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BIBLIOTECA LAS CASAS – Fundación Index http://www.index-f.com/lascasas/lascasas.php Cómo citar este documento Arend Birrer, Jucelaine; Soares, Rhea Silvia de Ávila; Dalla Lana, Letice; Marques da Silva, Rodrigo. Avaliação das orientações pré-operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitario de Santa Maria (UFSM). Biblioteca Lascasas, 2012; 8(3). Disponible en http://www.index-f.com/lascasas/documentos/lc0676.php “AVALIAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PRÉ- OPERATÓRIAS PRESTADAS A CLIENTES DA UNIDADE DE CLÍNICA CIRÚRGICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA (UFSM)” Jucelaine Arend Birrer – Coordenadora do projeto, Enfermeira Especialista em Administração e Gestão Pública pela Universidade Federal de Santa Maria, Especialista em Gestão da Clínica Hospitalar, pela Fundação Dom Cabral e Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanes, de São Paulo, 2010. Coordenadora da Unidade Cirúrgica do HUSM. Mestranda em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Rhea Silvia de Ávila Soares - Enfermeira. Especialista em Saúde Pública pela Faculdade Internacional de Curitiba. Enfermeira da Unidade Cirúrgica do HUSM. Coordenadora do Grupo de Lesões de Pele (GELP) do HUSM. Letice Dalla Lana – Enfermeira. Especialista pelo Programa de Residência Multiprofissional em Sistemas Públicos de Saúde da UFSM. Mestranda em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Católica Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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Cómo citar este documento

Arend Birrer, Jucelaine; Soares, Rhea Silvia de Ávila; Dalla Lana, Letice; Marques da Silva, Rodrigo. Avaliação das orientações pré-operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitario de Santa Maria (UFSM). Biblioteca Lascasas, 2012; 8(3). Disponible en http://www.index-f.com/lascasas/documentos/lc0676.php

“AVALIAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PRÉ- OPERATÓRIAS PRESTAD AS A

CLIENTES DA UNIDADE DE CLÍNICA CIRÚRGICA DO HOSPITA L

UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA (UFSM)”

Jucelaine Arend Birrer – Coordenadora do projeto, Enfermeira Especialista em

Administração e Gestão Pública pela Universidade Federal de Santa Maria,

Especialista em Gestão da Clínica Hospitalar, pela Fundação Dom Cabral e Instituto

de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanes, de São Paulo, 2010. Coordenadora

da Unidade Cirúrgica do HUSM. Mestranda em Administração pela Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM)

Rhea Silvia de Ávila Soares - Enfermeira. Especialista em Saúde Pública pela

Faculdade Internacional de Curitiba. Enfermeira da Unidade Cirúrgica do HUSM.

Coordenadora do Grupo de Lesões de Pele (GELP) do HUSM.

Letice Dalla Lana – Enfermeira. Especialista pelo Programa de Residência

Multiprofissional em Sistemas Públicos de Saúde da UFSM. Mestranda em

Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Católica Universidade do Rio Grande do Sul

(PUCRS).

Rodrigo Marques da Silva- Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem pela UFSM –

Universidade Federal de Santa Maria.

3

RESUMO

A educação em saúde no contexto da enfermagem vem sendo uma realidade cada vez mais efetiva, pois o enfermeiro em sua prática profissional tem a educação em saúde como um instrumento fundamental para uma assistência de boa qualidade, pois além de ser um cuidador é um educador, tanto para o cliente quanto para a sua família. Para tanto, é necessário que a instituição e os profissionais desenvolvam atividades que desencadeiem tal processo de transformação nos clientes. Os enfermeiros da Unidade de Clinica Cirúrgica a partir das ações de educação em saúde buscam identificar e reduzir os fatores causadores de ansiedade, medo e desconfortos ocasionados frente ao procedimento cirúrgico. Os elementos utilizados neste processo de educação ao cliente e seu familiar, são a capacidade de comunicação através de atividades de orientação que valorizam o saber do cliente, sendo o enfermeiro o facilitador destas atividades. Os enfermeiros da Unidade de Clinica cirúrgica realizam em sua prática de trabalho, atividades de educação em saúde sistematizada. Estas atividades educativas surgiram a partir da necessidade de melhoramento da assistência prestada ao usuário de saúde, logo justifica-se a necessidade de identificar as se esta estratégia e/ou metodologia, realmente auxiliam nas orientações, principalmente por entender que o profissional de enfermagem deve saber ensinar e educar seus clientes. O principal objetivo deste trabalho é avaliar as atividades de educação em saúde realizadas pela equipe de enfermagem em unidade de clinica cirúrgica, através das orientações pré- operatórias prestadas a clientes submetidos a cirurgias de Gastrectomia e Esofagectomia, a partir de uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa.

4

1 INTRODUÇÃO

As práticas educativas em saúde no contexto da enfermagem vêm

sendo uma realidade cada vez mais efetiva, pois o enfermeiro em sua prática

profissional tem a educação em saúde como um instrumento fundamental para

uma assistência de boa qualidade, pois além de ser um cuidador é um

educador, tanto para o cliente quanto para a sua família.

Aprender e ensinar constitui atividades muito próximas da experiência humana. Desde o nascimento, cada homem enfrenta não apenas o desafio da sobrevivência, mas também o do desenvolvimento, que se alcança pela aprendizagem realizada no seio de comunidades que se renovam constantemente (PEREIRA, 2006, pg 35).

Na atenção ao cliente que necessita realizar um procedimento cirúrgico,

a equipe de enfermagem é responsável pelo seu preparo, estabelecendo e

desenvolvendo diversas ações e cuidados, de acordo com a cirurgia. Esses

cuidados, por sua vez, são executados de acordo com conhecimentos

especializados, para atender às necessidades advindas do tratamento cirúrgico

e incluem orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento

ao centro cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a

recuperação e evitar complicações no pós-operatório.

O enfermeiro é o profissional responsável pelo planejamento da

assistência de enfermagem e tomada de decisão sobre o cuidado prestado ao

cliente cirúrgico, assim deve planejar as ações de educação em saúde que

desenvolverá com seu cliente para desta forma prevenir e minimizar os fatores

estressores do processo cirúrgico.

Segundo Lopes et al (2009), o enfermeiro é um educador por natureza

que, ao sistematizar e individualizar o cuidado e voltar-se não somente para a

doença, pode exercer influência sobre o estilo de vida das pessoas, fazendo-as

sujeitos de suas próprias decisões e mobilizando toda sociedade para a

implantação de políticas públicas saudáveis.

Atividades educativas em saúde se configuram como ações voltadas

para a promoção da saúde, pois são estratégias utilizadas para desenvolver e

potencializar nos clientes a capacidade de enfrentar os problemas de saúde

5

existentes, estimulando comportamentos e atitudes saudáveis, além de

propiciar o autocuidado.

O processo ensino-aprendizagem do adulto que aguarda um

procedimento cirúrgico começa no pré-operatório, no qual o enfermeiro deve

estabelecer um vínculo com o cliente e a família para ajudá-los a compreender

a situação concreta a fim de melhor se adaptarem à mudança do estilo de vida,

que surgirá após a cirurgia, para que, no momento da alta hospitalar, o

paciente e seu cuidador estejam preparados para os cuidados no domicílio.

Uma das funções do enfermeiro é subsidiar um ambiente de

desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes nos clientes. Para

tanto, é necessário que a instituição e os profissionais desenvolvam atividades

que desencadeiem tal processo de transformação nos clientes.

Os enfermeiros da Clinica Cirúrgica a partir das ações de educação em

saúde buscam identificar e reduzir os fatores causadores de ansiedade, medo

e desconfortos ocasionados frente ao procedimento cirúrgico. Os elementos

utilizados neste processo de educação ao cliente e seu familiar, são a

capacidade de comunicação através de atividades de orientação que valorizam

o saber do cliente, sendo o enfermeiro o facilitador destas atividades. A

interação vivida junto aos clientes proporciona unir o saber técnico aos

conhecimentos do cliente, desenvolvendo uma assistência de enfermagem

diferenciada, com maior apoio e presença, orientação e reflexão, segurança e

conforto ao cliente.

6

2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar junto aos clientes as repercussões das atividades de educação

em saúde realizadas pela equipe de enfermagem em unidade de clinica

cirúrgica, através das orientações pré- operatórias prestadas a clientes

submetidos a cirurgias de Gastrectomia e Esofagectomia.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Orientar os pacientes de esofagectomia e gastrectomia para uma internação

mais tranqüila, reduzindo fatores estressores.

• Desenvolver atividades educativas que produzam hábitos e estilo de vida

saudáveis nos clientes

• Identificar pontos fracos e pontos relevantes a cerca das orientações em saúde

no pré-operatório dos pacientes de esofagectomia e gastrectomia

7

3 JUSTIFICATIVA

Desde janeiro de 2008, os enfermeiros da Unidade de Clinica cirúrgica

realizam em sua prática de trabalho, atividades de educação em saúde

sistematizada em ambiente criado para este objetivo. Neste local estão

disponíveis materiais confeccionados para trabalhar com os clientes, manual

de orientações operatórias e bonecos representando as cirurgias realizadas no

HUSM. Estas atividades educativas surgiram a partir da necessidade de

melhoramento da assistência prestada ao usuário de saúde, mais

especificamente nos clientes internados no seu período pré-operatório, na

tentativa de diminuir o conflito, como medo e ansiedade, vivenciado pelos

clientes ao se submeterem a certos tipos de cirurgias.

Sabe-se que as orientações pré-operatórias auxiliam o paciente a lidar

com a cirurgia, reduz a duração da internação hospitalar, eleva a satisfação

com o serviço prestado, minimiza complicações cirúrgicas e aumenta o bem

estar psíquico do cliente (GRITTEM, MÉIER, GAIEVICZ, 2006). No entanto,

durante as orientações são fornecidas inúmeras informações a estes clientes

que por vezes não conseguem assimilar as informações fornecidas e ser capaz

de formular questionamentos sobre o ato cirúrgico. Assim, justifica-se a

necessidade de identificar se as estratégias e/ou metodologias utilizadas pelos

enfermeiros da unidade para orientar os clientes estão realmente auxiliando

nas orientações, principalmente por entender que o profissional de

enfermagem deve saber ensinar e educar seus clientes de forma terapêutica

(LIMA, SILVA, GENTILE, 2007).

Outro aspecto que justifica a necessidade de implementação deste

projeto de pesquisa é o número de cirurgias realizadas no HUSM. No ano de

2009, foram realizadas 27 cirurgias de esofagectomia e 10 de gastrectomia, ou

seja, uma média de 2 cirurgias de esofagectomia por mês e 1 por mês nas

cirurgias de gastrectomia, conforme registro estatístico do HUSM. Tais dados

demonstram há necessidade de um olhar mais atento para estes clientes, além

de saber que a estimativa de novos casos de câncer de esôfago é 18,5 a cada

8

100.000 pessoas e 16,58 de câncer de estomago no Rio Grande do Sul (INCA,

2010).

Lembramos que cabe ao enfermeiro o papel de educador em saúde,

portanto sendo responsável junto aos demais colegas de equipe

multiprofissional a realização de orientações pré-operatória através de novas

metodologias que consigam proporcionar uma melhoria na qualidade de vida e

da assistência destes pacientes. É fundamental que constantemente,

busquemos melhorias nestas práticas educativas e das metodologias

adotadas, a fim de atender a qualidade da assistência de enfermagem prestada

ao cliente cirúrgico e que qualifique nossa função de educador.

Diante destas justificativas, denota-se a necessidade de avaliar as

repercussões causadas pelas orientações desenvolvidas, há longo tempo,

pelas enfermeiras que atuam na unidade de internação clinica cirúrgica, visto

que não sabe-se o real beneficio para este pacientes.

9

4 MARCO TEÓRICO-CONCEITUAL E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A hospitalização tende a tornar-se desagradável para o indivíduo uma

vez que ela exige mudanças nos seus hábitos de vida, bem como o

distanciamento de familiares, amigos e objetos pessoais (MARINS, 1999).

Dentre os conflitos que permeiam a hospitalização, destaca-se o confinamento

no leito, a falta de estímulo para atividades físicas e mentais, dificuldade para

adaptar-se ao novo ambiente, devido às alterações visuais e auditivas,

essencialmente, estresse imposto pela enfermidade, procedimentos

diagnósticos e terapêuticos, afastamento dos laços religiosos ou culturais, além

da sensação de proximidade da morte e medo da doença.

Os clientes internam por diversas causas, dentre elas pode-se citar a

necessidade de passar por um processo anestésico-cirúrgico, o que causa

muitas apreensão e ansiedade nos usuários dos serviços hospitalares. Para

Silva e Nakata (2005), o ser humano quando afetado por uma enfermidade se

torna vulnerável, razão pela qual merece ser olhado com muito respeito, haja

vista ser um doente e não uma máquina a ser reparada ou um objeto a ser

reconstituído.

“Quando o paciente necessita de uma cirurgia e esta é agendada, diz-se que ele se encontra no período perioperatório, que compreende as fases pré-operatória mediata e imediata, transoperatória, recuperação anestésica e pós-operatória”. (NETTINA, 2007, pg 15)

Observa-se que, muitas vezes, o cliente encontra-se em estado de

estresse, independe do grau de complexidade da cirurgia, e que isso tem

relação com a desinformação no que diz respeito aos procedimentos da

cirurgia, à anestesia e aos cuidados a serem realizados.

Segundo Black (1996), na atenção ao paciente pré-cirúrgico, a equipe de

enfermagem é responsável pelo estabelecimento de diversos cuidados de

acordo com a especificidade da cirurgia. Esses cuidados são executados de

acordo com conhecimentos especializados para atender às necessidades

10

advindas do tratamento cirúrgico. Dentre eles incluem-se, ainda: a orientação,

o preparo físico e emocional, a avaliação e encaminhamento ao centro

cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação

e evitar complicações no pós-operatório, uma vez que estas geralmente estão

associadas a um preparo pré-operatório inadequadas.

Dessa forma, percebe-se a importância da atuação do enfermeiro no

período pré-operatório. Conforme Galvão (2002), ao enfermeiro, cabe o papel

de planejar a assistência de enfermagem prestada ao paciente cirúrgico, o qual

diz respeito às necessidades físicas e emocionais do paciente, além da

orientação quanto à cirurgia propriamente dita e o preparo físico necessário

para a intervenção cirúrgica.

Neste contexto é que a enfermagem é desafiada a oferecer uma assistência com qualidade no período pré-operatório. Essa assistência envolveria, então, o preparo físico e psicológico do paciente para a cirurgia, procurando fazer com que o paciente compreenda a assistência de enfermagem a ser realizada e qualquer possível desconforto que possa resultar destes cuidados prestados, esclarecendo suas dúvidas e buscando respostas as suas perguntas. (CHRISTÓFORO E CARVALHO, 2009, pg 15)

De acordo com Rothrock (2007), os vários papéis da enfermagem

perioperatória incluem todos os elementos dos comportamentos e dos

procedimentos técnicos que caracterizam a enfermagem profissional. Portanto,

faz-se necessário um amplo conhecimento do procedimento cirúrgico e todos

os cuidados envolvidos nele.

4.1 O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE

Rosa et al (2007) nos diz que nas últimas décadas a Educação para

Saúde assume grande importância não só para a população, mas também para

os profissionais dessa área em geral. Dentre eles, o profissional enfermeiro,

11

que tem como uma de suas características formadoras a função de educador

social.

A palavra educação tem várias denominações, mas quando pensamos

em educação para o cliente que está internado no hospital devemos pensar na

educação para a saúde que na enfermagem é um instrumento fundamental

para uma assistência de boa qualidade, pois o enfermeiro além de ser um

cuidador é um educador, e um dos grandes desafios é melhorar a qualidade da

assistência através da criação de instrumentos para proporcionar ao cliente um

cuidado mais humanizado.

A Educação em Saúde assume uma estratégia de promoção da saúde

na dimensão político-social da educação, exigindo no contexto de ensino-

aprendizagem, efetivação de práticas pedagógicas que promovam a autonomia

dos sujeitos (CHAGAS et al, 2007).

O processo de enfermagem é uma forma de se perceber a enfermagem

e de coloca-lá em perspectiva como pensamento crítico metódico que orienta

as ações de enfermagem (Rothrock, 2007). Portanto, cabe ao enfermeiro

colaborar com o cliente e sua família durante toda sua internação prestando

cuidados a saúde no pré, trans e pós operatório, desenvolvendo um plano de

cuidados que contemple também o preparo para alta hospitalar.

Para Chistóforo e Carvalho (2009), a orientação é uma forma de

esclarecer as dúvidas que a intervenção cirúrgica provoca e o enfermeiro é um

profissional que, além de preparado para realizá-la, tem condições legal e

moralmente a fazê-la, preparando o cliente quanto à cirurgia a ser realizada e

aos cuidados pré e pós procedimento, aos riscos e benefícios, em linguagem

acessível.

Todos os usuários têm o direito de receber informações precisas,

facilmente compreensíveis, que lhes permita entender o que está acontecendo

e desta forma poder participar das decisões terapêuticas. O enfermeiro como

agente educador precisa ser capaz de identificar os níveis de suas ações no

processo saúde-doença, refletindo a necessidade de ampliar sua prática

assistencial, colocando-se como educador, entendendo que ele não é o dono

12

do saber e sim um cooperador deste processo transformador. A sua função de

acompanhamento próximo e frequente junto das pessoas deve privilegiar a

educação em saúde, a descoberta de novas motivações e de outros fatores

determinantes que estimulem no cliente a aquisição de hábitos saudáveis.

A comunicação é uma parte essencial no processo terapêutico e isto

envolve escutar cuidadosamente e interpretar inteligentemente. O enfermeiro

deve considerar a comunicação com o paciente como um processo recíproco

(SILVA e NAKATA, 2005). O usuário que está hospitalizado necessita confiar

em alguém que o considere e respeite seus sentimentos. O modo como ele é

cuidado é de grande importância. Ele precisa de segurança e procura encontrá-

la em alguém. Podemos perceber a partir de nossa prática profissional que as

atividades de educação em saúde dispensadas aos clientes internados na

Unidade são fundamentais para o bom desenvolvimento da internação e

recuperação do cliente, fica evidente que o paciente bem orientado sente-se

amparado pelo enfermeiro, cria um vínculo de confiança que o torna mais

seguro em relação a sua recuperação. Ele passa a ter o enfermeiro como

alguém que vai lhe ajudar orientando suas decisões. STEFANELLI (1993, p.21)

confirma esta capacidade que o enfermeiro tem de educar através de três

premissas: "o enfermeiro deve ser um comunicador por excelência"; "o

enfermeiro é educador e a educação é, sobretudo, “comunicação" e o

enfermeiro é agente de mudanças de comportamentos nos aspectos de

saúde".

4.2. CÂNCER DE ESÔFAGO

Conforme Monteyro et Al (2009), o câncer de esôfago é o sexto câncer

mais comum em todo mundo A etiologia envolve uma interação de diversos

fatores de risco (FR), como: idade, história familiar e associação genética, além

de muitos fatores extrínsecos. Entre estes, pode-se citar: a ingestão de álcool,

o tabagismo, o uso de nitrosaminas e aflotoxinas, as infecções locais por

fungos, a deficiência de Riboflavina e vitamina A (ingesta baixa de frutas e

legumes).

13

O diagnóstico do câncer de esôfago, normalmente é tardio, pois o

principal sintoma, disfagia, não ocorre até que o tumor tenha crescido o

suficiente para causar sintomas obstrutivos. Os pacientes se ajustam a

dificuldade de deglutição, alterando progressivamente sua dieta de alimentos

sólidos para líquidos, dor, salivação excessiva perda de peso, sangramento e

vômitos.

Os câncer de esôfago podem ser classificados, segundo a histologia, em

carcinoma epidermóide (ou escamoso) e adenocarcinoma. O primeiro é

derivado do epitélio estratificado não-queratinizado, característico da mucosa

normal do esôfago. Trata-se do tipo histológico mais comum e ocorre mais

freqüentemente em homens a partir dos 50 anos. Esse tumor acomete

principalmente os terços médio e inferior (mais de 80% dos casos) do esôfago.

Existe uma íntima correlação entre alcoolismo e tabagismo nos pacientes

portadores dessa neoplasia.

O adenocarcinoma surge na parte distal do esôfago, na presença de

refluxo gástrico crônico e metaplasia gástrica do epitélio (esôfago de Barret).

Existe uma forte relação entre sua incidência e indivíduos obesos. O

adenocarcinoma desenvolve-se no interior do epitélio colunar displásico

principalmente na junção esôfago-gástrica/cárdia.

“Vários protocolos de tratamento, incluindo a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, têm sido propostos na última década. É importante ressaltar que nenhum dos três tipos de tratamento citados, isoladamente se mostrou eficaz. Atualmente, é preconizada a associação de duas ou até mesmo das três modalidades de tratamento.” (QUEIROGA E PERNAMBUCO, 2006, p. 176).

O tratamento do câncer de esôfago depende do estágio do tumor. O

grupo de pacientes com indicação cirúrgica pode ser dividido em: ressecável e

irressecável. No primeiro grupo, o tratamento consiste em ressecção do tumor,

dos linfonodos regionais e na reconstrução do trânsito esofagogástrico,

utilizando o estomago, cólon ou jejuno como conduto reconstrutivo.

No caso do paciente com câncer de esôfago incurável e cirurgicamente

irressecável, as abordagens são paliativas e incluem dilatação endoscópica

14

seriada, colocação cirúrgica de gastrostomia ou jejunostomia para hidratação e

alimentação, colocação endoscópica de uma endoprótese (stent) de metal

expansiva para manter-se a luz patente e ocluir fístulas.

4.3 CÂNCER DE ESTÔMAGO

O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, se

apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos:

adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado

em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão

origem aos músculos e aos ossos. Não há sintomas específicos do câncer de

estômago. Porém, alguns sinais como perda de peso e de apetite, fadiga,

sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal

persistente podem indicar uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) ou

mesmo tumor de estômago. Massa palpável na parte superior do abdômen,

aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda

do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da

doença.

São utilizados dois exames: a endoscopia digestiva alta, o método mais

eficiente, e o exame radiológico contrastado do estômago. A endoscopia

permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação

citológica. Nesse exame, um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera, é

introduzido pela boca e conduzido até o estômago. O exame é realizado sob

sedação e com anestesia da garganta, para diminuir o desconforto. Na

radiografia contrastada do estômago, os raios-x delineiam o interior do esôfago

e estômago e o médico procura por áreas anormais ou tumores. Grande parte

dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estágio avançado

porque não há sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais.

O tratamento cirúrgico, retirando parte ou todo o estômago, além dos

nódulos linfáticos próximos, é a principal alternativa terapêutica e única chance

de cura. Para determinar a melhor abordagem cirúrgica, deve-se considerar a

localização, tamanho, padrão e extensão da disseminação e tipo histológico do

15

tumor. A radioterapia e a quimioterapia são considerados tratamentos

secundários, que podem determinar melhor resposta da cirurgia.

Segundo Rothrock (2007), a enfermeira que trabalha com clientes

cirúrgicos deve colaborar com o cliente e sua família na formulação de

objetivos, do plano de cuidados, decisões a respeito do tratamento,

contribuindo desta forma para um cuidado integral do usuário.

16

5 METODOLOGIA

5.1 DESENHO DO ESTUDO

Este trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva de

abordagem qualitativa, cujo propósito é avaliar a repercussão das atividades de

educação em saúde realizadas pela equipe de enfermagem em unidade de

clinica cirúrgica, através de orientações pré- operatórias prestadas a clientes

submetidos a cirurgias de Gastrectomia e Esofagectomia num Hospital

Universitário.

A necessidade de ser uma pesquisa qualitativa é em decorrência de

identificar a qualidade da prestação de serviço durante as orientações pré-

operatórias, visto que o interesse não está focalizado em contar o número de

vezes em que uma variável aparece na análise dos dados, mas analisar a

qualidade que elas apresentam (LEOPARDI, 2001).

A pesquisa descritiva é um delineamento da realidade, pois descreve,

registra, analisa e interpreta os processos atuais mediante comparação e

contraste. Enquanto que a exploratória tem por finalidade desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos envolvidos, possibilitando ao pesquisador uma

visão geral acerca do fato investigado (LAKATOS e MARCONI, 2001).

Para o tratamento dos dados será utilizado a técnica de Análise de

Conteúdo, na qual a organização da análise é feita em torno das etapas: a pré-

análise, a exploração do material, o tratamento dos resultados, a inferência e a

interpretação. Mais especificamente será utilizada a categorização proposta por

Bardin (1979), que consistiu numa operação de classificação de elementos

constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por

reagrupamentos de acordo com o gênero (analogia).

Assim, será realizado as orientações pré-operatórias pelos enfermeiros

da unidade de clinica cirúrgica aos pacientes submetidos à cirurgia de

esofagectomia e gastrectomia e após será realizado a avaliação dessa

orientação através de um questionário (ANEXO A) respondido pelo paciente e

aplicado pelos integrantes do projeto, a fim de se ter conhecimento da

17

efetividade das orientações feitas no pré – operatório. O questionário será

aplicado por outro enfermeiro, que não o que realizou as orientações, evitando

desta forma indução de respostas e constrangimentos por parte do paciente.

O questionário utilizará um roteiro pré -estabelecido com os temas

relacionados à nossa prática de educação em saúde e com dados relativos ao

paciente e que são importantes para a pesquisa. Ele é composto de 3 partes,

sendo a primeira de dados sócio-econômicos, a segunda perguntas fechadas e

a terceira questões abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de

discorrer sobre o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo

pesquisador.Vale destacar, que as questões abertas e fechadas estão

misturadas entre si.

Após a coleta dos dados com o esse questionário, as respostas para as

perguntas fechadas serão quantificadas em porcentagens e para as questões

abertas será realizada uma categorização conforme a repetição das respostas

que surgirem.

A aplicação do questionário acontecerá após o aceite do paciente a

participar de nossa pesquisa e após assinatura do Termo de Consentimento. O

questionário será aplicado por no mínimo dois componentes do projeto na sala

de orientações das quais os enfermeiros da unidade realizam as orientações,

antes da alta hospitalar do paciente. Ou seja, o horário e a data dependerão da

alta hospitalar do paciente, visto que por vezes ocorre no turno da manhã, ora

no turno da tarde. O cenário deste estudo será num hospital universitário que

tem por finalidade desenvolver um sistema de ensino, pesquisa e extensão por

meio da assistência à comunidade na área da saúde. Este hospital localiza-se

o Campus da UFSM, no centro geográfico do Estado do Rio Grande do Sul –

RS, sendo referência de média e alta complexidade para região centro-oeste

do estado, abrangendo 46 municípios (mais de 1,5 milhões de habitantes.

Apresenta capacidade instalada de 250 leitos, contando com 1600

funcionários, caracterizando o maior hospital público do interior do Estado. Sua

missão é “Ser um referencial público de excelência no ensino, na pesquisa e na

extensão promovendo a saúde das pessoas”. Enquanto sua missão é

“Desenvolver ensino, pesquisa e extensão promovendo assistência à saúde

18

das pessoas contemplando os princípios do SUS com ética, responsabilidade

social e ambiental."

5.2 AMOSTRA

Para a coleta das informações teremos como amostra os clientes com

diagnóstico médico de Câncer de Esôfago e Câncer de Estomago internados

na Unidade de Clínica Cirurgia para cirurgia respectivamente de Esofagectomia

e Gastrectomia, durante o período de coleta de dados. Estes pacientes serão

orientados pela enfermeira na unidade de internação, no período pré-

operatório, conforme rotina da instituição e aplicação do projeto. Com base nos

dados de 2009, onde foram realizadas 27 cirurgias de esofagectomia e 10 de

gastrectomia, ou seja, uma média de 2 cirurgias de esofagectomia por mês e 1

por mês nas cirurgias de gastrectomia, conforme registro estatístico do HUSM,

esperamos uma amostra de aproximadamente 10 pacientes no período de

coleta de dados.

5.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

INCLUSÃO: clientes que aceitam participar da pesquisa, de maneira

voluntariada e que estejam internados na Unidade de Clínica Cirúrgica no

HUSM no período de setembro a novembro de 2010, com diagnóstico médico

de câncer de esôfago e gástrico, para realizar o procedimento de

esofagectomia e gastrectomia, respectivamente. Os clientes devem ser

maiores de 18 anos

EXCLUSÃO: clientes que não aceitam participar de forma livre da

pesquisa, com diagnóstico médico de câncer de esôfago e gástrico, mas que

não realizaram o procedimento de intervenção cirúrgica, bem como demais

diagnósticos médicos. Também não será amostra da pesquisa clientes que não

podem se expressar verbalmente.

19

5.4 ASPECTOS ÉTICOS

Antes de qualquer contato com os participantes do estudo, é necessário

que ter alguns cuidados éticos, que são indispensáveis quando se trata de

pesquisa que envolva seres humanos. Neste sentido, inicialmente será feito

registro na Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão do HUSM, após será

encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM para aprovação.

Somente após a autorização formal, é que será iniciada a coleta dos dados.

Para a realização da etapa de entrevista, serão utilizado o Termo

Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), onde a pesquisadora se

compromete em preservar a privacidade dos indivíduos estudados e dos dados

coletados e o Termo de compromisso de confidencialidade (ANEXO C). Os

clientes serão convidados a participar da pesquisa de forma voluntaria, serão

orientados sobre os benefícios de estarem participando da pesquisa e sobre a

ausência de riscos, e após o aceite é convidado a assinar o TCLE. Os clientes

que não sabem ler poderão participar da pesquisa, com o auxilio de um

familiar/acompanhante ou o próprio entrevistador onde procederá

primeiramente a leitura do Termo de compromisso de confidencialidade e do

Termo de consentimento livre e esclarecido e após impressão digital do polegar

direito.

Para manter o anonimato cada entrevistado será caracterizado por uma

numeração seqüencial das entrevistas, por exemplo, Entrevistado 01,

Entrevistado 02.

Os dados ficaram armazenados sob a responsabilidade da Enfª

Jucelaine, coordenadora do projeto durante um período de 2 anos.

5.6 DIVULGAÇÃO DOS DADOS

Após o término desta etapa, será enviado o relatório das atividades

desenvolvidas e os resultados ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM, além

da elaboração de artigos para serem divulgados em eventos e publicados em

periódicos da área.

20

6 ORÇAMENTO

Para a implementação desta pesquisa trará dispêndios que serão de

responsabilidade exclusiva dos pesquisadores, ficando livres de despesas e

compensações aos sujeitos envolvidos na pesquisa. A seguir lista-se os

materiais que serão utilizado no decorrer da pesquisa:

Item Quantidade Valor Unitário

R$

Total

R$

Material de papelaria

6 pacotes – 500 folhas 13,50 81,00

20 lápis 0,80 16,00

15 canetas 1,50 22,50

10 borrachas 0,50 5,00

3 Apontadores de lápis 1,50 4,50

10 CDs 1,00 10,00

1 toner 275,00 275,00

10 pastas 2,00 20,00

Livros Didáticos -- 300,00

TOTAL 734,00

21

7 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Período

Atividade Jun

2011

Jul

2011

Ago

2011

Set

2011

Out

2011

Nov

2011

Dez

2011

Jan

2012

Elaboração do Projeto X

Pesquisa Bibliográfica X X X X X X

Coleta de Dados X X X

Análise dos resultados X

Elaboração do Artigo

Científico

X

Apresentação da

pesquisa através de

artigo científico

X

22

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.

BLACK, J.M. Matassarin-Jacobs E. Luckman e Sorensen: Enfermagem Médico-Cirúrgica: uma abordagem psicofisiológica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996

CHAGAS, M.I.O; XIMENES, L.B; JORGE, M.S.B. Educação em Saúde e interfaces conceituais: representações de estudantes de um curso de enfermagem. Rev. bras. enferm. [online]. 2007, vol.60, n.6 [cited 2010-06-15], pp. 646-650 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000600006&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0034-7167. doi: 10.1590/S0034-71672007000600006.

CHRISTÓFORO, B. E. B. CARVALHO, D. S. Cuidados de enfermagem realizados ao paciente cirúrgico no período pré-operatório. Revista da Escola de Enfermagem da USP. Vol.43 no.1. São Paulo. Março, 2009, pg 15.

GALVÃO, C. M. A prática baseada em evidências: uma contribuição para a melhoria da assistência de enfermagem perioperatória [tese livre docência]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2002.

GRITTEM L, MÉIER MJ, GAIEVICZ AP. Visita préoperatória de enfermagem: percepções dos enfermeiros de um hospital ensino. Cogitare Enferm. 2006;11(3):245-51.

INCA- Instituto Nacional de Cancer. Disponível em http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/index.asp?link=tabelaestados.asp&UF=RS

JANNUZZI, F. F. CINTRA, F. A. Atividades de lazer em idosos durante a hospitalização. Revista de Escola de Enfermagem da USP, 2006; 40(2): 179-87.

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Fundamentos de metodologia científica. 2a ed. São Paulo (SP): 2001.

LEOPARDI, M.T. Metodologia da pesquisa na saúde. Santa Maria: Pallotti, 2001.

LIMA, F.B.; SILVA, J.L.L.; GENTILE, A.C. A relevância da comunicação terapêutica na amenização do estresse de clientes em pré-operatório: cuidando

23

através de orientações. Rev. Informe-se em promoção da saúde, v.3, n.2.p.17-18, 2007.

LOPES, E.M.; ANJOS, S.J.S.B. PINHEIRO, A.K.B. Tendência Das Ações De Educação Em Saúde Realizadas Por Enfermeiros No Brasil Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009 abr/jun; 17(2):273-7,

MARIN, M. J. S. Preparando o idoso para a alta hospitalar [dissertação]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 1999.

MONTEIRO, M. N. L., Et AL. Câncer de Esôfago: Perfil das Manifestações Clínicas, Histologia, Localização e Comportamento Metastático em Pacientes Submetidos a Tratamento Oncológico em um Centro de Referência em Minas Gerais. Revista Brasileira de Cancerologia, Vol. 55, nº 1 jan/fev/mar 2009.

NETTINA, SM. Prática de enfermagem. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007, pg 15.

NOAL, H. C. TERRA, M. G. Bolsa De Assistência Ao Estudante De Graduação Em Enfermagem: Um Estudo De Caso. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009 jul/set; 17(3):350-5.pg 2.

PEREIRA, S. E. Contribuições para um planejamento educacional em ciências da saúde com estratégias inovadoras de ensino-aprendizagem. Com. Ciências Saúde. Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil 2007;18(1):33-44, pg 35.

QUEIROGA, R. C. PERNAMBUCO, A. P. Câncer de esôfago: epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Cancerologia 2006; 52(2): 173-178. Pg176.

ROSA, R. S. D. MARCIANO, E. C. V. ROCHA, F. É. S. A educação para a saúde na ótica do acadêmico de enfermagem. Reme : Rev. Min. Enferm., Belo Horizonte, v. 11, n. 2, jun. 2007 . Disponível em <http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-27622007000200012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 26 abr. 2010.

ROTHROCK, J. C. A. Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. [tradução: José Eduardo Ferreira de Figueiredo ET AL.] Rio de Janeiro: Elsevier, 2007

SILVA, W. V. NAKATA, S. Comunicação: uma necessidade percebida no período pré-operatório de pacientes cirúrgicos Rev. bras. enferm. vol.58 no.6 Brasília Nov./Dec. 2005.

STEFANELLI, M.C. Comunicação com paciente: teoria e ensino. 2. ed. São Paulo: Robe, 1993.

24

ANEXO A

QUESTIONÁRIO A SER RESPONDIDO PELOS PACIENTES

Data ____/ _____ / 2010

1. Dados de identificação

1.1. Nome

_________________________________________________________

1.2. SAME _________

1.3. Idade _______ anos

1.4. Sexo ( ) feminino ( ) masculino

1.5. Estado civil ____________

1.6. Grau de instrução _______________________________________

1.7. Profissão/ Ocupação

__________________________________________

1.8. Diagnóstico médico

_____________________________________________

1.9. Cirurgia realizada ___________________________ Data ___/ ____/

2010

1.10. Data da alta hospitalar ____/ ____ /2010

1.11. Usava ( ) Drogas ( ) Fumava ( ) Álcool

2. Na sua percepção

2.1. O senhor recebeu alguma orientação sobre sua cirurgia no pré-

operatório?

( ) Sim ( ) Não

Se afirmativo: quem orientou:

25

( ) Médico ( ) Enfermeira ( ) Outro ______________

2.2 Você acredita que criou um vínculo maior com o este profissional que o

orientou?

_____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

2.3 Você lembra o que foi orientado:

( )tricotomia ( ) anestesia ( ) retorno a unidade

( ) SRA ( ) drenos ( ) sondas e tubos

( ) horário da cirurgia ( ) doadores de sangue ( ) uso de próteses

( ) tempo da cirurgia

2.4 Você lembra quais instrumentos/recursos foram utilizados?

( ) Álbum seriado ( ) Bonecos

( ) Vídeo ( ) Corpo humano

( ) Outros ________________________________________________

2.5 Você considera importante a orientação realizada por este profissional

antes da cirurgia?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

26

2.6 Acha que seu pós operatório foi mais tranqüilo devido as orientações

recebidas no pré-operatório? Sabe identificar quais benefícios lhe trouxeram

com as orientações?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2.7 Como se sente quanto à volta pra casa?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Participante do projeto que realizou a entrevista: ________________________

27

ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do projeto: Avaliação das orientações pré- operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM)

Autoras: Enfa. Rhea Silvia de Àvila Soares, Jucelaine Arend Birrer, Enfa. Residente Letice Dalla Lana, Acad. Enf. Rodrigo Marques e Acad. Enf. Graziela Zabott Zini.

Orientadora: Enfa. Jucelaine Arend Birrer

Instituição/Departamento: Universidade Federal de Santa Maria/Hospital Universitário de Santa Maria

Local da coleta dos dados: Hospital Universitário de Santa Maria.

O (A) Sr (a) está sendo convidado (a) a participar voluntariamente do

projeto de pesquisa intitulado: Avaliação das orientações pré- operatórias

prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitário de

Santa Maria (UFSM) de autoria das Enfermeiras Rhea Silvia de Ávila Soares,

Jucelaine Arend Birrer, Letice Dalla Lana, Rodrigo Marques, com o objetivo de

avaliar as atividades de educação em saúde realizadas pela equipe de

enfermagem em unidade de clinica cirúrgica, através de orientações pré-

operatórias prestadas a clientes submetidos a cirurgias de Gastrectomia e

Esofagectomia.

Você, convidado voluntário, não terá nenhum risco físico ou moral ao

participar desta pesquisa, podendo apresentar-se apenas desconfortável com

alguma questão a ser respondida no questionário. . Você poderá encerrar em

qualquer momento a entrevista caso, sinta-se cansado ou indisposto a

participar da pesquisa, sem causar danos pessoais ou do tratamento. A

entrevista poderá ser retomada em qualquer outro momento assim que desejar.

Você, convidado voluntário, não terá nenhum benefício direto ao

participar da pesquisa, no entanto, com as suas informações iremos construir

trabalhos científicos que possivelmente ajudarão as pessoas que trabalham em

educação em saúde a entender melhor como proceder e estabelecer rotinas de

28

assistência ao paciente internado no Hospital Universitário com relação ao

tema.

Você não receberá nenhum dinheiro ou prêmio para participar da

pesquisa, e sua identidade será mantida sobre sigilo. Caso recuse-se a

participar dela pode fazê-lo a qualquer momento e terá garantias totais de

seguir com o seu atendimento com todo o cuidado necessário.

Os dados da pesquisa depois de serem transcritas, ficarão com o

pesquisador por um período de dois anos ao final dos quais serão destruídas.

A participação voluntária garantirá esclarecimento de quaisquer dúvidas,

em qualquer momento. Da mesma forma, esses dados serão arquivados por

dois anos nas dependências da Enfa. Jucelaine Arend Birrer.

Este projeto de pesquisa foi revisado e aprovado pelo Comitê de Ética

da Universidade Federal de Santa Maria (em aguardo), com o número do

processo (aguardo aprovação).

Eu...................................................................................................declaro

que fui informado(a) dos objetivos e justificativas desta pesquisa de forma clara

e detalhada; e autorizo a publicação dos resultados em eventos científicos ou

revistas especializadas.

As minhas dúvidas foram respondidas e sei que poderei solicitar novos

esclarecimentos a qualquer momento, alem de ficar claro, que minha

participação é isenta de despesas e compensações.

________________________________

Sujeito de pesquisa

Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato: Comitê de ética em Pesquisa – CEP – UFSM. Av. Roraima, 1000 – Prédio da Reitoria – 7° andar – Campus Unive rsitário – 97105-900 Santa Maria-RS Tel. (55)32209362. Email: [email protected]

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ANEXO C

TERMO DE CONFIDENCIALIDADE

Título do projeto : Avaliação das orientações pré- operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM).

Pesquisador responsável: Enfa. Jucelaine Arende Birrer

Instituição/Departamento: Universidade Federal de Santa Maria/Hospital Universitário de Santa Maria

Local da coleta de dados : Hospital Universitário de Santa Maria.

Os pesquisadores do presente projeto se comprometem a

preservar a privacidade dos pacientes cujos dados serão coletados a partir de

questionário aplicado aos pacientes submetidos a cirurgias de Gastrectomia e

Esofagectomia, internados na Unidade de Clinica Cirúrgica do HUSM.

Concordam, igualmente, que estas informações serão utilizadas única e

exclusivamente para execução do presente projeto. As informações somente

poderão ser divulgadas de forma anônima e serão mantidas na sala de

educação em saúde da unidade de Clinica Cirurgica por um período de 2 anos

sob a responsabilidade da Enfª Jucelainde Arend Birrer. Após este período, os

dados serão destruídos. Este projeto de pesquisa foi revisado e aprovado pelo

Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM em ...../....../......., com o número do

CAAE .........................

Santa Maria, Julho de 2010.

________________________________

Jucelaine Arend Birrer