelhantes aos da pesquisa com ármacos. Conhecimentos de
Farmacologia são importantes para uma visão ampliada e segura durante o planejamento da prescrição
cosmética, especialmente porque estamos tratando de prontuários individualizados, já que cada
paciente é único em suas necessidades estéticas.
endo em vista que nem sempre a disciplina Farmacologia é oertada nos cursos superiores da área
da saúde, recomenda-se ao estudante que consulte as literaturas reerenciadas no fim do Caderno de
Estudos para complementar conceitos e visualizar mais exemplos práticos.
Bons estudos!
Objetivos
» Estudar os elementos essenciais da Farmacologia Geral com suas bases moleculares.
» Observar o comportamento das substâncias ativas no organismo.
» Conhecer os elementos undamentais de Cosmetologia.
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» Elaborar corretamente a prescrição cosmética.
» Conhecer como uncionam os principais ingredientes cosméticos para váriosaspectos inestéticos, suas propriedades químicas e interações.
» Elaborar ormulações individualizadas para cuidados cosméticos.
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UNIDADE
IINTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
E À COSMETOLOGIA
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CAPÍTULO 1Farmacologia geral: conceitosfundamentais e farmacocinética
Conceitos fundamentais
A Farmacologia é a ciência que estuda os mecanismos de ação das substâncias utilizadas para diagnóstico,
tratamento ou cura de doenças, bem como seu comportamento no organismo.
Um fármaco é um agente químico que proporciona eeito terapêutico ou preventivo. As ormulações que
levam ármacos em sua composição são denominadas medicamentos.
A expressão “tratamento cosmético” é erroneamente utilizada entre profissionais
do ramo, considerando que apenas os fármacos, nas formulações de medicamentos,
são agentes de tratamento de doenças.
O termo remédio, por vezes atribuído aos medicamentos, constitui-se, na realidade, qualquer recurso
que tenha eeito terapêutico para o paciente. É o caso, por exemplo, das terapias manuais para pessoas
estressadas ou depressivas ou um simples banho relaxante.
As formas farmacêuticas são as ormas como os medicamentos prontos são apresentados aos pacientes.
Como exemplo, citamos:
» ormas armacêuticas sólidas: cápsulas, comprimidos;
» ormas armacêuticas líquidas: xaropes, suspensões, soluções; » ormas armacêuticas semisólidas: géis, cremes, loções, pomadas.
Cosméticos podem ser considerados remédios?
Cosméticos não possuem finalidade terapêutica, portanto, não são remédios.
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Farmacocinética – visão geral
A Farmacocinética é a parte da Farmacologia que estuda o comportamento do organismo em relação ao
ármaco, isto é, o que o organismo az com o ármaco, como ocorre seu processamento em termos de:
1. absorção;
2. metabolização;
3. distribuição;
4. eliminação do organismo.
Absorção: é a passagem da substância ativa do local onde oi administrada para a corrente sanguínea,
sem que se desintegre.
Pode-se dizer que existe absorção de cosméticos, considerando que levam
substâncias com comportamento de fármacos, mas não são medicamentos?
Novamente, como os cosméticos não possuem ação terapêutica, não são absorvidos pela pele. Outro
aspecto importante é que as moléculas ativas geralmente são muito grandes para passar pela pele.
Metabolização: consiste em um conjunto de reações químicas que tornam a molécula realmente ativa e/
ou mais acilmente absorvida, geralmente conerindo-lhe hidrossolubilidade.
Como estudaremos os cosméticos de uso interno, torna-se relevante abordar alguns aspectos sobre o
metabolismo hepático:
1. O ígado possui uma rede de processamento de substâncias que chegam até ele via
circulação, eito pelo sistema de enzimas do tipo mono-oxigenases, do citocromo
P450.
Essas enzimas podem sorer aumento da atividade através do aumento do número
de enzimas, o que chamamos de indução. Este eeito pode ou não causar toxicidade,
a depender da substância que está sendo processada.
2. O ígado também é responsável pelo eeito de primeira passagem: alguns ármacos
sorem metabolização tão extensa que a quatidade que chega na corrente sanguínea
acaba sendo muito menor que a quantidade administrada e absorvida.
O efeito de primeira passagem é um evento positivo ou negativo? Em que situações
é positivo ou negativo?
Eliminação: É a saída dos ármacos do organismo. Geralmente analisa-se a eliminação em termos deClearance, que é o volume de plasma sanguíneo livre do ármaco por unidade de tempo.
UNIDADE I | INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA
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CAPÍTULO 2Farmacodinâmica
A Farmacodinâmica é a parte da Farmacologia que estuda o mecanismo de ação do ármaco, isto é, quais
modificações gera no organismo, como, por que e quando ocorrem.
Os ármacos agem no organismo através de interações com elementos que chamamos de alvos. Um alvo
consiste no local específico, em nível molecular, onde o ármaco irá agir. Os principais alvos são:
» enzimas (podem ser inibidas ou ter sua atividade aumentada);
» moléculas transportadoras (podem ser bloqueadas ou ter sua atividade aumentada);
» canais iônicos (podem ser abertos ou echados);
» receptores específicos: locais de ligação de substâncias endógenas onde ármacoscom estrutura química semelhante às substâncias endógenas se ligam.
Quanto à ação nos receptores, pode ocorrer ligação do ármaco para simular o eeito de uma substânciaendógena, no intuito de aumentar o eeito fisiológico causado por esta, ativando o receptor e cascatas de
sinalização dentro da célula. A estes ármacos dá-se o nome de agonista.
Exemplo: O corpo libera naturalmente adrenalina na corrente sanguínea, que se liga a seus receptores
específicos em determinados órgãos. Existem moléculas para o tratamento da asma, por exemplo, que
possuem estrutura semelhante à da adrenalina, para ligar-se aos mesmos receptores apenas nas vias aéreas
e ativá-los, causando dilatação para maior passagem de ar.
O sinergismo entre ármacos acontece quando duas ou mais moléculas, quando associadas na
administração, potencializam um único eeito, por mecanismos semelhantes ou dierentes. Exemplos em
cosmetologia: controladores de oleosidade e adstringentes, quando associados, avorecem a eliminação
de comedões, no tratamento da acne.
Os ármacos que se ligam a um receptor para bloquear a ação das substâncias endógenas são chamados
de antagonistas.
Exemplo: Existem moléculas semelhantes à adrenalina que se ligam aos receptores para adrenalina no
coração, visando reduzir a requência cardíaca e a orça de contração, no intuito de controlar a pressão
arterial: sem a ligação de adrenalina, o coração não recebe estímulo para azer mais orça /contrações que
o necessário, o que colabora para o abaixamento da pressão arterial.
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Natureza da atividade farmacológica: são dierenças existentes para receptores de ação reguladora sobre
unções fisiológicas. São classificadas em:
» antagonismo competitivo: quando duas substâncias disputam a ligação pelo mesmoalvo. Vence a que tiver o melhor perfil químico para se ligar ao alvo;
» antagonismo químico: ocorre alteração da estrutura química de um ármaco, o quecausa perda da unção original;
» antagonismo fisiológico: ocorre alteração da unção de um ármaco por outro, semalteração da estrutura química;
» antagonismo armacocinético: ocorre alteração dos parâmetros armacocinéticos(absorção, metabolismo, distribuição, excreção) de um ármaco por outro.
Como prevenir erros de prescrição conhecendo a natureza da atividade
farmacológica das substâncias?
Se duas ou mais substâncias apresentam qualquer tipo de antagonismo, não devem, portanto, ser
associadas na mesma ormulação nem administradas simultaneamente.
Quando um ármaco é administrado de maneira contínua ou repetida (não necessariamente por erros
de medicação), existe o risco de desenvolvimento de taquifilaxia, que é a perda do eeito do ármaco por
alterações causadas ou mesmo perda dos alvos no organismo.
Dierentemente desta condição, enquadra-se o conceito de adaptação fisiológica, que é a redução do
eeito de um ármaco por respostas do organismo que tendem à condição de homeostase, o que gera
tolerância ao ármaco.
Como aplicar estes conceitos de farmacodinâmica em cosmetologia?
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA | UNIDADE I
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CAPÍTULO 3Mediadores inflamatórios
O processo inflamatório é uma resposta do organismo que se inicia nos vasos sanguíneos em direção
aos tecidos quando há lesão por qualquer agente etiológico. A finalidade da inflamação é proteger o
organismo através de mecanismos para destruição e eliminação do agente etiológico, além de reparar
a área aetada. Desta orma, pode-se entender que existem diversos tipos e intensidades de inflamação,
variando o agente e a área aetada.
Quando são exagerados, os processos inflamatórios causam doenças como processos dolorosos, alergias,
autoimunidades e destruição tecidual. O controle da inflamação, atualmente, é eito principalmente com
anti-inflamatórios não esteroidais e corticoterapia, a depender do caso.
Não existe uma sequência exata estrita para os eventos da inflamação, isto é, as etapas podem ocorrer
simultaneamente, porém, três ases principais podem ser identificadas:
1. Fase aguda de enômenos vasculares: ocorre vasodilatação, aumento do fluxo
sanguíneo e da permeabilidade vascular, com extravasamento de proteínas e outrasbiomoléculas.
2. Fase tardia: ocorre infiltração de células do sistema imune como neutrófilos e outros
agócitos por diapedese e migração dessas células para o local da inflamação, para
captura e destruição do agente causador da inflamação.
3. Fase de degeneração tecidual com fibrose.
O conhecimento das principais substâncias envolvidas na inflamação torna-se importante para os
estudos de armacologia e cosmetologia, considerando que, conhecendo como mediam os processosinflamatórios, pode-se planejar melhor os cuidados cosméticos para diversas condições inestéticas
associadas à inflamação, como a acne e as cicatrizes.
Os mediadores da inflamação são os responsáveis pelo caráter considerado uniorme dos processos
inflamatórios, não importando se o agente etiológico é uma bactéria, um corpo estranho, radiação etc.
Como pode existir diferentes tipos de inflamação se o processo é uniforme,
considerando que os mediadores envolvidos são geralmente os mesmos?
A depender da doença (ex.: alergias, neoplasias malignas, psoríase), apesar dos mediadores serem
quimicamente semelhantes, as associações fisiologicamente programadas variam, inclusive em quantidade.
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Como o organismo organiza o processo inflamatório considerando que alguns
mediadores possuem ações antagônicas?
A organização é regida pela programação do sistema imune; quando há alhas no controle da imunidade,
podem ocorrer doenças como as autoimunidades.
Pesquise nos tratados de imunologia os detalhes sobre as células e as substâncias
de origem imunológica envolvidas na inflamação. Você verá que é um processo
fascinante, apesar de complexo.
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Atenção: Cosméticos tradicionais podem ter ingredientes naturais.
Vias de penetração da pele e de hidratação
É undamental dierenciar:
óstio: local de saída da secreção gerada pela glândula sebácea e dos pelos.
poro: local de saída de glândula sudorípara.
São vias de penetração dos princípios ativos na pele:
» transdérmica: substâncias de baixo peso molecular, caráter anótero (isto é, sãohidrossolúveis e lipossolúveis), passam pela pele e caem na corrente sanguínea. Uso
exclusivo de medicamentos.
» transfolicular: passam entre o olículo piloso e a papila dérmica. Área com poucopelo (especialmente idosos), tem hidratação mais diícil, por deficiência neste
mecanismo, já que o olículo fica obstruído.
» transcelular: por diusão, os ativos passam de uma célula para a outra. Ocorreprincipalmente com ativos lipoílicos. O pH alcalino aumenta emoliência da pelepor clivagem da queratina da camada córnea; por isso, o caráter alcalino tem maior
permeabilidade da pele, um ator de risco para uso do produtos.
A importância da hidratação
A redução da espessura da pele e do tecido subcutâneo, por ação química e/ou ambiental, são os principais
mecanismos de desidratação, além da nutrição inadequada. A perda de água transepidermal, entendida
como a evaporação da água dos tecidos mais proundos até a epiderme, ocorre naturalmente na pele, atémesmo para regulação de temperatura corporal. É importante que qualquer produto cosmético possa
proporcionar hidratação, para garantir a integridade do tecido e para que o ativo exerça sua unção
corretamente.
São vias de restauração da hidratação da pele por cosméticos:
» oclusão: os poros são obstruídos e a água da pele não evapora.
» umectação: são usados ativos higroscópicos para reduzir a volatização da água da
superície da pele.
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» restauração: eita através de elementos originais da pele como proteínas (hidrolizados– para maior absorção), colágeno, carboidratos e lipídeos que são inseridos nas
órmulas. ambém podem ter filtro solar.
Formas de apresentação dos cosméticos (variações de veículos)
» Cremes: são emulsões óleo/água ou água/óleo de boa consistência (maior viscosidade).
» Loções: microemulsões de baixa ou média viscosidade.
» Géis: redes poliméricas hidratáveis (natrosol, carbopol, aristoflex, pemulen, sepigel,etc.) de boa consistência em geral. São os veículos mais escolhidos para peles oleosas.
» Leites: microemulsões de pouca viscosidade, para limpeza de pele.
» ônicos: soluções vasodilatadoras, rerescantes, rubeacientes e cicatrizantes. Sãopróprias para recuperar a nutrição, ph e tônus da pele (izotonizantes). Finalizam a
etapa de limpeza.
» ticks: preparações sólidas de ácidos graxos e álcool etílico, solidificados porestearato de sódio. Podem ser hidratantes, despigmentantes etc.
» Óleos: preparações de origem vegetal/animal, líquidos à temperatura ambiente.
» Sabonetes: líquidos, glicerinados, barra (tradicionais), shower gel, esoliantes,antissépticos (íntimos).
» Shampoos: De pH alcalino, podem ser: hidratantes, anticaspa, antiresíduos, inantis,antiqueda etc.
Conceitos de Química
» pH: índice de acidez tolerado por áreas corporais ou substâncias ativas. Varia de 0 a
14, sendo que até 7 o pH é ácido, em 7 é neutro e de 7 a 14 é alcalino ou básico. O pHdas dierentes áreas corporais está no quadro a seguir.
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Quadro 1 – faixas de pH do corpo
axilas 6,3 a 6,5
costas 4,5 a 4,8
cabelo 4,5 a 4,7coxas 6 a 6,1
mãos 4,3 a 4,6
nádegas 6,4 a 6,5
pés 7 a 7,2
ace 4 a 4,8
seios 6 a 6,2
tornozelos 5,9 a 6,1
Fonte: BATISTUZZO, 2009.
Conhecer o pH das dierentes áreas corporais é undamental para a escolha do cosmético: produtos muito
ácidos ou muito alcalinos podem causar danos sérios às áreas onde são aplicados, como queimaduras e
lesões. Além disso, observar o pH das substâncias é undamental para que possam ser associadas sem que
hajam incompatibilidades.
» Solubilidade: capacidade de uma substância se dissolver na presença de outra.Podem ser classificadas em: insolúveis (caráter hidroílico/ábico), pouco solúveis,
livremente solúvel, solúvel.
» Fotossensibilidade: característica das substâncias que podem ser alteradas/inativadas pela luz.
» Higroscopicidade: capacidade de uma substância agregar água para sua estrutura.Ex.: as substâncias com sódio (Na+2).
Porque certos produtos cosméticos importados mudam de aspecto/odor quando
chegam ao Brasil?
Produtos abricados na França, por exemplo, são planejados para serem estáveis nas condições climáticas
locais. razer estes produtos para zonas climáticas dierentes implica provável perda da estabilidade.
Os 16 tipos de pele – Adequação de produtos cosméticos às necessidades individuais Leslie Baumann,
2006 (Te Skin ype Solution)
Atualmente, além da classificação tradicional dos ototipos de pele conorme Fitzpatrick, a classificação
da pele em 16 tipos, definida em 2006 pela dermatologista norte-americana Leslie Baumann, tem sido
amplamente divulgada e utilizada, já que ornece outros critérios de seleção como tendência a ruborização
e descamação.
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1. Pele oleosa, sensível, não pigmentada com tendência a rugas
Apresenta poros dilatados e rugas precoces por ter camada fina; não bronzeia, mas queima.
» Fotoproteção constante/creme oil-ree ou gel. Usar anti-inflamatórios e calmantessuaves (evitar corticoides) em todos os produtos. Ex: extratos glicólicos de camomila,calêndula, alabisabolol.
» Evitar usar chá verde e zinco (pelo orte sinergismo para ação secativa) e vitaminaC (pela tendência à rugas). São ativos para absorver a oleosidade excessiva:
sebonormine, silica shells (anti-oil spheres), matipure. Usar clareadores com pH mais
próximo de 7.
2. Pele oleosa, sensível, não pigmentada e firme
Poros não muito dilatados, vascularização aparente e ácil ruborização, com descamações.
» otoproteção constante: loção/creme oil-ree ou gel.
» Usar anti-inflamatórios e calmantes suaves (evitar corticoides).
» Chá verde e zinco: podem ser usados para eeito secativo associado, silicatos emcaso de extrema oleosidade, nas primeiras semanas de tratamento. Evitar o uso de
DMAE.
3. Pele oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas
Pode apresentar acne e dermatites ortes. Bronzeia ácil, com rugas precoces por ter camada
fina. Manchas são comuns.
» Usar filtro solar ísico (óxido de zinco/dióxido de titânio).
» ensores: elastinol+R, Lys-lastine.
» Evitar chá verde/zinco/vitamina C (sensibilidade da pele/propensão às rugas).
» Clareadores: usar os com pH próximo a 7.
4. Pele oleosa, sensível, pigmentada e firme
Pode apresentar acne e processos inflamatórios muito ortes. Muitas reações alérgicas, possíveis
sardas. Manchas mais resistentes aos tratamentos.
» Usar: ácido kógico, ácido salicílico, microesponjas de retinol.
» Chá verde, zinco, vitamina C: podem ser usados junto com glucans.
» FPS em gel creme/creme oil-ree.
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA E À COSMETOLOGIA | UNIDADE I
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5. Pele oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas
Aparência lustrosa, poros dilatados, acne rara.
» FPS em creme oil ree. » Usar coenzima Q10 e lipossomas hidratantes, DMAE, ácido glicólico, microesponjas
de retinol.
» Usar silicatos com zinco para reduzir a oleosidade.
6. Pele oleosa, resistente, pigmentada e firme
Poucas rugas e acne, mais comuns em negros. Em peles claras: sardas e manchas.
» Usar chá verde, zinco, vitamina C e silicatos. FPS em gel.Despigmentante: azeloglicina.
7. Pele oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas
» Brilho moderado, pouca acne, rugas precoces.
» ensor: argireline, elastinol + Hidratar mais à noite.
» Esoliar pelo menos 2 vezes por semana.
8. Pele oleosa, resistente, não pigmentada e firme
» Dificilmente bronzeia. Manchas, vermelhidão ou resecamento raros.
» eeling de ácido salicílico mensal: controle rápido da oleosidade (até 3 vezes ao mês).
» Esoliação com ácido glicólico ou salicílico.
9. Pele seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas
» Fina e seca, descama e tem alta requência de inflamações.
» Evitar adstringentes/esoliantes.
» Dispigmentantes: usar Ph mais próximo do neutro. Se ácidos, usar o glicólico/láticocom glicirenídeos em creme e em alternados (camadas finas).
10. Pele seca, sensível, pigmentada e firme
» Mãos secas, manchas ásperas e grosseiras no rosto e pescoço. Alergias e descamações
requentes.
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» Fotoproteção em creme. Usar anti-inflamatórios e calmantes.
» Hidratação: óleos de macadâmia, silicones.
11. Pele seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas
» Ressecada, áspera, sem brilho, acne moderada, rugas precoces. Eritema ácil
» Hidratação reorçada à noite em creme. Evitar vitamina C.
» ipomoist firming , óleos naturais em baixa concentração, com anti-inflamatórios emgel ou creme.
12. Pele seca, sensível, não pigmentada e firme
» Descamação, acne ocasional, eritema, prurido. » Hidratação: lactato de amônio, peptídeos (structurine).
13. Pele seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas
» Bronzeia ácil. Sem alergias, acne ou rugas até mais ou menos 40 anos.
» Usar clareadores de vitamina C e ácido glicólico. Fotoproteção em creme.
14. Pele seca, resistente, pigmentada e firme
» Descamações no rosto e pescoço. Sardas e manchas são comuns.
» Clareamento: vitamina C, vitamina K. Hidratar com vitamina A e E.
» Renovação celular: microesponjas de retinol, ala-hidroxiácidos (AHA – ex.: ácidoglicólico, ácido mandélico) em baixa porcentagem.
» Fotoproteção em creme.
15. Pele seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas
» Pele clara, delicada (fina), sem sardas ou manchas.
» Para as linhas de expressão: lipomoist firming , coenzima Q10 (lipossoma), chá verde.
16. Pele seca, resistente, nãopigmentada e firme
» Não bronzeia ácil. Hidratar com produtos a base de glicerina e evitar adstringentes.
› Para todas as ormas de pele seca: ácido hialurônico e óleos como o de macadâmia
e rosa mosqueta (cicatrizante) de 3 a 4%. Aquaporine active e outros peptídeostambém são boas opções.
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Alterações físicas e químicas dos cosméticos
Os cosméticos podem, quando mal conservados ou se orem malormulados, apresentar alterações ísicas
e/ou químicas, que impossibilitam o uso do produto pelo risco de causar algum eeito colateral no usuário
ou mesmo nenhum eeito, pela inativação da substância ativa. As principais alterações são:
» alterações de cor (oxidação)
» alterações do odor (contaminação)
» separação de ases (tensoativo inadequado)
» ormação de precipitado
» presença de sobrecamada com mal cheiro/alteração de odor (contaminaçãobacteriana)
A elaboração do prontuário
Os registros servem para documentar as ações desenvolvidas e os produtos utilizados, ornecer evidências
de que as necessidades do tratamento estão sendo atendidas e proporcionar melhoria contínua dos
protocolos de tratamento.
O prontuário em si, por se tratar de um documento, destina-se ao dispensador dos produtos: oarmacêutico – especialmente se a receita or destinada à manipulação. Os produtos indicados são
destinados ao paciente.
Para (nome do paciente), sexo: idade:
Ao armacêutico,
avor ormular:
extrato de calêndula – 5%
alabisabolol – 1% para lavar o rosto 2x ao dia commovimentos suavesalantoína – 0,5%
sabonete líquido base qsp – 100ml
_____________________
(nome do profissional)
DD/MM/AA
el: e-mail:
Erros de prescrição são comuns, contudo, passíveis de prevenção. Para evitar transtornos ao paciente e ao
dispensador, é undamental observar os seguintes cuidados para a prescrição cosmética:
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» Falta do modo de administração do produto prescrito. Pode ser também enquadradonesta categoria a alha na orientação do paciente em relação aos cuidados propostos,
buscando compreensão e aderência ao tratamento. Por alta de inormação, o
paciente não utiliza os produtos corretamente. O tempo de administração e a
requência devem ser claramente apresentados em cada produto, evitando erros de
administração.
» Erros de prescrição – seleção incorreta dos ativos (sem considerar as indicações,contra-indicações, interações e incompatibilidades básicas, alergias conhecidas,
produtos já utilizados e outros atores), dose, orma armacêutica, quantidade, via de
administração, concentração ou desconsiderar as instruções de uso de um produto,
especialmente se or industrializado; prescrições ilegíveis; uso de nomenclaturas não
oficiais e abreviaturas diversas desconhecidas.
Modelo de ficha de registro e acompanhamento de pacientes
NOME: IDADE: TEL.: ENDEREÇO:
Descrição: Pele oleosa, sensível pigmentada e firme. Acne grau 2, dermatite de contato eseborreica visíveis.
Limpeza em cabine Tonificação (Cabine) Procedimento Pós-procedimento
Limpeza em casa Tonificação em casa Hidratação Fotoproteção
Pratique a identificação dos tipos de pele com pessoas conhecidas e elabore
protocolos com as especificações por tipo de pele em quadros como o modelo
acima.
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CAPÍTULO 5Imunologia cutânea e cosmetotoxicidade:visão geral
Conceitos de citologia e histologia – revisão
As células são microcompartimentos que concentram substâncias orgânicas, inorgânicas e organelas de
dierentes unções, circundadas pela membrana plasmática, a bicamada lipídica.
A membrana plasmática é uma película fina composta de osolipídios, colesterol e outros lipídios e
possui proteínas transmembrana, canais de proteína para transporte, enzimas, glicoproteínas e outras
biomoléculas. As principais unções da membrana são: proteção da célula, limitar o citoplasma e controlar
a entrada e saída de substâncias (permeabilidade seletiva).
Principais organelas e respectivas funçõesRetículo endoplasmático: é um sistema de canais membranosos e vesículas, disponível no citoplasma na
orma lisa (neutraliza substâncias tóxicas, sintetiza lipídios) e rugosa (sintetiza proteínas e ribossomos).
Complexo de Golgi: agrupamento de vesículas e cisternas que atuam no transporte de substâncias e
ormação de lisossomas (vesículas com enzimas de digestão celular).
Ribossomos: realizam a síntese de proteínas através de inormação genética.
Mitocôndria: realiza a respiração celular (processamento de O2) e produção de AP, a principal molécula
energética do organismo.
Núcleo: armazena as inormações genéticas. É separado do citoplasma pelo envelope nuclear, uma
bicamada lipídica.
Junções celulares
Junção compacta ou de oclusão: unciona como um zíper, previne o trânsito livre por diusão passiva de
pequenas moléculas e íons na membrana.
Junção aderente: promove a adesão de células vizinhas e atua na ormação e manutenção da estrutura eda unção das outras junções.
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A resposta imune é, na realidade, uma via integrada, composta por mecanismos complexos simultâneos
de deesa. Contudo, para acilitar o estudo, divide-se a resposta imune em dois ramos:
1. Resposta Imune Inata: é a imunidade que o indivíduo traz consigo quando nasce. Os
mecanismos da imunidade inata se instalam de maneira rápida como componentede deesa e agem de maneira inespecífica para dierentes agressores, isto é, usam o
mesmo mecanismo de deesa para qualquer agente reconhecido como estranho ao
organismo.
A amamentação é importante para este mecanismo, uma vez que os anticorpos da mãe são transmitidos
ao eto pelo leite, conerindo certa capacidade de deesa orgânica à criança. As respostas da imunidade
inata são eitas por células chamadas de agócitos, (células capazes de capturar o agente agressor e destruí-
lo com substâncias presentes em grânulos no citoplasma), a saber:
a) basófilos;
b) eosinófilos (atuam principalmente em deesa contra parasitas);
c) macróagos (localizados nos tecidos internos);
d) células NK;
e) sistema de complemento (proteínas que complementam a deesa contra
microrganismos de maneira geral).
Alguns agentes agressores podem ser mais ortes que outros, tanto que, quando existe necessidade de
tratamento por medicação, as dosagens e o tipo de medicamento costumam variar significativamente. A
esta propriedade dos agentes agressores dá-se o nome de virulência.
O ato de a imunidade inata não agir de maneira dierenciada para dierentes agressores, portanto, indica
que os mecanismos inatos podem não ser eficientes em determinados casos, já que o nível da deesa deve
ser proporcional ao da virulência (que podemos entender também como nível de periculosidade), e não
existe esta variação na imunidade inata.
Para desenvolver respostas mais eficientes e específicas, existem os mecanismos da imunidade adaptativa:
2. A imunidade adaptativa é adquirida ao longo da vida do indivíduo através de
contato direto com o agressor por exposição, vacinas, transusão etc. Atua através
de diversos mecanismos (propriedade de complexidade) de orma específica para o
combate (propriedade de especificidade), sendo capaz de agir rapidamente caso um
agente agressor previamente combatido entre no organismo novamente (capacidade
de memória imunológica), como nas vacinas e reinecções.
A imunidade adaptativa realiza a vigilância imunológica, que é o monitoramento da entrada e presença
de agentes agressores e substâncias relacionadas. Falhas neste monitoramento podem causar neoplasiasmalignas.
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A imunidade adaptativa se desenvolve principalmente a partir de anticorpos e antígenos. Os anticorpos
(também conhecidos por imunoglobulinas) são glicoproteínas que reconhecem os agentes agressores
(antígenos) de maneira específica e ligam-se a estes (para cada antígeno é produzido um tipo de anticorpo).
Esta ligação unciona como um mecanismo de marcação do antígeno, avisando aos demais componentes
do sistema imune que há algo de estranho no organismo que deve ser eliminado.
Os antígenos são moléculas que possuem a capacidade de serem reconhecidas pelas células e moléculas
do sistema imune, ou seja, são capazes de se ligarem aos receptores celulares e anticorpos. O antígeno
pode ser uma ração da estrutura de bactérias, vírus, ungos, protozoários, helmintos ou substâncias
solúveis produzidas por microrganismos e outras células. A maioria dos antígenos são proteínas, porém,
alguns são polissacarídeos, lipídeos ou glicolipídeos.
Os antígenos normalmente possuem vários locais onde o anticorpo pode se ligar que são chamados
de epítopos. Existem epítopos que podem induzir uma resposta imune mais orte, como podem ter
resposta mais raca. Esta resposta depende da sua estrutura química, que definirá o nível da orça de
ligação (complexação) ao anticorpo. Os antígenos são chamados de imunogênicos quando são capazes de
induzir uma resposta imune, são chamados de alergênicos quando induzem reações de hipersensibilidade
(alergias) e são chamados de tolerogênicos quando são capazes de inibir o desenvolvimento de uma
resposta imune.
Na imunidade adaptativa, o antígeno é capturado pelo linócito B (célula imunológica) e processado para
geração do epítopo. Este ragmento do antígeno é então apresentado ao linócito (os linócitos possuem
capacidade de memória e especificidade), que libera substâncias (citocinas) que estimulam o linócito B
a produzir anticorpos específicos para o antígeno capturado. Estes anticorpos se ligam a outras célulasimunológicas. Quando o antígeno se ligar ao anticorpo, a célula imunológica libera substâncias presentes
no seu interior para eliminar o antígeno, através do rompimento da membrana celular, o que chamamos
de desgranulação. Desta orma, se estabelecem os mecanismos de deesa.
Como a imunidade inata e adaptativa podem influenciar a resposta aos cosméticos
aplicados na pele?
A imunidade inata pode responder através dos agócitos, de maneia inespecífica. A imunidade adaptativa
responde através do desenvolvimento de anticorpos específicos para determinado antígeno.
Hipersensibilidades
As hipersensibilidades são transtornos imunológicos caracterizados por erros na programação fisiológica
do sistema imune, de modo que atuam de maneira inadequada, prejudicando a saúde do indivíduo. São
tipos:
1. Hipersensibilidade tipo 1 (alergias): é caracterizada pelo excesso de produção de
anticorpos IgE para mínimas quantidades de antígenos, geralmente inertes para amaioria da população. Os agócitos liberam o conteúdo dos seus grânulos, causando
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sinais e sintomas diversos, a depender do órgão aetado, como rinite, dermatite,
conjuntivite e rinossinusite.
2. Hipersensibilidade tipo 2: também chamada de citotóxica, ocorre quando o anticorpo
se liga a uma superície celular e não a reconhece como normal, estimulando osistema imune a destruí-la. O caso mais clássico é a anemia hemolítica do recém
-nascido, onde os anticorpos da mãe destroem as hemácias do eto em caso de
variação do ator RH.
3. Hipersensibilidade tipo 3: ocorre quando há a ormação de imunocomplexos
patogênicos com orte potencial inflamatório, por excesso de anticorpos ou por
erros na programação da avidez.
4. Hipersensibilidade tipo 4: chamada de tardia, envolve a participação de células
imunológicas (linócitos , macróagos etc.) sem anticorpos livres, na geração deresposta inflamatória. Os sinais são percebidos no mínimo 48h depois do início, por
isso recebe o nome de tardia.
Dermatites
As dermatites são processos patológicos da pele que podem ser de causa alérgica, inecciosa, por agentes
ísicos ou químicos. Quando a causa é desconhecida, diz-se que é idiopática.
O estudo das dermatites em cosmetologia é importante para a prevenção e prestação dos primeiroscuidados ao paciente vítima de eeitos colaterais dos produtos de uso tópico. Não necessariamente o
paciente com reações adversas utilizou o produto incorretamente: cada indivíduo é único, e as deesas
da pele podem não reconhecer determinadas substâncias como inertes, e iniciar processos que tendem a
eliminá-las. O caso mais clássico é a vermelhidão por utilização de peróxido de benzoíla a 4 ou 5% para
o tratamento da acne ou mesmo o uso de ácidos para renovação celular.
Com isso, percebe-se a importância de registrar todo o histórico de utilização de produtos do paciente, a
fim de não repetir erros de prescrição.
São os principais tipos de dermatite:
» Dermatite Atópica: inflamação da pele que é parte das maniestações da atopia, apredisposição genética ao desenvolvimento de alergias. Os pacientes com dermatite
atópica costumam apresentar outros quadros alérgicos como asma, rinite e problemas
alérgicos oculares, e costumam ter casos prévios na amília. Esta dermatite é uma
orma de hipersensibilidade tipo 4 e pode ser causada pelos mesmos alérgenos
que desencadeiam os demais transtornos alérgicos, além de substancias irritantes
(toxinas, metais, perumes e desinetantes) e alimentos, podendo também ter
causa emocional. Pode durar de horas a dias, a depender do nível de exposição do
indivíduo.
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São os principais sinais e sintomas:
1. Em jovens e adultos, as áreas mais acometidas por eritema e orte prurido são as
regiões flexoras (joelhos, cotovelos etc.), mas também podem acometer o pescoço e
a ace (o que é mais comum em crianças).
2. Hipercromia da região orbital.
3. endência a inecções cutâneas.
O manejo deste paciente é eito com medicamentos, demandando encaminhamento para médico alergista
ou dermatologista.
» Dermatite de Contato: também conhecida como eczema de contato, é uma patologiainflamatória causada pelo contato com substância irritante. Não é de origem alérgica,
e dura de poucos minutos a algumas horas. Os mecanismos são inflamatórios e
desencadeados por diversos agentes, desde água quente ou ria, sabonetes, ácidos,
saliva, urina e principalmente cosméticos. A cura total é vista quando a substância
irritante é aastada totalmente.
Manejo em cabine:
Em primeiro lugar, a substância deve ser totalmente removida com gaze seca (caso esteja em veículo
semissólido) e a área deve ser lavada com sabonete neutro, se possível glicerinado. Para eeito de alívio, a
região aetada pode ser tratada com soro fisiológico rio, que é inerte e capaz de azer vasoconstrição, oque é importante em caso de vermelhidão.
Géis em pH 7 com extratos naturais calmantes são úteis nesta etapa. A associação de alabisabolol
com extratos glicólicos de camomila e calêndula tem eeito sobre a pele do paciente em pouco tempo.
Recomenda-se que este produto seja aplicado rio também para vasoconstrição. Não há necessidade de
remoção logo após aplicação.
» Dermatite Seborreica: processo inflamatório que aeta as áreas mais ricas em glândulassebáceas, principalmente o couro cabeludo e a ace. As causas são desconhecidas, e a
presença do ungo ityrosporum ovale agrava a doença. Ocorre descamação intensa,eritema, prurido orte, manchas, ormação de crostas.
Manejo:
As crostas de dermatite podem ser removidas manualmente após emoliência eita com óleos vegetais
(óleo de oliva, macadâmia, girassol etc.). O uso de shampoos anticaspa é importante para o controle da
doença. A recomendação é que sejam utilizados em dias alternados, e que o shampoo de cetoconazol seja
usado por apenas 30 dias.
A associação de ingredientes naturais com atividade antisséptica como o extrato de própolis, óleo demelaleuca, dentre ouros, é benéfica, contudo as dosagens devem ser observadas com atenção, já que
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costumam ser produtos de odor orte característico, o que pode ser desagradável ao paciente. Além do
risco de tonalização capilar, um desconorto ainda maior.
Proponha cuidados cosméticos para manutenção da barreira hidrolipídica cutânea.
A hidratação com ingredientes avançados, ou mesmo com óleos, manteigas e ceras, é importante para
manutenção da barreira cutânea. Orientar o paciente quanto a banhos quentes e uso de sabonetes
adequados também é undamental.
Cosmetotoxicidade
A oxicologia é a ciência que estuda os eeitos nocivos decorrentes das interações de substâncias químicas
com o organismo. A toxicidade é a capacidade potencial de geração de danos às estruturas biológicas, ooco de estudo da oxicologia.
A oxicologia de cosméticos trata das reações adversas e os eeitos decorrentes do uso inadequado ou da
susceptibilidade individual aos produtos.
Agente tóxico ou toxicante é a substância capaz de causar dano a um sistema biológico, em condições
específicas de exposição. Os xenobióticos são substâncias que o organismo reconhece como estranho,
através de mecanismos imunológicos.
Intoxicação é um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas, caracterizado pordesequilíbrio fisiológico gerado pelas alterações bioquímicas no organismo.
Na intoxicação aguda, os sintomas surgem geralmente em algumas horas após curto período de exposição
ao agente tóxico. Poderá se maniestar de orma leve, moderada ou grave, dependendo da quantidade de
substância absorvida e da sensibilidade do organismo.
A intoxicação subcrônica indica exposição moderada ou pequena a produtos alta ou medianamente
tóxicos e as conseqüências surgem mais lentamente. A intoxicação crônica tem surgimento em meses
ou até anos, após exposição a agentes tóxicos, podendo causar danos irreversíveis à saúde do indivíduo.
Principais vias de intoxicação por cosméticos
» A via dérmica é a mais comum de intoxicações pela maioria dos agentes. A absorçãodepende principalmente da composição da ormulação, tempo de exposição,
solubilidade, grau de ionização, dimensão das moléculas, se ocorre hidrólise no
pH da epiderme, estado de hidratação da camada córnea, umidade ambiental,
temperatura do corpo e do ambiente e exposição à luz solar.
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Além das dermatites, são consequências da intoxicação por via dérmica:
› Fotolergia: indução de resposta alérgica da pele semelhante à mediada pelaradiação UV.
› Fototoxicidade: potencial do material induzir uma resposta irritante da pelemediada por irradiação UV.
› eratologia: toxicidade potencial para o eto. Mais comum para produtos de usointerno.
São elementos undamentais na toxicologia cutânea: composição e dosagem da ormulação, nível de
exposição, quantidade da substância permeada, classe do cosmético na qual o ativo pode ser utilizado,
método, duração e requência de aplicação, quantidade de produto em cada aplicação e possível exposição
do produto à luz solar.
» Via respiratória: As vias aéreas são revestidas de mucosas altamente irrigadas,portanto o potencial de absorção nesta área é considerado elevado. Produtos que
geram gases, umaças, neblinas e poeiras, principalmente em espaços confinados ou
com pouco arejamento, podem causar intoxicação.
Embora não seja a unanimidade, pode-se afirmar que os cosméticos são produtos seguros quando
utilizados de maneira adequada e seguindo as recomendações do abricante. As reações adversas com
esses produtos não são requentes, e, quando ocorrem, na maioria dos casos, é devido ao uso de orma
inadequada ou a acidentes.
Nas últimas décadas, muitos ingredientes oram banidos da composição de cosméticos em todo o
mundo, como o hexacloroeno (conservante), compostos de mercúrio e halogenados, propelentes de
clorofluorcarbono e ingredientes geradores de nitrosaminas.
Para garantir a segurança de produtos de higiene, cosméticos e perumes, são necessárias comprovações
que vão desde o histórico de segurança do produto e de suas matérias-primas até a realização de ensaios
toxicológicos específicos. Em princípio, para todo produto cosmético, seja ele de grau de risco 1 ou 2, o
abricante tem por obrigação dispor dos dados de segurança.
São considerações a serem eitas por tipo de produto:
» produtos para uso inantil – irritação cutânea primária;
» produtos para a área dos olhos – irritação ocular cumulativa;
» produtos para os cabelos, como tinturas e alisantes de cabelo – irritação dérmica edo couro cabeludo;
» produtos para proteção das radiações solares – testes de ototoxicidade e otoalergia;
» produtos para a higiene íntima – testes clínicos de irritação de mucosa genital emhumanos;
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» produtos destinados à pele sensível – testes de irritabilidade acumulada, sensibilização,ototoxicidade e otoalergia cutânea;
» produtos que no rótulo contenham as expressões “hipoalergênico”, “nãocomedogênico”, “não acnogênico”, “dermatologicamente ofalmológico +ginecologicamente testado”, “clinicamente testado”, “produto para gengiva sensível”
e “produto para pele + couro cabeludo sensível” – testes comprobatórios dessas
propriedades. ambém, sempre que a rotulagem mencionar atributos, tais como
“não irritante”, “não arde os olhos” etc.
São questões problemáticas em toxicologia dos cosméticos:
1. Corantes: As moléculas tintoriais podem causar irritações à pele e ao ouro cabeludo,
uma vez que são produtos sintéticos e geralmente misturas de variados polímeros.
Muitos abricantes têm optado por retirar os produtos coloridos do mercado quandohá suspeitas de toxicidade, já que os altos custos para provar a sua segurança nem
sempre justificam economicamente a permanência no mercado.
2. Fragrâncias: também são produtos sintéticos, e o sintoma inicial mais comum é o
aparecimento de rinite com a aplicação tópica do produto.
3. Formaldeído: substância de elevado potencial carcinogênico, com o uso permitido
pela Anvisa como conservante (até 0,2%) e até 5% para endurecer unhas. O uso nas
concentrações permitidas não proporciona alisamento capilar, com risco de orte
queda após o procedimento.
4. ensoativos: como são moléculas anfiílicas, o manto hidrolipídico pode ser
removido e a perda de água transepidermal acilitada, especialmente os de cadeia
pequena, que podem se instalar na pele com mais acilidade. Atualmente existe uma
tendência para opção por osolipídios orgânicos, que são mais semelhantes aos
lipídios da pele.
5. Parabenos (sistema conservante): além do risco de dermatite de contato, existe o risco
de lesão de queratinócitos em caso de exposição solar e potencial cancerígeno com
uso prolongado. O uso de conservantes naturais tem sido uma opção interessante
para a indústria cosmética e para a manipulação, especialmente os produtos
orgânicos e de apelo green-concept.
6. Metais: a toxicidade por metais pesados é um problema antigo. Além da indução
de dermatites, o potencial tóxico se expande para a carcinogênese, por exemplo, no
caso dos sais de alumínio usados em ormulações antiperspirantes.
Na prática, os produtos cosméticos são raramente associados com sérios danos à saúde. Entretanto, isto
não significa que produtos cosméticos sejam sempre seguros, especialmente considerando os eeitos em
longo prazo. Considerando que estes produtos podem ser usados extensivamente durante um amplo
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CAPÍTULO 6Ingredientes cosméticos naturais
Produtos cosméticos são chamados de naturais quando não há uso de produtos sintéticos na sua
ormulação. Entretanto, produtos tradicionais podem ter produtos naturais na órmula, de modo que
adquirem características únicas, especialmente se tratando de essências e cores.
Os ingredientes citados abaixo têm algumas características em comum:
» podem ser usados em ampla aixa de pH;
» podem ser prescritos pela esteticista quando de uso tópico;
» a maioria pode ser utilizado em qualquer veículo, de modo que praticamente nãoexistem incompatibilidades.
É importante dierenciar os produtos cosméticos naturais dos orgânicos: produtos orgânicos possuem
certificação dierencial conerida por órgão competente (como o EcoCER), e a ormulação não leva
itens sintéticos como silicones, ragrâncias, polietilenoglicol (PEG), corantes, derivados do petróleo nem
produtos de origem animal. odos os componentes da órmula são exclusivamente naturais e seguem
rígidos padrões de produção (sem agrotóxicos, abricado em indústrias de padrão trabalhista ouro etc.).
A lista abaixo será de grande valia para a prescrição das órmulas. A nomenclatura INCI NAME
(International Nomenclature Cosmetic Ingredient) reere-se ao nome químico do produto, que pode
ter diversos nomes comerciais conorme escolher o abricante. O que pode dierenciar dois extratos da
mesma substância é a via de produção.
Extratos
PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Aveia Avena sativa (Oat) Meal Extract Hidratante, anti-irritante e emoliente
Camomila Chamomilla recutita (Matricar ia) Flower Extract Anti-i rritante, calmante e suavizante
Chá Verde Camelia sinensis Leaf Extract Antirradicais livres, estimulante e refrescante
Hera Hedera helix (Ivy) Extarct Venotônico, tonificante e lipolítico
Própolis Propolis Extract Antisséptico, antiacne e cicatrizante
Uva Vitis Vinifera (Grape ) Fruit Extract Anti-aging , protetor e antioxidante
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Manteigas
PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Cacau Hydrogenated theobroma cacao oil
Manteiga derivada da semente de cacau caracterizada
por propriedades de cristalização diferenciada eexcelente estabilidade. Possui propriedades umectantese hidratantes. É recomendado para a incorporação ememulsões e sistemas anidros.
Karitê Shea butter butyrospermum parkii
Proporciona emoliência acentuada, auxilia narestauração do manto hidrolipídico, além de preveniro ressecamento da pele e dos cabelos. Incorporaçãoem cremes anti-aging , loções, hidratantes, pomadas,cremes de massagens, produtos solares e produtoscapilares (cremes e máscaras).
Óleos e extratos oleosos
PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Abacate Óleo Persea Gratissima (Avocado) Fruit Extract Emoliente, lubrificante, dermoprotetor,restaurador da camada lipídica
Abacate EO Persea Gratissima (Avocado) Fruit Extract Emoliente, lubrificante, dermoprotetor,restaurador da camada lipídica
Aloe Vera EO* Aloe Barbadensis Leaf Extract Cicatrizante, emoliente, vasoprotetor
Algodão Óleo Perea Gratissima Dulcis Emoliente, amaciante, suavizante,condicionador, hidratante
Amêndoas Doce ÓleoPrunus Amygdalus Dulcis
Emoliente, amaciante , protetor dos tecidos Andiroba Óleo Carapa Guaianensis Seed Oil Antisséptico, anti-inflamatório, emoliente
Canola Óleo Canola Oil Emoliente, dermoprotetor, antioxidante
Castanha da Índia EO* Aesculus Hippocastanum (Horse Chestnut)
Seed Extract
Emoliente, restaurador da camada lipídica,formador de filme oclusivo, protetor dostecidos cutâneos, amaciante, condicionador
Castanha do Pará Óleo Bertholletia Excelsa Seed Oil Hidratante, emoliente, amaciante
Cenoura EO Daucus Carota Sativa (Carrot) Extract Emoliente, lubrificante, estimuladorbronzeado
Coco EO Cocos Nucifera (Coconut) Extract Amaciante, emoliente, lubrificante,hidratante, formador de filme
Copaíba Óleo Copaifera Oil Antibiótico, anti-inflamatório natural
Cupuaçu EO* Theobroma Grandiflorum Fruit Extract Hidratante, emoliente, condicionador,remineralizante
Gengibre EO* Zingiber Officinale (Ginger) Root Extract Estimulante cutâneo, antisséptico,descongestionante, refrescante
Gergelim/Sesamo Óleo Sesamum Indicum (Sesame) Seed Oil Lubrificante, emoliente, anti-inflamatório
Germe de Trigo EO* Triticum Vulgare (Wheat) Germ Extract Suavizante, hidratante, condicionador,restaurador, emoliente
Girassol Óleo Helianthus Annuus (Sunflower) Seed Extract Condicionador, emoliente e antirradicaislivres
Jojoba Óleo Simmondsia Chinensis ( Jojoba ) Seed Oil Emoliente, regenerador, antioxidante
Macadâmia Óleo Macadamia Ternifolia Seed Oil Emoliente, lubrificante, amaciante
Maracujá Óleo Passiflora Incarnata Oil Extraemoliente, nutritivo para a pele ecabelos
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PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Oliva Óleo Olea Europaea (Olive) Oil Emoliente, dermoprotetor, restaurador esuavizante para pele e cabelos
Pequi Óleo* Caryocar Brasiliense Fruit Oil Emoliente, lubrificante, formador de filme
oclusivo
Prímula EO* Primula Officinalis Melhora a função barreira cutânea,hidratante, emoliente e cicatrizante
Rosa Mosqueta Óleo Rosa Canina Fruit Oil Emoliente, hidratante, e cicatrizante.Melhora as cicatrizes e queloides
Semente de Uva Óleo Vitis Vinifera Oil Hidratante, condicionante, antiradicais livres
Soja Óleo Soybean (Glycine Soja) Oil Emoliente, nutritivo, antioxidante
Melaleuca Óleo Melaleuca Alternifolia Leaf Oil Bactericida natural, antiinflamatório,cicatrizante
Urucum EO Bixa Orellana Seed Extract Antioxidante, tonalizante, precursor devitamina A
Extratos glicólicos
PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Açaí EG Euterpe oleracea fruit extract Adstringente, tônico, refrescante
Acerola EG Malpighia punicifolia (acerola) fruit extract Adstringente, purificante, refrescante
Agrião EG Nasturtium officinale extract Remineralizante, calmante
Alcaçuz EG Glycyrrhiza glabra (licorice) root extract Calmante, anti-inflamatório, suavizante.
Alecrim EG
Rosmarinus officinalis (rosemary) leaf
extract Estimulante, dermoprotetor, antioxidante Algas Fucus EG Fucus vesiculosus extract Lipolítico, firmador, hidratante
Algas Gracilária EG Algae Extract Hidratante, amaciante, umectante
Amora EG Morus nigra fruit extract Hidratante, dermoprotetor, antioxidante
Aquilea EG* Achillea millefolium extract Adstringente, anti-inflamatório, purificante
Arnica EG Arnica montana flower extract Anti-inflamatório, venotônico, cicatrizante
Aveia EG* Avena sativa (oat) meal extract Hidratante, anti-irritante, amaciante
Babosa EG Aloe Barbadensis Leaf Extract Hidratante, cicatrizante, calmante
Calêndula EG Calendula officinalis flower extract Anti-inflamatório, suavizante, tonificante
Camomila EG
Chamomilla recutita (matricaria) flower
extract Anti-irritante, calmante, suavizante
Cana de Açúcar EG Saccharum officinarum (sugar cane) extract Emoliente, hidratante, umectante,condicionante
Capsicum EG Capsicum annuum fruit extract Rubefaciante, estimulante da circulação
Cartilagem EG Fish cartilage extract Hidratante, restaurador, condicionador
Castanha da Índia EG Aesculus hippocastanum (horse chestnut)
seed extract Venotônico, estimulante
Cavalinha EG Equisetum arvense extract Remineralizante, drenante, hidratante
Centella Asiática EG Centella asiatica extract Anti-inflamatório, vasoprotetor, tonificante
Cereja EG Prunus Cereasus (Bitter Cherry) Extract Hidratante, amaciante, antioxidante
Chá Verde EG Camellia sinensis leaf extract Antioxidante, desodorante, estimulanteCoco EG Cocos nucifera (coconut) extract Emoliente, amaciante, lubrificante
Cupuaçu EG Theobroma grandiflorum fruit extract Emoliente, nutritivo, dermoprotetor
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Óleos essenciais
PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Alecrim Intense OE Rosmarinus officinalis
Ação adstringente, indicado para
tratamento de acne, caspa, cabelosoleosos; Ativa a circulação
Laranja Amarga Intense OE Citrus aurantium Antilipêmico, adstringente
Lavanda Mont Blanc Intense OE Lavandula officinalisCalmante, para peles seníveis, irritadas,queimadas
Lemongrass Intense OE Cymbopogon CitratusInfecções, acne, tônico geral, celulite,tratamento da pele, repelente de insetos
Limão Siciliano Intense OE Citrus limonLipolítico, produtos para celulite e gorduralocalizada, pele oleosa
Melaleuca Intense OE Melaleuca alternifolia l Antiacne, tratamento da pele oleosa,higiene íntima, fortalecedor unhas,
anticaspa
Esfoliantes físicos
PRODUTO INCI NAME APLICAÇÕES
Cristais de Quartzo SilicaRenovador celular e esfoliante mecânicoorgânico obtido de cristais
Microesferas de Polietileno Polyethylene Esfoliante físico, abrasivo, renovador celular.
Semente de Apricot Prunus Armeniaca (Apricot) Seed PowderPossui propriedades regenerativas dotecido cutâneo, além de proporcionarhidratação e maciez da pele
Porque as manteigas e óleos são utilizados na composição de shampoos, se os
tensoativos são capazes de remover substâncias lipídicas?
Manteigas e óleos conferem hidratação e não são afetadas pelos tensoativos.
Identifique ingredientes naturais em produtos industrializados. Seria possível a
manipulação em Farmácia Magistral?
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UNIDADE
IICOSMETOLOGIA APLICADA
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UNIDADECOSMETOLOGIA APLICADA
Nesta etapa, vamos inciar os estudos de princípios ativos propriamente ditos, em suas aixas de
concentração, pH e incompatibilidades. Desta orma, você terá capacidade de planejar ormulações
magistrais, isto é, elaboradas em Farmácias de Manipulação. E neste momento vêm as perguntas: “É
seguro manipular?” “Qual a dierença do manipulado para o industrializado?” “Porque a dierença de
preço é tão grande em alguns casos?”
Não estamos aqui para criticar os produtos industrializados. Vamos apenas apresentar em que realmente
consiste a Manipulação Magistral. Em muitos casos, o produto industrializado poderá ser a melhor
opção, pois além de ter um prazo de validade maior já se encontra pronto para compra e consumo.
A manipulação magistral é um processo seguro e necessário. Do contrário, várias pessoas estariam
sem opção de tratamento, por questões de dosagens ou orma armacêutica. Por exemplo, crianças que
precisam tomar antidepressivos podem ter dificuldade em utilizar comprimidos. Você conhece alguma
suspensão industrializada de algum antidepressivo?
O que a Farmácia az é proporcionar conorto ao paciente, que, por necessidades individuais, não pode
consumir um produto industrializado, com a vantagem de se associar em ingredientes de maneira única,
personalizando a órmula. O preço dos produtos está ligado à quantidade adquirida: a compra do produto
industrializado leva em conta toda a produção da ábrica. O manipulado oi eito sob medida, isto é, em
escala muito reduzida.
No Brasil, a Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anarmag) é o órgão competente que
regula legalmente o ramo, juntamente com o Conselho Federal de Farmácia e Anvisa. A Anarmag possui
um sistema de acreditação das Farmácias, o selo SINAMM, que atesta a qualidade do uncionamento e
dos produtos. Procure este selo ao selecionar uma Farmácia e, principalmente, o armacêutico.
I
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CAPÍTULO 7 Acne: cuidados cosméticos
A acne é uma patologia crônica de alta prevalência e de etiologia multiatorial: causas genéticas, hormonais,
alimentares, climáticas, medicamentosas, cosméticas e o estresse podem desencadear a doença. É
carcterizada pela hiperqueratinização e oclusão olicular, com hipersecreção sebácea e prolieração da
bactéria ropioniumbacterium acnes.
É mais comum entre adolescentes, mas pode se estender até os 30 anos, acometendo os homens com mais
severidade. A procura masculina por tratamentos estéticos constitui a maior parte dos casos.
Os locais mais aetados são a ace, a região peitoral e o dorso. Aproximadamente 80% das pessoas a
desenvolvem em algum momento da vida, representando mais de 30% das causas de consultas
dermatológicas.
O uso de cosméticos pela população leiga é irracional, com alta incidência de reações adversas. O sucesso
do tratamento depende da seleção correta dos produtos e procedimentos, da disciplina e da adesão do
paciente às medidas planejadas.
Alergias e seleção de cepas resistentes de bactérias, em especial do ropionibacterium acnes, após uso
prolongado bactericidas tópicos são as principais causas de alhas do tratamento de boa adesão.
Patogenia: ocorre processo inflamatório crônico do olículo pilossebáceo, com quatro atores considerados
principais:
1. obstrução do olículo piloso, secundário à descamação anormal dos queratinócitos
oliculares;
2. aumento da oleosidade e produção sebácea;
3. prolieração da bactéria anaeróbica ropionibacterium acnes (. acnes) e seu
metabolismo, gerador de produtos irritantes;
4. desencadeamento de respostas imunes e inflamatórias induzidas pelo . acnes ou
taphylococcus aureus (bactéria da oliculite).
Os queratinócitos se descamam ormando um tampão que obstrui o olículo. Essa alteração pode
estar associada a mudanças na composição sebácea por deeito na prolieração celular controlada por
hormônios andrógenos.
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A partir daí, ocorre a ormação do microcomedão (lesão microscópica), a ase inicial da acne. Os comedões
são essencialmente saturações dos olículos pilossebáceos por sebo e queratina. A dor, comum nas acnes
graus 2 e 3, vem do processo inflamatório gerado pelo sebo. São tipos de comedões:
» Comedão echado: pequena estrutura que bloqueia o fluxo do sebo, obstruindo oolículo e levando ao acúmulo de ragmentos celulares, bactérias e lipídeos na luzdo olículo. Inflama com acilidade (o conteúdo do sebo é altamente inflamatório).
» Comedão aberto: se vasos lináticos orem pressionados até a saída da lina, o localpode ficar com acúmulo de melanina como mecanismo de resposta, constituindo o
comedão aberto, a lesão enegrecida por depósito de melanina, que sore oxidação
pela luz e pelo ar.
O aumento na produção do sebo pode ser devido ao aumento de andrógenos circulantes (caso da maioria
dos adolescentes), por maior resposta da glândula aos andrógenos ou ambas as causas.
A influência da testosterona na acne: na pele e no couro cabeludo, verifica-se a presença da enzima
5α-redutase, que converte testosterona em 5-dihidroxitestosterona (5-DH). A 5-DH tem ação cem
vezes mais potente que a testosterona no tocante à produção de sebo, obstruindo os olículos, causando a
inflamação da acne e também a queda capilar. Como a testosterona é predominante em homens, a acne
ocorre com mais severidade, por causa deste mecanismo.
Se o excesso de oleosidade em pacientes acneicos e a calvície são da mesma via
hormonal, logo pacientes acneicos deveriam ser calvos ou vice-versa?
Nenhuma das opções é válida, porque o processamento enzimático da testosterona gera resultados
dierenciados e independentes em cada região corporal.
Classificação da acne
Acne grau 1: poucos comedões, poucas pápulas, sem lesões inflamatórias. É a orma mais ácil de ser
tratada, com uso de produtos para reduzir a oleosidade e renovadores celulares leves.
Acne grau 2: pele com muitos comedões. Presença de pápulas eritematosas e processo inflamatório com
pus (pústulas). É necessário um maior controle da oleosidade, além do uso de antimicrobianos tópicos e
de ácidos para renovação celular.
Acne grau 3 (nódulo-cística): apresenta, além dos comedões abertos e echados, a ormação de cistos. As
pápulas e as pústulas são ainda maiores, mais proundas e inflamadas e, por isso, doloridas. Este tipo de
pele deve receber cuidados médicos: o tratamento envolve produtos de uso interno.
Acne grau 4 (conglobata): as áreas aetadas pela acne conglobata são altamente carregadas de pústulas e
pápulas doloridas, que são agora comunicantes, ormando os abscessos (áreas proundas com acúmulode pus), que podem ter aspecto desfigurante. Só pode ser tratada por médico.
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Antibióticos de uso tópico
Óleo de melaleuca (ea tree oil ): antiúngico, antisséptico e cicatrizante, é atóxico e levemente
adstringente, com odor característico. Usado de 2 a 5%.
» Epicutin: orma microencapsulada do óleo, que permite que o produto sejapraticamente inodoro. Usado de 3 a 5%.
Óleo de copaíba: usado de 2 a 5%, ampla aixa de pH. Praticamente inodoro.
Irgasan: produto sintético que pode ser usado em diversas apresentações cosméticas. Uso de 0,1 a 1%,
em ampla aixa de pH.
Eritromicina: antibiótico sintético de pH neutro. Usado de 1 a 3%. AENÇÃO: VENDA EXCLUSIVA
COM RECEIA MÉDICA.
Clindamicina: produto sintético considerado o mais potente para acne. Usado de 1 a 2% em pH 4.
AENÇÃO: VENDA EXCLUSIVA COM RECEIA MÉDICA.
Ext. Glic. Própolis: possui compostos antioxidantes, cicatrizantes e bactericidas. Uso de 3 a 10% em
ampla aixa de pH.
Sulfato de cobre: antiséptico geralmente associado ao sulato de zinco. Utilizado em geral a 1%.
Derivados do enxofreEnxofre precipitado: tem ação queratolítica, antioleosidade e antisséptica. Por ser insolúvel, é mais bem
aproveitado em gel. É usado de 2 a 10%, em ampla aixa de pH.
Biosulphur / iolisina Complex: possuem as mesmas unções do enxore ppt, sendo o biosulphur usado
de 0,5 a 2% em gel, creme e shampoos, e a tiolisina, uma orma orgânica do enxore, usada de 2 a 5%.
Cicatrizantes, calmantes e regeneração celular
Alantoína
Alabisabolol
Ext. glic. Camomila/Calêndula/Aloe Vera
Drieline
Depantenol
Óleo de rosa mosqueta
Vitaminas A, E
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CAPÍTULO 8Cosmética masculina
O uso de cosméticos entre os homens é cada vez maior. Apesar de este ato ser relativamente antigo, ainda
existe pouca consideração entre os profissionais de menor porte do ramo, que tecnicamente são os mais
acessíveis à população. Isto gera desconorto ao paciente, que perde a motivação de cuidar até de itens
básicos para manter-se com boa aparência.
Desta orma, apresenta-se o assunto com uma breve discussão sobre a percepção masculina acerca
dos cuidados estéticos, além do esclarecimento de alguns mitos. Este assunto é um dierencial para o
profissional de estética, que terá o conhecimento necessário para atuar desde o preparo do paciente até a
prescrição cosmética, considerando as necessidades inerentes aos homens.
Aspectos gerais
»
Critério de beleza antigo: limpeza e musculatura definida. Os cosméticos se
restringiam a desodorantes, sabonetes e pré/pós-barba.
» Critério atual: além da musculatura definida, pele bem cuidada, minimizando sinaisde acne, envelhecimento precoce, olheiras etc.
» Mercado cosmético masculino cresce 10% ao ano no país – e com ele, a busca porprofissionais da área.
» Década de 1990: um aproximadamente cem homens usava algum cosmético.Atualmente um a cada quinze homens utiliza algum cosmético.
» Procura por procedimentos estéticos e interesse em eliminar acne e sinais doenvelhecimento: a exigência das mulheres é o grande ator motivador.
» A influência da publicidade dos cosméticos nos meios de comunicação e nas artes,além da opinião pública e boa apresentação aos grupos sociais onde está inserido,
acilitam ao homem a desenvolver uma outra percepção sobre sua aparência e o
estimulam a ter no mínimo cuidados básicos, de maneira que não seja isolado dos
meios onde vive e convive.
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O Metrossexual
ermo mercadológico criado e divulgado por Mark Simpson no jornal Te Independent, em 1994, gerado
pelas mudanças nos padrões de comportamento sociais e na mídia, principalmente o antigo conceito de
masculinidade hegemônico até então “socialmente estabelecido”.
Pesou também a ampliação do ramo cosmético para homens – desenvolvimento de produtos práticos
com ragrâncias e sensoriais preeridos por homens (estudos de opinião).
O termo aponta para os homens modernoss, em geral de poder aquisitivo médio para alto, conhecedores
de assuntos tradicionalmente desconhecidos como arte, cozinha, etiqueta, vinhos, e principalmente
moda e style.
Geralmente possuem boa condição financeira, carros modernos e usam roupas de gries de luxo, sem
necessariamente ter uma postura eminina. Contudo, essencialmente, têm cuidados superiores com aaparência, de maneira integral e diária – a característica definitiva.
Além do uso disciplinado de cosméticos, buscam recursos como:
» depilação (barba, peito, costas e sobrancelhas) especialmente a laser; peelings;
» drenagem linática;
» modelação corporal;
» procedimentos aciais;
» botox/cirurgia plástica corretiva/implante de próteses de silicone.
Aspectos cosméticos
» A pele: é mais espessa (presença de pelos), tende a ter mais oleosidade (ação datestosterona) e mais inflamações.
» Camada córnea mais compactada – taxa de renovação celular menor.
» Hidratação: melhora o aspecto da pele e reduz a orça necessária para o barbear ematé 65%.
» Esoliação pré-barba: remove as incrustações sebáceas e ísicas que podem gerarinflamações e dificultar o barbear.
» Em excesso pode agravar o quadro de acne e inflamações, além de dificultar apenetração de medicamentos e cosméticos (até a derme).
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» A associação de alabisabolol e ácido salicílico em gel ou creme com adstringentesno pré-barba pode melhorar o quadro de oliculite. É importante incrementar o uso
de antibióticos de uso tópico.
» Produtos pós-barba: bálsamos/loções com reepitelizantes, calmantes e adstringentessuaves. pH sempre 7.
É realmente diferente a preparação do ambiente e os protocolos de cuidados
cosméticos para atender um homem comum e o metrossexual?
Mitos
Fios mais grossos
» O cabelo é composto de proteínas e células mortas queratinizadas.
» O corte abre a cutícula capilar e deixa o fio com tamanho e peso menores, acilitandoo trabalho do músculo pilo-eretor, localizado no olículo capilar (músculo de
contração involuntária).
» Em resposta à abertura da cutícula, a impregnação de queratina aumenta no fio,dando aspecto de rigidez, associado à maior ação do músculo pilo-eretor.
O barbear ou a depilação aumenta a quantidade de pelosfaciais
» O crescimento de cabelo depende de nutrição adequada (ex.: aminoácidos sulatadose silício) e da uncionalidade e desobstrução da luz do olículo capilar.
» endência genética para o desenvolvimento do cabelo.
Eficácia dos tratamentos a LASER
» Eliminação das células-tronco (germinativas) da papila dérmica. Demora maistempo para o organismo repor.
Pigmentação pós-barba/depilação
» Em resposta à agressão, a pele produz melanina como mecanismo de deesa dascélulas vivas, agora expostas.
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Identificar e traçar o perfil de homens que recorrem ao serviço de estética facilita
muito delinear as ações para este público. Quais fatores devem ser observados
neste delineamento?
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CAPÍTULO 9Hipercromia cutânea idiopática da região orbital
A hipercromia cutânea idiopática da região orbital (ou pigmentação da região inraorbital) é uma
maniestação cosmética acial desagradável, cujo aspecto escurecido da região orbitária dá aspecto
cansado à ace.
Os tratamentos clínicos atuais apresentam dificuldade de melhora, porém resultados duradouros. Ascausas não são totalmente conhecidas, mas cogitam-se como causas primárias: tendência hereditária,
depósito de melanina na derme por transtornos locais de pigmentação e danos à grande vascularização
superficial visível.
Entre as causas secundárias estão tumores pituitários, distúrbios tireoidianos, síndrome de Cushing
(causada pelo uso excessivo de corticoides, gerando alterações nos eletrólitos e nos lipídeos: ocorre
elevação do teor de melanina basal da epiderme e derme superficial), doenças autoimunes e neoplasias.
ambém ser pós-inflamatória, pós-traumático, ou causado por medicações otossensibilizantes.
Patologia: Existem processos superficiais e angiológicos (relacionado aos vasos sanguíneos) envolvidos:os primeiros envolvem o excesso de produção e transerência de melanina para células imunológicas
(macróagos teciduais).
Já os angiológicos envolvem a deposição de compostos de erro (principalmente a hemossiderina) contido
no interior das hemácias (glóbulos vermelhos) nos finos vasos sanguíneos da região orbital e periorbital,
que sorem rompimento após extravasarem da circulação para a derme por ação mecânica ou química
(processo inflamatório local): depois de oxidados, os compostos adquirem a coloração característica na
área dos olhos.
Os sais de erro também se acumulam nas células imunológicas, podendo ser depositados na derme coma morte destas células, aumentando o grau da hipercromia.
A presença de trombo residual no interior do v