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A DUFS DUFS A Boletim Ano 1 Número 1 Novembro 2012 NACIONAL NACIONAL ANDES Central Sindical e Popular - CONLUTAS SINDICATO Gestão Autonomia na Luta Artigo Leia Mais Progressão recebe propostas de mudança P. 6 Universidade e cultura: necessária relação P. 5 Notícias Projeto sobre carreira docente tramita no congresso P.4 O deputado Laércio Oliveira é autor de emenda que traz mudanças ao Projeto de Lei do governo

Boletim ADUFS nº1 2012

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Boletim da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe

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Page 1: Boletim ADUFS nº1 2012

ADUFSDUFSDUFSAA Boletim

Ano 1Número 1 Novembro 2012

NACIONALNACIONALANDESCentral Sindical e Popular - CONLUTAS

SINDICATO

Gestão Autonomia na Luta

ArtigoLeiaMais

Progressão recebe

propostas de mudança

P. 6

Universidade e cultura:

necessária relação

P. 5

Notícias

Projeto sobre carreira docente tramita no congresso

P.4

O deputado Laércio Oliveira

é autor de emenda que traz

mudanças ao Projeto de Lei do governo

Page 2: Boletim ADUFS nº1 2012

futuro

greve

2012

desaf

ios

conquistas

DIRETORIA 2012-2014 - GESTÃO AUTONOMIA NA LUTAPresidente: Brancilene Santos de Araújo; Vice-presidente: Genésio José dos Santos; Secretário: Jailton Costa; Diretor Administrativo e Financeiro: Elyson Nunes Carvalho;Diretora Acadêmico e Cultural: Maria Aparecida Silva Ribeiro. Suplentes: Noêmia Lima (DSS/CCSA); Sérgio Queiroz de Medeiros (DCOMP/CCET); Carlos Franco Liberato (DHI/CECH)Boletim produzido pela ADUFS - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino SuperiorEndereço: Av. Marechal Rondon, s/n, bairro Rosa Elze, São Cristóvão-SE Jornalismo e Fotografia: Raquel Brabec (DRT-1517) / Estagiário em Design Gráfico e Charge: Fernando Caldas O conteúdo dos artigos assinados é responsabilidade dos autores e não corresponde necessariamente à opinião da diretoria da ADUFSContato ADUFS: Tel.: (79) 3259-2021 / E-mail: / Site: http://www.adufs.org.br [email protected]° de Tiragem: 1000 exemplares

EXPEDIENTE

Boletim ADUFSEditorial

Novas batalhas à frente

diretorias assumiram associações

docentes, em todo o país, dentre as quais

a ADUFS – esta com o compromisso de

defender sua autonomia, implementar a

pauta local, produzida em assembléia

dos professores; fomentar o diálogo

democrático com outras entidades e

contribuir para o fortalecimento do

ANDES-SN. Nestes dois meses, a

ADUFS participou de reuniões de setor

das federais, que trataram das próximas

etapas da campanha docente por uma

carreira digna e melhores condições de

trabalho, agora no Congresso Nacional.

Ficou clara a necessidade de se

acompanhar o processo de perto e de se

exercer pressão sobre os parlamentares

de cada estado para que votem a favor da

emenda 07.

A luta pela pauta local, também,

começou. Esta entidade, juntamente

com seu conselho de representantes e a

comissão de docentes constituída

durante a greve, participa do processo

que dará uma nova redação à Resolução

26/2012, sobre a progressão docente no

âmbito da UFS. A implementação destas

modificações permitirá que a carreira

docente na UFS seja valorizada em

todos os seus componentes, a saber,

ensino, pesquisa e extensão, além das

atividades administrativas. Ainda nesse

sentido, a Portaria 2016/2012 que

normatiza o PAD, e que, na prática,

estabelece o que é e o que não é

atividade docente, também tem sido

matéria de discussão.

O fortalecimento da ADUFS está

associado ao resgate de sua história de

lutas. A identidade dos docentes,

enquanto categoria profissional, se

constrói em sua dimensão política, mas,

também, cultural. Pensando dessa

forma, foram realizadas, no mês de

outubro, atividades diversas, alusivas ao

Dia do Professor, com o objetivo de criar

espaços de integração, estreitamento de

laços, celebração de nossas conquistas.

Novos embates e desafios se

aproximam. O PL da carreira está no

congresso e devemos nos manter

mobilizados: recompor nossos GTs;

rea t ivar a Comissão Loca l de

Mobilização. Precisamos fazer valer a

força de nosso coletivo, revitalizada

durante a greve, para discutir os rumos

do ensino, da pesquisa e da extensão na

UFS. Sejamos nós a mudança que

queremos ver no mundo!

A maior greve docente da história da

educação federal terminou com

importantes ganhos políticos, como a

rev i ta l i zação e in tegração de

movimentos sindicais. Mas, também,

c o n d u z i u a u m a i m p o r t a n t e

constatação: a absoluta falta de

interesse do governo federal em

promover a melhoria da educação

pública do país.

O PL 4.368/2012, que contraria o

interesse dos docentes e, por isso, não

foi endossado pelo ANDES-SN, está

agora no Congresso Nacional. É

chegada a hora do embate naquela

casa. Em sua tramitação inicial, o PL

recebeu 76 emendas, das quais a

Emenda 07, do deputado sergipano

Laércio Oliveira, do PR-SE, (nossa

matéria de capa), com proposta de

carreira docente que se aproxima

àquela defendida pelo ANDES-SN e

pela ADUFS.

Nesse contexto político, novas

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Page 3: Boletim ADUFS nº1 2012

Movimento docenteNº 1

Na manhã do dia 3 de outubro, uma

movimentação diferente ocorreu em frente ao

campus de Saúde da UFS. Professores e

técnicos-administrativos da UFS, além de

representantes de entidades sindicais e

organizações estudantis, promoveram uma

manifestação em nome do “Dia Nacional de

Luta contra a Privatização dos Hospitais

Universitários”.

O evento fez parte do conjunto de ações da

Frente Nacional Contra a Privatização da

Saúde contra a implantação da Empresa

Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A Frente conta com apoio do ANDES-SN,

Fasubra e Sinasefe, que lançaram

recentemente um boletim especial informando

os prejuízos da Ebserh para o sistema de

saúde.

Privatização da Saúde

No final de 2011, a presidente Dilma

Rousseff sancionou a lei que cria a Ebserh

com o objetivo de gerir os Hospitais

Universitários (HUs). A medida dá poderes à

empresa estatal de firmar contratos,

convênios, contratar pessoal técnico, definir

processos administrativos internos e metas de

gestão.

A implantação da Ebserh vem causando

polêmica por ferir a Constituição Federal e

propor uma lógica que inclui privatização e

mercantilização do sistema hospitalar público

brasileiro. Segundo manifesto publicado pela

Frente Nacional Contra a Privatização da

Saúde, a EBSERH retira o caráter público dos

HU, fere a autonomia universitária e prejudica

a população usuár ia dos serv iços

assistenciais prestados pelos Hospitais-

escola.

De acordo com a assessoria de imprensa da

Ebserh, até meados de outubro 16 uni-

versidades, que respondem por 26 HU, tinham

manifestado interesse em aderir à Ebserh.

Essas universidades ainda não firmaram

contrato com a empresa e encontram-se na

fase da caracterização/diagnóstico.

O Conselho Universitário da UFS ainda não

discutiu a implantação da EBSERH e não há

data agendada para essa finalidade.

A foto de advertência consta no informativo especial lançado pelo ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe

A presidente da ADUFS, Brancilene Araújo, discursa em frente ao HU

Ato contra privatização da saúde acontece no HU

A gestão “Autonomia na Luta”, empossada

no dia 18 de setembro, está implementando

seu plano de gestão.

“Ao longo desses dois meses, já ficou claro

que a gente trabalha de forma independente.

Basta ver as nossas intervenções nas

diferentes resoluções que a universidade

v e m o r g a n i z a n d o s e m m a i o r e s

esclarecimentos, a exemplo da Resolução da

Progressão e o Plano de Ação Docente

(PAD). Nossas atividades são feitas a partir

da demanda do professor, pontuada nas

assembleias e no corpo a corpo com a base”,

declara a presidente da ADUFS, professora

Brancilene Araújo.

Outros pontos da proposta de trabalho

estão em pauta, como a estruturação do

sindicato nos diversos campi e a luta pela

Nova gestão inicia os primeiros trabalhos na ADUFS

A gestão ‘‘Autonomia na Luta’’ venceu as eleições

no dia 12/09

Relembre a proposta de trabalho da gestão “Autonomia na Luta” durante o período eleitoral

- Cobrar a instalação do processo da Estatuinte na UFS para garantir os princípios da Autonomia Universitária;- Defender a Autonomia da ADUFS frente a partidos políticos e a reitoria da UFS;- Lutar pela implementação da Pauta Local construída coletivamente durante a greve de 2012;- Defender a estruturação do sindicato nos diversos campi da UFS;- Promover a comunicação permanente com os docentes através de boletins impressos e eletrônicos, da revista Candeeiro e de eventos culturais;- Garantir o diálogo constante e democrático com os técnicos administrativos e os estudantes;- Participar e defender o Fórum Estadual dos Servidores Públicos;- Lutar pelo fortalecimento do ANDES-SN na base da categoria docente.

instalação do processo da Estatuinte na

UFS, primeiro ponto da pauta local de

reivindicações.

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Page 4: Boletim ADUFS nº1 2012

Boletim ADUFS

desenvolvimento do Brasil passa pela

educação.

ADUFS - Quais as características dessa

emenda e em quais pontos ela difere da

proposta enviada pelo governo?

Dep. Laércio Oliveira - A emenda foi

baseada nas observações apontadas pelo

ANDES, que buscam reverter, no PL

4368/12, os elementos que desestruturam a

carreira docente, retiram direitos e agridem a

Constituição Federal. Sabe-se que há limites

quanto à criação de novas despesas no

orçamento de 2013 e, também, quanto à

prerrogativa do poder executivo de iniciativa

exclusiva sobre esse tema, portanto, as

intervenções devem ser precisas.

A emenda, por exemplo, corrige a distorção

do PL que desestrutura a atual carreira,

c r iando maiores des igua ldades e

dificuldades de progressão funcional. Cria

um plano de carreira com uma evolução

uniforme, com uma lógica no diferencial de

percentual da remuneração entre as classes

e níveis da carreira. No PL, a progressão

pode gerar acréscimos salariais que variam

de menos de 0,2% a 30,7% entre os níveis,

sem nenhuma lógica interna.

Outro objetivo é atender as reivindicações

dos docentes que propõem que em 2015 a

remuneração pelos regimes de 40 horas e de

dedicação exclusiva seja o dobro daquele

correspondente ao de 20 horas, ou seja, se,

para o docente de 20 horas a proposta de

valor básico para 2015 é de R$ 1914,58, para

o de 40 horas seria o dobro e não o valor

proposto pelo governo de R$ 2714,58.

É muito importante que o governo retome o

diálogo para que possa ser assegurada uma

efetiva estruturação da carreira docente,

elemento fundamental para o padrão de

qualidade das instituições federais de ensino.

ADUFS - Já são 76 emendas propostas a

esse PL. O senhor acredita que os

parlamentares da Câmara dos Deputados

estão abertos à luta dos professores pela

reestruturação da carreira docente?

Dep. Laércio Oliveira - Em minha opinião,

estão abertos sim. Um exemplo disso é que a

C TA S P ( C o m i s s ã o d o T r a b a l h o ,

Administração e Serviço Público), da qual sou

vice-presidente, realizou, no último dia 20,

uma audiência pública para analisar o plano

de carreira dos professores. Com a audiência,

tivemos a oportunidade de fazer o debate

público para discutir esse projeto que é tão

importante para a educação do país.

O PL tramitará de forma conclusiva, em

regime prioritário, pelas comissões de

Trabalho, de Administração e Serviço Público;

de Educação e Cultura; de Finanças e

Tributação; e de Constituição e Justiça e de

Cidadania. Caso o Regimento Interno da

Câmara dos Deputados seja seguido na

íntegra, cada comissão terá o prazo de até 20

sessões com quorum regimental para discutir

e votar o projeto. Depois disso, será enviado

para o Senado Federal, sem precisar passar

pelo plenário.

Quase três meses após a entrada do

Projeto de Lei no 4.368/2012 no Congresso

Nacional, em 31 de agosto, os deputados já

enviaram 76 emendas ao projeto. O PL se

refere às carreiras do Magistério Superior e

do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.

Entre as emendas, vem recebendo a

aprovação a de autoria do deputado federal

sergipano Laércio Oliveira, que vem

recebendo elogios por parte dos professores

de todo Brasil.

O PL 4368/2012 é o resultado do simu-

lacro de acordo feito em 3 de agosto entre o

governo e o Proifes, entidade sindical que

representa a minoria dos professores

federais. As seções sindicais pertencentes

ao ANDES-SN rejeitaram a proposta de

reestruturação da carreira apresentada no

acordo. O ANDES-SN entende que o PL

apresenta elementos que desestruturam a

carreira docente, retiram direitos e agridem a

Constituição Federal.

Confira a entrevista realizada com o

deputado Laércio Oliveira sobre a emenda

7/2012 que propõe alterações no PL

4368/2012:

ADUFS - De onde partiu a ideia de propor

uma emenda ao PL 4368?

Dep. Laércio Oliveira - Depois da longa

greve realizada pelos professores de

universidades federais de todo o país, o

governo federal encaminhou à Câmara dos

Deputados o PL 4368/12, mas em

assembleias realizadas em todos os

estados, os professores demonstraram

insatisfação e elaboraram um documento

expl ic i tando o aprofundamento da

desestruturação da carreira. Apresentei uma

emenda ao projeto de acordo com as

reivindicações dos professores. Nada mais

justo do que atender às reivindicações dessa

categoria, já que o caminho para o

PL avança no Congresso e recebe propostas de

modificação

Deputado federal Laércio Oliveira, vice-presidente da Comissão do Trabalho,

Administração e Serviço Público

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Page 5: Boletim ADUFS nº1 2012

universitários: declaramo-nos, nas linhas do

lattes e nos caminhos do sigaa, competentes

em muitas coisas, mas nos sabemos (bem lá

no fundo) os ignorantes que somos da

grande maior ia dos temas que a

universidade abriga. O que não cabe nessa

balança, que pesa o saber e o não saber, é o

caldo orgânico que escorre por entre os

desníveis da “estratificação da qualidade” de

nossa produção: a cultura que edificamos no

ínterim.

As ideias que circulam pelos corredores da

UFS (e os ultrapassam) nem sempre estão

codificadas nos gêneros discursivos do

domínio acadêmico. Os textos da oralidade,

as narrativas, linguagens artísticas, o que se

dissemina nas diversas redes, a frase que

atravessa o campus estampada na camiseta

do estudante – todos esses veículos dão

conta de uma cultura universitária que

dialoga (sem, contudo, se esgotar nessa

interlocução), com a cultura acadêmica, com

a cultura popular, com a chamada cultura das

massas, e com a (também estereotipada)

cultura das elites – a “alta” e a “baixa” – a dos

pequenos e grandes grupos, a das maiorias

e a das minorias. É só ter olhos para ver e

ouvidos para escutar.

As culturas que (mal) disfarçam o plano

institucional de universidade como aparelho

ideológico do Estado (Althusser) partilham

deste território com aquelas que dão vazão à

livre circulação das ideias e à ruptura com a

hegemonia ideológica de uma classe, ou

fração de classe, como queria Gramsci. Cabe

tudo por estes campi. Nossa empreitada:

interagir, dialogar, acolher, questionar,

discernir, desconstruir, escolher, priorizar,

promover, aprender com. Formadores de

opinião que somos, ainda que rejeitemos a

ingrata tarefa, por vezes, pesada e até

arriscada, estamos aqui para isso, nós, os

docentes da UFS e os demais professores das

diversas redes de ensino, país afora, que, por

sua atuação cotidiana, experimentam e

corporificam a diversidade dos saberes

produzidos pela cultura escolar.

Fontes:

FREITAG, Bárbara. Política educacional e indústria cultural. S. Paulo:

Cortez, 1989.

ht tp : / /www.capes.gov.br /serv icos/sa la-de- imprensa/36-

noticias/2550-capes-aprova-a-nova-classificacao-do-qualis

Maria Aparecida Silva Ribeiro - Professora do

DLEV e PPGL da UFS; Diretoria Acadêmico-

Cultural da ADUFS.

Em tempos de produtivismo científico, de

fast science, existe uma produção de

conhecimento que escapa às medições

oficiais. Afinal, se quem nos avalia é o Qualis,

quem avalia o Qualis? Que expertises

dominam os deuses que regem nosso

destino acadêmico? Entendem de etnia e

fisiologia? Sociolinguística alinhada a

questões de gênero? Da homoafetividade

presente na biodiversidade? Entendem de

tudo esses gênios da lâmpada (de neon)?

Universidade é, historicamente, o lócus

privilegiado da produção de conhecimento.

Aqui se faz ciência, está claro, e aqui,

também, o saber acumulado nos séculos de

estudo e registro de nossos predecessores é

revis i tado, atual izado, rediscut ido,

reformatado, traduzido, questionado, virado

pelo avesso, traspassado por abordagens

multidisciplinares, travestido em saberes

novos. Alunos e mestres são ainda, e

principalmente, leitores de um texto já escrito

e reescrito inúmeras vezes. Nada é,

absolutamente, original. Toda invenção de

produtos novos é sempre a reinvenção de

desejos já conhecidos.

Nisto consistem a dor e a delícia de

pertencer ao quadro docente de professores

Universidade e cultura: necessária relação

22 e 23 de Setembro ANDES SN - Brasília

Reunião do Setor das Federais 29 a 30 de Setembro Hotel Saint Paul Plaza - Brasília

Reunião do Setor das Federais 27 e 28 de Outubro ANDES SN - Brasília

Reunião Andifes/MEC/CAP

XIV Congresso Estadual dos

Trabalhadores em Educação

VI Encontro Intersetorial do

ANDES-SN

Seminário sobre Acordo

Coletivo Especial (ACE)

06 e 07 de Novembro

07 a 10 de Novembro

09 a 11 de Novembro

10 de Novembro

ANDIFES - Brasília

Iate Club - Aracaju

Hotel Saint Peter - Brasília

Sede do SINDIPETRO - Aracaju

5

Participação da ADUFS na agenda nacional e local QUANDO? ONDE? O QUÊ?

Reunião do GTPE

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Artigo

Page 6: Boletim ADUFS nº1 2012

6

Carreira do professorBoletim ADUFS

professores não conseguem progredir.

Ele até pode produzir bastante em

determinado aspecto da carreira, mas

como a atividade realizada pontua

pouco, ele não atinge a quantidade

necessária e sua progressão fica

prejudicada”, afirma a presidente da

ADUFS, Brancilene Araújo.

A reitoria ainda não se posicionou

quanto à proposta de alterações na

Resolução 26/2012 encaminhada pela

ADUFS.

Uma das maiores queixas dos profes-

sores da UFS quanto à Resolução

26/2012 está na falta de esclarecimento

quanto aos instrumentos a serem

utilizados no processo da progressão. É

o caso do a fas tamento pa ra

capacitação: o conteúdo original da

resolução não prevê os procedimentos

de progressão para quando o professor

precisa se afastar de suas atividades.

Outro ponto polêmico é o sistema de

pontuação apresentado na tabela de

atividades. Após análise dos anexos,

constatou-se a baixa pontuação dos

itens, a presença de um máximo de

pontuação por item e o privilégio das

a t iv idades admin is t ra t ivas em

detrimento daquelas que formam o tripé

de funcionamento da universidade:

ensino, pesquisa e extensão.

“Com a baixa pontuação, muitos

No dia 5 de novembro, a ADUFS

encaminhou ao gabinete do reitor da UFS

a proposta de alterações no conteúdo da

Resolução 26/2012/CONSU, que trata da

progressão docente. Desde a sua

aprovação, ocorrida em dia 23 de julho

deste ano, a ADUFS vem promovendo

reuniões internas e assembleias para

apresentar o teor da resolução aos

professores e debater modificações

pertinentes em seu texto.

A Resolução 26/2012, cujo relator é o

conselheiro Jonatas Silva (CONSU),

estabelece novas normas e critérios para

a progressão funcional dos docentes da

UFS. Une, em uma mesma resolução, o

processo para Professor Adjunto e para

Professor Associado.

Ao longo das reuniões entre profes-

sores e membros da Comissão

Permanente de Pessoal Docente (CPPD),

observou-se a necessidade de correções

devido às lacunas e discrepâncias do

texto.

Informações conflitantes

A progressão docente implica na

mudança de nível ou de classe. A

progressão ocorre a depender da

quantidade de pontos alcançados pelo

docente através da realização das

atividades que constam na tabela da

resolução, como capacitação profissional,

orientação e participação em bancas.

Confira alguns exemplos da tabela da Resolução 26/2012 em que ocorre a valorização de atividades administrativas em detrimento das atividades acadêmicas:

Produção acadêmica

Atividade administrativa

Item de avaliação Pontuação

Produto ou processo de desenvolvimento com Patente

Artigo científico publicado em periódico especializado internacional

Item de avaliação Pontuação

Membro Titular dos Conselhos Superiores e da CPPD

Participação em Comissões ou Grupos de Trabalho

5

3

10

5

Resolução sobre Progressão recebe propostas de mudança

Após assembleia realizada no dia 31 de outubro, a primeira depois do fim da greve, os professores decidiram encaminhar à reitoria a proposta de anulação do Plano de Atividade Docente (PAD). A ADUFS recomenda que os professores da UFS não pre-encham o sistema e que os chefes de departamento não realizem as homologações. A ideia é anular a portaria e discutir como vai ser reimplantado o PAD sem que haja ingerência na carga horária total do docente. O PAD é uma ferramenta de planejamento e acompanhamento interno das universidades federais e exigido pelos órgãos de controle externo, como a Controladora Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU). Ligado ao Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGAA), o PAD foi lançado na UFS em 17 de outubro de 2012 pelo Centro de Processamento de Dados (CPD). Desde então, os professores estão questionando o impacto que o novo sistema trará sobre a vida acadêmica. A reitoria ainda não emitiu nenhuma comunicação oficial sobre o pedido de anulação.

ADUFS pede anulação do sistema PAD

- Foi implantado sem maiores discussões com a classe docente

- Faz ingerência sobre a carga horária do professor

- Conta com um formulário de preenchimento incompleto

- Promove engessamento da atividade docente

Principais problemas do PAD

Page 7: Boletim ADUFS nº1 2012

Nº 01Premiação

Durante o recital e lançamento

coletivo ocorridos no dia 25 de

outubro de 2012, duas professoras

do quadro docente da UFS

receberam uma homenagem

especial da ADUFS. Indicadas ao

Prêmio Jabuti 2012, um dos

maiores concursos literários do

Brasil, as professoras Maria Lúcia

Dal Farra, do Departamento de

Letras e Germana Gonçalves, do

Núcleo de Artes e Design,

conquistaram respectivamente: o 1º

lugar na categoria Poesia com a

o b r a A l u m b r a m e n t o s ; a

classificação final o 4º lugar na

categoria Projeto Gráfico e o 9º

lugar na categoria Capa pela obra

B o n i t a M a r i a d o C a p i t ã o ,

organizada em conjunto com a neta

de Lampião e Maria Bonita, a

jornalista Vera Ferreira.

Alumbramentos

Uma publicação da Editora

Iluminuras, o livro Alumbramentos é

o mais recente de poesia de Maria

Lúcia Dal Farra. A escritora já

publicou outros dois livros de

poesia, int i tulados Livro de

possuídos e Livro de Auras, além do

livro de crônicas Inquilina do

Intervalo. Em 1994, o Livro de Auras

também foi finalista do Jabuti.

Sobre a premiação, Dal Farra

revela que está satisfeita com o

retorno dado por seus leitores.

“Estou feliz porque dificilmente sei o

que as pessoas pensam a respeito

das minhas poesias, então quando

você ganha um prêmio público

chama a atenção das pessoas e elas

perdem a timidez em falar o que

pensam. Isso é ótimo para quem

escreve”.

Para os escritores que trilham o

caminho do reconhecimento de suas

obras, Dal Farra dá uma dica: “Não

parem nunca de ler, porque a leitura

é fundamental para manter o

diapasão da escrita. Se você não lê,

você não escreve”.

Bonita Maria do Capitão

O livro da Editora Uneb é inspirado

na vida de Maria Bonita, companheira

do cangaceiro Lampião. Levou cinco

anos para ser preparado. “Eu queria

que a obra fosse leve, que pudesse

proporcionar um bem estar, porque

geralmente o tema é trabalhado de

forma densa”, explica a professora

Germana sobre a concepção gráfica

do projeto.

Segundo a professora, o projeto

mostra elementos gráficos que

compõem a estética das cangaceiras,

como as rosáceas, e o universo de

cor que geralmente as pessoas não

conhecem porque a fotografia do

cangaço é em preto e branco.

Uma das organizadoras do livro, a

jornalista Vera Ferreira conta que se

surpreendeu com os resultados do

projeto visual do livro. “Quando

Germana me mostrou a primeira

boneca eu pensei 'é muito mais do

que tinha pedido!'. Eu tive o privilégio

de ter como parceira uma profissional

ímpar, que teve grande perspicácia

ao reunir todo o material e organizar

da forma como fez”.

Professoras da UFS recebem homenagemAs homenageadas chegaram à etapa final do Prêmio Jabuti 2012

Profª Maria Lúcia Dal Farrae Profª Germana Gonçalves

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Page 8: Boletim ADUFS nº1 2012

Cultural

No mesmo dia tão simbólico, aconteceu a abertura da Mostra Fotográfica Imagens de uma História de Luta, no auditório da ADUFS. As fotografias registravam diferentes momentos de nossa categoria, com destaque para os movimentos de reivindicação.

No dia 18, ocorreu a Maratona de Curtas, uma parceria entre a ADUFS e a Casa Curta-SE, com exibição dos seis curtas-metragens premiado na última edição do evento Curta-se.

Para celebrar o dia do(a) professor(a), a ADUFS promoveu de 15 a 25 de outubro uma programação especial comemorativa. A primeira atividade foi o Café com Prosa, um lanche realizado na sede da ADUFS, dia 15.

O dia 19 foi dedicado à confraternização. O Jantar Dançante ocorrido no Clube do Banese foi um sucesso. Muitas fotos registraram o momento.

No dia 25, o recital poético-literário criou oportunidade para os docentes da UFS apresentarem uma produção para além da vida acadêmica.

Agenda Cultural do(a) Professor(a)